T4601 - Revista do IRB - Jan./Mar. de 1974_1974

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INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL

(Orgao Jurisdicionado ao MinisUrlo da Indiistria e do Comercio)

PRESIDENTE

Jose Lopes de Oliveira

DIRETORES

Jorge Alberto Prati de Aguiar

Ruy Edeuvale de Freitas

CONSELHO TECNICO

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Claudio Luiz Pinto

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Setor Bancirio Sul (Ed. Seguradoras).

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PORTO ALEGRE

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ESCRITORIO NO EXTERIOR

LONDRES ^ „

Lloyd Avenue 6 — 5th Floor — E.G. 3

REVISTA DO IRE

Publicaqao trimestral edltada pela Assessoria de Relagoes Piibllcas do Institute de Rcssegui'os do Brasil

COORDENACAO GRAFICA E

EDITORIAL

Assessor Servigos T4cnicos Ltda.

EDITOR

Antonio Carlos Seldl

CHEFE DE REDACAO

Artur Barcelos Fernandas

ARTE

Jose Menezes MIra

Manoel Caetano Mayrink (Capa)

COLABORAM NESTE NCMERO:

Geraldo Luiz dos Rei.s Nunes, Jos6

Alberto Monteiro, Roberto Schneider, Cecilia Campelo Muniz, Vania Perreira

Leite, Talita Tavares, Crtstina Duarte

DISTRIBUICAO

Fernando Chinaglia Distribuidora S.A.

COMPOSICAO E IMPRESSAO

Grifica Editora Lord S.A.

Os conceltos emltldos em artigos assinados e entrevistas exprlmem apenas aa opinioes de seus autores e sao de sua exclualva responsabilldade.

Os textos publlcados podem^ser llvremente reproduzldos desde que seja cltada a fonte de orlgera.

Tlragem — 6.000 exemplares

Ol6trlbul;ao gratuita

sumano

E(jitorial

Panorama

Lucres Cessantes — roteiro para ajustamento do premio

Reserves Tecnlcas — seguradoras ampliam poder de aplicaQao

Seguros de Aeronaves

Os Liquidadores de Sinistros

Os Seguros da Telefonica

Credito: sentenga determine que impossibiiidade de ressarcimento anuia contrato de seguro

Dados estatisticos

Mercado Brasileiro de Seguros Perspectives de Desenvolvimento (cent.)

Indice da "REVISTA DO IRB" (anos de 1972

a 1973 — HLimeros 191 a 198)

correlaQao entre seguro e pro(juto nacional. A informagao estatfstica estrangeira indica, al6rn disso, c]ue a expansao do seguro se torna mais do que proporcional, a partir (je certo grau de evolugao da economia. Pode-se dizer que esses dados Toram uma espfecie de ponto de partida na forrnulagao da atual poHtica de seguros e dos seus objetivos finais. Na verdade, a atividade seguradora estava defasada, curiiprindo eliminar o "gap" e em seguida, subordinar 0 ' setor ks leis que reiacionam seu comportamento com 0 do sistema produtivo. Admitiu-se como ponto de ajustamento, para esse efeito, uma arrecadagao de pr§mios

ao nivel dos 3% do produto nacional. Para induzir o seguro a esse desempenho, a estrat^gla adotada consistiu, esquematicamente. em proporcionar-Ihe os seguintes instrumentos de expansao:

1) absorgao de toda a procura nacional pela oferta interne, a esla transferindo-se, inclusive, operagoes ainda coiocadas diretamente no exterior;

2) fortalecimento da estrutura empresarial atraves de fusoes e incorporagoes e da definigao das responsabilidades dos administradores;

3) internacionalizagao do mercado brasileiro, pela dinamizagao e expansao das operagoes externas do IRB e pela atuagao direta de seguradoras nacionais tecnica e economicamente capacitadas;

4) preparagao da infraestrutura operacional do mercado para a massificagao, peio rncremento da utilizagao de processes mecSnicos e eletronicos, pelo aprimoramento da qualificagao profissionai atraves de sistema especifico de enstno, pela ampliagao e racionalizagao da informagao estatistica necessdria ao processo decisbrio, pelo aperfeigoamento do processo cont^bil e pela intensificagao de pesquisas sobre protegao e prevengao de riscos;

5) aceieragao do ritmo de acumulagao de reserves tbcnicas e compatibiiizagao dos respectivos investimentos com as necessidades do desenvolvimento nacional. Em menos de quatro anos, grande avango ja foi obtldo, A arrecadagao de premios elevou-se de Cr$ 1,2 bilhSo em

1969 para CrS 3.2 bilhoes em 1972, esperando-se que se situe entre Cr$ 4.5 a CrS 5 bilhoes em 1973. Os capitals sociais das seguradoras totalizam mais de CrS 1 bilhao, quando em 1970 somavam CrS 210 milhoes. A capacidade de investimento do mercado {patrimonio liquido e reservas tecnlcas do sistema, inciuindo o IRB) elevou-se de CrS 1,3 bilhao em 1970 para CrS 3,5 bilhoes em 1973. 0 lucro da atividade seguradora subiu do indice 100 em 1970 para 261 em 1972, com maior rentabilidade nas inversoes e superavits (antes inexistentes) na gestao de riscos. As inversoes do IRB em titulos publicos ou garantidos peio Governo Federal evoluiram de Cr$ 49,8 em 1969 para Cr$ 600 milhoes em 1973, colocandoo entre os maiores investidores nesses papeis. Nao obstante os elevados Indices de crescimento da economia nacional e do mercado de seguros, foi mantido baixo nivel de utilizagao do resseguro externo, registrando o Brasil a menor taxa do mundo (cerca de 3% da arrecadagao interns de premios). O capital social do IRB, de CrS 15 milhoes em 1970, passou a CrS 100 milhoes em 1973 e ascenderb a Cr$ 150 milhoes em principio de 1974. Muitos outros dados poderiam ser objeto de mengao, mas os indicadores aqui referidos bastam para oferecer expressiva sintese das transformagoes ocorridas no mercado segurador brasileiro e das que, sequencialmente, decerto resuitarao (a mbdio e longo prazos) da agao dos mecanismas de crescimento ja inqorporados, pelo sistema. " ' "!

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RELATORIO SITUA

MERCADO EM 1973

"0 ritmo ascendenle de hoje, extrapol^vel para as proximas fases de evolu^ao do mercado, foi induzido pela recente acelerapio do desenvoivimento nacional. Esta a sua causa necessaria, mas nao suficiente. Para converte-la em efeitos praticos seria indispensSvel criar os respectivos instrumentos de viabiliza9ao do processo. Tal a farefa que se propos, atravSs de extenso elenco de medidas e diretrizes. a polltica de seguros que neste quadri^nio vem balizando o comportamento do mercado".

Dirigindo-se aos participantes do Curso de LIquldagao de Sinistros, realizado em Mandus, o Presidente do IRB, Jos6 Lopes de Oliveira, afirmou ainda que as transformagoes substanciais do seior sao o produto do esfor50 conjugado do Governo e da iniciativa privada.

IMPACTO ATINGE SEGURO RURAL

Apresentado como mais uma agaoimpacto do Governo Federal, o Programa de Garantia da Atividade Agropecuaria — PROAGRO — destina-se a exonerar o produtor rural de obrigagoes financeiras relativas a operagoes de erudite, cuja iiquidagao seja dificuitada pela ocorrencia de fendmenos naturals, pragas e doengas que atinjam bens, rebantios e piantagoes.

O PROAGRO sera admlnistrado peio

Banco Central e custeado pelos recursos provenientes do adiclonal de atd 1% ao ano caiculado, junlamente com OS juros, sobre os empr^stimos rurais de custeio e investimento, aldm de verbas do orgamento da UniSo e outros recursos aiocados peio Conseiho Monetdrlo Nacional.

A cobertura oferecida peio programa serS de atd 80% do financiamento concedido por instituigao financeira, e a comprovagao dos prejufzos serS efetuada por esta, medlante laudo de avaiiagao expedido por entldade de assistdncia tdcnica.

Segundo exposigao de motlvos apresentada pelos Ministros da Fazenda, do Pianejamento, da Agricuitura e do interior, "a implantagao de um siste-

No relalorio preliminar enviado ao Ministro Pralini de Moraes, o Presiden te do Institute destacou que. ao chegar o final do quadrienio atual, a avaiiagao" .do crescimento do mercado deve ser fixada em pontos estratPgicos da poiitica adotada. A estratggia desta poiitica visou a reestruturagao do setor para capacita-io a urn desempentio allamente satisfatorlo como fonte de garantlas e de investlmentos para a evolugao economica e social do Pais, tendo-se a taxa de 3% do Produto (nterno Bruto como o mais adequado volume de dperagdes.

A expansao tiorlzcntal e vertical da oferta para nlveiamento com a procura gerada pela economia interna e peio comdrcio exterior decorreu de medidas basicas adotadas, tais como criagao e inovagao de "produtos" (modaiidades de seguros) a absorgao in terna de operagoes reallzadas no ex terior.

A concessao de incentivos as tusoes e incorporagdes e a revisao periodica do capital minimo — agora estabelecido em CrS 5 milhoes para cada um dos grupamenlos Vida e Ra mos Eiementares e em CrS 10 milhoes para as sociedades que operam em todos OS ramos, segundo resolugao do CNSP — mais o aumento dos limites tecnicos e operacionais das seguradoras foram medidas que objetivaram a expansao dimensional das companhias para obtengao de ganhos de escaia e incremento da capacidade operativa.

A instaiagao de escritorio do IRB em Londres, a revis§o dos contralos de resseguro externo, a implantagao do sistema de reciprocidade de negocios e a aberiura do mercado externo para seguradoras cOm "mais de CrS 10 milhSes de capital ocasionaram a internacionalizagao do sistema segurador nacional, atravPs de esquema 11derado oeio IRB e integrado por empresas tecnlcas e economicamente capaciladas.

Novosmembros para o CT e CF

Com a pariicipagao de 114 deiegados-eleitos, indlcados peias compa nhias de seguros, foram reallzadas, no dia 11 de dezembro, as eleigoes para renovagao dos representantes dos aclonlslas da ciasse "B" nos ConseIhos Tecnico e Fiscal do IRB. Para o Conselho Tacnico, foram eieitos os srs. Egas Muniz Sanlhiago, Eduardo Ramos Buriamarqui de Melio, Clfnio Siiva, Jorge do Marco Passes, Orlan do da Siiva Machado e Josemar Toscano Dantas, Os Srs. Artut Autran Franco de Sa e Haroldo Rodrlgues sao OS novos membros do Conselho Fiscal.

COBERTURA E MAIS FACIL COM BILHETE

A cobertura do risco de incSndlo para residencias, escritOrios, consulldrios e pequenas iojas podera ser concedida atravfes de bilhete.s. ao inves de apoiices, facilitando ao maxima a contratagao do seguro peio preenchimento de um formuISrio simples e padronizado com um numero reduzido de quesltos.

Ha aigum tempo esta vantagem de comerciaiizag§o era aimejada pelos corretores e seguradoras, visto que 6 iargamente usada em ou tros paises e que realmente simplifica a venda e execuglo do se guro, tornando-o mais atraente. Mais tarde pretende-se ampllar este sistema de contratagao a outros ra mos, como 0 de viagens aSreas dom^sticas, com a cobertura adquirida pelos interessados no balcao do aeroporio.

cla de criierios baseados em semeihangas tecnicas e funcionais, O projeto apresentado elimina OS entraves k venda em massa criados peio exagerado detalhamento analltico dos processes tradicionais, que exigem a informagao multipla e minuciosa sobre o objeto do seguro. colhlda, em cada caso, no local, peio inspetor da seguradora, segundo esquema tecnico e administrativo que Individualiza e aumenta a complexioade de cada operagao do seguro. No segmento de mercado a que se destina seguro incendio para garantia de riscos comuns — tornara viavel a massificagao demandada peio de senvolvimento do Pals e pela atual poiitica de seguros do Governo.

ma de seguro rural eficiente 6 tarefa de grande compiexidade, tanto em termos de tipos de riscos coberlos, como de culturas e de direas. No Brasit, jd se teve oportunidade de aferir as dificuldades que ibe sao inerentes, atravds da experiencia pionelra da Companhia Nacional de Seguro Agricola — ONSA — crieda em 1954 e extinta em 1966.

Dos problemaa com que se defronlou a ONSA, em sua curta exist&ncia, foram coltiidas observagoes da maior importancia. Destacam-se, entre elas, 0 entao despreparo tacnico e mate rial de multos iavradores, com emprego de recursos rudlmertares, praticas inadequadas de cuitivo e natural reststencla a interferancia do seguro em sua atividade".

Jjstliicam, ainda, as autorldades. que a natureza dos riscos da produgSo rural, muitas vezes catastroficas, reflate a probabilidade de frequentes perdas que seriam superiores ao pcder de reparaggo da iniciativa privada, tornando a poiitica de amparo as alividades agropecuarias, nos principals paises do mundo, dependente, em alto grau, do suporte financeiro do Estado.

Adaptou-se a infra-estrulura para a massificagao do seguro. de modo a eievarem-se os niveis de processamenlo mecSnieo e eletronico, com a emissao de apblices por computadores e ampliagao do uso de bilhetes de se guros, do nlvei de qualificagao profissional dos securitSrios, com a criagao da Fundagdo Esccia Nacional de Se guros, do nivei da informagSo estatislica, com o Plane Nacional de Estatlstlca de Seguros. e contdbii, com a implantagao do novo Piano de Contas, e a criagao do Piano de Pesquisas de Prevengao e Protegao de Ris cos,

As normas de constltuigao e apiicagao de reserves t^cnlcas foram revistas a fim de aceierar o ritmo de acumuiag§c destas e compatibilizar os respectivos investlmentos com as necessidades do desenvolvimento nacio nal e da gestao financeira das socie dades seguradoras.

A fimitagao dos investlmentos estrangeiros em seguradoras (1/3 do capital social) nao afeta as posigoes atuais mas Ihes imp5e a restrigao de nSo poderem sofrer doravante quaiquer au mento percentual. Esta ^ a recente decisao lomada peio Governo Federal, com objetivo de dosar a colaboragao externa a fim de preservar a hegemcnia do empresariado nacional no movlmento global do mercado. A medida adotada se assemeiha ^ orientagao ja vigente no setor bancSrio e em outras atividades subordinadas a poiitica do Minisferio da industrla e do Com6rcio, e sera cumprida nos processes de transferancia de agoes sujeitos a aprovagao da SUSEP.

Na sede do IRB, estavam inscritos 63 delegados-eleitores e. nas deiogacias, 51, assim distribufdos; 27 em Sno Paulo, 11 em Porto Alegre, 5 em Cui itiba, 4 em Belo Horizonte, 2 em Sal vador, 1 em Recife e 1 em Brasilia. As apuragSes foram procedldas no dia 14 de dezembro quando foram orociamados os eieitos. A posse dos no vos membros se reallza na primeira reuniao do Conselho Tecnico neste arc.

Os representantes do acionista de ciasse "A" (Governo Federal, atrav6s do INPS) sSo nomeados peio Presiden te da Republica e, atuaimente, sao efetivos OS Srs. Dfelio Brito. Cifiudio Luiz Pinto e Arthur Pinto Ribeiro Candal.

RAMO VIDA

NOS EUA

Apbs reaiizar um estdgio de aiquns meses nos EUA, sob a coordenagao da Duncanson & Holt Ins., o chefe da Assessona do Departamento Vida e Acidentes Pessoais do IRB, Hamilcar Siseberto Cortes de Barros. fez, no audltbrio do Instltuto, uma exposicSo das observagoes a respeito do trabaho das companhias de sequro de Vida norte-amerlcanas.

