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CORREIO DA PARAÍBA

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Indústria p paraibana paraibana Desafios e promessas


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2014, o ano do desenvolvimento Estudo ‘Eixos Integrados’ mostra cinco novas tendências para o mercado industrial na Paraíba ALINE GUEDES A bússola das grandes indústrias aponta para a Paraíba como o novo norte do desenvolvimento. Hoje, Dia da Indústria, há motivos para se comemorar: novas fábricas estão se instalando, com a perspectiva de mais empregos e exportações. Para o superintendente do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual (Ideme), Mauro Nunes, quando a produção estiver a todo vapor, os paraibanos irão lembrar de 2014 como o pontapé de todo o crescimento que está por vir. “No futuro, este ano de 2014 seguramente será considerado um divisor histórico para o desenvolvimento industrial da Paraíba”, aposta Mauro Nunes. Além da implantação – já em processamento – do Polo Cimenteiro da Paraíba, que deve se tornar o segundo maior do país até o final deste ano, somam-se outras vocações pautadas por especialistas. Segundo dados do estudo “Eixos Integrados de Desenvolvimento da Paraíba”, feito pelo Governo da Paraíba junto com a Sudene, as novas tendências de mercado no segmento industrial estão nos setores da: Construção Civil, visivelmente crescente, principalmente em João Pessoa; Pré-moldados, que mostra pleno crescimento, tem muita facilidade com insumos (cimento)

na Paraíba e baixa concorrência com estados vizinhos; Louça Branca, pisos e azulejos, porque também cresce visivelmente e tem demanda de consumo na região, além de oferecer mix de produtos; Autopeças, porque além da vocação da Paraíba, principalmente em Campina Grande e João Pessoa com oficinas qualificadas em mecânica e eletrônica, passa-se a contar agora com a instalação da Montadora da Fiat nas proximidades de divisa sul da Paraíba; e por fim, Tecnologia de Informação e Comunicação (Software), pelo seu alto valor agregado e demanda de consumo na região, além de possuir acesso ao seu principal insumo (capital humano) na Paraíba e proporcionar renda média mais elevada para seus funcionários. No início da última semana, o Governo assinou protocolo para implantação de novas empresas no Estado, onde os empreendedores se comprometem a investir recursos da ordem de R$ 750 milhões e gerarão aproximadamente 600 empregos diretos. De acordo com o superintendente do Ideme, este fato é parte representativa de um processo bem mais amplo que teve início em 2011, quando foi constatado pela equipe de governo que a Paraíba tinha potencial para se tornar um dos principais polos cimenteiros do país.

INDÚSTRIA Setores que devem crescer nos próximos anos: Ao Polo Cimenteiro somam-se outras vocações pautadas pelo estudo “Eixos Integrados”

Construção Civil Visivelmente crescente, principalmente em João Pessoa.

Pré-moldados Esta indústria cresce; tem demanda de consumo na região; oferece mix de produtos; tem muita facilidade com insumos (cimento) na Paraíba e baixa concorrência com estados vizinhos.

Louça Branca, Pisos e Azulejos Tem demanda de consumo na região. Oferece mix de produtos.

Autopeças Além da vocação da Paraíba, principalmente em Campina Grande e João Pessoa com oficinas qualificadas em mecânica e eletrônica, passa-se a contar agora com a instalação da Montadora da Fiat nas proximidades de divisa sul da Paraíba.

Tecnologia de Informação e Comunicação (Software) Segmento em crescimento; tem alto valor agregado e demanda de consumo na região. Tem acesso ao seu principal insumo (capital humano) na Paraíba e proporciona renda média mais elevada para seus funcionários. © 2014 INFOGRAFICORREIO

“Temos que vencer a cultura de que a Paraíba é um Estado pobre, que não tem ou tinha potencialidades e as perdeu. A Paraíba demanda indústrias com alto valor agregado em seus produtos e para isso precisará, e tem todas as condições de governança para tal, se tornar referência na formação de mão de obra – em todos os níveis para essas indústrias. A implantação das Escolas Técnicas Estaduais e as parcerias com o Prona-

tec, Sistema “S” e outras é o caminho para a qualificação de excelência que é demandada pelos empreendimentos industriais”, observou o superintendente do Ideme. Nos últimos 12 meses, segundo dados do último relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emrego, foram criados 6.947 novos postos de trabalho na Paraíba, dentre os segmentos Extrativa Mineral, Indús-

tria de Transformação, Serviços Industriais de Utilidade Pública e Construção Civil. “As perspectivas para o futuro da indústria na Paraíba, mantido o atual foco estratégico voltado para o desenvolvimento sustentável, é de crescimento com distribuição de renda, respeito e preservação do meio ambiente, e visão centrada nas novas gerações atuais e nas que estão por vir”, pontuou Mauro Nunes.

