Informativo especial ROMELKO

INFORMATIVO ESPECIAL ANO 2 | Edição Especial Outubro 2016

Novidade! Romelko, Nutrição Premium para leitões Solução all-in-one produzida e garantida pela Royal De Heus

Cuide bem de seus leitões

desde o início

UMA NOVA ERA NA ALIMENTAÇÃO DE LEITÕES Sucesso em importantes mercados de suinocultura da Europa, chega agora ao Brasil a linha de Rações Premium Romelko, uma solução nutricional all-in-one, com um conceito inovador para alimentação premium de leitões, na maternidade e na creche. Seja qual for o estágio dos animais, Romelko tem a solução nutricional completa, alinhada com suas necessidades específicas e com os desafios particulares de cada fase. Uma tecnologia segura para os leitões e com vantagens para a eficiência das granjas. Romelko é certeza de um crescimento ótimo e saudável para os leitões, em qualquer circunstância.

Veja os comentários de alguns de nossos gestores sobre a importância da nova Linha de Rações Premium Romelko, para aumentar a eficiência e competitividade do suinocultor.

Acompanhe também, nas próximas páginas, uma série de artigos técnicos sobre saúde intestinal, nutrição inovadora em creche e gestão nutricional de granja.

Hermanus Wigman Diretor Presidente De Heus Brasil

Este é mais um passo que a De Heus dá no sentido de construir uma ponte da nossa suinocultura com o futuro. Romelko é uma grande inovação em tecnologia de produto, de fabricação e de manejo nutricional dos plantéis. Representa uma parceria ainda mais efetiva da De Heus com o produtor, para quem Romelko será, sobretudo, um novo fator de competitividade, fornecendo aos leitões a solução correta em nutrição desde a creche, com o objetivo de aumentar a ingestão e promover um crescimento saudável dos animais, refletindo nos resultados até a terminação.

UMA FÁBRICA ESPECIAL PARA ROMELKO A produção das Rações Premium Romelko está sendo realizada em uma fábrica especialmente construída para este fim - a Fábrica Dedicada De Heus, localizada em Toledo/PR. Um conceito de vanguarda em produção de rações pré-iniciais, com inovações em desenvolvimento e processamento de produtos, além de rigorosos padrões para seleção de fornecedores e recepção de matérias primas. Com a Fábrica Dedicada e a nova Linha Romelko, a De Heus sai na frente para proporcionar ao suinocultor um crescimento melhor, mais saudável e mais rentável dos leitões.

Eduardo Raele

Médico Veterinário (PhD), Nutricionista e coordena projetos de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil De Heus Brasil

Koen De Heus

Este trabalho teve início há mais de dois anos, quando ao visitarmos a fábrica em Andel, percebemos que havia uma oportunidade real de trabalhar com a Romelko no Brasil.

E por que? Embora tenhamos realidades muito diferentes das vividas na Europa, os problemas relacionados a leitões são basicamente os mesmos. E a Romelko é, sem dúvida, uma solução muito inteligente para enfrentá-los em ambas as realidades.

Com a Fábrica Dedicada para rações pré-iniciais, a De Heus estabelece um divisor de águas no mercado brasileiro de nutrição suína, criando novos padrões de qualidade e segurança sanitária de produtos. Fizemos esforços e investimentos intensivos para torná-la realidade em tão pouco tempo, sempre motivados pelo impacto extremamente positivo que ela representará para a eficiência alimentar e a competitividade da nossa suinocultura.

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CEO Grupo Royal De Heus

Gabriel Salum

Gerente Técnico - Suínos De Heus Brasil

Diversos foram os avanços nos últimos anos nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, cenário em que a suinocultura evoluiu muito.

Contudo, quando o assunto é leitões, desafios antigos, como saúde intestinal e consumo voluntário permanecem como gargalos de diversos sistemas de produção. Ao trazer o conceito Romelko para o Brasil, a De Heus inaugura uma nova era na nutrição de leitões, oferecendo uma solução all-inone com toda a comodidade, qualidade, segurança e constância de uma fábrica dedicada, garantidos pela experiência e a confiança De Heus e o knowhow holandês, associado a um intenso trabalho de Pesquisa e Desenvolvimento local.

Genecio Bacca

Gerente de Contas - Suínos De Heus Brasil

A De Heus com o projeto Romelko no Brasil, apresentará a seus parceiros um programa alimentar para leitões com muita evolução tecnológica.

Isso tem sido comprovado em nossas avaliações em diversas granjas com os mais variados desafios. Os resultados em comparação a diversos programas estabelecidos em território nacional tem sido espetaculares.

Jackeline Greydanus Pesquisadora - Suínos Grupo Royal De Heus

Ben Oelbrandt

Gerente de Produto Internacional Grupo Royal De Heus

O objetivo de Romelko é produzir os melhores leitões, de uma forma rentável. Para isto, eles devem manter um padrão uniforme e constante de ingestão alimentar, tanto antes como após o desmame -- e sem problemas digestivos. Este é o fundamento da ROMELKO, que assegura alta qualidade e segurança sanitária em todas as etapas envolvidas na produção das rações, bem como o uso correto das dietas recomendadas às granjas, sempre estabelecidas para as características específicas dos animais, seus desafios de fase e circunstancias de granja. Estou convencido de que ROMELKO se tornará, como em outros países, uma referência de nutrição para leitões no mercado brasileiro.

Atender as exigências nutricionais de leitões, manter um crescimento saudável após o desmame sem o uso de medicamentos é sem dúvida um grande desafio na suinocultura mundial.

Como responsável pela condução de testes com produtos Romelko na maternidade e creche, tenho visto que a aplicação do conceito Romelko tanto na Europa como no Brasil tem gerado resultados semelhantes: leitões saudáveis com um consumo de ração adequado logo após o desmame, que se estende por todo o período da creche.

