Diário do Comércio

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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Dilma quer tropas na rua durante a Copa Presidente diz que, se for necessário, o governo federal usará as Forças Armadas para coibir atos de violência durante o torneio e reforçar o policiamento nas ruas. Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo

plano de segurança tará de prontidão para este tipara a Copa do Mun- po de situação. do prevê a atuação Nas duas situações, as trod e m i l i t a r e s e m pas deverão ser acionadas duas frentes, em atuação con- apenas se necessário. No caso junta com as corporações ci- dos militares, trata-se da GLO vis. A função primordial das (Garantia da Lei e da Ordem). Forças Armadas será fazer a Foi assim, por exemplo, que os segurança do espaço aéreo, militares atuaram na missa do defesa das fronteiras terres- papa Francisco na praia de Cotres e marítima, além de evitar pacabana, no Rio, durante a ataques cibernéticos. Jornada Mundial da JuventuHaverá, ainda, uma tropa de, em julho de 2013. de cerca de 1.400 militares - o No fim do ano passado, o Minúmero pode aumentar - em nistério da Defesa uniformicada uma das cidades-sede, zou os procedimentos da Maripara atuar em contingências. nha, Exército e Aeronáutica Ontem, a presidente Dilma em casos de GLO. O texto cauRousseff disse que, quando sou polêmica ao colocar como necessário, o governo usará "forças oponentes" organizaas Forças Armadas para coibir ções sociais e uma nova redaatos de violência durante a Co- ção foi feita. pa do Mundo e reforçar o poliIntegração – A segurança na ciamento nas ruas. Copa, assim como em grandes " A Po l í c i a eventos, será Fe d e r a l , a feita de forma Força Naciointegrada. nal de SeguHaverá CenTodos os órgãos do rança, a Polít r o s d e C ogoverno estão cia Rodoviámando e Conria Federal e trole que reuprontos para agir. t o d o s o s ó rnirão, no Se for necessário, g ã o s d o g om e s m o l unós mobilizaremos verno federal gar, militares também as Forças estão prontos e civis. Armadas. e orientados A Polícia para agir denMilitar dos EsDILMA ROUSSEFF tro de suas tados ficará c o m p e t ê nres p o ns á ve l cias e, se e quando for neces- por controlar os chamados sário, nós mobilizaremos tam- "distúrbios civis" e poderá bém as Forças Armadas", dis- contar com o apoio da Força se a presidente. Nacional se os governadores O ministro Celso Amorim quiserem. Caberá à Polícia Fe(Defesa) havia dito no ano deral e à Polícia Rodoviária Fepassado que essa tropa deve deral a missão de proteger deatuar como apoio às outras legações e autoridades fora forças de segurança. Essas dos estádios e dos Centros de tropas são, disse o ministro, Treinamento, além de garantir "de contingência para a hipó- escolta nos deslocamentos e tese de as forças de segurança conter crimes transnacionais pública não darem conta do e ações terroristas. recado, digamos, em alguma Dentro dos estádios, a segusituação, por qualquer motivo rança será feita por agentes que seja". privados, contratados pela Além dos militares, a Força própria Fifa, com o apoio e moNacional de Segurança, com nitoramento das forças poli10 mil policiais, também pode ciais. (Folhapress) Mais sobre violência na pg. 3 ser acionada, uma vez que es-

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Cantareira pode secar até agosto, diz comitê. comitê anticrise criado para monitorar a situação do Sistema Cantareira aponta em seu primeiro relatório que, no pior cenário de estiagem, a água do volume útil do principal manancial que abastece a Grande São Paulo pode acabar no fim de agosto. Diante do quadro de escassez, o grupo recomenda que a Sabesp defina um plano emergencial para eventual uso do volume morto – cerca de 400 milhões de metros cúbicos que ficam no fundo do reservatório. Nos três cenários traçados pelo comitê, o nível do Cantareira já estará em 16,4% da capacidade em março. (Agências)

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Cartazes em São Paulo convocando para protesto contra a realização da Copa no próximo sábado

Paulo Pampolin/Hype

Novo Plano Diretor deve ser votado até abril Mariana Missiaggia pós dez meses de elaboração, o novo Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo deve ser aprovado até abril pela Câmara Municipal. Ontem, os vereadores Álvaro Camilo (PSD), Nabil Bonduki (PT) e José Police Neto (PSD) se reuniram com os dirigentes do Conselho de Política Urbana (CPU) e Núcleo de Estudos Urbanos (NEU) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para debater as diretrizes do plano. Nos próximos meses, Nabil Bonduki, que é relator do projeto, irá apresentar um texto substitutivo com as principais mudanças sugeridas pelos cidadãos e organizações sociais. De acordo com o parlamentar, uma das prioridades será a área ambiental, com medidas como a criação de novos parques e a aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Outro item citado por Bonduki é a mobilidade. Segundo ele, São Paulo tem duas prioridades: um sistema de transporte coletivo eficiente e políticas públicas para aproximar o emprego da moradia. “São Paulo foi estruturada para funcionar com automóveis. Por isso, é nossa obrigação garantir um transporte público de qualidade. O que está proposto (no Plano Diretor) é o mínimo para começar essa inversão”, explica Nabil.

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Rogério Amato e Nabil Bonduki (à direita): mobilidade e meio ambiente entre as prioridades. Police Neto concorda com o colega petista: “Ao jogarmos as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) para os limites da cidade, sem levar emprego, estamos promovendo uma cidade insustentável. Por isso, é importante sobrepor essas regiões aos chamados Eixos de Transformação, que são os locais onde a cidade vai crescer mais”, afirmou. Para o vereador Camilo, o Plano Diretor tem como função resgatar o sentimento de zelo das pessoas em relação à cidade. “A população precisa cuidar e ocupar a cidade. Esse zelo não irá permitir que nada de ruim aconteça, seja na área de segurança ou qualquer outro tipo de degradação”, disse Camilo. O encontro foi mediado pelo presidente da ACSP, Rogério Amato, o vice-presidente da ACSP e coordenador do CPU, Antônio Carlos Pela, o vice-presidente da

Esperamos que o Plano Diretor seja realmente um instrumento da política de desenvolvimento urbano. ROGÉRIO AMATO

ACSP Alfredo Cotait Neto e pelo economista e coordenador do NEU, Josef Barat. Comércio – Para Amato, a revisão deve ser uma importante oportunidade para o crescimento do comércio e da sociedade. “E s pe r a mo s que o Plano Diretor se atente aos direitos básicos de cidadania, que tanto contribuem para a formação de uma sociedade estruturada. E que, claro, seja realmente um instrumento estratégico da política de desenvolvimento

urbano”, disse. A expectativa do coordenador da CPU é que o novo Plano Diretor venha finalmente regularizar São Paulo e fazer com que a Cidade seja aquilo que toda a população espera. Entre suas preocupações, Pela destaca o comprometimento com o prazo estabelecido. “Há intenções de realmente se fazer cumprir as datas que foram colocadas e acho necessário que isso ocorra para que o Plano não caia na mesmice. Estamos em um ano complicado com Copa do Mundo e eleições. Por isso temos que fazer com que essas datas sejam cumpridas. Além disso, espero que o novo PDE oriente uma série de pontos do plano anterior que hoje dificultam a vida dos paulistanos”. Cotait fez coro ao coordenador da CPU e demonstrou preocupação em relação à data de aprovação do novo texto.


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