Revista Mineira de Engenharia - 18ª Edição

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ANO 4 | EDIÇÃO 18 | ABRIL 2013

MINAS SERÁ LIDER NACIONAL EM TI

MGTI 2022

SERVIÇO CREA-MG já tem a sua Câmara de Conciliação e Arbitragem

MINERAÇÃO Novo marco regulatório será aprovado em 2013

ENTREVISTA Zuleika Stela Chiacchio Torquetti, presidente da FEAM

ARTIGOS | ENGENHARIA DE SEGURANÇA | MEIO AMBIENTE E MUITO MAIS.




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EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE

Investir em infraestrutura para garantir desenvolvimento Uma notícia veiculada há poucos dias na imprensa nacional, de forma discreta, sem muito alarde, revela que a venda de brita, produto muito utilizado na construção pesada e na maioria das obras rodoviárias e de infraestrutura, registrou uma queda significativa desde 2012. Nos três primeiros meses deste ano, a indústria vendeu pouco mais de 7,6 milhões de toneladas no país, ante os 8 milhões de toneladas, no mesmo período do ano passado. Esta informação pode indicar cenários pouco satisfatórios e até mesmo preocupantes. Entre eles, o baixo investimento em infraestrutura que é considerado como um dos maiores gargalos para o crescimento econômico integrado do país. Este quadro que vem se desenhando em setores diversos se manifesta no dia a dia de quem produz, no consumo e no atendimento de demandas sociais e econômicas. Do ponto de vista social, ficam a desejar os investimentos em saneamento, saúde, educação, moradia, que requerem obras de implantação de redes de esgoto e água tratada, construções adequadas e sólidas para atender a população. Isso é a infraestrutura coletiva sendo aplicada para que a população tenha qualidade de vida, possa produzir e ter suas demandas atendidas. Do ponto de vista econômico, ainda estão por serem resolvidas

questões básicas urgentes de infraestrutura, a exemplo, daquelas relacionadas com os aeroportos, portos, rodovias, ferrovias, hidrovias, energia elétrica, telecomunicações e recursos tecnológicos. Houve avanços consideráveis nas últimas décadas, se for avaliado o volume de investimentos previstos, por exemplo, no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas, ainda, insuficientes para atender as demandas nacionais e as necessidades sociais e econômicas da população. Contudo, mesmo em um ambiente de expectativa inflacionária e elevação de juros, com uma crise internacional que se prolonga, há otimismo por parte do governo brasileiro em relação à continuidade de crescimento da economia. Mas, são inúmeros os dados de fontes confiáveis de pesquisa que demonstram que não há um aproveitamento desejável dos recursos que são gerados com esta expansão econômica. A posição, até então, secundária da infraestrutura, a falta de investimento em setores como o de transportes, por exemplo, tem efeitos desalentadores para a economia. Segundo estudos da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a má conservação das estradas brasileiras é um fato. Pelo menos 70% das rodovias são defi-

Ailton Ricaldoni Lobo Presidente da SME

cientes ou péssimas, e em 42% há problemas de pavimentação e de sinalização. Mas, não faltariam recursos. Há indícios de que, dos R$ 8,5 bilhões previstos no Orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para serem usados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2010, pouco mais de R$ 900 milhões foram efetivamente pagos. De acordo com o Ipea, as obras previstas no PAC para as estradas estão atrasadas em 70%. Nessas condições, a pergunta que não quer calar é como o setor produtivo poderá escoar sua produção e assegurar competitividade no mercado externo? É sabido que com boa infraestrutura a produção nacional se fortalece, porque diminui custos, pode-se aplicar preços mais competitivos aos produtos e, consequentemente, gerar desenvolvimento. O desenvolvimento econômico não pode ser planejado e nem analisado sem a infraestrutura, já que esta surge como um de seus principais eixos. Por isso, as mazelas identificadas no plano social e quaisquer perdas no ambiente econômico, a exemplo da brita, são reveladoras de que é necessário maior esforço e empenho do estado brasileiro para concretizar novos aportes de recursos em infraestrutura, uma vez que não pode abandonar seu papel de indutor do desenvolvimento econômico do País. 5


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Compromisso com Você! A Sociedade Mineira de Engenheiros, por meio de sua equipe, tem desenvolvido uma série de trabalhos para atender cada vez mais e melhor a cada um dos associados. Em seus 82 anos de existência, a SME trabalha para integrar, desenvolver e valorizar a Engenharia, a Arquitetura, a Agronomia e seus profissionais, contribuindo para o aprimoramento tecnológico, científico, sociocultural e econômico.

Compromisso com o Futuro Aprimoramento profissional e inovação tecnológica também têm sido uma das grandes bandeiras da SME para oferecer os melhores produtos e serviços para você e sua família.

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PRESIDENTE Ailton Ricaldoni Lobo VICE - PRESIDENTES Ronaldo José Lima Gusmão José Luiz Nobre Ribeiro Victório Duque Semionato Alexandre Francisco Maia Bueno Délcio Antônio Duarte DIRETORES Luiz Felipe de Farias Diogo de Souza Coimbra Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Marcílio César de Andrade Alessandro Fernandes Moreira José Flávio Gomes Fabiano Soares Panissi Janaína Maria França dos Anjos Normando Virgílio Borges Alves Clemenceau Chiabi Saliba Júnior SUPERINTENDENTE José Ciro Mota

Publicação

CONSELHO DELIBERATIVO Marcos Villela de Sant'Anna Teodomiro Diniz Camargos Jorge Pereira Raggi Flavio Marques Lisbôa Campos Rodrigo Octavio Coutinho Filho Paulo Safady Simão José Luiz Gattás Hallak Alberto Enrique Dávila Bravo Cláudia Teresa Pereira Pires Márcio Tadeu Pedrosa Sílvio Antônio Soares Nazaré Felix Ricardo Gonçalves Moutinho Levindo Eduardo Coelho Neto Fernando Henrique Schuffner Neto Ivan Ribeiro de Oliveira CONSELHO FISCAL José Andrade Neiva Nilton Andrade Chaves Carlos Gutemberg Junqueira Alvim Alexandre Rocha Resende Wanderley Alvarenga Bastos Júnior

Depto. Comercial | Vendas Blog Comunicação revista@blogconsult.com.br (31) 3309 1036 | (31) 9133 8590

CONSELHO EDITORIAL Ailton Ricaldoni Lobo Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Janaína Maria França dos Anjos Fabiano Soares Panissi José Ciro Mota Ronaldo José Lima Gusmão

Tiragem 10 mil exemplares | Bimestral

Coordenador Editorial Ronaldo José Lima Gusmão

Distribuição Gratuita Via Correios e Instituições parceiras

Jornalista Responsável Luciana Maria Sampaio Moreira MG 05203 JP

Publicação | SME Sociedade Mineira de Engenheiros Av. Álvares Cabral, 1600 | 3ºandar Santo Agostinho Belo Horizonte | Minas Gerais CEP - 30170-001 Tel. (31) 3292 3962 sme@sme.org.br

Projeto Gráfico Blog Comunicação Marcelo Távora tavora007@hotmail.com Av. Bento Simão, 518 | São Bento Belo Horizonte | Minas Gerais CEP - 30350-750 (31) 3309 1036 | (31) 9133 8590

Fale conosco Contato editorial jornalismo@sme.org.br

Apoio Compromisso, Inovação e Avanço

6


8

10

18

MEDALHA LUCAS LOPES Fernando Henrique Schüffner Neto é o homenageado

CAPA MGTI 2022

MINERAÇÃO Nova tramitação do novo marco regulatório

24

HIDRELÉTRICAS Manutenção proativa é o futuro

28

MESTRES DA ENGENHARIA Fernando Abecê

33

34

SME HISTÓRIA Antônio Geraldo Costa

LEGISLAÇÃO Câmara de Mediação e Arbitragem

36

ENTREVISTA Zuleika Stela Torquetti fala sobre mudanças

40

PAC 2 Mais recursos para o setor de construção civil

42

ENGENHEIROS NA POLÍTICA Ronaldo Vasconcellos

44

CAPACITAÇÃO Projeto para estudantes Ingressarem nas Engenharias

48

LEGISLAÇÃO Lei da Engenharia pública não é cumprida

50

NOVOS ENGENHEIROS Pedro Márcio de Oliveira Filho

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ENGENHARIA DE SEGURANÇA SME promove debate sobre o tema


HOMENAGEM | MEDALHA LUCAS LOPES

Fernando Henrique Schüffner Neto receberá a honraria em maio deste ano O diretor de Desenvolvimento de Negócios da Companhia Energética de Minas

Para tanto, fez MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC e participou de diversos progra-

Gerais (Cemig) e engenheiro eletricista graduado pela Pontifícia Universidade Católica

mas de educação executiva, dentre os quais o Finance for Executives, INSEAD – França.

de Minas Gerais (PUCMinas), mestre em Automação e Controle pela Unicamp, Fernando Henrique Schüffner Neto, será o mais novo profissional da área de Energia a ser agraciado com a Medalha Lucas Lopes.

Mesmo assim não perdeu a sua característica natural de ser mineiro do Vale do Mucuri, a cultura da Cemig e o compromisso com o povo da sua região e do Estado.

A solenidade de entrega da medalha e do diploma é realizada tradicionalmente em maio, quando se comemora o aniversário da Cemig. A honraria foi criada pela Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) para reconhecer méritos de profissionais que atuam no segmento de Energia em geral.

“É uma grande felicidade receber a condecoração que tem como patrono o engenheiro Lucas Lopes, que deu início a essa corporação à qual sempre tive o orgulho de pertencer e a qual tenho a honra de dirigir, agora na missão de participar diretamente da expansão e ampliação de suas atividades no Brasil e também no exterior, onde já atuamos em uma linha de transmissão”, afirma.

Fernando Schüffner Neto é um engenheiro que tem construído sua carreira de forma competente na Cemig, onde acumula 28 anos de experiência. Antes do cargo atual, foi Diretor de Geração e Transmissão da Cemig

Desde a sua indicação, o engenheiro divide a honraria com o corpo de empregados da Cemig da ativa e aposentados, em especial, aqueles que sempre acreditaram e confiaram

(2007 – 2008) e Diretor de Distribuição e Comercialização da Cemig (2008 – 2010). É membro, ainda, do

no seu trabalho e capacidade, além de oferecerem ensinamentos que foram colocados em prática ao longo da

Conselho de Administração da Light, Renova, Norte Energia e do ONS (Operador Nacional do Sistema). Foi membro do Conselho de Administração da Cemig.

carreira. “Sem dúvida, sem esse apoio e conhecimento não estaria agora recebendo esta mais importante comenda do setor elétrico brasileiro”, considera.

Agraciados com a Medalha “Engº Lucas Lopes”

8

1995 Mário Penna Bhering

1999 Aureliano Chaves de Mendonça

2004 Luiz Aníbal de Lima Fernandes

1996 João Camilo Penna 1997 Francisco Afonso Noronha

2000 Licínio Marcelo Seabra 2002 Guy Maria Villela Paschoal

2011 Djalma Bastos de Morais 2012 José da Costa Carvalho Neto

1998 Celso Mello de Azevedo

2003 Luiz Cláudio Almeida Magalhães



MGTI | TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

MGTI 2022 Programa visa dobrar o setor TI ão é de hoje

Brasileiras de Tecnologia da Infor-

Apenas em Belo Horizonte, há 5

que Minas Ge-

mação do Estado (Assespro-MG),

mil empresas do ramo, com fatu-

rais almeja ocu-

Sociedade Mineira de Software

ramento de R$ 2,3 bilhões/ano.

par posição de

(Fumsoft), Sindicado das Empresas

Há, ainda, as 3,5 mil com sede na

referência na-

de Informática de Minas Gerais

Região Metropolitana de Belo

cional em Tecnologia da Informação

(Sindinfor)

de

Horizonte (RMBH), o que au-

(TI). Ao que tudo indica, chegou a

Usuários de Informática e Tele-

menta ainda mais a importância

hora de transformar esse sonho em

comunicações em Minas Gerais

do setor para a economia local.

realidade. O Programa MGTI 2022,

(Sucesu-MG) - em parceria com

“Queremos dobrar o ritmo de

elaborado conjuntamente pelas qua-

o governo do Estado e a Prefei-

crescimento do setor de TI no Es-

tro entidades representativas

tura de Belo Horizonte – pre-

tado. Eis o tamanho do nosso desa-

do segmento no Estado no final

tende dobrar a velocidade de

fio”, afirma o presidente da

de 2011 - Associação das Empresas

crescimento do setor.