Rinus Donkers

Diretor América Latina Grupo Royal De Heus

A tecnologia Romelko já é um sucesso em importantes mercados da suinocultura europeia.

Agora, chega ao Brasil já testada e comprovada, com um enorme potencial de melhoria da performance dos leitões na maternidade e na creche, com reflexos até a terminação. Daqui a alguns anos, temos certeza que Romelko terá consolidado um novo patamar de eficiência zootécnica nas granjas suínas brasileiras. www.romelko.com.br

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INFORME PUBLIEdItORIaL

Artigo técnico publicado originalmente na revista Feed&Food 112

CRECHE, UMA FASE QUE REQUER ATENÇÃO

deia produtiva do suíno, é indispensável a adoção de um programa efetivo de alimentação.

Estudos apontam que o suprimento ininterrupto de alimento favorece a preservação da mucosa intestinal no período logo após o desmame. O ideal é que os leitões consigam ingerir e utilizar adequadamente os nutrientes fornecidos pela ração o quanto antes, ou seja, desde a maternidade, para minimizar ao máximo os efeitos de um desmame precoce. Com a utilização de um programa nutricional correto, podemos obter um incremento de mais de 50% no consumo nessa fase, acarretando na melhoria da adaptaOLhaR caUtELOsO sOBRE O PERíOdO ção dos animais ao novo alimento inMINIMIza Os EFEItOs NEgatIvOs troduzido na creche. Sendo assim, a utilização de matérias-primas de alta sOBRE O dEsEMPENhO dOs aNIMaIs. digestibilidade e de boa palatabilidaPORtaNtO, PaRa OBtER MELhOREs de na produção dessas rações é funíNdIcEs NEstE cIcLO é INdIsPENsávEL damental para otimizar a ingestão do alimento pelos leitões. a adOçãO dE UM PROgRaMa EFEtIvO Animais mais bem preparados dE aLIMENtaçãO para creche, podem atingir um consumo três vezes maior nos primeiros dias de desmame, quando comparasaída da maternidade para a creche ocorre de dos com leitões não habituados ao alimento. Alguns mauma maneira abrupta para os leitões e envolve nejos ainda podem potencializar o consumo na creche, inúmeros fatores estressantes tais como, deixar como por exemplo, o fornecimento de ração realizado de a companhia da porca, a socialização com um maneira frequente e em menores quantidades, visando novo grupo de animais, os possíveis desafios sanitários e, desenvolver um comportamento alimentar no animal, principalmente, o tipo de alimento, passando a ingerir exdando a ele sempre uma ração limpa e mantendo suas clusivamente ração em substituição ao leite materno. O características de odor e sabor adequados, além de miprodutor precisa se ater a todas essas mudanças e fazer nimizar o desperdício. O período de tempo após o deso possível para tentar minimizar os efeitos negativos que mame para o início do consumo de ração, também está possam prejudicar o desempenho dos animais. diretamente relacionado ao consumo de água. O estímulo A mudança nutricional, do líquido para o sólido, eleva a para ingerir mais água aumenta o consumo da ração e taxa de pH estomacal, aumentando a sobrevivência e a pasmelhora a digestibilidade. sagem no trato intestinal de bactérias patogênicas ingeridas As estratégias utilizadas para melhoria do consumo da ali[01]. Nas primeiras 24 horas após o desmame, também mentação na fase de creche, justificam-se pela maior taxa de ocorrem alterações funcionais e estruturais no intestino delcrescimento, melhor conversão alimentar e redução da morgado, que compreendem a diminuição na altura dos vilos talidade pós-desmame. Soma a isso, a fim de ter leitões com e redução da atividade pesos elevados, a melhoria nas condições de alojamento e específica de enzimas temperatura ambiente, fatores indispensáveis para o sucesso digestivas e absortiva nesta fase. Portanto, é necessária a atenção devido a todas as dos leitões [02], dando transformações que ocorrem nesta fase de transição a fim de condições necessárias assegurar a ingestão de água e alimento de forma contínua, para a colonização de o mais rápido possível após o desmame, garantindo assim, bactérias residentes ou uma melhora no desempenho desses animais. ingeridas [03], causando as diarreias no [01] KenwOrthy r. & ALLen w.D. 1966. Influence of dIet and pós-desmame. Portanto, bacterIa on small IntestInal morphology, wIth specIal reference to early weanIng and escherIchIa colI. studIes para obter um melhor wIth germfree and gnotobIotIc pIgs. Journal of comparatIve desempenho nesta fase pathology. 76: 291-296. e, consequentemente, [02] DOnzeLe J., Abreu M.L.t. & hAnnAs M.I. 2002. recentes avanços na nutrIção de leItões. In: anaIs do sImpósIo sobre ao longo de toda a ca-

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DAVI GAVIOLI é SuperviSor Técnico comercial SuínoS da de HeuS, médico veTerinário e douTorando

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maneJo e nutrIção de aves e suínos e tecnologIa da produção de rações (campInas, brasIl). pp.103-161.

[03] PestOVA M.I., CLIft r.e., VICKers r.J., frAnKLIn M.A. & MAthew A.G. 2000. effect of weanIng and dIetary galactose supplementatIon on dIgesta glycoproteIns In pIgs. Journal of the scIence of food and agrIculture. 80: 1918–1924.

[04] tsÉ, m. nutrIção de leItões de creche: uma fase de InvestImento. set. 2010.

