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JUREMA 14

REVISTA TRIMESTRAL • EDIÇÃO Nº 14 —2020

FIQUE SALVO FIQUE EM CASA VAMOS PARAR

R$ 20,00

A PRIMITIVA INTELIGÊNCIA

+ Jeniffer Setti ARTIFICIAL ESPECIAL

RIO DE JANEIRO

ATRIZ & CANTORA


REVISTA TRIMESTRAL • EDIÇÃO Nº 15 —2020

FIQUE SALVO FIQUE EM CASA VAMOS PARAR

Glória Heloiza MULHERES

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NA POLÍTICA

R$ 20,00


CONCURSO

— CAPA DA R EV IS TA J U R EM A NO R IO — MENINAS E MULHERES DE 15 A 80 ANOS R E G U L AM E N TO E C O N D I Ç Õ E S : (81) 97109 6202

INSCRIÇÕES ABERTAS 10 DE OUTUBRO A 10 DE NOVEMBRO 2020

PATROCÍNIO:


FOTO: ROBERTO PORTELLA

FOTO: ROBERTO PORTELLA

índice Índice

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08 No tempo do Cólera Morbus

32 Inteligência é essencialmente computação, lógica em ação

Jeniffer Setti, atriz e modelo internacional

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A religiosidade e suas manifestações são parte do patrimônio imaterial das comunidades

ÍNDICE 4 Índice 7 Carta da Editora C A PA 8 A Multifacetada Jeniffer Setti E D ITO R I A L 12 As Mil Faces de Liz

A R TI G O 18 Sinos em Tempos do Cólera 32 A Primitiva Inteligência Artificial TURISMO 20 Hotéis Preferidos & Resorts dá as Boas-Vindas! 26 Turismo Religioso no Brasil CO LU N A S 30 Envelhecimento Saudável 31 Porque o Nome Jurema? 36 Temos Nossos Débitos... 37 Cuidar dos Artistas: Um desafio de qualquer Sociedade Digna e Decente 50 Expectativas do Mercado Imobiliário 51 Liberdade Compartilhada T E AT RO 38 Versão de Chapeuzinho Vermelho á Francesa G A S T RO N O M I A 40 Comedoria Popular AU TO M ÓV EI S 46 Venda de Veículos pode sair pela Metade em 2020 L IT E R AT U R A 50 Literatura Luso-Brasileira, O Poeta por ele mesmo!

PE T S 54 Gatos, Comportamentos e Relacionamentos com Humanos P O L ÍTI C A 56 Glória Heloíza I N C LU S ÃO S OC I A L 58 Casamento de Rainha, um Sonho Coletivo 64 Depoimentos 66 Prestação de Contas

CAPA OUTUBRO 2020 MODELO Atriz Jeniffer Setti FOTOGRAFIA Nilo Lima TRATAMENTO DE IMAGEM Roberto Portella DIREÇÃO & PRODUÇÃO Márcia Dornelles LOOK DA CAPA Maiô Cores de Minas e Saia de Organza de Maísa Gouveia SEGUNDA CAPA 2020 MODELO Glória Heloíza FOTOGRAFIA Fabrizzio Reis A Edição de número 14 da REVISTA JUREMA — Outubro | 2020

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REVISTA JUREMA Outubro 2020


PRESIDENTE & COORDENAÇÃO EDITORIAL Luciana Araújo PROJETO GRÁFICO & COORDENAÇÃO DE ARTE Roberto Portella COMERCIAL Revista Jurema COLABORADORES César Castro (Representação Rio de Janeiro), Gomes Filho, José Carlos Borges, Frederico Mendonça, Leonardo Dantas, Samir Abou Hana, Carlos Silva, Ronaldo Patrício, Elexandro Araújo e Tarcísio Dias REVISÃO Adriana Marques CONTATO Email: . revistajurema@gmail.com e celeditora@hotmail.com Fone: (81) 99811 3391 — WhatsApp (81) 97109 6202

REVISTA JUREMA: É uma publicação trimestral da CEL EDITORA. Os textos e artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista JUREMA. É proibida a reprodução de textos e fotos sem autorização expressa. Email: . revistajurema@gmail.com e celeditora@hotmail.com Fone: (81) 99811 3391 — WhatsApp (81) 97109 6202

Site: www.revistajurema.com Instagram: @revistajurema Facebook: https://www.facebook.com/revistajurema


Carta da Editora

S

endo a JUREMA uma revista concei­tual, “fashionista” e de arte, me sinto na obrigação de resgatar a cultura da moda com o olhar voltado para a diversidade cultural brasileira, sem me desconectar do planeta. A JUREMA se renova nesta 14.ª edição, e traz toda a sua crença em um mundo mais humano, através da literatura, da constelação familiar, dos mistérios no “modus vivendi” da vida cigana, do “novo normal” em tempos de pandemia/quarentena, da preocupação com as pessoas. Enfim, voltar a puxar algumas conversas ao pé do ouvido, nos assuntos que nos tocam diretamente, e que nunca estiveram tão em pauta. Como pautar uma revista de moda e arte, acrescentando casamento, constelação familiar, automóveis, mercado imobiliário, música e empoderamento feminino? Comecei por estampar na capa a multifacetada JENIFFER SETTI e o seu mais novo trabalho artístico, cantando e encantando o seu público, com músicas que incentivam as mulheres a se libertarem dos padrões estabelecidos pela sociedade patriarcal, em busca de uma personalidade própria e que lutam pelo próprio espaço.

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O estado do Rio de Janeiro dará início a uma série de reportagem que faremos sobre o Turismo e a Cultura. O foco agora é nacionalizar a Jurema, sair por aí, enraizando, acumulando sabores e saberes. Na Gastronomia, como não poderia ser diferente, a Comedoria Popular, projeto da Chefe Ana Cláudia Frazão vem recheado de memória afetiva e de inclusão de pessoas através da comida que o povo faz. Neste novo começo, percebo quantas memórias deixo para trás. A mente que deveria preservar coisas como essa que nos faz enxergar a caminhada, teima em enfatizar aquilo que tira a paz, que dar dor no peito e a resiliência parece ser um fardo. Muito mais do que relembrar tudo que passou, é reconhecer que podemos ser agente da mudança, saindo da zona de conforto para não ser atropelada por ela. Boa leitura! 

LUCIANA ARAÚJO, Editora Geral — Jornalista & Escritora

REVISTA JUREMA Outubro 2020


Capa

A MULTIFACETADA

Jeniffer SETTI Dramaturgia à parte, JENIFFER SETTI, afirma que ser cantora é um dos seus maiores desafios! por  MARLU ARAÚJO

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ATRIZ: Jeniffer Setti @jeniffersetti FOTOS: Nilo Lima @nilolima TRATAMENTO DE IMAGEM: Roberto Portella @robertoportellaimagemaker DIREÇÃO E PRODUÇÃO: Márcia Dornelles @marciadornellescomunicacao LOOK DA CAPA: Maiô Cores de Minas e saia de organza de Maísa Gouveia LOOK 2: Short Michael Kors é top Style Viçosa LOOK 3: Kaftan Rio Summer


J

eniffer Setti, nasceu no Rio de Janeiro, atriz e modelo internacional, atua no teatro, cinema, TV e em publicidade. Garante que a sua multijornada de trabalho, sempre foi o segredo do seu sucesso. Na vida profissional, além de atuar como atriz, é empresária e influenciadora digital. Formada em Direito, ela mesma analisa os seus contratos e administra a sua empresa e seus negócios, pessoalmente. E nos conta que “ser cantora é um dos seus maiores desafios.” Conversamos com Jey, (como ela gosta de ser chamada), numa entrevista exclusiva para a Revista Jurema. O que você espera da sua vida nos próximos 30 anos? Primeiramente Saúde, depois força e perseverança para passar por cima dos obstáculos do dia a dia e que todo o esforço dedicado ao meu trabalho seja bem-sucedido, porque é o que eu mais amo fazer! Trabalhar. O que mais gosta de ser, atriz, empresária, influenciadora digital, ou tudo ao mesmo tempo? Com certeza tudo ao mesmo tempo, porque uma coisa vai complementando a outra. O que é fundamental na sua vida? Honestidade e comprometimento com tudo que se faz!

Qual a sua relação com a fotografia? Apreciar e entender a fotografia, o princípio básico para qualquer artista! A minha relação com a fotografia é de paixão. Você coleciona algo? Sim. Gosto de colecionar objetos de cada lugar que conheço em cada viagem. Quem veio primeiro a atriz, a influenciadora digital ou a empresária? A Atriz veio primeiro na infância, depois com o crescimento do Mundo Digital aprimorou-se em outras áreas que englobam todo universo da “internet” e mercado áudio visual! As músicas que você está ouvindo agora? Agora estou ouvindo tudo que é ligado a música urbana! Rap, Trap, pop. Matuê, xamã, vitão e etc. Além da sua, claro, quais as três contas de Instagram que devemos seguir? Gosto demais de empreendedorismo,saber administrar as finanças é fundamental para qualquer projeto! Sigam a Nathalie Arcure, ela é incrível! Tem um perfil chamado: ME POUPE. Esse vale pelos 3! Diga 5 coisas que estão na sua lista de desejos Viagem à todas as chapadas do Brasil, aprender a

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“Gosto demais de empreendedorismo, saber administrar as próprias finanças é fundamental para qualquer projeto!” — Jeniffer Setti

tocar violão, criar um programa humorístico, gravar uma música com algum raper Americano, gravar um Clipe musical em Miami. Por que as mulheres brasileiras estão empreendendo cada vez mais? O que te levou a decidir iniciar vários negócios, frente a outras alternativas como seguir carreira de atriz em uma empresa de televisão, por exemplo? A carreira de qualquer ator tem muitos altos e baixos, as contas vencem, os boletos vencem e a família cresce! Nem sempre é possível ou raramente conseguimos manter um padrão de vida a base de expectativas! Precisamos ter o Plano B para sobrevivermos. A matéria de capa fala da mulher multifacetada, você se considera uma? Conte-nos um pouco da sua

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história e quais os diferenciais da atriz, da influenciadora digital e da empresária no mercado? Sim, as vezes não sei como eu consigo manter esse Ciclo de produtividade... Ser Empresária me coloca num eixo da administração dos negócios, ser a Diretora de cinema me mantém do outro lado da câmera aprendendo a me comunicar melhor com a dramaturgia de um ângulo diferente, isso complementa e aprimora a Atriz que eu sou. E ser Cantora é uma paixão misturada com desafios! Ser uma influenciadora digital só faz com que eu consiga mostrar todas as minhas experiências, ajudando quem está começando! O que te dá medo? Um Dia ficar LIMITADA! As limitações me geram medo! Se sua vida como empreendedora fosse uma série, qual seria? SENSE 8 do Netflix. A sua jornada empreendedora, JENIFFER. Que DICA você daria a leitora da Jurema: Nunca deixe que ninguém diga a você que você não pode fazer tudo que deseja! Você PODE e DEVE. Siga sua intuição! Conte um pouco sobre seu mais sobre o novo Clipe? O Clipe da música (ELES QUEREM SABER) que já se encontra disponível no Spotify e indo muito bem, com mais de 200 mil ouvintes. Ela fala da liberdade das mulheres de decidir o que querem para sua própria vida.  

