Chegamos a 10ª edição da RDS negócios, e destacamos nela algo que acompanha nossa trajetória há 19 anos: inovação. Dedicamos a você uma nova revista, moderna, que aborda temas transformadores.
Este ano tem sido para nós um período de grandes projetos, ações e resultados positivos. Participamos da XIV Feira da Indústria do Pará (Fipa), levando conhecimento e soluções às entidades parceiras. Durante a feira, lançamos o Supply Tank, um novo modelo de rodada de negócios que oferece aos fornecedores locais mais possibilidades de mercado. Destacamos também um tema em evidência no mundo corporativo, as políticas de integridade e o programa Compliance que definem estratégias com o objetivo de promover uma gestão transparente. Apresentamos nessa edição os resultados obtidos durante o primeiro semestre, no qual registramos um aumento das demandas por fornecedores pelas grandes indústrias locais. Além disso, evidenciamos o desempenho dos fornecedores paraenses através do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores, realizado em parceria com as mantenedoras Imerys e Norsk Hydro. A RDS Negócios entrevistou o diretor presidente da Norte Energia, Paulo Roberto Ribeiro, que destacou os dois novos convênios assinados com a REDES que serão desenvolvidos aqui no Pará, e devem beneficiar a região do Xingu. Outro destaque é a renovação de 100% de nossos convênios, e a adesão de mais uma parceira para o rol de mantenedoras da REDES. Isso demonstra a confiança no trabalho desenvolvido pela iniciativa. Acreditamos que as renovações dessas parcerias fortalecem ainda mais nossas relações. E mais uma vez, realizamos o Prêmio REDES de Desenvolvimento, no qual reconhecemos os grandes projetos industriais que mais investiram em nosso Estado. Celebramos os números alcançados em compras locais e o desempenho de nossos parceiros. Convidamos você, leitor, a conferir todos os detalhes dessa edição. Desejamos que tenha uma ótima leitura, e não deixe de nos acompanhar em nossas REDES socias e pelo site: www.redesfiepa.org.br.
EDITORIAL OUT 19 | redefiepa.org.br 3
EXPEDIENTE
Coordenação Júnior Lopes
Reportagem
Elisa Vaz Lívia Brito
Imagens e fotos Banco de Imagens REDES/FIEPA e empresas
Produção de Pautas
Elisa Vaz Júnior Lopes e Lívia Brito
Executivo de Gestão Marcel Souza Marketing e Comercial Júnior Lopes Editor-Chefe Evandro Flexa Júnior
Diagramação e Projeto gráfico Daniela Botelho Levant Multimídia
*Profissionais e fornecedores paraenses
A REDES/FIEPA é uma iniciativa mantida pelas empresas
A iniciativa também conta com apoio das empresas
E das cooperadas
redefiepa.org.br | OUT 19 4
SUMÁRIO OUT 19 | redefiepa.org.br 5 06 14 18 12 20 26 34 Entrevista – Novas ações de socioeconomia para a região do Xingu, com o presidente da Norte Energia Paulo Roberto Ribeiro Pinto Inovação – Eventos de negócios são grandes oportunidades de aproximação com grandes compradores industriais do Estado Diagnóstico – Resultados do primeiro semestre de 2019 Capa – Mantenedoras são reconhecidas no VII Prêmio REDES de Desenvolvimento Desenvolvimento –Grandes indústrias investem na capacitação de fornecedores Empreendedorismo –Nos braços da inovação Novidade – Mantenedoras renovam a confiança na REDES 30 Sustentabilidade –Eventos destacam a exigência de se implementar políticas de integridade e Compliance
EMPRESA INVESTE EM SUSTENTABILIDADE
Responsável pela maior usina hidrelétrica totalmente brasileira, a Norte Energia preza pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia
Com a missão de gerar energia e desenvolvimento sustentável para o crescimento do Brasil, a Norte Energia, empreendedora da Usina Hidrelétrica Belo Monte, desenvolve uma série de atuações no Estado do Pará. Os investimentos na área socioambiental no entorno da região já somam R$ 6,3 bilhões em mais de cinco mil ações executadas nos municípios vizinhos. Isso inclui 78 obras de educação, como a construção, reforma e ampliação de unidades educacionais, e criação de 31 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de três novos hospitais para ampliar o atendimento à população do entorno da Usina. O projeto se tornou a maior usina hidrelétrica totalmente brasileira instalada no país, após a inauguração da 14ª unidade geradora, e representa muito para o setor local.
A Norte Energia também tem parceria com a REDES, iniciativa da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA) por meio dos convênios de pescado e de saneamento básico, fortalecendo a cadeia produtiva regional, realizando compras diretas de fornecedores paraenses. No projeto de desenvolvimento e fortalecimento da cadeia do pescado, aplicado nos municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio,
Uruará e Vitória do Xingu, a ideia é mapear as oportunidades de negócios e suas especificidades em relação ao setor de pesca, seja para consumo e ornamental, além de aumentar o nível de conhecimento estratégico e técnico sobre o pescado e criar ferramentas para unir o setor com a participação de todos.
Já no que diz respeito ao saneamento, nos municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Anapu, o programa objetiva capacitar os agentes públicos, com foco na adequada prestação dos serviços públicos, esgotamento sanitário e o de coleta e tratamento de resíduos sólidos. O objetivo final é de apoiar na estruturação da gestão dos serviços e sua operação de maneira a garantir o atendimento às normas técnicas do setor quanto às questões ambientais, de segurança, de saneamento e de sustentabilidade econômica, garantindo a eficácia e a estabilidade na prestação dos serviços.
As duas instituições têm construído uma agenda consistente por meio das parcerias, que também ocorreram no entorno da hidrelétrica. Toda a agenda é voltada para o incremento socioeconômico de atividades produtivas, como a pesca, e tem grande importância para o legado que Belo Monte pretende estruturar na região onde está instalada.
redefiepa.org.br | OUT 19 6
ENTREVISTA
ENTREVISTA
1. Em meio a tantas ações desenvolvidas pela Norte Energia, qual a importância da atuação da empresa no Estado?
A atuação da Norte Energia no município de Altamira e as demais cidades do sudoeste do Pará que ficam no entorno do empreendimento tem sido pautada pela transparência e respeito às pessoas, ao meio ambiente e à região onde estamos instalados. Por meio das ações desenvolvidas ao longo da implantação da usina hidrelétrica, contribuímos com importantes áreas na localidade, como saúde, educação, infraestrutura e saneamento. Todas essas ações estão consubstanciadas no Projeto Básico Ambiental (PBA) do empreendimento, composto por 117 programas e projetos voltados ao desenvolvimento e à qualidade de vida nas comunidades da região, assim como à conservação do meio ambiente e à ampliação do conhecimento científico sobre a Amazônia.
2. O que representa para o Brasil e para o Estado ter uma usina hidrelétrica totalmente nacional instalada no país? Quais são as perspectivas daqui para frente?
Na Casa de Força Principal, já estão em operação comercial 16 Unidades Geradoras, cada uma com capacidade de 611,1 megawatts (MW) cada. Para se ter uma ideia das dimensões do projeto, apenas uma turbina destas equivale à capacidade instalada da usina nuclear de Angra. Ao todo, já são 10.010,86 MW disponibilizados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) – o que faz de Belo Monte a maior hidrelétrica 100% brasileira. Quando totalmente concluída, a Usina terá capacidade instalada de 11.233,1 MW. A contribuição positiva da energia gerada por Belo Monte para o Brasil é incontestável. No chamado “período úmido” (inverno amazônico), representado por cinco ciclos de faturamento consecutivos (dezembro de um ano a abril do ano seguinte), Belo Monte já pôde mostrar seu potencial. Gerou mais de 19 mil MWh e contribuiu com a manutenção do nível de reservatórios da região Nordeste, algo que não se via desde 2012, e com o abastecimento do Sudeste, onde se concentram importantes setores produtivos do país.
