TOG Cap 01 á 03

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Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight

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Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight Este livro foi traduzido pela Dark Knight para proporcionar a leitura daqueles que não puderam pagar e para ler livros ainda não lançados No Brasil. Nosso grupo de tradução é uma organização sem fins lucrativos e, por favor, não venda e nem troque. Após sua leitura considere seriamente a possibilidade de adquiri estará incentivando o autor e a publicação de novas obras.

Tradutores Matheus Daniel Henrique

Revisor Final Jeh

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Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight

Sinopse Depois de um ano de trabalhos forçados nas minas de sal, a jovem assassina Celaena Sardothien tem sido convocada pelo príncipe do Reino de Endovier. Celaena não chegou com intenção de acabar com a vida do príncipe, se não com o desejo de conquistar sua liberdade. Se vencer a vinte e três assassinos, ladrões e guerreiros em uma competição de vida ou morte, será libertada da prisão para exercer como campeã real. O príncipe a aconselhará. O capitão da guarda a protegerá. Mas algo maligno se esconde no palácio de cristal, e está ali para matar. Enquanto seus adversários vão morrendo um a um, a luta de Celaena para conquistar sua liberdade se converte em uma luta para sobreviver e em um busca incessante da origem do mal antes que destrua o mundo.

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Capitulo 1 Depois de um ano de escravidão nas minas de sal de Endovier, Celaena Sardothien havia acabado de acostumar-se a andar de cá para lá acorrentada e a ponta de espada. Havia milhares de escravos em Endovier e quase todos recebiam um tratamento parecido, embora Celaena ia e voltava das minas acompanhada por meia dúzia de guardas a mais que o resto. Era de esperar, sendo a assassina mais famosa de Adarlan. Aquele dia, porém, a aparição de um homem de preto encapuzado a pegou de surpresa. Aquilo era novo. Seu acompanhante a segurava o braço com força enquanto a conduzia pelo suntuoso edifício onde se alojavam quase todos os funcionários e capatazes de Endovier. Percorreram corredores, subiram escadas e deram voltas e mais voltas para que Celaena não tivesse a menor possibilidade de encontrar a saída. Pelo menos, era isso que pretendia o desconhecido, pois ela se deu conta em seguida de que haviam subido e descido a mesma escada em questão de minutos. Também a obrigaram a avançar em zig-zag por diferentes níveis embora o edifício tivesse uma estrutura do mais atual, uma grade de corredores e escadas. Mas Celaena não era das que se desorientavam facilmente. De fato, teria se sentido insultada se sua escolta houvesse poupado esforço. Dirigiram-se por um corredor particularmente longo onde não ouvia o menor som exceto o eco de seus passos. Advertiu que o homem que a agarrava o braço era alto e estava em forma, mas Celaena não podia ver os traços ocultos embaixo ao capuz. Outra tática pensada para confundi-la e intimida-la. A roupa negra certamente fazia parte desse mesmo plano. O homem a olhou e Celaena esboçou um sorriso. Ele voltou à vista para frente e agarrou o braço ainda com mais força. Celaena tomou o gesto como um cumprimento, embora não sabia ao que veio tanto mistério, nem por que aquele homem havia ido buscála na saída da mina. Depois da jornada inteira arrancando rochas de sal das entranhas da montanha, vê-lo ali plantado junto aos seis guardas de rigor não a havia posto de bom humor precisamente. Contudo, havia aguçado bem o ouvido quando a escolta se apresentou diante o capataz como Chaol Westfall, capitão da guarda real, De repente, o céu havia virado mais ameaçador, as montanhas haviam crescido a suas costas e até a mesma terra havia tremido embaixo de seus joelhos. Fazia tempo que permitia a si mesma provar o Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight sabor do medo. Todas as manhãs, ao despertar, repetia para si: ―Não tenho medo‖. Durante um ano, essas mesmas palavras haviam marcado a diferença entre quebrar e dobrar; haviam impedido que se fizesse em pedaços na escuridão das minas. Mas não deixaria que o capitão averiguasse nada disso. Celaena observou a mão enluvada que agarrava o braço. O couro escuro da luva fazia jogo com a sujeira de sua própria pele. A moça era muito consciente de que, embora só tivesse dezoito anos, as minas já haviam deixado hematomas em seu corpo. Reprimindo um suspiro, ajustou a túnica, suja e gasta, com a mão livre. Como se penetrasse nas minas do amanhecer e as abandonava depois do anoitecer, rara às vezes via a luz do sol. Por debaixo da sujeira tinha uma pele mortalmente pálida. No passado havia sido encantadora, bonita mesmo, mas... Enfim, aquilo já não tinha importância. Dobraram por outro corredor e Celaena se entreteve olhando o delicado trabalho da espada que portava o desconhecido. O reluzente punho tinha forma de águia em pleno voo. Ao notar que a garota observava a arma, a escolta posou sua mão enluvada sobre a dourada cabeça do pássaro. A moça voltou a sorrir. —Está muito perto de Rifthold, capitão — lhe disse. Logo tossiu— . Os acompanha o exército que tenho ouvido deixar um tempo atrás? Examinou as sombras que escondiam o rosto do homem, mas não viu nada. Ainda assim, notou que o desconhecido posava os olhos nela para julgá-la, medi-la, coloca-la a prova. Celaena lhe devolveu o olhar. O capitão da guarda real parecia um adversário interessante. Talvez mesmo merecesse algum esforço por sua parte. Finalmente o homem separou a mão da espada e as dobras de sua capa caíram sobre a arma. Ao mover o tecido, Celaena viu o dragão heráldico de ouro bordado em sua túnica. O selo real. —O que importa a ti os exércitos de Adarlan? —respondeu ele. Celaena se encantou ao saber que o capitão tinha uma voz muito parecida a sua, fria e bem modulada, embora fosse um bruto repugnante. —Nada-respondeu Celaena encolhendo acompanhante lançou um grunhido de irritação.

