Edição de 13_01_2012

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SANTARÉM APLAUDE ESTREIA MODERNA DE OBRA DO SÉCULO XVIII. Cultura, pág.10 EMPRESAS & EMPRESÁRIOS “A forma dos empresários mudou”.

Fundado em 1891 por João Arruda • Director: João Paulo Narciso

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ANO: CXX NÚMERO: 6291

Conferência de Vasco Graça Moura hoje em Santarém

Sociedade, pág. 03

SEXTA-FEIRA, 13 DE JANEIRO DE 2012

Resitejo investe 16,3 milhões de euros em nova unidade

Ambiente, pág. 09

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LÍDER DO PS CRITICA EXECUTIVO PSD

“Pernes merecia pedido de desculpa” Mais um chumbo do Tribunal de Contas

O Tribunal de Contas (TC) chumbou o contrato de empreitada para construção do Pavilhão Gimnodesportivo de Pernes, por falta de enquadramento legal do procedimento por ajuste directo. O assunto foi discutido, dia 9, na reunião do executivo, com Carlos Nestal, líder

da bancada socialista na Assembleia Municipal e presidente da Concelhia do PS de Santarém, a assistir no espaço reservado ao público. Após a reunião, o deputado não conteve a sua indignação face à justificação apresentada, na ocasião, pelo presidente da Câmara, sobre

o assunto. Para Carlos Nestal, trata-se de “mais um erro e mais uma ilegalidade grosseira” do Executivo PSD. “A população de Pernes merecia um pedido de desculpas”, disse ao Correio do Ribatejo. Sociedade, pág. 07

RUI DIAS, EMPRESÁRIO, SUGERE AO GOVERNO

“Deve ser autoritário com a Banca como é com os empresários”

R

ui Dias é o actual presidente da União das Associações Empresariais do Distrito de Santarém (UAEDS), cargo que acumula com o de presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços dos Concelhos de Torres Novas, Entroncamento, Alcanena e Golegã (ACIS). Aos 36 anos de idade, o empresário sugere ao governo que seja “tão autoritário com a banca assim como

é com os empresários”. Diz estar preocupado com “paraísos fiscais vendidos nos bancos” e “dinheiro escondido que sai deste país”. Nesta entrevista concedida ao Correio do Ribatejo na qualidade de presidente da UAEDS e da ACIS, Rui Dias fala em pioneirismo do distrito no que concerne à Convenção do Trabalho e acredita que o que se está a passar na EDP “é um presente envenenado” para os portugueses. Empresas & Empresários, págs. IV e V PUB

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Pág. 08

Edição, 6.ª-feira • Preço: € 0,60 • Semanário Regional • T. 243 333 116 • F. 243 333 258 Redacção: Rua Serpa Pinto, 98 a 104 • AP 323 • 2001-904 Santarém geral@correiodoribatejo.com Aponte seu smartphone com um software leitor que faça a interpretação deste código e veja mais!

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Novo regulamento de habitação quer fixar jovens na cidade Promover a reabilitação urbana, fixar no concelho a população jovem e facilitar a compra ou arrendamento de imóveis pela juventude é o objectivo de um projecto apresentado pela Câmara de Santarém, na reunião do Executivo, dia 9 de Janeiro. A respectiva proposta de Regulamento da Habitação Jovem foi aprovada por unanimidade, seguindo-se, doravante, um período de discussão pública, antes da aprovação final do documento, pela Assembleia Municipal. Sociedade, pág. 04

Bombeiros Voluntários de Santarém em “situação financeira estável” A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santarém (AHBVS) encontra-se numa “situação financeira estável”, apesar de 2011 ter sido um ano “extremamente difícil”. Crítico em relação à falta de apoio da Autarquia, o presidente da AHBVS diz que aquela só “investe nos Bombeiros Municipais”.

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Sociedade, pág. 05

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“Ir à horta e não ver as couves” é algo que dificilmente pode acontecer no Bairro de São Domingos, em Santarém. Com mais de três metros de altura, a couve “gigante” já se transformou no centro das atenções de quem passa na rua e até marca presença nas redes sociais, como o Facebook. Não é a primeira que atinge estas proporções invulgares, mas será certamente a mais alta deste ambiente citadino, ultrapassando o primeiro andar do prédio onde mora o actual proprietário que a resgatou de um destino menos pomposo: tinha sido arrancada e deixada a definhar à sua sorte. Valentim da Conceição decidiu agir e transladou-a para um canteiro da praceta Habijovem, na rua D. Nuno Álvares Pereira, onde agora faz companhia a uma árvore. Esta dupla improvável foi formada há cerca de dois meses e a couve lombardo “tem-se dado bem” nesta nova morada e já cresceu mais 15 cm, como garante o empresário da restauração, que mantém raízes com o cultivo da terra. “Tinha folhas do tamanho de um braço”, descreve, com orgulho, Valentim da Conceição tem de utilizar um escadote para tratar deste pé de couve pouco convencional, cujo peso ultrapassa os 15 kg.

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Edição n.º 6.291 | 13 de Janeiro de 2012

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Correio do Ribatejo lança debate sobre Acordo Ortográfico O escritor Vasco Graça Moura vai proferir uma conferência sobre o novo Acordo Ortográfico, organizada pelo Jornal Correio do Ribatejo, hoje, sexta-feira, dia 13. A sessão está marcada para as 21h30, na Casa do Brasil em Santarém, e Vasco Graça Moura proferirá a comunicação ‘Acordo Ortográfico: a perspectiva do desastre’. Esta iniciativa faz parte de um ciclo de conferências iniciada em Abril último pelo Jornal Correio do Ribatejo, no ano em que completa os seus 120 anos de existência, e que visa reflectir sobre o papel dos media no contexto actual. Graça Moura rejeita frontalmente a adopção do Acordo Ortográfico (AO) e defende que o Governo “deve voltar atrás e suspender a aplicação do “ que qualifica de “abominável”. Para o autor, o Acordo é “um crime contra a Língua [Portuguesa]” e que “juridicamente não está em vigor”. “Não foi ratificado por Angola e Moçambique e não estando, não se verifica uma condição de validade do tratado”, atesta, afirmando que a condição incluída no Acordo - que basta a ratificação de quatro países para entrar em

Vasco Graça Moura vai estar hoje em Santarém a convite do nosso Jornal

vigor - é “uma pantomina inventada pela CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa)”. Neste sentido, espera que o actual Governo “compreenda a gravidade” e

“suspenda a sua aplicação”. É um Acordo Ortográfico “que está cheio de defeitos, cheio de vícios e cheio de erros, e até no Brasil há problemas na sua aplicação, apesar de ser mais favorável à norma brasileira que à portuguesa”, acrescentou. Para o autor de “Luís de Camões: Alguns Desafios”, o Acordo é “colonialista” por ter sido feito apenas por Portugal e pelo Brasil, enquanto “os outros países fizeram apenas ofício de corpo presente” e “foram tratados como parentes pobres”. Segundo Graça Moura, os países lusófonos africanos “seguem a norma portuguesa, logo (o actual Acordo) não vem facilitar e vem antes criar complicações, vai-se aumentar o divórcio, nas normas seguidas, entre cada um dos países participantes no chamado universo da Língua Portuguesa”. Na sua opinião a aplicação do Acordo Ortográfico vai trazer “mais problemas de escolaridade em sociedades de baixa escolaridade, e na alfabetização”. Todos estes aspectos serão abordados hoje, sexta-feira, 13 de Janeiro, na Casa do Brasil, em Santarém, pelas 21h30.

Sexta-feira 13 2012 Reúne os ingredientes para ser um ano invulgar. Das profecias Maias que ditam para 21 de Dezembro o “encerrar de um ciclo” e o início de uma nova era espiritual ou, numa perspectiva pessimista, o fim do mundo, até ao ano do Dragão do Zodíaco Chinês, há, em bom rigor, a emergência de uma crise financeira e económica de que já não havia memória desde os anos 1930. O mundo assiste, também, a uma nova fase da globalização e ao surgimento de diferentes protagonistas no palco da geoeconomia e geopolítica. Este ano começa igualmente com um Janeiro peculiar: tem 5 segundas-feiras, 5 sábados e 5 domingos e isto só acontece a cada 823 anos e hoje é sexta-feira 13…É caso para perguntar: é supersticioso? Jorge Rito assume que é supersticioso, ou não trabalhasse diariamente com jogos de fortuna e azar na Casa Campeão, em Santarém. É peremptório ao afirmar que há muita gente supersticiosa. É precisamente nos dias 13 que as pessoas jogam mais: quer seja para desafiar o azar ou para ver se têm sorte. De resto, afirma, “o 13 está sempre vendido”. Pessoalmente, evita passar por baixo de escadas e dispensa facas cruzadas e tesouras abertas. Fátima Conde é uma “supersticiosa moderada”. Não costuma “bater na madeira” e não liga aos gatos pretos que se lhe cruzam no caminho. Há, no entanto, uma superstição que

Lurdes Carreira

Fátima Conde

mantém: quando “cisma com um número” faz o possível por apostar. Foi o que lhe aconteceu com o 29287, que lhe apareceu em sonhos. A fracção premiada da Lotaria dessa semana acabou por ser o 25287.

Jorge Rito

Paulo Costa

Paulo Costa não tem nenhuma “superstição em particular”. Considera que os presságios fazem parte do domínio do imaginário e prefere manter-se “atento e preocupado” à realidade mais concreta.

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Recomeçar Poucas vezes cabe à Administração de um Jornal utilizar o espaço nobre das suas páginas para se dirigir aos leitores e à sociedade que o envolve. Esta é uma delas. No começo do “Annus Horribilis” que será 2012 para a sociedade portuguesa, queremos transmitir uma palavra de esperança e alento, abraçando um projecto ‘novo’ de 120 anos, acreditando nos colaboradores que ao longo dos tempos têm honrado a nossa publicação, nos assinantes que, de geração em geração, abrem as nossas páginas, nas instituições que nos honram com a sua presença nos bons e nos maus momentos. Numa época em que a nossa sociedade é confrontada com a perda de valores que sempre considerámos eternos como a estabilidade financeira, soberania nacional, honestidade e respeito pelo próximo, entre outros, sentimos a necessidade de retornar às origens. Este Jornal será cada vez mais um jornal de causas, positivo, enérgico (apesar da sua vetusta idade), desafiante daqueles que pelo caminho foram abandonando as convicções, encorajando aqueles que perderam a coragem no meio de tanta notícia negativa e dando voz e imagem aos Homens e Mulheres de sucesso que constroem o nosso país e a nossa região. Esperamos poder criar as condições para a continuação de um jornalismo digno e verdadeiro, permitindo, nesta nova etapa, continuar o trabalho de tantos. Antes de voltar para a obscuridade das nossas funções queremos publicamente louvar o trabalho de todos os jornalistas e colaboradores do Correio do Ribatejo. A Administração do Correio do Ribatejo 2012 será um ano “difícil” mais pelo acentuar da crise financeira e económica global do que pelas profecias catalíticas. Além do mais, as sextas-feiras 13 são “dias normais”. Maria de Lurdes Carreira assume que “de vez em quando” bate na madeira, mas mais pela força do hábito do que por uma superstição. Os dias 13 são “como outros quaisquer” do calendário e entrar nos sítios com o pé direito ou deixar os sapatos com a sola virada para cima são superstições a que é imune. No entanto, lá vai dizendo: “não acredito em bruxas, mas que as há, há”.


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Executivo municipal aprova resolução do contrato com a empresa

“Suspensão ilícita” da obra atrasa requalificação do antigo matadouro O Executivo municipal de Santarém aprovou por maioria, na reunião de segunda-feira, a resolução do contrato com a empresa encarregada da empreitada de requalificação do edifício do antigo matadouro, onde será instalada a Loja do Cidadão. A conclusão das obras será feita por administração directa. A decisão teve por base a “suspensão dos trabalhos” pela empresa à qual foi adjudicada a obra. Suspensão que a Câmara Municipal considerou ser “prejudicial ao interesse público” e “configurar uma situação de incumprimento contratual”. O consultor jurídico do Município considerou a suspensão ilícita, “na medida em que foi decidida sem quaisquer fundamentos legais e fora dos casos previstos no código dos contratos públicos”. O documento que fundamenta a decisão, refere que, em Julho de 2011, a Câmara enviou um ofício ao empreiteiro a transmitir-lhe “não haver razões para a suspensão”, tanto mais que “não estava ultrapassado o prazo para pagamento dos trabalhos”. Nesse ofício, a Autarquia solicitava que a obra fosse retomada, o que não aconteceu. A suspensão manteve-se o que, segundo informação da Câmara, “inviabiliza a execução atempada da empreitada, de acordo com a calendarização aprovada pela entidade gestora do programa que su-

Um aspecto da obra entretanto suspensa

porta o financiamento comunitário da obra no âmbito do QREN e impede o cumprimento pelo Município das obrigações assumidas no protocolo celebrado coma Agência para a Modernização Administrativa (AMA), em que se previa que a entrega do edifício para proceder à instalação da Loja do Cidadão seria em Maio de 2010”. Assim, o Município deliberou resolver o contrato de empreitada e concluir as obras com carácter de urgência, por administração directa. Durante a apreciação do ponto da ordem de trabalhos, o presidente da Câmara, Francisco Moita Flores, assegurou que a autarquia não deve “um tostão” à empresa e sublinhou a necessidade de encontrar solução para “um problema que se arrasta há tempo de mais”. Os vereadores eleitos pelo PS abstiveram-se, por não disporem de informação suficiente, como justificou António Carmo. O vereador João Leite adiantou ao Correio do Ribatejo, que a Câmara terá a seu cargo arranjos exteriores, alguns rebocos e pouco mais, cabendo à AMA promover uma empreitada de cindo meses, para adaptar o espaço à Loja do Cidadão. Até ao fecho da edição, o Correio do Ribatejo não conseguiu contactar os responsáveis pela empresa. SM

Fixar jovens e promover reabilitação urbana nos objectivos de novo projecto da Autarquia Promover a reabilitação urbana, fixar no concelho a população jovem e facilitar a compra ou arrendamento de imóveis pela juventude é o objectivo de um projecto apresentado pela Câmara de Santarém, na reunião do Executivo, dia 9 de Janeiro. A respectiva proposta de Regulamento da Habitação Jovem foi aprovada por unanimidade, seguindo-se, doravante, um período de discussão pública, antes da aprovação final do documento, pela Assembleia Municipal. João Leite, vereador com o pelouro da Juventude, disse, durante a apresentação do projecto, em power-point, que esta medida pretende dar uma resposta concreta, no sentido de “contribuir para a autonomia dos jovens”. Destinado a residentes no concelho de Santarém, que não tenham idade superior a 35 anos, ou menores emancipados, o projecto contribuirá para a fixação dos jovens, em especial no Centro Histórico e nas freguesias rurais. A ideia é “atribuir imóveis municipais, mediante venda ou arrendamento a preços reduzidos, redução de taxas de licenciamento e elaboração dos respectivos projectos de arquitectura”. As candidaturas serão formalizadas em impresso próprio a fornecer pela Câmara Municipal de Santarém e com a entrega de vários documentos defini-

Antes...

dos no Regulamento da Habitação Jovem. O projecto, a desenvolver em colaboração com as juntas de freguesia, tem, por enquanto, uma oferta limitada, devido às “restrições do actual Plano Director Municipal, que não permitem

... e depois da recuperação do imóvel na Ribeira

avançar com mais loteamentos”, explicou João Leite. Numa primeira fase, a Bolsa de Imóveis Disponíveis conta com uma casa no Largo Mayer da Ribeira de Santarém, com dois fogos e já pronto a habitar. Há, também, uma habitação devo-

luta (T2), em Casével, cuja reabilitação, por concretizar, conta com um projecto de arquitectura já concluído. A segunda fase inclui um loteamento em Casével, em fase de projecto, e outro em Vale de Figueira, com estudo prévio. SM


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Bombeiros Voluntários em situação estável apesar da “falta de apoio” da Câmara A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santarém (AHBVS), com um orçamento de 500 mil euros anuais, encontra-se numa “situação financeira estável”, apesar de 2011 ter sido um ano “extremamente difícil”, disse o presidente da AHBVS. Crítico em relação aos apoios da Autarquia que, na sua análise, “investe apenas nos Bombeiros Municipais”, Diamantino Duarte afirmou que o actual corpo de bombeiros voluntários só foi possível de manter por, nos momentos difíceis, alguns dos directores terem suportado do seu próprio bolso as despesas de manutenção da casa. “Merecemos ser tratados com dignidade”, enfatizou. Dia 6 de Janeiro, durante uma conferência de imprensa em que foram apresentados os resultados operacionais do ano passado, o presidente da associação contestou António Valente, vereador da Protecção Civil, por este, em reunião do Executivo, ter dito que a verba atribuída aos Bombeiros Voluntários de Santarém (menos cerca de 3.000 euros mensais do que para os Voluntários de Pernes) se justifica pela existência de um corpo de bombeiros municipais na mesma área de intervenção e pela maior proximidade dos BVS das respectivas ocorrências. Diamantino Duarte disse que o vereador “está mal informado”, pois “muitas deslocações são para fora da cidade”. Além disso, fez notar que os BVS “são responsáveis por 30 por cento das ocorrências no concelho”, percentagem semelhante à dos Bombeiros Municipais. O comandante dos BVS, Paulo Santos, afirmou que as três corporações de voluntários em actividade responderam a mais de 60 por cento das ocorrências no município, sendo que os BVS foram os que tiveram maior número de ocorrências, seguindo-se os bombeiros de Pernes e depois os de Alcanede.

Perto de 6.500 alertas Paulo Santos deu a conhecer detalhadamente os dados relativos a 2011, ano em que o desempenho operacional se traduziu nos seguintes números: 1.875 emergências com ambulância; 205 incêndios, a maior parte fora da área de intervenção, com destaque para o Cartaxo; 1.200 alertas do INEM; 57 prevenções; 68 aberturas de portas; 51.855 horas de piquete; 14. 823 horas em intervenção e 6.343 doentes/sinistrados transportados. Ainda de acordo com o balanço de 2011, os BVS percorreram 433.200 quilómetros, o que representou 42.600 litros de combustível. No total, segundo Paulo Santos, receberam perto de 6.500 alertas. Para dar resposta ao conjunto de solicitações, a corporação conta com dois veículos de combate a incêndios urbanos e mais dois para incêndios rurais, um veículo tanque, duas ambulâncias de socorro e seis ambulâncias de transporte, três veículos de comando e de apoio, duas embarcações de socorro e um gerador rebocável.

Vereador nega discriminação

Paulo Santos e Diamantino Duarte falaram sobre a necessidade de renovação das ambulâncias

Urgência de novas ambulâncias A falta de equipamento faz-se sentir, sobretudo, no que respeita às ambulâncias, algumas já com 600.000 quilómetros percorridos, segundo adiantou Diamantino Duarte. “Temos uma necessidade urgente de substituir ambulâncias”, frisou. Paulo Santos anunciou que os BVS vão passar a contar (na semana em curso) com um desfibrilhador automático externo, havendo já cinco elementos habilitados para o usar, a que se juntarão outros mais, no âmbito do plano formação contínua previsto para 2012. Com 136 pessoas no quadro, a ABV tem 44 elementos no activo, mas, antes do Verão, passará a ter 59, após a entrada de 15 actuais estagiários. Diamantino Duarte afirma que é graças a uma boa gestão que a AHBVS consegue ter os ordenados e os pagamentos ao Estado em dia, havendo dívidas a fornecedores na ordem dos 30.000 a 35.000 euros.

“Não se pode cortar no que não se paga…” Quanto ao corte de 30 por cento nos apoios da Câmara Municipal, no ano de 2012, o presidente da AHBVS reage com aparente indiferença e um toque de ironia. “Não se pode cortar no que não se paga…Trinta por cento de zero é igual a zero”, disse Diamantino Duarte. Segundo afirma, desde Maio de 2010, que a associação não recebe da Câmara as verbas protocoladas, o que perfaz cerca de 140 mil euros de pagamentos em atraso. O responsável diz que a este montante se somam as verbas por transferir, com um atraso de oito meses, respeitantes ao novo quartel, inaugurado em 2007. Ou seja, nas contas da associação, há 185 mil euros em dívida, no total, por parte da Autarquia.

O vereador António Valente, confrontado com as críticas da AHBVS, assegurou ao Correio do Ribatejo, que a Câmara tem transferido todos os meses 7.000 euros para a associação, verba relativa às obras no novo quartel. Reconhece os atrasos referidos no cumprimento do protocolo, devido à difícil conjuntura económica e financeira da Autarquia, mas afirma que tem “a maior consideração pelos bombeiros voluntários, sejam eles quais forem”, limitando-se a cumprir os critérios de atribuição de verbas há muito existentes. Em sua opinião, “é despropositado” os BVS apresentarem números que “ainda não estão divulgados e que parecem desajustados da realidade”, designadamente, no que respeita ao total de alertas. De resto, nega que a Câmara só se interesse pelos Bombeiros Municipais, discriminando os voluntários. “Não temos feito quaisquer investimentos, além dos de uso corrente”, assegura. SM


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Ordem de encerramento da “Estrada Militar” suspensa devido a entrega de declaração no tribunal A Câmara Municipal de Santarém conseguiu, no limite, evitar o encerramento de um dos acessos ao planalto da cidade, previsto para as 09h00 de dia 5, com a entrega ao Tribunal, no dia anterior, de uma declaração de utilidade pública. Catarina Maia, vereadora com o pelouro das Finanças, disse à agência Lusa que a declaração de utilidade pública, emitida pelo secretário de Estado da Administração Local, foi entregue dia 4 ao Tribunal de Santarém, que se deverá pronunciar sobre a sua aceitação ou não. O Tribunal de Santarém determinou, no âmbito de um processo que decorre desde 2003, a entrega ao proprietário da parcela de terreno, com cerca de 358 metros quadrados, ocupada pela autarquia aquando da construção da via, conhecida pelos escalabitanos como “Estrada Militar”, no início da década de 1970. António Branco, proprietário do terreno, disse à Lusa ter sido informado ao fim do dia pelo seu advogado da suspensão da ordem do Tribunal por um período de 30 dias. Catarina Maia afirmou que a declaração de utilidade pública, que terá agora que ser publicada em Diário da República, é “uma das fases finais” do processo de expropriação, no qual a autarquia se propõe pagar ao proprietário os cerca de 8.000 euros da avaliação feita por um perito. António Branco lamentou que a au-

A necessidade de conter despesas para fazer face à difícil situação económica, levou o Executivo municipal a decidir cancelar a adesão da Câmara de Santarém a quatro instituições internacionais. As entidades em causa são Les Recontres – Assoc. Européene Villes et Regions de Culture, cuja quota anual era de 610 euros; United Cities and Local Governments (1300 euros de quota anual); Musée Sans Frontiers (quota de 300 euros) e Rede de Cidades Romanas do Atlântico (quota de 1500 euros). A Câmara irá manter a sua adesão a três instituições intrenacionais, nomeadamente, a Rede AVEC – Alliance des Villes Européenes de Culture (quota anual de 1000 euros); Unicivitas – União Internacional de Cidades e Vilas Taurinas (quota anual de 1000 euros) e International Association of Educating Cities (quota anual de 300 euros). A ordem do Tribunal tem a duração de trinta dias

tarquia mova expedientes sempre à última hora”, com a entrega de requerimentos na véspera do cumprimento da ordem do Tribunal. Em Outubro último a estrada chegou a ser fechada por cerca de duas horas, tendo sido reaberta pela PSP depois de a autarquia ter invocado junto do Tri-

bunal de Santarém a utilidade pública da via, que serve de ligação a três importantes escolas do concelho. Na manhã do dia 5, a autarquia chegou a improvisar uma alternativa, como determinava a ordem do Tribunal, que apenas permitiria a circulação no sentido ascendente.

