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ABERTURA
ESG COMO EIXO ESTRUTURANTE DA TRANSFORMAÇÃO URBANA
CRISE CLIMÁTICA E IMPACTOS NO TERRITÓRIO
ADENSAMENTO URBANO COMO ESTRATÉGIA DE RESILIÊNCIA E REDUÇÃO DE EMISSÕES
COP30: O BRASIL NO CENTRO DA AGENDA CLIMÁTICA GLOBAL
TRANSPARÊNCIA CLIMÁTICA E VALORIZAÇÃO DE ATIVOS:
O ESG ENTRA NO BALANÇO
AÇÕES ABRAINC COM FOCO EM ESG
CCD CIDADES CARBONO NEUTRO: CIÊNCIA E INOVAÇÃO
PARA CIDADES MAIS SUSTENTÁVEIS
RECONSTRUÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL:
RESPOSTA RÁPIDA COM FOCO SOCIAL E EFICIÊNCIA
MATERIALIDADE ESG NO SETOR DE INCORPORAÇÃO
SUSTENTABILIDADE URBANA E O FUTURO DAS CIDADES
DESCARBONIZAÇÃO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO
ALIANÇA PELA REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE GEE NO SETOR
COMPROMISSOS COM A AGENDA GLOBAL DE SUSTENTABILIDADE
LIDERANÇA FEMININA NO SETOR IMOBILIÁRIO: PERSPECTIVAS E OBSTÁCULOS
MULHERES À OBRA
SELO ROSA
INCLUSÃO E DIVERSIDADE
BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA E CONCORRÊNCIA
CASES ASSOCIADAS ABRAINC

ARTIGOS DOS ESPECIALISTAS
IFRS S1 E S2: IMPORTÂNCIA, PRINCIPAIS DIRETRIZES, IMPACTOS PARA
O SETOR EMPRESARIAL E OPORTUNIDADES E DESAFIOS PARA SUA
IMPLEMENTAÇÃO NO BRASIL - POR AMARO GOMES
ESG COMO ALAVANCA PARA CRIAÇÃO DE VALOR - POR DANILO MAEDA
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, RESILIÊNCIA SOCIAL E PROSPERIDADE,
O ESG COMO IMPERATIVO DE NEGÓCIOS - POR LEONARDO DUTRA
ARTIGOS DOS PARCEIROS DO MESMO LADO
SENIOR - ESG E INDÚSTRIA 4.0: COMO A TECNOLOGIA IMPULSIONA A SUSTENTABILIDADE E A COMPETITIVIDADE NO SETOR DA CONSTRUÇÃO
TOTVS - ESG NA CONSTRUÇÃO: COMO AVANÇAR PARA ALÉM DOS PRIMEIROS PASSOS
Apresentamos a 4ª edição do e-book “ESG na Prática”, uma publicação da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) voltada a fortalecer o debate sobre sustentabilidade, responsabilidade social e governança no setor da incorporação imobiliária. Mais do que um guia, esta edição é um convite à ação: traz exemplos concretos, iniciativas inspiradoras e reflexões atualizadas sobre o papel estratégico do ESG nos negócios.
Desde o lançamento da primeira edição, em 2022, o cenário ESG evoluiu rapidamente. O que antes era percebido como diferencial competitivo, hoje se consolida como requisito básico para empresas que desejam se manter competitivas e alinhadas às exigências do cenário atual. A incorporação de critérios ESG nas decisões corporativas tornou-se um fator determinante para o acesso a novos mercados, atração de capital com melhores condições e fortalecimento do relacionamento com investidores e com a sociedade.
A seguir, retomamos os fundamentos da sigla ESG, destacando sua aplicação direta no contexto do setor imobiliário:
E – AMBIENTAL
Diz respeito aos impactos ambientais das atividades da empresa e à sua capacidade de mitigar riscos climáticos.
Reflete o compromisso das organizações com as pessoas: colaboradores, fornecedores, clientes e comunidades do entorno. Envolve a promoção de ambientes inclusivos e seguros, ações de diversidade e equidade, e a criação de valor compartilhado com a sociedade.
G – GOVERNANÇA
Refere-se à forma como as decisões são tomadas e aos princípios que orientam a gestão. Transparência, ética, conformidade regulatória e prestação de contas são pilares fundamentais de uma governança sólida. No contexto ESG, governança é a base que sustenta a credibilidade institucional e garante que os compromissos ambientais e sociais sejam levados a sério e aplicados com responsabilidade.
Nesta nova edição, destacamos avanços relevantes dessa agenda e compartilhamos práticas de empresas que estão colocando o ESG no centro de suas estratégias. Nosso objetivo é fomentar uma cultura de melhoria contínua, em que cada projeto represente uma oportunidade concreta de promover impacto positivo na sociedade.
Esperamos que este conteúdo inspire novos caminhos e contribua para que cada vez mais incorporadoras assumam o protagonismo na construção de um setor cada vez mais sustentável, inclusivo e ético.

Vivemos um tempo em que a sustentabilidade deixou de ser uma vantagem competitiva para se tornar um imperativo regulatório, financeiro e estratégico. No setor imobiliário, a adoção de critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) nas decisões de negócio tem crescido.
Empresas que operam com base nesses pilares demonstram maior solidez, reputação positiva e capacidade de atração de capital — além de estarem mais preparadas para lidar com os riscos climáticos, sociais e institucionais.
Segundo a Ernst & Young (EY), fatores ESG são hoje considerados essenciais para a tomada de decisão dos investidores, especialmente por sua conexão direta com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), amplamente debatidos no mercado de capitais. No Brasil, 83% das empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 afirmam integrar os ODS às suas estratégias, metas e indicadores.
Fonte: https://www.pactoglobal.org.br/esg/

Foto: Freepik
Entre 2020 e 2023, o Brasil registrou 7.539 eventos extremos relacionados a chuvas intensas, um aumento de 320% em comparação a toda a década de 1990.
O impacto financeiro também é alarmante e os prejuízos econômicos totalizaram R$ 146,7 bilhões. Somente entre 2020 e 2023, as perdas chegaram a cerca de R$ 43 bilhões, valor 40 vezes superior aos R$ 1,1 bilhão da década de 1990.
Com as perdas estimadas em R$ 88,9 bilhões apenas em solo gaúcho com a pior tragédia de sua história em 2024, o total de prejuízos desta década já alcança cerca de R$ 132 bilhões — o dobro dos últimos 10 anos e 120 vezes maior que nos anos 1990.
Fonte: Revista Exame - https://exame.com/esg/brasil-enfrenta-explosao-de-desastres-climaticos-e-chuvas-intensas-saltam-320-nesta-decada/ Estudo Maré de Ciência – UNIFESP e MCTI - https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2024/03/eventos-extremos-no-brasil-crescem-220-em-30-anos-revela-estudo
Diante da aceleração dos eventos climáticos extremos no Brasil, construir cidades resilientes deixou de ser apenas uma pauta de adaptação — tornou-se também uma das principais frentes de mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE). A forma como o território urbano é ocupado exerce impacto direto sobre a vulnerabilidade social, a eficiência energética e a pegada ambiental das cidades.
Uma das estratégias mais eficazes nesse contexto é o adensamento urbano inteligente, que promove o uso mais racional do solo, reduz a dependência do transporte individual e melhora a eficiência de redes de infraestrutura e serviços públicos. Segundo estudo publicado pelo Ensaio Energético (2024), cidades mais densas emitem significativamente menos GEE por habitante do que cidades com ocupação esparsa.
O e-book Cidades Melhores, desenvolvido pela ABRAINC, mostra que enquanto o centro expandido de São Paulo concentra 64% dos empregos, apenas 17% da população reside nessas áreas, o que obriga milhões de pessoas a percorrerem grandes distâncias diariamente. Incentivar a moradia nas regiões centrais é uma política essencial para aproximar moradia e oportunidade, com efeito direto sobre a pegada de carbono da cidade.
O adensamento de regiões também fortalece a resiliência urbana: bairros compactos, com infraestrutura adequada e acesso facilitado a transporte, saúde e serviços, tendem a se recuperar mais rapidamente de eventos adversos e demandam menos recursos públicos para manutenção e resposta a crises.
Nesse cenário, o setor imobiliário desempenha papel decisivo: incorporadoras que priorizam projetos sustentáveis e integrados à malha urbana existente contribuem para a valorização dos ativos, a construção de cidades mais resilientes, eficientes e alinhadas à agenda climática.

Em 2025, o Brasil será palco da COP30, a Conferência do Clima da ONU, a ser realizada em Belém do Pará — a primeira vez em que uma COP ocorre na Amazônia. A escolha do local amplia a visibilidade do Brasil no cenário climático internacional e reforça a responsabilidade do país na construção de soluções ambientalmente justas e financeiramente viáveis.
Relatório da Bloomberg e estudos do Banco Mundial estimam que os países do BRICS, incluindo o Brasil, concentram 42% das emissões globais de GEE e mais de 40% das reservas de minerais críticos para a transição energética. O potencial de investimentos em infraestrutura verde nesses países ultrapassa US$ 6,4 trilhões até 2040.
Fonte: Um Só Planeta – BRICS na transição energética - https://umsoplaneta.globo.com/financas/negocios/noticia/2025/07/09/brics-se-torna-peca-chave-na-corrida-global-pela-transicao-energetica-apontam-estudos.ghtml
A institucionalização da agenda ESG no Brasil avança de forma concreta também no campo contábil, financeiro e regulatório. A partir de 2026, todas as empresas de capital aberto brasileiras deverão seguir as normas IFRS S1 e IFRS S2, emitidas pelo International Sustainability Standards Board (ISSB) e incorporadas ao ordenamento nacional por meio da Resolução CVM nº 193/2023.
Esses padrões representam uma nova régua para a governança corporativa, aproximando os ativos brasileiros das exigências dos mercados globais. Com isso, informações financeiras ligadas à sustentabilidade passam a ser tratadas como parte integrante do desempenho econômico das empresas.
• IFRS S1 define diretrizes para que empresas divulguem, de forma padronizada, informações sobre riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade que possam afetar seus fluxos de caixa, acesso a financiamento ou custo de capital. A norma exige transparência em processos de governança, estratégia, gestão e desempenho ESG, visando apoiar investidores na tomada de decisões e promovendo maior integração entre sustentabilidade e desempenho financeiro.
• O IFRS S2 é focado na divulgação de riscos e oportunidades relacionados ao clima e mudanças climáticas que possam impactar as perspectivas financeiras das empresas. Complementar ao IFRS S1, exige informações sobre governança, estratégia, processos de gestão e desempenho climático, incluindo metas e obrigações legais.
Esse cenário regulatório crescente vem acompanhado de uma transformação global no fluxo de capital. Segundo a Moody’s Corporation, a emissão global de títulos sustentáveis deve atingir US$ 1 trilhão em 2025, sendo US$ 620 bilhões apenas em papéis verdes.
No Brasil, o amadurecimento das estratégias empresariais também avança. Pesquisa conduzida pela Nexus/Beon, em parceria com a Aberje, aponta que 64% das empresas brasileiras já tratam ESG como prioridade e 51% formalizaram suas estratégias de sustentabilidade. Isso mostra uma inflexão clara: a integração dos critérios ambientais, sociais e de governança à estratégia financeira reduz riscos e custo de capital, além de gerar mais retorno no longo prazo.

“Estamos diante de uma transformação estrutural. O ESG não é mais uma escolha: é a base para garantir competitividade, atrair capital e construir cidades mais resilientes e socialmente justas.”
— Luiz França, Presidente da ABRAINC
A atuação institucional da ABRAINC tem se fortalecido em torno de uma agenda ESG concreta, com ações que respondem de forma direta aos desafios sociais, ambientais e urbanos do país. Um dos marcos mais relevantes de 2024 foi a mobilização nacional promovida pela entidade e suas associadas para apoiar a reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes que afetaram milhares de famílias. Mais de R$ 1,1 milhão foram arrecadados para a construção de moradias, com foco em soluções industrializadas e de rápida execução.
Além da atuação emergencial, a ABRAINC ampliou sua entrega técnica ao setor com a publicação de materiais que ajudam as empresas a estruturarem práticas sustentáveis. Entre eles, estão a Cartilha de Materialidade ESG, desenvolvida em parceria com o CTE, e a Cartilha Concorrencial, que orienta empresas e colaboradores sobre condutas éticas e conformidade com a legislação de defesa da concorrência, reforçando o pilar de governança da entidade.
Outro projeto de destaque é a presença da entidade no Centro de Ciência para o Desenvolvimento (CCD) Cidades Carbono Neutro, iniciativa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da Fapesp que mobiliza mais de 35 instituições – entre academia,
setor privado, sociedade civil e poder público – para enfrentar um dos maiores desafios do nosso tempo: combater as mudanças climáticas, mitigando emissões ou tornando o ambiente mais resiliente.
A realização do fórum “Cidades Melhores”, que discutiu soluções para uma São Paulo mais resiliente e sustentável, a consolidação do GT Carbono, voltado à descarbonização do ambiente construído, também são outras ações de destaque.

A ABRAINC é apoiadora do Centro de Ciência para o Desenvolvimento (CCD) Cidades Carbono Neutro, iniciativa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da Fapesp que mobiliza mais de 35 instituições – entre academia, setor privado, sociedade civil e poder público –para enfrentar um dos maiores desafios do nosso tempo: combater as mudanças climáticas, mitigando emissões ou tornando o ambiente mais resiliente.
O projeto, lançado em dezembro de 2024 no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), reúne soluções inovadoras e multidisciplinares, organizadas em três transversais – que tratam de descarbonização e resiliência climática, transformação digital e políticas públicas – e trilhas temáticas que abordam desenvolvimento urbano sustentável, edificações e construção civil, e infraestrutura viária e mobilidade. A proposta é clara: gerar métricas confiáveis, modelos de governança, ferramentas digitais, novas tecnologias construtivas e estratégias operacionais capazes de
transformar planos em ações concretas, com impactos ambientais, econômicos, sociais e tecnológicos, para aplicação no Estado de SP. Com recursos da ordem de R$ 31 milhões durante um período inicial de cinco anos, o CCD-Cidades Carbono Neutro terá a participação de mais de cem pesquisadores.
A ABRAINC contribui para essa iniciativa levando a visão e a experiência do setor de incorporação imobiliária, apoiando o desenvolvimento e a aplicação prática das soluções nas cidades. Isso inclui a adoção de materiais e processos construtivos de baixa emissão de carbono, passando pelo fortalecimento de políticas públicas, capacitação técnica e integração de dados para tomada de decisão.