8aseando-se na Metropolitan, Equiabie, Mutual of New York. Amerlean International Life insurance e na Lite Insurance of North America, falou da profissao do atuSrio nos Estados Unisocial acidentes do irabaiho vida individual, saiide-indivifnHi J ® ssijae em grupo Skelfa ® varldveis, para avflifra®'?" ® t6cnicos para avaliagSo dos custos destas pen-

A comissao mista (IRB, SUSEP e FENASEG) que estudou a vlabilidade do bilhete de seguro para o ramo Incendio jS concluiu seus trabaihos, esperando-se apenas a reguiamentagao. O piano apresen tado contem Inovagoes tdcnicas que darao suporte a uma comerclalizagao dinamica e em larga es caia, partindo do conceito de que OS riscos sao suscetiveis de tarlfagSo niveiada e global, bastando para isto grupa-los com observSn-

Outro ramo que esta sendo estudado, com vistas a sua reformulagao. e o de Automoveis. carteira que mais preiuizos traz aos segu radoras no momentd. O problems maior desta reformulagao 6 que se desaconseiha a elevagSo gerai das taxas percentuais, pois esta medida poderia contribuir para a anti-selegao dos segurados. A solugao proposta e a adogao de um sis tema misto de pariicipagao dos se gurados combinado com uma franquia. sendo que o esquema de franquias tarifdrias atuaimente em vigor tambem seria reformulado.

SEGUROS NA CONFERENCIA HEMISFERICA

A XIV Conferencia Hemisferica de Seguros reuniu, em Buenos Ai res, em novembro passado, mais de 500 dniegados de 28 paises que disciilirnm OS problemas atuaimen te en!"-; iados peio mercado segurador, notadamente nos ramos Vida e Automoveis. A posigao do Brasil, segundo o chefe da delegagao. Mario Petreltl, "nao toi de disputa nem de pleltear posigoes indivi duals, mas sim o total entrosamento do mercado americano, com melhores e maiores trocas de informagdes".

0 Presidente da Conferdncla.

GuHhermo Hueyo, destacou que o principal obst^culo para o desen volvimento do seguro estd representado peio "flagelo da inflagSo, endemia que praticamente 6 signo da epoca, apesar dos esforgos que vdm sendo feitcs para ser contida".

A delegagao coiombiana demonstrou, em sua tese sobre os seguros de Vida, que o processo de cormagao de capitals straves dos mecanismos do seguro e da capitalizagao carece de estimulos adequados. A ausdncia de uma poii tica fiscal e de investlmentos subestimou um meio indlcado para a captagSo e mobiiizagao de grandes recursos econdmicos e socials. Portanto, 6 inconveniente a poKtica de investlmentos obrlgatdrios nos seguros, jd que pode produzir, co mo resullados, diminuigoes apreclSveis de produtividade e liquidez.

Com reiagao ao seguro de Auto moveis, a maioria dos participantes foi favoravel a uma reformulagao no sistema tarifSrio de cada pals, lendo em vista o crescente numero de sinistros que se verifica de ano para ano, com o aumento, tambdm, do numero de veiculos em trSfego, 0 que tern ocorrido em todo mundo

panorama

Fusdes e incorporaooes

Em 31-12-70 operavam no mercado 185 sociedades de seguros, sendo 156 nacionais e 29 estrangeiras. Num periodo de tres anos (de 1-1-71 a 31-12-73), houve uma redu^ao para urn total de 112 seguradoras (98 nacionais e 14 estrangeiras), ocorrendo 72 tncorpora^oes e 2 fusdes, alem de 16 mudan^as de nome.

BELAgAO DE SEGURADORAS ItTCORPORADAS Nordeste Iplranga

(Ordcm air.tbitica Ac 1-1-71 a 31-12-13) North British Independencia

SEGURADORA SEGURADORA ATUAL

Nova America

Nova P&trla

Comercial Ultra mar

Atlanta do para Sul America (Terrestre, Maritlma. Acldentes) Ocldental Interamerlcana <F|

Alliance Assurance London Assurance Ouro Verde Bamerlndus (7)

Anchteta Iplranga Pan AmSrlca Oarantla Unl&o (5)

Asstcurazlonl Oenerall do Brasil (1) Parana Bamerlndus (7)

Araguaia Faullsta Paranaense Brasilia

Atlas Assurance Americana pelotense Mau&

Avanbandava paultsta Phoenix Assurance Phoenix Brasileira

Bela Vista Parrouptlha Preferenclal Garantia Unl&o (SI

Boa Fi Seguradora Ind. e Mercantil Prevldente Sul Brasllelro (8)

Borborcma Naclonal Brasllelro (2)

Regente Americana

Brasilia Itail (3i Rlacbuelo Sul Brasllelro (S)

Catarlnense Hsiles (10) Rio de Janeiro Atl&ntica

Comercial do Para Boavlsta Vida e Acldente (4)

Rocbedo Porto Seguro

Comercial Cnion Independencia Royal Exchange Motor Uglon

Esperanca Allanca da Bohla Sagres Sagres Imperial |F}

Espinto Santo Brasil Salvador Bandeirante

Garnntla Ind. Paullata Bandeirante Santhlago Farrouptiha

Olobo Oarantla Unl&o Satailte Vera Cruz

Great American Home Insurance Solldez Katies (10)

Guanabara Oarantia Dnl&o (9) Sulssa Santa Cruz

Guardian Assurance Motor Union St. Paul Home Insurance

Hemlsf^rlca seguradora das Americas Tlet4 Ultramar

HumaltA Naclonal Brasllelro (2) Toklo Marine America Latins (9)

Imperial Sagres Imperial (F) Transatlantics Atl&nllca

Interamerlcana Interamerlcana (P) Unlfio Com, e Ind, Comercial

Intercontinental Seguradora Ind. e Mercantil Unl&o Naclonal Cruzeiro do Sul

Italbris Itaii (3) Dnlversal Mundlal

Itamaraty Novo Mundo Vanguarda Indiana

ilaraguA Vera Cruz Vila Rica Allanga da Bahia

Jequltlba Espirlto Santo (6) Yaauda America do Sul Yaauda (111

La Fonclgre Continental

Liberdade Americana (F) Fiis6es (as dcmals s&o incorporagoes).

Novos livros no Mercado Segurador

O sotor Oe seguros vem Inlensificando sua bibllograda com recentes publicagoes de expressSo para o mer cado. "O Seguro Privado no Brasil", obra pdstuma de Angelo Mdrio Cerne, aborda doutrlna, legislagao, prdtica o teoria, anallsando a fundo todos os conceitos da mat^rla. Valorlzado ainda mais pelo que representou seu autor — tecnico de renome intarnacionai, consethelro !6cnico do IRS por 18 anos — o livfo tern seu prefficio escrllo pelo Presidente do IRB, Jos§ Lopes de Ollveira, a pelo Presidente da FUNENSEG, Theophilo de Azeredo Santos.

0 langamento do ilvro de Angelo MSrIo Cerne fol reallzado no IRB, em ooquetel oferecido logo apds a solenldade de entrega dos prSmlos do concurso de monograflas do quai d o patrono, quando (ez-se uma homenagem a sua memoria, com a presenga de lamillares. Na oportunldade foram distrlbuldos aos Interessados tr§s IIvretos com os trabalhos premlados. que abordam o marketing de seguros.

Outra edigao que se destaca 6 o numero de oulubro passado da revlsta Conjuntura Econdmica, dedlcado ao seguro, que em sua segao "Estudos Especlais" focallza o marketing no seguro, fortaleclmento do seguro pri vado. abordando. aInda, os ramos de Crddlto, Vida, Responsabllidade Civil Rtscos de Engenharia, e Transporles com artigos de diversos tdcnicos do mercado segurador,

MARKETING PARA SEGURO DE VIDA

Informagoes prelimlnares da pesquisa previa ao Projeto para o Desenvolvimenlo de Seguro de Pessoa, que esta sendo desenvolvldo pela FENASEG, o ramo Vida Individual, de 1984 a 1972, aumentou em apenas 35% enquanto que o de Grupo teve seu movlmenlo quadruplicado. Na opiniao do coordenador do Projeto, Prof. Raimar Rlchers, "Isto se orlglnou de uma mudanga de poKfloa por parie das se guradoras dlante das dificuldades surgldas em torno do seguro Individual e da expansao das empresas a partir da Industrlalizagao, o que ocasionou o aumento do numero de empregados e de sua preocupagao social".

Esta pesquisa, encomendada em

Um Simposlo sobre Seguros Privados. patroclnado pelo Institute de Organizagao Racional do Trabaiho iDORT, reailza-se este m6s em Sao Paulo, com a parlicipagao de tdcnicos do mercado segurador e da Federagao das Industrlas de Sao Paulo. Eslao Inscritos cerca de 300 empresdrlos aos quals serao moslradas as oportunldades que o selor oferece ao desenvolvimenlo econdmico.

Foram convidados Idcnicos estrangeiros para exporem a experidncia de mercados mals desenvolvidos. seguindo a mesma linha de outros simposios palrocinados pelo IDORT — sobre leasing, trading companies, tecnologia industrial — de confronto entre a experlOncia de paises Industrlallzados com a dos brasileiros.

dezembro de 1972 e que deverd estar conclulda agora em margo, objetiva ajudar as companhlas de seguros a encontrar melos de dinamizar o mercado. O trabaiho constara de quatro relatorlos, o primeiro dos quals j6 foi entregue. A FENASEG pretende langar uma campanba de publlcidade Instltucional quando o Projeto estiver concluido, para divuigar em todo o Pals a dupla vantagem do seguro de vida: oferece maior franqullidade para a populagao. atravds de malor seguranga, e estimula a poupanga popular. 0 argumenlo seria reforgado com a aflrmaggo de que "dlnfrelro Investldo em seguro ajuda o desenvolvimento do Pals".

REUNIAO DE ESTATAIS

As seguradoras estafals — pertencentes aos Estados ou vtnculadas a drgaos federals — tem procurado di namizar suas operagoes, com o obje tlvo de alcangar uma partlcipagSo mals aiiva no mercado segurador braslleiro, atravds da cooperaggo miitua e de estabeleclmento de convdnios de cosseguro oara melhor aproveltamento de seus llmltes tdcnlcos. Essas companhlas — COSESP, GOSEMIG, COOERJ, SEGES, Uniao (Rio Grande do Sul), Federal (IPASE) e SASSE (Caixa Economlca Federal) fgm reallzado uma sdrie de encontros. quando sSo estudadas diversas provldgnclas tgcnlcas e admlnlsfrativas de interesse comum que Ihes posslbllltem melhor entrosamento operaclonal. no desempenho de suas finalldades socials e de promogSo das respectlvas economlas estaduals.

Lines Farroupltba

MUDANCAS DE NOME: (1) ex-Merctirio; (2) ex-Patrimonial; (3) ex-Seguradora Brasileira; (4) Lloyd AtlAntlco Continental ex-Boavista Vida; 5) ex-Garantia; (6| ex-Uniao

LU80 Brasllelro Inconfldincla dos Froprietarios; (7) ex-Atalala; (S) ez-Forto Alegrense; (9) ex-Varejlstas; (10) ex-Fortaleza;

Mercantil Uliramar (11) ex-America do Sul.

Metropolltana Corcovado Alem dessas, ocorreram. no penodo, as segulnles mudangas de nome: Camplna Grande (ex-Pa-

Mlremar Novo Mundo triarca): B.M.G. (ex-Latino Americana); Aurea

Mundlal Pfttrla (ex-Caini); AJax (ex-Brasll Libano); Bau (ex-Sao Crlstovao); Comlnd (ex-Induseg).

Nictberoy rtarantlft

A fim de orlentar o exportador brasiieiro na contratagao de seguro de ^,SxPortagSo, o IRB publlcou um Roteiro para o Exportador", expondo sobre riscos comerclais, rlscos pollllcos e extraordinerlos, coberturas especlais (vendas a admlnistracSo publica eslrangeira, contrato de fabricacao) e descontos especlais. Neste mesmo estllo, foram publloados llvreEngentiaria e Lutan! AI6m disso a "Cole" fo Brasileira de Se80), estd sendo atuallzada e o "AnuSrlo de Se guros 1973" fol editadr

Mostrar ao grande publico a import&ncla do seguro fol o objetlvo do Semlndrlo sobre Seguros, realizado em dezembro no Clube da Cidade de Sao Paulo, promovido pelos sindlcatos de corretores e de jornalistas.

Um Programa para Estimular a Utillzaggo do Seguro d o lema dos cor retores psulistas a partir do encerramento do semlndrio. que contou com pelestras fellas por corretores com experiSncia proflsslonal de multos anos. focallzando a maior comercIallzagSo de apbllces.

Algm das quesfdes reiativas ao au mento da capacldade de retengSo do mercado naolonal, o encontro reali zado em MInas. em agosto, teve como um dos temas principals o inlclo das operagdes experlmentals do seguro rural nos estados de tvtinas Gerals e Sao Paulo, como ponto de partlda para sua posterior extensao aos demals estados.

Em novembro passado, na Guanabara. foi realizado o V Encontro de Seguradoras Oticials, que Iratou do intercSmblo tdcnico e comercial, regi me de trocas e consultas sobre tdcnlca e operagdes de seguros. 0 pro ximo encontro foi marcado para abril, em Friburgo. no Estado do Rio.

ROTEIRO R^RA O EXrORTADOR
ENCONTROS EM S. PAULO
SEMINARIO

Incendio Acidentes Pessoais

REFORMULnpflO EM IIP6IICES lllUSTllVEIS

Seguro ajustdvel ^ aquele cuja ImportSncia segurada deve acompanhar a variagSo dos valores em risco. No Ramo Incendio. hS tres tipos: ajusfdvel comum, aiust^vel'para pr6dlos em conslrugSo e fSbricas em montagem (antes denominado ajustivei crescente) e ajustdvel especial. O primeiro tipo abrange mercadorlas em arma26ns gerals, deposifo em grosso e por afacado, deposlto ou em via de fabrlcagao em estabelecimentos fabris. e lojas a varejo: o segundo se aplica a prWios em construgao e maquinlsmos e Instalagoes de fJibricas em monta gem, e 0 tercelro cobre meroadorias em usina ou engenho de beneflclamento de produtos de safra.

Duas Importantes modificagoes toram intfoduzldas peia CIrc. SUSEP-42, de 8-11-73 nestes casos: as seguradoras podem emitir apbiices de se guro ajustdvel de qualquer um dos tr§s tipos sem a prdvia autorizagSo da SUSEP e 0 segurado efetuar6 0 pagamento integral do prSmio, para os ajustdveis comuns, e 50%, para cs dois outros tipos. na 6poca da emlss3o da apblice.

AJUSTAMENTO E ADICIONAIS

No ajustamento do prSmio, serSo apuradas separadamente, para cada item, as madias mensais das importdncias decfaradas, que nSo poderSo ser superiores is correspondentes verbas seguradas. Sobre cada m^dia obtida. caicuiar-se-d 0 prSmlo devido, d razfio do duodecimo da taxa anuai ou, no caso de a vigdncia do seguro ser su perior a doze meses, ^ razao da taxa correspondente, dividlda peio nCimero de meses de vigdncia do seguro.

A vantagem do seguro ajustdvei 6 que qualquer diterenga entre os prSmios pages e os prdmios devidos reiativos a cada item, no ajust^vei comum. serd devolvida, e, nos outros dois tipos. a diferenga serd cobrada ou devolvida, conforme 0 caso, no atb de apresentagSo do endosso de ajus tamento. A cobranga dos adiclonais progressives serA feila neste ajusta mento e incfdIrA sobre as impotlAncias que servirem de base ao cAlcuio do prAmio devido peio segurado.

A Giro. SUSEP-37. de 24-10-73, atualizou a tabela destes adiclonais progressives, constantes dos itens 1

COBERTURA PARA MOTOCICLISTAS

_ _ ^ „ Os nscos de Acidentes Pese 5 do art. 12 da TSiB. no tocante A soais decorrentes de treinos e ImportAncia segurada: no item 1, para COmpeti^oes em motocicletas as classes de 1 a ^ a imponsncia 6 (jg qualquer categoria terao coacima de CrS 17.617.000,00 e at6 u T j- ^ i- -

CrS 22.022.000,00 e a quantia base Dertura mediante a aplicagao excedente ,6 CrS 4.403.000,00; para das normas aprovadas peia as classes de 5 a 9. acima de Circ. SUSEP-41, de 5-11-73, CrS 8.808.000,00 e atb -

CrS 11.011.000,00 e a base do exce- a coberdente e CrS 2.201.000.00; para as tura exclusiva destes riscos.

