CRVIS3R Skateboarding #08

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enTreviSTaS:

GuTO lamera

& ana maria SuzanO

TeuTônia 2013:

velOciDaDe máxima, queBra De recOrDeS e POlêmica

PriOriTy TOur meGa GranD Prix ParTiu DOwnhill 3ª eTaPa GuaiBa: 6a mOSTra inTernaciOnal De DOwnhill riO rufinO: Serra caTarineSe DOwnhill feSTival cliff cOleman na mOrTe! fOTO DO leiTOr • eal • Sk • BOm DrOP • iGSa • cuiDe-Se








| índice A cidade mineira de Juiz de Fora é conhecida pelas suas ótimas ladeiras. Nas noites, as sessions rendem de maneira descontraída, e aqui os riders Marcelo Neto e Pedro Augusto colocam pra baixo na famosa ladeira do Carrefour. Foto: Gabriel Klein.

Capa: Diretamente das ladeiras e do clima seco do deserto da Califórnia, o “King of Downhill” aproveita o vento de San Clemente pra mandar esse caballerial tail slide no galeto, durante a última temporada na América, em outubro! Foto: Rory Russell.

46. Entrevista Ana Maria Suzano

Estilo, fluídez e beleza são as características dessa capixaba que anda de skate de maneira única. O pessoal da Guanabara Boards enviou esse material para nós, realizado na cidade do Rio de Janeiro, com exclusividade para a revista CRVIS3R Skateboarding.

48. Priority Tour

A galera da marca Priority pegou a estrada pra sessions em vários picos do interior de São Paulo, e nos enviou esse material com o melhor do longboard em qualquer terreno.

54. Teutônia 2013

A ladeira mais rápida do mundo volta esse ano com quebra de recorde de velocidade, muitas disputas em todas as categorias e algumas polêmicas... Velocidade máxima!

60. New York

Nossa colaboradora na “cidade que nunca dorme” clicou algumas cenas corriqueiras do local, que está invadido por longs. A Big Apple adotou o skate como o melhor meio de transporte!

62. Entrevista Guto Lamera

“Tudo é Possível!”... Com essa determinação, Guto Lamera se aventurou em se mudar de sua cidade natal Brasília pra Califórnia e se tornar um dos mais completos riders da atualidade, andando praticamente em todos os terrenos com seu longboard. Além de overall, ele também se dedica à sua produtora, fotografando, filmando e editando o melhor do skate mundial.

82. Cliff Coleman na Morte!

Pra fechar o ano com chave de ouro, Cliff matou na Ladeira da Morte.

Seções: 10. Editorial Temporada de pura velicidade! 12. Start 50... 60... 70... 90... 110... 130 Km/h! 16. Lado A Colunas, novidades, lançamentos, curiosidades, campeonatos... 68. Business Plan Os melhores produtos do mercado 72. Foto do Leitor Clicou, enviou! 76. Cuide-se! Mantenha-se em forma sobre as rodas. 78. Onde Encontrar Novas lojas a cada edição. Valorize sua skate/boardshop e adquira sua revista CRVIS3R Skateboarding nesse pontos de distribuição. É de graça!

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| editorial

Velocidade máxima... Que venha 2014!

O

ano literalmente voou! Mas essa velocidade toda também reflete o lado positivo que o skate de modo em geral, e o de ladeira em particular, vem atravessando no país e no exterior. Fazendo uma rápida retrospectiva, foi um ano positivo tanto do ponto de vista comercial - que engloba o mercado como um todo - como na parte competitiva e recreativa. Eventos e mais eventos aconteceram em todo o território nacional. E, para atender a demanda que o skate tem exigido, inúmeras lojas foram inauguradas. Marcas e profissionais da industria continuaram inovando, mantendo a produção e fazendo o mercado girar - e os praticantes tendo prazer em andar… O ritmo fica tão acelerado no final do ano que até as etapas do circuito mundial de velocidade da IGSA (International Gravity Sport Association) e da IDF (International Downhill Federation) passaram pelo Brasil. Entre estas etapas, destacamos: o Top Skate Pro Teutônia - 2013 World Championship, importante campeonato realizado em Teutônia (RS) - considerada uma das mais rápidas ladeiras do mundo. Além dessa, o Mega Grand Prix aconteceu no autódromo Mega Space em Belo Horizonte (MG). Não menos importantes são as etapas regionais como o Partiu Downhill realizado no Espirito Santo, a 6ª Mostra Internacional de Downhill, no Rio Grande do Sul, na cidade de Guaíba e o Serra Catarinense Downhill Festival em Santa Catarina - entre outros campeonatos que fomentam esta modalidade no país. Todas essas etapas contaram com os melhores e mais rápidos riders brasileiros e do mundo, e todos esses eventos estão sendo devidamente cobertos aqui nessa edição. Velocidade pura! Com tudo isso, fica evidente que o “caldeirão” está em plena ebulição, prometendo emoção e adrenalina. E pra encerrar o ano da melhor maneira, sugerimos que você pegue o seu skate agora, e aproveite as férias e as festas de final de ano para andar muito. Estaremos aqui no ano que vem, acompanhado o que estiver acontecendo de mais importante e te mantendo sempre informado com o que rola de melhor nas ladeiras do Brasil e do mundo, tanto na parte impressa quanto online. Nosso obrigado a todos que proporcionaram mais um ano de realizações. E que venha 2014 com muito skate na veia e muita velocidade! Boas Festas… e Keep Skateboarding Strong! (FB)

Alexandre Rausini e Fernando Gonçalves. Praia de Palmas em Governador Celso Ramos/SC. Foto: Luciano Ferreira Souza Neto

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| start

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Devidamente equipados e protegidos para as velocidades mais rápidas que conseguirem sobre seus skates. Mesmo sem motores, ar condicionado, freios ABS ou air bags, as competições do Mega Grand Prix aconteceram dentro de um autódromo na cidade de Belo Horizonte (MG), onde apenas o barulho das rodas no asfalto e do evento eram ouvidos a mais de 100Km/h... Vai encarar? Silon Garcia e Bernardo Paixão. Foto: Gabriel Klein.

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nérCio Vargas

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Juliano “Lilica” Cassemiro e Silon Garcia “O Mestre”. POr AlexAndre MAiA*

O

Carolina Dottori

final do ano é uma época onde todos param para fazer reflexões de como foi o seu ano e programar mudanças para o ano que virá. Muitas promessas são feitas, mas de nada adianta prometermos e esperarmos mudanças somente porque o ano mudou no calendário. Temos que procurar pela evolução sempre, seja em que época do ano estiver. Mas, já que naturalmente todos estarão pensando em mudanças, venho aqui propor uma mudança no modo de pensarmos dentro do nosso esporte em uma questão muito polêmica: o que é preciso fazer para ser um skatista profissional. Eu vim de uma época onde o caminho natural a se trilhar era o de começar pela categoria Iniciante, passando pelo Amador 2 e Amador 1 para só então se pensar em profissionalização, e mesmo assim era uma longa estrada até que estivesse realmente preparado para a categoria Profissional. Não vejo mal nenhum nisto, muito pelo contrário, pois com todo este empenho para se tornar profissional tínhamos skatistas muito mais bem preparados para representar a modalidade, não só nas ladeiras como também fora delas. O resultado foi que criamos uma geração que soube levar a modalidade nas costas em uma época sem marcas ou mídias especializadas e sem as facilidades das redes sociais. Aprendemos na marra como montar um portfólio e apresentá-lo para as marcas que tinham seu foco no street e no vert, e também como se portar diante de empresas que estavam começando a abrir as portas com apoios e patrocínios. Isso sem falar que tivemos que começar a procurar as poucas TVs que estavam começando a abrir espaço para os esportes de ação, sem termos nenhuma indicação. Só tivemos sucesso nesta estrada justamente por termos passado por todas as categorias sem termos pulado nenhuma; é como se formar numa faculdade sem ter passado pela escola: você vai ter seu diploma, mas não vai ter embasamento. E nós passamos por todas as séries. Hoje o que vemos é o imediatismo pregado pela internet e pelas redes sociais impregnado também no skate e, em especial, no downhill; vemos skatistas com dois anos ou menos já preocupados de como farão para passar para o profissional. O problema é que a maioria está levando em conta somente o nível técnico como critério para se tornar profissional: se o cara anda rápido no speed, ou se está mandando boas manobras no freeride ou no slide, já pensa que é razão suficiente para passar para a categoria profissional. O que a maioria

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* Alexandre Maia, 40 anos, 26 de skate Diretor Sul Americano da IGSA Patrocínios: Downhill Machine, Academia Power Club. Apoio: Evoke, CS Team

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destes skatistas não entende hoje em dia é que há muito mais coisas envolvidas para se tornar um skatista profissional. É preciso ter em mente que, a partir do momento que se torna um profissional, você leva consigo o peso de representar a modalidade para o público em geral, para a mídia e para as empresas. Se não nos preocuparmos com isso, vamos ter uma geração inteira de skatistas com ótimo nível técnico, mas que não sabem como se portar no mercado que cresce mais e mais a cada dia. De certa forma isto já está acontecendo, pois vemos skatistas que tem ótimas colocações em campeonatos, porém não conseguem manter uma relação saudável e duradoura com seus patrocinadores, não sabem como levar a imagem do esporte para as mídias de uma forma geral e, com isso, acabam servindo de maus exemplos. Os mais novos pensam que este “corre” que fazíamos no passado não é mais necessário para se tornar um profissional. Na minha humilde opinião, de quem dropa as ladeiras há 26 anos, entendo que devemos dividir também a categoria Amador em Amador 2 e Amador 1. O cara deve começar sua carreira em competições no Amador 2 e, quando aumentar o seu nível técnico, vai passar para o Amador 1. Agora se ele só tiver um ótimo nível técnico, mas não entender que deve ser um skatista que sabe se portar no mercado do skate e que ele é a imagem do esporte perante os outros, ele vai ser um ótimo Amador 1 e vai parar por ai - e nunca se tornará um skatista profissional. Não estou falando novidade nenhuma pois isto é o que acontece a muito tempo no Street e no Vert e mais cedo ou mais tarde iria acontecer no downhill também. Chegou a hora! Quando propusemos que a categoria Open fosse dividida entre profissionais e amadores, recebemos muitas criticas e hoje o que se vê são mais de 150 inscritos nos eventos amadores de speed em média, onde muitos dos que sobem no pódio teriam poucas chances de repetir isto na categoria profissional num primeiro momento. Com isso, vão ganhando destaque e experiência para serem profissionais ainda melhores. O mesmo vai acontecer com a divisão da categoria Amador em Amador 1 e Amador 2. Muitos dos campeões do Amador 2 teriam poucas chances de ganharem um campeonato de Amador aberto e, com isso, também vão ganhar destaque e experiência. Só o tempo dirá se temos razão ou não, e o tempo já mostrou que tínhamos razão em relação à divisão de Amador e Pro.

Apoio cultural:



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GuetoTown

e

stamos na oitava coluna para a CrVIS3r e de olho no ano que vem. Vamos escrever mais oito colunas em 2014 e depois mais oito em 2015 e a esperança é que isso nunca acabe, mas qual o incentivo? É ver calçadas e ruas coalhadas de skates? Hummm... talvez. Ter presenciado vários campeonatos/eventos acontecendo ao longo de 2013? É, isso era desejado e eventos fomentam o esporte. Marcas surgindo, mulheres se afirmando no longboard, programas na TV a cabo, etc. Era tudo isso mesmo que a gente queria? E agora, o que a gente quer? Vamos dar uma de criança mimada: queremos mais e mais. Queremos ver o longboard assumir o tamanho que realmente tem. Queremos que o esporte alcance o mesmo patamar do seu irmão menor, e queremos que o dinheiro pago por peças, roupas e equipamentos se reverta para os praticantes. Queremos ver mais atletas profissionais vivendo do skate. Queremos massa praticante e massa encefálica. Queremos gente inteligente envolvida, seja criando, andando ou torcendo. Precisamos ocupar nossos espaços da forma correta sim (Projeto de Mobilidade Urbana Lei 12.587/12) e assumir que, se o skate pode ser usado como meio de transporte, então vamos usá-lo. Lembre-se de que haverá pouca ou quase nenhuma segurança, quase ninguém vai lhe respeitar e você deve tomar conta de si. Use equipamentos de segurança, preste atenção no trânsito e saiba frear, e treine o seu freio (footbreak) exaustivamente antes de se aventurar. Veja que não estamos nem na metade da briga que os ciclistas enfrentam para serem reconhecidos de acordo com a Lei. Em algumas cidades o número de praticantes cresce na mesma medida daqueles que não gostam do esporte. Acham barulhento, que destrói o patrimônio público e que, por conta das manobras, colocam os pedestres em risco. Concordamos com tudo isso, e tudo isso se resume à educação. Educação dos pedestres, dos ciclistas, dos skaters, dos motoristas, dos governantes, dos policiais, etc. O irônico é que educação é um dos artigos que mais fazem falta à mesa dos brasileiros. Todos parecem querer se matar – e, no meio disso tudo, o skate, que

também tem culpa no cartório. Podemos ser melhores do que os que nos cercam. Podemos mostrar que, apesar de sujos e fedidos, há um cérebro e uma voz articulada que vai convencer ao invés de agredir, vai convidar ao invés de expulsar e ajudar ao invés de repelir. Muitos dos que reclamam dão um skate de natal para o filho, então onde está o problema? O skate já está dentro da casa mas precisa se tornar parte da família, do bairro, da cidade... Se como dizem por aí, “o skate nasceu na rua”, então é preciso mostrar que a arquitetura das cidades foi inconscientemente pensada para que o skate floresça e cresça. Skateparks são para isso ou aquilo, e a cidade é para tudo. Como indivíduos, temos nossas preferências, seja no tamanho do shape como também por onde você irá andar com ele. Achamos válida a construção de skateparks, mas no fim das contas o pensamento é criar um gueto. É onde se esconde o que não se entende e o que não se gosta.. Quantas pistas já foram colocadas à disposição da população apenas para serem superfaturadas e super mal construídas? Fadadas à ruína e a deixar os frequentadores soltos novamente pelas ruas, mais sedentos por skate e mais sedentos por ocupar todos os espaços possíveis. Deixamos claro que damos apoio total a construção de espaços destinados a prática, mas que não venham com o discurso que o nosso lugar é ali ou aqui. Para o skate não existe curral, não existem barreiras. Hoje no Brasil somos em torno de 4 milhões (comparativamente, um número equivalente à população total do vizinho Uruguai, ou das distantes repúblicas da Irlanda ou Nova Zelândia) e muitos de nós praticam mais de uma modalidade. O skate se tornou multidisciplinar, isso é fato! Estamos pelas ladeiras, ruas, parques e etc. É preservado por lei o direito de ir e vir (Art.5 da Constituição Federal); pois que venha ajudar ao esporte a ir em frente, mas da forma correta, criando uma simbiose e não uma infecção. O que queremos para 2015, 16, 17? Queremos que o skate faça parte da paisagem da sua cidade, que ele seja visto por todos os lugares e que transmita sua essência: alegria, camaradagem, coragem, atitude, respeito, liberdade... Um ótimo Natal para todos vocês e muito mais skate em 2014! Apoio:

Esta coluna foi escrita por Alexandre Guerra e Klaus Duus Visite também: facebook/euamolongboard, Instagram: @euamolongboard, youtube/euamolongboard, twitter.com/euamolongboard

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Delira Fotos

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POr ChrisTie Aleixo*

O

ano de 2013 bombou no skate feminino de ladeira, e a mulherada saiu de dentro do armário e deu a cara à tapa. Dentro do contexto geral de todas as modalidades do skate, elas enlouqueceram com títulos significantes dentro e fora do país. A cada ano acompanhamos o aumento das meninas nas competições, e o resultado de tanta gana não poderia ser diferente. Sabemos que nunca teve e jamais terá uma regra para ser um skatista competição, mas a realidade é que os intercâmbios que acontecem em champs são bastante enriquecedores e geralmente possibilitam algo que não ocorre no dia a dia das sessions delas, que é poder andar com mais meninas vindas de “escolas” diferentes do skate. Este 2013 deixou claro que não existe mais favoritismo em nenhuma modalidade, principalmente do nosso skate velocidade com tantos nomes ganhando destaque. A pequena Georgia Bontorin, que está no foco do circuito mundial, por muito pouco não levou a principal vitória mas garantiu um vice maravilhoso pela IDF; nós estaremos sempre na torcida pequena notável . Da mesma forma, a brasileira reine Oliveira está há 3 anos nas cabeças do clássico Circuito Sulamericano IGSA, que recebeu outras brasucas como; Bianca Fior, Morgana, Melissa Brogni, Débora Sass... Para fortalecer ainda mais o quadro do Brasil!

Além das etapas internas não menos importantes, pois estas sim são a verdadeira base para se atingir um desempenho alto e fortalecer a modalidade para quem busca se preparar para um ritmo de campeonatos, fica o destaque a raiza Sartori, Taylane Almeida, Annely Junemann, Jeovana Vazzoler, Franciele Cardoso e outros nomes não menos importantes. Desta forma, sem me estender muito, continuo na expectativa de que o mercado se dê mais conta do grande universo feminino e possa incluir mais meninas em suas equipes e, em contra-partida, espero que as meninas aprendam a fazer suas aparições para efetivarem um bom trabalho como skatistas e assim poderem atingir seus objetivos. A sorte está lançada, e 2014 promete um grande espetáculo neste universo que é categoria feminina... Boa sorte! Para as quebradas, operadas e as lesionadas, onde incluo a mim, Isabela Barros, raiza Sartori e as demais que não possuo um conhecimento preciso, desejo uma breve recuperação, com muita energia positiva e muita paz interior e tranqüilidade para que tudo se restabeleça da melhor forma. Esses momentos de “castigo” nunca são a toa, e é ótimo período para refletir sobre a vida e poder retornar com tudo. Feliz Natal, rapaziada, e um Ano Novo de 2014 fantástico com muito BOMDrOP!

* Christie Aleixo, skatista profissional, 36 anos, 17 de skate Patrocínios: MAD RATS, TACNA macacões, Legends Skateboards, BOMDROP!, New Skate, SEISMIC Wheels, 4FUN Skateboards e Wollong Apoio: DEUS Acesse: www.bomdrop.blogspot.com

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| lado a _ sk - skate kingdom

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Fotos DiVulgação

Fotos roDrigo Kristensen

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Flavio e Thiago DJ.

Massa e Thiago DJ.

dalua na noite da Wollong Boardstore Pra oficializar o lançamento das rodas Face com o modelo Douglas Dalua, a loja Wollong realizou uma tarde de autógrafos com o próprio Dalua no final do mês de outubro. A loja, que tem um dos melhores visuais e é uma das mais completas da cidade, ficou lotada. rolou sorteio de vários brindes, confraternização com os amigos e, como não podia deixar de ser, tudo regado a comes e bebes. Parabéns à iniciativa e pela valorização do profissional!

Emissora de rádio mais rock de São Paulo, a 89 FM retornou às suas atividades depois de alguns anos fora do ar. A rádio, que foi referência no rock e apostou no passado distante em programas de esporte de ação (como os programas Trip FM e Overall Skate Show), está novamente com as portas abertas ao skate. Em parceria com a marca US Boards, a 89 lancou alguns modelos de longboard, que podem ser encontrados na loja da rádio e na internet. Skate e rock, o par perfeito!

sammy Veniziando

Fotos antonio Dos Passos thronn

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Us Boards em parceiria com a 89 FM

Muito antes do longboard ser essa explosão nos dias de hoje, rogério Sammy já tinha em seu quiver os skates grandões e de slalom. Aproveitando uma passagem pela Califórnia, Sammy aproveitou pra desfrutar das curvas da pista de Venice Beach, berço da história do skate na América. Entre carvings e aquela coisa toda, o nosso colaborador Thronn aproveitou pra flagrar essa session no bowl da pista que fica na areia da praia... Venice é vida! crvis3r skatebOarding


arquiVo Pessoal

raFael Dos anjos

Rafael Massa.

loja Us Boards

E por falar em loja, a US Boards abriu a sua loja cravada ao lado do Museu do Ipiranga. A marca tem feito um trabalho forte e investindo no longboard há algum tempo, e tem uma equipe de peso que estava presente no dia da inauguração, contando com nomes como rafael Massa, Diego Polito, Thiz Albertoni, Baldur Meurer e Jonathan Borges. Fica ao lado do Museu do Museu do Ipiranga, vale uma visita: r. Eng. ranulfo Pinheiros de Lima, 182.

Thiago Bomba atacando de Gravity Após uma trip na California com sua parceira e esposa Laura Alli, Thiago Bomba fecha uma parceria com a Gravity Skates, empresa californiana e referência mundial no ramo de longboard. Com a ajuda dos atletas, parceiros de rolé e amigos Guto Lamera, Brad Edwards e Kliff - que são monstros e referências no skatão -, o contato foi feito. Os donos gostaram muito de seu estilo agressivo e overall de andar em cima do carrão, o que foi a grande chance de aceitar o convite de fazer parte da equipe! Parabéns à nova conquista!

Compondo a mesa principal na Câmara Municipal de Curitiba, Pedro Medula representou em prol do skate como modal de transporte alternativo aos motorizados e poluentes. “Sou skatista profissional, servidor público federal, membro da Confederação Brasileira de Skate e atleta da Lei de Incentivo ao esporte da cidade de Curitiba. Todos os dias, deixo o meu carro em casa para usar o skate como meio de transporte, e sou visto por muitos como alguém que esta atrapalhando o trânsito, quando na verdade estou colaborando para a diminuição do número de automóveis e da poluição. O skate flui a uma velocidade média de 15 a 25 Km/h, velocidade muito superior aos veículos automotores em horários de pico. Em Curitiba, mais de 50 mil skatistas poderiam utilizar o skate como meio de transporte se existisse uma estrutura adequada para tanto. A regulamentação do uso do skate como modal de transporte merece merece a atenção do poder público, e isso é uma benesse para toda a população pois não implica apenas em direitos para os skatistas, mas em obrigações a serem cumpridas pelos mesmos durante seus deslocamentos, algo que atualmente não existe.” (Pedro Medula é patrocinado por root / B-Trix / Akihito racing Team / Prefeitura De Curitiba / Vouts / Afriki)

DiVulgação

Audiência Pública o skate como meio de transporte

loja legends na Galeria do rock A Galeria do rock é um dos locais com maior concentração de lojas de skate no Brasil. Com cerca de 30 lojas, a mais nova a ser aberta na famosa galeria é a loja da Legends. Localizada no segundo piso, você vai encontrar os melhores materias pra montar o seu set-up. crvis3r skatebOarding

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roberto tatto

ruy Zilnet

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Ana Maria Suzano.

Guanabara Boards: Oficina de Skate Longboard para meninas

reProDução

A Guanabara Boards volta à São Paulo em Janeiro para a realização de mais uma oficina de skate longboard. Dessa vez, a Ana Maria Suzano (entrevistada nessa edição) estará presente nessa oficina que é somente para meninas. A oficina tem dois tipos de público: quem nunca andou e quer aprender a andar de skate, e quem quer aprender o longboard dancing. As vagas são limitadas a 14 inscritas. Ligue para (21) 96974-6302 e também saiba mais em: http://www. guanabaraboards.com/longboardparameninas Para quem não conhece o trabalho desse coletivo de skate carioca, assista ao vídeo da 1ª oficina realizada em SP. https://www.youtube.com/watch?v=c2tyTuXANFI

Depois de passar por uma cirurgia na coluna que o afastou por mais de um ano e meio das sessions possuídas com seu longboard, Alexandre “Bob Sponja” está de volta. Sempre com seu skate overall, andando com seu long em qualquer terreno, testemunhamos a sua volta com esse sweeper pesado pelas ruas da cidade... Welcome back, Bob!

Bruxa anda solta...

longboard no ipad Que a marca Apple se tornou uma das maiores empresas do mundo com o lançamento dos Iphones, Ipads e todos os produtos da massa, não é novidade. Também não é novidade que, bem antes de se tornar tão popular, a marca já utilizava o skate no seu marketing pra motrar as qualidade de suas imagens. Novamente, a Apple utiliza imagens de longboard pra apresentar suas novidades no Ipad... I like it! <26>

Bob sponja na área!

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Capa da edição 3 da revista CrVIS3r Skateboarding, a jovem Isabela Barros sofreu uma acidente que vai deixá-la de molho por algum tempo. Depois de cair no barranco em Sombras, bateu a perna na árvore, o que resultou em fratura no fêmur e na tíbia. Após cirurgias, pinos e hastes externas, Isabela está se recuperando pra voltar bombando nas ladeiras. Boa recuperação!

dalua Bicampeão? Até o fechamento dessa edição, ainda faltava o evento de SJD pela IGSA pra definir o ranking do circuito mundial da entidade - e tem tudo pra que o campeão de 2012, Douglas Dalua, seja novamente o campeão de 2013, já que vem liderando até o momento... Aguardem o resultado na próxima edição! Cross your fingers!



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World slalom skateboard Championship POr roGério noGUeirA “sAMMy”

Participar de um mundial de skate é uma alegria para qualquer skatista. Participar pela terceira vez , sendo esta a segunda vez em um mundial da modalidade slalom, é um sonho na carreira de qualquer skatista. Pois é: aos 45 do primeiro tempo tive este sonho realizado. Só posso agradecer a Deus por ter colocado o skate em minha vida. Este carrinho já me proporcionou e continua a me proporcionar muita felicidade, verdadeiras amizades e um imenso arcabouço de conhecimento e cultura... Salve o Skateboard! Bem, vamos ao que interessa! Aeroporto de Guarulhos (SP), ticket de embarque na mão, vôo da United bookado: lá vamos eu e minha esposa (e “auxiliar técnica”) com destino a Houston. Chegando lá após 10 horas de voo, fomos direto para o Laquinta Hotel encontrar os melhores skatistas do mundo da modalidade slalom. Vixe, só fera na parada... Depois do encontro no hotel, fomos até o Hockley Derby Soap Box Park conhecer a área de competição e participar da maior festa do skate slalom mundial de 2013. Três dias de muita competição, adrenalina, troca de informações culturais e o mais importante de tudo: muito divertimento! Afinal de contas, o encontro do slalom mundial é meio que parecido com uma grande festa de família. Fatos dignos de registro.... • Todos os 6 melhores profissionais de 2013 no ISSA ranking presentes no briefing. • Dos 10 melhores profissionais do ranking Mundial Pro atual , apenas o alemão Dominik Kowalski e o lituano Gustav Gailītis não compareceram. • Joe McLaren ganhou nas duas provas da categoria pro, e acabou sendo o campeão geral de 2013. Lynn Kramer fez o mesmo e, além de se tornar campeã mundial de 2013, entrou para história do skate: ela é a primeira mulher a ser 10 vezes campeã mundial consecutivamente. • O skater mais velho na corrida foi a lenda Jamie Hart: com 62 anos de idade, o incrível californiano vencedor do Catalina Classic de 1978 ainda tinha muita roda pra torrar no asfalto. • Presente também nesta festa representando o skate feminino mundial estava Judy Oyama , com 53 anos de idade, com muita simpatia e velocidade na veia para enfrentar as provas de giant slalom onde os skaters atingiram velocidades de 75Km por hora... Faster is better! • Na categoria master, Kevin Delaney (campeão mundial de snowboard em 1993 e comentarista especializado para snowboard nos Jogos Olímpicos) foi o grande vencedor. • Chris Chaput (campeão mundial de freestyle em 1976, campeão do Gravity Games e dono da ABEC 11) também participou do evento competindo na categoria master. E eu, rogério Nogueira “Sammy”, fiquei muito feliz por representar o Brasil, ficando com a 5ª colocação na categoria Giant Slalom master e a 9ª colocação no master geral. Agradeço a Deus por me permitir vivenciar tal experiência , e a Hardworld Gestão Ambiental por patrocinar a minha ida e participação neste grande evento. Salve o Skateboard! Skate: Ontem, Hoje e Sempre...