os

ombros.

Seu

Quanto haveria gostado de ver o sangue daquele capitão derramando sobre o mármore. Em uma ocasião, Celaena havia perdido a paciência; uma só vez, quando seu capataz escolheu um mal dia para empurra-la com força. Ainda lembrava o bem que havia se sentido ao mergulhar o espigão na barriga, e também o pegajoso sangue do Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight homem ao empatar-lhe a cara e as mãos. Era capaz de desarmar dois guardas em um abrir e fechar de olhos. O capitão teria mais sorte que o falecido capataz? Voltou a sorrir enquanto pesava as diferentes possibilidades. —Não me olhe assim-a advertiu, e de novo posou a mão na espada. Celaena escondeu seu sorriso presunçoso. Passaram em frente uma série de portas de madeira que haviam deixado para trás fazia poucos minutos. Se houvesse como escapar, haveria bastado girar para a esquerda no seguinte corredor e descer três seções de escadas. A tentativa de desorienta-la só havia servido para ajuda-la a familiarizarse com o edifício. Idiotas. —Quanto vai durar este jogo? —perguntou com doçura enquanto tirava da cara uma de cabelo emaranhado. Ao ver que o capitão não respondia, Celaena apertou os dentes. Havia muito eco no corredor para atacar-lhe sem alertar o resto do edifício, e Celaena não havia visto onde o militar havia escondido a chave das algemas; também, os seis guardas que os acompanhavam poderiam opor resistência. Isso por não falar os grilhões que lhe acorrentava os pés. Dirigiram-se por um corredor de cujo teto pendia vários lustres. Ao olhar pelas janelas que se alinhavam na parede, descobriu que havia anoitecido; as lanternas brilharam com tanta intensidade que apenas estavam entre as sombras que se escondem. Desde o pátio olhou o avanço dos outros escravos, que caminhavam arrastando os pés para o barracão de madeira onde passavam a noite. Os gemidos de dor e o tilintar metálico das correntes componham um coro tão familiar como as monótonas canções de trabalho que os presos entoavam durante todo o dia. O som único do chicote adicionava a sinfonia de brutalidade que Adarlan havia criado para seus piores criminosos, seus cidadãos mais pobres e os reféns de suas últimas conquistas. Se bem que alguns daqueles presos haviam sido prendidos por suposta pratica de feitiçaria-certamente improvável, tomando em conta que a magia havia desaparecido da face do reino—, ultimamente chegavam muitos rebeldes a Endovier, cada dia mais. Quase todos vinham de Eyllwe, um dos poucos reinos que ainda resistiam ao domínio de Adarlan. Quando Celaena lhes pedia informação do exterior, muitos ficavam boquiabertos, com o olhar perdido. Haviam desistido. Celaena se estremecia só de pensar nos sofrimentos que deviam ter suportado nas mãos dos soldados de Adarlan. Às vezes se perguntava se não haveria sido melhor para eles que os matassem... E se não Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight haveria sido melhor para ela também perder a vida na noite que a traíram e a capturaram. Porém, enquanto prosseguia a sua marcha, tinha coisas mais importantes nas quais pensarem. Finalmente iriam propor enforca-la? Revirou-lhe o estomago. Celaena era bastante importante para ser executada pelo capitão da guarda real em pessoa. Agora bem, se pensavam em mata-la, por que incomodar-se em conduzi-la até aquele edifício? Finalmente se detiveram em frente umas portas de vidro vermelho e dourado, tão grossas que Celaena não alcançava espionar o outro lado. O capitão Westfall fez um gesto com a cabeça aos dois guardas que flanqueavam a entrada e estes golpearam o chão com as lanças em modo de saudação. O capitão voltou à segura-la com tanta força que lhe machucou. Jogou Celaena para si, mas os pés da moça negaram a mover-se. —Prefere ficar nas minas? —perguntou ele em tom de zombaria. —Talvez se me dissessem o que é tudo isso, não me sentiria tão inclinada a opor resistência. —Não tardara em descobrir por si mesma-respondeu o capitão. Celaena começou a suar as palmas das mãos, Sim, iria morrer. Finalmente lhe havia chegado a hora. As portas se abriram com um rangido e diante de seus olhos apareceu uma sala de trono. Um lustre de cristal em forma de videira ocupava grande parte do teto e projetava sementes de diamantes nas janelas que se alinhavam ao outro lado da sala. —Aqui-grunhiu o capitão da guarda, e a empurrou com a mão que tinha livre. Finalmente libertada, Celaena tropeçou, e seus pés calejados escorregou no chão liso quando tentou sentar-se. Olhou para trás e viu entrar a outros seis guardas. Quatorze no total mais o capitão. Todos levavam o emblema dourado na frente dos uniformes negros. Formavam parte da guarda pessoal da família real: soldados implacáveis e rapidíssimos, treinados desde meninos para proteger ao rei com sua própria vida. Celaena engoliu a saliva. Atordoada e desolada, voltou a olhar para frente. Sentado num recarregado trono de madeira de sequoia aguardava um atraente jovem. Ficou chocada quando viu que todos lhe faziam uma reverencia. Encontrava-se diante o mesmíssimo príncipe herdeiro de Adarlan. Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


