Formação Semana Santa

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Miss達o Semana Santa


Semana Santa Hist贸ria e Espiritualidade


A Semana Santa agasalha o ponto central do ano litúrgico, que é a celebração do mistério pascal: paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.


A partir da ressurreição de Jesus, os cristãos celebravam semanalmente a Páscoa pela Eucaristia dominical.


Em seguida, passaram a celebrar a Páscoa também uma vez por ano, enfatizando a vigília pascal.


Conforme o testemunho de Tertuliano (séc. II) para a áfrica e de Hipólito (séc. III) para Roma, depois das leituras celebrava-se também o batismo, e a vigília terminava quase de manhã com a eucaristia.


Ao longo do século IV, os criatãos foram sentindo necessidade de desdobrar a celebração da vigília pascal, a fim de se deterem mais demoradamente sobre cada um dos momentos derradeiros da vida terrena de Jesus.


Introduziram, pois, o tríduo pascal, que tem como primeiro dia a sextafeira santa, precedida na véspera pela celebração da última ceia, o sábado santo e o domingo da ressurreição.


Em Jerusalém, os cristãos empenhavam-se por imitar os últimos passos da vida de Jesus, desde sua entrada em Jerusalém até sua ressurreição.


Para isso celebravam nos mesmos locais e procuravam manter os mesmos horĂĄrios dos acontecimentos. Da igreja-mĂŁe de JerusalĂŠm, esse costume foi se expandindo e a entrada solene de Jesus foi incorporada como abertura da Semana Santa.


Esse esquema, aplicado à Semana Santa nos primeiros séculos do cristianismo, basicamente foi mantido e chegou ao terceiro milênio.


Quanto à profundidade do mistério que viveremos na Semana Santa, o Beato João Paulo II nos diz: “O mistério pascal, que encontra na Semana Santa a sua mais alta e comovida celebração, não é simplesmente um momento do ano litúrgico; é a fonte de todas as outras celebrações do próprio ano litúrgico, porque todas se referem ao mistério da nossa redenção, isto é, o mistério pascal”.


Semana Santa Celebrações com o Povo


DOMINGO DE RAMOS - A celebração desse dia lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, aonde vai para completar sua missão, que culminará com a morte na cruz. Os evangelhos relatam que muitas pessoas homenagearam a Jesus, estendendo mantos pelo chão e aclamando-o com ramos de árvores. Por isso hoje os fiéis carregam ramos, recordando o acontecimento. Imitando o gesto do povo em Jerusalém, querem exprimir que Jesus é o único mestre e Senhor.


DOMINGO DE RAMOS – Consta de duas partes:

1ª Comemoração da entrada de Jesus em Jerusalém com bênção dos ramos e procissão. 2ª Celebração da Eucaristia, com a narração da Paixão.


2ª a 4ª FEIRAS – Nestes dias, a Liturgia apresenta textos bíblicos que enfocam a missão redentora de Cristo. Portanto,não há nenhuma celebração litúrgica especial, mas nas comunidades paroquiais, é costume realizarem procissões, viassacras, celebrações penitenciais e outras, procurando realçar o sentido da Semana.


Tríduo Pascal O ponto alto da Semana Santa é o Tríduo Pascal (ou Tríduo Sacro) que se inicia com a missa vespertina da Quinta-feira Santa e se conclui com a Vigília Pascal, no Sábado Santo. Os três dias formam uma só celebração, que resume todo o mistério pascal. Por isso, nas celebrações da quinta-feira à noite e da sexta-feira não se dá a bênção final; ela só será dada, solenemente, no final da Vigília Pascal.


QUINTA-FEIRA SANTA - Neste dia celebra-se a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. A Eucaristia é o sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, que se oferece como alimento espiritual. De manhã só há uma celebração, a Missa do Crisma que, em algumas dioceses, é realizada na noite de quarta-feira, permitindo que mais pessoas possam participar.


Na quinta-feira à noite acontece a celebração solene da Missa, em que se recorda a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. Nessa missa realiza-se a cerimônia do lava-pés, em que o celebrante recorda o gesto de Cristo que lavou os pés dos seus apóstolos. Esse gesto procura transmitir a mensagem de que o cristão deve ser humilde e servidor.


Nessa celebração também se recorda o mandamento novo que Jesus deixou: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei.” Comungar o corpo e sangue de Cristo na Eucaristia implica a vivência do amor fraterno e do serviço. Essa é a lição da celebração.


QUINTA-FEIRA SANTA– Consta de quatro momentos fundamentais: 1ª Liturgia da Palavra; 2ª Lava-pés; 3ª Liturgia Eucarística; 4ª Transladação do Santíssimo Sacramento.


