Maria de Fátima S. Gottschalg analisa o fenômeno da segregação socioespacial urbana sob uma perspectiva geograficosocial. Ela utiliza indicadores da realidade brasielira e observa que o processo acelerado e concentrado de urbanização teve como resultado uma segregação socioespacial aliada à concentração de pobreza. A desigualdade e a exclusão manifestam-se na ocupação de áreas impróprias e inadequadas à moradia, localizados nas periferias ou mesmo em zonas centrais, mas em áreas de topologia desfavorável, em situação de risco geológico, desprovidas de infraestrutura urbana básica e ambientalmente degradadas. A autora é coordenadora da Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-MG). É assistente social, mestre em Geografia e doutoranda em Ciências Sociais pela PUC-MG.