INFORME PUBLIEdItORIaL

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ESPECIALISTAS Artigo técnico publicado originalmente na revista Feed&Food 113

Ajustes de precisão dos índices zootécnicos EFEItO EcONôMIcO dOs íNdIcEs zOOtécNIcOs dENtRO dE UM cONcEItO dE aNáLIsE dE PREcIsãO

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sistema de produção de 1.000 matrizes com venda de 27.000 animais por ano o aumento da margem líquida seria de R$ 310.500,00.

Ajustes de precisão são realizados por meio de um trabalho de adequação do programa nutricional e sanitário à realidade de cada sistema de produção. Para isso, é preciso desenvolver um trabalho técnico especifico com o objetivo de identificar todos os pontos de melhoria, traçar um plano a ações e monitorar a efetividade das estratégias adotadas.

No geral, existem vários outros índices que podem ser analisados com precisão, como, por exemplo: mortalidade, taxa de parto, dias não produtivos, etc. Quando somamos todos estes efeitos podemos reverter completamente a situação de viabilidade de um sistema de produção. Para isso, precisamos estar apoiados por profissionais comprometidos e fornecedores de qualidade.

Isso significa profissionalismo no setor, somente assim é possível manter a viabilidade de qualquer atividade econômica ou sistema de produção animal.

Foto: divulgação

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a suinocultura moderna precisamos coletar e gerenciar muito bem as informações se pretendemos alcançar o sucesso zootécnico e econômico na atividade.

Neste sentido, os sistemas de produção animal no Brasil estão cada vez mais utilizando as medidas de precisão de índices zootécnicos para buscar conclusões e traçar planos de melhoria.

Com as margens cada vez mais apertadas, estas medidas de precisão tornam-se cada vez mais significativas para determinar se você vai vencer ou perder, ou seja, lucro ou prejuízo.

Como principal exemplo temos o índice de conversão alimentar, que, devido ao alto custo dos cereais, acaba influenciando fortemente o custo final de produção. Na prática, a redução de 100 g na conversão alimentar na fase de engorda representa uma economia de 9 kg de ração para produzir a mesma quantidade de peso vivo (90 kg), ou seja, aproximadamente R$ 8,50 a menos por animal (considerando preço de venda do suíno R$ 4,00 e preço da ração de terminação R$ 0,980).

Os ganhos em conversão alimentar têm impacto direto na margem sobre o custo alimentar, ou seja, a quantidade de ração economizada reduz integralmente o custo de produção, considerando-se o mesmo custo base das dietas.

O ganho de peso diário (GPD) tem impacto significativo na receita quando aumentamos o peso de abate, por outro lado, quando aproveitamos a melhoria do GPD para reduzir a idade de abate com o mesmo peso final, o impacto na receita torna-se menos significativo, pois estamos considerando dias a menos nas instalações sem aumento de receita. Desta forma, a meta de peso de abate de um sistema de produção deve ser traçada em função do peso máximo aceito pelos frigoríficos da região e o espaço disponível para alojamento dos animais.

O efeito de 1 kg a mais no peso médio de abate pode representar um aumento da margem líquida de aproximadamente R$ 1,00 por animal. Desta forma, um sistema de produção que promove um aumento de 3 kg no peso médio de abate ou aumento de 0,033 kg no GPD terá uma margem líquida superior por animal de aproximadamente R$ 3,00.

Somando os efeitos de conversão alimentar (-0,100) e ganho de peso diário (+0,033) citados nos itens acima, teríamos o aumento da margem líquida por animal de R$11,50, apenas com ajuste destes índices. Em um

Daniel Gracioli, NutricioNista de suiNocultura da de Heus, médico veteriNário com mestrado em Nutrição e Produção aNimal

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Artigo técnico publicado originalmente na revista Feed&Food 114

Saúde InteStInal, uma crônIca contemporânea

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ou início a este punhado de palavras me lembrando dos meus primeiros dias de contato com a indústria da carne suína, quando, no início deste século, fomos estremecidos com a circovirose. Um vírus que fez a suinocultura ser repensada, os pontos de Madek serem reavivados e a consciência e o engajamento se tornarem as armas mais potentes contra esta doença fulminante em um momento que não tínhamos ainda o recurso da vacina. Inevitável era a lógica de reconhecer em nossas estratégias sanitárias, pautadas exclusivamente na antibioticoterapia, a ineficiência e a incapacidade de permitir a coexistência entre doença e saúde.

Aquela época em que a suinocultura precisou deixar de ser coletiva, de ser pensada como um todo, para que todos os desafios fossem individualizados, região a região, granja a granja, leitão a leitão, se assemelha ao desafio cada vez mais real para a suinocultura mundial atual, que é a necessidade de se produzir de forma mais saudável e sustentável, a fim de se reduzir o uso irrestrito dos antimicrobianos.

Em termos de ciência, diversos estudos e instituições tem dirigido seus esforços para este desafio, como o Pigutnet (pigutnet.eu), rede que envolve mais de 30 países na discussão sobre o tema, que busca entender melhor o funcionamento do intestino dos leitões a partir da microbiota, da interação com o ambiente, das estratificações alimentares e da resistência aos antimicrobianos, marcada pela disbiose. Além disso, um grande berço para novas descobertas individualizadas são os estudos dirigidos a humanos recémnascidos com modelos feitos a partir de leitões e que têm conseguido avanços muito interessantes para ambas as espécies, demonstrando, por exemplo, que em leitegadas muito numerosas o tempo de amadurecimento do sistema gastrintestinal é diferente para seus indivíduos. Imagine o que acontece quando antecipamos o parto para os 114 dias em fêmeas cuja leitegada estaria com o máximo desenvolvimento intestinal aos 116 dias? Qual o impacto deste manejo sobre a mucosa, a microbiota, a permeabilidade e o consequente aproveitamento de nutrientes durante o início e continuidade da vida de um leitão?