Sammy.

The World´s in TexAs 2013 (11, 12 e 13 de Outubro, Hockley Derby Soap Box Park, Houston, Texas, USA) resUlTAdos MAsTer: 1º Kevin Delaney 2º Jonny Miller 3º Brad Jackman 4º John ravitch 5º rogerio “Sammy” Nogueira 6º Chris Chaput

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7º Scott Hostert 8º Keith Hollien 9º Hans Göthberg 10º Glenn Chapman 11º Claude regnier 12º Martin Drayton 13º Marty radan

14º Jani Soderhall 15º Bruce Bjortvedt 16º Paul Coupe 17º Jamie Hart 18º ron “Fatboy” Barbagallo

Chris Chaput.



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Pela primeira vez, aconteceu uma feira de skate no Brasil para apresentar os produtos das melhores marcas nacionais e internacionais: a URB Trade Show. A feira, que era totalmente B2B (Business to Business), também pode-se dizer que foi “E2E” (eye to eye), devida a oportunidade de fazer negócios cara a cara entre lojistas e expositores, sem o intermédios de e-mails, facebooks e telefones, algo muito comum nos dias de hoje. O sucesso foi total nesses dois dias (30 e 31 de outubro), acontecendo em um local inédito (Campo de Marte) com muitos negócios acontecendo e muita, mas muitas energia positiva no ar. O desafio foi vencido e o mercado do skate nacional se mostrou maduro e independente, mostrando que tem força para andar pelas próprias pernas! A revista CRVIS3R Skateboarding esteve presente com seu espaço privilegiado, distribuindo edições anteriores, adesivos e a nova edição de aniversário. A edição do ano que vem já tem data marcada! Parabéns aos organizadores, expositores e ao público presente, que contribuiram pra que esse fosse um dos melhores acontecimentos do ano no skate brasileiro! (FB)

RobeRto tatto

URB Tradeshow

Beatriz Souza.

Dani, Karen Jones, Cris Punk e Thiz Bertoni.



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Pedro Medula e Arion “Boi” Netto.

Polêmica em Teutônia: dropar de capacete... e cueca FOTO rodriGo KrisTensen/WollonG BoArdsTore Entre quebra de recordes e muita velocidade, o campeonato de speed de Teutônia teve uma polêmica histórica: dois riders de ponta, Pedro Medula e Arion “Boi” Netto, droparam a temida ladeira, apenas de capacete e... cueca! Todas sabem do perigo de andar em qualquer veículo (motorizado ou não) a mais de 100 km/hora sem equipamentos... Entre criticas e elogios, vamos postar aqui a mensagem que o próprio Pedro Medula deixou no seu perfil do Facebook e você pode tirar suas próprias conclusões. De qualquer maneira, merecem os parabêns pela coragem!

Teutônia só de cueca - A polêmica POr Pedro MedUlA Após descermos a ladeia mais rápida do mundo só de cuecas, criticas e e elogios pra todo lado. Pra quem não sabe o que aconteceu, eu, Pedro Medula, e Arion Netto (o Boi), descemos a ladeira mais temida do mundo usando apenas capacete, luvas, tênis e cueca. Várias pessoas julgaram um desrespeito com a organização, outras acharam muita atitude, coragem e sangue no olho. Todas estão certas! Quanto ao desrespeito com a organização: já me desculpei pessoalmente e formalizo minhas desculpas públicas à toda a organização do evento Top Skater Pro Teutônia 2013. A atitude durante o evento foi errada e nada profissional, poderia ter gerado consequências nefastas e entendemos perfeitamente a desclassificação aplicada aos dois atletas. Desta forma, mais uma vez, minhas sinceras desculpas por tal ato. Muitos me cobraram excessivamente por eu ter obrigação de ser exemplo, e disseram que vão usar isso como argumento sempre que cobrar uma boa conduta. A estes, lembrem: sou humano, passível de erros e viciado em adrenalina como todo mundo em qualquer esporte radical. Continuo tendo a mesma opinião quanto à obrigação dos atletas em manterem boas condutas. Errei, admiti o erro e vida que segue. Quanto ao sangue no olho: realmente a parada foi sinistra! Foi a maior adrenalina que senti em toda a minha vida! Quando descemos, havia um atleta caído na pista e feno pra todo lado, tivemos que desviar a milhão só de cuecas. O Boi colocou do lado pra ultrapassar bem no remendo e fizemos a descida mais louca de nossas vidas, sem dúvidas! Desculpem os que não gostaram, mas não fiz pra agradar nem prejudicar ninguém, fiz na adrenalina e na essência do skate de velocidade! Ao mesmo tempo que lembro que foi errado dropar assim durante um campeonato, também me lembro que dropei Teutônia a milhão só de cueca! Obrigado Boi (Arion Netto), por botar pra baixo com sangue no olho e fazer parte deste momento muito louco! Obrigado a todos que sabem do meu correto proceder e entenderam que este momento excepcional foi por puro tesão pelo skate! Os trabalhos pelo skate continuam e o tesão só aumenta!!! Ande de skate com o coração!



| lado a Derek Rabelo e Yan Bertinati.

Campeã feminina Melissa Brogni.

Danky Dean e Kyle Wester disputando a bateria final.

Final Junior I atletas Déryck Symckak e Júlio Cauan

Bateria Final da Júnior.

Leo Borton conquistando a vitória na bateria final do Stree Luge.

Guaíba TEXTO E FOTOS nérCio VArGAs

O mês de novembro é o período mais esperado pelos praticantes de downhill no Brasil e no mundo: é momento da perna sul-americana da IGSA. No Brasil, os campeonatos ficam todos no rio Grande do Sul e tiveram inicio com a 6ª Mostra Internacional de Downhill, que ocorreu durante os dias 02 e 03 de novembro na cidade de Guaiba. Com seu circuito característico no centro da cidade, o campeonato contou com a presença de diversos riders de outros países como o americano Kyle Wester (campeão da etapa de Teutônia do ano passado) e atletas do Canadá, Argentina, Chile e Angola. No sábado (02), primeiro dia de competição, concentraram-se os treinos livres e as tomadas de tempo, com destaque para os atletas Derek rabelo (skatista e surfista cego de nascença) e seu companheiro e guia Yan Bertinati, que surpreenderam a todos com garra e determinação em descer um circuito muito técnico com curvas acentuadas e asfalto irregular. O obstáculo principal em Guaíba, como sempre, é a penúltima curva do circuito, que exigiu o máximo de atenção dos riders para a sua conclusão sem parar nos fenos; é uma garantia de diversão para o público, e foi ali que se definiriam os tempos e vitórias nas baterias. Após as tomadas de tempo, o tempo fechou e a ameaça de chuva para a prova do dia seguinte era grande. Amanhece o domingo, o segundo dia de campeonato e o dia de baterias em Guaíba. Após uma madrugada chuvosa, o sol volta com força total e garante a pista seca para as disputas do dia. O centro da cidade lota aos poucos para presenciar os pegas pelas ruas do local; com baterias disputadas palmo a palmo no circuito e algumas quedas na temida “curva”, o campeonato foi se definindo para as baterias finais. Contando com toda a experiência de um local, o local de Guaíba Danky Dean sagrou-se campeão em uma bateria disputadíssima com o campeão de Teutônia 2012, o americano Kyle Wester, que foi o segundo colocado, além de Juliano Cassemiro em terceiro e o americano Willian royce em quarto. Melisa Brogni garantiu a vitória feminina com Morgana Luiz em segundo, Amanda Souza em terceira e Clara Perez na quarta colocação. Na master Silon Garcia foi o campeão batendo Juliano Cassemiro, que terminou em segundo e a <34>

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lenda da casa, o atleta rossano Silva, em terceiro. Nas categorias Junior I e II, a molecada andou forte e mostrou que, mesmo com pouca idade, já botam pra baixo com garra e técnica. A vitória na Júnior 1 ficou com Eric Soares, que já havia feito o melhor tempo no dia anterior, seguido do rider da casa Déryck Szymckak, Julio Acauan em terceiro e Octavio Gonçalves em quarto. Na Junior II, além das grandes descidas com o atleta cego Derek rabelo, Yan Bertinati garantiu a vitória em uma bateria acirrada com Jorge Pinheiro em segundo e renan Zimmer e Felipe rosa em terceiro e quarto colocados, respectivamente. A categoria street luge reservou grandes emoções para os espectadores. Com baterias acirradas sendo definidas na “curva fatal”, Leo Borton tornou-se campeão tranquilamente e, após um acidente envolvendo os outros riders na dita curva, Leonardo “Mozin” Verardi terminou na segunda colocação, ele que já havia literalmente voado sobre o luge do americano Frank Williams na semifinal... Tiago Antunes ficou na terceira colocação. A entrega da premiação e o encerramento do campeonato entraram a noite de domingo adentro com festa e muita comemoração em Guaíba. Faltando duas semanas para o campeonato mais esperado do ano no calendário da IGSA, os atletas nem desmontam seus equipamentos: o foco agora é a ladeira de Teutônia. 6ª MosTrA CoMPeTiTiVA de GUAiBA open 1º Danky Dean 2º Kyle Wester (USA) 3º Juliano Cassemiro 4º William royce (USA) 5º ricardo reis 6º rogerio Baum 7º Tiago Mohr 8º Willian rubim Feminino 1º Melissa Brogni 2º Morgana Luiz 3º Amanda Souza 4º Clara Perez 5º Franciele Cardoso 6º reine Oliveira 7º raíza Peruzzo Junior i 1º Eric Soares 2º Déryck Szymczak

3º Julio Acauan 4º Octavio Gonçalves 5º Matheus Dihl 6º Lucas rocha 7º Alexandre Trindade 8º Nathan Machado Junior ii 1º Yan Bertinati 2º Jorge Pinheiro 3º renan Zimmer 4º Felipe rosa 5º robinson Leão 6º Tiago Mohr 7º Bruno Monti 8º Victor Pereira Master 1º Silon Garcia 2º Juliano Cassemiro 3º rossano Silva 4º Fabio Lamb

5º João Bier 6º Will Sebben 7º Sandro Oliveira 8º Guilherme Silva Classic luge 1º Walter ribeiro 2º Leo Borton 3º Frank Williams 4º Maximiliano Benedetto 5º Silvano Boneberg 6º Fernando rocha street luge 1º Leo Borton 2º Leonardo Verardi 3º Tiago Antunes 4º Walter ribeiro 5º Frank Williams 6º Gabriel Bernardes 7º Fabrício Fachini 8º Fernando rocha



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Jéssica Souza.

Derek Rabelo, Ricardo Reis.