Após 16 anos em situação irregular

Câmara irá pagar renda mensal por ocupação de terreno privado Após o problema com a Estrada Militar, construída em terreno privado (ver texto nesta página), a Câmara Municipal de Santarém quer evitar que situações idênticas venham a ocorrer, pelo que pretende assinar um protocolo com os proprietários de uma parcela de 13.000 metros quadrados, onde, em 1995, a Autarquia construiu, ocupando 650 metros quadrados, dois depósitos de água para abastecimento da popula-

Câmara de Santarém cancela adesão a quatro instituições internacionais

ção e instalações de apoio aos mesmos. O terreno em causa, na Quinta das Claras, Vale de Estacas, pertence a duas sociedades do ramo comercial e agrícola, e tem sido utilizado pela Câmara de Santarém, sem qualquer título jurídico ou pagamento de contrapartidas. Doravante, a situação será regularizada. Enquanto não se encontrar o modelo jurídico mais adequado, a Autarquia pagará uma renda mensal de 964

euros e terá que dar uma indemnização, de acordo com a lei, pelo tempo em que usufruiu do terreno sem dar qualquer retribuição. Mais tarde, a Câmara poderá equacionar a compra da parcela. Na reunião do Executivo de 9 de Janeiro, foi aprovada por unanimidade a minuta de protocolo entre o Município e as sociedades proprietárias do terreno.

Rodoviária do Tejo oferece dois autocarros a Cabo Verde A Rodoviária do Tejo ofereceu dois autocarros ao município cabo-verdiano da Ribeira Grande, no âmbito do protocolo de geminação existente entre Torres Novas e aquela autarquia. “Os dois veículos, cujo transporte até Porto Novo (Cabo-Verde) ficou ao encargo da Câmara Municipal de Torres Novas, destinam-se a transporte escolar municipal, representando uma essencial mais-valia para as crianças da Ribeira Grande”, afirma uma nota da autarquia torrejana. Juntamente com os autocarros foi também enviado mobiliário proveniente da reorganização escolar do concelho torrejano, no seguimento da abertura dos novos centros escolares, bem como donativos efectuados por particulares, nomeadamente vestuário, brinquedos, calçado e manuais escolares.

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Edição n.º 6.291 | 13 de Janeiro de 2012

SOCIEDADE

Líder do PS critica Executivo PSD por mais um chumbo do Tribunal de Contas

“Pernes merecia pedido de desculpa” O Tribunal de Contas (TC) chumbou o contrato de empreitada para construção do Pavilhão Gimnodesportivo de Pernes, por falta de enquadramento legal do procedimento por ajuste directo. O assunto foi discutido, dia 9, na reunião do executivo, com Carlos Nestal, líder da bancada socialista na Assembleia Municipal e presidente da Concelhia do PS de Santarém, a assistir no espaço reservado ao público. Após a reunião, o deputado não conteve a sua indignação face à justificação apresentada, na ocasião, pelo presidente da Câmara. Para Carlos Nestal, trata-se de “mais um erro e mais uma ilegalidade grosseira” do Executivo PSD. “A população de Pernes merecia um pedido de desculpas”, disse ao Correio do Ribatejo. O contrato não teve o aval do TC por, à data da decisão de contratar, já não se encontrar em vigor o decreto-lei que permitia, excepcionalmente, o procedimento por ajuste directo para a execução de empreitadas de obras públicas dirigidas à modernização do parque escolar. Agora, a Câmara terá que lançar concurso público, para conseguir concretizar uma obra há muito aguardada pela população de Pernes. “O Decreto-Lei n.º 29/2010, de 01.04, deixou de vigorar, na ordem jurídica, desde 7 de Junho de 2010. E, em conformidade com o disposto no art.º 11.º, n.º2, do Decreto-Lei n.º 34/2009, de 06.02, repristinado com efeitos a partir de 07.06.2010, o procedimento por ajuste directo, excepcionalmente permitido

para a execução de empreitadas de obras públicas dirigidas à modernização do parque escolar, só era, assim, aplicável a procedimentos para formação de contratos públicos cuja decisão de contratar tivesse ocorrido até 7 de Junho de 2010”, lemos no documento do TC.

qual “não faz qualquer sentido”. O deputado socialista comparou o “erro” cometido com outros procedimentos incorrectos que também levaram ao chumbo do TC, como foi o caso da alienação a um parceiro privado de 49% do capital da empresa Águas de Santarém.

Explicação “mais grave que o chumbo”

“Dramatização política”

Na reunião do Executivo, o vereador socialista António Carmo questionou o presidente da Câmara sobre os motivos que levaram à reprovação, lembrando que o PS havia votado contra a proposta de adjudicação, não por ser contra a construção do pavilhão, mas por discordar do procedimento. “Afinal, tínhamos razão”, afirmou. Francisco Moita Flores explicou, então, que o pavilhão gimnodesportivo não foi considerado pelos juízes do TC, como sendo parte integrante do complexo escolar, pelo que o procedimento foi rejeitado. “O concurso é exactamente igual ao do Centro Escolar do Sacapeito, que foi aprovado. Agora, vamos readaptar o documento com base nas críticas feitas pelo juiz”, disse. Moita Flores adiantou que, “em Fevereiro, será instalado o sintético em Pernes”. A justificação do presidente da Câmara de Santarém foi criticada com veemência pelo líder do PS de Santarém. Carlos Nestal disse mesmo que “mais grave do que o chumbo é a desculpa que foi dada” pelo presidente da Câmara, a

Contactado pelo Correio do Ribatejo, Francisco Moita Flores desvalorizou a “natural dramatização política” de Carlos Nestal. “Não conheço o processo na totalidade, não tenho esse pelouro, pelo que me limitei a explicar com base naquilo que entendi serem as razões do chumbo”, afirmou. Carlos Nestal disse temer que com os sucessivos atrasos, a obra nunca mais veja a luz ao fundo do túnel e que se corra o risco de perder os fundos comunitários, hipótese que Moita Flores considera completamente descabida. A empreitada de construção do Gimnodesportivo de Pernes foi adjudicada pela Câmara de Santarém, em Março de 2011, à empresa Luís Mina. Problemas burocráticos e informáticos levaram à não adjudicação em anteriores procedimentos concursais (o que, segundo o vereador João Leite, poderá levado os técnicos da autarquia a uma diferente interpretação dos prazos legais). Com financiamento comunitário de 80%, a obra tem um custo previsto de cerca de 800 mil euros. Sofia Meneses

Empresa pede desculpa pelo ruído em excesso nas Festas da Liberdade A empresa que, em parceria com a CUL.TUR – empresa municipal de Cultura e Turismo, dinamizou os festejos de passagem do ano, na tenda multiusos instalada no Jardim da Liberdade, escreveu uma carta aberta, em que pede desculpa “a toda a população visada pelos transtornos causados durante o último mês de Dezembro”. Carlos Henriques, do El Galego, garante que a intenção não era prejudicar ninguém, mas, sim, “contribuir para a dinamização da cidade, do seu comércio, dos agentes económicos de Santarém e de toda a região, ao estarmos a chamar até nós milhares de pessoas”. Segundo afirma, o Jardim da Liberdade foi a primeira opção que a CUL.TUR apresentou, dada a sua centralidade. Porém, o local escolhido revelou-se prejudicial, “visto que nos encontrávamos acima da zona de estacionamento subterrâneo e a ‘caixa’ criada amplificava ainda mais o som, o que tornava todas as tentativas de corte de volume infrutíferas”, explica Carlos Henriques. O responsável conclui que “o que correu menos bem se deveu à nossa inexperiência” e coloca-se à disposição para receber “novos projectos e novas ideias”.

No balanço dos aspectos positivos da iniciativa, Carlos Henriques refere a promoção de associações de cariz social, empresas, artistas, organismos públicos e privados, a oportunidade de trabalho dada a 30 jovens e a

divulgação das bandas de música de Santarém. “Sabemos que nos dias das festas o movimento da cidade aumentou, traduzindo-se numa mais-valia para todo o comércio”, assegura. PUB

Município de Santarém CÂMARA MUNICIPAL

Departamento de Acção Social, Ambiente, Património e Educação

EDITAL Nº 3/2012 FRANCISCO MARIA MOITA FLORES, Presidente da Câmara Municipal de Santarém. Nos termos do art.º 91º do Decreto-Lei 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, torno público, que o Projeto Regulamento Municipal de “Visitas de Estudo”, aprovado em reunião do Executivo Municipal de 29/11/ 2010, foi publicado no Diário da Republica, II Série, n.º 83 de 29 de Abril de 2011, tendo-se esgotado o prazo de consulta pública, foi definitivamente aprovado em reunião do Executivo Municipal de 11 de Julho de 2011 e na sessão de Assembleia Municipal de 30 de Setembro de 2011. Edifício sede do Município de Santarém, em 9 de Janeiro de 2012. O Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores

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CORREIO PARLAMENTO O respeito pelo Estado, pelos seus cidadãos, pelo dinheiro de todos, são as premissas básicas para a atuação de qualquer Homem, ou Mulher, que seja investido de poderes da gestão do bem comum. E a garantia que seremos uns dignos respeitadores do Estado e dos Portugueses é sermos um livro aberto para todos. Não existe fator mais degenerativo da confiança nas instituições que a existência de dúvidas, seja sobre os seus fins ou seja sobre os interesses difusos dos que as constituem. Hoje, em plena reconstrução nacional, os Portugueses, não se podem dar ao luxo que subsistam dúvidas sobre os Órgãos de Soberania. Todos os dias, a República, tem sido assolada por um conjunto de dúvidas que relacionam os Eleitos da Nação com sociedades secretas ou semi-secretas, como lhes queiram chamar. Devo dizer que não consigo aceitar este estatuto e existência de “sociedades secretas” no espaço atual da nossa democracia. Tenho a certeza que a maturidade civilizacional do Povo Português aceita com naturalidade qualquer sociedade ou associação cívica, desde que seja clara e transparente aos olhos de todos. Contudo, existe uma legitimidade clara na existência de todas estas sociedades. Muitas delas estiveram na base da construção da nossa República e marcaram um lugar de destaque nos últimos anos da nossa história. A partir do momento que escolhemos o caminho de defender publicamente os interesses da Pátria Soberana e aceitamos as atribuições que nos são confiadas pelos Portugueses, é a Portugal que devemos explicações e a Pátria passa a ser o nosso interesse primeiro, e último. Assim, é imperativo que todos os que sejam titulares de cargos públicos devam, em plena consciência, manifestar todos os seus interesses publicamente. Sem esta clarificação, sem este diálogo aberto com todos os Portugueses, não é possível dissipar as dúvidas e criar um nível elevado de confiança nas instituições Soberanas e naqueles que são eleitos para assumir essas funções da governação pública. Para reconstruir um Portugal, só deve haver lugar para o livre debate de ideias, venham de que partidos vierem, venham de que áreas da sociedade civil vierem. Qualquer suspeição sobre interesses laterais dos Eleitos só enfraquece o Estado e divide as pessoas. Nuno Serra (Deputado do PSD eleito por Santarém)


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SOCIEDADE

Serviço Nacional de Reencontro de Pessoas. Está alguém à sua procura?

“Espera por mim” O Jornal Correio do Ribatejo iniciou uma parceria que procura interagir com a vasta Comunidade do Leste da Europa residente na região. O programa de TV internacional “Espera por mim” (anteriormente conhecido como “À tua espera” e “Sentindo a tua falta”), idêntico ao português “Ponto de Encontro”, visa a busca e o reencontro de pessoas em todo o mundo. Essas pessoas foram separadas por diversas circunstâncias como guerras, terramotos,

cheias, revoluções e dramas de amor ou conflitos. Durante dois anos, “Espera por mim” foi mostrado em horário nobre e manteve-se no ‘Top 5’ dos programas de TV mais vistos na televisão russa. Há também versões especiais adicionais para a Ucrânia, Bielorrússia e Moldávia. A cada três minutos, o programa “Espera por mim” recebe um novo pedido de ajuda e a cada sete, informações sobre as pessoas a procurar em todo o Mundo. A cada 15 minu-

tos, o programa ajuda a encontrar pessoas. No Estúdio de Moscovo assegura transmissões regulares com ligações aos estúdios de Kiev, Minsk, Chiþinãu, Londres, São Paulo, Paris, Istambul, Melbourne, Buenos Aires, Tirana, Almaty, Madrid, Montevidéu e Pequim. Depois da passagem pelo primeiro canal nacional da China, o programa “Espera por mim” orgulhase de ser visto por uma em cada cinco pessoas do planeta.

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AMBIENTE

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Resitejo investe 16,3 ME em unidade que reduzirá para 15% deposição de lixos em aterro A Resitejo – Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo espera adjudicar em Fevereiro a construção de uma unidade de tratamento mecânico para produzir combustível para cimenteiras, reduzindo substancialmente os resíduos para aterro. O presidente do conselho de administração da Resitejo, Diamantino Duarte, disse que o investimento ronda os 16,3 milhões de euros (10 milhões dos quais provenientes do Quadro de Referência Estratégico Nacional e 3,3 milhões do Banco Europeu de Investimento). “Das 100.000 toneladas/ano actualmente depositadas em aterro passaremos para 15% desse valor e, com isto, ficaremos com o problema dos resíduos resolvido por um período de 50 anos”, afirmou. Em funcionamento desde Maio de 1999, o aterro sanitário da Resitejo, situado na freguesia da Carregueira (Chamusca), tem em construção uma nova célula para deposição de resíduos com uma capacidade para 1,3 milhões de toneladas, o que, ao ritmo de deposição actual, fazia prever um tempo de vida

A Resitejo trata por ano mais de 100.000 toneladas de lixo

de 13 anos, similar ao da que será encerrada este ano. Além do aumento do tempo de vida da nova célula, reduzindo para 15% a quantidade de resíduos depositados, a unidade de tratamento mecânico permi-

tirá ainda que os produtos aí colocados estejam estabilizados, não produzindo biogás, frisou. A nova unidade, que deverá estar pronta até ao final deste ano, irá criar 16 postos de trabalho, disse Diamanti-

CIRVER asseguram que resíduos radioactivos são detectados e rejeitados As empresas que exploram os dois Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER), instalados no Eco parque do Relvão (Chamusca), asseguram que não aceitam materiais radioactivos e que possuem detectores de radioactividade à entrada. A garantia da Sisav e da Ecodeal foi dada na sequência da ocorrência de uma situação com um camião que fez disparar o pórtico que detecta materiais radioactivos e que suscitou dúvidas ao eleito do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal da Chamusca. Duarte Arsénio levantou a questão na sessão de Dezembro, levando o presidente da autarquia, Sérgio Carrinho, a questionar as duas empresas sobre a situação ocorrida e sobre os procedimentos quanto a resíduos que os CIRVER não estão autorizados a tratar. Na resposta às questões dos autarcas,

as empresas garantiram que não recebem resíduos radioactivos e que os sensores de controlo existentes nos pórticos de entrada estão operacionais e são sujeitos a verificações anuais por entidades competentes, tal como acontece com os medidores portáteis de radioactividade. Na sua resposta, a Sisav – Sistema Integrado de Tratamento e Eliminação de Resíduos confirma que um camião que transportava uma mistura de resíduos fez disparar o detector de materiais radioactivos, o que levou à retirada controlada de uma parte da carga para detecção do resíduo que fez disparar o alarme. A carga acabou por ser devolvida ao cliente, já que este não identificou a origem do resíduo, adianta a empresa, sublinhando que, sempre que é detectada radiação, a situação é comunicada ao Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN).

O presidente da Câmara Municipal da Chamusca propôs a realização, este mês, de uma reunião entre os eleitos dos vários órgãos autárquicos e as empresas, com a presença do ITN, para esclarecimento de todas as dúvidas. Sérgio Carrinho disse que durante este mês será igualmente criado um grupo de trabalho que terá por missão acompanhar as questões ambientais no Eco parque do Relvão, uma ampla área situada na freguesia da Carregueira destinada a acolher empresas da área da recolha, tratamento e aproveitamento de resíduos. Esse grupo irá, em particular, estar atento às linhas de água, disse. Nas questões levantadas à autarquia, o eleito do BE referiu igualmente o registo, no passado dia 31 de Dezembro, de um “caudal anormal de água negra” no ribeiro de Vale Mouro/Vale da Carregueira.

no Duarte. Na mesma altura será encerrada a célula que recebe os resíduos dos 10 municípios que integram a Resitejo desde 1999, estando prevista a produção de biogás a partir da decomposição da matéria orgânica depositada, um investimento a realizar este ano. Além do aterro sanitário, a Resitejo gere uma estação de triagem (desde Dezembro de 2004) que encaminha os resíduos para reciclagem, três unidades de transferência, quatro centros de transferência, oito ecocentros, 1.201 ecopontos, 298 vidrões isolados e 34 oleões. A associação integra os municípios de Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, abrangendo uma população de 209.587 habitantes. O aterro situado no Eco parque do Relvão recebe ainda os resíduos sólidos urbanos provenientes dos campos militares de Santa Margarida e de Tancos e de várias empresas não industriais (como restaurantes e supermercados).

Petição na Internet contra parque eólico na Serra do Montejunto Uma petição contra a instalação de um parque eólico na Serra do Montejunto, concelho do Cadaval, já foi subscrita por 681 cidadãos e vai ser enviada à ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território. Os subscritores da petição, promovida por seis associações ambientalistas e de defesa do património, consideram que o projecto “constitui um grave atentado à conservação dos valores naturais e à salvaguarda da paisagem”. Para os contestatários, o parque eólico coloca em causa a paisagem protegida e o sítio de importância comunitária da Rede Natura 2000, ameaça o local com valor ecológico do Oeste e afecta habitats naturais, espécies de flora protegidos e espécies de avifauna. Segundo a petição, existem “fortes probabilidades de os aerogeradores virem a destruir uma comunidade de morcegos”.

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CULTURA

Agendada para amanhã a estreia nacional de ‘Areia’

Teatro Virgínia inicia 2012 com “grandes espectáculos” A programação do Teatro Virgínia, em Torres Novas, para 2012, abre, amanhã (dia 14), com a estreia nacional do espectáculo “Areia”, do grupo Circolando, e promete, para o primeiro trimestre do ano, “grandes espectáculos”. A direcção artística do Virgínia destaca, no dossier de imprensa que divulga a programação do teatro torrejano de Janeiro a Março, além da estreia de “Areia” - um “convite à reflexão sobre o tempo” -, o espectáculo de dança do coreógrafo belga Wim Vandekeybus, “Radical Wrong” (23 de Março), um “quase manifesto em discurso directo com os jovens da actualidade”. Ainda na dança, o Teatro Virgínia recebe, a 31 de Março, “Desafinado”, um espectáculo de simbiose entre Paulo Ribeiro e os Drumming GP, através do Grupo Dançando com a Diferença, “um olhar sobre outras formas de saltar barreiras e de lutar contra a indiferença”. No teatro, Bruno Nogueira e Miguel Guilherme, com a peça “É Como Diz o Outro”, uma “conversa hilariante sobre tudo e sobre nada”, e o Teatro Meridional, com os “Especialistas”, são dois dos espectáculos agendados, o primeiro para 18 de Fevereiro e o segundo para 17 de Março. O “jazz sonhador” de Luísa Sobral, reunido no álbum “The Cherry On My Cake”, no próximo dia 21, os “sons arrojados” de “Electrodoméstico”, o novo

trabalho de Maria João e o Ogre (4 de Fevereiro) e ainda os Fingertips, que apresentam o seu último disco a 3 de Março, são as propostas na área da música. A direcção artística do Virgínia realça a continuação da aposta na formação de públicos e no seu papel “enquanto interveniente social e educativo”, com diversificadas ofertas para as escolas e as famílias, como o Lab Criativo, uma “oficina de jazz para miúdos”, o projecto Gota a Gota, o atelier de movimento e luz “A Casa Subterrânea”, o “Contapetes Bebés” ou “Azul” (dança). Mantêm-se ainda os “projectos residentes” Cinema às Quartas, Cinema para uma Idade Maior e os Cafés Concerto. A parceria com as quatro redes de que faz parte – Teatro Contemporâneo, Imaginar os Centros, Recentrar, Cinco Sentidos – continua a ser “uma forte aposta”, por permitir “uma descentralização no acesso à cultura e agilização financeira, reduzindo as assimetrias” regionais. “Em tempos que se avizinham desafiantes, o Teatro Virgínia recusa a desmotivação e propõe doses energéticas de luz, alegria e movimento. Que fluam novas ideias, incitemos a criação e a inovação pelo mais fértil caminho, o da arte”, afirma a direcção artística.

