EcoDigital

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buscar na figura dos especialistas, biólogos, cientistas e ecologistas, o auxílio luxuoso para escrever o que estava acontecendo, porque os jornalistas não estavam à vontade, não compreendiam, na a importância da conferência. Então, a mim me parece que houve um deslumbramento, um espaço maravilhoso na mídia: suplementos especiais, cadernos especiais, programas de televisão e de rádio especiais, etc. Agora isso não se sustentou, porque não havia esse entendimento mais apurado de como esta questão deveria estar presente, não apenas num momento de crise,

ou de grandes e espetaculares conferências. Como é que você, no dia-a-dia, no varejão dos assuntos do cotidiano, poderia abrir espaços para discutir inúmeros temas rotulados de ambientais, de uma forma interessante e criativa? Esta questão não estava colocada. Eu acho que na época da Rio 92 houve um boom, uma explosão de notícia ambiental e isso não se sustentou. Mas,de lá pra cá vem crescendo a demanda por este tipo de informação na sociedade, e também a necessidade das escolas de jornalismo oferecer esses conteúdos aos estudantes.

EcoDigital - Nos últimos anos os jornais têm aberto mais espaços para a editoria de ambiente. Aqui no Estado o espaço existe, mas é tratado como subeditoria. Você percebe se o espaço está ganhando ampliação para falar sobre esse assunto no Brasil? Trigueiro - Eu não tenho nenhuma dúvida. Agora é importante observar que quando se fala de editoria, subeditoria, se fala de administração da notícia, de gestão de uma redação, e eu não estou nenhum pouco preocupado com isso, enquanto profissional de imprensa, porque

junho de 2008

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