Sepúlveda, a Cidade e a Família

Page 1


Sepúlveda

a Cidade a Família

2


3


Ficha Técnica Título Sepúlveda, a Cidade, a Família Autor José Sepúlveda Capa Foto de Sepúlveda Revisão Amy Dine Recolha de textos e formatação José Sepúlveda

Editado em E-book https://issuu.com/correiasepulveda

4


Conteúdo 1. Ficha Técnica 2. Autor

03 07

3. Cidade de Sepúlveda

09

4. Brasões da cidade e da Família

45

5. A minha Família

55

6. Gerações de Braga

137

7. Geração de Alenquer

145

8. Geração de Bragança

159

9. Geração de Fernán Gonzalez

203

10. Gerações de Sevilha

217

11. Geração de Óbidos/Bombarral

293

12. Gerações Sul Americanas

301

13. Gerações Norte Americanas

331

14. Gerações de Espanha

355

15. Sepúlvedas Célebres

361

16. Apêndices

379

5


Autor José Sepúlveda, nascido em Delães, Vila Nova de Famalicão, hoje a morar em Vila do Conde.

Começou a escrever poesia quando tinha cerca de doze anos. No decorrer da sua carreira profissional trabalhou primeiro, como funcionário público e depois, durante 35 anos, como empregado bancário. Publicou em alguns jornais e revistas ao longo da sua carreira, atividade que continua a manter. Amante da literatura, administra grupos no Facebook vocacionados para a literatura, música, artes e divulgações culturais de eventos. Apoiou e apoia projetos literários, promovendo a edição de autores em início de carreira, organizou, participou e participa em eventos culturais, Saraus e Tertúlias. Durante alguns anos, com o grupo que ajudou a formar Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa, deu rosto ao programa Mar-à-Tona em poesia, na Póvoa de Varzim, que comemorava o Dia Mundial de Poesia, com um Sarau onde era apresentada uma coletânea temática de Poesia inspirada no mar. ../

6


Tem prefaciado alguns livros e apresentado os seus autores. Participou num elevado número de coletâneas de poesia portuguesas, brasileiras e italianas. Publicou dois livros de poesia em papel e possui na sua Biblioteca de E-books mais de vinte outros livros seus (poesia, música, genealogia, história e outros). Promoveu e editou nos seus grupos de poesia um número elevado de coletâneas em E-book. Mantém uma série de publicações nos seus Blogs O Canto do Albatroz e Família Sepúlveda em Portugal. Produziu alguns trabalhos pessoais e participou noutros coletivos com colegas da Universidade Sénior do Rotary Club da Póvoa de Varzim. Divulga e apoia grupos de poesia e programas de rádio cuja temática seja a mesma.

7


Cidade de Sepúlveda

Vista Panorâmica da Puebla de Sepúlveda (Espanha)

8


Sepúlveda Sepúlveda, cidade muito antiga Que, altaneira e nobre, em paz resiste Bem perto de Segóvia, foi guarida De mouros... e vivia amarga e triste. O Conde Soberano de Sevilha, Fernán Gonzalez, foi cercá-la um dia, E a sitiou, tornando-a sua filha No Reino que em Castela dirigia. Alguns dos Cavaleiros da conquista, Pediram que da "Puebla" bela e quista Seu nome eles pudessem adotar. E o Soberano, à sua nobre gente Quis dar aquele nome por presente, Que agora, neste livro, vou cantar.

JS

9


Sepúlveda Sepúlveda, cidade mágica, situada nas montanhas de Segóvia, Espanha, ao longo do Rio Duratõn. Antigamente era chamada Septimpublica, nome vindo do latim antigo do século X. Está situada no vale do rio Duratõn, nas montanhas de Segóvia. Algumas interpretações do apelido, são: Sete portas, nome romano para definir as sete portas da vila; e sete vezes reduzida a cinzas. Enfim, foi um castro celta da tribo dos arevacos, resistiu à queda do Império Romano, dos Godos e dos Árabes, expulsos pelo Conde de Castela em 940. Ei-la, altaneira, sobre a gigantesca penha que descai sobre o Rio Duratõn, referência fundamental da história de Castela. Daqui saíram, quando da sua conquista aos mouros, cavaleiros que adotaram o nome da cidade. Da família que foi para Sevilha, fez parte Martim de Sepúlveda, um dos Vinte e Quatro Regedores de Sevilha, que seguiu D. Joana, a Excelente Senhora, na luta pela sucessão contra Isabel a Católica, tendo entregue a D. João II a Fortaleza de Noudar.

10


Família Sepúlveda

Esta Família antiga se formou Na Puebla de Sepúlveda, há longos anos, Quando Fernán Gonzalez conquistou A Puebla aos ocupantes muçulmanos. Então, nasceu. Depois, se desdobrou: Sepúlveda, Segóvia, Sevilha, Navarra. E de Navarra se voltou P'ra Braga, onde nasceu Navarra, a filha. Daí partiu, levando a alma pura, De Espanha e Portugal, à aventura, Nem sempre pela sorte bafejada. E ei-la, então, garbosa, em toda a parte, Mostrando a sua raça, a sua arte, Nas brumas da memória alicerçada!

JS

11


Sepúlveda A origem de Sepúlveda perde-se no tempo.

Vestígios foram encontrados na capela de San Julian, respeitantes ao Paleolítico Inferior, assim como outras descobertas na caverna de Tisuco, em Ocecilla, como cerâmica grossa, facas, machados polidos e crânios, até ao Paleolítico Superior. Também na Caverna dos Sete Altares apareceram cerâmicas, machados, talvez do Período Neolítico. Na caverna de Duratõn, foram encontrados ossos, pedras trabalhadas, cerâmica. Apareceram ainda pinturas com forma rudimentar e pobre, mas significativa, nas cavernas de Molinilla, La Nogaleda e Lapela Eagle, sem quaisquer vestígios de caráter mágico, ritual, litúrgico ou funerário. O mais provável é que seus primeiros colonos fossem os vacceos e os arévacos, na Idade do Ferro.

Esses primeiros colonos viviam da caça - tão abundante ao longo das montanhas - e da pesca, esta fornecida pelos rios Castilla e Duratõn. Sepúlveda, como Ávila, Segóvia ou Pedraza de la Sierra, é em tudo como que uma citânia celta. Mais tarde, Roma também viria a estabelecer-se na região.

12


Não se sabe ao certo onde se instalaram mas há vestígios de que teria sido no vale do Duratõn. Há vestígios muito vivos dos arevacos nas profundezas das rochas que ainda existem, chamadas Cuevas, Tisuco, Mingomorro e Giriega. Marcas da presença dos romanos estão patentes nas paredes da cidade, assim como nas pontes Talcano e Picazos, ao longo da estrada. Os visigodos vieram depois dos romanos e estabeleceram-se em Castrogoda, na região de Caslilla, perto da boca da península do Duratõn e no vale do rio, junto à Caverna dos Sete Altares. Na necrópole escavada junto ao Duratõn (Núcleo agregado de Sepúlveda), foram encontradas mais de seiscentas sepulturas cujos vestígios são inteiramente germânicos. Os anos passaram e esta terra tornou-se parte daquele que passou a ser conhecido como o Deserto do Douro. Pelo seu lugar estratégico, ao longo do tempo era constante e fazia de Sepúlveda uma praça tentadora para o invasor. Os árabes permanecem na península ao longo de dois anos.

13


A primeira menção histórica da cidade de Sepúlveda aparece na Crónica de Afonso III, como um dos lugares que foram despovoados nos ataques de Afonso I, embora houvesse uma população rural que por ali ficou. O seu repovoamento através de Fernán Gonzalez e seus filhos, a partir do ano de 940, representou um avanço ousado para o sul, além do Douro. O abade de Arlanza, Fray Gonzalo de Arredondo, narra uma lenda heroica, de lutas entre o Conde de Castela e o mouro Alcaide Abubad, na última das quais Fernán Gonzalez lhe cortou a cabeça, que foi depois esculpida na fachada de um dos brasões da cidade, chamado precisamente "La Casa del Moro".

Mansur falhou na tentativa de conquistar a Puebla no ano 979, só o conseguindo em 984 ou 986. Esta, porém, voltaria a ser reconquistada definitivamente por Sancho Garcia , neto de Fernán Gonzalez, na ano 1010, desta vez sem qualquer luta, dado então o declínio do que foi o poderoso califado Córdoba. No século XI, Sepúlveda foi permanentemente repovoada por Afonso VI. É então que a cidade aparece já constituída como uma entidade política territorial.

14


Para dar esse caráter político e administrativo, o Rei Afonso VI confirma a Carta que os seus antepassados, os Condes Fernán Gonzalez, García Fernández e Sancho García, deram a Sepúlveda. No preâmbulo do Fuero de Sepúlveda vão expressos os termos que são concedidos à cidade e os lugares que sob a jurisdição de Sepúlveda lhe são designados, estabelecidos de modo a que, da aldeia e sob sua tutela, possam ser reabastecidos. O esplendor de Sepúlveda na Idade Média é mostrado pela existência de quinze igrejas. Sepúlveda, como Sevilha, Toledo, Segóvia e tantas cidades medievais, era um conglomerado de três cidades e religiões diferentes: a cristã, a muçulmana e a judia. No ano de 1111, no despina, hoje Fresno Aragón e o conde quistaram a cidade Aragão.

Campo do Espinho ou Cande Cantespino, Alfonso I de Enrique de Portugal compara D. Urraca, raínha de

O evento foi importante e decisivo para a independência portuguesa e, como consequência disso, Sepúlveda esteve durante algum tempo sob o domínio aragonês.

15


No século XV, a cidade era do jovem Alfonso e sua irmã, a futura rainha Isabel, a Católica. A lealdade de Sepúlveda a Isabel, já raínha, foi sempre incondicional. Quando seu irmão Enrique IV entregou Sepúlveda ao Marquês de Villena, duas vezes a população de Sepúlveda impediu a entrada a Dom Juan Pacheco e inclusive ao próprio Rei. No ano de 1468 os judeus foram expulsos da cidade e em 1472 a soberania dos então monarcas católicos foi reconhecida. Na metade do século XVIII , o rei Carlos III visitou Sepúlveda, tendo oferecido à cidade uma pintura equestre de seu filho Carlos IV, então com 17 anos. Durante a Guerra da Independência, foram levados a cabo alguns ataques pelo Empecinado, que fixaram o seu quartel general nas Cavernas do Vale do Duratõn. Merece ainda ser referida, entre os últimos factos marcantes sobre a cidade, a resistência que a mesma ofereceu contra Napoleão, quando das Invasões Francesas, no outono de 1808.

16


Septimpublica São sete as portas para em si entrar, Septimpublica, seu nome em latim Linda cidade, vêm-na visitar Que em toda a Espanha não há outra assim. Vem ver o Duratõn que serpenteia Pelas montanhas longas, sem ter fim, Levando em sua doce melopeia A música redia que há em mim. Vem ver no céu os grifos a grasnar Num desvario louco, sem parar, Envoltos numa orgia que não finda! Correndo estes recantos de encantar, Eu fico estarrecido e a pensar: Sepúlveda cidade, como és linda!

JS

17


Sepúlveda

Vista Panorâmica do Miradouro Sepúlveda (Espanha)

18


19


Magia e plenitude

Panorâmica

Vista da cidade

20


Vamos visitar Sepúlveda Enquanto nos aproximávamos, os grifos esvoaçavam sobre os carros num ritmo estonteante, cheios de beleza e magia, como que estendendo sobre nós os votos de boas-vindas. Eis-nos chegados. Ali na frente, um belíssimo painel de azulejos com a planta da cidade, onde podemos identificar as suas sete portas. Septimpública, cidade das sete portas, sete vezes vencida e reerguida. Na sua presença, é mais fácil entendermos o porquê do seu nome. Uma verdadeira fortaleza natural. Ao longe, a cidade, mágica, majestosa, sublime! Como nos contos de fadas, as Igrejas antiquíssimas, as muralhas, as casas senhoriais… Mais adiante, o Parque Natural do Duratõn, lugar de encanto e beleza.

Como é lindo mergulhar no seu interior e descobrir o que a natureza nos reserva de mais belo!

21


Sepúlveda é um dos lugares de maior tradição de Segóia, de Castela e de toda a Espanha. Ocupa um privilegiado lugar na Rota do Românico castelhano e, junto com as Hoces do Duraton, constitui-se como um lugar mágico ao longo de toda a provincia. A sua origem é antiquíssima.

Os romanos aproveitaram a proteção orográfica natural que os rios Duratõn e Castilla conferem à região. Foi povoada por visigodos e disputada por mouros e cristãos, entre os quais, Fernán Gonzalez, que a conquistou a estes. Na conquista de Toledo, por parte de Afonso VI, no ano de 1085, vários lugares ao norte do sistema central constituíram-se como o seu núcleo defensivo. É dessa época o que resta das suas muralhas e as igrejas românicas que alberga: El Salvador, Virgen de La Peña, San Bartolomé, San Justo e Santiago (românico modelar e reconvertida em Museu de Interpretação da Natureza).

22


Seja através de que acesso for, a Puebla mostra-se imponente e majestosa, com as torres das igrejas del Salvador e Virgen de La Peña nos seus pontos mais altos. As suas ruas estreitas e serpenteantes e a grande praça são espaços pitorescos que têm vindo a inspirar pintores e poetas. A Plaza Mayor (ver foto na página anterior) é um espaço retangular que culmina de um dos lados com o que resta do antigo Castelo e Palácio, agora transformado na sede Ayuntamiento. Os vestígios da muralha proliferam. Não obstante, podemos ainda observar a Puerta de La Fuerza, com suas grandes pedras retangulares laterais, em granito, franqueando o vão de acesso a quem a visita e que nos mostra ainda a imagem da grande solidez medieval da muralha.

23


Igreja Românica del Salvador A Igreja de El Salvador, de Sepúlveda, é considerada a mais antiga das igrejas da região de Segóvia. Foi edificada na última década do século XI. A sua arquitetura é nobre e, pela sua volumetria, do melhor românico. É uma herança dos Caminhos de Santiago. Pensase que por isso o seu construtor seria originário dessa região. Não obstante, as talhas das mísulas e capitéis mostram uma encantadora rudeza, mais própria do pré-românico. Tem nave, presbitério e absides, com colunas e ventanas, além duma galeria em pórtico de datação incerta e uma belíssima torre com arcos ajaezados.

24


Igreja da Virgem de La Peña Julga-se que a igreja da Virgen de la Peña tenha começado a ser construída na primeira metade do século XII, como o certifica uma inscrição na sua grande torre românica, isto, apesar de outras partes serem objetivamente de época posterior, como aliás acontece com a Igreja de El Salvador. A sua portada tem a peculiaridade de dispor de um tímpano e, ao longo de toda ela, decoração abundante, Pantocrátor e Tetramorfos, Anjos sustendo um Crismão (monograma com a abreviatura X e P, símbolo antigo dos cristãos) que os olha.

25


Igreja de Santiago Casa del Parque de Las Hoces del Duratõn Na Igreja de Santiago chama a atenção o Abside mozárabe, de ladrilho, e a cripta com tumbas antropomorfas do século X.

No seu interior encontra-se a Casa do Parque das Hoces do Rio Duratõn pelo que é recomendável a visita para conhecer o enquadramento antes de fazer qualquer das rotas propostas. Aí se poderá obter informação sobre todo o espaço natural envolvente, zona protegida que requer a devida autorização, que ali se pode obter.

26


Igreja de Los Santos Museu

Esta antiga Igreja acolhe agora o Museu Municipal.

27


Igreja de Santiago

28


29


Rio Duratõn

30


Rio Duratõn O Duratõn deslisa das montanhas E serpenteia à volta dos socalcos; Parece que rebenta p’las entranhas Subindo, regredindo, sempre aos saltos. Na compressão das margens tão estranhas, Vislumbro nos seus pontos mais revoltos Memórias de combates e façanhas, Vitórias mais vitórias…, pontos altos! Fernán Gonzalez, Conde de Sevilha! A sua argente espada ainda brilha No cimo das muralhas sós, absortas… Sepúlveda, cidade maravilha! Tomara ser soldado que perfilha Manter inabaláveis tuas portas!

JS

31


Hoces del Duratõn O rei Carlos III visitou a Puebla no século XVIII, tendo então oferecido a Ayuntamiento um retrato do seu filho Carlos IV, então com a idade de 17 anos.

Este quadro encontra-se exposto no Salão de Plenos do Ayuntamiento. Durante a ocupação francesa e a Guerra da Independência, Sepúlveda foi sitiada por tropas francesas e em seu território atuou o Empecinado que tinha a sua base na Cuevas do Vale do Duratõn. Durante as Guerras Carlistas foi tomada em 1838 pelo General Gómez. Na Guerra Civil Espanhola de 1936, Sepúlveda manteve-se debaixo da ocupação do exército de ocupação, contra a legalidade republicana. Foi colocada de novo sob o comando das tropas que controlavam o porto de Porto de Somosierra. Em 1951, Sepúlveda foi declarada como Conjunto Histórico-Artístico.

32


Ermida de San Frutos

33


Sepúlveda (Septimpublica) As Sete Portas A Puebla de Sepúlveda é conhecida pela cidade das sete portas porque ao redor da sua fortaleza tinha sete portas fortificadas que a defendiam dos ataques dos inimigos. As chaves de cada uma delas são ainda conservadas pelo Ayuntamiento e aparecem como fazendo parte do Brazão de Armas da cidade. Crê-se que o nome de Sepúlveda terá tido origem na palavra Septempublicam, denominação latina que parece referir as sete portas que faziam parte da sua robusta muralha. O nome Septempublicam aparece num texto do século X, referindo um personagem de todo ligado à sua história, o Conde Soberano de Sepúlveda, Fernán Gonzalez, conhecido também como o primeiro Sepúlveda. Por outro lado e dado terem sido encontradas na Puebla restos de uma calçada romana secundária junto a mosaicos e estátuas, é mesmo muito provavel que a origem do nome seja mesmo essa.

34


Sepúlveda (Septimpublica) Puerta del Ecce Homo ou Azogue

1. A Fortaleza de Sepúlveda possui sete portas. Suas chaves permanecem no Ayuntamiento e aparecem no escudo da cidade. São elas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Puerta Puerta Puerta Puerta Puerta Puerta Puerta

del Ecce Homo ou del Azogue del Rio de La Fuerza del Posteguillo de La Juderia del Duruelo del Vado

35


Sepúlveda (Septimpublica) Puerta del Ecce Homo ou Azogue

À entrada da rua que leva ao Santuário de Nossa Senhora de La Peña, encontra-se a chamada Puerta del Ecce Homo, também chamada Puerta del Azogue. Está encostada a uma casa de construção recente que utilizou assim uma parte da sua estrutura.

36


Sepúlveda (Septimpublica) Puerta del Rio

É uma das portas melhor conservadas dentre as sete e serve de miradouro, com vistas para os terrenos agrícolas e o vale do rio Castilla. Junto podemos observar uma estela e encontrar um nicho com uma imagem da Virgen de las Pucherillas

37


Sepúlveda (Septimpublica) Puerta de la Fuerza

O seu acesso pode ser feito por um caminho que sai da igreja de Nossa Senhora de La Peña.

Saindo da sua arcada, desce-se uma calçada romana que vai ter junto à ponte Picazos. Esta porta, debruçada diretamente sobre o vale, está bem conservada e é um belo miradouro. É uma referencia entre as diversas rotas oferecidas para visitar.

38


Sepúlveda (Septimpublica) Puerta del Posteguillo

Está situada num dos troços melhor conservados da muralha, entre dois rochedos de forma retangular que parecem ser restos da fortificação visigoda da cidade. Um desses rochedos ergue-se a uns sessenta metros de altura sobre o vale, tornando-se assim uma fortaleza natural em caso de ataque inimigo. Este local não tinha por isso porta física.

39


Sepúlveda (Septimpublica) Puerta de la Juderia

Trata-se dum conjunto de arcos que são considerados uma das entradas para o Bairro Judeu. Podemos encontrá-los na continuação da rua que passa junto da Igreja de Santiago, lugar onde funciona atualmente o Centro de Interpretação da Natureza.

40


Sepúlveda (Septimpublica) Puerta de Duruelo

É formada por um arco de média dimensão, com duas rochas retangulares aos lados. Encontra-se na entrada do Barrio de San Andrés. Ali perto, encontram-se as ruinas da Igreja com o mesmo nome, hoje desaparecida.

41


Sepúlveda (Septimpublica) Puerta del Vado

Mais do que uma porta, tratava-se, sim, dum postigo que permitia aceder às hortas de cultivo junto ao rio. Dela existe apenas uma parede e alguns restos dos muros de defesa da cidade.

42


43


Brasões

Brasão Português

44


Significado Armas: De vermelho, oliveira verde perfilada a ouro, arrancada de prata, entre dois leões batalhantes de ouro e acompanhada de duas estrelas de oito pontas, de prata, postas nos cantões do chefe.

Timbre: Leão nascido de ouro; Escudo vermelho: Fortaleza, vitória, ousadia, altivez e ardor. Os que adotam esta cor no seu escudo assumem como princípio o socorro dos mais fracos e de todos os oprimidos ou vítimas de injustiças. Árvore: Símbolo de antiguidade e de esclarecida nobreza. Oliveira: Símbolo de paz. Pelo imutável verdor das suas folhas, significa também o ânimo para lutar contra a injustiça. Leão: Espírito generosamente guerreiro, dotado de qualidades de vigilância, domínio, soberania, majestade e bravura. Estrela: Perseverança na defesa da justiça, líder e conselheiro, estrela pequena que recebe luz duma maior. Terão orgulho em comunicar atos de bravura e justiça aos vindouros. Lambrequim: Esforço e empenho no combate aos seus adversários.

45


Primeiro Brasão de Família

Este é o mais antigo Brasão de Armas da Família Sepúlveda.

46


Outro brasão usado pela Família em Portugal

47


Cidade de Sepúlveda

SEPÚLVEDA (España)

Em campo azul, um castelo de ouro e, saliente da torre de menagem, um braço armado, com uma espada na mão; bordadura com oito aspas de ouro. Este é o mais antigo Brasão de Armas da cidade de Sepúlveda.

48


Cidade de Sepúlveda

SEPÚLVEDA (España) Do lado esquerdo, o Brasão actual da cidade; do lado direito, outro brasão usado sobretudo em souvenirs.

49


Outros Brasões de Família

SEPÚLVEDA (Itália) Escudo dividido de alto a baixo por uma espada empunhada por uma mão; todo o escudo atravessa de um extremo a outro terminando em cada um dos vértices; no lado esquerdo da espada treze círculos e do lado direito ao cimo, um Castelo.

50


SEPÚLVEDA Em campo de prata, uma grelha de ouro. Nota: Possivelmente, um capricho do artista, eventualmente incorreto

51


SEPÚLVEDA Brasão usado pela familia italiana

52


SEPÚLVEDA Brasão usado pela família de Aragão que se instalou posteriormente em Itália

53


A

Minha Família

54


55


A

Minha Família

56


A

Minha Família

HUGO MIGUEL

ABIGAIL

DE MENESES SINCER

DE MENESES SINCER

E SEPÚLVEDA

E SEPÚLVEDA

JOSE MIGUEL DINE FALCÃO SINCER E SEPÚLVEDA cc Telma Cristina Meneses de Oliveira

MARTIM PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

JOANA PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

MARCOS PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

PEDRO PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

JOSE PEDRO DINE FALCÃO SINCER E SEPÚLVEDA

JOSE LUÍS DINE FALCÃO SINCER E SEPÚLVEDA

cc Eunice Maria Sousa Pereira

cc Maria Manuela Oliveira Teles

JOSÉ LUÍS CORREIA SEPÚLVEDA cc Ana Maria Dine Falcão Sincer

ARMANDO SEPÚLVEDA

de Fafe cc Eugénia Correia da Silva

EMÍLIA SEPÚLVEDA de Fafe e João Soares

JOSÉ SEPÚLVEDA

de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe cc Maria Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernándes de Magalhães

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

57

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOSÉ PEDRO FALCÃO SINCER cc Maria Amélia Xavier de Brito Ghira Dine

JOSÉ PEDRO SINCER

cc Maria José Cândida Prata Costa Falcão

PEDRO ANTÓNIO SINCER cc Maria do Carmo Sincer


Apontamento A minha família é originária do lugar do Penedo (freguesia de Navarra, (Braga) e ascende a João de Sepúlveda, casado com Isabel Gonçalves, cidadão espanhol, que se radicou nessa cidade em meados do século XV (cerca de 1470). Através dos arquivos distritais disponíveis, foi já possível seguir a linha direta até aos nossos dias e ligar alguns dos ramos da família através de árvores parcelares, um trabalho que continua na fase de investigação. Apesar do incêndio que teve origem no local onde os registos de nascimento e outros se encontraram arquivados, onde alguns dos livros desapareceram com as chamas, mesmo assim, graças a um trabalho aturado de alguns genealogistas, tem sido possível avançar-se numa direção certa e consistente. Para isso, contámos com a contribuição dos saudosos Augusto de Sepúlveda Correia e Dr. Constantino Velho de Sepúlveda, de Francisco Providência Santarém Costa e dos mentores do Blog Heróis do Homem e do Cávado, além doutros contributos dispersos. Foi possível também recuar, através de entroncamentos familiares diversos, até Fernán Gonzalez, o primeiro Sepúlveda. (v. Geração de Fernán Gonzalez). De realçar o excelente trabalho feito por António Gonçalves, do Blog Heróis do Cávado que permitiu entroncar, a partir dos registos que conseguiu depois de anos de pesquisa muitos entroncamentos familiares. Não sendo este um trabalho verdadeiramente genealógico mas mais sobre a história da família, surgirá por certo um dia uma árvore que aglomera muitos outros registos que não fazem parte dele. De difícil ligação, tem sido a linhagem de Óbidos/Bombarral que, a seu tempo, fazendo parte da mesma raíz, um dia se juntará.

58


Raízes da família

Navarra, terra linda, traz consigo Segredos que resguardo cada dia. Surgiu não sei bem como, mas persigo A minha inabalável teoria. Chegada lá de Espanha, de Navarra, Uma família de esperança cheia (Sepúlveda, o seu nome) teve a garra De ousar chamar Navarra àquela aldeia. Alfobre de Sepúlvedas, diria. Do seio desta gente, certo dia, Da aldeia do Penedo, em manhã leda, A Rosa e o Francisco (o construtor) Partiram para Fafe e, envolto em dor, Meu bisavô nascia, o Zé Peneda.

JS

59


Gerações de Braga Ramos de Alenquer, Bragança e Navarra GERAÇÃO DE ALENQUER

GERAÇÃO DE BRAGANÇA

GERAÇÃO DE NAVARRA

LUÍSA DE SEPÚLVEDA ALCAÇOVAS E MATOS cc Manuel Quental Pereira

MANUEL JORGE GOMES DE SEPÚLVEDA

JOÃO DE SEPÚLVEDA cc Joana Maria Oliveira Magalhães

ANTÓNIO REBELO DE SEPÚLVEDA cc Maria Rebelo

cc Joana Correia de Sá

ANTÓNIO GOMES DE SEPÚLVEDA cc Maria Luiza Pereira

JOÃO DE SEPÚLVEDA MAGALHÃES cc Grácia Fernandes Magalhães

c. … …

SEBASTIANA REBELO DE SEPULVEDA cc Manuel Araújo

MARTA REBELO cc Pedro Francisco Vilela

DAMIÃO REBELLO DE SEPÚLVEDA

SERAFINA DE SEPÚLVEDA cc António Gomes Abreu

BALTAZAR DE SEPÚLVEDA

cc Mariana Fernandes

c. Maria Fernandes (Curupos – Vinhais)

DIOGO DE SEPÚLVEDA

MARIA DE SEPÚLVEDA

INÊS DE SEPÚLVEDA cc António Fernandes

cc Lucas Fernandes

cc Leonor Francisca

ANTÓNIO DE SEPÚLVEDA cc Marta Rebelo

JOÃO DE SEPÚLVEDA

POLICENA DE SEPÚLVEDA cc Gonçalo Pires

JOÃO DE SEPÚLVEDA cc Ana de Basto

JOÃO DE SEPÚLVEDA cc Isabel Gonçalves

60

cc Maria Gonçalves

MARIA SEPÚLVEDA cc Diogo Fernandes


Gerações de Braga Minha Geração I - João de Sepúlveda, casado com Isabel Goncalves, residiram na Freguesia da Cividade, em Braga cerca de 1500, vindos de Espanha. Em 1511 já tinha falecido. Tinham dois filhos: Pedro de Sepúlveda João de Sepúlveda II - João de Sepúlveda, nascido cerca de 1501, e faleceu em 1586 (?) Cerca de 1538, então com 37 anos, casou com Ana de Basto, filha de Pero de Basto e de s.m. Dª Catarina Gonçalves, de S. Veríssimo, Amarante. Viveram na Freguesia de Navarra, Braga. Fez matrícula de ordens menores a 15.03.1511, irmão de Pedro de Sepúlveda que fez matrícula de ordem menores a 5.03.1512. Tabelião do Público e do Judicial no Concelho de Regalados - pagou ao anterior Francisco Alvares que o tinha herdado de Francisco Rodrigues, perdeu o cargo porque cometeu erros e o vendeu a João de Sepúlveda. A compra foi autorizada por Alvará Régio de 26.01.1530, e realizada em 26.03.1530, e concretizada em 30.03.1530, no Tabelião do Público e do Judicial do Concelho de Entre Homem e Cávado. Aires Quinteiro renuncia ao ofício e vende a João de Sepúlveda, renúncia feita em Évora a 15.01,1536, e autorizada por Alvará Régio de 11.01.1536. A transação foi feita em 18.01.1536. Ordenado pago, 1076 reais.

61


Gerações de Braga Minha Geração O fundo monástico conventual, Rendufe, livro 107, que é o mostrador de 1630, a pág. 73v, refere-se a este casal de Ram ou Além. O mesmo, refere o prazo em 1541 a João de Sepúlveda e mulher Ana de Basto; a estes, sucedeu na 3º vida Maria de Sepúlveda, que renovou o prazo, juntamente com seu marido Diogo Fernandes a 1573; terão dotado a filha Margarida de Sepúlveda a 20-9-1615 no tabelião Damião de Sepúlveda; Esta Margarida de Sepúlveda, mulher de Domingos Silva, moradores em Navarra, era irmã de Catarina de Sepúlveda, casada com Gonçalo Pires "o doce", "cuja parte arrematou o Bouro". Casou com Diogo Fernandes, falecido a 20 de abril de 1620. Tiveram nove filhos: P.e Barnabé de Sepúlveda Catarina de Sepúlveda, 1569 Pedro de Sepúlveda, 1570 Gonçalo de Sepúlveda, 1572 Margarida Sepúlveda, 1574 Catarina de Sepúlveda, 1579 Maria de Sepúlveda João Fernandes de Sepúlveda, 1590 Inês Sepúlveda IV - Inês Sepúlveda casou com António Fernandes de Oliveira, do Penedo, em 22 fev. 1625. Faleceu em 3 de mar. de 1666. Tiveram dois filhos. Do primeiro não é referido o nome. O outro foi: Diogo de Sepúlveda

62


Gerações de Braga Minha Geração V - Diogo de Sepúlveda nasceu em 1653, em Navarra. Faleceu em 11.12.1705. Casou com Maria Gonçalves, falecida em 1.2.1705. Tiveram um filho: João de Sepúlveda VI - João de Sepúlveda, b. em 14.5.1665, rego. P. João Soares, criado de Catherina Isabel, filha de Isabel Pires, viúva, Padre Domingos Gonçalves, vigário, em Navarra. Casou em 22.5.1697 com Mariana Fernandes, filha de Geraldo Fernandes e Maria Gonçalves, loural. T. Padre Simão Fernandes, desta, João Soares e Diogo de Sepúlveda, ambos de Navarra, Padre Domingos de Sousa, vigário. Tiveram um filho: João de Sepúlveda em 1709 VII – João de Sepúlveda nasceu em 1709. Tinha quitação de Isabel da Silva, Navarra, de 16.8.1734. Casou a 25 ago. 1734, com dispensa por serem parentes em quarto grau de consanguinidade, em S. Lucrécia de Algeriz, com Grácia Fernandes de Magalhães, filha de Domingos Fernandes e Serafina de Magalhães, regadas. T. Bento Francisco, Domingos Coelho, regadas, Rodrigo Machado, quinta de basto, todos desta, Padre André Álvares, encomendado. Grácia faleceu a 13.1.1809 Tiveram um filho: João de Sepúlveda, em 1747.

63


Gerações de Braga Minha Geração VIII - João de Sepúlveda Magalhães, Capitão, casou na Freguesia de Crespos a 15.11.1777, com Dª Joana MariaMaria Teresade de Sepúlveda Oliveira, filha de João Fernandes e de s.m. Dª Isabel Francisca de Adaúfe. José Sepúlveda, f. a 17 set. 1819. João Tiveram: António Sepúlveda, f. a 11 jul. 1834. Bento José de Sepúlveda de Oliveira e Magalhães Gregório Sepúlveda faleceu a 8 Mar., 1820 João António de Sepúlveda António Fernandes de Sepúlveda e Magalhãesde Oliveira Magalhães,vez n. em 29.031789, a 5.04.1789, na Igreja Casou segunda 31.10.1822, b. com Maria Rosa Soares, filha de Paroquial de Navarra, P. Bento José de Magalhães Francisco Soares e Francisca Thereza, aldeia, Navarra. T. Francisco do e Custódia Maria. Burgo e Fonelo Soares, aldeia, Navarra, Padre Domingos Fernandes, vigário. IX - Bento José de Sepúlveda de Oliveira e Magalhães, Tiveram faleceu na Freguesia de Navarra a 25.09.1850. Bento de Sepúlveda, nasceu a 17 set. 1819 e faleceu a 3 set., 1859. Casou a 27.01.1806 com Dª Mª José Fernandes Josefa Sepúlveda, nasceu a 28 out. 1825. (Lopes Velho), faleceu em 19.03.1820. Filha de Narcizo de Sepúlveda, nasceu a 20 nov. 1826. António Fernandes Velho e de s.m. Maria Teresa IsabelLopes. Sepúlveda, nasceu a 23 out. 1828 e faleceu a 20 abr. 1830. José Soares Sepúlveda, nasceu a 3 ago. 1831. Tiveram: Manuel Sepúlveda, nasceude a 9Sepúlveda nov. 1833. Maria Teresa Maria RosaJosé Sepúlveda, nasceu 1835. Sepúlveda, f. aa 19 17dez. set. 1819. Francisco de Sepúlveda faleceu a 9 set. 1836. João António Sepúlveda, f. a 11 jul. 1834. Francisco de Sepúlveda, nasceu afaleceu 3 Mar. 1839 Braga, Navarra Gregório Sepúlveda a 8em Mar., 1820 X - Francisco de Sepúlveda, nasceu Navarra ae 3Magalhães de março de 1839 e António Fernandes de em Sepúlveda faleceu a 27 de janeiro de 1896, em Fafe, Santa Eulália, com 57 anos. 31.10.1822, Marianascida Rosa a 29 CasouCasou a 17 desegunda Mar. 1859 vez comem Maria Rosa Soares com de Freitas, Soares, de Francisco Soares eRosa Francisca nov. 1833, filha filha de Fortunato Soares e Joaquina Soares. Thereza, aldeia, Navarra. T. Francisco do Burgo e Fonelo Tiveram: Soares, aldeia, Navarra, Padre Domingos Fernandes, vigário. Tiveram Bento de Sepúlveda, nasceu a 17 set. 1819 e faleceu a 3 set., 1859.

64


Gerações de Braga Minha Geração Josefa Sepúlveda, nasceu a 28 out. 1825. Narcizo de Sepúlveda, nasceu a 20 nov. 1826. Isabel Sepúlveda, nasceu a 23 out. 1828 e Maria Teresa de Sepúlveda faleceu abr. 1830. José Sepúlveda, f. aa1720 set. 1819. JoséSepúlveda, Soares Sepúlveda, nasceu a 3 ago. 1831. João António f. a 11 jul. 1834. Manuel Sepúlveda, nasceu Gregório Sepúlveda faleceu a 8 Mar., 1820a 9 nov. 1833. Maria Rosa Sepúlveda, nasceu a 19 dez. 1835. António Fernandes de Sepúlveda e Magalhães Francisco de Sepúlveda faleceu a 9Rosa set. Soares, 1836. filha de Casou segunda vez em 31.10.1822, com Maria Francisco de Sepúlveda, nasceu a 3 Mar. 1839 Francisco Soares e Francisca Thereza, aldeia, Navarra. T. Francisco do em Braga, Navarra. Burgo e Fonelo Soares, aldeia, Navarra, Padre Domingos Fernandes, vigário. X - Francisco de Sepúlveda, nasceu em Navarra a 3 Tiveram de março de 1839 e faleceu a 27 de janeiro de 1896, Bentoem de Sepúlveda, nasceu a 17 com set. 1819 faleceuCasou a 3 set.,a 1859. Fafe, Santa Eulália, 57 eanos. 17 de Josefa Sepúlveda, nasceu a 28 out. 1825. Mar. 1859 com Maria Rosa Soares de Freitas, nascida Narcizo de Sepúlveda, nasceu 20Fortunato nov. 1826. Soares e Joaquina a 29 nov. 1833, filha ade IsabelRosa Sepúlveda, nasceu a 23 out. 1828 e faleceu a 20 abr. 1830. Soares. José Soares Sepúlveda, nasceu a 3 ago. 1831. Tiveram: Manuel Sepúlveda, a 9 nov.nasceu 1833. a 9 out. 1859 em Florinda nasceu Sepúlveda Maria RosaFafe, Sepúlveda, dez. 1835.a 18 out. 1884 em Santa nasceu Euláliaa 19 e faleceu Fafe, Santa Eulália Francisco de Sepúlveda faleceu (Granja). a 9 set. 1836. Benedita Sepúlveda a em 24 Braga, jun. 1861 Francisco de Sepúlveda, nasceu a 3nasceu Mar. 1839 Navarraem Fafe, Santa Eulália e faleceu a 8a 3jan. 1944de em X - Francisco de Sepúlveda, nasceu em Navarra de março 1839 e Fafe, Santa Eulália. faleceu a 27 de janeiro de 1896, em Fafe, Santa Eulália, com 57 anos. 16 de Novembro 1889decom Francisco Casou a 17Casou de Mar.a1859 com Maria Rosade Soares Freitas, nascida a 29 Ribeiro, nascido a 31 de Maio de 1869, nov. 1833, filha de Fortunato Soares e Joaquina Rosa Soares. Fafe Tiveram: Santa Eulália. Albino Sepúlveda nasceu a 27 dez. 1865 em Fafe, Santa Eulália. Bernardo Sepúlveda nasceu a 20 jul. 1867 em Fafe, Santa Eulália e faleceu a 27 jul. 1867 em Fafe, Santa Eulália (viveu 7 dias).

65


Gerações de Braga Minha Geração Maria Sepúlveda nasceu a 20 jul. 1869 em Fafe, Santa Eulália. Casou a 15 de Agosto de 1889 com António de Sousa, nascido - Landim/Vila Maria Teresa de Sepúlveda Nova de Famalicão. José Sepúlveda, f. a 17 set. 1819. Alberto Sepúlveda nasceu a 15 jun. 1872 em João António Sepúlveda, f. a 11 jul. 1834. Fafe, Santa Eulália. Gregório Sepúlveda faleceu anasceu 8 Mar., 1820 José Sepúlveda a 7 nov. 1873 em Fafe, António Fernandes de Sepúlveda e Magalhães Santa Eulália e faleceu em 1941. Casou no dia 18 Casou segunda vez em 31.10.1822, comcom MariaTeresa Rosa Soares, filha de de Dezembro de 1892 Teixeira, Francisco nascida Soares e -Francisca Thereza, aldeia,Celorico Navarra. de T. Francisco Basto São Clemente, Basto. do Burgo e Fonelo aldeia, Navarra, Emília Soares, Sepúlveda nasceu a 2Padre set. Domingos 1874 em Fernandes, Fafe, vigário. Santa Eulália. Tiveram José Sepúlveda nasceu a 7 nov. 1876 e f. a 3 abr. Bento de Sepúlveda, nasceu a 17 set. 1819 e faleceu a 3 set., 1859. 1953. JosefaXI Sepúlveda, nasceu a 28 out. 1825. - José de Sepúlveda nasceu a 25 de agosto de Narcizo de Sepúlveda, nasceu a 20 nov. 1826.a 2 de abril de 1953 1876, Fafe Santa Eulália. Faleceu Isabel em Sepúlveda, out. 1828 a 20 abr. 1830. Boticasnasceu (Eiró)a 23 Casou a 15e faleceu de novembro de 1896 José Soares Sepúlveda, nasceu a 3 ago. 1831. em Fafe (Santa Eulália) com Joaquina Ferreira Costa Manuel Sepúlveda, nasceu a 9 nov. 1833. Couto, nascida - Vinhós/Fafe. Maria Rosa Sepúlveda, nasceu a 19 dez. 1835. Tiveram: Francisco de Sepúlveda faleceunasceu a 9 set. 1836. Maria Sepúlveda a 20 fev. 1897 em Fafe, Francisco de Sepúlveda, nasceu a 3 Mar.a 1839 em Braga, Santa Eulália e faleceu 18 set., 1983Navarra em Riba X - Francisco de Sepúlveda, nasceu em Navarra a 3 de março de 1839 e d'Ave. António dede Sepúlveda nasceu a 23 set.com 1898 e faleceu a 27 de janeiro 1896, em Fafe, Santa Eulália, 57 anos. faleceu a 2 jan., 1899Rosa em Soares Fafe, Santa Eulália. Casou a 17 de Mar. 1859 com Maria de Freitas, nascida a 29 Emília Sepúlveda nasceu a 27 Mar. em Fafe, nov. 1833, filha de Fortunato Soares e Joaquina Rosa1900 Soares. Tiveram: Santa Eulália e faleceu a 9 ago. 1951 em Boticas. Amélia Sepúlveda nasceu a 17 fev. 1902 em Fafe, Santa Eulália. Artur Sepúlveda nasceu a 22 nov. 1903 em Fafe, Santa Eulália e faleceu a 14 set., 1907. Conceição Sepúlveda nasceu a 12 Mar. 1906 em Fafe, Santa Eulália e faleceu a 15 Mar. 1977.

66


Gerações de Braga Minha Geração Ester Sepúlveda nasceu a 3 abr. 1907 em Fafe, Santa Eulália e faleceu a 16 nov. 1991 em Riba Maria Teresa de Sepúlveda d'Ave. José Sepúlveda, f. aSepúlveda 17 set. 1819.nasceu a 13 maio 1910 e Alberto João António Sepúlveda, f. a 11 1973. jul. 1834. faleceu a 28 maio Gregório Sepúlveda faleceu anasceu 8 Mar., 1820 Artur Sepúlveda a 24 mar. 1913 em Fafe, António Fernandes de Sepúlveda e Magalhães Santa Eulália e faleceu a 4 nov. 1992 em Fafe, Casou segunda vez em 31.10.1822, com Maria Rosa Soares, filha de Santa Eulália. Francisco Emília Soares Sepúlveda e Francisca Thereza, aldeia, Navarra. T. Francisco do nasceu em 1918 e faleceu a5 Burgo e Fonelo Soares, Navarra, Padre Domingos Fernandes, set. 1992 em aldeia, Boticas. vigário. José Sepúlveda nasceu em Fafe, Santa Eulália. Tiveram Aurora Sepúlveda Bento de Sepúlveda, nasceu a 17 set. 1819 e faleceu a 3 set., 1859. Josefa Sepúlveda, nasceu a 28 out. 1825. XII - Emília Sepúlveda nasceu a 27 Mar. 1900 em Fafe, Narcizo de Sepúlveda, nasceu a 20 nov. 1826. Santa Eulália e faleceu a 9 Ago. 1951 em Eiró, Boticas. Isabel Sepúlveda, nasceu a 23 out. 1828 e faleceu a 20 abr. 1830. Teve de João Soares o filho natural: José Soares Sepúlveda, nasceu a 3 ago. 1831. Armando Sepúlveda Manuel Sepúlveda, a 9 nov. 1833. Casou depoisnasceu com Aurélio Gonçalves de Oliveira, de Mariaquem Rosa Sepúlveda, nasceu a 19 dez. 1835. tiveram: Francisco Arnaldo de Sepúlveda faleceu ade 9 set. 1836. nasceu a 24 jul. Gonçalves Oliveira Francisco 1933. de Sepúlveda, nasceu a 3 Mar. 1839 em Braga, Navarra X - Francisco de Sepúlveda, em Navarra a 3 denasceu março de 1839 e Maria dos Anjosnasceu Gonçalves de Oliveira em faleceu a 1934. 27 de janeiro de 1896, em Fafe, Santa Eulália, com 57 anos. Casou a 17António de Mar. 1859 com Maria Rosa Soares de Freitas, nascida a 29 Gonçalves de Oliveira nasceu a 3 dez. nov. 1833,1935 filha de Fortunato em Boticas.Soares e Joaquina Rosa Soares. Tiveram: Angelina Esperança Sepúlveda Gonçalves nasceu a 20 jul. 1941. Artur Gonçalves Oliveira

67


Gerações de Braga Minha Geração XIII - Armando Sepúlveda a 1 fev. 1920, em Fafe, e faleceu a 9 jan. 1994 em Vila do Conde. Maria Teresa de Sepúlveda Casou três José Sepúlveda, f. avezes. 17 set. 1819. Do primeiro casamento João António Sepúlveda, f. a 11 jul. com 1834. Maria da Conceição nascida a 17 set. Gregório Sepúlveda faleceu a 8Dias Mar.,Sampaio 1820 1911, falecida em 1913. António Fernandes de Sepúlveda e Magalhães Casou Tiveram: segunda vez em 31.10.1822, com Maria Rosa Soares, filha de Francisco Soares Francisca Thereza, aldeia, Navarra. Francisco MariaeFernanda Dias Sepúlveda nasceu T. a 11 jan. do Burgo e Fonelo aldeia, Navarra,Delães. Padre Domingos Fernandes, 1944Soares, em V.N. Famalicão, vigário. Tiveram Do segundo casamento com Bento de Sepúlveda, nasceu a 17 set. 1819 e faleceu a 3 set., 1859. Eugénia Correia da Silva, nascida a 29 de fev. 1924 e Josefa Sepúlveda, nasceu a 28 out. 1825. falecida a 9 Mar. 1975 Narcizo de Sepúlveda, nasceu a 20 nov. 1826. Tiveram: nasceu a 23 out. 1828 e faleceu a 20 abr. 1830. Isabel Sepúlveda, Manuela Correia Sepúlveda nasceu a 18 set., José SoaresEma Sepúlveda, nasceu a 3 ago. 1831. 1946 em V. N.a 9 Famalicão, Manuel Sepúlveda, nasceu nov. 1833. Delães e faleceu a 4 jan. em Vila do aConde. Maria Rosa 2017 Sepúlveda, nasceu 19 dez. 1835. Otíliafaleceu Correia Francisco deMaria Sepúlveda a 9Sepúlveda set. 1836. nasceu a 25 out. em V.nasceu N. Famalicão, Delães. Francisco de1947 Sepúlveda, a 3 Mar. 1839 em Braga, Navarra Maria de Lurdes Correia Sepúlveda nasceu 101839 e X - Francisco de Sepúlveda, nasceu em Navarra a 3 de marçoade 1948 em V. N. em Famalicão, Delães. faleceu a 27out. de janeiro de 1896, Fafe, Santa Eulália, com 57 anos. Casou a 17 de Mar. 1859 com Maria Rosa Soares de Freitas, nascida José Luís Correia Sepúlveda nasceu a 6 abr. 1950a 29 nov. 1833, filha SoaresDelães. e Joaquina Rosa Soares. em de V. Fortunato N. Famalicão, Tiveram: Olga Fernanda Correia Sepúlveda nasceu a 23 dez. 1959 em V. N. Famalicão, Delães Maria Paula Correia Sepúlveda nasceu a 20 nov. 1963 em Póvoa de Varzim.