‘Areia’, do grupo Circolando

Centro Cultural do Cartaxo procura actores O Centro Cultural do Cartaxo (CCC) procura actores e aspirantes a actores para participarem num projecto teatral inovador e motivador, de produção própria, que permitirá potenciar vocações teatrais e constituir um forte atractivo para um público muito diversificado. Toda a gente está convidada a participar nas audições – que se realizam no dia 20 de Janeiro, a partir das 18h30, e no dia 21 de Janeiro, a partir das 15h30

– desde actores a aspirantes a actores, com ou sem experiência, dos 13 aos 99 anos. Trata-se de uma oportunidade única de vir a pisar o palco do Centro Cultural do Cartaxo, num espectáculo que será apresentado em Abril deste ano, baseado num texto de um dos maiores autores teatrais de sempre – uma comédia de costumes de Oscar Wilde – com encenação de Frederico Corado.

Concerto de Ano Novo

Santarém aplaude estreia moderna de obra do século XVIII

O Concerto de Ano Novo que decorreu dia 8 de Janeiro, na Igreja de São Nicolau, em Santarém, ‘arriscase’ a ser um dos eventos musicais mais relevantes da agenda cultural do concelho, em 2012. As vozes cuidadas dos solistas, o reportório sacro interpretado com exigência pelo grupo ‘1737. Pt’, a enternecedora participação dos Pequenos Cantores de S. Francisco, a sonora beleza do órgão, e o comportamento do público, atento e envolvido, que acorreu em grande número, conferiram à estreia moderna absoluta de Solenes Vésperas de Natal, obra composta no século XVIII, por João Rodrigues Esteves, um êxito absoluto, vibrantemente aplaudido de pé, no final. Sem espalhafato e sem frívolas pretensões de espectáculo para elites, o concerto pautou-se por uma discreta apresentação e afirmou-se pela qualidade. O concerto, integrado no programa do II Ciclo de Órgão de Santarém, foi dedicado a Vítor Gaspar, vereador da Cultura e presidente da empresa municipal de Cultura e Turismo – Cul.Tur, falecido em Novembro de 2011. Instalado lateralmente no coro alto da Igreja de S. Nicolau, o órgão de tubos, construído em 1818 por António Xavier Cerveira, restaurado em 2008 pelo mestre Dinarte Machado, fez ouvir de novo a sua sonoridade, graças ao desempenho artístico do organista Nicholas McNair. Toda a actuação decorreu no coro alto, por isso, num plano mais levado

e de costas para o público, o que não sendo o ideal, terá contribuído para uma maior concentração na audição das peças. Solenes Vésperas de Natal, conjunto composto por cinco salmos e um cântico evangélico, como explica David Paccetti Correia, programador do Ciclo de Órgão de Santarém, provém de um manuscrito autógrafo de João Rodrigues Esteves, datado de 1737, cuja transcrição foi feita por Diogo Pombo, em 2011, no âmbito do trabalho de curso de mestrado na Escola Superior de Música de Lisboa. “Tanto quanto nos é dado saber, estamos em presença de uma estreia moderna absoluta, o que quer dizer que, muito provavelmente, há mais de dois séculos estas peças não eram executadas”, realça David Paccetti Correia. A formação musical ‘1737.pt’, dirigida por Diogo Pombo, foi criada com o objectivo imediato de realizar a estreia de Solenes Vésperas de Natal, compreendendo o organista Nicholas McNair e os cantores Ana Leonor Pereira (soprano), Ana Ferro (alto), João Rodrigues (tenor), Ricardo Martins (baixo) e Cristina Gonçalves (contrabaixo). Os Pequenos Cantores de S. Francisco, criado em Santarém, no ano 2009, é um dos raros coros litúrgico erudito de crianças e adolescentes existentes em Portugal. David Paccetti Correia é o director artístico, desde a sua fundação, sendo Diogo Pombo o director musical, desde 2011. Sofia Meneses

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EDUCAÇÃO

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Unidade de Apoio a Crianças autistas inaugurada no Cartaxo O concelho do Cartaxo conta com uma nova Unidade de Ensino Estruturado para a Educação de Alunos com Perturbações do Espectro do Autismo, inaugurada no dia 3 de Janeiro, na Escola Básica do 1.º Ciclo N.º 1 do Cartaxo. Esta unidade oferece uma resposta educativa especializada, não constituindo mais uma turma da escola, dado que todos os alunos que irão beneficiar deste apoio frequentam uma turma de referência, usufruindo da Unidade de Ensino Estruturado enquanto recurso pedagógico especializado. Paulo Varanda, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, caracterizou o processo que conduziu à criação desta Unidade de Ensino Estruturado como uma “caminhada difícil”, mas que permitiu dar “grandes frutos”, colocando à disposição das famílias de todo o concelho – e ainda dos concelhos vizinhos – um apoio especializado. “A criação deste espaço orgulha-nos e, nos tempos difíceis que atravessamos, é um sinal de que nós conseguimos fazer mais e melhor, numa área considerada por nós como uma das grandes prioridades”, afirmou Paulo Varanda, que agradeceu publicamente a todos quantos se envolveram neste projecto, assim como àqueles que mostraram sensibilidade a respeito da necessidade da criação desta Unidade no concelho. “É gratificante ver que está tudo apto a funcionar, que temos pessoas com um espírito de entrega muito grande e que, sobretudo, existe vontade de continuar a servir a comunidade, reforçando as condições que permitem constituir núcleos familiares mais sólidos, desenvolvidos e equilibrados”, acrescentou o presidente do Município. Jorge Tavares, director do Agrupamento Escolar Marcelino Mesquita – do qual faz parte a Escola Básica que acolhe esta nova Unidade –, considerou que inaugurar este espaço educativo no primeiro dia de aulas de 2012 “é um bom

O espaço funciona como recurso pedagógico especializado e pretende dar resposta às necessidades das famílias de todo o concelho

Esta Unidade de Ensino Estruturado para a Educação de Alunos com Perturbações do Espectro do Autismo junta-se agora a uma outra já existente no Agrupamento Marcelino Mesquita, a funcionar desde 2007 e destinada ao apoio de alunos com multi-deficiência.

augúrio”. O director está convicto de que esta unidade será um sucesso, porque existe “crença na esperança e uma grande disposição para partilhar dificuldades”. A nova Unidade de Ensino Estruturado tem como objectivos principais criar ambientes securizantes com áreas bem definidas, proporcionar um espaço adequado à sensibilidade sensorial, informar clara e objectivamente com apoio em suportes visuais a sequência das rotinas e promover situações de ensino individu-

“Um passeio pela pintura do auto-retrato contemporâneo” Maria Emília Vaz Pacheco, docente no ISLA-Santarém, Grupo Lusófona, orientou na passada sexta-feira, 6 de Janeiro, o Seminário intitulado “Um passeio pela pintura do auto-retrato contemporâneo em Portugal”. Após uma breve contextualização da produção da auto-retratística em Portugal, foi apresentado um estudo incidente sobre a pintura do auto-retrato, a partir de 1820 até aos nossos dias, com abordagem de algumas das obras mais significativas

da História da Arte em Portugal. A sessão de Seminário, a que assistiram alunos de pós-graduação, mestrado e doutoramento, foi muito participada e aplaudida, tendo sido solicitado o respectivo texto para publicação na revista científica “Diacrítica”, do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho. Foi ainda reiterado convite à oradora para próximas colaborações na mesma área científica. O convite a Emília Pacheco partiu da

directora do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, Eunice Ribeiro, para integrar o Ciclo de Seminários subordinado ao tema “Auto-representação, Auto-biografia, Auto-retrato”, o qual inclui, entre outros nomes, Paula Morão, da Universidade de Lisboa, Clara Crabbé Rocha e João Barrento, da Universidade Nova de Lisboa, Maria da Conceição Carrilho, Rita Patrício e Vítor Moura, da Universidade do Minho.

alizado direccionadas para o desenvolvimento da comunicação, interacção e autonomia. Além dos dois docentes de Educação Especial e dos dois assistentes operacionais, a Unidade proporciona também apoios especializados através de um terapeuta da fala, de um terapeuta operacional, de uma psicóloga, de um fisioterapeuta, de um docente para hidroterapia, de um docente para iniciação à aprendizagem da música e de uma técnica de Educação Especial e Reabilitação e Psicoterapeuta.

Apresentação de livro adiada A apresentação do livro “Uma Estratégia para Portugal”, de Henrique Neto, agendada para a passada quarta-feira, 11 de Janeiro, foi adiada para data a indicar oportunamente, anunciou o ISLA – Santarém em nota enviada ao Correio do Ribatejo. Aquele estabelecimento de ensino informa ainda que o adiamento se deve a “motivos imprevistos e de última hora”, relacionados com “a agenda dos participantes”.


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Já entrados no mês primeiro do ano tido por horribilis da nossa existência colectiva, chegam-nos ecos folclóricos, os mais diverA. Pena Monteiro sos, para animar, divertir e aborrecer a malta... Certamente que Maçonaria e maçons, há-os há muito na terra e sobre a sua influência muito se especula e efabula mas de efectivo ou factível, pouco ou nada se vai sabendo. Mas, por maior que seja – e é – o nosso respeito pelo Sr. Dr. António Arnaut e respectivas convicções sobre a organização a que pertence, segundo declarações suas, nem por isso as informações veiculadas na imprensa perdem relevância. E essa, menos devido à instituição maçónica, ocorre do funcionamento dos serviços de informação portugueses, seus mecanismos de fiscalização e, por último, as estruturas judiciais do nosso país. Dito de outra forma, e folclores à parte, a competência dos serviços de informação da República reside na sua inexistência para o comum dos cidadãos uma vez que se encontram vocacionados para atender a realidades de natureza excepcional. Ora e mal vai quando o comezinho cidadão – ainda o comum – integrado num Estado de Direito se confronta com procedimentos desconformes com o disposto no enquadramento legislativo que rege os serviços em causa. Cumpre-nos lembrar o ocorrido com anterior director da Scotland Yard há poucos anos; uma simples distracção, a de sair de um automóvel com uns quan-

OPINIÃO

A Grandeza da nossa Pequenez “Qual épico camoniano, havemos ainda de nos defrontar com os pilares do Estado de Direito e da estrutura institucional para não voltarmos a ser surpreendidos com situações que em nada dignifica a nossa democracia e em tudo prejudicam o bem comum assim como a imagem externa do país”

tos documentos na mão e ser objecto de uma fotografia onde o teor dos mesmos (documentos) era parcialmente reconhecível. Pois nesse contexto, o de uma mera distracção sublinhe-se, o referido titular apresentou a demissão, prontamente aceite por quem de direito, o Primeiro-Ministro inglês e, não obstante a competência reconhecida ao demissionário, dele não se voltou a ouvir falar. Pois nós, povo de muitos séculos e muitas crises, confrontamo-nos com o paradoxo de voltar ao princípio dos tempos e discutir matéria acerca da qual a nossa maturidade democrática, tal como a experiência alheia, devia ter solucionado cabalmente. Ao invés, multiplicamo-nos em adversidades escusáveis, caso o nosso Estado diligenciasse de forma expedita (entenda-se no sentido como se percebe agirem outros Estados em circunstâncias algo similares; vide o exemplo paradigmático ainda no Reino Unido no caso do multimilionário Murdoch, dos seus jornalistas e das ligações dos últimos a responsáveis da Segurança Pública entretanto demitidos e processados). Assim, sem descrer na gravidade do caso, antes tendo-a por irrefutável, melhor fora para nós, entidade colectiva sujeita a resgate financeiro da EU e do

FMI, nos concentrássemos nos imperativos de portugalidade, na expressão do nosso Presidente da República, elevados no passado mês de Novembro à dimensão inaudita de 730.000 indivíduos, gente cuja capacidade de contribuir para o bem comum se encontra comprometida pela contracção drástica do mercado laboral. E, porque tudo nos autoriza a pensar que esta tendência (a contracção) se mantém no decurso de 2012, aprecie-se a grandeza em gestação na nossa pequenez e suas repercussões, sociais, económicas ou, não menos relevantes, financeiras. Estaremos então à beira da quadratura do círculo, sem dúvida, e expectantes acerca da recuperação económica mundial para com ela voltar a crescer (eu bem sei do crescimento das exportações com o qual me congratulo, mas em vista da subida da taxa de desemprego, esta expansão fica muito aquém do satisfatório…); mas, qual épico camoniano, havemos ainda de nos defrontar com os pilares do Estado de Direito e da estrutura institucional para não voltarmos a ser surpreendidos com situações que em nada dignifica a nossa democracia e em tudo prejudicam o bem comum assim como a imagem externa do país. Ei-la; a Grandeza da nossa Pequenez...

nos norte-americano e britânico. Precisamente para debater estes problemas foi realizado em Bruxelas, nos dias 25 e 26 de Outubro do ano findo, o congresso “The Space-Weather Awareness Dialogue: Findings and Outlook”

que teve por objetivo identificar os desafios de uma situação do género e apontar as respetivas soluções. Para melhor afinar a forma de encarar este problema, a Comissão Europeia propõe a apresentação de um protocolo de resposta a uma crise desta relevância, e a realização de simulacros que ajudem as pessoas a determinar quais são os procedimentos de emergência. O relatório da Comissão destaca também que se espera uma atividade solar máxima para 2013, sendo necessário e urgente dar a conhecer os possíveis impactos que tal situação terá na vida de todo o planeta. A União Europeia, juntamente com a NASA, está a elaborar uma lista dos riscos que se vão enfrentar, e os EstadosMembros comprometeram-se a levar a cabo a avaliação dos eventuais danos nacionais, com base em orientações fornecidas por centros de estudos espaciais.” (Texto lido no jornal espanhol ABC). E depois lembrei-me do Fanhais e da “Cantata da Paz” da Sophia: “Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar!” Carlos Oliveira ——————— N. R. – Carlos Oliveira assina a rubrica “Crónicas dum Novo Tempo” todas as segundas sextas-feiras de cada mês.

Crónicas dum Novo Tempo - LXXVI

2012 – Professias Abri a televisão e vi: “Este ano a Terra ficará alinhada com o Sol, com Alcione e com Sirius. Sirius é o Sol Central de todas as galáxias, onde existem vários sistemas solares. A nossa vida aqui na Terra é constantemente influenciada por vibrações cósmicas. Por exemplo, a alteração do eixo magnético da Terra já está a mudar a vida de todos os seres vivos, e a própria constituição física do planeta. Em 21 de Dezembro de 2012 começa uma Nova Era - Aquárius. O aquecimento global do planeta com o inevitável degelo das grandes superfícies polares, já está a fazer subir o nível da água dos mares. Tudo indica que num futuro próximo áreas continentais estejam submersas. Espiritualmente iremos entrar na Quinta Dimensão, e isso trará muitas mudanças. Elas já estão a acontecer sem nós nos apercebermos! De acordo com os Maias e Astecas será o 6º Ciclo do Sol, baseado na harmonia e no equilíbrio, e que demorou 26.000 anos para se completar. Tudo indica que o nosso DNA será “reprogramado” (upgrade) em virtude da Terra e do nosso sistema solar entrarem em sincronização galática com o resto do Universo. A ressonância do campo eletromagnético da Terra já aumentou, e o tempo foi reduzido para 16 horas por

cada dia, em vez das 24. É por isso que nos parece que o tempo passa muito depressa! Não devemos esperar mudanças rápidas. O velho mundo vai morrendo e o novo vai surgindo de forma natural, gradual, e quase imperceptível. Como é sabido, estamos à beira de um colapso económico e social global. Isso está a acontecer para dar lugar a uma nova ordem mundial, uma nova consciência. É um Novo Tempo que aí vem!” Liguei a rádio e ouvi: “A Comissão Europeia está preocupada com a previsão de falhas tecnológicas de grandes dimensões causadas por tempestades geomagnéticas. Essas tempestades geomagnéticas - resultantes de erupções solares - ocorrem quando um grande fluxo de radiação emitida pelo Sol atinge o campo magnético e a atmosfera da Terra. Em casos extremos estas tempestades podem causar interrupções nas redes de eletricidade, interferências no funcionamento dos satélites de comunicações e dos instrumentos de navegação, e até podem ter efeitos imprevisíveis sobre o clima. Todas estas falhas poderão ter consequências imprevistas na vida quotidiana das pessoas, muitas das quais ficarão sujeitas a graves consequências a nível de segurança. Este alerta da Comissão Europeia junta-se a outros dois já feitos pelos gover-

“Tudo indica que o nosso DNA será “reprogramado” (upgrade) em virtude da Terra e do nosso sistema solar entrarem em sincronização galática com o resto do Universo”


EDIÇÃO NÚMERO: 6291

13 DE JANEIRO DE 2012

EMPRESAS&EMPRESÁRIOS Almeirim lança campanha luminosa

PÁG. II

CORREIODORIBATEJO.COM

RUI DIAS, EMPRESÁRIO, SUGERE AO GOVERNO

Aprender a ‘casar’ o vinho e as iguarias

O enólogo Mário Louro e o Chef Igor Martinho vão transmitir aos restaurantes e hotéis do Ribatejo e de Lisboa os segredos para se obter uma conjugação perfeita entre os vinhos e a gastronomia da região. O desafio, lançado a duas das mais distintas personalidades da região ligadas ao mundo dos vinhos e da gastronomia, partiu da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo), que está empenhada em actualizar e aprimorar os conhecimentos dos proprietários de restaurantes, chefes de sala, chefes de cozinha e directores de F&B no que respeita à arte de “casar” os néctares com as iguarias do Tejo. PAG VIII

“DEVE SER AUTORITÁRIO COM A BANCA COMO É COM OS EMPRESÁRIOS” Rui Dias é o actual presidente da União das Associações Empresariais do Distrito de Santarém (UAEDS), cargo que acumula com o de presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços dos Concelhos de Torres Novas, Entroncamento, Alcanena e Golegã (ACIS). Aos 36 anos de idade, o empresário sugere ao governo que seja “tão autoritário com a banca assim como é com os empresários”. Diz estar preocupado com “paraísos fiscais vendidos nos bancos” e “dinheiro escondido que sai deste país”. Nesta entrevista concedida ao Correio do Ribatejo na qualidade de presidente da UAEDS e da ACIS, Rui

Dias fala em pioneirismo do distrito no que concerne à Convenção do Trabalho e acredita que o que se está a passar na EDP “ é um presente envenenado” para os portugueses. PÁG. IV E V

LUIZ OOSTERBEEK

INVESTIGADOR PROPÕE CONCERTAÇÃO INSTITUCIONAL PARA POTENCIAR REGIÃO A integração territorial do Médio Tejo, ao nível das várias instituições, é a melhor forma de aproveitar a crise para promover o desenvolvi-

mento regional, considera Luiz Oosterbeek, membro do Conselho de Filosofia e Ciências Humanas da Unesco. PÁG. III PUB

FRANGO DOURADO

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II

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EMPRESAS & EMPRESÁRIOS

Almeirim lança campanha luminosa A Câmara de Almeirim lançou duas campanhas que podem representar uma poupança de oito por cento na conta de electricidade do município e uma redução da deposição de resíduos em aterro, esta com benefício na taxa paga pelos munícipes. O vice-presidente da autarquia, Pedro Ribeiro, disse que começaram já a ser colocados nos edifícios públicos, nas escolas de primeiro ciclo e jardins-de-infância os autocolantes que incentivam à poupança de energia. Os autocolantes, amarelos, com um “smile” zangado e a inscrição “não tem graça”, pedem aos utilizadores dos edifícios públicos para não deixarem luzes acesas, ar condicionado, impressoras e computadores ligados, contabilizando o que cada um representa em termos de gastos ao fim de um ano. “O objectivo final desta campanha é conseguir uma redução de oito por cento nos gastos com iluminação pública e consumo energético nos edifícios públicos, o que mesmo assim não chega para compensar o gasto previsto com o aumento do IVA na electricidade, que representará mais 130.000 euros/ano para o município”, disse Pedro Ribeiro. O desafio lançado às escolas e jardinsde-infância tem um incentivo adicional, já que os estabelecimentos que conseguirem uma redução superior a oito por cento, ficam com metade do valor dessa poupança adicional para a realização de actividades, afirmou. Para que todos acompanhem a evolução da poupança, de dois em dois meses, a autarquia vai divulgar dados sobre o consumo (comparando os kilowatts com igual período do ano transacto). Pedro Ribeiro disse que a colocação dos autocolantes junto dos interrupto-

Projecto de consultoria e formação para empresários

res e aparelhos eléctricos e as reuniões de sensibilização com os funcionários “já está a funcionar”. Além da campanha “Objectivo: Poupar”, a Câmara Municipal de Almeirim lançou, também no início deste mês, o projecto “Reciclar para Poupar”, um desafio aos munícipes do concelho para que ajudem a reduzir a quantidade de resíduos sólidos urbanos (RSU) colocados em aterro, aderindo à reciclagem. “Mensalmente a Câmara Municipal recolhe mais de mil toneladas de resíduos sólidos urbanos. Quanto mais as pessoas reciclarem mais podem poupar, já que por cada 25 toneladas/mês de acréscimo de material para reciclagem (300 anuais) haverá, no ano seguinte, uma redução de um por cento na factu-

ra dos RSU”, afirmou. Segundo o autarca, que detém o pelouro do Ambiente, Almeirim “tem um dos melhores rácios do país de ecopontos por habitante” e tem pontos de recolha para todo o tipo de resíduos (incluindo óleos e roupa), pelo que existem condições para aumentar a quantidade de resíduos enviados para reciclagem. Pedro Ribeiro disse que a taxa de resíduos paga anualmente pelos munícipes corresponde aproximadamente ao valor pago pela autarquia para deposição no aterro da Raposa (cerca de 500.000 euros), ficando ainda por cobrir os gastos com todo o processo de recolha (contentores, carros, pessoal, combustível, seguros).