Fumsoft, graduado em Ciência da

N 10

e

Sociedade


shutterstock

O setor de TI tem forte presença na economia mineira

Em BH são mais de 5 mil empresas de TI e faturamento de R$ 2,3 bi/ano

RMBH tem 3,5 mil empresas de TI

OS DESAFIOS SÃO NOTÁVEIS. OBJETIVO ESPECÍFICO DO SETOR DE TI EM BH

no Estado

BELO HORIZONTE

2012

2022

Quociente Locacional (QL)

1,2

4,0

Faturamento do setor de TI da RMBH

R$ 2 bilhões

R$ 9 bilhões

Nº de empregos do setor de TI de BH

20 mil

72 mil

ISSQN

R$ 51 milhões

R$ 190 milhões

Computação e mestre e doutor

MAIOR, governo estadual, por

A meta é reverter um quadro de

em Engenharia Elétrica pela Univer-

meio da Secretaria de Estado da

perdas do setor nos últimos 15

sidade Federal de Minas Gerais

Ciência,Tecnologia e Ensino Supe-

anos, quando diversas empresas

(UFMG), Thiago Maia. Em empre-

rior (Sectes) e Fundação de Am-

do ramo que foram criadas no Es-

gos, a meta é gerar 50 mil postos

paro à Pesquisa do Estado de

nos próximos 10 anos, com salários

Minas Gerais (Fapemig), Serviço

bastante competitivos para diversas

de Apoio às Micro e Pequenas In-

áreas, incluindo-se aí a Engenharia.

dústrias (Sebrae), entre outros. A

tado transferiram seus centros de decisão para outras capitais e, na outra ponta, aumentar a atratividade de Minas Gerais para receber esse tipo de negócio de alto

Para os dois primeiros anos, o

Prefeitura Municipal de Belo Ho-

valor agregado e ganhos extraor-

Programa tem orçamento de R$

rizonte (PBH) também deve ser

dinários nas áreas econômica e

196,5 milhões, com recursos do

uma parceira, embora nada tenha

social. Dos recursos já alocados,

governo federal, via programa TI

sido definido ainda.

R$ 24 milhões são para essa frente.


MGTI | TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Queremos dobrar o ritmo decrescimento do setor de TI no Estado. Eis o tamanho do nosso desafio

Thiago Maia, presidente da Funsoft

Um novo marco regulatório está

escritório com gente bem trei-

Horto. Dessa forma, o polo se in-

sendo discutido entre as entidades

nada e inteligente”, resume. Dos

tegraria às construções da Cidade

que representam o setor e o

196,5 milhões disponíveis, R$ 75

da Ciência do Conhecimento e

poder público municipal e estadual,

milhões serão para esse impor-

comportaria um volume de 20 mil

com leis de incentivo e indicadores

tante viés do Programa.

a 30 mil profissionais.

A construção do condomínio te-

De acordo com Maia, o em-

mático para sediar as companhias

preendimento será explorado

Outro desafio do MGTI 2022 é

– também em parceria com os go-

pela iniciativa privada e as em-

reter a mão de obra formada no

vernos estadual e PBH no que se

presas de TI podem comprar ou

Estado que, durante o movimento

refere à viabilização da área – vai

alugar espaços, de acordo com a

anterior, foi absorvida por empre-

oferecer completa infraestrutura,

sua necessidade.

sas de fora. Maia lembra que al-

com serviços compartilhados que

guns dos melhores centros de

darão suporte às organizações in-

de competitividade. Esse projeto tem recursos de R$ 1 milhão.

formação técnica da área no país estão em Minas Gerais, com 1,5 mil estudantes graduados por

12

teressadas. Entre eles instalações coletivas como auditórios e salas de treinamento, etc.

A l é m d o c e n t ro e m p re s a r i a l f í sico, o MGTI 2022 prevê, ainda, a criação de um centro empresarial na nuvem (cloud computer), já pensando que não são

ano, número menor que a de-

Esse projeto demandará aporte de

todas as companhias do seg-

manda das companhias já instala-

R$ 100 milhões e ocupará terreno

mento que irão se deslocar para

das e empecilho para que outras

de 30 mil metros quadrados que a

o empreendimento. Serviços como

iniciem suas atividades. “TI não

Universidade do Estado de Minas

datacenter, redes de alta veloci-

precisa de estrada, porto e não

Gerais (UEMG) possui na Avenida

dade, educação a distância (ead)

tem problema logístico. Precisa de

José Cândido da Silveira, no bairro

estarão disponíveis.


Outra meta importante do MGTI-2022, é aumentar a formação de engenheiros em software e de mestres e doutores em computação

Geovanne Teles, presidente da Assespro-MG

A viabilidade do programa tam-

área construída, com obras pre-

setores como comércio e serviço

bém está no eixo de geração de

vistas para serem concluídas em

agradecem.

negócios, subdividido em uma

três fases, entre 2013 e 2018. O

série de programas que visam

investimento total é estimado em

criar oportunidades para as

R$ 464 milhões e o período de

companhias. De acordo com o

concessão será de 28 anos.

dirigente, ações para exportação, internacionalização,

fusões

e

aquisições e trabalhos em con-

Outra meta importante do MGTI2022 é aumentar a formação de engenheiros em software e de mestres e doutores em computa-

O presidente da Assespro-MG,

ção, garantindo a sua retenção em

Geovanne Teles, acredita que

Minas Gerais, a partir do fortale-

esses projetos trarão desenvolvi-

cimento das empresas mineiras.

sórcio para conquistar grandes

mento não apenas para o setor de

“Há muitas vagas abertas para en-

projetos e contas também são

TI no Estado, mas para as cidades

genheiros de software, engenheiro

parte da iniciativa.

e suas populações. “As pessoas

de requisitos, analista de sistemas

Os empresários também poderão

têm que entender que todos

de programadores”, enfatiza.

contar com a Fase 2 do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec), que prevê a concessão ao setor privado de direito de uso para a construção de um complexo

devem se engajar porque não é algo fácil e nem rápido – o BH-Tec tem 16 anos – mas tem adquirido novo contorno para os próximos sete ou oito anos”, afirma.

O dirigente lembrou, ainda, que são essas companhias que desenvolvem ferramentas de gestão para auxiliar empresas dos mais diversos segmentos. No caso de

imobiliário para abrigar empresas

Ele lembra, ainda, que a economia

softwares para construtoras, por

do setor. O primeiro lote para

de alto valor agregado aumenta o

exemplo, é interessante ter enge-

licitação é formado por cinco edi-

PIB e a renda per capita dos tra-

nheiros civis e arquitetos nos gru-

fícios, num total de 207 mil m² de

balhadores da região. Com isso,

pos de trabalho.

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MGTI | TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

MGTI 2022 é a abertura consciente e consistente de portas para novas tecnologias que têm sido continuamente oferecidas

Luiz Henrique Portugal, ex-presidente da Sucesu Nacional

Economista e analista de siste-

Portugal explica, ainda, que o

disponíveis na internet e em

mas, ex-secretário de Ciência e

MGTI 2022 é a abertura cons-

smartphones.

Tecnologia do governo de

ciente e consistente de portas

Eduardo Azeredo e ex-presi-

para novas tecnologias que têm

dente da Sucesu-MG e Sucesu

sido continuamente oferecidas

Nacional, Luiz Henrique Portu-

como sensores diversos, integra-

gal, acompanha as discussões

ção automotiva e outros equipa-

sobre o desenvolvimento do

mentos, monitores de leitura de

setor de TI mineiro há duas décadas. “As primeiras reuniões sobre o tema aconteceram na

energia, medição de fluidos, atuação remota de equipamentos, impressão em 3D, entre outros.

sede da Sociedade Mineira de

O início de todo esse projeto

Engenheiros (SME), na agora ex-

foi em 1989, quando o prefeito

tinta Comissão de Informática”,

Pimenta da Veiga e seu vice,

recorda-se.

Eduardo Azeredo criaram o programa “BH – Cidade aberta para

Para ele, o programa MGTI 2022 representa o amadurecimento da

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a Tecnologia” da Prodabel, a empresa de TI da administração

Na época, a iniciativa mais concreta foi a assinatura do Convênio de Geoprocessamento - Geo BH, por mais de 25 entidades públicas e privadas no interesse comum de compartilhamento de informações georeferenciadas da Região metropolitana de Belo Horizonte. E em seguida, relata Portugal, tão ou mais importante foi a adesão ao programa SOFTEX 2000, do CNPq da Telebras, e a criação em 1992, concomitante da Fumsufot, liderada por Walter Marinho de Oliveira, deu início e continuidade à Incubadora de Software

proposta inicial.“Foram muitas dis-

municipal, na Coordenadoria

cussões de planos, de acompanha-

de Desenvolvimento Tecnológico

mento da evolução da tecnologia

(CDT), que agrupava várias

Desde então, essa proposta tem

de desenvolvimento de software,

iniciativas ligadas ao desenvolvi-

sido planejada, feita, revista e cor-

hoje mesclada de maneira abso-

mento de software, hardware, mi-

rigida. E esse, segundo Portugal, é

lutamente solidária com teleco-

croeletrônica, comunicações e

o segredo do sucesso que o setor

municações e microeletrônica”,

geoprocessamento, o precursor

de TI mineiro pretende atingir,

comemora.

dos conhecidos sistemas de mapas,

conclui.

de Belo Horizonte (Insoft).


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a

s

MBA

aio

Início d

TURMAS ABERTAS 2013 UNIDADE BELO HORIZONTE

-

Ú l t i m a s Va g

-

Identidade I d e n t i d a d e Organizacional Organizacional – P Planejamento l a n e j a m e n t o Estratégico Estratégico Gestão G e s t ã o de d e Clima Clima n na aO Organização rganização Gestão G e s t ã o de d e Recursos Recursos F Financeiros inanceiros e em mR RH H Design D e s i g n Thinking Thinking – G Gestão estão d da a IInovação novação Empreendedorismo E m p r e e n d e d o r i s m o e IIntraempreendedorismo ntraempreendedorismo A Aprendizagem prendizagem O Organizacional r g a n i z a c i o n a l – Consultoria C o n s u l t o r i a IInterna nterna

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MGTI | TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Minas Gerais conquistou, em fe-

Inovação, dos vencedores do

delas foram escolhidas. Além da empresa Mineira foram qualificadas as propostas da Aceleratech, 21212, Microsoft (por meio das aceleradoras que está construindo), Papaya, Pipa, Wayra (da Telefonica), Outsource e

edital que escolheram as acele-

StarYouUp.

vereiro, o direito de sediar uma das aceleradoras de empresas de Tecnologia de Informação no país, com o anúncio, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e

Foca Lisboa

Minas Gerais conquista direito de sediar aceleradora de TI

radoras qualificadas para integrar o comitê responsável por selecionar 100 startups que irão

O secretário de Política de In-

receber, cada uma, durante 12

formática do Ministério da

meses, R$200 mil para desenvol-

Ciência, Tecnologia e Inovação e

verem negócios e ajudarem a

ex-professor da Universidade Fe-

transformar Minas Gerais num

deral de Minas Gerais (UFMG),

Estado líder no setor de TI no

Virgilio Almeida, também desta-

País. Essas empresas serão sele-

cou a união do Estado com o

cionadas através de um outro edital que será lançado pelo mi-

O secretário Narcio Rodrigues comemora o resultado obtido.

terminante pela vitória. “Minas

“Isso prova que quando atuamos em conjunto, juntando todas as

poderosas, unindo empresas, ene o governo do Estado. Este re-

A proposta de Minas/Fumsoft

partes envolvidas em torno de um objetivo e definindo uma estratégia de atuação, as chances de sermos vitoriosos são gigantes-

disputou com outras 23. Nove

cas.”, afirma.

confirma.

nistério ainda no mês de março. O processo foi conduzido pela Secretaria de Ciência,Tecnologia e Ensino Superior em parceria com a Fumsoft e demais entidades representativas do setor de TI mineiro.

16

setor produtivo como fator deconseguiu um arranjo de forças tidades representativas do setor sultado vai permitir que Minas atraia e fomente o surgimento de empresas de base tecnológica”,


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MINERAÇÃO | MARCO REGULATÓRIO

Mudanças na forma de tramitação devem acelerar a aprovação de novas regras Em setembro deste ano, completaFábio Ramalho, deputado federal pelo PV de Minas Gerais

se mais um aniversário da promessa feita pela presidente Dilma Roussef, em Ouro Preto, durante as comemorações do Dia da Independência, de aprovar o novo marco regulatório para o setor mineral brasileiro e rever os royalties correspondentes a esses produtos. Para tentar agilizar o processo de

18

Congresso para que seja incluído na pauta de votação”, avalia.

Royalty Minério

mudança legal, o governo federal

Ainda conforme o deputado, a

alterou a forma de tramitação

aprovação da MP, nas duas casas,

do novo marco regulatório de

será tranquila já que há maioria

projeto de lei (PL) para medida

de parlamentares favoráveis ao

provisória (MP) em março. A

novo marco regulatório do setor

secretário executivo da Associa-

expectativa é que Casa Civil

mineral. “Acredito que, em três

ção dos Municípios Mineradores

da Presidência da República envie

meses, já estará regulamentado”,

o documento para o Congresso

adianta.