Acreditamos no fortalecimento da indústria estadual e, como empresa responsável pela maior hidrelétrica totalmente brasileira, é nosso propósito estar sempre engajados com as iniciativas organizadas do setor em prol do desenvolvimento sustentável do Estado do Pará, com especial atenção, em nosso caso, para as comunidades do entorno de Belo Monte.
OUT 19 | redefiepa.org.br 7
Paulo Roberto Ribeiro Pinto, presidente da Norte Energia
Souza
Acervo Norte Energia/Jaime
3. Como se dá a parceria da Norte Energia com a REDES?
Grandes projetos se fazem com grandes parcerias, e a Norte Energia já é parceira da REDES desde 2012, com várias ações de sucesso implementadas na região da hidrelétrica. Podemos citar, entre os principais, a Expoxingu – Feira de Oportunidades e o Galpão de Oportunidades, que beneficiaram milhares de pessoas de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu com cursos de capacitação e encontros sobre empreendedorismo local. Desenvolvido pela Norte Energia, no âmbito do Plano de Articulação Institucional do Projeto Básico Ambiental da UHE Belo Monte, em parceria com a REDES, o Galpão de Oportunidades identificou mil empreendedores locais com potencial de desenvolvimento. Destes, 636 inscreveram-se nos cursos de atualização e capacitação envolvendo 2.046 profissionais e mais a execução de oito rodadas de negócio entre empreendedores dos municípios da área de influência direta da usina. Importante destacar que o Galpão de Oportunidades também passou por áreas rurais do médio Xingu, alcançando um total de 280 pessoas, incluindo pequenos empreendedores de 10 comunidades, moradores da região da Volta Grande do Xingu, que participaram de cursos, capacitação e atualização. Para além das ações direcionadas à população local, a Norte Energia tem atuado de forma significativa no fortalecimento da cadeia produtiva regional, realizando compras diretas de fornecedores paraenses. Um exemplo disto é que, desde 2013, a companhia é reconhecida pelo Prêmio REDES de Desenvolvimento como uma das empresas que mais compram no Pará, o que reforça o compromisso da empresa de contribuir com o desenvolvimento do Estado.
redefiepa.org.br | OUT 19 8 ENTREVISTA
projetos se fazem com grandes parcerias,
a Norte Energia já é parceira da REDES desde 2012, com várias ações de sucesso implementadas na região da hidrelétrica. OUT 19 | redefiepa.org.br 9
Grandes
e
Usina Hidrelétrica Belo Monte
Acervo Norte Energia
*Participação em relação ao Brasil.
MANTENEDORAS RENOVAM A CONFIANÇA NA REDES
A REDES, do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), ao longo de seus 19 anos de atuação, vem realizando avanços no que diz respeito ao desenvolvimento industrial no Pará ao incorporar ações estratégicas para o desenvolvimento econômico, através da inovação, da socioeconomia, da sustentabilidade e da economia colaborativa, disseminando negócios de impacto positivo em território paraense.
Ao surgir, incorporou em sua rede de parceiras, as grandes indústrias instaladas ou em processo de implantação no Pará. Ao se tornarem mantenedoras, essas empresas não só sinalizam a confiança no movimento local, mas passam a investir ainda mais no desenvolvimento dos fornecedores locais, que alcança retrospectos positivos nos negócios industriais.
Somente no ano passado, a REDES registrou investimentos de R$ 10,6 bilhões em aquisições de produtos e serviços. O acumulado de compras realizadas pelas grandes indústrias mantenedoras já chega a R$ 121,3 bilhões, de 2000 até este ano.
Atualmente, a REDES possui em seu rol de mantenedoras 13 grandes projetos industriais: Alcoa, Alubar, Celpa, Dow, Heineken, Hydro, Imerys, Mercúrio, Mineração do Norte, Norte Energia, Sinobras, Biopalma e Vale. Este ano, mais uma vez, elas renovaram a parceria com a iniciativa. Além disso, algumas delas fecharam novos convênios para o desenvolvimento socioeconômico no estado. “A renovação dessas parcerias só mostra a confiança que essas empresas têm em nosso trabalho, além de indicar que vale a pena investir no empreendedorismo do Estado”, afirmou o presidente da FIEPA, José Conrado Santos.
Ao renovarem a parceria, essas empresas reafirmam a sua presença em território paraense. Além de investirem no estado com projetos junto às comunidades, as 12 mantenedoras contribuem com soluções para o desenvolvimento de fornecedores.
A Alubar, parceira da REDES há oito anos, é a maior fabricante de cabos elétricos de alumínio da América Latina. Inicialmente, a Alubar abraçou o projeto REDES como apoiadora e, nos últimos dois anos, passou a integrar o rol de mantenedoras da iniciativa. “Ter a REDES conosco contribui muito para que possamos ter maior competitividade ao fomentar o desenvolvimento da região através do crescimento das empresas locais”, afirma o diretor executivo da Alubar, Maurício Gouvea.
Desde 2016 a empresa contribui ativamente ao solicitar fornecedores paraenses, estreitando ainda mais as relações com esses empreendedores locais. Segundo a mantenedora, a maior parte dos investimentos da empresa é em compras e serviços locais. “A parceria com a REDES fomenta uma proximidade com os fornecedores que é uma forma de gerar mais conhecimento das nossas necessidades e contribuir para que as empresas locais se adequem às melhores práticas”, comenta Gouvea.
A Alubar, participando como signatária do Pacto Global da ONU acredita que a parceria contribui para o fortalecimento da região, e que a ação é “uma atitude que está alinhada ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 17, sobre revitalização da parceria global para o desenvolvimento sustentável”, afirma Gouvea.
NOVIDADES redefiepa.org.br | OUT 19 12
Empresas reafirmam o compromisso com o Estado com a renovação da parceria
A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, é mantenedora REDES desde a criação do projeto. “Essa parceria tem sido exitosa, o que se reflete na ampliação do mercado, na evolução dos fornecedores locais, no volume de compras locais realizados e no relacionamento cada vez mais próximo entre as compradoras e os empreendedores, que acreditam, assim como nós, no Pará”, comenta o gerente de Suprimentos da Vale no Pará, Igor Póvoa.
A empresa considera a parceria com a REDES importante para o desenvolvimento do estado. Segundo o gerente, “esse convênio representa uma forte contribuição ao crescimento sustentável do Pará, uma vez que impulsiona e fortalece os negócios locais para uma perenidade no mercado, aliado ao desenvolvimento social, a geração de renda e empregos na região”.
A multinacional acredita no crescimento sustentável, e paralelo a isso, no fortalecimento de suas operações. Colaborar pela prosperidade do Estado, faz parte do compromisso da empresa. Pelo menos 50% de suas aquisições são realizadas de fornecedores locais ou com filiais instaladas no estado. Isso representa um valor de R$ 4,3 bilhões injetados na economia paraense. “Renovar essa parceria é de grande importância para a continuidade da contribuição para o desenvolvimento sustentável de nossa região”, destaca Póvoa.
No Brasil desde 1965, a Alcoa é outra grande parceira da REDES. A empresa atua em toda a cadeia produtiva do alumínio e, desde 2005, aderiu à iniciativa da FIEPA, ao mesmo tempo em que dava início à construção da planta no município de Juruti, na região do Baixo Amazonas. Desde então, a companhia considera que a parceria tem sido transparente e traz aprendizado.
A empresa acredita que, ao renovar mais uma vez o convênio, contribui para a continuidade de projetos que trazem benefícios à região. Para Naum Pinheiro, gerente de Compras da Alcoa Juruti, isso “possibilita, além da consolidação destes resultados, o planejamento de médio e longo prazos, o que garante conformidade e consistência”, acrescenta.