Aufomoveis ESmiSTICB DA MULTR

Responsabilidade Civil

RCFVDT; nVERBnDnO PRRB REVENDEDQRES

Sao segurSveis as garantias

CrS 4-403.000,00 e atA ^ ® ^ CrS 5.505.000.00, e a base 6 previstas na TSAPB, excelo a CrS 1.100.000.00. de Diarias de Incapacidade CafA e aigodSo, para efeito de en- TemporSria. De acordo com a classe do risco deWnida no ©specials na tabela do item 1 sao, ^ ^respectivamente, classes 1 a 4 e 10 4. da tarifa, serao aplicaa 13. das respectivamente para as classes 1 e 2 as taxes de 1,85% EXioeNCiAS g 2,65% para morte; 1,85% o aumento por endosso, cobrando- e 1,90% para invalidez permase 0 prAmio na base -pro-rata". (oi nente; 13,42% para assistencia considerado como a meihor soiugSo e despesas suplemenpara os casos em que os valores em j- - j , risco uitrapassem a importSncia segu- tares (sem diStlngao de Classe), rada. Em contrapartida, nSo serA per- q 149% e 159% para assist§nmitida, para cobrlr os mesmos bens, a | mAriira o ri(a<5np<5a«s «siir«ip. emissSo de mals de uma apbiice de e Oespesas supieseguro ajustAvei, nem a sua coexis- mentares. Estas taxas aplicamtAncia com outra apbiice de prSmio g© gos seguros contratados pelo fixo. E termlnantemente probido redu- periodo de um ano, nao sendo zir a verba segurada ou transferir par- ^ , ~ j te deia, bem como inciuir novos locals, permitida 8 concessao de desA ImportAncla minima segurada, no conto coletivo. Nos seguros caso de seguro ajustAvei comum, serA contratados por perlodo inferior de cinco mil vezes o maior salArlo- . ^ . minimo vigente no Pals, por verba a 3"°- ^^evem ser cobrados Linica ou representada por verbas n9o de uma s6 vez OS premiOS obtiInferiores A quinta parte desse ilmlle. ^jos peia apilcacao da Tabela quando se tratar de seguro para o quai . ^ c o ri se estipuiarem deciaragSes dlArias, Hrazo Ourto, art. 5. da semanais ou quinzenais; e de vinte mil TSAPB. vezes, por verba bnica ou represen- qs limltes mSximos das imtada por verbas nio inferiores A dA- . , cima parte desse iimite, no caso de portaHCias seguradas por pesseguro para o qual se estipuiarem soa e para qualquer das garan- deciaragses mensais. ^jgg principals serao comunlca-

anualmeme ao mercado. No bertura abrangerA somente bens cujos casO de a importSncIa seguracustos estejam orgados, no minimo, da Uitrapassar estes llmlteS. a em quatro mil vezes o maior salArlo- • j - x j -j minimo vigente no Pafs. Para os se- mdenizagao serA reduzida na guros ajustAveis especiais, a impor- proporQao qu8 houver entre o tAncia segurada serA, no minimo, de jimite e a import§ncia segurada quatro mil vezes o maior salArfo-ml- i_ _ nimo vigente no Pafs, representada por Spolices garantindo essa uma ou mals verbas. cobertura adicionai.

Os prazos estabelecidos para entrega de filas magnAtlcas contendo os dados estatisticos dos seguros do ramo AutomPveis — atA 31-10-73 para OS dados correspondentes ao 1"? e 2*? trimestres de 1973; atA 30-11-73 para OS correspondentes ao 3? trimestre; atA 28-2-74. os do 4? trimestre, e atA 0 60? dia posterior ao tArmlno de cada trimestre de 1974 e subsequentes deverao ser obedecidos por todas as seguradoras que operam naqueie ra mo e que lenham auferido, em 1972, montante igual ou superior a 1% do total arrecadado pelo mercado.

As sociedades que nAo cumprirem estes prazos ficarao sujeilas A muita,

calcuiada A base de trAs saiArios minimos vigentes na Guanabara por semana, a partir de 28-2-74, quando vence 0 prazo para o fornecimento dos dados relatives ao ultimo trimestre de 1973. A muita serA contada do vencimento de cada prazo a data da etetiva entrega das fitas no protocolo da FUNENSEQ, e estes prazos tambAm se apiicam As seguradoras que nSo dispoem de equipamento proprio de computagao, em vista da disponibiiidade de outros meios tAcnicos para o cumprimento da obrlgagao.

AlAm das vinte e cinco "seguradoras que se enquadram nesta obrigagao, e que detem em conjunto um percentual de 71,54 sobre o total arrecadado pelo mercado, cada uma separadamente com mais de 1%, todas as demais seguradoras nSo abrangidas poderao cooperar no ievantamento estatlstlco, nas mesmas condigdes estabeiecldas peia FUNENSEG.

Vida

VIDA EM GRUPO PARA PEQUENAS FIRMAS

Empresas com no minimo 7 e no maxlmo 50 empregados podem agora ser estipuiantes do seguro de Vida em Grupo modalidade "Pequenas Firmas ou Entidades", no piano temporArio por um ano, renovAvei, AlAm de um indice de adesAo de 80%, o capital segura do. para cada components, nSo coderA exceder 60 vezes o maior saiArlomlnimo; no caso de os capitals nio a escala nao poderA ter mais de trAs valores, de-

a '9-'

Serio concedidas apenas auas coberturas: morte (resuttante de quaiindenizagSo. A cobertura adicionai de dupia indenizagio por morte acidentai somente serA concedida na forma total -

I extraprofissional — e para vado o segurado, obser- vado 0 limlte de idade estabeiecido

Riscos Diversos

SEM CABINE BANCO

Nag tem seguro

As seguradoras nao podem emitir apAlices que Incluam as coberturas contra riscos de roubo e furto quallticado de numerArio e outros valores, assim como o IRB nao darA cot>ertura de resseguro, nos casos em que a SuperlntendAncIa de Pollcia de Seguranga do Estado da Guanabara tlver determinado a caducidade dos certlficados que emite, em favor dos estabeleci mentos bancArios, para obtengio daquelas coberturas do seguro, sempre que tiouver InfrtngAncIa A legislagio de seguranga bancAria.

A Instalagio de cablnes protetoras nos estabelecimentos de Instltulgfies bancArlas, caixas econAmlcas e cocperatlvas de crAdilo, como medlda capaz de permltir o aclonamento do sistema de alarme e reagio Imedlata, em caso de assalto ou perturbagio da ordem tot considerada obrlgatArIa e o prazo para cumprimento das exIgAncias esgotou-se a 20 de novembro.

Os veiculos vendldcs por casas revendedoras, concessionarias, cooperativas, consorcios devidamente tegalizados e quaisquer entidades financladoras poderao dispor da cobertura a danos causados a terceiros atravAs de apolices de averbagao, desde que seja incluida uma ciAusula especial.

O estipuiante (quem vende) se comprometerA a faciiitar A seguradora a comprovagao do niimero e das caracterlsticas dos veiculos vendldos, alAm da veriflcagio do cumprimento das obrlgagdes por ela assumldas. A cobertura desta apAllce A automAtfca. iniclando-se no momenlo em que o vetcuio A entregue ao comprador (se gurado). devendo o estipuiante encaminhar A seguradora, atA o dia 10 de cada mAs, a reiagio de lodos os vei culos vendldos no mAs anterior.

O prAmlo relaflvo A cobertura de um periodo de 30 dias para cada velcuio correrA por conta do estipuiante, sendo que o comprador, no ato da operagao de compra e venda, poderA optar peia Inclusio de seu velculo na apAilce por prazo superior a 30 dias. Quando o comprador optar peia n§o Inciusao, sua deciaragio deverA ser enviada A seguradora dentro de 72 horas no mAxImo.

A seguradora. com base nos elementos constantes da relagSo fornecida peio estipuiante — n? da averbagSo. n? e data da latura da venda, nome e enderego do comprador-utiiizador se gurado, marca e tipo do velculo, ano de fabricagao, n? da Mcenga, do motor e do cbassis, fins a que se destine o veicuio — extrairA a conta mensai, na qual sera Inciufdos os respectivos emoiumentos, devendo o estipuiante efetuar o respectivo pagamenlo, nio se admltindo. em hipAtese aiguma, a retengao de prAmlcs a titulo de ressarclmenlo de sinisfros pendentes.

A Ciausuia Especial para Seguros de AverbagSo consta da Circ. SUSEP 35. de 24.10.73, que inciui o subltem 2.6 no art. 4? da Tarifa de Seguro Facuitativo de Responsabilidade Civil de Veiculos.

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LUCROS CESSANTES

ROTEIRO PARA AJUSTAMENTO DO PRÊMIO

HéliodeCarvalhoTeixeira

A aplicação da Cláusula n9 119 (Devolução de Prêmio) tem dado lugar a várias dúvidas,e,freqüentemente, algumas seguradoras adotam processos complicados no ajustamento do prêmio,apôs o término de vigência da apólice portadora da referida Cláusula. Muitas vezes, tais processos chegam a resultados que não atendem à realidade

A base principal da regulamentação desta cláusula é o resultado obtído pelo segurado durante o praz? de vigênci� da apólice. E a regra tarifária determina que esse resultado (o valor em risco), no caso de a vigência da apólice não coincidir com o exercício financeirio da firma segurada, será o que se obtiver da aplicação da percentagem de lucro bruto,verificada na apuração do último balanço,sobre o movimento de negócios dos doze meses em que a apólice tiver vigorado.

Desta forma,se o período indenitárlo do seguro for de 12meses, tal resultado será o valor em risco. Se for superior a 12 meses, ainda será multiplicado pelo número de meses do pe• riodo indenltário e dividido por doze.

E, finalmente,se for inferior a 12 meses, o valor em risco será o que se obtiver da aplicação da percentagem de lucro bruto sobre a soma dos valores do movimento de negócios dos meses consecutivos em número igual ao dos meses do período indenitário (meses consecutivos que apresentarem a maior soma).

Vejamos, pois, um exemplo deste último caso. Evidentemente, a percentagem de lucro bruto será calculada, em qualquer caso,com1a exclusão dos valores não segurados. No exemplo, consideremos que a firma é uma oficina de consertos e a apólice contém os seguintes dados:

importância segurada sobre lucro bruto - Cr$ 1.200. 000,00; Período lndenitário -9meses (116%); Prazo de vigência da apólice - 19/5/72 a 19/5/73; Taxa básica - 0,35%; Prêmio puro pago - 1.200.000,00 X 116% X 0,35% = 4.872,00.

Pela correspondente proposta,verifica-se que foram seguradas as segulndespesas:

Ordenados; Salários; Encargos sociais; Impostos diversos; Aluguéis; Luz e energia; Telefone.

E, pela contabilidade do Segurado, as despesas totais são as seguintes:

Ordenados; Salários; Encargos so� clals; Impostos diversos; I.S,S.; I.C.M.; Dep�cfações e amortlzações; Aluguéis; Luz e energia; Telefone; Limpeza e manutenção.

Na apuração do últfmo balanço (o exercício financeiro da firma segorada é de 19 de janeiro a 31de dezembro), figuram os seguintes dados:

Prosseguindo-se no exame da contabilidade do Segurado,verifica-se o movimento de negócios dos meses durante os quais a apólice vigorou,encontrando-se os seguintes valores:

Com aa alterações determinadas, em 31 de outubro últlmo, pelo Conselho Monetário Naclonal (Resolução BCB270/73) no regime de aplicações das reservas técnicas das sociedades se• guradoras, foi significativamente ampliada a capacidade de cada companhia decidir oobre o tipo de investimento de sua preferência, respeitado o elenco de Inversões possíveis. Além disso, m�rece destaque o aumento da possibllidade de aplicação em ações cotadas em Bolsa, em detrimento das Inversões comp!.!!:órlas em ORTN.

Àpesar de alguns seguradores terem Imaginado que se Implantaria um sistema com flexibilidade ainda um pouco maior, foi visível o contentamento geral destes empresários, que p!)dem agora obter melhores resultados fi• nancelros, proporcionalmente a sua capacidade de gestão destes negócios. Mas alegria mesmo parecem ter demonstrado os setores do mercado de capitais, particularmente o de ações, que viu na modificação de critérios uma boa perspectiva de dobrar, até o final deste ano, o volume habitualmente aplicado pelas seguradoras em papéis de renda variável.

pOR outro lado. é preciso notar que, a par de sua função especifica de reparação de sinistros,que impede a solução de continuidade do processo produtivo das empresas, a atividade seguradora destaca-se também,no con­ texto econômico-social, por sua ele­ v�da capa�idade de inversão de capi­ tais, ou se1a,de financiadora dos pro­ gramas de desenvolvimento nacional em nível de infra-estrutura e indústria� básicas.

SEGURADORAS AMPLIAM PODER DE DPLICDÇâO

Lucro liquido = 1.230.000 (resultado bruto) menos 1.030.000 (despesas to• tais) = 200.000

Lucro para efeito do seguro = 200.000mais 790.000 = 990.000

Percentagem de lucro bruto para efeito do seguro:

990 000 x 100 = 51,56%

1.920.000

A apólica tem um período lndenltário de 9meses.Assim,os nove meses consecutivos de maior soma são os de agostode 1972a abril de 1973,cujo

total é Cr$ 1.800.000,00 AplicandoAjustamento final:

Prêmio pago .....................

Prêmio devido .......................

Prêmio a restituir ....................

Em conclusão: este é o método correto que deve se·r usado no ajustamento do prêmio das apólices de Lucros

NOTA: CrS 1.920.000 são o total do movimento de negócios de 1972 (cré­

dito da conta Mercadorias (Peças),excluído o valor do estoque em ......· 31/12/72).

se a percentagem de lucro bruto para efeito do seguro sobre o referido total, temos o valor em risco, ou sejam:

X 51,56% = 928.080,00

Cessantes que têm a Cláusula n9 119 E é também o método mais simples.

Os novos critérios adotados, depois de uma expetiência de dois anos com o regime anterior (Res. BCB-192/71, agora revogada), evidenciam,acima de ludo,o grau de maturidade alcançado pelo mercado segurador brasileiro que nos últimos anos vem sendo alv� de aspec,al atenção do Governo, receben­ do uma série de estimulas - de na­ tureza técnico-operacional, administra­ tiva,mercadológica etc - em que se sobressaem as fusões e incorporações tudo conduzindo o setor para um� nova escala de atuação, mais compa­ trvel . com o esforço nacional de desen­ volvimento.

Assim é que, em resultado do abe­ lerado aumento dos prêmios arrecada:­ doa nos últimos anos as seguradoras passaram a se constituir em conjunto como o maior lnvesfld�r lnstltucionai do mercado financeiro,e ainda com a vanta�;-im extra de atuarem de modo estab1 hzador,em oposição, portanto,a part,c,pações de tipo especulativo.

"As nhias reservas técnicas das compa- de seguro Já atingiram uma

acumulação de recursos da ordem de 1 bilhão e duzentos milhões de cruzeiros - explicava o Presidente do IRB, José Lopes de Oliveira, em pa­ lestra realizada no ano passado em Brasília no Curso de Aperfeiçoamento de Técnica de Planejamento, para altos funcionários governamentais. E o pa­ trimônio líquido das companhias (capi­ tal e reservas livres), que dá a medida do índice de solvência dinãmica da e�presa,por constituir garantia subsí­ drána das suas operações,é hoje esti­ mado em mais de 1bilhão e seiscentos milhões de cruzeiros".

Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a poupança lfquida acumulada através de reservas técnicas das seguradoras corresponde a 6% da poupança lfquida global. Quando o seguro atingir 3% do PNB, que é a metafixadanosplanos do Governo,essa posição relativa deve pular para 15% do total, o que mostra com meridiana clareza a posição estratégica do seguro no quadro geral da poupança do país. Tal performance do seguro não está longe de ser alcançada, ao se considerar a maneira como a atividade seguradora vem sendo ativada no pais.

ALTERAÇÕES

Com a preocupação básica de preservar a segurança, rentabilidade e liquidez das sociedades seguradoras, as alterações introduzidas pelo C.M.N. - previamente aprovadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados e em vigor a partir de janeiro deste ano

- abrangeram apenas as reaervas não comprometldà1, e foram, em resumo, as seguintes:

-a aplicação cor:.npulsória em Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional foi reduzida de 30% para 25%, nos seguros de Vida Individual, e de 50% para 40%,nos demais ramos;

- as aplicações em ações e debêntures c�nverslveis atualmente podem ir até 50% do restante {isto é, 30% do total), não mais se restringindo a 30% apenas;

- foi suprimida a possibilidade de aplicação em empréstimos com garantia hipotecária;

- os investimentos em ações de uma só empresa,antes limitados a 5%, passaram para 10%;

-a participação mãxima no capital de uma mesma empresa, que era de 10%,foi elevada para 20%;

-o limite máximo de aplicação nos demais tipos de Investimentos (exclusive ORTN e ações), antes fixado em 30%, passou para 25%

- as aplicações em imóveis abrangem agora dois tipos distintos: os de uso próprio, e os demais imóveis urbanos, estes desde que não compreendidos no Sistema Financeiro da Habitação, e

- foi abolida a distinção de critérios de aplicação entre as reservas constituídas antes e depois de 31-12-67 (excluindo-se, assim, a possibllidade de inversão,daquelas antigas, em empresas de capltal fechado).