Partiu downhill 3ª etapa - Viana POr Alex GUerrA | FOTOS Leu Fraga - Fb.cOm/naturaLcineactiOn

O Espírito Santo continua escrevendo seu roteiro, escolhendo os personagens, as estrelas e sem dúvida colocando muita ação e emoção na história do 1º Circuito de Downhill Speed do estado. Sim, estamos no cenário do DH brasileiro e, depois de completarmos a terceira etapa na cidade de Viana, estamos prontos para a quarta. Por aqui é assim, velocidade acima de tudo! Só lembrando que não há no país outros circuitos estaduais realizados em várias etapas, apenas o Partiu Downhill, no Espírito Santo. O local escolhido para a terceira etapa foi o município de Viana, rodovia ES 476, em Baía Nova. Com o apoio total da Prefeitura (por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo), a terceira e penúltima etapa correu sem maiores problemas. Mais uma vez, o circuito foi prestigiado não apenas pelo público, mas também por muitos atletas que vieram de diversas partes do país, como Pernambuco, Minas Gerais, rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, além do Espírito Santo. A etapa reuniu mais de 80 atletas, dentre eles destacamos ricardo reis, Caio César, renato Borges, Marcos Diniz e ricardo Mikima. Depois de uma semana de tempo ruim o sol resolveu, mesmo que timidamente, mostrar a cara. Não durou muito e, durante o aqueci<36>

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mento de sábado, a chuva (muito comum nesta época do ano) mudou novamente a cor do asfalto. Mãos a obra e frisa a roda?! Não deu, devido à forte chuva, organização e atletas decidiram cancelar o primeiro dia do evento. Veio o domingo, preces atendidas, sol e pista seca no segundo dia. Opa, onde foram parar os fenos de proteção? Apesar do roubo, a organização e a prefeitura solucionaram o problema e a segurança não foi comprometida. As baterias rolaram ladeira abaixo com emoção e adrenalina a mil. Sem muitas surpresas na categoria Open, vencida mais uma vez por Caio Cezar, que conquistou as duas etapas que disputou, e pela Jeovana Vazzoler, na categoria feminina, levando a terceira vitória seguida para casa. 3ª eTAPA CirCUiTo PArTiU doWnhill de sKATe sPeed Feminino 1º Jeovana Vazzoler - ES 2º Jéssica Souza - MG 3º rafaela Martinez - ES 4º Fernanda rodrigues - ES Master 1º Julio Blander - rJ 2º Juba Sam - MG 3º ricardo Mikima - SP 4º Cristiano Indinho - SP 5º Leo Ferraz - rJ 6º Fabio Lock - SP

7º Sasha reis - BA 8º Fernando Teleco - MG 9º Lauro Laurin - MG 10º romulo Cruz - BA Junior 1º Pedro Meireles - rJ 2º João Victor - ES/MG 3º Weyder Nascimento - ES 4º Kennedy Micael- ES 5º SauulLemgruber - ES 6º Jorge Leonardo - ES 7º Philipe Diniz - ES

8º renan Barbosa - MG open 1º Caio Cezar - MG 2º Bernardo Borges - MG 3º ricardo reis - SP 4º Mateus Cavinato - MG 5º Pedro Meireles - rJ 6º Iuri Maggi - MG 7º Vinicius D’Oliveira - rJ 8º Philipe Diniz - ES



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Carlos Paixão, campeão da open.

serra Catarinense downhill Challenge TEXTO E FOTOS nérCio VArGAs

Durante os dias 19 e 20 de outubro, a pequena cidade de rio rufino sediou o Serra Catarinese Downhill Festival, evento homologado pela CBSK como 1ª etapa do campeonato brasileiro de Downhill. Um evento quase surpresa, visto que ninguém havia ouvido falar na ladeira e do campeonato ter sido organizado apenas um mês antes. Com apenas cinco mil habitantes, rio rufino não esperava receber tanta gente. O campeonato contava com 150 atletas inscritos, mais familiares, amigos, skatistas e afins; a cidade foi invadida e, durante um final de semana, respirou adrenalina e muito downhill. A curiosidade de todos os atletas era grande em relação ao trajeto e a dificuldade do circuito, dúvidas que foram respondidas no amanhecer de sábado. No primeiro dia, treinos livres e tomadas de tempos: os atletas caminham pelo trajeto para conhecerem melhor suas características e dificuldades, e a surpresa geral ficou por conta da grande curva, o ponto mais difícil do circuito. Com 1.400 metros de percurso, a ladeira era composta por um início sem grandes curvas mas que tinha uma aceleração rápida a qual os skatistas não esperavam, e rapidamente se chegava na casa dos 90 km/h. Então vinha a grande curva citada acima, que era uma curva de dois tempos e que acelerava entre estes dois tempos; tudo isso ficou ainda mais pesado pelo fato do percurso ter sido feito em meia pista. O grande obstáculo a ser vencido no sábado era a grande curva. <38>

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Terminar o trajeto com um bom tempo, e pensar na melhor forma de buscar como entrar nela disputando uma bateria, era a conversa geral entre todos os atletas. Com várias quedas durante o dia, muitos atletas insistiram em vencê-la e conseguiram ótimos tempos para as colocações nas baterias de domingo. Os melhores tempos ficaram com Carlos Paixão na Pro, robert rodrigues no Amador, Juliano Cassemiro na Master, raíza Sartori no Feminino e Alexandre Machado no Street Luge. Domingo foi o dia das baterias, e a grande dúvida entre a maioria dos riders era a forma de entrar na curva com outro skatista e conseguir vencer a ambos. A ladeira exigia muita técnica e destreza dos atletas para ser completada com vitória; baterias agressivas com riders disputando colados por todo o trajeto deixavam o campeonato mais empolgante para quem presenciou. As quedas foram frequentes, mas nenhum acidente sério - ponto para a organização do campeonato, que primou pelo pronto atendimento dos riders e pela liberação da pista o mais breve possível para que não houvesse atrasos nas baterias. Na categoria Pro, a região sul se destacou mais uma vez como polo de grandes atletas de downhill levando as primeiras colocações. Carlos Paixão (Pr) que vem se destacando com um atleta agressivo e muito veloz, foi o grande campeão, Alexandre Marcante (rS) em segundo e Alysson Garcia (Pr) terceiro colocado.



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Raíza Sartori campeã do feminino. Floriano Sales campeão da Master. Willian Rubim comemorando a vitória na categoria Amador.

Com grande número de inscritos, a categoria Amador contava com atletas que vêm se destacando cada vez mais em campeonatos no Brasil e exterior. O gaúcho William rubim correu todo o campeonato com tranquilidade e saiu campeão com uma moto zero KM de prêmio, seguido de Antonio Bruno (Pr) na segunda e Alexandre rausini (SC) na terceira colocação. Na master, a experiência e garra de Floriano Sales (SP) que, com duas quedas durante os treinos, venceu a curva e seus oponentes e sagrou-se campeão com Juliano Cassemiro (SP) em segundo e Sandro Vargas (rS) em terceiro colocado. A categoria feminina foi vencida pela atleta de Florianópolis raíza Sartori, que já vinha de uma vitória no campeonato Gás Inflamável em São Pedro (SP) dias antes, Bianca Fior (Pr) ficou em segundo e Débora Almeida (Pr) em terceiro. A categoria Street Luge foi, como sempre, um show à parte e provou mais uma vez que os paranaenses estão voando baixo e conquistando títulos no Brasil e mundo, Alexandre Machado (Pr) sagrou-se campeão, seguido por Walter ribeiro (Pr) na segunda e Willian Souza na terceira colocação. Apesar de todos os imprevistos acontecidos em decorrência do <40>

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Alexandre Machado e Walter Ribeiro.

curto espaço de tempo para a organização, o Serra Catarinense Downhill Festival ficou marcado como um grande evento, com uma das melhores premiações em campeonatos desse porte. Os atletas aprovaram o desafio e já esperam pelo próximo ano para poder encarar a ladeira novamente. Organização: DHM races / Patrocínio: Cliff Longboards, Wollong Boardstore, Tacna, Banana Longboards, Tekna, Coast Skateboards / Apoio: Face, Orangatang / Cobertura: revista Crvis3r Skateboarding serrA CATArinense doWnhill ChAllenGe Profissional 1º Carlos Paixão - Pr 2º Alexandre Marcante - rS 3º Alysson Garcia - Pr 4º Sergio Cordeiro - SP 5º Pedro Medula - Pr 6º Lucas Bontorin - Pr 7º rafael Sabella - SP 8º Thiago Lessa - MG Amador 1º Willian rubim - rS 2º Bruno Antônio - Pr 3º Alexandre rausini - SC 4º Andrew Dassie - SP 5º robert rodrigues - rS

6º rafael Fonseca - rS 7º Lucas Perdoná - SC 8º Nicolas Guimarães - Pr Grand Master 1º Floriano Sales - SP 2º Juliano Cassemiro - SP 3º Sandro Vargas - rS 4º Will Airton - SC 5º Vanil rocha - Pr 6º Fábio Lamps - rS 7º Evandro Schenato - rS Feminino 1º raíza Sartori - SC 2º Bianca Fior - Pr 3º Débora Almeida - Pr

4º reine Oliveira - SP 5º Morgana Santos - SC 6º Melissa Brogni - rS 7º Duane Espíndola - Pr 8º Amanda Souza - SC street luge 1º Alexandre Machado - Pr 2º Walter ribeiro - Pr 3º Willian Souza - Pr 4º Claudemir Santos - Pr 5º Matheus Lopes - SC 6º Manoel Formica - SC 7º Fernando rocha - rS 8º Marcos Souza - SC



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O campeão mundial Adam Persson na frente do bonde nos treinos.

Thiago Duarte, Caio Cezar, Thiago Lessa, Max Ballesteros, Lucas Herbst, Rafael Careca, Sole Alysson Garcia. Byron Essert, James Kelly, Jonas Richter, Adam Persson.

Bateria final do open: Danke, Adam, Max e Thiago colados na curva!

Mega Grand Prix 2013 POr GUTo JiMenez | FOTOS FernAndo “FrUKe” AlVes O estado de Minas Gerais é um celeiro de picos e skatistas de downhill speed desde sempre. Sendo assim, nada mais justo que a última etapa do circuito mundial da IDF (International Downhill Federation) se realizasse num pico bem próximo à capital Belo Horizonte, no Mega Space, um centro de eventos que inclui um autódromo bem desenhado. Num cenário como esse, o Mega Grand Prix 2013 só podia mesmo fechar com chave de ouro a série de eventos da controvertida entidade. Mesmo não gostando de politicagem, era impossível ficar alheio e não prestar atenção ao que rolava nos bastidores. Após anos de circuitos de outra entidade, a IDF surgiu com uma proposta de “melhorar tudo pra todos os envolvidos de todas as formas”, de acordo com o organizador e dirigente Lee Cossiet. De fato, algumas diferenças foram vistas: mais rolés de treinos livres pros participantes, o que os mantinha aquecidos e “adrenados” por mais tempo; cronometragem digital com transponders presos aos tornozelos dos competidores, um sistema diferenciado que praticamente elimina a possibilidade de erros; a possibilidade de competidores entrarem em duas categorias ao mesmo tempo, permitindo que alguns juniors e masters competissem na categoria open, por exemplo. No entanto, algumas melhorias precisam vir com urgência. A falta de de-

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finição de alguns critérios, como o formato de largada e a ordem de competição das categorias por exemplo, deram a impressão de que algumas dessas novidades eram resolvidas na hora. Além disso, eu algumas vezes tive de me virar pra divulgar os resultados das baterias, já que não havia uma ponte direta entre a mesa de organização e a locução. São pontos que podem parecer pequenos, mas que poderiam provocar atrasos no cronograma e mais cansaço aos competidores, dois fatores que assombram todo e qualquer evento de skate que se imagine. É perfeitamente compreensível que essas falhas sejam pensadas e corrigidas o quanto antes, e é bom que os dirigentes da IDF abram os olhos pra esses e outros detalhes no ano que vem Nada disso, porém, diminuiu o brilho do evento e nem influenciou no resultado final. A organização local se esmerou em fornecer tudo que os competidores e equipe técnica precisavam, desde comunicação eficiente entre os postos de fiscais até transporte pros competidores até o alto da ladeira – usando uma via paralela de acesso, uma boa solução que fez com que a área de disputa não fosse usada de outra forma além das baterias em si. O atendimento médico aos skatistas que sofreram quedas mais graves foi bem rápido e preciso, já que haviam duas equipes médicas no pico, e não faltou água e frutas pra galera poder amenizar os efeitos do forte calor que fazia


Kyle Wester, Juliano Cassemiro, Renato Reche.

Max Ballesteros, Dillon Stephens e Rafael Careca.

no local. Todo o crédito deve ser dado ao pessoal da FMSD (Federação Mineira de Skate Downhill), a Max Ballesteros (competidor de ponta do circuito que divulgou o evento pelos quatro cantos do planeta) e ao Kaká Verardi, o gaúcho que está se tornando o melhor organizador de campeonatos de speed no país. Bem, que tal agora vermos o que rolou nas disputas? luge O pessoal atingia entre 110 a 115 km/h no pico de maior aceleração, cerca de 10 km/h a mais do que os skates – ou seja, pura adrenalina o tempo todo! O brazuca Leo Borton adotou a tática do “corra e deixe correr” durante as disputas, mas foi bem mais agrrssivo na última bateria e fez a diferença, na modalidade que tinha o competidor mais jovem (Leonardo “Mozin” Verardi, com 12 anos) e o mais antigo (rodrigo “rodrigão” rocha, 54 anos) de todo o campeonato. Não existe uma prova maior do sentimento que o uretano provoca do que essa! Master Mais uma vitória de Juliano Cassemiro, o “Lilica”, o skatista que participa do circuito mundial há mais tempo e um dos brazucas pioneiros nas competições de speed internacionais, que recebeu o troféu com seu filho Lucca no pódium. Silon Garcia, O Mestre, não deu trela e a decisão na bateria final foi uma disputa emocionante entre os dois MXK - “Matuzas Xapa-Kents”. Os tiozinhos ainda têm muita lenha pra queimar, rapaziada, muito respeito aos pioneiros da modalidade. Feminino A apresentadora da emissora local anunciou a modalidade como “beleza e graça ladeira abaixo”... Sim, isso também, mas principalmente muita competência de todas as competidoras. Destaques pra Elena Cardigall, que sagrou-se campeã mundial mesmo tando caído antes das semifinais, e pra Geórgia Bontorin, que levou mais um evento e por pouco não se sagrou a mais jovem campeã mundial de speed em toda a história. Liga não, menina, 2014 tem mais disputas pra você ganhar... Junior Essa molecada pode não ter carteira de motorista, mas já pilota MUITO rápido. A renovação do speed está garantida, pois novos talentos surgem a cada momento, e qualquer vacilo mínimo pode fazer a diferença no final da descida. O chileno Matias Eduardo não se impressionou com a vibe, botou pra baixo e levou mais um troféu pra seu país, numa disputa acirrada contra o carioca Gabriel Pucheu nos últimos metros do circuito. open A categoria principal não regulou emoções do início ao fim da disputa, que consagrou o sueco Adam Persson (o “Viking Gentil”) como o primeiro campeão mundial de speed pela IDF. O local Thiago Lessa mostrou frieza e muita precisão e chegou em segundo, pra delírio da galera mineira que o sagrou na entrega de prêmios com o grito de “cuei, cuei, cuei!”. Em terceiro, chegou o gaúcho Danky Dean Garcia, que protagonizou a ultrapassagem mais emocionante e comentada de todo o evento: na disputa de uma das semis, ele e o norte-americano James Kelly entraram no drift no mesmo momento numa entrada de curva, o gaudério entrou por dentro e levou a melhor. Fechando o pódium, o mineiro Max Ballesteros - esse o grande responsável pela organização do evento. Mandaram muito bem, galera!