Nacional o mais rápido possível,

Brasileiros (AMIB), presidente da organização não-governamental Instituto de Desenvolvimento dos

Essa também é a expectativa dos

como afirma o deputado federal

prefeitos de todos os municípios

mineiro pelo Partido Verde (PV),

mineradores do país.“Isso significa

Fábio Ramalho. “Essa é uma

que, a partir do momento em que

cobrança antiga e o documento

for votada, passa a vigorar o novo

confeccionado pelo Ministério das

marco, com novas alíquotas e fór-

Minas e Energia sofreu ajustes.

mulas de cálculo. Por esse lado, es-

Estamos aguardando o envio ao

tamos contemplados”, adianta o

Territórios Mineradores (IDTM) e ex-prefeito da cidade histórica de Mariana (MG), Anderson Cabido. Para ele, a instituição do novo marco regulatório é importante porque a legislação atual é muito frágil e, historicamente, tem possibilitado que as


Anderson Cabido, presidente do Instituto de Desenvolvimento dos Territórios

Marcelo Araújo - Agência Vale

Mineradores (IDTM)

mineradoras paguem

dos bens minerais a ser fixado por decreto gover-

menos que o que realmente devem. O dirigente reconhece, no entanto, que essa mudança pode trazer consequências para os municípios. “Mas do jeito que está não pode ficar porque é uma vergonha. Essa não é a proposta ideal, mas a possível”, pondera.

namental ou sobre o faturamento bruto das mine-

Há que se tomar cuidados para não invia-

O novo marco regulatório deve inovar ao definir

bilizar a atividade econômica dos municípios que têm na mineração a sua

rubando o direito de prioridade que existe hoje.

“galinha dos ovos de ouro”. Embora compreenda o peso da carga tributária, o “custo Brasil” e a morosidade dos processos de licenciamento ambiental, ele reafirma

no DNPM fica com ela. Cabido disse que "o di-

que a revisão dos valores é imprescindível para que se garanta o futuro econômico das cidades, a partir da di-

ainda não foram concedidos".

%

versificação dos negócios. “A mineração é um negócio finito”, ressalta.

radoras. "Vai prevalecer o que for maior. Hoje, é sobre o faturamento líquido", disse. Outra notícia que está agradando a AMIB é que o novo código vai retomar a cobrança da CFEM sobre pelotas de minério, interrompida em 1996. Outro ponto importante é a mudança na distribuição dos da contribuição, que hoje distribui 65% para municípios, 23% para Estados e 12% para a União. "Está em discussão de onde virão recursos para municípios no entorno das mineradoras, que são afetados pela mineração.

que o registro de lavra passe a ser licitado, derOu seja, quem pedir primeiro o registro da lavra reito adquirido dos contratos vigentes será mantido. A dúvida é sobre os direitos de lavra que

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) espera que os direitos adquiridos sejam respeitados, para que as mudanças não coloquem em xeque

Segundo Cabido, o percentual da CFEM incidente

a atratividade da mineração e investimentos da

sobre o minério de ferro deve dobrar de 2% para 4% sendo cobrada ou sobre o preço de referência

ordem de US$ 68,5 bilhões anunciados para o período 2011-2015.

19


MINERAÇÃO | MARCO REGULATÓRIO

e diretor da Geoconômica Minas

Atualmente há 120 pedidos de li-

concessionários, proprietários

nho do setor mineral e arreca-

beração de novas outorgas para

de terrenos, órgãos fiscalizado-

dar mais e, de outro, as compa-

abertura de minas retidos no go-

res e prefeituras”, justifica.

nhias

verno federal, conforme o Instituto. Desde 2011, o DNPM mantém suspensas as outorgas de autorização de pesquisa de lavra e liberação de portarias de lavra, no aguardo da entrada em

Para ele, a proposta de mudanças surgiu com a pressão política para o aumento de royalties, no caso a CFEM, que para o minério de ferro é cobrado no valor de 2% sobre o valor da mina, sem

também

querem

incrementar a sua lucratividade. “No momento a parte mais prejudicada são os municípios mineradores que têm necessidades de infraestrutura. É importante salientar que a proposta do novo

vigor do novo marco da minera-

transportes. Esse movimento ad-

marco regulatório não é conhe-

ção. Não há posicionamento ofi-

veio, de forma justa, do “boom”

cida. Ou seja, vivemos o absurdo

cial da entidade em relação à

mineral brasileiro a partir de

de estar discutindo uma pro-

mudança de PL para MP.

2005, quando o produto, o princi-

posta que não foi divulgada pelo

pal produto da balança comercial

governo, e vem sendo prometida

de Minas Gerais, teve expressivo

– ano a ano”, argumenta.

O engenheiro geólogo pela Escola de Minas de Ouro Preto e diretor da Geoconômica Minas,

20

Jorge Pereira Raggi Engenheiro geólogo

A legislação é boa, está estabelecida, regulamentada e bem conhecida por todos que utilizam: concessionários, proprietários de terrenos, órgãos fiscalizadores e prefeituras

aumento de cotação.

A substituição do PL pela MP para

Jorge Pereira Raggi, não é favorá-

O resultado foi o conflito entre

a tramitação do novo marco regu-

vel à mudança de legislação. “A

governo, empresas e municípios,

latório do minério, na visão de

legislação é boa, está estabele-

em função da carga tributária.

Raggi, visa garantir a implementa-

cida, regulamentada e bem co-

De um lado, o setor público quer

ção mais rápida da nova legislação.

nhecida por todos que utilizam:

pegar carona no bom desempe-

Só que há pontos a serem consi-


derados, como a necessidade de

ção.“Há uns anos, quando se pen-

que precisam ser definidos o quanto

outras leis e posteriores regula-

sou neste aumento, empresários

antes pelo governo para que a mi-

mentações, normas e procedi-

do setor foram ao governo mos-

neração brasileira avance e não es-

mentos para que a sistemática

trar a carga total de impostos.

pante os investidores que querem

em questão possa realmente fun-

Ninguém era contra aumentar a

regras do jogo estáveis para colocar

cionar. E tudo isso não aconte-

CFEM, conquanto que reduzisse

em práticas seus projetos.“Minera-

cerá da noite para o dia, em um

os outros impostos. Aí, nada foi

ção é longo prazo: 10 anos ou mais.

passe de mágica.

feito. Ficamos paralisados, o que é

Essa indefinição da reforma do

muito ruim e traz insegurança

marco regulatório da mineração e

Sem considerar os outros impostos, o aumento da alíquota da CFEM pode impedir a competitividade das empresas de minera-

em especial do aumento da CFEM,

para novos investimentos, como

que pode aumentar a soma dos im-

tem acontecido”, analisa.

postos que já é alta, eleva apreenPara o engenheiro, há muitos pontos

são dos investidores”, aponta.

Como funciona a CFEM? As alíquotas aplicadas sobre o faturamento líquido para obtenção do valor da CFEM, variam de acordo com a substância mineral. Distribuíção dos royalties/ recursos da CFEM % Alíquota de cadeia produtiva de Extração

0,2%

1%

2%

3%

pedras preciosas, pedras coradas lapidáveis, carbonados e metais nobres

Ouro

ferro, fertilizante, carvão e demais substâncias

Alumínio, manganês, sal-gema e potássio

12% União (DNPM, IBAMA e MCT)

23% Estado de origem extração mineral

65% Município produtor

Município produtor é aquele onde ocorre a extração da substância mineral. Caso a extração abranja mais de um município, deverá ser preenchida uma GUIA/CFEM para cada município, observada a proporcionalidade da produção efetivamente ocorrida em cada um deles.

21


MINERAÇÃO | MARCO REGULATÓRIO

A discussão, segundo Raggi, é política e já passou por várias etapas e propostas. Entre elas a de que a concessão seria dada para a pesquisa e, se o empresário descobrisse um depósito mineral, iria a leilão. Depois seria o prazo da lavra, o que pode inviabilizar investimentos para aumentar a capacidade de exploração da mina. Ele defende que o melhor modelo de distribuição da CFEM é a sua destinação total para os municípios que se situam em torno de minerações. É importante dizer, ainda, que a mina pode estar em uma cidade mas os funcionários morarem em outras, ao redor que, por sua vez, também precisam de infraestrutura. Essa é outra questão que deve ser considerada. A mineração tem três setores básicos : água, distribuída no Brasil por empresas de governo. O mesmo com energéticos diante da expressão da Petrobrás, que é estatal.A mineração brasileira – frisa o engenheiro – é negócio de peso internacional devido a uma só empresa: a Vale. “Retire a Vale e o Brasil não somaria no mundo como

Marcelo Araújo - Agência Vale

energéticos, minerais. A água é captada, tratada e

um país minerador. Seria inexpressivo. E a Vale tem o controle acionário do governo. Podemos concluir que a questão do marco regulatório é mais do governo que do empresariado”, avalia. A importância da mineração é inegável. Uma cidade é toda feita de produtos minerais. No entanto, as pessoas que querem produtos limpos na mesa, prontos para uso, não querem saber dos mé-

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todos de produção usados. “O que não pode é ter poluição exportada do local de produção. A sociedade, governo, e empresários de mineração estão no mesmo barco. É preciso somar esforços para resolver as divergências”, recomenda. O que não pode acontecer é acreditar que as pessoas possam viver sem essa atividade.


Panorama Mundial A CFEM ultrapassou pela primeira vez a marca dos R$ 1 milhão em 2010. Em 2012, foram arrecadados R$ 1,83 bilhão. Desse montante R$ 974,4 milhões foram arrecadados por Minas Gerais, sendo que R$ 633,4 milhões ficaram com os municípios mineradores do Estado. O segundo Estado minerador do país é o Pará. Em 2012, os royalties do minério somaram R$ 31,5 bilhões, 17,5 vezes mais que a CFEM, no mesmo período.

O aumento do valor dos royalties da mineração é uma discussão mundial. Muitos países têm proposto um aumento de alíquota que pode chegar, em alguns casos, a 15% do faturamento bruto. AUSTRÁLIA Na Austrália, por exemplo, a alíquota é de 7,5% sobre o faturamento bruto no caso do minério de ferro, e está sendo discutida uma participação especial de 30% sobre o lucro. Na Índia, a alíquota está em 10%. CHILE

As atividades de exploração de petróleo e de minérios, produtos primários não renováveis, têm, ambas, alto impacto ambiental. Entretanto, são tratadas de forma muito desigual. Enquanto os royalties do petróleo no BRASIL chegam a até 10% do faturamento bruto, no caso dos minérios são de, no máximo, 3% do faturamento líquido (faturamento bruto menos despesas).

O vizinho Chile também fechou acordo com as mineradoras de cobre para fixar uma taxa de até 14%. Na Nova Zelândia, em 2009, em função do aumento das explorações, os royalties aumentaram 470%.Nos EUA, onde o direito aos bens minerais pertence ao proprietário do solo, as taxas dos royalties variam de 5% a 12,5% sobre a receita bruta das vendas, dependendo da substância e

do tipo de propriedade. CANADÁ No Canadá, os recursos minerais são de propriedade das províncias e as taxas não são uniformes, variando de 3% a 9% sobre a receita bruta, de acordo com a província, substância, teor da jazida e retorno do capital investido. A taxa incide sobre a receita líquida das vendas apenas quando o critério adotado é o retorno do capital investido. VENEZUELA Na Venezuela as taxas variam de 1% a 4% da receita bruta de acordo com a substância e teor da jazida. PERU No Peru, desde 2004 a legislação estabeleceu a cobrança de royalties sobre o valor dos concentrados. As alíquotas são progressivas, conforme o valor da produção.

História do Royalty Royalty é a denominação genérica que é dada aos tributos ou encargos que incidem especificamente sobre a extração mineral. Sua cobrança é antiga e, atualmente, praticamente global. Já na Roma Antiga, de acordo com o Código de Teodósio, havia a cobrança, pelo Estado, de um décimo dos minerais extraídos. Na época colonial, a Coroa Espanhola geralmente recebia 10% dos minerais produzidos. No Brasil, a partir de 1601, começou a ser cobrado o real quinto do ouro, mais tarde estendido para os diamantes, até a proclamação da Independência. Royalty é uma palavra inglesa derivada da palavra "royal", que significa "aquilo que pertence ao Chefe de Estado, ou é relativo ao rei, monarca ou nobre Inventor, que se encontra sob a guarda do rei para o bem do Estado, por ser de real interesse deste e da Nação",

podendo ser usada também para se referir à realeza ou nobreza. Seu plural é royalties, sendo ligado, como do original inglês ao Direito autoral, de conformidade com a legislação vigente da Constituição Federal Brasileira de 1946 que vigiu até 1988 (com os Atos Institucionais que se anexaram a essa Constituição), e a Lei número 9.610 de 19 de fevereiro de 1998, essa dentro da Constituição Federal de 1988 e suas atualizações, sendo destinado os royalties às inúmeras despesas necessárias ao desenvolvimento de um negócio, invenção, exploração, que com certeza irá gerar renda, dos quais o governo e principalmente o Estado (Nação), terá seu devido imposto, sendo o royalty, protegido dessa forma pelo Estado, pelo Chefe de Estado, para não ser delapidado por Piratas.