Nos últimos 12 meses, a Indústria criou 6.947 novos postos de trabalho Segmentos

Extrativa mineral Transformação Serviços industriais de utilidade pública Construção civil

Novos empregos celetistas

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Paraíba atrai investidor estrangeiro Fiep destaca que setor industrial cresce 12% ao ano, tem 7,5 mil empresas e gera 130 mil empregos DANIEL MOTTA O setor da indústria da Paraíba é o 4º maior do Nordeste, e é a atividade com maior representação na economia do Estado, com uma fatia de 34%. Anualmente, o ramo industrial tem registrado um superávit de R$ 10 bilhões dentro das somas de tudo que é importado e exportado. Por ano, a indústria paraibana cresce 12% e já conta com 7,5 mil empresas instaladas do Litoral ao Sertão. Juntas, elas empregam mais de 130 mil pessoas de forma direta. A massa salarial também tem registrado um aumento de 18% ao ano. Os números foram apresentados pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Fran-

cisco Benevides Buega Gadelha. As projeções para os próximos dois anos são de aceleração na indústria, sobretudo, por conta da instalação de mais 150 empresas. Para Buega Gadelha, a Paraíba é a ‘bola da vez’ para a prosperidade industrial e tem atraído olhares ambiciosos de empresários estrangeiros, principalmente da Itália, China e Índia, que pretendem se instalar no Estado. “Em face da divisa da Paraíba com o Pernambuco, que está se tornan-

Em alta Crescimento econômico do Nordeste favorece mercado industrial e atrai novos investidores

ASSUERO LIMA

do uma fronteira de desenvolvimento integrado e regional, que beneficia a Mata Sul da Paraíba e a Mata Norte do Pernambuco. O grande propulsor sem dúvidas é o empreendimento da montadora da Fiat, da Emobrás, que tem 27 laboratórios e a Brennan, empresa de vidros automotivos e também planos. Do lado da Paraíba, tem a instação das cinco grandes cimenteiras que vão tornar o Estado o segundo maior produtor de cimento do País. Isso tem atraido a atenção de muita gente, e o que chama mais atenção é que empresários estrangeiros estão muito interessados em vir se instalar aqui, porque temos um mercado em ascenção e promissor”, explicou Gadelha.

Infraestrutura privilegiada Buega Gadelha explicou que a Paraíba tem despertado interesse por parte dos estrangeiros, por conta das condições de acesso, da mobili dade urbana de João Pessoa e da facilidade de adquirir mão de obra qualificada, que, segundo ele, tem mais no mercado paraibano do que na região de Recife. “Temos do nosso lado condições que são favoráveis para atrair empresas, como a tranquilidade do trânsito de João Pessoa em comparação ao de Recife, que permite que o empresário vá a sua empresa e volte sem muitos problemas durante o trajeto. A boa mobilidade urbana da Capital também é um fator atrativo. Além disso, as pessoas têm procurado locais que proporcionem qualidade de vida e, na área desse novo polo industrial que surge, ficam as cidades de Conde, Alhandra, Pitimbu, que têm ótimas condiçoes para construção de moradias, diferente do lado do Pernambuco, que possui grandes DIEGO NÓBREGA

áreas de latifúndio e as condições não são tão boas para viver, quanto aqui na Paraíba. Por isso, aquela parte da Paraíba (Sul) se modernizará muito e será uma das áreas mais prósperas do Estado”, disse Buega. Descentralização Conforme Buega, a indústria da Paraíba se torna cada vez mais dinâmica e, atualmente, deixou de se concentrar apenas no eixo Campina Grande-João Pessoa e agora é descentralizada, com destaque para as demais regiões, como o Sertão, que têm apresentado um desenvolvimento satistáforio, de acordo com suas potencialidades, como o setor têxtil e o de laticinios. “Itaporanga, por exemplo, é hoje destaque na produção de artigos como flanelas e panos de prato, do Brasil, e possui 27 empresas, além de ter uma importante produção de lacticinios. Estive também em Catolé do Rocha semana passada e observei o quanto aquela região

também têm se desenvolvido no setor industrial têxtil, assim como São Bento, que já têm uma cadeia produtiva consolidada. Cajazeiras e Sousa também têm se destacado, com instalação de novas empresas que contribuem para a economia da região girar ainda mais”, destacou. Para Buega, a Paraíba é um mosaico industrial diferenciado. “Antigamente suas atividades se apoiavam na produção de algodão, sisal e cana-de-açúcar. Hoje eu diria que nenhum desses têm uma produção de destaque. Eles foram substituídos por outros que estão impulsionando a economia paraibana”, declarou. Nesse universo, o setor da construção civil é o carro chefe da indústria local. “Na verdade a construção foi o grande colaborador. Ela têm uma cadeia que agrega, movimentando vários setores como os de cimento, cerâmica, aço, móveis e outros. Esse setor é quase um resumo da indústria”, frisou.

Buega Gadelha aposta na presença de mais estrangeiros investindo na Paraíba

Setores com maior expressão A construção civil é a que mais emprega em todo Estado. Atualmente, mais de 34 mil pessoas trabalham no setor, e, segundo o presidente da Fiep, já se destaca em todos os municípios polo do Estado, como Patos, Sousa, Guarabira, Itaporanga, Cajazeiras entre outros. “Das mais de sete mil indústrias que temos na Paraíba, três mil são construtoras. Há oito anos eram apenas 300. Esse aumento se deve também a criação do programa Minha Casa Minha Vida e a expansão geral do País. E essa desenvoltura da construção civil vai demorar por muito tempo”, declarou. O segundo melhor desempenho, segundo Buega Gadelha, têm sido o de calçados, que atualmente é responsável por 47% de todas as exportações da Paraíba, emprega cerca de 30 mil pessoas, sendo o segundo empregador. O setor de minerais não-metálicos, como cimentos, é um

dos que mais têm crescido, conforme Gadelha, seguido pelo ramo têxtil. “O setor da indústria de minerais não-metálicos pode, num futuro breve, ultrapassar o de calçados e se tornar o segundo maior da Paraíba, principalmente agora com a instalação das cinco cimenteiras em Caaporã. Além do cimento, a extração de minerais