Entre os propósitos da companhia ao investir no Estado, estão o foco em sustentabilidade e contribuição com o desenvolvimento dos fornecedores locais. “A alavancagem de novas parcerias possibilita o aumento de competitividade das empresas fornecedoras e seu consequente desenvolvimento. Neste ciclo, as comunidades rurais e urbanas são também positivamente influenciadas e passam a contribuir com o valioso recurso humano que têm potencial de ofertar”, destaca Naum Pinheiro.
Essas e outras empresas, ao firmarem parceria com a REDES, não só colaboram com o fomento local, mas potencializam e elevam o que de melhor o Estado possui.
BIOPALMA É A NOVA MANTENEDORA DA REDES
A confiança no trabalho desenvolvido pela REDES refletiu também na adesão de novas parceiras como a que foi fechada com a empresa Biopalma, que agora passa a integrar o seleto grupo das indústrias mantenedoras da iniciativa da FIEPA. A empresa celebrou a parceria ao assinar o convênio durante a VII edição do Prêmio REDES de Desenvolvimento.
“A adesão da Biopalma representa uma nova relação que dará continuidade àquilo que já temos conquistado ao longo dos anos, como o fortalecimento da economia paraense, através da parceria com a REDES, com as indústrias locais e com os fornecedores paraenses”, acredita o presidente do Sistema FIEPA, José Conrado Santos.
O superintendente de materiais e serviços da Biopalma, Fabio Vanni Cesar, conta que a parceria com a REDES é nova, e que o trabalho que a iniciativa vem realizando ao longo de seus 19 anos, com ações que buscam o desenvolvimento de fornecedores locais, fez com que a Biopalma se juntasse a este grupo de indústrias que fomentam a economia estado. “Juntos com a REDES e os outros parceiros podemos desenvolver soluções locais para suprir nossas necessidades ajudando assim o desenvolvimento econômico e principalmente social das regiões onde atuamos”, espera Vanni Cesar.
SET 19 | redefiepa.org.br 13
Fabio Vanni Cesar na assinatura do convênio com a Biopalma
EVENTOS DE NEGÓCIOS SÃO OPORTUNIDADES DE APROXIMAÇÃO COM GRANDES COMPRADORES INDUSTRIAIS DO ESTADO
Supply Tank aproxima fornecedores de compradores globais parceiros da REDES
Inovar é a palavra-chave da REDES, entidade ligada à Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), que contribui com o mercado paraense há cerca de duas décadas, auxiliando e orientando empresários e fornecedores sobre as melhores soluções e possibilidades de negócios no setor.
Em um novo modelo do que já foi a chamada rodada de negócios, o “Supply Tank - Negociando com a Indústria” foi apresentado em um diferenciado durante a XIV Feira da Indústria do Pará (Fipa), realizada em maio, na capital paraense. No total, 28 empresas - entre elas os negócios que mais se destacaram e apoiadores e parceiros de segmentos estratégicos - apresentaram propostas para oito indústrias locais, no formato de pitches,
de até quatro minutos cada. O objetivo das apresentações era criar oportunidades de negócios entre os participantes, que tinham um momento de destaque para falar sobre seu empreendimento e vender seu produto aos espectadores.
Conforme explicou a coordenadora de projetos e pesquisas da REDES, Rafaela Leoncy, o maior objetivo dos eventos da organização é a geração de negócios. “Para multiplicar as oportunidades, levando em consideração que não só as indústrias, mas também os fornecedores, são clientes em prospecção, montamos esse novo modelo para criar maior diálogo entre os participantes, aumentando consideravelmente a quantidade de empresas paraenses a apresentar suas soluções”, explicou a especialista.
INOVAÇÃO redefiepa.org.br | OUT 19 14
Leoncy ainda destacou que, a partir do evento, foram recebidos mais de dez feedbacks positivos das empresas que participaram do momento, tanto de negócios entre fornecedores e indústrias como de fornecedores entre si. De acordo com o coordenador de projetos e conteúdo REDES, Júnior Lopes, todos os participantes ficaram satisfeitos com a dinamicidade. “Já fizemos conexões para futuras negociações com empreendimentos locais, além de entregarmos oportunidades virtuais de desenvolvimento de negócios”, comentou.
Ainda na avaliação de Leoncy, o grande destaque desse modelo é que todos os presentes acabam sendo possíveis clientes para a empresa que está se apresentando. “Isso não tínhamos no modelo tradicional da rodada de negócios. Agora conseguimos acompanhar e monitorar as conexões feitas entre nossas parceiras, sejam elas mantenedoras ou apoiadoras”, destacou.
Para a apoiadora da iniciativa da FIEPA, Nara D’Oliveira, diretora da empresa Gestor Consultoria, que participou do Supply Tank, a programação foi muito positiva porque reuniu compradores em um só lugar para que os fornecedores pudessem apresentar produtos, o que, segundo ela, não seria possível sem a REDES. “Gostei muito da ideia, da organização. Ficamos em um lugar de visibilidade. Isso é muito bom. Fiz uma apresentação, e não teria acesso a esse grupo todo reunido no mesmo lugar sem esse evento, e não alcançaria um comprador global também”, disse.
Para alcançar outras regiões do Estado, a REDES também realizou a programação do Supply Tank nos municípios de Santarém, no dia 25 de junho, e em Marabá, no dia 17 de setembro. Já em novembro, a programação será realizada nos municípios de Ananindeua e Parauapebas. Segundo Leoncy, o diferencial de levar a programação para fora da
capital se dá por conta da geração de oportunidades de negócios nessas regiões. “É um momento de apresentação das empresas localizadas nesses municípios e também dá a oportunidade às demais indústrias e profissionais de compras participarem do evento, dando maior audiência para quem está na exposição”, disse.
O ganho do novo formato, segundo a coordenadora, é oferecer a certeza de concretizar pelo menos uma parceria durante o evento, não apenas com a REDES, mas com outros fornecedores. “Os empresários paraenses sempre nos procuram para fechar negócios com algum
projeto industrial, mas esquecem que existem inúmeras possibilidades de negócios entre si. O Supply Tank abriu essa janela”, comemorou Leoncy.
Durante a primeira edição da programação, o maior diferencial do grupo foi a busca incessante por inovação, com a finalidade de apresentar os melhores resultados e soluções às entidades parceiras. Além disso, contribuir cada vez mais para a geração de negócios entre indústrias e fornecedoras, mas também, entre os próprios fornecedores participantes do Supply Tank. A REDES espera que a ação consiga atingir 2.000 chances de futuros negócios.
Supply Tank realizado em Marabá
Contribuindo para o Desenvolvimento do Pará.
Com mais de 20 anos de atuação, a Alubar vem crescendo de forma contínua, gerando emprego, transformando vidas e entregando produtos de qualidade.
Em 2018, a fábrica realizou obras de expansão que demandaram a importação de máquinas e parte dos insumos. Ainda assim, a Alubar realizou R$ 544 milhões em compras no estado – valor que representa mais da metade do total de compras da empresa no período.
A parceria com fornecedores locais é fundamental e com isso a Alubar afirma seu compromisso com o Estado.
Por isso, fomos mais uma vez reconhecidos pelo VII Prêmio REDES de Desenvolvimento. Na edicão deste ano, a empresa obteve o 3º lugar na categoria Percentum.
Alubar, a energia do Brasil até você.
VII Edição do Prêmio Redes de
Desenvolvimento
3o lugar - Bronze Categoria Percentum 2018
Barcarena - Pará - Brasil www.alubar.net.br
Anderson Botelho Analista de Suprimentos da Alubar.
Carlos Arthur Analista de Suprimentos da Alubar.