Por outro lado, manteve-se, dentro do rol de Investimentos listados, alta

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(Técnico do I.R.B.) CONTA DE MERCADORIAS (Peças) Débito Estoque em 31/12/71 ...... 32.000 Compras de peças durante o ano de 1972 ............ 718.000 750.000 Crédito Valor das peças vendidas, acrescido do valor da mão­
rante o ano de 1972 ..... Estoque em 31/12/72 1.920.000 60.000 1.980.000 750.000 Resultado Bruto DESPESAS DURANTE 1972 1.230.000
Despesas Totais Ordenado�·Salários .............•.. Encargos sociais . Impostos diversos ....... I.S.S. .................. I.C.M.................. Depreciações e amortizações Aluguéis Luz e energia Telefone limpeza e manutenção 100.000 320.000 265.000 55.000 100.000 85.000 45.000 30.000 18.Q00 2.000 10.000 1.030.000 Despesas Seguradas Ordenados .............. Salários ................ Encargos sociais ......... Impostos diversos ........ ----Aluguéis Luz e energia ............ Telefone ............ 100.000 320.000 265.000 55.000 -30.000 18.000 2.000 790.000
de-obra dos consertos du-
-......__
Maio
Junho ................. Julho ....... ••• • Agosto ................ Setembro .............. Outubro ............... Novembro ............ Dezembro .............. 160.000 170.000 170.000 175.000 185.000 180.000 175.000 195.000 Transporte ............. Janeiro (1973) .......... Fevereiro .............. Março ................ Abrll .................. 1.410.000 180.000 210.000 240.000 260.000 2.300.000
(1972)
4.872,00 3.768,00 (928.080X 116% X 0,35%) 1.104,00
1.800.000
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(lexlbHidade de apllcasSo da chamada garanlia sufriementar, qua corresponds a 50% do capital social, e nSo se alterou 0 crltSrio das reservas comprome* tidas (que, por serem exiglvels a curto prazo, destacam a sua liquidez), exigindo-se para estas urn mfnimo de 25% em ORTN, podendo o restante ser aplicado, sem restrlgdes, em LTN, depdsitos bancdrlos, ou agoes e de bentures.

APUCAQ5ES

Os [nvestimentos em agSes, por se rem OS mais famillares ao grande pijbllco, sSo 08 que normalmente chamam a atengSo. Entretanto, uma sdrie de outros tfpos de inversSes de grande importdncia econdmica tdm recebldo volumosos recursos orlundos do mercado segurador.

Na extensa llsta discrlminada pelo Banco Central para aplicagfio das re-

QUE SdO RESERVAS TECNICAS?

As Reservas Tecnicas de uma companhia de seguros sdo a efetiva garantia de suas operagoes, isto e, elas formam o capital necessdrio ao compromisso de reparagdo dos prejuizos que possam ocorrer nos bens, respoTisabilidades e vidas que estao sob sua cobertura.

Assim, para integral seguranga dos portadores de apolices, as seguradoras sdo obrigadas a constituir estas reservas, segundo normas especiais estabelecidas pelo Consclho Nacional de Seguros Privados, de acordo com atribuigoes conferidas a este orgao pelo artigo 84 do Decreto-Lei n." 75/66.

Atualmente, nesta questdo, estd vigindo a Resolugdo CNSP-5, de 21-7-71, com pequenas alteragoes introduzidas pelo Res. CNSP-6, de 18-J0-73. Pelas normas em vigor, e possiucl distinguir os seguintes tipos de Reservas Tecnicas:

1. Keservas Nao Comprometidas — que correspondem aos riscos de eventos aleatorios, e que se dividem em:

a) Reserva de Riscos Nao Expirados — que dd cobertura aos mcos dos contratos em vigor (todos os ramos, exceto Vida Individual);

b) Reserva Matematica — restrita aos seguros de Vida Individual, destina-se a atendcr aos compromissos das segurad(yras e ao nivelamento do premio a cargo do segurado.

2. Reservas Comprometidas (ou provisoes) — destinadas ao atendimento de eventos jd ocorridos, e que congregam:

a) Reserva de Slnistros a Liquidar —- para garantir o pagamento de indenizagdes por sinistros ocorri dos e ainda ndo liquidados (em to dos OS ramos);

b) Reserva de Seguros Vencidos — referente ds quantias dcvidas em conseqiiincia do vencimento de con-

servaa tdcnlcas estSo relaclonadas as segulntes opgdes: ORTN; Letras do Tesouro Naclonal (LTN); depdsitos em bancos (comerclals ou de Investlmentos) e em Caixas Econdmlcas; agSes do IRB; agdes e debentures conversfvets em agdes de sociedades andnimas de capital aberto; quotas de fundos de investlmentos; imdvels de uso prdprio; tmdvets urbanos que nSo sejam de uso prdprfo e nSo compreendldos no Sistema FInanceiro da Habltagao; particlpag9o em operagdes da financiamento com corregfio moneteria, real!zadas pelo BNOE; e agdes de empreendimentos turisticos aprovados pela EMBRATUR.

As inversdes mais importanles, contudo — tanto em termos de volume, como de alcance social — sfio as reaItzadas em Obrigagdes Reajusteveis do Tesouro Naoional. Bias devem ser adqulrldas, a cada trimestre, em trds cotas mensals Iguais, diretamente no

trafos de seguro (no ramo Vida In dividual).

As disposifoes do CNSP determinam ainda a constituigdo, anualmente, de um Fundo de Garantia de Retrocessoes (FOR), destinado a responder subsidiariamente pelas responsabilidades decorrentes destas operagoes com o IRB. Este Fundo, que corresponde a 10% do lucre proporcionado pelas retrocessoes ds seguradoras, e considerado, para fins de aplicagdo, como Reserva Ndo Comprometida. Cabe observer, no caso, que o IRB pode reter ate 50% deste Fundo, abonando entdo ds sociedades uma remuneragdo de ca pital calculada a taxa igual d da remuneragdo que ele obtiver cm suas apUcagoes.

CONSTITUigAO

A Reserva de Riscos Ndo Expirados e constituida mensolmente, observado o seu desdobramento para cada ramo ou modalidade, c corres ponde a uma percentagem do montante dos primios retidos pela sociedade seguradora, relativos aos seguros, cosseguros, resseguros e retrocessoes.

Nos ramos Elementares, seu cdlculo e feito da seguinte forma:

(a) para os seguros com paga mento de primio por prazo determinado, 30% dos primios relativos aos doze meses anteriores d data de ovaliagdo, e (b) para os seguros com pagamento mensal de primio, 25% dos primios relativos aos tris meses anteriores.

Este esquema e aplicdvel a todas as modalidades, com as seguintes cicegdcs.- (I) Transportcs — 25% dos primios relativos aos uUimos tris meses; (2) Credito Interno 35%, doze meses, e (3) Vida em Grupo — calculada segundo uma nota tecnica atuarial aprovada pela SUSEP.

A Reserva Matematica e constitui da trimestralmente e compreende todos 08 compromissos de contratos de seguros em vigor, descontadas

Banco Central ou nos agentea por eats indlcados, relatlvamente ao aumento das reserves Idcnlcas ocorrido no tri mestre anterior.

Em 1971, as ORTN receberam

CrS 253 milhdes de um total de... CrS 1.050 mUhdes de reservas tdcnicas; no ano seguinte, CrS 416 milbdes, de um total de CrS 1.533 milhdes; em 1973 devem ter chegado a CrS 600 milhdes, de um total de CrS 2.100 mi lhdes, segundo estimatlvas da SUSEP. DIstrlbuldos atravds do Banco Cen tral do Brasil, estes recursos tOm beneflclado pratlcamente todos os setores da economla. Basta lembrar, por exempio, que quase todas as usinas geradoras de energia eldlrica em construgdo atualmente utilizam recursos obtldos da atfvidade seguradora, atravds das Obrigagdes Reajustdvels do Tesou ro Naclonal.

A enorme concentragfio de reservas tdcnicas de companhias de seguro em

as "despesas de aquisigao", que abrangem a comissao de corretagem do primeiro ano e o custo de exames medicos.

A Reserva de Sinistros a Liquidar e constituido mensolmente, em fungdo dos avisos de sinistros rcccbidos, c corresponde d quantia total das indenizagdes a pagar por sinistros ocorridos (deduzida a parcela relativa d recuperagdo de resseguros cedidos). Criteria semelhante e adotado para a Reserva de Seguros Vencidos, aplicdvel ao ramo Vido Individuol.

OBSERVAgOES

As normas do CNSP para consti tuigdo de Reservos Tdcnicas re^erem-sc aindo aos casos de seguros com cldttsula de corregfio monctdria, aos resseguros e retrocessoes cedidos ao mercado exterior, e as reservas comprometidas relativos ds retrocessoes do IRB.

Estabelecem tambem que, na apuragao do montante liquido das Re serves Tecnicas, para efeito de sua aplicagdo, sdo admitidas as seguintes dedugoes: (a) depdsitos no IRB, correspondentes ao Fundo Geral de Garantia Operacional; (b) empristimos ou adiantamentos sobre o va lor do resgate a que tern direito os segurados no ramo Vida Individual, e (c) reservas, relativos ds retro cessoes do IRB ds sociedades, reti dos por este orgdo.

A comprovagdo de constituigdo e aplicagdo de Reservas Tecnicas d feita trimestralmente junto d SU SEP, em demonstrativos especificos, encaminhados ate 45 dias apds o termino de cada trimestre do ono civil.

Atem disso os bens garantidores das Reservas Tdcnicas, fundos e provisoes sdo registrados pelas se guradoras na SUSEP, ndo podendo ser alienados ou gravados, sob nenhuma forma, sem sua prdvio autorizagdo em cada caso concrete. A contabilizagdo das reservas d feita mensalmentc.

ORTN se deye, em parte, a exigdnclas legais. Assim, antes da ultima modlficagao de critdrlos, 50% das reservas n§q comprometidas devlam ser obrlgatorlamente apllcadas nestes papdis, e agora este llmlte foi reduzido para 40%. No caso das reserves comprometidas, pelo menos 25% do total devem ter igual destino, tanto na antlga, como pela nova disposIgSo, "E nSo se pode dizer que esta exigdncia represente um peso Inc&modo nas costas das seguradoras — diz Raul Telles Rudge. diretor da Sui Amdrica, Terrestres, Marltlmos e Acidentes. A rentabllldade das ORTN tern se mantido em niveis excetentes nos ultimos anos. Sua li quidez e seguranga, garantida pelo Governo Federal, estSo fora de qualquer suspeigio, Aldm disso, d um tlpo de investimento que nao envotve pra tlcamente Onus algum para as com panhias".

"O Governo, contudo, entende que d necessdrio Ir aos poucos dando maior llexibllidade ds companhias de seguro nas inversdes de suas reservas tdcnicas — prcssegue Telles Rudge. A medlda se enquadra no leixe de provlddnclas destinadas a fortaiecer as empresas, e tornou-se evidente, com a Ciltima resolugao que reduziu os inves tlmentos obrigatdrios em ORTN".

Ouanlo d aplicagdo das companhias de seguro em agSes, cabe frisar que elas s6 podem ser (eitas em papdis negociados em Bolsa de Vaiores, desde que tenham tido, nos 18 meses ante riores, cotagdo superior ao seu valor nominal, ndo se admitindo Investimento em agoes de sociedades seguradoras.

Por outro lado, hd tambdm o estlmulo para que uma ponderdvel parcela destes recursos seja canallzada para a compra de agoes novas, emitidas por empresas destinadas d exploragdo de Industrias bdsicas, o que traz Inumeros beneffcios para o pais; primeiro. garantindo recursos relativamente baratos para as empresas custearem seus pia nos de expansdo, ou modernlzagao; segundo, constitulndo um fator estlmulanle para que novas firmas abram seu capital, conforme deseja o Governo.

RESERVAS TECNICAS — 1872

TIPOa TOTAL (Elemenlar e Vida) CtS

RAMOS ELEMENTARES

Riscos n/Exptrados

Sinistros a LtqiildBr

ContlngSncIa

ACIDENTES DO TRABALHO

Riscos n/Expira^os

Acidentes n/Llquldados

V^'evldSncIo e CatAstrofe

Riscos n/Expirados

MatemAtlcB

atablUza«4o de Lucres

Pundo Atrlb. Lucros Sinistros a Liquidar

Seguros Vencidos

Contlngfincltt OUTRAS RESERVAS R Oaraatia - Retroc. ^do Esp. IBB (PQQO)

Retencfio de Reservas

D1versos

®es8eg. do Exterior

SEGURANGA E LIQUIDEZ

Mas apesar das restrlgSes legais, os Investlmentos em agdes ndo delxam de ter seus atrativos para as compa nhias de seguro. Joaquim Magalhdas Jiinior, Vice-Presldente da Sul Amdrica — Companhia Nacional de Seguros de Vida, explica que sua empresa tem obtido excetentes resuliados nesta drea. "Nossa polltica ndo se orlenta para papdis que podem dar grandes resultados a curto prazo, porque seus riscos sdo muito elevados, entrando em cheque com a filosofia de inversSo das seguradoras. Nosso alvo principal sempre foram as empresas de grande polencial econdmico. Elas nos permitem operar a custos muito baixos, ddo uma rentabiltdade razoavelmente boa e apresentam riscos minlmos de falta de li quidez. As agdes que hoje constituem o fundo de Investimento Sul Amdrica, 0 segundo do pals em patrlmdnio li quido, foram obtidas desta maneira. E contdm pratlcamente todos os bons papdis do mercado: Petrobrds, Compa nhia Vale do Rio Doce, Usimlnas, Com panhia Slderurglca Nacional, etc".

Para alguns seguradores, a total 1iberdade de aplicagdo das reservas tdcnicas vai ser fundamental num futu re nao muito dlstante. O Vice-Presidente execulivo do Grupo Atldntica Boavisia, Moacyr Pereira da Silva, explica que "riscos cada vez maiores tendem a igualar as despesas das se guradoras com suas receitas. O fen6meno acha-se llgado k continua e rdpida criagao de atividades novas e processes tecnoldgicos mais avangados, bem como os investlmentos cada vez mais vultosos e concentrados em empreendimentos de todos os tipos que. aldm dos proveitos para a sociedade, trazem tambdm perlgos maiores para as seguradoras. Neste pane de fundo, sua principal, para ndo dizer unica, fonte de lucro, vdo ser as in versdes, o que torna indispensdvel uma maior flexibilidade operacional. Ndo vejo como impedir, por exempio, que as seguradoras assumam controle de outras empresas, como ocorre em todos OS palses desenvoividos do mundo".

VOLUME DE CAPITAIS

0 que d Indlscutlvel d que, do pohto-de-vlsta do desenvolvlmento econdmico, o que torna partlcularmente tascinante os capitals acumulados atravds do seguro d o seu volume. No mundo ocidental, o total de prdmios arrecadados elevou-se a 82 bilhdes de ddlares, no ano de 1967, enquanto o atlvo dos seguradores privados dessa mesma parte do mundo jd atingia 3S0 bllhbes de dOlares.

E mesmo nos palses socialistas, onde OS meios de produgdo, de transporte e de comercializagdo pertencem ao Estado, existe o seguro com caracterlstlcas operacionais e processuais semelhantes ds da inlciatlva privada atuando como melo de acumular poupangas.

Nos palses altamente desenvoividos, como Estados Unidos, Sulga, Grd-Bretanha e Canadd, o total dos ativos das seguradoras privadas atlngem aproximadamente a 30% do produto nacio nal bruto. No Brasil. esse valor chega atualmente a cerca de 1%, devldo ao relativamente pequeno grau de desen volvlmento do pafs.