Trilha 1 – Desenvolvimento Urbano Sustentável
• Problemas: vulnerabilidade climática, moradias frágeis, ilhas de calor, quedas de árvores.
• Soluções: mapeamento de governança, guias técnicos, pilotos habitacionais resilientes, priorização de áreas para Soluções Baseadas na Natureza, ferramentas para prevenção de quedas.
• Impactos: preservação de vidas, redução de danos, governança integrada, melhoria da qualidade urbana.
• Integração: uso das métricas da Transversal 1, dados e gêmeos digitais da Transversal 2, políticas da Transversal 3.
Trilha 2 – Edificações e Construção Civil
• Problemas: alta pegada de carbono do cimento e materiais, baixa eficiência energética, desperdício de energia em equipamentos.
• Soluções: cimento reciclado com óxido de grafeno, blocos intertravados de baixa emissão, sistemas construtivos em madeira industrializada, monitoramento inteligente de aquecedores solares, modelos digitais de eficiência energética.
• Impactos: redução de 70% das emissões do cimento, avanço na economia circular, eficiência energética em larga escala.
• Integração: certificação e métricas (Transversal 1), monitoramento e simulação (Transversal 2), políticas e incentivos (Transversal 3).
Trilha 3 – Infraestrutura viária e mobilidade
• Problemas: emissões do transporte e infraestrutura pouco eficiente.
• Soluções: pedágios free-flow, pavimentos de baixa emissão, planejamento integrado.
• Impactos: redução de poluentes, melhor fluidez, segurança viária, incentivo a transporte sustentável.
• Integração: avaliação de emissões (Transversal 1), simulações e gêmeos digitais (Transversal 2), políticas de mobilidade (Transversal 3).
• Ambiental: redução direta e indireta das emissões de GEE, ampliação da resiliência climática, preservação de recursos naturais.
• Econômico: acesso a mercados de carbono, redução de custos operacionais urbanos, estímulo à inovação e novas cadeias produtivas.
• Social: cidades mais seguras, inclusivas e adaptadas, com participação cidadã e capacitação técnica.
• Tecnológico: integração de dados, gêmeos digitais, novas soluções construtivas e de mobilidade.
1 – Descarbonização das cidades e resiliência
Problema:
Falta de métricas robustas, auditáveis e adaptáveis para comprovar a redução de emissões de GEE, dificultando o acesso a financiamento climático e a inserção no mercado de carbono.
Soluções propostas:
• Definir procedimentos e métricas para quantificar o potencial de descarbonização das tecnologias.
• Compilar inventários e metas de redução de emissões em municípios e empresas parceiras.
• Elaborar Guia de soluções e oportunidades para descarbonização e créditos de carbono.
• Road-map de ações prioritárias e tecnologias inovadoras.
Impactos esperados:
• Subsídio técnico para as trilhas setoriais.
• Orientação de políticas públicas baseadas em evidências.
• Capacitação de gestores e fortalecimento da governança climática.
• Geração de créditos de carbono e fortalecimento da liderança climática local.
Transversal 2 – Transformação digital para mitigação e resiliência
Problema:
Alto consumo energético das soluções digitais (TIC, IA, data centers), risco de “efeito rebote” e falta de integração de dados para monitoramento da descarbonização urbana.
Soluções propostas:
• Green IT para reduzir consumo e emissões nas soluções digitais.
• Algoritmos de alocação computacional considerando matriz energética limpa.
• Interação Humano-Computador sustentável.
• “Frugalidade Digital” e “Computação Aproximada”.
• Desenvolvimento de gêmeos digitais para cenários de descarbonização.
• Maquete digital e interfaces gráficas para gestores.
Impactos esperados:
• Redução das emissões das próprias soluções digitais.
• Melhor decisão pública baseada em cenários simulados.
• Maior transparência e participação social.
• Otimização de custos operacionais urbanos.
Transversal 3 – Políticas públicas, capacitação e transferência de tecnologia
Problema:
Necessidade de diretrizes, políticas e metas para descarbonização urbana, prospecção tecnológica de baixo carbono, soluções para ilhas de calor, comunicação acessível sobre clima.
Soluções propostas:
• Plano de Descarbonização urbana para o Estado de SP.
• Plataforma de prospecção e monitoramento de tecnologias.
• Soluções Baseadas na Natureza modulares com microgeração solar em áreas densas.
• Estratégias de comunicação não científica para engajamento social.
Impactos esperados:
• Cidades mais resilientes e adaptadas.
• Transferência tecnológica para todos os setores.
• Engajamento comunitário e conscientização climática.
• Estímulo à inovação e economia local.

Há pouco mais de um ano, a ABRAINC mobilizou suas associadas em uma ação emergencial para apoiar as famílias atingidas pelas enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul. Em poucas semanas, foram arrecadados mais de R$ 1,1 milhão, valor destinado integralmente à construção de 31 moradias modulares com infraestrutura completa (terraplenagem, fundações, redes de água, esgoto e energia).
As obras estão em andamento na Rua Pedro Boticário, nº 336, bairro Glória, em Porto Alegre, em terreno cedido pela Prefeitura. As casas serão entregues prontas ao município, que fará a destinação às famílias que perderam suas residências ou tiveram suas estruturas condenadas. A ação mostra, na prática, o potencial de articulação e resposta do setor imobiliário diante de crises humanitárias e climáticas.

Com o objetivo de apoiar as incorporadoras na estruturação de suas estratégias ESG, a ABRAINC lançou, em parceria com o CTE, a Cartilha de Materialidade ESG
O documento oferece um guia prático para identificar os temas mais relevantes em sustentabilidade, governança e responsabilidade social, ajudando as empresas a priorizarem ações de impacto e a dialogarem com seus públicos de interesse com mais clareza e consistência.

Em parceria com o Secovi-SP e com apoio da Prefeitura de São Paulo, a ABRAINC realizou o fórum “Cidades Melhores: Construindo uma São Paulo mais Sustentável”, reunindo mais de 2 mil participantes e mais de 30 palestrantes. O evento promoveu debates sobre inclusão social, combate às mudanças climáticas, renovação urbana e governança metropolitana.
Como desdobramento, foi lançado o e-book “Cidades Melhores”, que reúne os principais temas discutidos no evento, além de uma pesquisa inédita sobre a percepção dos paulistanos quanto à sustentabilidade urbana. A publicação está disponível gratuitamente.


A ABRAINC é uma das fundadoras do GT Carbono – Grupo de Trabalho de Descarbonização do Ambiente Construído, ao lado de entidades como Secovi-SP, SindusCon-SP e CBCS. A iniciativa visa mapear boas práticas e propor diretrizes para a redução das emissões de carbono ao longo do ciclo de vida das edificações.
Em dezembro de 2024, o grupo realizou o evento “Edificações e Mudanças Climáticas: Repensando o Ambiente Construído”, que contou com mais de 80 especialistas. Durante o encontro, foram lançados o Guia de Terminologia sobre Descarbonização e o site oficial do GT Carbono.
Saiba mais em www.gtcarbono.com.br

A ABRAINC também é uma das fundadoras da Aliança pela Redução de Gases de Efeito Estufa no Setor de Construção e Incorporação Imobiliária, ao lado de Secovi-SP e SindusConSP. Em janeiro de 2024, a Aliança apresentou os resultados do diagnóstico setorial e do inventário de emissões de GEE de empresas associadas às entidades.
O inventário engloba a indústria da construção civil e o setor imobiliário, e foi resultado das atividades de 42 empresas associadas às entidades, considerando a abordagem de controle operacional sobre as atividades.
Com abrangência nacional e considerando o ano-base 2022, o inventário traz dados por setor; localização; operação; escopo; categoria e precursor, dos escopos 1, 2 e 3, com medição das emissões dos seguintes gases do efeito estufa: CO2, CH4, N2O, HFC’s, CO2 biogênico.
Saiba mais em aliancagee.com.br
Desde 2022, a ABRAINC é signatária do Pacto Global da ONU, integrando a maior iniciativa mundial de sustentabilidade corporativa.
Esse compromisso reforça a orientação da entidade por práticas éticas, inclusivas e sustentáveis.
Em julho de 2025, foi divulgada uma pesquisa inédita conduzida pela Brain Inteligência Estratégica sobre os desafios e avanços da liderança feminina no setor imobiliário. A ABRAINC participou da divulgação do estudo, que contou com entrevistas com 21 mulheres em cargos estratégicos de empresas do setor, incluindo Franciane Sotero, diretora de Marketing e Novos Negócios da entidade.
O levantamento trouxe uma visão qualificada sobre as experiências e percepções dessas lideranças, destacando temas como a resistência da cultura organizacional à equidade de gênero, os desafios enfrentados após a maternidade e a importância da formação e da experiência para avançar em posições de destaque. A maioria das entrevistadas tem mais de 10 anos de atuação no setor e nível de escolaridade superior à média dos homens, o que evidencia a força técnica e gerencial das
profissionais que rompem barreiras estruturais para ocupar espaços de liderança.
Ao participar e apoiar a divulgação da pesquisa, a ABRAINC reitera seu compromisso com uma agenda ESG que valoriza a inclusão, a diversidade e o protagonismo feminino no setor da construção e incorporação. A iniciativa se soma a ações como a campanha Mulheres à Obra, que, em 2025, chegou à sua quarta edição.

Lançada em 2022, a iniciativa chegou à sua quarta edição em 2025, com uma série de entrevistas especiais publicadas ao longo do mês de março, em celebração ao Dia Internacional da Mulher.
Mais do que uma campanha comemorativa, a “Mulheres à Obra” é um movimento permanente por representatividade, valorização e transformação cultural. Ao dar voz a mulheres que ocupam funções estratégicas, técnicas e operacionais, a ABRAINC contribui para ampliar a visibilidade dessas histórias e inspira novas gerações a ocuparem todos os espaços dentro da indústria da construção civil.
A temporada de 2025 da campanha contou com a participação de lideranças femininas de empresas associadas, como Ana Dutra (Gerente Técnica da Tenda), Andreia Rocha (Head de Marketing da Plano&Plano), Elaine Belem de Oliveira e
Denize Battaglini Beltrão (Diretoras da HM Engenharia), Isabella de Carvalho Gritti e Tainara Caroline Pereira (Gerentes de Contrato da Pacaembu Construtora), e Renata Dias (Diretora de Marketing e Relacionamento da Emccamp).
Nos episódios, elas compartilharam suas vivências, desafios enfrentados no dia a dia, reflexões sobre liderança feminina, além de iniciativas de inclusão e ações voltadas ao desenvolvimento de talentos femininos no setor.





A ABRAINC também apoia o Selo Rosa, uma iniciativa do Instituto Mulheres em Construção, que estimula a capacitação e o progresso feminino no setor. Desde 2006, o projeto já treinou mais de 6.500 mulheres para atuarem diariamente no mercado de trabalho do setor, impactando, de forma indireta, mais de 60 mil pessoas.
Voltado especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade, o Selo Rosa promove qualificação profissional, acesso a direitos, além de auxiliar na conquista da independência econômica e no fortalecimento da autoestima feminina. Tratase de uma ação concreta em busca da equidade de gênero e transformação social.
A ABRAINC também apoia outras frentes de inclusão, como o programa de bolsas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para o ingresso de pessoas negras e indígenas na magistratura, e o Fórum Amigos da Inclusão, promovido pela ONG Nosso Olhar e o Grupo Chaverim, que aborda o protagonismo das pessoas com deficiência no mercado de trabalho e no ambiente urbano.


Em 2024, a ABRAINC também lançou sua Cartilha Concorrencial, reafirmando o compromisso com a ética, a conformidade legal e as boas práticas de governança. Voltada a colaboradores e empresas associadas, a cartilha orienta sobre a Lei nº 12.529/2011, que regula a defesa da concorrência no Brasil, e serve como um manual para garantir a transparência nas reuniões, comitês e decisões institucionais da entidade.



O déficit habitacional do Brasil totalizou 6 milhões de domicílios em 2022, com predominância entre famílias com até dois salários mínimos de renda domiciliar (R$ 2.640), segundo pesquisa da Fundação João Pinheiro (FJP), instituição responsável pelo cálculo do déficit habitacional no país, em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades.
O que se observa é um cenário de grandes investimentos na construção de moradias, mas ainda com pouco foco em habitações de interesse social, que utilizam o meio ambiente a seu favor, em um relacionamento equilibrado.

Na BRN Construtora, a arquitetura inteligente representa um avanço essencial para a sociedade, o planeta e a economia, ao unir inclusão social, responsabilidade ambiental e viabilidade financeira para famílias de baixa e média renda.
Um dos exemplos mais recentes é um empreendimento habitacional enquadrado no programa FAR - Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, voltado para famílias com renda de até R$ 2.850,00. O projeto contempla 128 novas unidades (com sala, dois quartos, banheiro, varanda e cozinha/área de serviço), desenvolvidas sob as
diretrizes da ISO 14001, que incorpora práticas sustentáveis desde o planejamento até a entrega, tornando-se uma referência em ESG no setor da construção civil.
Com foco na eficiência energética, o projeto prioriza ventilação e iluminação naturais, além do uso de sensores de presença em áreas comuns, resultando em uma redução de 22,5% no consumo de eletricidade no condomínio. Essas medidas estão alinhadas com o ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima, demonstrando como a construção civil pode ser uma aliada na mitigação das mudanças climáticas.

No âmbito social, o projeto busca oferecer habitação digna e segura, integrada ao contexto urbano, em linha com o ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis. A iniciativa também promove uma cultura de moradia mais consciente, envolvendo moradores e empreendedores na manutenção de práticas sustentáveis no dia a dia.
• Canteiro de obras: utilização de materiais com menor impacto ambiental e que contribuam para o conforto térmico e eficiência energética; coleta seletiva de resíduos da construção; redução de desperdícios e uso eficiente de energia.
• Condomínio: implantação de estrutura sustentável, incluindo bicicletários, espaços verdes acessíveis e áreas comuns com iluminação natural e ventilação cruzada.
“O projeto representa mais do que uma solução habitacional; simboliza um avanço estratégico para o desenvolvimento urbano sustentável da cidade. Ao priorizar práticas alinhadas aos princípios ESG, buscamos reduzir os impactos ambientais, promover o uso consciente dos recursos naturais e incentivar uma convivência mais equilibrada entre o meio construído e o meio ambiente”, explica Franciele Oliveira, Engenheira de Segurança da BRN Construtora.

Foto: BRN Construtora
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU em que o projeto está enquadrado:


Cidades e Comunidades Sustentáveis: ao propor soluções de habitação digna, segura e integrada ao contexto urbano;
Ação Contra a Mudança Global do Clima: ao incorporar práticas que minimizam os impactos ambientais da construção.

A Cyrela vem avançando na cultura de sustentabilidade e nas práticas de ESG (Environmental, Social and Governance), refletidas em certificações, índices de desempenho e iniciativas ambientais inovadoras. Essas ações são desenvolvidas de forma integrada por diversas áreas da Companhia, evidenciando o compromisso transversal com a responsabilidade socioambiental.
A Cyrela é signatária do Pacto Global da ONU e apoia os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. Possui o selo “Empreendedor AQUA”, integra o Instituto Ethos e participa dos grupos de trabalho de Integridade e Meio Ambiente. A Companhia também atua na Aliança GEE, iniciativa da Abrainc, Secovi-SP e SindusCon-SP, que busca reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa no setor imobiliário. É também signatária do Pacto Brasil pela Integridade Empresarial, iniciativa coordenada pela Controladoria-Geral da União (CGU), reforçando seu compromisso com práticas éticas e transparentes.
No pilar social do ESG, o Instituto Cyrela (IC) é o responsável pela política de responsabilidade social da companhia, mantendo um compromisso contínuo com a transformação da sociedade. Fundado em 2011, o Instituto Cyrela é responsável pelos investimentos sociais privados da Cyrela, que tem a missão de transformar a cidade e o jeito de viver. Com ênfase na educação, o Instituto atua no desenvolvimento de projetos que contribuem com a melhoria da qualidade na educação da rede pública de ensino, desde a primeira infância até o primeiro emprego. O Instituto recebe como orçamento 1% do lucro líquido da operação da Cyrela e é guiado por sua missão de fazer o bem, desempenhando um papel crucial na transformação da sociedade e no fortalecimento das relações comunitárias.

Foto: Cyrela

Foto: Cyrela
Presente nos territórios onde a Cyrela atua, em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), São Luís (MA) e Belém (PA), o Instituto concentra seus esforços em três pilares, que são: Transformação, Vontade e Conexão. O foco principal é apoiar a educação pública, proporcionando ambientes de qualidade e seguros para o desenvolvimento de crianças e jovens, além de fortalecer o voluntariado corporativo e promover parcerias com organizações sociais.