Estes pontos de discussão de fato podem definir como alcançamos a promoção da saúde intestinal de leitões. A microbiota, por exemplo, exerce grande influência na integridade da mucosa. Constante nas primeiras duas semanas de vida, mas extremamente sensível a variações da microbiologia ambiental e da alimentação nas duas semanas seguintes, a microbiota dos leitões é altamente desafiada em desmames entre 18 e 23 dias de vida. E como será que os antibióticos interferem nesta dinâmica de microrganismos?

Disbiose definitivamente não é sinônimo de saúde intestinal.

De forma semelhante, o alimento também é fundamental para o desmame, isto porque, além da relação direta com o crescimento dos microrganismos do lúmen intestinal, é a modificação na quantidade de energia e nutrientes ingeridos no período de desmame, baixos e muitas vezes até nulos para os primeiros dias, que são responsáveis por toda uma mudança estrutural e funcional do intestino para reduzir os gastos energéticos e nutricionais, preservando a barreira física contra patógenos. Simplificando, um leitão

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que não come, perde temporariamente a capacidade de absorver nutrientes e, consequentemente, reduz sua eficiência alimentar e seu crescimento muscular.

Portanto, pensar em saúde intestinal é repensar todo o sistema de produção, objetivando o desenvolvimento total do sistema gastro intestinal (SGI) desde o nascimento, com o uso de alimentos lácteos para enriquecer a microbiota e estimular o novo, coincidir o desmame com um momento que interfira menos na microbiota e permita um consumo de ração mais vigoroso antes do desmame. Utilizar um leque maior de ingredientes que permita a ativação de diferentes porções do duodeno, jejuno e íleo, promovendo o desenvolvimento completo do SGI ao invés de criar locos de maior atividade nesses órgãos. Usar racionalmente prebióticos, probióticos, ácidos orgânicos, extratos vegetais e outras estratégias que contribuam para melhorar o desenvolvimento e a manutenção da integridade do SGI, mas que não sejam encarados como substitutos pontuais aos antimicrobianos, pois, saúde intestinal é algo muito além de ppms e mg/kg. É, sim, uma mudança de atitude de toda uma cadeia de produção alimentar, como vem ocorrendo na Alemanha, Holanda e alguns outros (poucos) países.

Neste sentido, continua importante o trabalho dos médicos veterinários em prol da sanidade de nossos leitões, mas agora precisamos convocar também para a batalha todos os demais profissionais responsáveis pela saúde intestinal de nossos leitões: da equipe de fomentos, comprando matérias-primas de qualidade para leitões, a fábrica (incluemse as indústrias feed), que devem se dedicar à produzir de forma exclusiva, com limpeza de m atérias-primas, moagem e processamento adequado; o esclarecimento da equipe de logística de que a dinâmica dos leitões não é apenas economia e sim biologia e, principalmente, as equipes de granja, para que da lavagem da sala ao acompanhamento individual na maternidade todos possam contribuir para o desenvolvimento contínuo e saudável dos leitões.

E que façamos desta batalha algo tão vitorioso como tem sido a nossa luta diária contra todos os desafios que se impõem frente a nossa atividade.

Eduardo raElE dE olivEira é Médico Veterinário e doutor eM ciência aniMal pela uniVersidade estadual de londrina(uel), coM tese na área de alternatiVas para leitões ao desMaMe. é funcionário da de Heus desde 2013, onde taMbéM exerce os trabalHos de coordenação de pesquisa e desenVolViMento no brasil

NOSSOS

ESPECIALISTAS Artigo técnico publicado originalmente na revista Suínos & Cia 57

Nutrição

Atitudes que antecedem a uma creche de sucesso

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David Gavioli Médico-veterinário e Doutorando Supervisor Técnico Comercial em Suínos - De Heus DGavioli@deheus.com

fase de aleitamento dos suínos, assim como em outras espécies, é de suma importância para um bom desenvolvimento do animal, e na suinocultura intensiva esse momento tem se tornado cada vez mais rápido e dinâmico, pois em boas condições, um leitão tende a aumentar em mais de quatro vezes o seu peso em apenas 21 dias de idade. Certamente, um leitão recém-desmamado, ainda que tenha quadruplicado seu peso na fase anterior, ainda apresenta, fisiologicamente, sistema digestório imaturo, o que torna difícil a utilização adequada do alimento fornecido no pós-desmame.

Com a mudança nutricional do leite para uma alimentação sólida, o trânsito intestinal do animal fica mais lento ou pode até mesmo ser paralisado por um jejum mais prolongado, levando a um aumento do pH estomacal e permitindo que as bactérias tenham oportunidade de se fixar no epitélio intestinal com maior facilidade. Já as partículas de alimento não digeridas no lúmen intestinal servem de substrato para o crescimento

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bacteriano indesejável. Os animais que mantêm um consumo constante durante essa transição alimentar tendem a atingir níveis mais baixos de pH estomacal, o que ajuda a eliminar microrganismos patógenos e proteger o leitão contra possíveis infecções entéricas, favorecendo também a ação de enzimas proteolíticas [01, 08 e 09].

Nas primeiras 24 horas após o desmame, também ocorrem alterações funcionais e estruturais no intestino delgado, que compreendem a diminuição na altura dos vilos e a redução da atividade específica de enzimas digestivas e absortiva dos leitões [02], dando condições necessárias para a colonização de bactérias residentes ou ingeridas [03], podendo causar diarreias no pós-desmame.

