Fisioterapia Pélvica no prolapso de orgãos pélvicos

Fisioterapia Pélvica

no prolapso de órgãos pélvicos Karina Yamawaki Especialização de Fisioterapia em Saúde Pélvica - HCFMUSP

Índice Pelve ......................................................................................... 3 Assoalho Pélvico....................................................................... 4 Órgãos Femininos .................................................................... 5 Prolapso de orgãos pélvicos .................................................... 6 Fatores de risco ........................................................................ 8 Sintomas .................................................................................. 8 Classificação ............................................................................. 9 Tratamentos ........................................................................... 10 Fisioterapia ............................................................................ 11 TMAP ...................................................................................... 12 Conclusão............................................................................... 14 Referências ............................................................................. 15

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Pelve Para começar, vamos conhecer algumas estruturas importantes do nosso corpo.

São elas a pelve óssea, o assoalho pélvico e os órgãos pélvicos femininos internos.

A pelve óssea é uma estrutura em formato de funil com a parte maior no topo e a estreita abaixo. É formada pelos ossos ìlio, ísquio, púbis, sacro e cóccix.

Tem função de proteção dos órgãos que ali se localizam, além de promover a sustentação do tronco e a transferência de peso para os membros inferiores.

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Assoalho Pélvico A pelve é fechada parcialmente na sua parte inferior por meio de fáscias, ligamentos e uma série de músculos que, juntos, formam o assoalho pélvico.

O assoalho pélvico fornece suporte estrutural, para manter os órgãos na posição correta dentro da pelve e suporte funcional, para manter a sustentação desses órgãos durante atividades que envolvam movimento.

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Musculatura do assoalho pélvico

Órgãos Femininos Os órgãos localizados no interior da pelve feminina são: útero, bexiga, intestino e vagina.

Um desequilíbrio nos suportes estrutural ou funcional desses órgãos podem levar a diversas condições, dentre elas o tema desse e-book, os prolapsos de órgãos pélvicos (POP).

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Prolapso de orgãos pélvicos O POP é definido como a descida de uma ou mais paredes da vagina. Se divide em prolapso de parede anterior da vagina, prolapso de parede posterior da vagina e prolapso do ápice da vagina.

Exemplo de prolapso de parede anterior.

Engloba bexiga e/ou uretra.

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Exemplo de prolapso do ápice da vagina.

Engloba útero ou cúpula vaginal em mulheres histerectomizadas.

Exemplo de prolapso de parede posterior.

Engloba reto e/ou intestino.

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Sintomas O POP pode fazer você sentir pressão na área pélvica (como se tivesse uma bola dentro da vagina), uma protuberância na vagina e está ligado a problemas como não conseguir controlar o xixi e/ou o cocô, ter dificuldades para ir ao banheiro (demora para o xixi sair, jato fraco da urina), sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e/ou intestino (sentir que não saiu todo o xixi ou cocô após ir ao banheiro) e ter dificuldades sexuais (dor e desconforto).

Fatores de risco Envelhecimento Menopausa

Gravidez Parto

Cirurgias pélvicas anteriores/histerectomia

Atividades de impacto elevado

Obesidade

Predisposição genética

Tosse Crônica 8

Constipação

Doenças crônicas com aumento da pressão abdominal

Classificação O POP pode ser classificado em graus de acordo com a sua gravidade e seu posicionamento em relação ao hímem, sendo:

Grau 0 - Sem prolapso.

Grau 1 - Prolapso localizado a 1cm acima do nível do hímem.

Grau 2 - Prolapso localizado entre 1cm acima do hímem e 1cm abaixo do hímem.

Grau 3 - Prolapso localizado 1cm além do plano do hímem mas sem saída completa do canal vaginal.

Grau 4 - Prolapso completamente para fora do canal vaginal.

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Tratamentos

A abordagem do POP pode ser feita através de:

- Tratamento cirúrgico para a correção dos prolapsos.

- Tratamento conservador, que engloba o uso de Pessários (que são dispositivos de borracha ou silicone inseridos na vagina para promover suporte estrutural aos órgãos pélvicos) e a Fisioterapia.

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Exemplos de pessários

Fisioterapia Existem especialistas dentro da fisioterapia que são responsáveis pelo tratamento dos distúrbios pélvicos, são eles os fisioterapeutas pélvicos.

A fisioterapia pélvica é importante no tratamento do POP, pois, entre as intervenções disponíveis, atua em estruturas que trabalham em harmonia com o assoalho pélvico, como o diafragma e a musculatura abdominal.

Juntos, eles são elementos de extrema importância para manter a estabilidade do tronco, um alinhamento e postura adequados, gerando menos sobrecarga para os órgãos pélvicos.

Além disso, a fisioterapia pélvica ensina como coordenar, contrair e relaxar corretamente a musculatura do assoalho pélvico, melhorando assim a função muscular e o suporte desses órgãos.

Músculo transverso - musculatura profunda do abdômen

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TMAP Após a aprendizagem da ativação correta dessa musculatura o fisioterapeuta pélvico utiliza o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) para fortalecimento muscular ocasionando melhora do suporte dos órgãos.

O TMAP (que é a contração consciente do assoalho pélvico) no tratamento do POP, pode ser utilizado na forma de séries e repetições controladas estabelecidas pelo fisioterapeuta pélvico após avaliação.

Musculatura Contraída

Musculatura relaxada

Contração

Relaxamento

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Contração

Relaxamento

Contração

Relaxamento

Ou de forma a contrair e manter essa contração antes e durante situações de aumento de pressão abdominal no dia a dia (por exemplo: quando for pegar algo pesado).

Contração

Relaxamento

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Conclusão Caso tenha se identificado com os sintomas do POP ou se encaixe nos fatores de risco e queira prevenir o seu aparecimento, procure um fisioterapeuta pélvico especializado para avaliação e tratamento personalizado de acordo com suas necessidades individuais.

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Referências 1. Weintraub AY, Glinter H, Marcus-Braun N. Narrative review of the epidemiology, diagnosis and pathophysiology of pelvic organ prolapse. Int Braz J Urol. 2020 Jan-Feb;46(1):5–14.

2. Rocca Rossetti S. Functional anatomy of pelvic floor. Arch Ital Urol Androl. 2016 Mar 31;88(1):28–37.

3. Madhu C, Swift S, Moloney-Geany S, Drake MJ. How to use the Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q) system? Neurourol Urodyn. 2018 Aug;37(S6):S39–43.

4. Bø K, Anglès-Acedo S, Batra A, Brækken IH, Chan YL, Jorge CH, et al. International urogynecology consultation chapter 3 committee 2; conservative treatment of patient with pelvic organ prolapse: Pelvic floor muscle training. Int Urogynecol J. 2022 Aug 18;33(10):2633–67.

5. Wang T, Wen Z, Li M. The effect of pelvic floor muscle training for women with pelvic organ prolapse: a meta-analysis. Int Urogynecol J. 2022 Mar 21;33(7):1789–801.

6. Embaby HM, Ahmed MM, Mohamed GI, Koura MH, Salem HH, Elbanna M, et al. Impact of core stability exercises vs. interferential therapy on pelvic floor muscle strength in women with pelvic organ prolapse. Eur Rev Med Pharmacol Sci. 2023 Feb;27(4):1255–61.

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Matérial gráfico educativo produzido pela fisioterapeuta e aluna Karina Yamawaki, em associação com a divisão de fisioterapia do instituto central - HCFMUSP.

Escrito por Karina Yamawaki Orientado por Dra. Clarice Tanaka Co-orientado por Isabela Mendes Design gráfico Danilo Izac