Nos últimos anos, a construção civil vem enfrenta um desafio significativo: a escassez de mão de obra qualificada. Esta dificuldade deve-se a diversos fatores, desde a capacitação profissional até o aumento na busca por especialistas em inovações tecnológicas e as práticas sustentáveis do setor. Além disso, observamos a cidade de São Paulo como um importante destino para pessoas migrantes e refugiadas, que saem de seus países motivados por questões políticas ou econômicas.
Embora essa população tenha potencial para mitigar a falta de mão de obra, barreiras como qualificações profissionais, a adaptação cultural e a língua dificultam sua integração em um novo mercado de trabalho.
Para responder a essa realidade, o projeto Construção sem Fronteiras foi desenvolvido com o objetivo de qualificar migrantes e refugiados para atuar no setor da construção civil, promovendo inclusão social e profissional. O programa oferece cursos focados nas competências técnicas exigidas, aliados a um suporte amplo e contínuo, que inclui aulas de português, acompanhamento cultural e psicológico, além de auxílio transporte e alimentação.
Mais do que capacitar, o projeto prepara os participantes para superar desafios sociais e culturais, garantindo que se sintam acolhidos e prontos para o mercado de trabalho.
A iniciativa também cria conexões diretas com oportunidades de emprego tanto na Cyrela, quanto em empresas parceiras, fortalecendo o setor com mão de obra qualificada e promovendo o desenvolvimento pessoal e a inclusão desses que agora escolheram o Brasil como novo lar.
Para garantir um olhar especializado e acolhedor, o Instituto Cyrela, criou uma rede com mais dois parceiros: a organização social CAMI (Centro de Apoio e Pastoral do Migrante), especialista em inclusão social, econômica, política e cultural de migrantes e refugiados, que ficou responsável por trazer um olhar especializado ao projeto. E o SENAI, que trouxe a parte de formação através de dois cursos de capacitação profissional (Eletricista Instalador Residencial e Instalador Hidráulico de Edificações).
O processo seguiu da seguinte forma: A seleção e acolhimento foi conduzida pela organização CAMI, verificando os pré-requisitos para os cursos no SENAI. O Centro de Apoio e Pastoral do Migrante também atuou de forma contínua durante todo o período do curso e na mediação de questões burocráticas, sociais e culturais.
As aulas foram realizadas no SENAI Tatuapé, com apoio logístico e estrutural oferecido pelo Instituto Cyrela, incluindo fornecimento de EPIs, auxílio transporte e alimentação para todos os participantes. Ao final do curso, a área de Recursos Humanos da Cyrela apresentou aos participantes as oportunidades de trabalho disponíveis e conduziu o processo seletivo para preenchimento de vagas internas ou encaminhamento a parceiros e empreiteiros da companhia.
E o Instituto também acionou toda rede interna da Cyrela com o objetivo de conscientizar e preparar as áreas para acolher os participantes selecionados para trabalharem na Cyrela da melhor maneira possível.
Atualmente, todos os profissionais continuam sendo acompanhados de forma integrada.
A atuação em ESG exige uma abordagem transversal e multidisciplinar, envolvendo diferentes áreas da empresa para gerar impacto real e sustentável. Esse princípio guiou todas as etapas do programa, desde a capacitação até a inclusão profissional dos participantes.
O sucesso do programa de qualificação profissional foi impulsionado pela integração de diversas áreas fundamentais, incluindo Instalações, Segurança do trabalho, Recursos humanos e o Instituto Cyrela. Essa colaboração multidisciplinar foi crucial para abordar não apenas a formação técnica dos migrantes, mas também os desafios sociais e culturais inerentes à sua inclusão, para garantir uma integração eficaz no ambiente de trabalho. O programa se destacou por proporcionar apoio abrangente e contínuo, assegurando que os novos profissionais encontrassem um ambiente acolhedor e uma oportunidade real de crescimento e contribuição.
Todos os alunos formados pelo programa foram contratados pela Cyrela, onde já iniciaram suas atividades nas obras da construtora. Este resultado reflete a eficácia do programa, evidenciada pela total absorção dos participantes no mercado de trabalho. Além de atender à necessidade de mão de obra qualificada, o programa demonstra nosso compromisso com a inclusão social e profissional, reforçando a determinação dos alunos em contribuir de maneira significativa para os projetos e para as equipes da Cyrela.
Com base nessa experiência bem-sucedida, o programa entra agora em uma nova fase de expansão, ampliando o número de vagas e reafirmando o compromisso da Cyrela com a inclusão social e o desenvolvimento humano no setor da construção civil.








A visão de sustentabilidade segue como um pilar estratégico dos negócios e das práticas da Eztec. A Companhia avança no fortalecimento da cultura organizacional pautada pela perspectiva de presente e de futuro e com o fortalecimento da Estratégia ESG.
No último ano, os canteiros de obras da Eztec passaram por uma reformulação, incluindo a implementação de um procedimento operacional padronizado. Entre as melhorias, destaca-se o Projeto Toalha, implantado em 2024, que garante a troca diária das toalhas de banho fornecidas pela Companhia, higienizadas em lavanderia. A iniciativa contribui para um ambiente mais limpo e organizado, promovendo maior bem-estar aos colaboradores.

Além das mudanças estruturais, a Eztec tem incentivado a participação ativa dos colaboradores na melhoria do ambiente de trabalho. Para isso, foi disponibilizado um formulário específico, permitindo que compartilhem sugestões e demandas para aprimoramentos contínuos nos canteiros de obras.
O compromisso da Companhia vai além das condições físicas dos espaços. A Eztec busca tornar os canteiros cada vez mais atrativos, não apenas para melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, mas também para despertar o interesse de novas gerações pelo setor da construção civil, sendo este um dos grandes desafios do mercado.
Com isso em mente, a Companhia já planeja novos avanços, incluindo iniciativas voltadas para o planejamento de carreira, treinamentos mais assertivos, estímulo à educação, opções de lazer e outros benefícios que fortaleçam o ambiente de trabalho e tornem a profissão mais competitiva e atrativa.
A qualificação profissional, um dos principais desafios da construção civil, já é uma prioridade para a Eztec. O setor enfrenta um envelhecimento da mão de obra mais experiente e capacitada, o que reforça a necessidade de iniciativas inovadoras e motivadoras para formar novas gerações e garantir a continuidade dos projetos de engenharia no presente e no futuro.



Saúde e bem-estar: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
Trabalho decente e crescimento econômico: promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos.
Pelos compromissos e diretrizes de sustentabilidade que orientam a cultura organizacional, a Eztec reconhece a importância de fortalecer processos de gestão energética eficientes, sendo esse um dos temas materiais definidos pela Companhia. Nesse sentido, busca-se minimizar os impactos negativos e potencializar os positivos a partir de práticas que visam à ecoeficiência desse recurso fundamental às operações.
A Eztec reconhece que o uso de energia, especialmente de fontes não renováveis, contribui para as emissões de gases de efeito estufa e agrava as mudanças climáticas. Entende que os custos energéticos impactam sua operação e competitividade, sendo a volatilidade dos preços um risco para o planejamento financeiro. O uso ineficiente de energia pode ainda afetar comunidades locais e a saúde pública, devido à emissão de poluentes.
Reconhecendo a complexidade desse panorama, a Eztec tem investido em medidas capazes de reduzir o consumo de energia e, consequentemente, a sua pegada de carbono. A priorização das fontes renováveis é uma das alternativas possíveis nessa direção, tendo como exemplos a instalação de infraestrutura de painéis solares em empreendimentos e melhorias na eficiência energética dos edifícios.
O compromisso com a eficiência energética impacta positivamente colaboradores, fornecedores e clientes, promovendo conscientização e qualidade de vida. Da mesma forma, a incorporação de soluções eficientes em empreendimentos resulta em ambientes mais confortáveis e econômicos para os moradores. Em contrapartida, a implementação de estratégias de eficiência energética e adoção de tecnologias sustentáveis reduz custos operacionais a longo prazo, promovendo um modelo de negócio mais resiliente. Considerando todas as questões desafiadoras que envolvem a agenda energética, a Eztec continua aprimorando suas práticas de ecoeficiência, alinhada à transição para um modelo mais
sustentável, reduzindo impactos negativos e ampliando os benefícios para a sociedade e o meio ambiente.
Como parte dos esforços para ampliar a eficiência energética e aprimorar as condições nos canteiros de obras, em 2024 a Eztec deu início à substituição dos chuveiros elétricos por modelos a gás. O projeto começou pelo empreendimento East Blue e faz parte de um plano mais amplo de padronização das instalações, que será implementado gradualmente em novas obras.



Água potável e saneamento: garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.
Energia limpa e acessível: garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos.
Consumo e produção responsáveis: assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
O Arte na Obra é uma iniciativa cultural de impacto social, promovida pela Diretoria Técnica da Eztec, em parceria com a equipe de Pessoas e Comunicação.
As expressões artísticas dos trabalhadores que constroem os empreendimentos da Eztec ganham visibilidade – celebrando o talento que vai além da atuação cotidiana no canteiro –, valorizando a criatividade e as histórias das pessoas, compartilhando-as com a comunidade.


A inteligência artificial, já presente no dia a dia das obras, também faz parte deste projeto, contribuindo para a adaptação das manifestações artísticas escolhidas para a exposição.
Os painéis estão em exibição nos tapumes dos empreendimentos East Blue Residences Tatuapé, Villares Parada Inglesa, Esther Towers e MoocaCittà.









A arte contribui para a saúde mental, promove um ambiente mais leve, diminui o estresse e melhora a qualidade de vida dos trabalhadores.
Ao transformar o ambiente de trabalho em um espaço que inspira, sensibiliza e educa, o projeto contribui para o fortalecimento de uma cultura de paz, respeito, pertencimento e valorização.
Melhorar o ambiente nos canteiros valoriza o trabalho, eleva o moral das equipes de campo e mostra compromisso com condições de trabalho mais humanas e respeitosas.
Levar arte a espaços onde tradicionalmente há menos acesso cultural, contribui para a democratização artística e da expressão criativa.
Iniciativas culturais nos espaços urbanos, mesmo que temporários como no tapume dos canteiros, contribuem para cidades mais inclusivas, criativas e sustentáveis.

Mais do que atuar com responsabilidade, estamos comprometidos com a mitigação de impactos decorrentes de nossas atividades, com a adoção de práticas sustentáveis em nossos empreendimentos e na gestão dos negócios, e com a geração de valor para os nossos públicos.
Atuamos com base em nossa Política de Sustentabilidade, que estabelece diretrizes e princípios, e por uma estratégia dividida por seis eixos alinhados a temas relevantes para a Companhia e para nosso setor de atuação: Cadeia de Fornecimento, Gestão de Resíduos, Mudanças Climáticas, Avaliação de Ciclo de Vida e Consumo de Recursos, Transparência e Responsabilidade Social. Vale ressaltar que nossa estratégia permeia as diferentes áreas da Companhia. A fim de promover o engajamento de todos e de disseminar nossas ações e desempenho de forma transparente, promovemos a comunicação com nossos públicos.
Como resultado de todas as práticas de gestão aplicadas, atualmente possuímos um índice de reaproveitamento de 30,5% dos resíduos gerados em obras — um índice três vezes superior ao registrado em 2023. Esse avanço é fruto de um aprimoramento significativo na gestão de resíduos, que incluiu o aumento de 86% na proporção de caçambas segregadas e a realização da Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) em todos os projetos lançados.
Tivemos também importantes ganhos em eficiência energética: reduzimos em 7,2% a intensidade de emissões de gases de efeito estufa por metro quadrado, em 15,7% o consumo energético total e em 29,3% a intensidade energética nas operações de escritório, vendas, estandes e canteiros de obras.
Utilizamos concreto com pegada de carbono 14% menor em dois empreendimentos entregues em 2024 e em dois em construção, além de anualmente neutralizarmos 100% das emissões diretas e indiretas (escopos 1 e 2) com a aquisição de créditos de carbono e certificados de energia renovável (I-RECs).
Em 2024, conseguimos reduzir a taxa de intensidade de emissões – indicador que relaciona as emissões de gases de efeito estufa por metro quadrado construído –, demonstrando avanço na eficiência ambiental das operações.
Avançamos, também, na gestão de riscos climáticos, com a revisão dos riscos e oportunidades, bem como estruturação da matriz de riscos climáticos. Esse estudo incluiu quantificação, análise de probabilidade/severidade, mapeamento das medidas de controle atuais e priorização dos riscos e oportunidades.
Foram mapeados 43 riscos e oportunidades, sendo seis riscos e duas oportunidades priorizados e que, a partir de 2025, iniciamos a gestão com base em monitoramento de dados específicos, como os meteorológicos.
Além disso, a empresa implementou tecnologias de uso racional de água e energia, como os chuveiros de vazão controlada que, em projeto-piloto, evitaram o consumo de 1.270 m³ de água e economizaram 17.800 kWh em seis meses. Esse projeto está em ampliação e será implementado em todos os canteiros.

Nosso compromisso de sustentabilidade tem recebido amplo reconhecimento do mercado. Em 2024, a empresa recebeu pela terceira vez consecutiva o Selo Ouro do GHG Protocol e obteve uma das melhores notas do setor no Brasil (B) no CDP Climate Change — avaliação global de desempenho climático. Também integramos os três principais índices ESG da B3: o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e o Índice de Diversidade (IDVR), ambos pelo segundo ano consecutivo. E o Índice de Carbono Eficiente (ICO2) pela primeira vez em 2025.
No início de 2025, obtivemos o selo de Empreendedor AQUA, que reforça nosso compromisso com um processo estruturado para considerar a sustentabilidade

em todas as fases de desenvolvimento de nossos empreendimentos. Esse selo traz também o compromisso de todos os projetos a serem lançados nas linhas Origem, Raízes e Haus seguirem os critérios exigidos pela certificação.
Tivemos três projetos certificados em 2024 e três em 2025 com o selo internacional AQUA-HQE. A certificação atesta padrões elevados de qualidade ambiental, eficiência no uso de recursos naturais, conforto térmico, acústico e visual, e gestão responsável de resíduos e insumos, com metas mínimas de redução de 20% no consumo de água e energia durante o uso do empreendimento.
Todas as obras iniciadas em 2024 contaram com ao menos uma mulher na equipe. Internamente, 52% dos cargos de gerência e 42% dos cargos executivos são hoje ocupados por mulheres. Ao todo, contamos com 501 colaboradores diretos, sendo 37,12% mulheres.
Em 2024, investimos mais de R$ 120 mil em projetos de impacto, com mais de 2 mil pessoas diretamente beneficiadas e mais de 5.600 itens arrecadados em campanhas. Nos tornamos mantenedores do Mozarteum Brasileiro e fomos premiados no GRI Awards 2024 – 1º lugar na categoria de Melhor Projeto Social, com o reconhecimento pela parceria com a Construide, no projeto de construção de casas para famílias em situação de vulnerabilidade e o engajamento da cadeia de fornecimento nesse processo.