Comunicação Alubar
REDES COMEMORA RESULTADOS POSITIVOS EM 2019
Demandas por empresas locais cresceram 19%
A REDES tem alcançado resultados técnicos operacionais expressivos, em 2019. Segundo o balanço da iniciativa, a demanda por indicação de fornecedores foi de 200, ou seja, 19% a mais em relação ao mesmo período (janeiro/setembro) do ano de 2018. Ainda segundo o balanço, a qualidade ofertada pelos parceiros da indústria tem impactado positivamente na confiança dos que usufruem de seus serviços. Um fato que pode ser constatado através dos números significativos de indicação para atendimento das indústrias, que já chegou a 1007 de janeiro a setembro deste ano. Segundo o executivo de Gestão da REDES, Marcel Souza, este aumento representa o aumento da confiança das mantenedoras. Além disso, demonstra que as indústrias parceiras têm direcionado cada vez mais suas necessidades aos fornecedores locais, contribuindo assim para o crescimento econômico do Pará. Qualificar os fornecedores locais tem sido foco da REDES através do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), executado entre a iniciativa e suas mantenedoras. Houve um aumento do número de capacitações, totalizando 20 novas atividades, com a participação de 434 pessoas. Em parceria com a Hydro e
Imerys, 32 empresas foram beneficiadas com 140 horas de capacitação. Além disso, a iniciativa do Sistema FIEPA lançou o maior Workshop Online de Venda para a Indústria, que possibilita ao fornecedor desenvolver maiores habilidades para potencializar suas vendas. As ações desenvolvidas pela REDES ao longo dos anos foram reconhecidas pelas empresas ao renovarem a parceria. Com relação ao fechamento de convênios e acordos, a REDES conseguiu renovar 100% dos convênios previstos para o período. Com a Norte Energia, uma das mantenedoras da iniciativa, dois novos convênios para ações de socioeconomia na Região do Xingu foram fechados, por pelo menos dois anos. Além disso, sete novas empresas se tornaram apoiadoras do projeto. Além de participar ativamente da XIV Feira da Indústria, levando capacitação e geração de negócios, realizou cinco eventos do mesmo setor, criando entre eles um novo formato de eventos, o Supply Tank, realizado em Belém e em Santarém. O resultado positivo do trabalho também foi expressado através da interação nos canais comunicacionais da REDES, mostrando que 350 mil novas interações foram realizadas nesses meios.
DIAGNÓSTIC O redefiepa.org.br | OUT 19 18
RESULTADOS
LANÇAMENTO
OUT 19 | redefiepa.org.br 19
Resultados de ações com fornecedores Resultados técnicos operacionais 06 EVENTOS DE NEGÓCIOS
participantes 200 DEMANDAS de
1007 EMPRESAS indicadas para fazer negócios com as industrias 20
participantes
REDES DE JANEIRO A SETEMBRO/19
com 140
compras das indústrias atendidascrescimento de 19% em comparção com 2018
CAPACITAÇÕES com 434
Do 1ª Workshop on-Line “Venda Mais para a indústria’
MANTENEDORAS SÃO RECONHECIDAS NO VII PRÊMIO REDES DE DESENVOLVIMENTO Foram R$ 121,3 bilhões investidos no Pará entre os anos de 2000 e 2018 CAPA
Vencedores do VII Prêmio REDES de Desenvolvimento
Ocupando um papel de destaque no cenário industrial paraense, a REDES, da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), tem contribuído para melhorar os negócios entre as empresas e fornecedoras que têm atuação no Estado. Por meio da parceria com o setor industrial, foram injetados R$ 10,6 bilhões na economia paraense durante o ano passado, com a atuação de grandes projetos no território.
Reconhecer a importância desse número para o Estado, os investimentos realizados pelas mantenedoras e o desempenho dos fornecedores locais, foram os principais objetivos da REDES, que premiou, em setembro, as principais empresas compradoras no Estado. Das nove indústrias participantes do VII Prêmio REDES de Desenvolvimento, seis compraram acima de 50% de todas as aquisições de produtos e serviços de empresas paraenses, e a média de compras locais também ficou próxima dos 50%.
No evento, são reconhecidas as empresas que mais movimentaram a economia em compras locais, ao comprarem em volume total ou em termos percentuais de fornecedores locais. Também receberam destaque o profissional que mais comprou em 2018 e a indústria e fornecedor que tiveram o melhor case de desenvolvimento.
Os vencedores desta edição foram a Vale, na categoria Absolutus, e a Dow, na categoria Percentum. De acordo com o gerente regional de relações governamentais da Vale, José Fernando, vencer a premiação foi resultado de muito trabalho. Ele afirmou que as compras da empresa no ano passado chegaram a, aproximadamente, R$ 4,35 bilhões, e apenas no primeiro semestre deste ano alcançaram R$ 2 bi. “Isso reforça nosso compromisso com a indústria paraense e nos dá muito orgulho pelo trabalho que estamos desempenhando”, pontuou.
Alexandre Forman, site leader da Dow, comentou que é um prazer para a empresa ter acompanhado o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) desde o começo. “É uma
ponte importante para a aproximação na indústria e para a economia estadual. Só temos a celebrar por fazer parte dessa evolução”, disse. Também foi premiado no evento o comprador do ano: gerente de compras da Imerys, André Furtado, que realizou 26 indicações de fornecedores à REDES. “Esse reconhecimento é muito importante, o trabalho tem sido grande e o nome da empresa é levado. Nossa expectativa é manter esse nível”.
Já o case de desenvolvimento vencedor foi o de “Adoção de boas práticas de gestão para otimização de processos e fomento de parcerias locais”, desenvolvido pela empresa Movimento, que atende a Norsk Hydro. Na avaliação do gerente da Movimento, Marinaldo Corrêa, para que esse trabalho fosse possível, a empresa precisou passar por uma fase de modificações e inovações. “Nossa gestão era à moda antiga, então nosso case busca otimização, melhora na administração, nas compras e muitos outros aspectos, como a aproximação com questões envolvendo o meio ambiente e as comunidades locais”, explicou. Segundo ele, o reconhecimento é resultado de muito trabalho e dedicação.
Na avaliação do titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Iran Lima, os números são a prova de que o cenário econômico regional tem recebido atenção das grandes empresas, o que é positivo para desenvolver e alavancar cada vez mais os negócios locais. Segundo ele, o que falta é investimento em capacitação no Estado. “As empresas acreditam no nosso mercado, e estamos prontos para receber novos investidores”, comentou. A FIEPA homenageou o titular da Sedeme pelo apoio e parceria à indústria paraense. O secretário acredita que dois setores são fundamentais para colocar o Pará em posição de destaque no mercado nacional. Um deles é a indústria florestal. Em meio à crise ambiental que o Brasil enfrenta por conta do alto número de queimadas e desmatamento, Lima acredita que o Pará precisa investir em manejo
redefiepa.org.br | OUT 19 22
CAPA
florestal responsável e consciente, utilizando resíduos madeireiros com responsabilidade. Outro setor em potencial, segundo o secretário, é o da construção civil. A partir dos investimentos nessas duas áreas, o titular da Sedeme acredita que mais de 150 mil pessoas sairiam do desemprego no Pará.
De acordo com o presidente da FIEPA, José Conrado Santos, sem o apoio do Estado nada é possível. “É a gestão pública que dá recursos para as empresas, por meio dos investimentos em obras e renúncia fiscal, que alavancam a economia e geram emprego na região. Nós mapeamos esses possíveis investidores e aproximamos eles de potenciais compradores, treinando para a melhor atuação possível”, destacou. Ainda durante o evento, a Biopalma, empresa produtora de óleo de palma com polo no Pará, aderiu a uma parceria com a REDES, da FIEPA. Segundo o superintendente de materiais e serviços da instituição, Fábio Cezar, a REDES conecta pontos de necessidades e
OUT 19 | redefiepa.org.br 23
Assinatura do convênio com a Biopalma
Nós mapeamos esses possíveis investidores e aproximamos eles de potenciais compradores, treinando para a melhor atuação possível.’’