Como se não bastasse, a saída dos leitões da maternidade para a creche ocorre de uma maneira abrupta e envolve inúmeros fatores estressantes, Suínos&Cia | nº 57/2016

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ESPECIALISTAS Nutrição Artigo técnico publicado originalmente na revista Suínos & Cia 57

deia produtiva do suíno, torna-se indispensável a adoção de um programa efetivo de alimentação. O consumo de uma dieta de alta qualidade durante o período de amamentação estimula o início do consumo de ração, bem como o crescimento no pós-desmame em geral [07].

Consumo diário na maternidade de acordo com a idade de arraçoamento 47 42

Consumo diário (g)

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O ideal é que os leitões consigam ingerir Aos 5 dias Aos 14 dias e utilizar adequadamente os nutrientes forneciGráfico 01. Consumo diário (g) na maternidade de acordo com a idade dos pela ração o quanto (dias) de arraçoamento Fonte: Pesquisa de Heus B 162 antes, ou seja, desde a maternidade, para minimizar ao máximo os efeitos de um desmame como deixar a companhia da porca, a socialização precoce. Quanto mais cedo o leitão desenvolver com um novo grupo de animais e os possíveis dee aprimorar sua produção endógena de enzimas safios sanitários. Portanto, diante de todos esses para digerir os ingredientes da dieta, melhor será desafios, algumas ações são necessárias para teno seu desempenho [08]. Com a utilização de um tar minimizar os efeitos negativos que possam vir a programa nutricional correto, podemos obter um prejudicar o desempenho dos animais. incremento de cerca de 50% no consumo de ração Estudos apontam que o suprimento inintertotal da maternidade, favorecendo uma melhor rupto de alimento favorece a preservação da muadaptação dos animais à introdução de um novo cosa intestinal no período logo após o desmame. A alimento na creche (Gráfico 01). atenção com uma alimentação, ainda na materniO alimento torna-se protagonista na creche dade, pode estimular o desenvolvimento do sisteao considerarmos que é uma das principais alterama digestivo, induzindo o aumento na secreção de ções que ocorrem na vida do leitão, portanto, a utienzimas digestivas e ácido clorídrico no estômago lização de matérias-primas de alta digestibilidade e [04 e 05] e preparando melhor o animal para o desde boa palatabilidade na produção dessas rações mame e o recebimento de uma dieta seca [06]. é fundamental para otimizar a ingestão desses aliIdade do leitão (dias)

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Consumo Acumulado (Kg)

Para se obter melhor desempenho na creche e, consequentemente, ao longo de toda a ca-

mentos pelos leitões. A indústria de nutrição procura unir tecnologia e inovação para superar os desafios pertinentes à produção suinícola, levando Consumo acumulado nos primeiros sete dias ao campo soluções práticas que podem fazer a diferença.

1,217 0,964 0,735

0,037 0,014 1

0,200 0,067 2

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Dias

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Gráfico 02. Consumo acumulado nos primeiros sete dias Fonte: Pesquisa de Heus RS 161

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Animais fisiologicamente mais bempreparados para creche tornam-se mais aptos a consumir alimento desde as primeiras horas pós-desmame e podem atingir um consumo três vezes maior nos primei-

nº 57/2016 | Suínos&Cia

NOSSOS

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Nutrição Artigo técnico publicado originalmente na revista Suínos & Cia 57

Referências bibliográficas 1. Kenworthy R. & Allen W.D. 1966. Influence of diet and bacteria on small intestinal morphology, with special reference to early weaning and Escherichia coli. Studies with germfree and gnotobiotic pigs. Journal of Comparative Pathology. 76: 291-296.

2. Donzele J., Abreu M.L.T. & Hannas M.I. 2002. Recentes avanços na nutrição de leitões. In: Anais do Simpósio sobre Manejo e Nutrição de Aves e Suínos e Tecnologia da Produção de Rações (Campinas, Brasil). pp.103-161.

ros dias da fase, quando comparados com leitões não habituados ao alimento (Gráfico 02.). Esse comportamento gera maiores taxas de ganho de peso médio, melhorando o desempenho dos leitões nas fases subsequentes.

Alguns manejos ainda podem potencializar o consumo na creche, como, por exemplo, o fornecimento de ração realizado de maneira frequente e em menores quantidades, visando desenvolver um comportamento alimentar no animal, dando a ele sempre uma ração limpa e mantendo suas características de odor e sabor adequados, além de minimizar o desperdício. O período de tempo após o desmame para o início do consumo de ração também está diretamente relacionado ao consumo de água, por isso, o acesso à água limpa e de boa qualidade para os leitões também é importante.

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As estratégias utilizadas com a intenção de melhorar o consumo de alimento na fase de creche justificam-se pela maior taxa de crescimento, melhor conversão alimentar e redução da mortalidade pós-desmame. Desmame com pesos mais elevados, melhora nas condições de alojamento e boa temperatura ambiente também são indispensáveis para o sucesso de produção na fase. Portanto, considerando todos os desafios impostos aos leitões durante esse período de transição, é fundamental a escolha da estratégia nutricional adequada, com atenção especial à saúde intestinal e à ingestão de água e alimento de forma contínua, o mais rápido possível após o desmame, garantindo, assim, melhor desempenho desses animais ao longo de toda a vida produtiva.

Suínos&Cia | nº 57/2016

3. Pestova M.I., Clift R.E., Vickers R.J., Franklin M.A. &Mathew A.G. 2000.

Effect of weaning and dietary galactose supplementation on digesta glycoproteins in pigs. Journal of the Science of Food and Agriculture. 80: 1918–1924.

4. SHIELDS, R.G., EKSTRAM, K.Z., MAHAN, D. 1980. Effect of weaning age and feeding method on digestive enzyme development in swine from birth to ten weeks. J. Anim. Sci., 50(2):257-265.