Foto: Mitre

Foto: Mitre
Em 2024, revisamos nossa matriz de materialidade, com a metodologia de dupla materialidade, em linha com as principais tendências de reporte, que inclui o viés financeiro dos impactos ambientais, sociais e de governança relativos aos negócios. Nossa nova matriz de materialidade é composta por 10 temas, assim como a anterior, mas com pequenas mudanças relativas ao aumento da preocupação e ao avanço na maturidade em alguns temas.
A nossa estratégia ESG é estruturada em seis eixos: Cadeia de Fornecimento, Gestão de Resíduos, Mudanças Climáticas, ACV e Consumo de Recursos, Transparência e Responsabilidade Social. Em 2024, promovemos três encontros do Conselho de Administração focados em ESG — um deles com ênfase nas diretrizes do International Sustainability Standards Board (ISSB), que reforçam a importância da integração entre sustentabilidade e performance financeira.
A governança também se reflete na avaliação de 100% dos fornecedores com critérios socioambientais e no fortalecimento da transparência por meio dos One Pages ESG, que mostram aos clientes o desempenho sustentável de cada empreendimento em construção.
Nossos avanços evidenciam que sustentabilidade, inovação e responsabilidade social não são apenas compromissos assumidos, mas pilares que já integram de forma concreta a estratégia e a operação da companhia. A conquista de
importantes certificações, a redução de impactos ambientais, o fortalecimento de temas sociais e a transparência com os públicos demonstram que estamos trilhando um caminho sólido e alinhado às melhores práticas do setor.
Com foco contínuo na eficiência, na gestão responsável e na geração de valor compartilhado, seguimos confiantes de que os próximos anos serão de ainda mais evolução. Estamos preparados para ampliar nosso impacto positivo, consolidar nosso protagonismo em sustentabilidade no setor da construção civil e construir, junto com nossos públicos, um futuro mais justo, resiliente e sustentável.







Com foco no desenvolvimento sustentável e na geração de valor social, a Moura Dubeux, maior incorporadora do Nordeste, lançou, em 2023, o MD Social, um programa estruturado de responsabilidade social que reafirma o compromisso da Companhia com a capacitação profissional, a inclusão produtiva e o fortalecimento das comunidades onde atua. Além disso, incentiva o voluntariado e realiza iniciativas de impacto social, como doações e apoio a famílias em situação de vulnerabilidade, gerando mudanças reais e mensuráveis.
“O nosso papel vai além da construção de imóveis. Queremos gerar um impacto positivo duradouro na sociedade e contribuir ativamente para a transformação das comunidades onde estamos presentes. Nosso propósito é ampliar esse alcance e transformar ainda mais vidas”, destaca a Companhia.
O MD Social está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente aos seguintes:




O programa é voltado à formação de mão de obra qualificada e é desenvolvido em parceria com o Instituto Engenheiro Joaquim Correia. Desde sua criação, o MD Social já realizou mais de 25 cursos de formação distribuídos pelo Nordeste, tendo capacitado cerca de 700 pessoas, 44% delas mulheres.

Além de atender à demanda da empresa por profissionais qualificados, o projeto também estimula a diversidade e a inclusão de mulheres em funções tradicionalmente ocupadas por homens, ampliando oportunidades e quebrando barreiras no setor da construção civil.
Como reconhecimento desse trabalho, a Moura Dubeux recebeu importantes premiações:
• Prêmio Ser Humano 2024 – 1º lugar | Categoria ESG
Reconhecimento pelo compromisso com práticas ambientais, sociais e de governança responsáveis.
• Prêmio GRI Awards 2023 – 1º lugar | Categoria Projeto Social
Valorização do impacto positivo do projeto nas comunidades onde a Companhia atua.
Essas conquistas reforçam a dedicação da Moura Dubeux em promover o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social, reafirmando sua liderança e seu compromisso com um futuro melhor para todos.

“Quando vi a oportunidade, pensei: vou tentar! Para mostrar que a gente é capaz, que pode estar em qualquer área, onde a gente quiser”, destaca Romênia Maria da Silva, aluna do curso de drywall, realizado em parceria com a Knauf, em Recife/PE, na obra do empreendimento Líbano. A formação foi composta 100% por mulheres.
Para Priscila Fraga, “conhecimento é poder! Ele está me trazendo algo que antes eu não tinha, e é uma coisa que ninguém pode tirar de mim: conhecimento” Priscila participou da turma exclusivamente feminina do curso em Salvador/BA.

Foto: Moura Dubeux
Atuando há mais de 40 anos no segmento de edifícios de médio e alto padrão, a Moura Dubeux, que integra o Novo Mercado da B3 (MDNE3) desde fevereiro de 2020, é a primeira em market share na Região Nordeste. Tem forte presença, ainda, no segmento composto por flats, hotéis e resorts, voltado aos consumidores de alto padrão e estrangeiros. Tendo iniciado suas atividades em Pernambuco, também está presente no Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Paraíba, Alagoas e Sergipe.

Com mais de 100 mil casas vendidas, empresa consolida sua liderança nacional em moradias econômicas ao aliar crescimento sustentável, foco em pessoas e excelência em governança
A Pacaembu Construtora S.A. é uma das principais construtoras e incorporadoras do Brasil, com forte atuação no segmento de habitação econômica. Desde sua fundação, há 33 anos, consolidou-se como líder nacional em construção de casas residenciais, considerando a metragem total construída. Seu foco está em oferecer moradias de qualidade, com infraestrutura completa e preços acessíveis, especialmente em cidades do interior do país.
Criada pelos irmãos Eduardo e Wilson Almeida, a Companhia passou por um processo de profissionalização nos últimos anos, mantendo a gestão familiar e preservando os valores que nortearam sua origem. O propósito da Pacaembu é claro: proporcionar moradia digna e transformar o sonho da casa própria em realidade para milhares de famílias que desejam sair do aluguel.
Antes mesmo do lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em 2009, a Pacaembu já era referência na construção de bairros planejados e moradias econômicas. O programa impulsionou ainda mais essa atuação, consolidando a empresa como a maior construtora de casas do Brasil pelo MCMV, segundo o tradicional ranking da INTEC Brasil.

Em 2016, a companhia publicou seu primeiro balanço auditado e instituiu o Conselho Consultivo. Dois anos depois, tornou-se uma sociedade anônima e formou seu Conselho de Administração que contava também com membros independentes. Em 2019, deu início ao bemsucedido processo de transição da primeira para a segunda geração da família Almeida. Já em 2020, realizou sua abertura de capital na Categoria A da CVM e adotou práticas e políticas do Novo Mercado da B3.
Entre 2021 e 2025, expandiu suas operações para além do Estado de São Paulo, chegando aos estados do Paraná, Mato Grosso e à região do Triângulo Mineiro. Em julho de 2025, a Pacaembu atingiu o marco de 100 mil unidades habitacionais vendidas distribuídas em mais de 200 empreendimentos lançados.
A sustentabilidade e a governança têm ganhado ainda mais relevância na companhia nos últimos anos. Nesse contexto, foram criadas a Comissão de Sustentabilidade e a Comissão de Governança, compostas por membros executivos e do Conselho de Administração. Ambas dão suporte aos temas das dimensões Ambiental, Social e de Governança (ASG, ou ESG em inglês) junto à Diretoria.
Em 2024, a Pacaembu deu um importante passo com a conclusão de um estudo de dupla materialidade. Nele, os principais temas materiais foram definidos por meio de uma abordagem quantitativa e qualitativa, que considerou uma extensa pesquisa com os stakeholders de maior relevância, o estudo da materialidade socioambiental na visão da companhia e a materialidade financeira sob a ótica da alta liderança e dos membros do conselho.
“Desde nossa fundação, trabalhamos para a consolidação de uma trajetória construída com responsabilidade, visão de longo prazo e compromisso com a habitação. Seguimos firmes na missão de ampliar o acesso à moradia digna, sempre aliando crescimento sustentável, excelência em gestão e foco nas pessoas”, afirma Victor Almeida, Presidente Executivo do Conselho de Administração da Pacaembu Construtora.

Foto: Pacaembu Construtora
E um importante passo para o desenvolvimento da Pacaembu está no fortalecimento da agenda ESG no último ano, colocando sustentabilidade social, ambiental, de governança e financeira como um dos principais pilares da estratégia da companhia, como acrescenta Júlia Almeida, Conselheira da Pacaembu Construtora, Membro da comissão de Governança e Presidente da Comissão de Sustentabilidade.
“Vamos dar continuidade a esse compromisso com entregas consistentes, respeitando o momento e a maturidade da empresa, mas sempre engajados nessa pauta, já traçando planos claros para o curto, médio e longo prazos. Seguimos firmes nesse propósito para gerar impacto positivo hoje e nas próximas décadas.”
Alguns exemplos de projetos e melhorias implementados:
As mudanças climáticas têm se consolidado como um dos maiores desafios globais da atualidade, com impactos diretos na vida das pessoas, nos ecossistemas e nos modelos de desenvolvimento. A intensificação de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas, enchentes, ondas de calor e escassez hídrica, evidencia a urgência de medidas concretas para mitigação de emissões e adaptação a uma nova realidade ambiental. Ao mesmo tempo, a transição para uma economia de baixo carbono tem se mostrado uma grande oportunidade para inovação, eficiência operacional e construção de valor sustentável.
Neste contexto, o setor da construção civil, historicamente associado a elevados impactos ambientais, desempenha um papel fundamental na construção de um futuro mais resiliente. Consciente da sua responsabilidade e do potencial de transformação da sua cadeia produtiva, a Pacaembu Construtora deu importantes passos rumo à gestão ambiental mais estratégica e orientada por dados.
Em 2024, a companhia realizou seu primeiro inventário corporativo de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), com foco nos Escopos 1 e 2, que englobam, respectivamente, as emissões diretas de suas operações e aquelas indiretas associadas ao consumo de energia elétrica. O levantamento permitiu identificar com precisão as principais fontes emissoras, entre elas: a mudança no uso do solo em áreas de obra, a queima de combustíveis fósseis em veículos e máquinas (combustões móveis e estacionárias), emissões fugitivas de gases e o consumo energético nas unidades operacionais e canteiros de obras.

A partir desse diagnóstico, e com base na análise de cenários e oportunidades de redução, a companhia adotou, no início de 2025, uma importante medida de transição: a obrigatoriedade do uso de etanol para o abastecimento de 100% da frota própria de veículos leves. A substituição da gasolina por uma fonte renovável e com menor fator de emissão é uma das ações mais diretas e efetivas no curto prazo para a redução de impactos climáticos nas operações.
Os resultados esperados com essa mudança são expressivos: estima-se uma redução superior a 10% nas emissões diretas da empresa, o que equivale a aproximadamente 600 toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) evitadas ao longo de 2025, em comparação com o ano anterior. Além da redução quantitativa, a ação reforça o compromisso da empresa com práticas sustentáveis, com a eficiência no uso de recursos e com o fortalecimento de uma cultura interna voltada para a responsabilidade ambiental.
A jornada da Pacaembu rumo à descarbonização das suas operações está apenas começando. O inventário de emissões e a adoção de medidas de curto prazo abrem caminho para a definição de metas climáticas de longo prazo, integradas à estratégia de negócios e alinhadas com os princípios de desenvolvimento sustentável. Com isso, a empresa reafirma seu papel como agente de transformação positiva no setor da construção civil e contribui ativamente para
a construção de um futuro mais equilibrado, justo e sustentável para as próximas gerações.
Na Pacaembu, as pessoas estão no centro da estratégia de crescimento e da sustentabilidade do negócio. A valorização, o desenvolvimento e a retenção de talentos são pilares essenciais para garantir a continuidade dos resultados e a construção de uma cultura forte e coerente com os valores da empresa. Com uma operação em constante expansão geográfica e um aumento expressivo no número de colaboradores nos últimos anos, a companhia tem intensificado seus esforços para atrair profissionais qualificados, desenvolver suas habilidades e manter um ambiente que estimule o crescimento e a permanência.
Como resposta a esse cenário de transformação e amadurecimento institucional, a Pacaembu lançou em 2025 a UniPacaembu, uma universidade corporativa criada para ser o alicerce do desenvolvimento profissional dentro da companhia. A iniciativa é reflexo direto do compromisso da empresa com a gestão do conhecimento, a padronização de processos e o fortalecimento da cultura organizacional, especialmente diante dos desafios de uma estrutura cada vez mais distribuída pelo território nacional.
A UniPacaembu surge com a missão de capacitar os colaboradores, alinhar suas competências às metas estratégicas da organização e garantir que todos tenham acesso igualitário à informação e ao aprendizado contínuo, independentemente de onde atuem. Além disso, a plataforma contribui para a preservação do conhecimento institucional e para a disseminação do jeito de “ser” Pacaembu, que une excelência técnica, senso de propósito e proximidade com as comunidades atendidas.
Entre os principais objetivos da UniPacaembu estão:
• Fomentar o desenvolvimento técnico e comportamental dos profissionais;
• Promover a gestão do conhecimento e a cultura organizacional;
• Assegurar o alinhamento de informações entre equipes distribuídas em diferentes localidades;
• Transformar o crescimento dos colaboradores em uma vantagem competitiva para a empresa;
• Apoiar a realização dos objetivos estratégicos da companhia por meio da educação corporativa.
Sob a liderança do Diretor de Engenharia, José Stucki Junior, que também atua como Reitor da UniPacaembu, foi estruturado um programa robusto e dinâmico de capacitação. Seu formato flexível permite a constante atualização dos conteúdos, garantindo que a formação oferecida esteja sempre alinhada às demandas do negócio e às transformações do setor da construção civil.
A Pacaembu possui registro na Categoria A da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desde 2020 e possui práticas e políticas alinhadas às exigências e normas estabelecidas pelo Regulamento do Novo Mercado da B3 (Bolsa de Valores).
A sua estrutura de governança inclui Conselho de Administração, Diretoria Estatutária, Diretoria Executiva e Comitê de Auditoria, que se tornou estatutário em 2024, como parte dos avanços na estrutura de governança da Pacaembu.
Adicionalmente, em 2024, a Pacaembu formalizou cinco Comissões (Comissão de Governança, Comissão de Ética, Comissão de Sustentabilidade, Comissão de Gente e Comissão de Aprovação de Projetos e Lançamentos) que assessoram a Diretoria em temas estratégicos, com a criação de seus regimentos internos.
Também foram revisadas seis políticas obrigatórias pelo Novo Mercado e três regimentos internos (Diretoria, Conselho de Administração e Comitê de Auditoria Estatutário), com o intuito de alinhar a Pacaembu às atualizações regulatórias vigentes desde 2020 e garantir que os documentos reflitam a realidade do negócio e a cultura da Companhia.
Outras práticas de Novo Mercado foram colocadas em prática:
• Em 2024, a Pacaembu elaborou e divulgou pela primeira vez a Proposta da Administração, documento que detalha temas a serem aprovados na Assembleia Geral Anual dos Acionistas, como remuneração da administração e distribuição de dividendos;
• Em 2025, foi aprovado pelo Conselho de Administração um processo de avaliação do Conselho de Administração, da Diretoria e do Comitê de Auditoria Estatutários, seguindo o regulamento aplicável às empresas listadas na B3.
Essas medidas fortaleceram a estrutura de governança da Pacaembu, em continuidade à sua consistente trajetória nessa frente, intensificada desde 2020.
Em 2025, a Pacaembu também recebeu, pela primeira vez, o Rating de Emissor AAA.br da agência Moody’s Local Brasil. Essa classificação reflete a solidez financeira, a disciplina na gestão de riscos e a consistência do modelo de negócios, reforçando a credibilidade da construtora junto ao mercado. A conquista representa mais um marco relevante na jornada de fortalecimento da governança corporativa e consolida a posição da Pacaembu como referência no setor.