Instituições da região iniciam processo de certificação da qualidade A NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, encontra-se a dinamizar na região de Santarém, um projecto que permite às IPSS’s do distrito implementar o sistema de gestão da qualidade. O principal objectivo é dotar as instituições com os níveis de qualificação da Segurança Social, melhorando a gestão organizacional e rentabilizando os tempos de resposta. Até ao momento, a NERSANT já iniciou o processo em 12 instituições da região: Fundação José Relvas, Santa Casa da Misericórdia de Sardoal, CRIB, Santa Casa da Misericórdia de Mação, Fundação Dr. Agostinho Albano Almeida, Centro Dia – Casa Idosos S. José Matas, Centro Educativo e de Solidariedade Social EZN da Fonte Boa, Santa Casa da Misericórdia de Tomar, Centro Solidariedade Social Nª Sra. Dores de Ortiga, Centro de Bem Estar Social de Glória do Ribatejo, Fundação Antero Gonçalves – Lar Margarida Gonçalves + Lar 3.ª Idade de Envendos são as entidades do distrito que estão a ser acompanhadas pela associação, que se encontra a preparar e implementar o sistema de gestão da qualidade em cada entidade a par-

Move PME

Com a certificação as instituições ficam dotadas com os níveis de qualificação da Segurança Social

tir dos manuais da Segurança Social. As entidades da região interessadas em aderir ao projecto de implementação do sistema de gestão da qualidade

ainda o podem fazer, bastando para tal contactar a NERSANT através do número 249 839 500 ou do e-mail dfp@nersant.pt.

A NERSANT está a dinamizar, em todo o Distrito de Santarém, o projecto de consultoria e formação para empresários e gestores de Micro e de Pequenas e Médias Empresas (PME) da região, financiado a 100%. Uma das principais vantagens para as empresas participantes neste projecto é a possibilidade de terem à disposição um consultor sénior que auxiliará o empresário na elaboração do diagnóstico da empresa, a definição do plano de acção e a implementação do mesmo. Para as Micro empresas, estão a decorrer duas acções de consultoria e formação na área de “Gestão Estratégica”, em Torres Novas e em Benavente. Para as PME, a NERSANT iniciou também acções em duas áreas de intervenção distintas: em Abrantes está a decorrer a acção de “Gestão Estratégica” e no Cartaxo, os empresários estão a assistir ao Move PME na área de “Qualidade, Ambiente e Segurança”. No total, são já 52 empresas envolvidas neste projecto de consultoria e formação, que prevê não só a realização de formação em sala, mas também o acompanhamento personalizado na empresa por parte de um consultor externo, que facultará algumas directrizes importantes para a condução de cada negócio. Os interessados em aderir a este tipo de formação devem contactar o Departamento de Formação Profissional da NERSANT através do email dfp@nersant.pt ou do número 249 839 500.

Nersant promove acções de formação de formadores A NERSANT continua a postar forte no curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores. Este mês e no próximo mês de Fevereiro vão iniciar novas acções deste curso por todo o distrito de Santarém. Ainda durante o mês de Janeiro, mais precisamente no dia 23, a NERSANT vai iniciar em Benavente, mais uma acção deste curso. No dia 30 de Janeiro, darão início acções de formação em Torres Novas, Entroncamento e Alcanena. No próximo mês de Fevereiro, o curso de formação de formadores vai decorrer em Santarém, a partir do dia 02, estando também prevista a realização deste curso em Alferrarede (Abrantes), a partir do dia 22 do mesmo mês. No Cartaxo o curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores vai iniciar no dia 28 de Fevereiro. Em Ourém, está prevista a realização do curso a partir do dia 09 de Maio.


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III

Investigador propõe congresso e concertação institucional para potenciar região A integração territorial do Médio Tejo, ao nível das várias instituições, é a melhor forma de aproveitar a crise para promover o desenvolvimento regional, considera Luiz Oosterbeek, membro do Conselho de Filosofia e Ciências Humanas da Unesco. Luiz Oosterbeek, 51 anos, Pró-Presidente para as Relações Internacionais e a Cooperação do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), fez publicar recentemente num jornal da região uma carta aberta dirigida a todos os autarcas, empresários e instituições em geral, “desafiando-os” a acreditar no potencial do Médio Tejo e a aliarem as boas vontades a atitudes de concertação, “uma declaração de esperança e convicção”. Oosterbeek considera que se está a “subvalorizar o potencial do nosso País”, tendo defendido a realização de um congresso para definir linhas de acção concretas para o futuro da região do Médio Tejo, que integra municípios como Tomar, Abrantes, Torres Novas, Mação, Constância, Sardoal ou Entroncamento. “É evidente que a situação não é po-

Luiz Oosterbeek

sitiva mas ela é muito melhor do que na esmagadora maioria dos países do mundo”, afirmou, tendo defendido que a região do Médio Tejo continua a ter uma “quantidade impressionante de recursos” que permitiriam retomar a economia e concorrer no cenário internacional. A “desorientação geral, bem visível na nossa região, onde o Médio Tejo não tem conseguido articular uma resposta orgânica, unificada em torno dos seus principais activos (IPT, núcleos empresariais e industriais, diversidade cultural que tarda em se articular em rede, potencial de internacionalização), é um indicador de que ainda não foi invertido o sentido da crise, ou seja, que ela ainda é encarada como “o mal”, enquanto o verdadeiro erro, a desintegração territorial, permanece”, observou. Segundo o catedrático, o ano que se avizinha “é um ano decisivo para muita coisa” e pode, por um lado, conduzir o Médio Tejo para ritmos bastante competitivos, como, por outro lado, corre o risco de empobrecimento acelerado,

pela falta de oportunidades e fuga da juventude. “Numa crise, muito do que existe tende a desaparecer” afirmou, defendendo que territórios não centrais, como o Médio Tejo, têm aqui uma oportunidade excelente de afirmação, de protagonismo e de crescimento”. Oosterbeek defendeu a “rápida” realização de um congresso e de um conselho regional que integre as câmaras municipais da região, o IPT, as principais empresas, lideranças individuais e organizações não governamentais, para “construir uma agenda de serviços mútuos e para fazer uma afirmação de governança e dinamismo que integre mais a região”. Aquele responsável afirmou ser possível iniciar uma dinâmica processual que conduza à realização de um congresso regional ainda antes da cimeira Rio+20, agendada para meados do ano que vem. “Um congresso que sirva, não para lançar umas frases simpáticas sobre o futuro, mas para construir um plano de acção concreto”, vincou.

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VI

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Rui Dias, 36 anos, empresário

“O Governo deve ser tão autoritário com a banca como é com os empresários” Rui Dias é o actual presidente da União das Associações Empresariais do Distrito de Santarém (UAEDS), cargo que acumula com o de presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços dos Concelhos de Torres Novas, Entroncamento, Alcanena e Golegã (ACIS). Aos 36 anos de idade, o empresário sugere ao governo que seja “tão autoritário com a banca assim como é com os empresários”. Diz estar preocupado com “paraísos fiscais vendidos nos bancos” e “dinheiro escondido que sai deste país”. Nesta entrevista concedida ao Correio do Ribatejo na qualidade de presidente da UAEDS e da ACIS, Rui Dias fala em pioneirismo do distrito no que concerne à Convenção do Trabalho e acredita que o que se está a passar na EDP “é um presente envenenado” para os portugueses.

A União das Associações Empresariais do Distrito de Santarém (UAEDS) agrega sete associações de 21 concelhos e representa cerca de 7 mil associados. Que imagem traça do tecido empresarial do distrito? Está mal, como mal está o país todo. O mundo económico está em crise, a Europa e Portugal em particular estão mal, mas tanto centro comercial, tanto hipermercado num distrito de Santarém com tão poucas pessoas e que vive basicamente do seu trabalho, era natural que se notasse mais esta crise. Foi denunciado por muitas associações, há já alguns anos, que o caminho que estava a ser tomado estava errado. Qual seria o caminho então? Em primeiro lugar, parar com mais licenciamentos. O que está feito está feito, já chega! É uma responsabilidade que se pode imputar a quem? Ao Governo que deve ser tão autoritário com a banca assim como é com os empresários. A banca deveria pagar exactamente aquilo que nós pagamos. Os bancos alegam que cumprem o seu contrato social que eu gostava de saber qual é neste momento. A nível empresarial tínhamos contas caucionadas, contas de cheques pré-datados que nos foram canceladas, tínhamos plafonds negociados a descoberto que nos foram retirados e a grande culpa de estarmos assim foi por-

que gastamos aquilo que não tínhamos direito de gastar… Há futuro para o comércio tradicional? Há, como sempre houve. Já atravessámos várias crises, estas sempre existiram, temos é de ser menos medíocres no pensar. O vizinho do lado está a ter sucesso, devemos dar-lhe os parabéns e não criticá-lo. Pessoalmente, acho que é na casa ao lado que devemos gastar o dinheiro, porque a casa ao lado, mais tarde ou mais cedo, vai dar-nos o retorno. A quantidade de impostos, todos os meses, é enorme, enquanto a rentabilidade e a margem dos negócios diminuiu drasticamente. Pagamentos por conta e pagamentos especiais por conta são empréstimos que nós fazemos ao Estado. Eu quando preciso de dinheiro vou à banca e pago juros. O Estado não precisa: vem ter comigo e eu pago o pagamento especial por conta. E o Estado? Paga juros por eu lhe estar a adiantar o dinheiro? Não. Custa muito pagar o IVA só quando o recebo? Por que é que o pagamento do IVA após boa cobrança nunca avançou? Porque é muito mais fácil gerir uma casa com dinheiro. Se passássemos a pagar o IVA após boa cobrança ia haver uma rentabilidade que o Estado deixaria de ter para gerir. É falta de coragem política. Outra questão é a da economia pa-

ralela que é necessário combater. Concorda? A economia paralela sempre houve e sempre há-de existir. Não contem comigo para discutir o assunto enquanto não me falarem de off-shores, em dinheiro escondido que sai deste país. Com essa economia paralela o dinheiro não sai do país. Estou muito mais preocupado com paraísos fiscais vendidos nos bancos. Toda a gente sabe que se vendiam off-shores nos bancos. Se isso não é economia paralela é o quê? O que vai ser diferente com as alterações à Convenção Colectiva de Trabalho que foram discutidas pela UAEDS na passada semana? O contrato colectivo de trabalho para comércio e serviços não era mexido há 15 anos. Categorias profissionais que não existem há muitos anos ainda continuavam no contrato que estava obsoleto e completamente desajustado da realidade. Quais são as diferenças propostas no novo contrato? A grande novidade é a adaptação aos novos tempos e a possibilidade de dar aos pequenos empresários as mesmas condições que outros têm apenas porque têm poder económico. Se alguém me conseguir explicar como é que um empregado trabalha ao sábado à tarde, numa grande superfície, sem ganhar horas extra, mas se um empresário local quiser fazer o mesmo terá de pagar

horas extra. O objectivo desta convenção é que exista igualdade para todos. São decisões que só daqui a um ano conseguiremos comprovar se deram resultado ou não. Espera que esta convenção seja copiada por outros distritos? Estamos a falar de pioneirismo a nível nacional. Não está a ser fácil para as cúpulas das entidades patronais e dos sindicatos aceitarem. Estamos a falar do sindicato do distrito de Santarém estar a ter abertura, a assumir uma posição, a ter a preocupação de manter os empresários e as empresas com os postos de trabalho actuais. Outro fenómeno que se tem multiplicado nas vilas e cidades são as lojas dos chineses. Como vê esse tipo de comércio? Nós não somos contra os chineses nem contra nenhum cidadão de nenhum outro país. Venham chineses, marroquinos, indianos, quem quer que venha não pode é ter regras dentro do meu próprio país que eu não tenho. Não estamos contra eles, estamos contra os nossos governantes que não lhes ditam as mesmas obrigações que nos dão a nós. Espero bem não ser um D. Quixote a lutar contra moinhos de vento, mas aquilo que se está a passar na EDP é um presente envenenado. Hoje dão-nos um chouriço e amanhã pedem-nos um porco. Vamos passar por maus bocados e seria bom que estivesse enganado.


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“A forma dos empresários olharem para a ACIS mudou” Na sua tomada de posse enquanto presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços dos Concelhos de Torres Novas, Entroncamento, Alcanena e Golegã (ACIS), decorrente do acto eleitoral de Abril de 2009, prometeu uma ruptura com o passado. Confirma-a? Quem pode falar pela diferença são os associados. Hoje chegam assuntos à ACIS que não chegavam e a Associação acaba por ser, neste momento, um consolo para os empresários. Em que aspectos? A ACIS representa o pequeno empresário, o empresário com pouca voz e muitas dificuldades. Tem a sorte de ter muitos associados contabilistas que têm dado um grande contributo a esta casa e é um dos poucos locais que o pequeno empresário tem para colocar as suas dúvidas. A ACIS contratou um quadro técnico que vai integrar um projecto novo, de apoio aos empresários, que nunca existiu dentro desta casa. Quem pode e em que condições beneficiar desse projecto? Infelizmente, apenas 25 empresários o podem fazer. O programa destina-se à formação do empresário, tendo disponíveis cerca de 370 mil euros. É muito dinheiro para tão poucos empresários. Na minha opinião, essa verba daria para mais de 25 empresários, mas foi assim que o programa foi feito. Não concordo, mas entre não concordar e perder o dinheiro, optámos pelo dinheiro. A verba daria, em meu entender, para projectos de, pelo menos, 50. Desde que tomou posse assumiu um discurso de união entre os empresários dos quatro concelhos que a ACIS cobre (Torres Novas, Alcanena, Entroncamento e Golegã). Esse discurso foi bem entendido por todos? Só tento ser a cara da Associação. Felizmente os empresários perceberam a minha mensagem. Temos, todos os dias, 30 a 40 em formação na nossa sede. A mensagem foi transmitida mas é preciso ser continuada. Sinto que crescemos mais na ACIS do que em todas as outras associações comerciais, pela maneira como nos relacionamos com os empresários em constante ligação directa, onde o empresário reclama, no sítio certo e é ouvido. Para esse facto muito terá contribuído a inauguração das novas instalações da ACIS em Torres Novas, há cerca de um ano. Foi um sonho tornado realidade? Sem esta nova sede nada disto seria possível. A forma dos empresários olharem para a ACIS mudou. Tudo o que aqui está neste momento é trabalho desta direcção e já está a dar os seus frutos. Temos aqui 30 a 40 empresários em formação por dia. Concorremos a determinados cursos que ministramos aos empresários e seus colaboradores de forma gratuita. Só quem não for associado da ACIS terá de pagar a formação. Novos projectos de investimento e apoios à contratação e a criação de um cartão de sócio são alguns dos planos já desenvolvidos, assim como ac-

ções programadas dentro do sistema de incentivos à modernização do comércio (MODCOM) para os quatro concelhos. Qual o volume de negócios atingido? Esta direcção não concorda com a maneira como o MODCOM foi organizado. Quando aqui chegámos ele já estava em execução. Estávamos em funções há 15 dias quando assinámos a sua 5.ª fase e foi muito difícil percebermos a sua logística. À conta do MODCOM no concelho de Alcanena fizemos a Expopele, mas foi preciso justificar que se tratava de um investimento na indústria, porque Alcanena precisa que haja investimento forte na indústria para que se incremente, posteriormente, o comércio. Se continuarmos apenas a fazer festas de ‘nataizinhos’, pais natais, dias da mãe e dias do pai, na hora da verdade, essas campanhas não se reflectem nos empresários, por isso, é preciso investir de outra maneira para ter retorno. Apesar de tudo, o balanço é positivo? O MODCOM, com os defeitos todos, acabou por ser útil para esta direcção fazer alguns eventos que nos permitiram ser conhecidos pelos empresários, nomeadamente os de Alcanena, Golegã, Entroncamento e Torres Novas. O MODCOM serviu para implementar a imagem da ACIS. Dantes o empresário era associado para quê? Tinha razão, porque até eu antes de ser da direcção já era empresário e pensava exactamente da mesma forma. Hoje sente que os anseios e aconselhamentos da ACIS são ouvidos e respeitados? Dantes a opinião da ACIS não era ouvida, escutada, nem sequer percebida. Tem sido um trabalho árduo para voltar a ter peso, felizmente nos quatro concelhos isso tem acontecido. O lugar de presidente não é renumerado. É a favor dessa renumeração? Não há outro caminho. Um dos objectivos da direcção será esse. Se é conseguido ou não é outra questão. Dentro

dos órgãos sociais há duas maneiras de pensar: uns concordam, outros não. No entanto, só concordo com a renumeração com a exigência e obrigatoriedade do presidente em não endividar esta casa. Ou seja, se algum dia se aceitar que o presidente passe a ser renumerado, este terá de ser solidário com as dívidas que deixar. Defendo isto para as associações e para as câmaras. É preciso olharmos para elas como olhamos para a nossa casa. Podemos aproveitar agora que vêm aí eleições autárquicas, daqui a ano e meio, e, porque não, começar já?

“Temos de ser mais directos nas missões empresariais e menos turistas”

Um dos objectivos da ACIS é ajudar as empresas a exportar e a internacionalizarem-se. O Estado tem ajudado nesse processo ou as empresas que o fazem, fazem-no por conta e risco? Tenho uma empresa fora do nosso país [São Tomé e Príncipe], fui eu que a criei em 2005. Fui para lá por minha conta e risco. Ajudei quatro jovens empresários locais a começar as suas empresas, dei-lhes formação e crédito. Um deles é hoje responsável pela parte informática da CPLP e dos PALOP, um outro é gerente de um banco, outro assessor do Presidente da República e outro consultor entre S. Tomé e Portugal. Um deles faz o favor de ser meu sócio e de tomar conta da empresa. Quando escolheu S. Tomé para a sua internacionalização fê-lo inserido nalguma missão empresarial?

V

Já ouvi falar muitas vezes em missões empresariais, mas para mim, uma missão empresarial significa dinheiro. Os contactos são agradáveis, o abrir de portas é agradável, mas nós empresários precisamos de um parceiro que, do outro lado, esteja disposto a comprar ou a vender. Conhecer empresários fora do país é agradável, mas eu prefiro conhecer empresários que me queiram comprar ou vender alguma coisa. Acho que temos de ser mais directos nestas missões empresariais e menos turistas. A ACIS proporciona essas missões? A ACIS não tem capacidade para fazer esse tipo de missões. Está a desenvolver um protocolo com uma empresa na tentativa directa de o empresário ir daqui com o intuito de vender ou comprar, não vai haver convites para ninguém, porque todos os empresários da ACIS estão convidados, não vão haver amigos a irem em grupos empresariais, vai um grupo de empresários que até podem não se dar, com o objectivo de fazer negócio. O que pensa do papel do Nersant nesse âmbito? Tenho que dar os parabéns ao Nersant porque durante muitos anos foi das poucas associações que representava o nosso distrito. Enquanto Núcleo Empresarial é um dos melhores senão o melhor do país. A ACIS entende que o Nersant tem o seu espaço como a ACIS e a UAEDS têm o deles. Há espaço para todas elas? Na minha opinião acho que são associações a mais. Devia passar a existir uma associação distrital que englobasse a indústria, o comércio e serviços e depois deveriam existir núcleos que representassem todos. Tanto o empresário que tem um empregado, como o que tem 500 empregados tem que ser visto como tal e precisa de ser ajudado. É aqui que entra a realidade ACIS e a realidade Nersant. Quando o distrito de Santarém tiver esse caminho feito. João Paulo Narciso


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Edição n.º 6.291 | 13 de Janeiro de 2012

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VIII

Edição n.º 6.291 | 13 de Janeiro de 2012

EMPRESAS & EMPRESÁRIOS

Flash” Vinhos do Tejo QUEIJOS e VINHOS Os queijos são produtos que se encontram ligados à nossa gastronomia. Alguns, óptimos para iniciar a refeição, outros, excelentes para terminar. Na opinião do conceituado escanção Rodolfo Tristão, os queijos elaborados a partir de leite de cabra e ovelha, muito utilizados em saladas e entradas, os vinhos ideais para acompanhar este tipo de queijos são os Vinhos Brancos da casta Fernão Pires da região do Tejo.

Aprender a ‘casar’ o vinho e as iguarias O enólogo Mário Louro e o Chef Igor Martinho vão transmitir aos restaurantes e hotéis do Ribatejo e de Lisboa os segredos para se obter uma conjugação perfeita entre os vinhos e a gastronomia da região. O desafio, lançado a duas das mais distintas personalidades da região ligadas ao mundo dos vinhos e da gastronomia, partiu da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo), que está empenhada em actualizar e aprimorar os conhecimentos dos proprietários de restaurantes, chefes de sala, chefes de cozinha e directores de F&B no que respeita à arte de “casar” os néctares com as iguarias do Tejo. Para o efeito, a Comissão organiza, nos dias 16 e 25 de Janeiro (entre as 15h30 e as 18h30), uma acção de formação, na qual serão abordados temas como a escolha e stocagem de vinhos na restauração, a selecção e elaboração de cartas de vinhos e a evolução das técnicas tradicionais de confecção e empratamento das melhores iguarias ribatejanas. “Queremos reforçar a presença dos nossos vinhos e gastronomia dentro e fora do Ribatejo e a boa combinação entre um vinho e uma refeição é um excelente cartão de visita para ilustrar a cultura de uma região” afirma José Pinto Gaspar, presidente da CVR Tejo. Denominada “O Vinho do Tejo, mais do que o Vinho”, a acção, a realizar na Escola de Hotelaria de Santarém, será gratuita e vai incluir a realização de uma prova cega de vinhos do Tejo e um menu de degustação harmonizado com vinhos da região.

“Saber viver o vinho” É o tema do primeiro Curso de Vinhos que a CVR Tejo vai levar a cabo no próximo dia 21 de Janeiro, sábado, nas instalações da CVR, em Santarém. Inscrições até dia 16 de Janeiro para o e-mail: t.batista@cvrtejo.pt ou telefones 919 544 548 e 243 309 403. O custo da inscrição com almoço é de 50,00 j. Se não desejar almoçar o custo do curso será 35,00 j. Recepção: 9h30, início do curso: 10h00; almoço: 14h00.