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Capítulo 2 — Alteza — disse o capitão da guarda. Depois de fazer a reverência a rigor, levantou-se e, retirando a capa, deixou visível um cabelo castanho muito curto. Aparentemente havia se apresentado encapuzado, com o objetivo de intimidá-la e assim evitar que ela fugisse durante o passeio. Como se um truque de três ou quatro fosse o suficiente para fazê-la obediente. Apesar de estar irritada, Celaena ficou surpresa ao ver o rosto daquele que iria escoltála. Era bastante jovem. Não deveria ter mais de vinte anos. Não lhe pareceu muito bonito, o que a fez se sentir presa, sem poder evita-lo, por suas feições rudes e pelo tom claro de seus olhos castanhos. — É ela? — perguntou o príncipe herdeiro de Adarlan, e Celaena virou a cabeça a tempo de vê-lo assentir ao capitão. Os dois homens observaram-na, como que esperando que fizesse uma reverência. Ao ver que ela não se movia, Chaol se movimentou, inquieto e o príncipe olhou brevemente para seu capitão antes de levantar o queixo um pouco mais. Nem em sonhos lhe faria uma reverência! Se iriam enforcá-la, não iria dedicar os últimos minutos de sua vida a arrastar-se perante ninguém. Passos trovejante ressoou a sua volta e alguém a agarrou pelo pescoço. Celaena só conseguiu enxergar duas bochechas rosadas e um bigode avermelhado antes que a empurrassem direto para o frio chão de mármore. Sentiu uma terrível dor tomando seu rosto e uma luz a cegou. Seus braços também sofriam, pois as algemas não lhe permitiam esticá-los. Embora tentasse evitar, seus olhos se encheram de lágrimas. — É assim que deves saudar seu futuro rei — esbravejou o homem de rosto corado. Celaena rosnou e mostrou os dentes enquanto tentava mover a cabeça para enxergar o filho da cadela que a havia obrigado a ajoelharse. Era quase tão grande quanto o capataz a quem havia sido entregue nas minas e estava vestido com roupas de tons avermelhados e alaranjados que não contrastavam com seu escasso pelo. Os olhos Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight negros do homem brilharam quando apertou seu pescoço com mais firmeza. Se pudesse mover o braço direito só um pouco, Celaena o teria feito perder o equilíbrio e roubado sua espada. As algemas lhe cravavam o estômago e uma raiva incontrolável se manifestava em seu rosto. Depois de alguns instantes, que a Celaena pareceram eternos, o príncipe herdeiro falou: — Não entendo por que vocês têm que obrigar alguém a fazer uma reverência quando o propósito desse gesto é mostrar respeito e lealdade. Suas palavras denotavam um glorioso tédio. Celaena tentou olhar o príncipe de lado, mas apenas conseguiu enxergar umas botas de pele negra sobre o solo branco. — É óbvio que vós me respeitais, duque Perrington, mas me parece desnecessário que se empenheis em obrigar Celaena Sardothien a compartilhar o vosso sentimento. Ambos sabemos muito bem que não sente apreço algum por minha família, talvez por esse motivo seja vossa intenção humilhá-la — permaneceu calado, e a menina havia jurado que ele a observava — Mas, creio que já a mais que suficiente — voltou manter silêncio por alguns segundos e logo perguntou: — Você não tem uma reunião com o tesoureiro de Endovier? Eu não gostaria que você chegasse tarde, especialmente quando vieram com o propósito de nos reunirmos com eles. O malfeitor de Celaena compreendeu que estavam o incentivando a sair. Lançou um grunhido e a soltou. Ela afastou a bochecha do mármore, mas permaneceu estendida no chão até que o duque se pós de pé e abandonou o salão. Se conseguisse escapar, talvez perseguisse o tal Perrington para lhe devolver a calorosa recepção que lhe havia oferecido. Quando se levantou, Celaena sentiu-se incomodada ao notar a marca de sujeira que sua pele havia deixado naquele chão imaculado e notar que o ruído metálico de suas correntes quebravam o silêncio da sala. Porém, havia sido treinada para ser assassina desde os oito anos. Desde o dia em que o Rei dos Assassinos a encontrou meio morta a beira de um rio gelado e a levou para sua fortaleza. Não achava que se sentiria humilhada pelo que quer que seja, muito menos por aparecer desarrumada diante de um rei. Ela reuniu o orgulho que ainda lhe restava, jogou sua longa trança para trás e olhou para cima. Seu olhar se cruzou com o do príncipe. Dorian Havilliard lhe dirigiu um sorriso. Foi um sorriso refinado, que exalava o encanto da corte. Sentado no trono, tinha o queixo apoiado em uma das mãos e sua coroa de ouro brilhava iluminada pela tênue luz. Ele usava um gibão negro em que o governo real, bordado em tons dourados, ocupava quase toda a parte da frente. Sua capa caía com elegância envolvendo seu trono e a ele mesmo. Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight Algo em seus olhos, surpreendentemente azuis — da cor das águas dos países do sul —, a desarmou. Seus olhos contrastavam com seus cabelos, negros como carvão. Era incrivelmente bonito e não deveria ter mais de vinte anos. "Se supõe que os príncipes não devem ser atraentes. São criatura irritantes, estúpidas e repugnantes. Mas este..., este... Que injusto de sua parte pertencer a realeza e ser belo ao mesmo tempo." Celaena se mexeu onde estava, quando o príncipe um franzir de testa, a examinou. — Eu não havia ordenado que a banhassem? — perguntou o príncipe ao capitão Westfall, que deu um passo a frente. Por um momento, Celaena havia esquecido que havia outros presentes na sala. Baixou os olhos para observar os trapos com que estava vestida, a sua pele imunda e sem poder evitá-lo sentiu uma pontada de vergonha. Como doía ver-se naquele estado, quando havia sido tão linda no passado. Em um rápido olhar, podia-se chegar a pensar que os olhos de Celaena eram azuis ou cinzas, talvez verdes, conforme a cor de suas roupas. Mas, se olhassem com atenção, o anel dourado ao redor de seus olhos descartava as primeiras impressões. No entanto, sua cabeleira dourada era, sem dúvida, seu traço mais notável, conservavam ainda parte de seu esplendor. No fim das contas, Celaena Sardothien era abençoada com alguns atributos estranhos, que realçavam as suas feições, que de outro modo, seriam bastante comuns. Além disso, no início da adolescência, havia descoberto que com a ajuda de enfeites podia fazer com que alguns aspectos de sua fisionomia estivessem em harmonia com seus traços mais destacáveis. Mas ali estava, diante de Dorian Havilliard, como pouco mais que um rato de esgoto. Ela corou ainda mais com a resposta do capitão Westfall. — Não queria deixá-la esperando. O Príncipe herdeiro movimentou a cabeça em um gesto de negação quando Chaol se aproximou dela. — Deixa o banho para mais tarde. Sinto o seu potencial — O príncipe se mexeu um pouco sem retirar os olhos de Celaena —. Acredito que nunca tivemos o prazer de sermos apresentados, mas como provavelmente você já deve saber, sou Doryan Havilliard, o príncipe herdeiro de Adarlan; talvez, a essa altura, seja já o príncipe herdeiro de quase toda Erilea. Celaena ignorou as emoções conflitantes que aquele homem lhe causava. — E tu és Celaena Sardothien a maior assassina de Adarlan. Talvez a maior assassina de toda Eriela — parou, observando o corpo Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight tenso da garota e erguendo umas sobrancelhas bem cuidadas —. Não esperava que tu fosses tão jovem — apoiou os cotovelos em suas coxas —. Eu tenho ouvido algumas histórias fascinantes sobre ti. O que você acha da vida em Endovier, depois de desfrutar da vida de excessos que levava em Rifthold? "Porco arrogante!" — Não poderia estar mais contente — cantarolou, enquanto cravava as unhas sujas nas palmas das mãos. — Depois de um ano aqui parece que segues mais ou menos viva. Como você tem conseguido, quando a esperança de vida nas minas é de apenas um mês? — É tudo misterioso, não tenho nenhuma dúvida. Deu ao príncipe uma olhadela e posicionou os punhos como se fossem de luvas de renda. O príncipe herdeiro se dirigiu ao seu capitão. — Que boca suja, não acha? E ainda assim não fala como um membro da plebe. — Assim espero! — exclamou Celaena. — Alteza — retorquiu Chaol Westfall. — Como? — perguntou Celaena. — Deves dirigir-se a ele como "alteza". — Celaena lhe dirigiu uma risada irônica e voltou a prestar atenção ao príncipe. Para sua surpresa, Dorian Havilliard riu. — Você sabe que é uma escrava, certo? Será que não aprendeu nada durante todo o tempo em que esteve cumprindo sua condenação? Se não estivesse presa por correntes, Celaena haveria cruzado os braços. — Além de manejar picaretas, não vejo o que mais se poderia aprender trabalhando em uma mina. — E você nunca tentou escapar? Um sorriso lento e amargo surgiu no rosto de Celaena. — Uma vez. O príncipe ergueu as sobrancelhas e olhou para o capitão Westfall. — Eu não fui informado. Por cima do ombro, Celaena lançou um olhar a Chaol, que olhou para o príncipe com uma expressão de arrependimento. Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight — O capataz chefe havia me informado nesta tarde que houve um incidente... Há três meses. — Quatro meses — ela o interrompeu. — Quatro meses — prosseguiu Chaol — Após sua chegada Sardothien tentou escapar. Celaena esperou o restante da história, mas o capitão pareceu tê-la concluído. — E isso não é o melhor — ela então acrescentou. — Ah, mas há alguma coisa melhor? — perguntou o príncipe herdeiro com uma expressão entre a irritação e o divertimento. Chaol lançou um olhar fulminante a Celaena antes de voltar a falar. — Não há forma humana de escapar de Endovier. Seu pai se assegurou de cada um dos sentinelas fossem capazes de derrubar um esquilo a duzentos passos de distância. Tentar fugir é o mesmo que suicidar-se. — Mas você ainda permanece viva — disse o príncipe. O sorriso de Celaena desapareceu com a dor das lembranças. — Sim. — O que aconteceu? — perguntou Dorian. Os olhos da menina tornaram-se duros e frios. — Eu desisti. — É assim que você explica o que aconteceu? — falou o capitão Westfall. — Ela matou o capataz do seu grupo e vinte e três sentinelas antes que a detivessem. Ela estava a um passo da muralha quando os guardas a deixaram inconsciente com um golpe. — Então? — perguntou Dorian. Celaena sentiu seu sangue ferver. — O que quer dizer com "então"? Você sabe o quão longe é o muro com relação às minas? — o príncipe olhou para ela perplexo. Ela cerrou os olhos e suspirou um pouco exageradamente. — A meu ver, era de cento e dez metros. Conheci alguém que mediu. — Então? — repetiu Dorian — Capitão Westfall, que distância um escravo consegue percorrer ao tentar fugir das minas. — Um metro — murmurou ele. — Os sentinelas de Endovier conseguem derrubar com apenas um tiro um homem antes que tenha movido os cotovelos para correr. Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight Não era silêncio que ela esperava provocar no príncipe herdeiro. — Você sabia que era suicídio — ele respondeu, sem o menor traço de humor. — Sim — disse. — Mas não a mataram. — Seu pai ordenou que me mantivessem com vida por maior tempo possível... Para que eu suportasse o sofrimento que existe em abundância em Endovier — veio-lhe um estremecimento que não tinha nenhuma relação com o ambiente da sala. — Na verdade, eu nunca quis fugir. Celaena tinha a intenção de apagar do rosto do príncipe aquela expressão de piedade. — Você tem muitas cicatrizes? — perguntou ele. A menina deu de ombros. Com um sorriso tranquilizador, o príncipe desceu do palanque. — Dê uma volta, que vê-la por outro ângulo. Com uma carranca, Celaena obedeceu. Dorian começou a andar até ela e Chaol se aproximou um pouco mais. — Eu não posso distingui-la com tanta sujeira assim — disse o príncipe ao examinar a pele da menina. Ele a estava deixando irritada, e só piorou quando ela começou a ouvi-lo exclamar "Que fedor tão insuportável". — Quando você tem o acesso a banhos e perfumes negados, não é fácil cheirar tão bem quanto você, Alteza. O príncipe fez um gesto de desprezo e continuou o seu exame. Chaol e todos os guardas presentes a seguiam com os olhos sem tirar as mãos dos punhos de suas espadas. E faziam bem. Celaena poderia ter rodeado a cabeça de Dorian com os braços e esmagado sua traqueia com as algemas em menos de um segundo. Ela pensou que atacá-lo valeria a pena diante do assombro de Chaol. Mas o príncipe ainda a observava, esquecido do perigo. Se sentia quase insultada pela sua atitude. — Pelo que pude notar, três grandes cicatrizes... E, talvez, alguma outra menor. Não é tão ruim como era de se esperar, mas... Bem, acho que as roupas devem ocultá-las. — Roupas? — Celaena estava tão próxima ao príncipe que podia ver o requintado bordado do gibão e sentir o aroma que exalava, não a perfume, mas a ferro e cavalos. Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight Dorian sorriu. — Que olhos tão incríveis você possui! E quanta raiva contida! Ter o príncipe herdeiro de Adarlan, filho do homem que a havia condenado a uma morte lenta e dolorosa, era como um teste a sua misericórdia, como dançar na beira do precipício. — Eu exijo saber... — ela começou, mas o capitão da guarda a puxou com uma força brutal, antes que pudesse se aproximar do príncipe. — Não tinha intenção de matá-lo, idiota! — Cuidado com o que você diz, posso jogá-la de volta às minas — disse o capitão, seus olhos castanhos cravados nela. — Divido muito que se atreveria. — E seria possível saber por quê? — Replicou Chaol. Com grandes passos, Dorian retornou ao trono e sentou-se. Seu olhar azul como safiras mais brilhantes que nunca. Celaena olhou de um para outro e endireitou-se. — Por que você quer algo de mim, algo que desejas ardentemente. Se não fosse assim, você não teria vindo aqui em pessoa. Eu não sou estúpida, embora tenha me comportado como uma para que fosse capturada. Logicamente vocês estão aqui em conformidade em uma espécie de missão secreta. Por que você deixaria a capital e suas aventuras para socorrer um lugar tão decadente. Você está me testando para ver se estou em boas condições físicas. Sei que não sou louca e ainda estou de posse de minhas faculdades, a despeito do incidente que a muralha pode haver sugerido. Por isso, eu exijo que você me diga o porquê de ter vindo aqui e por que precisa de mim, se o meu destino não é a forca. Os dois homens se entreolharam. Dorian juntou as pontas dos dedos de ambas às mãos. — Eu vim para fazer uma proposta. Celaena engasgou. Nunca, mesmo que em seu sonho mais fantástico, imaginou que teria a oportunidade de conversar com Dorian Havilliard. Ela poderia facilmente matá-lo, arrancar aquele sorriso de seu rosto... Poderia destroçar o rei do modo como ele a havia destroçado. Mas, talvez essa proposta pudesse ajudá-la a fugir. Se a levassem ao outro lado da muralha, conseguiria. Correria como uma alma que foge do diabo, desapareceria nas montanhas e viveria sozinha entre a vegetação, cercada pela natureza, com um tapete de agulhas de pinheiro sob os pés e um cobertor de estrelas no céu. Era possível. Só seria necessário alcançar o outro lado da muralha. Da última vez chegou tão perto... Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight — Sou todo ouvidos — foi o que disse apenas.