ARTIGO | HIDRELÉTRICAS

Manutenção Proativa é o futuro da manutenção em Hidrelétricas Daniel Costa Cruz Curto e João Lúcio Moreira

É fundamental que todos os

antes que provoquem falhas e

A manutenção preventiva mo-

equipamentos de uma usina hi-

consequente interrupção da ati-

derna consiste na verificação

drelétrica estejam funcionando

vidade produtiva. Esse tipo de

periódica do funcionamento dos

adequadamente em tempo inte-

manutenção se origina a partir

equipamentos sem grandes des-

gral, pois qualquer interferência

de vários métodos, principal-

montagens, o que, somado aos

pode provocar a interrupção

mente o “MecMap” (método de

resultados da manutenção pre-

total ou parcial do empreendi-

controle da manutenção progra-

ditiva, antecipa eventuais pro-

mento, trazendo inúmeros pre-

mada), de origem francesa, que é

blemas que possam causar

juízos. Todos os equipamentos

fundamentada no critério de

gastos maiores, como a manu-

apresentam uma vida útil longa,

manter o equipamento sob o

tenção corretiva. Normalmente

desde que passem por manuten-

controle diário do usuário.

é realizada por meio de ações

ções periódicas que garantam

Do “MecMap” surgiram as pri-

sua integridade e minimizem os

meiras guias de manutenção, que

possíveis problemas.

são usadas até hoje. A partir des-

Manutenções preditiva, preventiva e corretiva

24

sas guias, verificou-se a necessi-

de inspeção e intervenções programadas direcionadas para eliminar problemas identificados nas manutenções preditivas.

dade de ações preditivas, como

A manutenção corretiva, por

análise de óleo, medição de vibra-

sua vez, ocorre quando os equi-

Manutenção preditiva é o con-

ção e controle efetivo dos instru-

pamentos não foram monitora-

junto de atividades de monitora-

mentos físicos (temperaturas,

dos por manutenções preditiva

mento e diagnóstico preciso das

vazões, pressões, termovisão, etc).

ou preventiva, e também em

condições

dos

A análise sistemática desses con-

caso de falhas graves por agen-

equipamentos, que demonstram

troles evita a desmontagem, que

tes externos. Caracteriza-se por

a real condição de operação e

sempre gerou grandes indisponi-

ser executada após apresenta-

identificam possíveis problemas,

bilidades nos equipamentos.

ção de falha em algum dos equi-

operacionais


dukeenergybr.wordpress.com

pamentos que compõem o sistema

atenção mundial como o meio mais

de Geração e de Transmissão. Assim,

importante de obter economias ina-

é imprescindível que seja ágil e pre-

tingíveis pelas técnicas de manuten-

cisa, garantindo que o retorno do

ção convencionais. A abordagem

equipamento às condições de ope-

substitui a filosofia de manutenção de

ração ocorra no menor tempo pos-

“falha reativa” pela de “falha proa-

sível, reduzindo os impactos da

tiva”, evitando as condições subjacen-

interrupção.

tes que levam a falhas e degradação

Economia através da manutenção proativa

A usina hidrelétrica Capivara completou 34 anos. Inaugurada em 1977, foi um marco de engenharia no Brasil e serviu como base para a construção de Itaipu.

da máquina. Ao contrário da manutenção preditiva e preventiva, a manutenção proativa cria ações conectadas

Ser proativo é “antecipar futuros

que objetivam solucionar as causas da

problemas, necessidades ou mudan-

falha-raiz, não apenas seus sintomas.

ças”. De acordo com James C.

Seu objetivo central é aumentar a

Fitch, no artigo “Manutenção proativa

vida do equipamento em vez de ape-

pode economizar 10 vezes mais do

nas realizar reparos, aceitar a falha

que práticas de manutenção predi-

como rotina normal, substituindo a

tiva/preventiva convencionais”, a ma-

manutenção de falha de crise pela

nutenção proativa tem recebido

manutenção de falha programada. 25


ARTIGO | HIDRELÉTRICAS

Na maioria dos casos, os sintomas da falha mas-

ture, ou, em português, despesas de capital ou in-

caram a causa raiz ou são eles próprios conside-

vestimento em bens de capital) e OPEX (Opera-

rados como a causa. Por exemplo, a maioria das

tional Expenditure, ou, em português, despesas

máquinas são sistemas dependentes de fluidos,

operacionais) com valor-referência preciso, além

como lubrificantes, fluidos hidráulicos, combustí-

de verificar o verdadeiro custo atual do seu pro-

veis, etc. Esses fluidos, geralmente, carregam e

duto, já visando o valor do investimento futuro.

transportam substâncias contaminantes dentro do sistema. Nesse caso, a presença anormal de contaminação em um sistema seria a falha-raiz. Assim, apesar da máquina ainda não apresentar perda de desempenho ou degradação do compo-

Dessa forma, pode-se afirmar com certeza que a Manutenção Proativa é o futuro da manutenção em hidrelétricas, uma vez que busca o menor custo e a desnecessidade de manutenções não programadas.

nente, as condições que levam à falha e à redução da vida operacional estão presentes e sem defesa.

Concluindo, podemos garantir que implantar ações de manutenção proativa na rotina de manutenção das

A manutenção proativa na geração de energia

usinas hidrelétricas (assim como nas subestações de

Na produção de energia, a manutenção proativa

indústrias) é fundamental para manter o conjunto em

ainda está dando seus primeiros passos. A sua efi-

funcionamento, evitando diversos prejuízos, como

cácia dependerá de investimento na qualidade dos

parada na produção, troca desnecessária de peças e

monitoramentos físicos e nos softwares de con-

até a perda de equipamentos.

trole da manutenção. É um novo conceito de manutenção, que aprimora as preditivas, utilizando sistemas como a “boroscopia” (utilizado para fazer inspeções internas) que, sem indisponibilizar o equipamento, é capaz de diagnosticar futuras falhas com precisão. Assim, o gestor pode elaborar seus planejamentos de CAPEX (Capital Expendi-

Usina hidrelétrica de Itaipu

Daniel Costa Cruz Curto é Engenheiro Mecânico e Gerente do Departamento de Gestão de Recursos da Energisa Soluções. João Lúcio Moreira é Engenheiro Operacional e Mecânico, Supervisor de Projetos e Obras da Energisa Soluções.



MESTRES DA ENGENHARIA | FERNANDO ABECÊ

A importância do professor aprendida na sala de aula Embora não tivesse a clareza necessária sobre o

festividades da minha posse do cargo de reitor da

significado e a importância da docência em 1974,

UFOP, em 1984, como o primeiro reitor com

o engenheiro civil recém-formado pela Escola de

mandato”, enumera.

Minas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fernando Abecê, aceitou o convite do

Com o tempo, o engenheiro tornou-se um mes-

então diretor da instituição e assumiu uma vaga

tre, uma referência para seus alunos do curso de

de professor.

Engenharia Civil e também para os colegas de sala de aula. “Em geral, o professor quase nunca faz re-

Na época, os empregos na área de Engenharia Civil estavam escassos e ele tinha o desejo de continuar vivendo em Ouro Preto, depois de cinco anos de “vida folgada” nas repúblicas de estudantes, conta. Passados 39 anos, o professor convive com outro dilema, pois ainda não se definiu quanto à aposentadoria. O resultado é que continua envolvido em diversos projetos da Escola de Minas, principalmente na área de Engenharia Civil.

ferência em relação aos alunos acerca das vantagens e desvantagens da carreira docente”, afirma. Mas, atualmente, o que observa e lamenta nos jovens professores é que eles se tornaram meros profissionais do ensino, como se estivessem em uma carreira qualquer, onde não há diferenciais marcantes. E há, ser docente vai muito além da prática e da didática curricular, permeia pela troca de valores e princípios do indivíduo e uma nova visão de futuro.

O que o ajudou a se tornar um professor de fato?

28

A facilidade para conviver e se comunicar com os

Por estar na academia, também tem acompanhado

alunos de Engenharia e, ainda, o desenvolvimento

o aumento da demanda do país por engenheiros

da consciência de que é possível aprender mesmo

e do número de jovens que estão disputando

quando está ensinando. Foi assim que Abecê pas-

vagas para os cursos da área. “Recentemente, de-

sou por outros cursos da área e também pela área

monstrou-se matematicamente que o desenvolvi-

de gestão, sempre na UFOP. “Dos momentos ines-

mento e a produção de riquezas de uma nação

quecíveis eu guardo a primeira vez que fui home-

são diretamente proporcionais à quantidade de

nageado como professor foi em 1979 e as

engenheiros que se graduam a cada ano”, destaca.


Fernando Abecê, engenheiro civil formado pela Escola de Minas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Precisamos, como professores do campo da Engenharia, modificar a nossa atividade docente em sala de aula. Hoje, ainda estamos muito próximos da academia da época de Platão

A situação nacional é de déficit de mão de

No caso da Engenharia Civil, sua área de

obra qualificada, inclusive na Engenharia. Para o professor, o desafio dos seus pares neste momento, é reverter essa situação, para atingir o nível de desenvolvimento que o país pre-

formação, o fenômeno é bastante claro porque, de acordo com o professor, tudo ainda está para ser construído. “Precisamos, como professores do campo da Enge-

tende, condizente com o seu tamanho geográ-

nharia, modificar a nossa atividade docente

fico e também com a infinidade de riquezas naturais que possui. “Posso dizer que o engenheiro é o profissional do futuro”, aponta.

em sala de aula. Hoje, ainda estamos muito próximos da academia da época de Platão”, recomenda.

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Reforma da Sede da SME Integrantes do Conselho Deliberativo da SME reuniram-se, na segunda quinzena de março deste ano, para discutir e deliberar sobre assuntos de interesse da entidade e associados. A reunião foi coordenada pelo presidente do Conselho, Marcos Sant’Anna. O Presidente da SME, Ailton Ricaldoni, informou que está finalizando as negociações para assinatura do Convênio entre o Crea Minas e a SME, estando o projeto de reforma da sede da entidade sendo analisado pelo diretor Clemenceau Chiabi Saliba Júnior que fará a revisão dos termos do convênio. Ricaldoni observou que a atual gestão está trabalhando na perspectiva de garantir a sustentabilidade da SME.

SME apoia criação de Comitê pela ABNT Em documento enviado à Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) manifesta apoio à criação de um Comitê Técnico para publicação de Normas de Inspeção Predial, de acordo com o projeto enviado à instituição pelo Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícia – IBAPE. Embora a ABNT coloque o texto normativo à disposição da sociedade, são verificadas lacunas na avaliação técnica de manutenção e conservação de edifícios. A inspeção predial pode ser uma importante ferramenta na gestão do patrimônio, além de minimizar riscos à segurança. A inspeção é considerada como um check up predial indispensável, principalmente se analisados os últimos acidentes registrados no País que somam dezenas de vítimas fatais.

CBIC lança Guia de Boas Práticas em Sustentabilidade A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lança o primeiro Guia de Boas Práticas em Sustentabilidade na Indústria da Construção. A publicação é resultado de um amplo trabalho de pesquisa da Fundação Dom Cabral e reúne 29 experiências bem sucedidas nas áreas de Gestão Empresarial, Relacionamento com Sta-

keholders, Melhorias no Processo Construtivo, Saúde e Segurança do Trabalhador, Mão de Obra na Construção e Desenvolvimento Imobiliário Urbano. Essa iniciativa faz parte de um amplo processo desenvolvido pela CBIC no sentido de estender a prática da responsabilidade empresarial ao conjunto das mais de 170 mil empresas

da cadeia produtiva da Construção. Em 2011, em uma pesquisa inédita no setor, a CBIC havia identificado que mais da metade das empresas do segmento (58%) já adotavam alguma ação de inclusão social e responsabilidade ambiental em suas empresas. O Guia está disponível para download gratuito no site da CBIC.

Infraestrutura brasileira A SME integra o Conselho Consultivo da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), formado por oito representantes de entidades precursoras, a convite do presidente da empresa, Bernardo Figueiredo. Desde a constituição da EPL, no ano passado, o conselho já se reuniu duas vezes, a primeira reunião realizada em São Paulo e a segunda em Minas, na sede da SME. A próxima reunião deverá ser realizada no Rio de Janeiro.

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O presidente da SME, Ailton Ricaldoni, em reunião do Conselho Deliberativo da SME, lembrou o pedido feito às entidades pelo presidente da EPL de envio de sugestões para os projetos de infraestrutura no Brasil. Ailton Ricaldoni informou que encaminhou à Brasília, a título de contribuição, um trabalho elaborado pela Comissão Técnica de Transportes da SME.

Os presidentes das Comissões Técnicas da SME participaram de uma reunião conjunta com o presidente e vice-presidente da entidade, Ailton Ricaldoni e Ronaldo Gusmão, respectivamente, para debater sobre os trabalhos que serão desenvolvidos no decorrer deste ano. Estiveram presentes o vice-Presidente Técnico e responsável pelas Comissões, Alexandre Francisco Maia Bueno e o Gestor das Comissões, Normando Virgílio Borges Alves.


Participe envie notícias e novidades para: jornalismo@sme.org.br

BH sediará Congresso Internacional da ABM Será realizado em Belo Horizonte, no período de 30 de julho a 2 de agosto, no Expominas, o 68º Congresso da ABM Internacional, que reunirá pesquisadores e engenheiros da indústria, universidades e institutos de pesquisa para apresentar e discutir seus resultados mais recentes, abrangendo aspectos fundamentais e aplicados em Metalurgia, Materiais e Mineração. Além de estimular os debates sobre a mineração e os produtos siderúrgicos que já são tradicionais, poderão ser apresentados trabalhos em materiais não ferrosos, especialmente aqueles relacionados ao alumínio, cobre e zinco.