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SAÚDE

Centros Saúde

Utentes penalizados nas consultas não presenciais serão ressarcidos

O responsável da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) Alexandre Lourenço assegurou na passada semana que os utentes que possam ter pago mais do que deviam numa consulta médica não presencial no centro de saúde serão ressarcidos desse valor. “Qualquer utente que possa ter sido penalizado irá ser ressarcido (...), mas estou confiante que esses casos são muito pontuais e que efectivamente não terão prolongamento do tempo”, disse à Agência Lusa o director coordenador da ACSS. Segundo a rádio TSF, há centros de saúde a cobrar três euros por um telefonema ou e-mail para o médico de família, segundo a interpretação que alguns centros de saúde estão a fazer do diploma com as novas taxas moderadoras.

Alexandre Lourenço afirmou que as regras para as consultas sem a presença do utente se mantêm e anunciou que o Ministério da Saúde irá dar instruções para aplicarem “as regras como devem ser aplicadas”. “O que é importante fixar é que o modelo que existia até ao momento é exactamente o mesmo que está agora a ser aplicado. Ou seja, as consultas médicas não presenciais têm exactamente o mesmo tratamento que teriam antes do dia 01 de Janeiro de 2012”, sublinhou. Explicou ainda que, “para existir uma consulta médica, tem de existir um acto clínico e que, para ser cobrada qualquer tipo de taxa moderadora, tem que existir um consentimento informado do utente, uma avaliação e um registo no

processo clínico do utente”. Além disso, adiantou, tem de existir uma avaliação do doente para existir a cobrança dessa taxa moderadora. “Este acto é tipificado e já existe há largos anos no Serviço Nacional de Saúde”, frisou. “Naturalmente, em casos em que é importante tranquilizar os utentes, em casos em que existe um telefonema para o médico de família a dizer que tem uma gripe ou está com dores e o médico agenda uma consulta, nesses casos não há aplicação de qualquer taxa moderadora”, exemplificou. “É nesse sentido que estamos preocupados. Eu creio que existem casos residuais em que existem estas práticas contraditórias”, sustentou, informando que estão a decorrer reuniões permanentes com os profissionais do Ministério da Saúde para tentar normalizar estas práticas. A portaria dos ministérios das Finanças e da Saúde que apresenta a tabela das taxas moderadoras, que entraram em vigor em Janeiro, refere que na consulta sem a presença do utente “é imprescindível a existência de consentimento informado do doente, registo escrito e cópia dos documentos enviados ao doente, se for esse o caso. O registo destas consultas deve ser efectuado separadamente das restantes”, acrescenta.

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Águas do Ribatejo alerta para venda agressiva de purificadores de água A empresa intermunicipal Águas do Ribatejo alertou os consumidores para “campanhas agressivas de marketing com recurso a argumentos falsos e alarmistas” que têm estado a decorrer com maior incidência no concelho de Torres Novas por parte de empresas que comercializam “purificadores” de água para instalação em torneiras. Em comunicado, a empresa afirma que nas demonstrações “são usados reagentes que alteram a tonalidade, o sabor e outras características da água, convencendo deste modo que pode estar em risco a saúde dos consumidores”. O comunicado afirma que estas empresas “vendem sistemas de filtros que dizem melhorar a qualidade da água, mas que, ao invés, transformam a água distribuída num produto não aconselhável ao consumo humano, deficitário em sais minerais, essenciais à saúde humana (cálcio, ferro, magnésio, sódio e potássio)”. A Águas do Ribatejo assegura que a água distribuída nos sete municípios onde serve mais de 150 mil pessoas “é obrigatoriamente controlada por análises rigorosas” e que as 8.500 análises realizadas em 2011 revelaram um nível de não conformidade na ordem de um por cento.

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MEMÓRIA

CORREIO CENTENÁRIO NEM TANTO AO MAR... Para prestigiar e engrandecer a Republica devem esforçar-se quantos receiam vêr o paiz em conflagração ou imolado á cupidez do estrangeiro. Da normalidade da vida intima da nação renascerá a confiança, frutificará melhor a terra, desenvolver-se-ha o comercio e prosperarão as industrias. Nunca um povo caminhou tendo a afrontar os seus anceios de progredimento a anarquia politica e o cahos social. Mas prestigiar a Republica não se traduz pelo amen incondicional proferido por milhares de bocas, diante de homens que, porque se dizem republicanos, representam quantas vezes a negação de progresso. Ser bom republicano e melhor patriota não se traduz na divorciação dos direitos de critica, aos atos daqueles que por palavras muuito querem ao Regime e por ações o estão comprometendo com a sua inconsciencia ou com a sua deshonestidade. Ser bom republicano não representa a adesão incondicional a quanto dimana dos membros do governo, que, por serem homens e como tal sujeitos á condição de errar, precisam de corrigenda – na imprensa, no parlamento ou nos comicios populares. Por nós diremos – que sendo a Republica, como formula governativa, a mais bela conquista do espirito moderno, e acatando-a com o entusiasmo que ela nos despertou, nem todos os seus gestos nos deslumbram de maneira a converter-nos em fetichistas inconscientes ou sonambulos que de cócoras se pôem diante de idolos bastas vezes convertidos em... espantalhos! Tudo pelo Regime, mas tendo em mira que o apoio incondicional é bastas vezes um crime e que o aplauso de “claquer” é sempre um ato de servidão. Queremos a Republica no caminho incessante da perfetibilidade; não a desejamos no recuar improgressivo do... caranguejo. Porque para isso “não valia a pena, não, mudar de governo a nação...”. Amar a Republica, defendel-a com ardor de combatentes, não obriga a inclinarmo-nos reverenciosos diante de todos os seus decretos, aceitandoos como uma infalibilidade. Só os povos supersticiosos aceitam sem um vislumbre de insubmissão, as doutrinas que lhes pregam os seus “santões”. E os portuguezes, mau grado a sua carencia de ilustração – porque a monarquia lha regateou em largos anos dum constitucionalismo bafiento, mas perdulário – não são ainda aqueles “selvagens da Europa” que a Post de Berlim recentemente recordou, para dar aos negros de Angola a esperança duma conquista... futura, em nome de sua magestade imperial Guilherme II que Deus avivente por largos anos, para termos o prazer de o vêr minado pela “formiga branca” do Socialismo. IMPOLITICO

ANÚNCIO DA SEMANA

CORREIO DE HÁ 50 ANOS As atrocidades dos terroristas reveladas numa exposição de fotografias e exibição de filmes, em Santarém, Alpiarça, Almeirim e Cartaxo Como fora anunciado, efectuou-se no domingo passado, nesta cidade, uma exposição de fotografias, reveladoras das atrocidades praticadas pelos terroristas em Angola, exibindo-se filmes elucidativos das barbaridades e sanguinárias proezas dos bandoleiros. A exposição efectuou-se nos Paços do Concelho, sendo inaugurada pelo chefe do distrito sr. brigadeiro Lino Dias Valente, com a presença dos srs. tenente-coronel Honório Barbosa, chefe do Estado Maior da Legião Portuguesa, que representava o comandante-geral daquela patriótica organização, sr. general José Valente de Carvalho; engenheiro Carlos do Amaral Netto, deputado da nação e presidente da Junta Distrital de Santarém; dr. José da Cruz Filipe, secretário do Governo Civil; rev. Fernando Campos, vice-reitor do Seminário Patriarcha; capitão José da Encarnação Cortes, comandante do batalhão legionário desta cidade; coronel Jerónimo Tasso de Figueiredo, comandante do Prezidio; dr. Aldónio dos Santos Gomes, director da Escola Técnica; eng. Silveira Ramos, director de Estradas do distrito; Ricardo Nunes de Carvalho, director de Finanças; dr. Joaquim Malfeito Monteiro, director da Enfermaria-Abrigo e do Dispensário do I.A.N.T. David de Araújo, delegado distrital da M. P.; prof. Paulo Proença, director escolar e seus adjuntos profs. Forsado Correia e Carlos Mourão, comissario David Emídio e muitas outras entidades, que foram recebidas pelos srs. dr. Jacob Pinto Corrêa, presidente do Município; Joaquim Lima Monteiro, vice-presidente; Caetano Marques dos Santos, presidente da Comissão de Turismo e mais vereadores. Efectuou-se seguidamente uma exibição de filmes, sobre o assalto do Santa Maria e sobre os actos dos bandoleiros, o que se repetiu, à noite, em sessões contínuas, no salão do Ginásio do Seminário, com grande assistência, que não podia deixar de exprimir a sua repulsa pelos sanguinários actos de banditismo ali documentados. Nos dias seguintes, esta exposição e exibição de filmes teve lugar em Alpiarça, Almeirim e Cartaxo, onde se registou igualmente grande afluência.

ANÚNCIO DA SEMANA

In: Correio do Ribatejo de 13 de Janeiro de 1962 In: Correio da Extremadura de 13 de Janeiro de 1912


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MEMÓRIA

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“O Homem mais ilustre do século XIX”

Sá da Bandeira homenageado no 136º aniversário da sua morte A Academia Militar e a Câmara de Santarém homenagearam, na manhã do dia 6 de Janeiro, o general Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, mais conhecido por marquês de Sá da Bandeira, na data do 136º aniversário da sua morte. A homenagem, junto à estátua, na Praça Sá da Bandeira, foi presidida pelo major-general, 2.º comandante da Academia Militar, António Dias Coimbra, acompanhado por Francisco Moita Flores, presidente da Câmara de Santarém. À semelhança dos anos anteriores, foi depositada uma coroa de flores e houve uma alocução evocativa da persona-

lidade, vida e obra do militar marquês de Sá da Bandeira, nascido em Santarém, em 26 de Setembro de 1795. Coube ao alferes Santos, aluno de Engenharia, ler um texto sobre o homenageado, fundador da Escola do Exército, antecessora da Academia Militar, que se destacou não só no campo militar “como comandante em várias campanhas e pela sua coragem e serenidade debaixo de fogo”, mas também no campo político “com a sua acção estabilizadora e reformista, e nomeadamente no domínio do Ensino Superior Militar”. Determinou várias reformas, com destaque para a abolição da escravatura nos domínios ultramarinos Portugue-

ses e a proibição do trabalho forçado. Aquele que foi considerado por Alexandre Herculano “o Homem mais ilustre do século XIX”, afirmou um dia: “a Pátria nada me deve”. Faleceu em Lisboa, após uma vida de 80 anos, “manifestando em testamento, como homem simples que sempre foi, o desejo de um funeral simples sem pompas ou deferências, e que o seu corpo fosse transportado para esta cidade de Santarém”. No final da cerimónia na Praça Sá da Bandeira, realizou-se uma romagem ao cemitério de Santarém, com a colocação de uma coroa de flores no túmulo do homenageado.

A Direcção do Círculo Cultural Scalabitano, ao conquistar a aprovação dos Estatutos, finalmente a 26 de Junho de 1958, deLuísa Barbosa monstrou não só uma enorme capacidade de adaptação aos novos tempos, como também uma vontade férrea, dos seus membros, na prossecução dos valores republicanos da educação e da cultura de que se tornaram herdeiros quando defenderam a fusão do Clube Literário Guilherme de Azevedo e do Orfeão Scalabitano. Ambas as associações, além dos graves problemas financeiros que viviam, viram-se também debilitadas pela imposição dos novos valores emergentes do regime salazarista que pretendiam substituir a cultura democrática e livre, promovida pelas antigas agremiações fundadas no espírito republicano, por uma “cultura nacional”, uniformizada e considerada a “realidade” única e indiscutível do Estado Novo.

A Situação e a Oposição no Círculo Cultural Scalabitano

A Cultura Popular

O debate político e religioso

Para dar forma aos propósitos ditatoriais, Salazar tinha de manter, controlada e manietada, a educação e a cultura, bem como as associações que lhes davam expressão. A sobrevivência destas dentro do regime, forçou-as a ceder às novas leis e muitas vezes pactuar na difusão dos seus valores. Afinal, os corpos directivos não podiam exercer as suas funções se não depois de “sancionados superiormente”, ou seja, depois de escalpelizados os seus elementos, que chegaram mesmo alguns deles a ser proibidos de pertencerem a qualquer instituição cultural1. Assim, a direcção do Círculo Cultural viu-se obrigada a exarar nos seus Estatutos, também a ideia estado-novista de “Cultura Popular”, inserta no artigo 2.º: “O Círculo Cultural é uma colectividade que tem por objectivo a difusão da cultura popular”2. Este conceito de inspiração totalitária renegava os anteriores conceitos de “sociedade de recreio e instrução”, de raízes republicanas e democráticas, utilizados nos estatutos de associações como o Clube Literário Guilherme de Azevedo.

Portugal Uno, Portugal Plural

Visita do Governador Civil, brigadeiro Lino Dias Valente, ao Círculo Cultural, com Manuel Ginestal Machado. Ao fundo: à esquerda, Carlos Oliveira e Sousa; na parede, quadro de Manuel de Arriaga; à direita, busto do actor Taborda (Arquivo CCS)

De forma a impedir a conspiração e a organização da oposição em locais, por tradição, de cultura democrática, estabelecia-se no Artº 7º dos Estatutos do Círculo Cultural, a máxima de “… é absolutamente defeso tratar de assuntos políticos e religiosos”3, pensando-se ainda hoje, algumas vezes que, tal proibição, em vez de corresponder a uma ideia imposta para proteger o próprio regime salazarista, seria fruto do espírito de tolerância dos seus líderes. Essa asserção não era mais do que a proibição explícita da liberdade de expressão, ou seja, do “direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos”, considerado um direito fundamental da democracia.

A Situação e a Oposição Corria o ano de 1955 quando se anunciava, entre as hostes oposicionistas, a candidatura do general Humberto Delgado, a qual voltou a alimentar a esperança de se atingir pacificamente a democracia.

Foi nesse ano, mais propriamente a 3 de Janeiro, que tomou posse e iniciou o seu mandato a primeira direcção do Círculo Cultural que, era composta, nos seus lugares cimeiros por Artur Proença Duarte, seu presidente e Manuel Ginestal Machado, o vicepresidente. O primeiro era o representante da situação, desde muito novo aderente do Sidonismo e elemento do Partido Nacionalista, integrou a elite de Salazar, tendo tido uma longa e bem sucedida carreira política: foi vice-presidente e depois presidente (1947-1960) da Comissão Distrital de Santarém da União Nacional; foi deputado da Nação, entre 1935 e 1969 e presidente da Junta de Província do Ribatejo, entre 1947 e 1958, entre outros cargos4. O segundo, Manuel Ginestal Machado, filho de António Ginestal Machado, prestigiado estadista republicano, que desempenhara altos cargos políticos durante a Primeira República5, afirmou-se na defesa dos valores republicanos e democráticos, foi elemento da Comissão Distrital de apoio à candidatura de Norton de Matos (1949) e, mais tarde, da de Humberto Delgado6 (1958), repre-

sentava a oposição7. Assim, o Círculo Cultural Scalabitano adquiria características ideológicas dualistas e alcançava uma coexistência, aparentemente pacífica8, entre o Portugal Uno e totalitário e o Portugal Plural e democrata. Podemos encontrar a explicação para esta concomitância, nas antigas relações políticas que uniram Artur Proença Duarte ao pai de Manuel Ginestal Machado, pois os dois tinham sido discípulos, Sidonistas e do Partido Nacionalista, durante a Primeira República. Permitindo a Manuel Ginestal Machado alcançar a notoriedade na direcção do Círculo Cultural, bem como a continuação da sua actividade oposicionista, Artur Duarte, zelava para que se aplicassem os princípios do regime, permanecendo o vigilante da situação. O sucesso do Círculo Cultural durante o longo período da ditadura salazarista, deve-se também em parte a estes dois homens e a essa coexistência entre a Situação e a Oposição. —————— NOTAS: 1 Tal aconteceu em 1958 quando a legislação permitiu divulgar uma lista de dirigentes cineclubistas proibidos de participarem na vida cultural, o que se opõe aos Direitos do Homem hoje consignados na nossa Constituição democrática. 2 Lembra-se que “Cultura Popular” foi um conceito adoptado pelo Estado Novo, e promovido pelo SNI, sob a liderança de António Ferro em 1944. Para aprofundamento deste conceito consultese: Daniel Melo, Salazarismo e Cultura Popular (1933-1958), Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2001. 3 Para o Estado Novo as questões políticas e religiosas não tinham discussão porque estavam resolvidas. 4 Cf. http://app.parlamento.pt/ 5 Ministro da Instrução (1921) e Ministro de Interior (1923), foi também fundador e presidente do Partido Nacionalista. 6 in Correio do Ribatejo, 18-5-1958. 7 Na Direcção temos ainda outro prestigiado representante da oposição: Carlos Roque Oliveira e Sousa. Este integrou a primeira Direcção do Círculo Cultural, como tesoureiro e, com Ginestal Machado, pertenceu à Comissão Distrital da Candidatura do General Humberto Delgado. 8 Alguns dos seus sócios e dirigentes foram perseguidos e presos, entre outros, como Humberto Lopes, Eurico Ferreira e Eduardo Figueiredo.


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(Agente da PSP aposentado) AGRADECIMENTO

Nasceu a 22-1-1932 Faleceu a 3-1-2012

(94 ANOS)

Nasceu a 15-8-1917 Faleceu a 3-1-2012

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO E MISSA

AGRADECIMENTO

ua esposa, filha, genro, S netos e bisneto agradecem muito reconhecidamente a

ua esposa, filhos, nora, S genros, netos e bisnetos vêm por este meio agradecer a 2188

todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar. Participam que será celebrada missa pelo seu eterno descanso no próximo domingo, dia 15, às 10.30 horas, na igreja de S. Vicente do Paúl, agradecendo desde já a quem se dignar assistir a este piedoso acto.

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eus filhos, noras, netos e bisnetos vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar a sua ente querida à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

A Funerária Jorge Almeida, Lda. Telef. 243441246 – Sobral

DGAE n.º 1241

2187

S

Agência Funerária Helder Vacas, Lda. Telef. 243333520 – Santarém

DGAE 1137 - 2537

JOÃO FILIPE CORREIA Nasceu a 25-7-1920 Faleceu a 4-1-2012 2185 eu filho e neta agradecem muito reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

S

SANTARÉM

ALPIARÇA

SANTARÉM – ALPIARÇA

JOÃO PPAULO AULO VIEIRA DOS SANTOS MIRANDA MISSA 2183

S

ua mãe participa que será celebrada missa pelo seu eterno descanso, no próximo domingo, dia 15, às 11 horas, na igreja Paroquial de Alpiarça, agradecendo desde já a quem se dignar assistir a este piedoso acto.

Agência Funerária Telef.

MARIA IRENE AGOSTINHO DUARTE AMARO 9 Anos de Eterna Saudade 15-1-2003 – 15-1-2012 2180 eus familiares recordam com profunda saudade o 9.º aniversário do seu falecimento.

S

ALEIXO, LDA.

243328115

SANTARÉM

Fax

243328818

A Funerária Jorge Almeida, Lda. Telef. 243441246 – Sobral

Telems. 966007049 968041420 964052764

ROMEIRA

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Sede: Santarém – P raceta Cidade Badajoz, n.º 15 c/v Praceta Telef. 243558315 PINHEIRO GRANDE–SANTARÉM

MARIA HELENA POMBAL GONÇAL VES TELMO GONÇALVES DE ARAÚJO

JOSÉ AUGUSTO PICOTO FERREIRA 1 Ano de Eterna Saudade

JOÃO ANTÓNIO AL VES MIRANDA ALVES Nasceu a 12-11-1937 Faleceu a 31-12-2011

MANUEL MESSIAS DUARTE (Guarda de 1.ª Classe da P.S.P.) 13 Anos de Eterna Saudade 15-1-1999 – 15-1-2012 2189 ua esposa, filhas, genro e netos participam que será celebrada missa pelo seu eterno descanso, no próximo domingo, dia 15, às 17.30 horas na Capela de S. Domingos.

S

AGRADECIMENTO 2191

S

ua esposa, filho, nora, e netos agradecem muito reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

Agência Funerária Helder Vacas, Lda. Telef. 243333520 – Santarém DGAE n.º 1241

19-1-2011 – 19-1-2012 2184 ua filha, netos e bisnetos participam que será celebrada missa pelo seu eterno descanso no próximo dia 19, às 19 horas, na igreja de S. Nicolau, agradecendo desde já a quem se dignar assistir a este piedoso acto.

S

MISSA DO 30.º DIA eu marido, filho, nora e S neto participam que será celebrada missa pelo seu eter-

2182

no descanso hoje, sexta-feira, dia 13, às 19 horas, na igreja de S. Nicolau, agradecendo desde já a quem se dignar assistir a este piedoso acto.

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Município de Santarém CÂMARA MUNICIPAL

necrologia

Departamento de Obras e Projectos SETIL – CARTAXO

Maria Fernanda Lino Cabral Claudino das Neves Alpiarça

MARIA HELENA MENDONÇA DE OLIVEIRA Nasceu a 19-2-1937 Faleceu a 8-1-2012

(F.08-01-2012)

AGRADECIMENTO

Agradecimento Seus filhos, noras, netos e afilhada vêm por este meio e muito reconhecidamente, agradecer a todos os que os acompanharam neste período difícil ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar. Enaltecem a extraordinária colaboração das Suas companheiras Silvina e Teresa e com elas partilham este agradecimento.

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SECORIO

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ua família agradece muiS to reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram

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JOSÉ JOÃO PEREIRA SALGADO Faleceu a 07-12-2011 ua mulher, filha, genro e S netos agradecem muito reconhecidamente a todas as

Faleceu a 4-1-2012

ua esposa, filhos, nora, S netos, bisneta e restante família agradecem muito

AGRADECIMENTO 2202

reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

família agradece muito reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

Loja Santarém Scalabitana

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A

correiodoribatejo@mail.telepac.pt Telef. 243333116 – Fax 243333258 www.correiodoribatejo.com

MANUEL CORDEIRO

AGRADECIMENTO

Departamento de Obras e Projectos

EDITAL Nº 7/2012

Francisco Maria Moita Flores, Presidente da Câmara Municipal de Santarém: Torno público que, por deliberação da Assembleia Municipal de 21 de Dezembro de 2011, foi aprovado o Regulamento Municipal de Estacionamento Tarifado, cuja proposta tinha sido votada favoravelmente em reunião do Executivo, realizada em 13 de Dezembro de 2011. O projeto de Regulamento em causa foi publicado no Diário da República de 14 de Outubro de 2011, II Série, entra em vigor a 2 de Fevereiro de 2012 e passa a estar disponível na página da Internet da Câmara Municipal de Santarém, em www.cm-santarem.pt, na área de apoio ao munícipe. Para constar se passou o presente Edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume, acompanhados de cópia do regulamento. Santarém, 10 de Janeiro de 2012. O Presidente da Câmara, Francisco Maria Moita Flores (Dr.)