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LZi Editorial

FACES DE fotos  ROBERTO PORTELLA


modelo LIZ PORTELLA beleza MARISOL assistente de fotografia  SANDRO ROQUE






Epidemias

SINOS em TEMPO do CÓLERA

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texto & fotos: LEONARDO DANTAS SILVA

urante séculos vinham dos sinos das nossas igrejas os anúncios de incêndios, quarteladas, revoluções, chegada de navios, passagem do viático, presença do bispo, horas de orações e de recolhimento, além dos falecimentos e cerimônias próprias do culto. Quando das epidemias, como nos tempos do cólera morbus, o repicar dos sinos se transformava num verdadeiro suplício para a população; motivando o comentário de Gilberto Osório de Andrade, in A Cólera-Morbo (Recife: Editora Massangana, 1986): “Coroando este torvo tumulto espavorido os sinos badalavam dia e noite nos campanários da cidade. Dobravam pelo moribundo e pelo morto. Plangiam a saída do viático, a passagem do viático, a saída e a passagem dos enterros. Transida dentro da casa,

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badalos, por que não procurou outra residência, visto ter pouca paciência, longe de igrejas, capelas ou sacristia e adeus até outro dia. E concluía a sua nota: “Repicai o sino bem? Porque o badalo do sino/Não faz mal a ninguém...” A resposta Ao Amante dos Sinos, não tardou; sendo o primeiro reclamante cruel em sua réplica e, na edição do dia seguinte do mesmo jornal, 4 de janeiro de 1873, respondia na mesma secção:

FOTO: NÁDIA CASSIMIRO

olhando pelas frestas do postigo as fogueiras de lenha e alcatrão que ardiam pelas ruas, aquela pobre gente do Recife era alcançada em seu esconderijo pelo sonoro impacto macabro dos clamores do bronze, como se ouvisse as “Repicai o sino Longe de minha vontade trombetas do vale de Josafá”. O médico Lobo de Moscoso, partidábem? Porque o O querer incomodá-lo, rio da teoria de que o pavor e o medo inteira liberdade badalo do sino/ Tem fomentavam o nervosismo e a consePara gostar do badalo, Não faz mal a Se porém aqui não há quente predisposição para a doença, chegou a encabeçar uma campanha Nenhum que possa servir ninguém” contra o abuso do uso dos sinos de Do Valongo ou do Pará nossas igrejas naqueles tempos de epiUm depressa mande vir demias. (América Ilustrada, nº 2, 1873). Em 1873, porém, quando parecia que os temores Encomende o quanto antes, do cólera estavam sepultos, ainda havia alguém Um sino de bom badalo que reclamasse contra os dobres dos sinos, como Um daqueles retumbantes se depreende da secção “Avisos Diversos” do Diario Que lhe dá tanto regalo de Pernambuco, de 3 de janeiro daquele ano, onde Pode depois, repicá-lo um leitor responde a um reclamante, em tom de De manhã, mesmo em jejum, mofa e gozação: E se cair o badalo, Diga-me então, senhorzinho incomodado, para que Eu lhe posso emprestar um. as torres têm sinos, para que os sinos têm badalo? Para fazer Dom, Dom, Dom... meu maganão. Diga-me ESCRITOR E HISTORIADOR mais, quando foi morar na Rua da Madre de Deus Conselheiro e Coordenador de Pesquisa na empresa não existia ali uma igreja com suas torres, sinos e Instituto Ricardo Brennand

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Hotelaria

INTERNACIONAL

HO TÉIS

PREFERIDOS & RESORTS DÁ AS BOAS–VINDAS! Preferred Hotels & Resorts é o maior grupo de hotéis independentes de luxo do mundo! por  BRONSON SOARES

A Preferred Hotels & Resorts, o maior grupo de hotéis independentes de luxo anuncia a incorporação de 16 novos membros ao seu portfólio global que soma mais de 750 hotéis de luxo independentes. Desde um oásis rural ao norte da Inglaterra, com um famoso restaurante com estrela Michelin, até um resort novo na Flórida, cada uma dessas distintas propriedades continuará despertando a paixão entre os viajantes que buscam experiências independentes. Alguns dos hotéis que aderiram ao portfolio da Preferred Hotels & Resorts são:

The Park Central Hotel (Nova Iorque, Estados Unidos) Após passar por uma extensa reforma milhões de dólares, o The Park Central Hotel dá a sensação da elegância de uma época passada com uma atitude nova e contemporânea. Seja em negócios ou lazer, você se sentirá confortável neste hotel em Midtown, localizado a uma curta distância dos restaurantes e atrações mais populares da cidade de Nova York. Com 761 quartos e quatro suítes, o hotel oferece uma atmosfera acolhedora e relaxante, a poucos passos de inúmeras atrações e atividades da cidade. H10 Palazzo Canova (Veneza, Itália) No coração de Veneza, a poucos passos da famosa Ponte Rialto, o H10 Palazzo Canova está localizado na antiga sede completamente restaurada do

Registro de Imóveis de Veneza. Por trás da fachada original do edifício do século XIX, o design de interior presta homenagem à cidade com elementos tradicionais e vidro de Murano, os quartos elegantes e modernos criam uma atmosfera pacífica e um bar exclusivo no terraço oferece vistas espetaculares do Grande Canal. ESTUDIO Playa Mujeres (Cancún, México) Localizado na costa do Mar do Caribe, em Cancun, o recém-inaugurado ESTUDIO Playa Mujeres, é um paraíso de luxo com tudo incluído que oferece a toda a família um equilíbrio perfeito entre tranquilidade e aventura. Escondida na areia idílica de Playa Mujeres, ao lado de uma reserva natural, sua arquitetura e interiores de inspiração local combinam perfeitamente com seu ambiente natural. Suas 164 suítes de estilo contemporâneo exibem arte local e oferecem vistas do oceano. Os hóspedes podem desfrutar de gastronomia em qualquer um dos cinco restaurantes do resort, no impressionante spa e centro de bem-estar de três andares, em um campo de golfe de 18 buracos e em um clube infantil para crianças de todas as idades. President Hotel (Cidade do Cabo, África do Sul) Com mais de duas décadas oferecendo hospitalidade e 250 anos de história, o President Hotel se tornou uma instituição inteira na Cidade do Cabo após a

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Outros hotéis que aderiram à Preferred Hotels & Resorts são:

FOTO: SUPERJUMBO — GREG BARTLEY CAMERA PRESS, VIA REDUX

Hotel Samzeo (Omalo, Geórgia) Northcote (Lancashire, Reino Unido) Great Southern Killarney (Killarney, Irlanda) TheYangtze Boutique Shanghai (Xangai, China) Hotel Effie Sandestin (Flórida, Estados Unidos) Marival Distinct Luxury Residences (NuevoVallarta, México) Marival Armony Luxury Resort & Suites (NuevoVallarta, México) Ultima Megève (Megève, França) Ultima Genève (Ginebra, Suiça) Ultima Crans-Montana (Crans-Montana, Suiça) Las Terrazas de Abama (Tenerife, Espanha) The Last Word Kitara (Reserva Natural de Klaserie, África do Sul)

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“250 anos de história, o President Hotel se tornou uma instituição inteira na Cidade do Cabo após sua reabertura em 1998 pelo Presidente Nelson Mandela”

sua reabertura em 1998 pelo Presidente Nelson Mandela. Há um total de 349 quartos e apartamentos luxuosos, tornando-o o maior hotel da África da Preferred Hotels & Resorts. Localizado no exclusivo bairro de Bantry Bay, entre a cordilheira de Lion's Head e a costa rochosa da região, o President Hotel oferece vistas panorâmicas sobre o Oceano Atlântico e fica a poucos passos do movimentado distrito de Victoria & Alfred Waterfront. No hotel, os hóspedes podem desfrutar da piscina infinita, relaxar no spa, tomar um coquetel ao pôr do sol no terraço exclusivo e saborear a gastronomia de seus restaurantes.

Preferred Hotels & Resorts é o maior grupo de hotéis independentes de luxo do mundo, representando mais de 750 hotéis, resorts, residências e grupos hoteleiros únicos em 85 países. Através de suas cinco coleções globais, Preferred Hotels & Resorts conecta os viajantes mais exigentes com a singular experiência de hospitalidade de luxo que atende às suas preferências de acordo com seu estilo de vida e para cada ocasião. Cada hotel membro no portfolio mantém os elevados padrões de qualidade e níveis de serviço incomparáveis exigidos pelo Preferred Hotels & Resorts Integrated Quality Assurance Program. O programa de recompensas hoteleiras I Prefer Hotel Rewards™, Preferred Residences®, Preferred Family®, Preferred Pride® e Preferred Golf ™ oferecem benefícios valiosos para os viajantes que procuram uma experiência única. Para obter mais informações, visite www.preferredhotels.com  

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THE PARK CENTRAL HOTEL NOVA IORQUE, ESTADOS UNIDOS


H10 PALAZZO CANOVA (VENEZA, ITÁLIA)


ESTUDIO PLAYA MUJERES (CANCÚN, MÉXICO)


PRESIDENT HOTEL

(CIDADE DO CABO, ÁFRICA DO SUL)


Turismo

TU R ISMO

FOTO: DIEGO BARAVELLI

R ELIGIOSO NO BR ASIL A religiosidade e suas manifestações são parte do patrimônio imaterial das comunidades por  LUCIANA ARAÚJO


SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DA PENHA

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esmo não tendo uma religião para chamar de sua, sempre tem um viajante, seja ele mochileiro ou social que não tenha a curiosidade de visitar uma catedral, um templo religioso ou uma cabana cigana. Indo a Terra Santa ou seguindo no caminho de Santiago de Compostela, a capital da região de Galiza, no noroeste da Espanha. Na sequência de conversas e diálogos com as Secretarias de Turismo dos Estados Brasileiros, o Assessor Especial da Secretaria de Turismo Religioso do Estado Rio de Janeiro, como primeiro entrevistado, falamos do Turismo Religioso no estado do Samba. Acompanhe: Diante do ante dito, gostaria que o senhor falasse como é visto o turismo religioso no Rio de Janeiro e quais os principais projetos em andamento? O Turismo Religioso é visto como um potencial a ser incentivado. Temos uma população profundamente religiosa e livre para professar seus credos e crenças sem preconceito nem nenhum tipo de restrição. Quando fui trabalhar na Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro, demos início à realização do (16.°) Congresso Internacional e Sustentável, que seria realizado em março deste ano, mas, por motivos da Covid-19, tivemos que adiar. Ainda assim, sempre sob a liderança do Secretário de Estado de Turismo, Otávio Leite, realizamos o I Seminário de Turismo Religioso do Estado do RJ e editamos o Primeiro Calendário Religioso do Rio de Janeiro, contemplando datas comemorativas e sagradas de todas as religiões, de forma a promover a harmonia e lutar contra o fim da intolerância religiosa. Quem é Sandro Capadócia –Perfil (formação acadêmica, religiosa e familiar) e qual a sua relação com o turismo religioso.

Sou nascido no subúrbio de Guadalupe, casado, tenho 54 anos e estudei Marketing e Direito. Fui jogador de futebol e Assessor da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Sou amante do samba e da cultura brasileira e, sobretudo, um devoto fervoroso de São Jorge da Capadócia. Atualmente, atuo na Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro, onde destaco meu trabalho sério e incansável incentivando o Turismo Religioso no Rio de Janeiro. Samba e Religião tem alguma relação para o senhor? Sim, totalmente. A população do Rio é profundamente religiosa e tem o samba no sangue. As Escolas de Samba, desde seus primeiros desfiles, falam das crenças, dos credos e da fé dos brasileiros. O samba é um gênero musical nascido no Brasil e reúne elementos dos negros escravizados e suas religiões. Reflete também o sincretismo religioso e o fervor de fé da grande maioria dos cariocas. Por isso, vivenciamos, no samba e seus espaços de evolução tais como rodas de samba, barracões, quadras, carnaval, blocos e cordões, um ambiente profundamente religioso e democrático, onde é possível homenagear e louvar, de forma harmoniosa, divindades, santos, entidades e deuses. Eu gosto de citar a velha guarda: “o samba nasceu na Bahia, mas se criou no Rio de Janeiro”. O senhor como Assessor Especial da Secretária de Estado de Turismo, em especial a pasta do Turismo Religioso, como vê o fenômeno da economia e da religiosidade na vida do carioca, considerando que o turismo deve ser bom não só para o turista ou para quem trabalha nele. O Turismo Religioso tem grande potencial de geração de renda e, sobretudo, de elevação da auto estima das populações que integram os seguimentos religiosos. A religiosidade e suas manifestações são parte do patrimônio imaterial das comunidades, representando os atrativos de desenvolvimento econômico e incentivando o fortalecimento da harmonia, da paz e do orgulho das populações.