Tributos Reforma tributária é um dos gargalos enfrentados pelas indústrias paraibanas como bentonita, tantalita, água marinha e titânio também têm dado expressividade ao setor. Ainda temos o setor sucroalcooleiro e o de metal mecânico, que nos últimos anos, têm produzido em ritmo acelerado. Hoje não temos uma concentração única em um ou dois setores, mas somos multifacetados, digamos

assim”, frisou o presidente. Gargalos a superar Mesmo em pleno desenvolvimento e apresentando resultados que superaram as expectativas de mercado, a indústria paraibana ainda enfrenta gargalos que precisam ser superados, segundo afirmou Buega. “A tributação, a legislação trabalhista e os problemas de logística são os principais gargalos que a nossa indústria enfrenta para o seu desenvolvimento, assim como em outros lugares. O setor têm reivindicado junto ao governo que seja feita uma reforma tributária, que os juros baixem, e que os créditos finan ceiros sejam oferecidos em patamares civilizados como é praticado no resto do mundo. O que se pede é uma harmonização com o mundo nesse sentido. A infraestutura também é um entrave, porque afeta tanto o escoamento da produção, como a importação de produtos”, asseverou.


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Vanguarda Centro da Tecnologia da Informação está em pleno desenvolvimento

Softwares geram R$ 10 mi Empresas do polo tecnológico de Campina Grande exportam programas para os EUA e Finlândia DANIEL MOTTA O setor tecnológico tem contribuído para o desenvolvimento da indústria na Paraíba. Para se ter uma ideia, somente os projetos envolvendo produção de software na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que integra o polo tecnológico o Estado, movimentam em média R$ 10 milhões por ano. Com maior concentração em Campina Grande, as empresas da cidade exportam softwares para a Espanha, Estados Unidos e Finlândia. A cidade também ganha força e projeção no mercado nacional de produção de jogos digitais. Mas com o avanço do setor, as indústrias paraibanas também já tem aproveitado a produção de tecnologia local, sobretudo da Informação (TI), para diversificar seus serviços e melhorar na qualidade. A cidade explora largamente esse setor e conta com instituições que apostam no empreendedorismo. É o caso da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB), que atualmente possui nove empresas ‘incubadas’, que recebem orientação para lidar com esse tipo de mercado. Segundo presidente da Fiep, Buega Gadelha, a tecnologia traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento industrial porque facilita a produção. “Hoje em dia, você vê um pequeno supermercado ou farmácia que utiliza tecnologia para suas vendas, seus negócios com mais sotware do que tinha a Petrobras há 10 anos. Isso porque a tecnologia avança muito e tem se

tornado um fator de fundamental importância na indústria. Temos um dos melhores parques tecnológicos, reconhecido Dados do Cadastro Industrial da Paraíba apontam que a cidade possui 12 empresas e fábrica de informática e indústria de material eletrônico e aparelhos de equipamento de comunicação. Uma delas é a ‘N3’, empresa de tecnologia que já fabrica tablets ‘made in Paraíba’, que são comercializados em todo País, além de notebooks e desktops. Futuramente, a empresa pretende iniciar a produção de smartphones. “Nossa indústria produz os equipamentos e vende para todo Nordeste e Norte e Sudeste do Brasil. Nosso projeto para o futuro é de produzir smartphones”, disse o diretor de operações da N3, Clóvis Machado Nogueira Neto. Em Campina a empresa funciona no Distrito Industrial e emprega uma média de 170 funcionários. “Cerca de 30% deles são profissionais com conhecimento técnico, além de profissionais de engenharia e ciências da computação e outros 40% desse total é de montadores, que recebem treinamento interno, feito pela própria empresa”, declarou o diretor. Segundo ele, a ideia de montar a indústria de tecnologia em Campina aconteceu ainda em 2005. “Estamos no mercado de informática desde 1992 e a Paraíba abriu os braços para novas indústrias e na época a cidade desponta com mão de obra qualificada”, declarou.

Produção de ultrabooks é retomada O grupo também retomou a produção de ultrabooks (notebook com características especiais: mais fino com operacionalidade mais ágil), que também serão montados de Campina Grande. “O produto chega à ponta do mercado por uma média de R$ 1,8 mil. Já produzimos notebooks em geral e desktops o ano inteiro, não só montamos como também fabricamos os componentes e a fábrica funciona em três turnos”, disse Clóvis. Outra empresa que tem se destacado no mercado de TI com o desenvolvimento de produtos para empre-

endimentos de diversos como uma equipe de setores da indústria marketing e assessoria paraibana é a Softcom, de comunicação. que tem registrado um Ele disse que, ao crescimento de 40% ao abrir a empresa em ano nos negócios. 2004, sentiu a necesA empresa oferece sidade de contratar os soluções de softwares profissionais para propara gestão mover a empresaimagem Outros setores rial, consda instrução civil tituição. Construção civil é um e outros dos principais ramos que “ C o n t a serviços. mos com mais conta com serviços s e r v i ç o s Segundo o de tecnologia proprietáde markerio do emting, dipreendimento, Renato vulgamos na mídia, nas Rodrigues, a empresa redes sociais também, conta com 114 funcio- fazemos propagandas nários, sendo uma par- para levar a informação te formada por técnicos ao mais interessado, que desenvolvem os que é o cliente, que preserviços e o pessoal que cisa saber sobre os profaz a parte de business, dutos que oferecemos”,