José Conrado Santos, presidente da FIEPA
Vencedor na categoria Comprador do Ano, André Furtado (camisa vermelha)
aproxima as empresas dos fornecedores. “Temos muitos negócios bons sendo realizados aqui, é um momento oportuno para que estreitemos nossos laços”, disse.
O superintendente de relações internacionais da Norte Energia, que é parceira da entidade desde 2012, Eduardo Camillo, disse que as perspectivas de negócio são positivas a partir
de agora, porque a premiação gera, também, melhores oportunidades de negócios para quem está presente e se destaca. “Temos dois convênios com a REDES, de saneamento e de pescado, áreas importantíssimas para nosso Estado que agora estão sendo pensadas de forma sustentável. Esse é o destaque da entidade, temos que celebrar o momento”, concluiu.
Confira os vencedores do Prêmio REDES/FIEPA
redefiepa.org.br | OUT 19 24
Hydro, segundo lugar na categoria Absolutus
Norte Energia, terceiro lugar na categoria Absolutus
Imerys, segundo lugar na categoria Percentum
Celpa e Alubar, terceiro lugar na categoria Percentum
Vale, primeiro lugar na categoria Absolutus
Dow/Palmira, primeiro lugar na categoria Percentum
Categoria
Confira a lista de vencedores do Prêmio Redes 2019: Comprador do Ano
Absolutus
Ouro – Vale Prata – Norsk Hydro Bronze – Norte Energia S/A Ouro – Dow Prata – Imerys Caulim Bronze – Celpa e Alubar
Vencedor: André Furtado
Finalistas: Carolina Varkala e Marta Oliveira
Categoria Percentum
Case de Desenvolvimento de Fornecedor
Case vencedor: “Adoção de boas práticas de gestão para otimização de processos e fomento de parcerias locais” Fornecedor: Movimento Indústria: Hydro
Homenagem ao secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Iran Lima
Hydro e Movimento receberam o prêmio da categoria Case de Desenvolvimento de Fornecedores
NOS BRAÇOS DA INOVAÇÃO
REDES
O DNA da REDES, iniciativa do Sistema FIEPA, é composto por altas doses de busca por inovações, que guiam uma série de projetos desenvolvidos pela sua equipe com o objetivo de apresentar melhores resultados e soluções às entidades parceiras. Durante a XIV Feira da Indústria do Pará (FIPA), realizada entre os dias 15 e 18 de maio, a REDES gerou 884 oportunidades de futuros negócios entre indústrias e empresários que têm atuação no Estado, a partir de palestra, workshop, rodada de negócios e consultoria.
No total, a 14ª edição da feira reuniu 70 expositores no Hangar Centro de Convenções da Amazônia para debater as inovações tecnológicas no mercado atual, dentro da temática “Indústria 4.0”. Com um estande próprio, a REDES criou um universo propício para lançamento das suas novas soluções, além de ter oportunizado mais de 300 atendimentos a interessados, ofertando também capacitação e desenvolvimento de networking e parcerias.
Entre os destaques da participação da REDES na feira, o “Supply Tank - Negociando com a Indústria” é uma nova modalidade de evento de negócio da entidade, em um modelo atualizado do que já foi a chamada rodada de negócios. Foram 28 empresas selecionadas, que apresentaram propostas para oito indústrias locais, no formato de pitches, de até quatro minutos cada. O Supply Tank, só em 2019, terá mais quatro outras edições em várias regiões do estado.
Segundo o coordenador de projetos e conteúdo da REDES, Júnior Lopes, o maior objetivo dos eventos da iniciativa é gerar negócios. “Queremos multiplicar as oportunidades, levando em consideração que não só as indústrias, mas também os fornecedores são clientes em prospecção. Para isso, montamos esse novo modelo para dialogar mais, aumentando consideravelmente a quantidade de empresas paraenses a apresentar soluções. Já fizemos conexões para futuras negociações com empreendimentos locais”, explicou o especialista. As apresentações ainda contaram com a presença do público visitante da Fipa.
Geralmente, essa negociação ocorre por meio da plataforma de negócios da REDES, que pode ser acessada no site www.redesfiepa.org.br. Pelo sistema, empresários da indústria, comércio, prestadores de serviços ou interessados em geral podem se cadastrar como fornecedores (empresas com CNPJ local) ou parceiros (empresas de outros estados) para participar dos processos de indicações às mantenedoras que têm parceria com a entidade.
redefiepa.org.br | OUT 19 26
esteve entre os destaques da XIV Feira da Indústria do Pará (FIPA), com debates envolvendo a Indústria 4.0
EMPREENDEDORISMO
A outra opção é o cadastro de assinante, pessoa física ou profissional liberal com interesse nos conteúdos exclusivos. A partir do ingresso no sistema, o participante terá acesso ao maior banco de fornecedores do Estado, consulta gratuita a todos os fornecedores cadastrados, canais de atendimento exclusivos para assinantes e acesso aos estudos de mercado e publicações técnicas da REDES.
Por meio da plataforma, já são atendidos, direta e indiretamente, 25 municípios. Ela conta ainda com 33 empresas no hall de parcerias. Somente no ano passado, foram indicados às indústrias 1.503 fornecedores e realizadas mais de 300 horas de capacitação. Além disso, foram 887 novos fornecedores mapeados e cadastrados. “Nós lutamos pela sustentabilidade econômica do Pará e promovemos a competitividade
das indústrias, aproximando o comprador do vendedor. Queremos atender mais fornecedores, habilitálos e filtrá-los melhor, criando uma inteligência de dados. Dessa forma, movimentaremos ainda mais os negócios locais, com aquecimento da economia”, garantiu o executivo de gestão, Marcel de Souza.
Além da apresentação da plataforma e da negociação com a indústria, a participação da REDES na Fipa contou com a palestra “Lean e Transformação Digital: Alavancando Resultados nas Empresas Industriais”, em que foram discutidas, de forma dinâmica, as transformações digitais nas empresas e indústrias. Com capacidade esgotada de público, o debate foi promovido a partir das análises dos doutores e engenheiros de produção Heitor Caulliraux, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Antônio Batista, da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
OUT 19 | redefiepa.org.br 27
Equipe REDES/FIEPA
Já o workshop on-line Venda Mais Para a Indústria foi lançado e disponibiliza conhecimento sobre as diversas oportunidades do mercado industrial no Pará. Em quatro módulos, os profissionais da REDES deram dicas e orientações acumuladas ao longo de quase duas décadas de atuação. Os temas foram os perfis de liderança dentro de empresas, elaboração de propostas, dependência econômica nos negócios e gestão de contratos.
Na avaliação de Souza, o grande destaque da programação neste ano foi trazer novidades em todas as etapas da organização do evento. “Esta é uma das coisas que conseguimos proporcionar para as pessoas. Esse evento foi a prova disso. Conseguimos atender diversos públicos da melhor forma possível, tudo por causa de nossas ações de inovação, que fazem parte dos nossos maiores objetivos”, pontuou o executivo.
EMPREENDEDORISMO
Palestra com o tema Lean e Transformação Digital: Alavancando Resultados nas Empresas Industriais
Energia boa é com o Pará.
Tem o Círio de Nazaré, tem natureza e tem Belo Monte, a maior usina hidrelétrica 100% brasileira.
Se o paraense já tinha orgulho de toda essa energia boa que o seu estado é capaz de produzir, Belo Monte é uma razão e tanto para fortalecer esse sentimento. Instalada no rio Xingu, a usina já está em funcionamento e segue firme rumo ao seu maior objetivo: gerar energia limpa e renovável para milhões de brasileiros, tornando-se a maior usina hidrelétrica 100% brasileira em 2019. E, se estamos cada vez mais perto dessa conquista, é graças ao Pará. Um estado onde a energia boa está presente em todo o seu território. E em todos os paraenses.