FOTO: DIVULGAÇÃO

“—Vamos começar a retomada rezando e agradecendo, cada um com sua fé”

FOTO: BORIS G

FOTO: DIVULGAÇÃO

SANDRO CAPADÓCIA (ASSESSOR ESPECIAL DA SECRETARIA DE TURISMO RELIGIOSO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO)

INTERIOR DA IGREJA DA CANDELÁRIA

CATEDRAL PRESBITERIANA


FOTO: NICO KAISER

CRISTO REDENTOR

Quais os principais polos turísticos Religiosos do Rio de Janeiro hoje? Qual é o destino turístico mais importante para o Estado? Temos alguns pontos conhecidos internacionalmente, como o Cristo Redentor, que é considerado pela UNESCO como parte da paisagem do Rio de Janeiro, incluída na lista de Patrimônios da Humanidade e uma das sete maravilhas do mundo moderno. Além disso, temos a Igreja de Nossa Senhora da Candelária, o Mosteiro de São Bento, a Catedral Presbiteriana, o Grande Templo Israelita, Santuário Nossa Senhora da Penha. Outros destaques de nosso turismo religioso são: Capela das Aparições de N. Sra. de Fátima, Igreja de São Francisco de Paula, Mesquita da Luz (Muçulmana), Santuário de Santo Antônio, Paróquia de N. Sra. de Copacabana e Santa Rosa de Lima, Igreja São Jorge, Santuário Vale do Amor (Universalista), KTC–Karma Theksum Chokhorling (Budista), Ilê Asè Opô Afonjá (Candomblé) e a Pequena África, uma região no centro do Rio, que guarda muito pontos históricos com referência à cultura africana. A

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lista, portanto, é imensa, com pontos turísticos em todo o Estado do Rio. Busco mostrar a diversidade de forma positiva, contribuindo para o fim da intolerância religiosa. Quais os principais desafios para desenvolver o turismo religioso e quais serão as metas de sua gestão à frente da Assessoria Especial da Secretaria de Turismo do Estado? Agora, enfrentamos uma pandemia que está trazendo grande sofrimento para a população. O Turismo é um dos segmentos mais atingidos, mas tenho certeza de que tão logo iniciemos a retomada e a flexibilização do isolamento social, sempre em consonância com os órgãos de Saúde, teremos um enorme movimento com pessoas buscando suas igrejas, templos, terreiros, em busca de conforto, agradecimento e união. Vamos começar a retomada rezando e agradecendo, cada um com sua fé. Pretendemos manter o incentivo concreto ao desenvolvimento do Turismo Religioso através de projetos, eventos e interlocução com todos os integrantes do trade do Turismo. Temos vários projetos que vamos colocar em prática: o Turista Servidor do RJ, o (2.º)Seminário Estadual Sustentável do Turismo Religioso a, ainda, o projeto Pão Santo de Cada Dia, junto à indústria panificadora. Além disso, vamos valorizar festas e eventos religiosos como a Festa de São Jorge da Capadócia, que ganhou a honra de ser Padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro, junto a Santo Sebastião, através de uma Lei Capadócia, idealizada por mim. 

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SAÚDE DO IDOSO Dr. ELEXANDRO ARAÚJO Diretor e Fisioterapeuta na empresa EA — Terapias Integradas. Escritor na empresa Editora UFPE, fazMestrado em Gerontologia em FUNIBER, fez Bacharelado em Fisioterapia em UNIP — Universidade Paulista.

ENVELHECIMENTO

S A U D Á V E L Há pessoas que durante o processo de envelhecimento não apresentam condições clínicas alteradas, ou seja, não apresentam quadro de doença

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nvelhecer é passar por um processo de mudanças biológicas, que provocam diminuição orgânica, funcional. Não necessariamente por uma causa patológica (doença), mas, por fazer parte de um processo natural e inevitável. O termo qualidade de vida está relacionado com características dos ambientes social e físico, assim como da saúde e estado interno dos indivíduos. O medo e a dificuldade de aceitação frente a esse processo, são realidades latentes para muitos idosos. Perceber-se diferente, sem a aparência de antes, sem a funcionalidade a qual já não apresenta tanto vigor. O que percebemos é uma geração de idosos presos a essas condições e, com isso, não conseguem vislumbrar uma nova forma de se perceber. Alguns questionamentos são frequentes no dia-a-dia:  Será que só devo cuidar da saúde quando chegar no processo de envelhecimento? Não. Precisamos desenvolver bons hábitos de vida para um presente e um futuro saudável.  Será que o fato de não ter me cuidado antes de chegar a esse processo, me impossibilita de procurar novas formas que somem a minha saúde? Não. Com certeza deve procurar meios que venham promover melhor qualidade de vida.

Há pessoas que durante o processo de envelhecimento não apresentam condições clínicas alteradas, ou seja, não apresentam quadro de doença. Existem outras que sim. Cada idoso tem a sua especificidade, para cada particularidade, um tratamento direcionado. A fisioterapia atua diretamente no processo de envelhecimento. Seja na promoção de saúde, na reabilitação. Os exercícios prescritos e devidamente realizados com a supervisão do Fisioterapeuta promove maior qualidade de vida. Alg uns dos aspectos comuns durante o processo de envelhecimento são as perdas de massa óssea, massa muscular, com isso, perda de força e resistência, dificuldade para andar, alteração do equilíbrio, dificuldade para realizar atividades de vida diária. Todas essas alterações facilitam o risco de quedas, o que é bastante comum nessa fase. Por isso, a fisioterapia torna-se indispensável para minimizar os riscos e proporcionar qualidade de vida ao paciente idoso. Envelhecer não precisa ser visto como algo ruim ou pouco desejável. Envelhecer é parte de uma fase incrível da vida de um ser humano. Fase que transforma não só a própria história, mas, às de quem por perto se encontram. Envelhecer com qualidade de vida é um direito de todos! 

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A Origem

porque

JUREMA?

O FOTO: DIVULGAÇÃO

por LUCIANA ARAÚJO — EDITORA GERAL DA REVISTA JUREMA

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nome Jurema é originário de uma árvore (Acácia Jurema), cujas raízes os pajés faziam uma bebida capaz de produzir sonhos adivinhatórios. Jurema é uma árvore muito conhecida no nordeste brasileiro. São utilizadas a casca e a raiz macerada na água, vinho ou cachaça. É dessa planta que se origina o famoso “vinho da Jurema,” citado na obra “Iracema” de José de Alencar. Através da Planta, os guerreiros de Araquém, entravam em comunicação com o mundo invisível. Há uma diversidade de significados abrangidos pelos usos da Jurema, passando pelos contextos indígenas, pela simbologia grega — Jurema a Fênix do sertão, ou seu consumo nas religiões afro, até os experimentalismos urbanos contemporâneos. Assim, nos anos 90, foi elaborado na Europa uma nova bebida feita a partir das cascas de raízes de Jurema (mimosa tenuiflora willd poir) e de sementes de arruda da Síria (Peganun Harmala). A essa beberagem se convencionou chamar, também de Jurema. Diz a lenda que Maria, ao fugir dos soldados romanos para proteger o seu filho, Jesus, descansou a sombra de um pé de Jurema. O nome revista JUREMA faz alusão a esta história tão diversamente cultural, forte e enraizada, assim como a alma da mulher!


FRONTEIRAS Dr. FERNANDO PORTELA CÂMARA MD, PhD, é médico, cientista e escritor. Foi professor/

pesquisador na UFRJ (1977-2017), onde chefiou o Setor de Epidemiologia do IM-UFRJ. É fundador do Instituto Stokastos onde desenvolve atualmente modelos estocásticos de aprendizagem e inteligência em redes neurais, e o blog http://institutostokastos.com.br

A PRIMITIVA INTELIGÊNCIA

ARTIFICIAL

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nteligência não é um privilégio de gatos, cachorros, chimpanzés e humanos. Até mesmo uma bactéria tem inteligência, pois, ela exibe capacidade de resolver um dado problema ajustando-se satisfatoriamente a uma nova condição, sem que pense ou tenha intenção. Esse ser primitivo, unicelular e microscópico reconhece uma fonte de alimentos e se aproxima dela, ou se afasta se algum produto tóxico está presente. Sob sua superfície existe receptores que detectam sinais químicos ambientes, e milhares de máquinas moleculares movimentam a célula e processam energia. Nos organismos mais complexos, esse trabalho é desempenhado pelo sistema nervoso. Ecossistemas também são inteligentes; lagoas, florestas, cerrados e microambientes são sistemas que mudam e se adaptam em conformidade com o ambiente. Essa inteligência é mecânica, seus algoritmos se materializam na própria organização dos sistemas. Usamos uma palavra ou expressão para nos referirmos a essa complexa teia de regulação e integração: computação ou processamento lógico. Não se deve estranhar esses fatos, pois , a lógica é a raiz de tudo, o modo como o universo cria a si mesmo, e não depende da mente humana — ela mesma funciona por lógica.

Inteligência não deve ser confundida com consciência, mas não se pode conceber um ser senciente ou consciente que não tenha inteligência. O que é isso? Inteligência é essencialmente computação, lógica em ação. Em termos mais claros, a capacidade de tomar decisões com o fim de resolver algum problema. A expressão inteligência artificial (IA) foi criada para designar projetos de reprodução de algum nível de inteligência em máquinas, com o propósito de auxiliar trabalhos intelectuais humanos de cunho repetitivo (cálculos, projeções, tomadas de decisão fundamentadas em heurística, identificação de faces e objetos, pilotagem autônoma, etc.). Em outras palavras, uma IA é uma inteligência acessória, não é uma mente, apenas um cérebro muito simples construído com circuitos impressos. Computação está em toda parte. Uma equipe no Japão usou cambadas de caranguejos-soldados para construir um computador natural muito simples; eles

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usaram elementos particulares do comportamento do caranguejo para mostrar como cambadas reagem por meio de uma lógica simples (AND, OR) à aproximação de um predador. Analogamente, Sam Arbesman e Nicholas Christakis, criadores da “sociologia sintética”, mostraram que o comportamento humano em um shopping resulta da computação ridiculamente lenta da porta lógica NOR. As atuais IAs estão ainda no estágio equivalente ao processamento neural de um inseto, e isso já é suficiente para se fazer muita coisa. Imagine uma aranha decidindo se a vibração de sua teia corresponde a um inseto ou uma folha; um louva-deus que calcula a trajetória de um inseto para capturá-lo em pleno voo; uma abelha que reconhece que tipo de flor tem mais néctar e comunica às demais sua localização e distância; ou um formigueiro em que as tarefas são divididas e coordenadas com um valores familiares, crenças, mínimo de custo energético. As preconceitos, sexualidade, IAs podem fazer tudo isso; afinal, conduta de grupo, etc. Quanto fazer cálculos, tomar decisões com mais primitiva a sociedade, “Inteligência é base em informações prévias, recomenos diferenciadas são as essencialmente nhecer objetos, explorar topograindividualidades, e maior é fias, pilotar drones e automóveis computação, lógica em o controle da IA “selvagem”. são coisas bem fáceis para um céreO desejo de individuação toração. Em termos mais na-se uma fonte de conflito bro equivalente ao de um inseto com um pouco de programação. entre o sujeito e seu grupo, claros, a capacidade Para Nicholas Christakis, a cultura pois está em oposição com a de tomar decisões humana (incluindo aqui outras fornorma cultural — a tradição mas de ideação coletiva) seria uma com o fim de resolver dos ancestrais: o desejo de IA “selvagem”, isto é, uma inteliromper com a ordem mítica algum problema” gência criada fora de nossas mentes muitas vezes sucumbirá sob e que controla o “senso comum”. as poderosas forças de dissoNão se trata de uma inteligência mecânica, mas abs- lução da individualidade. O xamanismo nessas trata; seus algoritmos estão entranhados na estrutura culturas encarrega-se de manter os mitos de funda linguagem. Em outras palavras, uma programação dação. A conquista da individualidade e, consecodificada em mitos; uma memória coletiva consti- quentemente, da liberdade, foi um longo processo tuída em um conjunto de linhas de código que orga- de montagem da Civilização Ocidental que nos fez nizam o inconsciente social, nossa fonte de tabus, chegar onde estamos, mas essas conquistas podem

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regredir se permitirmos que os mitos antigos, disfarçados em ideologias de uniformização das mentes e da sociedade, venham a ser reativados por tiranos e poderosos aparatos opressores. Temos uma relação de amor e ódio com a cultura. Tememos ser tiranizados quando o fundamentalismo religioso, o fascismo e as ditaduras cerceiam nossa liberdade. Também desejamos alguma forma de controle coletivo quando isto pode fazer coisas

que não podemos fazer como indivíduos, como, por exemplo, promover ações coletivas, promover bem estar social, escolher como queremos ser governados. Além disso, a cultura pode evoluir, na medida em que descobrimos novas formas de pensar e isso leva a promover modificações na IA “selvagem”. A experiência coletiva em certos momentos reescreve e atualiza sua programação, impulsionando a evolução das consciências. Isso poderá acontecer agora

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

por ocasião do choque global causado pela pandemia da Covid-19. A IA “selvagem” organiza e controla o coletivo, interligando os sistemas nervosos em rede. Não é uma consciência coletiva, mas um sentido coletivo, social: a cultura. Sua autonomia será tanto maior quanto mais energia e responsabilidade ela poupa nos indivíduos, levando o coletivo a agir próximo a um enxame de abelhas, como nas culturas primitivas ancestrais. No pólo oposto, passamos a controlar a IA selvagem assumindo a responsabilidade por nossas decisões, investindo nossas energias no aperfeiçoamento do humano, revendo a programação. A sociedade deve ficar alerta para os novos algoritmos sociais que governos de inspiração autoritária vêm cogitando, sob o signo do medo, para impor o que você deve pensar e em concordar em entregar ao Estado a responsabilidade sobre sua vida.  