SEXTA-FEIRA SANTA – Segundo tradição muito antiga, a Igreja não celebra a Eucaristia, mas põe em destaque a proclamação da palavra. A Igreja contempla o mistério do grande amor de Deus pelos homens. Ela se recolhe no silêncio, na oração e na escuta da palavra divina, procurando entender o significado profundo da morte do Senhor. Neste dia não há missa. À tarde acontece a Celebração da Paixão e Morte de Jesus, com a proclamação da Palavra, a oração universal, a adoração da cruz e a distribuição da Sagrada Comunhão.


Na primeira parte, são proclamados um texto do profeta Isaías sobre o Servo Sofredor, figura de Cristo, outro da Carta aos Hebreus que ressalta a fidelidade de Jesus ao projeto do Pai e o relato da paixão e morte de Cristo do evangelista João. São três textos muito ricos e que se completam, ressaltando a missão salvadora de Jesus Cristo.


O segundo momento é a Oração Universal, compreendendo diversas preces pela Igreja e pela humanidade. Aos pés do Redentor imolado, a Igreja faz as suas súplicas confiante. Depois segue-se o momento solene e profundo da apresentação da Cruz, convidando todos a adorarem o Salvador nela pregado: “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. – Vinde adoremos”. E o quarto momento é a comunhão. Todos revivem a morte do Senhor e querem receber seu corpo e sangue; é a proclamação da fé no Cristo que morreu, mas ressuscitou.


Nesse dia a Igreja pede o sacrifício do jejum e da abstinência de carne, como ato de homenagem e gratidão a Cristo, para ajudarnos a viver mais intensamente esse mistério, e como gesto de solidariedade com tantos irmãos que não têm o necessário para viver.

Mas a Semana Santa não se encerra com a sexta-feira, mas no dia seguinte quando se celebra a vitória de Jesus. Só há sentido em celebrar a cruz quando se vive a certeza da ressurreição.


SÁBADO SANTO - é dia de “luto”, de silêncio e de oração. A Igreja permanece junto ao sepulcro, meditando no mistério da morte do Senhor e na expectativa de sua ressurreição. Durante o dia não há missa, batizado, casamento, nenhuma celebração. À noite, a Igreja celebra a solene Vigília Pascal, a “mãe de todas as vigílias”, revivendo a ressurreição de Cristo, sua vitória sobre o pecado e a morte.


VIGÍLIA PASCAL - "Segundo uma antiquíssima tradição, esta é a noite de vigília em honra do Senhor (Ex 12, 42). Os fiéis, tal como recomenda o evangelho (Lc 12, 35-36), devem assemelhar-se aos criados, que com as lâmpadas acesas nas mãos, esperam o retorno do seu senhor, para que quando este chegue os encontre velando e os convide a sentar à sua mesa" (Missal Romano, p. 275).


Esta Noite Pascal tem, como toda celebração litúrgica duas partes centrais: - A Palavra: Nesta celebração as leituras são mais numerosas (nove, ao invés das duas ou três habituais).

- O Sacramento: Esta noite, depois do caminho quaresmal e do catecumenato, celebra-se, antes da Eucaristia, os sacramentos da iniciação cristã.


Aspectos simbólicos e celebrativos: 1. A Fogueira; 2. Luz e trevas; 3. Círio Pascal; 4. Canto de Proclamação da Páscoa; 5. Glória; 6. Evangelho; 7. Renovação das promessas do Batismo; 8. Apresentação das oferendas; 9. Oração dos fiéis; 10. Santo; 11. Bênção solene; 12. Final.


A Páscoa do Senhor, nossa Páscoa Todos estes elementos especiais da Vigilia querem ressaltar o conteúdo fundamental da Noite: a Páscoa do Senhor, a sua passagem da Morte à Vida


A Eucaristia A celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascal. É a Eucaristia central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do seu Corpo e do seu sangue, como memorial da sua Páscoa. É o ponto mais importante da celebração.


Semana Santa Perfil do Missionรกrio


Missão da Semana Santa quer oportunizar ao jovem a experiência de Deus em meio ao povo. Ela possibilita ao jovem uma prática do anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo a partir da experiência de comunidade. O jovem descobre que sua presença é dom de Deus para as comunidades e para a Igreja.


Assim o jovem constrói espaços para o dinamismo juvenil como sinal de esperança e da novidade sempre viva de Deus no período mais forte para fé cristã, a Semana Santa.


Portanto, o jovem que se dispor a fazer tal experiência deve: 1. Estar aberto a viver a realidade do povo simples; 2. Fazer a experiência de líder religioso na consciência que o serviço é um traço fundamental do cristão; 3. Vivenciar a Espiritualidade da Semana Santa; 4.


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