Estes materiais merecem especial destaque neste evento, tanto por sua importância econômica quanto técnico-científica. Artigos apresentados nos eventos da ABM poderão ser publicados no Journal of Materials Research and Tehnology - JMR&T, recentemente lançado pela ABM em parceria com a Elsevier, principal editora científica do mundo. Serão aceitos trabalhos em português, inglês e espanhol.As contribuições deverão ser inéditas quanto a sua publicação no Brasil. Mais informações sobre o evento pelo site: www.abmbrasil.com.br

Minascon 2013 O Minascon 2013, maior evento unificado da construção civil de Minas Gerais, será realizado, no Expominas, de 19 de junho a 22 de junho, reunindo um conjunto de mostras e palestras sobre os assuntos mais importantes do momento para o setor. Idealizado e promovido pela Fiemg, por meio da Câmara da Indústria da Construção, chega a sua 10ª edição com programação de debates, palestras, congressos e conferências. O evento é aberto ao público e tem como perfil de seus visitantes lojistas e atacadistas; engenheiros, arquitetos, profissionais da construção em geral, designers de interiores, decoradores e paisagistas; construtores, empreiteiros e estudantes de áreas afins. Durante apresentação da 10ª edição do Minascon, o presidente da FIEMG, Olávo Machado Junior, afirmou que a entidade cumpre um papel primordial ao realizar o evento, que é o de abrir mercados para a indústria do estado. O presidente Câmara da Indústria da Construção (CIC) da Federação,Teodomiro Diniz Camargos, salientou a participação dos sindicatos da cadeia produtiva do setor no evento. Ele destacou o crescimento da feira e das empresas que participam dela. Mais informações acesse o site: www.feiraconstruir.com.br.

Petrobras vai premiar ideias inovadoras para o futuro da energia Estão abertas, até 27 de maio, as inscrições para o Concurso Cultural Ideia e Energia, promovido pela Petrobras. Em sua segunda edição, a iniciativa tem como público-alvo estudantes residentes no Brasil, matriculados regularmente em cursos de graduação, pósgraduação, mestrado e doutorado de faculdades brasileiras. O Concurso Cultural Ideia e Energia visa premiar ideias inovadoras para o futuro da energia nas seguintes categorias:

Pré-sal (Exploração e Produção), Refino, Logística, Energias renováveis, Preservação ambiental, Eficiência energética e Segurança. Os autores finalistas farão uma visita técnica a instalações da Petrobras no Rio Grande do Norte. O resultado final será publicado na página do Concurso Cultural Ideia e Energia, no dia 20 de junho. Acesse o link: www.relacionamento.petrobras.com.br/ideiaeenergia

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Green Gold é uma das vencedoras do 11º Prêmio IMEC A Green Gold Engenharia é uma das vencedoras do 11º Prêmio IMEC –Destaques da Engenharia, organizado pelo Instituto Mineiro de Engenharia Civil (IMEC). A premiação tem o objetivo prestigiar as instituições que contribuem para o desenvolvimento da engenharia sustentável. A sele-

ção dos destaques é realizada pelos associados do instituto que avaliam e escolhem as melhores empresas. A Green Gold foi vencedora da categoria “Construção Civil”, como melhor fornecedor de projetos de engenharia predial e infraestrutura.

Pesquisadores da Escola de Engenharia desenvolveram dispositivo que mede em tempo real a carga de veículos, por meio da aferição do peso que incide sobre cada roda. Contrato de licenciamento dessa tecnologia foi firmado entre a Pró-reitoria de Pesquisa, e a Sociedade Empresarial de Empreendimentos Tecnológicos (SEMEMTE). O dispositivo foi idealizado pelos professores Carlos Barreira Martinez, Marcos Pinotti Barbosa e Luiz Antônio Aguirre para facilitar o controle de carga em caminhões.

Segundo Juliana Crepalde, coordenadora do Setor de Parcerias, Avaliação e Transferência de Tecnologia da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da Universidade, esse licenciamento é uma exceção, uma vez que a carta-patente relacionada à tecnologia já foi concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A UFMG também firmará com a empresa convênio de cooperação tecnológica, com o objetivo de aprimorar o dispositivo e colocá-lo em condições de comercialização.

FONTE UFMG - FOCA LISBOA

UFMG licencia tecnologia para pesagem de carga em veículos

Marcos Vasconcellos (à esquerda) e o pró-reitor de Pesquisa da UFMG, Renato de Lima Santos, assinam contrato

Nova norma de elevadores de canteiro de obra é publicada pela ABNT

O novo texto apresenta uma análise sobre os riscos potenciais e os requisitos mínimos para evitar acidentes. Além disso, determina que sejam consideradas as cargas mortas (estáticas e dinâmicas), a carga do vento em serviço e em posição fora de serviço e na montagem e desmontagem do elevador, sem considerar a carga transportada em função da área da cabina.

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O documento estima, ainda, os tipos de freios que devem ser utilizados e pleiteia a necessidade da instalação de dispositivo de sobrecarga. "Os acionamentos considerados nessa norma são por meio de cabos e tambor, pinhão e cremalheira, pistão hidráulico ou por um mecanismo articular expansível. Em síntese, os elevadores de canteiro de obras serão tão seguros quanto os tradicionais elevadores de passageiros", detalha o engenheiro Francisco Valente. A norma entrará em vigor a partir do dia 19 de maio. Informações acesse o site: www.abntcatalogo.com.br.

Rodrigo Louzas- Piniweb

Foi publicada no dia 19 de abril a NBR 16200, sobre elevadores de canteiros de obras para pessoas e materiais com cabina guiada verticalmente. O documento foi elaborado pelo Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (CB-04) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).


SME HISTÓRIA | ANTÔNIO GERALDO COSTA

O

engenheiro civil pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Antônio Geraldo Costa, 70 anos, teve seu primeiro contato com a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) quando os seus colegas da turma de 1968, Paulo Newton de Paiva Ferreira e Dalmo Figueiredo estavam na diretoria da entidade. O primeiro como presidente e o outro como diretor técnico. Ao ingressar na SME, o engenheiro tinha um objetivo. “O setor de consultoria de Engenharia, em Minas Gerais, não tinha sindicato nem associação. Na ocasião, sugeri a criação de uma Comissão Técnica para Assuntos de Consultoria, da qual fui o primeiro presidente”, lembra. Essa iniciativa prosperou e os frutos são a criação da AMEC e do Sinaenco-MG, entidades que Antônio Geraldo Costa presidiu posteriormente. A partir daí, ele foi convidado para participar da chapa que concorria às próximas eleições, encabeçada por Adolpho Portela, como diretor técnico da SME, de 1985 a 1989. Nesse período, entre outros projetos, ele reeditou a Revista Mineira de Engenharia. O trabalho realizado valeu a sua indicação para a presidência da entidade entre 1989 e 1990. Para assumir cargo de tamanha importância, como ele reafirma ainda hoje, Costa teve como referências para o trabalho que iria realizar o pai, auxiliar de engenheiro do DER-MG, Clodomiro Costa, que chorou pela primeira vez na frente da família ao saber que o filho foi aprovado no vestibular para Engenharia e, também, o

OAB-MG e CREA-MG. Um dos pontos altos foi a série de encontros com os engenheiros presidenciáveis Leonel Brizola, Paulo Maluf e, também, Mário Covas, na sede da entidade.

padrinho Juca que morava em Moema, no interior do Estado, que cumprimentou-o dizendo “parabéns meu afilhado, você escolheu muito bem a sua futura profissão, pois o engenheiro é um dos construtores do mundo”. Foi com esse espírito que o engenheiro conduziu a sua gestão. Entre os projetos do período ele destaca a reforma da sede social para melhor funcionamento e a criação da sala da presidência que incluía, também, o setor administrativo. Ele também construiu um miniauditório para eventos de menor porte e criou espaços definitivos para o Coral da SME, para o Departamento Feminino e, ainda, para parceiros de cursos oferecidos aos engenheiros como o IETEC e o IMAPE. Ele também manteve e divulgou o curso de atualização da mulher e elaborou plano anual de atividades para o período da sua gestão como cursos, palestras, encontros técnicos e sociais. A atuação como presidente da SME rendeu ao engenheiro muitas oportunidades. Uma delas foi a participação ativa no Movimento de Cidadania de Minas Gerais, representando a SME, juntamente com FIEMG, ACMinas,

Como presidente da SME, o engenheiro também realizou em Belo Horizonte, o Encontro para a Defesa e Promoção da Engenharia Nacional, com a presença de clubes e institutos de Engenharia das regiões sudeste e sul. Os encontros com gestores públicos municipais e estaduais também reafirmaram a participação da entidade nas questões de interesse da sociedade mineira. A divulgação da SME também teve espaço garantido na gestão de Costa. Ele manteve a página quinzenal publicada no Jornal Diário do Comércio e outra, semanal, no Jornal Estado de Minas, além do próprio jornal da SME. Na área social, a manutenção do Coral da SME gerou o lançamento do primeiro disco. Durante a gestão do engenheiro também foi produzido o primeiro livro totalmente escrito por engenheiros e arquitetos. As melhorias na sede campestre de Lagoa Santa foram essenciais para a realização de encontros esportivos e festivos. Atualmente, Costa trabalha como diretor da JG Consultoria e Empreendimentos Ltda., com sede em Araxá, como consultor nas áreas de Transporte e Urbanismo. Ele preside, também, o Conselho Consultivo da Associação dos Moradores do Bairro Belvedere, em Belo Horizonte. “A evolução tecnológica tem exigido cada vez mais a participação dos engenheiros. Por isso, o aprimoramento dos profissionais é imprescindível”, afirma o engenheiro. 33


SERVIÇO | CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

Sistemas de arbitragem já são oferecidos pelo CREA-MG para engenheiros e empresas do setor Para tentar desafogar o Poder Judiciário brasileiro e tornar a solução de conflitos mais rápida, o Senado instalou uma comissão de juristas para apresentar propostas de reforma da Lei 9.307/1996 que trata da arbitragem como forma para solucionar conflitos.

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às demandas dos engenheiros e empresas do ramo, instaladas no Estado. Desde dezembro passado até o mês de fevereiro, foram abertos 48 processos, realizadas 17 reuniões de conciliação, com a concretização de 11 acordos.

Presidido pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça, Luís Felipe Salomão, o grupo de trabalho terá que apresentar o anteprojeto da nova lei em 180 dias. Uma das propostas é a inclusão dos acordos feitos em processos de mediação, que, de acordo com a regra em vigor, ainda têm que passar pela homologação do juiz para se tornarem títulos judiciais.

O engenheiro civil, mestre em Engenharia Mecânica, diretor da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) e presidente da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREAMG, Clémenceau Chiabi Saliba Jr. explica que a etapa de conciliação prévia é gratuita. Caso as partes não entrem em acordo, podem seguir para a arbitragem, que terá custo proporcional ao valor da causa.

Há no Brasil, mais de 300 câmaras de conciliação e arbitragem em funcionamento. Uma delas no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG), criada para atender

“A arbitragem e a mediação são formas muito simplificadas, se comparadas aos processos judiciais tradicionais. Trata-se de uma maneira alternativa e particular de resolver problemas com

o mesmo valor legal”, explica. Nessa lista estão questões relacionadas à execução/custo de uma obra, aqueles detalhes acordados “de boca” em projetos de reforma que mexeram na planilha e, ainda, as surpresas geológicas que venham a exigir mudanças para adequação. A arbitragem e a mediação, nesses casos, são instrumentos que ajudam as partes envolvidas a definirem quem arca com os custos e quais são eles e, ainda, quem assumirá os riscos de cada contrato. Os árbitros, sempre em número impar, para não haver o risco de empate, são escolhidos e contratados pelas partes. Eles devem ser tecnicamente confiáveis mas neutros em relação aos envolvidos. Para decidir, poder usar equidade, bom senso, direito brasileiro ou o direito internacional, de acordo com o que for definido previamente.


Clémenceau Chiabi Saliba Jr, engenheiro, diretor da SME e presidente da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-MG

“A arbitragem e a mediação são formas muito simplificadas, se comparadas aos processos judiciais tradicionais. Trata-se de uma maneira alternativae particular de resolver problemas com o mesmo valor legal”

Embora sejam mais onerosos no início – já que são

técnica das demandas, seja para decisões ou mesmo rea-

as partes que contratam os árbitros – esses siste-

lização das perícias solicitadas pelo processo”, ressalta.

mas de solução de conflitos, ao final de 1,5 ano, período máximo de tramitação, tornam-se 56%

Com o objetivo de preparar novos engenheiros ár-

mais econômicos.

bitros, o CREA-MG promoveu, no dia 13 de março, o I Seminário da Câmara de Mediação e Arbitra-

Não é possível, também, ingressar com uma causa

gem. De cunho preparatório, o evento apresentou

judicial para tratar da mesma matéria. “A arbitra-

aos profissionais da área tecnológica e demais inte-

gem tem como viés o julgamento especializado.

ressados os métodos alternativos de resolução de

Pode ser feito por engenheiros ou não. Atual-

conflitos aplicados à Engenharia e à Agronomia.

mente, é um campo de trabalho interessante para os engenheiros que, em um tribunal multidiscipli-

O funcionamento da Câmara é das 8h às 17h, de

nar, podem ser bastante úteis quanto à análise

segunda a sexta-feira, na sede do Conselho.

