Jornal patrimonio 2013agosto

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PATRIMÔNIO DA COMUNIDADE Bagé, Sexta-Feira, 23 de agosto de 2013

Informe Comercial

O FIMP compõe linhas d Antes do planejar e fazer, o sonho. O músico bageense Marcos Machado, radicado nos Estados Unidos há 18 anos, ansiava contribuir mais para sua terra, enquanto avançava na formação como professor e solista em contrabaixo. Em férias, mantinha frequência nos palcos de Bagé. Durante os recitais, alargava o olhar para um grande encontro musical de apresentações e aprendizagem. Ao término do doutorado em Illinois, especialização com François Rabbath, em Paris, tornando-se, até agora, o único sulamericano com certificação do Instituto François Rabbath e inúmeros compromissos foram alimentando seu sonho. A direção do Bass Symphosium na University of Southern Mississippi, o contato com virtuosos do mundo musical e a participação em seletos festivais, delinearam os critérios para Bagé. A semente do FIMP começou a tomar forma em 2007. Um ano depois, Machado mostra o projeto à direção do IMBA e ao vice-prefeito Carlos Alberto Fico. Durante um encontro, na Flórida, conversa com o maestro Jean Reis, também gaúcho e que já desenvolvia o Festival Música nas Montanhas(FMM), em parceria com a prefeitura de Poços de Caldas(MG). Em dezembro de 2009, ocorre o primeiro encontro entre Jean Reis e Marcos Machado com o prefeito Dudu Colombo e as tratativas avançam. Visão empreendedora, esforço e parcerias consolidam o Festival Internacional de Música no Pampa(FIMP). A 1ª edição do FIMP aconteceu de 25 a 31 de julho de 2010, no Instituto Municipal de Belas Artes(Imba). Filas enormes aguardavam todas as noites a abertura do Salão No-

bre. Casa lotada nos concertos, mostrando uma realidade oposta àqueles que imaginavam que haveria mais músico no palco do que pessoas assistindo. Dois concertos foram transferidos para o Teatro do Complexo Cultural do Museu Dom Diogo de Souza pensando em solucionar a questão de espaço. Igualmente, lotação esgotada. Desde então, o FIMP vem acontecendo anualmente com o objetivo de trazer uma semana repleta de música para Bagé. Manhãs, tardes e noites preenchidas com música de concerto. A música erudita é desmistificada. Os concertos são gratuitos. O FIMP abraça a comunidade bageense com as melhores harmonias, seja música dos séculos XVII ou XX, seja nos Concertos Noturnos, Especiais ou Acadêmicos. A comunidade bageense abraça o FIMP, acolhe os alunos, recebe os artistas com um carinho singular. Além disso, torna-se referência. Impulsiona a abertura do curso de música na Universidade Federal do Pampa(UNIPAMPA).

Apresenta autoridades musicais que não haviam ainda pisado em chão brasileiro. Coloca Bagé em destaque no cenário artístico-musical nacional. O FIMP já é um projeto aprovado pelo Ministério da Cultura, Lei Rouanet, lei federal n° 8313/91, o que atualmente permite que o investimento das empresas seja 100% dedutível do imposto de renda a pagar. O Festival Internacional de Música no Pampa torna-se uma pausa à rotina da comunidade bageense. Conjuga-se FIMPEAR. FIMP lembra partilhar, participar, pacificar, pluralizar, plantar, possibilitar, popularizar, prestigiar, preparar, permear, perpetuar, personalizar, perseverar, propulsar, projetar, principiar, pulsar, partejar, patrocinar, praticar, precisar, preconizar, pensar, presentear, preservar, propagar, provar. E, com a 5ª edição, o FIMP deve agregar novos verbos. Sempre conjugados no plural.


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