68


Gerações de Braga Minha Geração Do terceiro casamento com Rosa Maria da Silva Ferreira, nascida a 18 set. 1947. MariaTiveram: Teresa de Sepúlveda José Sepúlveda, a 17 set. 1819. Sílvia f.Alexandra Ferreira Sepúlveda, nasceu a 10 João António Sepúlveda, f. a 11 jun. 1980 em Vila jul. do1834. Conde. Gregório Sepúlveda faleceu a 8 Mar., 1820 como habilitações AntónioArmando Fernandes teve de Sepúlveda e Magalhães literárias a quarta classe devez adultos. Casou segunda em 31.10.1822, com Maria Rosa Soares, filha de Francisco Soares e Francisca Thereza, aldeia, Navarra.Maguidal, T. Francisco Formou-se em alfaiataria pela Academia de do Burgo eLisboa, Fonelo tendo Soares, exercido aldeia, Navarra, Padre Domingos Fernandes, a profissão de alfaiate em vigário.Delães, Vila Nova de Famalicão, em Santo Tirso e em TiveramLisboa. Bento de Sepúlveda, nasceu a 17 set. 1819 e faleceu a 3 set., 1859. Posteriormente por duas empresas Josefa Sepúlveda, nasceu afoi 28 responsável out. 1825. confeçõesnasceu em telas plastificadas, na Póvoa de Narcizode de Sepúlveda, a 20 nov. 1826. Varzim. nasceu a 23 out. 1828 e faleceu a 20 abr. 1830. Isabel Sepúlveda, José Soares Sepúlveda, nasceu a 3foi ago.comerciante 1831. Ainda nesta cidade, de pronto-aManuelvestir Sepúlveda, nasceu a de 9 nov. 1833. e industrial confeções plastificadas, toldos, Maria Rosa Sepúlveda, nasceu 19 dez. 1835. e outra confeção ematecido. Francisco de Sepúlveda faleceu a 9 set. 1836. Francisco Mar. 1839 em Braga,aNavarra XIVde- Sepúlveda, José Luís nasceu Correiaa 3Sepúlveda nasceu 6 de abril X - Francisco de Sepúlveda, nasceu emoutubro Navarra de a 3 1973 de março deAna 1839 e de 1950. Casou em 20 de com faleceuMaria a 27 deDine janeiro de 1896, em Fafe, Santa com1951, 57 anos. Falcão Sincer, nascida emEulália, 11 nov. Casou aem 17 de Mar. 1859 com Maria Rosa Soares de Freitas, nascida a 29 Lisboa, Arroios. nov. 1833, filha de Fortunato Soares e Joaquina Rosa Soares. Tiveram: Tiveram: José Luís Dine Falcão Sincer e Sepúlveda, nascido a 26 out. 1974 em Vila do Conde. José Miguel Dine Falcão Sincer e Sepúlveda, nascido a 28 dez. 1975 em Póvoa de Varzim. José Pedro Dine Falcão Sincer e Sepúlveda, nascido a 9 abr. 1979 em Porto.

69


Gerações de Braga Minha Geração Dedica-se à escrita, investigação musical e genealógica, apoia e divulga programas literários. Tem mais de duas dezenas de livros de poesia, Maria Teresa de Sepúlveda música, história genealogia. José Sepúlveda, f. a 17 set.e1819. João António Sepúlveda, 11 jul. 1834. É colunista daf. arevista literária luso-brasileira Gregório Sepúlveda faleceu a 8 Mar., 1820para a divulgação de Divulga Escritor, com vocação António Fernandes de Sepúlveda e Magalhães novos autores. Casou Ao segunda Mariae Rosa Soares, filha de longovez do em seu31.10.1822, percurso com literário musical, além Francisco Soares e(dando Francisca Thereza, T. Francisco do da poesia ênfase ao aldeia, sonetoNavarra. e ao acróstico, Burgo géneros e Fonelo que Soares, aldeia,tem Navarra, Domingos Fernandes, cultiva), vindoPadre a compor algumas vigário.músicas (hinos regionais e marchas). Tem Tiveram participado em diversas publicações portuguesas, Bento brasileiras de Sepúlveda, a 17 em set. 1819 e faleceu a 3escritores. set., 1859. e nasceu italianas, parceria com JosefaTem Sepúlveda, nasceu a 28 out. 1825. desenvolvido recolhas de trabalhos na área da Narcizo de Sepúlveda, nasceu a 20 nov. 1826.compositores. música, em parceria com alguns Isabel Tem Sepúlveda, a 23 out. 1828 ede faleceu a 20publicados, abr. 1830. maisnasceu de duas dezenas livros José Soares Sepúlveda, a 3 ago. 1831. dois em papel nasceu e os restantes em e-book (Poesia e Manueloutros Sepúlveda, nasceu a 9 nov. 1833. trabalhos literários, música, história e Maria Rosa Sepúlveda, genealogia). nasceu a 19 dez. 1835. Francisco de Sepúlveda faleceu a 9 set. 1836. Frequentou os Institutos de Francês e Britânico na Francisco de Sepúlveda, nasceu a 3 Mar. 1839 em Braga, Navarra sua extensão da Póvoa de Varzim, ensino noturno. X - Francisco de Sepúlveda, nasceu em Navarra a 3 de março de 1839 e decorrer da de sua1896, carreira profissional trabalhou: faleceuNo a 27 de janeiro em Fafe, Santa Eulália, com 57 anos. primeiro, como funcionário público; depois, Casou a 17 de Mar. 1859 com Maria Rosa Soares de Freitas, nascida a 29 durante 35Fortunato anos, como empregado bancário, nov. 1833, filha de Soares e Joaquina Rosa Soares.onde adquiriu formação diversa na área bancária e das Tiveram: novas tecnologias, parte dela no Instituto de Formação Bancária. Antes e depois, publicou em alguns jornais, tendo sido detentor duma rubrica semanal (Palavras e Cantos) num jornal poveiro.

70


Gerações de Braga Minha Geração Ocasionalmente, publicou na Revista Terras de Portugal e num Roteiro de Festas local. Maria Teresa de Sepúlveda A partir dos 17 anos desenvolveu profícua José Sepúlveda, f. a 17 set. 1819.tendo escrito as primeiras atividade poética, João António Sepúlveda, 11 jul. 1834. no término da sua coletânea. Seria,f. ano entanto, Gregório Sepúlvedaprofissional faleceu a 8 Mar., 1820se viria a dedicar à atividade que Antóniopoesia Fernandes Sepúlveda e Magalhães comdemais regularidade. Casou Quando segunda vezda em 31.10.1822, com Maria bancária, Rosa Soares, foi filha de sua atividade Francisco Soares e Francisca Francisco do correspondente do Thereza, Jornal Oaldeia, BancoNavarra. (depois T. Revista), Burgo durante e Fonelo algum Soares, tempo. aldeia, Navarra, Padre Domingos Fernandes, vigário.Administra diversos grupos com vocação literária, Tiveramno Facebook. Bento de Sepúlveda,anasceu a 17 set. 1819 e faleceu a 3 set., 1859. Frequenta Universidade Sénior do Rotary Clube Josefa Sepúlveda, nasceu a 28 out. 1825. da Póvoa de Varzim, orientando a disciplina de NarcizoIniciação de Sepúlveda, nasceu a 20há nov. 1826. à Informática mais de dez anos. Isabel Sepúlveda, nasceuprojetos a 23 out. 1828 e faleceu a 20 abr. 1830. e Tem apoiado literários, divulgando-os José Soares Sepúlveda,anasceu ago. 1831. autores, iniciados promovendo ediçãoa 3de muitos Manuelou Sepúlveda, nasceu a 9 nov. não, prefaciando e 1833. apresentando livros. Tem Maria Rosa Sepúlveda, nasceu a 19 dez. organizado, apoiado e 1835. frequentando muitos Francisco de Sepúlveda faleceu a 9 set. 1836. Saraus e Tertúlias. Francisco de Sepúlveda, nasceu a 3 Mar. 1839 em Braga, Navarra X - Francisco em Navarra a 3 de março de 1839 e XV. 1de- Sepúlveda, José Luís nasceu Dine Falcão Sincer e Sepúlveda faleceunasceu a 27 de janeiro de 1896, em Fafe, com 57 a 26 de outubro de Santa 1974,Eulália, em Vila do anos. Casou aConde. 17 de Mar. 1859 com Rosa Soares de Freitas, Casou a 28Maria de março de 1999 com nascida Maria a 29 nov. 1833, filha deOliveira Fortunato Soares e Joaquina de Rosa Soares. Manuela Teles, Educadora Infância. Tiveram: Não têm filhos. Começou os estudos ainda com 5 anos e frequentou a escola primária na Escola dos Sininhos, naquela cidade.

71


Gerações de Braga Minha Geração É neste período que toma contacto com a informática e a programação, aos 11 anos, e Maria Teresa de Sepúlveda começa a desenvolver o seu gosto e aptidão para José Sepúlveda, f. a 17 set. 1819. as tecnologias. João António Sepúlveda, f. ao11 Curso jul. 1834.Básico de Socorrista da Aos 16 anos faz Gregório Sepúlveda faleceuPortuguesa a 8 Mar., 1820(o qual renovou por Cruz Vermelha Antónioduas Fernandes de Sepúlveda Magalhães vezes). Em 20 dee Março de 1994 parte rumo Casou segunda vez em 31.10.1822, com Maria Rosa Soares, em filha de a Viseu para iniciar o 9º Curso de Bacharelato Francisco Soares e Francisca Thereza, aldeia, Navarra. T. Francisco do Enfermagem, na Escola Superior de Enfermagem Burgo edeFonelo Soares, Padre Domingos Fernandes, Viseu. Em aldeia, 18 deNavarra, Julho de 1997 termina o vigário.Bacharelato e regressa a Vila do Conde, onde Tiveramcomeça a exercer a sua profissão, como Bento de Sepúlveda, nasceu a 17 set. 1819 e faleceu a 3 set., para 1859. a enfermeiro, na Clínica Médica da Marginal, Josefa Sepúlveda, nasceu a 28em out. 1825. Em dezembro desse recém-aberta filial Balazar. Narcizoano, de Sepúlveda, nasceu prestador a 20 nov. 1826. entra como de serviços para o Isabel Sepúlveda, nasceu a 23 out. 1828 e faleceu a 20 abr. 1830.fica Hospital Distrital de Vila do Conde, onde José Soares Sepúlveda, nasceu a de 3 ago. 1831. colocado no Serviço Medicina. Posteriormente Manuelpassaria Sepúlveda,a nasceu a 9 nov. 1833. contrato a termo certo por seis meses Maria Rosa Sepúlveda, a 19 dez. renovável até nasceu ao máximo de1835. dois anos (que viriam Francisco de Sepúlveda faleceu a 9 set. 1836. a ser dois anos e nove meses). Ao fim de dois anos Francisco Sepúlveda, nasceu a 3 Mar. 1839 em Braga, Navarra nadeMedicina (e com passagens pontuais pela X - Francisco de Sepúlveda, nasceu em Navarra a 3 de março de 1839 e Pediatria e Cirurgia/Ortopedia) foi transferido para faleceu oa Serviço 27 de janeiro de 1896, em Fafe, Santa Eulália,até com4 57 de Urgência, onde permaneceu deanos. Casou asetembro 17 de Mar. 1859 com Maria Rosa Soares Freitas,exerce nascida a 29 de 2001. Durante este de período nov. 1833, filha de funções, Fortunato Soares e Joaquina Soares. na também em regime de Rosa acumulação, Tiveram: Policlínica de S. José, na Póvoa de Varzim, na Cliwork (por convite da então Diretora de Enfermagem do Hospital Distrital de Vila do Conde) e na Linha MÉDIS - Atendimento de Enfermagem.

72


Gerações de Braga Minha Geração Trabalhou ainda em acumulação, durante alguns meses, como Vendedor e técnico de informática Maria Teresa de Sepúlveda nas empresas BITMEGA e CHIP - Comércio Habitual José Sepúlveda, f. a 17 set. 1819. de Informática Portuguesa. Em 28 de Março de João António a 11 jul. 1834.Manuela Oliveira Teles, 1999Sepúlveda, casa-se f. com Maria Gregórioeducadora Sepúlveda faleceu a 8 Mar.,amiga 1820 desde os 8 anos e de infância, António com Fernandes Sepúlvedadurante e Magalhães quemdenamorou 5 anos. Casou segunda vez em 31.10.1822, com Rosa público Soares, filha A 5 de Setembro de 2001, porMaria concurso de de Francisco Soares e Francisca Thereza, aldeia, pública Navarra. eT.passa Francisco ingresso, entra para a função a do Burgo efazer Fonelo Soares, aldeia, Navarra, Padre Fernandes, parte do quadro de pessoal daDomingos Administração vigário. Regional de Saúde do Norte, Centro de Saúde de Tiveram Valongo. Aí começou a colaborar com a então Enfermeiro Bento deEnfermeira-chefe Sepúlveda, nasceu na a 17implementação set. 1819 e faleceudo a 3 set., 1859. de Família, unidade e também na Josefa Sepúlveda, nasceuna a 28 sua out. 1825. elaboração estatísticas mensais do trabalho de Narcizo de Sepúlveda,das nasceu a 20 nov. 1826. enfermagem. da 1828 sua eperícia Isabel Sepúlveda, nasceuFruto a 23 out. faleceu em a 20 informática, abr. 1830. colaborou várias vezes com os serviços José Soares Sepúlveda, nasceu a 3 ago. 1831. administrativos a direção, na elaboração dos Manuel Sepúlveda, nasceu ae9 nov. 1833. Contratos-programa de Saúde de Maria Rosa Sepúlveda, nasceu a 19do dez. Centro 1835. Valongo, que faleceu viria mais tarde (2009) a ser fundido Francisco de Sepúlveda a 9 set. 1836. com o Centro nasceu de Saúde de Ermesinde, constituindo Francisco de Sepúlveda, a 3 Mar. 1839 em Braga, Navarra o Agrupamento de Centros de Saúde de Valongo e X - Francisco de Sepúlveda, nasceu em Navarra a 3 de março de 1839 e Ermesinde (ACeS VE). Em 2005 faz o Complemento faleceu a 27 de janeiro de 1896, em Fafe, Santa Eulália, com 57 anos. de Formação em Enfermagem que lhe confere o Casou a 17 de Mar. 1859 com Maria Rosa Soares de Freitas, nascida a 29 grau de licenciado, pela Escola Superior de nov. 1833, filha de Fortunato Soares Joaquina Enfermagem do Porto e eem 2009 Rosa iniciaSoares. o Curso de Tiveram:Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem Comunitária, a Pós-Graduação em Enfermagem Avançada e o Mestrado em Enfermagem Comunitária, que viria a concluir em 2013.

73


Gerações de Braga Minha Geração Em 2011 integra a Unidade de Cuidados na Comunidade Vallis Longus (UCC), sendo Responsável pelo Projeto "Tuberculose, uma luta Maria Teresa de Sepúlveda da comunidade", que desenvolve até setembro de José Sepúlveda, f. a 17 set. 1819. 2017,Sepúlveda, em simultâneo João António f. a 11 jul. com 1834. algumas das áreas da saúde escolar, colaborando ainda com a Equipa de Gregório Sepúlveda faleceu a 8 Mar., 1820 Cuidados Continuados Integrados da UCC. António Fernandes de Sepúlveda e Magalhães Em 2012 dá-se a fusão do ACeSE VE com o ACeS Casou segunda vez em 31.10.1822, com Maria Rosa Soares, filha de Maia, dando origem ao ACeS Grande Porto III Francisco Soares e Francisca aldeia, Navarra. T. Francisco Maia/Valongo, comThereza, reorganização dos serviços e do Burgo enova Fonelo Soares, Em aldeia, Navarra,de Padre Domingos Fernandes, direção. fevereiro 2017 é convidado vigário. para integrar a Direção de Enfermagem, como Tiveramadjunto e em abril do mesmo ano, foi nomeado Bento de Sepúlveda, nasceu a 17da set.UCC 1819 Vallis e faleceu a 3 set., função 1859. como Coordenador Longus, Josefa Sepúlveda, nasceu a 28como out. 1825. que mantém. Tem hobbies a programação, a Narcizo música de Sepúlveda, nasceu a 20 nov. 1826. que pratica desde (em particular o piano, Isabel Sepúlveda, nasceu 23 out. 1828escutistas, e faleceu a 20 abr. 1830. os 5 anos), as aatividades entre outras. Colabora regularmente com1831. a Revista Saúde & Lar, José Soares Sepúlveda, nasceu a 3 ago. portuguesa da 1833. publicadora Servir, desde Manuel edição Sepúlveda, nasceu a 9 nov. 2015. Participa em trabalhos Maria Rosa Sepúlveda, nasceu pontualmente a 19 dez. 1835. científicos comfaleceu pósteres e apresentações curtas. Francisco de Sepúlveda a 9 set. 1836. É de embro da Comissão Certificação Francisco Sepúlveda, nasceu a 3Nacional Mar. 1839 de em Braga, Navarrade Competências danasceu Ordem Enfermeiros, desde X - Francisco de Sepúlveda, emdos Navarra a 3 de março de 1839 e janeiro de 2019. faleceu a 27 de janeiro de 1896, em Fafe, Santa Eulália, com 57 anos. Acreditação no Rosa Programa P –nascida Estilo a 29 Casou aObteve 17 de Mar. 1859 com Maria SoaresTriplo de Freitas, defilha Vida, pelo Triple P. International. nov. 1833, deatribuído Fortunato Soares e Joaquina Rosa Soares. Tiveram: XV.2 - José Miguel Dine Falcão Sincer e Sepúlveda nasceu a 28 de dezembro de 1975, na Póvoa de Varzim. Casou em 14 de fevereiro de 1997 com Telma Cristina Meneses de Oliveira, dona de casa.

74


Gerações de Braga Minha Geração Tiveram: Hugo Miguel de Meneses Sincer e Sepúlveda, nascido a 10 nov. 2004 em Coimbra. Maria Teresa de Sepúlveda Abigail Meneses José Sepúlveda, f. ade 17 set. 1819. Sincer e Sepúlveda, nascida a 9 set. em Coimbra. João António Sepúlveda, f. a 112014 jul. 1834. Exerceu a atividade prótese Gregório Sepúlveda faleceu ade 8 Mar., 1820 dentária durante algum tempo. Possui um curso de mecânica António Fernandes de Sepúlveda e Magalhães eletrónica, que não exerce. Casou automóvel, segunda vezvertente em 31.10.1822, com Maria Rosa Soares, filha de Trabalha como empregado de escritório. Francisco Soares e Francisca Thereza, aldeia, Navarra. T. Francisco do Burgo e Fonelo Soares, aldeia, Navarra, Padre Domingos Fernandes, vigário.XV.3 - José Pedro Dine Falcão Sincer e Sepúlveda nasceu a 9 de abril de 1979, no Porto. Casou a 7 Tiveram maio de 2004 com de Sousa Bento de de Sepúlveda, nasceu a 17Eunice set. 1819Maria e faleceu a 3 set., 1859. Pereira, dona de casa. Josefa Sepúlveda, nasceu a 28 out. 1825. Tiveram: Narcizo de Sepúlveda, nasceu a 20 nov. 1826. Joananasceu Pereira Sincer e Sepúlveda, a6 Isabel Sepúlveda, a 23 out. 1828 e faleceu a nascida 20 abr. 1830. 2005,nasceu na Póvoa de 1831. Varzim José Soares out. Sepúlveda, a 3 ago. Martimnasceu Pereira e Sepúlveda, nascido a Manuel Sepúlveda, a 9Sincer nov. 1833. 7 ago. 2008, na aPóvoa Varzim Maria Rosa Sepúlveda, nasceu 19 dez.de 1835. Pereira Sincer e 1836. Sepúlveda, nasceu a 4 Francisco deMarcos Sepúlveda faleceu a 9 set. 2012, nasceu em Guimarães Francisco deset. Sepúlveda, a 3 Mar. 1839 em Braga, Navarra Pedro Pereira Sincer Sepúlveda, a 10 X - Francisco de Sepúlveda, nasceu e em Navarra a 3nasceu de março de 1839 e jan. 2016, em Guimarães. faleceu a 27 de janeiro de 1896, em Fafe, Santa Eulália, com 57 anos. Casou a 17 de Mar. 1859 com Maria Rosa Soares de Freitas, nascida a 29 Possui o Fortunato Curso de Instrutor nov. 1833, filha de Soares e Joaquinade RosaAutomóveis Soares. Ligeiros, que não exerce. Tiveram: Possui também o curso técnico-profissional de eletrónica e demótica, atividade que exerce por conta de outrém.

75


A

minha Família

76


Fotos de Família

Primeiro plano: José Luís e Ana Maria (progenitores) Maria Amélia (Mãe de Ana), Marcos, Pedro, Abigail e Martim Segundo plano: Pedro e Eunice, Joana, Miguel e Telma, Luís e Manuela. Atrás do Luís e da Manuela, o Hugo

77


Jardim de Amy

78


Minha família Progenitores

JOSÉ LUÍS CORREIA SEPÚLVEDA cc Ana Maria Dine Falcão Sincer

ARMANDO SEPÚLVEDA

JOSÉ PEDRO F. SINCER

cc Eugénia Correia da Silva

cc Maria Amélia Xavier de Brito Ghira Dine

EMÍLIA SEPÚLVEDA

JOSÉ PEDRO SINCER

LUÍS C. MIRANDA cc Clotilde P. Silva

cc Maria José C. P. Costa Falcão

79

CARLOS CIPRIANO GHIRA DINE cc Berta Alice G. X. Brito


Bodas de Prata de José e Amy

80


81


Meus filhos

Os três Josés: Pedro, Miguel e Luís

82


83


Luís e Manuela

84


Luís e Manuela

JOSÉ LUÍS DINE F. SINCER E SEPÚLVEDA cc Maria Manuela Oliv. Teles

JOSÉ LUÍS CORREIA SEPÚLVEDA

JOAQUIM TELES cc Palmira Leão

cc Ana Maria Dine Falcão Sincer

85


Miguel, Telma e filhos

86


Miguel, Telma e filhos

HUGO MIGUEL DE MENESES SINCER E SEPÚLVEDA

ABIGAIL DE MENESES SINCER E SEPÚLVEDA

JOSÉ MIGUEL DINE F. SINCER E SEPÚLVEDA cc Telma Cristina M. Oliveira

JOSÉ LUÍS CORREIA SEPÚLVEDA cc Ana Maria Dine Falcão Sincer

ARLINDO OLIVEIRA cc Micaela Meneses

87


Pedro, Eunice e filhos

88


Pedro, Eunice e filhos

JOANA PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

MARTIM PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

MARCOS PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

PEDRO PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

JOSÉ PEDRO DINE F. SINCER E SEPÚLVEDA cc Eunice Maria S. Pereira

JOSÉ LUÍS CORREIA SEPÚLVEDA

ARMINDO PEREIRA cc Maria Sousa Pereira

cc Ana Maria Dine Falcão Sincer

89


Minhas irmãs

Olga, Paula, Sílvia, Ema, José, Lurdes, Otília e Fernanda EMA, OTÍLIA, LURDES, JOSÉ, OLGA, PAULA EUGÉNIA E ARMANDO

Fernanda (Filha de Conceição)

90

SÍLVIA (Filha de Rosa Maria)


Minhas irmãs SÍLVIA ALEXANDRA FERREIRA SEPÚLVEDA

EMA MANUELA CORREIA SEPÚLVEDA

MARIA OTÍLIA CORREIA SEPÚLVEDA

MARIA DE LURDES CORREIA SEPÚLVEDA

OLGA FERNANDA CORREIA SEPÚLVEDA

MARIA PAULA CORREIA SEPÚLVEDA

MARIA FERNANDA CORREIA SEPÚLVEDA

Maria da Conceição Dias Sampaio

ARMANDO SEPÚLVEDA cc Eugénia Correia da Silva

Rosa Maria Ferreira

LUIS CORREIA MIRANDA cc Clotilde Pereira da Silva

EMÍLIA SEPÚLVEDA (c. João Silva Soares)

91


Maria Fernanda e Família

92


Maria Fernanda e Família

JOÃO PEDRO SEPÚLVEDA NAIA

ARMINDA MARIA SEPÚLVEDA COSTA e Pedro Miguel Naia

MARIA FERNANDA DIAS SEPÚLVEDA cc Eduardo Maria Nogueira da Costa

ARMANDO SEPÚLVEDA cc Maria da Conceição Dias Sampaio

EDUARDO MARIA FERREIRA DA COSTA cc Maria Celeste Sousa Nogueira

93


Ema Manuela e Família

94


Ema Manuela e Família MELISSA YAMAGUSHI COSTA

MARIANA YAMAGUSHI COSTA

MIGUEL MALAK COSTA

EMA SOUAD COSTA

MARIA LUÍSA SEPÚLVEDA COSTA cc Sharbel Jabro

JOSÉ LUÍS SEPÚLVEDA COSTA cc Sidineia Yamagushi

EMA MANUELA CORREIA SEPÚLVEDA cc Joaquim Emídio Santos Costa

ANTÓNIO DIAS COSTA cc Maria Otília Magalhães dos Santos

ARMANDO SEPÚLVEDA cc Maria Eugénia Correia da Silva

95


Maria Otília e Família

96


Maria Otília e Família

INÊS SEPÚLVEDA RITO DE FIGUEIREDO

RAQUEL SEPÚLVEDA RITO DE FIGUEIREDO

LÍGIA MANUELA SEPÚLVEDA FERREIRA DA SILVA cc Guilherme José Rito de Figueiredo

DIANA BETTY SEPÚLVEDA FERREIRA DA SILVA

EUGÉNIA MARIA SEPÚLVEDA FERREIRA DA SILVA

MIGUEL ÂNGELO SEPÚLVEDA FERREIRA DA SILVA e Sylvia Betty

MARIA OTÍLIA CORREIA SEPÚLVEDA cc Miguel Alberto Ferreira da Silva

ARMANDO SEPÚLVEDA cc Maria Eugénia Correia da Silva

CASIMIRO DE CARVALHO cc Maria Antónia Ferreira da Silva

97

PAULA ALEXANDRA SEPÚLVEDA FERREIRA DA SILVA


Maria de Lurdes e Família

98


Maria de Lurdes e Família GABRIEL ARAUJO SEQUEIRA SEPÚLVEDA RIBEIRO

RAFAEL ARAUJO SEQUEIRA SEPÚLVEDA RIBEIRO

JOÃO ALBANO SEPÚLVEDA NUNES RIBEIRO cc Liliana Araújo Sequeira

DIOGO MARRA MOREIRA SEPÚLVEDA RIBEIRO

e Giovanna Marra Moreira

ANA LUA RIBEIRO LUZ

NUNO SEPÚLVEDA NUNES RIBEIRO

MARIA DE LOURDES CORREIA SEPÚLVEDA cc João Albano Nunes Ribeiro

ALBANO DA SILVA RIBEIRO cc Deolinda da Silva Nunes

ARMANDO SEPÚLVEDA cc Maria Eugénia Correia da Silva

99

NOA RIBEIRO LUZ

MARIA DE LURDES SEPÚLVEDA NUNES RIBEIRO cc Hugo António Silva Cerqueira da Luz


Olga Fernanda e Família

100


Olga Fernanda e Família GONÇALO SEPÚLVEDA LINDO

MARIANA SEPÚLVEDA FERREIRA TORRES

CARLA FILIPA SEPÚLVEDA BATISTA FERREIRA e Luís Freitas Torres

EUGÉNIA MARTA SEPÚLVEDA BATISTA FERREIRA

OLGA ALEXANDRA SEPÚLVEDA B. FERREIRA e Bruno Filipe da Silva Lindo

OLGA FERNANDA CORREIA SEPÚLVEDA cc Jorge Alexandre Batista Ferreira

ARMANDO SEPÚLVEDA cc Eugénia Correia da Silva

? FERREIRA cc Conceição Batista

101


Maria Paula e Família

102


Maria Paula e Família (acesso reservado)

(acesso reservado)

JOANA SEPÚLVEDA OLIVEIRA

MARIA PAULA CORREIA SEPÚLVEDA cc Manuel João Moreira Oliveira

ARMANDO SEPÚLVEDA cc Eugénia Correia da Silva

JOÃO DE OLIVEIRA cc Maria Joaquina Moreira

103


Sílvia Alexandra e Família

104


Sílvia Alexandra e Família

BERNARDO SEPULVEDA NETO

SILVIA ALEXANDRA FERREIRA SEPÚLVEDA cc Manuel Ribeiro Martins Neto

ANTÓNIO NETO cc Josefina Neto

ARMANDO SEPÚLVEDA cc Rosa Maria Ferreira

105


Meus pais

106


Meus pais

ARMANDO SEPÚLVEDA cc Eugénia Correia da Silva

EMÍLIA SEPÚLVEDA (e João Soares)

JOSÉ SEPÚLVEDA cc. Joaquina Rosa do Couto

LUIS CORREIA DE MIRANDA cc Clotilde Pereira da Silva

BERNARDINO CORREIA DE MIRANDA cc Balbina Rosa de Miranda

107


Avós e Tios-avós Primeiro Grau

108


109


Avós e Tios Avó Emília (Gerações) ARNALDO GONÇALVES OLIVEIRA

MARIA DDS ANJOS GONÇALVES OLIVEIRA

ARTUR GONÇALVES OLIVEIRA

cc. Aurélio Gonçalves Oliveira

ANTÓNIO GONÇALVES OLIVEIRA

ANGELINA ESPERANÇA GONÇALVES OLIVEIRA

EMÍLIA SEPÚLVEDA I (minha avó)

ARMANDO SEPÚLVEDA e João Soares

JOSÉ SEPÚLVEDA cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe

cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

110

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Avó Emília (I) Andavas, doce Emília, por vielas Bradando em tristes ais de sangue e dor, Teus pés tu arrastavas com langor Exangue, e dormitavas co’as estrelas. Aonde estão as tuas rolas belas E os teus olhinhos cheios de dulçor? E aquelas mãos tão cheias de fulgor Que nem pintor retrata, onde estão elas?

Tão jovem quando envolta em ilusão, Um filho te nasceu. E desde então, Sozinha tu ficaste. Estranho amor! Ó triste sina, vida pervertida, Que te roubou da vida a própria vida E fez de ti um trapo sem valor!

JS

111


Geração dos tios e primos Tio Arnaldo MARIA GUIOMAR QUEIROGA OLIVEIRA cc Alfeu António Serafim

MARIA DE LURDES QUEIROGA OLIVEIRA cc Francisco Madeira ARNALDO GONÇ. OLIVEIRA cc Helena de Jesus Miguel Oliveira

SÓNIA GONÇALVES OLIVEIRA SERAFIM FILIPE GONÇALVES ALFEU SERAFIM

SARA GONÇALVES FERNANDES MADEIRA ARNALDO GONÇALVES FERNANDES MADEIRA

AMÃNDIO GONÇALVES QUEIROGA OLIVEIRA cc Carina Oliveira

Com descendência

DOMINGOS QUEIROGA OLIVEIRA

Com descendência

ODETE QUEIROGA OLIVEIRA

Sem descendência

EMÍLIA SEPÚLVEDA cc Aurélio Gonçalves de Oliveira

JOSÉ SEPÚLVEDA de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

112

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios e primos Tia Maria dos Anjos (Quinhas)

MARIA DOS ANJOS GONÇALVES OLIVEIRA

Com descendência

EMÍLIA SEPÚLVEDA cc Aurélio Gonçalves de Oliveira

JOSÉ SEPÚLVEDA de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe c Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

113

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios e primos Tio Artur

AMÂNDIO RODA OLIVEIRA casado

Com descendência

SUSANA RODA OLIVEIRA casada

Com descendência

CREMELINA RODA OLIVEIRA casada

Com descendência

ILDA RODA OLIVEIRA casada

Com descendência

ARTUR GONÇ. OLIVEIRA cc Celeste dos Santos Oliveira

EMÍLIA SEPÚLVEDA cc Aurélio Gonçalves de Oliveira

JOSÉ SEPÚLVEDA de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

114

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios e primos Tio António

EMÍLIA ALICE MONTEIRO DE OLIVEIRA cc Álvaro Gomes

ANTÓNIOO GONÇ. OLIVEIRA cc Elisa Dias de Oliveira

EMÍLIA SEPÚLVEDA cc Aurélio Gonçalves de Oliveira

DOMINGOS JOSÉ MONTEIRO DE OLIVEIRA cc Maria José Gonçalves Oliveira

PAULA MARIA MONTEIRO DE OLIVEIRA

NÁDIA TATIANA OLIVEIRA GOMES BÁRBARA LÚCIA OLIVEIRA GOMES

LIA GONÇALVES OLIVEIRA LAURA GONÇALVES OLIVEIRA

Com descendência

JOSÉ SEPÚLVEDA de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

115

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios e primos Tia Esperança

CARLOS JORGE SEPÚLVEDA CHEIRA cc Dina Maria Monteiro

ANA FILIPA MONTEIRO CHEIRA cc Nuno Martins

ANGELINA ESPERANÇA GONÇALVES OLIVEIRA cc António João Tibúrcio Cheira

JOSÉ MIGUEL SEPÚLVEDA CHEIRA cc Ana Cristina Santos

MIGUEL ÂNGELO SANTOS CHEIRA

EMÍLIA SEPÚLVEDA cc Aurélio Gonçalves de Oliveira

SILVESTRE SEPÚLVEDA CHEIRA

JOSÉ SEPÚLVEDA de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

116

GONÇALO FILIPE MARTINS


117


Geração de Avós e Tios-avós Segundo Grau

118


Avós e Tios-avós Bisavô José Sepúlveda (gerações) ARTUR SEPÚLVEDA EMÍLIA SEPÚLVEDA (I) (e Aurélio G. Oliveira AMÉLIA SEPÚLVEDA MARIA SEPÚLVEDA cc José de Freitas ESTER SEPÚLVEDA ALBERTO SEPÚLVEDA cc Maria Adelina ANTÓNIO SEPÚLVEDA ARTUR SEPÚLVEDA cc Maria Sepúlveda AURORA SEPÚLVEDA EMÍLIA SEPÚLVEDA (II) cc João Cunha JOSÉ SEPÚLVEDA

JOSÉ SEPÚLVEDA

de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

CONCEIÇÃO SEPÚLVEDA

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe

cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

119

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios Avós Avó Emília I (Boticas) ARNALDO GONÇALVES OLIVEIRA

MARIA DS ANJOS GONÇALVES OLIVEIRA

ARTUR GONÇALVES OLIVEIRA

cc. Aurélio Gonçalves Oliveira

ANTÓNIO GONÇALVES OLIVEIRA

ANGELINA ESPERANÇA GONÇALVES OLIVEIRA

EMÍLIA SEPÚLVEDA

ARMANDO SEPÚLVEDA e João Soares JOSÉ SEPÚLVEDA

de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe

cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães Nota: Ver mapa inicial

120


Peneda José foi um pedreiro apaixonado Que a terra do Barroso conhecia E transformava a pedra com mestria Com golpes de magia, em todo o lado. Chamavam-lhe Peneda. O pai amado Nascera no Penedo, em Braga, um dia. Depois, Maria Rosa conhecia E em Fafe foi cantar seu novo fado. A esposa, Joaquina, a companheira, Gerava filhos de qualquer maneira Sem médico ou parteira, envolta em dor.

Mas no seu lar humilde, pobrezinho, Juntaram muita paz, muito carinho Na construção de um verdadeiro amor.

JS

121


Geração dos tios-avós e primos Tia Maria (Riba d’Ave) JOSÉ CARLOS DIAS PINTO ORLANDO DIAS PINTO

JOSÉ SEPÚLVEDA PINTO cc Maria Emília Silva

JÚLIA SEPÚLVEDA FREITAS

FERNANDO DIAS PINTO ISABEL DIAS PINTO

cc Horácio Pinto

PAULO DIAS PINTO

JÚLIA MACHADO PINTO

MARIA SEPÚLVEDA

cc José Freitas JOÃO SEPÚLVEDA PINTO cc Maria José Pinto

ANTÓNIO MACHADO PINTO ANA MARIA MACHADO PINTO

JOSÉ SEPÚLVEDA de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

122

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios-avós e primos Tia Maria (Riba d’Ave)

LAURINDA MARIA SEPÚLVEDA PINTO cc Domingos Machado Sousa

JÚLIA SEPÚLVEDA FREITAS

cc Horácio Pinto

MARIA ARMINDA SEPÚLVEDA PINTO cc António Oliveira Alves

VITOR MANUEL PINTO SOUSA RUI PINTO SOUSA

CLÁUDIA ISABEL PINTO ALVES

ANTÓNIO JOSÉ PINTO ARAÚJO

MARIA SEPÚLVEDA

cc José Freitas

MARIA EMÍLIA SEPÚLVEDA PINTO cc António Machado Araújo

FILIPE ORLANDO PINTO ARAÚJO

RUI ALBERTO PINTO ARAÚJO

JOSÉ SEPÚLVEDA de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

123

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios-avós e primos Tia Maria (Riba d’Ave) JOÃO MANUEL FREITAS RODRIGUES cc Maria Inácia Faria Rodrigues

ANTÓNIO MANUEL FREITAS RODRIGUES

ALICE SEPÚLVEDA FREITAS cc Joaquim Ferreira Rodrigues

cc Noémia Rodrigues

ANA CRISTINA FARIA FREITAS

FLÁVIO RODRIGUES TELMA RODRIGUES

ANDREIA RODRIGUES

MARIA SEPÚLVEDA

cc José Freitas

FERNANDO MANUEL FREITAS RODRIGUES cc Irene Rodrigues

RICARDO MANUEL FREITAS RODRIGUES cc Camélia Rodrigues

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe cc Maria Soares

cc Maria Rosa Soares

JORGE RODRIGUES RAFAEL FILIPE RODRIGUES

JOSÉ SEPÚLVEDA de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga

ADRIANA RODRIGUES

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

124

TIAGO RODRIGUES JOÃO VITOR RODRIGUES

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios-avós e primos Tia Maria (Riba d’Ave)

ARMANDO CASTRO FREITAS cc Rosa Pereira Freitas

JOAQUIM SEPÚLVEDA FREITAS casado

MARIA SEPÚLVEDA

cc José Freitas

JOSÉ SEPÚLVEDA de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

MARIA DAS DORES SANTOS FREITAS

com geração

LAURINDA SEPÚLVEDA FREITAS

ISAURA SEPÚLVEDA FREITAS casada

MARIA DAS DORES SANTOS FREITAS

CARLOS SEPÚLVEDA FREITAS

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Fafe cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

125

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios-avós e primos Tia Maria (Riba d’Ave) SABRINA JESUS GONÇALVES

JOSÉ FREITAS GONÇALVES cc Rosa Gonçalves

JOSÉ JESUS GONÇALVES LÍDIA JESUS GONÇALVES

ARMINDA SEPÚLVEDA FREITAS cc José Gonçalves

ARNALDINA FREITAS GONÇALVES

ALEXANDRE PEREIRA GONÇALVES

MARIA SEPÚLVEDA

cc José Freitas JOSÉ JORGE FREITAS GONÇALVES cc Maria José Gonçalves

SANDRA PEREIRA GONÇALVES IOANE PEREIRA GONÇALVES

JOSÉ SEPÚLVEDA cc Joaquina Ferreira do Couto

JOSÉ MARIA FREITAS GONÇALVES cc Rosa Gonçalves

ÂNGELA GONÇALVES DAVID GONÇALVES

FRANCISCO SEPÚLVEDA cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

126

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios-avós e primos Tio Alberto (Sanguinhedo)

cc Aldina Sepúlveda ORLANDO SEPÚLVEDA

ALBERTO SEPÚLVEDA

cc Maria Adelina

JOSÉ SEPÚLVEDA cc Joaquina Ferreira do Couto

e Maria de Jesus

ADELINA SEPÚLVEDA cc Amândio

SÉRGIO SEPÚLVEDA

OSMARINA SEPÚLVEDA

com geração

ORLANDO SEPÚLVEDA

com geração

ORLANDA SEPÚLVEDA

com geração

LUCÍLIA SEPÚLVEDA

MIGUEL SEPÚLVEDA

ANTÓNIO SEPÚLVEDA

com geração

FERNANDA SEPÚLVEDA

DANIEL SEPÚLVEDA

FÁTIMA SEPÚLVEDA cc Fernando Caldas

SALOMÉ SEPÚLVEDA CALDAS

CARLOS SEPÚLVEDA

com geração

ARTUR SEPÚLVEDA ORLANDO SEPÚLVEDA

FRANCISCO SEPÚLVEDA cc Maria Soares

e outra

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

EMÍLIA SEPÚLVEDA casada

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

127

AVELINO SEPÚLVEDA

outra geração


Geração dos tios-avós e primos Tio Alberto (Sanguinhedo) CARLOS ALBERTO SEPÚLVEDA MONTEIRO cc Maria dos Anjos Gregório Monteiro LUCILIA TEIXEIRA SEPÚLVEDA cc Orlando Monteiro ANTÓNIO JORGE SEPÚLVEDA MONTEIRO cc Cristina Monteiro

CARLOS DANIEL MADUREIRA MONTEIRO

STEPHANIE SANTOS MONTEIRO

DIOGO SANTOS MONTEIRO

ALBERTO SEPÚLVEDA

cc Maria Adelina

JOSÉ SEPÚLVEDA cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

128

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios-avós e primos Tio Artur (Fafe)

MARIA DAS DORES CASTRO SEPÚLVEDA ARTUR CASTRO SEPÚLVEDA cc Albina Teixeira Sepúlveda

ANTÓNIO

com Maria Sepúlveda

ARTUR SEPÚLVEDA

JÚLIA

com Joaquina

CELESTE COSTA SEPÚLVEDA cc Leandro

JOSÉ SEPÚLVEDA cc Joaquina Ferreira do Couto

ISALINDA BELA ALICE CRISTINA AGOSTINHO

BENIGNO COSTA SEPÚLVEDA

FRANCISCO SEPÚLVEDA cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

DAVID COSTA SEPÚLVEDA

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

129

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios-avós e primos Tio Artur (Fafe) CRISTINA MARIA FREITAS SEPÚLVEDA

cc João Eduardo Borges Simões

RAÚL CASTRO SEPÚLVEDA cc Maria Olinda Freitas Sepúlveda

CARLA ALEXANDRA FREITAS SEPÚLVEDA

cc António Augusto Nog. Henriques

cc Porcina

JOSÉ SEPÚLVEDA cc Joaquina Ferreira do Couto

DELFIM MANUEL SEPÚLVEDA SOUSA

JOÃO CASTRO SEPÚLVEDA cc Lúcia Guedes Sepúlveda

ÂNGELO MIGUEL GUEDES SEPÚLVEDA cc Sandra Sepúlveda

ALBANO CASTRO SEPÚLVEDA cc Lucete Sepúlveda

DAVID SEPÚLVEDA

FRANCISCO SEPÚLVEDA cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

BÁRBARA SEPÚLVEDA HENRIQUES

CARLOS MANUEL SEPÚLVEDA SOUSA

QUITÉRIA AURORA CASTRO SEPÚLVEDA cc José Carlos Freitas Sousa

ARTUR SEPÚLVEDA

ANA RITA SEPÚLVEDA BORGES SIMÕES

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

130

BEATRIZ GUEDES SEPÚLVEDA


Geração dos tios-avós e primos Tio Artur (Fafe) NANCI SEPÚLVEDA DUARTE ELVIRA CASTRO SEPÚLVEDA

JERÓNIMO SEPÚLVEDA DUARTE

cc José Armando Branco Duarte

DAVID SEPÚLVEDA DUARTE

CÁTIA ISABEL LEITE SEPÚLVEDA

ANTÓNIO JOAQUIM CASTRO SEPÚLVEDA cc Albina Teixeira Sepúlveda

ARTUR SEPÚLVEDA cc Porcina

JOSÉ SEPÚLVEDA cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO SEPÚLVEDA cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

PEDRO MIGUEL LEITE SEPÚLVEDA

MARIA DA GRAÇA CASTRO SEPÚLVEDA cc João Guedes Pinheiro

MARIA DA JOSÉ CASTRO SEPÚLVEDA cc Raúl Palhares Nogueira

ANTÓNIO MIGUEL SEPÚLVEDA PINHEIRO casado

RICARDO SEPÚLVEDA PINHEIRO

FERNANDO JOSÉ SEPÚLVEDA NOGUEIRA cc Susana Nogueira

FRANCISCA NOGUEIRA

PAULO SÉRGIO SEPÚLVEDA NOGUEIRA cc Sandra Nogueira

MARINA MARIA CASTRO SEPÚLVEDA cc Joaquim Lopes

MAGDA TITÂNIA SEPÚLVEDA LOPES

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

131

MARCO NOGUEIRA ANA SOFIA NOGUEIRA


Artur, o tio-avô

No teu primeiro andar, cortavas barbas, Cabelos, nem sei quantas coisas mais, Lembrando as coisas boas que guardavas Do Zé, da Quina, os teus queridos pais.

E todo esse fulgor que armazenavas Para momentos mais especiais, Feliz, nos teus "Robertos" tu deixavas Em festas, romarias e arraiais. Mas a bizarra herança que deixaste – Duas mulheres com quem coabitaste Em simultâneo, as musas do teu fado – Enchia toda a gente de euforia E até que alguém chamasse "bigamia", Co’as duas te deitavas lado a lado.

132


Geração dos tios-avós e primos Tia Emília II (Montalegre) EMÍLIA PAULA ALVES CUNHA

ANTÓNIO SEPÚLVEDA CUNHA cc Alzira Cunha

PAULA ALVES CUNHA JOSÉ ANTÓNIO CUNHA NUMES

OSMARINA SEPÚLVEDA CUNHA cc Manuel Barroso Rocha Nunes

HELENA NUNES

ALBERTO FERNANDES CUNHA Olga Cunha JOÃO FERNANDES CUNHA Cidália Reis Cunha

EMÍLIA SEPÚLVEDA (II) cc João Cunha

Com geração JOÃO PERDRO COSTA CUNHA

LUCÍLIA FERNANDES CUNHA

JOSÉ SEPÚLVEDA cc Joaquina Ferreira do Couto

ARMÉNIO SEPÚLVEDA CUNHA cc Rosa Cunha

EMÍLIA FERNANDES CUNHA cc Eduardo

BÁRBARA CUNHA

MARTA CUNHA

JOÃO CUNHA OSMARINA FERNANDES CUNHA cc Nunes Outra descendência

FRANCISCO SEPÚLVEDA cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

133


Geração dos tios-avós e primos Tia Emília II (Montalegre)

RODOLFO SEPÚLVEDA CUNHA

FERNANDO SEPÚLVEDA CUNHA ANAÍSA SEPÚLVEDA CUNHA cc Horácio Cunha ALICE SEPÚLVEDA CUNHA

EMÍLIA SEPÚLVEDA cc João Cunha

JOSÉ SEPÚLVEDA CUNHA ALBERTO CUNHA

ANABELA CUNHA

JOSÉ SEPÚLVEDA cc Joaquina Ferreira do Couto

ALBERTO SEPÚLVEDA CUNHA cc Soledade Cunha ALICE CUNHA

JEREMIAS CUNHA

FRANCISCO SEPÚLVEDA cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

134

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração dos tios-avós e primos Outros tios-avós (Descendências não conhecidas)

ARTUR SEPÚLVEDA (faleceu em criança)

JOSÉ SEPÚLVEDA

AMÉLIA SEPÚLVEDA

ESTER SEPÚLVEDA

ANTÓNIO SEPÚLVEDA

JOSÉ SEPÚLVEDA cc Joaquina Ferreira do Couto

AURORA SEPÚLVEDA

CONCEIÇÃO SEPÚLVEDA

FRANCISCO SEPÚLVEDA cc Maria Soares

BENTO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Rosa Soares

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Joana Maria de Oliveira

135

JOÃO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Grácia Fernandes de Magalhães


Geração de Navarra (Braga)

Igreja de Navarra (Braga)

136


137


Apontamento João de Sepúlveda, de Navarra (Braga) Por fins do século XV, inícios de XVI entrou em Portugal um outro ramo da família, este oriundo de Navarra, Espanha, que se fixou em Navarra, Braga (teria o nome de Navarra - Braga tido origem nesta família? Tudo aponta que sim). Esta família desenvolveu-se pelas freguesias vizinhas e daí resultaram diversos outros ramos já portugueses. São eles: Fafe, Lisboa, Porto, Matosinhos, e muitos outros. Mesmo a Geração de Bragança terá tido origem neste núcleo familiar. A minha família descende daqui, através do subramo de Fafe, quando Francisco de Sepúlveda decidiu casar com uma aldeã daquela localidade e ali formar família. Este ramo era conhecido pelo apelido dos Penedas, pensa-se que pelo facto dos mesmos terem residido no lugar do Penedo, em Navarra, Braga. Estas gerações do Penedo eram formadas não só por lavradores abastados mas também por pedreiros-canteiros, como no caso de Francisco Sepúlveda, profissão que depois foi abraçada por seu filho, meu bisavô, José Sepúlveda. .