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Capítulo 3 Os olhos do príncipe olhavam para ela, pareciam se divertir com sua imprudência, mas demorou no seu corpo mais de um instante. Celaena poderia ter cravado as unhas no seu rosto por desatenção, mas não havia mudado o olhar nela... Lentamente um sorriso ficou no seu rosto. O príncipe cruzou as longas pernas. — Deixe-nos sozinhos. – Ordenou aos guardas. – Chaol, fique onde está. Celaena deu um passo à frente enquanto os guardas deixando a sala e fechando a porta. Chaol permaneceu imóvel. Ele realmente pensa que seria capaz de aguentar sua tentativa de fuga? A mão deslizava pela espada. O que tramavam e por que se comportavam tão irresponsavelmente? O príncipe começou a rir. — Não te parece imprudente mostrar-se tão descarada comigo quando é a sua liberdade que está em jogo? Dentre todas as coisas que Dorian podia ter dito aquela era a que menos esperava. — Minha liberdade? Ao mencionar a palavra, viu uma terra coberta de pinheiros e neve, penhascos banhados pelo sol e mares com espuma na borda, uma terra onde a luz se fundia com promontórios aveludados e cavidades... Uma terra que já havia esquecido. — Sim, sua liberdade. Vou te recomendar isso, senhorita Sardothien, que controle sua arrogância, se não quiser voltar às minas. –O príncipe descruzou as pernas. –Até que suas ações se tornem uteis. Não vou fingir que o império de meu pai se construiu sobre a base de confiança e compreensão. Mas pelo que já sabe. –Celaena fechou os punhos esperando que o príncipe terminasse o discurso. O olhar de Dorian se encontrou com o dela, perspicaz, penetrante. –Meu pai colocou na cabeça que precisa de uma campeã. Celaena levou uns segundos para entendê-lo. Logo levou a cabeça para trás e soltou uma risada. — Seu pai quer que eu seja uma campeã? Não me diga que você eliminou todas as nobres que estão por ai! Deve ter ao menos um cavalheiro cortês, um senhor corajoso e de valores inquebráveis. — Cuidado com o que diz. –Chaol a advertiu. Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight — E o que aconteceu com vocês? — A garota perguntou ao capitão levantando as sobrancelhas. Aquilo sim tinha graça. Ela... A campeã do rei! – Acaso nosso querido rei considera isso um pouco estranho? O capitão levou a espada em punho. — Cale-se, escute o que sua alteza veio para dizer. Celaena olhou para o príncipe. — Então? Dorian se ajeitou no trono. — Meu pai necessita de um pouco de ajuda com seu império. Alguém que o ajude a abordar casos mais complicados. — Ou seja, precisa de um criado para fazer o trabalho sujo. — No final das contas, sim. – O príncipe respondeu. –Sua campeã manteria seus adversários calados. — Calados como caixões. –Ela apontou com dureza. Dorian esboçou um sorriso, mas não mudou a expressão. — Sim. Trabalhar para o rei de Adarlan como sua leal serva. Celaena levantou o queixo. Aquilo era para matar por ele, ser uma presa na boca das bestas que haviam destruído metade de Erilea... — E se aceitar? — Depois de seis anos de serviço, você será livre. — Seis anos! Porém a mera menção da palavra liberdade à fez estremecer novamente. — Se não aceitar. –Disse Dorian adiantando a próxima pergunta. –Você voltara para Endovier. Seis anos transformada na peça mais letal do rei... Ou acabar seus dias em Endovier. — Veja bem, há um problema. –O príncipe adiantou. Celaena permaneceu imóvel enquanto ele brincava com seus anéis. –Meu pai não esta oferecendo o posto a você. No momento. Só quer que se divirta um pouco. Vai ocorrer uma competição para eleger o campeão. Ele convidou vinte e três membros de seu conselho para que cada um patrocine um aspirante ao titulo. Enquanto durar o torneio, os participantes serão treinados no castelo de cristal. Se ganhar você, — Adiantou um sorriso— seria oficialmente a Assassina de Adarlan. Ela não devolveu o sorriso. Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight — E quem exatamente serão meus rivais? Ao olhar a expressão da garota, a alegria do príncipe se esvaziou. — Ladrões, assassinos e guerreiros de toda Erilea. – Celaena abriu a boca para falar, mas ele se adiantou. – Se ganhar e demonstrar ser hábil e digna de confiança, meu pai jurou conceder sua liberdade. Além do que enquanto for sua campeã receberá um salário considerável. Celaena apenas ouviu as ultimas palavras. Uma competição! Contra um grupo de esfomeados vindo de sabe onde! E assassinos! — Que assassinos? –Quis saber. — Não os conheço. Ninguém é tão famoso como você. E se me recordo... Não irá competir com o nome de Celaena Sardothien. — Como não? — Competira sob um pseudônimo. Imagino que não ouviu o que ocorreu depois de seu julgamento. — Não é fácil estar ciente de tantas noticias quando trabalha de dia em uma mina. Dorian soltou uma risada e negou com a cabeça. — Ninguém sabe se Celaena Sardothien é uma garota jovem. Todos pensam que é mais velha. — O que? – Voltou a perguntar, horrorizada. – Como é possível? Deveria estar orgulhosa de ter engenhado a todos e não envergonhada... — Manteve sua identidade em segredo por tanto tempo que esteve em ativa. Depois do julgamento, meu pai pensou que seria mais... Sensato não informar a Erilea de quem era na realidade. E quer que continue sendo assim. O que nossos adversários se soubessem que uma garota estava a nossa mercê? — Do modo que estou me matando de trabalhar nesse buraco por um nome e um título que nem sequer me pertence? E quem as pessoas pensam que é a Assassina de Adarlan? — Não sei e nem me importo muito. Só o que sei é que um dia foi a melhor, e que as pessoas abaixavam a voz para falar seu nome. – Calou-se olhando firmemente para ela. – Se estiver disposta a lutar por mim, a ser minha campeã durante os meses que durará a competição, farei que meu pai te liberte dentro de cinco anos. Enquanto o príncipe tentava esconder, Celaena percebeu que ele estava tenso. Queria que aceitasse. Necessitava desesperadamente que aceitasse quanto estava desesperado a ponto de negociar. Os olhos de Celaena brilharam. Dark Knight www.facebook.com/Darkknightradu


Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight — Como assim ―fui a melhor‖? — Ficou um ano em Endovier. Talvez perdeu as suas habilidades. — Minhas habilidades não mudaram, obrigado. – Celaena contestou, e começando as unhas quebradas. Lutou contra as sujeiras que se acumulavam. Quando havia lavado as mãos pela ultima vez? — Isso será mostrado. — Disse Dorian. —Conhecerá todos os detalhes sobre o torneio quando chegarmos a Rifthold. — Deixando de lado que irei divertir muitos nobres em apostas, a competição me parece desnecessária. Por que não me contrata logo? — Eu já lhe disse que tem que se mostrar digna do titulo. Celaena levou a mão ao quadril e o tintilar das correntes ecoou pela sala. — Bom, que a Assassina de Adarlan é mais do que eficiente. — Sim. — Chaol contestou com um lampejo em seus olhos cor de bronze. — Isso é uma prova que é uma criminosa e que não deveríamos confiar um assunto privado do rei. — Juro solenemente... — Duvido muito que o rei confie à palavra na Assassina de Adarlan. — Claro, mas não entendo por que tenho que submeter-me ao entretenimento e a competição. É normal estar um pouco fora de forma, mas... Que se pode esperar de uma pessoa que leva tanto tempo nesse lugar entre picos e rochedos? Olhou para Chaol com rancor. Dorian franziu a sobrancelha. — Então aceita a oferta? — É claro que irei aceitar. — Ela respondeu. As algemas se esfregando na pele do pulso arrancavam lagrimas. — Serei sua campeã sem dúvida, mas se me liberta dentro de três anos em vez de cinco. — Quatro. — Está bem. –Celaena disse. —Trato feito. Talvez esteja mudando uma forma de escravidão por outra, mas não sou nenhuma tola. Iria recuperar a liberdade. Liberdade. Começou a sentir o ar fresco do mundo exterior, a brisa que sobrava das montanhas empurravam-na. Viveria no campo, longe de Rifthold, a capital que um dia foi seu reino.