Capacitação de 1,5 mil professores e 396 salas de aula construídas e reformadas
Garantia de navegação do rio Xingu e da qualidade da água
Investimento de R$ 135 milhões para a criação de novas unidades de conservação ambiental Reflorestamento de espécies vegetais nativas
EVENTOS DESTACAM A EXIGÊNCIA DE SE IMPLEMENTAR POLÍTICAS DE INTEGRIDADE E COMPLIANCE
Por meio dos programas de integridade, a intenção é manter uma gestão transparente
Seguindo as tendências de mercado e as políticas de combate à cultura de corrupção no Brasil, a REDES, do Sistema FIEPA, desenvolve ações e eventos que buscam despertar nas empresas locais a consciência de seguir um conjunto de princípios que estejam de acordo com as leis, normas, estatutos e regulamentos internos da organização, assim como os externos, por meio do compliance, uma ferramenta de gestão que ajuda as empresas a terem controle sobre as ações desenvolvidas em suas sedes. Desta forma, as instituições ficam em alerta para detectar quaisquer atos ilegais contra a administração pública.
Para incentivar esse tipo de atuação entre os parceiros, a REDES promove, frequentemente, palestras que promovem debate sobre o assunto. No ano passado, um bate-papo falou sobre ética e integridade empresarial, em parceria com a Alubar, fabricante de cabos elétricos de alumínio e produtora de condutores elétricos de cobre para média e baixa tensão. A empresa é a única representante do Norte e Nordeste do país que recebeu o Selo de Integridade do Pró-Ética 2017, concedido pelo Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU).
Na avaliação do gestor executivo da REDES, Marcel Souza, “o momento em que o país e as empresas têm passado requer que os fornecedores paraenses também se reinventem e busquem alternativas a essa cultura quase instalada. Ficamos
felizes em comprovar nosso comprometimento em disseminar as melhores práticas de gestão, sustentabilidade e, neste caso, a importância do compliance”, destacou.
O gerente de Compliance e Auditoria Interna da Alubar, André Cruz, acredita que ter um programa nesse sentido mostra que a empresa está comprometida com a manutenção e propagação de um ambiente ético, transparente e livre de atos de corrupção. Esse compromisso, segundo ele, está relacionado com as práticas de gestão de riscos de integridade e, por consequência, evita atos lesivos à administração pública e iniciativa privada. “Ter o compliance presente no cotidiano de nossas atividades gera motivação e orgulho para nossos colaboradores, e reflete na fabricação dos nossos produtos finais e na boa relação com nossos funcionários”, comentou Cruz.
Além disso, o especialista ressaltou que a lógica do compliance é mais simples do que parece: basta manter as ações éticas e mostrá-las publicamente, para motivar parceiros que também querem atuar da mesma forma. No Pará, segundo a Pesquisa de Maturidade de Compliance realizada pela KPMG em 2018, boa parte das empresas que possuem agendas voltadas às práticas de gestão de programas de integridade estão na região Sudeste (69%), contra apenas 4% da região Norte. Cruz garantiu que a Alubar está comprometido em melhorar esses índices.
SUSTENTABILIDADE redefiepa.org.br | OUT 19 30
Para o gerente, estruturar eventos como os desenvolvidos pela REDES, com temas associados ao compliance, tem um papel educativo importante, por conta da linguagem simples e direta, para que os participantes se engajem e enxerguem que as ações propostas na estruturação de programas de integridade são totalmente aplicáveis ao dia a dia das empresas.
“A Alubar possui, no Programa de Integridade, o que chamamos de Programa de Desenvolvimento da Cultura de Compliance (PDCC), que é dividido em vertentes. Em duas delas, o foco é exclusivamente para empresas que queiram aderir ao compliance, por meio de palestras, workshops e eventos gratuitos que têm o objetivo de difundir essa cultura na região. Já na segunda entra o processo de mentoring, em que realizamos mentorias gratuitas para empresas que tenham o interesse de aprender a implementar ou aperfeiçoar seus programas de compliance”, explicou Cruz.
Outro grupo que tem desenvolvido ações voltadas para o compliance é a Celpa (Centrais Elétricas do Pará), que, no ano passado, promoveu um workshop gerencial para as empresas parceiras. O encontro estimulou reflexões sobre aspectos relacionados à questão comportamental nas organizações, gestão de pessoal, estratégias competitivas e a necessidade da gestão de riscos e segurança no trabalho.
Para a consultora da área de fornecedores da Celpa e responsável pelo Comitê de Desenvolvimento de Fornecedores do órgão, Sandra Monteiro, o projeto inspira mudança de conduta. “Queremos mostrar a importância do papel dos nossos fornecedores em disseminar o nosso modelo de gestão. Com isso, garantimos um serviço de qualidade, fomentamos a economia local e fortalecemos o espelhamento de boas práticas e estratégicas competitivas junto as prestadoras de serviços, assuntos que serão enfatizados neste primeiro workshop do Comitê”, explicou. A REDES já anunciou que há um novo evento com o mesmo tema sendo programado para este segundo semestre, mas ainda não divulgou informações detalhadas.
De acordo com o gestor Marcel Souza, da REDES, cada vez mais as mantenedoras da iniciativa vêm desenvolvendo ações em direção a ambientes corporativos éticos e transparentes. “Empresas como a Alubar têm incentivado colaboradores, parceiros e fornecedores a adotarem políticas e ações necessárias para criar um ambiente íntegro, por isso criamos esses momentos para desmistificar a temática do compliance”.
OUT 19 | redefiepa.org.br 31
Eventos de Compliance realizado pela Alubar em parceria com a REDES
Adotar um programa de Compliance traz benefícios paras as grandes ou pequenas empresas, pois melhora sua imagem, melhora a produtividade e minimiza riscos financeiros ou jurídicos. Um programa de Compliance exige ações de conformidades com as regulamentações nacionais e internacionais, e é composto de 12 passos.
Confira os passos de um Programa de Compliance
Compliance
Diagnóstico e levantamento de riscos: avalia as características da empresa e detecta os riscos potenciais aos negócios
Planejamento: é definido como será executado o programa escolhido 05
Políticas essenciais: nesta etapa são definidos fluxos e processo para a prevenção da corrupção
Canal de denúncias: sistema de apuração de ocorrências para posterior investigação
Estrutura organizacional e engajamento alta direção: nesta etapa a empresa define qual estrutura de compliance seguir
Código de conduta: define normas e diretrizes que vão reger a atuação dos envolvidos para reduzir comportamentos que levem à fraudes dentro da empresa 06
Procedimentos de atividades sensíveis: mecanismo de controle interno que evitem violações 08
Comunicação interna e externa: reforça a divulgação da importância do programa atingindo público interno e externo
Auditorias-investigações e gestão de consequências de violações: aponta as falhas para as devidas correções
Treinamento contínuo: garantindo que todos estejam cientes das normas e legislações 10
Monitoramento de conformidade e indicadores: indica se a empresa está realmente em conformidade com o programa 12
Acompanhamento e atendimento de violações: realiza o monitoramento das violações buscando a solução, e impedindo futuras.
redefiepa.org.br | OUT 19 32 SUSTENTABILIDADE
01
03
07
09
11
02
04
CAUÇÃO E FIANÇA
Imagina a economia que a sua empresa pode ter optando por seguro garantia: Trabalhista, Judicial, Tributária, Contratual, todo e qualquer valor que precisar para garantir seus contratos e ações judiciais, inclusive execuções.