Pedro Medula, Sole Alysson Garcia e Lucas Herbst.

MeGA GrAnd Prix 2013

Alex Tongue, Thiago Duarte e Fael.

luge 1º Leo Borton 2º rodrigo Bisquertt (CHI) 3º Gustavo Franco 4º Fernando rocha 5º rodrigo rocha 6º Leonardo Klein Verardi Master 1º Juliano Cassemiro 2º Silon Garcia 3º Juarez “Juba” Soares 4º Paulo Pedro Poltronieri 5º Marco Vidales (VEN)

Feminino 1º Georgia Bontorin 2º Débora Sass de Almeida 3º Maria Esyutina (rUS) 4º Magdalena Blanc (ArG) 5º Julieta Arlettaz (ArG) Junior 1º Matias Eduardo (CHI) 2º Gabriel Pucheu 3º Otacílio Costa “Juninho” 4º Ian Freire 5º Manoel rocha 6º Gonzalo Brandon (PEr)

7º Pedro Braga 8º André Gibram Silva open 1º Adam Persson (SWE) 2º Thiago Lessa 3º Danky Dean Garcia 4º Max Ballesteros 5º Jordan richter 6º Kyle Wester (USA) 7º Bernardo Negrão 8º Byron Essert (USA)

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downhill skate Party 6 FOTOS CAio MATsUí

O Downhill Skate Party aconteceu pela sexta fez consecutiva nas ladeiras de Alphaville, bairro nobre da cidade de Santana do Parnaíba (SP). O evento, que começou com o intuito de reunir amigos pra uma boa session na ladeira, tomou grandes proporções logo no início e, com isso, se tornou um acontecimento anual com muito skate, música, slides e, lógico, diversão. E nesse ano não foi diferente! Parabêns aos organizadores, que mantém o evento de maneira orgânica dedicando horas, semanas e meses pra que essa confraternização aconteça... Vida longa ao DSP! Igor Lage.

Thiago Bomba.

Alisson Pereira.


Rafael Fernandez.

JĂŠssica Amorin.


Rui Zilnet

ana maria suzano

Entrevista

Ana Maria Suzano

Se você acha que longboards e o footwork típico do freestyle não combinam, é hora de mudar os seus conceitos. Ana Maria Suzano é uma skatista capixaba que vem apostando nessa fusão, e impressionando cada vez mais e mais pessoas em seus vídeos no seu canal do YouTube. Alex Batista, o mentor do coletivo Guanabara Longboards, colocou a musa pra falar sobre sua criação que atrai cada vez mais admiradores e seguidores pelo país. Leia com atenção, e vá pras ruas criar você também o seu estilo! (Guto Jimenez) POR Alex BAtistA (GuAnABArA BoArds)

H Acima: Cross foot com estilo em Ipanema. Na página ao lado em cima: Boneless ou bean plant? Não importa, Ana Maria mandando pra cima! Na página ao lado embaixo: Switch no comply na base.

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crvis3r skateboarding

á quanto tempo você anda de skate e como começou? Antes do skate eu jogava handebol, um esporte coletivo com muito contato. Havia muita dependência do grupo, pois não tinha como jogar sozinha. Quando o time acabou, fiquei deslocada e não sabia o que fazer; foi nesse cenário que o skate surgiu. Eu me encontrava numa ambição por alguma coisa diferente, queria alguma coisa em que pudesse me revelar sem intervenção de ninguém. Queria individualidade, queria andar de skate. Vai fazer dois anos agora em janeiro. Com quem você costuma andar de skate? Aqui em Vitória, eu ando sozinha, é o único tempo que eu tenho pra pensar nas coisas. Apesar de algumas vezes me encontrar com alguns amigos, logo me isolo novamente (risos). O skate é de alguma forma uma válvula de escape, é uma dedicação por gosto e não por responsabilidade ou obrigação. Você vive numa ponte aérea VIX x RIO, como você concilia viagem e estudos? Primeiro que não existe viagem sem notas boas, meus pais só me permitem andar de skate se eu estiver bem na escola, até mesmo aqui no estado. O Rio é mágico, disso

todo mundo sabe, e tento fazer o melhor aqui pra não correr o risco de perder as viagens. É necessário priorizar as coisas, mas no meu caso eu concilio mesmo (risos). Skate pra você é um estilo de vida ou é uma profissão? Você pretende seguir uma carreira? Essa pergunta é um pouco difícil... Eu estou deixando acontecer. Não faço questão de seguir uma carreira, porque ando de skate primeiramente por gosto, mas caso vier a ocorrer, não vou recusar. Uma ideia que eu já tenho formada é sobre a questão dos limites: onde deixa de ser diversão e passa a ser obrigação. Quando se profissionaliza o esporte, você acaba tendo responsabilidades e quando essas responsabilidades entram em conflito com o prazer, já não se vale mais a pena. Quais outras atividades você curte além do skate? Que tipo de música você gosta de ouvir pra andar de skate? Eu gosto muito de nadar e costumo pescar em alto mar com meu pai. Em relação às músicas, eu escuto muito MPB, eletrônica e alguns raps. Meus preferidos são: Los Hermanos, Cassia Eller, Strillex, Krewella, Emicida... Uma coisa que confunde um pouco a cabeça das pessoas: o que é na verdade o longboard dancing?


Rui Zilnet

Danyllo Rocha

Danyllo Rocha

Danyllo Rocha

É uma releitura de movimentos primários do skate, somados ao footwork do freestyle, executados dentro da angulação que os trucks de longboard proporcionam - ou seja, é algo que já foi feito no passado, em outro formato e com um novo nome (risos). Você começou no skate longboard; algum dia pretende conhecer outros estilos de skate? Pretendo, mas não agora. Primeiro foco no vestibular. (risos) Guanabara Boards é o coletivo que você faz parte, como é que isso funciona? Bom, a Guanabara antes de tudo é uma família! Lá todos são muito unidos e possuem uma causa em comum: a valorização do skate. Não há preconceitos de idade, gênero ou tamanho do skate. A galera se protege e troca conhecimento criando um ambiente de harmonia e interação social. É algo positivo e muito funcional. O pessoal da evolução anda demais! Você é bastante popular devido aos seus vídeos no YouTube. Qual é o maior beneficio de toda essa divulgação? O maior benefício mesmo é a quebra desse estereótipo machista da sociedade de que mulher não pode andar de skate. Na realidade, existe esse preconceito na maioria dos esportes “agressivos” e, por muitas vezes, essa trivialidade já se mostrou sem fundamento. Não só os meus vídeos, como de várias outras garotas rompem com esse padrão. Alem disso, acho que os vídeos servem de incentivo também para quem está começando a andar. Algum conselho para as meninas? A maioria das meninas que me procuram está começando a andar ou tem medo. Existe uma citação da Clarice Lispector que eu gosto muito e acho que se encaixa nessa situação: “o jeito é começar de repente assim como eu me lanço de repente na água gélida do mar, modo de enfrentar com coragem suicida o intenso frio”. Quem são seus ídolos e ou maiores influências no skate. Rodney Mullen. Gosto dele não por ter revolucionado o skate, mas por ter conseguido unir sentimento, leveza e criatividade. O cara fez o que gostava mesmo contrariando todos os patrões da época, ele ignorou a visão clichê do resto dos skatistas e inovou completamente. Ele é um mito! Quando assisti ao documentário sobre a Bones Brigade pela primeira vez, eu comecei a chorar. O jeito com que ele se expressava era incrível. De cara já me identifiquei com a história dele. Todo tempo que esteve isolado, somado às linhas de pensamento, foram pra mim quase como uma ideologia. Agradecimentos Em especial ao Alex, Digdim e a todo o coletivo Guanabara Longboards, que sempre me deram apoio e incentivaram o meu progresso, ao Danyllo, que também é do coletivo e sempre se esforça em fazer vídeos de qualidade. Meninas, venham pra rua!

A bela que é uma fera no foot work. Nose manual na rua tranquila.

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AdriAno Aziz

priority tour

Priority

Longboard Tour TexTo Diego Polito | foToS Diego Polito e ADriAno Aziz

D Acima: Diego Polito, b/s nose slide.

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omingo, dia 15/09: durante a sessão de skate, eu (Diego Polito) e Adriano Aziz decidimos fazer uma tour pelo interior de SP com a intenção de agregar mais imagens para o novo vídeo da Priority Longboard, andar em picos novos e rever os amigos. Convidamos o Armando Artiles (da Venezuela ) e o Raphael Goya para completar a barca. Segunda-feira, 16/09: pela manhã, saímos de SP

com sentido a Campinas, mas a previsão de tempo ruim era a mesma para semana toda, então resolvemos retornar para SP e adiar a viagem para próxima semana. Passada a semana, fizemos as malas e pegamos a estrada novamente; dessa vez, o destino foi a cidade de Piracicaba. Saímos de SP no dia 25/09 bem cedo, mas dessa vez o Armando Artiles não pôde seguir a tour pois começou a trabalhar na US boards, então nós se-


diego Polito diego Polito

diego Polito

diego Polito AdriAno Aziz

Em cima à esquerda: Priority Longboard Crew na Praça das Águas. Em cima à direita: Adriano Aziz, layback. No meio: Raphael Goya, b/s nose slide. Abaixo à esquerda: Diego Polito, rock’n roll. Abaixo à direita: Adriano Aziz, b/s full slide.

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diego Polito

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No alto da página: Raphael Goya, half cab tail slide nose grab. Logo abaixo: Diego Polito, b/s nose slide. Acima: Adriano Aziz, f/s nose slide stalefish. À direita: Guilherme Guimarães, b/s wallride na Praça das Águas. Embaixo à esquerda: Adriano Aziz, f/s boneless. Embaixo à direita: Cri Duarte, blunt indy grab to fakie.

AdriAno Aziz

diego Polito

guimos sem ele. Pegamos a Rodovia dos Bandeirantes e, no caminho, avistamos uma ladeira em frente ao parque Hopi-Hari, Raphael Goya imaginou uma sessão em frente ao parque e sem pensar duas vezes, fizemos o retorno e começamos a andar, e a diversão foi garantida. Chegando em Piracicaba, fomos direto para skatepark da Rua do Porto, pista completa com uma área de street e transições de vários tamanhos onde andamos o dia todo. No dia seguinte, fomos rumo a São Pedro onde encontramos nosso amigo Cri Duarte em sua loja (Ambient Skate Shop), que nos indicou uma ladeira secret spot no alto da serra no sentido de São Carlos. A ladeira ficava no meio do nada, rodeada por mato com um visual alucinante, e a sessão foi irada repleta de risadas e manobras. No fim da tarde, Cri Duarte nos levou a skatepark de São Pedro onde tivemos o privilégio de finalizar a nossa tour com um pôr do sol maravilhoso. Queremos agradecer primeiramente a Deus por nos proporcionar todos esse momentos com o skate, a todos os familiares por nos apoiar, ao Guilherme Guimarães (quedinha), Cri Duarte e a Dona Linda por toda recepção e a família Priority Longboard por fazer tudo isso acontecer!

AdriAno Aziz

diego Polito

priority tour





top skate pro teutônia

Teutônia 2013

Superando os limites! Eis que chega o grande evento: todos os caminhos levam para a ladeira mais insana do circuito IGSA. Teutônia sempre desperta as sensações mais extremas nos riders que ousam dropá-la, pois o medo e a coragem andam de mãos dadas. Essa é a ladeira que coloca toda a técnica e evolução dos atletas a toda prova, e conseguir dropar todo o circuito já é uma vitória. POr Nércio Vargas FOTOS rodrigo KristeNseN Acima: Teutônia no melhor estilo Mad Max! Na página ao lado: O “tobogã” mais temido e respeitado do circuito mundial, pergunte a Juliano Lilica (macacão preto) e Rafael Careca (macacão branco).

