Sandra brown esplendor secreto

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em sua Mercedes e ligar o motor. Já quase tinham chegado ao hotel quando Ardem disse: —Você e Ellie eram membros do clube de campo de Waialee, verdade? —Sim, por quê? —perguntou ele, afastando por um segundo o olhar do trânsito, —Por nada, simples curiosidade. Quando se detiveram no seguinte semáforo, Drew se inclinou para ela. —O que não queira jogar ali não tem nada que ver com Ellie ou contigo, ou com o fato de que nossos velhos amigos nos vejam juntos. Estou seguro de que todos se alegrariam de te conhecer. Não quero ir porque a última vez montei um autêntico “número”, e ainda não estou pronto para enfrentar a eles. De acordo? —Não. Deverias ir e jogar com a cabeça bem erguida, falar com teus velhos amigos. Não tens nada do que te envergonhar, Drew. Ele a observou por uns segundos, admirando reticente a sabedoria de suas palavras, agradecido por seu voto de confiança. —Dá-me um beijo. —Não. — Porque estou suado e cheiro mau? —Não, porque a luz está em verde desde faz uns trinta segundos, e os carros de detrás estão buzinando. Depois de murmurar um palavrão, Drew soltou o travão de mão e seguiu conduzindo, franzindo o cenho ao ouvir as suaves risadas dela. Assim que abriram a porta da suíte souberam que ruim estava acontecendo. Matt foi correndo para seu pai, com os braços estendidos para ele e lágrimas correndo pelas bochechas. Drew agachou-se e tomou-o em seus braços. — Que demônios...? — Senhora Laani! —gritou Ardem, atravessando correndo a quarto ao vê-la deitada no sofá. A mulher tinha um braço sobre os olhos e outro sobre o estômago, e gemia de dor. Ardem ajoelhou-se junto a ela, e perguntou com macieza: —Senhora Laani. Está doente? —Encontro-me muito mau — gemeu— o menino tem fome e está molhado, mas... Drew entrou em seu campo de visão, e a mulher exclamou: —Desculpe-me, senhor McCasslin, mas não posso me pôr de pé. Meu estômago — voltou a fechar os olhos. Matt tinha deixado de chorar e estava soluçando contra o ombro de Drew. — Chamamos ao médico? Acha que poderia ser apendicite? —Não, tiraram meu apêndice faz anos; é... Em casa de minha irmã, todos estavam doentes com um vírus, suponho que peguei algo. Não quero que Matt enferme também. Ardem comoveu-se pela preocupação da mulher pelo menino, e disse-lhe: —não vai passar nada A Matt, mas agora temos que fazer que você se cure; que precisa? —É uma wahine muito amável — disse ela, apertando a mão de Ardem — obrigado, mas a única coisa que quero é sair de aqui para que nenhum de vocês se contagie. Senhor McCasslin, chamei minha irmã, para perguntar se podia ficar com ela até que me recupere; meu cunhado já está vindo me buscar. Não gosto de falhar assim, mas... —Não se preocupe — voltou a intervir Ardem — eu posso me ocupar de Matt. Quando virá seu cunhado? —Seguramente já está aqui embaixo. —Drew, passa-me a Matt, lhe darei o café da manhã enquanto ajuda à senhora 61


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