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ENTREVISTA | ZULEIKA STELA CHIACCHIO TORQUETTI

FEAM, órgão estratégico do governo reformula processos de gestão ambiental O cuidado com o meio ambiente

logicamente corretas, economica-

Ambiente e Recursos Hídricos

começa dentro de casa. Passa para

mente viáveis, socialmente justas

pela Escola de Engenharia da Uni-

a rua, atinge os bairros e, daí, o

e culturalmente diversas.

versidade Federal de Minas Gerais

município. É nesse espaço que as mudanças começam, se multipli-

36

Com escopo bastante amplo, o

(UFMG), Zuleika Stela Chiacchio

cam em atingem o país. Neste

projeto vai trabalhar temas rela-

Torquetti, uma presidente que, de-

ano, a Fundação Estadual do Meio

cionados à gestão de resíduos, tra-

finitivamente, não “caiu de para-

Ambiente (FEAM) está iniciando

tamento de esgotos, qualidade do

quedas” no cargo.

discussão de um novo projeto,

ar, mitigação de gases de efeito es-

provisoriamente

denominado

tufa, reabilitação de áreas degra-

“Qualidade Ambiental Urbana –

dadas entre outras. À frente desse

Cidades Sustentáveis”, com a pro-

e de outros tantos programas que

posta de definir metodologias a

visam compatibilizar desenvolvi-

atualmente preside, a engenheira

serem aplicadas nas cidades minei-

mento econômico com melhoria

fala sobre o processo de reformu-

ras que pretendam ser referências

da qualidade de vida da população

lação da FEAM, órgão conside-

em sustentabilidade, conceito fa-

mineira está a engenheira química

rado estratégico pelo governo do

moso que define propostas eco-

e mestre em Saneamento, Meio

Estado.

Com experiência comprovada na sua área da atuação e grande vivência e atuação no órgão que


Zuleika Stela Chiacchio Torquetti, engenheira química e mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela UFMG

Como foi conduzido o processo de reestruturação

Qual a importância da Engenharia para a FEAM?

da FEAM? Hoje a FEAM conta com um quadro de 102 funA reestruturação da FEAM ocorreu de forma inte-

cionários, sendo 54 engenheiros, nas áreas de En-

grada com a regionalização do Sistema Estadual

genharia Ambiental, Química, Civil, Agronômica,

de Meio Ambiente (SISEMA), devido ao aumento da

Metalúrgica, de Minas, Elétrica, de Alimentos, Sani-

demanda e à necessidade de melhorar o atendimento

tária e Ambiental e Florestal.

aos usuários da regularização ambiental das atividades potencialmente poluidoras no interior do Estado.

Na atual gestão, toda a alta administração da FEAM é ocupada por profissionais da Engenharia. Esta con-

Desta forma, foram criadas nove Superintendências Regionais vinculadas à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), que assumiram paulatinamente a análise dos processos de licenciamento ambiental.

figuração é importante para a instituição, em razão da capacidade de gerenciamento e da flexibilidade para trabalhar em equipes multidisciplinares demonstradas por esses profissionais. Essa é uma habilidade fundamental para tratar de assuntos da

Em paralelo, a FEAM passou a se dedicar ao estudo

agenda ambiental.

de temas mais especializados da agenda ambiental, com o objetivo de atender à demanda nacional pela

A gestão da FEAM está divida em três diretorias, a

discussão dos desafios inerentes à promoção do de-

Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, a Direto-

senvolvimento sustentável, como mudanças climáticas,

ria de Gestão da Qualidade Ambiental – DGQA

indicadores de qualidade ambiental, novas estratégias

e a Diretoria de Gestão de Resíduos, todas com a

para a gestão de resíduos, novas tecnologias para ge-

participação efetiva na gestão por profissionais de

ração de energia e, ainda, produção mais limpa.

engenharia.

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ENTREVISTA | ZULEIKA STELA CHIACCHIO TORQUETTI

A alta administração da FEAM é ocupada por profissionais da Engenharia. Esta configuração é importante para a instituição, em razão da capacidade

de gerenciamento e da flexibilidade para trabalhar em equipes multidisciplinares demonstradas por esses profissionais

Além disso, temos estagiários de

mentos de gestão ambiental, ga-

gradação ambiental provocada

vários cursos de graduação da

rantindo a contínua capacitação

pelas atividades industriais, mi-

Engenharia, sendo 40% deles da

do corpo técnico. O mercado na

nerárias e de infraestrutura;

Engenharia Ambiental, demons-

área ambiental está bastante

promover e realizar ações, pro-

trando claramente a capacidade

agressivo e, infelizmente, temos

jetos e programas de pesquisa

da FEAM em absorver esses

perdido alguns valiosos profis-

para o desenvolvimento de tec-

profissionais de inserção relati-

sionais para a iniciativa privada.

nologias ambientais; e apoiar

vamente recente no mercado. Cabe destacar ainda a presença

tecnicamente as instituições do SISEMA, visando à preservação

de recém-formados e estagiá-

De acordo com a Lei Delegada

e à melhoria da qualidade am-

rios do curso de Engenharia de

no 180, de 20 de janeiro de

biental no Estado.

Energia, principalmente nos pro-

2011, a FEAM tem a finalidade

jetos vinculados ao tema energia

de executar a política de prote-

e mudanças climáticas.

ção, conservação e melhoria da

Quais os desafios da FEAM neste momento?

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Qual a função da FEAM?

qualidade ambiental, no que concerne à gestão do ar, do

É possível compatibilizar cuidado com o meio ambiente e desenvolvimento econômico? Como MG tem feito isso?

solo e dos resíduos sólidos,

Certamente. A integração dos

O principal desafio da FEAM é

bem como de prevenção e de

órgãos ambientais no SISEMA

continuar inovando nos instru-

correção da poluição ou da de-

segue este princípio. Todos os


Histórico | FEAM

esforços da SEMAD são no sentido de aprimorar os instrumen-

A Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) é vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e um dos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos (SISEMA) de Minas Gerais, juntamente com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF).

tos de regularização das atividades potencialmente poluidoras e os indicadores de qualidade ambiental, para compatibilizar o desenvolvimento com a proteção e preservação do meio ambiente. Muitas vezes os conflitos sociais presentes nas cidades ficam mais

A partir de sua criação, em 1989, a FEAM foi o órgão responsável pelo licenciamento e fiscalização ambiental das atividades industriais, minerárias e de infraestrutura localizadas em Minas Gerais (a chamada Agenda Marrom), bem como pela proposição de diretrizes técnicas da legislação ambiental.

evidentes no decorrer dos processos de licenciamento de grandes empreendimentos, quando as comunidades encontram uma oportunidade de questionar o poder público, pelas carências de infraestrutura existentes, bem como as empresas, pelos impactos ambientais que são gerados. Mas também vemos um crescente engajamento da população com o uso sustentável dos recursos naturais e a preservação ambiental, o que exige muito mais apuro técnico para o trabalho

A partir de 2007, quando ocorreu a reestruturação do SISEMA, a FEAM passou a se dedicar ao desenvolvimento de estudos, pesquisas e programas ambientais estratégicos, com foco em quatro eixos: Gestão de Resíduos, Energia e Mudanças Climáticas, Qualidade Ambiental e Produção Sustentável. Seus projetos e ações são direcionados à inovação dos instrumentos de gestão ambiental, como subsídio às ações de licenciamento e fiscalização das atividades industriais, minerárias e de infraestrutura, atualmente a cargo das respectivas subsecretarias da SEMAD.

dos órgãos do SISEMA. Nosso desafio constante é a busca pelo equilíbrio entre as demandas da sociedade e a necessidade de obter insumos e produtos de forma sustentável.

Atualmente, no contexto do planejamento do Governo Estadual, a FEAM é responsável pela execução dos Projetos Estratégicos “Redução e Valorização de Resíduos” e “Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas”.

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CONSTRUÇÃO | INFRAESTRUTURA

Entidades da indústria da construção repercutem ao último anúncio de recursos

O montante é parte dos R$ 66 milhões anunciado pela presidente Dilma Rousseff aos prefeitos eleitos durante o Encontro Nacional de Prefeitos, em janeiro deste ano, com previsão de R$ 16,8 bilhões para saneamento básico, R$ 7,9 bilhões para projetos de mobilidade urbana e R$ 8,2 bilhões para projetos de pavimentação. Lançado em março de 2010, prevê recursos da ordem de R$ 1,59 trilhão para diversos segmentos como transporte, energia, cultura, meio ambiente, saúde, área social e habitação em seis áreas que são Cidade Melhor, Comunidade Cidadã, Minha Casa, Minha Vida, Água e Luz para todos, Transporte e Energia. Apenas entre 2011 e 2014 são R$ 955 bilhões.

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Luiz Fernando Pires, presidente do Sinduscon-MG Portal IG

Com 38,5% dos investimentos previstos para o período entre 2011 e 2014 concluídos até setembro do ano passado, a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) acaba de lib e rar mais de R$ 33 bilhões para obras de saneamento, mobilidade e pavimentação.

Esse tipo de anúncio, vindo do poder público, é sempre positivo para o mercado, principalmente para a indústria da construção que será a executora das obras previstas, como enfatiza o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Luiz Fernando Pires. “O montante é importante e relevante. Não há, também, dúvidas sobre a necessidade dessas obras. A dificuldade é o governo realizar isso. Eles têm dificuldade em contratar e quando fazem, o projeto não é executado”, afirma o dirigente.


Vamos aplaudir quando essas palavras se tornarem fatos, obras prontas das quais o país tanto precisa

Teodomiro Diniz Camargos

Esse é o ponto que desagrada o setor, já que anúncios políticos que não se efetivam na prática não contribuem para melhorar o desempenho financeiro das empresas e prestadores de serviço. O empecilho, de acordo com Pires, é que o governo federal está “reinventando a roda”, porque colocou para conduzir a aprovação dos projetos profissionais que não são tecnicamente capacitados. “Cada um no seu lugar.As áreas técnica e de execução têm que ter profissionais da área com a devida qualificação. Quem sabe fazer construção tem que saber fazer projeto, constituir o preço real da obra”, afirma.

Segundo o dirigente, o plano do governo é algo bem diferente da fase de execução das obras. Para 2013, a expectativa do setor são para os projetos que já passaram pelas etapas iniciais no Estado e também no âmbito federal. “O setor e a sociedade brasileira sabem que há problemas de infraestrutura que devem ser solucionados com urgência. O Brasil precisa de infraestrutura para continuar crescendo”, ressalta.

Teodomiro Diniz Camargos, presidente da Câmara da Indústria da Construção Civil da FIEMG

Alberto Salum, presidente do Sicepot-MG

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada de Minas Gerais (Sicepot-MG), Alberto Salum também recebe o anúncio da presidente Dilma Rousseff com satisfação embora não existam garantias de que tais recursos sejam liberados ainda neste ano, devido à burocracia que rege a condução das obras. “Primeiro o projeto tem que ser feito. Depois vem a etapa das licitações.Tem muita coisa para acontecer antes da contratação dos fornecedores, o que leva em média seis meses”, alega.

O presidente da Câmara da Indústria da Construção Civil da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Teodomiro Diniz Camargos, acredita que os anúncios do governo não têm qualquer valor se não são convertidos em obras.”Na prática, esses anúncios não decolam muito”, avalia. A indústria da construção, segundo ele, vive momento positivo, mas novas oportunidades são sempre bem-vindas, principalmente se, além de negócios, vão solucionar os problemas de infraestrutura que tanto têm comprometido o desenvolvimento do país. “Vamos aplaudir quando essas palavras se tornarem fatos, obras prontas das quais o país tanto precisa”, conclui.

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ENGENHARIA | ENGENHEIROS NA POLÍTICA

Ronaldo Vasconcellos tem trajetória de credibilidade na área de Meio Ambiente

Os engenheiros têm conhecimento e informação necessários, mas ainda falta

muito para que usem tais insumos para ações concretas e efetivas para mitigar os efeitos danosos das agressões ambientais.

á profissionais que constroem currículos tão robustos em determinadas áreas de atuação que passam a ser considerados referência. Um deles é o engenheiro eletricista e de Segurança do Trabalho pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ronaldo Vasconcellos.