138


Gerações de Braga Ramos de Alenquer, Bragança e Navarra GERAÇÃO DE ALENQUER

GERAÇÃO DE BRAGANÇA

GERAÇÃO DE NAVARRA

LUÍSA DE SEPÚLVEDA ALCAÇOVAS E MATOS cc Manuel Quental Pereira

MANUEL JORGE GOMES DE SEPÚLVEDA cc Joana Correia de Sá

JOÃO DE SEPÚLVEDA cc Joana Maria Oliveira Magalhães

ANTÓNIO GOMES DE SEPÚLVEDA cc Maria Luiza Pereira

JOÃO DE SEPÚLVEDA MAGALHÃES

ANTÓNIO REBELO DE SEPÚLVEDA cc Maria Rebelo

cc Grácia Fernandes Magalhães

c. … …

SEBASTIANA REBELO DE SEPULVEDA cc Manuel Araújo

MARTA REBELO cc Pedro Francisco Vilela

DAMIÃO REBELLO DE SEPÚLVEDA

SERAFINA DE SEPÚLVEDA cc António Gomes Abreu

BALTAZAR DE SEPÚLVEDA

cc Mariana Fernandes

e Maria Fernandes (Curupos – Vinhais)

DIOGO DE SEPÚLVEDA

MARIA DE SEPÚLVEDA

INÊS DE SEPÚLVEDA cc António Fernandes

cc Lucas Fernandes

cc Leonor Francisca

ANTÓNIO DE SEPÚLVEDA cc Marta Rebelo

JOÃO DE SEPÚLVEDA

POLICENA DE SEPÚLVEDA cc Gonçalo Pires

JOÃO DE SEPÚLVEDA cc Ana de Basto

JOÃO DE SEPÚLVEDA cc Isabel Gonçalves

139

cc Maria Gonçalves

MARIA SEPÚLVEDA cc Diogo Fernandes


Gerações de Navarra Linhagens do Capitão João de Sepúlveda

MARIA DE FÁTIMA FERRAZ DE SEPÚLVEDA cc Álvaro Lourenço Bandeira

TORCATO DE SEPÚLVEDA Jornalisda do Jornal A Capital

P.E ANTÓNIO SEPÚLVEDA SOARES Cónego da Sé de Braga

CONSTANTINO FERNANDES VELHO DE SEPÚLVEDA

MARIA CÃNDIDA FERNANDES VELHO DE SEPÚLVEDA cc Manuel Duarte Macedo

MARIA DA LUZ FERNANDES VELHO DE SEPÚLVEDA cc Francisco Soares

cc Alexandrina Augusta de Macedo Ferraz

ANTÓNIO FERNANDES LOPES DE SEPÚLVEDA

cc Antónia Maria Fernandes Lopes

ARMANDO SEPÚLVEDA cc Eugénia Correia da Silva

EMÍLIA SEPÚLVEDA e João Soares

cc Maria da Glória Fernandes Velho

JOÃO FERNANDES DE SEPÚLVEDA

JOSÉ LUÍS CORREIA SEPÚLVEDA cc Ana Maria Dine F. Sincer

JOSÉ SEPÚLVEDA de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

P.E ANTÓNIO FERNANDES DE SEPÚLVEDA

ANTÓNIO FERNANDES DE SEPÚLVEDA E MAGALHÃES cc Teresa Maria Velho

FRANCISCO SEPÚLVEDA de Braga

cc Maria Rosa Soares

cc Maria Jose(fa) Fernandes (Lopes Velho)

cc Maria Roza Soares BENTO DE SEPÚLVEDA

JOÃO DE SEPÚLVEDA cc Joana Maria Oliveira Magalhães

140


Gerações de Navarra Linhagens do P.e Barnabé de Sepúlveda

FRANCISCO DE SEPÚLVEDA cc Maria Rosa Freitas Soares

P.E MANUEL JOÃO DE FARIA (1)

BERNARDINO FARIA DA FONSECA cc ?

ISABEL MARIA DE SEPÚLVEDA SILVA cc António da Fonseca e Silva

FREI JERÓNIMO DE SANTA TERESA DE JESUS

BENTO DE SEPÚLVEDA cc Maria Roza Soares

P.e JOÃO PEDRO SILVA

JOÃO DE SEPÚLVEDA cc Joana Maria Oliveira Magalhães

JOÃO DE SEPÚLVEDA MAGALHÃES

ANTÓNIA ANTUNES DE SEPÚLVEDA cc Francisco da Silva

cc Grácia Fernandes Magalhães

BRAZ DE SEPÚLVEDA

JOÃO DE SEPÚLVEDA

cc Maria Antunes

MANUEL DE SEPÚLVEDA

(1) Padre Manuel João de Faria, foi missionário em Macau, prof. das disciplinas preparatórias do seminário, é venerado numa capela particular em Vermoim, Famalicão, dá-lhe o povo dessa fregª e redondezas foros de Santidade, achando-se a Capela atulhada de promessas dos crentes.

cc Mariana Fernandes

DIOGO DE SEPÚLVEDA cc Maria Gonçalves

cc Margarida Francisca

INÊS DE SEPÚLVEDA cc António Fernandes

P.E BARNABÉ DE SEPÚLVEDA

MARIA SEPÚLVEDA cc Diogo Fernandes

JOÃO DE SEPÚLVEDA cc Ana de Basto

141

JOÃO DE SEPÚLVEDA cc Isabel Gonçalves


Gerações de Braga Família de Carla Sepúlveda

ANDRÉ SEPÚLVEDA Braga

GABRIEL SEPÚLVEDA Braga

SÍLVIA SEPÚLVEDA

CARLA SEPÚLVEDA

MIGUEL SEPÚLVEDA

Braga

Braga

Braga

CARLOS CAMILO DA CUNHA SEPÚLVEDA cc. Glória Ferreira

JOSÉ GUILHERME VIEIRA SEPÚLVEDA cc Florinda da Cunha Gomes

ARMANDO DE SOUSA SEPÚLVEDA

Carla Sepúlveda, pintada pela mãe

ALFREDO LUÍS CARVALHO SEPÚLVEDA

GERAÇÃO DE NAVARRA Braga

142


Gerações de Braga Família de Álvaro Sepúlveda

MARIA MIGUEL MOUTINHO SEPÚLVEDA

LUÍS MIGUEL COELHO SEPÚLVEDA

NUNO FILIPE COELHO SEPÚLVEDA cc Susana Carrapatoso

AURELIANO JUSTINO DE CAMPOS SEPÚLVEDA cc Maria Augusta dos Prazeres

MANUEL DE SEPÚLVEDA cc Cecília da Silva Inglês

DOMINGOS MARTINHO DE CAMPOS SEPÚLVEDA

MANUEL ÁLVARO DE CAMPOS SEPÚLVEDA

cc Anabela Carneiro Miguel

cc Maria Armanda da Silva Coelho

MARTINHO DE SEPÚLVEDA cc Rosa Moreira de Campos

DEMÉTRIO DE SEPÚLVEDA cc Júlia Amorim

GERAÇÃO DE SILVA Barcelos

143

MARIA DA CONCEIÇÃO MOREIRA C. SEPÚLVEDA cc João da Silva Ferreira

JANUÁRIO DE SEPÚLVEDA cc Cristina Oliveira


Mapa 4

Geração de Alenquer

144


145


Mapa 4

Martim Afonso Chichorro

146


Mapa 4

Martim Afonso Chichorro

Andava o Bolonhês atarefado A combater os mouros lá no sul, Eis senão quando, ei-lo sitiado Por uma esbelta e bela dama azul. Vencido pelo amor, foi com coragem Lutar p'ra conquistar sua afeição E nessa luta acesa, aquela imagem Alimentava assim sua ilusão. Sabia qual troféu o vencedor Teria do inimigo ora vencido: O seu troféu seria um grande amor, Da filha, da mulher, de ente querido.

147


Mapa 4

Chamaram-lhe "Chichorro". Pequenino, Seria um dia um grande lutador, Da prole desses Sousas que o destino Um dia quis tornar num ser maior. Martim Afonso, o Sousa veio dar "Chichorros" em mui grande profusão, Que haviam de algum dia se tornar Orgulho entre os maiores da nação. Afonso, o Bolonhês, homem garboso, Por força desse seu espúrio amar, Ousou gravar na história o grande gozo Que nessa Moura azul foi encontrar.

148


Mapa 4

Quando vencido, sim, era a mulher Que o vencedor houvera de tomar Como troféu de guerra. A não morrer A filha entregaria em seu lugar. Poupado o inimigo, essa donzela Vestida de um azul de tanta cor Veio até si, formosa, fresca e bela P'ra partilhar consigo um grande amor. E eis que desse enlace inusitado Um afonsinho havia de nascer, Gerado nessa fonte do pecado Da guerra que aprouvera acontecer.

JS

149


Mapa 4

Geração de Alenquer Martim Afonso Chichorro

MARTA REBELO cc António Sepúlveda

DAMIÃO REBELO DE SEPÚLVEDA cc Leonor Francisca

MARGARIDA REBELO

JOÃO DE SEPÚLVEDA

cc Pedro Tição

cc Anna de Basto (Navarra, Braga)

AFONSO VIEIRA DE SOUSA

JOÃO DE SEPÚLVEDA

cc Catarina Rebelo

cc Isabel Gonçalves (Braga)

Abade de Santo Tirso

MARTA REBELO cc Pedro Francisco Vilela

SEBASTIANA REBELO DE SEPÚLVEDA

ANTÓNIO REBELO DE SEPÚLVEDA

cc Manuel Araújo

cc Maria Rebelo

FRANCISCO DE SOUSA Abade de Santo Tirso

e N. Vieira

JOÃO DE SOUSA

cc Catarina Carvalhal

Martim Afonso Chichorro GONÇALO ANNES SOUSA III Senhor de Mortágua

MARTIM AFONSO DE SOUSA II Senhor de Mortágua Aldonça de Sá Abadessa de Rio Tinto

VASCO MARTINS DE SOUSA I Senhor de Mortágua cc Inês Dias Manuel

MARTINS AFONSO CHICHORRO 2 cc Aldonça Annes de Briteiros

150

MARTIM AFONSO CHICHORRO 1 cc Inês Lourenço de Valadares (da Casa dos Sousas)

AFONSO III

Rei de Portugal cc Mandragana (Mor Afonso) Princesa Moura


Geração de Alenquer Augusto Victor Sepúlveda Correia

NUNO DE SANTA MARIA GONÇALVES CORREIA DE SEPÚLVEDA cc Maria Lídia Boulain Elbling

MARIA LUÍSA SAUVINET DE SEPÚLVEDA cc Augusto Bebiano Carvalho Correia

AUGUSTO VICTOR DE SEPÚLVEDA CORREIA

ANA MARIA GONÇALVES CORREIA DE SEPÚLVEDA

cc Celeste Florentino Gonçalves

ISABEL MARIA GONÇALVES CORREIA DE SEPÚLVEDA cc Carlos Antunes Lopes

VITOR PEREIRA LEITE DA GAMA LOBO DE SEPÚLVEDA cc Rosinda Pereira Maya Sauvinet

FRANCISCO MARIA DA GAMA LOBO DE SEPÚLVEDA cc Maria Luísa Pereira Leite

MANUEL DE PAULA DE QUENTAL PEREIRA DE SEPÚLVEDA cc Inês José Gama Lobo

FRANCISCO DE SEPÚLVEDA DE QUENTAL PEREIRA e Marcelina Gertrudes de Macedo Sampayo

LUÍSA MARGARIDA DE SEPÚLVEDA QUENTAL PEREIRA cc Bernardino José Coelho Pacheco

JOANA BERNARDA DE SEPÚLVEDA QUENTAL PEREIRA cc António Teixeira Pinto

LUÍSA DE SEPÚLVEDA ALCAÇOVAS E MATOS cc Manuel Quental Pereira

151

ANTÓNIO REBELO SEPÚLVEDA cc Maria Rebello


Geração de Alenquer Francisco Maria Gama Lobo de Sepúlveda Francisco Maria Gama Lobo de Sepúlveda, n. a 14.09.1833, b. a 7.10.1833 na Igreja de Nª Sª da Encarnação, em Lisboa, f. a 26.03.1914 em Tomar. Assentou praça em 3.09.1848 como voluntário do Regimento de Cavalaria nº 2 de Lanceiros da Rainha, com 15 anos de idade. Em 8.06.1854 era 1º Sargento Graduado, Aspirante a oficial. Em 7.05.1864 era Capitão do Estado Maior de Artilharia. Em 20.06.1893 era promovido a General de Brigada, reformando-se no Posto de General de Divisão. Entre os imensos e honrosos cargos que desmpenhou destacamos o de Governador das Praças de Elvas e Monsanto, Comandante da 2ª, 3ª e 4ª Divisão Militar, Presidente do Júri de exame de coroneis candidatos a general de brigada. Foi agraciado com as seguintes distinções: Grande Oficial da Ordem de S. Bento de Avis, Grã Cruz da Ordem de S. Bento de Avis, medalha de prata de comportamento exemplar. Casou com Dª Maria Luisa Pereira Leite, natural de Lisboa, filha de Pedro Alcântara Leite, Oficial do Exército e de s.m. Dª Eusébia Carlota da Silveira Pimentel.

152


Geração de Alenquer Victor Pereira Leite Gama Lobo de Sepúlveda Victor Pereira Leite Gama Lobo de Sepúlveda, nasceu a 25.12.1867 na Freguesia de S. Pedro de Alcântara, Lisboa, faleceu a 17.12.1943 em Paris, onde está sepultado no Cemitério Pére Lachaire, com o Curso da Marinha, tirado na Escola Naval de Lisboa, Oficial da Marinha. Assentou praça a 10.10.1886. Quando foi implantada a República era 1º Tenente da Armada, cargo a que tinha sido promovido em 27.02.1902, e ao qual renunciou por não querer servir o novo regime. Desempenhou os seguintes cargos: Comandante da coluna de operações do Cuamato, Comandante da Divisão Naval do Índico, Membro da equipe, chefiada pelo Almirante Gago Coutinho, que delimitou a fronteira do Kiongo, Oficial às ordens de Sua Majestade El-Rei. Foi agraciado com as seguintes distinções: Cavaleiro da Torre e Espada, Oficial da Torre e Espada, Cavaleiro de Santiago, Cavaleiro de S. Bento de Avis, Medalha de Prata de Serviços Distintos, Medalha de Comportamento Exemplar nas Campanhas do Ultramar, Oficial da Ordem de Mérito Industrial, Cavaleiro de 1ª Classe da Ordem de Mérito Naval de Espanha, Medalha de Filantropia e Caridade. Em 1910, por ordem de Sua Majestade D. Manuel II, acompanhou a Nápoles a Rainha Mãe, Dona Maria Pia, onde permaneceu ao seu serviço até à sua morte, fixando residência em Paris onde se colocou ao serviço de Sua Majestade a Rainha D. Amélia até à sua morte em 17.12.1943. Casou com Dª Rosinda Ferreira Maya Sauvinet, fª de Carlos Adolfo Sauvinet e de s.m. Dª Adelaide Ferreira Maya Sauvinet, n. a 28.10.1871 na Fregª de S. Francisco Xavier do Engenho Velho da Cidade do Rio de Janeiro, b. a 28.11.1872, na mêsma Fregª em que nasceu, f. a 3.04.1961 no Convento de Santos o Velho em Lisboa.

153


Geração de Alenquer Augusto Victor de Sepúlveda Corrêa

Augusto Victor de Sepúlveda Corrêa, nasceu a 19.04.1923 na Freguesia de S. João Baptista de Tomar e foi batizado na Igreja de S. João Baptista, sendo seus padrinhos o seu avô Augusto Nunes Corrêa Júnior e Nª Sª da Conceição. Formou-se com o Curso de Contabilista do Instituto Comercial de Lisboa, tendo desempenhado muitos e honrosos cargos: Procurador à Câmara Corporativa, Director da Corporação da Indústria, Director da Federação das Caixas de Previdência, Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Director da Federação dos Sindicatos dos Empregados de Escritório do Sul. Assumiu cargos de grande responsabilidade e prestígio, como o Director Financeiro das Empresas, Tojal, Contruções S.A., Grão Pará, S.A., Engil, S.A., Marinoteis, S.A., Soc. Gestora do Fundimo, S.A. Columbófilo e grande entusiasta do tiro de carabina e tiro aos pratos. Casou a 13.11.1949, na Igreja dos Bragas, Porto com Celeste Florentino Gonçalves, filha de Manuel do Rosário e de Ana dos Anjos Florentino, sua mulher, nascida em 9.07.1920, em Almeida, Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade do Porto. Foi professora efectiva do Ensino Secundário.

154


Geração de Alenquer Geração de Martha Rebello I. D. GONÇALO MENDES de SOUSA, chamado “O Bom”, porque sendo toda a privança d’El Rei D. Afonso Henriques, só dele se aproveitava para fazer bem a todos, era fº de D. Mem Viegas de Sousa e de s.m. Dª Elvira Fernandes. Em a Batalha do Campo de Ourique, sobressaiu a todos, ajudando ao dito Rei nos transes mais apertados dela. Acompanhou o Príncipe D. Sancho I na jornada que fez a Sevilha, com tantos estragos nos Mouros, que o Rio de Guadalquivir se viu da cor do sangue dos Mouros…Faleceu no ano de 1190. Casou 3 vezes. A primeira com Dª URRACA SANCHES, fª de D. Sancho Martins e de s.m. Dª Teresa Afonso, fª b. d’El Rei D. Afonso Henriques, de quem teve I. 1.(II) - D. Mendo de Sousa, que segue II. D. MENDO de SOUSA, sucedeu a seu Pai na Casa de Sousa e foi Senhor da dita Casa e chamado “ o Sousão”, Senhor de todas as mais terras de seu Pai, e do Paço de Novelas na Terra de Sousa. Mordomo Mor d’El Rei D. Sancho I, e o mais honrado e maior fidalgo depois d’El Rei. Presente na conquista de Silves. Foi padroeiro do Mosteiro de Pombeiro como seus antepassados, e no livro de aniversário do dito Mosteiro diz-se o seguinte” Foi o Conde D. Mendo tão grande e avantajado nas fazendas, e nas lides se avantajou aos melhores do seu tempo. Casou com Dª MARIA RODRIGUES VELOSO, fª do Conde D. Rodrigo Peres o Veloso, de Trava e da Condessa sua mulher, Dª Alambra, tiveram: 1.(III) - D. Garcia Mendes de Sousa, que segue III. D. GARCIA MENDES de SOUSA, foi Senhor de Vilar da Maçada, f. em 1239, casou com Dª ELVIRA GONÇALVES, fª de D. Gonçalo Pais de Torronho, e de s.m. Dª Ximena Pais.

155


Tiveram: 1.(IV) - D. Mem Garcia de Sousa IV. D. MEM GARCIA de SOUSA, foi Senhor de Panóias, casou com Dª TERESA ANES de LIMA, fª de D. Fernando Anes de Lima “Batissela”, e de Dª Mª Pais Ribeira, fª de D. Pelayo Moniz de Ribeira e Cabreira, descendentes d’El Rei de Leão D. Garcia III, teve entre outros: 1.(V) - Dª Maria Mendes de Sousa V. Dª MARIA MENDES de SOUSA, casou e foi primeira mulher de D. LOURENÇO SOARES de VALADARES, fº de D. Soeiro Pais de Valadares e de s.m. Dª Estefânia Ponço, tiveram: 1.(VI) - D. Inês Lourenço de Sousa VI. Dª INÊS LOURENÇO de SOUSA, casou com MARTIM AFONSO CHICHORRO, fº b. d’El Rei D. Afonso III de Portugal, havida em Mourana Gil, de quem procedem os “Sousas Chichorros”, de que são chefes os Senhores de Gouveia, e hoje Condes de Redondo e Marqueses de Minas. Estes Sousas Chichorros usam as Armas esquarteladas com as quinas de Portugal e leões, tiveram entre outros: 1.(VII) - Martim Afonso Chichorro VII. MARTIM AFONSO CHICHORRO, foi Senhor dos Coutos e Honras de Lalim, Eixo, Roriz, Amarante,Figueiró, Travassos, Barroso, etc..., Rico Homem, do Concelho d’El Rei seu Tio D. Dinis, vivia pelos anos de 1329. De Dª ALDONÇA Rodrigues de Sá, Abadessa de Rio Tinto. Teve entre outros 1.(VIII) - Martim Afonso Chichorro VIII. MARTIM AFONSO CHICHORRO, o da “Batalha Real”, foi herdº de seu irmão por falta de fº varão, foi 2º Senhor de Mortágua, Capitão dos Ginetes do Infante D. Fernando. Vivia pelos anos de 1415, casou duas vezes, a primeira com Dª MARIA de BRITEIROS, sua prima co-irmã, fª de Gonçalo Anes de Briteiros, irmão de sua mãe

156


Tiveram entre outros: 1.(IX) - Gonçalo Anes de Sousa Chichorro, que segue IX. GONÇALO ANES de SOUSA CHICHORRO, 3º Senhor de Mortágua, n. cerca de 1380, viveu no termo de D. João I, que o legitimou a 6.11.1400. Esteve na tomada de Ceuta, e voltando para o Reino, morreu no mar no ano de 1415. Casou duas vezes: a primeira com Dª Filipa de Ataíde, irmã do 1º Conde de Atouguia, fª de Martim Gonçalves de Ataíde, Alcaide Mor de Chaves e de s.m. Dª Mécia Vasques Coutinho. Tiveram: 1.(X) - Dª Mécia de Sousa, n. cerca de 1405, f. depois de 1475, herdª. e 4ª. Senhora de Mortágua, casou com D. Sancho de Noronha, 1º Conde de Odemira, c.g. a segunda com Dª MARIA COELHO da SILVA, fª de Lopo Dias de Azevedo, Senhor de S. João de Rei, e de s.m. Dª Joana Gomes da Silva. Tiveram entre outros: 2.(X) - João de Sousa, que segue. X. JOÃO de SOUSA, n. cerca de 1410, casou com Dª BRITES de ALMEIDA, e segunda vez com Dª CATARINA do CARVALHAL de quem teve: 1.(XI) - Francisco de Sousa XI. D. FRANCISCO de SOUSA, Dom Abade Beneditino de Santo Tirso, teve de Dª,MARIA VIEIRA 1.(XII) - Afonso Vieira de Sousa XII. AFONSO VIEIRA de SOUSA, casou com Dª CATARINA REBELO de MACÊDO, de quem teve entre outros: 1.(XIII) - Margarida Rebelo XIII. Dª MARGARIDA REBELO, casou com PEDRO GONÇALVES TIÇÃO, dos Tições da Azinhaga, descendente de D. Teresa Sanches, fª b. de D. Sancho I e de D. Afonso Teles, tiveram entre outros: 1.(XIV) - Marta Rebelo XIV. Dª MARTA REBELO casou com ANTÓNIO de SEPÚLVEDA

157


Mapa 4

Geração de Bragança

158


159


Mapa 4

Geração de Bragança António Gomes de Sepúlveda

Nasceu em Mirandela por volta de 1680. Em 22 de Abril de 1717 ingressou no exército.

Combateu em várias escaramuças da época e foi ferido com "treze feridas, sendo três na cara" na Batalha de Almança. Exerceu a função de Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela em 1719, cargo que voltou a assumir em 1740. Foi pai do famoso General Sepúlveda, patriota ilustre que em Bragança levantou o grito de revolta contra os franceses. Bibl.: Portugal Económico, Monumental e Artístico. Editorial Lusitana.

160


161


Mapa 4

Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda

162


Mapa 4

Manuel Jorge

Andava o General em extasia Co'a esposa dum oficial inglês Que junto às nossas forças combatia Soldados do Exército Francês. Ao descobri-lo, o homem foi, ousado, Falar ao General e com desvelo Tirar satisfações e, revoltado, O foi desafiar para um duelo. Que foste tu fazer, que triste sorte! E assim caiu… E, condenado à morte, O General perdeu seu sonho azul.

Valeu-lhe o Rei pois via em si o herói! Mudou-lhe o nome... E desterrado foi Para os confins da América do Sul!

JS

163


Mapa 4

Geração de Bragança

RICARDO JOÃO GALAMBA SEPÚLVEDA FERRÃO de Lisboa

Casa do visconde de Ervedosa (Bragança)

Monumento ao General Sepúlveda (Bragança)

CARLA MARIA GALAMBA DE SEPÚLVEDA de Lisboa cc Raúl Egydio Ferrão

ANTÓNIO BERNARDO FREITAS GOMES DE SEPÚLVEDA de Lisboa cc Branca Maria Mendes Galamba

Manuel Jorge G. de Sepúlveda (Fundador de Porto Alegre (Brasil)

Bernardo Sepúlveda II Visconde de Ervedosa MANUEL JORGE GOMES DE SEPÚLVEDA de Bragança cc Matilde Barbosa de Freitas

BERNARDO CORREIA DE CASTRO SEPÚLVEDA de Bragança cc Amália Augusta C. Pinto Bandeira

ANTÓNIO CORREIA DE CASTRO SEPÚLVEDA de Bragança cc Maria Josefa T.F.T.Barros

BALTAZAR SEPÚLVEDA de Braga cc Maria Fernándes

António Gomes Abreu de Braga cc SERAFINA SEPÚLVEDA

ANTÓNIO GOMES DE SEPÚLVEDA de Mirandela cc Maria Luiza Pereira

164

MANUEL JORGE GOMES DE SEPÚLVEDA de Bragança cc Joana Correia de Sá

PAULA MARIA GALAMBA DE SEPÚLVEDA de Lisboa cc Alberto Luís Dionísio C Mendes


165


Mapa 4

Geração de Bragança Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda

Natural de Bragança (16.4.1735) veio a falecer em Lisboa (28.4.1814). Era filho de outro ilustre transmontano, António Gomes de Sepúlveda, natural de Mirandela, sargento mor de Cavalaria de Almeida. Foi Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, por alvará de 19.10.1789, fez parte do Conselho de D. Maria I e de D. João VI. Foi administrador dos vínculos de Mirandela e Amendoeira.

Casou no Rio de Janeiro em 24 de Setembro de 1781 com Joana Correia de Sá Velasques e Benevides, filha do alcaide mor do Rio de Janeiro. Foi Governador da Província do Rio Grande do Sul (Brasil) e aí desenvolveu notável ação, quer na defesa da fronteira, quer na administração interna. Essa ação traduziu-se na criação de sete freguesias, erigindo dois colégios para a educação de nativos e dando estruturas à vila que veio a ser a importante cidade de Porto Alegre (capital do Rio Grande do Sul, Brasil). Bem pode este Bragançano considerar-se o pai (fundador) dessa importante cidade brasileira. Aí se impôs pelo nome de José Marcelino de Figueiredo, não se sabe bem, por que motivos.

166


Mapa 4

O que se sabe é que por carta régia de 14 de Junho de 1764, foi Manuel Jorge de Sepúlveda nomeado governador da cidade de Bragança.

Novamente foi nomeado por carta régia de 11 de Novembro de 1793 governador das armas da Província de Trás os Montes. Manteve-se nessas funções até que nova carta régia de 15 de Fevereiro de 1809 o substitui pelo brigadeiro Francisco da Silveira Pinto da Fonseca. Manuel de Sepúlveda foi, nessa altura chamado para conselheiro de guerra, por Decreto de 2 de Outubro de 1808, com o posto de general. Na tarde de 11 de Junho de 1808, nas escadas da Igreja de S. Vicente, falou ao povo de Bragança que o aclamava como chefe do Movimento que iniciou a libertação de Portugal do domínio Francês. Em 1929, por iniciativa do benemérito Bragançano, Dr. António Teixeira, essa circunstância foi legendada, em azulejos embutidos no lado sul da parede da Igreja de S. Vicente. Nesse painel se pode ver o general a ser proclamado pelo povo, representado por nobres, padres, militares e muitas umlheres. In: I volume do Dicionário dos Mais Ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte. Editora Cidade Berço

167


Mapa 4

Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda José Marcelino de Figueiredo (Brasil)

168


Mapa 4

José Marcelino

Andava Marcelino Figueiredo, O nome com que o Rei o batizou, No Rio Grande, nesse seu degredo, Nos trilhos que o destino lhe outorgou. Pegou num bando de índios e, em segredo, Formou um forte exército e expulsou Os muitos invasores que, sem medo, Com força e galhardia derrotou. E vitorioso, cheio de vaidade, Ali quis erigir essa cidade De Porto Alegre, a Flor do Grande Rio. E o seu Palácio deixa, tão feliz, Regressa com seu nome ao seu país Para encontrar um novo desafio.

JS

169


Mapa 4

Geração de Bragança Jorge Marcelino de Figueiredo (Brasil) José Marcelino de Figueiredo, leia-se, Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda nasceu em 1735 em Bragança, na província de Trás-os-Montes, no extremo norte de Portugal. Era, portanto, um fronteiriço, que se criou assistindo in loco às rivalidades luso-castelhanas. Era filho de António Gomes de Sepúlveda e Maria Luiza Pereira. O seu pai chegaria ao posto de coronel da cavalaria ligeira, mas as suas origens sociais eram muito modestas. No ano de 1723, por ocasião das habilitações necessárias para a concessão do hábito de Cristo a António Gomes de Sepúlveda, ele teve que obter dispensas de diversos impedimentos de mecânicas, pois na consulta da Mesa da Consciência e Ordens constatou-se “que o Justificante (António) no seu início aprendeu o ofício de Sapateiro, atividade que era também a do seu pai. O seu avô paterno foi servente da Irmandade dos Passos em Braga, o avô materno Engomador e a avó materna criada de servir do mesmo avô materno”. O impedimento em si não causava surpresa, pois conforme notou Fernanda Olival, na década de 1720, 48% dos novos cavaleiros foram dispensados por algum motivo, a maioria deles por mecânicas.

170


Mapa 4

O que surpreende de facto é que o neto de um sapateiro tenha chegado a ser governador da capitania do Rio Grande do Sul, muito embora esta origem humilde também tenha sido verificada em outros governadores, nomeadamente das capitanias subalternas do Brasil colonial. O jovem Sepúlveda assentou praça voluntariamente no Regimento de Infantaria de Chaves em 1754, onde serviu por oito anos. Aos vinte anos de idade, sucedeu a seu pai nos vínculos de Mirandela e Amendoeira, o que mostra que apesar da sua origem humilde, a família de Manuel Jorge era proprietária de algumas terras, que foram herdadas por ele. Em 1762, com o posto de cadete, passou a servir no Regimento dos Voluntários Reais, sediado em Faro e sob comando do Coronel John Hamilton, onde chegaria ao posto de capitão. Entretanto, em 1764, no exercício da patente de capitão de cavalaria, cometeu o assassinato de um oficial britânico, que segundo a versão divulgada por Augusto Porto Alegre (e repetida por Florêncio de Abreu e Dauril Alden), estava menosprezando, juntamente com outros colegas ingleses, as habilidades do soberano português. Porém, segundo Vellinho, que se baseou nas pesquisas feitas por um Riopardense de Macedo no Arquivo Histórico Militar de Lisboa, a motivação do crime foi outra:

171


Mapa 4

“Num almoço em que naturalmente corriam com abundância os bons vinhos do país, travou-se uma disputa sobre matéria militar entre Sepúlveda e o capitão escocês John Mac Donald. Este, no azedume e agravamento da discussão, julgou-se no direito de ofender e agredir o oficial português, indo ao extremo de esbofeteá-lo. Atingido em sua dignidade, Sepúlveda atira-se contra o contendor, impelido pela fúria do desagravo e mata-o ali mesmo com uma estocada no coração”. Mas, ao invés de ser condenado à morte, como fora decidido pelo Conselho de Guerra que julgou seu caso, foi efetivamente promovido, pois em dezembro de 1764 obteve a concessão da patente de coronel do regimento da cavalaria auxiliar, tendo sido enviado secretamente para o Brasil. Num ofício da Corte ao Vice-rei, datado de um de março de 1765, foi determinado o seu aproveitamento no Rio de Janeiro: “Por até o presente andou refugiado, e agora buscou ocultamente o serviço, e sendo como é oficial de préstimos não é justo que se perca; não convindo, porém, que se saiba que tornou a ele: ordena S.M. que V. Exª o admita em qualquer dos Regimentos dessa Capitania com o dito posto debaixo do referido nome de José Marcelino; e guardando-se um ínviolável segredo no referido”.

172


Mapa 4

A carreira no Brasil e os conflitos com autoridades régias e do poder local Até onde foi possível averiguar, os motivos da adoção do nome de José Marcelino de Figueiredo por Manuel Jorge estão relacionados com as preferências pessoais do intrépido capitão, que assim emulava a velha nobreza provincial dominante na cidade de Bragança. O verdadeiro José Marcelino era alcaide-mor da vila, tendo sido contemporâneo de Sepúlveda. Assim sendo, fica difícil considerar válida a ideia de Vellinho de que a escolha do nome teria sido uma imposição de Pombal. Seja como for, Manuel Jorge, digo, José Marcelino, veio para a América portuguesa, instalando-se, possivelmente em meados de 1765, no Rio de Janeiro e colocado num dos regimentos peninsulares da cidade. Mas José Marcelino não iria ficar muito tempo na capital, Rio de Janeiro. Por carta do Conde da Cunha de dois de agosto de 1765, foi nomeado comandante da fronteira do Rio Grande do Sul (no denominado acampamento de São Caetano), subordinado somente ao governador José Custódio de Sá e Faria. Deste modo, como para purgar seu pecado original, o jovem oficial foi enviado para a fronteira onde se vivia uma “guerra viva”, o que no caso do Rio Grande se configurava na ocupação militar castelhana, que se prolongava desde 1763.

173


Mapa 4

Em finais de maio de 1767, José Marcelino recebeu ordens do governador José Custódio de Sá e Faria para atacar o porto e a vila de Rio Grande ocupados pelos espanhóis. Foram ordens terminantes, pois o ataque efetivamente se realizou no dia seguinte, embora tenha sido mal sucedido. Não obstante o insucesso, a atuação de Marcelino, que recobrou para os portugueses a margem norte do canal, foi objeto de reconhecimento, pois em julho de 1767 uma carta do vice-rei, Conde de Azambuja, demonstrava sua satisfação com a sua atuação no ataque às posições espanholas. Também mereceu uma certidão passada pelo governador José Custódio de Sá e Faria, atestando os seus bons serviços no Continente entre 27 de setembro de 1765 e outubro de 1767, quando José Marcelino de Figueiredo se recolheu para o Rio de Janeiro.

Texto adaptado https://issuu.com/lelodemon corvo/docs/tomo_vii.451-857

174


Mapa 4

Porto Alegre (Brasil) Praça da Alfândega e Avenida Sepúlveda

A histórica Praça da Alfândega, originada no final do século XVIII, surgiu com o núcleo inicial da cidade, sempre ligada ao lago e às atividades trazidas por ele. Localizada junto ao prédio da primeira Alfândega da cidade (na Rua da Praia, esquina Rua General Câmara), inicialmente era conhecida como Praça da Quitanda, pois ali se aglomeravam comerciantes e quitandeiros. Está situada em área tombada pelo IPHAE e pelo IPHAN.

175


Mapa 4

Geração de Bragança Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda – Invasões Francesas

Em resposta à ocupação do território continental de Portugal pelas tropas francesas de Napoleão Bonaparte, o Príncipe Regente D. João (futuro rei D. João VI) declarou guerra aos franceses. Ao invadir Portugal e conquistar Lisboa, o General Junot recebera como ordens de Napoleão, aprisionar o rei português, desagregar o exército português e aliciá-lo a combater no exército imperial e dissolver as milícias portuguesas. Com a revolta espanhola em Maio de 1808 e a declaração de guerra pelo Príncipe Regente D. João, estava dada a ordem para a revolta portuguesa e, em 6 de Junho, ocorre uma primeira rebelião no Porto que, rapidamente, se espalha a todo o norte.

176


Mapa 4

Um grito de revolta

O povo andava triste, alvoroçado, Com tanta tirania e o General Pegou nas armas e, determinado, À gente lança um grito triunfal. Na escada da igreja a turbe, aflita, Impele a revoltar-se nesse dia E toda a multidão logo se agita E intenta pôr um fim à tirania. E saem com coragem ao encontro Das hostes dos franceses e o confronto Sucede com fervor, tenacidade. E, palmo a palmo, as tropas foi vencendo E em cada novo encontro, mais tremendo, Ousou reconquistar a liberdade.

JS

177


Mapa 4

A notícia desta revolta chegou até Trás-os-Montes onde, sob o comando do General Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda, antigo governador de armas daquela província, são ocupadas as cidades e vilas de Chaves, Miranda do Douro, Torre de Moncorvo, Ruivães e Vila Real. O quadro pintado por Rui Preto Pacheco em 1956 e que se encontra na sala de audiências do Tribunal Judicial da Comarca de Mogadouro representa a Revolta do General Gomes de Sepúlveda contra os franceses no dia 11 de Junho de 1808 e que, de certa forma, representou o princípio de uma revolta que se estendeu do norte a todo o país. São poucos os soldados visíveis na figura, em particular a figura do General Gomes de Sepúlveda que parece dar as ordens para organizar as milícias e ordenanças, à porta de uma igreja, onde se encontra presente a imagem do padre procurando também apelar aos seus paroquianos à revolta contra os franceses. Em primeiro plano, surgem os diversos elementos do povo, representando as diversas classes sociais pelos chapéus utilizados, sobressaindo uma figura que nos parece observar enquanto outra, no canto direito, dirige o nosso olhar para o centro da figura e para o General Gomes de Sepúlveda.

178


Mapa 4

Sobre o início da resistência militar em Bragança diz o Abade de Baçal: «Em 1808 o benemérito general Sepúlveda levantou em Bragança o grito nacional, grito que rápido ecoou por toda a província de Trásos-Montes e pelo Minho, tornando-se em breve geral em todo o país, desde o norte até às praias do Algarve». Daqui se conclui que foi Bragança a primeira terra que se revoltou eficazmente, ficando as outras que a precederam em meras tentativas (…) Entretanto, as ordens de Sepúlveda iam-se cumprindo; o regimento de infantaria 12, que os franceses haviam licenciado, como os mais do reino, era restabelecido. No dia 18 reorganizou as guardas na cidade; no dia 23 mandou sessenta homens para a Régua; dia 25 quarenta homens e duas peças de artilharia para Moncorvo, para onde no dia 29 fez marchar mais duzentos; dia 4 de Julho cento e trinta para Urros, a guarnecer a Barca de Alva e Peredo, e no dia seguinte parte ele próprio para Vila Real. Tão enérgicas foram as suas ordens tendentes à reorganização dos corpos da guarnição de Bragança — cavalaria 12 e infantaria 24 — que o primeiro esquadrão de cavalaria que se apresentou na Beira, às ordens do general Bacelar, foi o 12 de Bragança. Alves, Fº Manuel, Tomo I, pp.

179


Geração de Bragança Linhagem de Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda Baltazar Sepúlveda cc Maria Fernandes de Braga, profissão: sapateiro Tiveram: Serafina de Sepúlveda Cc António Gomes de Abreu Tiveram: António Gomes de Sepúlveda (1680-1755) cc. Maria Luísa Pereira (?-1749) Tiveram: Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda, cc Joana Correia de Sá Marques e Benevides, 23 Maio 1804. Ele faleceu 04 Março 1875 em Bragança. Tiveram: António Correia de Castro Sepúlveda, nascido a 30 Março de 1790, em Bragança. Faleceu a 04 de Março de1875, em Bragança. Casou com Maria Josefa de Figueiredo Teixeira de Barros, nascida a 19 de Setembro de 1790, em Favaios e falecida a 10 de Março de 1876, em Favaios. Também é conhecida por Maria Josefa Figueiredo Taveira Sarmento ou Taveira Carneiro. Senhora e morgada da viscondessa de Ervedosa.

180

Quinta

de

S.

Jorge,


Tiveram: Bernardo Correia de Castro Sepúlveda, nascido a 19 de Julho de 1820, em Bragança. Casou-se com Maria da Conceição Ferreira nascida a 02 de Abril de 1850, em França, Bragança. Tiveram: Bernardo António Correia de Castro Sepúlveda nascido a 28 de Outubro de 1866 e falecido em 1912. Casou-se em segundas núpcias com Amália Augusta do Carmo Pinto Bandeira, filha de António José Pinto Bandeira e Maria Filomena Gomes Bandeira, a 25 de Abril de 1893, em Bragança. Amália nasceu a 27 de Agosto de 1873, em Lisboa. Tiveram: Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda, nascido a 23 de Março de 1895, em Bragança. Casou-se com Matilde Barbosa de Freitas, filha de Fortunato António Gonçalves de Freitas e Amélia da Conceição Barbosa, a 11 de Abril de 1925, em Lourenço Marques. Matilde nascida em Cête, Paredes. Tiveram: Herculano Sérgio Freitas Gomes de Sepúlveda, casado. Teve uma filha chamada Isabel Maria Borges de Sepúlveda. Casou segunda vez com Helena da Rocha Teixeira de Sepúlveda. Tiveram: Ana Cristina Teixeira de Sepúlveda.

181


Mapa 4

Largo General Sepúlveda Bragança

Também conhecida por praça Velha, por praça de Baixo e Largo General Sepúlveda. Ladeiam-na a Igreja de S. Vicente e o Edifício do "Principal”. No centro, o Monumento aos mortos da I Grande Guerra. Do lado oposto ao da Igreja é visível parte de um portal armoriado, que nobilitava o edifício da antiga cadeia civil. Na Baixa Idade Média, alguns espaços (principalmente pelo surto do comércio) ganham importância. A partir do recinto muralhado contam-se vários centros: Praça de S. João, Largo de S. Francisco, Praça de S. Vicente...

182


Mapa 4

Nos finais do séc. XV e inícios do séc. XVI começa a afirmar-se a supremacia económica do arrabalde em detrimento da vila e, no séc. XVII, é já dominante. Consolida-se nestes tempos, uma malha urbana essencialmente ligada às exigências da rácionalidade militar, com predomínio da linearidade (eixos principais que acabam em praças). Outra característica é, ainda, a presença da igreja na praça pública, apesar de, muitas vezes, fazer parte do alinhamento dos edifícios. A estrutura urbana exterior às muralhas da “vila” caracteriza-se por esta traça urbanística (que tão bem se deteta neste largo). A praça de S. Vicente, formada, porventura, pela confluência de ruas, vê aumentar a sua plurifuncionalidade (aqui era local de feiras onde se vemderam, durante muitos anos, as cebolas, os pimentos (renovo) na altura da Feira das Cantarinhas).

183


Mapa 4

Igreja de S. Vicente Bragança

Igreja de S. Vicente (Bragança). Exteriormente apresenta um portal maneirista ladeado por um chafariz que ostenta as armas reais, o passo que demonstra a importância da semana Santa e terminando com o painel de azulejos comemorativo da proclamação, em 1808, do General Sepúlveda contra as Invasões Francesas.

Diz a lenda que foi nela que casaram Dom Pedro e Dona Inês de Castro. Tem sido enquadrada no estilo românico, embora outros autores a vejam como gótica Painel de Azulejos (pormenor) da Proclamação do Gen. Sepúlveda

184


Mapa 4

Fundação Rei Afonso Henriques Bragança

Projetado pelo Arq. Adães Bermudes, foi construído em 1903 - 1904, no local onde se havia erguido a Igreja de S. João que dava nome ao largo. Dos meados do séc. XIII há referências documentais à freguesia de S. João, que aqui devia estar sediada. Apesar das diversas intervenções, durante o séc. XVIII, não foi possível controlar os efeitos da ruína que atingiu o templo. Posteriormente, reduziu-se a uma capela, que o Banco de Portugal comprou para construir a sua sede. (Em 1902, os Sepúlveda eram titulares da capela. Venderam-na ao Banco de Portugal por quinhentos mil réis). Cerca de 20 anos decorridos, o banco deixa devoluto este edifício, transferindo-se para a Rua 1.º de Dezembro (onde, depois, se instalaria a escola do Magistério Primário) e, em 1947, para o Solar dos Veiga Cabral (já propriedade do nobilitado Sá Vargas) que, entretanto, havia sido recuperado. Adquirido pela Câmara Municipal (1989) foi restaurado (1999) para instalar o "Gabinete Técnico Local" (G.T.L). Em 2008 sofre obras de remodelação para aqui acolher a Sede da Fundação Rei Afonso Henriques. Fonte: Câmara Municipal de Bragança (2004). Bragança Cidade – Andares da História. 2ª edição. Bragança.

185


Mapa 4

Geração de Bragança António Correia de Castro Sepúlveda, Visconde de Ervedosa Nasceu em Bragança, em 30.03.1790. Dele escreve Eduardo Proença Mamede, em o Mensageiro de Bragança, de 27.07.2001. Iniciou a sua carreira militar ainda na infância, segundo o hábito da época, e assentou praça em 1796. Em 1805 era promovido a major; dois anos mais tarde, estalando a sublevação do país aos invasores franceses, acompanhou durante todas as campanhas seu pai, prestando relevantes serviços. Tomou o comando do regimento n° 24 em 1820, sendo sucessivamente promovido a tenente coronel, coronel e brigadeiro, mas em 1823, dadas as ideias liberais que professava, o governo absoluto anulou-lhe estas promoções e os seus inimigos, que os há sempre, aproveitaram a ocasião para o perseguir. A sua casa foi saqueada e levado a julgamento no Conselho de Guerra, foi condenado à morte, da qual conseguiu escapar. Devido à fuga, a sua família foi perseguida e presos seus filhos Manuel Jorge e Francisco, acabando por ambos serem assassinados nas prisões de Estremoz, a 27 de Julho de 1833. António de Sepúlveda havia casado a 23 de Maio de 1804 com D. Maria Josefa Taveira de Figueiredo

186


Mapa 4

Teixeira de Barros, senhora de vários morgadios, que nascera a 12 de FeveErvedosa reiro de 1788, filha Herdeira do Dr. Bernardo José de Figueiredo Teixeira de Barros, fidalgo da Casa Real, e de sua mulher, D. Caetana Josefa de Figueiredo Sarmento, e que faleceu a 10 de Março de 1876. Triunfando o Liberalismo em 1834, foi reintegrado no exército, vindo a ser reformado no posto de marechal de campo. O título de Visconde de Ervedosa foi-lhe concedido por uma vida por Decreto de 13 e Carta de 19 de Maio de 1815, por D. João VI, então ainda Príncipe Regente e estando no Brasil. Por Decreto de 25 de Fevereiro de 1839, a Rainha D. Maria II conferiu-lhe a honra e grandeza de conde. Devido às privações da Família do I Visconde da Ervedosa, a Rainha D. Maria II concedeu uma segunda vida ao título, também com honra de grandeza, por Decreto de 15 de Fevereiro de 1839, na pessoa do terceiro filho varão existente, Bernardo Corrêa de Castro Sepúlveda, que nasceu em Bragança a 19 de Julho de 1820 e morreu em data incerta. Este casou com D. Maria da Conceição Ferreira, tendo deixado geração, na qual não foi renovado o título. Eis um exemplo de como um ideal governativo levou a uma honra através de atos que. sem sombra de dúvida, custaram o que se diz "sangue, suor e lágrimas". Mas ficaria incompleta esta narrativa se não lembrássemos um pouco as origens familiares humildes do Visconde de Ervedosa.

187


Mapa 4

Auditório Paulo Quintela Bragança

A casa que foi do Visconde de Ervedosa (filho do Tenente - General Sepúlveda) preparou-se, em 1910, para receber o Rei D. Manuel II durante a visita à cidade, que, no entanto, não se chegou a realizar. Em 1942, o edifício foi adquirido para Sede do Município, onde se manteve até 1982. Recuperado para "Centro Cultural", serviu, primeiro, a instalação da Presidência da República (Presidência aberta de Mário Soares - Fevereiro de 1987). Atualmente, após a abertura do Centro Cultural Adriano Moreira, localizado na Praça da Sé, este edifício funciona como Auditório, que serve a Assembleia Municipal e, no piso superior, o Centro de Fotografia Georges Dussaud.

188


Mapa 4

Auditório Paulo Quintela Cronologia 1793 - Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda compra a D. Mariana Josefa Joaquina de Ataíde Vasconcelos, viúva de Francisco Inácio Borges Rebelo "huas cazas nobres sitas na rua do Espírito Santo desta cidade, por baixo da Santa Igreja da Mezireicordia"; 1910 - obras de preparação do edifício para receber o rei D. Manuel II durante a visita à cidade de Bragança, a qual acabou por não se concretizar; 1937, 1 março - em sessão da Câmara delibera-se adquirir o palacete de Nuno da Cunha Pimentel, e que havia sido do Visconde de Ervedosa, filho do Tenente General Gomes de Sepúlveda, para instalação dos paços do concelho e de outras repartições públicas, deliberando-se também que o pagamento da primeira prestação e as imprescindíveis obras de adaptação e reparação fossem custeadas com o produto ainda intacto destinado à construção do mercado municipal; posteriormente procedeu-se à compra do palacete e procedeu-se à sua alteração ou construção do atual no mesmo local; 1982 - data até à qual aqui esteve instalada a sede do município; posteriormente recebeu obras de adaptação para instalação do Centro Cultural; 1987, 15 a 26 fevereiro - aqui esteve instalado a Presidência da República, sendo presidente o Dr. Mário Soares.

189


Mapa 4

Quinta de Favaios Alto Douro

A Quinta de S. Jorge fica situada na Vila de Favaios, Alto Douro. O acesso à quinta faz-se através de um imponente portão construído em granito, encimado por um brasão de armas que representa os senhores proprietários da quinta ao longo de vários séculos. No interior deparamos com um palacete residencial, com origem no século XVII, que apresenta uma grande nobreza nas suas linhas. Na área envolvente encontra-se um jardim murado e árvores de grande porte. Próximo da residência senhorial existe uma pequena igreja de origem românica, antiga sede de paróquia, que evidencia a importância do lugar na época medieval. Na parede exterior da igreja está encaixada uma estela funerária dedicada aos Deuses Manes por três irmãs, em memória dos pais e do irmão falecido. Trata-se de um vestígio da Romanização no local que aponta para uma fixação humana que remonta, pelo menos, ao período em que os romanos ocuparam a Península Ibérica.