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6. PLUSKE, J.R., WILLIANS, I.H., AHERNE, F.X. 1994. Nutrition of the neonatal pig. [S.l.: sn] 7. BRUININX, E.M.A.M.; BINNENDIJK, G.P.; VAN DER PEET-SCHWERING, C.M.C.; SCHRAMA, J.W.; DEN HARTOG, L.A.; EVERTS, H.; BEYNEN, A.C. Effect of creep feed consumption on individual feed intake characteristics and performance of group-housed weanling pigs. Journal of Animal Science. v.80, p.1413-1418, 2002.

8. PUPPA, J.M.R. Saúde intestinal dos leitões: o papel de alguns agentes reguladores. Anais... Simpósio Brasil Sul de Suinocultura, Chapecó, Santa Catarina, Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 129p, 2008.

9. SANTOS,L. S. et al; Fisiologia digestiva e nutrição pós desmame em leitões.

NutriTime Revista Eletrônica Vol. 13, Nº 01, jan/fev de 2016.

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NOSSOS

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empresa | de heus

De Heus

olhar atento e dedicado à suinocultura

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Com índices de desempenho nutricional cada vez mais positivos entre seus clientes, a empresa holandesa demonstra o alcance real das inovações, tecnologias e serviços que vem trazendo para a suinocultura Glaucia Bezerra – Redação

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resente em solo nacional desde 2013, a De Heus Brasil não mede esforços para, lado a lado dos suinocultores, desenvolver soluções personalizadas para suprir inúmeros desafios. Para que este suporte tenha efetividade comprovada, consideráveis investimentos tem sido necessários, conforme explica o diretor Presidente da De Heus Brasil, Hermanus Wig-

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man: “Para alicerçar o compromisso com todas as fases produtivas da suinocultura nacional no qual o Grupo Royal De Heus acredita, realizamos inúmeros investimentos e, atualmente, contamos com cinco unidades fabris, duas em Rio Claro/SP, uma em Guararapes/SP (joint venture com a MBU Technologies) e duas no Paraná – Apucarana e Toledo, esta última iniciando suas atividades em breve. Será a primeira fábrica dedicada do Brasil, um conceito inovador em produção de rações para suínos e aves”.

A nova unidade industrial de Toledo/PR, destaca Wigman, estará voltada à fabricação de rações pré-iniciais para aves e suínos, iniciando uma nova era para a nutrição dos planteis, nesses segmentos. “Esta nossa nova unidade eleva a régua da qualidade no que se refere à segurança nutricional e sanitária das rações para esta fase (pré-inicial), além de contar com padrões internacionais de qualidade e precisão”, comenta Hermanus Wigman. (Confira no quadro ao lado detalhes deste investimento)

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NEGÓCIOS Matéria publicada originalmente na revista PORK 98

Fábrica dedicada: um novo conceito em produção de rações pré-iniciais É a primeira fábrica dedicada do Brasil e opera com um conceito industrial inovador: dedica-se à fabricação de uma única categoria de produtos e, assim, evita contaminações cruzadas que possam comprometer a qualidade e a segurança do alimento destinado às primeiras fases de desenvolvimento do animal.

Controle eficiente e automatizado de todos os processos: chegada da matéria-prima, moagem, dosagem, adição, mistura, peletização e ensaque. Minimiza os riscos e garante um produto estável, seguro e padronizado até o fornecimento aos leitões.

Dupla moagem de grãos, garantindo tamanho adequado, uniformidade e menor índice de finos, o que proporciona alta durabilidade do pellet.

Sistema diferenciado de recepção, armazenagem e adição de óleos e gorduras. Permite a composição de rações com diferentes perfis de ácidos graxos e segurança de homogeneidade na mistura.

Fonte: De Heus Brasil Laboratório De Heus Brasil

Outro recente investimento apresentado em solo nacional é realizado por Janaína Andrade, gerente de Qualidade da De Heus Brasil, por meio do novo laboratório da empresa, para análises de alta precisão, que incorpora padrões internacionais de qualidade aos processos e produtos de todas as unidades de produção da companhia. “Ele é um laboratório de última geração, conta com equipamentos sofisticados e uma equipe especializada em análises nutricionais, nos colocando em pé de igualdade com a melhor e mais avançada tecnologia para análise de alimentos, desde avaliação dos ingredientes até produtos acabados”, completa Janaína.

O laboratório está apto a realizar diversos tipos de análises, desde avaliações da qualidade intrínseca dos alimentos – como teor de umidade, gordura, proteína e fibras – até estudos de processamento e conservação – como determinação de solubilidade e digestibilidade proteica, atividade ureática, acidez e peróxido.

Avaliações essas conduzidas tanto por métodos convencionais, como através de técnicas setembro/outubro 2016 / edição 98

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empresa | de heus

instrumentais de última geração.

O destaque deste novo laboratório é o seu diferencial estratégico, com integração à rede laboratorial mundial De Heus, acompanhando o desenvolvimento das novas metodologias de análise e a evolução dos níveis de excelência

nessa área, em todo o mundo. “Isso assegura aos nossos clientes, aqui no Brasil, altíssima confiabilidade das análises e dos programas nutricionais da empresa”, conclui a Gerente de Qualidade da empresa. É importante mencionar que, a partir de 2017,

os serviços do novo laboratório De Heus também estarão acessíveis aos clientes da empresa, ampliando ainda mais seu alcance e contribuições para a evolução do mercado de produção animal.

n p c p O b t a i

F

Eduardo Raele, responsável pela área de nutrição de leitões da De Heus Brasil

Hermanus

Equipe de ponta, no campo Hermanus Wigman explica que a De Heus vem apresentando ao mercado uma série de inovações em produtos e ferramentas para gestão nutricional das granjas. Lembra, no entanto, que para tudo isso ir de fato ao encontro das necessidades dos produtores, é preciso apoiar os clientes com uma equipe técnica altamente especializada e sob constante evolução. Para isso, acrescenta o presidente, a De Heus não mede esforços e dedica aportes contínuos para atualização dos integrantes que compõe a Unidade 98

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de Negócios - Suínos. “Uma empresa é feita por gente. Nesse sentido, por meio da nossa centenária expertise na área de nutrição animal trabalhamos de perto com vários institutos de pesquisas nacionais e internacionais e contamos com fazendas e laboratórios ultramodernos, que organizam todo esse conhecimento em banco de dados, visando converter alimentos de forma mais eficiente em proteína animal. Tudo isso, para traduzir resultados da rede global de P&D em aplicações práticas, para resultados no dia a

dia do produtor brasileiro.”