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Este artigo é parte de um capítulo do livro do autor, “O Alienígena Entre Nós”, que sairá brevemente.

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SAÚDE ESPIRITUAL SAMIR ABOU HANA é conferencista espírita, comunicador de rádio e televisão, jornalista e influenciador digital.

TEMOS NOSSOS DÉBITOS...

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lgumas doenças, imperfeições físicas, perturbações de comportamento e tendências para o mal caminho podem vir conosco como carga negativa a ser corrigida durante a vida pela graça do livre arbítrio que a misericórdia de Deus nos concede. Você pode estar diante da tentação que, na avaliação humana é chamada de irresistível, mas sua força moral apoiada em sua fé consegue resistir e não se deixar vencer. Há deficiências, interferências orgânicas e imperfeições incorrigíveis que ocasionam limitações. Levam, naturalmente, ao sofrimento. Esse sofrimento é o resgate que se paga pelo que se fez de errado em vidas passadas. A criança que chega ao mundo marcada por problemas às vezes sem solução, escolheu pagar e se redimir do débito. Não fosse assim e Deus não seria justo. José Ricardo, que matou o médico e médium Edson Queiroz, teve diante de si a prova para se condenar ou crescer perante a espiritualidade. Tentado tirar a vida de sua vítima, para quem trabalhou em sua casa, tomado pela arrogância momentânea e pelo destempero emocional, José Ricardo não fugiu da prova. Preferiu enfrentá-la e matar. O Dr. Edson Queiroz fraquejou. José Ricardo não orou nem vigiou. O médium o perdoou. O criminoso acrescentou dívida em sua folha corrida na Espiritualidade.

Doenças da alma são provocações. Do jeito como são enfrentadas podem resultar em libertação ou em sofrimento que nos acompanham ao túmulo. Essa crescente estatística de síndromes psicológicas, moléstias psicossomáticas e depressões atestam que o mundo está em evolução. Os aprovados conhecerão uma nova humanidade, marcada e direcionada pelo amor. Os reprovados talvez tenham que repetir futuras existências para que evoluam. Talvez sejam mandados para comunidades inferiores a esta. Lá chegarão na condição de professores do ensino básico a respeito da vida. As doenças da alma, cada vez mais sentidas principalmente nas grandes concentrações urbanas, desafiam o conhecimento (cientifico), instigando a humanidade a conhecer-se melhor e mergulhar, cada pessoa, dentro de si, nos recônditos e cavernas onde a circulação sanguínea não passa e os medicamentos da Medicina não chegam. Primeiro a alma padece com infelicidade, decepções, ingratidões, afeições destruídas, uniões antipáticas de outras ou da atual existência. Depois o corpo é invadido e começam os sofrimentos que muita gente teima em dizer que não tem explicações, não encontram justificativa. Na expiação e no arrependimento; na oração e na vigilância para não se repetir os erros é que nos aproximamos de Deus e da felicidade.  

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TERAPIA SISTÊMICA CARLOS SILVAN Terapeuta e Educador no Instituto Ethos Cogitare — Educação e Autoconhecimento.Coordenador Geral Gestão do Trabalho em Saúde no Ministério da Saúde e Assessor no Ministério da Educação — MEC.

CUIDAR DOS ARTISTAS:

UM DESAFIO DE QUALQUER SOCIEDADE DIGNA E DECENTE

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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sta narrativa é uma revisão de uma narrativa já publicada, que aponta algumas novas ideias a partir de um pedido de uma grande amiga, Luciana Araújo. É comum, sabermos que um ou outro artista (não excluo as outras pessoas, mas essa mensagem é para e sobre os artistas), está em estado de depressão, sofrimento emocional, psíquico desorganizado espiritual e/ou energeticamente (somos energia, segundo os pensamentos: quântico, sistêmico e integrativo). Na minha compreensão, os artistas transitam de um jeito muito especial e diferente na vida. Sua missão inclui a criação, a liberdade, a produção de subjetividade de uma maneira muito intensa, talvez, na maioria das vezes, mais intensa que pessoas de outras funções sociais. São ao mesmo, tempo humanos e míticos. São iguais e diferentes. Os artistas têm uma função diferente no mundo que é cuidar da humanização de pessoas e de si mesmo a partir do fazer criativo. Artistas precisam acessar com mais intensidade suas múltiplas sensações e emoções, que nem sempre outras funções sociais exercitam com tanta força,

(apesar de acreditar que deveriam) . Possível que sejam por causa da diferente missão de acessar tantas emoções diferentes e ainda inspirar para que outras pessoas também acessem. Isso pode ser visto como um desafio para os artistas. Sociedades dignas e decentes devem cuidar de seus artistas. A minha descoberta tem sido: como precisamos cuidar de nossos artistas. Como é importante cuidar dessas pessoas “iluminadas”, “mágicas”, “diferentes” que nos apresentam tantas coisas boas (aqui falo exclusivamente dos artistas), que mexe com algumas sensações tão raras em nós, e na maioria das vezes, nos tocam, nos alegra, nos emocionam e nos faz mais profundamente humanos. Obviamente, que existem os artistas que não nos ajuda a ser mais. E esses, talvez precisem de mais ajuda. Sendo a sociedade digna e decente, deve respeitar, apoiar e cuidar dos seus artistas, tendo em vista que sem a possibilidade de um tipo de arte que nos ilumine, nos inspire, nos emocione e nos humanize. Fica aqui meu registro para que cuidemos das pessoas para que as pessoas se cuidem.  

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Teatro

VERSÃO de Chapeuzinho VERMELHO à Francesa

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fotos ADRIANA MARCHIORI

remiada releitura do clássico infantil com assinatura do francês Joël Pommerat é montada pela primeira vez no Brasil pelo Projeto GOMPA (RS) Um dos maiores clássicos da literatura infantil e um dos mais relevantes nomes da dramaturgia contemporânea mundial se encontraram pela estrada afora e chegaram no caminho do Recife, a CAIXA Cultural Recife recebeu o espetáculo Chapeuzinho Vermelho, releitura do francês Joël Pommerat, montada pela primeira vez no Brasil pelo Projeto GOMPA, de Porto Alegre, que já recebeu 41 indicações a prêmios nacionais. Pernambuco foi o oitavo estado a receber a montagem, que subverte a tradicional estética da contação de histórias e se vale de teatro, dança, música e artes visuais para discutir temas como o medo e a solidão, as relações familiares e a difícil transição da vida infantil para a vida adulta. Com um afiado elenco composto por Laura Hickmann, Henrique Gonçalves, Guilherme Ferrêra e Fabiane Severo,

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que vivem, respectivamente, a Menina, o Lobo, o Homem que Conta, a Mãe da Menina, e a Mãe da Mãe da Menina, o espetáculo atravessa todas as gerações de espectadores, sugerindo muitas camadas de interpretação e convidando adultos e crianças a enfrentarem seus medos e correrem riscos nas travessias da vida. Para o autor do texto, a peça propõe uma “iniciação ao medo” para o público infantil, um enfrentamento urgente para uma sociedade habituada a

dialogar também com o público infantil, introduzindo uma estética um pouco mais elaborada e reforçando o convite a consumir teatro ao longo da vida. Todas as apresentações contão com intérprete de Libras. OFICINA  Após a segunda sessão de cada dia, os artistas estarão disponíveis para um bate-papo com o público. Além disso, aproveitarão a curta temporada no Recife para semear futuros públicos e ato-

proteger em excesso as crianças, a ponto de não res em uma oficina de dramaturgia infantil, também prepará-las para lidar com as limitações, desafios na CAIXA CULTURAL Recife. Foram oferecidas 15 e dificuldades que inevitavelmente se apresentam. vagas para o público dos 9 aos 12 anos. Em sua aventura em busca do desconhecido, Chapeuzinho abre caminhos para “Para o autor SOBRE O GOMPA  Criado em 2014 que pais e filhos conversem sobre quespela encenadora Camila Bauer, o do texto, a peça tões que estão no âmago da existência coletivo Projeto GOMPA vem se humana, protegidos pela bolha do faz propõe uma destacando pela concepção de espede conta. Para os adultos, a floresta que táculos que mesclam diferentes lin“iniciação ao guagens artísticas, estabelecendo a peça convida a enfrentar também é densa, mas habitada por outros lobos, uma importante pesquisa em dramaMEDO” como o abandono e a manipulação. turgia e linguagem cênica. As monAo longo dos 50 minutos de espetáculo, com indica- tagens do coletivo têm como marca fundamental a ção etária livre, todas essas questões se apresentam fusão de diferentes artes como princípio narrativo, emolduradas por cenários, figurinos e iluminação promovendo nos palcos o encontro do teatro com a de rara elegância entre projetos que se dedicam a dança, a música e as artes visuais.  