190


Mapa 4

Geração de Bragança António Correia de Castro Sepúlveda (II) Era filho do general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda e irmão do Bernardo Correia de Castro e do João António Correia de Castro.

Tal como todos eles, nasceu em Bragança. Foi igualmente marechal de campo e teve três filhos ilustres: Manuel Jorge, Francisco Correia e Bernardo Correia. Os dois primeiros morreram assassinados nas cadeias de Extremoz, a 27 de Julho de 1833, comforme consta no Diário do Governo de 19 de Junho de 1848.

O mais novo foi o pai de outro do mesmo nome, foi secretário do Governo de S. Tomé (África) e foi o último representante do tronco dos Sepúlveda que manteve o prestígio familiar.

In: I volume do Dicionário dos Mais Ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte. Editora Cidade Berço

191


Mapa 4

Geração de Bragança Bernardo Correia de Castro Sepúlveda

Coronel de Infantaria, comendador da ordem da Torre e Espada e cavaleiro da Ordem de S. Bento de Avis. Nasceu em Bragança a 20 de Agosto de 1791 e faleceu em Paris a 9 de Abril de 1833. Era filho do tenente-general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda e D. Joana Correia de Sá Vasques e Benevides, natural do Rio de Janeiro. Fez a campanha da guerra peninsular, merecendo ser condecorado pelo rei de Espanha com a Cruz de Distinção na batalha de Albuera a 16 de Maio de 1811 e louvado na «Ordem do dia» de 23 de Julho de 1812 pelo seu comportamento na batalha de Salamanca. Fazia parte do estado-maior da repartição do ajudante-general.

192


Mapa 4

Foi deputado às Cortes constituintes em 1821 pela província de Trás-os-Montes, nas quais nunca falou; no entanto, «cumpre-nos dizer que o seu voto foi sempre liberal, e como era de esperar de um dos mais firmes apoios do sistema constitucional, de um regenerador da Pátria e de um dos que primeiro fez soar no Douro o grito da liberdade que à causa da patria prestou relevantes serviços». Em 1823 foi nomeado comandante da força armada na capital, havendo antes sido promovido a brigadeiro. Depois da queda da Constituição, em 1823, emigrou para França malquistado com todos os partidos e lá faleceu.

193


Mapa 4

Geração de Bragança José António Correia de Castro Sepúlveda Nasceu em Bragança na freguesia de Santa Maria, em 17 de Fevereiro de 1796, aí vindo a falecer em 14 de Junho de 1876. Era filho do general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda e irmão do marechal de Campo, Bernardo Correia de Castro Sepúlveda. Foi deão da Sé de Bragança e vigário capitular da mesma diocese. Deixou escrito um opúsculo intitulado: Documentos Justificativos, impresso na tipografia de Faria Guimarães, Porto, 1842, 8.° de 42 páginas. Este opúsculo raríssimo, compreende uma série de documentos e representações, dirigidos à rainha D. Maria II, para que não consinta que o bispo D. José da Silva Rebelo assuma de novo o governo da diocese.

In: I volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte

194


195


Mapa 4

Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda Abade de Rebordãos

FRANCISCO XAVIER GOMES DE SEPÚLVEDA Abade de Rebordãos

JOSÉ GOMES SEPÚLVEDA de Mirandela cc Josefa Joaquina de Murillo

JOANA SEPÚLVEDA de Mirandela cc Domingos Gomes

António Gomes Abreu de Braga cc SERAFINA SEPÚLVEDA

BALTAZAR SEPÚLVEDA cc Maria Fernándes (Curopos-Mirandela)

Quinta da Amendoeira, Rebordainhos-, Bragança

196

MANUEL JORGE GOMES DE SEPÚLVEDA cc Joana Correia de Sá

ANTÓNIO GOMES DE SEPÚLVEDA cc Maria Luiza Pereira


197


Mapa 4

Geração de Bragança Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda, Abade de Rebordãos

Abade de Rebordãos, concelho de Bragança. Nasceu acidentalmente em Espanha em 1761, mas seus pais eram de Mirandela. Viveu algum tempo na Quinta da Amendoeira, Macedo de Cavaleiros, na casa de Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda, seu primo, e faleceu em Rebordãos a 28 de Setembro de 1851 sem receber os «Sacramentos da hora da morte por falecer de madrugada repentinamente», com noventa anos de idade e sessenta e seis de pároco. «Era exímio moralista canonico, e escriptor severo que não adulava, strenuo defensor da pureza da religião, castigava os hypocritas, e dizia a verdade sem temor nem respeito, mas com amabilidade ». Foi reitor do Seminário Diocesano de Bragança desde 1817 a 1818 e tomara posse da abadia de Rebordãos a 11 de Fevereiro de 1790, onde fora apresentado por carta régia de 15 de Dezembro de 1789.

198


Mapa 4

Escreveu: Dissertação histórico-crítica sobre frequente e quotidiana, em que doutrina dos Santos Padres, Tridentino, dos Sumos Pontífices, e teólogos e místicos.

a comunhão se expõe a do Concílio dos melhores

Francisco Sepúlveda insurge-se nesta obra contra a «Comunhão quotidiana», e, levado do sentimento contrário, exige tais requisitos que poucos estarão nos casos de a receber frequentemente.

199


Geração de Bragança Manuel P. Sepúlveda, Macedo de Cavaleiros

CAROLINA

PEDRO MIGUEL

JOÃO PEDRO

CARLOTA

ANTÓNIO JORGE

cc Ieda

MARÍLIA (Tiá)

MARIA

MARÍLIA

MANUEL JORGE PIMENTEL SEPÚLVEDA cc Helena

HUMBERTO CÉSAR SEPÚLVEDA PIMENTEL cc Marília

SECUNDINO cc Cremilde

ANTÓNIO DE SEPÚLVEDA

…CASTRO

EUGÉNIO

cc Carlota Pimentel

Sara

cc Sara

200


Gerações de Bragança Fátima Sepúlveda

MARIA MANUEL VALENTE BRÁS SEPÚLVEDA RAMÔA

ANA ISABEL VALENTE BRÁS SEPÚLVEDA RAMÔA

ANA ISABEL DE OLIVEIRA SEPÚLVEDA MOTA RAMÔA

ANTÓNIO MIGUEL VALENTE BRÁS SEPÚLVEDA RAMÔA

ANTÓNIO MANUEL DE OLIVEIRA SEPÚLVEDA MOTA RAMÔA

FERNANDO MANUEL OLIVEIRA SEPÚLVEDA PEREIRA DE SÁ

BÁRBARA INÊS QUEIRÓS DE SÁ

MARIA MANUELA DA ROCHA ALVES

cc Fernanda Samões Queirós

FERNANDO SOARES PEREIRA SÁ

JÚLIO MANUEL RODR. VALENTE

ARTUR ALVES

cc Maria José de Oliveira Sepúlveda

cc Maria de Fátima Sepúlveda Gomes

cc Maria Virgínia Ferreira da Rocha Alves

JAIME VALDEMIRO NUNES FERREIRA

JOSÉ MARIA DA SILVA SEPÚLVEDA

BERNARDINO PEREIRA ROCHA

cc Rosa Ferreira

cc Arminda Rosa Oliveira

BASÍLIO DIAS GOMES DA SILVA cc Ana Adelina Ferreira Sepúlveda

ANTÓNIO MOTA RAMÔA cc Maria Arminda de Oliveira Sepúlveda

cc Aria Celeste da Silva Sepúlveda

ANTÓNIO MANUEL POLICARPO

DIOGO JORGE SEPÚLVEDA SAMÓES QUEIRÓS DE SÁ

cc Lídia Maria Oliveira Sepúlveda Pereira de Sá

cc Maria do Pranto Valente Vaz

ÁLVARO FLÓRIDO ALVES

ANTÓNIO MARIA OLIVEIRA SEPÚLVEDA DE SÁ POLICARPO

ALBINO DA SILVA SEPÚLVEDA cc Ludovina Nunes Ferreira

JOÃO MANUEL DE SEPÚLVEDA cc Maria Clara da Silva

201

cc Maria dos Anjos Ferreira da Silva Sepúlveda


Geração de Fernán Gonzalez

202


203


Geração de Sevilha Fernán Gonzales de Sepúlveda, Conde Soberano de Sevilha Fernán Gonzalez (910–970) foi o primeiro conde independente de Castela, filho de Gonzalo Fernández de Lara, conde de Arlanza e do Douro por volta do ano 900, um descendente de Nuño Rasura, um dos dois juízes de Castela e de Rodrigo, o primeiro conde de Castela. Fernán Gonzalez era um personagem lendário na Península Ibérica e membro da influente família Lara. No ano 930, o nome de Fernán aparece com o título de conde dentro da organização administrativa do leste do Reino de León. Ele cresceu no castelo de Lara e herdou o título de seu pai após a captura e morte de seu irmão, Nuño Fernández. Em 931, Fernán reuniu sob seu controle uma forte força militar composta por tropas dos condados de Burgos, Astúrias, Santillana, Lantaron, Álava, Castela e Lara. Sua proeza militar ganhou destaque na Batalha de Simancas, em 939 e depois em Sepúlveda, onde venceu os mouros e repovoou toda a zona. À medida que seu poder aumentava, também aumentava sua independência de León. Durante este período, casou com Sancha, a irmã do rei de Navarra, García III. Sancha era filha de Sancho I de Pamplona e de todo o condado de Navarra.

204


Depois de ter lutado com Ramiro II de León contra os árabes, e após a Batalha de Simancas e da retirada dos muçulmanos, Fernán ficou insatisfeito porque o rei de León distribuiu suas tropas nas cidades fronteiriças e rebelou-se contra ele. Foi então derrotado por ele e feito prisioneiro em 944, cativeiro que durou três anos. Após esse tempo, reconciliou-se com o soberano, dando sua filha Urraca em casamento ao seu filho, Ordoño, que se viria a tornar no rei Ordoño III. Apesar dessa aliança, Fernán continuou a fomentar problemas e discórdias em León, com o objetivo de garantir sua independência. Ajudou Sancho I na disputa com o seu irmão Ordoño III, e Ordoño IV, filho de Afonso IV, contra o próprio Sancho. Após a morte de Ramiro II de León em 951, o reino de León passou por uma crise dinástica que Fernán usou a seu favor. Inicialmente, ele apoiou as exigências de Sancho I contra seu irmão Ordoño III, mas quando Sancho foi derrotado, reconheceu Ordoño como rei. A morte prematura deste, permitiu a Fernán recuperar a sua capacidade de manobra, mas não já como aliado de Sancho. Aliou-se, isso sim, ao filho de Afonso IV, Ordoño IV. Derrotado em 960 através da intervenção de Navarra, foi capturado pelo rei Garcia de Navarra, mas recuperou a liberdade depois de fazer várias concessões territoriais.

205


Com o reino de León enfraquecido e em desordem, Fernán assegurou lentamente a sua posição de Conde Soberano de Castela.

Após a sua morte, o condado ficou na mão de seu filho García Fernández. Os seus restos mortais encontram-se depositados no seu túmulo, no Mosteiro de San Pedro de Arlanza. A sua vida e feitos estão registados num poema anônimo, O Poema de Fernán Gonzalez, escrito entre 1250 e 1271 conservado numa cópia, se bem que incompleta datada do século XV.

Fonte: Wikipedia, la enciclopedia libre

Nota:: Ver cronología de Fernán Gonzalez em Apéndices

206


207


Grandes Famílias Resumo

CRISTOBAL DE SEPÚLVEDA

GERAÇÕES SUL-AMERICANAS

de Segóvia

GERAÇÃO DE SEGÓVIA

FERNÁN GONZALEZ Conde de Sevilha

GERAÇÃO DE SEPÚLVEDA

GERAÇÃO DE SEVILHA

FRANCISCO DE SEPÚLVEDA de Segóvia

GERAÇÕES SUL-AMERICANAS

PEDRO DE SEPÚLVEDA de Segóvia

GERAÇÕES DO MÉXICO E EUA

ANTÓNIO DE SEPÚLVEDA LEIVA de Segóvia

GERAÇÕES DO CHILE

RODRIGO DE SEPÚLVEDA De Segóvia

GERAÇÕES SUL-AMERICANAS

Desta geração descende

JOSÉ DE SEPÚLVEDA Povoador de New York

Desta geração descende

LUÍS SEPÚLVEDA Escritor chileno

GONZALEZ DE SEPÚLVEDA e outras gerações de Espanha

JUANA ENRIQUEZ cc MARTIM DE SEPÚLVEDA (Vientecuatro de Sevilla)

DIOGO DE SEPÚLVEDA MANUEL DE SOUSA SEPÚLVEDA

GERAÇÕES DE ÓBIDOS E ALENQUER GERAÇÃO DE NAVARRA Espanha

JOÃO DE SEPÚLVEDA

ANTÓNIO DE SEPÚLVEDA cc Marta Rebelo GERAÇÕES DE NAVARRA E BRAGANÇA

208


Geração de Sevilha

Mapa 1

Fernán Gonzalez

TERESA DE LEÃO

MUNIO MUÑOZ DE GUZMAN

Condessa de Portugal cc HENRIQUE DE BORGONHA Conde de Portugal

cc Mayor Dias

MUNIO GONZALEZ

AFONSO VI

Conde das Astúrias cc Mayor Rodriguez

Rei de Castilla cc Ximena Moniz

GONZALO MUÑOZ

FERNANDO I el Magno

Túmulo de Fernán Gonzalez

Rei de Castilla e Leõn cc Sancha, Infanta Herdeiras de Leon

Conde das Astúrias

cc. Eyla Muñoz

MUNIA MAYOR

MUNIO GONZALEZ

herdeira de Castilha cc Sancho III, El Grande Rei de Navarra e de Castilla

de Castilla

cc Trigidia Ansurez

GONZALO GARCIA

SANCHO GARCIA

de Castilla

Conde Soberano de Castilla cc Urraca Gomez

GARCIA FERNANDEZ

Conde Soberano de Castilla cc Ava de Ribagorza

Fernán GONZALEZ

cc Sancha Sanchez

de Navarra e Pamplona

Conde Soberano de Sevilha

cc Mugadona Nunez

GONZALO FERNANDEZ Conde de Burgos e de Castilla

La Cometíssima

Fernán GONZALEZ O Negro de Castrosiero

cc GOTINHA MUÑOZ

209


Mapa 2

PEDRO NUNEZ DE GUZMAN

VASCO MARTINS DE SOUSA

cc Juana Ponce de Leon

I Senhor de Mortágua cc Inês Dias Manuel

ÁLVARO PEREZ DE GUZMAN

MARTINS AFONSO CHICHORRO 2

Alcaide Mor de Sevilla cc Maria Giron

PEDRO NUNEZ DE GUZMAN

Senhor De Dernuña cc Teresa Rodriguez de Brizuela

GUILLEN PEREZ DE GUZMAN cc Maria Gonzalez Giron

NUNO PEREZ DE GUZMAN

cc Aldonça Annes de Briteiros

MARTIM AFONSO CHICHORRO 1 Filho de Afons III cc Inês Lourenço de Valadares (da Casa dos Sousas)

AFONSO III

Rei de Portugal cc Mandragana (Mor Afonso) Princesa Moura

AFONSO II

cc Urraca Mendes de Sousa

Rei de Portugal cc Urraca Infanta de Castela

PEDRO RODRIGUEZ DE GUZMAN Rei de Portugal cc Mafalda Gomez de Manzanedo Infanta de Aragão

Rei de Portugal cc Dulce de Barcelona Infanta de Aragão

RODRIGO MUÑOZ

AFONSO HENRIQUES

cc Mafalda de Sabóia

SANCHO I

Rei de Portugal cc Mafalda de Sabóia Raínha de Portugal

210


Mapa 3

GERAÇÃO DE SEVILHA Reis de Espanha

ENRIQUE IV

DIEGO ENRIQUEZ

ENRIQUE III

Rei de Castilla e Leon cc Catarina de Lencastre

JUAN I

MANUEL CORREIA VASQUES

cc António Sepúlveda

cc Leonor Estasa

MARTNHO DE TÁVORA Capitão de Alcácer Seguer cc Isabel Pereira

MARGARIDA REBELO

MARIA RAMIRES GONÇALO CORREIA

RUI DE SOUSA

AFONSO VIEIRA DE SOUSA

MARTIM DE SÁ

FRANCISCO DE SOUSA

RUY DE SÁ

CONSTANÇA DE TÁVORA cc DIOGO DE SEPÚLVEDA Capitão de Sofala

cc Joana de Borja

JUAN II

MARTA REBELO

JUANA ENRIQUEZ

DIEGO ENRIQUEZ

Rei de Castilla e Leon cc Maria de Aragon

MARTIM CORREIA VASQUES

GERAÇÃO DE SEVILHA Via Távoras e Sousa

cc MARTIM DE SEPÚLVEDA Vientequatro de Sevilla

II Senhor do Mogadouro cc Joana de Trastâmara Infanta de Leon e Castilla

GERAÇÃO DE NAVARRA Braga

GERAÇÃO DE SEVILHA Duques de Medina de Sidónia

cc Urraca Gomez

I Senhor de Berenguel e Sagres cc Isabel Siqueira

DIEGO ENRIQUEZ

MARTIM AFONSO DE SOUSA

de Noroña cc Maria Brites de Guzman

IV Senhor de Mortágua cc Violante Lopes de Távora

AFONSO ENRIQUEZ DE GUZMAN Conde de Noroña

de Castela cc Leonor de Aragão

cc Catarina Carvalhal

ENRIQUE II

II Senhor de Mortágua

AFONSO VI

Rei de Castela

e Filipe de Sá

Abade de Santo Tirso cc Catarina Rebelo

Abade de Santo Tirso e N. Vieira

JOÃO DE SOUSA

FILIPA DE SÁ cc João Gonçalves de Miranda Sottomayor

III Senhor de Mortágua

MARTIM AFONSO DE SOUSA II Senhor de Mortágua Aldonça de Sá Abadessa de Rio Tinto

211

cc Branca de Lemos

cc Catarina Carvalhal

GONÇALO ANNES SOUSA

Rei de Castela e Urraca Gomez

LEONOR NUNES DE GUZMAN

cc Pedro Tição

Sargento Mor do Rio de Janeiro cc Guiomar Brito Freire

MARIA DE BRITEIROS

RODRIGO ANNES DE SÁ III Senhor de Mortágua cc Luísa Barros de Miranda

JOÃO RODRIGUES DE SÁ o das Galés


Mapa 4

Gerações de Braga Ramos de Alenquer, Bragança e Navarra GERAÇÃO DE ALENQUER

GERAÇÃO DE BRAGANÇA

GERAÇÃO DE NAVARRA

LUÍSA DE SEPÚLVEDA ALCAÇOVAS E MATOS cc Manuel Quental Pereira

MANUEL JORGE GOMES DE SEPÚLVEDA

BENTO DE SEPÚLVEDA

ANTÓNIO REBELO DE SEPÚLVEDA cc Maria Rebelo

cc Maria Rosa Soares

cc Joana Correia de Sá Bernevides

ANTÓNIO GOMES DE SEPÚLVEDA cc Maria Luiza Pereira

MARTIM CORREIA DE SÁ cc Isabel Correia de Sá

c. … …

SEBASTIANA REBELO DE SEPULVEDA cc Manuel Araújo

MARTA REBELO cc Pedro Francisco Vilela

DAMIÃO REBELLO DE SEPÚLVEDA

SERAFINA DE SEPÚLVEDA cc António Gomes Abreu

BALTAZAR DE SEPÚLVEDA e. Maria Fernandes (Curupos – Vinhais)

MARTIM CORREIA VASQUES Sargento Mor do Rio de Janeiro cc Guiomar Brito Freire

JOÃO DE SEPÚLVEDA Cc Joana Maria Oliveira Magalhães c. … …

JOÃO DE SEPÚLVEDA MAGALHÃES cc Grácia Fernandes Magalhães

JOÃO DE SEPÚLVEDA Cc Mariana Fernandes

MARIA DE SEPÚLVEDA cc Lucas Fernandes

DIOGO DE SEPÚLVEDA cc Maria Gonçalves

cc Leonor Francisca

ANTÓNIO DE SEPÚLVEDA cc Marta Rebelo

POLICENA DE SEPÚLVEDA cc Domingos Fernandes de Abreu

JOÃO DE SEPÚLVEDA cc Ana de Basto

JOÃO DE SEPÚLVEDA Braga cc Isabel Gonçalves

212

MARGARIDA DE SEPÚLVEDA cc Domingos Silva


Mapa 5

Gerações de Braga Ramos de Fafe

ARMANDO SEPÚLVEDA cc Eugénia Correia da Silva

EMÍLIA SEPÚLVEDA de Fafe e João Soares

JOSÉ SEPÚLVEDA

de Fafe cc Joaquina Ferreira do Couto

FRANCISCO DE SEPÚLVEDA de Navarra, Braga cc Maria Soares

GERAÇÃO DE FAFE (por Bento de Sepúlveda)

213


Mapa 4

Gerações de Braga

Mapa 6

Ramos de Póvoa de Varzim

HUGO MIGUEL DE MENESES SINCER E SEPÚLVEDA

ABIGAIL DE MENESES SINCER E SEPÚLVEDA

JOSE MIGUEL DINE FALCÃO SINCER E SEPÚLVEDA

cc Telma Cristina Meneses de Oliveira

MARTIM PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

JOANA PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

JOSE LUÍS DINE FALCÃO SINCER E SEPÚLVEDA

cc Maria Manuela Oliveira Teles

JOSÉ LUÍS CORREIA SEPÚLVEDA cc Ana Maria Dine Falcão Sincer

GERAÇÃO DA PÓVOA DE VARZIM (por Armando Sepúlveda)

214

MARCOS PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

PEDRO PEREIRA SINCER E SEPÚLVEDA

JOSE PEDRO DINE FALCÃO SINCER E SEPÚLVEDA

cc Eunice Maria Sousa Pereira


215


Geração de Espanha Família de Gonzalez de Sepúlveda Maria de Durango y Barrios , foi viúva de Pedro de Tamayo, ·terceiro Alcaide da fortaleza de Bu rgos. Deixou testamento em ·Aranda de Doero, a 6 de A bril de 1594, ante Gregório Aranda. Tiveram: D. Pedro Tamayo y Durango, natural da vila de Aranda de Duero; batizado na Iglésia de Santa Maria em 24 de Julho de 1570. Casou na mesma vila com Petronila Gonzalez de Proano, irmã de António de Proano, Cavaleiro da Ordem de Alcântara Regedor de Segóvia e Procurador das Cortes no ano de 1621, o qual morreu sem deixar sucessão. Ana Gonzalez de Proano, que casou com Alonzo Gomez de Revenga, Alferes mayor de Aranda, de quem foi filho Afonso Revenga de Proano, que casou com Ana Maria Telles de Giron, filha do terceiro Duque de Osuna e de Bautista de Proano, mulher de Baltasar de Proano, filha de António Proano e de Maria Pernia, neta de Francisco de Proano, o primeiro que fez uso desse apelido, e de Francisca Durango, irmã do Dr. Durango, do Conselho Real de Castela. Segunda neta de Alvaro Sepúlveda, irmão de Diego Gonzalo de Sepúlveda, de quem segue a linha destes apelidos, e Catalina de Peña Pardo.

216


Terceira neta de Luís Gonzalez de Sepúlveda e de Angelina Contreras. Quarta neta de Juan Gonzalez de Sepúlveda, Cavaleiro da Espada Dourada, embaixador de França e Inglaterra e de Isabel Gutierrez. Quinta neta de Luís Gonzalez de Sepúlveda, tronco firme dos Gonzalez de Sepúlveda. A ascendência mui ilustre de Petronila Gonzalez de Proano, esposa de Pedro Tamayo de Durango e nona neta por varonia do Conde Fernán Gonzalez remonta ao Rei Ordoño I, de Leão, segundo se comprova através dum memorial impresso, dado em 1655 ao rei Filipe IV por Luís Gonzalez de Sepúlveda, sobrinho de Petronilla e Cavaleiro da Ordem de Santiago, cuja mercê de filho deu prova da sua certeza. Pedro de Tamayo e Durango, vizinho de Aranda de Duero, outorgou testamento em Valladolid em 10 de Setembro de 1604, ante o escrivão Baltazar de Pablo. Petronilha Gonzalez de Proano, sendo já viúva de Pedro, adquiriu lugar para estrado que ocupa três sepulturas, com a faculdade de as colocar no Convento de S. Francisco da citada Vila de Aranda, por escritura de 14 de Outubro de 1608, ante o escrivão Gabriel Perez; e tiveram:

217


Francisco Jacinto de Tamayo Proano y Durango, Cavaleiro Professo da Ordem de Santiago, natural da vila de Aranda de Duero, em cuja Paróquia de Santa Maria foi batizado em 1 de Setembro de 1597, folio 123, Regedor e Corregedor da mesma e de Sepúlveda por Título de 21 de Março de 1639, de que tomou posse no Ayuntamiento de Aranda a 20 do mesmo mês e ano. Obteve o Hábito da Ordem de Santiago por Cédula Real de 11 de Maio de 1637. Foi armado Cavaleiro na Igreja Paroquial de Santiago em 4 de Novembro seguinte, por Luís Mendes de Aro, Gentil Homem da Câmara, Cavaleiro professo da mesma Ordem, e pelo Licenciado Pedro Marques de Saceta, Religioso na mesma.

http://cdigital.dgb.uanl.mx/la/10201328 82_C/1020132884_T7/1020132884_065.pdf

218


219


Mapa 4

Joana, a Excelente Senhora D. Joana de Trastâmara (Joana, a Excelente Senhora, Rainha (consorte) de Portugal; Rainha [reinante] de Leão e Castela, Galiza, Toledo, Sevilha, Córdova, Múrcia, Jaén, Algarve, Algeciras e Gibraltar, Senhora da Biscaia e de Molina.

D. Joana, Rainha de Portugal e Castela, esposa de El-Rei D. Afonso V , Rainha de facto, depois de jure de Castela

220


Mapa 4

A princesa D. Joana nasceu em 1462. Era filha de D. Henrique IV de Castela e da rainha D. Joana, filha do rei D. Duarte. Era, portanto, a herdeira legítima do trono castelhano. No entanto, aqueles que queriam ver ascender ao trono a infanta D. Isabel, irmã do rei, alcunharam de Joana de A Beltraneja, numa alusão a uma ligação amorosa que se dizia haver entre a sua mãe e um fidalgo daquela corte, D. Beltrán de La Cueva. Pretendiam assim insinuar que D. Joana não era filha legítima de Henrique IV e que, portanto, não tinha o direito de sucessão. Durante as lutas intestinas que se sucederam em Castela, vários nobres tomaram o partido da princesa. À morte do rei, este partido opôs-se a que a infanta D. Isabel subisse ao trono. O monarca português D. Afonso V, desejando fazer valer os direitos de sua sobrinha, decidiu casarse com ela e invadiu o Reino de Castela. No entanto, acabou derrotado na Batalha de Toro, em 1476, e a infanta D. Isabel subiu ao trono. Entretanto, D. Joana recolheu-se em Portugal, onde passou a ser conhecida por Excelente Senhora. Em 1479 a paz de Alcáçovas determinou que Dona Joana se casasse com o infante D. João, de Castela. Ela recusou e recolheu-se no Convento de Santa Clara, em Coimbra. Por decisão de D. João II, seu primo, deixou a clausura, vindo a falecer no Paço de Alcáçova, em Lisboa, em 1530.

221


Mapa 4

Joana, a Excelente Senhora Quando da Batalha de Toro, entre Afonso V e os Reis espanhóis, muitos fidalgos castelhanos abraçaram a causa de Joana, filha de Enrique IV e legítima herdeira ao trono de Castela. Havia no entanto um diferendo entre a nobreza espanhola sobre a paternidade da mesma, que atribuíam a um nobre chamado Beltran de La Cueva. Daí que a apelidaram de A Beltraneja.

Afonso V, rei de Portugal, tio de Joana, junto com os fidalgos castelhanos, alguns da Casa dos Duques de Medina de Sidónia, tomaram o partido de Joana. Entre os fidalgos castelhanos, Martim de Sepúlveda, alcaide das fortalezas de Ensinasola e Noudar que devolveu a Fortaleza de Noudar aos portugueses, a quem, na verdade, sempre pertencera. Com o propósito de reivindicar o seu direito ao trono de Espanha, Afonso V invade Castela e é derrotado. Foi em seu socorro o seu filho, futuro rei D. João II, apoiado pelos homens do Duque de Vila Viçosa, que o trouxeram de volta ao reino, após negociada a rendição. Com eles, vêm alguns nobres castelhanos, entre os quais, o dito Martim de Sepúlveda, a quem D. João II, então Rei de Portugal, dá o senhorio da Fortaleza de Buarcos, e as rendas de Tavarede, em reconhecimento pela entrega da fortaleza de Noudar. Texto adaptado da Wikipédia

222


Mapa 4

Joana Enriquez Casa de Medina de Sidónia

Palácio dos Duques de Medina de Sidónia JUANA ENRIQUEZ DE GUZMAN cc MARTIM DE SEPÚLVEDA

JOANA

A Excelente Senhora cc AFONSO V Rei de Portugal

Vientecuatro de Sevilla

ENRIQUE IV Rei de Castela cc Joana de Portugal

DIEGO ENRIQUEZ cc Joana de Borja

JOÃO II Rei de Castela e Leão cc Isabel de Portugal

DIEGO ENRIQUEZ cc Urraca Gomez

ENRIQUE III Rei de Castela cc Catarina de Lencastre

DIEGO ENRIQUEZ cc Maria Brites de Guzman

Casa de Medina de Sidónia

JOÃO I Rei de Castela cc Leonor de Aragão

AFONSO ENRIQUEZ DE GUZMAN Conde de Noronha e Guzman

ENRIQUE II, cc Elvira Iñiguez de La Vega

ENRIQUE II, e Joana Manuel de Castela

223


Mapa 4

Martim de Sepúlveda Razões que levaram à sua vinda para Portugal São parcos os elementos sobre a história de Martim de Sepúlveda, através dos registos de Espanha. Seguindo a linhagem da esposa, Juana Enriquez de Guzman, da Casa de Medina de Sidónia, é possível recuar a Fernán Gonzalez, Conde Soberano de Sevilha, que se encontra registado como o primeiro que assumiu o nome de Sepúlveda. Martim era um dos Vinte e Quatro Regedores de Sevilha e Alcaide das Fortalezas de Ensinasola e Noudar, que tinha conquistado aos portugueses numa das constantes escaramuças fronteiriças entre Portugal e Castela. O Duque de Medina de Sidónia entregou-lhe o comando de um grupo e cavaleiros para sitiar Noudar, do qual se tornou Alcaide depois de consumada a conquista. A ligação, através da esposa aos Duques de Medina de Sidónia levou-o a enfrentar com eles o prolema da sucessão ao trono de Castela, após a morte de Enrique IV, tendo essa Casa nobre abraçado o partido por Joana, a filha de Enrique. Os partidários de Isabel, a outra candidata, não aceitaram essa nomeação, alegando então que Juana seria filha ilegítima do Rei, filha duma relação amorosa da Rainha com Beltran de La Cueva, nobre daquela Corte. Uma grande percentagem da nobreza de Sevilha abraçou a causa de Joana, juntamente com toda a coroa portuguesa.

224


Mapa 4

Para tentar ultrapassar esse imbróglio pela sucessão, Afonso V de Portugal, tio de Joana, intentou casar com ela, a fim de legitimar a sucessão ao trono de Espanha. Acabaria por ser derrotado pelos partidários de Isabel na Batalha de Toro e voltou a Portugal. (ver artigo anterior). Com ele, virão alguns fidalgos, entre os quais Martim de Sepúlveda. Em 1478, acorda com o Rei de Portugal a entrega aos portugueses das fortalezas de Noudar e Ensinasola. Não conseguiu formalizar a entrega de Ensinasola, já que esta já tinha sido tomada pelos partidários de Isabel, tendo sido feitos prisioneiros Juana Enriquez, a esposa, e um dos seus filhos (não é indicado qual dos filhos). Em troca da entrega de Noudar, o Rei de Portugal oferecerá a Martim de Sepúlveda a Fortaleza de Buarcos (Figueira da Foz) e as rendas de Tavarede, fazendas que, passado pouco tempo, após o perdão concedido por Isabel e Fernando aos participantes na insurreição, venderia a Duarte Brandão, tendo então regressado a Castela, readquirido a alcaidaria de Ensinasola (com alguma polémica entre os nobres espanhóis) e o lugar entre os Vientecuatro Regidores de Sevilla, tendo-lhe sido então restituídos os títulos e fazendas que possuía antes desses acontecimentos.

225


Mapa 4

Em Portugal, mais propriamente em Évora, acabaria por se instalar o seu Filho Diogo de Sepúlveda, de quem falaremos a seguir. (ver: Diogo de Sepúlveda e Palácio dos Sepúlveda em Évora)

Palácio dos Sepúlveda (antes da transformação em Hotel)

Nota: Dizem os genealogistas que foi através de Martim de Sepúlveda que entraram os Sepúlvedas em Portugal, sobre o que tenho algumas dúvidas porque, seguindo a Genealogia dos Sepúlveda de Navarra (Braga), oriundos de outro dos quatro grandes grupos em que a família estava então dividida: Sepúlveda, Segóvia (que deu origem a quase todas as linhagens da América do Sul, Sevilha (o grupo de Martim de Sepúlveda) e Navarra (Espanha), este grupo de Navarra (Espanha), deu origem a Navarra (Braga) no qual se desenvolveram a maior parte dos ramos da família em Portugal. A Geração de Martim de Sepúlveda acabou com o tempo por se diluir, através de casamentos, entre as família Sousa, Sá, Carvalho, Távora, Meneses e outras, perdendo a sua identidade como família. (ver: Geração de João de Sepúlveda; e o artigo sobre Torre de Sepúlveda).

226


227


Mapa 4

Geração de Sevilha Martin de Sepúlveda

CONSTANÇA DE CARVALHO cc António de Meneses

DIOGO DE SEPÚLVEDA

MARIA DE TÁVORA

cc Eylo Muñoz

cc Pedro Álvares de Carvalho Senhor do Morgado de Carvalho II

Conde das Astúrias

MANUEL DE SOUSA SEPÚLVEDA

PEDRO ÁLVARES DE SEPÚLVEDA

CONSTANÇA DE TÁVORA cc Fernando de Meneses

JOÃO DE SEPÚLVEDA

MARIA DE GUSMÃO

Capitão de Sofala cc Constança de Távora

Capitão de Diu

cc Leonor de Sá Albuquerque

MARTIM DE SEPÚLVEDA

DIOGO DE SEPÚLVEDA Capitão de Sofala cc Constança de Sousa

cc Álvaro Pires de Carvalho

AFONSO HERNRIQUES DE GUSMÃO

MARTIM DE SEPÚLVEDA

Vientecuatro de Sevilla cc JUANA ENRIQUEZ DE GUZMAN

cc Maria Brites de Guzman

DIEGO ENRIQUEZ

cc n… Enriquez

AFONSO ENRIQUEZ DE GUZMAN Conde de Noronha e Guzman ENRIQUE II Rei de Castilla

cc Elvira Igñignez de la Vega

228

FERNÃO DE SEPÚLVEDA


Mapa 4

Martim de Sepúlveda Descendência

1. Martim de Sepúlveda foi um fidalgo Castelhano (era um dos Vinte e Quatro Regedores de Sevilha) no tempo do Rei Henrique IV. Partidário de Afonso V, de Portugal, na sucessão ao trono após a sua morte e, sendo Alcaide do castelo de Noudar, restituiu o dito Castelo ao Rei D. João II que em troca lhe doou a Fortaleza de Buarcos e as fazendas de Tavarede. Instalou-se em Évora, onde o seus sucessores passaram a residir. Foi casado com Juana Enriquez, filha de Diogo Henriques. Dela teve os filhos:

2. Diogo de Sepúlveda de Gusmão: Diogo de Sepúlveda de Gusmão tinha de moradia de Cavaleiro no ano de 1537 o valor de 3200 reis e alqueire de cevada. Casou com Constança de Távora e Sousa, filha de Martinho de Távora de quem teve. 3. 3. 3. 3. 3.

João de Sepúlveda e Gusmão Alonso Henriques de Gusmão Martin de Sepúlveda Manoel de Sousa de Sepúlveda Maria de Gusmão casada com Álvaro de Carvalho 3. Cecília de Gusmão, freira em Santa Clara, de Santarém. 3.

Antónia de Távora, freira em Santa Clara, de Santarém.

229


Mapa 4

3. João de Sepúlveda e Gusmão, filho de Diogo e Constança, foi capitão de Sofala. Casou com Constança de Távora, filha de Pedro Álvares de Carvalho e Maria de Távora, de quem teve: 4

Diogo de Sepúlveda

4

Pedro Álvaro de Sepúlveda, solteiro

4

Maria de Távora, casada com Pedro Álvares de Carvalho, seu primo

4

Constança, casada com António de Meneses, chamado o da Pampulha, e por este casamento herdou a Fazenda dos Sepúlveda.

Foi senhor da Vila da Cabranheira e de Porto da Carne e da Torre de Sepúlveda a qual veio a herdar sua filha, Maria de Távora.

4. Diogo de Sepúlveda e Gusmão, que morreu solteiro em Mazagão servindo uma comenda. 3. Afonso Henriques, filho segundo de Diogo de Sepúlveda n.º 2. Foi casado com D. Catarina de Sousa, filha do Dr. R.º Monteiro, de quem não teve filhos. 4. Isabel de Gusmão que herdou um prazo de seu pai em Salvaterra. Casou com António Peixoto da Silva, filho de Duarte Peixoto.

4. Maria que não casou.

230


Mapa 4

3- Martim de Sepúlveda, filho de Diogo e Constança, (2). Morreu solteiro, sem geração 3- Manoel de Sousa Sepúlveda, filho de Diogo e Constança (2). Foi aquele a quem sucedeu o lastimoso naufrágio ocorrido no Cabo da Boa Esperança, na Terra do Natal, no seu regresso ao Reino com mulher e filhos no Galeão S. João e que aí perdeu a vida à mão dos cafres, sob grande tormento e necessidade. Sobre esta tragédia escreveu Corte Real um belo poema e dele faz memória Luís de Camões nos Lusíadas. Foi casado com Leonor de Sá, filha de Garcia de Sá, Governador da Índia, da qual teve um filho que com eles morreu no naufrágio.

231


Mapa 4

Martim de Sepúlveda Cronologia Carta de Diego Ortiz de Zuniga, sobre a Fortaleza de Noudar: “encargavan los Reyes afectuosamente el Duque, no solo la guerra defensiva, sino la ofensiva contra Portugal, para que haziendo diversion por esta parte los esfuerços de su Rey por Castilla fuessen menores, cuyo titulo dado en Toledo, à veinte y quatro de Mayo, sus firmas muestran, que estavan ya alli juntos ambos Reyes. Obedeciò el Duque, ya aydar algunas entradas, que la gente de Estremadura hazia en Portugal, embiò algunas tropas, à cargo de Martin de Sepulveda, Veintiquatro de esta Ciudad, que hallandose en la empressa de Nodar, quedo por su Alcaide, cuja empresa Geronimo de Zurita refiere, que fue hecha por los de Sevilla à seis de el mes de Junio: Los de Sevilla (dize) que entendieron que quedavan las Fronteras de aquel Reyno (de Portugal) al proveìdas, hizieron una entrada por ellas y sacaron gran presa de ganado, y entraran por combate al Castillo de Nodar, que era muy fuerte, y de gran importancia en aquella Frontera. Confirman la verdad desta victoria los Reyes, en una cedula, dada en Zamora à veinte de Março de mil quatrocientos e setenta y seis, en que mandaron hazer à Nodar cierto socorro.” (Anales Eclesiásticos…, p. 372).

232


Mapa 4

Martim de Sepúlveda Cronologia 1475 - Martim de Sepúlveda

Viente e Quatro de Sevilha. Fidalgo e conselheiro de D. João II. Alcaide-mor de Noudar e depois Senhor de Buarcos. Pai de Afonso Henriques e avô de Diogo de Sepúlveda. Aparece ligado à guerra contra Portugal. (SCHENCK, Deborah Kirschberg; FERNÁNDEZ GÓMEZ – Catálogo de los Papeles del Mayordomazgo del siglo XV, vol. 6 (1475-1488), nº 5217).

1476.03.20 Minuta de uma carta para Fernando da Silva, com pedidos a comunicar a D. Isabel, rainha de Castela, sobre a vila e fortaleza de Noudar e Martim de Sepúlveda. TT, Manuscritos da Livraria, 1163, pp. 544-545 (cuja lição se segue); B.N.P., Colecção Pombalina: PBA 443, fls 131v-

132v

1476.03.20 – Zamora Fernando o Católico ordena que a cidade de Sevilha garanta a vigilância da vila de Noudar, ganha aos portugueses, com uma hoste de 30 homens que se revezam cada 15 dias.

233


Mapa 4

1476.03.20 Minuta de uma carta para Fernando da Silva, com pedidos a comunicar a D. Isabel, rainha de Castela, sobre a vila e fortaleza de Noudar e Martim de Sepúlveda. 1477.06.29 (Trujillo - Espanha) Renúncia de Martim de Sepúlveda ao cargo de Regedor de Sevilha (veinticuatria). Licença e faculdade a Martim de Sepúlveda, Fidalgo da Casa Real (Espanha) e vienticuatro de Sevilla, para renunciar ao oficio de vienticuatro a favor de um dos seus filhos. "Renuncia de Martín de Sepúlveda de vienticuatría de Sevilla.“ Archivo General de Simancas

1478.12.10. Córdova Isabel a Católica concede o ofício de Vientecuatro de Sevilha a Inigo de Velasco, filho de D. Pedro Fernández de Velasco, Condestável de Castela, vago pela rebeldia de Martim de Sepúlveda, que vendeu a fortaleza de Noudar ao rei de Portugal A.M.S., Tumbo de los Reyes Católicos, , 398, fl 428v-429r

1482.10.01 – Évora D. João II doa a vila e castelo de Noudar a Martim de Sepúlveda.

234


Mapa 4

1485 (7 de Dezembro) – D. João II faz mercê do castelo de Buarcos a João Sepúlveda, neto de Martim Sepúlveda, em troca do castelo de Noudar, que este possuía. 1486.05.19 – Lisboa D. João II, a pedido de Martim de Sepúlveda, alcaidemor de Noudar, manda ao guarda-mor da Torre do Tombo entregar ao dito alcaide traslados de escrituras, privilégios e o foral da dita vila. TT, Ordem de Avis, nº 876

1486.07.01 - Santarém Carta régia a ordenar que Martim de Sepúlveda, senhor de Noudar, que pertencia à ordem de Avis, recebesse por troca a vila de Buarcos, na foz do Mondego, assim como as marinhas de Tavarede e a dízima . 1486.12.01 – Lisboa D. João II troca com Martim de Sepúlveda a vila de Noudar pela vila de Buarcos. TT, Chancelaria D. João II, liv 8, fl

1486.12.07 – Lisboa D. João II concede a Martim de Sepúlveda, a troco das vilas de Noudar por Buarcos, um rendimento de seiscentos mil reais a três vidas. TT, Chancelaria D. Manuel, liv 20, fl 4v

235


Mapa 4

1487.05.22 – Santarém D. João II confirma a doação da vila de Buarcos a Duarte Brandão, que a havia comprado a Martim de Sepúlveda. TT, Leitura Nova, Estremadura, liv 9, fls 276r-278r

1487.07.22 [A] – Santarém D. João II atribui uma mercê de 600 mil reais ao neto de Martim de Sepulveda. TT, Chancelaria de D. João II, liv 20, fl 129v (cuja lição se segue); TT, Leitura Nova, Místicos, liv 2, fl 125

1487.07.22 [B] – Santarém

D. João II concede uma carta a Martim de Sepúlveda com a orientação e pagamento da benfeitoria de Noudar. TT, Chancelaria de D. João II, liv 20, fl 130r

1487.08.04 – Santarém D. João II concede a D. Henrique Henriques, senhor da vila das Alcáçovas, do Conselho do Rei e seu aposentador-mor e a sua mulher, D. Filipa de Noronha, licença para comprar de Martim Sepúlveda, do Conselho d’el Rei, 50 000 reais brancos de cem mil que este tinha de tensa vitalícia

236


Mapa 4

por uma capitulação que fizera com o rei anterior, sobre a vila de Noudar, segundo se sabe por uma escritura pública feita por Álvaro Rodrigues, tabelião na vila de Santarém, a 17 de Julho de 1487. TT, Chancelaria D. Manuel, liv 19, fl

1505.02.22 – Lisboa Diogo de Sepúlveda pede ao rei D. Manuel para lhe confirmar a carta que D. João II havia concedido a Martim de Sepúlveda. TT, Chancelaria D. Manuel, liv 20, fl 4v

1505.04.05 – Lisboa D. Manuel concede graça e mercê a Afonso Henriques, fidalgo da casa d’el rei, de uma tença de 30 000 reis em virtude dos muitos serviços prestados a D. João II e da obrigação contraída por este de dar a Martim de Sepúlveda, pai do requerente, pelo escambo da vila e fortaleza de Noudar, que deixara pela vila de Buarcos - para que esta fosse de mais moradores povoada – e em satisfação de tudo o que Noudar mais rendesse e das melhorias introduzidas no castelo e fortaleza pelo dito Martim de Sepúlveda, o que depois nunca fora feito nem visto. D. Manuel mandou pagar a tença de sua Fazenda, embora não achasse coisa alguma a que por isso fosse obrigado, somente pelos serviços de Afonso Henriques. TT, Chancelaria de D. Manuel, liv 20, fls 7v-8r

237


Mapa 4

Figueira da Foz em datas 1487 - (22 de Maio) D. João II, chama a atenção ao contador de Buarcos para que permita a Duarte Brandão a compra da Vila de Buarcos a Martim de Sepúlveda.

238


239


Mapa 4

Fortaleza de Noudar

A Fortaleza de Noudar sempre foi considerada um baluarte na defesa fronteiriça. Trata-se de uma estrutura defensiva com um longo período de ocupação humana, que, durante a Idade Média e igualmente em épocas posteriores, se viu envolvida em diversas contendas militares e políticas, que resultaram na posse do castelo por parte de vários proprietários, entre portugueses e castelhanos, nomeadamente indivíduos que talvez possam ser considerados aventureiros, como é o caso de Martim de Sepúlveda, que, ao serviço de Castela, atacou Noudar e capturou o castelo, ficando como seu alcaide. Este, posteriormente, passou-se para o lado português, devolvendo o castelo a D. Afonso V, no desenrolar dos acontecimentos sobre a sucessão ao trono de castela, na sequência da morte do rei Enrique IV.

240


Mapa 4

Fortaleza de Noudar

Após a morte de Pedro Bandarra e de Pedro Rodrigues, os terrenos “usurpados” a Noudar voltaram a ser lavrados pelos habitantes deste sítio, assim o testemunha Pedro Acenço Castelhano, lavrador e morador em Barrancos, mas que os lavradores castelhanos também lá trabalharam, sob a proteção de Martim de Sepúlveda, que recolhia tributos da terra que aparentemente, tinha a seu encargo. A testemunha refere ainda que este homem “tinha a dita vila por Portugal”, ou seja, possuía-a. Martim de Sepúlveda fazia parte da hoste enviada pelo Duque de Medina-Sidónia para atacar Portugal pelo Alentejo, e que acabou por tomar Noudar, ficando Sepúlveda como seu alcaide. Foi depois devolvida a Portugal quando do conflito da sucessão, após cerca de quatro anos na posse de Castela. (Ver história do Castelo de Noudar em apêndices)

241


Mapa 4

Diogo de Sepúlveda

Capela do Espinheiro. No Altar-mor encontra-se o túmulo de Diogo de Sepúlveda e família

242


Mapa 4

Diogo de Sepúlveda Geração dos Távora FERNANDO DE MENENES Herdeiro da Vila de Cabranheira e Torre de Sepulveda cc Joana de Toledo

CONSTANÇA DE CARVALHO E GUSMÃO Herdeira da casa de seu pai cc António de Meneses

Biblioteca Municipal de Lisboa (Antigo Palácio dos Távora)

Alcaide de Castelo Branco

MARIA DE TÁVORA

Palácio dos Távora (Galveias)

cc Pedro Álvares de Carvalho Senhor do Morgado de Carvalho Herdeira da Torre de Sepúlveda n

MARTINHO DE TÁVORA Capitão de Alcácer Ceguer cc Isabel Pereira

JOÃO DE SEPÚLVEDA Capitão de Sofala

RUI DE SOUSA I Senhor de Beringuel e Sagres cc Isabel Siqueira

DIOGO DE SEPÚLVEDA

Capitão de Sofala cc Constança Távora e Sousa

VIOLANTE LOPES DE TÁVORA cc Martin Afonso de Sousa IV Senhor de Mortágua

cc Martim de Sepúlveda Vientecuatro de Sevilla

PEDRO ÁLVARES DE SEPÚLVEDA

MARIA DE GUSMÃO cc Álvaro Pires de Carvalho

cc Constança de Távora

AFONSO HERNRIQUES DE GUSMÃO

JUANA HENRIQUEZ

Diego Enriquez cc Maria Brites de Guzman ………

Pedro Lourenço de Távora cc Brites Anes de Albergaria Lourenço Pires de Távora cc Alda Gonçalves de Morais

Afonso Enriquez de Guzman Enrique II Rei de Castela

Lourenço Pires de Távora cc Guimar Rodrigues da Fonseca

243

CONSTANÇA DE TÁVORA cc Fernando de Meneses

FERNÃO DE SEPÚLVEDA


Mapa 4

Diogo de Sepúlveda Chegou a Portugal com o Pai, Martim de Sepúlveda, após a Batalha de Toro, estabelecendo-se em Évora, onde construiu um belo Palácio, hoje transformado em Hotel (Ver: Palácio dos Sepúlveda). Capitão da armada de 1521. Foi fidalgo da Casa Real.