"A utilizagao dos seguros em cada pals tem Intima correlagdo com a renda naclonal, que a faz aumentar em proporgdes geomdtricas — diz Telles Rudge. Assim, os palses llderes em desenvolvlmento concorrem para o to tal dos prdmios de seguro com cota muito superior dquela com que partlcipam da renda ou da populagdo mundlal. No outro extremo, os palses ainda em desenvolvlmento, como a Espanha, India, Argentina, Mdxico, Brasil e Venezuela, contribuem para o total dos prdmios de seguros mundiais com cota que ndo chega k metade do percentual com que participam na renda mundial. Para citar nCimeros: somando-se as populagdes, as rendas nacionals e os prdmios de seguros dos 30 palses economlcamente mais Importantes, aparecem, em primeiro lugar, os Estados Unidos, que tdm 8,15% do total da populagdo, 40,62% do total da renda e 60% dos prdmios de seguros; o Brasil consta nesta tabela, com 3,78% da populagdo total, 1,40% da soma das rendas nacionals'e apenas 0,29% do total dos prdmios de

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seguros". 624.122.047,96 353.773.852,74 6.753.046,67 135.045.56 18.625.139.99 129.533.622,07 900.489,24 32.807.141,05 1.879.031,83 15.10I.S85J8I 17.773.771,07 1.279.168,43 816.519,63 5.697.492,86 total 1.209.898.664.31 Fonte: IR^OEPRO Reservas TOcnIcas ApilcacOes em 31-12-72 Cxg ObrlgaqOes'ReaJustAvelB do Tesouro Naclonal 417 gig 485 92 Letras do Tesouro Naclonal 3]059!923'44 ^tulOB da dlvlda publlca inlerna federal 25.377123 Tltuloa da dlvlda pUbllca interna estadual 5 241 71142 Tltulos com garantia da Uniao e dos Estados 42!24s'72 Depdsitos em bancos 1Q4 528 110*36 AsOes de Instltuto de Resseguros do Brasil 800 458*91 Aoto de Bocledade de capital aberto ]'.!.]! a2o!s73l89l'oo Asoee empresas exploram Ind. b&slcas 5.978 33l!s2 496es de sociedade de capital fechado 53 769 581 60 ^bscrlQSo acrOscimos do valor nomlati em 31/13/67 18!793!o68!83 4e Investlmentos 4 060 996,38 ^prtetUnos cauc&o tltuloa Itene 3a5e8all 3 339 230.59 Imdvels de uso prdprto 345 m MM ImOvela urbanos. fora Sis. Nac. Hab '....['.[W.'.'.'.'.".'.'" Mi'tS'om'm ffipotecas Imdvels, at6 80% de seu valor !..!!! '338 60o!o0 ^ promessa de venda de Imdvela 3.171.113,64 varimipasOes em oporacOes de flnanclamento com correc6o monet&rla. reaJlzadas pelo BNDE !V. 44 Mas Partlclpat5o empreendimentos aprovadoe Bmbratitt X!!].'!! 26.'723,00 TOTAL 1.503.866.799.10 Fonte: SUSKP " ..i-i - ■■ 11

EGUROS DE AERONAVES

Apesar de sua grande importSncIa para a economla naclonal como um todo, e para o desenvolvlmento da avla^io civil em particular, o seguro Aeron^utico ainda nao atingiu uma poslgSo de destaque no mercado brastlelro. Mesmo sendo gerador de um razodvel volume de prSmios, este ramo nao consegulu despsrtar um interesse efetlvo nas companhlas seguradoras: das cento a poucas existentes, 50 estao autorlzadas a operar modalldade, mas somente 10 (isto menos de dez por cento do total) atuam com regularidade.

Segundo Joao Roberto Duncan, Chele da Dlvisao Aeronautlcos do IRB, "essa sltua^io se deve ao fate de este seguro, na cobertura Casco, ter caracterlsticas muito pecullares: requer uma elevada especlalizaggo de pessoal, constitui uma pequena massa de bens segurdvels (atualmente cerca de 5.000 aeronaves), pordm com um grande vulto de capitals em risco, de ordem a caracterizar a sinistralldade por um elevado dano mddlo, com cerca de 70% do "premlo puro" destlnado a cobrlr estes tipos de prejufzos".

De qualquer forma, ease mercado tern crescldo bastante nos ultimos anos, e aInda tern multo o que se desenvolver, pols apenas 50% das aeronaves brasllelras sio seguradas, sendo que 25% possuem somente cobertura para casco. Um fator que tern ajudado a estlmular o mercado de seguros Aeronautlcos 6 a exigencia felta pelas financelras de que a aeronave adqulrida atrav^s de financia* mento — e quase todas sao compradas desta forma — seja imediatamente segurada.

Na oplnido de Antdnio Sarmento, llquidador de sinistros desta especialldade no IRB, "embora exists uma boa consclincia do papel do seguro como Instltul^So garantidora de bens, Infelizmente nSo slo t§o raros aqueles Indlvlduos que Inslstem em nSo acredltar na necessidade de cobertura. E fii tambdm os que desconhecem a existincia da modalldade, ou confundem os esquemas de garantlas, como um senhor que apareceu no IRB exiglndo e reclamando que sua apdilce de seguro de responsabllldade civil contra terceiros cobrisse todos danos sofridos pelo seu avldo particular num acldente". Sarmento dlz que a principal diflculdade continua sendo a eterna falta de mentalldade prevldenciaria, "pols multa gente aInda prefere contar com a sorte".

Por outro lado, sd a partlr de 1973, com as altera^das realizadas pelo IRB em sua polltica de retrocessfio, 6 que 0 ramo tornou-se menos favordvel d evBsSo de divlsas, tendo sido adotado um esquema operaclonal que for^a malor circulasfio no pafs da parcela de prSmlos que antes era logo translerida ao exterior. Esse esquema permlte ao segurador braslleiro maximlzar a puiverizagSo de suas responsabllldades, dividindo-as pela troca com o malor niimero posslvel de negdclos, em flmblto Internaclonal.

Antes, OS excessos d capacldade retentlva do mercado nacional, relatlvos b modalldade LRNA (Linhas Regulares de Navegagfio Adrea), eram llberados para colocagfio direta no exterior, cabendo ao sagurado efetuar Imediata mente 0 pagamento do prdmio respectlvo. Agora tale excessos passaram a ser colocados Juntamente com a retrocesefio do IRB, sendo o prdmlo pago no Pals.

Ademels, catM destacar que um aspecto tfdsico que emperrou esta moda lldade em nosso pale durante algum tempo foi a prdpria falta de receptlvidade dos segurados. No Inlcio, quando OS seguros Aeronautlcos estavam se

estabelecendo no Brasll, o pensamento domlnante no melo dos proprietdrlos de aeronaves era de que os prSmlos a pagar eram muito altos, e inclusive nfio valla a pena possuir uma apdiice, )a que na trora de Indenlzar, as segu radoras sempre arranjarlam um jelto de fuglr de suas responsabllldedes.

E certo que a apdilce deste seguro garante ao segurador os Instrumentos necessdrios para que ele se defenda de posslveis casos de frauds por parte dos segurados — o que alids nSo d caracterfstica especlfica deste ramo, sendo mesmo uma medlda extremamente necessdria, em vista de casos concretos Jd apurados.

AOS poucos, pordm, com base na realldads dos sinistros tranqiillamenta liquldados, a Imagem dessa modalldade foi se modlflcando, reforgada pelo fate de OS donos de aeronaves comegarem a sentir que os riscos de prejulzos vultoeos eram muito grandes. Eles pas saram entfio a ter malor conflanga nas seguradoras, e a verlflcar que estas realmente funclonavam como devlam, Inclusive defendendo ao mdximo seus interessee de taxagOes no mercado se gurador mundlal.

0 siStema de cobertura entfio adotado para o mercado — o de Excedente de Responsabllldade — vigorou praticamente sem alteragSes atd 1957, quando, numa retorma geral, foram criados os pianos de "Pool" e "Outros Negdclos". Estes esquemas de cobertura se apresentaram Inadequados ao final do exercicio de 1963, e foram extlntos no ano segulnte, substltuldos por um Exceden te Onico, com cessSes de Excedente de Responsabilidades, comblnado com uma Cobertura de Catfistrofe concedida gratultamente pelo IRB.

Nos anos que se seguiram, apesar de jfi virem meltiorando as condigSes operaclonais do ramo no mercado na cional, a cobertura de aeronaves sem pre delxava de apresentar resultados compensadores. nfio s6 por seu alto Indice de sinistralldade e pela irrexpressivldade da retengfio direta das seguradoras (em mfidia, 2% dos prfimios apenas, naquela fipoca), como, e prlnclpalmente, pelos efeltos iiberadores do Decreto n"? 53.964/64, que permltla a colocagfio direta de riscos no exterior pelos segurados, sob a forma de cosseguro, e atravfis de concorrfincias.

UM NOVO TEMPO

Deste modo, s6 a partlr das consequfinclas prfitlcas do Decreto-Lel n"/ 73/ 66 — que criou o Sistema Naclonal de Seguros Privados — e do esforgo, governamental e das empresas, de ampllagfio da capacldade retentlva do mercado nacional foi que se teve real mente condigBes para ampliar a cober tura interna aos seguros Aeronfiutlcos, situagfio tambfim favorecida pela per® normallzagfio da ativjdade pela Implantagfio do novo COdlgo Braslleiro do Ar (Decreto-Lel n' 32/66 e leglalagfio posterior).

veltou ao mfixtmo a capacldade reten tlva do mercado nacional de seguros.

Nesta attvidade de taxagfio, leva-se agora em conta, nfio apenas o tlpo, a Idade, utillzagao e o valor de cada apareltio, com a respectlva franqula adotada, como tambfim a freqiifincia de vdos, a experlfincia dos pllotos, o sistema de manutengfio e operagfio, etc, tudo feito de forma a se ter uma caracterlzagfio mais precisa de cada risco, e, assim, se poder efetuar uma melhor compallbillzagfio deste com sua taxa.

Atualmente o IRB sempre descarrega OS excedentes do mercado nacional em contratos automfitlcos de resseguro, no exterior, dentro de taxes e condlgoes fixadas no Pals. Contudo, tendo em vista as pecullarldades do ramo e o fato de este Instituto possuir um controle estatlstico completo ^o mesmo. para os segurados que apresentam piores resultados hfi uma descarga maciga de resseguro avulso no exterior, o que permlte allviar o mercado de um dnus 0, lambfim. fornecer meltiores taxas a esses mesmos segurados, pols para uma experlSncIa naclonal, serlam conslderados como riscos agravados.

Alifis, esta fi a tendfincia mundlal no ramo: cada segurador opera com um minimo de retengfio, mas particlpa do malor nUmero posslvel de riscos, e esta situagfio vai gerando uma sfirle de sucessivos resseguros, fazendo com que todo o mercado mundlal partlcipe, direta ou Indlretamente, na cobertura de um mesmo risco.

AMPLA COBERTURA

Desde a publicagfio das Normas de Seguros Aeronfiutlcos (consoildadas pela Circular IRB-Presi-35/73), a co bertura a aeronaves 6 felta atravfis de uma apdilce Cinica. Nela hfi trfis Itens:

TEMPOS DIFICEIS

0 Decreto-Lel n'^ 2.063, promulgado em 1940, estabelecia que todos os bens naclonais fossem segurados no pafs, mas, sabiamente, prevlu tambdm que, na ImpossibNIdade de o mercado poder absorver a procura, o excedente poderia ser colocado no exterior. E esta segunda hipdtese b que prevaleceu na prdtica, por longos anos, pare uma sdrle de modalldades mals com plexes e soflstlcadas — entre as quale a de AeronSutlcos — jd que o mercado Interne n§o tintia, entSo, condlgSes de assumir todas as garantlas.

A medlda em que o Institute de Resseguros, criado em 1939, foi se estruturando, ele tratou logo de reduzir ao mdximo este grave problems — de exportagfio de divlsas sob a forma de prdmlos de seguros — e, assim, paulatlnamente, diversos ramos passaram a ter sua cobertura Integralmente reallzada no pals.

Foi em 1944 que o IRS passou a operar em responsabilidades aerondutlcas, a Inlcio de mode Inclpiente, qua se que apenas para aprender a partlclpar desses negdclos, e, com o tempo, Ir assumlndo um "know-trow" prdprlo.

Assim 6 que, tendo em vista estas deflnlgees legals, em 1971 foram aprovadas as Normas de Seguro Aeronfiutlcos — com a elaboragfio de uma Tarlta para o ramo — que passaram a permltir o efettvo Incremento da cartelra, dinamlzando as operagSes e fortalecendo o mercado Inferno.

Contudo, 0 primelro resultado concreto de todo este empenho s6 p6de surglr em meados de 1972, quando o tsrnflr?rnfi®" reduzir no mercado infn?. i seguro da frota de aviSes da VARIQ, o que oroporclonou fiquela empresa, sO naquela ano. uma economla superior a Cr$ 12 mllhees.

IRR Passado o IRB consegulu uma outra grande vitod^ LRNA"rf , aeronaves naclonais USS annfinn nr^®"'® "I'rapasse a us$ 800.000.00, passaram a ser estarnmfi a® de uma comissfio especial, Integrada celo IRB

II'ITA/TT'• ° Aeronfiutica. Alfim uerca ae 40 /o do valor dos orfimios bfin^ em®no«'

oivisas para o exterior, como se apro-

I — CondlgOes Gerais da Apdilce que apresentam o aspecto formal do contrato de seguro.

II — Condlgdes Especiais do Aditivo A (garantia Cascos, facultativa) ~ 1,"® co"espondem fi cobertura da posslbilidade de perda ou avaria da aeronave, abrangendo tambdm as despesas de socorro e salvamento em cases de smistro, Hfi vfirlos riscos exclufdos, entre os quals, os de guerra greves, sequestros, motins e congSneres, nfio sendo tambdm Indenizfivels 0 desgaste normal e a depreclagfio pelo uso, 08 estragos mecfinlcos e a quebra, e o roubo ou furto de pegas, acessdrios e equlpamentos.

III — Condlgdes Especiais do Aditiyo "B" (garantia RETA — Responsabl lldade do Explorador ou Transportador Adreo) — que garante o reembolso ao segurado, por danos causados a ter ceiros, de quantias que ventia a ser obrigado a pagar para reparagfio dos prejulzos destes uitlmos. E o case de indenizagdes a passagelros, trlpulan- les e pessoes no solo, cobrindo Morte. Invalldez Permanente. Incapacldade Temporfiria, AsststSncIa f4ddlca e Despesas Suplementares; por danos ma terials a bens de terceiros no solo. Inclusive aqueles provenlentes de collsfio ou abalroamento; perdas, danos

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ou avarlBs em bagagens de paeaageiros, e lucres cessantes do aegurado.

AI6m dessas garantlas, hd tamb6m a posslbilldade de o segurado contratar coberturas adicionais, determlnadas nas Normas, dentre as quais: restrigao da cobertura ao casco (riscos com a aeronave paralisada no solo); cobertu ra ao casco exclusivamente, no caso de perda total; iransporte de explosi ves ou Inflamavels; ventos de velocldade Igual ou superior a 60 nds; extensSo do perlmetro de cobertura; etc. Ultimamente se estuda a posslbilldade de Instiluir urn seguro supiementar (AP de Viagens Adreas) para passageiros, com as apdilces (bilhetes ou tlquetes) adqulridas, facultatlvamente, por cada interessado na mesma dpoca da aqulalgfio de suas passagens, em guichd prdprio.

Por outro lado, hd um determinado nOmero de riscos n9o cobertos e prejufzos n3o indenizdvels: quando a aero nave estlver sem o certlflcado de navegabllldade em vigor; com excesso de peso; em dispute de corrida; transportando Inflamavels; fora dos limltes geogrdficos estabeiecidos, e ocorrendo a Inobservdncia de lels, regulamentos e instrugSes que regem a navegagSo adrea.