Com mais de 60 anos de trajetória e presença sólida em Minas Gerais (MG), no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP), o Grupo Patrimar atua com empreendimentos das classes alta, média e econômica, sempre com foco em qualidade, inovação e responsabilidade socioambiental.
De forma estruturada, a Companhia integra os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança) à sua estratégia de negócios, orientando decisões e práticas que reforçam seu compromisso com a sustentabilidade, a ética corporativa e o desenvolvimento das comunidades onde está presente.
A seguir, apresentamos cases de destaque que exemplificam como cada uma das vertentes do ESG se materializa nas ações do Grupo Patrimar.
Em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), o Grupo Patrimar mantém a Casa Sonhar Patrimar, um espaço seguro e estruturado para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, em parceria com o Instituto O Grito. O local oferece atividades didáticas, culturais, esportivas e de lazer no contraturno escolar, beneficiando cerca de 200 jovens.


O projeto busca proteger esses jovens de diferentes formas de violência, ao mesmo tempo em que complementa sua formação com atividades extracurriculares que estimulam o desenvolvimento integral. Os resultados de 2024 mostram impacto real: 90% dos alunos apresentaram desempenho considerado bom ou ótimo e a frequência média foi de 89,6%.








O empreendimento José Torres Franco, da Patrimar Engenharia, conquistou a certificação EDGE Advanced (Excellence in Design for Greater Efficiencies) ainda na fase de projeto. O nível Advanced reconhece edificações com desempenho excepcional em eficiência de recursos.
A certificação EDGE é concedida a projetos que se destacam por reduzir significativamente o consumo de energia, água e o carbono incorporado nos materiais. O José Torres Franco, localizado no bairro Lourdes, em Belo Horizonte (MG), é pioneiro na Companhia ao atingir 45% de economia de energia, o que representa 265,84 MWh/ ano economizados, patamar que garante o EDGE Advanced (Nível 2), além de 23% de economia de água, equivalente a 3.967,57 m3/ano, e um alto índice de redução de energia incorporada nos materiais (32%), totalizando 1.221,5 toneladas de CO2e evitadas. Além disso, o empreendimento José Torres Franco evita 40,46 toneladas de CO2 equivalente por ano (tCO2eq/ano), contribuindo diretamente para o combate às mudanças climáticas.
No Grupo Patrimar, os novos empreendimentos já são concebidos seguindo as diretrizes dos principais selos de sustentabilidade, como o EDGE. Isso significa incorporar, desde a fase de concepção, simulações de desempenho, especificação de materiais de menor impacto, sistemas eficientes e critérios de execução compatíveis com certificação. Esse modelo de projeto padroniza boas práticas, aumenta a previsibilidade de resultados e eleva o patamar de sustentabilidade em toda a carteira.
Com esse avanço, o José Torres Franco se consolida como referência em eficiência e inovação, reforçando o compromisso do Grupo Patrimar com a construção de cidades mais sustentáveis e com uma jornada contínua de melhoria ambiental em seus projetos.






CASE: PATRIMAR SUMMIT ESG
Com o objetivo de fortalecer a integração das pautas de sustentabilidade à estratégia corporativa, o Grupo Patrimar realizou, em 24 de setembro de 2024, a primeira edição do Patrimar Summit ESG, um evento de imersão dedicado às lideranças da organização.
Durante um dia completo de programação, cerca de 80 líderes, representando todas as áreas e regiões de atuação da companhia, participaram de palestras e workshops conduzidos por especialistas e consultores convidados. Os conteúdos abordaram desafios e oportunidades relacionados aos pilares ambiental, social e de governança no setor da construção e no contexto global.
O encontro representou um marco na jornada do Grupo Patrimar rumo a uma atuação cada vez mais consciente e sustentável, reforçando o papel estratégico das lideranças na adoção das práticas ESG. A iniciativa também estimulou reflexões sobre como as empresas podem gerar impacto positivo e duradouro em todas as dimensões do negócio. O sucesso da primeira edição consolidou o compromisso de torná-la anual, com a próxima já prevista para o segundo semestre de 2025.

Foto: Patrimar

Foto: Patrimar






O Grupo Patrimar entende que o crescimento sustentável é fruto de inovação, responsabilidade social e gestão sólida. Ao integrar ESG ao seu DNA corporativo, a companhia não apenas eleva o padrão do setor da construção civil, mas também contribui para a criação de cidades mais inclusivas, eficientes e resilientes.

“Viemos para ficar. Construímos para quem sonha agora e para quem ainda vai sonhar.”
Essa frase resume o propósito da Peconi e guia o caminho trilhado pela empresa ao longo dos últimos anos. Mais do que entregar empreendimentos, a Peconi acredita em construir transformações sociais, ambientais e econômicas que impactem positivamente a vida das pessoas e o futuro das cidades.
Desde a fundação, a empresa se compromete com uma atuação ética, responsável e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela ONU como um chamado global para que governos, empresas e sociedade enfrentem juntos os principais desafios do nosso tempo. Para a Peconi, essa agenda representa mais do que metas: representa um modo de agir, pensar e evoluir de forma coletiva e consciente.
Nos últimos cinco anos, a Peconi lançou mais de 800 unidades habitacionais, todas vendidas e repassadas à Caixa Econômica Federal. São mais de 60 mil metros quadrados de empreendimentos residenciais construídos e entregues, além de 100 mil metros quadrados em obras industriais e comerciais consolidando a empresa como referência no setor de barracões, seu carro-chefe desde o início da operação.
Com mais de 9 empreendimentos lançados até aqui e um plano ambicioso para lançar outras 1.500 unidades entre 2025 e 2026, a Peconi está em plena expansão, mas sem abrir mão da identidade que a diferencia: construções com estética marcante, qualidade elevada, localização estratégica e uma relação genuína com as comunidades em que atua.
Esse crescimento é impulsionado por um time comprometido e apaixonado pelo que faz. Em 2021, a equipe administrativa da Peconi era composta por 10 pessoas. Hoje, são 142 profissionais diretos, além de milhares de pessoas impactadas indiretamente pelas obras, fornecedores e ações da empresa. Cada colaborador, cada parceiro e cada cliente é parte de um ecossistema de transformação e é dentro desse contexto que a Peconi se insere no universo ESG, contribuindo de forma prática para os três pilares: ambiental, social e de governança.
A responsabilidade ambiental é um dos alicerces da atuação da Peconi. Cada empreendimento é planejado com critérios que equilibram inovação e preservação, reduzindo impactos e criando soluções que beneficiem tanto o meio ambiente quanto as pessoas. Os projetos da empresa contam com infraestrutura para veículos elétricos, contribuindo para a mobilidade limpa, e com sistemas de reflorestamento compensatório que fortalecem a biodiversidade local.

Foto: Peconi Construtora e Incorporadora
As ações de arborização urbana e os pomares frutíferos implantados nos empreendimentos, como o Oni Japão um exemplo de como a empresa integra natureza ao dia a dia das comunidades, oferecendo áreas verdes e acesso a alimentos naturais, frescos e coletivos. Com sistemas economizadores de água, planejamento de esgoto e gestão eficiente de resíduos, a Peconi garante o uso racional de recursos naturais desde o canteiro de obras até a entrega final do empreendimento.

Foto: Peconi Construtora e Incorporadora
Além disso, os processos de padronização de kits construtivos e a automação no uso de materiais reduzem significativamente o desperdício, mostrando que é possível inovar e construir com inteligência ambiental. Para a Peconi, o “luxo” está na qualidade de vida que um empreendimento oferece e isso inclui um ambiente saudável, sustentável e conectado com o planeta.
A dimensão social da Peconi está presente em cada projeto, desde a concepção até a entrega. Os empreendimentos são desenhados com foco no bem-estar coletivo, oferecendo áreas de lazer, espaços verdes, academias ao ar livre, calistenia e apoio a práticas esportivas que estimulam uma vida mais saudável.
Além disso, a empresa é patrocinadora de corridas de rua, incentivando hábitos saudáveis, o esporte comunitário e o fortalecimento do senso de pertencimento entre os moradores, colaboradores e parceiros.

As comunidades onde a empresa atua se tornam mais vivas, mais seguras e mais conectadas graças ao planejamento urbano humanizado e à entrega de equipamentos públicos como praças e áreas de convivência.

A valorização das pessoas começa dentro da própria organização. A Peconi é hoje uma empresa com liderança majoritariamente feminina, algo ainda raro no setor da construção civil. Esse protagonismo das mulheres na gestão demonstra um ambiente de equidade real, que promove a diversidade e o respeito às diferenças. O crescimento do time administrativo, que saltou de 10 para 142 colaboradores em apenas quatro anos, revela não apenas expansão operacional, mas também um compromisso com a geração de empregos, com a capacitação e com a realização pessoal de cada integrante da equipe.
Esse cuidado se estende para fora da empresa por meio de parcerias estratégicas com instituições como o Senai e a Faculdade Anhanguera de Sumaré. Com elas, a Peconi oferece oportunidades de estágio e formação técnica para jovens e adultos nas áreas administrativas, contribuindo para o desenvolvimento de talentos locais e reforçando seu compromisso com a educação de qualidade.
Em cada uma dessas iniciativas, a empresa reafirma sua missão de transformar vidas. Ao longo de sua história, a Peconi já impactou direta e indiretamente mais de cinco mil famílias e segue ampliando esse alcance com empreendimentos que respeitam o entorno, valorizam a cultura local e criam vínculos duradouros com a cidade e seus moradores.
Uma empresa que deseja deixar um legado precisa ter a governança como valor inegociável. A Peconi estrutura sua gestão com base na transparência, no respeito às normas legais e na construção de relações de confiança com todos os públicos com os quais se relaciona. A atuação da empresa é guiada por um regulamento interno sólido, pela aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e por mecanismos de escuta ativa, como o canal de denúncias e as pesquisas regulares de satisfação com clientes e parceiros.
Além disso, a Peconi é signatária do Pacto Global da ONU, um compromisso que a conecta às metas globais de sustentabilidade e aos princípios de responsabilidade corporativa reconhecidos internacionalmente. Isso inclui o respeito aos direitos humanos, práticas anticorrupção, proteção ambiental e desenvolvimento social.
No campo institucional, a Peconi estabelece parcerias com prefeituras e administrações públicas para contribuir com revitalizações de praças, espaços urbanos e melhorias no entorno dos empreendimentos. A visão da empresa é clara: cada lugar por onde passa deve sair melhor do que era antes. A presença da Peconi em uma região precisa ser motivo de orgulho para seus moradores, tanto pelos empreendimentos entregues quanto pelo impacto que eles geram no tecido urbano e social.
Acreditamos que governança não é apenas um conjunto de regras, mas um reflexo da cultura organizacional. E é essa cultura, baseada em ética, responsabilidade e propósito, que sustenta o crescimento sólido e a reputação da Peconi como referência no setor da construção.
A Peconi acredita que a construção civil pode e deve ser uma força positiva de transformação. Ao integrar os princípios do ESG e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em sua estratégia e operação, a empresa avança com firmeza na direção de um futuro mais justo, mais verde e mais humano.
Porque, no fim das contas, o verdadeiro legado não está apenas nos prédios, torres ou metros quadrados entregues. Está na qualidade das relações construídas, no respeito às pessoas e ao meio ambiente, e na coragem de sonhar grande junto com quem acredita em um amanhã melhor.
“Construímos com propósito. Construímos para quem sonha e para quem ainda vai sonhar.”














Com 28 anos de atuação no mercado imobiliário, a Plano&Plano é referência na incorporação, construção e comercialização de imóveis voltados ao segmento econômico e de renda média. Presente no Novo Mercado da B3, a Companhia já realizou o sonho da casa própria para mais de 59 mil famílias, consolidando seu compromisso com o desenvolvimento urbano e social.
Guiada pelo propósito de reduzir o déficit habitacional nas regiões onde atua, especialmente na capital paulista e sua região metropolitana, a Plano&Plano adota uma abordagem ESG integrada à sua estratégia de negócios. A empresa se posiciona como “uma construtora feita de gente para toda a gente”, valorizando a colaboração, o respeito e a ética nas relações com todos os seus públicos.
A jornada ESG da Plano&Plano ganhou força a partir de 2020, com a criação de uma área dedicada ao tema. Desde então, a Companhia vem consolidando práticas que promovem impacto positivo e duradouro:
Desenvolvimento Sustentável: ações que geram valor econômico, social e ambiental, promovendo inclusão e qualidade de vida.
Inovação Contínua: investimentos em tecnologia e processos que impulsionam eficiência e sustentabilidade.
Relacionamento Ético e Duradouro: vínculos sólidos com clientes, colaboradores, fornecedores e comunidades.


Foto: Inauguração Instituto Plano&Plano
Um dos marcos mais relevantes foi a criação do Instituto Plano&Plano, responsável por coordenar e ampliar os projetos socioeducativos da Companhia. Com o propósito de transformar vidas por meio da educação, o Instituto atua diretamente nos territórios urbanos e comunidades próximas aos empreendimentos da Companhia.
Sua atuação se organiza em três pilares fundamentais:
1. Educação & Inclusão Social:
Nossa Escola: Apoio à gestão e formação de professores em escolas públicas. Destaque para as escolas Stefan Zweig, Heróis da FEB e E.E. Prof. Antônio F. de Proença.
Educa: Educação complementar para trabalhadores da construção civil, com aulas de alfabetização, matemática, leitura, escrita e interpretação de projetos. Inclui também capacitação de mulheres para atuação em obras.
O Projeto Educa nasceu em 2022, fruto do desejo dos fundadores da Plano&Plano em oferecer um ambiente de aprendizagem dentro dos canteiros de obras, possibilitando que colaboradores que não tiveram a oportunidade de concluir os estudos retomassem sua jornada educacional.

A primeira sala de aula foi criada no empreendimento Portal Vila Prudente, na Zona Leste de São Paulo. As aulas, ministradas três vezes por semana, durante o período de quatro meses, ofereciam conteúdos de língua portuguesa e matemática. A mobilização dos alunos acontecia diretamente nos canteiros de obras e pelos canais de comunicação da companhia.
Com o sucesso da iniciativa, em 2025 o projeto se expandiu, incluindo disciplinas como leitura e interpretação de projetos arquitetônicos, diante da necessidade identificada entre os trabalhadores. Assim, o Educa ampliou seu impacto, conectando educação ao dia a dia da construção civil.
E essa vontade de ampliar ainda mais o nosso projeto fez o Educa florescer, surgindo o Educa Mulheres, voltado à capacitação profissional de mulheres das comunidades vizinhas às obras. A iniciativa busca promover a inclusão feminina no mercado da construção civil, a redução das desigualdades sociais e o incentivo à diversidade de gênero.
O Projeto Educa representa uma nova chance de reconstruir sonhos, resgatar autoestima e transformar histórias. Porque, quando a educação entra no canteiro, ela constrói muito mais do que edifícios: ela constrói futuros.
Capacitação & Inclusão: Cursos gratuitos para jovens, adultos e imigrantes em parceria com a ONG Ampliar. Inclui formação técnica para corretores com certificação CRECI, além de cursos de administração, RH e preparação para o ENEM.
Planos de Brincar: Focado em proporcionar experiências culturais e recreativas que promovam inclusão e bem-estar.
Projetos via PROMAC: Apoio a iniciativas culturais aprovadas pelo Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais, como espetáculos teatrais e reforma de espaços educativos.
3. VOLUNTARIADO & ASSISTENCIALISMO:
InspirAção: Voluntariado para revitalização de espaços públicos, como escolas e praças. Inclui reformas estruturais e atividades culturais. Destaque para ações nas escolas Stefan Zweig e Heróis da FEB e Praça Lígia Maria Salgado.






Plano & Solidariedade: Campanha de arrecadação de alimentos e cestas básicas para comunidades vulneráveis. Crescimento expressivo desde 2022, com mais de 130 toneladas arrecadadas em 2025, beneficiando mais de 15 mil famílias.





