EVE

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nadado no lago. E não me parecia tão incrível comer a carne que ela cozinhou, carne esfolada e cozida. -Tem certeza que sabe nadar?- Ousei perguntar. -Quem te disse isso?- Tirando o moletom preto, deixando descobertos os braços pálidos. Tinha os ombros salpicados com sardas. -Viram você- Mas não expliquei que havia levado uma hora pra cruzar o lago segurando em ramos cheio de espinhos. Ela sorriu como se estivesse lembrando-se de algo engraçado e disse: -Eu aprendi sozinha. A você nunca se preocuparam, certo dona Fosforita? Não a ignorei. -Não tinha medo que te descobrissem?- Um coelho cinza correu pela estrada. -Geralmente as guardiãs não ficam nos jardim depois da meia noite, a menos que tenham uma guarda especial. A maioria das noites são muito tranquilas no colégio- Encaminhou-se até o coelho, com a faca em mãos. O animal parecia imóvel, enquanto ela se aproximava. Não conseguia tirar da minha cabeça o dia em que havia nadado. Nunca tinha visto alguém fazer o mesmo. Se havia entrado na água sem mais, movendo os braços? Se apoiando em algo como um galho ou corda? -E não tinha medo de se afogar? Ao ouvir minha voz, o coelho fugiu entre a mata de um jardim abandonado. -Muito bem, Eve- bufo, e colocou a faca no cinto- Eu adoraria que um ser divino ou humano acreditasse em mim, mas tenho que pegar o jantar. – Entrou entre as casas, sem dificuldade de voltar à vista. -Vou buscar a janta!- gritou ela- Eles se hospedaram na casa? Não respondi. Segui caminhando, me afastando das casas e me dirigi a uma zona que tinha ruinas. A grama cobria um restaurante, entre as e o musgo se distinguia um gigantesco EME amarelo. Ao fundo da maçã havia um enorme edifício, cuja fachada estava apagada, e o letreiro havia perdido algumas letras. Dizia: WAL MA T. Alguém havia escrito spray sobre as

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