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Sarah J. – Throne of glass– Dark Knight — Esperamos que tenha razão. — Dorian respondeu. —E esperamos que esteja a altura da sua reputação. Tenho a intenção de ganhar e não estou ansioso que não me ridicularize. — E se perder? O brilho desapareceu dos olhos do príncipe quando comentou: — Voltará aqui para cumprir o resto de sua pena. As harmoniosas visões se esvaziaram e transformaram— se em baforadas de pó, como se houvesse fechado um livro com um golpe. — Antes de me atirar em uma janela qualquer. Em um ano esse lugar me destruiu. Imaginei o que aconteceria com seu regresso. No segundo ano estarei morta. — Levou a cabeça para trás. — Sua oferta me parece justa. — Creio que é justo. — Dorian disse, e fez um gesto com a mão para Chaol. — Leve-a para seus aposentos para que tenha um banho. – Acrescentou, e logo ficou olhando fixamente. — Partiremos de Rifthold pela manhã. Não me decepcione, Sardothien. Naturalmente tudo aquilo era tão estranho. Não lhe custaria nada tentar, se esconder e depois matar os competidores. Não sorriu, pois sabia que ao fazer estaria dando um passo a uma esperança que levava muito tempo para conseguir. Ainda, tinha chances de chegar ao príncipe e dançarem. Tentou pensar em alguma peça musica uma melodia musical, mas só conseguiu lembrar um verso dos mais tristes que os escravos de Eyllwe cantavam enquanto trabalhavam profundo e lentamente como o mel que cai de um jarro: ‖E voltem por fim para casa...‖. Apenas se deu conta que o capitão Westfall a guiava pelo exterior de seu quarto, nem que dava um passo atrás do outro. Claro que iria, de Rifthold a qualquer parte, cruzaria inclusive as portas de Wyrd e enfrentaria o mesmo inferno se isso ajudasse a conseguir sua liberdade. ―Após tudo, alguns te chamam de Assassina de Adarlan‖.

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