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Gastronomia

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COMEDORIA

POPULAR

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FOTO: BRUNO CAVALCANTI

por ANA CLAUDIA FRAZÃO

série “Comedoria Popular” nasceu em 2008 com o lançamento do Projeto “Feiras e Mercados do Recife”. A publicação é mais que um roteiro gastronômico, pois ressalta a comida típica servida nesses ambientes, com abordagem paralela ao contexto histórico cultural, que aguça a memória afetiva da cidade do Recife. A visão do livro está voltada para os belíssimos mercados públicos e feiras livres da cidade, revelando muitas cores, paladares, vida cultural intensa e valores bem próprios e únicos. A publicação traz, além do contexto histórico cultural, aspectos arquitetônicos dos mercados, e também um índice das receitas que fazem parte do cardápio desses ambientes, com uma escala cromática constando o valor nutricional de cada preparação — tudo isso ilustrado por um rico banco de imagens, que apenas revela o que já está genuinamente registrado no cotidiano dos nossos mercados públicos e feiras livres. Meu segundo trabalho, o “Comedoria Popular: Engenhos e Fazendas de Pernambuco” exalta a culinária de um dos mais importantes capítulos da história brasileira, o Ciclo Açucareiro e em especial

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o da Cultura gastronômica dos engenhos pernambucanos. Nele, trago as particularidades dos cardápios das fazendas, com algumas das receitas que fazem parte do Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado. Também revelo em paralelo ao cotidiano dos hábitos alimentares, o apreço aos doces e a expressão da doçaria Conventual, influência marcante da Matriz Portuguesa sob a luz da Cultura Árabe em nossas mesas. O Recife fomenta uma diversidade turística que agrega as cidades circunvizinhas, onde encontramos alguns dos antigos Engenhos e Fazendas impregnados de história. Pesquisar e editar o livro a partir da percepção principalmente cultural e histórica, da coleta de dados e imagens e também da preparação das receitas que nasceram nesses ambientes e hoje estão nas nossas mesas, é a amalgama do livro. A obra também traz rotas turísticas do nosso estado, exaltando a gastronomia e visitação desses ambientes, sobretudo, das receitas que fazem parte do patrimônio imaterial. O turismo rural de Pernambuco compreende rica expressão cultural, onde a gastronomia tem um papel predominante. Este volume procura valorizar a nossa história, revelando a evolução e importância da identidade cultural pernambucana existente nos nossos engenhos e fazendas. Em viagem a Moçambique, na África, aflorou o meu desejo em produzir minha terceira pesquisa gastronômica, o “Comedoria Popular: receitas, Pernambuco e Moçambique”. Por lá, detectei a confluência entre

elementos das duas culturas expressas por hábitos cotidianos e produtos destinados à produção de diversos pratos típicos e regionais. Esse intenso intercâmbio entre às duas nações resultou em um livro que expressa as características relacionadas às regiões litorâneas na conexão entre Pernambuco e Moçambique representada pelo vasto uso dos pescados e frutos-do-mar. Como sou fã incondicional da mandioca, nossa tão conhecida macaxeira, veio a quarta publicação, que teve como principal objetivo destacar a cultura indígena como valorização dessa importante matriz formadora do povo brasileiro. A ideia foi unir a gastronomia como fio condutor às linguagens da música, teatro, animação, manipulação de bonecos e culinária e propiciar uma dinâmica que fosse capaz de conquistar o público infantil na interação dessa proposta. A lenda da mandioca, além da beleza da narrativa, traduz nossos mais ancestrais hábitos alimentares, é uma raiz de alta relevância para cultura brasileira, presente de norte à sul, seus usos vão desde a raiz ou de seus subprodutos, resultam em pratos doces e salgados, quentes e frios. Além do livro sobre a mandioca, idealizei uma celebração cultural, espetáculo dirigido e musicado por Fernando Escrich, que contou com os atores Fábio Caio, Fátima Caio e Kiara Muniz. Durante a temporada, levamos

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essa história para mais de 600 crianças da rede pública, em Recife, Ipojuca e Igarassu. O resultado das apresentações sempre foi de crianças atentas à história e bastante entusiasmadas pelos sabores do bolinho de mandioca que é uma receita baseada no bolinho de bacia pernambucano, além do sorvete de massa de tapioca. Enfim, a oficina que acontece após a contação da história com a participação da mascote Cawa e que conta com minha contribuição como auxiliar de cozinha é o fechamento que grava na memória de cada criança de forma bem divertida, com a proposta de celebrar a mandioca. Em 2017 foi lançado o“Comedoria Popular: Shakkar — a cultura do açúcar e saberes tradicionais da gastronomia de Pernambuco”, um mapeamento da produção de doces tradicionais onde o açúcar é o principal ingrediente, e que constitui os tabuleiros populares tão presentes na cultura do Estado de Pernambuco. A pesquisa teve o foco no açúcar, como elemento transformador da realidade e vidas dentro de um contexto histórico, social e cultural resultante do processo de resistência na manutenção da gastronomia tradicional. Concomitante à pesquisa foi produzido uma mini série de vídeos em cada município mapeado. Foram 5 vídeos em formato documentário, que apresentaram um panorama de algumas das expressões gastronômicas da Zona do Agreste e Sertão pernambucano, aglutinando as suas origens dentro de uma sociedade que foi construída em torno da produção açucareira. Com conteúdo da

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pesquisa, fotos e depoimentos dos mestres e mestras na feitura dessas preparações, o vídeo abordou expressões e manifestações da gastronomia popular como o confeito de festa, compota de frutas, alfenim, biscoito do Lambedor e dudu de batata-doce, fornecendo uma visão geral da diversidade cultural e suas origens históricas. E nessa deliciosa trajetória, veio o açucarado “Comedoria Popular: Doçaria de Pernambuco”, abordagem que revelou aspectos da doçaria conventual, enfocando o açúcar como símbolo de poder e riqueza e da vasta presença do produto largamente utilizado nos conventos e monastérios, já que estes eram basicamente mantidos pela nobreza. Esta mistura fina de receitas técnicas e utensílios contou com a participação dos portugueses no uso de caldeirões e tachos de cobre, chaminés francesas, almofarizes, etc. Dos africanos: colheres de pau, gamelas de madeira, raladores de coco, entre outros, dos indígenas: trempes, urupemas, pilões e a própria concepção do espaço externo da cozinha, conhecido como “puxado” que foi totalmente inspirado pela cultura ameríndia. A obra contempla diversas receitas, além de “boxes” contendo informações que elucidam o caráter original das preparações, associando-as a doçaria conventual de Portugal, agregando valores à realização da pesquisa através da viagem e roteiro gastronômico que reconheço “in loco.” 

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BOLO DE MILHO Ingredientes 400 g milho verde 300 ml leite integral 100 ml leite de coco 4 unidades ovos 150 g açúcar granulado 15 g manteiga sem sal 12 g fermento em pó 5 g sal q.b. farinha de trigo para untar

Modo de preparo: 1. Retire apenas os grãos das espigas, cuidando para não remover a parte branca. 2. Em um liquidificador, bata o milho*, o leite integral e o leite de coco, até obter uma textura lisa. 3. Em um recipiente, com auxílio de um fouet, bata ligeiramente os ovos, junte o açúcar e continue batendo. 4. Em uma panela pequena, derreta a manteiga em fogo baixo e junte aos ovos e ao açúcar. 5. Acrescente o fermento e o sal e leve todos os ingredientes ao liquidificador, no modo “pulsar”, por aproximadamente 1 minuto.

6. Unte uma forma com manteiga e farinha de trigo e bata para retirar o excesso. 7. Leve ao forno preaquecido até que o bolo esteja dourado por cima. *Se desejar, use milho em conserva, retire a salmoura e lave em água abundante. CURIOSIDADE: Originário das Américas, o milho em nosso país tem o consumo intensificado no período junino. Por ser junho o mês da colheita, seu reinado é absoluto em pratos como canjica, mungunzá, pamonha, pudins entre outros. 44


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REQUEIJÃO DA FAZENDA Ingredientes 90 g de farinha de trigo 30 g de amido de milho 1 l de leite integral 600 g de queijo de coalho 100 g de manteiga PÃO DE MACAXEIRA Ingredientes 500 g de macaxeira cozida 500 ml de leite integral 3 ovos 24 g de fermento biológico seco 20 g de açúcar cristal 12 g de manteiga 10 g e sal 15 ml de óleo 1 kg de farinha de trigo 1 gema (ligeiramente batida) 15 ml de água Modo de preparo: 1. Cozinhe a macaxeira, até que fique bem amolecida, retire da panela e amasse até formar uma pasta. 2. Em um liquidificador, junte o leite, os ovos e o fermento. 3. Adicione o açúcar, a manteiga, o sal e o óleo aos demais ingredientes. 4. Aos poucos, acrescente a farinha de trigo peneirada. 5. Misture a massa, sove para homogeneizar, até ficar bem macia. 6. Separe a massa em três partes e faça três “cordões” com o mesmo comprimento e espessura. 7. Junte-os por uma das extremidades, pressionando-os para modelar a trança. 8. Leve a uma forma untada com óleo por 40 minutos ou até dobrar de volume. 9. Pincele os pães com uma gema e uma colher de sopa de água levemente batidos, para dar um acabamento mais dourado. 10. Leve ao forno preaquecido (180 ºC) por aproximadamente 20 minutos ou até que esteja dourado.

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Modo de preparo: 1. Dissolva a farinha de trigo junto com o amido de milho em 200 ml do leite. Reserve. 2. Passe o queijo num ralo grosso e transfira para uma panela. 3. Derreta o queijo, adicione o leite e, em seguida, junte a mistura do leite, da farinha de trigo e do amido. 4. Acrescente a manteiga e bata vigorosamente com auxílio de um fouet. 5. Corrija o sal, se necessário. 6. Cozinhe em fogo alto, mexendo sempre, até começar a desprender da panela. 7. Deixe esfriar, transfira para um recipiente de vidro e armazene na geladeira.

ANA CLAUDIA FRAZÃO

Assessora de Gastronomia da Secult PE, autora das séries Comedoria Popular e Minha Artéria A Horta, produtora cultural, pesquisadora, consultora, professora de cozinha brasileira e pernambucana, graduada em Gastronomia, pós em Gestão e Produção Cultural.

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AUTOMÓVEL TARCÍSIO DIAS é profissional e técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânico com habilitação em Mecatrônica e Radialista, desenvolve o site Mecânica Online, (www.cursosmecanicaonline.com.br)

VENDA de VEÍCULOS NOVOS PODE CAIR PELA METADE EM

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A MERCEDES-BENZ lançou loja virtual no Instagram para facilitar a compra de veículos da marca em tempos de isolamento social


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ssociação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou hoje à imprensa, novas perspectivas para o fechamento de vendas de 2020, com uma queda de 40% para o conjunto dos autoveículos novos, composto por automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. No cenário apresentado pelo Presidente Luiz Carlos Moraes, o total de licenciamentos será de 1,675 milhão de veículos. No ano passado, foram licenciados 2,788 milhões de autoveículos. “A queda impressiona, e é ainda mais grave na comparação com o resultado de 3,050 milhões que havíamos projetado no início do ano, configurando um tombo de 45%”, ressaltou. As vendas de automóveis tendem a ser as mais prejudicadas pela crise econômica originada pela pandemia do novo coronavírus. Caminhões deverão cair menos por conta de alguns setores que estão demandando maior nível de transporte, sobretudo o agronegócio. Segundo Moraes, ainda não é possível projetar com maior precisão a queda na produção, pois, ela também depende do cenário das exportações, que continua nebuloso. O mesmo vale para o setor de máquinas, até agora o menos impactado pela crise. Números negativos em maio — Os resultados de maio foram melhores que os de abril, o que não chega a configurar uma boa notícia, já que o mês anterior foi o de paralisação quase completa das fábricas e das concessionárias por todo o país. Na comparação com o mesmo mês de 2019, houve queda de 84,4% na produção de autoveículos (43,1 mil unidades produzidas), de 63,9% na de caminhões (4,1 mil unidades) e de 29,5% na de máquinas agrícolas e rodoviárias (3,6 mil unidades). As exportações de autoveículos registraram recuo de 90,8%, e de 39,4% no caso de máquinas. O único dado positivo de maio foi o crescimento


de vendas de 23,3% das máquinas, na comparação com o mesmo mês de 2019. Nesse quesito, autoveículos caíram 74,7%, e os caminhões recuaram 47,2%. No acumulado do ano, as vendas de autoveículos se aproximam de queda de 40%, enquanto produção e exportações já encolheram quase 50%. As máquinas acumulam queda da ordem de 30% na produção e nas exportações, mas mantêm estabilidade nas vendas ao mercado interno. evitar maiores danos à “Embora junho sinalize algum retorno mais efetivo cadeia automotiva”, conclui às atividades, teremos sem dúvida o pior trimes- o Presidente da Anfavea. tre da história do setor automotivo. Resta esperar por uma reação no segundo semestre capaz de MECÂNICA ONLINE Estudo COVID—19 e o consumidor automotivo como as organizações automotiPONTOS DE CONTATO vas podem engajar os clientes e reacender a demanda? ”, do Capgemini Research Institute, pesquisa realizada com 11 mil consumidores em 11 países mostrou como o sentimento dos clientes com relação aos automóveis tende a mudar — e já se alterou com a pandemia. Estudo II Entre os dados mais importantes é possível destacar que saúde e segurança continuarão a moldar o comportamento do consumidor: a preferência segue acentuada pela mobilidade individual sobre os modos de transporte público FORD CLEAN

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+ DE 50 PONTOS DESINFETADOS e compartilhado, e a retomada do interesse na propriedade de veículos entre os consumidores mais jovens, com a preferência por canais de engajamento digital. Compra virtual A Mercedes-Benz lançou loja virtual no Instagram para facilitar a compra de veículos da marca em tempos de isolamento social. A iniciativa tem o objetivo de proporcionar aos clientes a opção de iniciar o processo de compra de um automóvel novo na palma da mão e na segurança do seu lar. A estreia da loja virtual traz três modelos de grande sucesso da marca no País: Mercedes-Benz C 180 nas versões Avantgarde e Exclusive e o GLA 200 Advance, modelos que participam da campanha especial das vendas da marca neste mês de junho. Pneus Em maio, a indústria nacional de pneumáticos teve queda de 50,5% em comparação ao mesmo período de 2019. O resultado é consequência da queda significativa nas vendas para montadoras (-81,1%) e para o mercado de reposição (-37,6%). Com isso, o mês fechou com um total de 2.532.359 unidades comercializadas. Os dados fazem parte do levantamento setorial divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP). 