Em 1518, recebeu o hábito de Cristo (Cf. Cavaleiros da Ordem de Cristo, p. 21.) e membro do Conselho Régio. Tinha de moradia de Cavaleiro no ano de 1537 o valor de 3200 reis e Alqueire de cevada. Partiu para Moçambique como Capitão de Sofala de 1521 a 1525, onde construiu uma Fortaleza para defesa. Foi Senhor da Torre de Sepúlveda, no concelho de Avis.

Casou com Constança de Távora e Sousa, filha de Martinho de Távora de quem teve: 3. João de Sepúlveda e Gusmão 3. Alonso Henriques de Gusmão 3. Martin de Sepúlveda 3. Manoel de Sousa de Sepúlveda 3. Maria de Gusmão casada com Álvaro de Carvalho 3. Cecília de Gusmão, freira em Santa Clara, de Santarém. 3. Antónia de Távora, freira em Santa Clara, de Santarém.

244


245


Mapa 4

Palácio dos Sepúlveda (Évora)

Do antigo Palácio dos Sepúlveda, agora transformado em Hotel, conserva-se ainda uma magnífica capela, os tetos em abóbada, um conjunto de três janelas Manuelinas na fachada principal, assim como outros pormenores que se revelam de forma subtil, valorizados por um cuidado projeto de arquitetura.

246


Mapa 4

Palácio dos Sepúlveda (Évora) No início do século XVI, o fidalgo castelhano Diogo de Sepúlveda mandou erguer numa das artérias principais de Évora, constituindo um acesso privilegiado à vila, um palácio para residência da sua família, cujos descendentes habitaram até finais do século. A estadia desta família em Évora, bem como o tipo de construção, nobre e de grandes dimensões, do imóvel, são testemunho de um período marcado por grande desenvolvimento económico e cultural da zona, quando naturalmente se registou um surto construtivo marcante. Da construção original restam as janelas manuelinas da frontaria, voltada para a antiga Rua da Lagoa e para o fronteiro Convento do Monte Calvário, bem como as salas abobadadas do piso térreo e da sacristia da igreja, provavelmente antigas adegas ou cocheiras. Das três janelas, hoje entaipadas, apenas uma conserva a moldura intacta, em arco trilobado no intradorso e contracurvado no extradorso, decorado com imaginária vegetalista, mas sem peitoril. A segunda janela conserva a verga, formada por dois arcos ultrapassados ou em ferradura, geminados,

247


Mapa 4

certamente assentes sobre mainel, do qual não restam vestígios; ficaram no entanto os elegantes capiteis, os remates e parte das ombreiras, e a terminação do extradorso, em arco contracurvado terminando num cogulho. A terceira exibe apenas uma ombreira e cerca de metade da verga, sugerindo troncos podados entrelaçados. O conjunto sofreu sucessivas alterações ao longo do tempo, principalmente maneiristas e barrocas, uma vez que o edifício foi adaptado a colégio a partir de 1625, quando o arcebispo D. José de Melo aí instala o Colégio de São Manços, instituído em 1592 e destinado a albergar donzelas desamparadas oriundas de famílias nobres - motivo pelo qual o palácio foi também conhecido por Colégio das Donzelas. Deste período subsiste a estrutura da igreja então erguida, templo de nave única, de linhas muito sóbrias. Foram então adaptadas muitas salas, sendo as do piso térreo transformadas em dormitórios. O imóvel foi vendido a um particular no século XIX, passando para a posse da família Braancamp Reynolds; seguiu-se a sua ruína parcial, embora tenha logo em meados do século começado a funcionar como fábrica, albergando uma máquina a vapor que produziria sabão e aguardente, para além de funcionar como moagem de cereais e azeitona.

248


Mapa 4

A esta primeira utilização industrial seguiram-se outras, como o fabrico de pranchas e rolhas de cortiça, e - já nos anos 50 do século XX - a atividade têxtil, ficando o edifício conhecido principalmente como "Fábrica da Melka". Estas ocupações sucessivas desvirtuaram evidentemente as características da maior parte do palácio, causando a destruição de valiosos elementos estruturais e decorativos. Presentemente, ali se encontra instalada uma unidade hoteleira de prestígio. Texto extraído de: http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimo nio/patrimonio-imovel/pesquisa-dopatrimonio/classificado-ou-em-vias-declassificacao/geral/view/73887/

249


Palácio dos Sepúlveda (Évora) Cronologia No Início do Séc. XVI foi mandado construir por Diogo de Sepúlveda, refugiado em Portugal por apoiar a causa da Princesa Joana, casado com Constança de Távora e Sousa, filha de Rui de Sousa, Meirinho Mor e Almotacé Mor de D. João II, cuja família se tinha radicado em Évora desde 1476;

Em 1533 o palácio já estava concluído; Em meados do século XVI reside no palácio Maria de Távora; quando, por viuvez, professou no Convento do Paraíso, passou a residência à posse da nora, Antónia de Meneses, que nele residia no ano de 1591, sendo o palácio de D. Fernando de Meneses; Em 1592 foi adquirido pelo Arcebispo D. Teotónio de Bragança que nele funda o Colégio de São Manços de Donzelas Nobres; Em 1625 o Arcebispo D. José de Melo instala no imóvel o Colégio fundado pelo seu antecessor, Dom Teotónio de Bragança; Em 1853 o imóvel é utilizado como fábrica de moagem de cereais, lagar de azeite, fabrico de sabão e aguardente, propriedade de José Mathias Carreira; 1875 - aqui funciona uma fábrica de moagem cereais, descasque de arroz, destilação aguardente, fabrico de pão, azeite e lavagem lãs, podendo ainda ampliar as suas operações fabricação de lanifícios, propriedade Companhia Industrial Eborense, S.A.R.L.;

250

de de de na de


1888 - funciona como fábrica de rolhas de cortiça, propriedade de Thomaz Reynolds; 1895 - mantém o ramo sendo o proprietário The Cork Company Limited, S.A.R.L.; séc. 20, inícios - o edifício encontra-se arruinado; 1901 - passa a fábrica de transformação de cortiça, propriedade de Sociedade Nacional de Cortiças, S.A.R.L.; 1903 - sede e provável exploração de uma adega, propriedade de Adega Regional do Alentejo, SARL; 1916 - funciona como fábrica de pranchas, quadros, rolhas de cortiça e oficina de carpintaria mecânica, propriedade de José Gomes Severino; 1955 - funciona como fábrica de pranchas e rolhas de cortiça, propriedade da família Torres Vaz Freire; 1959 - passa a ser utilizado como fábrica de roupas, propriedade da família Torres Vaz Freire, arrendada à PROTEXTIL - Promoção da Indústria Têxtil, S.A.R.L.; 1963 - obra de beneficiação e limpeza; 1970 - a Fábrica de roupas é arrendada à secção industrial da MELKA - Confeções, Lda; 1998 - projeto de instalação do Hotel Quinta Palácio, propriedade da família Caeiro Rolo (REBOLA, 2001); 2008 - Inauguração do Hotel Mar de Ar Aqueduto.

251


Palácio dos Sepúlveda (Évora) Colégio de S. Manços (ou das Donzelas) Instituído no ano de 1592, pelo arcebispo D. Teotónio de Bragança, a sua regulamentação foi compilada em 27 de Setembro de 1625 pelo prelado D. José de Melo, que lhe fundou a igreja e procedeu à definitiva instalação no paço velho dos Sepúlveda, situado defronte do Convento do Calvário. A casa fora construída nos primeiros anos do séc. XVI pelo fidalgo castelhano Diogo de Sepúlveda, proscrito em Portugal por favorecer a causa de D. Joana, a Excelente Senhora e D. Afonso V, e que, matrimoniado com uma filha de Rui de Sousa, teve a Manuel de Sousa de Sepúlveda, figura central da epopeia do naufrágio do galeão S. João, nas costas do Cabo da Boa Esperança, em 1552, num dos mais dramáticos episódios da História Trágico-Marítima. D. Maria de Távora viveu no paço nos meados deste século e nele teve bom oratório com capela-mor de abóbada revestida de pinturas a fresco, douradas; por viuvez professou no Convento do Paraíso, passando a residência à posse de sua nora, D. Natónia de Meneses, que nela residia no ano de 1591.

252


O colégio, secularizado em época imprecisa, entrou na posse da Família Braamcamp-Reynolds e, no edifício, funcionou a Adega Regional e fábricas de Moagem de Farinha, de Cortiça, de Serração de Madeiras e depois uma secção industrial da PROTEXTIL. Do primitivo corpo palaciego, subsistem restos relativamente importantes de arquitetura manuelina, numa sala térrea da banda norte, integrada no Recolhimento como Sacristia da Igreja de S. Manços e o pavilhão norte-sul de fachada principal para a Rua Cândido dos Reis (antiga Rua da Lagoa). Na empena axial, correspondente ao andar nobre escaparam de obras utilitárias, embebidas nas paredes, três belas janelas da primeira vintena do quinhentismo, elegantemente proporcionadas e impregnadas do hibridismo gótico-árabe comum em Évora no reinado de D. Manuel. As duas primeiras, que correm do alçado imediato ao antigo passadiço de arcos cegos que comunicava com o templete colegial, pousam sobre embasamento saliente, reforçado por sapata de cantaria, e oferecem aspeto de terem pertencido a uma galeria terminal em cujo ângulo existe curioso balcão, obstruído, composto por nodoso e rude tronco de granito, encordoado, que lembra peças similares do Solar Ducal de Vila Viçosa, talvez dirigidas pelo arquiteto Diogo de Arruda.

253


A mais bela janela e a principal, geminada e de arcos de ferradura, com molduras concêntricas, tem capitéis e bases naturalistas delicadamente lavrados. Os toros laterais terminam em agulhas de ornatos góticos. O último janelão e o mais ocidental dos três, é de lintel trilobado, guarnecido pujantemente de temas vegetalistas, centrado por emblema heráldico (Sepúlveda?), repousando em colunelos de capitéis manuelinos e bases prismáticas, calcários. Remate de verga em flexa conubial, torreada. O tardoz e couceira estão trabalhados, igualmente, com ornatos florais e geométricos. O pavilhão inferior, atualmente afogado com os nivelamentos sucessivos da Rua da Lagoa, conserva a estrutura e proporções originais. Primitivo corpo funcional do palácio, talvez adegas, casas da carruagem e depósitos, no séc. XVII foi adaptado a Dormitório Colegial. Tem grande carácter e compõe-se de oito vastas salas paralelas, dispostas duas a duas e separadas por arcada de grossas empenas de alvenaria e pedra trabalhada, com arcos redondos ou abatidos. A passagem axial é de arcos de ferradura e as abóbadas nervuradas, umas, de arestas outras, por vezes com chaves circulares, nascem de mísulas rudes, cortadas, servindo de arcos formeiros.

254


Alguns dos artesões, de secção poligonal, sobretudo das salas do lado norte, conservam vestígios muito detalhados de pinturas a fresco, de ornatos renascentistas. As frestas, antigas, do corpo meridional, estão obstruídas. Mais delicada é a sala que serviu de sacristia do templete, situada na ilharga da banda ocidental, hoje utilizada como garagem. Construída nos primórdios do séc. XVI e desenhada em planta retangular, de arcos redondos, chanfrados, tem belo exemplar de cobertura polinervada, de angras, em composição de estrela ogivada de 12 nervuras de perfis circulares ou retilíneos, cerrados por bocetes redondos, de pedra, emoldurados com cordas manuelinas. Quatro robustas mísulas angulares, prismáticas, ornadas dos tradicionais elementos góticos, enobrecem o recinto, seguramente de arquitetura palaciana do tempo do rei D. Manuel. Tem as seguintes dimensões: Comp. 4,80 m. Larg. 3,60 m. Da igreja resta a arcatura externa completa: era de uma só nave, de tipo corrente do barroco seiscentista, defendida lateralmente por gigantes de alvenaria terminados por fachos ornamentais.

255


A fachada principal, que olha ao sul, de empena mutilada, de singular sobriedade, tem portado e janela de jambas retangulares, cornijas pouco acentuadas e angularmente duas pilastras de granito trabalhado. A cobertura e o altar perderam-se durante um incêndio que destruiu outras partes do recolhimento. No murete que cerrava a vasta cerca, para ocidente, subsistem vestígios do aqueduto de alvenaria que conduzia a água da Prata, concedida por anéis às comunidades do Calvário e a este Colégio, em 1569 e 1621, respetivamente.

BIBL. Visitação dos Oratórios de Évora em 1591, ms. da B. P. de Évora, fls. 44, 44, 44 vol.; Pe. Francisco da Fonseca, Évora Gloriosa, pág. 232.

256


Palácio dos Sepúlveda (Évora) Hotel Mar De AR Muralhas

257


Mapa 4

João de Sepúlveda Filho de Diogo de Sepúlveda, que foi Capitão de Sofala. Veio para Portugal com o avô, Martim de Sepúlveda, e em Évora se instalou.

Fortaleza de Buarcos

Casou-se com Constança de Távora, filha de Martinho de Távora e Sousa. Fez parte da comitiva que negociou o casamento de D. Catarina. Foi para a Índia como Capitão de Nau em 1521. De regresso ao Reino, em 1532, enviou-o o Rei D. João III a Saboia, a visitar a Infanta D. Brites, sua irmã, Duquesa de Saboia. Em 1538, ele e Afonso Henriques de Sepúlveda navegaram para Oriente. Teve direito a uma das capitanias da esquadra de D. Garcia de Noronha e era portador da mercê da capitania de Sofala, pelo prazo de três anos, com 400.000 reais de ordenado – cf., tendo ocupado o lugar de capitão de Sofala desde 1541 e 1548. Nesse ano de 1538, o sultão do Guzerate, celebrou um acordo, com o 'Sublime Porta' (sultão do Império Otomano) visando reconquistar Diu, então em mãos dos Portugueses.

258


Mapa 4

Esta aliança rompia o equilíbrio de forças existente na região, trazendo insegurança às posições Portuguesas no Índico Ocidental, entre as quais Moçambique já desempenhava um papel estratégico.

As galeras turcas, artilhadas, passaram a aventurarse até Melinde apoiando a revolta das cidades Swahili contra a tutela Portuguesa, entre as quais a de Mombaça, aumentando o clima de insegurança naquele litoral. A primitiva Torre de São Gabriel, nesse contexto, tornava-se vulnerável a um ataque com artilharia dos turcos. Por essa razão, o Capitão-mor da costa de Melinde, João de Sepúlveda, fez a recomendação, à época, da construção Na carta escrita a D. João III, da Ilha de Moçambique, em 10 de Agosto de 1542, lê-se: “non podyrey fazer mais que fortificar se esta Fortaleza (Torre S. Gabriel) no lugar omdee estaa o mylhor que see poder fazer mas pêra ela ser fortee de syso e see poder defemder com poucua gente a muyta ymfinda ouvera de ser fecta em outro lugar desta ylha que há nela muyto aparelhado pêra isso (referindo-se muito provavelmente ao mesmo local no extremo norte da ilha, já referido por D. João de Castro) (…) A mym pareceme que há muyta nececydade desta fortaleza (…) pequena e aconchegada e muito forte (abaluartada) (…) mee parceo mais serviço (…) vyr a Moçambique (…) omdee hee forçado estar atee saber em certo se vyram rumes (árabes) a esta fortoleza como se dyzainda na costa”.

259


Mapa 4

A paisagem africana serviu de cenário a um inesperado conciliábulo familiar. Naturalmente, participaram nele João de Sepúlveda e Martim Afonso, que chegaram à fala em Janeiro de 1542, de acordo com a informação prestada pelo primeiro a D. João III e guarnecida de elogios aos predicados do primo. A eles se juntaram Afonso Henriques de Sepúlveda, que obtivera do governador D. Estevão da Gama autorização para ir de visita ao irmão e empreender uma viagem comercial privada.

Foi Senhor da Vila de Cabranheira e Porto de Carne e da Torre de Sepúlveda, os quais veio a herdar a sua filha Maria de Távora. (Ver: Torre de Sepúlveda).

260


Mapa 4

Baía de Lourenço Marques A Baía de Lourenço Marques foi descoberta por navegadores portugueses, logo após a primeira viagem de Vasco da Gama á Índia, aparecendo já referenciada em 1502, no célebre mapa de Cantino. Era conhecida, nesses primeiros tempos, por BAÍA DA LAGOA, pois acreditava-se que os vários rios que nela desaguavam provinham de uma grande lagoa existente no interior. O seu reconhecimento geográfico só viria a ser feito em 1544, no reinado de D. João III, por um obscuro navegador chamado Lourenço Marques, piloto das naus da Índia e negociante (tratante, como então se dizia, isto é a pessoa que fazia tratos ou negócios), por ordem, segundo se crê, do Capitão de Sofala e Moçambique, João de Sepúlveda. Supõe-se, embora não sejam conhecidas provas documentais, que foi D. João III, que havia mandado explorar a região reconhecendo a sua importância para o trato do comércio, lhe deu o nome de Lourenço Marques, homenageando aquele navegador.

261


Mapa 4

Torre de S. Gabriel (Moçambique)

A Torre de S. Gabriel cumpriu plenamente a sua missão até cerca de 1538, data em que o sultão do Guzerate celebrou um acordo com a Sublime Porta visando a recuperação de Diu, já então na posse dos portugueses. Esta inflexão no rumo dos acontecimentos fez temer pela segurança das posições portuguesas no Indico ocidental, entre as quais Moçambique desempenhava um papel estratégico. As galeras turcas aventuraram-se até Melinde apoiando a revolta das empobrecidas cidades swahili. Mombaça revoltou-se contra a tutela portuguesa e o clima de guerra instaurou-se. Por outro lado, a evolução da artilharia durante este período, que ganhou maior poder de fogo e de destruição, tornou o "forte" de S. Gabriel imprestável para fazer frente a um ataque dos turcos.

262


Mapa 4

O capitão-mor da costa de Melinde, João de Sepúlveda, sugeriu então a construção de uma poderosa fortaleza na Ilha de Moçambique para preservar esta importante escala da ameaça turca. Em jogo estavam, também, poderosos interesses privados que prosperavam à sombra das estruturas oficiais sediadas em Moçambique. D. João de Castro, futuro governador e vice-rei da índia, de passagem pela Ilha de Moçambique escrevia ao rei, em 1545, sobre o assunto: "desta fortaleza não deue V. A. de fazer nenhum fumdamento que se pode guardar como aguara esta, nem pêra a mamdar forteficar, asy por ser muyto pequena como por estar no majs roym sytyo de toda a Ilha, e a despesa que se nela fizer per estes dous respeitos será botada a lomje, porque he em sy tam pequena que com mais verdade se poderá chamar bastião ou baluarte que castelo e fortaleza"

263


Mapa 4

Torre de Sepúlveda (Galveias)

A Herdade de Torre de Sepúlveda é composta por grandes herdades (cerca de 5000 hectares) com belo casario, cuja a administração pertence à Junta de Freguesia de Galveias. Pequeno Historial: Cerca do ano de 1500, o Monte da Torre de Sepúlveda, (possivelmente ainda com outro nome) pertencia à família Távora, então fortemente enraizada na Região.

Em 1510, esta passa para a mão de João de Sepúlveda quando ele casa com Constança de Sousa (ou Távora). (Foi senhor da Vila de Cabranheira, Porto de Carne e Torre de Sepúlveda - PL Tomo II, Volume 1, p.187, Tomo II, Volume 2, p.381, Tomo IV, Volume) Em 1550 é dado por herança a sua filha Maria de Távora (ou Gusmão), quando do seu casamento com Pedro Alvares de Carvalho.

Revista Tiro e Sport de 15/1/1906)

264


Mapa 4

Em 1610 é sua proprietária Leonor de Meneses, casada com Fernando José Fernándes da Costa Mascarenhas, I Conde da Torre, Título criado por Filipe III de Espanha, em 26 de Julho de 1638, casado com Leonor de Meneses. Em 1633 é seu proprietário João de Mascarenhas, II Conde da Torre. Em 1665, é proprietária Joana Leonor Toledo de Meneses, casada com Fernando Mascarenhas, II Marquês da Fronteira. Em 1690 passa a João Mascarenhas, III Marquês da Fronteira, casado com Helena Josefa Nazaré Lancastre. Passa de seguida para António Melo e Castro, III Conde das Galveias, casado com Ines de Lancastre. Em 1759, quando do Processo dos Távora, é adquirido em hasta pública. Em 1801 é adquirido por João Almeida Melo e Castro, V Conde das Galveias. António Maria de L. Bon de Sousa Melo e Castro, que foi o último dos Condes de Galveias e proprietário da Herdade do Monte da Torre Sepúlveda faleceu em 1940. Em 1892 é vendida pela família Melo e Castro a Brás Simão, capitalista lisboeta.

265


Mapa 4

A Herdade passou depois para a Casa Agrícola Marques Ratão, cujo proprietário e administrador era Comendador José Godinho de Campos Marques (1887-1967). No seu testamento institui como sua universal herdeira a Junta de Freguesia de Galveias, tornandose assim esta freguesia proprietária de um vasto património rural e urbano, não só no concelho de Avis, onde se localiza a Herdade Torre de Sepúlveda, mas também nos concelhos de Ponte de Sor, Estremoz, Borba, Monforte, Crato, Torres Vedras e Lisboa. No que respeita à herdade da Torre de Sepúlveda, após a morte do doador a Junta de Freguesia entregou a sua gestão a uma empresa inglesa: Mas quando os donos disto morreram, isto foi arrendado a essa companhia inglesa (Encarregado). A situação manteve-se até ao 25 de Abril, quando a Junta decidiu começar a administrar diretamente o seu vasto património.

266


Mapa 4

NOTA: A sugestão feita por Maria Antónia Pires de Almeida, no livro Família e Poder no Alentejo (Elites de Avis 18861941), da possível propriedade de António Câmara Castro de Sepúlveda, dito Visconde do Ervedal parece não fazer sentido. Quererá a autora referir-se a António Correia de Castro Sepúlveda, I Visconde de Ervedosa (e não do Ervedal) que terá sido Alcaide do Castelo de Avis, informação que é referida e transcrita nas Memórias do Abade do Baçal? Na verdade, este pertencia à linhagem dos Sepúlveda de Bragança, cuja genealogia não liga às da família Sepúlveda de Sevilha/Évora a não ser através de cruzamentos colaterais. Por outro lado, seguindo a cronologia dos proprietários da Torre de Sepúlveda (ver páginas anteriores), parece não haver espaço onde colocar uma possível titularidade do mesmo relativa a essa propriedade, mesmo que por curto espaço de tempo. Obs.: Torre de Sepúlveda, de que foi Senhor João de Sepúlveda e Gusmão (Alão de Morais n.d., Tomo II, Volume 1, p.187, Tomo II, Volume 2, p.381, Tomo IV, Volume)

Palácio dos Condes de Galveias

Biblioteca do Município de Lisboa

267


Mapa 4

Manuel de Sousa de Sepúlveda

268


Mapa 4

Manuel de Sousa de Sepúlveda (1505-1553)

Filho de Martim de Sepúlveda e de Constança Távora Sousa. Destinado a uma carreira eclesiástica, tendo chegado a ser promovido numa conezia da Sé de Évora. Contudo, para não casar com uma mulher que seduzira e cujos irmãos o perseguiam, acabou por embarcar para a Índia, como Capitão de Armada, em 1534 e aí se destacou como combatente valoroso às ordens de Martim Afonso de Sousa. Em 1536 acompanhou-o como capitão valoroso na conquista de Damão e na expedição a Diu em 1535, onde o Rei Bádur de Cambaia, pressionado por mongóis, autorizara finalmente os portugueses a edificarem uma fortaleza. Está presente na estrondosa vitória contra Paté Maracar. Ainda com Martim Afonso, esteve na expedição de auxílio ao rei de Cota, em Ceilão, combatendo o samorim. Em 1540, combateu a rainha de Baticalá às ordens de Estêvão da Gama. Pelos serviços prestados, acabou por ser nomeado capitão de Diu em 1544, ano em que consegue derrubar a muralha dos Cambaicos. Nessa qualidade, defendeu a praça dos grandes ataques do rei de Cambaia, verificados em 1546. Em 1551 encontramo-lo na defesa de Cochim e na jornada de Chembé.

269


Mapa 4

Sé de Goa

Da majestosa Sé de Diu (arruinada no século XVIII), há notícia de uma lápide já desaparecida, com os seguintes dizeres: “Fez Manuel de Sousa de Sepúlveda nesta Sé as escadas, coro e torres, a capela-mor com as demais capelas, e seus retábulos, todo o forro e madeiramento. Era de 1544, governando a Índia Martim Afonso de Sousa.” Em 1546 demonstra o seu valor na famosa Batalha de Diu. Dois anos depois, em Cochim, consegue acalmar o povo esfomeado. Em 1549 encerra cinco príncipes na Ilha de Bardela. Distingue-se ainda em 1551, em Cochim e na jornada de Chembé (acompanhando Afonso de Noronha). Em 1548 casa com Leonor de Sá, filha do Governador Garcia de Sá, considerada uma das mais belas mulheres da Índia e do Reino. Camilo Castelo Branco acusa-o de ter mandado assassinar um seu rival aos amores de Leonor, Luís Falcão, com quem o pai gostaria que casasse. Em 3 de Fevereiro de 1552, Manuel de Sousa Sepúlveda regressava ao reino com a mulher e os filhos, vindo de Cochim, capitaneando o galeão São João, carregado com 7500 q de pimenta e mais de 500 pessoas a bordo..

270


Mapa 4

A nau, riquíssima, transportava fazenda no valor de um conto de ouro. Em 13 de Abril, à vista da costa do Cabo da Boa Esperança, são acometidos por uma tempestade fortíssima e acabam por naufragar em 8 de Junho. Os sobreviventes, cerca de 380, iniciaram um mês depois uma caminhada a pé rumo a Moçambique. O seu número foi sendo reduzido tragicamente, pela fome, pela doença e pelos ataques dos cafres e das feras. Sepúlveda perde então um filho bastardo de dez anos que se deixara ficar para trás. Ao passar o rio de Lourenço Marques, nos fins de dezembro, o grupo seria já de apenas 120 pessoas. Foram então maltratados e despidos pelos cafres. E, certamente em Janeiro de 1553, D. Leonor e seu filho morreram em condições dramáticas. Manuel de Sousa, depois de os enterrar, internou-se no mato para não mais ser visto. Estes acontecimentos originaram várias obras da nossa literatura, inspiraram a Jerónimo Corte Real um célebre poema em verso heroico, e deles faz memória Camões no Canto V de “Os Lusíadas”. Dicionário Ilustrado da História de Portugal (Publicações Alfa)

271


Mapa 4

Manuel de Sousa de Sepúlveda O Naufrágio do Galeão São João

272


273


Manuel de Sousa de Sepúlveda A morte de Luís Falcão N uma noite cálida do verão de 1548, Falcão sentara-se junto à porta da sua casa contígua a um baluarte da fortaleza de Diu. A aragem fresca do mar vasquejava de leve as lu zes da quadra em que o capitão conversava com um dos seus filhos, uma criança de nove anos, nascida em Ormuz. Fora, a espaços, ouvia-se o rumor das sentin elas dos bal uartes, q ue, de q uarto em quarto, passavam rendidas. De súbito, fez-se f ora a rutilação de um relâmpago, e Luís Falcão, levando a mão à fron te, escabujou na cadeira e resvalou morto com o crânio aberto por um pelouro. Ergueu-se grande alarido, soldados e servos com tochas procuram todos os recantos das muralhas em cata de um suspeito assassino. Debalde. De Goa saiu o Mergulhão, um magistrado cruel para devassar; um lascarim foi torturado para confessar o crime. Barbaridade inútil. Espalhou-se na Índia o boato de ter sido assassinado por mando de Manuel de Sousa Sepúlveda, o noivo de D. Leonor de Sá. Fez-se uma grande indignação muda. 0 nome do bravo capitão amordaçava os pequenos; quanto aos grandes, esses inventavam coisas estólidas da morte violenta do capitão de Diu. O vedor da Índia, Simão Botelho, escrevia a D. João III:

274


“Da morte de Luís Falcão se não se sabia ainda certeza, o que faz ter-se dela más suspeitas; prazerá a Deus que se saberá, para se fazer a justiça que tão novo caso nestas partes requer. : Querem dizer que se azou sua morte porque, em saindo o inverno, mandou Luís Falcão cinco mil pardaus ao governador Garcia de Sá, tanto que se soube que era governador do dinheiro de Vossa Alteza, e que por isso se deixou de pagar aos soldados e aos casados. / .../.” Era Man uel de Sousa de Sepúlveda nascido entre 1500 e 1505. Tinha estudado para clérigo e chega ra a investir-se numa conezia em Évora. Na flor dos anos seduziu uma senhora de mediana linhagem. Não era Sousa nem Távora como o sedutor, mas tinha irmãos briosos que lhe impunham a ele o casamen to, à ponta da espada. 0 cónego honorário despiu a murça e fugiu pa ra a Índia. Dizem os genealógicos que a dama traída o foi seguindo; mas o episódio insignifica nte esvaía-se entre as gloriosas façanhas de Sepúlveda no Oriente. Se a desditosa por lá se finou, se a finaram, se regressou ao reino, é coisa tão somenos que nem os linhajudos, obscuros analistas de escândalos, lavraram ata dessa augusta paixão de uma mulher desvairada, sozinha, em cata do seu amado nas remotas regiões do Levante. Ele embarcara em 1528, e dois anos depois capitaneava D iu.

275


As suas proezas militares estão exuberantemente encarecidas nas crónicas; as amorosas são menos divulgadas, porque era preciso, para não desluzir o guerrei ro, ind ulgenciar-lhe as protérvias sensualistas. Uma grande dama goesa, casada, deu-lhe um filho; porém, como os apelidos do f ilho adulterino eram os do marido de sua mãe desonrada, o mo ç o , c u i d a n d o que a salvava, nunca permitiu que o infa mador dessa mul her casada se aproximasse dele como amigo, nem sequer como conhecido. Manuel de Sousa, nas intermitências de paz, dava trela ao coração e ceifava as mulheres em flor como cabeças de malabares. Camões não era menos subserviente louvaminhei ro do que os cronistas, quando epicamente dizia deste Sepúlveda:

Outro também virá de honrada fama, Liberal, cavaleiro, enamorado. Era este o amado de Leonor de Sá e Albuq uerque. Orçava então pelos qua renta anos e não tinh a granjeado gra ndes haveres; ao passo que Luís Falcão era opulentíssimo, dez anos mais idoso - uma grande conveniência, embora tivesse dois filhos naturais. Leonor deplorava-se, inventava-se casada clandestinamente com o Sepúlveda a fim de protrair o enlace odioso; mas G arcia de Sá, obrigado pela palavra de fidalgo e pelas vantagens da fortuna, foi inexorável.

276


Garcia de Sá, no seu curto governo, reconstit u i u na Índia as boas práticas de administração da justiça que o seu antecessor sobrepusera às coisas mil itares tão desorganizadas que nunca os soldados tinham sofrido maior desleixo e penúria. Concorreram os dinheiros particulares de Luís Falcão e os da Fazenda Real para as larguezas do novo governador. Simão Botelho acusava a D. João Ill o capitão de Diu que dos pardaus reais enviara 5000 ao pai de Leonor de Sá. Que admira? Estava tratado o casamento. Falcão, rico e cansado da Índia, queria regressar ao reino. Não vinha requerer comendas nem responder pelas espoliações de que o vice-rei o amnistiara. Vinha repousar-se nos braços da gentil fidalga em volta da qual se rivalizavam os capitães enriquecidos e os donos aventureiros das mais finas raças. Mas Luís Falcão tinha contra si o coração de Leonor que não o amava, nem compreendia o dever de sacrificar-se à riqueza do grande valedor de seu pai. Estremava-se então por feitos valorosos na Ásia outro fidalgo a quem todos os governadores tinham honrado, D. João lll considerava grandemente, e Leonor exclusivamente queria. Não ombreava em opulência com o capitão de Diu; mas tinha vinte anos de milícia, na defesa das fortalezas mais de prova, nas mais carniceiras lutas, e não deixara nas crónicas de Gaspar Correia nem nas Cartas de Simão Botelho um laivo de cobardia ou de ladroeira.

Quanto à ferocidade, afidalgada em bravura, foi como todos os heróis pindarizados por Dinis da Cruz.

277


Ma n uel de Sousa de Sepúlveda, nomeado capitão-mor dos rios, feriu a sua última batalha vitoriosa contra os malabares de Bardela, oito mil naires ajuramentados para a morte. Sepúlveda matou dois mil e recolheu-se a Cochim a fim de se embarcar para o reino, mas, enquanto se empilhavam os seus 7500 quintais de pimen ta no galeão grande S. João, foi retemperar a sua espada no sangue dos príncipes índios conjurados contra o samorim. Era uma questão de especiarias; o samorim não qu eria dar pimenta nas condições ladravazes que lhe impunham os ínclitos heróis da Ásia. No galeão, capitaneado por Manuel de Sousa, embarcaram duzentos portugueses e trezentos escravos. Nunca saíra da Índia nau tão ricamen te fretada. 0 capitão, a esposa e dois filhos de tenra idade embarcaram ao içar das amarras. En tre os passageiros mais graduados ia um filho natural de Sepúlveda, um menino de nove anos, com a sua corte de escravos. 0 pai adorava aquele filho, na scido em Diu duns amores ilícitos e sacri ficados à paixao de Leonor. Não me proponho ir na esteira do galeão, assinalando dia a dia, no percurso de três meses, aquela prolongada agonia. Há difusas particularidades deste naufrágio em crónicas, poemas e relações especiais.

278


A narrativa é de si tão penosa que o con tá-la não pode ser grato ao reconhecimento de quem a ler. Luís de Camões, quando ia de Lisboa para a Í ndia, podia ter visto ainda algumas relíquias do naufrágio sucedido um ano antes. 0 que o poe ta encontrou decerto foi a compaixão inspiradora das três estâncias que ele pôs nos brados atroadores do cabo Tormentório.

Texto extraído de: A Corja, de Camilo Castelo Branco

279


Mapa 4

O

naufrágio de Sepúlveda

Narrativa

280


281


Mapa 4

Manuel de Sousa de Sepúlveda Naufrágio do Galeão São João Relação da muito notavel perda do Galeão Grande S. João em que se contam os grandes trabalhos e lastimosas coisas que acontecerão ao Capitão Manoel de Sousa Sepúlveda, e o lamentavel fim, que ele e sua mulher, e filhos, e toda a mais gente houverão na Terra do Natal, onde se perderão a 24 de Junho de 1552. Logo no início da obra encontramos o sem dúvida mais conhecido do todos os relatos da História Trágico-Marítima, que aqui merece ser resumido: Manuel de Sousa de Sepúlveda passara à Índia em 1534, para não ter que casar com uma senhora que seduzira, e cujos irmãos o perseguiam. No Oriente fora capitão às ordens de Martim Afonso de Sousa. Estivera presente na conquista de Diu em 1536, na armada do governador D. Estêvão da Gama ao Mar Vermelho em 1540, etc. Em 1544 fora nomeado capitão de Diu. A 3 de Fevereiro de 1552, com a mulher e os filhos, largou de Cochim, na Índia, rumo a Lisboa, como capitão do galeão grande São João. O galeão vinha carregado com 7500 quintais de pimenta, e transportava mais de quinhentas pessoas. A 13 de Abril, à vista do Cabo da Boa Esperança, a nave foi acometida por fortes tempestades, acabando por naufragar a 8 de Junho, nas costas do Natal.

282


Mapa 4

Os cerca de 380 sobreviventes iniciaram, um mês mais tarde, uma longa marcha rumo a Moçambique. A fome, as doenças, os ataques dos Cafres e dos animais selvagens foram lentamente diminuindo o seu número. Quando atravessaram o rio de Lourenço Marques, nos fins de Dezembro, os sobreviventes eram apenas cerca de 120; e um filho de 10 anos de Manuel de Sousa de Sepúlveda tinha já morrido. Nesta região foram os sobreviventes portugueses maltratados pelos Cafres, vindo a mulher do capitão e os seus filhos pequenos a morrer em Janeiro de 1553, em circunstâncias dramáticas. Manuel de Sousa de Sepúlveda, depois de os enterrar, internou-se no mato para nunca mais ser visto. O relato deste infortúnio foi redigido por um autor desconhecido, talvez baseado em informações de Álvaro Fernándes, guardião do galeão, e foi impresso pela primeira vez logo cerca de 1554. Camões, no Canto V de Os Lusíadas, faz o Adamastor profetizar a tragédia: "Outro também virá de honrada fama, Liberal, cavaleiro, enamorado, E consigo trará a formosa dama Que Amor por grã mercê lhe terá dado.

283


Mapa 4

Triste ventura e negro fado os chama Neste terreno meu, que duro e irado Os deixará dum cru naufrágio vivos Para verem trabalhos excessivos. Verão morrer com fome os filhos caros, Em tanto amor gerados e nascidos; Verão os Cafres ásperos e avaros Tirar à linda dama seus vestidos...

Também o poeta Jerónimo-Corte Real escreveu um poema épico sobre este famoso episódio, intitulado Naufrágio e lastimoso sucesso de Manuel de Sousa Sepúlveda e Dona Leonor de Sá, sua mulher e filhos, impresso postumamente em 1594.

Fonte: Naufrágio de Sepúlveda, reimpressão da que saiu pela primeira vez em 1554

284


Mapa 4

Manuel de Sousa de Sepúlveda Da Casa de Medina de Sidónia, Martim, o teu avô, ousou regar Com lágrimas e dor, de forma errónea, A fortaleza heroica de Noudar.

João Segundo, o Príncipe Perfeito, Um dia foi seu peito conquistar. Depois, com tal carinho, com respeito, Te fez um marinheiro do seu mar. E eis-te nesse velho Galeão Na Índia, aonde deste o coração A Leonor... Momento tão feliz! E foi no velho barco, o São João, Que tu foste encontrar a perdição, Na malograda volta ao teu país!

JS

Mapa da Fortaleza de Diu

285


Mapa 4

Garcia de Sá Garcia de Sá casou com a belíssima D. Catarina Pires, «a flor de Miragaia», retratada por Camilo Castelo Branco, que faleceu em Goa em Novembro de 1546 e jaz em riquíssimo cenotáfio de mármore branca na parede da capela-mor da igreja de Nossa Senhora do Rosário, com a seguinte inscrição: «Aqui jaz D. Catarina molher de Garcia de Saa a qual pede a quem isto ler que peça misericordia a Deus para sua alma». Tiveram duas filhas, D. Joana de Albuquerque e D. Leonor de Sá, consideradas as mais belas mulheres portuguesas do seu tempo. Casaram ambas no mesmo dia, na Sé de Goa. D. Joana casou com D. António de Noronha (15171550), capitão-mor das naus da Índia, filho do vice-rei D. Garcia de Noronha, com geração. D. Leonor casou com Manuel de Sousa de Sepúlveda, que a «História Trágico-Marítima» retrata e Camões canta, com geração extinta.

286


Mapa 4

Leonor de Sá e Sepúlveda Ei-la imponente a entrar na Sé de Goa, Os sinos a tocar alegremente, E o pai Garcia alegre, andando à toa, De braço dado, ali na sua frente! Formosa Leonor, a vida é loa Que segue o nosso andar impunemente. No Paço, os teus amigos de Lisboa Saudosos dum abraço... De repente, O tenebroso mar, o mar sem fundo, Que segue os nossos passos, num segundo, Destrói um sonho lindo à tua espera. E numa praia imensa, inexplorada, Naquela amarga e triste madrugada Um sonho que se esvai, falsa quimera!

JS

287


Mapa 4

Família Sá Genealogia MANUEL SOUSA SEPÚLVEDA Capitão de Diu cc Leonor de Sá

JOÃO DE SEPÚLVEDA Capitão de Sofala cc Constança de Távora

GARCIA DE SÁ Governador da Índia cc Catarina Pires A Flor de Miragaia

DIOGO DE SEPÚLVEDA Capitão de Sofala cc Constança de Sousa

JOÃO RODRIGUES DE SÁ O Moço cc Maria Silva

MARTINHO DE TÁVORA Capitão de Alcácer Seguer cc Isabel Pereira

FILIPA DE SÁ

FRANCISCO SÁ cc Isabel Silva

RUY DE SOUSA I Senhor de Beringuel e Sagres cc Isabel Siqueira

RODRIGO ANES DE SÁ cc Luiza de Barros

JOÃO RODRIGUES DE SÁ Alcaide-mor do Porto cc Joana de Albuquerque

MARTIM AFONSO DE SOUSA II Senhor de Mortágua cc Violante de Távora

FERNÃO DE SÁ cc Filipa da Cunha (f. Gil Vasques da Cunha e Isabel Pereira, ir. Nuno Álvares Pereira)

ALDONÇA RODRIGUES SÁ Abadessa de Rio Tinto Martim Afonso de Sousa ( da Batalha Real) II Senhor de Mortágua

MANUEL JORGE GOMES DE SEPÚLVEDA Fundador de Porto Alegre cc Joana Correia de Sá

FILIPA MONIZ cc CRISTOVÃO COLOMBO Descobridor da América

e ISABEL MONIZ

BARTOLOMEU PERESTRELO Chegou a Porto Santo cc Guimar Teixeira

FILIPO PELESTRELLI

ANTÓNIO GOMES DE SEPÚLVEDA cc Maria Luísa Pereira

MANUEL CORREIA VASQUES cc Leonor Estasa

SERAFINA SEPÚLVEDA cc António Gomes Abreu Coronel de Cavalaria

RUY DE SÁ cc Branca de Lemos

ALDONÇA R. CÂMARA

cc João Gonçalves de Miranda Sottomayor

GARCIA R. CÂMARA

CONSTANÇA RODRIGUES DE SÁ cc João Gonçalves Zarco Capitão Donatário do Funchal

JOÃO RODRIGUES DE SÁ o das Galés

RODRIGO ANES DE SÁ

BERINGEIRA ANES

JOÃO AFONSO DE SÁ

MARIA MARTINS

AFONSO ANES DE VOEIRE

N

288


Mapa 4

Afonso Henriques de Sepúlveda Capitão da armada de António de Saldanha (1517). Era filho de Fernão de Sepúlveda (Cf. Ásia, III, i, 10). Uma vez na Índia, cada um dos fidalgos foi aproveitado à medida da intimidade que os ligava a Martim Afonso de Sousa e da autonomia gozada por este para efetuar provimentos de cargos. Em 1541, capitaneou um navio de remos na armada de D. Estêvão da Gama que foi ao estreito do Mar Vermelho. Afonso Henriques de Sepúlveda colaborou como capitão nas grandes campanhas organizadas em 1542 e 1543, nomeadamente, no ataque a Baticalá e na chamada «Viagem do Pagode», obtendo licença, no ano seguinte, para realizar uma expedição comercial à China. Estando de passagem pelo entreposto malaio, em rota para a China, Afonso Henriques de Sepúlveda aproveitara o momento das exéquias para liderar um golpe e tentar aceder ao posto de comando local. Atentou, para o efeito, contra a autoridade transitória de Simão Botelho, a quem tinham sido dadas instruções para destituir e substituir Rui Vaz Pereira, pela oposição levantada à reforma da alfândega de Malaca. Em 1544, foi preso em Malaca por se tentar apoderar da capitania depois da morte de Rui Vaz Pereira, em Marramaque. Depois de liberto acabou por naufragar junto da costa do Sião onde foi morto. BIBLIOGRAFIA: Luís Filipe Thomaz,

289


Mapa 4

Afonso Sanches Filho bastardo de D. Dinis e de Aldonça Rodrigues Telha, nasceu cerca de1288 e faleceu por volta de 1329. A ele se deve a fundação do Mosteiro de Santa Clara, em Vila do Conde.

Serviu o seu pai como mordomo-mor, o que causou grande revolta ao herdeiro legítimo, D. Afonso (o futuro D. Afonso IV). Com a coroação deste, Afonso Sanches viu os seus bens confiscados e foi exilado. Invadiu depois Portugal a partir de Castela, desencadeando uma guerra civil que só foi sanada com os apelos da Rainha Santa Isabel.

Mosteiro de Santa Clara, Vila do Conde

290


A fonso Sanches Genealogia JOÃO DE SEPÚLVEDA Capitão de Sofala

Constança de Távora

ANTÓNIO NORONHA

MANUEL SOUSA SEPÚLVEDA Capitão de Diu

Capitão das Naus da Índia

cc Leonor de Sá

cc Joana de Sá

DIOGO DE SEPÚLVEDA Capitão de Sofala

AFONSO DE ALBUQUERQUE Governador da Índia

GARCIA NORONHA Vice-Rei da India cc Inês de Castro

JOANA DE ALBUQUERQUE cc João Rodrigues de Sá O Moço

GONÇALO DE ALBUQUERQUE cc Leonor de Meneses

FERNANDO NORONHA cc Constança de Albuquerque

cc Joana de Borja

TERESA DE ALBUQUERQUE cc Garcia de Noronha

LEONOR DE ALBUQUERQUE

PEDRO DE NORONHA cc Branca Dinis Perestrelo

DIEGO ENRIQUEZ cc Urraca Gomez

ISABEL DE ALBUQUERQUE

cc Constança de Sousa

JOANA ENRIQUEZ cc MARTIM DE SEPÚLVEDA Vientequatro de Sevilla

DIEGO ENRIQUEZ

DIEGO ENRIQUEZ de Noroña

cc Maria Brites de Guzman

AFONSO ENRIQUEZ DE GUZMAN Conde de Noroña

cc Catarina Carvalhal

GARCIA DE SÁ Governador da Índia

cc Catarina Pires A flor de Miragaia

ISABEL DE PORTUGAL cc AFONSO ENRIQUES DE GUZMAN Conde De Noronha E Gijon

TERESA DE ALBUQUERQUE

FERNANDO I Rei de Portugal

FERNANDO AFONSO DE ALBUQUERQUE Alcaide da Guarda

JOÃO AFONSO DE ALBUQUERQUE Senhor de Albuquerque

Túmulo de Afonso Sanches

AFONSO SANCHES, Senhor de Vila do Conde (Fundador do Mosteiro de Santa Clara)

Aldonça Rodrigues da Talha

D. DINIS, Rei de Portugal

291


Mapa 4

Geração de Óbidos/ Bombarral

292


293


Gerações de Óbidos/Bombarral Quinta dos Lóridos

MARIANA CASTRO PEREIRA COUTINHO SEPÚLVEDA VELLOSO

DIOGO MARIA SILVA PINTO SEPÚLVEDA VELLOSO Coronel de Infantaria cc Maria Eugénia Martinha Castro Pereira Coutinho

NUNO MARIA ROCHA SEPÚLVEDA VELLOSO cc Maria Helena Godinho M. A. Arouca Silva Pinto

MATILDE MARIA CASTRO PEREIRA COUTINHO SEPÚLVEDA VELLOSO

MARIA MAFALDA CASTRO PEREIRA COUTINHO SEPÚLVEDA VELLOSO

CARLOS MARIA SEPÚLVEDA VELLOSO cc Maria Josefina Penalva F. L. Oliveira Rocha

ALBINO HERCULANO SEQUEIRA DE SEPÚLVEDA cc Justina de Melo Lobo da Silveira

CRISTINA GUADALUPE HENRIQUES SEQUEIRA DE SEPÚLVEDA cc José Caetano Carneiro Silva Velloso

FRANCISCO HONORATO HERCULADO DE SEPÚLVEDA cc Maria Cecília Henriques de Sequeira

ANTÓNIO DE SEPÚLVEDA cc Maria Rosa da Conceição

MANUEL JOSÉ

cc Maria Teresa

294

ALBINO HONORATO LOBO DA SILVEIRA DE SEPÚLVEDA (Quinta dos Lóridosl) cc Maria Adelaide Luz da Gama

com descendência


Gerações de Óbidos/ Bombarral Diogo Maria da Silva Pinto de Sepúlveda Velloso

Coronel de Infantaria Diogo Maria da Silva Pinto de Sepúlveda Velloso foi admitido como Cadete na Academia Militar em 1979, tendo ingressado no Quadro Permanente em Outubro de 1985. Para além de diversos cursos curriculares possui o Curso de Operações Especiais, o Curso de Comandos e o Curso OTAN de Planeamento das Operações Especiais. É licenciado em História pela Universidade Aberta. Como Oficial Subalterno e Capitão foi instrutor dos diversos cursos ministrados no CIOE e comandante de Companhias de Instrução e Operacionais no Centro de Instrução de Operações Especiais e no Regimento de Guarnição Nº 1, nos Açores. Como Oficial Superior desempenhou funções de Oficial de Estado Maior no Centro de Instrução de Operações Especiais, no Regimento de Guarnição Nº 1 e em Quartéis Generais de missões da OTAN na Bósnia e Herzegovina e das Nações Unidas, em Timor Leste e no Líbano. Integrou ainda missões Nacionais e Multinacionais no Ex- Zaire, e no Sahara Ocidental

295


. O Coronel Sepúlveda Velloso desempenhou as funções de 2º Comandante do Centro de Instrução de Operações Especiais de 2003 a 2006 e antes de ser nomeado por escolha para as funções de Comandante do Centro de Tropas de Operações Especiais desempenhava as funções de Chefe de Estado Maior do Comando Combinado e Conjunto de Operações Especiais no EMGFA. Da folha de serviço constam oito louvores dos quais cinco são de Oficial General e os restantes três são de Comandante de Regimento ou Unidade equivalente. É condecorado com a Medalha de Apreço Militar – Grau Prata do Ministério da Defesa Nacional do Líbano, Medalha Comemorativa da UNIFIL – Líbano, Medalha Comemorativa da UNMISET – Timor-Leste, Medalha Comemorativa da MINURSO – Sahara Ocidental, Medalha NATO/IFOR – Bósnia, as Medalhas Comemorativas das Comissões dos Serviços Especiais das Forças Armadas – Bósnia/1996, Sahara – 2000/2001 e Timor 2002/2003, Medalha de Comportamento Exemplar – Prata, Medalha D. Afonso Henriques – Mérito do Exército – 2ª Classe e a Medalha de Mérito Militar de 2ª Classe. http://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=5068.330

296


297


Mapa 4

Quinta dos Lóridos Bombarral

Em meados do séc. XVIII, a Quinta dos Lóridos é propriedade da família Sanches de Baena, da qual o portal de entrada apresenta uma pedra de armas. Esta família, ao adquirir a Quinta, procedeu a alterações exteriores de grande impacto visual e clara filiação barroca, de que é exemplo a entrada e capela. Em 1834, o Capitão João Pedro Barboza comprou a Quinta dos Lóridos. 0 seu filho, José António da Silva Barboza quis deixá-la em testamento a um pároco, que a recusou, pedindo-lhe que deixasse ao primo, Albino Honorato da Silveira Sepúlveda, que deste modo a herdou.

