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FLORES DE PEDRA COMBINAR A BOTÂNICA E A SIMBOLOGIA COMO CHAVE

PARA LER MONUMENTOS CEMITERIAIS

Gisela Monteiro

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Durante o século XIX, a Linguagem das Flores era comumente conhecida e usada em diversos contextos para transmitir mensagens, enfatizar sentimentos ou partilhar emoções. Ao mesmo tempo, a Morte era um momento importante da vida social e económica, com os novos cemitérios românticos surgindo por toda a Europa e América, cheios de belos monumentos.

A combinação desses dois conceitos resultou numa variedade de flores de pedra dentro dos cemitérios: grinaldas, decorações florais, vitrais coloridos, pequenas lembranças. Com o tempo e as inerentes mudanças culturais subjacentes, perdemos a capacidade de entender o significado dessas flores e, em muitos casos, até a capacidade de as reconhecer.

Para recuperar a chave que permite entender as mensagens deixadas nos nossos cemitérios pelos nossos antepassados, juntámos o conhecimento especializado da botânica com a simbologia cemiterial, permitindo identificar as plantas das lápides que chegaram até nós e desvendarmos os seus significados.

Promessas de amor eterno, profissões de fé, juras de fidelidade, suspiros de saudade, ficaram gravados na pedra para sempre, chegando até nós com o mesmo carinho e pesar com que foram escolhidos.

Conhecer estas mensagens é compreender melhor o passado, é fortalecer a nossa ligação aos que vieram antes de nós, é aproximarmo-nos de pessoas que não chegámos a conhecer, mas que fazem parte da nossa história pessoal e colectiva.

Convidamos-vos a conhecer as flores e os seus significados, a saber como as reconhecer e, assim, a ler as mensagens que enchem os nossos cemitérios.

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