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Letras

LITERATURA LUSO–BRASILEIRA O P O E TA P O R E L E M E S M O !

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por MARLU ARAÚJO & JOSÉ CARLOS BORGES

ste espaço nasce para fazer um passeio poético pela História da Literatura Portuguesa X Brasileira, nos dias atuais. Para fortalecer a forma como ela se constrói, destacando como a formação da língua luso, brasileira está no centro do debate e o quanto ela precisa dos textos literários para ganhar autonomia e independência. Falaremos também dos poetas e seus processos de criações e da identidade desse povo. Este espaço apresenta José Carlos Borges, um poeta lu­so-brasileiro membro imortal da Academia de Letras do Brasil, cadeira nº 1, correspondente de Lisboa-Portugal.

Comecei na recolha de resíduos em fornos eléctricos de transformação de pedra em cal para soda, para apoio da indústria do vidro, entre outras, trabalhei como operário em empresas de transformação de polímeros (plásticos), daí me infiltrei no controle da qualidade, mais tarde consegui trabalho numa multinacional que montava cabos e os juntava para circuitos elécPOR ELE MESMO... tricos dos automóveis, aí trabalhava no “Nascido nos anos cinquenta do departamento da garantia da qualidade, milênio passado, sob o signo de no sector das auditorias internas e exter“Que a partilha nas, essa a razão pela qual passei a viajar libra, mais tarde me inteirei que sou tigre pelo horóscopo chinês, regispelo mundo. se revele de tado com o nome de José Carlos, Porém, meu fascínio sempre foi a escrita dentro para por apelido Borges. Fui mandado e assim me tornei escrevinhador de senfora, vamos para ler e escrever, e fazer contas tires. De poema em poema, com contos também, desde os seis aos dezese estórias de permeio, fui criando um mergulhar seis anos, com aproveitamento sufiespólio de escritos que agora quero dar ciente para justificar as bolsas de nas feridas da a conhecer ao mundo, com presunção e ajuda por carência de meios. também ambição de passar conteúdos vida sem medo Contudo,fui também malandro, jogade cariz humanista, com uma renovada do desalinho” religião sem mestre, onde todos serão dor de futebol, estudante, migrante por opções ideológicas, retornando discípulos, seguindo instintos de liberao país onde me fiz gente com a queda da ditadura dade, no doar e receber, no aprender e ensinar sem reacionária, em vinte e cinco de abril de mil novecen- palestrantes, a palavra é de todos, sem mandantes tos e setenta e quatro, no serviço militar fui saneado, nem mandados, amar perdidamente, poliamor como após nove meses de desalinhos, e lá iniciei as buscas orientação, sem imposições, pela transparência, para entrar no mercado de trabalho. sem declinar, nem delegar deveres, sem estigmas

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A ventania a sibilar os sons alados Que a brisa quente sempre adormece Na corrente de um rio, em leito alerta, Seguindo o rumo até ao cais, a voz dos fados, Com a saudade recordando, em plena prece, Um futuro anunciado que não desperta. Em os meus versos… Existe a esperança, de mão dada com a fé, Na fonte desnudada à sede imensa, No riso e no choro em toda a gente. Em os meus versos… Recitados por vezes em marcha à ré Mas, olhando horizontes de luz intensa Que sempre acompanham o presente FOTOS: DIVULGAÇÃO

ou preconceitos, sem homofobias, pelo respeito a todas as cores e gêneros. De tudo isso trata e propõe este espaço, igualmente meu poema que vos deixo aqui, na esperança de ser semente de reflexão e se conseguirem frutos à disposição de todos que terão a ventura de o ler e enxergar, sobretudo, o que não está explicito por incapacidade reconhecida do autor. 

Com rimas envolventes em mistério, Atravessando enigmas no dorso das vagas Perdidas na areia da praia dos naufrágios, Onde sucumbiam as naus do vasto império, A marinhagem dizimada, plena de chagas, E um futuro empenhado aos presságios.

MEUS VERSOS Em os meus versos… Não é difícil encontrar minha ventura Em campo aberto afagada pelo sol, Que a ledice espreita pela noite. Em os meus versos… É possível enxergar tanta ternura Com o frio a se esconder em um lençol Perante a desconfiança em um açoite.

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REAL GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA, NO RIO DE JANEIRO


MERCADO IMOBILIÁRIO FREDERICO MENDONÇA é professor, perito avaliador, advogado, empresário imobiliário, palestrante com incursões internacionais, escritor autor da Coleção Gestão Imobiliária, editor-chefe do Bastidores do Mercado.

EX P E C TAT I VA S NO M E R CA D O IMOBILIÁRIO

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esde 2019 o Mercado Imobiliário dava sinais positivos. De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, Abrainc, o segmento de médio e alto padrão teve um crescimento de 20% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período de 2018. Segundo ela, em 2020, a previsão de crescimento era de 30%, em decorrência da melhora da confiança dos consumidores, da facilidade de acesso ao crédito imobiliário e da queda das taxas de juros aos menores níveis da história. Com o advento da pandemia de Corona Vírus, muita coisa mudou. Estamos atravessando o momento mais difícil das últimas décadas, algo diferente de tudo o que alguém pudesse imaginar, notadamente quanto às suas consequências no dia a dia das pessoas. À primeira vista pode até parecer um caos no Mercado Imobiliário, mas não é bem assim. Mesmo que só voltemos a trabalhar normalmente em 2021, as perspectivas são muito boas, porque, apesar dos impactos sofridos, a maior parte da demanda

continuará existindo. Isto é, quem deseja vender, comprar ou alugar um imóvel, muito provavelmente vai querer realizar o seu projeto assim que for possível. Além disso, o Governo Federal está tomando uma série de medidas, como a liberação de mais de R$ 1,2 trilhão aos bancos para evitar a falta de recursos e facilitar a concessão de créditos (volume quase 10 vezes maior do que o movimentado na crise de 2008); a concessão do auxílio emergencial de mais de R$ 100 bilhões a cerca de 54 milhões de pessoas, bem como de R$ 15,9 bilhões para empréstimos a pequenos negócios, visando atenuar os efeitos econômicos da crise, como o fechamento de empresas e o aumento do desemprego. Vale salientar ainda que o Brasil é uma das grandes economias mundiais, com uma população superior a 200 milhões de pessoas, que produzem, consomem e torcem para o país continuar a crescer. Tudo isso contribui para manter os profissionais imobiliários e as empresas do Mercado cheios de esperança de que dias melhores estão por chegar. 

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VIDA CIGANA RONALDO PATRÍCIO é jornalista e relações públicas. Começou seu caminho espiritual em 1994, pela Umbanda Sagrada. Se dedica às terapias energéticas e aos estudos do Tarot. Tem disponibilizado vídeos nas redes sociais sobre seus trabalhos terapêuticos e tarológicos.

LIBERDADE

COMPARTILHADA

NOS DISPONIBILIZAR AO EXERCÍCIO DO BEM CONVIVER É O QUE O MOMENTO ATUAL REQUER

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omo texto de estreia, escolhi trazer o tema da liberdade que tanto permeia os modos de uma vida cigana. Em tempos de Pandemia da Covid-19 (novo coronavírus), termos como isolamento social e distanciamento social se tornaram tão frequentes e fundamentais, que estão dando um novo significado ao exercício de ser livre. Por vivermos em sociedade, precisamos adotar algumas condutas que facilitam muito mais a convivência entre os nossos. O respeito, a empatia, a compaixão e a benevolência, sobretudo com os mais frágeis, são pilares que fundamentam saudavelmente uma comunidade. Como a maioria de nós se encontra em casa, no convívio com crianças, adolescentes, pessoas doentes e idosas, os cuidados se tornam ainda mais necessários e a atenção, redobrada. Agora é quando percebemos que a palavra liberdade não é fazer o que nos der na cabeça, pois, qualquer conduta descomprometida com a realidade atual pode colocar em risco nossas vidas. O mais sensato é adotarmos um conjunto de escolhas e atitudes que fortalecerão os laços, durante esse período, pois o autocuidado é fundamental para a manutenção do bem comum. Saber que somos livres é reconhecer que o outro

também o é. Assim como nutrimos desejos e escolhas, a outra pessoa também. Talvez seja daí que vem o ditado da sabedoria popular em que diz que a nossa liberdade termina quando começa a do outro. Nos disponibilizar ao exercício do bem conviver é que o momento atual requer. É no autocuidado que compreendemos que o cuidado com o outro vai além dos limites de nossa casa. É saber que o exercício da liberdade não se concentra em fazer o que nos der na telha, mas compreender que, durante a Pandemia, a nossa liberdade será aferida pela manutenção do bem comum. 

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Pet Magazine

GATOS, COMPORTAMENTOS e relacionamentos com humanos

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abilidosos e com fama de autô- COMPORTAMENTO SOCIAL nomos e independentes, muito se Os gatinhos nascem vulneráveis, são cegos, surdos dizia que o gato e incapazes de andar. Mamam oito se apega ao local “Eles têm hábitos horas por dia, nas horas restantes e não ao dono. dormem. A socialização do gato noturnos, podendo Felizmente, hoje começa a partir da sua segunda se sabe que isso semana de vida e geralmente está enxergar com não poderia estar mais distante completa na sétima semana. É nessa seis vezes menos da verdade. Estudos demonstram fase que os sentidos e a inteligência que os gatos se apegam, sim, ao luminosidade que do gato devem ser estimulados para dono e têm um espírito de compaauxiliar na formação do animal. os humanos” nheirismo e amizade que faz com É fundamental também nesse que sejam cada vez mais próximos período que o filhote tenha o dos humanos. máximo de contato com seus donos, criando as ligaVeja a seguir algumas das particularidades desses ani- ções afetivas entre gato e dono. Estudos mostram mais tão únicos e como você pode ajudar a fazer com que gatos que não são acariciados por humanos e que a relação entre você e seu gato seja cada vez mais carregados no colo até os dois meses costumam não feliz e saudável. Os tipos de comportamento dos gatos: permitir esse tipo de contato quando adultos.

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Os gatos escolhem o local para dormir de acordo com a temperatura, que eles sentem de forma diferente de nós. Em geral, os gatos gostam de ficar em locais quentes, como motores de carro, por exemplo. COMPORTAMENTO COMUNICATIVO Os gatos se comunicam de várias maneiras diferentes, e estar atento a essas formas de comunicação ajuda a entender melhor o que se passa na cabeça do seu pet. A postura pode indicar o humor ou sentimentos do gato, além de movimentos com suas orelhas e bigodes, a forma de locomoção e diferentes tipos de vocalizações, que compõem uma variedade de sons, incluindo o famoso ronronar. COMPORTAMENTO ALIMENTAR O primeiro alimento do gato é o leite e, já a partir da 4ª semana, ele começa a se interessar pelo alimento que sua mãe come, começando também a ingerir água fresca. Nessa fase, é importante apresentar ao gato, diferentes tipos de ração para definir a que melhor se adéqua a ele. Quando adultos, eles fazem de 15 a 16 refeições por dia, comendo aproximadamente 8 gramas por vez. Já a água eles bebem moderadamente, o que torna importante estimulá-los a beber água para evitar problemas urinários no futuro. É recomendável distribuir vasilhas de água pela casa. Alguns gatos gostam de beber diretamente da torneira. Outros comportamentos que também podemos observar no gato são o sexual, de locomoção, de agressão e o higiênico.