Dentre os cesos de exclusfio de co bertura, aquele que mals preocupagfio causa aos seguradores 6 o que diz respelto ao campo de pouso nSo apresentar as condlgdes t^cnlcas minimas de seguranga por ocasiSo do eventual sinistro. Esta conceltuagSo 3 diflcll de ser estabeleclda e, al3m disso, s9o relatlvamente comuns as operagdes de emergdncia'em campos Inadequados, principalmente no caso de aeronaves nSo comercials, nas regides Norte e Centro-Oeste do pals.

taxaqao de cascos

Os seguros AeronSutlcos estfio sujeltos a uma tarifa dilcial, aprovada pela SUSEP. Pordm esta tarifa nSo

abrange todas as aeronaves: as frotas (conjunto de cinco ou mals aeronaves pertencentes e/ou exploradas por uma mesma pessoa fisica ou jurldica) e os avldes de lintia cofnerclal (LRNA Llnhas Pegulares de Navegagao Adrea) adotam tarlfas especlais determlnadas pelo IRB, que considers ainda o tlpo de propulsao (se a jato, turbo-hdilce ou pistao). Para Isso hd uma comlssao, formada por dels membros do IRB, um da Federagdo das Empresas de Seguros PrIvados, um do SIndicato das Empresas Adreas, um do Departamento de AviagSo Civil, e um engenlieiro da EMBRAER, que decidem qual tarifa apiicar em cada caso especlfico.

Essa decls3o implica na andiise de uma sdrie de fatores, como por exemplo, a utllizagao, a idade e o tlpo do aviSo, 0 histdrico do segurado, as areas onde 0 aviSo val ser utillzado, a capacldade, o fabrlcante, e, principalmente, as tarlfas mundiais, ou seja, as do mercado londrlno.

De algum .tempo para cd, as tarlfas de Seguros Aeronduflcos tSm balxado no mercado Internaclonal, o que se explica pela prdprla lei da oferta e da procura: na Inglaterra, o seguro d uma

Instituigdo priveda, sem a manor interferdncia do governo, e qualquer pes soa pode partlclpar dos riscos; como nos ultlmos quatro anos o ramo Aerondutico tern dado dtimos rendlmentos, tem ocorrido um grande fluxo de ca pitals para o setor, o que determipa uma tendencia balxista nas cotagdes.

Ao mesmo tempo a procura de capitals dimlnulu multo com a entrada das seguradoras amerlcanas no mercado de resseguros, o que reforgou tambdm esta queda.

Essa redugdo, que tem sido verlficada no mercado londrlno. anula o efelto de outras varidvels na determlnagSo das tarlfas de seguros Aerondutlcos. Assim, mesmo um segurado com histdrlco conslderado rulm pode vir a conseguir tarlfas relatlvamente balxas, em vlrtude da tenddncia balxista mundlal.

IVIOIMENTO DA UQUIDAgAO

0 valor dos prejulzos verificados na aeronave segurada em caso de acldente d regulado pelo IRB sempre que seja ultrapassado o llmite de llquidagdo das socledades seguradoras. Por

isso mesmo, defendendo sstes inleresses, 0 IRB tem dado especial atengdo ds Ilquldac6es de sinlstros Aercndutlcos, procurando sempre cercar o estudo do fate de um indispensdvel cuidado tdcnico.

Nesse ponto, o seguro Aerondutico tem uma diferenga marcante em reiagSo aos outros ramos: 6 multo mals dlndmlco, jd que as aeronaves geralmente nSo caem na cidade, mas em locals longlnqiios e desabltados. 8 preclso, entdo. que a perlcia seja imedlata, para que o aparelho ndo sofra ainda outras avarlas, devido ao mau tempo. ou d md-fd.

Os cesos de llquidagio menos trabalftosos s3o os de perda total; nos de sinistro parclal, o perito, no local do acldente. faz um levantamento detaIhado das avarlas. Verlfica, atdm disso. as causas e conseqvidnclas do aclden te, a clrcunstdncia de utillzagao da aeronave, as condlgSes do campo de pouso, a situagao dos remanescentes da aeronave, entre outras observagOes.

De volta, o perito faz, entio, a configuragdo final dos prejulzos, atravds do levantamento dos pregos das pegas avartadas nas dlversas casas especiallzadas, promovendo a coleta dos documentos necessdrios. A segulr, apre-

i DE L R.N.A. (SITUAQAO EM 1.11.73)

AEROPORTOS SEGUNDO JB

Em setembro do ano pas.mdo. o "Jornal do Brasil" pnbiicon um seTxe de artigos sobre a aulagdo no Brasil, em que focalizaua, entre ou tros aspectos, a disparidade existenic entre o niuel de scguranga e eficiencin dos auioes mais moderno.'i e a pTecariedade dos aeroportos brnsileiros.

"A scguranga de uoo e completn quando depende estritamente da tecnologia do auido e da competencia do piloto", dizia o jornal." mas torna-se discutiuel e, por vezes, critica, em relagdo a infra-estTutura de terra, cujos sistemas de apoio aprcsentam muitas deficiencias e se concentram basicamente em aeroportos mal aparelhados.

Idgico do arido enuoluem muiios orgamentos nacionais". escreve ele. Na mesma epoca a revista "Veja" publicQua, em materia de capa, and iise critica da situagno em que se enconlram os aeroportos brasileiros. Abordou, ndo somente os problemo.<; de /alta de protegdo ao woo. como tambem os de incrtuel desconforto aos passageiros e demais usudrios.

L.R.N.A.

Esse quadro, no entanto, tcnde a melhorar nos proximos anos. Estao em curso programas de reaparelliamento dos aeroportos e de aper/eifoamento dos sistemas de apoio que abrangem as faixas mais densas da nauegagdo acrea brasileira. So em protegdo ao uoo, os investimentos entre 1973 e 1976 somam CrS 465 milhdes".

0 autoT dos artigos, Juarez Bahin, coloca as dimensoes continentals do Brasil como um dos principals obstaculos d implantagdo de um sistema complete de protegdo ao uoo de ponta a ponta do territorio. "Num pais menor, o aperfeigoamento dos mecanismos de protegdo e orgado em custos razndveis. Mas, num pais continente como o nosso, os custos de uma infra-estrutura perfeitamente compQtivel com o auango tecno-

Segiindo a reuista, um levanta mento jeito pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas constatou que, dos 137 aeroportos opcrados pela aviogdo comercial brasileira, 35 ndo possuem pistas pauimentadas e apenas cinco contam com equipamentos eletronicos razoavelmente modernos. como radares ou ILS. Enquanto isso. outros comandantes das linhas na cionais fazem questdo de ressaltar que nos liltimos tempos, embora algum dinheiro tenha sido apUcado na meUioria das instalagdes para o.v passageiros, pouco tem sido feito no que diz respeito d seguranga do voo. Entre os fatos interessantes con.statndos pelos reporteres da revista em varies aeroportos do pais, estd o ocorrido em Natal: lid pouco tempo um Boeing 707 foi obrigado a descer nessa capital e seus 120 passageiros estiveram ameagados de ficarem relicios a bordo, porque o funciondrio habilitado para examinar se estavam xiacinados e ndo Croziam da Europn micro-organismos ameagadores para a saude nacionnl estavo /ora, da ci dade.

RAMO AERONAUTICOS Ano PREMIOS (EM CRS 1.000,00) Seguro Dfreto Resseguro no IRB RetrocessSo Pafa Exterior 1969 14.234 1 12.530 5,709 6.520 1970 11.685 10.361 4.966 4.963 1971 20.975 18.764 8.743 9.271 1972 29.583 26.202 14.676 10.269 Total 76.677 67.857 34.094 31.023 Fonte: IRB — DIAER GRANDES S1NISTR0S COM AERONAVES DE
Data do AeroSinistro nave Segurado Em Cruzeiros US$ IndenizagOee Moeda EetrangeIra US$ Total Indenlzado US$ 05.02.70 14.03.70 26.07.71 10.11.71 04.02.72 12,04.72 14.10.72 01.06.73 09.06.73 11.07.73 23.10.73 PP-VJP PP-BUF PP-CJG PP-SML PP-VDU PP-SMI PP-CTG PP-PDX PP-VU PP-VJZ PP-SMJ Varlg Paraensa C. do Sul Vasp Varig Vasp C. do Sul C. do Sul Varig Varlg Vasp 28,126.00 44,603.22 46,475.49 174,789.87 181,769.12 203,850.00 121,065.00 701,325,00 307,185.12 307,185.12 377,430,26 291,872,00 1.250,000.00 1,706,731,82 1,175,668.68 400,730.83 1,296,150.00 378,935.00 398,675,00 5,692,814.88 5,692,814.88 1,122,569.74 320,000.00 1,294.603.22 1,755,207.31 1,350,458.75 582,500.00 1,500,000,00 500,000.00 1,100,000.00 6,000,000.00 6,000,000.00 1,500,000.00 750,000. 1,710,000. 5,800,000. 1,500,000. 650.000. 1,500,0001,250,000. 1,100,000. 6,000,000. 6,000,000. 1,500,000.
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E VEJA Valoi da Aeronave na Epoca do Sinistro US$ Frota Tlpo N9 Valor Unitdrlo YS-IIA CARAVELLE BOEING 727 BOEING C-47 C-47 C-47 0-82 727 USS US$ US$ USS Cr$ Cr$ Cr$ Cr$ 1,250,000. 1,100.000. 5,800.000. 4.000,000. 247.500. 247.600, 247.500. 346.500, BAC-1.11 BAC-1.11 BAC-1.11 DART HERALD DART HERALD BANDEIRANTE £ £ £ £ E Cr$ 1,869,750. 1,600,000. 1,390,000. 150,000. 175.000. 4.106,000, BOEING 707/3200 BOEING 707/320C BOEING 707/3200 BOEING 707/441 BOEING 727-100 BOEING 727-100 00-8 ELECTRA ELECTRA FH-227B HS-74a BOEING 737 BOEING 737 BOEING 737 BAC-1.11 YS-11A VISCOUNT DC-6 DC-3 BANDEIRANTE 1 2 7 2 4 1 1 2 8 4 8 USS USS USS USS USS USS USS USS USS USS USS 8,300,000. 6.500,000. 6.000,000. 2.500,000. 5.800,000. 4.500,000. 1,500,000. 700.000500,000. 800,000. 600,000. 5 2 1 2 3 3 4 5 2 US$ USS USS USS USS CrS CrS CrS CrS 4,200,000. 4,600,000'',800,000. 2,200,000. 1.576.000. 2.199.296, 1.356.750, 176.792. 4,057.500, Fonte: IRB — DIAER
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senta o seu relatorio, que passa a ser estudado no setor da liquida93o (revrsores). Oe posse das informa^des precisas sobre o acidente fornecidas pelo perito, o setor de liquidagio podo decidir sobre a cobertura do seguro, d luz das Cortdigdes Gerais e Especiais da apolice.

O IRB. assim como as seguradoras.

0 Ministdrio da Aerondutica (atravds do Centre de investigagSo e Prevengao de Acidentes Aerondutlcos — CIPAER) e todos OS demais interessados no acidente — fabricantes e proprietdrios

ACIDENTES DE SANTOS

DUMONT

do aviflo — depois da investigagfio das causas, fazem relatdrios sobre o caso, apresentando sugestdes para que ele nSo venba a se repetir. Isso d importante porque da margem a que se aperfeigoe a seguranga da aviagao e a que se lomem medidas para a prevengio de acidentes.

PHEVEN?AO DE ACIDENTES

de 1973. que nada d mais importante para a prevengSo de acidentes do que a troca de informagdes. Reaimente, muilos pilotos, baseados em experiSnclas alheias, conseguem evitar desastres.

As dificuldades de se efetivar um grande fluxo de Intormagoes existe com malor Intensidade na America LaUna. Segundo o comandante chlleno Gattas observou no Simpbsio, "o problema bdsico do iniercambio estd no fato de que a maloria dos pafses iatlno-americanos considera assunto reseryado ou segredo mliitar a troca de informagdes sobre seguranga de vdo"-

Numa epoca em que ndo haute seguro Aerondutico — mesmo por que atnda ndo hauia sido inuentado o avido — Santos Dumont se aventurava, assim mesmo, a voar e. em suas inumeras experiencias, acabava leuando sozinho a responsabilidade pelos prejuizos. Urn dos setis bidgrafos, Fernando Hippolyto ria Costa, repistro alpuns acidentes sofridos pelo "Pai da Aviagdo",

O seu primeirv baldo, o "N:' 1", arremeteu contra urnas drvores e sofreu avarias, no sua primeira ascensdo, em 18 de setembro de 1898. No segundo tentativa, dois dias de pots, 0 funcionamento deficiente dn bomba de ar fez com que o comprido "charuto" se dobrasse ao ?neio e perdesse altura rapidamente. Mas Santos Dumont conseguiu pousar, saindo incolume do acidente.

Jd o "N." 2" foi prejudxcado pelo mau tempo, que fez com que o hidroginio do baldo se contraissc. antes que a bomba de ar pudesse dar o rendimcnto necessdrio, o "N." 2", sem ter atingido a sua forma aerodindmtca, foi parar no meio das dr vores do parque, em 11 de maio de 1899.

Mais larde, quando concorria ao Premio Deutsch, em Paris, o baldo "N." 5" murchou por causa de um vazamento de hidrogenio e, perdendo altura, chocou-se finahnente con tra o Hotel Trocadero e explodiu, no dio 8 de agosto de 1901. Santos Dumont, mais uma vez, sniu sdo e salvo.

Pot insuficiencia de gas o "N." 6" caiu nas dguns da Bnia de Monaco, em 14 de fevereiro de 1902. E o "N." 7", que to concorrer ao Premio da Exposigdo Universal de Saint Louis, nos Estados Unidos, em 1904, foi inutilizado por adversdrios de Santos Dumont, nas vesperas da competigdo; um semi-seqiiestro.

0 "N." 15", }d um protdtipo do avido biplano, ndo teve sucesso. Em siw experiencia de v6o, a 27 de margo de 1907, sofreu um "cavalode-pau" logo na corrida de decolagem, o que causou series auarins na asa direita do aparelho. E o "N." 16", baldo, chocoii-se contra o solo, em conseqiiencia de uma falsa manobra, antes mesmo de subir.

Tentando remover esse obstSculo, os partlcipantes do Simpdsio decldiram criar um organismo interamerlcano de prevengao de acidentes, que terd sedo possivelmenle no Panamb, "Mas 6 preciso tambdm que a Investigagao do acidente seja prolunda, para que se possa descobrlr as verdadeiras causas" — lembra Antonio Sarmento, do IRB.

Outra conclusSo importante a que chegaram os partlcipantes do Simpdsio foi que 82% dos acidentes sao provocados por faiha humana. No entanto. d preclso esclarecer que ds vezes faIhas de Infra-estrutura s9o consideradas lambdm comd faltias tiumanas. como, por exemplo, o recente caso de um "Lear Jet" que, ao pousar no Aeroporto do Galeao, enflou o seu trern de pouso num buelro sem tampa, sofrendo perda total.

E 0 probiema de faltia tiumana d multo complexo e diticil de contornar. Entram al fatores psicoldgicos, emoclonais, ffslcos, quase imposslveis de serem elimlnados, como nSo acontece com as falhas Idcnicas. O que se pode fazer nesse sentldo d promover cursos e exames rigorosos e periddlcos nos pilotos e tripulantes e o mais im portante d que eles prdprlos tentiam conscldncia da sua responsablfldade e salbam quando nip estSo em condl* goes de voar.

Um Instrumento valloso neste irabaIho de prevengao d a chamada "caixa preta", que quase todos os avides do grande porte possuem: trata-se de um reclpiente d prova de choque e fogo, que contdm um dispositive efetrdnico cuja fungdo d gravar contlnuamente tudo 0 que d reglstrado em todos os aparelhos do palnel de controle da aeronave.

Contudo, o aviao contlnua sendo o melo de transporte mais seguro, e o numero de acidentes adreos tern aumentado multo menos do que o numero de aviSes postos em uso. Um passagelro voando um mlltiao de quildmetros tem a probabllldade de 0,035 de sofrer um acidente; em contraste. vejase o caso dos acidentes automobilFstlcos. Se ds vezes tem-se a Impressio que 0 avido d mais perlgoso, Isso acontece porque os acidentes adreos sSo geralmente trdgicos e provocam multas mortes de uma s6 vez. Como tid sempre pessoas Importantes e populares envolvldas, a Imprensa se encarrega de aumentar ainda mais as proporgdes do desastre, dando ample divulgagdo ao caso.