AGRADECIMENTO

2206

ANUNCIE NO CORREIO DO RIBATEJO

Faleceu a 9-1-2012

Município de Santarém CÂMARA MUNICIPAL

acompanhar a sua ente querida à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

FRANCISCO DA PIEDADE MANHOSO

Francisco Maria Moita Flores, Presidente da Câmara Municipal de Santarém: Torno público que, no âmbito da empreitada de construção do novo Centro Escolar do Sacapeito, freguesia de Marvila, concelho de Santarém, ficará suspensa definitivamente, a partir desta data, a circulação rodoviária em troço do arruamento que estabelece a ligação entre a Estrada Campo Infante da Câmara e a Rua Padre João Rodrigues Ribeiro. Para constar se afixa o presente Edital, nos lugares públicos do costume, bem como, no Edifício dos Paços do Concelho. Santarém, 10 de Janeiro de 2012. O Presidente da Câmara Francisco Maria Moita Flores (Dr.)

2204

SANTARÉM

SERVILUSA 800 204 222

EDITAL Nº 8/2012

JOSÉ LUÍS FONSECA AGENTE DE EXECUÇÃO

Tribunal Judicial de Santarém – 2º. Juízo Cível Exec. Comum nº. 2594/08.3TBSTR Exeq.: António Pedro Fernandes Subtil Exec.: Fernando Manuel Ferreira Sebastião M/Ref.ª: PE-673/08

ANÚNCIO (2ª. publicação) Nos autos acima identificados, encontra-se designado o dia 25 de Janeiro de 2012, pelas 10h30m, no Tribunal Judicial de Santarém, 2º. Juízo Cível, sito no Campo Sá da Bandeira – 2000-024 SANTARÉM, para a abertura de propostas, apresentadas através de carta fechada, que sejam entregues até esse momento, pelos interessados na compra do(s) bem/bens abaixo discriminado(s):

BENS IMÓVEIS VERBA Nº. 1 – Prédio urbano, composto por rés-do-chão destinado a comércio, 1º e 2º andares destinados a habitação; com a área total de 88m2; sito em Travessa dos Pasteleiros Nº 6 e 8; inscrito na matriz urbana da freguesia de Santarém (São Nicolau) com o artigo matricial 3576; descrito na Conservatória do Registo Predial de Santarém sob o nº 218/19870710. - V.P.T. - j 33.780,00. – Valor base de 33.780,00 euros; VERBA Nº. 2 – Prédio Misto, composto por casa de habitação de rés-do-chão, 1º andar e logradouro, e de cultura arvense e olival; com a área total de 72.320m2; sito em Casal do Alho; inscrito na matriz urbana com o artigo matricial 309, e na matriz rústica com o artigo matricial 15 secção F, ambas da Freguesia de Azóia de Baixo; descrito na Conservatória do Registo Predial de Santarém sob o nº 178/20021120. - V.P.T. - j 203.062,12. – Valor base de 445.800,00 euros. Os bens serão adjudicados a quem melhor preço oferecer ACIMA DE 70% do valor base unitário dos mesmos e acima indicados. Ao valor proposto acrescerão, sempre, os impostos legais. Apenas serão aceites as propostas de que conste a identificação completa e indicação da residência do proponente, cuja assinatura deverá mostrar-se reconhecida nos termos legais e, ainda, se a proposta se refere à globalidade dos bens ou a algum/uns em especial, devendo nesse caso indicar a qual ou quais se refere. É fiel depositária dos bens penhorados, que o deve mostrar, a pedido dos interessados, o executado Fernando Manuel Ferreira Sebastião, com domicílio na Quinta do Alho – 2005-099 AZOIA DE BAIXO. Nos termos do disposto no artº. 897.º, nº. 1 do Código de Processo Civil, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor. O processo pode ser consultado por qualquer interessado na aquisição dos bens no escritório do Agente de Execução, dentro das horas de atendimento (Dias úteis das 14h00m às 16h00m), ou, na Secretaria do Tribunal. Coimbra, 28 de Dezembro de 2011. O Agente de Execução, José Luís Fonseca

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TAUROMAQUIA

Celestino Graça

Contagem decrescente para o centenário... Coordenação de

Ludgero Mendes Tal como anunciado, teve lugar na pretérita segunda-feira, dia 9 de Janeiro, a romagem de saudade e homenagem à campa rasa de Celestino Graça, figura ilustre da nossa região cuja obra é credora do maior respeito e da mais profunda admiração, no dia em que se assinalou o 98º aniversário sobre a data do seu nascimento. Na passada semana evocámos alguns dos aspectos mais relevantes do homem que foi Celestino Graça e da sua extraordinária obra em favor de Santarém, do Ribatejo e de Portugal, designadamente, no âmbito da realização da Feira do Ribatejo – Feira Nacional de Agricultura, do Festival Internacional de Folclore de Santarém, da construção da Praça de Toiros e da sua exploração a favor da Santa Casa de Misericórdia de Santarém, para além de tantas outras intervenções públicas da maior expressão e interesse. Também na sua actividade profissional Celestino Graça se distinguiu entre os melhores, nomeadamente na X Brigada Técnica Agrícola, onde foi o grande responsável pela formação de podadores e de tractoristas, e na introdução

da cultura do cânhamo em Portugal. A propósito desta sua actividade profissional e da constante disponibilidade de Celestino Graça para acolher e apoiar as iniciativas dos alunos da Escola de Regentes Agrícolas, o Eng.º Joaquim Lavareda Simões aproveitou esta jornada de homenagem para saudar a figura e a obra do colega Celestino Graça, e entregar à filha do homenageado, Dr.ª Graça Maria Madeira da Graça Rodrigues, uma lembrança dos alunos que completaram o seu curso há cinquenta anos (1961-2011) e que se reuniram na nossa cidade, deliberando prestar este tributo de homenagem e de saudade por tão insígne colega. Esta jornada de homenagem, para

Taurodelta manda em Las Ventas

Sem surpresa, embora num processo algo atípico e muito controverso, a empresa Taurodelta, SA, de José António Martínez Uranga “Choperita” – que foi reforçada com a entrada de Simón Casas e de António García Jiménez “Matilla” – venceu o concurso para a adjudicação da Monumental de “Las Ventas”, de Madrid. Depois da desclassificação da proposta da UTE – União Temporal de Empresas, que era composta por Tomás Enterro, Rui Bento Vasques, em representação da Sociedade do Campo Pequeno, S.A., e de Juan Carlos Becas Belmonte, era perfeitamente expectável que a Mesa da Contratação da Comunidade Autónoma de Madrid consagrasse a “troika” liderada pela Taurodelta como concessionária desta tão importante praça, mas, ainda assim, a demora foi desusada, dado o facto de a proposta ser substancialmente inferior à que havia sido apresentada no “mandato” anterior. A proposta vencedora recolheu 37 pontos, em 50 possíveis, e atinge um valor a pagar na ordem dos 2.325.000 euros. Desta forma, a Taurodelta tem caminho livre para organizar a temporada “venteña”, parecendo que poderá também promover alguns espectáculos no Palácio de Vista Alegre, já no próximo mês de Fevereiro.

além de constituir um habitual tempo de evocação de tão destacada figura ribatejana, a que se dignaram comparecer alguns dos seus colaboradores, como foram os casos de João Gomes Moreira e de Bertino Coelho Martins, marcou a contagem decrescente para a celebração do centenário do nascimento de Celestino Graça, que ocorrerá a 9 de Janeiro de 2014. Ou seja, já faltam menos de dois anos… A Direcção dos Grupos Infantil e Académico de Danças Ribatejanas incumbe-se de diligenciar a constituição de uma comissão promotora dessa celebração, esperando conquistar o apoio e colaboração das entidades que prosseguem na actualidade as iniciativas a que Celestino Graça meteu ombros e proporcionou tão grande projecção, como são os casos do Cnema, da Santa Casa de Misericórdia de Santarém, do Ministério da Agricultura, do movimento associativo folclórico e, claro, dos toureiros, ganadeiros e grupos de forcados. A Câmara Municipal de Santarém, pela voz do seu presidente, Dr. Francisco Moita Flores, já expressou a sua disponibilidade para apoiar esta iniciativa, durante a última reunião do Executivo. Celestino Graça, e muitos dos seus dedicados colaboradores, deverá ser devidamente exaltado por aquilo que representa para a nossa cultura e para a defesa e dignificação das nossas referências tradicionais.

Prótoiro nomeou Comissão Executiva A Direcção da Prótoiro – Federação Portuguesa das Associações Taurinas nomeou no passado sábado, dia 7 de Janeiro, uma Comissão Executiva que é composta pelos aficionados Diogo Costa Monteiro, advogado e Secretário-Geral desta Federação, José do Carmo Reis, empresário agrícola, e Hélder Carvalho Milheiro, gestor de recursos humanos, nos quais deposita toda a sua confiança e aos quais manifesta todo o seu apoio. As funções da Comissão Executiva não serão remuneradas. Carlos Ramalhinho desempenhará as funções de Assistente Executivo da referida Comissão. No seguimento do trabalho já realizado, a Comissão Executiva desenvolverá a sua acção no âmbito da promoção, divulgação e defesa da Tauromaquia, com o objetivo de preservar de Cultura, a Identidade e a Liberdade de todos os Portugueses.

Faleceu Pedro Rodrigues

Pedro Rodrigues, antigo membro do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita do Ribatejo, e bom aficionado à festa brava, faleceu vítima de doença súbita, no passado domingo, em sua casa, em Santarém. À Família enlutada e ao Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita apresentamos a expressão das nossas condolências.

Éguas abatidas a tiro no Pinheiro Grande Duas éguas foram abatidas a tiro e duas outras feridas, por desconhecidos, na madrugada do dia 6, numa herdade no Pinheiro Grande (Chamusca), disse o proprietário dos animais à Lusa. José Vicente Lucas afirmou que os animais estavam presos por uma corda na pastagem, tendo sido alvejados aparentemente por mais do que um atirador. “Os animais não tiveram hipótese de fugir. Só não mataram os filhos porque não estavam presos, pois acredito que a intenção era matar todos. Foi uma autêntica chacina”, disse. Segundo afirmou o proprietário, uma das éguas mortas era reprodutora Puro Sangue Lusitano e a outra, da raça Portuguesa de Desporto, era medalhada em várias competições. Das outras duas, também Puro Sangue Lusitano, uma ficou ferida na vista esquerda e a outra ficou com o projéctil alojado. José Lucas acredita que este projéctil, que foi enviado para a secção de balística da Polícia Judiciária, poderá ajudar a encontrar o dono da arma usada, já que as outras balas usadas se autodestruíram. Na queixa apresentada junto da GNR, José Vivente Lucas deu conta de um prejuízo da ordem dos 55.000 euros. “Não compreendo, não me dou mal com ninguém, não dá para entender”, desabafou, adiantando, contudo, que “há suspeitos” e que espera que os autores sejam identificados.


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DESPORTO

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Veteranos do União querem renovar o clube 2011 Foi o ano zero. Este, será o da consolidação de um projecto desportivo que quer recuperar a ‘mística’ de um dos clubes mais emblemáticos da cidade: o União Desportiva de Santarém (UDS). A actual direcção não esconde as dificuldades mas acredita que “é possível” resgatar o clube e fazê-lo crescer. A grande ambição é mesmo recuperar competitividade ao nível do futebol sénior e, para isso, há que trabalhar pela base. Leonel Madruga acumula as funções de director desportivo e coordena todo o futebol de formação do União de Santarém. Não poupa elogios aos jovens atletas que têm feito “progressos notáveis”, fruto do empenho dos treinadores e do envolvimento dos pais. “O União conseguiu sobreviver à grave crise que o assolou nos últimos tempos. Agora, está organizado em termos directivos e desportivos. Temos representação em todos os escalões, desde os petizes até aos juniores, e alguma competitividade”, refere o responsável. As maiores contrariedades sentem-se no futebol de sete porque, neste momento, os jogos são disputados com equipas que já têm “mais de três anos de ritmo”. A do União leva apenas três meses, mas há grandes ambições. “Os nossos miúdos mostram já uma grande evolução e há que realçar a grande união do grupo. Este factor está cada vez mais presente e isso deixa-nos satisfeitos e esperançados em relação ao futuro”, diz Leonel Madruga. Actualmente, treinam no ‘mítico’ estádio Chã das Padeiras mais de 130 futebolistas, espalhados pelos diferentes escalões de formação: no ano passado eram só 70. As contas são simples: houve uma duplicação de praticantes e uma consequente multiplicação de interesse demonstrado para com o clube “que continua no coração” dos escalabitanos. “O União está vivo e as pessoas de Santarém continuam a acarinhar o clube e isso dá-nos força para estarmos cá a treinar todos os dias”, remata Leonel Madruga. Se bem que o entusiasmo seja notório no seio deste clube histórico, há detalhes que fazem a diferença na hora de rematar à baliza: Valdemar Marcelino, secretário-geral da UDS, diz que as dificuldades principais estão mesmo no campo. Este é, de facto, um problema irregular que tem travado a progressão técnica dos atletas, vistos como “autênticos heróis” por jogarem num recinto “impróprio para a prática do futebol”. A bola, redonda, encalha nos buracos - “autênticas armadilhas” - que só por sorte “não têm produzido lesões”. Por outro lado, afirma este dirigente, o apoio dado ao clube é praticamente nulo: “para arranjarmos alguns patrocínios, temos de andar quase a pedir”, lamenta. No meio da conversa com o Correio do Ribatejo, Valdemar Marcelino deixa um apelo à massa associativa e simpatizantes para que colaborem mais com o clube e abracem o projecto. “Neste momento, o apoio resume-se aos familiares dos atletas de formação, o que é manifestamente escasso para o funcionamento do clube” que já foi uma referência concelhia do Futebol.

Leonel Madruga e Valdemar Marcelino são dois dos rostos da Direcção do União Desportiva de Santarém, apostada em revitalizar o clube

“Se não fossem os miúdos da formação, estaríamos condenados ao desaparecimento”, afirma, peremptório. “Gostava que se falasse menos nos cafés e se apoiasse mais o União aqui no estádio”, diz, convidando: “venham cá ver o trabalho que estamos a fazer e apoiar, se querem ver novamente um clube de Santarém a disputar a 3ª Divisão”. O dirigente não tem dúvidas que um clube sénior a jogar com as cores do União “faria com que o público viesse mais”, mas este objectivo tem, para já, encalhado nas frugais condições do campo. Mesmo assim, o União tem partilhado o recinto de jogo com o Rugby Clube de Santarém que faz os seus jogos em casa, quinzenalmente, no Chã das Padeiras. Uma circunstância que até poderia beneficiar ambos os clubes, não fosse o estado impraticável do relvado. “Seria uma parceria interessante e uma mais-valia. Para o rugby, as condições são boas, mas pôr depois aqui uma bola de futebol a rolar, é muito complicado”, analisa Valdemar Marcelino, que também integra a equipa dos Ex-UDS. A responsabilidade da manutenção do terreno e gestão do espaço é agora da responsabilidade da Scalabisport mas, até agora, diz o dirigente, as intervenções foram de pouca monta e resumiram-se à “lavagem da cara” das bancadas, balneários e o início da construção de uma nova casa de banho. “Muito pouco”, na opinião de Valdemar Marcelino - que fala por toda a direcção – e, embora reconhecendo “a conjuntura difícil” considera que o investimento num piso sintético seria bem aplicado e poderia mesmo trazer atractividade para uma cidade onde escasseiam os espaços desportivos. O ressurgir da mística Apesar das dificuldades, estes dirigentes ‘veteranos’, que tomaram posse há cerca de um ano e meio, mantém o optimismo. Filipe Jesus começou na UDS com nove anos e saiu aos 35. Per-

correu todos os escalões, foi treinador e é agora responsável pelo projecto de implementação do futebol sénior. Diz que passou as “passas do algarve” no clube e tem pena de o ver sem esta vertente mais profissional. Foi com esse intuito que aceitou o lugar: “quero ver aqui uma equipa sénior”, diz com convicção. Esta certeza é alicerçada num dado concreto: no ano passado, os resultados desportivos foram escassos, mas, hoje, o panorama já é muito diferente: os miúdos do União já infligem goleadas aos adversários e o clube voltou a ser falado e respeitado. “A nossa preocupação constante é dar as condições mínimas aos atletas”, refere. Um cuidado que se reflecte no brio com que os balneários são mantidos. “No defeso, vínhamos cá todos os dias melhorar as instalações para que os miúdos, quando aparecessem no primeiro dia, se sentissem bem e trouxessem novos colegas”, revela Filipe Jesus, que também joga nas “velhas guardas”, um clube embaixador da União, que tem levado o nome de Santarém e do clube por todo o país. Tudo “malta que conhece e sente esta casa e que decidiu dar um empurrão”, resume. Luís Paulo é um polivalente por natureza. O antigo extremo direito do União que fazia as defesas adversárias num oito, agora joga nos sectores mais recuados do campo dos Ex-UDS, ao mesmo tempo que treina guarda-redes de todas as camadas jovens do clube. É um trabalho que faz por gosto, como confessa: “Estes miúdos têm vontade e gostam de futebol. Temos pena de não termos, neste momento, melhores condições para lhes oferecer para que possam desenvolver o potencial que demonstram”, refere. “Quando vamos jogar fora, sentimos uma grande diferença e até rendem o dobro”, brinca Luís Paulo, elogiando “o esforço e dedicação” que os jovens atletas demonstram num clube que foi o

mais representativo da cidade no passado. “Hoje não temos esse pergaminho, mas essa marca ninguém nos pode tirar”, conclui Luís Paulo. O União Desportiva de Santarém nasceu da fusão dos Leões de Santarém e do Operário em 1969. Militou na 2ª Divisão, com grandes equipas, e o Estádio Chã das Padeiras enchia-se de adeptos para apoiar o “Clube da cidade”. É esse estatuto que esta direcção quer recuperar, fazendo ressurgir, também, algumas das 33 secções que entretanto adormeceram como a Pesca Desportiva ou mesmo o Bilhar. Filipe Mendes

Centro Municipal de Marcha e Corrida entre os mais frequentados do país Com 71 inscritos, o Centro Municipal de Marcha e Corrida do Entroncamento é o terceiro mais frequentado do país (que tem ao todo 84 centros), logo a seguir aos de Lagos e Lamego, sendo também o mais recente, afirma a autarquia em comunicado. Inaugurado no final de Abril de 2011, o centro de marcha do Entroncamento começou com 17 inscritos, tendo, oito meses depois, 71 frequentadores, afirma a nota. Além das caminhadas pelos dois percursos existentes (um de 1.500 metros e outro de 3.600 metros), os utentes podem usufruir de aulas de reforço muscular, treino proprioceptivo, melhoria de atitudes posturais e melhoramento geral da condição física, sendo sujeitos a uma monitorização mensal.


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DESPORTO

Juniores falharam o pleno no fim-de-semana O fim-de-semana para o Hóquei Clube de Santarém (HCS) foi quase cem por cento vitorioso com os escolares, infantis, iniciados e juvenis a alcançaram a vitória e os juniores a empatar em Valado dos Frades. No sábado, os iniciados jogaram em Rio Maior e venceram pela margem mínima (4-3). A jogar com três jogadores infantis, apenas cumpriram calendário dado que é já quase impossível alcançar o 2º lugar, que dá acesso ao campeonato nacional. Foram utilizados os seguintes jogadores: Bernardo Henriques, Gonçalo Oliveira, Corneliu Zabolotnic, Miguel Silva, Francisco Catela, Rodrigo Silva, Mário Azevedo e Miguel Rodrigues. Os juvenis, com uma equipa “muito curta”, sem suplentes, tiveram de gerir a partida de forma a cumprir os serviços mínimos frente ao Ourém: a vitória, para, assim, acalentarem a esperança de irem ao nacional. Apesar de terem começado a perder por 1-0 conseguiram, a partir daí, corrigir a eficácia e chegar ao intervalo a vencer por 3-1. Na 2ª parte, em contra-ataque, obtiveram o 4-1 final resultado com que terminou o encontro. Equiparam-se Ricardo Relvas, Rafael Mogas, Diogo Moreira, Miguel Gomes, Calin Zabolotnic e Ivan Mamedov. Meia equipa que se apresentou no jogo dos juniores foi representada por atletas ainda juvenis. Quem assistiu na bancada não notou a diferença, tal foi o excelente hóquei praticado, frente a uma formação que é a grande candidata ao título regional daquele escalão. Apesar

Divisão Principal

15.ª jornada

Os benjamins foram a Santa Cita vencer por 10-5

da equipa de Santarém desfrutar de quatro situações eminentes de golo durante a primeira parte e por mérito do guarda-redes dos Tigres, acabou aquele período a perder por 2-0. Fazia-se temer o pior para a 2ª parte, dado o cansaço patenteado pelos jogadores escalabitanos. Os 6-1 finais, perante uma equipa esforçada que se reforçou com jogadores habituados às selecções nacionais, foram um resultado bem positivo, para o HCS. Os benjamins foram a Santa Cita vencer por 10-5. Existem crianças que começaram a praticar a modalidade apenas esta época, enquanto outros atletas vão já nos quatro anos de hóquei. Os

jovens jogadores escalabitanos que venceram o Santa Cita foram: Pedro Cardoso, Diogo Fernandes, João Reis, João Cotrim, João Maurício, Rodrigo Ramos, Rodrigo Santos, David Bezerra, Guilherme Ferreira e Salvador Nobre. De hoje a domingo o HCS tem os seguintes compromissos: Hoje, sexta-feira, 13, 22h00, Iniciados, HCS – Lagonense; amanhã, sábado, 15h00, infantis, HC Turquel – HCS e às 19h30, Juvenis, HCS – ARC Santa Cita; domingo (dia 15), 11h00, Bambis, HC Tigres – HCS; 12h00, Escolares, HC Tigres – HCS, 15h00, Juniores, HCS – J. Ouriense e ás 15h00, Iniciados, Lagonense – HCS.