Todo este conhecimento, segundo informa a empresa, é revertido em informações técnicas para todo o time de campo, atualizando e alinhando a equipe com a vanguarda da ciência nutricional e com o que há de mais eficiente e competitivo em nutrição para suinocultura, no mercado internacional. Wigman reforça: “Atualização constante da equipe e intercâmbio com equipes de mais de 50 países em que De Heus atua estão sempre amparados por programas

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nutricionais ímpares, como o caso da nutrição para leitões em que somos referência internacional, com especialistas e resultados que comprovam nossa atuação nesse segmento”.

O Diretor Presidente vai além na ênfase ao trabalho do time De Heus: “Temos uma equipe técnico-comercial com mais de 120 pessoas, atuando lado a lado com produtor, com alcance integral do território nacional e em expansão

para países da América do Sul. Sempre desenvolvendo programas nutricionais de alta qualidade e eficiência, cujo objetivo é proporcionar ao produtor soluções nutricionais criadas para as condições únicas de cada plantel, com maior potencial de resultado em conversão alimentar e racionalidade de custos. Acreditamos que em tempos de alta competitividade é necessário contar com os parceiros certos: parceiros que façam as perguntas certas, recomendações exatas e tenham agilidade em propor soluções”.

Além da estrutura e da constante atualização técnica, a empresa desenvolve ainda ferramentas para auxiliar os clientes na projeção de resultados e na tomada de melhores decisões em manejo nutricional. No caso da suinocultura, por exemplo, a De Heus desenvolveu o PigMoney, ferramenta de gestão capaz de propor diferentes cenários produtivos, conforme explica o nutricionista Daniel Gracioli: “O benefício da plataforma é simular diferentes cenários em

diversos programas nutricionais e demostrar de forma clara e objetiva para o suinocultor as possibilidades financeiras de cada caso. Essas informações são fundamentais para que o produtor tome uma decisão assertiva para cada situação em voga”, salienta e completa: “Com o programa conseguimos avaliar com precisão a relação custo-benefício de diferentes estratégias nutricionais, demonstrando para e com o cliente, de forma clara e objetiva, a melhor solução econômica para cada produtor”.

Para o setor de nutrição de suínos a De Heus anuncia novidades. Segundo Eduardo Raele, nutricionista do segmento de suinocultura, novas soluções para os suinocultores brasileiros serão apresentadas ainda este ano, destinadas a garantir os melhores resultados a partir de três pilares: matérias-primas, portfólio integrado e processo fabril amparados por referências internacionais coordenadas pelo Centro de Excelência do Grupo De Heus, em Ede na Holanda.

Fotos: De Heus Brasil

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NEGÓCIOS Artigo técnico publicado originalmente no jornal O Presente Rural 136 92

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Fábrica dedicada a leitões: um novo conceito em nutrição A suinocultura brasileira vem enfrentando um período de elevação nos custos de produção, tendo apresentado em 2016 valor 45% superior ao mesmo período de 2015. Neste cenário torna-se imprescindível a busca por alternativas que permitam o adequado desenvolvimento desde os primeiros dias de vida do leitão, tendo sempre em mente a relação custo/benefício, a fim de garantir um maior retorno financeiro ao produtor.

Dentre as diversas fases do sistema de produção de suínos, a maternidade e a creche são de extrema importância, visto que ao final destas etapas a capacidade de desenvolvimento subsequente na engorda já estará praticamente predeterminada. É por isso que os esforços dedicados nestas fases se refletem em melhores índices zootécnicos ao longo de toda a produção.

Neste contexto, um novo conceito em nutrição vem ganhando cada vez mais espaço: a produção de alimento exclusivo para leitões. Esta produção é realizada em unidades fabris denominadas fábricas dedicadas, nas quais são processados alimentos destinados unicamente para animais nas fases pré-inicial e inicial.

A introdução de fábricas dedicadas para leitões ocorreu na Europa em reação a uma tendência de queda de desempenho na creche, resultado de uma forte pressão para a redução do emprego de aditivos promotores de crescimento e antibióticos, além da escassez de mão de obra (menor número de funcionários por

leitão) e do avanço genético na busca por cumprimento desses parâmetros, há uma maior prolificidade, a qual resultou em forte política de controle de qualidade maiores leitegadas, porém com leitões no recebimento de matéria prima, onde de baixa viabilidade e com menor uni- os lotes são avaliados ao chegarem à formidade. Dessa forma, com o objetivo unidade produtora segundo protocolos de minimizar os efeitos do novo cenário preestabelecidos. Com isso, a qualidade encontrado pelo produtor, a fábrica dedi- do produto fornecido é determinante na cada introduziu no mercado seleção e homologação dos um produto diferenciado, fornecedores e não apenas o Um novo com a qualidade e segurança critério do custo, usualmenconceito em necessárias para que o leitão te empregado na indústria nutrição vem consiga atingir seu máximo convencional. potencial genético, dentro ganhando cada Os ingredientes empredas limitações impostas pelo vez mais espaço: gados na fabricação dos ambiente e sanidade. alimentos são diferenciados a produção não apenas pela sua qualidade alimento de, mas também por serem CUIDADOS exclusivo diversificados e inovadores.