H

Embora tenha iniciado sua carreira na iniciativa privada,Vasconcelos foi “arrebatado” pelos desafios do serviço público, onde acumula três décadas de militância na área de Meio Ambiente. “Quando fui eleito vereador em 1982 minha equipe achou por bem,

42

e eu concordei, que não poderia ser um vereador comum e que tinha de ter uma bandeira política. Já entrei na Câmara de Belo Horizonte em 1983 definido a trabalhar na questão do Meio Ambiente, o que eu faço até hoje”, lembra. Em 1985, associou-se à Sociedade Mineira de Engenheiros (SME). Dessa primeira experiência pública vieram outras. Ronaldo Vasconcellos foi deputado estadual por três mandatos (1986/1990/1994). Em outros dois, ele trabalhou em Brasília, como deputado federal (1998/2002). Ele também foi o vice-prefeito na gestão de Fernando Pimentel, a partir de 2005. Em 2009 e 2010, foi

secretário municipal de Meio Ambiente e, atualmente, é presidente do Partido Verde de Minas Gerais (PV). Para o engenheiro, essa trajetória no setor público tem um significado diferente. “É muito trabalho, muita articulação, muita paciência e um compromisso com o conceito de desenvolvimento sustentável”, resume. Vasconcellos explica que engenheiros têm conhecimento e informação necessários mas ainda falta muito para que usem tais insumos para ações concretas e efetivas para mitigar os efeitos danosos das agressões ambientais.



ENGENHARIA | CAPACITAÇÃO

Incentivo extra Projeto criado para motivar estudantes a ingressarem nas Engenharias está paralisado Muitos são os desafios enfrentados pelos estudantes que pretendem se graduar em Engenharia. Estudo da organização não governamental "Todos Pela Educação" com resultado divulgado em março, demonstrou que, dos alunos que concluem o ensino médio no país, apenas 10% realmente sabem matemática. Muitos alegam que essa matéria não está entre as preferidas. Essa falha no sistema de aprendizado tem impactado diretamente o ingresso nos cursos da área de Exatas, como é o caso da Engenharia. Aqueles que superam essa dificuldade inicial e ingressam na universidade também passam por outras “provas” para concluir o curso. Pesquisas comprovam que a dificuldade em assimilar os conteúdos, a necessidade de trabalhar para custear os estudos e, ainda, a 44

Janaína França, engenheira metalúrgica e diretora do setor de pesquisa e desenvolvimento da FEAM

falta de vocação fazem com que 40% dos alunos da área abandonem o programa ou mudem a área da graduação para Humanas, por exemplo. Para divulgar o curso para os alunos do ensino médio e motivar os estudantes universitários da área a vencer uma verdadeira batalha pelo diploma, a engenheira metalúrgica e diretora do departamento de pesquisa e desenvolvimento da FEAM), Janaína França, desenvolveu o projeto ABM Dá a Dica – Seja Engenheiro, que desde 2008

até 2012 atendeu a 1,2 mil estudantes de escolas públicas e privadas de ensino médio de vários Estados brasileiros. “Infelizmente estamos parados neste ano porque a regional mineira da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) perdeu seu principal colaborador e ainda não houve reposição. Mesmo assim, quando posso, continuo a fazer palestras em universidades, para evitar o êxodo de alunos das engenharias”, disse a engenheira.


Mariana Oliveira, estudante de Engenharia Metalúrgica da UFMG, em estágio na Universidade de Saarland, Alemanha.

A meta inicial do projeto era impulsionar as carreiras de engenharias com ênfase na Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas. “Em todos os países que possuem políticas consolidadas para o fortalecimento do ambiente de inovação, os principais fatores considerados são a qualificação de recursos humanos e a organização da agenda de pesquisa para o atendimento das necessidades de desenvolvimento econômico”, ressalta. Inicialmente, ela dava palestras em escolas mostrando seu trabalho e carreira. Posteriormente, a medida que crescia a demanda, foi

necessário ampliar a lista dos palestrantes a partir da contratação de universitários do oitavo e décimo períodos das três engenharias para que eles – previamente avaliados em seu desempenho no curso – pudessem conversar com os alunos. O projeto registrou excelentes resultados. Que o diga a estudante de Engenharia Metalúrgica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e intercambista em Engenharia e Tecnologia de Materiais na Universidade de Saarland, na Alemanha, Mariana Viegas Greco de Oliveira. Ela as-

sistiu à palestra de Janaína França quando ainda estava no ensino médio. “Tinha contato apenas com as disciplinas puras como Física, Matemática e Química e quase nenhum com a aplicação desse conhecimento. Foi a palestra que me mostrou como poderia usar o que aprendi e gostei na minha futura carreira”, lembra. A Engenharia Metalúrgica era quase desconhecida para a estudante que nunca tinha pensado na relação dessa área com a Engenharia de Materiais. Menos ainda sabia que se tratava de um ótimo campo de atuação. 45


ENGENHARIA | CAPACITAÇÃO

Luciano de Souza Vinti, estudante de Engenharia de Energia da PUC Minas e estagiário da CONSITA e da FEAM

Para a estudante, a divulgação dos

O estudante de Engenharia de

um engenheiro pode atuar e que o

cursos da área de Engenharia é uma

Energia da Pontifícia Universidade

mercado de trabalho para nós sem-

ótima forma de auxiliar estudantes

Católica de Minas Gerais (PUCMi-

pre estará de portas abertas”, frisa.

nessa que é uma das mais difíceis es-

nas) e estagiário da CONSITA e

colhas da vida: a profissão. “Esse tipo

da Fundação Estadual do Meio Am-

de projeto abre um canal com pes-

biente (FEAM), Luciano de Souza

soas que podem responder nossas

Vinti, assistiu a palestra de Janaína

dúvidas sobre o curso e a carreira

França quando já tinha ingressado

2015, o Brasil vai precisar de 300

que vem a seguir. Nessas oportunida-

no curso. “Ela me mostrou que o

mil engenheiros, mas o país não

des, temos liberdade para realmente

mercado de engenharia está aque-

tem conseguido formar a quanti-

perguntar o que nos preocupa ou o

cido pois faltam profissionais em

dade de profissionais necessários.

que nos interessa, obtendo respostas

várias áreas como a que escolhi.

De acordo com a Federação Na-

diretas e esclarecedoras”, aponta.

Um engenheiro de Energia que

cional dos Engenheiros, os estudan-

saiba, desde a faculdade, trabalhar

tes não estão terminando o curso

em grupo, ser proativo e encarar

e os que terminam não buscam

novos desafios é o perfil procu-

uma especialização.

A

futura

engenheira

declara-se

“muito feliz com a Engenharia. Eu realmente acredito que através dela é possível contribuir para o desenvol-

46

rado pelo mercado”, enfatiza.

A procura por profissionais de engenharia aumenta gradativamente. Segundo estudos de mercado, até

Ainda conforme a entidade, o

vimento da sociedade, seja pelas so-

Para ele, a palestra para universitá-

Brasil forma cerca de 38 mil en-

luções de despoluição das águas ou

rios é muito importante porque

genheiros por ano, mas precisa de

melhoria da biocompatibilidade de

funciona como incentivo para que

quase o dobro disso para dar

implantes. A Engenharia permite

eles enfrentem as dificuldades do

conta da demanda. Mesmo com

uma aplicação direta e concreta de

percurso. “Estou muito feliz em ter

salário inicial na média de R$ 5,5

conhecimento, que é o que eu con-

escolhido um curso de engenharia,

mil, o mercado ainda sente falta

sidero mais fascinante na profissão”,

estou no 9º período de Energia e

de profissionais, principalmente,

define.

vejo que há diversas áreas em que

aqueles qualificados.


Plataforma. Aqui tem nióbio.

Parque Industrial da CBMM - Araxá/MG

O nióbio da CBMM está presente nas estruturas dos aços dos veículos produzidos no Brasil, na América do Norte, na Europa e na Ásia. Os aços microligados ao nióbio deixam os carros mais leves, mais seguros e com melhor desempenho. Carros mais leves consomem menos combustível: para cada 100kg de redução de peso, tem-se uma economia de 0,5l/100km rodados, o que diminui a emissão de gases. Além disso, são mais seguros, pois aumentam a resistência dos veículos a colisões. No caso dos utilitários, a redução de peso também é uma grande vantagem uma vez que ela diminui os custos com transporte. Isso porque os aços com nióbio são mais resistentes e possibilitam a utilização de chapas e perfis com menores espessuras. Tudo isso por muito pouco: menos de 9 dólares por veículo.

Plataforma. Aqui tem nióbio. www.cbmm.com.br


LEGISLAÇÃO | ENGENHARIA PÚBLICA

Lei da Engenharia pública ainda não é cumprida pelos municípios mineiros

N

Entretanto, ainda são raras as administrações municipais que já estão garantindo o direito das famílias com renda de até três salários mínimos, o acesso a assistência técnica pública gratuita, que abrange os trabalhos de projetos, acompanhamento e execução de obras a cargo dos profissionais da área de Engenharia. Para incentivar essa mudança, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG) assinou convênio com

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Maria de Fátima Amaral, assessora jurídica e parlamentar do CREA-MG Luciano Bicalho

os últimos quatro anos, diversas catástrofes naturais causaram danos físicos e mortes no país devido à precariedade das moradias e ocupação irregular do solo. Essas ocorrências bem que poderiam ter sido evitadas se as prefeituras já tivessem incluído na sua lista de serviços à população a Engenharia Pública, conforme reza a Lei 11.888/2008, que pretende modificar a cultura dos poder público em relação ao planejamento urbano.

as prefeituras mineiras de Pará de Minas, Alfenas e São Sebastião do Paraíso para garantir a implantação da Engenharia Pública. De acordo com a assessora jurídica e parlamentar da entidade, Maria de Fátima Amaral, essa iniciativa é parte de um projeto que tem como objetivo mudar a cultura e as práticas dos administradores públicos municipais e, na sequência, da população que, sem qualquer orientação técnica, constrói, reforma e até aumenta suas residências, mesmo quando localizadas em áreas de risco. Estima-se que mais de 70% do que se produz no setor habitacional

está fora do mercado formal. Mesmo com obras tocadas de forma “particular” os impactos ambientais de tais empreendimentos atingem a todos, desde os moradores mais próximos até a população em geral, principalmente quando há ocorrência de acidentes naturais. Com esse projeto, o Crea-MG reafirma suas missões de defender os interesses sociais e humanos, promover a valorização profissional, o desenvolvimento sustentável e a excelência do exercício e das atividades profissionais e se propõe a atuar na interface entre a sociedade de um modo geral, os profissionais, as entidades de classe e os


Nossa proposta é o resgate da cidadania da população mineira excluída e promover o acesso a moradia e à cidade que são componentes de um padrão de vida digna

Maria de Fátima Amaral

poderes Legislativo e Executivo para a implementação da Engenharia Pública. “Nossa proposta é o resgate da cidadania da população mineira excluída e promover o acesso a moradia e à cidade que são componentes de um padrão de vida digna”, adianta a assessora. Como produtora de conhecimento, a Engenharia desempenha papel fundamental no desenvolvimento socioeconômico do país. Nesse contexto, a Engenharia Pública trata do planejamento urbano, um problema estrutural de muitos municípios - incluindo-se aí capitais. “Essa área tem a função de criar estrutura, dispositivos, processos,

produtos e sistemas exigidos pela sociedade para solucionar problemas estruturais, buscando bemestar, segurança e qualidade de vida para a população”, explica. Sendo a assistência técnica uma realidade nos municípios, com certeza, o planejamento urbano será institucionalizado e com isso as melhorias do meio ambiente e qualidade de vida serão garantidas por meio da elaboração de estudos, planos, projetos, construção e produção, gerenciamento, gestão, operação, manutenção e outros, ou seja, em todas as fases e em todos os ciclos da produção e do desenvolvimento.

Mais que uma área de atuação, a Engenharia Pública propicia, também, a democratização do acesso a esse serviço. Segundo a assessora, a assistência técnica e gratuita é um dos principais meios para combater o déficit habitacional no Brasil e a legalização e segurança das edificações, conforme previsto pela lei 11.888/2008. “Além de democratizar o acesso ao serviço de Engenharia, a Engenharia Pública vai democratizar o acesso à moradia e à cidade, bem como a proteção ao meio ambiente, para o cumprimento da função social da propriedade e do uso socialmente mais justo do espaço urbano”, aponta.

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NOVOS ENGENHEIROS | PEDRO MÁRCIO DE OLIVEIRA FILHO

Paixão pela Engenharia e investimento na carreira

Não adianta condições e tempo

ainda no ensino médio. “Sempre

Depois de trabalhar como funcio-

para se dedicar aos estudos e nem

gostei de computadores e eletrô-

nário por algum tempo, o enge-

facilidade nos conteúdos se o estu-

nica. Assim, quando fiz o curso

nheiro tornou-se sócio gerente da

dante não tiver vocação. Esse é, sem

técnico no Centro Federal de

empresa FGL Eletromecânica e Au-

dúvida, o aspecto que diferencia um

Educação Tecnológica (CEFET-MG)

tomação, atuando como gerente

profissional de seus pares. O gosto

pude ampliar meus conhecimentos

de Engenharia, responsável pelas

pelas atividades que compõem a

em novas áreas”, lembra.

áreas técnica e coordenação de

rotina de trabalho e, mais que isso, a disposição para aprender coisas novas são imprescindíveis para quem deseja, além de sucesso na carreira, ser feliz.