298


Mapa 4

Os Lóridos mantiveram-se na família Sepúlveda até 1989, quando a firma J.P. Vinhos, S.A a adquiriu. Desde então foi realizada uma profunda obra de restauro, que incluiu a reconstrução dos telhados e interiores, a instalação de uma adega para a produção de um espumante pelo Método Clássico numa antiga adega existente que ainda conserva um lagar de pedra com prensa de "vara", a construção de uma cave de envelhecimento e a plantação de vinha. O solar é um sóbrio exemplar da nobre arquitetura rural do século XVIII, época em que foi reconstruído pela família Sanches de Baena, cujo brasão ostenta. Aforados solar e quinta a J. Pedro Barbosa em 1821, este legou-os à família Sepúlveda que os venderam em 1989 a uma sociedade comercial produtora ali do famoso vinho espumante “Loridos – Bruto”. Atualmente é propriedade do Comendador José Berardo, que nela anda a edificar dois jardins temáticos, um de índole oriental e outro de índole europeia.

299


Mapa 4

Gerações sul-americanas

300


301


Mapa 4

Geração do Chile

302


Mapa 4

303


José Maria Sepúlveda Galindo Nasceu em Curicó, em 25 de agosto de 1917. Faleceu em Santiago do Chile, em 9 de Outubro de 1988. Foi um militar e político chileno.

General, diretor dos Carabineros de Chile, Corpo de elite do regime, de 1970 a 11 de Setembro de 1973, dia em que foi detido e aprisionado por ter sido fiel ao regime do então presidente Salvador Allende. Foi nomeado Ministro de Tierras y Colonización pelo Presidente Allende, em 9 de Agosto de 1973, cargo em que permaneceu até ao golpe de estado.

Historial militar Sua ascensão aos Corpo e Carabineros: . 1936: Aspirante a Oficial . 1938: Subtenente . 1940: Tenente . 1950: Capitão . 1957: Mayor . 1961: Tenente Coronel . 1964: Coronel . 1967: General subinspetor . 1968: General inspetor . 1970: General em Chefe dos Carabineiros . 1973: Deposto dos Carabineiros no golpe

304


José Maria Sepúlveda Galindo Cronologia 1917-1988 Carabineros.

General,

comandante

dos

Nasce na cidade de Curicó em 25 de agosto de 1917: Ingressou como Aspirante a Oficial na Escola de Carabineros do Chile em 1936, tendo sido aluno no segundo curso de aspirantes a oficiais em 1938. No mesmo ano, ingressou no terceiro curso de aspirantes a oficiais e foi nomeado subtenente, ascendendo ao posto de tenente em 1940. É transferido para a prefeitura de Chiloé em 1941.

Em 1942 é enviado na quarta comissão para prefeitura geral de Santiago. Em 1943 é mandado na segunda comissão de Castro, para a prefeitura de Chiloé, que assume em 1945. Em 1949 é transferido para Ancud.

305


Em 1950 é enviado para a segunda comissão em Chillán. Em 1954 assume a prefeitura de Ñuble. Em 1955 é aluno no primeiro Curso do Instituto Superior da Instituição. Em 1957 ascende ao grau de Mayor.

Em 1958 é transferido para a quarta comissão em Talca. Em 1961 ascende ao posto de tenente coronel. Em 1963 assume a direção da rádio e patrulhas de trânsito. Em 1964 assume a prefeitura de Santiago e é chefe da rádio e patrulhas de trânsito com o posto de coronel. Em 1965 assume a Carabineros do Chile.

direção

da

Em 1967 ascende ao posto de general.

306

Escola

de


Em 1968 assume a prefeitura geral de Santiago no posto de inspetor general. Em 1970 o novo Presidente da República do Chile, Salvador Allende, nomeia-o Diretor do Corpo de Carabineros do Chile. No dia 3 de Novembro de 1970, o General Sepúlveda, fiel à Constituição da República do Chile de 1925, presta juramento como Ministro das terras e da Colonização, perante o Presidente Allende. Em 11 de Agosto de 1973 ocorre o golpe militar de Augusto Pinochet. Em 11 de Setembro Pinochet nomeia César de Mendonça diretor do Corpo de Carabineiros. Morre em Santiago do Chile em 1988, com 71 anos, no dia 9 de Outubro.

307


José Maria Sepúlveda Galindo Resumo do golpe Em torno do Palácio de La Moneda, antes da entrada de Salvador Allende, foram desdobrados mais de trezentos carabineiros e alguns tanques daquela instituição, em posição de combate. Entretanto, o general José Maria Sepúlveda, diretor geral dos Carabineros, estava dentro do Palácio de La Moneda, mantendo, como o Almirante Montero, sua lealdade ao governo constitucional. O general Sepúlveda tentou falar com seus comandantes de polícia ao telefone. Conseguiu contatar alguns deles, mas ninguém parecia ter qualquer informação. Outro mau sinal foi que o subsecretário do Exército, coronel Rafael Venezuela, leal ao governo, acabava de ter sua entrada barrada no Ministério da Defesa. Diálogo entre Sepúlveda e Allende: Sepúlveda: Presidente, estão me informando que foi tomada a central de comunicações dos Carabineros. E dali as unidades recebem as ordens por rádio. .. O Alto Comando está isolado. Allende: Mande os homens para tomarem o centro de comunicações Sepúlveda: Não tenho, Presidente. Conto apenas com aqueles que estão na Direção Geral (a quinhentos metros de La Moneda) Allende: Quantos são? Sepúlveda: Cinquenta mais os oficiais Allende: Diga-lhe que venham aqui imediatamente…

308


O general Sepúlveda, diretor dos Carabineros, assinalou que se manteriam fiéis, mas Mendoza assumiu como Diretor Geral. Allende não quis se render. Ele enviou o general Sepúlveda, leal chefe dos Carabineros, ao Ministério da Defesa para negociar uma trégua. Veículos blindados da polícia pegaram Sepúlveda no palácio, mas, em vez de levá-lo ao Ministério, seus subordinados informaram que os Carabineros tinham se juntado aos rebeldes. Convenceram-no de que nada mais havia a fazer, e levaram-no para a segurança, no clube dos oficiais.

https://books.google.pt/books?id=iNuxQYlaBxwC&pg=P A193&lpg=PA193&dq=general+sepulveda+chefe+dos+ca rabineros&source=bl&ots=COGFycfujA&sig=ACfU3U0EE7 I9CRFvIhDhdEIk2DViKvfIdg&hl=ptPT&sa=X&ved=2ahUKEwi_3fXMjungAhVSxoUKHelnCZIQ 6AEwB3oECAcQAQ#v=onepage&q=general%20sepulved a%20chefe%20dos%20carabineros&f=false

309


Mapa 4

Luís Sepúlveda Luís Sepúlveda nasceu em Ovalle, no Chile 4 de outubro de 1949. É um romancista, realizador, roteirista, jornalista e ativista político chileno. Reside atualmente em Gijón, em Espanha, após ter vivido entre Hamburgo e Paris. Em 1970 venceu o “Prémio Casa das Américas” pelo seu primeiro livro Crónicas de Pedro Nadie, e também uma bolsa de estudo de cinco anos na Universidade Lomonosov de Moscovo. No entanto só ficaria cinco meses na capital soviética, pois foi expulso da universidade por “atentado à moral proletária”, causado, segundo a versão oficial, por Luís Sepúlveda manter contactos com alguns dissidentes soviéticos. De regresso ao Chile é expulso da Juventude Comunista, adere ao Partido Socialista Chileno e torna-se membro da guarda pessoal do presidente Salvador Allende. No golpe militar do dia 11 de setembro de 1973, que levou ao poder o ditador general Augusto Pinochet, Luís Sepúlveda encontrava-se no Palácio de La Moneda a fazer guarda ao Presidente Allende. Membro ativo da Unidade Popular chilena nos anos 70, teve de abandonar o país após o golpe militar de Augusto Pinochet.

Viajou e trabalhou no Brasil, Uruguai, Paraguai e Perú.

310


Mapa 4

Viveu no Equador entre os índios Shuar, participando numa missão de estudo da Unesco. Sepúlveda era, na altura, amigo de Chico Mendes, herói da defesa da Amazínia. Dedicou a Chico Mendes O Velho que lia Romances de Amor, o seu maior sucesso. Perspicaz narrador de viagens e aventureiro nos confins do mundo, Sepúlveda concilia com sucesso o gosto pela descrição de lugares sugestivos e paisagens irreais com o desejo de contar histórias sobre o homem, através da sua experiência, dos seus sonhos, das suas esperanças. Em 2016 vence a décima segunda edição do Prémio Literário Eduardo Lourenço.

Fonte Wikipédia

311


Mapa 4

Luís Sepúlveda

É um homem do lixo quem a encontra. Um pobre miserável que passava os seus dias na lixeira, em Santiago do Chile, na esperança de ali desenterrar moedas. Viu esta mulher morena que permanecia sentada, com ar selvagem, e compreendeu imediatamente. Verdadeiro conhecedor da lixeira, tinha observado os hábitos. Era lá que "eles" despejavam os prisioneiros vivos de que queriam desembaraçar-se. Os que a tortura não permitira fazer falar. Para Carmen Yañez, como para todos os chilenos, o 11 de Setembro "é uma data já ocupada": a do golpe de Estado de 1973, quando a junta comandada pelo general Pinochet se apoderou do poder, com a ajuda da CIA, conduzindo à morte do Presidente, Salvador Allende.

312


Mapa 4

Sobre as consequências que teve sobre a sua própria vida este regime de violência e terror (mais de 3000 assassínios e desaparecimentos) Carmen Yañez não sabe se chegará a falar. Para começar pede que desculpemos os seus silêncios. Cármen é, apesar de tudo, uma morenaça, juvenil e de riso fácil, que não aparenta os seus 52 anos. Não tem nada de uma sobrevivente da dor. Depois de vários desencontros, instalou-se nas Astúrias, no Norte de Espanha, numa espaçosa casa de um bairro chique de Gijón, com piscina e jardim. Ali escreve poesia. No segundo andar trabalha Luís, um escritor célebre que faz parte da sua história. No terraço, diante do jardim, Carmen solta toda a sua alegria a falar dele e dos entusiasmos da sua juventude, quando tudo parecia possível. Luís teve que pagar duas garrafas de vinho para ser apresentado a Carmen. Uma piada entre rapazes. Está-se em 1967, ela tinha 15 anos e ele 18. Ele é estudante de teatro. Como ela, ele escreve poemas. E, como tantos outros estudantes, neste Sul da América onde o envolvimento político é um dado adquirido, ele milita no partido socialista. Salvador Allende é o herói de ambos.

Eles pertencem a este movimento de esquerda comunistas diversos, socialistas, ala esquerda da democracia cristã - que apoia a sua candidatura às eleições presidenciais de 1970. O democrata-cristão Eduardo Frei Montalva está ainda no poder.

313


Mapa 4

Eles pintam "Viva a Revolução!" sobre os mortos, apoiam a revolta estudantil e as greves operárias, lutam com grupos de direita e manifestam-se contra a guerra do Vietname, ao ritmo dos acontecimentos do mundo. Allende é eleito. Carmen e Luís casamse. Em 1972 têm um filho a que chamam Carlos Lenin. Carlos por causa de Karl (Marx), no caso de Lenin não ser suficiente. "Estava na moda", explica Carmen como para se desculpar. "Havia pilhas de Illitch Gutierrez, de Rosa Rodriguez (para Rosa Luxemburg) e todos os nomes próprios russos passavam por isso." Um ano e meio mais tarde, a ditadura instalada, era preciso falsificar os certificados de nascimento.

Carlos Lenin transforma-se em Carlos Leónidas. Carmen radicaliza-se, Luís trabalha na órbita do Governo de Allende. Ela aproxima-se do Partido Comunista Revolucionário (PCR), de inspiração maoísta. "Purista", é contra o uso do desodorizante e do dentífrico, milita na psicanálise freudiana e lava os dentes com cinzas. Luís, menos puro, prefere o desodorizante e a pasta dos dentes. Insultam-se. Ela chama-lhe "porco da burguesia", ele "chinesa febril". No terraço da casa de Gijón, ela sorri com ar maroto. "Éramos tão sérios! E tão ridículos!" O rosto fecha-se, o olhar perdido no horizonte. Terça-feira 11 de Setembro de 1973: o casal habita a casa de família de Carmen, numa comuna operária do Sul de Santiago. Estrondos de aviões, som de metralhadoras. Há tanques nas avenidas.

314


Mapa 4

A rádio anuncia a morte de Allende, saber-se-á mais tarde que se suicidou. Luís, um irmão de Cármen e o seu pai abandonam a casa "para organizar a resistência". Regressam passados alguns dias, de mãos vazias. Ela recorda os dias que se seguiram ao 11 de Setembro. O recolher obrigatório, a casa muitas vezes revistada. Os "suspeitos" que enchem as casernas e os estádios de futebol, depois transferidos para os campos. As execuções, as torturas. "Tinha medo todo o tempo." O pai, operário e militante comunista, muitas vezes detido, é preso durante vários meses. Torturado? "Não sei. Nunca me contou. O que é que tu queres contar aos teus filhos?“ Em Outubro, Luís exila-se no Sul do país, procurado por ter trabalhado no Governo de Allende. É preso e passa perto de dois anos na prisão de Temuco. Quando Carmen consegue por fim visitá-lo, tinha sido torturado com eletricidade. Tem as unhas torcidas. "Estava cheia de raiva, de dor, de impotência", diz Cármen. "A morte estava por todo o lado. Via-se nas ribeiras, onde flutuavam os cadáveres. Adivinhava-se nos camiões que os transportavam. Se íamos visitar um amigo, havia que esperar encontrá-lo morto, ao lado dos 'milicios' [chuis militares]. Quando se está assim tão perto da morte, age-se sem pensar. "Ela regressa a Santiago e decide militar ativamente. Em Dezembro, inscrevese no PCR. A sua missão é recrutar militantes. Para se infiltrar entre os estudantes, inscreve-se nas aulas noturnas.

315


Mapa 4

Entrega a alguém Carlos Lenin e muda muitas vezes de domicílio. Acumula profissões: secretária, vendedora, fotógrafa de casamentos. "E depois foi a minha vez." Estas palavras, Carmen Yañez murmura-as. A voz enfraquece-lhe, fica quase inaudível. Repete: "Foi a minha vez. Fui presa. Nesse momento a repressão estava circunscrita. Eles só procuravam opositores activos."Em Outubro de 1975, às 3h00 da manhã, os "milicos" surgiram no domicílio familiar. Estão lá os seus pais, a sua irmã e o pequeno Carlos Lenin, mas é "Pelusa" (a alcunha de Cármen) que eles querem. De olhos tapados, é levada numa viatura, passa um portão, é conduzida para uma sala. É-lhe apontado um projector. "É ela?", pergunta alguém. Uma voz fraca responde: "Sim, é ela - 824." Carmen Yañez não está perto de esquecer o número que lhe penduram ao pescoço. Na cela para onde a levam há quatro mulheres, as camas sobrepostas, um pano de linho manchado de sangue. "Não conseguia acreditar", diz Cármen, os lábios trémulos. "Estava na Villa Grimaldi, um dos mais sinistros centros de interrogatório e tortura erguidos por Pinochet. Eu conhecia pessoas que tinham passado por lá. Sabia o que se sofria ali." As mulheres da cela tinham marcas da tortura e contavam as suas "sessões". Cármen evita responder às suas perguntas. "Desconfiava de toda a gente, mesmo das prisioneiras." O medo de ser violada é a sua obsessão.

316


Mapa 4

Nenhuma fala disso. "Essas coisas não se contavam. Sobre uma de nós eu tinha um mau pressentimento. Vinham buscá-la mais vezes que às outras." De tempos em tempos, a porta abria-se. "Eles" chamavam uma. E eles chamaram Pelusa. Ela está completamente nua. Os olhos vendados. "Entrou um homem. Podia distinguir o fim das suas calças. Era muito gordo. Cheirava mal. Ataram-me a uma cama de ferro, chamavam a isso 'a grelha".' Ele tinha cheiro de vómito e de excrementos. Puseram a música muito alta, variedades. O homem fixou no meu pulso uma pulseira de metal ligada a uma máquina e ligou a eletricidade. Tinha também uma espécie de chave que passeava pelo meu corpo para enviar descargas. Nas têmporas, nos tornozelos, nas pontas dos seios. Não sabia quando vinham. Perguntavam-me quem conhecia, onde estavam as armas, como nos organizávamos. Eu não fazia nada a não ser gritar. Tinha preparado uma mentira que repetia. Isto durou... não sei. Um tempo infinito. "Carmen não regressou à "grelha". Alguns dias mais tarde fizeram-lhe "a picana". "Estás sentada, toda nua. Passam-te a corrente e batem-te ao mesmo tempo." Terceira sessão, idem. "É uma dor indizível, física e moral. Mantinha a mesma mentira, largando pequenas verdades, para ganhar tempo. Sentia que, se confessasse tudo, seria assada.“ A cela das mulheres era ao lado da sala de tortura.

317


Mapa 4

"Ouvíamos tudo. Uma sessão foi particularmente penosa. Ouvíamos os gritos de uma mulher, ao ritmo do que imaginávamos serem descargas e golpes. Em seguida, despejaram um pacote para dentro da nossa sala. Aproximámo-nos para ver. Era uma mulher repleta de sangue. Os lábios rasgados. "Essa mulher chama-se Márcia Scantlebury. O seu marido é funcionário da ONU, ela é dirigente do Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR) e já tinha tido uma estadia na Villa Grimaldi. "Senti uma grande confiança nela. Tinha estado sob tortura e ouvia que ela negava tudo. Foi a única pessoa em quem confiei. Cantávamos, recitávamos poemas, falávamos de tudo. Dizia-me que tinha 'orgulho em ser inimiga deles'. Isso agradou-me. Eu partilhava o mesmo orgulho. "Carmen permanece mais de um mês na Villa Grimaldi. No fim da sua "terceira sessão" é colocada numa viatura, um adesivo sobre os olhos. Depois abandonada numa lixeira do Sul de Santiago. "Sentei-me no lixo. Sentia-me suja. A liberdade é uma sensação complicada de reencontrar.“ Refugia-se no Sul do país com Carlos Lenin. E recomeça a militar. Luís volatilizou-se. A maior parte dos camaradas de Carmen já caíram. Foi-lhe fixada residência. "Estava farta." Em 1981, consegue exilarse na Suécia com Carlos Lenin. Uma outra vida começa.

318


Mapa 4

Campo de refugiados, pequenas ocupações. É varredora de ruas, puericultora. Tem um outro filho, Jorge, e escreve poemas realistas onde o Chile ocupa o seu lugar. "Tinha muito a dizer contra o Chile. Muita dor." Fica 16 anos na Suécia. Luís, por seu turno, refaz a vida na Alemanha. À saída da prisão, procurara em vão Carmen e abandona o Chile em 1977. Teve uma filha no Equador e três crianças na Alemanha. Quando Carmen lhe encontra o rasto, em 1981, passam a telefonar-se frequentemente. Luís vem às vezes à Suécia ver Carlos Lenin. Divorciam-se em amizade. Os anos passam. Luís torna-se um autor de sucesso. O seu nome é Luís Sepulveda. "O Velho que Lia Romances de Amor" vende milhões de exemplares no mundo. Os seus outros romances estão repletos de alusões à história de ambos. No "Um Nome de Toureiro" aparece uma certa Verónica "encontrada numa lixeira ao sul da capital chilena", depois de ter "sofrido todas as formas de tortura". Há ainda este misterioso romance escrito como uma ode, "A Morena e a Loira", onde duas mulheres se encontram em Itália. "Elas não se conhecem num jardim, nem num baile, mas nas masmorras de um edifício sinistro chamado Villa Grimaldi. (...) Era noite em Santiago do Chile, quando a morena foi arrancada de casa (...) Era noite em Santiago do Chile, quando a loira foi arrancada de casa..."A loira é Marcia Scantlebury.

319


Mapa 4

O livro é romanceado, mas a história é verdadeira. Carmen nunca esqueceu a corajosa Márcia, sua camarada de tortura na Villa Grimaldi. Durante anos procurou-a e pensava que estava morta. Na Suécia olhava sempre para uma fotografia desta mulher magnífica, que era jornalista no Chile. E um dia de 1998, quando Carmen e Luís estavam em Veneza, Márcia encontrou Carmen. "Telefonaram-me para o quarto de hotel. 'Hola, Pelusa!' 'Quem é?' 'É a Marcia!' Dei um grito. Desci, chorámos, rimos. Tapámos os buracos da história. Ela regressou ao Chile. "Carlos Lenin (que hoje é apenas tratado por Carlos) é músico na Suécia e tem um filho de dois anos. Quanto a Carmen e a Luís, à força de se telefonarem, de se escreverem, de contarem as suas vidas e as suas dores amorosas, voltaram a apaixonar-se. Carmen deixou a Suécia, Luís a Alemanha. Desde 1997 vivem juntos em Gijón e têm seis crianças entre os dois. Nenhuma fala a mesma língua. "Quando vêm cá, é a torre de Babel. Falo sueco com a minha nora, espanhol com os meus filhos, Luís fala (mal) alemão com os seus. Entre eles tentam comunicar em inglês. "Na última vez, Luís disse a Carlos Lenin: "Preciso de falar contigo. 'Repeço-te' a mão da tua mãe." Estiveram todos em Gijón no passado fim-de-semana, sábado 21 de Agosto, para o casamento de Carmen e Luís. <https://www.publico.pt/2004/08/26/jornal/report agem-192331>

320


Mapa 4

Luís Sepúlveda Livro: Patagónia Express É um livro, também, de combate político. Sepúlveda foi uma das vítimas do horrendo regime de Pinochet que transformou o Chile numa pátria de assassinos. Fala-se, assim, das suas memórias do cárcere, das perseguições, do terror de um país assolado pelo obscurantismo e pela injustiça. Mas é muito mais que isso; é o elogio das maravilhosas paisagens do sul do continente americano, a Patagónia, com as suas gentes simples e honestas, em que demonstra todo o humanismo que caracteriza a obra de Sepúlveda. É com um humor refinado que Sepúlveda, na primeira parte da obra descreve as ideias do Avô, o seu ódio à igreja e aos proprietários de terras, num mundo de injustiças que foi terra fértil para as ideias socialistas; é esse Avô, com as suas ideias libertárias que levavam o neto a urinar em todas as portas de igreja que encontrava, que moldará a personalidade do jovem, alter-ego de Sepúlveda.

321


Mapa 4

Salvador Allende Salvador Allende e Hortensia Bussi tiveram três filhas. Isabel, a mais nova, finalmente completou 70 anos em janeiro. O senador socialista candidato presidencial teve dois filhos: Gonzalo Meza, o primeiro dos netos do ex-presidente, morreu em 2010 aos 45 anos, e Márcio Tambutti, o biólogo que passou uma década a reconstruir a história da família íntima para o documentário Allende meu avô Allende , premiado em Cannes. No filme, que ainda está nos cinemas, ele relata que, embora Allende se tivesse dedicado a espalhar por todo o mundo o legado do socialismo, morreu em La Moneda, em 1973, de uma forma que prefere não falar. A segunda filha do ex-presidente, Beatriz, conhecida como Tati , ao contrário de Isabel, era mais apegada ao pai, mais comprometida com a política e uma de suas principais assessoras durante o governo de unidade popular. Em 11 de setembro de 1973, grávida do segundo filho que teve com o líder cubano Luís Fernández de Oña, ficou perto do presidente até ser forçada a sair. Em outubro de 1977, quatro anos depois, suicidou-se durante o seu exílio em Havana. Teve dois filhos: Maya Fernández, atual deputada do PS, e Alejandro Fernández, da Nova Zelândia.

322


Mapa 4

A filha primogénita é Carmen Paz, a menos conhecida das irmãs. Ela sempre cultivou um perfil pacato e, das três, foi a única que em 11 de setembro não estava em La Moneda. De acordo com o livro de Salvador Allende, a história sentimental, de Eduardo Labarca, por Conselho médico, devido a uma hemiplexia parcial de que sofria desde o seu nascimento em 1941. Educadora de Infância, residiu em Santiago, tendo um relacionamento próximo com sua irmã Isabel. Pouco depois de regressar em 1991, após 18 anos de exílio no México, junto com o marido, Héctor Sepúlveda, estes decidiram separar-se. Hector, conhecido como Hito , desde então vive sozinho, isolado nas montanhas da região de Biobío. Carmen e Hector eram muito próximos de Tati Allende e consideravam-na uma espécie de fada madrinha. A sua morte em 1977 desarmou-os emocionalmente. O casal teve três filhos: Carmencita, Andrés e Pablo Salvador, o neto da chavista de Allende, o único dos sete herdeiros nascidos após o golpe. Pablo Salvador cresceu no México, assim como os filhos de sua tia Isabel. Recordam-no como um jovem indisciplinado mas sempre rodeado de amigos. O seu regresso ao Chile em 1991 foi cheio de complicações: ele tinha cerca de 15 anos, o México era sua terra natal e ele viu ruir o seu mundo quando teve que deixar a Cidade do México.

323


Mapa 4

Em Santiago tornou-se rebelde, entrou para o Colégio de Integração da América Latina e, assim que acabou os estudos, informou à família que queria prossegui-los em Cuba, avisando que se não tivesse sucesso, regressaria ao México para viver como um vagabundo. Através de sua avó Tencha, conseguiu ir para Cuba. A sua ida para Havana explica boa parte de suas tendências políticas. Como a sua tia Tati, que escolheu o mesmo destino para viver no exílio, e ao contrário do resto de sua família que permaneceu na Cidade do México, Pablo Salvador esteve em Cuba desde os anos 90. Estudou cinesiologia no instituto e, quando teve que entrar na universidade, seu tio cubano Luís Fernández de Oña, que era marido de Tata Allende e pai de seus primos, convenceu-o a entrar na Escola Latino-Americana de Medicina em Havana.

Uma vez terminados os estudos universitários, regressou ao Chile durante algum tempo, onde trabalhou num centro médico em Coquimbo. Mas seu destino mudou novamente no final de 2008, quando viajou para Venezuela na companhia do seu tio, para estar perto de Andres Pascal, filho de Laura Allende, ex-líder do MIR. Chegaram a Caracas para participar num evento aonde lhe foi concedida a Bolsa de Estudo Salvador Allende. Esteve presente no centro de eventos do Paseo Colon, a 11 de novembro de 2008, onde estava também a segunda das filhas de Chávez, Maria Gabriela Chávez Colmenares.

324


Mapa 4

Maria Gabriela, jornalista da Universidade Bolivariana, é uma figura predominante na vida de Chávez: a filha mimada do presidente, sua mais fiel defensora e advogada, a primeira-dama em eventos oficiais quando ele era divorciado, era um pilar de seu círculo interno e sua conselheira, enquanto este se manteve no poder. Nascida em 1980, pouco depois de conhecer o neto de Allende, de repente, viajou para o Chile, sem informar as autoridades diplomáticas de seu país. Veio para ver Pablo e convencê-lo a irem juntos para a Venezuela, o que veio a acontecer. Mais tarde, no seu programa de rádio Aló Presidente, o próprio Chávez anunciou o romance entre eles. Viviam então em La Casona, a residência oficial do presidente da Venezuela desde 1964. A relação entre o neto de Allende e a filha de Chávez era bem quista aos olhos do regime porque, para lá da questão sentimental, os benefícios políticos dessa união eram por demais evidentes. O relacionamento, no entanto, terminou cerca de dois anos depois. Mas apesar da rutura, Pablo decidiu ficar na Venezuela por causa de seu compromisso com o processo. Ele deixou Caracas, começou a trabalhar como médico em diferentes localidades do interior e, por ocasião do aniversário de 11 de setembro, em 2012 decidiu fazer uma de suas primeiras aparições públicas.

325


Mapa 4

Entrevistado pela televisão venezuelana sobre os 39 anos do golpe, ele disse: "A Venezuela é o epicentro das mudanças no espectro latino-americano e mundial". Usava então uma camisete que dizia: "Se você mexer com Chávez, mexa comigo". Pai de uma menina nascida na Venezuela, Sepúlveda mora num apartamento simples em Caracas e viaja com frequência para o Chile para visitar a sua mãe e os primos Allende, com quem mantém um bom relacionamento.

326


327


Mapa 4

Gerações sul-americanas Pedro de Sepúlveda Pedro de Sepúlveda, de Segóvia, chegou a Santo Domingo em 1514. Mais tarde, no mesmo ano, partiu para o Panamá e seguiu depois para Cuba, em 1519, onde se juntou a Narvaez. Chegou ao México em 1520, juntando-se a Cortez.

Ali se aperfeiçoou na profissão de ferreiro, tendo criado uma fundição. Em 1529 dedicou-se ao fabrico de pólvora na cidade do México. Dali, mudou-se para Nueva Galicia, para junto da cidade dos Zacatecas. Deu origem a uma longa geração de Sepúlveda, no México e Estados Unidos. (ver Geração dos Estados Unidos). Martin de Sepúlveda Viveu em Segóvia e serviu nas Cortes. Seguiu para o México, onde desenvolveu uma próspera família. Casou com Maria de Gusmão, teve um filho Baltazar de Sepúlveda - e depois dele uma grande prole. Faleceu em 1547.

328


Mapa 4

Gerações sul-americanas Outros da família Sepúlveda Francisco de Sepúlveda Francisco de Sepúlveda, natural de Escalona, filho de Gonzalo de Sepúlveda e de Antonia García. Naturais de Escalona.(Toledo) 1517-02-26

Rodrigo de Sepúlveda Filho de Alonso de Sepúlveda e de Isabel de Segura, vindos de Cafla. Pedro de Sepúlveda (II) Veio de Madrid. Chegou em 1536. Filho de Juan Sanchez de Sepúlveda e Maria de Sepúlveda Carlos de Sepúlveda Capelão de Sua Majestade. Embarcou de Burgo de Osma, como capelão da armada de Felipe Gutiérrez, para Veragua. 1535-1538

329


Mapa 4

Gerações norte-americanas

330


331


Mapa 4

Francisco Xavier Sepúlveda y Garcia Cronologia Esta ilustre família castelhana chegou à América do Sul (México) com os conquistadores espanhóis. Em 1769, dá-se a ocupação espanhola da Califórnia sob o reinado do rei Carlos III. Em 1781, a cidade de Los Angeles é fundada. A Califórnia foi governada pela Espanha até 1822, quando o México assumiu a jurisdição. Um dos soldados do rei, Francisco de Sepúlveda, fez uma petição para que o autorizasse a ser governador da Cidade do México. Em 1839, foi-lhe concedida uma quantidade substancial de terra – trinta mil hectares, entre montanhas, vales e terras virgens, pelo então governador das Califórnias, Juan Alvarado.

À propriedade foi dado o nome de Rancho San Vicente e Santa Monica. Na verdade, Santa Monica era uma área desabitada antes da chegada dos conquistadores espanhóis.

332


Mapa 4

Em 1781 um grupo de religiosos e soldados, liderados por Gaspar de Portola, foram enviados para explorar a região de Los Angeles. A cidade de Los Angeles foi fundada e o rei Carlos III foi muito generoso com a distribuição das propriedades, tendo distribuído milhares de hectares pelos seus povoadores. Ele não distribuiu dinheiro mas fez com eles um acordo. “Todos os que trabalharem para mim receberão a recompensa em terras.” Queria dizer o Rei que daria o usufruto da terra a quem o servisse, por um período não determinado. Para se ficar com uma ideia de quão generosa foi a entrega a Francisco de Sepúlveda, acrescente-se que o Rancho ocupava o terreno que hoje é ocupado pela Av. Sepúlveda Boulevard, em Los Angeles, a maior Avenida de todo o Estado da Califórnia. O Rancho de São José de Buenos Aires tinha cerca de 4.400 hectares. Enquanto a Espanha desistia de seus direitos sobre a Califórnia, muitos colonos americanos começaram a chegar, criando um conflito entre o México e os EUA. Em 1846, as hostilidades surgiram entre os dois países e duraram dois anos, até que a Califórnia ficou sob controle dos EUA.

333


Mapa 4

Francisco Xavier Sepúlveda y Garcia Estados Unidos – Sepúlveda House Muitos consideram Los Angeles uma cidade relativamente jovem, com uma história única, mas principalmente do século XX. Há no entanto coleções e arquivos que contêm vários recursos que documentam a história do século XIX de Los Angeles, especialmente os anos imediatamente após a Guerra Mexicano-Americana, e o estado da Califórnia. Um desses recursos é o Livro do Assessor de Los Angeles (Duplicado del Libro de Avaluos), datado de 1854, no qual o historiador Antonio Franc, Coronel, do condado de Los Angeles, registou meticulosamente descrições e valores de propriedades reais e pessoais dos residentes de Los Angeles, na primeira década do estado da Califórnia. Entre outras famílias, a família Sepúlveda era também proprietária de inúmeras terras na história inicial de Los Angeles.

Francisco Xavier Sepúlveda que foi um soldado colonial mexicano, chegou a Alta, Califórnia, com sua esposa e seis filhos em 1781.

334


Mapa 4

Dois dos filhos de Sepúlveda, Juan José Sepúlveda (1764-1808) e Francisco Sepúlveda (1775-1853), com seus descendentes, detiveram o título de inúmeros Ranchos, entre os quais São Joaquim; Santiago de Santa Ana; Las Cienegas; São Vicente e Santa Mônica. Em 1848, quando foi assinado o Tratado de Guadalupe, Hidalgo tornou a Califórnia num território dos Estados Unidos. Os territórios a norte de Santa Mônica pertenciam ao Rancho San Vicente e a Santa Mónica e ao Rancho Boca de Santa Mónica. José del Carmen Sepúlveda, outro membro da proeminente família Sepúlveda, adquiriu por US $ 54.000, 38.409 acres (155 km²). Desde aí, os Ranchos foram passando de mão em mão. A primeira prefeitura de Santa Mónica era um modesto prédio de tijolos de 1873, mais tarde um salão de cerveja, e agora parte do Santa Mónica Hostel. É a estrutura existente mais antiga de Santa Monica.

Santa Mónica, Califórnia

335


Mapa 4

Francisco Sepúlveda e família USA – Sepúlveda House

Dolores Sepúlveda

José Andrés Sepúlveda Boulevard

Assinatura de José Sepúlveda Os irmãos Martim e Juan José Sepúlveda Registo Histórico do Vale de S. Fernando

Casa de José Sepúlveda, Los Angeles

336


337


Rancho de Los Pallos Verdes Califórnia O Rancho de los Palos Verdes era uma concessão de terra mexicana de 31.629 acres no atual condado de Los Angeles, Califórnia, entregue em 1 846 pelo governador Pío Pico a José Loreto e Juan Capistrano Sepúlveda. O nome significa "alcance de árvores verdes". A concessão abrangeu as cidades atuais da Península de Palos Verdes, bem como porções de San Pe- dro e Torrance. A doação era originalmente uma parte da concessão de terras espanholas do Rancho San Pedro de Manuel Dominguez. Por volta de 1810, Manuel Guttierez, executor do testamento de Domingueze proprietário de facto do seu rancho, concedeu permissão a José Dolores Sepúlveda, então com 17 anos de idade, para pastorear o gado no sudoeste do Rancho San Pedro. Isso eventualmente se tornou a base para a reivindicação contestada da família Sepúlveda ao Rancho de los Palos Verdes.

338


Dolores teve problemas para obter o título de terra, então ele fez uma viagem a Monterey para resolver definitivamente o problema e em sua viagem de volta, ele foi morto na revolta Chumash na Missão La Purísima Concepción em 1824. Em 1834, um decreto judicial foi feito pelo governador José Figueroa que pretendia resolver a disputa entre as famílias Dominguez e Sepúlveda. Com a cessão da Califórnia aos Estados Unidos após a Guerra Mexicano-Americana, o Tratado de Guadalupe Hidalgo de 1848 previa que as concessões de terras seriam honradas. Conforme exigido pela Lei de Terras de 1851, uma reivindicação para o Rancho de los Palos Verdes foi arquivada na Comissão de Terras Públicas em 1852, e a concessão foi patenteada para José Loreto e Juan Capistrano Sepúlveda em 1880. Em 1882, a propriedade da terra havia passado do Sepúlveda, através de vários detentores de hipotecas, para Jotham Bixby, do Rancho Los Cerritos, que arrendou a terra a fazendeiros japoneses. Após a virada do século, a maior parte das terras de Bixby foi vendida a um consórcio de investidores de Nova York que criou o Projeto Palos Verdes, com a implantação de pequenos agregados residenciais.

339


Mapa 4

Sepúlveda Basin Reserve Califórnia Rodeada por montanhas, rios e canais, a Reserva de Vida Selvagem da Bacia de Sepúlveda é um paraíso de descanso para a vida selvagem e para todos que ali vivem um oásis bem-vindo dentro de um cenário urbano. É aqui onde o visitante de hoje pode ter uma ideia do que essa parte do vale de San Fernando poderia ter sido antes da agricultura e o urbanismo terem chegado e mudado para sempre Floor Valley. As folhas de salgueiros, choupos e plátanos brilhando na brisa; os apelos de aves aquáticas e marinhas migratórias, como patos, gansos e garças, que partilham a quietude do Vale enquanto sobrevoam e descansam neste paraíso de vida selvagem. O aroma da magia e do enigma de antigos habitantes pairava no ar logo após uma chuva de inverno e a atividade de pequenas aves, como o pintassilgo e o pica-pau, procurando comida e abrigo por entre a vasta savana de carvalho.

340


Mapa 4

A Bacia de Sepúlveda da Cidade de Los Angeles divide-se em duas partes: A Reserva do Norte e a do Sul. A Reserva Norte teve início no ano de 1988 com o desenvolvimento de um lago de onze hectares, formada por uma ilha e estações de observação da vida selvagem a leste de Haskell Creek. Em 1999, a Reserva foi renovada e foram construídos banheiros e um anfiteatro na área mais central do “parque”, cercada de relvados junto da entrada e da área de estacionamento. Esta porção oriental é a mais desenvolvida e mais altamente gerenciada. A parte mais ao norte termina na estrada asfaltada sem nome que leva à Reserva a partir de Woodley Avenue e vai para o norte até à faixa de arco e flecha. Em 1999, à parte central foram adicionados novos elementos à Reserva com o propósito de colocar Haskell Creek no centro da Reserva (não na lateral, como quando a Reserva de Vida Selvagem foi estabelecida pela primeira vez em 1988).

341


Mapa 4

Duas pontes foram construídas, ligando a parte leste à parte do meio, e um trilho à volta foi criado de forma a permitir uma parte não fragmentada ao centro da Reserva. Uma plantação de carvalhos foi colocada ao longo do trilho. A área a oeste da Woodley Avenue também foi adicionada à Reserva em 1999. Esta área não é para caminhadas, pois está diretamente sob a “zona de moscas” dos campos de aeromodelismo ao longo da borda oeste da porção leste. A área é gerida de modo a permitir a erradicação de ervas daninhas e árvores invasoras não nativas. Algumas das espécies de aves existentes na Reserva:

342


343


VA Sepúlveda Ambulatory Center North Hills California (USA)

VA Sepulveda Ambulatory Center

O VA Sepúlveda Ambulatory Center fica situado em North Hills, Califórnia. A sua história é muito interessante. É um centro Hospitalar, na verdade, e a sua história é bastante interessante. Em 1952, Lester e Mary Gentry doaram um terreno de 160 acres para a cidade para que um hospital veterano pudesse ser construído. O Sepúlveda Care Center foi o resultado dessa generosa doação e desde 1993 o Centro trata mais de 275.000 veteranos cada ano.

344


Infelizmente, grande parte da propriedade foi danificada durante o terremoto de Northridge em 1994, o prédio principal do hospital posteriormente destruído e a maioria das instalações fechadas. Em um movimento polêmico, o sítio foi considerado "inseguro" para operar como um centro de atendimento logo em seguida, mas é constantemente usado por empresas de produção para filmar. De acordo com um artigo de 2009 do Los Angeles Daily News, a designação “era toda uma cortina de fumaça, uma chance para os funcionários do VA economizarem dinheiro, reduzir o tamanho e sepultar o Sepúlveda”. E enquanto a propriedade atualmente abriga um centro ambulatorial, uma farmácia, um lar de idosos, um laboratório de raios-X, uma piscina de terapia e uma clínica de metadona, a maioria dos edifícios permanecem vagos. Como se pode ver a seguir, no entanto, um projeto de restauração está em andamento. Em fevereiro do ano passado, a cidade começou a devastar o interior de duas das estruturas degradadas, com o plano de transformá-las em casas para veteranos sem teto. Enquanto isso, o Centro ainda está sendo usado para filmagem.

345


VA Sepúlveda Ambulatory Center North Hills California (USA)

346


347


Martin-José de Sepúlveda Iowa, USA A Universidade de Iowa galardoou o inovador MartínJosé Sepúlveda, MD, FACP, com o Grau de Doutor Honoris Causa da Ciência, na primavera de 2017, quando no decorrer das suas atividades. Ao longo de uma carreira de três décadas ao serviço da IBM, Sepúlveda tornou-se um dos principais veículos em inovação, no desenvolvimento de programas de saúde e bem-estar dos funcionários no setor privado dos EUA. Depois de completar uma bolsa de estudos em medicina interna e medicina ocupacional nos Hospitais e Clínicas da Universidade de Iowa em 1985, Sepúlveda foi fundamental no desenvolvimento de uma estrutura de gestão de saúde que desde então se tornou um modelo para empregadores em todo o mundo. Em 2009, a IBM promoveu-o ao IBM Fellow, o mais prestigioso certame técnico da empresa, por “ter avançado com prioridades nacionais para a reforma do fornecimento de serviços de saúde, pessoas mais saudáveis e locais de trabalho mais saudáveis”, Sepúlveda permaneceu intimamente ligado àquela

348


Universidade (IOWA). É membro fundador do Conselho Consultivo da Faculdade de Saúde Pública e foi membro fundador do Comité Consultivo Externo do Centro de Excelência da Força de Trabalho em Saúde da IU. Em 2003, recebeu a maior honra condedida pelos ex-alunos da universidade, o Distinguished Alumni Award for Achievement; e em 2013, recebeu a maior honra do College of Public Health, o Richard and Barbara Hansen Leadership Award e o Distinguished Lectureship.

349


Martin Sepúlveda (Arizona USA) "Eu não sei o que é um fracasso", disse Sepúlveda, um dos principais especialistas em comunicação. “Quando as coisas não dão certo, isso é um fracasso? Eu acho que é apenas um fracasso se você não tentar.” Depois de frequentar o Phoenix College, Sepúlveda foi transferido para a universidade para se juntar à equipe Sun Devil Wrestling. Começou com esta atividade mas seguiu outro sentido quando se apercebeu que a comunicação se ajustava melhor aos seus objetivos profissionais.

"A comunicação foi a escolha certa", disse ele. “Gostei da mobilidade colateral que me deu. Isso ampliou a abertura, então eu tive a oportunidade de melhores escolhas para atingir os alvos que queria”. Em 1983, Sepúlveda obteve o título de bacharel em comunicação pela Faculdade de Artes e Ciências Liberais da ASU. Após a formatura, alistou-se no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e, posteriormente, aceitou uma comissão para voar na Marinha dos EUA. "Eu gosto de dizer que não voei bem, então não voei muito", brincou Sepúlveda. "Mas foi bom, diverti-me enquanto durou."

350


Sepúlveda deixou o serviço ativo em 1988, mas continuou a servir na Reserva da Marinha dos EUA. Completou sete comissões de combate no Kuwait, Kosovo, Iraque e Afeganistão, e a última na Embaixada dos EUA em Bagdad, no Iraque. O Comandante Sepúlveda aposentou-se em maio de 2015. "Na minha vida militar, assisti a uma explosão de acontecimentos“. - disse Sepúlveda - “Quando se regressa à vida civil, essa explosão de desafios termina e é necessário construir de novo, para nos reencontrarmos com a pessoa que somos." Em 2000, fundou a Sepúlveda Group Inc., uma pequena empresa composta por veteranos, com sede no Arizona, especializada no desenvolvimento comercial, e no gerenciamento de projetos de energia renovável. Os seus clientes variam entre investidores individuais e empresas da Fortune 500. "Quando há oportunidades de participar numa atividade mais consolidada, sinto um orgulho enorme", disse Sepulveda, um homem da sétima geração do Arizonas. “Quero ajudar a criar um mundo melhor ... algo que venha a tornar-se em benefício para todos." Sepúlveda também tem sido um membro ativo na sua comunidade.

351


Foi vereador da cidade, eleito duas vezes para o Conselho da Cidade de Chandler; presidente da Sociedade Histórica de Chandler; e um membro vitalício da ASU Alumni Association e do Sun Devil Club Wrestling Inner-Circle. Mais recentemente, ele juntou-se ao Conselho de Diretores do Centro de Pensamento e Liderança Política - que promove uma maior compreensão e discussão dos fundamentos da liberdade e da democracia, da história política americana e dos problemas com que atualmente se confronta. “Não devemos ficar de mãos atadas. ", disse ele. “Quando a oportunidade chega, temos que aceitar. Posicione-se com os fundos e recursos que puder e faça algo que realmente importe. ” Sepúlveda foi palestrante convidado em assuntos que vão desde o desenvolvimento de negócios até a liderança na Escola Thunderbird de Gestão Global, a Escola de Governo John F. Kennedy em Harvard e o Centro para o Avanço dos Pequenos Negócios no W.P. Carey School of Business. Ele disse que credita que o seu sucesso está ligado ao conhecimento que foi adquirindo através das suas experiências de vida. “De resto, não é uma atividade fácil, mas na qual muito se aprende", disse Sepulveda. “Nunca subestime um adversário ou superestime suas habilidades. Você tem que descobrir um plano e estar pronto para se ajustar a ele. Nunca diga não posso."

352


353


Mapa 4

Geração de Espanha

354


355


Família Gonzalez de Sepúlveda Espanha

Família aragonesa cujo ramo mudou-se para a Sardenha no início do século XVIII com um médico, Giuseppe, juiz da Audiência Real, filho de Leão, tenente da justiça do reino de Arbórea. Posteriormente, a família tinha interesses em Marmilla; só há mais notícias desta no século XIX.

Entre as famílias mais antigas e ilustres que da França e da Espanha floresceram no tempo dos governantes franceses da Carolea, e das casas reais da Espanha, Aragão, Castela e outros, vivia esta família com esplendor, então sob os auspícios militares e de governos que passaram na Itália e nas várias regiões, regiões opulentas de toda a grandeza humana. Muitos lordes, juntamente com os cavaleiros franceses e Spagnuoli, passaram através dos séculos com vários reis para conquistar as terras do Reino da Itália; ...