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isputado entre os dias 15 a 17 de novembro, a ladeira de Linha Harmonia e toda a comunidade já esperavam a movimentação que o campeonato traz para a cidade há quase uma década. O Top Skate Pro Teutônia ganha esse ano o status de histórico: completando dez edições, o campeonato é hoje um dos eventos mais importantes no mundo do skate em geral e, para coroar este trabalho, Teutônia sedia pela segunda vez a etapa mais importante do Circuito Mundial IGSA, o World Championship. É o campeonato que desperta a atenção mundial, e o vencedor da ladeira mais rápida do mundo ganha o respeito de toda a comunidade do downhill e o título de campeão mundial da World Championship. Esse ano, o campeonato teve um recorde no número de inscrições: precisamente 226 atletas de 13 países desafiaram a ladeira. Estava previsto um formato diferente para o evento. Seria feito apenas uma tomada de tempo na sexta-feira, quando os 48

melhores tempos passariam para a competição principal do domingo; todos os outros iriam disputar baterias no sábado atrás das 16 vagas restantes, o famoso qualifying race. Porém, a sexta-feira amanheceu com um vento tão forte que destruiu tendas e jogou os fenos para longe da pista. Parte da estrutura teve que ser remontada e, ao final da qualificação do Skate Open, o tempo virou de vez e os últimos atletas droparam em condições de ventos fortes e princípio de tempestade, que se transformou em uma forte chuva temporária encerrando os trabalhos do dia. Com este imprevisto, o cronograma do evento teve que ser revisto e a organização decidiu que voltaria ao formato tradicional de duas tomadas de tempo e a classificação de 64 riders para o domingo. Com isso, o dia foi de tomadas de tempo. Outro diferencial do evento deste ano é que, em todas as descidas de tomada de tempo, havia um equipamento para aferir a velocidade dos atletas, o Top Speed, que em outros anos era feito somente para os


NĂŠrcio Vargas

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Nércio Vargas

top skate pro teutônia

16 principais riders. Este ano todos tiveram a oportunidade de marcar as suas velocidades. Nesse momento, os riders colocaram toda a técnica em ação alcançando velocidades superiores aos 100 km/h. Nas tomadas de tempo, Antonio Carlos Paixão além do melhor tempo garantiu o top speed e o recorde da pista no campeonato com a incrível velocidade de 119km/h sobre um skate. No Classic Luge, mais um recorde batido na pista: Walter Baresi alcançou a marca de 127 km/h e já demostrou que vinha para brigar pela vitória. A surpresa do campeonato ficou por conta do polêmico drop dos riders Pedro Medula e Arion Netto somente de capacete e cuecas, e as loucuras dos riders Steve Canona no street luge e Willians Angenendt no In Line que realizaram ultrapassagens pelo meio das pernas de Willians em pleno tobogã para o espanto geral do público... Um ano para ficar na história! Como é de se esperar, o domingo raiou com sol e calor deixando a ladeira seca para mais um dia de dropes em alta velocidade, de baterias e de desafio total para os atletas classificados. Logo após o almoço, a organização do evento realizou uma bateria de aquecimento com todos os riders em suas categorias descendo praticamente juntos; ver os street luges alcançarem velocidades superiores a 110 km/h na pista estreita, e todos descendo quase juntos, causou espanto e admiração em todos os espectadores. Mostrando desde o primeiro dia que, além do recorde, ele veio para ganhar, Carlos Paixão foi o grande campeão na cate<56>

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No alto: A fenomenal Geórgia Bontorin deixando a concorrência pra trás mais uma vez. Embaixo: O mínimo erro é fatal em Teutônia: Roberto Crixel (skatista caído) e Bruno Spengler.


Ao lado: Cair em alta velocidade não é fácil. Abaixo à esquerda: Andrew “Aj” Haiby aproveita o air break do Dalua pra fazer a ultrapassagem Abaixo à direita: Cristiano Indinho puxando o pelotão.

Parabéns aos campeões!

goria Open seguido de Max Ballesteros, com Augustin Virgulini da Argentina e Kyle Wester dos EUA na terceira e quarta colocações respectivamente. Na categoria Junior II, a vitória ficou com Yan Bertinati que já vinha de uma vitória em Guaíba, Andrez Pereira, Lucas Perdoná e André Bodziak completaram o pódio nas segunda, terceira e quarta colocações. No Master, Silon Garcia garantiu a vitória com Juliano Cassemiro em segundo e João Bier em terceiro. Na feminina, a atleta paranaense e vice-campeã mundial do circuito IDF Geórgia Bontorin levou o troféu seguida da conterrânea Bianca Fior, da argentina Magdalena Blanc e da brasileira Melissa Brogni na terceira e quarta colocações.

Nas outras categorias, os vencedores foram Walter Baresi na Classic Luge, Alexandre Machado no Street Luge, Steve Canona no Inline e Anderson Oliveira no Dirt Surfer. A premiação reservou uma homenagem aos descobridores de Teutônia, Ivandro Mano, Felipe Martins, Fábio Lampião e Sandro Punk, e aos atletas que droparam todas as dez edições do campeonatos, Fábio Lamps, o “Lampião”, Douglas Dalua, Silon Garcia e Xandy Marcante. Um campeonato marcado pelos desafios e emoções, inesquecível para quem presenciou!

toP sKate Pro teUtÔNia WorLd cHaMPioNsHiP open downhill 1º Carlos Paixão BrA 2º Max Ballesteros BrA 3º Agustin Virgolini ArG 4º Kyle Wester USA 5º Santiago Espeche ArG 6º Mariano Gentili ArG 7º Andrew Dassie BrA

8º Silon Garcia BrA Women downhill 1º Georgia Bontorin BrA 2º Bianca Fior BrA 3º Magdalena Blanc ArG 4º Melissa Brogni BrA 5º Morgana Luiz BrA 6º Débora Sass BrA

7º reine Oliveira BrA Junior ii downhill 1º Yan Bertinati BrA 2º Andrez Pereira BrA 3º Lucas Perdoná BrA 4º André Bodziak BrA 5º Bruno Spengler BrA 6º renan Zimmer BrA

7º Otávio Fialho BrA 8º Darlan Duarte BrA Master downhill 1º Silon Garcia BrA 2º Juliano Cassemiro BrA 3º João Bier BrA 4º Ericsson Fontenele BrA 5º ricardo Mikima BrA

6º Floriano Sales BrA 7º Marinho Marcante BrA 8º Scott Lembach USA dirtsurfer 1º Anderson Oliveira BrA 2º Leandro Silva BrA 3º Marcos Santos BrA 4º Luiz Bartz BrA

apoio cultural:

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new york city

New York City:

skate everywhere! O Broadway, Quinta Avenida, Central Park... Empire State Building, Estátua da Liberdade... Skate, Skate, Skate... Descubra porque New York, a mais fascinante e populosa cidade dos Estados Unidos, é um dos melhores lugares do mundo para andar de skate. fOTOS e TexTO Eliana Castanho

acima: Nova York tem muitos apelidos - Big Apple, The City that Never Sleeps (A cidade que nunca dorme), Gotham, The Empire City e The World’s Biggest Urban Playground ( O maior playground urbano do mundo) - são apenas alguns deles. A ilha de Manhattan vista do rio Hudson.

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skate faz parte da paisagem nova-iorquina, assim como os famosos táxis amarelos: é muito comum você ver pessoas de qualquer idade andando ou carregando um skate pelas ruas e avenidas. Isso acontece porque o skate é, de fato, um meio de transporte alternativo na Big Apple. Segundo o código de trânsito, skatistas têm direito de circular nas ruas, de maneira não imprudente e nem na contramão. Devem também respeitar os sinais de trânsito, a sinalização e usar roupas reflexivas à noite. Usar carro não é a melhor opção para se locomover em Manhattan – que, por ser uma ilha, tem um trânsito extremamente caótico e um custo muito alto de estacionamento. Para fugir deste estresse diário, muitos nova-iorquinos se locomovem de metro, ônibus, a pé, de bicicleta, de patinete... e, lógico, de skate. O skate tem aumentado muito o número

de praticantes nos últimos anos na Capital of the World (Capital do Mundo), outro apelido de NYC. Talvez porque, além de ser uma atividade física saudável, o skate é uma opção prática: baixo custo para aquisição; manutenção mínima; fácil de guardar em casa, no trabalho ou na escola. Também vale lembrar que o skate é muito mais fácil de carregar do que uma bike, dentro das inúmeras linhas de metrô e ônibus disponíveis em Gotham City. São muitos os motivos para este crescimento e o mais importante deles é: o skateboarding é uma maneira deliciosa de saborear os 5 distritos (boroughs) da Big Apple - Manhattan, Bronx, Queens, Staten Island e Brooklyn. Para Heng Le, 34 anos, que mora no Queens e anda de longboard há 10 anos, “conhecer a comunidade nova-iorquina de skate é um bom motivo para qualquer skatista visitar a cidade. É uma grande família onde todos apoiam uns aos outros, independente do nível ou modalidade no esporte.”


“É muito difícil dizer quais são os melhores lugares para andar de skate porque NYC inteira é um grande skateboard playground,” afirma o nova-iorquino Serge Berig, de 25 anos e que anda de skate desde 2006. Ele mora no Brooklyn e usa o longboard para ir trabalhar, encontrar com os amigos, manter a forma e relaxar. esta é uma cidade singular… ela oferece a cada esquina infinitas possibilidades para se divertir em qualquer estação do ano. É repleta de atrações e tem uma arquitetura e natureza magníficas. Uma cidade cosmopolita que nunca dorme, onde 8 milhões de habitantes falam mais de 800 idiomas diferentes. Por tudo isso, todo mundo deveria visitar NYC pelo menos uma vez na vida - andando a pé, de carruagem ou de pedcab… até parar na primeira loja de skate e sair com um longboard nos pés (caso não trague o seu!).

Em cima: O skate é um meio de transporte alternativo na Big Apple. Foto @ 1st Avenue, East Village, NYC. No meio da esquerda para direita: Kyle, Rocky e Connor no Riverdale Park, em Manhattan; Skatista atravessando a 2nd Avenida, no East Village; Anthony Ramirez, Anthony Vargas, Mike Grimesn e Ricky Headlam no Central Park West com a 72nd Street - um dos skate points de Manhattan. Ao lado: Cruzamento no Central Park West com 59th Street, em frente ao Columbus Circle - outro skate point em Manhattan.

Acesse o link da fotógrafa eliana Castanho para ver cenas diárias de skateboarding em New York: www.facebook.com/ NYCskateboarding4u crvis3r skatebOarding

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Daniel Bourqui

entrevista

Entrevista:

Guto Lamera Muitos skatistas sonham em viajar pros EUA e, uma vez lá, poderem viver de seus rolés no skate; da mesma forma, muitos profissionais de imagens também sonham em poderem ter seus trabalhos divulgados em sites, revistas e serem contratados pra fazerem trabalhos encomendados por marcas. Guto Lamera não ficou somente no sonho, tendo partido pros EUA com a cara e a coragem – além de muito talento tanto sobre o skate quanto por trás das lentes. Não bastasse ser um excelente skatista overall com seu long, o cara vem explorando novas linguagens e técnicas de fotografia, filmagem e edição, ampliando os limites conhecidos em ambas as habilidades. Nessa entrevista exclusiva à CRVIS3R, ele conta um pouco do caminho percorrido até o seu atual reconhecimento como skatista e profissional de imagens, além de dar dicas valiosas a quem quiser seguir a trilha vitoriosa que ele seguiu. Como ele mesmo diz, “tudo é possível”!

POR GutO JImenez

Acima: Calma, totó! O barulho é só o Guto rasgando o coping de concreto da pista caseira. Na página ao lado: O banco de metal do ponto de ônibus em San Diego é o palco perfeito pro rock slide.

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A

ntes de mais nada, gostaria de saber sobre as suas origens no skate: quando você começou a andar, onde andava e com quem costumava dar os seus rolés. Sou de Brasília, ando de skate desde os 9 anos de idade e comecei a andar no street no Setor Bancário de Brasília. Quais são os skatistas que você mais curte, e por quê? Os skatistas que hoje em dia estou curtindo mais de ver são aqueles moleques que andam no gás e estão se puxando forte, como Murilo Peres, Pedro Barros, Aaron Jaws, Rony Gomes, David Gonzales e, claro, o Bob que acabou de lançar sua vídeo-parte de

Mega rampa. Claro que sempre estou revendo os vídeos dos caras que são sempre e serão influências, como Carlos de Andrade (Piolho), John Cardiel, Nilton Neves e outros. Igual a muitos outros, você começou no street e migrou pro long. O que mais te atraiu nos “skatões” num primeiro momento? Acho que foi o slide, por isso eu comecei a andar de long. Eu lembro quando aprendi meu primeiro slide de mão no chão, fiquei louco e só queria dar slides, e tinha sempre que fazer rodízio nas rodas já que os slides só saíam pra um lado, dai comia as rodas somente de um lado. Depois fui me adaptando com o longboard e fiquei bem à vontade, fui pras pistas e


Keoni issa

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artviDeophoto.com

entrevista

Acho que toda lugar novo é um desafio, meu desafio maior é nunca para de andar de skate.

Acima: A legendária e cascuda backyard pool conhecida por “Graveside”, ao lado do cemitério de Waialua (North Shore, Hawaii), é atacada por um fs air sem medo de assombração. Na página ao lado em cima: Esmerilhando os eixos em mais uma backyard pool norte-americana, frontside smith. Na página ao lado embaixo: Ainda no North Shore, a Banzai Skatepark recebe o fs flip grab com gosto.