Ba(da)gaio ao fim de onze jogos Desde o início do Campeonato Distrital de Futsal da 1.ª Divisão, foram dez jornadas a conviver em regime de exclusividade com a vitória. À décima primeira, porém, os homens do GF Achete conheceram finalmente outro tipo de… Vitória: num derby de futsal mais emotivo do que bem trabalhado, coube aos guerreiros do Vitória Clube de Santarém a honra e o mérito de privar os líderes da soma dos três pontos pela primeira vez na corrente temporada. Resultado: um empate (3-3) mais azul do que laranja. O Pavilhão Municipal de Santarém teve, mais uma vez, a honra de acolher aquele que será sempre um jogo peculiar: o estatuto de derby conferido a este clássico do futsal distrital gerará sempre opiniões controversas; afinal, o GF Achete treina-se em Santarém, mas não está sedeado na cidade. No entanto, detalhes geográficos à parte, e analisando minuciosamente os factos históricos que documentam o nosso futsal, extrai-se a incontornável evidência: este é, hoje, inegavelmente o mais representativo derby de Santarém. Tem dúvidas? Concentre-se, pois, nos números das últimas sete épocas: Vitória - Achete, 11 jogos; Vitória - Caixeiros, 6 jogos; Achete - Caixeiros, 1 jogo… Regressando ao desafio da tarde do último sábado: como explicar a tremenda insolência dos vitorianos, ao ousarem causar distúrbios na tranquila passeata dos comandantes rumo ao título? Terá havido sobranceria dos líderes? Possivelmente. Ao consultarem o nome “Vitó-

Associação de Futebol de Santarém

Atl. Ouriense, 3 Amiense, 3 Moçarriense, 0 U. Tomar, 0 Entroncamento, 0

AREPA, Alcanenense, Mação, Torres Novas, Benavente

1.º Alcanenense 2.º Torres Novas 3.º Mação 4.º Benavente 5.º Atl. Ouriense 6.º Amiense 7.º Fazendense 8.º U. Tomar 9.º Entroncamento 10.º Moçarriense 11.º AREPA

14 13 14 13 14 14 13 14 13 14 14

0 2 2 1 3

J VE D G P 11 10 8 6 7 6 4 4 3 3 2

2 2 3 5 2 3 1 1 1 1 1

1 31- 9 1 27- 9 3 20- 6 2 22-12 5 19-14 5 25-18 8 14-27 9 16-21 9 9-24 10 8-30 11 7-28

35 32 27 23 23 21 13 13 10 10 7

16.ª Jornada (15-1-2012): Alcanenense - Moçarriense, Benavente - Torres Novas, Fazendense - Entroncamento, AREPA - Amiense e Atlético Ouriense - U. Tomar.

2.ª Divisão Série A 10.ª jornada Vasco da Gama, 0 Ferreira do Zêzere, 1 Assentis, 0 Atalaiense, 2 Abrantina, 3

Alferrarede, 1 Mindense, 2 Caxarias, 2 Cercal, 0 Pego, 1 J V E D G P

1.º Abrantina 2.º Atalaiense 3.º Ferreira Zêzere 4.º Alferrarede 5.º Mindense 6.º Cercal 7.º Assentis 8.º Pego 9.º Vasco da Gama 10.º Caxarias

10 10 10 10 10 10 10 10 10 10

7 6 4 4 3 3 4 3 3 3

1 2 20-11 2 2 16-12 2 4 12-12 2 4 12-6 4 3 8-13 3 4 13-13 0 6 19-22 2 5 11-15 2 5 13-15 2 5 8-13

22 20 14 14 13 12 12 11 11 11

11.ª Jornada (15-1-2012): Pego-Vasco da Gama, Alferrarede-Ferreira do Zêzere, Mindense-Assentis, Caxarias-Atalaiense e Cercal-Abrantina.

2.ª Divisão Série B 9.ª jornada Coruchense, 7 Goleganense, 1 Salvaterrense, 2 Glória, 2 Samora Correia, 2

Vitória de Santarém impôs primeiro empate ao comandante Achete

ria” no calendário, ter-se-ão convencido de que estariam a ler antecipadamente o resultado da partida. Mas a explicação tende a aproximar-se de outra evidência: a gigantesca alma vitoriana, que, confinada à sua realidade, vai provando, jornada a jornada, que está apta a encostar o peito a qualquer emblema. Num encontro em que todo o conjunto se exibiu num patamar elevadíssimo de garra e entrega, os louros mais vistosos terão obrigatoriamente de recair sobre os homens que temperaram o sacrifício dos parceiros com o sal do golo: Nelson Duarte e Edgar Costa “Bagaio”, o homem que na primeira parte, com dois golos de belo efeito, revelou os primeiros sintomas que indiciavam que iria dar o… Ba(da)gaio ao líder Achete. Ainda assim, depois de o Vitória anular o golo madrugador do adversário com esses dois tentos fulminantes, o Achete con-

seguiria nova reviravolta antes do descanso, apontando o 2-3 instantes antes do último apito do árbitro. Depois, a segunda metade traria somente um golo, que valeria um precioso ponto a um Vitória Clube de Santarém que inicia 2012 em ascensão. Problema por resolver? A regularidade. Enquanto um empate a três bolas com o primeiro classificado for precisamente o mesmo resultado obtido, duas semanas antes, diante de um modesto Louriceirense, os lugares cimeiros permanecerão sempre inalcançáveis.

Barrosense, 0 U. Chamusca, 2 U. Almeirim, 4 Emp. Comércio, 2 Pontével, 0 J VE D G P

1.º Coruchense 2.º Pontével 3.º Glória 4.º E. Comércio 5.º U. Almeirim 6.º U. Chamusca 7.º Salvaterrense 8.º Samora Correia 9.º Goleganense 10.º Barrosense

10 10 10 10 10 10 10 10 10 10

9 6 6 5 4 4 4 4 1 0

0 2 2 3 2 2 1 1 1 0

1 42- 7 2 23- 7 2 22- 9 2 33-14 4 19-13 4 18-18 5 26-18 5 16-15 8 8-31 10 3-78

27 20 20 18 14 14 13 13 4 0

11.ª Jornada (15-1-2012): Empregados do ComércioSamora Correia, U. Almeirim-Glória, Barroense-Goleganense, U. Chamusca-Salvaterrense e Pontével-Coruchense.

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DIANASPORT Liquidação total de artigos de caça, pesca e desporto. A partir do dia 9 de Janeiro. Rua Serpa Pinto, 81 – Santarém


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DESPORTO

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Em Santarém, o desporto é solidário Pelo segundo ano consecutivo, a população de Santarém respondeu em massa ao apelo solidário lançado pela Scalabisport EMM. Ao longo de três dias, a empresa municipal fundada em 2001 para gerir o desporto no concelho escalabitano - o qual contempla um total de 28 freguesias - desdobrou-se em actividades para apoiar três instituições: Fundação Luíza Andaluz, o Lar de Santo António e o Lar dos Rapazes da Santa Casa da Misericórdia Com a iniciativa “O Desporto é Solidário”, o maior evento desportivo e solidário de sempre na região de Santarém, que decorreu entre os dias 05 e 07 de Janeiro, a Scalabisport EEM espera angariar uma verba semelhante à do ano passado (cerca de 9 mil euros), mas este apuro ainda não foi ainda totalmente feito. Este pecúlio, que será entregue às instituições para que possam materializar alguns dos seus projectos, foi conseguido graças ao empenho de “todos os funcionários da Scalabisport e da generosidade dos cidadãos”, como frisa o presidente da Scalabisport EEM, em declarações ao Correio do Ribatejo. “Todo este trabalho foi feito com a prata da casa, e isso é um grande orgulho: foram inexcedíveis, trabalharam muitas noites para que as três iniciativas fossem um êxito”, afirma Luís Arrais. “O ano de 2012 será difícil. O desporto é sinónimo de acção e de movimento, pelo que optámos por nos socorrer do desporto para organizar um

Vítor Varejão foi agraciado com o prémio dedicação na Gala Solidária da Scalabisport

evento, no concelho de Santarém, com esta dimensão”, frisou o presidente da Scalabisport EEM. Mas para além do apoio monetário, sempre bem-vindo, os “dois grandes objectivos” do evento, que foram o de a conhecer o trabalho feito por aquelas instituições e o de mostrar o que de melhor as associações do concelho fazem em termos desportivos, foram realizados. “Isto foi o que fez arrancar este Desporto Solidário”, vinca Luís Arrais que contou com apoios de peso nesta segunda edição, com destaque para o alto patrocínio da Presidência da República e da integração do secretário de Estado

Chamaram um figo ao (S)amora Dia solarengo, temperatura amena para a época, jogo correcto e facilidades inesperadas. É desta forma que se pode retractar a goleada infligida pelos Juniores da Académica frente ao Samora Correia, por 11 golos sem resposta. Certo é que a equipa de Samora veio à ESA um pouco fragilizada em relação a anos anteriores e foram presa fácil para os jovens de Santarém, que, sem acelerar muito, foram construindo um resultado volumoso e anormal entre estas duas equipas, que se voltam a defrontar já no próximo sábado, desta vez em Samora Correia para a Taça do Ribatejo. Apesar do resultado, assistiu-se a um bom jogo de futebol, com jogadas de nível técnico elevado e o resultado até poderia ter sido outro, não fossem alguns lances perdidos de forma inglória, tais como num remate de livre directo à trave por Tiaguinho. Noutro, Fábio Pires isolado finta o guarda-redes e um defesa corta em esforço para canto. De realçar a boa forma e boa exibição de Rafael Lima neste jogo, culminada com a marcação de

da Juventude e Desporto, presidente do Comité Olímpico Português e Carlos Lopes na Comissão de Honra. A grande inovação deste ano foi a iniciativa “Cidade Solidária”, que aproveitou a tenda montada no Jardim da Liberdade para as festas da quadra de Natal cedida pelo restaurante El Galego, para que as instituições de solidariedade social se pudessem mostrar à comunidade. De certa forma, a Scalabisport “fez a ponte” entre a sociedade civil e o trabalho menos visível feito em prol de quem mais precisa. Novidade também este ano foi a atribuição do prémio dedicação: foi distin-

guido “um amigo do desporto”, Vítor Varejão, que está há 24 anos à frente da Associação de Ginástica de Santarém. Neste evento, foram também muitas as vozes de artistas consagrados do panorama nacional que se levantaram por esta causa solidária. O espectáculo foi apresentado pelo consagrado Júlio Isidro, que apadrinhou pelo segundo ano consecutivo esta iniciativa, e foi o “leiloeiro de serviço” dos objectos cedidos por desportistas. Este ano, o Sporting Clube de Portugal, o Sport Lisboa e Benfica e o Futebol Clube do Porto ofereceram bolas de futebol autografadas pelo jogadores. Foram igualmente a leilão duas camisolas de jogo, uma de Cristiano Ronaldo e outra do Sporting Clube de Braga, uma farda do Comité Olímpico, duas gravatas da Selecção Nacional de Futebol, um conjunto com uma bola da liga portuguesa de futebol 2011-12, dois cachecóis e uma camisola da Selecção. Francisco Moita Flores ofereceu dois livros da sua autoria, que o próprio arrematou por 50 euros e Júlio Isidro cedeu um par de botas de basquete de Shaquille O’Neill, adquiridos por 500. Nesta gala, foi ainda anunciado o vencedor do prémio “Desportista do Ano”. Depois da apresentação dos diversos candidatos, o prémio acabou por ser entregue aos juvenis da Associação Académica de Santarém (2944 votos), seguindo-se o Rugby Clube de Santarém (1507 votos), José Miguel Fernandes – Karaté (1398 votos) e Rita Batista - Ginástica (1202 votos).

Empate com pouca Glória

Rafael Lima boa exibição premiada com 3 golos

três golos. Os restantes tentos foram apontados por: João António, Zé Miguel, Tiaguinho (2), Fábio Pires (2), Diogo Duque e David Dias. Pela Académica alinharam:Vitor Ferreira, Diogo Canha, Tiago Melro, Tomás Caetano (João Pires 45m), Ricardo Peralta (Cap) (David Dias 60m) , Fábio Pires, Rafael Lima, Zé Miguel, Tiaguinho, Diogo Duque e João António (Diogo Hortelão 45m).

Campo: Escola Superior Agrária – Santarem

Os Juvenis dos Caixeiros alcançaram no último fim-de-semana uma vitória histórica perante o Torriense: 32-31 foi o resultado, com vantagem para a equip de Santarém, que assim fica a um passo do apuramento para a Fase Final. Foi um jogo de parada e resposta no qual os Caixeiros conseguiram ter discernimento para, no final, vencerem merecidamente. Próximo jogo em Almeirim, domingo, às 15.00 h. Nos outros escalões, de referir a vitória dos Iniciados Masculinos em Almeirim e a derrota das Iniciadas Femininas,

em Santarém, frente ao Batalha. Em Futebol, os Caixeiros vieram da Glória com um empate, um resultado magro que não espelha o que se passou em campo. A equipa de arbitragem foi demasiado protagonista num jogo em que os Caixeiros foram a única equipa que quis vencer. Depois de estar a vencer por 2-0, os Caixeiros viram a equipa de arbitragem assinalar um penalti e daí ao empate final, foi só mais um passo. O próximo jogo realiza-se domingo, em Alpiarça perante o Samora.

Sábado, 14 de Janeiro de 2012

Manhã: Campo n.º 1: Petizes (Nascidos em 2005) Futebol 5 – 10h30, Académica ‘A’-Ouriquense; 11h00, Ouriquense-Atl. Pernes; 11h30, Atl. Pernes-Académica ‘A’. Campo n.º 2: Petizes (Nascidos em 2005 Futebol 5 – 10h30, Académica ‘B’-Pontével; 11h00, Pontével-Salvaterrense; 11h30, Salvaterrense-Académica ‘B’. Tarde: Campo n.º 1: Traquinas sub-8 (nascidos em 2004) Futebol 7 – 15h00, Académica-Salvaterrense. Campo n.º 2: Traquinas sub-9 (nascidos em 2003) Futebol 7 – 15h00, Académica ‘C’-U. de Tomar. Campo n.º 1: Petizes (Nascidos em 2006) Futebol 5 – 16h10, Académica ‘A’-Amiense; 16h40, Amiense-Rio Maior; 17h10, Rio maior-Académica ‘A’. Campo N.º 2: Petizes (Nascidos em 2006 Futebol 5 – 16h10, Académica’B’Footkart; 16h40, Footkart-Equipa a designar; 17h10, Equipa a designar-Académica ‘B’.

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FUNERÁRIA DOM FERNANDO, LDA. SANTARÉM

243 108 492 APOIA O DESPORTO DA REGIÃO


Edição n.º 6.291 | 13 de Janeiro de 2012

PASSATEMPO

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toia Lopes Lucas Martins. Em 16, Marise Adelete Adão Trindade, Maria Celeste Parissi Campos Vaz de Sousa, Susana Constantino Peixoto da Silva, José Manuel Baleiras Ferreira Campos Braz e Luís Manuel Gonçalves da Mota Stockler Pinto Albuquerque. Em 17, Maria de Jesus Sousa Marecos Duarte, Maria Francisca Braamcamp Sobral Lobo de Vasconcelos, José Manuel Pereira Branco de Mascarenhas, Arnaldo Correia de Lemos e Celestino Ferreira Santos. Em 18, Francisco Mendes. Em 19, Maria Eugénia dos Reis Motta, Paula Maria Teixeira Queirós de Moura Santos, Augusto Paulo Teixeira Queirós de Moura Santos, Paulo Manuel Teixeira Queirós de Moura Santos e José Luís Filipe de Oliveira.

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Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41. Carta Dominante: 8 de essoal essoal. Amor Amor: Preocupe-se mais com o Ouros, que significa Esforço PPessoal bem-estar da sua família. Esteja mais presente. Saúde Saúde: O bom humor e o optimismo pautarão a sua vida. Dinheiro Dinheiro: Viverá um momento de prosperidade, no entanto procure não emprestar dinheiro a alguém 21/1 a 19/2 em quem não confie plenamente, oiça a sua intuição. Números da Semana: 7, 11, 19, 24, 25, 33. Pensamento positivo: O meu único Juiz é Deus.

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Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36. Carta Dominante: Ás de Sucesso. Amor Amor: Poderá conhecer alguém que o Espadas, que significa Sucesso 16 a 31/1/2012 fará pôr em causa a sua actual relação amorosa. Pense bem nas conse- SAGITÁRIO Ligue já! 760 10 77 39. Carta Dominante: 6 de Horóscopo Diário quências dos seus actos antes de se lançar de cabeça na paixão. SaúCopas, que significa Nostalgia. Amor Amor: Poderá sentir-se um pouco de de: Durante este período a tendência é para que tudo corra bem no melancólico e com saudades de um amor que o marcou muito no pas24/8 a 23/9 domínio físico. Dinheiro Dinheiro: Defina os seus projectos e ponha-os em prátisado. Seja mais optimista e concentre-se no que o presente lhe está a ca. O sucesso financeiro está favorecido, por isso não tenha medo de oferecer. Saúde Saúde: Período agitado e esgotante. Dinheiro Dinheiro: Esteja atento arriscar. Números da Semana: 7, 18, 19, 26, 38, 44. Pensamento positivo: Sou optimista, espero que me aconteça o melhor! 23/11 a 21/12 à sua conta bancária e faça os possíveis por controlar os gastos. Não estará com uma boa capacidade de gestão, por isso peça ajuda nesse sentido a alguém da sua confiança. Números da Semana: 1, 2, 8, 16, 22, 39. Pensamento positivo: O Amor enche de alegria o meu coração!

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Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34. Carta Dominante: 3 de Espadas, que significa Amizade, Equilíbrio. Amor Amor: A sua cara-metade vai dar-lhe provas do amor que tem por si. Vai sentir-se muito feliz, aproveite este período de romance e amor. Saúde Saúde: Poderão surgir alguns problemas relacionados com a coluna. Dinheiro Dinheiro: Faça valer os seus pontos de vista de uma forma civilizada. Não exija fazer prevalecer a sua opinião, saiba ouvir. Números da Semana: 9, 11, 25, 27, 39, 47. Pensamento positivo: O Amor invade o meu coração.

ESCORPIÃO

apiHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37. Carta Dominante: A PPapisa, que significa Estabilidade, Estudo e Mistério Mistério. Amor Amor: Poderá conhecer alguém que o deixará completamente apaixonado. Avance com prudência, procure conhecer melhor a pessoa antes de se envolver. Saúde Saúde: Evite alimentos demasiado salgados. Dinheiro Dinheiro: Período de estabilidade financeira, contudo guarde algum dinheiro porque pode 24/10 a 22/11 vir a precisar. Números da Semana: 1, 8, 42, 46, 47, 49. Pensamento positivo: Eu tenho força mesmo nos momentos mais difíceis!

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alete Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35. Carta Dominante: VValete Amor: Poderá sentir nede Copas, que significa Lealdade, Reflexão. Amor cessidade de fazer um balanço da sua relação amorosa e perceber que afinal não valeu a pena ter lutado tanto. Procure acima de tudo a sua felicidade, seja com quem for. Saúde Saúde: Pense mais em si e cuide da sua saúde. Dinheiro Dinheiro: Período protegido profissionalmente. Apresente os seus projectos com segurança. Números da Semana: 10, 20, 36, 39, 44, 47. Pensamento positivo: Eu sei que posso mudar a minha vida.

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orre, Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33. Carta Dominante: A TTorre, que significa Convicções Erradas, Colapso Colapso. Amor Amor: O seu par poderá exigir-lhe mais atenção. Procure ser um pouco mais carinhoso. Por vezes está tão embrenhado nos seus próprios projectos que se esquece de quem tanto lhe quer. Saúde Saúde: Tendência para as alergias. Previ22/5 a 21/6 na-se antecipadamente. Dinheiro Dinheiro: Poderá ter de reajustar a sua forma de trabalhar. Elabore uma estratégia que lhe permita adaptar-se às novas realidades da sua empresa. Números da Semana: 4, 6, 7, 18, 19, 33. Pensamento positivo: procuro ser compreensivo com todas as pessoas que me rodeiam.

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Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32. Carta Dominante: 7 de Co Co-Premonitórios. Amor Amor: Surpreenda o seu amor pas, que significa Sonhos Premonitórios com uma viagem que vos permitirá partilhar maior intimidade. Está a fazer falta à vossa relação uma maior convivência a dois, sem interferência de outras pessoas. Saúde Saúde: Cuide da sua alimentação. Dinheiro Dinheiro: 21/4 a 21/5 Reconheça o seu verdadeiro valor. Não permita que o subvalorizem nem que abusem da sua boa vontade. Números da Semana: 7, 11, 18, 25, 47, 48. Pensamento positivo: Eu tenho pensamentos positivos e a Luz invade a minha vida!

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HHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31. Carta Dominante: O Louco, que significa Excentricidade. Amor Amor: No que se refere ao amor, seja responsável. Não faça alguém sofrer pela sua falta de atenção. Saúde: Tenha mais cuidados consigo e com a sua saúde. Dinheiro Dinheiro: Apesar de não dar muita importância aos bens materiais, esforce-se 21/03 a 20/04 por conseguir um aumento de salário. Se mostrar empenho verá que consegue. Números da Semana: 1, 3, 24, 29, 33, 36. Pensamento positivo: Vivo o presente com confiança!

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CARNEIRO

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Preencha as casas vazias, com algarismos de 1 a 9, sem repetições em nenhuma linha ou quadrado.

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Professor: - De onde vem a electricidade? Aluno: - Do Jardim Zoológico! Professor: - Do Jardim Zoológico? Aluno: - Pois! O meu pai, quando falta a luz em casa, diz sempre: “Aqueles camelos!...”

