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Informatri PARÓQUIA SENHOR BOM JESUS

ANO VIII • EDIÇÃO 321 • 01 de janeiro de 2017

Nosso coração não se despiu, não se revestiu de graça e humildade!! Ricardo

D

eus quer que construamos nossa casa sobre a rocha, bem alicerçada, porque, durante nossa vida, na longa estrada da nossa existência, os ventos, as chuvas, as enchentes, o céu e a terra vêm contra a nossa casa, contra nossa própria vida. O que é necessário? Estar bem edificado, ter uma rocha firme na qual possamos colocar nossa vida, para que ela resista a todas as turbulências que enfrentamos. Por isso, Deus está dizendo a mim e a você: “Nem todo aquele que diz 'Senhor! Senhor!' entrará no Reino dos Céus, mas todo aquele que invoca e fala em nome de Deus” (cf. Mateus 7,21), porque as palavras vazias caem no seu sentido e no seu significado quando não são praticadas. A lógica do Reino dos Céus não é primeiro falar, mas se esforçar para colocar em prática tudo aquilo que ouvimos do Senhor. Escutamos, desde pequenos, a mamãe nos falar: “Meu filho, tenha juízo! Seja ajuizado!”. Deus deseja que também tenhamos juízo, porque se não o tivermos, somos pessoas descabeçadas, vivemos batendo a cabeça para lá e para cá. Chega uma hora que a cabeça e o corpo se arrebentam, justamente por não termos direção nem juízo na vida. A Palavra de Deus vem em nosso socorro, em nosso auxílio, ela é o livro que nos ajuda a viver! A Palavra de Deus vem ao nosso encontro para dar o sentido, a orientação e a direção que nossa vida deve seguir. Para que isso aconteça, é preciso que não só escutemos a Palavra, mas que a observemos e coloquemos em prática, que façamos dela o nosso jeito de viver, e que esse jeito seja guiado, conduzido, direcionado e iluminado pela Palavra do Senhor Nosso Deus! Muitas pessoas têm batido a cabeça, perdido o sentido, a luz e a direção da vida, mas a Palavra de Deus vem justamente para nos ensinar a viver. O problema não é a mão de Deus, que não está agindo, o problema é o nosso coração que não se despiu, não se revestiu de graça e humildade. Se não lapidarmos esse coração, se não o tirarmos daquelas disputas humanas e pretensões covardes, as quais, muitas vezes, a humanidade nos impõe, não conseguiremos ver o Reino de Deus, as graças d'Ele acontecendo. Jesus, agindo no meio de Seu povo, fez graças, prodígios, milagres, mas muitos não puderam

tocar, ver e contemplar. Mesmo aqueles milagres que foram feitos à vista de muitos, não passou de fatores humanos para alguns, porque não estavam revestidos com o olhar da fé, sobretudo, com a humildade que os une aos desígnios de Deus, a graça d'Ele acontecendo no meio de nós. A nossa espiritualidade deve ser revestida desse elemento principal: a vigilância, palavra que, acima de tudo, quer dizer “cuidado”. Vigiar é cuidar de si, da vida, da nossa espiritualidade e das nossas relações, é o cuidado que precisamos ter para com a nossa vida. Imagine um vigilante: o papel dele é cuidar daquilo que foi colocado sob sua responsabilidade. Ele precisa estar atento, ligado, precisa cuidar, da melhor forma possível, para que nada de errado aconteça com aquilo que está sobre sua responsabilidade e cuidado. A nossa espiritualidade é a vigilância. Todos nós somos vigilantes, todos nós precisamos cuidar da nossa vida co m a d i l i gê n c i a n e ce s s á r i a . Cu i d a d o e x i ge responsabilidade, é sermos responsáveis pelos nossos atos, pelas nossas atitudes, por aquilo que fazemos; é prestar atenção onde devemos ou não ir, é prestar atenção naquilo que nós devemos fazer e naquilo que não devemos fazer. Acima de tudo, não podemos dormir no ponto. Imagine um vigia que dorme no ponto! Onde era para ele estar de guarda, de sentinela, para que nada de mal acontecesse, ele dorme. Então, chega alguém e assalta a casa, o prédio, o edifício, porque o guarda estava dormindo. Não podemos deixar que roubem nossa vida e nossos valores, que roubem a nossa fé por falta de cuidado ou vigilância. Sabemos que se o vigia soubesse que hora o ladrão viria, ele certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. A vigilância cristã nos chama a estarmos preparados a cada dia, mas não com aquela neura de que vamos morrer logo, que a nossa vida vai acabar. Não! É estarmos prontos, é, a qualquer momento, sermos chamados por Deus e dizer: “Senhor, eis-me aqui!”. Gostamos muito de improvisar as coisas, vamos protelando as coisas e não colocamos nossa vida no eixo, no prumo, na direção, na correção e nos cuidados. Temos de viver o hoje como se hoje fôssemos ao encontro do Senhor!


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