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Experiência bem sucedida sempre rende. No caso do engenheiro, os bons resultados alcançados pesaram muito na hora de escolher o

pessoal da organização. As atividades têm permitido que ele se aprimore diariamente, para atender as demandas da empresa/clientes.

curso universitário. Atualmente, ele

Para ele, empreender é algo que re-

O engenheiro eletricista Pedro

trabalha na área de automação, que

quer muita atenção e cuidado.

Márcio de Oliveira Filho, 34 anos,

lhe permitiu casar a paixão por in-

“No caso da Engenharia, o mercado

formado pela Pontifícia Universi-

formática com os conhecimentos

é bem restrito”, enfatiza. Para in-

dade Católica de Minas Gerais

de Engenharia. “Nesta área, o dina-

gressar nessa área como profissio-

(PUC Minas) ingressou na área de

mismo e a possibilidade de um

nal de sucesso não basta apenas ter

forma natural. Como tantos estu-

desafio em cada projeto são carac-

bagagem técnica e boa formação.

dantes que se interessam pela car-

terísticas que me fizeram escolhê-la”,

É necessário, também, conhecer o

reira, ele manifestou seu interesse

reafirma.

mercado e os clientes em potencial.


Pedro Márcio de Oliveira Filho, 34 anos, engenheiro eletricista formado pela PUC Minas

Devemos lembrar que o engenheiro, por essência, é um inventor, aquele que dá soluções novas e melhores para problemas. Esse dinamismo é importante para a profissão

Há que se considerar o bom mo-

De acordo com Pedro de Oli-

Mas ele tem sonhos maiores.“Como

mento da Engenharia, uma área que

veira Filho, a construção da car-

engenheiro, meu sonho é desenvol-

tem possibilitado aos profissionais

reira é um processo dinâmico. “O

ver soluções melhores para os pro-

alternativas de atuação e melhoria

desafio e a possibilidade de cres-

blemas da sociedade. Gostaria de

de ganhos. “Devemos lembrar que

cimento dependem principal-

participar de projetos que desenvol-

o engenheiro, por essência, é um in-

mente do meu trabalho e foram

vam a Engenharia e o profissional,

ventor, aquele que dá soluções

fatores preponderantes na minha

possibilitando cada vez mais a inte-

novas e melhores para problemas.

escolha”, destaca. Neste mo-

ração com a sociedade”, explica.

Esse dinamismo é importante para

mento, o engenheiro tem como

Casado e pai, ele gosta de passar

a profissão”, define.

foco principal a gestão da sua

o tempo livre curtindo a família e

Outro ponto é o alto custo de em-

empresa. Para tanto, tem inves-

os familiares. Mas sempre que há

presas neste ramo. A carga de im-

tido em cursos e outras ferra-

alguma programação do seu inte-

postos é alta sobre os serviços e a

menta de aprimoramento para

resse, vai aos eventos promovidos

folha de pagamento é onerosa. A

melhorar técnicas e processos, a

pela Sociedade Mineira de Enge-

gestão dos custos de obras e pes-

fim de agregar valor para o negó-

nheiros (SME). “Conheço a SME e

soal é vital para o bom andamento

cio e tornar a gestão mais efi-

gosto do trabalho que desenvolve”,

do empreendimento.

ciente.

considera.

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ENGENHARIA DE SEGURANÇA | INCÊNDIO

Em debate: segurança contra incêndio Jalmelice Luz

Incêndio é apenas a designação de um verbete no dicionário da Língua Portuguesa até que o evento aconteça e se transforme em tragédia. As ações de prevenção e combate, dizem os especialistas, passam por caminhos diversos e permeiam a formação nas várias etapas da vida. Desde a mais tenra idade, por meio de processos educacionais, à fase adulta de produção e atividade profissional. Mesmo assim, desde Roma antiga (64 a.C), data do mais célebre sinistro da história da humanidade, até os dias de hoje, a ocorrência de fatos dessa natureza geram questionamentos e indagações quanto as causas e responsabilidades, na maioria das vezes, sem respostas conclusivas. As implicações e efeitos provocados por incêndios vêm sendo detidamente examinados e discutidos pela Comissão Técnica de Engenharia de Segurança da SME, que promoveu, no último dia 09 de abril/13, o Painel “Segurança contra Incêndio e Pânico em locais de Recepção ao Público” dentro do Projeto Ponto

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e Contraponto. No centro do debate a formação e a atuação do profissional de engenharia e, também, de arquitetura, responsáveis por cálculos, projetos e a construção de prédios. Na mesa de debates, professores, empresários, profissionais da área, representantes da SME, do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, do Ministério Público, estudantes de graduação e de pós-graduação da área. O engenheiro Civil, Pós-Doutor (Lund University, Suécia), professor da Universidade Federal de Ouro Preto, Antonio Maria Claret de Gouveia, em sua palestra abordou o tema a partir da ideia “Da Ilusão de Segurança à Segurança Material”. Para ele, tão forte quanto a intensidade das chamas e o poder letal da fumaça produzida por materiais inflamáveis são os comportamentos de negação do risco, por meio de artifícios e argumentos falaciosos. Isso, é claro, aliado à falta de procedimentos técnicos essenciais em empreendimentos, a exemplo da medição da carga de incêndio.

Antonio Maria Claret de Gouveia, engenheiro Civil, Pós-Doutor (Lund University, Suécia), professor da UFOP Claret Gouveia chama atenção para o fato desse tipo de medição raramente ser feita no Brasil. Quando ocorre, faz-se a partir de “tabelas importadas” para as normas brasileiras, observa. O mais surpreendente é que esse procedimento é obrigatório em casos de implantação de depósitos e é considerado necessário em todos os casos específicos: em arquivos, boates, edifícios de escritórios, lojas comerciais, centros de depósito, shopping centers, bancos, entre outros.


Comissão Técnica de Engenharia de Segurança da SME,que promoveu, no último dia 09 de abril, o Painel “Segurança contra Incêndio e Pânico em locais de Recepção ao Público” dentro do Projeto Ponto e Contraponto.

Gouveia destaca a importância do profissional de engenharia ter em mente, quando da elaboração de um projeto, a interação entre “edificação+fogo+usuário”, critério mais valioso que a relação custo/benefício de um projeto.

Público” já apresenta resultados po-

Segundo ele, esta noção garante maior êxito na execução de um projeto mais seguro contra incêndio, porque exige rigor em todas as etapas e requer medidas que vão além das normas técnicas que são prescritivas.

atividades educativas e de cons-

COMISSÃO VAI INTENSIFICAR TRABALHOS COM APOIO DE SEGMENTOS DA SOCIEDADE

Várias contribuições foram dadas,

Apesar de considerado um assunto candente, mas de difícil abordagem, o Painel “Segurança contra Incêndio e Pânico em locais de Recepção ao

tora da Associação Comercial de

sitivos. A grande maioria dos participantes fez a defesa de uma continuidade do debate sobre o tema para que outros segmentos da sociedade possam se inteirar e, cada um a seu modo, desenvolver cientização. Proposta acatada pelo presidente da Comissão Técnica de Engenharia de Segurança, Silvio Piroli, um dos idealizadores do evento junto com o engenheiro Marco Antônio das Graças Antunes.

a exemplo de um depoimento breve, mas contundente, da direMinas (ACMinas), Elizabeth Ribeiro, sobre o alto risco de incêndio em acontecimentos públicos,

desde festas de casamentos até os grandes shows. Segundo ela, são utilizados na ambientação materiais inadequados e de alto poder inflamável, sem os devidos cuidados. Na montagem de palcos e cenários, são estendidos fios elétricos, normalmente desencapados, para os aparelhos audiovisuais, em espaços mal dimensionados e sem rotas de fuga adequadas. Tudo isso aliado a um comportamento de uso excessivo de bebida alcoólica. A mudança de um padrão de risco para o de maior segurança viria como resultado de um trabalho educativo que começaria nas escolas com crianças e adolescentes, que poderão se transformar em multiplicadores de informações e de práticas preventivas.

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ENGENHARIA DE SEGURANÇA | INCÊNDIO

O Coronel do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Miguel Novaes, diretor de Atividades Técnicas do CBMMG, assegura que todo trabalho preventivo é bem-vindo. Principalmente, diante da fragilidade das condições de segurança constatada pelos bombeiros nos eventos públicos e também em prédios por onde circulam milhares de pessoas. Coronel Miguel Novaes diz que existem queixas em relação à ação do Corpo de Bombeiros de parte dos responsáveis pelos eventos, demonstrando pouca preocupação com a segurança dos usuários. Para romper com a negligência, é “essencial que a sociedade tenha informação e consciência de que deve exigir mais segurança nesses ambientes”, observa. O diretor da empresa Equipex Semon, Haroldo Novaes, apontuou que são iniciativas como a da SME, através da Comissão de Engenharia de Segurança, que podem fazer a diferença nos trabalhos de educação e conscientização e, também, nas propostas de aperfeiçoamento das normas técnicas e de pressão sobre o poder público. Para o engenheiro Affonso Arthur de Almeida Brandão, conselheiro da Associação Mineira de Engenharia de Segurança (AMES), a população precisa ser educada nessa temática para ter uma atitude mais preventiva de incêndio, daí a urgência de mais debates sobre o assunto.

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FORMAÇÃO - No campo da formação superior, os representantes das universidades que participaram do painel anunciaram iniciativas para evidenciar o tema da segurança contra incêndio em suas instituições. O coordenador de pós- graduação do curso Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade Fumec, Flávio César Neves, disse que será formado, em breve, um curso de extensão específico sobre o tema. Na Universidade Federal de Minas Gerais, o vice-diretor da escola de Arquitetura, Paulo Gustavo Von Krüger, informou que há interesse em abordar a temática, também, na pós-graduação. O objetivo é provocar nos profissionais de arquitetura uma responsabilidade ainda maior quanto à segurança contra incêndio, na elaboração dos projetos arquitetônicos. ETIQUETA DE SEGURANÇA - Durante exposição, o vice-diretor Paulo Von Krüger apresentou a Etiqueta de Segurança Contra Incêndio em Edificações que foi desenvolvida por ele, como uma ferramenta eficiente na aplicação da ideia de segurança. Nos moldes do selo de consumo de energia elétrica, a etiqueta de segurança tem uma função preventiva e não punitiva ou, menos ainda, criar apreensão ao usuário de uma edificação que não tenha atingido o valor mínimo de segurança contra incêndio. “A etiqueta irá permitir uma avaliação do prédio (ou ambiente) e, consequentemente, a busca de sua adequação com o intuito de atingir os critérios sugeridos no processo de etiquetagem”, explica.


SME

PONTO & CONTRAPONTO

Comissão Técnica de Engenharia de Segurança da SME promoveu na FIEMG/MG o Painel “Segurança contra Incêndio e Pânico em locais de Recepção ao Público”

Antônio Claret Gouveia, Paulo Krüger, Ailon Ricaldo, Cel. Miguel Novaes

Marco Antônio Antunes, Affonso Arthur de Almeida Brandão, Cel. Miguel Novaes e Fabiano Panissi

Haroldo Novaes e Ailton Ricaldoni

Cel. Miguel Novaes

Ailton Ricaldoni, Marco Antônio Antunes, Silvio Pirolli, Paulo Von Krüger, Affonso Arthur de Almeida Brandão

Palestrante Antônio Claret Gouveia

Paulo Von Krüger

Marco Antônio Antunes, Flávio César Neves e Antônio Claret

Flávio César Neves

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CAUSOS DA ENGENHARIA

A cola telegráfica É notório que a cola é um artifício condenável, falseando o verdadeiro nível de conhecimento do aluno e promovendo a aprovação de estudantes despreparados. No entanto, a cola tem um outro significado que não pode ser desprezado: representa a vitória (quando bem sucedida) em relação ao “sistema vigente”. Minha turma foi, sem dúvida, responsável por uma das mais criativas iniciativas no campo da cola, fazendo do diretor da escola o seu portador. Em uma prova vital, um de nossos colegas estava longe de contar com o necessário preparo. Para auxiliá-lo, um cuidadoso esquema foi preparado. Antes de mais nada, foi divulgado que sua mãe estava muito doente, podendo morrer a qualquer instante. O fato chegou ao conhecimento do então diretor da escola, Dr. Pedro Mendes dos Santos, que era um dos fiscais da prova. Os alunos bem preparados terminaram a

com o tal “recheio”, foi cuidadosamente fechado e entregue ao diretor, com a solicitação de que o mesmo fosse entregue com urgência ao colega (que já o aguardava). O diretor, preocupado, entregou a “cola telegráfica” ao destinatário que, entre soluços, concluiu a prova com total sucesso.

prova com rapidez. Um deles foi encarregado de reproduzir a solução dos proble-

Cesar de Barros Pinto

mas em letra miúda, que foi colada em

(Turma de 1964 da UNIFEI),Diretor Executivo

um telegrama obtido anteriormente, di-

da AssociaçãoBrasileira das Grandes Empresas

rigido ao colega “necessitado”. O telegrama

de Transmissão de Energia Elétrica - ABRATE

P a r t i c i p e e e n v i e s e u “ c a u s o ” p a r a j o r n a l i s m o @ s m e . o rg . b r

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