Trabalhar tambem nos fins-de-semana; ter disposigao para viajar a qualquer momento, mesmo em frageis e perigosos meios de transporte; correr o risco de contagio das mais variadas doengas; aprender a conviver com os mosquitos e a se alimentar com estranhas refelgoes; bancar permanentemente o detetive; resistir as tentativas de suborno de alguns segurados, confortar outros emocionaimente abalados. e convencer (ou enfrentar) aqueles mais valentoes — sao algumas das situagoes normalmente vividas por esses profissionais que estao sempre prontos para entrar em agao, agindo com justiga e imparcialidade, e provar o que vale o seguro. Eles sao

Os Liquidadores

Com suas trenas, maquinas fotograficas e de escreyer, 0 outros instrumentos indicados em cada caso, sao justamente eles que chegam depois que o fogo apaga, que vac ver o resultado do desabamento as sim que arrefece a curiosidade popular, que vistoriam e liberam o conserto dos automoveis nas oficinas, e que acabam descobrindo como e porque o aviao caiu e tambem o caso do caminhao que virou na ribanceira. • M

0 Coronei Gerald Kutz, da USAF, declarou no I SImposio Interamerlcano de Prevengao de Acidentes Aerondutlcos, reallzado em Brasilia, em outubro
is-

Atualmente, nos centres urbanos, as ccndicSes de trabalho sao bem melhores, mas o Brasil 6 muito grande e o sinistro — como realga o anCincio de uma seguradora — nao escoihe hora, local, data e circunstancia para ocorrer. Para sobreviver a tudo e realizar a contento a sua tarefa, o liquldador de sinistros, aiam de ser bom de cdlculos e entendldo em legislagao, precisa ter muito senso de honestidade, dedlcagao, atualizagao, dinamismo, e, sobretudo, disposiqao fisica e bom-humor. "Afinai como diz Luis Gonzaga Nunes, Inspetor do IRB ha dezoito anos — o saiario do liquldador ja inclui a obrtgaqao de ser bemhumorado".

Regulador, inspetor, vistoriador, comissario de avarias ou iiquidador de sinistros sao varies OS nomes dados a estes tacnicos — tanto os que pertencem aos quadros das seguradoras e ao do IRB, como os que constituem empresas especializadas, ou ainda os que atuam a partir de escritbrios prbprios, como agentss autbnomos — que visitam os locals e anotam minuciosamente os bens acidentados para apurar, na chamada fase de reguiagao, os danos ocorridos, e, posterlormente, com a andiise de todos os dados e documentos, encerrar o caso. A liquidagao, como se vS, b apenas 0 ponto final de todo um compiexo e detathado processo.

NADA DE ROTINA

Apurar o Smbito de cobertura da apblice, determinando os riscos abrangidos e os excluidos; identificar com precisio as

condigoes de seguranga dos bens cobertos, ou seja, a situagao do risco antes da ocorrencia do sinistro; levantar as causas, consequbncias e os prejutzos do sinistro; convocar peritos espectallzados; protegeros salvados e propor o seu desti ne; preparar relatbrios mlnuciosos para decisao superior dos setores tbcnicos; manter contatos com o segurado e obter informes da pollcia local; ehfim, coordenar um extenso trabalho de equips — estas sao algumas das fungoes do liquldador. e evidente que essa dlversldade de tarefas exige um nivei de conhecimentos igualmente amplo. "Nossa atividade b essencialmente eclbtica. 0 inspe tor precisa ter conhecimento generaiizado sobre todos os tipos de negbclos, sobre todos os ramos de seguro" — b a opiniao unbnime dos prbprios liquldadores.

Eles tern de estar sempre estudando e se atualizando, para poder acompanhar o crescents volume de novas informagoes que surgem a cada novo dia. A evoiugao dos pregos e da tecnologia de pegas, mercadorlas e servigos, per exempio, b um dado extremamente mutbvel. Portanto, albm da tbcnica securatbria propriamente dita, es tes profissionais tbm que disper, dentre outros conhecimen tos, de profundas e atualizadas nogbes de Contabilidade, Oirelto, Crimlnalistica, Relagoes Publlcas e Humanas.

Essa necessldade de permanente estudo e atualizagbo nao causa 0 menor aborreclmento aos liquidadores, nem mesmo aos mais antigos. Pelo contrbrio, b exatamente a exigbncia

de dinamlsmo da profissao que OS estimula no trabalho dibrlo- 1 "O servigo b interessante, pois ' nada b rotineiro e a gente nao se fixa num sb tipo de tarefaEstamos sempre aprendendo, que atuamos junto a firmas do todos OS ramos, desde fbbricas de tecidos ou de componentes eletrbnicos; lojas comerclals, sejam grandes ou pequenas, independentes ou de grandes cadelas; velculos de todas as marcas, tipos e usos; atb predios residenciais, navios, avioes e riscos rurais" — declara , Araken Romano, hb nove anos na Inspetoria do IRB, e que esteve em Paris fazendo um curso de especlalizagao.

Jb Odir Streva, antigo Inspe tor do IRB, b de opiniao que o "trabalho nao b sedentbrio, mas, ; dentro da atividade, chega a ser rotineiro. Sb que voce tem que ter conhecimento sobre tudo ou, pelo menos, estar sempre se esforgando ao mbximo para isto". Ele acha que a sua tare fa b comum, "como um outro ' trabalho qualquer. O que os lei' gos consideram emoclonante, entra tambbm na nossa rotlna"Pelo seu jeito de falar, parece atb que os perigos corridos pe* los liquidadores ao penetrarem em um local slnistrado jb faz parte necessbria do seu coti' diano.

Rosevaldo Gomes, outro H' quidador do IRB, concorda erfl parte com Odir Streva: "com o passar do tempo o trabalho acaba ficando mesmo rotineiro, e atb com os perigos a gente se acostuma. t Ibgico que ningubm se expoe deliberadamente aos riscos, mas tambbm nao sente nenhuma grande emogao nessas ocasioes".

E preclso notar, contudo, que. apesar deste empenho de permanente atualizagao profisslonai, OS liquidadores sao geralmente assessorados por peritos, isto b, especialistas em ca da atividade profisional ou econbmica, os quais sao convocados das organizagbes mais capacitadas tecnicamente e llderes nos seus ramos. Os inspetores tambbm se valem muito dos laudos dos Institutes estaduais de Crimlnalistica (pollcia tbcnica), como Instrumento fun damental no levantamento das condigoes circunstanciais dos acidentes.

Todos OS inspetores entrevlstados concordam com Araken. Um deles, Lauro Cortes Costa, inspetor do IRB hb vinte anos, acha que "a pior colsa que exis ts b a acomodagao. A pessoa se esclerosa. Meu servigo b dinSmico, a matbria-prima com que trabalho b variada, fago contato com mil pessoas diferentes. Hb ai o aspecto de llbertagao e nao as limitagbes de um funcionbrio de escritbrlo. Conclusao: nbo trocaria o meu servigo por nenhum outro".

TAREFA NACIONALIZADA

criagbo do IRB, em ipa, as liquldagbes de si nistros ocorridos no pals eram eltas quase que excluslvamente por duas empresas estrangeiras, intelramente dedicadas a esta atividade.

Jb em 1940 o Institute come90U a realizar apuragoes no ramo Incbndio, e um dos grandes pnmeiros sinistros liqLados

'?aril I famoso caso do Park Royal . grande loja comercial que ficava no centro do

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Rio, na Rua Ramalho Ortigao. Logo a seguir foram tambSm assumidas as liqiiidagoes do ramo Transposes, e, assim, sucessivamente, o IRB foi absorvendo todas as modalidades, de tal sorte que, em menos de cinco anos, jS se encarregava da maioria das llquidagoes de todos OS ramos operados pelo mercado segurador nacionai.

A fase seguinte, mais recente, foi a de transferSncia deste conhecimento t6cnico Ss seguradoras, auxiliando-as na formagao de seus prdprios quadros de liquidadores, ainda iimitados ^ regulagao de slnistros mais simples e de pequeno valor.

0 aumento de volume, complexidade e especialidade das tarefas de llquidagao ensejou o aparecimento de empresas especiaiizadas neste mister. Na pr^tica, elas realizam o mesmo trabalho que o do inspetor do IRB, so que prestam seus servigos diretamente Ss companhias de seguro.

Isto ocorre porque o Institute — que, por lei, 6 um liquidador compulsorio de slnistros — estS cada vez delegando maior autonomia para as seguradoras atuarem diretamente em liquidagao de determinadas faixas. O servigo destas empresas — que funcionam principalmente nos casos de carga transportada (inclusive marltima), incSndio e velculos — 6 muito util ds companhias de seguro, uma vez que deste modo se pode obter nao sd um melhor custo administrativo global, como tambdm.um critdrio mais uniforme no trabaItio tdcnico.

O fato marcante em todo este perfodo 6 que o IRB, com ba

se na sua experidncia e em permanente contato com os princi pals centres mundlais do segu ro, transferiu esta importante tarefa ao mercado brasileiro, consegulndo ifnplantar normas, critdrios, processes e mdtodos que contribufram vigorosamente pa ra a elevagao dos padroes tdcnicos aos niveis hoje correntes na Area. Deste modo, o Instituto adquiriu e mantem absolute confianga do mercado inferno, e, em conseqiiencia, 6 alvo de integral respeito por parte dos mercados externos com os quais mantdm relagdes.

FUNQAO DO IRB

O IRB atualmente se encarrega quase que exclusivamente dos slnistros mais vultosos, complexes e dispendiosos, isto e, aqueles casos que exigem pessoal altamente experimentado e especializado, e de irrestrita confianga. Estao a( incluldas as danificagSes em aeronaves comerciais, cascos marltimos, riscos de engenharia e quebra de mdquinas, e slnistros vultosos de outras modalidades (incendio, transportes, etc.).

Segundo o Chefe do Departamento de Riscos e Slnistros (DERIS) do IRB, Aristeu Siqueira da Silva, "essa retragao do IRB visa a aumentar o dmbito de responsabilidade do mercado segurador neste campo de tra balho, e, paralelamente, a descongestionar o prdprlo IRB, propiciando a este drgao mais tem po para se dedicar aos slnistros de natureza e valor especiais. Com esta decis3o, o IRB tamb6m estimuia a criagao de firmas especiatizadas em pen'cia, principalmente de. navies e

aeronaves, Incluindo-se al os acidentes ocorridos no exte rior".

Este Departamento — que re cede tamb^m o auxllio do Cen tre de Prevengao e Seguranga, setor que acompanha, a critSrio da Administragao superior, os slnistros de natureza suspeita

A uma permanente fonte de estudos para o aprimoramento das liquidagoes, esforgando-se principalmente nos aspectos que possam imprimir maior presteza no atendimento ao segurado. Seu trabalho complementa a tarefa de campo realizada pelos liquidadores — cerca de 60 profisslonais no pals, sendo nove lotados na Guanabara e quatorze em Sao Paulo — que sao diretamente subordinados As Delegacias, estas situadas nas principals capitals estaduals. Os relatdrios elaborados pelos inspetores sao encaminhados ao DERIS para serem analisados pelos revisores, em geral ex-liquidadores com vasta experiencia profisslonal.

ACAO do perito

"O perito 6 apenas um consuitor do liquidador, nada mais. Sua fungao se resume em responder ds perguntas do liquida dor. Ele vi somente uma parte do problema, que implica em conhecimentos especializados, e o restante 6 trabalho do Ins petor" — desse modo Lufs Augusto Bolsson define sua fun gao. Ele ^ engenheiro civil e eletrOnico, e ocupa atualmente 0 cargo de chefia de operagoes do Tiinel Rebougas. Como pe rito de engenharia trabaiha para o IRB, SUSEP, dez companhias de seguro, trSs escritbrios de

liquidagac, duas Varas Civels e diversos escritbrios de advocacia.

Tentando explicar mais claramente a relagao do liquida dor com 0 perito, ele se utiliza de uma analogia; "Suponhamos que uma costureira, apesar de entendet profundamente do seu oflcio, nao esteja consegutndo descobrlr a causa de certos defeitos em suas confecgoes. A certa altura, ela comega a desconfiar da qualidade da llnha, e, como eta nao entende nada de fabricagao de linhas, chama um especialista para esclarecer o problema. Assim acontece com os liqui dadores que, quando deparam com problemas estranhos a sua brea de conhecimento, chamam o perito especializado naquele ramo. Se ele pretende saber algum detaihe de algum material que pegou fogo, procura um engenheiro; se tern que decifrar uma escrita complicada, chama o perito contador. Antigamente 0 filbsofo era um sbbio, que entendia de tudo. Com a evolugao do mundo e o avango da tecnologia, houve necessidade de as pessoas se especiallzarem em determinados ramos do saber".

Bolsson vai falando, conjecturando, atb expor uma idbia que 6 quase uma reclamagao, um protesto; "As especializagbes em engenharia sao pouco conhecidas pelo povo. Ninguem cntica o cardiologista se ele publicamente confessa nada sa ber sobre problemas ginecolbgicos. Ningubm vai a um cirurgiao ptbstico para curar uma uicera, assim como um dermatologista nao 6 consultado so bre doengas pulmonares. As especlalidades de medicine sao

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amplamente reconhecidas, mas isto nao ocorre com a engenharia. 0 gabarito profissional de urn engenheiro civil 6 iogo posto em duvida se ele diz nao saber nada sobre a engenharia de sistemas (computadores), ou outro ramo qualquer da enge nharia. Ha casos de sinistros que necessitam de dois perltos engenheiros. No incendio da AGGS, por exempio, al6m de mim, engenheiro civil e eletronico, foi tamb6m convocado um engenheiro mecSnico".

£ opiniao geral, inclusive desses prdprios profissionais, que o perito deve ter certos re quisites para poder desempenhar bem a sua tarefa. Ele precisa ter sua especialidade e entendg-la muito bem, estar sernpre se atualizando, atuar com absoluta isengao de partidarismo, dizer a coisa como ela 6, enfim, ser honesto. Esta ultima qualidade S fundamental e tern que existir em alta dose, jit que, em alguns casos, pode acontecer a tentativa de suborno, atrav^s da oferta de dinheiro.

Contudo, o profundo conhecimento de sua especialidade nao deve significar, necessariamente, uma exclusividade de saber. Pelo contrdrio, quanto mais diversificada for a sua capacitagao, melhor o perito desempenhara suas fungoes. Por exempio, conhecer fotografia nao 6 uma exigencia, mas ajuda bastante, na maloria dos ca sos. Boisson, que nos tempos de estudante ]& foi professor de fotografia, confessa que sem este recurso seu trabalho se tornaria muito maior. Ele *diz que "num relatbrio, uma foto grafia pode substituir uma longa e cansativa descrigao de uma

rndquiha complexa que tenha sido danificada em um sinistro. Atraves de fotos, eu j6 provei a veracidade de muitos laudos, e tamb6m ]a consegui contestar vdrias hipoteses falsas".

VIDA, AP E CREDITO

No IRB, o Departamento de Riscos e Sinistros so nao tern incumbencia de liquidar os si nistros relativos aos ramos de Credito (interne e e Exports?ao), 0 Vida e Acidentes Pessoais.

Nos seguros de Vida, a liquidagao — executada pelas prdprias seguradoras, e com raras apuragoes no local do sinis tro — depends apenas de os beneflcidrios apresentarem a certidao de dbito do segurado e demais documentos de identificagao; e, em Acidentes Pessoais, a rotina 6 semelhante, e OS documentos sd vao ao IRB, para andlise e eventuais exigencias, se a importSncia segurada uitrapassar um determlnado valor.

Assessorando o Departamen to Vida e Acidentes Pessoais do IRB, funciona a Consultoria Mddica de Seguros, setor especializado que auxilia nao ape nas este Departamento, mas que presta sua colaboragao em todos OS aspectos de medicina e saude que possam envolver os demais ramos. Dentre suas fungoes mais tipicas, destacam-se 0 levantamento estatfstico periddico das causas de morte e invalldez dos segurados, e a andlise, para fins de selegSo de riscos, das declaragdes de saiide nos casos em que hd cessao de resseguro.

"No tocante k liquidagao de sinistros — informs o Dr. Car los Eduardo Silva, hd 28 anos no setor, e Chefe da Consulto ria Mddica — nossas principals tarefas se referem ao estudo de laudos e atd mesmo a realizagao de diligencias para a constatagao de alegados acidentes; no caso de Invalldez Permanente, atribuir a respective percentagem de acordo com os valores previstos nas tabelas, inclu sive, se for necessdrio, com a convocagao de juntas mddicas, para precisa determinagao da extensao e gravidade das lesoes acusadas; aldm de colabo ragao especifica em sinistros ocorridos em outros ramos, co mo o RC e OS seguros do BNH".