ESG Summit: Formação de gestores sobre os novos parâmetros da CVM 193.
Webinar ESG: Treinamento sobre descarte correto de resíduos.
CAFÉ&ESG: Encontros com fornecedores para troca de boas práticas ambientais.
Inventário de Emissões de GEE: Divulgação pública do 1º Inventário (2023) na plataforma CDP e realização do 2º Inventário (2024), ambos seguindo o GHG Protocol. A empresa obteve score “C” no CDP, iniciando sua jornada de descarbonização.
Consultoria para Gestão de Carbono: Apoio técnico para alinhar os reportes da empresa às exigências da Resolução CVM 193 e aos padrões ISSB S1 e S2. Participação na Aliança GEE: Contribuição para o desenvolvimento da terceira versão da calculadora CECarbon, voltada ao setor da construção civil.
Grupo Interno de Ações de Meio Ambiente (GAMA)
O GAMA foi fortalecido em 2024, ampliando sua estrutura e engajamento. O grupo atua na identificação de riscos e oportunidades ESG em dez áreas da empresa, definindo metas e indicadores em temas como:
• Resíduos e logística reversa
• Consumo de energia
• Materiais eficientes
• Emissões e biodiversidade

A nova sede da Plano&Plano, com 4.291m² e certificação LEED Gold, foi concebida com foco em conforto, eficiência energética e sustentabilidade. O espaço promove ambientes colaborativos e modernos, alinhados à cultura da empresa.
A trajetória da Plano&Plano mostra como a construção civil pode ser agente de transformação social e ambiental. Com práticas ESG estruturadas, ações concretas e o fortalecimento institucional por meio do Instituto Plano&Plano, a Companhia reafirma seu compromisso com um futuro mais justo, inclusivo e sustentável.



















Fundada há mais de 45 anos, a Setin Incorporadora consolidou-se como uma das principais empresas do setor imobiliário paulista, reconhecida por seu compromisso com a inovação, a excelência e o desenvolvimento urbano de
qualidade. Com atuação marcante na cidade de São Paulo, a Setin se posiciona como uma incorporadora que vai além da construção civil: ela constrói experiências de vida, comunidades e, sobretudo, um futuro mais sustentável.
Nos últimos anos, a Setin vem intensificando seu comprometimento com os princípios ESG (ambiental, social e de governança), consolidando práticas que geram valor para seus clientes, colaboradores e para a sociedade. Dentre elas, se destacam a elaboração de sua política de sustentabilidade e o plano para desenvolvimento de ações para os temas materiais prioritários. Em 2025, a empresa publicou seu segundo Relatório de Sustentabilidade, reafirmando seu compromisso com a transparência e o alinhamento às diretrizes internacionais, ao apresentar como principal avanço do documento sua produção com base nas Normas GRI.
Na dimensão governança, a Setin mantém uma estrutura robusta e transparente, com políticas de conduta, compliance e auditoria financeira padrão CVM feita por uma das principais empresas do setor no mundo. A atuação ética é um pilar central da cultura organizacional, reforçada por treinamentos contínuos e canais de denúncia ativos, que garantem a conduta responsável em todos os níveis da empresa.
Além disso, a empresa vem ampliando a presença de mulheres em cargos de liderança e promovendo diversidade em seus times, como parte de uma agenda que enxerga a equidade como um fator estratégico.
No pilar social da agenda ESG, a Setin tem direcionado esforços significativos para o bem-estar de seus colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável, humano e acolhedor. Um exemplo marcante dessa atuação é o Projeto Acolher, lançado em 2021, com foco na saúde emocional e no equilíbrio mental das equipes.
A iniciativa oferece apoio psicológico especializado, rodas de conversa sobre temas como estresse, ansiedade, adaptação à mudança e relações interpessoais, além de acompanhamento individualizado sempre que necessário. O programa surgiu em um momento de grandes desafios para a sociedade, acentuados pela pandemia, e segue como um pilar contínuo de cuidado e atenção com as pessoas que constroem a Setin todos os dias.
Mais do que uma ação pontual, o Acolher representa uma mudança de cultura — promovendo escuta ativa, empatia e um ambiente seguro para o diálogo. Essa abordagem reflete o entendimento de que cuidar das pessoas é fundamental para a sustentabilidade dos negócios e o fortalecimento da cultura organizacional.
Em 2024, o Programa Acolher deu um salto qualitativo importante ao integrar novas frentes de atuação. Além do foco emocional, passou a contemplar também as dimensões física e financeira do bem-estar. Entre as ações promovidas ao longo do ano, destacam-se campanhas de vacinação contra gripe, palestras sobre imunização, saúde ocular, hipertensão e alimentação saudável, além de iniciativas voltadas à prevenção ao câncer de mama e próstata. No campo financeiro, o programa trouxe palestras sobre educação financeira e estratégias para investimento pessoal.
Na frente ambiental, a Setin tem investido na gestão eficiente de recursos naturais, priorizando a eficiência energética, o uso racional da água e a destinação correta de resíduos em todas as fases de suas obras. O uso de tecnologias construtivas mais limpas, como alvenaria racionalizada e estruturas pré-moldadas, reduz impactos ambientais e melhora a performance dos empreendimentos.
Nos últimos anos, a empresa entregou dois condomínios com projeto certificado pela uma iniciativa da IFC (International Finance Corporation) com o selo EDGE (Excellence in Design for Greater Efficiencies), Aeté e Karpz. E tem mais um em fase de obra, o Ibiatã. Este último, conta ainda com a certificação Fitwell, desenvolvida pelo CDC (Center for Disease Control and Prevention) e pelo (GSA) General Services Administration nos EUA, que visa promover empreendimentos saudáveis que melhorem a qualidade de vida de seus moradores.
A trajetória da Setin mostra que é possível conciliar rentabilidade com propósito, desenvolvimento urbano com respeito ao meio ambiente, e crescimento com impacto social positivo. Em um setor historicamente desafiador como o da construção civil, a Setin se destaca como exemplo de liderança ética, humana e inovadora.



















A estratégia de sustentabilidade da Tegra, “Cidades Regenerativas 2030”, surgiu do entendimento de que não há perenidade do negócio sem que se dê real atenção aos impactos positivos e negativos das atividades da companhia sobre o ambiente em que está inserida e a todos os stakeholders envolvidos em sua atuação. A companhia também investe na inovação como ferramenta para impulsionar a aplicação da estratégia em suas operações, reduzindo os impactos negativos e ampliando os positivos, ao mesmo tempo que aumenta sua produtividade.
Com base na estratégia “Cidades Regenerativas 2030”, foram definidas metas e métricas claras para a gestão dos impactos, riscos e oportunidades da companhia.
A Tegra acompanha indicadores operacionais, como número de unidades lançadas e entregues, além de monitorar métricas em conformidade com os padrões GRI e SASB, incluindo emissões de GEE, consumo de água e energia, saúde e segurança ocupacional e gestão de materiais e resíduos, entre outros. Essas métricas permitem avaliar continuamente seu desempenho, mitigar riscos e identificar oportunidades para aprimorar as operações.
Estruturada em quatro pilares – descarbonização, economia circular, transparência nos negócios e geração de valor compartilhado com a sociedade –, a estratégia de sustentabilidade direciona a gestão dos negócios, considerando indicadores ambientais, sociais e de governança (ESG) em todas as atividades e processos, como obras, gestão de riscos, inovação e gestão de pessoas. Esses pilares estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e às diretrizes da certificação de Alta Qualidade Ambiental (Haute Qualité Environnementale – AQUA- -HQE), certificação de sustentabilidade reconhecida internacionalmente.
• 100% dos empreendimentos com Certificação AQUA-HQE*
• R$ 1,1 milhão em adoções de canteiros, rotatórias e praças
• 13 espaços públicos mantidos
• 1.100 colaboradores próprios
• 2.820,98 tCO2e em emissões próprias
• 69.605 m³ de água consumida
• 2.456,21 MWh de energia consumida
• 88,32% de resíduos reciclados
*Incorporação e Construção Tegra Incorporadora S.A
Para manter o foco nas questões prioritárias para seus negócios e assegurar a geração de valor compartilhado com a sociedade, a Tegra revisou sua materialidade em 2024, utilizando o conceito de dupla materialidade. A análise considerou tanto os impactos significativos sobre pessoas e meio ambiente quanto os efeitos financeiros dos riscos, atuais ou potenciais, que podem influenciar o fluxo de caixa e o valor a longo prazo.
O processo de dupla materialidade foi conduzido pela gerência ESG da Tegra, com o apoio de consultoria e a participação da alta liderança e do Comitê ESG da companhia. Ao todo, foram seis etapas:
1. Análise de contexto externo ESG e da maturidade da organização.
2. Definição da lista de impactos relacionados as atividades do negócio e aspectos setoriais (SASB).
3. Mapeamento e consulta de stakeholders (internos e externos).
4. Score quantitativo combinado com análises qualitativas a partir da consulta aos stakeholders
5. Análise de severidade e probabilidade dos riscos, conforme parâmetros da GRI e COSO.
6. Priorização dos temas pela alta liderança da Tegra Incorporadora.
Nesse processo, foram considerados documentos institucionais e políticas, estudo de contexto ESG, entrevistas com a alta liderança, consultas a representantes dos grupos de stakeholders, estudo de benchmarking e workshops para mapeamento de impactos e riscos com especialistas da Tegra.
Temas materiais 2024:
• Promoção de uma cultura ética e íntegra em toda a cadeia de valor
• Saúde, segurança e bem-estar
• Empregabilidade e atratividade de talentos
• Mitigação das emissões de GEE com o fomento de matérias-primas sustentáveis
• Segurança e qualidade das edificações
• Exposição ao risco sistêmico relacionado a crédito
• Relacionamento com a vizinhança
• Aspectos regulatórios: ambientais, sociais e climáticos
As mudanças climáticas impactam diretamente o negócio da Tegra, desde o planejamento até a execução dos nossos empreendimentos. Entre os principais riscos estão o aumento da imprevisibilidade climática – que compromete prazos, eleva custos e pode provocar paralisações –, além de eventos extremos, como enchentes, deslizamentos e ondas de calor, que afetam a segurança nos canteiros e as comunidades do entorno.
Outros fatores críticos incluem a escassez ou encarecimento de matérias-primas e a intensificação de exigências regulatórias e ambientais, que demandam adaptações nos processos e maior controle sobre impactos socioambientais. Também são relevantes os efeitos indiretos, como o agravamento de eventos extremos devido ao desmatamento e à urbanização de áreas sensíveis, com reflexos na saúde pública e na resiliência dos territórios.
Por outro lado, o enfrentamento da crise climática impulsiona oportunidades de inovação e diferenciação da Tegra no mercado. A adoção de soluções construtivas sustentáveis, o uso eficiente de recursos e a integração de critérios ambientais desde a concepção dos projetos têm fortalecido nossa competitividade, nos posicionando de forma estratégica frente às novas demandas sociais e ambientais.
Apesar de termos metas de redução de emissão de GEE, contempladas na estratégia “Cidades Regenerativas 2030”, e avaliarmos os riscos decorrentes de mudanças climáticas entre nossos fornecedores, ainda não quantificamos os impactos financeiros dos eventos climáticos no nosso negócio. Para atingir esse objetivo, estamos em processo de estruturação da nossa Matriz de Riscos Climáticos, que permitirá uma avaliação mais precisa desses efeitos na nossa operação e na cadeia de suprimentos.

Foto: Tegra Incorporadora
A Tegra é reconhecida como Empreendedor AQUA-HQE desde 2021, sendo que 100% dos nossos lançamentos incorporados e construídos pela Tegra têm a certificação, o que significa que todos os seus projetos são auditados em relação à conformidade com seus requisitos.
Para obter a certificação AQUA-HQE, os empreendimentos devem cumprir requisitos estabelecidos em 14 categorias relacionadas a sustentabilidade, conforto, uso racional de recursos naturais, como água, e de energia e neutralização de emissões de gases de efeito estufa. Assim, os empreendimentos Tegra certificados contam com diferenciais que influenciam a decisão de compra.
A certificação também possui exigências quanto à eficiência energética e ao consumo de água relacionados às áreas privativas e comuns dos edifícios. A redução mínima para obtenção de certificação é de 20% para ambos os quesitos, em comparação com a referência da certificação. Em 2024 entregamos um total de 1.772 unidades e apresentaram, em média, uma redução de:
• 22,86 % de energia
• 48,01% de água nas áreas comuns
• 29,46% de água nas unidades






A Tenda é uma das principais construtoras do Brasil e está listada no Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa da B3. A empresa atua em diversas regiões metropolitanas do Brasil, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, Goiânia e Brasília. Seus empreendimentos são voltados para as faixas 1, 2 e 3 do Programa Minha Casa Minha Vida, com maior foco nas faixas 1 e 2. Ao longo de sua trajetória bemsucedida, a companhia já propiciou a mais de 180 mil famílias a conquista da própria casa.
Além disso, a Tenda é proprietária da Alea, uma empresa de construção off-site que é pioneira mundial ao trazer uma tecnologia utilizada em habitações de alto padrão nos países do primeiro mundo para o Brasil.
A Alea oferece casas com uma proposta de arquitetura e urbanismo diferenciados, proporcionando conforto e bem-estar para seus clientes.
A Tenda está comprometida com os princípios de ASG, integrando práticas sustentáveis e responsáveis em suas operações. Abaixo conheça as iniciativas e cases da Companhia.
Em 2021, o intenso fluxo de venezuelanos na fronteira de Roraima inspirou a Tenda a lançar o Programa Imigrantes em Obras. Este programa foi criado para atender a duas necessidades urgentes: a escassez de mão de obra qualificada nos canteiros de obras e a necessidade de proporcionar um recomeço digno para aqueles que fugiram de crises em busca de novas oportunidades.
Os principais objetivos deste programa são promover a inclusão produtiva de imigrantes e refugiados no Brasil, auxiliar na regularização de sua situação no país e oferecer sequência de mão de obra nos canteiros. Essa iniciativa visa permitir que os estrangeiros se tornem protagonistas de seu próprio desenvolvimento, bem como de suas famílias e comunidades, ao mesmo tempo em que a empresa consegue oferecer seus produtos com qualidade e no prazo acordados.

Foto: Tenda
Em 2022, a Tenda se tornou membro do Fórum Empresas com Refugiados, reforçando seu compromisso com a causa. Em 2023, a empresa estabeleceu a meta de ter 10% de imigrantes em seus canteiros de obras até 2025, uma meta que foi alcançada em novembro de 2024, um ano antes do previsto. Atualmente, a Tenda já emprega mais de 450 migrantes, que constituem uma força de trabalho significativa nos canteiros de obras em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás, Ceará e Pernambuco. A maioria dos trabalhadores vem da Angola, seguida pela Venezuela, além de países como Haiti, Cuba e Guiné-Bissau.
Os colaboradores seguem uma trilha de desenvolvimento baseada em indicadores de desempenho, o que tem permitido a progressão de muitos imigrantes dentro da empresa. Essa jornada de crescimento possibilita que a entrada de profissionais seja democratizada e as evoluções de carreira uma realidade.
Esse programa não apenas reforça o compromisso da Tenda com a inclusão social e a diversidade, mas também demonstra o impacto positivo da integração de migrantes no mercado de trabalho, contribuindo para um ambiente de trabalho mais rico e diversificado.
Em 2024, conquistamos o Selo Casa Azul, uma certificação ASG (Ambiental, Social e Governança) concedida pela Caixa Econômica Federal, em um de nossos empreendimentos, o Vista Portal do Morumbi em São Paulo. Este selo é destinado a projetos habitacionais que implementam soluções eficientes em todas as fases: concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações.
Os empreendimentos que recebem o Selo Casa Azul atendem a padrões elevados de qualidade e construção, garantindo que os imóveis sejam não apenas seguros e confortáveis, mas também eficientes em termos energéticos e de conforto ambiental, como iluminação e ventilação natural.
O Selo Casa Azul segue rigorosos critérios de soluções sustentáveis, incluindo o racionamento de água, eficiência energética e programas de treinamento para a conservação e manutenção das instalações. Essa certificação reforça nosso compromisso com práticas sustentáveis e a criação de ambientes que promovem o bem-estar dos moradores, alinhando-se aos parâmetros de excelência em ASG.