356


Família Gonzalez de Sepúlveda Espanha Teve origem em Madrid, originada em Andrés Gonzalez de Sepúlveda, neto de Andrés Gonzalez de Sepúlveda e Francisca Alonso Gonzalez, segundo neto de Lorenzo Gonzalez de Sepúlveda e Isabel de Pereda, terceiro neto de Martin Gonzalez de Sepúlveda e Isabel de Bellosillo e quarto neto de Fernán Gonzalez de Sepúlveda, senhor de Segovilla, onde tinha uma casa de renome. Título dado em Valladolid a 20 de setembro de 1594, em pergaminho, tinha este escudo de armas: Dividido em seis cuarteles. 1.º Em sinopse , cruz de oro fiordelisada y vana;

2.º En azur, cinco lises de oro y león del mismo metal a sua izquierda; 3.º Igual ; 4.º Igual al 1.º; 5.º En oro, un castillo de piedra de dos torrecillas y saliente de su homenaje um brazo armado com espada desnuda ; 6.º En azur, un guerrero a caballo. En el centro del escudo, y como manteladura del 3.º y 4.º, en verde, una cabeza cortada y su cuello atravesado por una espada. Bordura general de gules com ocho cruces de oro y ocho armiños de plata interpolados. Todo puesto en el lema, en oro: Sola virtus nobilis.

357


Foi presenteada em 1645 por Pedro Gonzalez de Sepúlveda, filho de Diego Gonzalez de Sepúlveda e Catalina Fúster de Ribera, neto de Pedro Gonzalez de Sepúlveda. Familiar do Santo Oficio, e Antonia Lozano, segundo neto de Juan Gonzalez de Sepúlveda e Maria de Monzón, terceiro neto de Andrés Gonzalez de Sepúlveda e Teresa Jiménez, quarto neto de Andrés Gonzalez de Sepúlveda e Francisca Alonso Gonzalez. Também filho com provas no mesmo pleito Esteban Gonzalez de Sepúlveda, de Madrid e Getafe, filho de Lorenzo Gonzalez de Sepúlveda, Familiar do Santo Oficio, e Agueda García, e sobrinho carnal de Pedro Gonzalez de Sepúlveda, Familiar do antes citado irmão do seu pai.

358


359


Mapa 4

Sepúlvedas célebres

360


361


Mapa 4

Cristóvão Aires de Magalhães Sepúlveda Tenente-coronel de cavalaria, lente da Escola do Exercito, deputado, governador civil de Bragança e de Coimbra, sócio efetivo da Academia das Ciências, da Academia de História de Madrid, do Instituto de Coimbra, escritor, poeta, jornalista. Nasceu em Ribandar, Goa, a 27 de Março de 1853, sendo filho de Rafael Aires de Magalhães e de D. Amália de Sousa Sepúlveda.

Estando no ultimo ano do curso de infantaria da Escola Matemática e Militar de Nova Goa, foi escolhido em 1871, sendo governador da Índia o conde de S. Januário, para vir concluir os estudos a Portugal, sendo-lhe abonado o subsidio chamado das Câmaras Agrárias de Goa, que era destinado aos filhos da Índia, que mais se distinguissem nas escolas e nas provas públicas. Ali o conheceu o finado estadista e poeta Tomás Ribeiro, que muito animou o moço estudioso, que manifestava superior talento, e lhe encaminhou os primeiros passos na Europa.

362


Mapa 4

Chegando a Lisboa assentou praça em 5 de Novembro de 1872, sendo promovido a alferes em 27 de Dezembro de 1876, a tenente em 31 de Outubro de 1884, a capitão em 12 de Setembro do 1890, major em 30 de Dezembro de 1901. O Sr. Cristóvão Ayres tem o curso de infantaria e cavalaria da Escola do Exercito, onde foi sempre laureado, completando-o com a cadeira de Economia Política no Instituto, tendo cursado os preparatórios em Coimbra. Pertence ao estado-maior da sua arma. Matriculouse depois no Curso Superior de Letras, onde obteve classificações distintas, concluindo os cursos de literatura, de filosofia e de história, que se professam naquele estabelecimento científico. Entrando na politica filiou-se no partido regenerador, sendo eleito deputado por três vezes, a primeira em 1890, por Bardez, Goa, a segunda por Portalegre, e a terceira pelas ilhas de Goa. Foi governador civil de Bragança, e promotor de justiça no segundo Conselho de guerra da 1.ª divisão. Como jornalista tem-se dedicado muito a questões militares, defendendo sempre os direitos e os legítimos interesses da sua corporação. Em 1876 fazia parte da redação do Jornal do Commercio, de que foi diretor por muitos anos, e tem colaborado em diversas revistas e ilustrações.

363


Mapa 4

O Sr. Cristóvão Ayres é comendador e cavaleiro da ordem de S. Tiago, oficial e cavaleiro da de Avis; comendador da de Carlos III, de Espanha; comendador da Ordem da Coroa da Prússia, com que o agraciou o imperador da Alemanha, quando escreveu a monografia do regimento de cavalaria n.º 4, de que aquele soberano é comandante honorário. Possui também a cruz de segunda classe da ordem de Mérito Militar de Espanha, e as medalhas de prata de bons serviços e de comportamento exemplar. O Sr. Cristóvão Ayres é casado com a Sr.ª D. Maria do Carmo, irmã da distinta escritora e poetisa Sr. D. Maria Amália Vaz de Carvalho. Escreveu: Indianas e Portuguezas, vol. de versos, publicado em 1880, que teve mais edições; Novos horizontes, outro livro de versos; Lentejoulas a Longinquas, contos; Historia organica a politica do exercito portuguez. Publicou também o seu discurso proferido na sessão solene da Escola do Exército em homenagem aos expedicionários de África, e os seus discursos parlamentares, sendo um sobre assuntos militares, e outro sobre a Índia.

Transcrito por Manuel Amaral

364


365


Mapa 4

Juan Ginés de Sepúlveda Juan Ginés de Sepúlveda nasceu em 1489 em Pozoblanco, na província de Córdoba, na Espanha, e faleceu em Pozoblanco em 12 de julho de 1573. Foi um importante filósofo do século XVI. Dedicou-se ao Direito à História e à Política. Também conhecido como “Ginés, o cordobês” ou como “Ginés o amputado” na Itália, foi o primogénito do jurista Don Emílio Aiesto de Sepúlveda e de Maria Adelaide de Sepúlveda, ambos nobres e primos de primeiro grau. Devido às atividades de seu pai, que fora nomeado juiz em 1494, a família mudou-se para Córdoba, capital da província. Lá seu pai contratou os melhores tutores da época para ensinarem Letras, religião e ciências para Ginés. Fez sua catequese com Alonso Manrique de Lara, bispo de Córdoba. Segundo os historiadores Ginés teve uma adolescência difícil. Há relatos de excessos de euforia e melancolia, além de conflitos morais por escutar vozes e relatar sonhos e visões que sua mãe considerava divinos.

366


Mapa 4

Em 1510 Ginés ingressa na recém criada Universidade de Alcalá de Henares, onde obteve o título de bacharel em Artes e Teologia. Logo após o término do curso o filósofo tem uma crise. Ele escreve aos eclesiásticos de Córdoba dizendo que teve uma visão de Jesus Cristo e Nossa Senhora nús, e pedindo para que se unissem a eles como prova de seu amor pelos Santos. Ele passa a ter comportamentos estranhos e seus pais aceitam o Conselho do bispo Alonso Manrique de mandar seu filho estudar em Bolonha no intuito de oferecer a Ginés uma possibilidade de se acalmar, evitar conflitos com beatos e se doutorar segundo a orientação e cuidados de religiosos competentes. Ginés aceita o Conselho do bispo e de seus pais e, em 1515, ele dirige-se para Bolonha com o objetivo de se doutorar. Tem uma vida relativamente tranquila no ambiente universitário e começa a escrever suas primeiras publicações filosóficas a respeito dos fundamentos filosóficos e teológicos do direito natural. Em 1517, num episódio de euforia, Ginés entrou em um torneio de equitação na Sicília para impressionar uma jovem aristocrata. Sua performance descabida causou-lhe um sério acidente na cela do cavalo que lhe acabou custando os testículos.

367


Mapa 4

O evento trouxe ao filósofo uma nova referência nas províncias italianas, “Ginés o amputado”, designação que o acompanhou até à morte. Em 1519, ao terminar seu ingressa na ordem dominicana religiosa alavancada graças à línguas clássicas, em especial latim.

doutorado, Ginés e tem sua carreira sua erudição em grego, hebraico e

Em 1522 foi convidado para ser catedrático de um famoso colégio recém criado por Gil de Albornoz em Bolonha, o Real Colégio de Espanha. Este colégio formava a maioria dos nobres católicos naquele período. Foi também neste ano que ele escreveu sua primeira obra de grande repercussão, De vita et rebus gestis Aegidii Albornotii. Seu desempenho como intelectual o fez cair nas graças de Alberto Pio, príncipe de Carpi e Julio de Medices, monarca de Florença. Seu interesse pela língua grega e pela filosofia levaram-no até o pensamento de Aristóteles. Em 1548 Ginés publica sua primeira tradução das obras do estagirita, a “Política”. Ele aproveita a repercussão deste feito para defender suas ideias referentes ao direito cristão de conquistar militarmente os muçulmanos na Turquia e os índios na América, tidos por ele como povos inferiores desprovidos da bênção da Igreja e dos ensinamentos civilizados de Cristo.

368


Mapa 4

Para ele, era necessário usar da força viril dada por Deus para expulsar os muçulmanos da Europa contra qualquer tipo de povo inferior. Sua posição frente à colonização da América, aceite pela alta cúpula de Roma, causou um sério conflito não só na ordem dominicana como também na Igreja Católica de modo geral. As teses de Ginés conflituavam com a de outro intelectual dominicano, o Frei Bartolomé de Las Casas, que defendia um processo de colonização pacifico das Américas e que considerava os indígenas americanos filhos especiais de Deus que deviam ser protegidos. O conflito de teses entre os dois foi responsável por várias leis e medidas espanholas no tocante à colonização. Algumas das bases do direito internacional moderno surgiram destas discussões, como a noção de “Guerra Justa” de Ginés. Além de atuar nas questões políticas referentes à colonização das Américas, Ginés combateu as reformas religiosas europeias oriundas do movimento Luterano e Calvinista. O seu principal adversário no campo filosófico e teológico foi Erasmo de Rotterdam.

369


Mapa 4

A posição humanista de Erasmo sobre os problemas teóricos do livre-arbítrio, os seus comentários ao Velho Testamento, e sua teoria sobre a igualdade dos povos, defendendo uma perspetiva aristotélica para as diferenças entre estes, “não há nada de tão absurdo que o hábito não torne aceitável” (Elogio à loucura), é questionada por Ginés. Para o filósofo, a “História Natural do Homem” revela a verdade: os povos mais fortes física e moralmente sempre dominam povos com valores morais e religiosos inferiores. Mesmo a força dos romanos de nada adiantou contra a força do Evangelho de Jesus. Os povos superiores devem, portanto, dominar os inferiores para que estes possam evoluir com os conquistadores. Para Ginés era muito mais desumano e anticristão tratar os indígenas como seres exóticos, ingênuos e tutelados. Ginés volta para sua cidade natal em 1556, onde se torna bispo de Pozoblanco. Ali morre no mesmo ano. Um dos dados mais curiosos sobre a vida de Ginés foi sua alimentação. O filósofo, fazendo uma leitura particular de Aristóteles, associava virilidade à intelectualidade. Para ele a força peniana era uma justa medida da capacidade intelectual. Por isso propunha aos seus seguidores uma dieta própria para a virilidade. Nela havia cabeças de peixe (fazendo referência à glande), leite, testículos de animais e o hábito de beber a própria urina. Este estilo virou moda entre clérigos e intelectuais da Bolonha, Sicília e Florença no século XVI.

370


Mapa 4

371


João de Deus Sepúlveda Pintor pernambucano mais importante do Brasil no século XVIII. Proveniente de uma família de artistas, João de Deus Sepúlveda nasceu no século XVIII. Não se sabe exatamente a data de seu nascimento, mas acredita-se que tenha ocorrido ainda no primeiro terço do século. Na verdade, toda sua vida ainda é marcada por incógnitas, são muitas as informações ainda não confirmadas e que são tratadas como possibilidades. Além de se tornar pintor e músico, parece que João de Deus Sepúlveda também seguiu a carreira militar, isso porque em alguns documentos é referenciado como Tenente João de Deus Sepúlveda. É facto que João de Deus Sepúlveda foi um grande artista do Brasil colonial e que suas obras estavam presentes em importantes instituições da época. A obra mais antiga do pintor é uma série de pinturas sobre a vida de Santa Tereza, fruto de um contrato estabelecido com a irmandade Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, entre 1760 e 1761. O trabalho rendeu-lhe reconhecimento e, em 1764, João de Deus Sepúlveda firmou um contrato com a Mesa da Irmandade de São Pedro para ser o autor da pintura que cobriria o enorme forro da Igreja de São Pedro dos Clérigos, em Recife.

372


A atividade de pintor desenvolvida por João de Deus Sepúlveda foi muito intensa no Recife do século XVIII. O próprio governador de Pernambuco, José César de Menezes, encomendou, em 1781, a pintura no forro da Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares para representar a Batalha dos Guararapes. Sem dúvida, esta se tornou uma das mais importantes obras do pintor pernambucano, com reconhecido destaque em todo o Brasil. A pintura era dotada de grande vivacidade, deixando clara a grande qualidade do artista. Também não é conhecida a data de falecimento de João de Deus Sepúlveda, a única confirmação é que o pintor permaneceu ativo durante a segunda metade do século XVIII e nos anos iniciais do século XIX.

Fontes: http://www.joaquimcardozo.c om/paginas/joaquim/poemas /literatura/pintura.pdf

373


Pontos marcantes da sua obra: 1760-61- Recife - Realizou as pinturas dos painéis laterais e do forro da nave da igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, com passagens da vida de Santa Teresa.

1764-68- Recife – Trabalhou na pintura do forro da nave da igreja da Ordem Terceira de São Pedro dos Clérigos, com o tema São Pedro abençoando o mundo católico. 1781- Recife – Foi-lhe atribuída a pintura no forro do coro da igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares, encomendada pelo governador José César de Menezes e representando a batalha dos Guararapes. Alguns trabalhos de sua autoria foram exibidos, postumamente, na seguinte exposição: 1998 – S. Paulo - O Universo Mágico do Barroco Brasileiro, Galeria de Arte do SESI.

374


375


João Paulo Sepúlveda Pertence Brasil Formado em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1960, exerceu desde o curso secundário intensa atividade no movimento estudantil, ocupando postos de representação e de direção em diversas entidades, tendo sido o 1º vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), no biénio 1959/1960. Mudou-se para Brasília, onde ocupou o cargo de assistente jurídico da prefeitura do Distrito Federal em 1961. Iniciou o curso de mestrado na Universidade de Brasília, onde, ao mesmo tempo, foi instrutor e professor auxiliar, desde a abertura dos cursos, em abril de 1962, até outubro de 1965, quando foi demitido. Em 1963, foi aprovado em concurso público para o cargo de promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal. Entre 1965/1967 foi assessor do ministro Evandro Lins e Silva no Supremo Tribunal Federal (STF). Foi demitido do Ministério Público em outubro de 1969 pela Junta Militar de 1969, com base no AI-5.

376


A partir de então, dedicou-se integralmente à advocacia, em escritório montado junto ao exministro do STF Victor Nunes Leal, que também fora demitido pelo governo militar naquele mesmo ano, tendo atuado em Brasília, Minas Gerais, São Paulo e no Rio de Janeiro, e ocupado, ainda, cargos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Escolhido por Tancredo Neves para o cargo de procurador-geral da República, foi nomeado pelo presidente José Sarney e empossado no dia 15 de março de 1985, exercendo cumulativamente as funções de procurador-geral Eleitoral e de membro do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana. Como procurador-geral causou polémica no julgamento da Representação 1349. Um grupo de parlamentares solicitou a declaração de inconstitucionalidade da Lei de Informática. Pertence era contra, manifestando tal posição na petição inicial. A prática não era comum. O Supremo considerou inepta a petição inicial alegando que não se pode conhecer de uma ação se o autor a propõe e diz logo que quer que ela seja julgada improcedente. Os parlamentares proponentes da declaração acusaram Sepúlveda de deslealdade e de inovar juridicamente. Foi um dos membros da Comissão Affonso Arinos encarregado de elaborar o Anteprojeto Constitucional para a Constituição Brasileira de 1988. Partiu de sua sugestão a proposta de autonomia do Ministério Público, algo de que se arrependeria anos depois.

377


Mapa 4

Apêndices

378


379


Mapa 4

Fernán Gonzalez Cronologia

910. Nasce no Castillo de Lara (Lara de los Infantes), em Burgos, filho do Conde de Burgos e de Castilla, Gonzalo Fernández e de Muniadona. O seu pai descende de Nuño Rasura, um dos Jueces de Castilla e criador da família Lara, que tanto influirá o reino leonês e o advir dos acontecimentos em Castela. 916. Seu pai aparece morto em ciscunstâncias estranhas, por detrás da subida ao trono asturo-leonês de Ordoño II. Pouco depois, aparece morto, depois de aprisionado, o seu irmão Nuño Fernández, que era Conde de Castilla desde 921. A sua mãe, Muniadona é uma mulher de carácter e energia (os documentos da época chamam-na “La Comitísima" – palavra similar a condessíssima) logrando manter o Condado de Lara para seu filho Fernán Gonzalez, ainda menino. 924. Sancha, filha da Rainha Toda de Navarra, casa com Ordoño II, pouco antes deste morrer. Sancha casa então de novo, com o Conde de Alava, Álvaro Herrameliz.

380


Mapa 4

929. Aparece pela primeira vez o nome de Fernán Gonzalez rubricando um documento expedido para a Comunidad de Monjas de Santa María de Lara. No dito documento aparece Fernán Gonzalez com o título de Conde de Lara e é subscrito conjuntamente com a mãe, Muniadona. 932. Fernán Gonzalez ajuda o rei leonês Ramiro II, na sua luta pelo trono contra o seu irmão Alfonso IV. Vencido este, Fernán é recompensado pela ajuda prestada. Casa com Sancha, já viúva de Alvaro Herrameliz, sendo assim o seu terceiro marido. Adquire o título de Señor de Lara, Burgos, Lantarón, Alava y Cerezo. Em Córdoba, Abdelrramán III acaba com todos os movimentos rebeldes que se estendiam por Al-Andalus. O ultimo deles é a cidade de Toledo, que resiste heroicamente. O reino de Toledo pede ajuda aos cristãos do norte. Por sua vez, Ramiro II solicita a ajuda de Fernán González e ambos seguem com os seus exércitos.

381


Mapa 4

934. O conflito volta a reacender-se. Abderramán III volta a cercar a cidade de Osma, defendida desta vez por Ramiro II e a de San Esteban de Gormaz, defendida agora pelo Conde de Castilla. Nem os castelhanos nem os leoneses saem à batalha. Limitam-se a fechar-se nos seus castelos. Abderramán III, deixa parte do seu exército a sitiar as duas cidades e avança até La Rioja, onde comsegue vassalagem da Rainha de Navarra Toda e do seu filho Garcia. A seguir, atacam Alava no seu percurso a cidade de Burgos. Já no regresso à sua terra, são atacados pelo exército castelhano-leonês que abandona a segurança dos seus castelos para lhes fazer frente.

O exército de Córdoba volta a ser derrotado nas imediações de Osma. Nasce Sancho Fernández, o seu segundo filho.

382


Mapa 4

937. Fernán Gonzalez envia tropas castelhanas em auxílio do governador muçulmano de Zaragoza, dispersando-as pela província. Idêntica atitude tem Ramiro II. Por detrás de sangrentas represálias por parte de Abderramán III, soldados cristãos são feitos prisioneiros quando defendiam as cidades de Zaragoza. 938. Nasce em Burgos o seu terceiro filho, Garcia Fernández. 939. Abderramán III prepara em Córdoba um exército de cem mil soldados que supõe ser definitivo para acabar com os impertinentes reinos dos cristãos do norte. À frente desse exército coloca o escravo Nadja, que provoca desagrado, rancor e desconfiança entre seus comandantes militares muçulmanos. Em 19 de julho, enquanto se fazem os preparativos, um fenómeno natural – um eclipse de sol – é recebido pelas hostes cristãs com alegria, sendo tido como um sinal do céu.

383


Mapa 4

Em julho encontram-se frente à Fortaleza de Simancas, onde se encontrava reunida a coligação cristã. A 6 de agosto desencadeiam-se as hostilidades. A Batalha de Simancas dura vários dias. Os confrontos dão-se durante o dia e os combatentes descansam durante a noite. Finalmente, as hostes cordobesas sofrem uma estrondosa derrota, sendo obrigados a bater em retirada, debaixo da perseguição dos exércitos cristãos. Em 21 de agosto, a retaguarda cordobesa volta a ser alcançada e derrotada em Alhándega. Os reinos cristãos aproveitam essa vitória para ampliar os seus domínios até Frontera del Duero. 940 - Fernán Gonzalez repovoa a Puebla de Sepúlveda, cidade que vem a dotar de seu Fuero. Segundo o Abade de Arlanza, Frei Gonzalo de Arredondo, a conquista é protagonizada por uma luta corpo a corpo entre o Conde castelhano e o Alcaide mouro Abubad. Segundo a lenda, Fernán Gonzalez desfecha um golpe de espada tão tremendo que atravessa as proteções e culmina com a decapitação do muçulmano, cuja estátua da sua cabeça pode hoje contemplar-se em Sepúlveda na abrasonada "Casa del Moro".

384


Mapa 4

Ramiro II confia o repovoamento de Cuellar y Peñafiel a Asur Fernández, rival da família Lara, criando o Condado de Monzón. Supõe-se que o repovoamento de Sepúlveda por parte de Fernán Gonzalez seria a resposta da família Lara a esse ato que, por outro lado, evitaria a expansão que a família rival fazia para o sul. 943. A partir deste momento, as suas relações com o rei leonês esfriaram extraordinariamente, até ao ponto de se rebelar contra este. Para ele, conta com a inestimável ajuda de Diego Gómez, Conde de Saldaña y Carrión, também prejudicado com a criação do Condado de Monzón, na pessoa de Asur Fernández. Ambos os Condes são detidos e encarcerados, um em León, outro em Gordón. O cargo de Conde de Castilla passa para seu rival, Asur Fernández, que era o aio do príncipe. Estas rebeliões internas, debilitam o poder de Ramiro II, facto aproveitado pelo Califado de Córdoba para reconstruir a cidade de Medinaceli, abandonada muito tempo atrás. A partir dali, organizam frequentes incursões tendo por objetivo o reino leonês.

385


Mapa 4

945. Ramiro II sente a necessidade da ajuda dos condes rebelados que tinha prisioneiros. Fernán Gonzalez é libertado, readquirindo suas antigas possessões, depois de jurar fidelidade ao monarca leonês. Para dar robustez ao pacto agora estabelecido, sua filha Urraca casa com Ordoño III de León, filho de Ramiro II. 946. Outra de suas filhas, Nuña Fernández, casa com o seu grande aliado, o Conde de Saldaña y Carrión. 947. Morre o seu filho primogénito Gonzalo Fernández, Señor de Lara, Bureba y Aza. 950. Ramiro II, que quer castigar as contínuas investidas muçulmanas, reúne o seu exército e investe sobre a cidade de Elvora (Talavera). Depois de saquear a cidade e o Valle del Tajo, regressa a León. Será esta sua última campanha. 951. Pressentindo a morte, o grande rei leonés, vai até León, onde morre, em meados de junho. O Reino de León, mergulha numa grave crise de sucessão, circunstância que será aproveitada por Fernán González para atingir os seus objetivos.

386


Mapa 4

Desaparecida a figura do extraordinário rei leonês, os cordobeses aproveitam para incrementar as suas acometidas, em benefício dos seus próprios interesses. 954. Dá-se uma rebelião contra o novo monarca. Seu irmão Sancho é o promotor, que conta com o apoio de seu tio García de Navarra e secundado pelo conde castelhano. Todos os exércitos marcham até León, mas Ordoño III consegue repeli-los. Fica-se com a impressão que a causa da rebelião castelhana teve origem no facto do rei leonês haver feito um público repúdio de Urraca, a filha do Conde de Castilla, para se casar com outra dama. 955. Voltam de novo os ataques precedentes do Califato de Córdoba. Em San Esteban de Gormaz confrontam-se com as hostes castelhanas de Fernán González, que derrotam mas não conseguem tomar o castelo.

387


Mapa 4

956. Em agosto, sua filha Urraca, casa com Ordoño IV, el Malo. Morre o seu segundo filho Sancho Fernández, Conde de Alava. Ordoño III morre em Zamora. Ordoño IV e Sancho I pretendem o trono leonês. O primeiro tem o apoio do seu sogro Fernán Gonzalez e o segundo, o da Raínha Toda, de Navarra. Ordoño IV pretende repudiar a filha de Fernán Gonzalez para se casar com uma formosa galega. Então, o Conde de Castilla faz saber que automaticamente dará o seu apoio ao outro candidato, caso isso venha a ocorrer. Ordoño muda de opinião, quando tomou conhecimento dessa intenção e Fernán Gonzalez faz o mesmo e dá-lhe o seu apoio. Toda de Navarra desloca-se para Córdoba. Ali, vendo tudo perdido para o seu neto Sancho, recorre à ajuda do seu sobrinho Abd Al-Rahman III, renovando-lhe o seu juramento de vassalagem, e coloca nas mãos dos médicos cordobeses o tentar remediar o problema de obesidade de que sofría Sancho I por isso apelidado de el Gordo.

388


Mapa 4

959. Em dezembro morre Dona Sancha. 960. Mantém-se na defesa de Ordoño IV perante navarros e cordobeses. Derrotado em Cirueña é feito prisioneiro por García Sánchez de Navarra. Para obter a sua liberdade, vê-se obrigado a jurar fidelidade a Sancho I, o Craso, fazer algumas comcessões territoriais, a abandonar Ordoño IV e a casar-se com Urraca, filha do rei navarro. 961. Abd Al-Rhaman III morre em Córdoba. Nasce Pedro Fernández de Castilla, fruto do seu matrimónio com Urraca de Navarra. Al Hakam II seu filho e sucessor, reclama a entrega de Fernán Gonzalez ao rei leonês. Este, porém, confiando na aliança com castelhanos e navarros, acha-se suficientemente forte para romper o pacto com o Califado de Córdoba. Mas calculou mal. Os muçulmanos reúnem um grande exército que derrota os castelhanos conquistando Atienza y San Esteban de Gormaz, e reconstruindo uma impressionante fortaleza em Gormaz. Seguidamente, fazem o mesmo com navarros e leoneses. 962. Sua filha Urraca casa em terceiras núpcias com o rei navarro, Sancho Garcés II Abarca. Nasce sua hija Toda Fernández de Castilla.

389


Mapa 4

963. Faz um pacto com Al Hakam II. Recupera San Esteban de Gormaz e não voltará a batalhar com os cordobeses o resto da sua vida. 970. Em junho, morre Fernán González. À sua morte, deixa um Condado forte, reduto de homens livres, fortes e aguerridos.

É sepultado no Mosteiro de San Pedro de Arlanza. 1841. Os seus restos mortais, juntamente com os de Dona Sancha, são trasladados para a Colegiata de Covarrubias, onde atualmente repousam.

390


391


O

Fuero de Sepúlveda

392


O

Fuero de Sepúlveda

No ano de 1076, época do Conde Fernán Gonzalez, o rey Afonso VI de Leão concedeu à cidade o Fuero de Sepúlveda, aonde eram reconhecidos aos seus habitantes certos privilégios, entre os quais se encontravam por exemplo direitos económicos, políticos, penais, civis ou mesmo dispensas tributárias. A seguir, apresentamos o texto do Fuero e alguns considerandos, através dos quais podemos constatar o avanço do documento para a época e que serviu de base a muitos outros documentos surgidos posteriormente por toda a Espanha.

393


Mapa 4

uero de

Sepúlveda

Considerações anteriores

à concessão de Jurisdição de Sepúlveda Configuração histórica A Vila como era Outras cartas forenses Estipulações da Jurisdição Concilium ou Conselho Autarquias ou Paróquias Encargos Públicos Mediação e Irmandade

394


Mapa 4

(Detalle del Códice Casado, facsímil del Fuero de Sepúlveda que posee la Universidad de León

O Foro de Sepúlveda encarnava o Direito da Estremadura Castelhana e em torno dele se foi formando um corpo legal mais extenso, em castelhano, o qual foi dado como Código em 1300. A sua difusão foi muito extensa, sendo concedido a Saragoça e Tervel, a partir de Uclés, e a muitas populações da Ordem de Santiago. O término delimitado para o Foro é a origem da Comunidade de Vila e Terra de Sepúlveda, que ainda existe e que compreende trinta e sete localidades e mais de onze mil habitantes.

395


Mapa 4

Lei de texto Sepúlveda e algumas notas explicativas: En el nombre de la santa e indivisa Trinidad, es decir, Padre,Hijo y Espíritu Santo, amen. Yo Alfonso, rey y mi mujer Inés, nos place y conviene, no por ningún mandato de gentes ni por ningún artículo de amonestamiento, sino por nuestra libre voluntad, nos place confirmar a Sepúlveda su fuero, que tuvo en tiempo antiguo de mi abuelo y en tiempo de los condes Fernán González y del conde Garci Fernández y del conde don Sancho García, de sus términos y de sus juicios y de sus pleitos y de sus prendas y de sus pobladores y de todos sus fueros que existieron antes, en el tiempo de mi abuelo y de los condes aqui nombrados.

396


Mapa 4

Yo don Alfonso rey y mi mujer doña Inés confirmamos lo que aquí oímos de este fuero, así como fue antes de mi. 1. Y estos son sus términos: desde Pirón hasta el Soto de Salcedón, y del requejo de la Moma hasta el castro de Frades y de Fuente Tejuela como tiene con Serrezuela hasta el Linar del Conde y como tiene el río de Aza hasta Aillón derecho a la sierra 2. Y los hombres que demanden juicio contra ellos, o ellos contra otros, hayan medianedo en Ribiella Consuegra tal y como fue antes. 3. Yo el rey Alfonso otorgo y doy a los hombres de Sepúlveda este término de Lozoya: hasta aquí cuanto tuvo Buitrago bajo su poder, les doy todo, lo corroboro y lo confirmo para siempre. Testigos: Albar Hannez, Ferrando Garciez, Albar Diaz de Cespede, Ferrando Garciez. 4. Y todo hombre que tenga juicio con uno de Sepúlveda, firme el de Sepúlveda sobre infanzones o sobre villanos, a no ser que sea vasallo del rey.

397


Mapa 4

5. Y los hombres que quisieran tomar prenda en “requa” o en otra parte antes de ir y tomarla delante de su juez, paguen 60 sueldos de multa y dupliquen aquella prenda. 6. Y ningún hombre sea osado de prendar en sus aldeas, y si pignorase por tuerto o por derecho, duplique aquella prenda y pague 60 sueldos. 7. Y tengan sus cuatro “alkazavias” y sus cuatro “kinnerias” y sus cuatro “retrovatidas” y sus cuatro “vigilias”; y de sus quintos y de todas sus caloñas la séptima parte.

8. Y no paguen portazgo en ningún mercado. 9. Si algún hombre quisiera ir a Sepúlveda, antes de un mes ningún hombre sea osado de tocar su casa. 10. Y si algún hombre de Sepúlveda matara a un hombre de otra parte de Castilla, pague la octava parte. 11. Y si algún hombre de Castilla matara a un hombre de Sepúlveda, pague cada uno según su fuero. 12. El que matare merino, el concejo no pague sino dos pieles de conejo.

398


Mapa 4

13. Y si algún hombre de Sepúlveda matara a otro de Castilla y huyera más allá del Duero, ningún hombre lo persiga. 14. La calonia por hurto se pague hasta el total. 15. Quien quiera registrar una casa a causa de un hurto, vaya al juez y reclame al sayón del concejo y registre, y silo hallara allí y si no le es permitido el registro, hágalo pechar por hurto y las novenas a palacio; y si nada encontrara, aquellos de la casa no hagan ningún juicio más. 16. Si alguna mujer abandona a su marido, pague 3000 sueldos, y si algún hombre abandona a su mujer, pague arienzo. 17. Y su algún hombre trajera de otra parte mujer ajena, o hija ajena, o alguna cosa de sus correrías y las introdujera en Sepúlveda, nadie se las reclame. 18. Si algún hombre del modo que aquí nombramos quisiera perseguir a un homicida y lo matara antes de llegar al Duero, pague 300 sueldos y sea homicida.

399


Mapa 4

19. Todo infanzón que deshonre a un hombre de Sepúlveda. menos el rey o el señor, el mismo repare el daño y si no sea declarado enemigo. 20. Quien encuentre algo enterrado, no entregue nada al rey o al señor. 21. Si el señor hiciera un agravio a alguien y el concejo no le ayudara a recuperar su derecho, lo pague el concejo. 22. Y si el señor reclamara algo a un hombre del concejo, este no responda a nadie sino al juez o a un excusado en representación del señor. 23. El señor no firme a ningún hombre de Sepúlveda ni le de lidiador. 24. Alcalde ni merino ni arcipreste no sea sino de la villa, y el juez sea de la villa, anual y por las parroquias, y de cada homicidio reciba 5 sueldos. 25. Y cuando el señor esté en la villa, el juez coma en palacio y nunca pague, y mientras sea juez su excusado no pague. 26. Todas las villas que están en el término de Sepúlveda, así del rey como de infanzones

400


Mapa 4

sean pobladas al uso de Sepúlveda y vayan en su fonsado y su apellido; y la villa que no vaya que pague 60 sueldos; y si tuvieran que prendar por los 60 sueldos, coman la asadura de dos vacas o de doce carneros; y pechen en la infurción del rey. 27. Y si algún hombre quisiera prendar al señor que mandase en Sepúlveda, permaneciendo él en la villa, pague el doble de la prenda más 60 sueldos. 28. Todo hombre que habite en Sepúlveda no tenga mañería, y si no tuviera parientes que le herede el concejo y que se den limosnas por su alma. 29. Y no hagan fonsadera a no ser por su propia voluntad. 30 Y al fonsado del rey, si quieren ir, que no vayan sino los caballeros a no ser que fuera a asedio del rey o pelea campal, y a esto vayan caballeros y los vecinos peones. 31. Y los caballeros excusen una azémila cada uno. Y quien entregue yelmo y loriga a caballero sea excusado. Y cuatro peones excusen un asno.

401


Mapa 4

32. Y los alcaldes que la villa designe, mientras sean alcaldes, queden excusados de toda fazendera.

33. Si alguno de las potestades viniera a regir la villa, antes dé su yantar. 34. Y cuando venga el rey de la ciudad, no se haga fuerza en las casas de los vecinos para tener posada, si no es voluntad de éstos recibirles. 35. Todo caballero que quisiere, que no sea quien nos haga guerra, con su casa y su heredad. Yo el rey Alfonso, y mi mujer doña Inés, mandamos hacer esta carta y la oímos leer y la otorgamos. Si algún rey, o conde, o algún hombre de los nuestros o de los extraños quisiera quebrantar este escrito, sea maldito por Dios omnipotente y permanezca extrañado de la santa Iglesia y sea anatema y con Judas traidor a Dios descienda al infierno inferior. Yo el rey Alfonso y mi mujer la reina Inés traemos testigos para corroborarlo. (Listado de testigos y signaturas de los reyes)

402


403


Mapa 4

onsiderações anteriores A palavra "fórum" significa, em princípio, o direito particular de um território ou de um grupo social específico. Está muito perto do que é chamado de "personalizado". Como os privilégios concedidos para garantir o repovoamento tinham muitas vantagens, a palavra adquiriu um significado positivo (o de status privilegiado). Com o tempo, as comunidades aspiraram melhorar a jurisdição original e adaptá-la às novas condições económicas e sociais. Sempre essas melhorias estavam na linha de limitar as obrigações para com o Senhor e a redução dos poderes dos agentes senoriais. Nas aldeias realengo (como é o caso de Maderuelo e os da Extremadura castelhana) estas melhorias foram alcançadas sem muita dificuldade. Aos fueros primitivos (geralmente breves) acrescentaram-se vantagens parciais que foram ratificadas pelo soberano.

404


Mapa 4

As cidades, quando alcançaram o seu autogoverno (a partir do século XIII), experimentaram a necessidade de codificar privilégios, privilégios reais e legislação específica. Este código é chamado Fuero Extenso. Um capítulo inteiro é dedicado à jurisdição desta cidade, porque é aplicável aos privilégios concedidos a outras vilas e cidades. Em muitos casos, as cópias deste em Maderuelo, Sepúlveda, alfoz segregada, é quase certamente uma mera transcrição do foro.

405


Mapa 4

Outorga do Fuero de Sepúlveda Feitas as considerações acima, deve-se dizer que existem duas versões da Lei de Sepúlveda, um, curto e escrito em latim, o chamado (mais velho) Latino Fórum; e outro, escrito em antigo castelhano, muito mais extenso e com detalhada Jurisdição. O texto preservado do Fuero Latino é uma cópia da confirmação feita por Dona Urraca e Alfonso I. Esta cópia pode ser datada na segunda metade do século XII. O texto original seria datado de 17 de novembro de 1076, assinado por Afonso VI. Há outra cópia da carta, quando Fernándo IV a confirmou em 1305. Essa confirmação alterou o texto original, já que encontramos um texto em latim com palavras e formas castelhanas. A concessão de Jurisdição de novembro 1076, dada por Alfonso VI, é considerada um marco para toda a historiografia, pois marca o início de todo o repovoamento da Extremadura pelo governo e administração do territorio de alguns corpos concelhios, a ser imitado por todas as moradias da fronteira.

406


Mapa 4

Contexto histórico O repovoamento, após a destruição do Almanzor, que começou durante o reinado de D. Fernándo I e foi continuado por Sancho II, é, definitivamente, dirigido por Alfonso VI, que envia o seu meirinho (funcionário encarregado do repovoamento) Pedro Juan, com amplos poderes, o populandi potestas, para realizar uma tarefa exaustiva de assentamentos populacionais, observando os limites de mandato, sujeito à propriedade da comunidade, definição de direitos régios, etc. Sabemos que Alfonso VI está no alfoz sepulvedano e desde o verão que inspeciona a fronteira, porque em agosto ele deu ao Mosteiro de Silos o lugar de São Frutos do Duratõn. Os termos dessa doação são definidos por vinte e seis vizinhos de Sepúlveda, cujos nomes são conhecidos pelo documento de doação.

407


Mapa 4

A presença de tais pessoas, reivindicadas pelo rei como determinantes codeterminantes da nova propriedade, leva-nos a intuir várias coisas: primeiro, a cidade já está suficientemente povoada; segundo, a população é bem organizada administrativamente (já que escolheu entre os vizinhos esse grupo para fazer a demarcação); e terceiro, o Fuero de Sepúlveda estabelece por escrito o direito da Extremadura Castellana, até que se escrevesse por escrito o direito emanado das assembleias de justiça presididas pelo conde, ou um vigário que pôs em prática costumes judiciais diferentes dos compilados no Liber Iudiciorum visigodo cuja tradição foi preservada no reino de León. Alfonso VI consolida os direitos existentes quando diz "confirmamos a Sepúlveda sua jurisdição que ele tem desde os tempos antigos ".

408


Mapa 4

Quando Alfonso VI concedeu o estatuto em 1076, provavelmente não foi escrito e era conhecido pela tradição oral porque em outra passagem diz: "confirmamos tudo o que ouvimos sobre essa jurisdição".

Não é por menos, pois está regulando e, em alguns casos, expandindo os direitos de uma população que cresceu em um ambiente de liberdade e risco como o que é vivido nas terras fronteiriças. A partir de agora, o rei torna-se o único Senhor da aldeia.

409


Mapa 4

A Vila de acordo com a lei Além de favorecer a cidade, no Fuero Latino é moldada a estrutura administrativa e militar, que levará posteriormente à chamada Comunidade de Villa y Tierra. Os limites da Lei compreendem um grande número de aldeias e fortalezas (incluindo Maderuelo) que estão ligadas a Sepúlveda para fins defensivos e económicos. A Carta distingue entre aldeias (Sepúlveda parte diretamente dependente e de conclusão) e moradias (propriedade régia ou infanzones, manter um relacionamento com o alfoz cabeça villa no campo jurisdicional e militar). Maderuelo é um exemplo deste último caso. Essas vilas, afinal, devem vir afectuosamente com o sobrenome de Sepúlveda prestar homenagem ao rei. O Fuero Latino significa o vínculo de submissão dos habitantes de Sepúlveda com o rei. Em troca, reconhece a posse do Conselho da cidade, do grupo de terras pelas quais sua jurisdição se estende.

410


Mapa 4

Além disso, é-lhe reconhecida a isenção de pedágio para seus habitantes, para todo o reino. Da mesma forma, eles são exonerados da acomodação forçada do rei ou de sua corte (o "yantar" da jurisdição).

411


Mapa 4

Outras cartas forenses

A Lei Estendida é uma falsificação, na qual se tenta colocar um conjunto de preceitos variados sob a autoridade de uma concessão autêntica. Já no Preâmbulo da Jurisdição Estendida, no contexto de limites, varia da antiga Carta Latina. Além disso, metade, mais ou menos, do Fuero Extenso é uma transcrição literal do Fuero de Cuenca; mas a outra metade é um texto original. Em qualquer caso, o Fuero de Cuenca é a expressão escrita da lei da constelação castelhana, que não era outro senão a lei existente na Extremadura Castellana. E a primeira formulação deste direito é, sem dúvida, o Fuero de Sepúlveda. A Lei de Teruel e Albarracin diz: "Ele disse que povoaram estas moradias que rigiesen pelas leis antigas que o rei D. Sancho [III de Navarra, o prefeito ] e antes dele o Condes de Castilla (...) eles deram aos de Sepúlveda " . O Fuero de Teruel é o mesmo que o de Cuenca, de modo que se inferiria que o Fuero de Cuenca seria o de Sepúlveda.

412


Mapa 4

Na jurisdição conquistada encontramos algumas adaptações aos tempos (especialmente em relação ao direito de família e sucessão, onde encontramos influências do direito romano). No Fuero Extenso encontramos 138 títulos que são peculiares (mais da metade) de Sepúlveda. Eles não aparecem em outros fueros. Nele encontramos, em uma grande desordem de súditos, uma lei criminal, um tratado de direito familiar e patrimonial; privilégios e ordenanças mais antigas. A fixação definitiva da jurisdição de Sepúlveda ocorre quando Alfonso X tenta estabelecer com o Fuero Real a diversidade das jurisdições locais. Houve grande resistência porque o Fuero Real determinou que os prefeitos seriam nomeados pelo rei, em vez de serem nomeados pelo Conselho. Em 1272, o Rei dos Sábios concedeu "o privilégio e privilégio concedido a eles pelo rei D. Fernándo, nosso pai e rei Alfonso, nosso bisavô e os outros reis, e os bons costumes e boas maneiras que então eles tinham " .

413


Mapa 4

A Lei Estendida permaneceu em vigor até os Reis Católicos que fizeram o Ordenamento de Alcalá prevalecer; em segundo lugar, os fueros municipais; terceiro, os partidos de Alfonso X. A jurisdição de Sepúlveda foi concedida como tal em 1143 à cidade de Roa . Em 1179 é concedido a Uclés (a cidade chefe da Ordem Militar de Santiago). A concessão do Fuero a Cuenca foi por volta desta data.

414


Mapa 4

stipulações de Jurisdição

No antigo conteúdo da jurisdição são concedidas grandes vantagens aos habitantes de Sepúlveda devido à sua situação junto à fronteira. Um exemplo disso é a prerrogativa de poder apresentar provas com testemunhas em litígios com membros da Baixa nobreza ou mesmo vilões.

Outro exemplo: Se um habitante matasse um castelhano, teria que pagar uma indemnização, mas se ele escapasse além do Duero, não podía ser perseguido. Em vez disso, se um castelhano matasse um habitante de Sepúlveda, teria que pagar tudo. Sepúlveda torna-se uma terra de refúgio: o raptor, o ladrão que fugiu para lá é inviolável. Se for perseguido para além do Duero e for condenado à morte, o autor deve pagar 300 salários de homicídio. A comunidade urbana é muito protegida contra a arbitrariedade.

415


Mapa 4

O Concilium ou Conselho é a expressão da comunidade, responsável pela segurança de cada vizinho, frente ao Senhor da cidade. Um vizinho não precisa responder a uma queixa do Senhor, mas sim perante o juíz. Os direitos do palatium são limitados. Em caso de roubo, a vítima pode pedir seja feita uma investigação (mas apenas ordem judicial e com a assistência Conselho.). O palatium recebe apenas nono da multa.

que por do um

Em caso de serem encontrados bens, nem o rei nem o Senhor podem interferir. O direito de abrigo é limitado. Em vez disso, o Senhor está protegido contra confiscos de roupas (se um vizinho tomar algo que pertence ao Senhor, ele deve pagar uma multa de sessenta salários e o valor em dobro da peça confiscada). A cidade tem seu próprio governo formado pelo juíz e pelos prefeitos.

416


Mapa 4

O Juíz parece ser um oficial senhorial, embora deva ser habitante de Sepúlveda e seja nomeado todos os anos pelos paroquianos. Sobre prefeitos, só sabemos que eles estão isentos de serviços pessoais durante o seu mandato. A lei faz apenas uma referência vaga ao merino e ao prefeito que comanda a milícia urbana e é responsável pela defesa: "eles devem ser da cidade". O merino é um agente imponente, mas o seu assassinato só obriga a uma multa simbólica. Coleta uma renda e recebe uma sétima das multas e a quinta. Além disso, herda daqueles que morrem sem filhos. Os habitantes de Sepúlveda têm amplas liberdades que fazem deles praticamente iguais aos infanzones (cavaleiros da baixa nobreza): Se qualquer Infanzón atentar contra a sua honra deve pessoalmente reparar a ofensa, caso contrário, é considerado um inimigo da comunidade. Os habitantes também estão isentos do imposto de alvenaria (construção).

417


Mapa 4

Quanto ao serviço militar, somente os habitantes (cavaleiros e peões) são obrigados a seguir o rei e no caso do soberano sitiar uma praça ou se envolver numa batalha campal. O Conselho tem uma ampla autonomia familiar e o pagamento do alimentador pode ser imposto se o Conselho o decidir pelas expedições que o próprio Conselho organizar. Aquele que fornece um capacete ou armadura a um cavaleiro é dispensado de marchar, os cavaleiros podem desculpar aqueles que lhe fornecem uma carga de carga. Quatro peões desculpam quem fornece um burro. Há poucas cláusulas económicas: você não pode levar roupas " in arequa " (o recua era uma expedição comercial à terra muçulmana, seus membros gozam de um status especial). Isto parece indicar que Sepúlveda manteve algumas relações comerciais com o AlAndalus. Os habitantes também estão isentos de pedágio em todo o reino.

418


Mapa 4

As aldeias do termo Sepúlveda têm grandes prerrogativas. Nenhum estranho pode levar roupas das aldeias. Fora destas aldeias há outras moradias dependentes do rei ou infanzones que eram " populatas ad uso de Sepúlveda ". Portanto, eles têm os mesmos direitos e participam de expedições militares com a cidade (não fazendo isso acarretou uma multa de sesenta salários). Todas estas liberdades amplas podem levar a suspeitar que o núcleo urbano sobreviveu isolado durante o período entre as campanhas de Almanzor e repovoamento de Alfonso VI e, portanto, foram forçados a governarem-se a si mesmos. O que Alfonso VI fez, foi apenas confirmar as instituições que se consolidaram. Os membros das comunidades urbanas da Extremadura são apresentados no Séc. XI à jurisdição do palatium (o rei), que é exercido através do merino, do carrasco e dos juízes. Todos os vizinhos são coletivamente responsáveis perante o palatium em caso de homicídio.

419


Mapa 4

Este termo aplica-se a todas as mortes violentas, provocadas ou acidentais. Também se aplica à multa que a comunidade deve satisfazer. Os crimes são punidos com castigos corporais e com multas (caloñas). Uma parte da multa vai para o palatium e outra para a vítima. A coleção deles/delas corresponde ao merino e o sayon que recebem uma parte da quantia deles/delas (meranaticum e sayonia). Para garantir a sua coleção, eles podem levar roupas, a menos que a parte culpada possa apresentar fiadores responsáveis por ela. Ao senhor são devidos honorários: censos, infurciones, martiniega . Esses censos são chamados de seios (pectum). No Séc. XII junta-se ao petitum. Também são devidos benefícios pessoais (sernas: trabalho agrícola, fazendas: trabalhos de manutenção de fortes e estradas). Também o direito de abrigo e comida ao senhor ou rei (jantar).