Tudo dentro da lei, e com custo de até 10% de fianças bancárias. A JGS tem tudo isto para você.
www.jgsseguros.com.br
Atendimento Sinistro: (91) 99984-6148
Se quer economia, veja o que a JGS Corretores de Seguros tem a oferecer para sua empresa. (91) 3181-4444 / 3181-4401 | SAC: (91) 98292-1110 | Belém (98) 3268-8844 / 3268-8824 | Maranhão A N O S Atendimento Sinistro: (98) 98145-9295
GRANDES INDÚSTRIAS
INVESTEM NA CAPACITAÇÃO DE FORNECEDORES
Aperfeiçoar a gestão das empresas, capacitar os que fornecem para as grandes indústrias, contribuir para a qualificação de fornecedores e dar condições de competitividade em um ambiente de negócios como o segmento industrial tem sido o foco dos Programas de Desenvolvimento de Fornecedores (PDFs) ofertados pela REDES em parceria com suas indústrias mantenedoras.
Em meados de 2000, a iniciativa REDES surgiu com o objetivo de desenvolver, através de cursos e workshops, a qualidade e capacidade de atendimento das empresas locais para fornecerem aos grandes projetos de suas indústrias mantenedoras.
Treinar, capacitar e fazer o acompanhamento dos fornecedores fazem parte dos programas. E, desde o segundo semestre de 2018, a REDES, em parceria com a Hydro e a Imerys, envolveu 32 empresas em dois Programas de Desenvolvimento de Fornecedores, ofertando mais de 170 horas em capacitações. Ao participarem do programa, os fornecedores passam a estar mais preparados para atender as grandes indústrias.
A Imerys, mineradora de Caulim, tem sido uma das empresas que busca capacitar os empreendedores locais que fornecem serviços a ela. Ao desenvolver o programa, a Imerys tem como objetivo qualificar e preparar seus fornecedores para as mudanças do mercado, incentivando-os a seguir os rumos da Inovação e Sustentabilidade. Só no último ano, a empresa qualificou sete empresas fornecedoras, que atuam com projetos sociais em Barcarena e Ipixuna do Pará.
Segundo a Coordenadora de Comunicação & Relacionamento com a Comunidade da Imerys, Juliana Carvalho, o programa permitiu melhorias na gestão de negócios das indústrias, que passaram a buscar mais qualidade e sustentabilidade em seus serviços. “Isso é muito importante, pois mostra que conseguimos abraçar toda sustentabilidade dessas empresas, dando não só o direcionamento de gestão e melhorias contínuas, mas também levando para o mercado essas alternativas de fornecedores locais”, declarou.
“Acreditamos que essa capacitação trouxe grandes resultados e que eles vão estar muito mais alinhados e preparados para fornecer à Imerys e também para empresas de qualquer porte”, conclui. Já para as atividades de 2019 do Programa, a empresa incluirá fornecedores de outros setores, além dos fornecedores ligados ao departamento de Comunicação.
Há dois anos em atividade, a Talent está entre as empresas que fornecem serviços à Imerys. A empresa buscou ampliar seu espaço no mercado ao se cadastrar na plataforma da REDES, e no ano seguinte, se tornou uma fornecedora da empresa Imerys, oferecendo serviços de Reforço Industrial, Inclusão Digital, Empreendedorismo Sustentável e Qualificação Profissional. Através dessa parceria com a REDES e a Imerys, a Talent pôde participar de aulas expositivas, discussões de atividades do dia-a-dia, e exercícios práticos, desenvolvidos pelo PDF. “O programa ajudou a identificar os principais pontos a serem melhorados, dando à empresa mais credibilidade no mercado. Com
redefiepa.org.br | OUT 19 34
A iniciativa prepara os empreendedores locais a estarem aptos para atender as grandes indústrias
isso, conseguimos alcançar resultados excelentes. Em menos de dois anos já certificamos mais de 2.500 alunos, atendemos mais de 50 empresas, somos a primeira e única empresa a ter um projeto aprovado pela Lei Rouanet”, destaca a executiva de negócios da Talent, Nilda Moraes.
Segundo a executiva, a empresa conseguiu se profissionalizar ainda mais. “Desenhamos com mais precisão o diagrama de atividades, estabelecendo de maneira clara e precisa nossa missão, visão e valores. Adotamos ferramentas para atividades de algumas áreas, como por exemplo, requisição de compra. Seguindo a orientação do programa criamos o site da empresa e com isso conquistamos mais clientes”, lembra.
Ainda sobre o programa, Nilda Moraes conta que ele foi importante para o amadurecimento da empresa e da equipe. “Nele podemos identificar o quanto tínhamos a melhorar e nos organizar para atender as expectativas das indústrias. Elel representa que somos uma empresa com o selo de um programa diferenciado que nos habilita a atender melhor nossos clientes, nos torna mais competitivos e enriquece nosso portfólio”, conclui.
Assim como a Talent, a empresa Amme também é uma das fornecedoras da Imerys. Desde 2017 a empresa atende a multinacional, e ao participar do PDF, a Amme conseguiu expandir suas ações nas áreas de Gestão Organizacional, Direito Trabalhista, Ética e Compliance.
A gerente da Amme Consultoria, Patrícia Tabares, conta que recebeu o programa com muita expectativa, principalmente por ter a oportunidade de agregar mais conhecimentos. “Esse programa representa um privilégio, pois nos oportuniza expandir conhecimentos, reavaliar algumas práticas que vínhamos adotando e implantar melhorias em nossos processos”, afirmou.
Ao todo, cinco colaboradores da empresa participaram do programa, que permitiu que focassem ainda mais na gestão da qualidade de suas atividades e processos, com o intuito de efetivarem a certificação no que se refere à ISO 9001. Segundo Patrícia, o programa, além de contribuir para o aperfeiçoamento de seus processos, veio “validar aquilo que vínhamos fazendo de correto e despertar nossa atenção para novas práticas que podemos implementar no dia a dia da empresa”, complementa.
A Hydro, uma das mantenedoras da REDES, também segue como grande projeto que investe na qualificação de seus fornecedores. A empresa vê o PDF como uma oportunidade desses fornecedores crescerem na indústria e de encontrarem parceiros qualificados. “Com o Programa, estamos formando uma cadeia de parceiros comprometidos com a melhoria do estado do Pará e, consequentemente, trabalhando para o desenvolvimento sustentável da indústria e comunidade local. Fornecedores qualificados levantam contratos maiores, internalizam riquezas e, consequentemente, melhoram a economia local”, explica a Analista de Desenvolvimento de Fornecedores da Hydro, Tammy Monteiro.
De acordo com dados da Hydro, o Programa foi destaque em eventos internos e externos da multinacional. A partir do PDF ela já conseguiu identificar melhorias na gestão desses empreendedores locais. “Já podemos identificar vários benefícios gerados através do Programa, muitos fornecedores já desenvolveram treinamentos internos, viram a importância da gestão correta dos seus processos. Temos exemplos de fornecedores que adquiriram novos clientes e tiveram aumento considerável em seu faturamento. O programa alcançou diretamente 194 pessoas e estimase que indiretamente alcançou 2900 pessoas”, contou a Assistente de Suprimentos da Hydro, Gleyce dos Santos.
Uma das fornecedoras da Hydro, a Fontaim, reuniu ao todo 15 pessoas para participarem do PDF. Os colaboradores da empresa puderam ver conteúdos na área do Administrativo, Comercial e Operacional. “Isso nos possibilitou amplo aprendizado com os conteúdos das disciplinas, e também, o quanto precisamos nos atualizar e adequar para estarmos entre o melhores e buscarmos novos negócios e nos consolidar cada vez mais no mercado como empresa sustentável”, relata a Diretora Financeira da Fontaim, Eliete Gomes.