Foto: Tenda
• A Construtora Tenda mantém um alto padrão de transparência e ética, assegurado por sua listagem no Novo Mercado da B3, que exige práticas rigorosas de governança corporativa. A empresa está comprometida em conduzir seus negócios com integridade e responsabilidade, garantindo a confiança de seus stakeholders.
• Em 2024, a Construtora Tenda aprovou sua nova Política de Remuneração, incorporando a Política de Restituição de Remuneração Variável, conhecida como Clawback Policy. Com isso, a Tenda se tornou a primeira construtora no Brasil a adotar essa prática, reafirmando seu compromisso com a integridade e o alinhamento entre os interesses da administração e dos acionistas. A Clawback Policy especifica as circunstâncias em que membros (ou ex-membros) da Diretoria Executiva poderão ser obrigados a devolver remunerações variáveis. Isso ocorrerá caso uma reapresentação contábil revele inconsistências que tenham influenciado a concessão dessas bonificações. Em outras palavras, se os resultados financeiros se mostrarem incorretos, será possível recuperar valores pagos indevidamente. O movimento da Tenda transcende uma simples adequação às tendências globais. É uma demonstração clara de que a companhia valoriza a transparência e a boa governança, estando atenta às melhores práticas internacionais de remuneração. Essa iniciativa protege os acionistas e reforça o compromisso da Tenda em entregar resultados sólidos, com responsabilidade social e ambiental.






Como estamos observando, o cenário internacional e doméstico vem experimentando significativa mudança de paradigmas relacionados à adoção de estratégias voltadas para implementação de práticas sustentáveis, que são objeto de divulgação aos investidores e demais interessados (stakeholders) por meio de relatórios específicos abordando as questões ambientais, sociais e de governança (ASG, ou ESG na sua expressão em inglês), identificados como Relatórios de Sustentabilidade. Não obstante a divulgação voluntária de tais Relatórios ser uma realidade em várias jurisdições, pelo menos desde os anos 1990, com as empresas fazendo uso de diversas e variadas recomendações disponíveis (sendo as mais conhecidas e utilizadas aquelas emitidas pelo SASB, TCFD e IIRC), mais recentemente o tema foi influenciado de maneira significativa a partir das preocupações climáticas e de responsabilidade social, por parte de governos, investidores e outros stakeholders, que ainda demandam comparabilidade entre tais informações, que devem ser elaboradas de forma consistente.
Em tal contexto, a Fundação IFRS criou em 2021 o Conselho de Normas Internacionais de Sustentabilidade (ISSB - International Sustainability Standards Board, em anúncio feito durante a COP 26), em resposta aos pedidos de organismos internacionais como a IOSCO, o G7 e o G20, com o objetivo de elaborar normas para uso global para a divulgação de informações financeiras relacionadas sustentabilidade, unificando as diversas literaturas existentes.
Em junho de 2023, o ISSB divulgou seus pronunciamentos iniciais: IFRS S1 Requisitos Gerais para Divulgação de Informações Financeiras Relacionadas à Sustentabilidade e IFRS S2 Divulgações Relacionadas ao Clima.
A IFRS S1 e a IFRS S2, que entram em vigor no Brasil a partir de 1 de janeiro de 2026, representam um desenvolvimento significativo para o aprimoramento da qualidade dos relatórios de sustentabilidade, viabilizando a desejada consistência e comparabilidade e impactando todas indústrias, sejam aquelas que fazem uso intensivo de recursos naturais (como petróleo e gás, mineração, siderurgia, agricultura), as de transformação (como automotiva e construção), e de prestação de serviços (como locadoras de veículos e serviços financeiros).
Como destacado, a IFRS S1 e a IFRS S2 objetivam padronizar a divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade e, em particular, os riscos e oportunidades associados ao clima.
Enquanto o IFRS S1 define os requisitos gerais para a divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, abrangendo aspectos como governança, estratégia, processos e desempenho em sustentabilidade, o IFRS S2 especifica os requerimentos de divulgações relacionadas ao clima, exigindo que as empresas relatem riscos e oportunidades climáticas no curto, médio e longo prazos.
Tais normas tem grande importância para, entre outros aspectos:
• Incentivar a integração de questões ambientais, sociais e de governança (ESG) na estratégia de negócios e viabilizar a divulgação de informações relevantes nos relatórios financeiros das empresas, proporcionando visão mais completa do desempenho;
• Promover a transparência e comparabilidade das práticas de sustentabilidade, permitindo que investidores e demais stakeholders possam avaliar o desempenho associado às questões ESG e tomem decisões mais informadas;
• Implementar processos e sistemas para identificar e gerir riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade, que viabilizarão o melhor preparo para a continuidade indefinida do negócio;
• Facilitar o acesso a recursos destinados a finanças sustentáveis, disponibilizados por instituições financeiras, fundos governamentais, organizações supranacionais e por investidores que priorizam alocação de recursos em empresas com práticas ESG sólidas.
No entanto, a implementação de tais normas apresenta desafios e oportunidades potenciais relevantes, tendo em conta os requisitos para a divulgação de tais informações, que podem apresentar nível de complexidade novo (oportuno lembrar que várias empresas brasileiras voluntariamente já elaboram e divulgam tais relatórios, observando as recomendações do IIRC, do GRI, da TCFD, e/ou do SASB, por exemplo, e eventualmente já estão bem preparadas para atender aos requisitos do ISSB).
Os desafios para a implementação se iniciam com a coleta, qualidade, consistência e completude de dados, particularmente em relação às emissões de escopo 3, e definição de metas e métricas de sustentabilidade relacionadas (em particular quando envolve a cadeia de suprimentos), que demanda recursos financeiros que podem ser substanciais, envolvendo pessoal (contratação, capacitação), tecnologia (aquisição de softwares) e contratação de consultorias com expertise e para suprir a falta de pessoal interno), por exemplo. Mas isso é apenas o início. Em tal contexto, alguns desafios que entendo oportuno destacar são:
• Estruturar processos, procedimentos e controles internos para garantir a precisão e confiabilidade da captura, processamento e reporte dos dados relacionados à sustentabilidade, principalmente se a empresa tiver operações em múltiplas localizações e\ou com várias unidades operacionais;
• Sistemas de gestão e controles internos, incluindo tecnologia: em grande parte dos casos, a adaptação de sistemas de gestão, controles internos e processos de coleta e análise de dados, bem como a adoção de novas tecnologias, serão fundamentais para atender aos requisitos das normas;
• Capacitação para a elaboração dos relatórios: contratar profissionais e/ou desenvolver expertise interna em um ambiente competitivo e com limitados recursos disponíveis;
• Integração dos relatórios financeiro e de sustentabilidade: para que proporcionem visão holística do desempenho, riscos e oportunidades associados as atividades da organização;
• Pressão regulatória: a exigência dos reguladores (CVM, Bacen, Susep, etc) impactou cronogramas e ações necessárias para atender os requisitos legais, com risco de conformidade (compliance) elevado, em particular para as indústrias mais expostas;
• Custos de Implementação: impactados pelos diversos desafios associados ao processo de implementação.
Entre as oportunidades potenciais que se destacam com frequência:
• Melhora da reputação: a adoção das normas pode melhorar a reputação e imagem perante investidores, consumidores e a sociedade em geral;
• Acesso a recursos (crédito e investimentos) e novos mercados: o uso de recomendações internacionais, devidamente auditadas (com auditores independentes atestando a conformidade), pode facilitar o acesso a recursos em operações de crédito ou investimento direto e também viabilizar a participação em novos mercados e oportunidades de negócios;
• Inovação e eficiência: a partir da integração dos riscos associados a sustentabilidade nos processos internos de gestão de riscos pode identificar oportunidades e impulsionar a inovação e a eficiência operacional.
A implementação das normas IFRS S1 e S2 no Brasil representa um avanço importante para a sustentabilidade e a transparência corporativa, mas também apresenta desafios potenciais significativos para as empresas.
A integração de considerações de sustentabilidade na estratégia e processos de tomada de decisão da administração, estrutura de governança robusta, com clara definição de papéis, responsabilidades e mecanismos para monitoramento do processo de elaboração do relatório, a necessidade de identificar, avaliar e gerenciar riscos relacionados à sustentabilidade, implementação e\ou aprimoramento dos sistemas de coleta e tratamento de dados, o estabelecimento
de metas e métricas integradas que combinam indicadores de desempenho financeiro e de sustentabilidade.
As dimensões de qualidade da divulgação de sustentabilidade começam com relevância e materialidade, que são fundamentais para garantir que as informações relatadas atendam às necessidades das partes interessadas. Os desafios se fazem mais notáveis ainda para as pequenas e médias empresas (PMEs), pela limitação de recursos limitados, expertise técnica e infraestrutura.
A superação dos desafios associados a implementação das IFRS S1 e IFRS S2, bem como as oportunidades que se apresentem, dependem portanto de vários fatores, como a integração da sustentabilidade na estratégia da organização, o nível de comprometimento da alta administração, a governança estabelecida, a disponibilidade e qualidade dos dados e informações, os processos e sistemas de controles internos voltados para a identificação, captura e tratamento dos dados, a capacitação da equipe, a experiência na elaboração de tais relatórios, alocação de orçamento adequado, a capacidade de comunicação com os vários stakeholders (internos e externos), nível das demandas regulatórias e, não menos importante, o porte da organização.

Amaro Gomes é Consultor Independente e parecerista, Membro Especialista Financeiro de Comitês de Auditoria, Membro do Conselho do IAASB, Consultor Especialista da Deep ESG
Referência bibliográfica:
Du Toit, E. (2024). Thirty Years of Sustainability Reporting: Insights, Gaps and an Agenda for Future Research Through a Systematic Literature Review. Sustainability (Switzerland), 16(23). https://doi. org/10.3390/su162310750
ISSB. https://www.ifrs.org/groups/international-sustainability-standards-board/
ISSB Knowledge Hub. https://www.ifrs.org/sustainability/knowledge-hub/
Se o século XX foi da eficiência de custos, o XXI é da eficiência de impactos. Esse deslocamento de paradigma sustenta a ascensão — e a aparente turbulência — da agenda ESG. Convém lembrar que a sigla é apenas um rótulo conveniente para traduzir a complexidade de temas ambientais, sociais e de governança que dão suporte à criação de valor no longo prazo e produzem, como consequência, sustentabilidade para as organizações e para seus stakeholders.
O debate, porém, ganhou um ingrediente novo: o movimento anti-ESG. De fundos “anti-woke” a leis que tentam vetar ações afirmativas, a ofensiva política contra acusa uma agenda que propõe pragmatismo com foco em criação de valor de longo prazo de fazer exatamente o oposto. Em tempos nos quais notícias falsas pautam o debate, não é surpresa que tais argumentos - por mais falaciosos que sejam - sejam repetidos em alto volume. Ainda assim, sua força diz menos sobre a solidez da tese ESG do que sobre nosso momento político.
Apesar do barulho, a lógica econômica que sustenta a tese do valor ESG continua intacta: em mercados cada vez mais expostos a eventos climáticos extremos, risco regulatório e escrutínio de stakeholders, empresas capazes de internalizar externalidades negativas protegem caixa e reputação — dois ativos que andam juntos. Relatórios do GFANZ vinculam, desde 2023, custo de capital até 2 p.p. menor para companhias com metas net-zero robustas. Não por altruísmo, mas porque finanças se fundem à física: se um grau a mais eleva perdas anuais globais em US$ 178 bi, não há prêmio de risco que compense a inação.
Paradoxalmente, a tempestade ajuda a separar sinal de ruído. Organizações que integram metas de sustentabilidade ao core business mantêm rota apesar da pressão política; oportunistas recuam assim que o vento muda. A volatilidade, portanto, funciona como um teste de estresse cultural: evidencia a diferença entre compromissos ancorados em governança — bônus indexado a KPIs socioambientais, conselhos diversos, transparência de escopos 1, 2 e 3 — e narrativas de marketing verde.
Em 2023 escrevi que “o anti-ESG flopou” por desconhecer a conexão entre riscos e sustentabilidade. Dois anos depois, mantenho a tese. O que vemos agora não é o fim do ESG, mas seu batismo de fogo. Quem atravessa essa fase prova, na prática, que sustentabilidade não é lista de tarefas, e sim competência estratégica. A história econômica ensina: choques filtram mercados, consolidam atores resilientes e descartam os que vivem de oportunismo no curto prazo. Com ESG não será diferente.
Enquanto o debate se mantém aquecido, o Brasil ganha protagonismo. A COP30 em Belém colocará nossa capacidade de conciliar floresta em pé, inclusão social e inovação em vitrine global. Políticas como o Marco Legal do Mercado de Carbono e a integração das normas IFRS aos padrões da CVM elevam a régua — e devem reduzir a assimetria informacional que alimenta greenwashing. Empresas que internalizam a complexidade amazônica e a desigualdade urbana terão vantagem competitiva ao traduzir risco climático em estratégia de crescimento.
ESG é, afinal, um processo de aprendizagem coletiva. O barulho anti-ESG pode até desacelerar a curva de adoção de algumas siglas, mas acelera a depuração da agenda. Ao exigir provas concretas de impacto, empurra líderes a evoluir de promessas para resultados mensuráveis. No longo prazo, esse crivo torna a tese mais forte: reduz o espaço para oportunismo, reforça métricas auditáveis e consolida a percepção de que prosperidade econômica e prosperidade socioambiental são a mesma moeda, vista de lados diferentes. Quem já entendeu isso seguirá na dianteira — e quem ainda hesita tem agora um espelho incômodo, mas necessário, para ajustar a rota.