relatou Renato. Com sede em João Pessoa e filial em Campina Grande e Recife, a Softcom vende serviços de TI para cerca de 19 estados do País. “Atendemos demandas de diversos segmentos da indústria e o principal produto solicitado por elas é o Programa de Controle de Produção (PCP). A construção civil é um dos principais ramos que mais conta com serviços de tecnologia, mas nos últimos dois anos a procura tem aumentado muito por parte de outros setores, como confecção, calçados, o ramo têxtil”, disse Renato.

Laboratório produz para multinacionais O Laboratório de Sistemas Embarcados e Computação Pervasiva (Embedded) do Centro de Engenharia Elétrica e Informática (CEEI) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Campina Grande, desenvolve projetos e soluções de TI, para quatro empresas multinacionais, além de empreendimentos nacionais como a Petrobras, Eletrobrás e Positivo. Através da UFCG, o Laboratório Embedded é credenciado no Comitê da

Área de Tecnologia de In- benefícios para a socieformação (CATI) para re- dade através de parceceber recursos da Lei de rias com grandes emInformática, tendo o Par- presas. Para isso, tem que Tecnológico da Para- uma equipe formada por íba como interveniente pesquisadores doutores, financeiro também cre- alunos de doutorado, denciado mestrado e no CATI. graduação Estratégia “A missão focados na Parcerias com grandes do Embedprodução empresas ajudam a ded é avande conheçar no estacimento e evitar a ‘evasão de do da arte na aplicacérebros’ nas áreas ção deste de sistemas conheciembarcados e computa- mento na resolução de ção pervasiva, promoven- problemas reais da indo ações que permitam dústria, equilibrando que tais avanços tragam perspectivas acadêmicas

com as necessidades de mercado”, coordenador técnico do laboratório, o pesquisador Hyggo Almeida. Segundo ele, as parceiras são também importantes porque evitam a famosa ‘evasão de cérebros’, criando oportunidades para que os profissionais fiquem na cidade. “Então contribui para economia gerando empregos e renda. São 120 pessoas envolvidas no desenvolvimento dos projetos que são solicitados pelas empresas”, disse Hyggo.


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Indústria da panificação se fortalece Setor emprega mais de 14 mil pessoas na Paraíba e apresenta crescimento anual em torno de 10% ARQUIVO

DANIEL MOTTA A indústria da panificação na Paraíba emprega mais de 14 mil pessoas nas 1,4 mil panificadoras existentes nas cidades localizados do Litoral ao Sertão. O mercado é um dos mais promissores e, segundo o Sindicato Estadual da Indústria de Panificação e Confeitaria, o crescimento anual gira em torno de 10%, acompanhando o desempenho nacional. O aumento é proveniente de investimentos nas empresas, como a modernização dos equipamentos e implantação de espaços goumert, com cardápios variados que vão além das massas, oferecendo aos clientes, até almoços e jantares. De acordo com o presidente do Sindicato, Romualdo Farias, o setor é um dos que mais crescem no Estado, sobretudo, por conta da demanda dos consumidores. “Em praticamente toda cidade tem panificadora e isso tem feito com que a economia gire. João Pessoa possui o maior número de padarias, seguida por Campina Grande. São milhares de empregos gerados e um mercado sempre em ascensão, que tem movimentado a economia do Estado”, explicou. Segundo o presidente do Sindipan, em Campina Grande, Edvaldo Sousa, as cerca de 200 panificadoras da cidade tem seguido a tendência nacional e investido em

Panificadoras estão crescendo em todo o Brasil e diversificando a produção e oferta de produtos aos consumidores recursos que propiciam um ambiente comercial com mais ofertas, como forma de atrair os consumidores. “Hoje, em todas as padarias é possível encontrar espaços para almoços, jantares e não se resume apenas ao pão. Isso significa que as empresas de panificação estão se reinventando no mercado e procuram cada vez mais agradar aos seus clientes. Isso é sem dúvidas, o resultado do sucesso do mercado

da panificação na Paraíba e no Brasil”, contou. Em âmbito nacional, o faturamento da panificação em 2012 cresceu 11,6% em relação ao ano anterior, movimentando R$ 70,29 bilhões. Este é o sexto ano consecutivo

Elevação Faturamento das panificadoras em nível nacional cresceu 11,6% em 2012

em que o setor registra crescimento anual superior a 10%. Os números foram apresentados pela Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip) “Esse desempenho revela não apenas a importância econômica do setor, como também sua capacidade de resposta para atender às novas demandas e exigências do consumidor”, diz o presidente da Abip, José Batista de Oliveira. Para incentivar o

consumo, o presidente da Abip informa que a entidade está pleiteando a aprovação do Projeto de Lei 63/2011, que reduz os impostos sobre o pão do dia para 0,5%. “Basta dizer que o investimento médio para a criação de um novo posto de trabalho é de apenas R$ 11.500,00. Poucos setores têm a capacidade de gerar tantos empregos a um custo tão baixo”, finaliza o presidente da Abip.