420


Mapa 4

O serviço militar é satisfeito, fonsado e anubda , afetando todos os homens em idade de combate. O fonsado era um pagamento em substituição do serviço militar. Os monopólios do forno e da fábrica são bastante frequentes. O uso das montanhas e pastagens é pago pelo herbazgo ou herbaticum e o montzago ou montaticum. Nas vilas e cidades, é cobrado o pedágio, um imposto que regista as mercadorias que entram ou saem. Para se proteger da arbitrariedade das coleções de merino e posseiros, muitos foros estipulam que é lícito matá-los se forem longe demais (o caso de Sepúlveda). Eventualmente, a definição arbitrária de maneira muito precisa das competências dos merinos e algozes, cargas de iluminação tende a limitar o âmbito da responsabilidade colectiva de assassinatos.

421


Mapa 4

A ocupação de uma casa é acompanhada por uma concessão ao povo e, quando apropriado, aos vizinhos que já lá estavam, resultando numa série de benefícios para atrair e consolidar a população.

Em Sepúlveda, os habitantes do subúrbio têm seu prefeito, mas não podem escolher o juiz. Além das muralhas e dos arredores, começou no alfoz (palavra derivada do árabe al-hawz, distrito), e introduzida em Castela, provavelmente quando do repovoamento de Mozarab. Em princípio, não significa dependência legal em relação ao centro da população, mas uma ligação, mais ou menos estreita, entre o território e suas moradias com a cidade. A cidade é o núcleo da vida religiosa, lugar de refúgio em caso de razia, lugar onde se exercia a justiça (os encarregados de a exercer vivem na cidade). Ali se encontra o Conselho. A jurisdição de Alfonso VI fala de termini para designar o território do alfoz.

422


Mapa 4

Dentro do termo, há moradias que pertencem ao rei ou a algum infanzón e que devem ser povoadas de acordo com o costume de Sepúlveda. Os vizinhos do alfoz ou termo também participam nas expedições militares de Sepúlveda e são obrigados a participar pelo sobrenome . O incumprimento é punido com multa. As cidades do termo pagam a infurción ao rei. A extensa alfoz de Sepúlveda era comum na política de repovoamento dos reis no século XII para a realeza. É o meio menos caro de assegurar a gestão, proteção e uso das áreas reconquistadas e impedir a implantação de senhorios, leigos ou eclesiásticos. Isto favoreceu os moradores da cidade, uma vez que possuía vastas terras onde o seu gado podia pastar e de armazenar produtos agrícolas, de pesca, de caça e matérias-primas. O termo inclui espaços que não estão sujeitos à apropriação individual, chamados de " monte ".

423


Mapa 4

Em parte desses espaços comunais, o Conselho pode proibir o corte ou o pastoreio (dehesas). A partir do século XIII generaliza o termo "comum" a tudo na aldeia ou termo que pertence coletivamente ao Conselho: as fontes, a praça, o lugar onde o mercado é realizado, o ponto de encontro de reunião urbano, as margens do rio, as estradas, as montanhas e os prados. Todos os vizinhos podem usá-los, sejam eles pobres ou ricos, mas pessoas de fora não podem fazê-lo contra a vontade do Conselho. Além de moradias, existem aldeias. Os habitantes das aldeias participam nas expedições armadas da milícia urbana e contribuem para a manutenção das muralhas. Além disso, eles devem pagar um imposto para a vila. As aldeias território.

não

dispõem

424

livremente

do


Mapa 4

Na jurisdição de Sepúlveda, diz-se que todos esses habitantes devem construir a sua casa no lugar indicado pelo Conselho (a aldeia não se pode opor). Os magistrados arbitram disputas entre aldeias pelos limites entre elas.

425


Mapa 4

Concilium Toda comunidade, seja cidade ou vila, tem sua assembléia (o concilium ou Conselho) que reúne os habitantes. No começo, a comunidade de habitantes reúne-se para resolver certos problemas económicos, conflitos pelo uso de florestas ou pastagens, ou para buscar ofensores a qualquer lei. No início, inclui todos os adultos (homens e mulheres), embora excluindo judeus. Os francos (colonos de além dos Pirenéus) gozam dos mesmos direitos que os habitantes locais. Clero e padres também participam. Não há distinções de classificação ou de fortuna. Na jurisdição de Sepúlveda é dito: "se alguns ricos omnes, contagens e poderes, senhores e infanzones do meu governo ou de outro vierem a povoar Sepúlveda, tais calonias ayan qualificam os outros colonos ". A partir do século XII, o Conselho torna-se o corpo governante de vilas e cidades, embora, ao mesmo tempo, não esteja mais aberto a todos. Excluem-se os vizinhos não permanentes e alguns vizinhos que não preenchem determinadas condições.

426


Mapa 4

O habitante é considerado um vizinho. Os novos residentes não se consideram vizinhos até que tenham fixado um tempo específico de residência (um ano, normalmente) e algum imóvel (casa, terra). O vizinho teve que ser um pechero, isto é, que pode contribuir para pagar sua parte dos impostos à cidade ou ao rei. O vizinho que cumpria esses requisitos era registado em uma paróquia (ou cotejo ), para fins de pagamento de dízimos eclesiásticos e outros impostos (que são pagos por lanches). O bairro implica um vínculo de solidariedade entre vizinhos. A comissão de um crime grave por um vizinho implica a exclusão do último e sua conversão em um inimigo de toda a comunidade. Da mesma forma, é proibido aceitar o inimigo da comunidade. Também é proibido ser um vassalo de um homem fora da aldeia. Em caso de perigo, eles são obrigados a defender a cidade com armas (é o appelitum ou sobrenome). Ao longo do século XIII, esses laços de solidariedade foram relaxados.

427


Mapa 4

Também o começo de diferenças económicas começam a ser alusões no Conciluim para menores e mais velhos. A sociedade é organizada e dominada pelos proprietários organizados para a guerra. Quem tem um cavalo e equipamentos necessários para fazer a guerra, tem uma série de privilégios que são estendidos gradualmente (estão isentos de alguns impostos, se processos têm direito a uma compensação superior ao de outros vizinhos). Além disso, os cavaleiros têm o seu pessoal de serviço (empregados, trabalhadores agrícolas, pastores, etc.) que não pode ocupar qualquer cargo no Conselho por causa dessa dependência, embora participem nas expedições armadas às ordens do Mestre. Ao longo do século XIII, os cavaleiros na prática monopolizam as acusações junto do Conselho. .

428


Mapa 4

A Assembleia precisa de alguns representantes para discutir com o rei ou o Senhor, ou para impor as decisões do Conselho. Estes seriam os bons homens dos quais falam os documentos. A Assembleia do Conselho reúne-se por voz do pregoeiro da cidade ou sino em um lugar específico (igreja ou praça). Não sabemos se essas reuniões foram periódicas ou se foram feitas apenas em caso de necessidade. Os seus poderes eram amplos: decidia-se pelo uso de bens comuns, vigiava a construção e a conservação de ruas, pontes ou estradas, e mesmo paredes; decide sobre expedições militares; regula o montante de impostos e sua distribuição entre vizinhos; corrige pesos e medidas. No campo jurídico, o procedimento dos julgamentos (provações, desafios e o repto) é feito na presença do Conselho. As penalidades de prisão ou forca são decididas no Conselho.

429


Mapa 4

Colações A colação é uma peça essencial na organização da vila. Cada um deles tem seu concilium, que serviria para ratificar os acordos relativos aos bens localizados na referida paróquia. No Fuero de Cuenca, uma cessão não é final até que seja validada no cotejo do vendedor com o depoimento de cinco vizinhos. A colação é uma unidade fiscal e o seu concilium serviria para distribuir o montante dos impostos da referida paróquia.

430


Mapa 4

Cargos Públicos As primeiras comunidades urbanas são governadas por agentes reais ou senhoriais: juiz, meirinho e sayón. Eles julgam divergencias e cobram taxas. Desde o final do século XI, uma série de magistrados começaram a aparecer nas cartas forrageiras, conhecidas como bolsellados. •Juiz: É a mais alta autoridade concelhia. No começo, ele é um agente do palatium, na Extremadura. A partir do final do século XI é eleito pelo Conselho durante um ano entre vizinhos que dispusessem de cavalo e tivessem habitação no Conselho. Deviam fazer um juramento perante o Conselho no início do mandato. Exercem funções militares e judiciais. Assim, dirigiam a milícia urbana e levavam a bandeira da cidade em campanha. Os Juízes na porta de suas casas e perante o seu público são anunciados pelo pregoeiro da cidade. Ele pode realizar uma sessão com um dos prefeitos, mas os processos contra criminosos são de sua exclusiva competência. Reúne-se com prefeitos à sextafeira a fim de tratar dos assuntos gerais do Conselho e julga os processos importantes.

431


Mapa 4

Ele tem a capacidade de levar roupas, fazer indagações e manter na prisão (por essa razão, ele é o guardião das ações do Conselho). Ele também tem responsabilidades fiscais: cuida da coleção do quinto real, das multas e taxas. Em caso de ausência (por estar em campanha com o anfitrião), um dos prefeitos ocupa seu posto (é o juiz factícia). Em caso de morte antes de completar o mandato, o juiz será aquele que herda seus bens. Se não houver herdeiro, o Conselho nomeia um juiz na colação à qual, nesse ano corresponder a eleição do juiz. Cobra uma parte das multas, mais um salário.

Alcaides: No Planalto encontramos árbitros indicados pelas partes em litígios. É muito possível que os prefeitos dos Conselhos tivessem origem nessa figura. Eles são eleitos anualmente pela assembleia do Conselho: um prefeito para cada colação. Eles devem ser vizinhos de quem tenha cavalos e casas abertas há mais de um ano. .

432


Mapa 4

Recebem uma remuneração fixa e uma parte das calorias. Julgam alguns processos (dois a dois, não individualmente), mas grandes ações judiciais (homicídio e roubo) são julgados em Conselho e na presença de todos os prefeitos. Eles exercem um controle geral das atividades da aldeia, especialmente as económicas. Júris: Eles são uma figura não muito conhecida. No Fuero de Sepúlveda, julgamentos podem ser efetuados por prefeitos ou por júris (realizam investigações no caso de um cristão matar um judeu). Pode ser que o título tenha sido atribuído ao prefeito que jurou seu ofício perante o Conselho. Caminhantes: Estes transmitem as mensagens do conselho. Acompanham continuamente o juiz, aplicam os tormentos aos malfeitores e vigiam os prisioneiros. Podem levar roupas e convocam os queixosos.

433


Mapa 4

Investigadores: Fazem as investigações e executam os culpados. Sayón (anunciador): É também o pregoeiro da cidade. Convoca o Conselho por ordem do juiz, anuncia as audiências deste e proclama os avisos dos prefeitos que devem ser conhecidos pelos vizinhos. Fica à porta do local de reunião do Conselho, cuida da ordem e apresenta os queixosos. Deve ir obrigatoriamente no anfitrião do Conselho. É eleito por um ano e cobra um salário fixo. Comuta multas e taxas de pedágio. No século XIV, esta figura desaparece, sendo substituída pelo xerife. Para lmotacén: Em 1257, Alfonso X autoriza o Conselho de Sepúlveda a escolher em cada ano esta figura para monitorizar os pesos e medidas e zelar pela boa ordem do mercado.

434


Mapa 4

Portazguero: Cobra o imposto de pedágio nas aldeias e vilas. Cogedor: É o encarregado de coletar em sua colação a parte do imposto municipal que corresponde à sua paróquia. Há um por agrupamento. Guardiões: Para guardar campos, vinhas e pastagens é necessário criar guardas, mas estes não podem ser considerados magistrados, embora sejam nomeados pelo Conselho. Notário: Em alguns lugares ele é conhecido como o "segundo" juiz. Zela pelos arquivos da vila e, se necessário, é convidado a ler a Lei. Zela pelas contas do Conselho, do juiz e dos prefeitos. Mantém em ordem a lista de vizinhos com a ajuda de seus assistentes. Nada deve registrar sem ordem do rei ou do Conselho, no Livro da Jurisprudência.

435


Mapa 4

Recolhe as sentenças judiciais mas não guarda o Selo do Conselho, que é confiado ao Juiz. A sua eleição é anual e cobra um salário fixo e um emolumento por cada documento que execute. Em Castela, Extremadura, os cargos públicos são eleitos desde há muito pelo período de um ano, sem direito a reeleição a menos que não surja um candidato com as condições exigidas.

Na Jurisdição Extensa, estipula-se que essas eleições tenham lugar no primeiro domingo após o São Miguel. Cada grupo escolhe um prefeito. Então, o juiz é escolhido através dum sistema de seleção ao longo da sessão. Todas essas ações eram pagas a cada participante através duma parte do produto arrecadado com a cobrança de multas e cada um beneficiava ainda de algumas isenções de impostos.

436


Mapa 4

Mediação e Irmandade

A extensão e imprecisão dos limites dos alfoces tornaram comuns as disputas entre cidades fronteiriças. Por norma, essas ações eram devido a incursões de gado de uma vila no alfoz de outro. Neste caso, um procedimento de tomada de roupa era aberto. Outro caso de conflito poderia ser o crime cometido por um vilão doutra cidade. No Fuero de Sepúlveda, já no século XI, o lugar onde se estabelecem os processos que confrontam os homens da aldeia com os de outras cidades, recebe o nome de medianedo e está localizado fora da aldeia de Sepúlveda. Costumava ser um lugar equidistante das populações em litígio. Não sabemos a sua composição e funcionamento, embora em algumas jurisdições os senhores que frequentam o medianedo recebam indemnização pelo que se pode presumir que os representantes de cada aldeia foram enviados pelo Conselho. Existe uma instituição que pode agrupar várias localidades: a Irmandade .

437


Mapa 4

Serviria para estabelecer uma série de acordos prévios entre eles sobre: o exercício dos direitos dos vizinhos de uma localidade dentro de outra; proteção da pecuária e pastagens dentro dos limites dos municípios geminados; estabelecer procedimentos de arbitragem entre localidades. Infelizmente temos poucos documentos (do século XII) sobre a constituição dessas irmandades. Das existentes é possível adivinhar-se que os conflitos são arbitrados por seis prefeitos da Fraternidade reunidos a bordo. O procedimento a ser seguido em caso de pilha de roupas, roubos de gado e homicídios é necessário.

438


439


José Marcelino Figueiredo Brasil

Fig.01 – O português MANUEL JORGE GOMES de SEPÚLVEDA (*16.04.1735 +28.04.1814) foi duas vezes governador do Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre era conhecido sob o heterônimo de JOSÉ MARCELINO FIGUEIREDO.

A cidade de Porto Alegre ainda é adolescente diante das multisseculares cidades espalhadas em todos os quadrantes do planeta. Esta préadolescência necessita libertar-se da memória dos seus progenitores num complexo de Édipo. Certamente Porto Alegre não é “filha da roda da Santa Casa”. A Santa Casa ainda não existia e muito menos a roda dos expostos.

440


Mapa 4

Fig.02 – A colónia lusitana financiou um obelisco a JOSÉ MARCELINO FIGUEIREDO (SEPÚLVEDA) e inaugurado em 24 de setembro de 1935 no âmbito dos diversos eventos comemorativos do Centenário da Revolução Farroupilha. A cidade de Porto Alegre denominou uma avenida monumental que leva o seu nome abreviado.

Assim ela teve dúvidas de quem era o seu pai. Andou em naturais certezas quando se apresentou o tropeiro Jerônimo de Ornelas. Mas zelosos cartorialistas apresentaram documentos inequívocos de sua origem e o pai declarado dos seus dias históricos. É o intrépido militar luso MANUEL JORGE GOMES de SEPÚLVEDA duas vezes governador do Rio Grande do Sul conhecido e agindo em Porto Alegre sob o heterônimo de JOSÉ MARCELINO FIGUEIREDO.

441


Mapa 4

Fig.03 – A vida na fronteira exigia tratados bem argumentados e a sua sustentação no espaço físico perante o estado de guerra permanente. No aglomerado urbano de Porto Alegre de Dom Sepúlveda não dá para descartar paliçadas defensivas e a redução do acesso pela denominada Praça do Portão. Este Portão - se existiu fisicamente ao lado da guarnição militar - dá sentido às duas prisões dos representantes do poder legislativo que ele determinou para impedir a sua volta para Viamão onde moravam. A vida social era constantemente perturbada e abafada pelos gritos de “inimigos à vista” e de alarmes de guerra real ou imaginada.

Porém, não se ouviu a menor menção a este propalado pai de Porto Alegre no momento em que se completam duzentos anos da sua ausência física definitiva deste planeta.

442


Mapa 4

Fig.04 – A pequena aglomeração urbana de Porto Alegre do tempo de JOSÉ MARCELINO FIGUEIREDO não ficava distante da Lagoa dos Partos em grande parte controlada pelos castelhanos, entre 1763 e 1776. A qualquer momento eles poderiam irromper e atacar a nova capital. Não há noticia sobre muralha nesta época. Mas não dá para descartar paliçadas defensivas e a redução do acesso pela denominada Praça do Portão. A muralha de Porto Alegre ganhará um corpo mais denso, entre 1835 e 1845, ao longo do cerco dos Farroupilhas Imperiais.

O burburinho, as urgências vazias e os gritos agudos das máquinas de comunicação abafam a origem, a cultura e os valores de Porto Alegre. Máquinas de comunicação, pautadas por interesses estranhos provenientes de culturas e de terras com outras origens e outros valores.

443


Mapa 4

Fig.05 – A cidade amuralhada portuguesa de Trancoso situa-se sobre uma colina que se assemelha geograficamente com a de Porto Alegre governada por JOSÉ MARCELINO FIGUEIREDO. Com o seu verdadeiro nome de batismo MANOEL JORGE GOMES DE SEPÚLVEDA foi Alcaide Mor de Trancoso.

Não que faltassem registros da origem, da cultura e os valores de Dom Marcelino Figueiredo ou Manoel Jorge Gomes de Sepúlveda, de sua passagem e feitos em Porto Alegre. O seu desapare-cimento inclusive foi registrado em tempo num dos poucos jornais que circulava há dois séculos. Este necrológio - neste raro jornal desta época impresso em português - consta com todas as letras.

444


Mapa 4

Fig.06 – Vista interna do portão da cidade amuralhada de Trancoso da qual MANOEL JORGE GOMES de SEPÚLVEDA foi alcaide mor. Em Porto Alegre este mesmo, com o nome de JOSÉ MARCELINO FIGUEIREDO, criou um equipamento urbano que se manteve e se ampliou, na linguagem popular, com a designação de PRAÇA do PORTÃO.

445


Mapa 4

Assim é possível ler no Correio Braziliense nº 72 maio de 1814 Miscellanea.p. 747 . “O Illustrissimo e Excellentissimo Manoel Jorge Gomes Sepulveda, do Conselho de S. A. R., Alcaide Môr de Trancoso, e Commendador de S Martinho de Serveira na Ordem de Christo, Tenente-general dos Reaes Exércitos, Conselheiro de Guerra, e Gram Cruz da Ordem da Torre e Espada, falleceo, com todos os Sacramentos, a 18 do de Abril, tendo de idade 79 annos e um dia.

O seu Corpo foi sepultado com o mais decente apparato, e com as honras militares, em S. Francisco da Cidade. Sua memória será sempre saudosa á Pátria, e grata aos Soberanos, pelo fundo honrado de virtudes moraes, e civis, que constituirão sempre o seu caracter; e pelos muitos, e relevantes serviços militares, que na contínua carreira de sessenta annos, acreditarão o seu nome, na Europa, e na America, tanto na paz, como na guerra ; e ultimamente na feliz época da nossa restauração, pozéram o ultimo remate á sua gloria, e distinguíraô singularmente o seu patriotismo”.

446


Mapa 4

Fig.07 – O mapa de 1780 do Rio Grande do Sul ao tempo do governador JOSÉ MARCELINO FIGUEIREDO. O Continente se resumia aos territórios dos afluentes que desaguavam no Guaíba e nas lagoas costeiras. Porto Alegre consta minúscula neste mapa sob o nome de Viamão. As manchas escuras eram as terras castelhanas e aquelas que eles ocuparam pelas armas entre 1763 e 1776. As manchas mais claras assinalam o que os tratados europeus definiam com CAMPOS NEUTRAIS e os limites entre as potencias ibéricas. A conquista efetiva até os limites com Rio Uruguai - e a ocupação efetiva dos territórios as Missões jesuíticas - só se consumaram em 1810 quando, no dia 11 de dezembro deste ano, Porto Alegre foi erigida oficialmente em vila.

Pensar, falar e escrever em relação ao fundador de Porto Alegre é verificar que este fundador encarnou diversos papeis, heteronómicos e ações antagónicas. Existe o Dom Sepúlveda que mata o oficial britânico em duelo. Existe o Dom Sepúlveda invisível sob o nome de Marcelino Figueiredo. Existe o Dom Sepúlveda da política iluminada do Marquês do Pombal.

447


Mapa 4

Fig.08 – Porto Alegre consta discretamente neste mapa de 1780 ao tempo JOSÉ MARCELINO FIGUEIREDO ou MANOEL JORGE GOMES de SEPÚLVEDA como governador do Rio Grande do Sul entre 1769 até 1780. Foi quando a Capital foi transferida para Viamão. Dom Sepúlveda a capital transferiu, em 1773, para Porto Alegre. Reconquistou São José do Norte para Portugal em 06.06.1776. Graças a um tratado ibérico ele retomou definitivamente a cidade de Rio Grande.

Neste período em que enfrenta as consequências da ocupação espanhola do Rio Grande e a retirada estratégica para Viamão. Existe o Dom Sepúlveda do lance temerário da mudança onde ele manda prender o seu poder legislativo local e o chantageia a assinar a ata da mudança da capital para Porto Alegre. Existe o Dom Sepúlveda da Viradeira de Dona Maria I que manda destruir a indústria na Colônia do Brasil. Existe o Dom Sepúlveda idoso, surpreendido com as Invasões Francesas de Portugal e a permanente ameaça do seu retorno apoiado pelos seus simpatizantes.

448


Mapa 4

Fig.09 – O terreno sobre o qual se assenta a monumental Avenida SEPÚLVEDA foi conquistada ao rio. Era a primeira vista de Porto Alegre de quem chegava via fluvial à capital do Estado. Era uma sala de visita digna de Porto Alegre. O seu prolongamento aponta em direção ao obelisco de Júlio de Castilhos da Praça a Matriz e ao centro cívico de Porto Alegre.

Estes esquecimentos do múltiplo Manoel Jorge Gomes Sepúlveda, do Conselho de Sua Alteza Real, Alcaide Mor de Trancoso, e Comendador de S. Martinho de Serveira na Ordem de Cristo, Tenentegeneral dos Reais Exércitos, Conselheiro de Guerra, e Grão Cruz da Ordem da Torre e Espada podem ocorrer no tumulto da pós-modernidade e serem justificados devido às atuais incinerações de quem se despede da vida. No entanto todos estes esquecimentos do pai de Porto Alegre compro-metem “a honra, e a dignidade, não porque isso seja um bem real, mas porque produz efeitos reais e importantes na prosperidade, conforto, e exis-tência dos homens” . (Correio Braziliense nº 72 maio de 1814 Miscellanea.p.755)

449


Mapa 4

Fig.10 – A inscrição afirmando que JOSÉ MARCELINO FIGUEIREDO como fundador de Porto Alegre certamente é um erro em bronze. Erro que gera um mito que escamoteia o verdadeiro sentido e valor do português MANOEL JORGE GOMES SEPÚLVEDA duas vezes governador do Rio Grande do Sul refugiado sob o seu heterónimo.

O conhecimento das suas origens permite ao ser humano escapar do mito da sua origem miraculosa como também descarta a aceitação de se deixar tratar como coisa confundida com a Natureza e reificada. Uma cidade - na adolescência como Porto Alegre e em pleno processo da afirmação diante do mundo - credita-se mais este esquecimento ao complexo de Édipo que necessita matar ou ignorar o pai e se apropriar da mãe. O múltiplo Manoel Jorge Gomes Sepúlveda, do Conselho de Sua Alteza Real, Alcaide Mor de Trancoso, e Comendador de S. Martinho de Serveira na Ordem de Cristo, Tenente-general dos Reais Exércitos, Conselheiro de Guerra, e Grão Cruz da Ordem da Torre e Espada certamente está muito acima destas circunstâncias e saberá esperar hora mais propícia. Esta hora chegará com a razão e plena posse das suas competências no interior de seus naturais limites.

450


Mapa 4

Fig.11 – Os esforçados escoteiros sul-rio-grandenses certamente podem associar o seu fundador o britânico Baden-Powell of GILWEL (1857-1941) com o português MANOEL JORGE GOMES SEPÚLVEDA o JOSÉ MARCELINO FIGUEIREDO local. Ambos foram desbravadores, militares e líderes que souberam se colocar no seu tempo e lugar e transformar as suas existências em lideranças naturais. O erro em bronze colocaria Dom Sepúlveda numa situação curiosa e fora dos FUNDADORES de PORTO ALEGRE, pois em 1740 ele tinha apenas cinco anos.

Muita pesquisa atenta para “não perpetrar erros em bronze” e muito menos promover custosos eventos coletivos equivocados como o de 1940. Para a presente postagem também vale o puxão de orelha do João Carlos Paixão Cortes (1984 p.7)"o brasileiro fala muito, documenta pouco, analisa menos e conclui definitivamente, a sua moda, na hora que interessa.” Entre tantos balões furados da presente postagem foi o de seguir a onda e atribuir a paternidade e fundação de Porto Alegre a Dom Sepúlveda. Acertadamente José Francisco ALVES de Almeida avisa e corrige “Porto Alegre não teve ‘fundador’ ou outros fundadores”,(2004, p.168).

451


Mapa 4

Fig.12 – A Avenida SEPÚLVEDA aponta para o rio para quem vem do obelisco de Júlio de Castilhos, da Praça a Matriz e do centro cívico de Porto Alegre. A monumental estrutura em ferro e vidro constitui um vestíbulo da sala de visita digna da cidade de Porto Alegre que MANUEL JORGE GOMES de SEPÚLVEDA ou JOSÉ MARCELINO DE FIGUEIREDO queria como capital do Rio Grande

Porém não é ocasional que no periódico dirigido por Hipólito José da Costa se dedique um espaço ao intrépido Dom Sepúlveda. Dois homens ligados ao extremo meridional do Brasil e às suas circunstâncias da sua época de dúvidas, tensões e de audaciosas definições conferiam as raízes para múltiplos caminhos. Sem a ação decisiva de Dom Marcelino talvez a capital voltasse para o porto de Rio Grande, como foi de 1737 a 1763 Permaneceria definitivamente em Viamão, como foi em 1763 até 1772. Ou então iria para Rio Pardo onde Pinto Bandeira e Dom Marcelino colocaram definitivamente uma Tranqueira Invicta para as pretensões castelhanas. As duas vezes que ele mandou prender o seu poder legislativo dizem de sua determinação, audácia e temeridade em colocar um ponto final neste trânsito das capitais e escolher o ponto geográfico estratégico no qual está ainda em maio de 2014.

452


Mapa 4

Fig.13 – A lacônica e enferrujada placa que deveria identificar MANOEL JORGE GOMES de SEPÚLVEDA - duas vezes governador do Rio Grande do Sul conhecido em Porto Alegre como JOSÉ MARCELINO FIGUEIREDO certamente não presta este serviço à população local e muito menos para um estrangeiro na busca da identidade, personagens e história local.. Um desafio de transformar os dois termos AVENIDA SEPÙLVEDA em título de um tema de vestibular colocaria muito estudante esforçado e inteligente em sério risco de não aprovação.

Em relação às comunicações que tem por tema a figura de MANOEL JORGE GOMES de SEPÚLVEDA não é possível percebê-las e coloca-las no mundo dos mitos sublimes fundantes.. No polo oposto não é possível deixar que a memória desta figura deslize silenciosamente para o mundo natural. O caminho natural destinado ao entulho das inutilidades e arbítrios parece ser indicado por uma placa enferrujada e lacônica. O caminho da mitificação e da comunicação imponderável é indicado por um obelisco ao modo egípcio. Tanto a placa como o obelisco induzem ao esquecimento da pessoa que migrou da vida para a História no dia 28 de abril de 1814 e a quem Porto Alegre deve de fato e de direito tanto o impulso inicial do seu protagonismo, como de sua identidade bem como dos seus bens materiais e imateriais.

453


Mapa 4

FONTES BIBLIOGRÁFICAS ALVES de Almeida, José Francisco (1964). A Escultura pública de Porto Alegre – História, contexto e significado – Porto Alegre: Artfólio, 2004 246 p.

PAIXÃO CORTES, João Carlos. Aspectos da música e fonografias gaúchas. Porto Alegre: Repressom 1984 117p. FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS A CIDADE AÇORIANA http://profciriosimon.blogspot.com.br/2010/06/arte-em-porto-alegre04.html DOM SEPÚLVEDA de Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda http://pt.wikipedia.org/wiki/Manoel_Jorge_Gomes_de_Sep%C3%BAlveda DADOS BIOGRÁFICOS RELATIVOS A MANUEL JORGE GOMES DE SEPÚLVEDA http://ahpoa.blogspot.com.br/ http://www.humanas.ufpr.br/portal/cedope/files/2011/12/Umgovernador-em-apuros-F%C3%A1bio-K%C3%BChn.pdf http://www.revistadehistoria.com.br/secao/retrato/de-condenado-aheroi CASTELO de TRANCOSO

http://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Trancoso ALCAIDE http://pt.wikipedia.org/wiki/Alcaide IMAGEM DE MANUEL JORGE GOMES DE SEPÚLVEDA http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar. aspx?IdReg=206588&EntSep=5#gotoPosition http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar. aspx?IdReg=20658 8&EntSep=5#gotoPosition

454


Mapa 4

GENEALOGIA DE MANUEL JORGE GOMES DE SEPÚLVEDA http://sepulvedasportugal.blogspot.com.br/2013/08/manuel-jorgegomes-de-sepulveda.html http://manuelcarlosfigueiredo.blogspot.com.br/2012/07/favaiosequinta-de-s.html BERNARDO CORREA DE CASTRO SEPULVEDA 1791-1833 -FILHO http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Correia_de_Castro_e_Sep%C3%B Alveda http://purl.pt/11777 http://purl.pt/11777/3/ GOVERNADORES DO RIO GRANDE DO SUL - LISTA http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo_Discuss%C3%A3o:Lista_de_governa dores_do_Rio_Grande_do_Sul FALSO BICENTENÁRIO DE PORTO AEGRE DE 1940 http://lealevalerosa.blogspot.com.br/2010/04/o-instituto-historico-egeografico-do.html

CORREIO BRAZILENSE Sepúlveda p.747

maio

1814

Manuel

Jorge

Gomes

http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/060000072#page/1/mode/1up A RODA dos EXPOSTOS de PORTO ALEGRE e LUCIANA de ABREU http://www.paginadogaucho.com.br/pers/la.htm

455

de


Mapa 4

Castelo de Bragança – Torre de Menagem

A torre de menagem do castelo, mandada construir por D. João I, pelos anos de 1409, (Alves, 2000), guarda no seu interior desde 1929 o Museu Militar de Bragança. Após a erradicação da última unidade militar de Bragança, em 1958, o Museu Militar foi temporariamente encerrado e trasladado o acervo para o Museu Militar de Lisboa.

Já na década de 80 do século XX o museu volta a ser instalado no local de origem, a torre de menagem do castelo, e impõe-se como espaço \ memória das vivências militares da cidade. Em 1800, o Tenente General Manuel Jorge de Sepúlveda, na sua qualidade de Governador de Armas da província de Trás-os-Montes, mandou construir um quartel no castelo de Bragança, destinado a uma unidade de Infantaria. Para o efeito mandou demolir vários edifícios, aproveitou parte das muralhas para construir as casernas, e, para melhor ordenar a parada, foi desmantelada parte da casa do alcaide (Rodrigues, 1997). O quartel ocupou o castelo até 1958.

456


457


Mapa 4

Fortaleza de Noudar Num dos pontos mais orientais do território português, lá para as bandas do Guadiana, entre as ribeiras de “Murtiga” e de “Ardila”, jaz numa elevação sensível de terreno, defrontando como sentinela adormecida a raia de Espanha, numa ruína notável de arquitetura militar do século XIV. É Noudar! GUSTAVO MATOS SEQUEIRA

In “Album Alentejano”

Situação geográfica Num dos mais alcantilados cabeços de Barrancos, mais propriamente a noroeste desta povoação e junto à fronteira com Espanha, situa-se um castelo completamente isolado, contornado a norte e a sul, respetivamente, pelas ribeiras de Ardila e de Múrtega, que confluindo a ocidente vão formar o rio Ardila, cujo leito vai desembocar no Guadiana, perto de Moura.

458


Mapa 4

Pouco conhecido, quase ninguém falava dele até há algum tempo atrás: é o CASTELO DE NOUDAR. Situado em lugar de eleição, num ponto que se considera estratégico, ainda muito pouco se sabe do que ali se passou,não só antes da sua incorporação definitiva no reino de Portugal, em meados do século XIII, simultaneamente com Moura e Serpa, mas também posteriormente.

Desenho do castelo por Duarte D'Armas (Livro das Fortalezas por Duarte D'Armas Torre do Tombo, Lisboa)

Se quisermos fazer-lhe uma visita, chegados á entrada de Barrancos, há que seguir pelo itinerário que nos conduz à antiga “Vila de Noudar”, passando pelas propriedades de Russianas e da Coitadinha, depois de se atravessar a ribeira de Múrtega pela ponte que liga as suas margens no pitoresco lugar designado da Pipa. É então que, a cerca de nove quilómetros de Barrancos, encontramos imponentes as muralhas do castelo, destacando-se a torre de menagem.

459


Mapa 4

Fortaleza de Noudar

Relação cronológica de factos históricos

(Registo de alguns factos que atestam a importância demográfica e militar da “villa” medieval). 1167 - conquista da região por Gonçalo Mendes da Maia. 1184 - Ofensiva almóada ao sul do rio Tejo, perdendo-se a região. Reconquistado aos mouros pelos castelhanos . 1253 - tratado de paz entre os reis de Castela e Portugal que pôs fim ao diferendo suscitado pela posse do Algarve. Noudar fica na posse de Castela. 1283 - 4 de Março, doação de Afonso X (o Sábio) a sua filha D. Beatriz, de Moura, Serpa e Noudar. 1295 - 16 de Dezembro, D. Dinis concede foral.

460


Mapa 4

1297 - 12 de Setembro, Tratado de Alcañices para definição da linha de fronteiras. 1303 - 25 de Novembro, doação do castelo à Ordem de Avis. Início das obras. 1305 - 16 de Fevereiro, D. Afonso IV cede Arroche a Castela. Acentuam-se os problemas sociais da “contenda” (comedias). 1308 - 16 de Janeiro, conclusão das obras no castelo determinadas por D. Dinis. Iniciado o povoamento por carta outorgada pelo rei em que ali se fundava o primeiro couto de homiziados do reino. 1339 - Setembro, Diego Fernández, pela Ordem de Santiago em Espanha, pôs apertado cerco a Noudar, que sucumbiu nos primeiros dias. 1347-50 - Sofrem-se as consequências da peste negra. 1370 - 29 de Janeiro, Frei Affonso Esteves, foi nomeado procurador da Ordem de Avis na questão da “contenda” (referente ao campo de Gamos a sul do castelo). 1372 - Pelo casamento de D. Fernando com Leonor de Teles, Noudar volta à posse da coroa de Portugal. 1383 - Após a morte de D. Fernando, Noudar volta à administração de Castela. 1385 - Sofre as contradições dos acontecimentos vividos em Portugal, mantendo-se leal a Castela. 1399 - Janeiro, com o reinado de D. João I reintegra-se na administração portuguesa, sendo rei o Mestre de Avis.

461


Mapa 4

1400 - 18 de Maio, um inventário refere a existência de muito material de guerra na praça. 1403 - Revista a lei dos coutos, Noudar permanece com o mesmo estatuto.

1406 - A “villa” encontra-se um pouco despovoada. 1411 - Outubro, pelo acordo de paz com Castela é confirmada a sua posse nas terras de Portugal. 1415 - Os homiziados começam a ser canalizados para Ceuta. 1443 - 27 de Janeiro, um relatório de obras ao rei, refere reparações no castelo. 1446 - Gomez da Silva, alcaide de Noudar, foi destacado para Arzila. 1453/54 - A epidemia oriunda do norte de África alastra fortemente na região. 1475 - Incursões dos castelhanos que retiveram Noudar por três anos. 1477 - Martym Sepúlveda, fidalgo castelhano colocou-se ao lado do rei de Portugal e foi governador da praça. 1478 - Devolução da praça e reintegração no reino de Portugal. 1491 - 14 de Maio, fez-se uma demarcação entre as terras de Noudar e de Moura. 1493 - 20 de Fevereiro, inquirição tirada a respeito dos termos de Noudar e Encinasola.

462


Mapa 4

1493 - 16 de Março, uma inquirição acerca da aldeia de Barrancos em que Castela dizia ser sua, mas que era pertença de Barrancos. Os castelhanos moradores em Barrancos eram considerados traidores a Sevilha. 1500 - 5 de Dezembro, por contrato entre os moradores da vila de Noudar e a de Moura, ficou pertencendo a cada um destes concelhos metade das pastagens (comedias) da Defesa do Campo de Gamos. 1510 - 20 de Fevereiro, foram executadas novamente obras no castelo. 1510 - 2 de Novembro, auto de inquirição acerca da vinda dos castelhanos aos termos de Moura para lavrar e semear. Gomez da Silva era alcaidemor de Noudar. 1513 - 28 de Julho, concedidos privilégios a Noudar, pela sua vigilância no foral de Serpa. 1513 - 17 de Outubro, Foral de D. Manuel. 1515 - 15 de Março, Bula Papal (Leão X) que concedeu aos priores-mores insígnias pontificais com jurisdição especial no espiritual na vila de Noudar, além do temporal no convento de Avis. 1516 - 3 de Junho, Auto de posse do castelo com seu espólio, sendo nomeado alcaide Luís de Antas. 1527 - A vila é referenciada no Cadastro da População do Reino como burgo importante.

1532 - A vila tinha 73 moradores, sendo comendador o Marquês de Torres Novas e alcaide Luís de Antas.

463


Mapa 4

1542 - 14 de Outubro, primeira tentativa para resolução das questões da “”contenda” de Moura (Concordata de Moura) 1610 - A comenda de Noudar passa para a Casa Cadaval. 1639 - Tinha entre 200 a 300 vizinhos. 1640 - A fortificação foi reforçada por alguns abaluartados ao estilo da época. 1641 - A aldeia de Barrancos, termo de Noudar, foi arrasada por tropas portuguesas, por ordem do Governador das Armas do Alentejo. 1643 - 17 de Outubro, ameaças de tropas em Oliva contra Portugal, nomeadamente contra Noudar, para que os Portugueses não avançassem sobre Villa Nueva del Fresno. 1643 - 25 de Outubro, Villa Nueva del Fresno foi conquistada aos espanhóis e a sua conquista (ao fim de onze dias de refregas) foi considerada como um ato para segurança de Noudar, Safara, Stº. Aleixo, Moura e Mourão. 1644 - 15 de Agosto, o inimigo assestou as baterias sobre o castelo. 1646 - 16 de Março, deferido pelo Conselho de Guerra um pedido dos procuradores da corte da vila de Moura em que esta vila e Noudar fossem dotadas com a gente que em cortes lhes foi atribuída e que o Castelo de Noudar fosse aprovisionado com mantimentos para seis meses. 1646 - 4 de Agosto, o Governador do Alentejo pede ao rei autorização para constituir um terço de tropas em que é incluído pessoal de Noudar.

464


Mapa 4

1647 - Tropas de Noudar reforçam a praça de Moura. 1660 - 23 de Junho, Rodrigo de Magalhães foi colocado como Capitão-mor na praça. 1661 - 14 de Dezembro, o Castelo de Noudar foi mandado guarnecer com oitenta infantes, munições e mantimentos. 1661 - 20 de Dezembro, a praça tem sido ameaçada de ataque pelas tropas castelhanas aquarteladas em Freixenal e Origana e continuou prevenida durante muito tempo. 1662 - A guarnição foi transferida para Elvas, deixando apenas o preciso para defender o castelo. 1668 - Finda a guerra apenas ficou uma guarnição de artilharia. 1704 - Tinha uma população de cerca de 400 vizinhos e misericórdia. 1707 - Cai em poder dos espanhóis pelos ataques das tropas do duque de Osuna, na sequência da Guerra da Sucessão. 1712 - 7 de Novembro, tratado de suspensão de armas entre o rei de Portugal (D. João V) e Castela. 1715 - Concretizou-se a promessa do rei espanhol de restituição do Castelo de Noudar com o seu território, com tantas munições de guerra e o mesmo número e calibre de peças de artilharia que tinha quando foi tomado (refª. aos artigos V, VIII e IX das pazes de Utrecht). 1732 - A guarnição da fortaleza é reforçada. 1740 - A população era de 200 vizinhos.

465


Mapa 4

1755 - Traçado de uma planta do castelo na visitação que lhe fez Miguel Luís Jacob. 1774 - 20 de Agosto, alvará régio que coletava a Camara de Noudar (vila e julgado na comarca de Elvas) em 780 reis para a Universidade de Coimbra (subsídio literário). 1775 - 3 de Outubro, uma escritura de venda de casas em Moura refere que Pedro Manuel da Fonseca era Governador do Castelo. 1790 - Abolição dos coutos de homiziados. 1803 - Segunda tentativa para resolução do caso da “contenda”, sem grandes resultados. 1805 - 27 de Setembro, alvará que regulou as praças-fronteiras para terem governadores, ficando Noudar extinta e o seu governo extinto. 1811 - Noudar e Barrancos formam uma vila com juiz ordinário em Vila Ruiva. 1821 - Na divisão territorial eleitoral aparecem conjuntamente Noudar e Barrancos formando uma só vila na Comarca de Avis. 1826 - Noudar e Barrancos constituem uma freguesia – Nª. Senhora do Desterro. 1835 - 21 de Março, a reforma e divisão judicial faz depender Noudar e Barrancos do Julgado de Moura. 1835 - 16 de Agosto, em sessão da Câmara de Moura foram propostos os quesitos e respostas a respeito da usurpação da defesa de campo de Gamos pelos moradores de Barrancos e Noudar.

466


Mapa 4

1855 - Setembro, ainda havia habitantes em Noudar. Alastrou ali também a epidemia de cólera mórbus. 1875 - Tinha apenas 12 fogos e casa de misericórdia muito pobre. 1879 - 27 de Março, início do processo para venda do castelo em hasta pública (requerimento de um particular ao rei). 1886 - Nomeados plenipotenciários por Portugal e Espanha para acordarem na divisão da “contenda”. 1893 - 27 de Março, assinada a Convenção sobre a “contenda”. 1893 - 29 de Julho, anunciada a venda do castelo em hasta pública, o que não veio a concretizar-se. 1893 - 11 de Outubro, concretização da venda do castelo em hasta pública pela quantia de arrematação de trezentos mil e cem reis. 1894 - 18 de Julho, ratificação da Convenção sobre a divisão da “contenda”. 1910 - 16 de Junho, decretada a classificação do Castelo de Noudar como Monumento Nacional (publicação no Diário do Governo nº. 136 de 23/6/1910). Castelo recuperado

Nota: Toda esta informação foi recolhida do livro de Adelino de Matos Coelho, CASTELO DE NOUDAR - Fortaleza Medieval, que se encontra no Blog Cores e Cheiros, que juntou as fotos - Edição da Câmara Municipal de Barrancos - Lisboa 1986

467


Mapa 4

Minha origem Judia Texto de: Zherezade Sepúlveda Wagenreld

Meu nome ocidental é Francisca Ignacia Sepúlveda Wagenreld, nome pelo qual meu pai me trata para que não seja segregada socialmente, já que lhe parece interessante que uma das suas filhas tenha um nome secreto – Zherezade evocando a princesa das mil e uma noites na sua luta pela vida ante o califa Aaron al Rachi. Sou filha de Nicolas e Vannesa, por quem sou tratada por Zherezade ben Nickola. Nasci no dia 27 do mês 8 do ano de 5761 que corresponde a 20 de Fevereiro de 2001 no calendário ocidental. Pertenço à décima geração da linha Judia Sefardí no Chile. Provenho do segundo exílio galuttov-galut (exílio dentro do exílio) de Espanha para a América. O primeiro Sepúlveda que chegou ao Chile veio com Alonso de Sotomayor por Mendoza no ano de 1581. Seu nome era António Leiva de Sepúlveda. Depois que Pedro de Valdivia foi capturado pelos araucanos na proximidade da cidade de Comcepción (onde o decapitaram e devoraram...). Passaram três governadores ao serviço da coroa espanhola até à nomeação para governador do reino do Chile de la Nueva Extremadura D. Francisco Hurtado de Mendoza que era amigo desta família de militares provenientes da cidade de Sepúlveda, pelo que não foi molestado pelos esbirros da inquisição no Chile. Chegou à cidade chilena e foi Capitão de Cavalaria durante a Guerra de Arauco e Regedor do Chile em 1594.

468


Mapa 4

A minha origem remonta à República fundada pelo Império Romano na Península Ibérica (Europa), aproximadamente pelo ano 70 DC (73 Massada). Antes do nascimento de Jesus esta cidade chamou-se Septempublica (Sétima Republica), a qual foi fundada por soldados judeus trazidos da Palestina pelas hostes romanas, com o fim de desarticular a resistência que meus antepassados exerciam perante o Império Romano e o seu exército quando da sua ocupação das terras do Reino de Israel. O interessante do apelido Sepúlveda como estudo etimológico é a fusão das famílias da mais elevada linhagem da palestina, apelidos que se uniram num mesmo lugar, formando uma cepa geográfica, para alcançar este resultado original de famílias que foram trasladadas para uma cidade fundada por romanos e cumprir-se assim o Cádis. Interpretando análises e estudos realizados sobre o tema pela Universidade de Jerusalém, meu pai diz tacitamente: Somos una cepa sibarita interessante, plena de História”… A cidade de Sepúlveda situa-se na região norte-poente de Segóvia, em Castela-aVelha. A origem do meu apelido é geográfico composto duma palavra latina – SEPTEMPUBLICAS que significava SEPTIMA REPUBLICA. Esta deriva duma palavra de origem oral-popular relacionada com o número de entradas (portas) que tinha a cidade (Sete Portas),

469


Mapa 4

ficando conhecida após a queda do Imperio Romano e posterior invasão árabe (mourisca) da península Ibérica como a Cidade-das-Sete-Portas. Durante muitos anos os Árabes compartilharam alguns cargos na administração pública da cidade com os judeus residentes – amalequitas e semitas conviviam com muito poucas diferenças, até que Fernán Gonzalez, Cavaleiro Castelhano, em honorável batalha, liberta a cidade de Sepúlveda, enfrentando-se em duelo de espada com o alcaide mouro que governava a cidade, Abismen G. Almazor. Uma das portas da cidade passou a chamar-se “La Puerta de la Fuerza”, em memória dessa vitória e posterior posse da cidade. Alguns dos cavaleiros castelhanos que participaram nesses combates contra os mouros adquiriram o nome de Sepúlveda, em memória dessa vitória. No livro “El Mio Cid”, versão escrita em Ladino, língua oficial do Povo Sefardí, neste livro se fala da cidade de Sepúlveda. Na província de Segóvia duma forma dispersa, existiam vinte comunidades Judias antes do édito de Expulsão dos Reis Católicos de 31 de Março de 1492. Eram elas Ayllon, Pedraza, Fuentidueña, Cuellar, Coca, Maderuero, Aguila Fuente, Turegano, El Espinar, Sepúlveda, Riaza Sotosalbos, Collado. Desde o ano de 1450 até 1492, os fanáticos Católicos vinham atacando e destruindo a nossa forma de vida comunitária e organizada, desarticulando nosso viver diário, inventando calúnias, injuria e acusações falsas.

470


Mapa 4

Por esses motivos, apenas cinco dessas comunidades conseguiram manter-se. Só eram consideradas aljamas comunidades que mantinham as características próprias da nossa forma de vida, com as condições básicas, costumes e características: Sinagoga, Hospital, Talho, Cemitério e Rua própria, com o Arco da Judiaria. No século XVIII, a maior Aljama de Castela estava na cidade de Segóvia, onde se situava a Sinagoga Mayor, que logo após o Édito de expulsão foi parcialmente destruída e convertida em Catedral Católica. Não obstante, as propriedades que compunham o getho judio em Castela foram usadas pelos fanáticos Católicos para dependências da sagrada Família (Inquisição) e nenhum Judeu observador da tradição ou converso forçado pela situação, expulso de Espanha podia levar consigo riquezas ou ouro, devia partir para o exílio apenas com o que tinha vestido, salvo os que eram conversos aos olhos dos espanhóis (espias da inquisição) serviam, servindo a Coroa, no exército. Mesmo muitos destes, no entanto, mantiveram-se praticantes da Thora (Lei Judaica), em segredo. No início da Inquisição em 1452, os esbirros da Sagrada Família, ao saber qual a origem da cidade de Sepúlveda, acometeram contra ela e os seus habitantes, tendo lançado milhares de infâmias, pressionando os Reis de Castela e Aragão para conseguirem os seus próprios interesses.

471


472


473


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.