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descobri um novo mundo com o longboard. Assistindo aos seus vídeos, a primeira coisa que se nota é a sua incrível fluidez e aquela capacidade de fazer a manobra mais casca-grossa parecer fácil. Pela minha experiência, isso é fruto de quem “faz sessão” ao invés dos que simplesmente “treinam” de skate. É por aí mesmo, você se preocupa mais em curtir do que com a sua própria performance em si? Com certeza eu faço sessões, ficar somente treinando uma manobra especifica é muito chato. É claro que quando eu estou tirando uma manobra, fico empolgado e acaba que sempre tiro um tempinho pra tentar essa manobra em especial, mas logo mais já estou fazendo alguma outra coisa, fazendo o skate fluir. Ainda sobre os vídeos, parece que você uniu o útil ao agradável nas filmagens que você faz dos outros, já que cursou faculdade de cinema e ainda tem o privilégio de filmar aquilo que gosta. Como foi que o conhecimento adquirido na faculdade te ajudou na hora de produzir imagens dos outros? Sim, isso me ajudou bastante, mas é claro que na área de produção é mais treino, tem que ficar treinando igual ao skate. Quanto mais você prati-

car, melhores serão os resultados. Até hoje continuo fazendo vários workshops específicos da área de cinema, aqui mesmo na Califórnia. Você costuma dirigir quem te filma ou prefere deixar rolar? Depende com quem eu estou filmando ou fazendo fotos, geralmente eu deixo o videomaker e o fotógrafo bem à vontade pois eu sei que cada um tem uma forma de trabalhar e uma forma de se expressar. Com certeza nenhum fotógrafo ou videomaker gosta de ser mandado por atletas, então eu tento ter uma relação de confiança mas, sempre depois da manobra, estou querendo ver os resultados, pra saber se estamos na mesma frequência. Como profissional de imagens, qual o conselho que você daria pra quem está começando agora no meio, especialmente falando de filmagens de skate? Pra quem está começando, o mais importante de tudo é estar treinando bastante, assistindo a vídeos para pegar influências, saber o que está sendo usado e buscar conhecimentos básicos dos seus equipamentos. Não e só ter uma câmera na mão e sair clicando, hoje em dia como está fácil o acesso a equipamentos, todo mundo que tem uma câmera oferece trabalhos de vídeos e fotos profissionais. Então tem que fazer uns


roBBie lyons artviDeophoto.com

cursos para entender como funciona a fotografia, as cores, as exposições etc, tem que estar sempre buscando novas informações e tendências. Quais outros videomakers de skate você gosta? e fora do skate, quais os seus cineastas favoritos? São tantos videomakers que eu gosto do trabalho que fica até difícil citar nomes, mas acho que o Lucas Santiago (da Zion Produções) e o Marcos Feijó (da Garden Grove) são os meus favoritos no momento, gosto muito da linguagem que eles aplicam nos vídeos. Cineastas que eu sempre fico de olho nos trabalhos são: Jeffrey Katzenberg, James Cameron e Steven Spielberg. A coisa que eu mais admiro no seu rolé é a sua capacidade de andar em backyard pools como se tivesse andando de skatinho, às vezes muito melhor do que outros pool riders... É o seu tipo favorito de transição? Ainda estou aprendendo andar em backyard pools, mas me sinto muito confortável com essa transição rápida assim como com o asfalto todo irregular, acho que me dou bem nesses tipos de lugares porque consigo deixar meu skate bem leve nos meus pés. Em backyard pools, você tem que estar sempre muito leve senão seu skate fica no coping block ou nos buracos, é tudo muito rápido. em que outros tipos de terreno você costuma andar? Ditches, skateparks, bowls, piscinas, street, vert, downhill slide... de tudo um pouquinho, senão enjoa. Xará, eu li em algum lugar que você estaria se preparando pra dropar a megarrampa... é isso mesmo?! Onde você está treinando? Rapaz, eu até tinha essa plano, mas agora no momento estou focado em outros projetos. A Megarrampa não é pra qualquer pessoa não, é fácil se machucar sério. Depois que comecei a filmar a mega, eu percebi que até os melhores do mundo caem feio e se machucam a sério. Mas, vira e mexe, eu estou dando umas batidinhas no quarter pipe da Mega e são 30 pés de altura, mas nada de fazer a mega completa. Tem algum outro desafio que você pretenda superar no skate? Acho que toda lugar novo é um desafio, meu desafio maior é nunca para de andar de skate. Vejo tanta gente cheia de talento no skate e parando de andar por vários motivos, até mesmo pela correria que a vida leva a gente a ter, então acho que o meu maior desafio é andar de skate até as pernas não aguentarem mais! Por favor, diga-nos a importância que o Sérgio Yuppie tem na sua carreira. Sergio Yuppie foi quem me colocou na Gravity, logo depois do Slide Fest de 2007, eu consegui um resultado bem legal aquele ano então várias marcas estavam bem interessadas em fechar alguma coisa. Dai o Sergio já foi logo me puxando pro lado dele, e depois daquela época tudo só vem melhorando. Sempre que ele está na Califórnia, é de lei tirar uns dias aqui comigo! Logo que ele chega, eu sempre vou logo pegando minha câmera e vamos direto pra ladeira. Sou fascinado em ver o Sergio andando de skate, sempre depois da session a gente assiste às imagens em câmera lenta. crvis3r skAteboArding

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Em cima: Frontside air em mais um pico caseiro da California. No meio: Um long, um ditch e um flip: receita de diversão garantida pro Guto Lamera. Embaixo: Qual o problema do pico ainda não estar pronto? O fs nose bone saiu poderoso do mesmo jeito.

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victor villoDre rafael tiBuron

Você é bastante envolvido com a Gravity, que te patrocina e te forneceu o status de pro, não só andando pra eles mas também produzindo vídeos. O que mais te realiza ao trabalhar com a marca? A Gravity e uma marca de skate longboard que tenta manter a essência do skate, hoje em dia a indústria do skate vende o que está na moda, por esse e vários outros princípios eu me identifico bastante com a marca sendo um atleta profissional por eles. O fato de fazer uns trabalhos foi por acaso, eu tenho uma produtora de vídeo e foto aqui na Califórnia (www.artvideophoto.com) e trabalho com varias outras grandes empresas do ramo do esporte, lógico que tudo fica mais fácil quando você tem o contato direto com a marca, que foi no caso da Gravity Skateboards. tem um rider da marca que eu acho uma tremenda inspiração pro rolé, que é o Brad edwards. Você costuma andar muito com ele? Como é o cara no dia a dia? Quando me mudei pra Califórnia, conheci o Brad e, a partir daí, sempre fazemos varias sessions e viagens juntos. Aprendi muito com ele, de tanto fazer o role com o cara acaba sendo normal puxar pro mesmo estilo. Eu lembro que cada pico que ele me levava, eu ficava louco e já queria sair dando aéreo pra todo lado (risos), foi quando ele me mostrou o outro lado do skate, de conhecer os lugares. Cada lugar tem uma parada bem legal, não só ficar tentando manobras, dai fui pegando essa filosofia com ele, de andar mais no flow. O Brad é um cara muito tranquilo e bem roots, viciado em skate e viciado em andar em lugares que somente ele consegue andar. Fazem 2 anos que ele se mudou para East Coast, mas nas próximas semanas ele estará de volta de maneira permanente. Quando sai o seu pro model? Já dá pra você passar uma ideia de como será o shape e o design? Quando sai não é certo ainda, estou trabalhando nos pequenos detalhes do shape, quero deixar perfeito. Estou testando novas medidas de wheel base e novos materiais para deixar o shape mais leve, mas será praticamente bem parecido com esse novo modelo que estou usando esse ano, só que com novas tecnologias e tamanho 44 polegadas. Fale um pouco sobre suas viagens: qual delas foi a sua favorita e qual foi a maior roubada? Poxa, estou sempre viajando e conhecendo lugares novos e pessoas novas, seja trabalhando com atletas ou com minha equipe de skate. É uma das coisas que mais gosto, sem-

caio peres.

entrevista


sers e semilongs, ate mesmo a indústria do surfe está fazendo skates longboards... Eu acredito que a tendência é só crescer a cada dia que passa, só não podemos deixar a qualidade dos skates cair. Xará, eu te agradeço imensamente pelo tempo que você dedicou a essa entrevista. Por favor, mande o recado que você quiser e deixe uma mensagem pra quem ler a revista. Só mesmo agradecer a todos aos leitores da revista, é muito importante pra gente que é skatista ter uma revista impressa. Infelizmente, com o crescimento da internet e o avanço tão rápido da tecnologia, várias revistas tiveram que fechar suas portas por vários motivos, então vamos ai continuar apoiando a revista e fazendo a cena do longboard crescer cada vez mais. Sempre dando o role por diversão, por amor, nunca por fama ou dinheiro e muito menos se preocupar com a opinião dos outros em relação ao seu role. Ande para você e de coração, porque sem o coração a gente nunca vai chegar ao ponto de equilíbrio. Tudo na vida é possível, acredite e vá em frente!

Virou meio que um lifestyle para alguns, como fazer um role na praia usando de meio de locomoção, e pra outros uma coisa mais séria, de descer ladeiras, realizar manobras, dar um role no skatepark.

O piso é rala-côco e a curva do ditch intimida?! No problem: b/s heelflip nele!

Keoni issa

pre estar de role por esse mundão! Uns dos lugares mais especiais que eu já fui foi o Hawaii e a Costa Rica, vale muito a pena na minha opinião. Estar sempre em clima tropical, vários picos para andar de skate e surfar, não quero mais nada (risos). Agora a maior roubada, acho que não encontrei ainda; toda trip tem sempre alguma coisinha ruim, mas sempre acho uma forma de levar tudo para o lado positivo. Se for para escolher um lugar onde passei mais dificuldades, eu diria a Europa: bem frio, sempre chovendo, sempre molhado. Como você enxerga o interesse crescente no longboard, tanto no Brasil como nos euA? Acho que o skate longboard está explodindo, se você pára e observar, a cena de 5 anos atrás era somente uma promessa e agora já é uma realidade. Virou meio que um lifestyle para alguns, como fazer um role na praia usando de meio de locomoção, e pra outros uma coisa mais séria, de descer ladeiras, realizar manobras, dar um role no skatepark. Você pode notar que a cena é tão forte que a maioria das marcas de skate hoje em dia tem uma divisão de skate crui-

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Beats By Dre Beats Pill www.beatsbydre.com

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| foto do leitor As imagens dos leitores estão chegando, e se você também quiser ver sua foto publicada aqui na revista, envie-a para nós. Esse espaço é seu! Basta enviar a sua imagem mais legal, andando de long, cruiser, speed, downhill slide... o que você achar melhor. A foto selecionada vai estampar a “Foto do Leitor”! Então capriche e envie por e-mail para: fotocrvis3r@gmail.com Utilizando o aplicativo Instagram, basta postar a sua foto preferida com a hashtag #crvis3rskateboarding. Não se esqueça de colocar o nome do skatista, o local, a manobra (opcional) e o nome do fotógrafo. Lembrando que fotos de quaisquer mecanismos são aceitas: celular, câmera fotográfica, captura de vídeo, etc. Boas sessions e boas fotos!

Caio Pelegrini. Local: Estacionamento Paulistão Foto: RubensMello

Gabriel José Bermúdez. Local: Marina da Glória Foto: Pedro Ricardo

visite: @crvis3rskateboarding

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Resultado da promoção de aniversário “Meias CRVIS3R”. Essas são algumas frases que selecionamos, cujos autores vão ganhar um par de meia cada: • “CRVIS3R inspirando sonhos não só por um dia ou ano, mas pra toda vida.” Mayara Meireles (rocklife.may@XXX.com) • “Há um ano atrás, a revistra CRVIS3R chegou pra agregar valor ao longboard no Brasil.” Long Praia Clube (longpraiaclube@XXX.com) • “Não tenho palavras para expressar o quanto CRVIS3R tem ajudado no mundo do SKATEBOARDING em apenas 1 ano de vida. Mas venho agradecer de coração por vocês nos deixarem informados gratuitamente sobre o que acontece no mundo do SKATEBOARD. Parabêns e que venham muitos e muitos anos de CRVIS3R!” John Lenonn (jl_skt@XXX.com) • “Em cima do long cá, meia lá, em cima dos short, seja slide ou num speed top quero essa meia pra me dar sorte e fazer 10001 backflips pra comemorar 1 ano (dos muitos) da CRVIS3R skateboarding!” Gabriela Pozzoli (pozzolig@XXX.com) • “CRVIS3R é um ano de diversão e informação resumida em páginas!” joaoely barbosa (joaoelyb.barbosa@XXX.com) • “O Nosso 1º ano a gente nunca esquece!” Raphael Conde (raphael_conde_cruz@XXX.com) • “Skate é arte e ganhar essa meia da CRIV3SER faz parte!” Caco Barioni (caiobarioni@XXX.com.br) • “CRVIS3R é informação, também representante da rua e dos skatistas. Então, um ano se passou, comemorando assim com as meias CRVIS3R!” Eduarda Barbieri Barbosa (barbieriduda08@XXX.com) • “CRVIS3R, um ano de muito skate fast!!!” Jefferson ahlert (lipi.ahlert@XXX.com) • “CRVIS3R Skateboarding, 1 ano de atitude, amor e tradição ao skate.” André Bortoloto (bortoloto.andre@XXX.com) Os demais ganhadores são: João Almeida Soares; Patricia Fortunato de Souza; Amilton Arruda Veloso; Pedro Alcantara Jr.; Marta Maria de Almeida; Jorge Guimarães Clementino; Adílson de Paula; Nelson Franco Filho; Willian Correa; Cláudia Almeida de Lima. Meias produzidas por Control Z.

ano 2 | edição 8

dezembro 2013/janeiro 2014

Editores: Fabio “Bolota” Britto Araujo e Guto Jimenez Arte: Edilson Kato Redação: Guto Jimenez Colaboradores: Texto: Alex Batista, Alexandre Guerra, Alexandre Maia, Antonio do Passos Thronn, Christie Aleixo, Delira Fotos, EuAmoLongboard. com.br, Larissa Sampaio, Rogério Sammy, SK, The Hut, Tielle Hass Fotografia: Adriano Aziz, Alexandre Guerra, Artvideophoto.com, Caio Matsui, Caio Peres, Daniel Bourqui, Dannylo Rocha, Diego Polito, Eliana Castanho, Fernando “Fruke” Alves, Gabriel Klein, Keoni Issa, Luciano Ferreira Souza Neto, Nércio Vargas, Rafael dos Anjos, Rafael Tiburon, Roberto Tatto, Robby Lyons, Rodrigo Kristensen, Rogério Sammy, Rory Russell, Rui Zilnet, Victor Villodre Comercial: Fabio Bolota fabiobolota1@gmail.com (11) 96357-3492