Para os gestores da Fontaim, o programa possibilita “adequação, melhorias, competitividade e alinhamento organizacional com base nas premissas de mercado/cliente”, explica a diretora. O programa permitiu à empresa novos alinhamentos e a implantação de um novo modelo de gestão estratégica e integrada, e de forma sustentável. A perspectiva da Fontaim é fechar novos negócios e contratos sólidos não só com a Hydro, mas com outros empreendimentos dentro e fora do estado.
OUT 19 | redefiepa.org.br 35
PERFORMANCE
Fornecedora da Hydro desde fevereiro de 2017 e parceira da REDES desde maio de 2019, a Set Linings Pará também participou do PDF no qual os colaboradores se mostraram muito participativos. O programa permitiu à empresa aperfeiçoar procedimentos já desenvolvidos por ela, no que diz respeito à Conduta, Ética e Compliance. “O programa nos proporcionou a revisão dos nossos processos internos do sistema de gestão a todos os níveis e departamentos, e buscarmos corrigir o que de equivocado estava sendo conduzido, ou complementar e atualizar esses procedimentos internos com as mais modernas técnicas de gestão da atualidade”, explica o diretor da Set Linings Pará, Bruno Marques.
Ele conta ainda que a empresa, respeitando seus valores, princípios éticos e estratégicos, tem compromisso em ser um empreendimento sustentável no segmento em que atuam. Além disso, espera firmar ainda mais o relacionamento com a Hydro. “Acreditamos que com as medidas implementadas iremos melhorar nossa performance e capacitar o grupo de forma adequada para os desafios do futuro”, afirma o diretor.
A FB Serviços Industriais Ltda também atende a Hydro. A parceria já dura oito anos. Segundo o coordenador da empresa, Cristhyan Barreto, o sentimento é de gratidão e engajamento, pois vê na aposta da Hydro em investir na qualificação de sua empresa como uma grande oportunidade. “O principal aprendizado foi o controle do fluxo
de informação entre departamentos e como gerenciá-la para que os envolvidos possam atuar proativamente, garantindo a funcionalidade de nossa organização”, contou o coordenador da FB Serviços.
Algumas mudanças já foram sentidas. “Temos controles e procedimentos escritos, que antes não havia. Estamos avançando a passos largos com a Implantação do Planejamento Estratégico e estamos qualificando nossos Gestores para que eles possam gerir e manter o processo que já está implementado, e nos auxiliar no que está em desenvolvimento”, contou Cristhyan Barreto. O coordenador acredita que já cresceram bastante como organização e que 2020 será um ano promissor.
A Hydro deve certificar, em outubro, as empresas participantes do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores e que alcançaram as médias das avaliações, frequências e auditorias. Para 2020, a multinacional prevê a realização do segundo Programa de Desenvolvimento de Fornecedores em Paragominas.
“O principal objetivo dos PDFs era melhorar a performance dos fornecedores no atendimento aos requisitos industriais, já o seu maior legado foi a construção de um networking de empreendedores com uma nova visão de mercado, ascendendo seus indicadores econômicos e, consequentemente, a sustentabilidade dos seus negócios”, concluiu a coordenadora de Projetos e Pesquisa da REDES, Rafaela Leoncy.
redefiepa.org.br | OUT 19 36
Programa de Desenvolvimento de Fornecedores realizado pela Hydro
O principal objetivo dos PDFs era melhorar a performance dos fornecedores no atendimento aos requisitos industriais, já o seu maior legado foi a construção de um networking de empreendedores com uma nova visão de mercado, ascendendo seus indicadores econômicos e, consequentemente, a sustentabilidade dos seus negócios”.
Rafaela Leoncy, Coordenadora de Projetos e Pesquisas REDES
+ DE 30 ANOS DE MERCADO NOTA MÁXIMA ANS ATUAÇÃO NACIONAL + DE 2 MIL DENTISTAS CREDENCIADOS CUIDAR DOS SORRISOS DA INDÚSTRIA ESTÁ EM NOSSOS PLANOS PARCEIRA DA INDÚSTRIA PARAENSE REDUÇÃO DE ABSENTEÍSMO MAIS PRODUTIVIDADE DOS COLABORADORES MELHOR CUSTO-BENEFÍCIO /odontosystem (91) 3351.1763 (91) 98512.4281 www.odontosystem.com.br LIGUE JÁ E CONTRATE PREÇOS E CONDIÇÕES ESPECIAIS PARA EMPRESAS DA REDE FIEPA
A SOLIDÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Autora: Silvia Pires da Silva Administradora, Mestra em Gestão Empresarial e Pesquisadora do Comportamento Humano e silviapires8@yahoo.com.br | i @silviapires
Em mudanças frenéticas, pessoas espremidas pelas exigências da vida e do mercado de trabalho, estão buscando constantes informações e atualizações para se manterem mais fortes. O pesquisador Charles Darwin dizia que quem iria sobreviver era o ser vivo mais adaptável e não o mais forte. Isso continua valendo! Pensando em tudo isso, poderemos perder o rumo de nossos objetivos se não forem planejados e logo materializados.
A realidade é obter conhecimento, colocar em prática e adquirir competências para poder sobreviver no mercado de trabalho em transformação. E na vida, como ficam as nossas emoções? A cada um caberá à percepção para sobreviver, muitos seguirão mesmo cansados e se fortalecendo em suas crenças. Outros pararão no meio do caminho por medo de seguir. Então começa a solidão interior.
E nas empresas? Como estão percebendo isso? A análise do trabalho na vida contemporânea exige uma visão holística, multifacetada e que possa absorver suas várias transições e contradições. É necessário, diante de reais paradoxos estabelecidos, que isso tenha uma relação com o estilo de gestão, além de reavaliar a relação homem-empresa.
A solidão não é a mesma coisa de estar só, pois há pessoas que se sentem bem consigo mesmas. Solidão também não é depressão, apesar de muitas pessoas confundirem as duas, pois no estágio da solidão há vontade do homem se envolver em novos relacionamentos. Já na depressão, não existe esta vontade.
Sigal G. Barsade, professora de administração na Escola Wharton da Universidade da Pensilvânia, afirma que a solidão surge de uma necessidade do homem se sentir integrado a algo. Eu que trabalho há anos na área de recursos humanos venho percebendo que a solidão é uma questão pessoal.
Mas no ambiente de trabalho vem acontecendo pela falta, principalmente, de reconhecimento. São cobranças constantes para resultados, metas, sem, no entanto, preocuparem-se com os valores duradouros das pessoas. O mercado exige que as empresas estejam antenadas às novas estratégias de sobrevivência, mas esquecendo do homem como “ser humano”.
A solidão é algo preocupante nas organizações que além de vir da falta do reconhecimento, vem de uma gestão ineficaz. Assim, dificultam as relações humanas e deixam de proporcionar ao outro o crescimento pela valorização de sua ação criativa para inovar. Empresas que valorizam de verdade seus colaboradores e com lideranças mais preparadas estão se reinventando rapidamente.
Segundo Barsade e o professor de economia na Universidade Estadual da Califórnia em Sacramento, Hakan Ozcelik, durante pesquisa com mais de 650 trabalhadores, a solidão relatada, tanto pelo afetado como por seus colegas de trabalho, reduz significativamente a produtividade. Um ambiente que promove o medo e a instabilidade cobre a empresa com um tecido escuro diante da valorização humana.
Promover a interatividade no ambiente será um ponto que para muitos gestores é motivo de irritação e desperdício de horas, mas que faz a diferença. São muitas as questões a serem analisadas pela alta gestão dentro do ambiente organizacional no que se refere à solidão, e devem pedir apoio dos profissionais de recursos humanos para terem um direcionamento para combatêla. Todos devem estar preparados para esta nova realidade, e assim, promover um ambiente de “atenção” ao outro e garantir que os colaboradores estejam integrados um com o outro, gerando um trabalho em equipe com reconhecimento integracional.
redefiepa.org.br | OUT 19 38
ARTIGO