Danilo Maeda é diretor geral da Beon, consultoria de ESG da FSB Holding
É sempre importante lembrar a gênese no ESG. O termo se popularizou rapidamente depois da carta da BlackRock em 2021, mas vem sendo usado de maneira inapropriada muitas vezes.
Em 2004, Kofi Annan, então Secretário-Geral das Nações Unidas, dirigiu-se a líderes de grandes instituições financeiras, propondo a reflexão sobre como integrar fatores ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais. A premissa subjacente era a de que organizações comprometidas com questões socioambientais e com elevados padrões de governança corporativa tendem a atrair investidores, consumidores e talentos, promovendo assim não apenas o desempenho financeiro, mas também a sustentabilidade e perenidade dos negócios.
Surge então a sigla ESG. Note-se, com caráter econômico.
É muito comum que o público de uma maneira geral veja o conceito separado de questões econômicas, mas o que realmente queremos é prosperidade econômica com preservação ambiental, resiliência e progresso social, transparência e ética. É sobre ganharmos como sociedade.
Ao longo do tempo a ciência, o capital privado e a sociedade começaram a perceber a equação. Depois de muitos desastres ambientais, perdas de vidas e erosão social, corrupção e polarização, resta claro que a inércia é bem mais cara que a ação.
Impacto na produtividade agrícola devido a secas, aumento de preços de alimentos, custos elevados de reconstrução e manutenção para governos e empresas, doenças relacionadas ao calor, deslocamentos forçados por eventos climáticos extremos ou degradação ambiental, pressão sobre serviços públicos e mercados de trabalho, redução do PIB em países altamente expostos a riscos climáticos, custos de adaptação e mitigação como investimentos em energia limpa, infraestrutura resiliente e tecnologias verdes, são apenas a ponta de um iceberg que ainda estamos medindo.
No cenário ambiental o desmatamento na Amazônia Legal registrou uma área desmatada de aproximadamente 9.000 km² em 2023, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); as emissões de gases de efeito estufa atingiram 2,4 bilhões de toneladas de CO2 equivalente em 2022, sendo 58% provenientes de mudanças no uso da terra e agropecuária, segundo o SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa). Por outro lago mais de 60% da matriz energética brasileira é composta por fontes renováveis (hidrelétrica, eólica, solar e biomassa), posicionando o país entre os líderes mundiais neste indicador.
No pilar social o índice de Gini (que mede a desigualdade) brasileiro é de aproximadamente 0,506, um dos mais altos da América Latina, indicando grande desigualdade social. O IBGE estimou, em 2023, que 27,6% dos brasileiros estavam abaixo da linha da pobreza (menos de R$ 637 por mês); a taxa de analfabetismo entre pessoas com mais de 15 anos era de 5,6% em 2022; 74% da população depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), e o Atlas da Violência registrou cerca de 47 mil homicídios em 2022, mantendo o Brasil entre os países com maiores taxas de homicídio do mundo.
O panorama estatístico brasileiro revela grandes desafios ambientais e sociais, reforçando a importância da pauta ESG.
A adoção de práticas ESG traz uma série de benefícios tangíveis e intangíveis para as empresas. Em primeiro lugar, há uma maior atratividade para investidores, especialmente aqueles que buscam aplicações responsáveis e de longo prazo. Estudos mostram que empresas com alto desempenho em ESG tendem a apresentar resultados financeiros superiores e maior resiliência em períodos de crise. O índice de sustentabilidade da B3 (ISE) teve uma variação positiva de cerca de 20%, contra aproximadamente 15% do Ibovespa em 2025.
Além disso, práticas ambientais bem estruturadas reduzem riscos regulatórios e reputacionais. O uso eficiente de recursos naturais, redução de emissões de carbono, gestão de resíduos e preservação da biodiversidade fortalecem a imagem da empresa perante um público cada vez mais consciente e exigente.
No âmbito social, empresas que promovem diversidade e inclusão, garantem condições dignas de trabalho e investem em projetos comunitários criam ambientes mais saudáveis, inovadores e produtivos. A confiança dos consumidores é ampliada, e a capacidade de atração e retenção de talentos é potencializada.
Já no quesito governança, estruturas transparentes e éticas minimizam riscos de corrupção, fraudes e conflitos de interesses, promovendo a longevidade e a solidez dos negócios. A boa governança é essencial para a tomada de decisões responsáveis e para garantir o cumprimento dos valores e missão da organização.
Apenas 5% dos conselhos de administração das empresas possuem supervisão direta sobre questões de natureza e biodiversidade, segundo um novo estudo global da EY, o Nature Risk Barometer 2025. A pesquisa analisou companhias nos Estados Unidos, Canadá e América Latina (incluindo o Brasil) num total foram 369
empresas em 10 setores, baseando-se nas 14 recomendações da Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TNFD), uma iniciativa global desenvolvida pela ONU, em parceria com as ONGs WWF e Global Canopy.
A pesquisa apontou que 27% das empresas avaliadas já integram a biodiversidade em suas agendas de sustentabilidade.
Em relação a métricas e metas, 43% das empresas divulgam indicadores ambientais focados em temas como água, desmatamento, reflorestamento e espécies ameaçadas. É positivo ver avanços em áreas como biodiversidade e métricas ambientais, mas ainda estamos longe do nível de governança e transparência que o cenário exige.
O mercado financeiro tem sido um dos principais catalisadores da agenda ESG. Investidores institucionais, fundos de pensão, bancos e gestoras de ativos passaram a incorporar critérios ESG na avaliação de riscos e oportunidades de investimentos. Surgiram índices e ratings específicos, como o Dow Jones Sustainability Index e o MSCI ESG Ratings, que ajudam a medir o comprometimento das empresas com práticas sustentáveis.
No cenário corporativo atual, os ratings de sustentabilidade desempenham um papel fundamental nas estratégias empresariais e decisões de investimento. As classificações ESG servem como uma métrica padronizada para avaliar o nível de gestão de uma empresa em relação a fatores socioambientais e de governança, e têm ganhado relevância significativa, especialmente para investidores que buscam alocar recursos em negócios sustentáveis.
Esta crescente pressão por práticas sustentáveis é evidenciada por dados da Bloomberg, que indicam que os ativos globais relacionados ao ESG atingiram US$ 38 trilhões em 2022, com projeções de atingir US$ 53 trilhões em 2025, representando um terço dos ativos de investimento.
No Brasil, observa-se um crescimento exponencial dos fundos ESG e uma maior cobrança por parte dos reguladores e da sociedade por transparência nas informações. Empresas que não se adaptam aos novos padrões tendem a perder competitividade e credibilidade, além de enfrentar dificuldades de acesso ao capital. Apesar dos benefícios, a implementação efetiva do ESG enfrenta desafios significativos. Entre eles, destaca-se a necessidade de mudança cultural nas organizações, a definição de métricas claras e padronizadas, e a superação do greenwashing – quando a empresa divulga práticas ambientais que não correspondem à realidade.
É fundamental que as ações de ESG sejam genuínas e alinhadas à estratégia empresarial, com engajamento de todas as áreas e níveis hierárquicos. A transparência na comunicação dos resultados e dos impactos é um elementochave para conquistar a confiança dos stakeholders.
O avanço das práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) representa uma transformação profunda no modo como empresas, investidores e governos encaram o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade. O ESG evoluiu de um conceito voluntário, guiado por boas intenções, para um imperativo estratégico e regulatório nas principais economias globais. O robusto panorama regulatório internacional, aliado a pressões sociais e de mercado, está redefinindo padrões de transparência, responsabilidade e impacto nas cadeias produtivas.
Nos últimos anos, a preocupação com riscos socioambientais e de governança levou a um crescimento acelerado de normas e iniciativas globais. Entre os marcos pioneiros, destaca-se a Taskforce on Climate-related Financial Disclosures (TCFD): Lançada pelo Financial Stability Board, recomenda a divulgação transparente de riscos e oportunidades climáticas nos relatórios financeiros das empresas.
A União Europeia (UE) está na vanguarda global da agenda regulatória ESG, impondo regras rígidas que impactam não apenas empresas europeias, mas também cadeias globais de suprimentos. Entre as principais iniciativas, destacase a Diretiva de Relato de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) em vigor desde 2023, que exige que empresas de médio e grande porte divulguem informações detalhadas sobre práticas ESG, contemplando métricas, metas e riscos.
Já na América Latina a adoção de práticas e regulações ESG avança em ritmo acelerado, porém desigual entre os países. O Brasil se destaca com marcos importantes. Recentemente a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) passou a exigir a divulgação de informações financeiras de sustentabilidade à partir de 2026. Agências reguladoras e bancos de desenvolvimento, como o BNDES, vinculam crédito e financiamento ao cumprimento de metas ambientais e sociais.
Apesar dos avanços, o cenário regulatório ESG enfrenta obstáculos importantes:
• Fragmentação de normas: A multiplicidade de padrões e requisitos regionais dificulta a harmonização e a comparabilidade dos dados ESG.
• Greenwashing: O risco de práticas enganosas exige mecanismos de fiscalização eficazes e punições para empresas que não cumpram de fato os critérios ESG.
• Capacidade técnica: Muitas empresas, especialmente em economias emergentes, carecem de estrutura para relatar e monitorar dados ESG de maneira robusta.
• Medidas de impacto: Evoluir de métricas baseadas em processos para mensuração real de impactos positivos e negativos gerados pelas empresas.
O movimento regulatório global aponta para uma convergência de normas, impulsionada por iniciativas como o International Sustainability Standards Board (ISSB) e o avanço de tecnologias para coleta e verificação de dados, como inteligência artificial e blockchain.
A pressão de consumidores, investidores institucionais e reguladores tende a aumentar, tornando práticas ESG parte indissociável do ambiente de negócios. Empresas que não se adaptarem, além de perderem competitividade, enfrentarão barreiras de acesso a mercados e capital.
O Brasil laçou recentemente uma consulta pública sobre taxonomia sustentável, que define critérios para identificar quais atividades econômicas podem ser consideradas sustentáveis. Trata-se de uma mudança de paradigma, em que a regulação define o que é sustentável – ao contrário do usual, em que as companhias declaram o que é sustentável em suas práticas.
O panorama regulatório ESG no mundo está em constante evolução, com avanços significativos na criação de padrões e normas que visam garantir maior transparência, responsabilidade e sustentabilidade empresarial. Embora existam desafios de harmonização e fiscalização, o movimento é irreversível: o ESG tornouse parte integrante da estratégia corporativa e da regulação dos mercados financeiros. O futuro aponta para uma consolidação dessas práticas, beneficiando empresas, investidores, sociedade e o planeta.

Leonardo Dutra é sócio líder de Sustentabilidade da EY Brasil


Nos últimos anos, a agenda ESG (Environmental, Social and Governance) deixou de ser apenas uma tendência para se consolidar como um pilar estratégico essencial às empresas que desejam prosperar de forma sustentável. Ao integrar práticas ambientais, sociais e de governança à estratégia de negócios, as organizações não apenas atendem às expectativas de consumidores e investidores, mas também constroem operações mais eficientes, éticas e inovadoras.
No setor da Construção e Incorporação, esse movimento se conecta diretamente à Indústria 4.0 e à transformação digital. Tecnologias como IoT, inteligência artificial e automação logística têm possibilitado a evolução para uma construção mais industrializada, com métodos construtivos otimizados, redução de desperdícios e maior controle sobre a cadeia de suprimentos.
A Senior Sistemas, líder em soluções de gestão para diversos segmentos, desempenha um papel estratégico nessa jornada, oferecendo ferramentas que apoiam práticas ESG na rotina das empresas. Com nosso ERP especializado para a Construção, auxiliamos na gestão de rastreabilidade de materiais, controle de estoque, checklist de durabilidade e prevenção de perdas. Essa visibilidade integrada garante não apenas eficiência operacional, mas também uma contribuição efetiva para metas ambientais e redução de impactos negativos.
No transporte e na automação logística, nossas soluções aplicam inteligência logística para otimizar rotas, reduzir consumo de combustível e aumentar a segurança, inclusive no manuseio de produtos que exigem cuidados específicos. Isso se traduz em operações mais ágeis, econômicas e alinhadas às boas práticas ambientais.
No campo social, reforçamos o compromisso com o bem-estar e o desenvolvimento das pessoas. Por meio de nossas soluções de HCM, apoiamos empresas na gestão de clima organizacional, na criação de trilhas de aprendizagem personalizadas e na promoção de ações de capacitação contínua. Também disponibilizamos recursos para acompanhamento da saúde mental, aspecto cada vez mais relevante para garantir equipes saudáveis, engajadas e produtivas.
No Agronegócio, por exemplo, apoiamos o aproveitamento eficiente de armazéns, gestão de áreas greenfield e processos de estocagem inteligentes, garantindo que o controle de qualidade seja mantido em todas as etapas. Essas práticas, além de contribuírem para a sustentabilidade, aumentam a longevidade e a competitividade das operações.
A governança, por sua vez, é fortalecida com sistemas de compliance integrados, que asseguram transparência, ética e conformidade com regulamentações. Na Senior, adotamos políticas rigorosas de conduta e processos internos de auditoria, que não apenas garantem a integridade das nossas operações, mas também ajudam nossos clientes a construírem uma reputação sólida e duradoura no mercado.
Digitalizar processos é mais do que modernizar a operação: é criar condições para que as empresas façam mais com menos recursos, preservem o meio ambiente, cuidem das pessoas e garantam resultados sustentáveis. É nesse cruzamento entre tecnologia e responsabilidade que a Senior atua, impulsionando o setor da Construção — e tantos outros — a inovar, crescer e contribuir para um futuro mais equilibrado e próspero.

Marcelo
Xavier é Diretor do Segmento de Construção na Senior Sistemas

A construção civil é, ao mesmo tempo, uma das atividades mais fundamentais para o desenvolvimento das cidades e uma das que mais impactam o meio ambiente. Só que, apesar do aumento da pressão por práticas sustentáveis, o setor ainda enfrenta desafios para consolidar os primeiros passos. Em vez de evoluirmos em processos rumo a um setor mais sustentável, muitas empresas seguem travadas em desafios estruturais que dificultam uma evolução concreta.
Hoje, a realidade de boa parte das incorporadoras é pautada por processos manuais, muitas vezes baseados em planilhas que não acompanham a complexidade da operação. A coleta de dados é feita de forma pouco automatizada, demandando tempo, custo elevado e sem garantir o nível de precisão necessário. É impossível obter granularidade por obra, o que compromete a qualidade do inventário e inviabiliza análises consistentes por empreendimento, justamente o nível de detalhe necessário para decisões práticas e estratégicas. O resultado disso é previsível: relatórios que não capturam a completa realidade das emissões e acabam servindo, algumas vezes, como obrigação formal.
Mesmo quando se recorre a consultorias, os problemas podem não ser totalmente resolvidos. O escopo da coleta de dados varia conforme o olhar de quem está conduzindo o projeto, tornando os relatórios com escopos variáveis, o que dificulta comparações setoriais. Não há uma metodologia única, uma base comum, um padrão setorial para servir de referência. E enquanto isso, as incorporadoras, sobretudo as pequenas e médias, ainda têm dificuldades em medir de forma estruturada o ponto de partida na jornada ESG.
Há ainda outro ponto crítico: os custos. Hoje, o esforço necessário para atender às exigências de ESG pode ser elevado, tanto em recursos humanos quanto financeiros. As ferramentas disponíveis, como as calculadoras de emissões, exigem um nível de detalhamento que as empresas por vezes não têm porque os dados não são registrados, não estão estruturados ou disponíveis de forma padronizada em seus sistemas. E construir esse banco de da dos do zero é um investimento pesado para ser feito de forma isolada.
No campo técnico, a situação traz desafios adicionais. Há carência de bases setoriais consolidadas sobre fatores de emissão, assim como de metodologias harmonizadas e critérios padronizados para coleta e análise. Isso reforça a importância de iniciativas coletivas que tragam consistência e comparabilidade aos dados.
Esse cenário cria uma barreira natural à escala e à democratização da pauta ESG. A sustentabilidade hoje acaba se tornando mais acessível às grandes corporações, mas precisa ser cada vez mais democratizada como um compromisso de todo o setor. É fundamental que o ESG seja tratado como prioridade estratégica, e não apenas como um projeto complementar na construção civil. O tema é urgente, complexo, e precisa ser tratado com a seriedade que exige.
A boa notícia? A tecnologia existe. E é justamente ela que pode destravar esse processo, permitindo automatização, padronização, inteligência e escala. Mas para que ela cumpra esse papel, o setor precisa reconhecer que os meios atuais precisam evoluir. Só assim será possível virar o jogo — e, enfim, avançar para uma construção civil verdadeiramente comprometida com o futuro.

Eduardo Pires é diretor de produtos para Construção da TOTVS