Clima prejudica agroindústria O setor da agroindústria na Paraíba é um dos que possui menor expressão na economia do Estado, segundo afirma o presidente da Fiep, Buega Gadelha, devido as condições climáticas e as secas prolongadas que afetam a produção no campo. Mas, segundo Gadelha, a realidade da Paraíba no setor será outra, quando a transposição do Rio São Francisco estiver concluída. “Nós sabemos que a Paraíba é o Estado mais pobre em recursos hídricos e que será um dos mais beneficiados com a transposição, que trará a água através de três entradas. Com isso, o setor da agroindústria irá se fortalecer bastante e passar a ter representatividade na economia paraibana, por meio da produção em áreas irrigadas. Isso será o grande passo para a prosperidade”, contou Buega. Atualmente, a transposição apresenta 60% de execução sendo que o Eixo Leste conta com 58,4% de execução e o Eixo Norte com 57,4%. Mais de 3,2 mil máquinas estão em operação em todo o Projeto de Integração do Rio São Francisco. A obra levará água a mais de 12 milhões de nordestinos dos Estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.


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Setor calçadista é 4º no ranking Segmento representa quase 50% de tudo o que a PB exporta, com destaque para Campina Grande DANIEL MOTTA A indústria de calçados é o 2º mais importante setor da economia paraibana e representa quase 50% de tudo que o Estado exporta. No ranking nacional, o setor calçadista paraibano é o 4º. O ramo é um dos mais dinâmicos e tem a Capital, João Pessoa e os municípios de Campina Grande, no Agreste e Patos no Sertão, como os três principais polos de produção. São mais de 300 fábricas espalhadas por todo o Estado, que exportam para países como Estados Unidos, México e Argentina. . Por dia, são produzidos mais de 1,5 milhão de pares. Somen-

te a empresa Alpargatas produz cerca de 650 mil de pares. Somente em Campina Grande são 83 indústrias atuando nesse setor de fabricação de calçados e artefatos de couro, de acordo com dados do Cadastro Industrial da Paraíba via Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep). A ‘Rainha da Borborema’ não para de inovar e a mais recente ação de empreendedorismo foi a instalação de uma fábri-

Exterior Calçados produzidos na Paraíba chegam no México, Argentina e Estados Unidos

ca de forma para calçados, no Centro de Tecnologia do Couro e do Calçado (CTCC), bairro de Bodocongó. Um levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que na Paraíba um total de mais de 25 mil empregos são gerados diretamente pelo setor calçadista. Somente em Campina, são quase 12 mil postos de trabalho. O Sindicato da Indústria de Calçados da Paraíba (Sindicalçados) alega que a informalidade ainda é um problema e que o número de empregos informais pode chegar a 8 mil postos espalhados em 150 ‘fabriquetas’.

MANOEL PEREIRA

Distrito já atrai 130 empresas Com um investimento de quase meio bilhão de reais, mais de 130 empresas já demonstraram interesse em se instalarem no terceiro Distrito Industrial de Campina Grande, que será construído em uma área de 800 hectares, próximo ao Distrito do Ligeiro, às margens da BR-104 Sul. Investidores de todo o país e até mesmo do exterior já procuraram a Prefeitura de Campina Grande. Ao todo, devem ser gerados aproximadamente oito mil empregos. As construções devem começar a acontecer nos próximos 45 dias, segundo o secretário de desenvolvimento econômico do

município, Luiz Alberto Leite. De acordo com o secretário, a PMCG tem recebido em média pelo menos uma carta por dia de empresas. “Empresas de todo o Brasil demonstram interesse em somar ao Distrito. Temos, por exemplo, uma empresa de Caxias do Sul (RS) e uma de ônibus de Coritiba (PR), além das de fora do país. Recebemos recentemente o contato de um grupo mexicano”, disse. Mesmo assim, o secretário ressaltou que a prioridade continua sendo para empresas paraibanas, sobretudo, de Campina Grande. “Isso

é algo inédito. Estamos dando o devido valor às empresas de nossa terra. Pelo menos 70% das vagas serão destinadas a empresas campinenses que estão querendo começar ou aumentar seus negócios. O restante das vagas ficará para empresas de fora”, destacou. A empresa que tiver interesse em se instalar no distrito deve apresentar seu plano de investimentos. O contato pode ser feito na sede da secretaria, na Rua Treze de Maio. “O interesse é de ambos, prefeitura e empresa. O investidor tem que fazer uma planta de investimentos.

