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EDITORIAL
from Revista Linguines
Uma escolha muito difícil: bolacha ou biscoito?
Guilherme Azevedo
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Biscoito, Bolacha, Biscoito recheado, Bolacha (ou biscoito?) água e sal. Tudo isso é brasileiro demais. E, sim, escrevi como substantivo próprio porque isso que são. Aliás, essa briga é uma das grandes que temos no Brasil. Mais do que disputas eleitorais, gostamos de debates sem tanta importância, para descontrair o cotidiano tenso de viver neste país.
Porém, creio eu que todo mundo pode ficar feliz na discussão. Isso, pois, é impossível que no Brasil, país com extensão continental, influenciado por diversos povos, haja uma única forma de se falar. E daí surgem os sotaques, as expressões e, lógico, a oposição “biscoito-bolacha”.
Sem dúvidas, linguistas em diversas universidades já pautaram o assunto em debates. Mas com mais frequência, nas redes sociais, as divergências em relação ao assunto surgem. Biscoiteiros defendem que na embalagem das recheadas “trakinas” está escrito “Biscoito recheado”. Bolacheiros defendem que é bolacha, sem muito argumentar, apenas porque querem. E é justo.
Por fim, em um editorial, não posso deixar de soltar minha opinião. Contudo, de antemão já fica claro que sou do Time Bolacha, mas não desprezo Biscoito. Calma, ainda não vira a página, vou explicar. Com um conceito quase filosófico, vejo que Bolacha é a junção. Ou seja, dois Biscoitos com um recheio no meio formam uma Bolacha.
Mas agora, para terminar, questiono vocês, biscoiteiros que leem, se Bolacha não existe, qual o motivo de chamarem rosto redondo de “cara de bolacha”. Um abraço.