ESPECIAIS para leitões Eles são exaustivamente esPara atingir o padrão tudados por um corpo técnico de segurança e qualidade exigido, a fábrica dedicada para leitões preocupado não só com o produto, mas necessita que seja tomada uma série de também envolvido com todos os processos cuidados que vão desde o fornecimento produtivos, participando diretamente de matéria prima até o armazenamento das decisões fabris que virão a impactar do produto acabado, tendo em mente que no produto final e em seu desempenho todas as etapas e processos envolvidos no campo.

Entretanto, de nada adianta ingredevem garantir a nutrição perfeita para dientes de qualidade e inovadores se um animal exigente e sensível.

As principais diferenças entre uma os processos não forem rigorosamente fábrica convencional e uma fábrica dedi- desenhados e controlados. Nas fábricas cada são as matérias primas utilizadas e os dedicadas, todos os grãos e cereais são processos envolvidos. As matérias primas cuidadosamente limpos com a finalidade precisam ser de qualidade elevada, para de padronizar os ingredientes e reduzir tanto são firmados contratos com fornece- a contaminação por fungos e micotoxidores em que são descritas especificações nas, os quais impactam negativamente técnicas que devem ser rigorosamente na saúde do leitão. Posteriormente, são atendidas. Como forma de garantir o armazenados em silos dedicados de uso

FIGURA 1

Fábrica Tradicional x Fábrica Dedicada

Fonte: De Heus (2014)

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exclusivo para uma única matéria prima.

O processo de moagem, que ocorre na sequência, é diferente para cada material, visto que cada ingrediente deve apresentar uma granulometria específica, uma vez que o tamanho de partícula também impacta na qualidade do produto e no seu aspecto funcional. Após este processo, as matérias primas já moídas são direcionadas para silos de abastecimento específicos.

Outro fator de grande relevância dentro do sistema de produção é a automatização dos processos de pesagem e adição de ingredientes. Geralmente nas fórmulas das rações pré-iniciais utilizam-se grande quantidade de ingredientes, assim a pesagem assistida de cada matéria prima exclui a possibilidade de erros de produção, conferindo maior segurança e garantindo a rastreabilidade de todo o processo. Igualmente importante é o monitoramento do processo de mistura, o qual garante a homogeneidade da massa, conferindo a mesma composição ao longo de toda a batida, se farelada, ou em cada pellet, se peletizada.

A etapa de peletização é crucial em toda fábrica de ração, pois, se não ajustada, pode trazer grandes prejuízos tanto à indústria quanto ao produtor. Dessa forma, o planejamento desde a escolha da matriz e a definição do tamanho do pellet até o condicionamento da massa e atingimento da temperatura adequada na prensa se tornam imprescindíveis. Nessa etapa, mais uma vez, se torna muito importante o papel da equipe técnica de nutrição dentro das decisões fabris. O tipo de pellet ideal para

o leitão deve apresentar equilíbrio entre a durabilidade, capacidade do pellet se manter íntegro até o fornecimento aos animais e a dureza, parâmetro que avalia sua maciez. É desejável maior durabilidade, ou seja, maior porcentagem de pellets inteiros, porém com um índice de dureza atrativos para os leitões, os quais demonstram preferência por pellets mais macios.

A fábrica dedicada também é uma forma de impedir qualquer tipo de contaminação cruzada, uma vez que nela são processados alimentos exclusivamente para leitões. Dessa forma, evita-se que compostos indesejáveis, que venham a prejudicar o desempenho dos animais, estejam presentes.

Com todos esses diferenciais, é possível fornecer um produto padrão, sem variabilidade entre os lotes, com menor risco de problemas causados por micotoxinas e sempre com o mesmo sabor, assim, mantem-se um consumo maior e regular, possibilitando prever a reação dos animais, bem como os resultados da granja.

Apesar das vantagens descritas, trabalhos foram realizados para verificar a viabilidade do dispêndio de tantos esforços para esta fase.

Em estudo realizado na Holanda, avaliou-se o desempenho de dois grupos de animais alimentados com uma mesma composição de ração, diferenciando-se apenas pelas unidades produtoras - fábrica convencional e fábrica dedicada -, sendo que as matérias primas utilizadas foram fornecidas pela própria unidade. Dentre os resultados, observou-se que os animais consumindo ração vinda da fábrica dedicada tiveram ganho de

peso aproximadamente 15% maior, consumo de ração de cerca de 5% superior e uma conversão alimentar 9% menor, além de menor mortalidade e necessidade de gastos com medicações injetáveis, conforme pode ser visto na Figura 1, comprovando os benefícios deste tipo de produção.

Os reflexos dos benefícios de uma fábrica dedicada já são sentidos em pouco tempo de atividade na Holanda e em diversos países da Europa, onde o mercado aderiu amplamente aos conceitos de que o investimento nos primeiros dias de vida do leitão tem retorno garantido no momento da venda dos animais. O sucesso da introdução desta inovação no mercado garante-se pelo excelente custo/benefício proporcionado pelo desenvolvimento adequado da nutrição, o monitoramento atento da produção e pelo acompanhamento e diagnósticos das necessidades a campo, fundamentais para atingir o potencial máximo de produtividade e lucratividade dos sistemas de produção.

As referências estão disponíveis com o autor. Contato: wokiyama@deheus.com.

Divulgação/De Heus

Por Willian Okiyama Zootecnista, mestrando em Nutrição Animal (FZEA/USP).

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