Editora Circuito das Águas Ltda Rua Paraná, 525 – Jd. Bela Vista Jaguariúna - SP - Fone: 55 (19) 3867.0795 Diretor - Presidente: Ricardo Azevedo Coordenação: Sérgio Marini Administrativo/Financeiro: Amanda Brisola Circulação/Comercial: Priscila Sardinha Distruição gratuita em lojas e boardshops (Acompanhe os pontos de distruição na página “Onde Encontrar” da sua CRVIS3R e no site: www.crvis3rskateboarding.com.br) Deus é grande! A Revista CRVIS3R SKATEBOARDING é uma publicação bimestral. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam a opinião da revista e sim a de seus autores. Dúvidas ou sugestões: duvidascrvis3r@gmail.com Acesse: Site: www.crvis3rskateboarding.com.br Facebook: /crvis3rskateboarding Instagram: @crvis3rskateboarding Issuu: /crvis3rskateboarding



| cuide-se

por Larissa sampaio*

M

ais um ano se passou, e claro que o brasileiro nunca perde a mania de deixar tudo para a última hora. Quando chega essa época do ano, o assunto é estar bem para para curtir as férias ou aproveitar esse tempo livre para praticar atividades, e começar o ano fazendo algo diferente que lhe traga resultado e prazer. Uma boa sugestão é o “push race”, que na minha época eu chamava de “remadão”. Acordava de manhã, ia para o parque da Cidade (em Brasília) e lá começava o meu super-treino. o meu objetivo era melhorar o equilíbrio e, claro, fazer meu aeróbico trabalhando pernas e glúteos; posso afirmar que o resultado é ótimo e, para quem está querendo começar a andar de skate, é o primeiro passo. No começo era muito difícil remar para os dois lados, pois temos a nossa base, e aí já começa um grande trabalho de evolução: remar com as duas pernas. Fazia sempre uns treinos progressivos, tipo: um passo com a perna direita, depois outro com a esquerda, e daí ia aumentando o ritmo até 20 passadas com cada perna, e sentia queimar. o percurso era de 4km a 10 km, então eu colocava uma boa música e ia embora! Hoje em dia, o push race já é uma outra modalidade que tem até um ranking nacional, e você pode treinar e até participar de grandes competições se quiser levar seus treinos adiante. A prova é bem disputada, e vence quem chegar primeiro. o grande lance é estar com uma boa per-

formance, com a remada forte e constante, e com um skate bem montado para a modalidade. No push race, o atleta não precisa fazer uma linha de manobras, nem pular rampas ou fazer slides. É uma competição que permite a participação de skatistas amadores e profissionais juntos porque depende mais da velocidade do que da habilidade do competidor. outra coisa muito importante para os skatistas que entram na competição é a resistência física: as provas têm em média 4kms ou mais de extensão, que devem ser percorridos o mais rápido possível. Skates longos e rápidos levam vantagem na prova. portanto ai vão algumas dicas para montar o skate ideal para esse tipo de modalidade: shapes de longboard são os mais aconselhados, para dar mais estabilidade, durante a remada e na velocidade também. os trucks são importantes, e para o push race é melhor que seja o mais leve possível, pois o truck conta muito para o peso do skate. Lembrando que, para longboards, trucks maiores são mais recomendados, assim como rodas grandes e rolamentos de boa qualidade. Ano novo, vida nova! Monte o seu skate e vá remar nas ruas, parques, calçadões... sentir o vento na cara e ser feliz! Que venha 2014 com muita alegria, saúde, prosperidade e skate para todos nós!!!

* Larissa de Sousa Sampaio nasceu em Goiânia, mas vive desde os 5 anos em Brasília. Empresaria, professora de ginástica e personal trainer, é formada em educação física e anda de skate há 10 anos. É a atual campeã do Circuíto Brasileiro de Downhill Slide 2012 - Longboard Feminino. Patrocínio: Grife Larissa Sampaio Sportwear.www.larissasampaio.com.br / Apoio: Six Trucks Gear

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Mormaii - R. Túlio de Rose, 80 - Shopping Bourbon Country Porto Alegre Fenix Street Wear - Rua Julio de Castilhos, 71 - Centro - Bento Gonçalvez top Skate - Av Doutor nilo Peçanha, 2181 - loja 3 - Boa Vista - Porto Alegre top Skate - Av. Independência, 1093 - Independência - Porto Alegre UponBord - Av. Dr. Sezefredo Azambuja Vieira, 2685 Canoas/RS rio DE JanEiro acquanews - Rua Moises Amelio, 17- lj144 - Cadima Shopping - Centro - nova Friburgo Bergwind - West Shopping - Est. Mendanha, 555 - Segundo Piso loja 259 – Campo Grande Bibi Sucos - Av. Ataulfo de Paiva, 591-A - Rio de Janeiro Bibi Sucos - Shopping Leblon, 4º Piso, 405-E - Rio de Janeiro Boards co. - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja A, B, 30 Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro Bom rolé - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 40 - Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro Homey - Rua Fracisco Otaviano, 67 - loja 17 - Galeria River Arpoador - Rio de Janeiro rollin’ time arpex - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 15 - Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro Street Force - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 35 - Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro SK8 rock - Rua Campos Sales, 188 - Maracanã - Rio de Janeiro Skate rock - R. José de Alvarenga, 65 Lj 16 - Duque de Caxias Skate rock - Av. Pres Vargas, 187 qd 03 - loja 03 - Duque de Caxias Skatebrothers rio - Rua Constanca Barbosa, 96 - loja E -

paraná Secttor aWa - Rua Vicente Machado, 285 - loja Vm 18 Curitiba pErnaMBUco Fish SurfSkate - Rua Sebastião Alves, 178/301 - Parnamirim - Recife Myllys Skateboard Wear - Av. Conde da Boa Vista, esquina c/ Rua da Aurora - Boa Vista Recife rio GranDE Do SUL Duelo Skateboard - Rua Primeiro de Março, 991 - sala 01 - Centro - São Leopoldo panda & Monio - Rua 24 de Outubro, 111 - loja 42 - Centro Porto Alegre complex Skatepark - Av. Protásio Alves, 3839 (esquina com R. Gutemberg) - Porto Alegre trópico Surf Shop - Av. Francisco Trein, 173 - loja 362 Porto Alegre

Banca Ibirapuera, São Paulo.

Meier - Rio de Janeiro Sea cult - Av. Cesário de Melo , 3006 - loja 118 - Campo Grande Loja UnderHouse - Galeria Oliveira - Av. Roberto Silveira, 110 - loja 03 - Centro - Paraty Santa catarina curva de Hill Skate Boards - Rua Laurindo Januario da Silveira, 5555 - Florianópolis Dogtown Sk8 Shop - Rua Fernando Machado, 36 - Centro Florianópolis Flying rhino - R. Beco dos Surfistas 236, Lagoa da Conceição - Florianópolis Hotglass - R. Acacio Garibaldi Santhiago 864 - Joaquina Florianópolis ilha Bela Surf Shop - Rua Irineu Bornhaussem, 510 - Centro Praia Grande Jamaica Skateboard - Rua Felipe Schmidt , 249, Centro Comercial ARS, Loja 14, Centro - Florianópolis JBay - Rua Felipe Schmidt, 249, Centro Comercial ARS - loja 209, 1º Piso - Centro - Florianópolis pousada Hi adventure - Rua Sotero Farias, 610 - Rio Tavares - Florianópolis São paULo/capitaL/aBc Banca ibirapuera - Pq. do Ibirapuera (dentro do parque) Balboa Boards - Rua Cunha Gago 284 - Pinheiros - São Paulo Bless Skateshop - Rua Turiassu, 603 - Perdizes - São Paulo Bomba Store - Av. Cel. Sezefredo Fagundes, 2055 - casa1 - Jd. Tremembé - São Paulo central Surf - Shopping Aricanduva - Av. Aricanduva, 5555 âncora 9 - Vila Matilde São Paulo Galeria alma do Mar - Rua Harmonia, 150 - loja 05 - Vila Madalena - São Paulo Flow Skate Shop1 - Av. São João, 439 - loja 233 - Centro São Paulo Flow Skate Shop2 - Av. São



| onde encontrar João, 439 - loja 323 - Centro - São Paulo Forever Skate Shop - Av. São João, 439 - loja 448 - Centro - São Paulo Led rockskate - Estrada do Campo Limpo, 354 - loja 402 - Vila Prel - São Paulo Mys pot - Rua Alfonso Bovero, 1410 Pompéia - São Paulo Mission - Rua São João, 439 - loja 125 - Centro - São Paulo overboard (aricanduva) - Shopping Leste Aricanduva - loja 121/125 Aricanduva - São Paulo overboard (Santana) - Rua Dr. Olavo Egídio, 51 - Santana - São Paulo red Beach - Av. Júlio Buono, 2070 Vila Gustavo - São Paulo Sativa - Rua 24 de Maio, 116 - loja 19 - Centro - São Paulo SaM (Skate até Morrer) - Av. São João, 439 - loja 109 - Centro - São Paulo SaM - Av. São João , 439 loja 124 Centro - São Paulo

Dogtown Sk8 Shop, Florianópolis/SC.

CaveShopSk8, Passos/MG.

SK8-1 - Rua Dr. Jesuíno Maciel, 605 - Campo Belo Star point (ibirapuera) - Av. Iraí, 224 - Moema - São Paulo Star point - Shopping Eldorado - Piso 2 - loja 329E - Pinheiros - São Paulo Secretspot/curva de Hill - Rua dos Patriotas, 548 - São Paulo Sick Mind - Rua Augusta, 2056 - São Paulo Sick Mind - Loja Ouro Fino - Rua Augusta, 2690 - loja 216 - São Paulo Surf trip (centro) - Rua 24 de Maio, 199 - Centro - São Paulo Surfavel Surfboards - Rua Conselheiro Saraiva, 912 - São Paulo Styllus - Rua Visconde de Inhaúna, 980 - São Caetano do Sul terceiro Mundo - R. 24 de maio 62 loja 468, Centro - São Paulo tent Beach - Av. Ramiro Colleone, 255 - Santo André toobsland - Rua Cerro Corá, 635 Lapa - São Paulo Ultra Skate - Rua Engenheiro Adelmar

Dahora Underground, São Luís/MA.

Drop Skate Shop, Belo Horizonte/MG.

Mello Franco, 111 - Brooklin Paulista São Paulo US Boards - Rua Engenheiro Ranulfo Pinheiro de Lima, 182 Ipiranga - São Paulo Wollong Board Store - Rua Cajaíba, 1029 - Pompéia - São Paulo São Paulo/InterIor - lItoral action now - R. Dr. Thomas Alvez, 216 - Campinas action now - Rua Dr. Paulo Frontin, 261 - Centro - Mogi das Cruzes clube c - Rua Pinduca Soares, 138 Centro - Ibiuna Dirty Joy - Rua Almeida de Morais, 30 - Santos Dorgo Skate - Rua Alameda das Margarida, 628 - loja 6 - Guarujá Dylan Skate Bags - Rua Princesa Isabel, 73 - 45 - Itarare - São Vicente Evolution - Av. Mal. Floriano Peixoto, 44 - lj. 96 - Santos Gás Inflamável Skate Shop - Rua Quinze de novembro, 1817 - Centro -

São Carlos industria Skateshop - Av. Andromeda, 227 - loja 127 - Jd. Satelite - São José dos Campos Life core - Travessa Marquez do Herval, 82 - Pindamonhangaba a toca Skateria - R. Frei Gaspar, 952 - São Vicente Surf track - Plaza Avenida Shopping Av. José Munia, 4775, Loja 195, Piso 1 - São José Do Rio Preto trash Skateboards - Av. Prof. Thomaz Galhardo, 454 - loja 04 - Centro Ubatuba Vahlent Boardshop - Av. Siqueira Campos, 51 - Centro - Jacareí Via 83 - Av. Ana Costa, 549 - loja 83A - Gonzaga - Santos Confira também as relações de lojas em www.facebook.com/ crvis3rskateboarding

RolaBosta Longboard, Anápolis/GO. Hotglass, Florianópolis/SC.

Fish Shop, Recife/PE.

Secttor, Curitiba/PR.



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Cliff Coleman

na Ladeira da Morte

Por Fabio bolota | Fotos RobeRto tatto

F

oi um domingo daqueles que não se via há muito tempo na Ladeira da Morte, talvez desde o último campeonato que aconteceu ali, na homenagem ao Willians Indião em 2011. só que, dessa vez, o homenageado foi ninguém menos que Mr. Cliff Coleman, carinhosamente chamado de “O Deus do Slide”, pois afinal foi o inventor do “Coleman slide” em ladeiras. Centenas de pessoas compareceram e puderam prestigiar um cara (ou senhor), que nasceu em 1949 e desceu a ladeira de uma maneira única, o que não é pra qualquer um. sérgio Yuppie, o responsável e organizador desse encontro, também estava presente, assim como as diversas gerações de skatistas de ladeira que botaram pra baixo. Parabéns a todos... respect!

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