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SUDOKU

FAZEM ANOS: Em 13, Maria José Nogueira, Ana Isabel Palhoto Pais de Azevedo, Maria Celeste Aleixo Arraiolos, Nuno Henrique Rosa Lopes e Manuel João Vargas Garcia Trigo. Em 14, Lizete de Magalhães Barreto Mendes, Maria João Mota Henrique Pombo, Maria Madalena Sepúlveda Canavarro, Marina Iluísa Álvares Serrão, Raúl José Teixeira Queiroz de Moura Santos e Raquel Maria Comparada Veiga Rodrigues Serrão. Em 15, Maria Teresa de Sá Nogueira de Dion Moniz, Maria da Graça Coelho Carvalho, Maria Adelaide Costa Rosa Palmeiro, Fernando Guerreiro Nunes, Joaquim Manuel Rodrigues Trincão, António Ligeiro da Silva Valério e Fernando Mon-

Na Escola

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De mãos a abanar

As anedotas do Barbosa

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Sabe por que é que se diz?... Significado: Não conseguir o que se queria; de mãos vazias; sem nada. Origem: Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra. Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos a abanar, davam a entender que não vinham dispostos ao trabalho árduo na terra.

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VERTICAIS – 1 - Todo (Pref.). Fio de tecelagem. 2 Conselho de Estado (Abrev.). Ir descendo pouco a pouco. 3 - Brinquedo constituido de uma bobina ou carretel a que se enrola um cordel e se dá um movimento de rotação. Germânio (S.q.). 4 - Espécie de pardal (Madeira). Regressar. 5 - Mais mau. Vele, vigie. 6 - Fêmeas do cavalo. Aposentos de condenados em cadeias penitenciárias. 7 - Produzem som. Trabalhador da índia ou da China. 8 - Nesses lugares. Cingir com coroa a cabeça de. 9 - Réis (Abrev.). Elogia, louva. 10 - Ser inerente. Moenda. 11 - Criada negra. Sorte ou fortuna adversa.

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HORIZONTAIS – 1 - Jogo da glória. Tomaram o peso a. 2 - Nome da letra “M”. Nome de uma localidade. 3 - Indígenas da ilha de Nova Guiné. Itinerário Complementar (Abrev.). 4 - Idem (Abrev.). Sorriam. O m.q. galengue (Zool). 5 - Pátios. Desabam. 6 - Repercutir. Serpente. 7 - Sobressaiu. Ruborizai. 8 - Marido da tia. Dedicação ardente. Deus do Egipto. 9 - Brisa. Prover de velas. 10 - Chila. Cânhamo-de-manila. 11 - Designação de todas as intervenções cirúrgicas acompanhadas de perdas de substância. Tinta para pintar.

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Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38. Carta Dominante: Rainha de Ouros, que significa Ambição, PPoder oder oder. Amor Amor: Esteja atento ao seu coração e siga a sua intuição. Não fuja do amor, ele vai correr atrás de si. Saúde Saúde: Durante esta quinzena estará mais susceptível a sofrer pequenos acidentes domésticos. Acautele-se. Dinheiro Dinheiro: Boas oportunidades para iniciar um negócio na área do turismo. Números da Semana: 4, 9, 11, 22, 34, 39. Pensamento positivo: Eu acredito que todos os desgostos são passageiros, e todos os problemas têm solução.

CAPRICÓRNIO

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Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40. Carta Dominante: O Mágico, que significa Habilidade Habilidade. Amor Amor:: Não se isole nem se feche dentro de si mesmo. Abra as portas do seu coração ao amor. Mostre a pessoa maravilhosa que é, e pode fazer alguém muito feliz. Saúde Saúde: Tendência para o desgaste físico. Dinheiro Dinheiro:: Estabilidade financeira. Aproveite 22/12 a 20/1 para fazer algumas compras ou investir em melhoramentos para a sua casa. Números da Semana: 7, 13, 17, 29, 34, 36. Pensamento positivo: Vivo de acordo com a minha consciência.

PEIXES

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Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42. Carta Dominante: Rainha de Espadas, que significa Melancolia, Separação. Amor Amor: Uma separação forçada poderá fazer com que sinta falta do carinho e conforto da sua família. Procure ser mais auto-confiante e seguro de si mesmo. Saúde Saúde: Não faça esforços desnecessários. Dinheiro Dinheiro: Poderá receber 20/2 a 20/3 um convite para chefiar um departamento. Pense bem se pretende tamanha responsabilidade. Números da Semana: 5, 25, 33, 49, 51, 64. Dia mais favorável: quinta-feira. Pensamento positivo: Esforço-me por dar o meu melhor todos os dias.


Edição n.º 6.291 | 13 de Janeiro de 2012

CORREIO POLICIAL

Ocorre a publicação deste número a uma sexta-feira, 13. As sextas-feiras 13 são temidas e abominadas por uns, indiferentes para alguns, comemoradas por outros. Registamos a passagem da presente com a publicação de dois trabalhos que a este dia se reportam nos seus títulos.

“Aconteceu a uma sexta-feira”

Por: “Águia Branca”* bem, que como autoridade competente e autorizada, cumpra a sua obrigação. Descubra o criminoso, aplique-lhe o castigo que merece e devolva-me o que me foi tirado. É uma ob… – Calma! Por favor não se excite que eu tenho uma zanga serena contra as pessoas que se excitam, zanga que chega a transformar-se em raiva surda quando essas pessoas tentam apontar-me o meu dever. Eu, que como disse, sou a autoridade competente, sei bem o que tenho a fazer. Para já, não sou inspector… – Mas… deixemos isso de parte, e vamos ao que interessa. 1º) Ontem, dia 13, sexta-feira, às 22,30 horas, um visitante inesperado, segundo declarações da sua criada, introduziu-se aqui e, após tê-la cloroformizado, apoderou-se das peças de uma baixela de ouro de significativo valor, que se encontrava… – Num aparador fechado à chave, na Sala Azul, ao fundo do corredor. Após isso…

A correspondência para a página policial deve ser enviada para Correio do Ribatejo, Rua Serpa Pinto, n.º 98, Apartado 323 2001-904 Santarém, ou pelo email: geral@correiodoribatejo.com

Coordenação de Domingos Cabral

Problema Policial

– Senhor inspector, como vê, isto não pode ficar sem solução. Tenho absoluta confiança na criada e, portanto, exijo que seja descoberto o assaltante, com a maior brevidade. Trata-se de uma questão de amor próprio que não quero deixar por resolver. Além do valor do furto, que não é insignificante, fortes razões de ordem emocional me obrigam a tentar descobrir o autor da façanha. Portanto exijo, repare

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– Alto. Vamos por partes. 2º) A sua criada afirma que momentos antes tinha faltado a luz, e que, portanto, tudo se perpetrou na mais densa escuridão. Claro que o quadro geral fica no cubículo da porteira, a qual, nessa noite, não trabalhou por indisposição. Como o senhor viu, pareceu ser a sua casa a única a sofrer a “avaria”, pois na vizinhança não houve falta de electricidade. Adiante. 3º) Além disso, ainda afirma ela que estava só em casa… – Absolutamente certo. – … e que, ao apagar-se a luz, ficou num estado de admiração, do qual só despertou ao ouvir o toque da campaínha, três toques breves e um longo, o que portanto queria dizer… – Que era quem tocava. Foi um “bluff” para a fazer abrir a porta. Claro que não pensa… – Eu não penso, raciocino, que é um pouco diferente, embora este seja uma espécie de pensamento. Continuando, ela corre a abrir a porta… e então alguém lhe atira um pano com clorofórmio sobre o nariz, e depois fez o “arranjo”, do qual ela, como é óbvio, não teve consciência. Segundo as investigações efectuadas, na maçaneta da porta do aparador havia um misto de dedadas da criada, da sua esposa, mas mais nada analisável, pois o resto era uma amálgama indistinta de curvas digitais. – Acho que são elementos bastantes para descobrir o ladrão. Basta apenas orientálos e… –Você é desconcertante! Quer vir aju-

dar-me a fazê-lo? Com que então elementos bastantes?! Não seja brincalhão… – O senhor toma umas liberdades que a minha personalidade me não permite aceitar. Portanto… –…O senhor vai ouvi-las todas agora, e chamar-me todos os nomes bonitos da alta burocracia banqueira, depois. Sou o representante da companhia. Compete-me averiguar a verdade, mas apenas debaixo daquilo que eu achar que deva fazer. Bem, bem!... – Onde se encontrava o… – O produto do roubo, já lhe disse, estava no aparador… – Não lhe perguntava pelo produto do roubo. Queria saber onde estava o senhor! – Eu…eu estive talvez até às 9 horas no Clube. Em seguida dei uma volta pelo Banco para pôr uns assuntos em dia, e depois…depois vim para casa… – A que horas? – Perto da meia-noite. – Não me disse que já estava em casa a essa hora? – Ah! Sim, realmente passei primeiro pelo Café. Já me esquecia disso. Então talvez fosse meia-noite e meia. – Sua esposa…? – Foi para uma reunião de caridade e voltou no mesmo instante que eu. Veio no carro dos Andrades. – Tiveram logo conhecimento do facto? – Claro. Com um polícia à porta. Só quem fosse cego. – Bem já chega. Tentarei solucionar o caso o mais rapidamente possível. Claro que há “chuis” metidos no caso… —Sim. A polícia encarregou-me do assunto, e parece-me estar a tomá-lo muito a sério. Quer um charuto?

– Obrigado. Não fumo nas horas de serviço. Tenho que manter alerta todas as minhas faculdades para cumprir o meu dever. Tenho que manter alerta todas as minhas faculdades para cumprir o meu dever. – Bem, bem… – Até à próxima. Boa tarde. E Amélio Sarafano, agente da “Providencial”, deixou a casa de Amaral da Luz, o banqueiro que alguns consideravam já falido, com um sorriso nos lábios. Quando chegou a casa, foi dormir. Já tinha terminado a hora de serviço, e o caso estava solucionado. Com mais uns interrogatórios e acareações, o assunto arrumava-se e ele podia redigir o relatório. Amigos leitores, sois capazes de fazer o mesmo? Tentem. Comparem, raciocinem, desenvolvam a vossa tese e digam-nos como chegaram a ela. “Águia Branca”, pseudónimo de um policiarista ribatejano, actualmente radicado em Lisboa. As respostas devem ser enviadas, no prazo de dez dias, para “Correio Policial”, Rua Serpa Pinto, 98, 2001-904 Santarém, ou pelos Emails: geral@correiodoribatejo.com ou d.cabral@sapo.pt. Sortearemos um livro entre as respostas recebidas. A solução e o nome do contemplado serão aqui divulgados no próximo dia 27.

Conto

“Dia 13 sexta-feira” Olhara maquinalmente o calendário e lera: – Dia 13, sexta-feira. Um arrepio percorreu-me o corpo. Não era supersticiosa mas desde que me levantara que notava que qualquer coisa me iria acontecer. Tratei de me distrair pondo uns discos bastante trepidantes enquanto ia ensaiando uns novos passos que meu irmão me ensinara. A minha gata olhavame complacente.

Por: Helia Eu estava sozinha na enorme casa de campo pois fora para além afim de estudar para o exame. Olhei o relógio: - 18 horas. – “Uhm ! Já tinha um certo apetite”. Fui à cozinha arranjar uma sanduíche quando ouvi a gata miar. Estranhei e voltei atrás. O bicho estava no meio da sala, completamente ouriçado e de olhos esbugalhados, fitando qualquer coisa que eu não enxergava. Fiquei como que paralisada. A gata continuava a uivar baixinho e eu tentando vencer o terror que se apoderara de mim, avancei. Olhei para todos os lados e nada vi. Serenei um pouco e fui fazer uma festa à bichana. No entanto a sensa-

ção de que não me encontrava sozinha, acentuava-se. Abri os cortinados e escancarei a janela. Só nesse momento é que reparei que um nevoeiro cerradíssimo caíra sobre o campo. Senti-me indefesa e terrivelmente só. O disco parara e o silêncio era absoluto. Muito ao longe um cão uivou. Olhei o calendário: 13, sexta-feira. De súbito ouvi uma porta ranger. Abafei um grito e corri rapidamente para a secretária cuja gaveta abri. O pequeno revólver que meu irmão me oferecera tinha desaparecido. Senti a garganta contrair-se de angústia. Tentei acalmar. Porém, continuei no mesmo sítio, sem conseguir mover-me. Soaram passos cautelosos e depois a porta começou a abrir-se lentamente, muito lentamente, até que num repelão foi toda aberta. A gata soltou um lamentoso miau e correu a esconder-se. Comecei a recuar vagarosamente como que hipnotizada. O retinir agudo e irritante do telefone fez-se ouvir. Estremeci como ao acordar de um pesadelo e aproveitando a hesitação do homem, corri para a janela que transpus de um salto, caindo na fofa relva. Levantei-me ofegante e comecei a correr desvairada. Parei um momento e ouvi uma respira-

ção muito perto e os passos abafados do meu perseguidor. Comecei a correr novamente, porém mais devagar porque me sentia desfalecer. Uma dor muito fina fezme cambalear. “Oh, aquela maldita distensão no pé estava a fazer das suas!” Forcei a marcha, percebendo que continuava a ser seguida. Ao passar junto a uma árvore esbarrei numa teia de aranha que se pegou ao meu rosto. Soltei um grito de susto e nojo. Ia perdendo terreno e agora novo perigo me ameaçava. Com aquele nevoeiro tinha-me desorientado completamente e eu sabia da existência de um precipício bem perto da minha casa e muito justamente chamado o “Abismo do Diabo”. Nova dor no pé me fez ajoelhar, com lágrimas nos olhos. Levantei-me mas tornei a cair com um gemido. Julgando ser o meu último segundo de vida, soltei um angustioso grito, tentando ser ouvida por alguém. Uns segundos de silêncio e uma gargalhada sinistra corta o nevoeiro, seguida de uma voz falsamente lamentosa: - “Pobrezinha, caiu no abismo!” E nova gargalhada soou. Continuei estendida na erva húmida, ouvindo apenas o galopar louco do meu coração. Senti uma vertigem. Caíra no momento preciso. Se tivesse dado mais um passo o

“Abismo do Diabo” teria feito mais uma vítima. Regressei a casa muito tempo depois; e encontrei-a cheia de gente, meus pais, meu irmão e alguns amigos que ficaram verdadeiramente alarmados com o meu aspecto lamentoso. Depois de toda a história contada entre olhares aterrorizados, meu pai decidiu telefonar à Polícia. *** Só me resta agora acrescentar na calma obscuridade do meu quarto que dias mais tarde o meu atacante foi apanhado, tentando estrangular uma inocente rapariga. Agora esse louco sanguinário encontra-se num presídio longe de tudo e de todos. E eis porque não sendo supersticiosa, não consigo dominar um estranho arrepio cada vez que leio no calendário: “DIA 13, SEXTA-FEIRA”. * Hélia, pseudónimo de Maria de São Pedro, formada no Curso de Ciências Ocultas do Institut Psychique Scientifique de Paris, frequência do Curso de Escultura do E.S.B.A.L., com várias trabalhos publicados e premiados nas áreas do Fantástico, Ficção Científica e Policial, temas com os quais também se encontra representada em várias antologias de contos.


fim

CORREIO DO RIBATEJO Edição n.º 6.291 | 13 de Janeiro de 2012

Ao balcão do Quinzena

32

A requalificação do edifício do antigo matadouro de Santarém tem sofrido muitos atrasos, problemas e complicações!

Então é por isso!... Atrasos, problemas e complicações são o dia-a-dia dos cidadãos portugueses!...

Vai ser lá instalada a futura Loja do Cidadão…

Conversas sobre(a)mesa

PONTO FINAL

“O mundo salva-se muito mais facilmente sem o PSD” Paulo Fonseca é presidente da Câmara Municipal de Ourém, presidente da Entidade Regional de Turismo LeiriaFátima e presidente da Distrital do Partido Socialista de Santarém, depois de já ter sido deputado da Nação e Governador Civil do Distrito. O Correio do Ribatejo convidou-o para almoçar e entrevistou-o no primeiro de muitos ‘Conservas sobre(a)mesa’ que iremos lançar nesta última página do Jornal. Em Julho de 2010 cantou com Luís Represas nas festas da cidade de Ourém. Repetia a experiência com Quim Barreiros? Repetia. Aliás, já repeti com os Quinta do Bill no ano seguinte. Já começa a ser uma tradição enraizada. Em 2012 ainda é segredo, o cartaz das festas háde anunciar isso. Uma Câmara pode ser uma ‘Casa dos Segredos’? Uma câmara é uma casa dos segredos porque a alma do negócio é o segredo e a câmara é a casa do negócio de todos os munícipes, portanto deve manter alguns segredos. Muitas vezes uma câmara tem de saber fechar os olhos a algumas coisas e não obstante de estar sempre com os olhos bem abertos para resolver os problemas das pessoas. Livro verde ou livro negro da reforma da administração local. Sim ou não? Esse livro foi inventado para distrair as atenções dos problemas económicos que andamos a padecer. Aliás, ao que me dizem, já foi enterrado. Fazia-se militante no PSD para salvar o mundo? Qual é a espada, qual é a parede? O mundo salva-se muito mais facilmente sem o PSD. Ourém é mais Leiria ou mais Santarém? Ourém é Mundo, como se prova com a sua jóia da coroa que é Fátima que é mais conhecida no Mundo que o próprio país. Prato favorito? Ia dizer todos, mas fica mal no tempo em que temos de nos preocupar com a saúde. Posso fazer uma lista, desde cozido à portuguesa, cabrito assado no forno da minha mãe, lavagante, peixe gre-

E o que mais detesta? A demagogia e o interesse pela vida privada dos outros que é o caso desta entrevista (sorrisos)… Acordo Ortográfico. Sim ou não? Sim, claro! É supersticioso? Não. O que há para acreditar numa 6.ªfeira 13? Dá para acreditar que vem aí um jornal rejuvenescido e cheio de energia. Tem uma biblioteca com três mil livros e de autores gosta dos que diz serem os cinco grandes ‘Josés’ da literatura portuguesa… Paulo Fonseca

lhado… diria melhor, um bom peixe português grelhado. Vinho? Tinto! Nem sabia que havia outro… Livro? ‘A Mãe’, de Máximo Gorki. Música? Toda. Portuguesa, música popular de todo o mundo. Acho que a música é a expressão mais clara da identidade cultural de um povo. Quando se ouve uma música sabe-se com clareza se ela é de Angola ou de Cabo Verde, dos Estados Unidos ou da Rússia, se é de África ou da América Latina. A música é uma marca identitária e eu acho que a música também já se esgotou. Se repararmos, nos últimos anos, todas as músicas que vão saindo são arranjos de músicas que já existiram, o que é preocupante. O que mais lhe tira o apetite? Um bom prato, já depois de comido.

É a constatação de uma curiosidade que havia uma série de ‘Josés’ que são grandes escritores da literatura portuguesa: José Saramago, José Rodrigues Miguéis, José Régio, José Gomes Ferreira e José Cardoso Pires. Um dia brinquei com as palavras dizendo que essa coincidência podia ter uma inspiração divina, porque o Pai de Jesus também era José. O que é que lhe falta: plantar uma árvore, escrever um livro ou fazer um filho? Eu quase já fiz isso tudo, mas acho que faz-me falta ajudar mais pessoas a puderem ser felizes, então no momento em que vivemos é mais dramático ainda essa necessidade. Acho que todos devíamos de ter essa ambição porque se cada um tomasse conta de outro o mundo seria muito melhor. Apostar na bolsa é uma necessidade, um gosto ou um vício? Hoje será uma estupidez, não? João Paulo Narciso PUB

E o sono? Felizmente há poucas coisas que me tiram o sono. Se os pecados mortais fossem 8, qual seria o oitavo? Não sei. Tinha de pensar nisso… O que mais aprecia nas pessoas? Sinceridade, lealdade e honestidade.

Rua do Adro | 152 2495-557 Fátima Tel. 249 531 737 | 249 533 194 www.tiaalice.com Encerra às Segundas-Feiras e Jantar de Domingo Férias de 10 a 31 de Julho

Sexta-feira 13 não é, nem tem de ser, sempre, dia de azar. Para nós, Correio do Ribatejo, é mais dia de mudança. Depois de três semanas em que lançámos a expectativa nos nossos leitores, em que os telefones não pararam de tocar na redacção, uns preocupados com o tom fúnebre da nossa capa, outros, curiosos e insistentes perante a dúvida, eis que damos cor total à nossa centenária existência, procurando com a modernidade um rasgar de horizontes que buscam e se ligam às nossas origens mais profundas. Hoje, com uma nova gestão, profissionalizada, e a mesma dedicação à nobre causa do jornalismo, alimentado por um forte e nutritivo cordão umbilical que nos liga a esta terra desde sempre, preparámos um reajustamento gráfico que, entre outros aspectos, contempla a quadricromia em todas as suas páginas. Um projecto que promete não esquecer as raízes que nos enobrecem, ao longo dos últimos 120 anos em que temos estado juntos, bem como a causa do jornalismo regional, no cruzamento de três séculos de notícias, contados desde a data da nossa fundação, 9 de Abril de 1891, em pleno século XIX. Um jornalismo sério e coerente, uma opinião qualificada e plural, um caderno de economia ‘Empresas & Empresários’, uma maior proximidade com quem nos lê, visível já a partir deste mês, com o aumento dos postos de venda do jornal, levam-nos a acreditar nesta mudança, controlada e consciente. Só não mudámos uma coisa: a nossa bem portuguesa ortografia que não para de nos surpreender, digo, que não pára de nos surpreender, pela negativa, nos últimos tempos. Nesse capítulo, ainda não chegámos a acordo, pelo menos para já. Não abdicamos de ter ‘tento na língua’ e, por isso, não mudamos para uma grafia “imbecil”, no dizer do escritor Vasco Graça Moura que hoje, sexta-feira, 13, vai estar connosco na Casa do Brasil (irónico), pelas 21h30, para, em bom português, abordar o tema, numa conferência que promete, intitulada: ‘Acordo Ortográfico: a perspectiva do desastre’. Apareça! Está convidado! João Paulo Narciso


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