Setor calçadista da Paraíba garante empregos em mais de 300 fábricas instaladas


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Fiat atrai empresas para a PB Juntos, dois empreendimentos em Caaporã investem R$ 11,5 milhões e devem gerar 200 empregos ram a mão de obra paraibana. Ou seja, a nossa A montadora da indústria é beneficiada, Fiat Chrysler em Goia- pois passa a ter profissiona está sendo instalada nais mais qualificados”, em solo pernambucano, explicou a gestora. mas os reflexos ultraA Paraíba como um passam as divisas e já todo ‘pega carona’ na vinestão chegando até a da da Fiat para Goiana, Paraíba. Duas empresas mas Tatiana destaca o sul (LM-Came e GME) estão do Estado, região considese instalando em Caapo- rada um ‘mapa da mina’ rã para atuarem como em termos de geração fornecedores da Fiat. de empregos. “Essa reJuntas, as duas empre- gião vive um momento de sas estão investindo R$ aquecimento da economia 11,5 milhões e vão ge- e certamente está contrirar aproximadamente buindo para impulsionar 200 empregos diretos. a geração de emprego no De acordo com a presi- estado. Nos próximos anos dente da Companhia de deve desenvolver ainda Desenvolvimento da Pa- mais, devido à instalaraíba (Cinep), Tatiana ção do Parque Industrial Domiciano, a expectati- de Caaporã, que fomenva é que mais empresas tará, sobretudo, os setoligadas à cadeia produ- res vidreiro, cimenteiro tiva da Fiat se instalem e metal-mecânico (inclui na Paraíba, contribuin- automotivo). No entanto, do para a criação de um a Paraíba está se prepanovo polo automotivo no rando cada vez mais para Estado. gerar oportunidades em “Há entendimentos outras regiões do estapara a chegada de novas do. O interior está sendo fábricas de componentes, beneficiado com o invesmas a pedido da Fiat, não timento de R$ 1 bilhão podemos divulgar as tra- do Programa Caminhos tativas. Com a instalação da Paraíba, que está padas unidades na Paraíba, vimentando e recuperanas empresas trazem suas do 2,2 mil quilômetros equipes de treinamento de estradas. Este tipo de para formar os profissio- ação ajuda a melhorar a nais. Isto aconteceu, por logística do estado e, conexemplo, durante o pe- sequentemente, atrai emríodo de construção da presas. Além disso, estão fábrica da sendo imFiat, quanplantados 2 Recuperação do empresas mil quilômeresponsáveis Interior do Estado será tros de fibras pela instalabeneficiado com inves- ópticas para ção da linha 55 timento de R$ 1 bilhão interligar de montamunicípios”, para estradas gem treinadisse.

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ALINE GUEDES

Presidente da Cinep, Tatiana Domiciano diz que Estado negocia a chegada de novas fábricas de componentes

Conde recrutará 2,5 mil profissionais Só no município do Conde, a Prefeitura firmou um convênio com uma empresa para recrutar 2,5 mil profissionais que deverão trabalhar tanto na construção do polo automotivo, quanto para empresas fornecedoras da Fiat. Segundo a Assessoria de Imprensa da Fiat, está sendo investido mais de R$ 7 bilhões na nova montadora. De acordo com o

secretário de Desenvolvimento do Município, Saulo Barreto, o reflexo econômico que o polo automotivo tem no desenvolvimento industrial do município abrange outros âmbitos da economia local, como turismo, comércio e serviços. “A vinda da montadora beneficia não só a atividade industrial, mas os pequenos negócios, que vão proliferar. Dois hoteis daqui já estão

locados para funcionários da Fiat. Muitas pessoas que estão trabalhando na construção da fábrica preferem morar aqui no Conde pela proximidade, qualidade de vida e pelo acesso rápido, já que a BR-230 está duplicada. O polo automotivo da Fiat Chrysler abrange 14 milhões de m² de área contínua e está situado a 62 km de Recife e 52 km de João Pessoa. Será

composto pela fábrica, parque de fornecedores, centro de treinamento, centro de pesquisa, pista de testes e campo de provas. O projeto estima que no primeiro trimestre de 2015 os primeiros carros já sejam produzidos na fábrica, que terá capacidade de produção de 200 mil veículos por ano. Ao total, serão mais de oito mil empregos gerados.


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Mão de obra qualificada é desafio Paraíba precisará de 10 anos para se tornar referência na formação profissional para as indústrias ALINE GUEDES De nada adianta crescer em atração de indústrias se não existirem profissionais capacitados para preencherem as vagas de trabalho que serão abertas. Segundo mostra o estudo “Eixos Integrados do Desenvolvimento”, a Paraíba demanda indústrias com alto valor agregado em seus produtos e para isso precisará em 10 anos se tornar referência na formação de mão de obra para essas indústrias. A pesquisa aponta que o crescimento populacional e o abandono da Educação Básica causarão um gargalo de entrantes no mercado de trabalho a partir de 2018. O estudo do Governo do Estado mostrou que a Paraíba se beneficiará do

bônus demográfico na próxima década, com o dobro de habitantes em idade de trabalho versus estudantes e aposentados em 2023. A população economicamente ativa sofreu uma queda importante até 2010, mas voltou a crescer, e o emprego formal continua a absorver parte do mercado informal. No entanto, o crescimento projetado do PIB, bastante superior ao da população, indica um aumento significativo de renda nos próximos 10 anos, impactando a demanda por mão de obra qualificada.

Procura A demanda por formação profissionalizante deverá dobrar nos próximos 10 anos

Este crescimento econômico pode gerar cerca de 550 mil novos empregos formais, alterando o perfil setorial da força de trabalho, com maior participação dos setores de comércio e serviços (44%), administração pública (26%) e construção civil (16%). Com o crescimento do mercado formal, o perfil de qualificação não mudará substancialmente, mas a demanda por formação profissionalizante deverá dobrar nos próximos 10 anos. A atual oferta de ensino superior indica suficiência para atender a demanda até 2023. Mas, a oferta de educação técnica de nível médio e de programas de formação inicial e continuada, contudo, precisará aumentar cerca de 80% no período.