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A RELAÇÃO ENTRE GATO E HUMANO Apesar de também serem sociais, os gatos têm uma natureza diferente da dos cães. Enquanto os cães tratam a família humana como “matilha”, os gatos tendem a considerar as pessoas como iguais ou parceiros de convívio no seu meio social. Como tais, eles precisam que sua confiança seja conquistada. É por isso que, ao adotar um filhote de gato, é importante deixá-lo à vontade para estudar e explorar o ambiente. É fundamental também educá-lo para que entenda os locais em que ele não deve trafegar, como por exemplo, em cima de mesas enquanto você se alimenta. Assim ele entenderá que não pode passear pela mesa enquanto houver pessoas no recinto. É importante também ter na sua casa, brinquedos e acessórios que permitam aos gatos exercitar suas habilidades naturais, como a de caçar, com frequência, uma vez que eles deixaram de fazer isso ao serem domesticados. Eles têm hábitos noturnos, podendo enxergar com seis vezes menos luminosidade que os humanos. Aliás, por serem muito sensíveis à luz, os olhos dos gatos possuem pupilas verticais que, quando totalmente abertas, ocupam uma área proporcionalmente maior do que a pupila do homem.  MEU PET — Saúde de Cães & Gatos da Bayer Fonte: https://meupet.bayer.com

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Política

RIO DE JANEIRO

Dá série: MULHERES NOS ESPAÇOS DE PODER por  GOMES FILHO fotos FABRIZZIO REIS | MDIAS COMUNICAÇÃO tratamento de imagem ROBERTO PORTELLA

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omeço a minha participação como consultor político na Revista Jurema, fazendo justiça à participação das mulheres nos espaços de poder. O objetivo é contribuir para que sejam propagadas informações sobre a participação da mulher nesses espaços, especialmente nos parlamentos. Nesta perspectiva, conversei com a Dr. Glória Heloiza Lima da Silva, 52 anos, carioca, nascida e criada em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Sempre muito gentil, começa nossa conversa, falando de sua infância, e nos conta, que quando menina adorava correr descalça pelas ruas do bairro e jogar futebol aos sábados, no campinho na esquina de sua casa. Um vizinho organizava a pelada dos meninos e ela sempre cobrava que as meninas não poderiam ficar excluídas dessa brincadeira de final de semana. Sobre sua família, fale um pouco dos pais, irmãos. Minha família de origem humilde é o meu porto seguro. Nasci e cresci com a consciência de que dificuldades não limitam sonhos. Sei o que é estudar na rede pública de ensino e depender de bolsa escolar para fazer a faculdade. Conheço as dificuldades do deslocamento de um lugar para o outro — de casa

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“Como a vida é cíclica e gosto de movimento, resolvi encerrar o ciclo da magistratura no início deste ano para disputar a prefeitura do Rio de Janeiro” para a escola; da escola para o estágio e o trabalho; e a volta para casa no final da noite. Durante a metade de minha vida usei o transporte público e também a rede pública de saúde. Eu sou fruto de uma época onde serviços públicos básicos funcionavam com oportunidades. Meu pai Manoel foi engraxate, gráfico, pedreiro e mestre de obras. Minha mãe, Mirian, além de dona de casa, contribuía com o orçamento familiar costurando para minhas professoras e amigas. Quando a senhora percebeu a vocação para entrar no mundo do judiciário? Desde pequena, essa questão da Justiça, da luta por direitos iguais para todos, sem distinção de sexo ou raça, idade ou condição financeira, sempre foi uma coisa muito forte dentro de mim. Era algo inerente à minha pessoa, que sempre fez parte da minha essência. Quando estava no último ano da Escola Carmela Dutra, e ao mesmo tempo fazia um cursinho pré-vestibular em Madureira, meu professor de português Altair percebeu minhas habilidades para o diálogo e sugeriu que eu fizesse Direito. Na época, consegui uma bolsa de 90% para cursar a faculdade e, com o meu salário de jovem aprendiz, custeie os meus estudos. Me formei em 1990 e, durante cinco anos, trabalhei “Trabalhei para no meu próprio escritório de advocacia. Em 1996, passei no promover o respeito concurso para juíza do Tribunal e a cidadania das de Justiça do Rio de Janeiro. pessoas, enfrentando Qual a sua maior experiência na magistratura? diariamente as Ao longo de 23 anos, atuei em diversas comarcas, no interior mazelas da sociedade ensino fundamental, leito em hose na capital, dando sentenças pitais, medicamentos, documene a falência das em diferentes especialidades: tação básica, primeiro emprego políticas públicas” em questões de família e de do jovem aprendiz, acolhimento infância; na área criminal, da de crianças, jovens e idosos em fazenda pública, cível; e em juizados especiais. Em situação de risco. Cuidei também de questões rela2015, assumi a 2ª Vara da Infância, da Juventude e do cionadas a programas habitacionais, como “Aluguel Idoso do Rio. Sem dúvida, a minha maior experiência Social” e “Minha Casa, Minha Vida”. Tenho ainda foi garantir os direitos mais básicos e fundamentais muito orgulho de ter celebrado mais de seis mil casadas pessoas vulneráveis, como vaga na creche e no mentos comunitários.

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“Mantenho minhas raízes frequentando habitualmente o bairro: compro pão na mesma padaria da esquina da rua Comendador Siqueira com a Estrada do Pau Ferro e vou sempre ao restaurante Planalto, que fica no Largo do Pechincha, ponto de encontro de muitos amigos até hoje”


Como a senhora define o atual quadro de desenvolvimento econômico e social da Cidade do Rio de Janeiro? Hoje, a cidade do Rio não funciona. Minha prioridade será construir uma nova cidade, um Rio que nunca se viu, com a valorização da vida, da família, da juventude. Pretendo estimular a produção e o consumo dentro dos bairros e das comunidades, fazendo surgir o sentimento de pertencimento social. Vou fazer mais com menos. Defendo ainda parcerias com diversos setores que sejam capazes de atrair investimentos

para nossa cidade. O Rio precisa se tornar uma cidade inteligente, que dialoga com os municípios, com os estados e com o mundo. Vou construir um novo Rio mais solidário e humano. Em que momento a senhora percebeu que era a hora de disputar um cargo executivo e sair em defesa do povo carioca? Quando constatei que as pessoas eram obrigadas a judicializar suas demandas para ter acesso aos seus direitos mais básicos, já declarados na Constituição Federal. Percebi que para fazer Justiça social não preciso fazer parte do Poder Judiciário. Na opinião da senhora, quais as políticas públicas que hoje na cidade do Rio de Janeiro são prioridades máximas?

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Recuperar a força de trabalho dos cariocas, impactando diretamente a economia, será o principal desafio do Rio a partir de 2021. Apoiar o empreendedorismo das famílias, principalmente as de baixa e média renda, será uma saída para gerar emprego e renda. Pretendo estimular o consumo nos bairros e resgatar no carioca o sentimento de fazer parte do processo de reconstrução da cidade, com corresponsabilidade social. A economia criativa será um dos focos dessa estratégia para alavancar o Rio. São mais de 10 mil trabalhadores no setor na cidade do Rio, muitos deles mulheres, muitas delas chefes de família. Como mobilizar a sociedade carioca e quais as atitudes para recuperar o Rio no pós pandemia? Com diálogo, transparência e convidando a população a fazer parte do processo de identificação das demandas e construção das soluções para a cidade. Se eu for eleita, terei um foco: fazer mais com menos, qualificando as despesas. O dinheiro será curto, mas isso não será desculpa. Com criatividade, inovação e bons projetos técnicos, vamos sair do gabinete e buscar em outros espaços recursos, sem aumento de impostos. Como mulher, como a senhora pensa no papel da mulher na sua futura gestão. O papel da mulher na sociedade é muito importante, quer seja no espaço privado ou público. A mulher tem potencialidades e habilidades para serem desenvolvidas. Hoje, cada vez mais as mulheres têm atuação pública destacada. Mas ainda somos sub-representadas no espaço político, mesmo sendo a maioria da população brasileira. Qual o papel das associações comunitárias e ONGs exercerão na futura Prefeitura do Rio? As associações comunitárias e as Organizações Não Governamentais exercem um papel fundamental no atendimento à população mais carente, mais vulnerável. Precisamos gerar o sentimento de corresponsabilidade social para dar dignidade e cidadania à população mais carente, com a oferta de serviços públicos essenciais, como água de qualidade, coleta de esgoto, educação, saúde, transporte, limpeza, moradia acessível, iluminação e segurança para todos. Vamos resgatar o povo carioca e construir uma cidade mais humana e melhor. O Rio merece uma nova história.   GOMES FILHO Cursou turismo pela Faculdade de Turismo de Pernambuco, militante, político, social e histórico com participação direta em 17 campanhas eleitorais.

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Casamento Coletivo

UM SONHO DE

RAINHA, HISTÓRIAS DA VIDA

REAL! Por amor, a gente chega junto! por  MARLU ARAÚJO  fotos  HAROLDO MATIAS

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REGISTRO DA EDITORA GERAL, LUCIANA ARAÚJO (VESTINDO AZUL), EDITORA GERAL DESSA REVISTA COM AS NOIVAS DO CASAMENTO DE RAINHA 2018 COM A EMPRESÁRIA REGINA MACHADO D. JOSÉ CARDOSO SOBRINHO ARCEBISPO DE OLINDA E RECIFE

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ntre tantos casais com histórias de superação e dificuldade no dia a dia, o barbeiro Edson Oliveira de 38 anos, depois de 15 anos de relacionamento, enfim, levou sua amada, a manicure Abnoã Ramos, 32, ao altar “Estou emocionado de estar vivendo com essa mulher maravilhosa, mãe dos meus filhos. Hoje é a celebração dos nossos 15 anos juntos”, disse Edson. “Não tínhamos condições financeiras de realizar esse sonho, e hoje estou me sentindo realizada”, completou Abnoã.

O PROJETO CASAMENTO DE RAINHA UM SONHO COLETIVO é uma idealização da Jornalista Luciana Araújo, sempre em parceria com empresários, amigos e voluntários. O sonho de casar de véu e grinalda, com direito ao vestido de noiva, ao terno do noivo, decoração, buffet, DJ, bolo de noiva, o dia D, na grande maioria das vezes ficava apenas no campo do desejo. Por se tratar do alto custo de investimento para mulheres que na sua maioria possuem apenas, o mínimo para a sua sobrevivência e da sua família. Pensando em tornar esse sonho realidade a editora geral desta revista, idealizou o projeto Casamento de Rainha, Um Sonho Coletivo. Desde 2016, até a presente data, já oficializou o amor

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de mais de 400 casais, entre os benefícios principais estavam a garantia dos vestidos de noiva, do véu e da grinalda, sem deixar de faltar o dia D da beleza em espaço reservado em hotel e spa, o buffet para os convidados e muita música MARIAH MORAIS CERIMONIALISTA ao som de DJs e artista parceiros. Por 4 anos 400 Tudo devidamente registrado em vídeo, fotografia e matérias nas em mulheres realizaram A VERDADE jornais locais. O Casamento Coletivo aconteceu na o sonho de casar de É importante deixar registrado que Quadra da Universidade Universo, véu e grinalda! no ano de 2019, dando continuidade cedida gentilmente pelo então direa ação de responsabilidade social da tor senhor Professor Bira Tavares. editora desta revista, foi realizado a 4.ª edição do “Há 30 anos desenvolvo ações de responsabilidade Casamento Coletivo para 220 noivas, com a parti- social e de inclusão de mulheres, apoiando-as nas cipação de 4 mil convidados credenciados e 2 mil a mais diversas causas, e há 4 anos, desenvolvi esse mais, sem o devido convite, causando um verdadeiro projeto numa perspectiva de promoção do amor, num tumulto até o início do evento e nos demais dias, mundo tão desigual, transformar sonho em realidade após o casamento. para tantas famílias é igualmente gratificante para Por conta da insatisfação de 5% das noivas beneficia- mim e para equipe. Apesar da batalha que é esta inidas, que mesmo oficializando a sua união civil, com ciativa,” disse Luciana Araújo. efeito religioso, buscou jogar inverdades junto a opi- Quatro Cerimonialistas se dispuseram a apoiar nião pública, a justiça comum entre outros órgãos, de forma voluntária, a senhora Mariah Morais com o único objetivo de denegrir a imagem do projeto, (Destaque por está no projeto desde a sua 2.ª edise valendo de informações falsas a respeito do grande ção), LENE CUNHA CERIMONIAL, SUPREME evento que foi o casamento, na perspectiva de tirar CERIMONIAL, ÉRIKA ARAÚJO CERIMONIAL proveitos econômicos da idealizadora do projeto. E EVENTOS E A3 ASSESSORIA CERIMONIAL.