A partir de 2018 haverá gargalo A pesquisa aponta que a partir de 2018 haverá um gargalo de entrantes no mercado de trabalho, devido à demografia e índices de abandono da Educação Básica. O estudo avalia que a Paraíba poderá enfrentar esse problema, reduzindo o abandono do Ensino Médio e ampliando o ensino básico de jovens e adultos. O presidente da Fiep, Buega Gadelha, explica que há algumas décadas, a oferta de emprego na Paraíba era muito peque-

na e, com isso, a mão de obra era sempre trazida de outros estados, sobretudo técnicos e engenheiros. As coisas mudaram, mas ainda é preciso chegar ao patamar de excelência. “Depois, com o desenvolvimento, a Paraíba passou a se preocupar com a própria formação de mãode-obra. O Senai tem sido o grande formador de mão de obra para a indústria, sobretudo para a construção civil, que é o setor que demanda mais. A mão de obra aqui formada passou a ser exportada para ou-

tros estados. Crescemos, é fato. Mas, ainda precisamos de mais pessoas qualificadas para atuar em alguns segmentos do mercado industrial”, analisou. Ainda segundo Buega, em 2011, o Senai tinha 35 mil alunos em formação para atuar na indústria e, este ano, já chega a 80 mil. “Mais que dobramos esse número em três anos. Estamos com novas escolas em Caaporã visando as empresas que estão chegando na região”, disse.

CHICO MARTINS

Alunos do Senai na Paraíba já terminam com os empregos garantidos pelas empresas

Senai quer matricular 107 mil Em 2013 o Senai-PB alcançou mais de 80 mil matrículas e tem meta para 2014 de 107 mil, com previsão de dois cursos de pósgraduação nas áreas da construção civil e da moda neste 2º semestre, em parceria com a Rede Nacional do Senai. Também está em processo de credenciamento a Faculdade Senai em João Pessoa e o curso superior de Tecnologia em Automação Industrial. Segundo a assessoria de imprensa do Senai, ainda estão sendo realizadas avalia-

ções in loco para que o Ministério da Educação (MEC) possa autorizar a nova instituição. De acordo com a Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), o Senai-PB atende as demandas das indústrias através dos mais de cem cursos em 26 áreas tecnológicas nas diversas modalidades de formação profissional. Tudo realizado através de educação à distância e presencial dentre aperfeiçoamento, qualificação, habilitação, treinamento de curta duração (entre

40H e 160h), aprendizagem e técnico de nível médio e tecnólogos de nível superior (entre 400 e 1.200h), numa média de três semestres. Os cursos são disponibilizados nos três turnos nas unidades fixas dos Centros de Educação Profissional e Tecnologia em Campina Grande, Bayeux e João Pessoa, e do Centro de Ações Móveis, que atende do litoral ao sertão nas unidades móveis e transportáveis do Senai, através dos convênios com Prefeituras e empresas.


Indústria paraibana

Paraíba

Domingo, 25 de maio de 2014

F F11

Balança comercial ainda em queda Ministério aponta que a Paraíba fechou o primeiro quadrimestre com déficit superior a US$ 171 mi ALINE GUEDES Uma das metas a serem batidas para a consolidação do setor industrial na Paraíba é o retorno do superávit nas exportações. A Capital, João Pessoa, está há mais de seis anos em queda. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial da Paraíba fechou o primeiro quadrimestre do ano com déficit de mais de US$ 171 milhões, puxada pela queda nas exportações. De janeiro a abril, o Estado vendeu US$ 60.595.503 em mercadorias para outros países, a maioria para França, Estados Unidos, Austrália, Angola e Filipinas. Comparando com os primeiros quatro meses de 2013, a diferença é de US$ 19 milhões a menos em produtos exportados. Destaque para a empresa Alpargatas, que liderou mais uma vez o ranking de exportadoras com 60,31% do mercado, seguida da Cristal Mineração do Brasil, com 12,10%. As importações, por sua vez, subiram, a maioria nos segmentos de calçados para esportes, malte, trigo, coque de petróleo e álcool etílico.

Destaque A empresa Alpargatas, que liderou mais uma vez o ranking de exportadoras no período

Porto apresenta avanços Segundo opinião no Estado, enfatizou do empresário Pau- Paulo Junior, está no lo Junior, diretor da setor turístico, já que PJI Consulting, fa- há regiões com forte lar de logística é falar apelo nessa área. de desenvolvimento, “Não há como faneste caso, acelerado lar em logística no Espelo aumento da pro- tado sem falar no Pordutividade, que a boa to de Cabedelo, que infraestrutura possibi- avançou muito nas lita. “Sabemos dos gar- últimas gestões, mas galos estruturais do ainda carece de invespaís e, sobretudo, da timentos mais robusnecessidade de avan- tos, que lhe possibilite çarmos na melhoria atender a crescente das condições logísti- demanda”, lembrou. As iniciativas do cas na região Nordeste, especialmente, na governo do Estado junParaíba, que detém to ao governo federal, uma localização estra- na opinião dele, são tégica na importantes e com região”, Infraestrutura certeza afirmou. Paraíba está em uma a indúsN o entanto, tria apoia, posição estratégica apesar para trabalhar melhor pois, cerdas defitamente a sua logística ciências, essas meo emprelhorias trasário disse que é im- rão mais oportunidades portante destacar que para todos, aumentanhouve avanços no Esta- do receitas para estado do, como por exemplo, e industria e reduzindo a interligação de todas custos operacionais de as cidades paraibanas forma significativa. através de rodovias as“Os empresários faltadas, que deverá ser paraibanos que geconcluído em 2015, um ralmente nos acomsalto importante para panham nas missões o desenvolvimento de empresariais à China, regiões sob o ponto de certamente, poderão vista econômico, uma se beneficiar não só vez que 70% do trans- na importação através porte de mercadorias do porto, mas também no país é feito através para expandir suas de caminhão. fronteiras e vender seus Outro benefício da produtos no mercado interligação rodoviária externo”, disse.