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Contamos com a parceria de artistas, em 2019 tivemos a satisfação da atração internacional PATRICK DIMOM, da Banda Pacto do Amo e do DJ Tubarão. O DEPOIMENTO  “Estas sempre abertos a parcerias como esta que viabilize ações sociais. Já realizamos outros casamentos coletivos, entre outras ações sociais nesses últimos 20 anos, e resolvemos nos unir a esse belo projeto da Luciana Araújo para viabilizar o sonho de mais pessoas”, comentou o diretor-geral da Universo, Ubirajara Tavares Filho. Os casais sempre estiveram devidamente trajados, seguindo a tradição: as noivas com vestido branco ou off-white, enquanto os homens optam por terno preto, cinza ou azul-marinho. E, para compor os vestidos, buquê, véu, grinalda e a lapela. A alegria sempre contou com o testemunho dos mais de 10 mil convidados ao longo das 4 edições. A seleção acontece um ano antes, através de cartas que são enviadas a redação da revista Jurema. A ideia é enviar uma carta contando a história de amor, porque do desejo de casar de véu e grinalda e, porque não conseguiram realizar o sonho. Os selecionados foram oficializados em grupos e ficha de inscrições,

sendo convidados a participar de reuniões mensais até este momento. O OUTRO LADO   Apesar de a festa não ter saído como as noivas sonharam, teve gente que se contentou com o casamento coletivo. A dona de casa Karina Marques disse que “é injusto falarem que foi tudo ruim”. “O que estão

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“Não tínhamos condições financeiras de realizar esse sonho, e hoje estou me sentindo realizada”, disse a noiva Abnoã Ramos argumentando é que elas contrataram, mas acontece que não houve contrato com ninguém. O gasto que elas tiveram foi por fora, é por conta delas. Tivemos nosso dia de noiva no SPA, direito a vestido, a terno, buffet. No fim das contas, conseguimos realizar nosso sonho. Não foi perfeito, mas conseguimos realizar nosso sonho”, diz a noiva Karina Marques. NOTA OFICIAL “O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), através do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), participou do quinto casamento promovido na Universidade Salgado de Oliveira (Universo), na segunda-feira (5/8), às 18h. O evento foi na quadra da sede da unidade de ensino, localizada na avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, bairro da Imbiribeira, no Recife, e reuniu 220 casais e cerca de 6 mil pessoas, entre convidados e familiares. A cerimônia civil foi celebrada pela juíza da 5.ª Vara de Família e Registro Civil e coordenadora Setorial das Casas de Justiça e Programas Especiais do Nupemec/TJPE, Wilka Vilela, com as despesas cartorárias custeadas pelo Judiciário. A coordenadora do Núcleo de Praticas Jurídicas do curso de Direito da Universo, Kalyne Monte, conta que todos os noivos tiveram assessoria jurídica gratuita sobre temas como família e planejamento familiar e organização de documentos para cartórios. Os orientadores foram professores e alunos do Núcleo, especializados em Direito de Família.“Esse

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foi o maior evento que realizamos em relação aos nossos quatro casamentos anteriores. Antes, atuávamos juntos a comunidades carentes apenas da Imbiribeira, bairro onde se localiza nossa instituição, mas, com a participação do Nupemec/TJPE, vamos atender localidades de todo o Recife, Igarassu, Abreu e Lima, Paulista e Olinda, o que envolverá 20 cartórios extrajudiciais.”  DEPOIMENTO: Izabela Raposo | Ascom TJPE

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Depoimento

NELY FERREIRA “Por um momento mim senti sem chão, mais quando conversei com você havia nas sua palavras que aquele desafio envolvia várias pessoas, fornecedores que deram pra trás que não acreditavam no verdadeiro sentido do projeto: O AMOR, hoje posso dizer que na vida tudo tem jeito menos para morte ou uma doença grave, só em colocar um vestido de noiva, escutar a macha nupcial não esquecerei nunca, agradeço a Deus imensamente por aquele momento que marcou a minha vida, agradeço a você Luciana que por algum tempo se esforçou, e quero que saiba que vamos sim construir este sonho novamente com o verdadeiro sentindo de tudo o amor, não quero "glamour" nem arranjos grandiosos, quero apenas a atenção do verdadeiro foco deste momento Deus. Obrigada. Por tudo que fizeste!”

SALVINO GOMES MESTRE DE CERIMÔNIA Fazer o bem sem olhar a quem, esse é um evento que me deixa muito orgulhoso, agradeço a Deus por participar do projeto CASAMENTO DE RAINHA UM SONHO COLETIVO , fui o mestre de cerimônia do sonho de centenas de jovens que não tinham condições de realizar um casamento com tudo que tem direito, festa,vestido, certidão, um dia de beleza, buffet, muitas pessoas participam doando seus serviços pela alegria desses casais, comandados por Luciana Araújo e a Revista Jurema, que realizam anualmente esse evento lindo, ter sido convidado para apresentar um momento único na vida desses casais que não poderiam custear um casamento, me dá a certeza que a humanidade ainda tem jeito.

ALYNE MARINHO Dona Luciana, mais uma vez sou grata a senhora por tudo! Tenha a certeza do quanto sou grata a senhora, grata por Deus, porque ele já tinha preparado esse momento e a senhora porque fez ele acontecer. A senhora não sabe toda minha história de sofrimento, de garra e de conquistas. Deus me proporcionou o milagre de poder reunir a minha família, a qual, quando eu era pequena, minha mãe tirou de mim e de meu pai a oportunidade de ver e conhecer a minha irmã. E nesse exato dia 5 de agosto de 2019, que vai ficar guardado SIM, como o mais lindo de toda a minha vida, que foi poder realizar um grande sonho, em dose dupla, o meu Casamento e meu pai conhecer a filha dele que foi tirada quando ela tinha apenas 2 anos. Por isso, eu só tenho a agradecer e tenho certeza que dinheiro nenhum do mundo pode comprar o tamanho da minha felicidade. Muito obrigada de coração!

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TAMY SEVERO MACIEL “Obrigada, Luciana Araújo pela senhora existir. Difícil é transmitir com palavras o que sinto pela senhora. Isso não é nem o começo, muito menos o fim. O carinho que tenho pela senhora é o mesmo que tem por mim. Obrigada por você existir e por ter realizado o meu sonho e do meu marido. Saiba que está sempre presente em meus pensamentos. Encontramos pessoas que sabem fazer de pequenos instantes grandes momentos. As coisas boas que passaram ficaram na memória. Continue sendo essa pessoa maravilhosa e lembre-se que aqui tem uma pessoa que adora a senhora, pode sempre contar comigo, pois, estarei sempre com a senhora, em qualquer momento, em qualquer situação. Nem com o passar do tempo, a senhora sairá do meu coração. Agradeço tudo que fez por mim, por me ouvir, por me fazer sorrir!

WILKA SANTOS “Dez meses se passaram do dia mais feliz da minha vida! Obrigada Luciana Araújo por realizar meu sonho tão antigo e adormecido! Décimo mês de muitos que virão! José Andre Neto, obrigada por embarcar junto comigo nessa grande aventura!”

POLIANA GONÇALVES “Ameiiiii e Amoooo foi top meu Casamento só de estar lá.”

MILAINE TEIXEIRA “Apesar de tudo foi emocionante e hoje estamos completando dez meses de casados no papel oficialmente e viva o amor!”

KARINA MARQUES “Tivemos nosso dia de noiva no SPA, direito a vestido, a terno, buffet. No fim das contas, conseguimos realizar nosso sonho.”

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Prestação de Contas

LUCIANA ARAÚJO — Idealizadora do Projeto Casamento de Rainha Um Sonho Coletivo!


AGRADECIMENTOS — PRESTAÇÃO DE CONTAS — CASAMENTO DE RAINHA 2019 IV EDIÇÃO 05/08/2019 — Quadra da Universidade Universo RECEITA (BOX 01) 215 Inscrições sociais — R$ 150,00 por casal R$ 32.250,00 800 Senhas extras — R$ 50,00 por convidado extra R$ 40.000,00 TOTAL DE RECEITA RECEBIDAS DAS NOIVAS: R$ 72.250,00 QUANTIDADE DE CONVIDADOS COM SENHAS: 4.500 CONVIDADOS INVASORES NO MOMENTO DA CERIMÔNIA: 2.000 familiares de noivos. EMPRESAS PARCEIR AS ATIVIDADE GR ATUITA PERMUTA COM A REVISTA JUREMA (BOX 02) 1) Tribunal de Justiça de Pernambuco 2) Cartórios da Região Metropolitana do Recife 3) Spa Amanda Lopes — Espaço cedido para o Dia D da Noiva. Recepcionado gratuitamente e gentilmente 220 noivas. 4) Fábio Gley Decoração — Decorador 5) Mestre de Cerimônia — Jornalista Salvino Gomes 6) Beleza da Noiva — Escola Pernambucana de Cabelereiro — Gedson Moreno 7) Universidade Universo (Professor Bira Tavares) — Cessão da Quadra e da Cozinha Laboratório para o Preparo dos Alimentos 8) Cerimonial — Mariah Morais 9) LF — Limpa Fossas (Elias Júnior) — Doação dos Banheiros Químicos 10) Cerimonial — Comunique Eventos 11) André Freitas — Música 12) Trigo Rosa Branca — Bolo da Noiva do Casamento (50 Kg de Bolo) 13) Café São Brás — Distribuição de Cafezinho Pós Jantar PARCERIA COM PREÇO DE CUSTO (BOX 03) Marisol Noivas — Vestiu 100 noivas e 115 noivos a preço de custo. R$ 300,00 (pago por casal) Ateliê Damas e Noivas — Vestiu 100 noivas e 110 noivos a preço de custo. R$ 300,00 (pago por casal) Valor Total: R$ 33.000,00 Ateliê Ambiance — Vestiu 20 noivas Plus Size, também a preço de custo. R$ 150,00 (pago por noiva). Valor Total: R$ 1.400,00 R$ 5.650,00 — Ajuda de Custo para alguns Voluntários (Outros) TOTAL: R$ 72.250,00 PARCERIA PARL AMENTAR (BOX 04) 1.000 litros de Refrigerante Doação do Deputado Mendonça Filho 477 kg de frango (Doação da Empresa Nato) Contato do Gabinete do Deputado Federal Túlio Gadelha OUTR AS DESPESAS PAGAS PEL A REVISTA JUREMA (BOX 05) R$ 7.100,00 — Aluguel de mesas, cadeira e toalhas R$ 2.000,00 — aluguel de som palco e iluminação R$ 1.000,00 — Toldo R$ 500,00 — Registro em vídeo (Marconi Félix) R$ 800,00 — Hospedagem do cantor Patrick Dimon R$ 1.500,00 — Despesas com transporte da Equipe Durante a Captação R$ 5.500,00 — Condicionador de Ar (Climatização da Quadra) R$ 1.500,00 — Decoradores (despesas) R$ 24.000,00 — Jantar (Buffet Lorena Maranhão) R$ 6.000,00 — Aluguel de prataria R$ 1.000,00 — 20 garçons TOTAL: R$ 49.900,00 TOTAL GER AL COM O CASAMENTO DE R AINHA UM SONHO COLETIVO 2019 R$ 122.450,00 (Cento e vinte e dois mil, quatrocentos e cinquenta reais)

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