F F12

Paraíba

Domingo, 25 de maio de 2014

Indústria paraibana DIVULGAÇÃO

Riqueza Cristal Mineração está instalada no município de Mataraca, litoral Norte

Investindo na qualidade de vida Empresas criam programas com ações que visam o bem-estar, incentivos ao esporte e à saúde Empresas com administração moderna estão indo muito além do compromisso com o volume e qualidade da produção. Entre os exemplos existentes na Paraíba está a Cristal Mineração (Mataraca), que já é nacionalmente

conhecida no setor como modelo de responsabilidade ambiental, principalmente por seu programa de recomposição de áreas mineradas. Um outro passo dado pela empresa está na gestão de pessoas e na busca pela manutenção de um

Agente de segurança mirim Para estimular a integração “empresafuncionários-família”, a Cristal Mineração criou o projeto Agente de Segurança Mirim, envolvendo os filhos dos empregados num programa que visa contribuir para levar noções de segurança para o cotidiano das famílias. As primeiras ações do projeto foram realizadasno início de maio, com atividades teóricas e práticas que incluíram apresentação de vídeos, fotos, palestras e oficinas sobre a importância da segurança. O projeto é destinado aos filhos dos empregados da Cristal Mine-

ração que estejam na faixa etária de 06 a 12 anos. O projeto apresenta uma forma de contribuir para que a segurança extrapole os muros do ambiente de trabalho e alcance as casas dos trabalhadores como forma de disseminação do conhecimento e aprendizado. Com isso, pretende-se formar novos “agentes de segurança mirins” que sejam capazes de conscientizar os demais familiares sobre as atenções com a segurança, reduzindo o número de incidentes e acidentes dentro ou fora do trabalho e de casa.

ambiente de saudável. P a r a isso, a empresa conta com o Programa Qualidade de Vida. É composto

trabalho

por ações que visam o bem-estar, incentivos à práticas de esportes e, Compromisso sobretuAtividades desenvolvidas do, maior no programa são realiza- a t e n ç ã o aos assundas sob acompanhamen- tos ligados to de profissionais saúde. à

Todas as atividades desenvolvidas e disponibilizadas no programa são realizadas sob acompanhamento de profissionais capacitados. Os empregados tem acesso a Clube de Corrida, além de um programa de Ergonomia e sessões

Compromisso com ambiente A Cristal Mineração está instalada no município de Mataraca, onde mantém uma mina de superfície para extração dos minérios Ilmentita, Zirconita, Rutilo e Cianita. O compromisso da empresa com o meio ambiente e a saúde e segurança dos funcionários e das comunidades vizinhas se evidencia por meio dos seus sistemas de gestão, que sáo certificados pelas normas ISO 9001:2008 (práticas de Qualidade), ISO 14001:2004 (práticas de Meio Ambiente) e OHSAS 18001:2007 (práticas de Saúde e Segurança do Trabalho). Consiste em um complexo de planta flu-

tuante, draga e quatro plantas fixas. AIlmenita, ou minério de titânio, é utilizada principalmente pelo Grupo Cristal para produção do pigmento de dióxido de titânio, matéria-prima para os setores de tinta, plásticos, borrachas e diversos outros produtos indispensáveis para o mundo moderno. AZirconita é usada para produção de cerâmicas e refratários, o Rutilo é aplicado em eletrodos de solda e ligas metálicas e

Em todo país Programa de recuperação do meio ambiente da Cristl é reconhecido nacionalmente

a Cianita é matéria-prima para refratários. O programa de recuperação do meio ambiente desenvolvido pela Cristal é reconhecido nacionalmente, inclusive pelo Ibama, que o considera modelo para recomposição de dunas. Nesse trabalho, a Cristal devolve as características ambientais, recompondo a fauna e flora local. Do total de mudas nativas replantadas nas áreas mineradas, 80% são produzidos pela comunidade local, num programa onde a empresa qualifica, fornece os insumos e compra as mudas, gerando renda para a população rural circunvizinha.

de Quiropraxia, Fisioterapia, Ginástica laboral e funcional, RPG dentro da mina. Há também possibilidade de reembolso de Pilates e auxílio academia.Há também ações voltadas para o combate ao fumo, com acompanhamento médico.

Familiares

!

A Cristal desenvolveu também um programa para receber na empresa os familiares dos empregados. O “Portas Abertas” é uma maneira de estreitar o relacionamento da empresa com as pessoas que fazem parte da vida daqueles que trabalham nos variados setores da mina. O convite parte da empresa, que reserva um dia dedicado exclusivamente às famílias. Na ocasião, os visitantes são convidados para conhecer os ambientes de trabalho e o processo de produção, além de participarem de uma programação especialmente voltada para a família, incluindo ações educativas com as crianças.


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