Quanto ao ramo de Crddito Interno, Ida Demdtrio, Chefe desta Divisao no IRB, explica que o Institute s6 participa, em nivel de orientagao, em cerca de 5% dos sinistros, em geral naqueles casos de cobertura a financiamentos concedidos a grandes complexos industrials, sendo os demais regulados no dmbito de cada seguradora. "O principal problems de liquida gao — esclarece — nos segu ros de Crddito Interno 6 que o segurado, que 6 quem promove efetivamente a liquidagao, em geral demora excessivamente para adotar as medidas, judiciais ou extra-judiciais, con tra o devedor inadimplente, e, com esta atitude, prejudice o ressarcimento dos sinistros, que, neste ramo,6 essencial pa ra o equlKbrio da carteira". Em Cr6dito Interno, cerca de 70% da massa sinistrada se refers a financiamentos para aquisigao de vefculos, vindo em seguida OS de eletro-dom6sticos.

Dina Esteves. Chefe da Divi sao de CrSdito h Exportagao, diz que o mais importante do trabalho do seu setor, no tocan te k liquidagao, 6 a necessidade de rapidez de declsao, a fim de que o segurado — isto e, o exportador brasileiro — nao sofra solugao de continuidade em seus negbcios, o que inclusive pode levb-lo a sbrios riscos, dependendo do montante do valor dos bens exportados."No nosso caso, tambbm nao hb a figura do liquidador que vai apurar in loco OS prejuizos. Todos os pro cesses passam pelo IRB e tudo e constatado atravbs de do cumentos comerciais e oficiais, e tarnbbm atravbs de correspondSncia e contatos pessoais com as partes interessadas.

£ precise notar — continue Dina Esteves — que em Crbdito a exportagao existem dois tipos distintos de cobertura: uma de Riscos PoHticos e Extraoroinarios, e outra de Riscos Co-

merciais. No primeiro caso, o maior numero de sinistros tern ocorrido com importadores de pafses onde, por medidas governamentais, hb uma prolongada demora na conversao de moedas, questao aW&s que a nossa CACEX se empenha em resolver a curto prazo. 06 nos Riscos Comerciais, que cobrem a insolvencia (fal&ncia, concordata, etc) de Importadores estrangeiros, o maior numero de sinistros tem se referido k Am6rica Latina,e o maior sinistro dos ultimos anos foi de exportagdo de madeira, em 1971, com aproximadamente Cr$ 288 mil de indenizagao".

INTERAQAO COM 0 SEGURADO

"O contato com o segurado 6 diffcil no inlcio da regulagHo, pois nessa fase ningubm confia em ningubm, ou seja, o liquida-

dor e o segurado nao conflam um no outro. Essa comunicagao depende muito de educagio. E chato quando o segurado comega a demonstrar m6-educagao; a gente tenta contornar, mas co mo eu tambbm nao sou muito bem educado quando k necess6rio, infelizmente, muitas vezes 0 atrito 6 tambbm uma so lugao" — 6 0 testemunho de Odir Streva, que completa sua idbia dizendo que "cada liqui dagao k um caso, uma complicagao, mas tambbm uma vltbria. Para se chegar a um final feliz tem de se dar muitas cambalhotas".

Rosevaido Gomes, outro inspetor, diz que "o segurado em geral se aproxima da gente meio desconftado. Mas no momento da apuragao in loco,quando procuramos os ultimos vestigios de material, e contamos at6 o lixo para aumentar a indenizagao ao mbximo possivei, k nessa hora que ele v6 que a gente s6 quer

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ajudar". Ela acha também que a maior dificuldade no relacionamento com o segurado é causada pela sua ignorância em relação aos seus direitos, pois "o segurado nunca lê as condições da apólice".

Como se vê, para os liquidadores, uma das tarefas mais difíceis é o contato inicial com os segurados. Segundo Waldo de Azevedo Franco, trabalhando no setor há quinze anos, "eles se dividem em três tipos: os que não entendem nada de seguro e se recusam a dialogar com o li-

quidador, os que não entendem mas aceitam as explicações (é o tipo mais comum), e os esclarecidos a respeito do seguro. Estes últ.'mos em geral são grandes empresários e têm seguros bem feitos, porisso são os que causam menos problemas".

Luís Nunes comenta que, "em geral, no primeiro contato os segurados não vêem a figurado liquidador com bons olhos. Portanto, o primeiro passo para a aproximação do segurado deve ser a conquista da sua confian-

Nota: -Ramos: lncfndlo, Risca. DI• ver1oa, Rlaeoa Ru• rala, Lucros Cessan• tes e Re1pon.ablll• dade Civil Geral.

li - Ramo : Traneporte,. Ili- Ramo,: Auonáutlco1, Aulom6vel1, C a , c o •• RECFVAT, RECOVAT (Inclusive Fundo Especial de lndenl• ÇÕft).

DEPARTAMENTO DE RISCOS E SINISTROS

ça, mostrando-lhe o carátAr de imparcialidade na liquidação do sinistro ocorrido".

Mesmo quando ligado ao segurador, o inspetor de sinistros deve ser de tal forma isento em seu trabalho que, na verdade, funcione como um intermediário entre aquele e o segurado. Sua missão é a de apurar todos os elementos necessários para permitir a efetivação do compromisso contratual do segurador de indenizar o segurado pelos prejuízos sofridos em conseqüência da efetivação do sinistro. Portanto, ele é apenas um intermediário para a realização da justiça.

SINISTROS VULTOSOS DE 1972

Aeron6utlcos:

Lidar Tá.xi Aéreo S.A.-Aeronave PT-DUO Cr$ 4.000.000,00

Cascos:

Estaleiro Só S.A. "Navio Só 019 (Nelde 111)" CrS 8.828.794,00

lnclndlo:

Edlflclo Andraus (Diversos)

!º1ª\�utorizado ........... .•..... Cr$ 12.753.052,24 em 73) • ...... .. ........... Cr$ 5.684.141,06

Lucros Cessantes:

Casas Plranl S.A. (Ediflclo Andraus) .... Cr$ 1.ooo.000,00

Riscos Diversos:

M.B.R. Minerações Brasileiras Reunidas S.A. Cr$

Rlacos Rurais:

s.çlode Eatudc» de l1quldaQlo 1

Banco do Brasil S.A, -Cooperativa Agrloo­ la dos Cafeicultores de AolAndla Ltda. .

Transportas: Cr$

6 500 000,00

Um dos mais freqüentes pontos de atrito entre liquidador e segurado ocorre por conta da cláusula de rateio, que, de todas as condições do contrato de seguro, é a mais discutida e menos compreendida. Este dispositivo da apólice estabelece que, sempre que a importância segurada for menor que o valor em risco (valor do bem no dia do sinistro), o segurado será considerado como um cossegurador da diferença entre aqueles valores e, assim sendo, participará de qualquer prejulzo que venha a ocorrer, proporcionalmente à sua responsabilidade. Ou seja, esta cláusula fixa um limite convencional às indenizações que poderão ser pagas pela seguradora, baseado na relação entre a importância segurada e o realvalor dos bens garantidos.

3 004 404,00

Navio "Sea Star" x Horta Barbosa ....• .. Cr$ 12.500.000,00

Num exemplo hipotético, o rateio se aplica quando um bem cujo valor real é de Cr$ 1 milhão e está coberto por uma apólice de apenas Cr$ 500 mil; em caso de acidente com perda

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Revisores de Llquldaçlo Inspetoria de Risco tnctndio 11 Risca. Diversos
.--,--:-_ < "\'";''�1-= . . ..-
lnll)81orla da Rl1co1 de Engenharia
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Se omitir dados pode ievar a uma economia no premie do se guro, lambfim i verdade que esse procedimenio reduz a cobertura pretendida.

Na hora do acerio de comas, 0 cSiculo das indenizatoes seri efetuado tao somente com base nos compromissos assumidos enire segurado e seguradora. E nao serao acusafoes de mi fd, ou proiesios, que irao modificar o rumo das coisas.

A FENASEG - Federa«aoNacional das Emprejas de Seguros Privados e Capiializa?ao-quer que 0 empresirio se consciemize da imporiancia da sinceridade no seu reiacionamento com a companhia de seguros, para urn jogo franco enire as duas paries in;eressadas.

Uma perfeita avalia^ao dos riscos s6 seri possivel se o empresirlo confiar inteiramente seus problemas ao seu correior.

F.le. em acordo com a segura dora, providenciara a cobertura realmente adequada e livre de mas inierpreta(;oes.

Ao mesmo tempo, perguniando sobre seus direitos, o segurado vaiseniirque uma aniiise correta dos riscos. feiia por pessoal especiaiizado, permitirS que eles em muilos casos sejam reduzidos, com a conseqOente diminuiqao dos prfimios a pagar.

total, a seguradora s6 pagard a indenizagao de CrS 500 mil (a o proprio segurado arcarS com o restante), e, se o prejufzo for de Cr$ 100 mil, a seguradora s6 pagarii CrS 50 mil. pouco tempo uma gr^fica sinistrada sofreu as consequSnclas de manter uma apolice com ImportSncia segurada abaixo dos valores reais, e nio teve seus pre juizos totaimente indenizados apenas por esta insuficiSncia de verba segurada.

tagens da profissao. Luis Nunes nao concorda com Waldo, e diz ter grandes amigos entre os antlgos segurados. O fato b que em geral a Imagem do inspetor s6 se torna totaimente slmpatica 80 segurado quando este recebe exatamente a indenizagao que esperava.

INDENIZAQdES

Em 1972, as indenizagoes pagas pelas empresas segurado-

ras de todo o pals elevaram-se a cerca de Gr$ 1,4 bilhao de cruzeiros, representando um aumento de 25% sobre o montante do ano anterior; para 1973 este valor estb estimado para uma faixa de mesma proporgao, aproximadamente.

O cbiculo da indenizagao e feito confrontando-se o valor em risco com a importSncia segu rada, em fungao dos prejuizos apurados, ou seja:

Na confianfa miitua, todo acordo chega a um bom lermo Afinal, a genie faz seguros pensando em solucionar problemas, nao em arranjar mais alguns.

Procure uma companhia de se guros. O melhor seguro 6 oseguro bem fetio.

A propbsito desta e de outras questdes que prejudicam a imagem do seguro, e conduzem a problemas no reiacionamento dos inspetores com os segurados, Aristeu Siqueiraviu aprovada na 8,® Conferencia de Segu ros {P. Alegre, outubro de 1972) uma tese de sua autoria, em que ele enfatizava, como um dos instrumentos do marketing do seguro, "a necessidade de minimizar os fatores geradores de distorgoes que, com certa frequencia, sao observados nas liquidagoes", destacando, al6m do rateio, a redagao confusa das clSusulas de cobertura e as de obrigagoes do segurado, a concessao inadequada de cobertu ra no ato de venda da apolice. e a falta de protegao dos livros contbbeis a fiscais e dos fichirios de estoque de mercadorias"Nao fazemos amigos, pois os segurados s6 se interessam no bom reiacionamento com o 11quidador com fins comercials. Finalizada a llquidagao acaba tambbm a pseudo-simpatia. Em compensagao, fazemos Inimigos vingativos quando nao 6 possi vel 0 pagamento do valor que eles reclamam" — para Waldo Franco essa b uma das desvan-

IndenizagSo =

Prejufzo X Import&ncia Segurada

Valor em Risco

A indenizagao nSo sofre corregao monetdria, pois tern valor fixe. Normalmente, as indeniza goes estao sempre sendo valorizadas porque o segurado precavido a cada ano reajusta os valores da apblice, pagando um prbmio um pouco major, embora muitas vezes ocorra atb redugao de taxas.

Atualmente o pagamento da indenizagao pode ser feito parceladamente, segundo critbrio recentemente adotado peio IRB, que visa a proporcionar aos empresarios os meios financeiros para pronta recuperagao e reinicio de produgao. Esta decisao aeu ao seguro uma imagem mais positiva. permltindo ao se?4n?H ° '•eabllitagao mais rbpida, uma vez que ele recebe a primeira parcels tao logo b ar^nul^- ° acldente. Quandodemoradas, o culo ""1 cbl- culo minimo da indenizagao e

adiantar ao segurado 50% dos prejuizos apurados. Assim, o pagamento vai sendo feito aos poucos, e o saldo final corresponderb ao fim da llquidagao.

ATITUDES DO SEGURADO

Quando da ocorrbncia de um sinistro, o segurado deve avisar o segurador o mais rapidamente possfvel. O segurador tem ne cessidade de saber imediatamente da ocorrbncia, nao so para tomar as prcvidbncias que levam ao pagamento da indeni zagao, como para conhecer as circunstctncias de que se revestiu 0 acontecimento, a fim de determinar suas causas e adotar as medidas que julgue oportunas para minorar os prejuizos. Neste caso, a pronta agao do liquidador em geral leva b diminuigao dos prejuizos, o que b vantagem para o segurador e para o segurado.

Luis Nunes conta que certa vez iiquidou um sinistro incbndio ocorrido num armazbm de cafb, cujo estoque estava avaliado em cerca de dez miihoes de cruzeiros. Ele e seus funcionbrios trabalharam durante tres dias, de sete da manha bs quatro da madrugada, para salvar o restante do cafb ainda aproveitbvel. O prejufzo, que teria side de 50%, passou a atingir a case dos 10%, para surpresa do prbprio segurado. "O desgaste foi grande, mas a canseira vaieu a pena. As vezes, a gente faz certas coisas nao por obrigagao. mas por amor ao trabalho que se desempenha".

Por outro lado, o silencio do segurado quanto ao sinistro. albm de agravar a situagao dos remanescentes salvados — co mo ocorre nos seguros de danos, impedindo o segurador de acautelar seus Interesses — faz pressupor sua mallcia ou seu desejo de impedir o exams das causas do acidente, mormente se nao houver a intervengao imediata das autoridades policiais, como ocorre muitas ve zes nos sinistros-incbndio.

Albm disso, enquanto aguarda as providencias do segura dor, jb avisado, deverb o segu rado tomar as primeiras medi das de emergbncia, nao s6 pa ra evitar maicres proporgdes do sinistro, como para diminuir suas consequbncias.

"No caso de incbndio, por exempto, cumpre-lhe chamar os bombeiros, remover os bens que estejam ameagados de destruigao, isolar pelos meios a seu alcance a propagagao das chamas, viglar o local para evitar o furto de mercadorias, abrigar os

■'
Tern gente que esconde informacoes quando poe afirma no seguro. Depois sai perai dizendo que a, seguradora nao quis pagar os prejuizos.
A roikSEa I FEDERACAONAOONALOASEMPRESASDESEGUROSPRIVADOSECAPrALIZAOAO.
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bens removidos para fora con tra OS efeitos do tempo, etc" expliea Pedro Alvim, Delegado do IRB em Belo Horizonte.

O segurado precise ter consci^ncia que se ele n§o tomar as primeiras providencias em relagao ao sinistro, e nao avisar Imediatamente ao segurador, este flea eximido do pagamento da indenizagao por conta da verba segurada.

Especial atengao deve ser dada tamb^m aos salvados por parte dos segurados e llquldadores. Salvado 6 tudo que res-

tar dos bens segurados — em perfeito estado ou parclalmente destrufdo — apos o sinistro, e que tiver valor economico pa ra qualquer das partes contratantes, segurado e segurador. Na maioria dos casos, os salva dos fleam em poder dos segu rados; a sua venda a tercelros so ocorre em casos especlais, como danos muito extensps, reparos diflcels ou Imposslveis, ou se houver impasse entre o segurado e o segurador reiativamente h fixagao do valor dos salvados.

SINISTROS AUTORIZADOS EM 1972

FRAUDE

Se, por urn iado, a tentativs de fraude do segurado, em a'''t guns ramos, 6 cometlda nurnsj escala de que o pubiico nerf, sequer suspelta, por outro, apao repressiva — prevista nO' artigo 171. § 2.°, n.o V, do C6-' digo Penal.— de drgaos esp®' cializados contra" este tlpo crime patrimonial se aperfei5oa| a cada dia, e hoje conta coif;! uma sofisticagao de tal ordefji que 6 praticamente impossive'; que o criminoso obtenha sU'' cesso.

O liquidador, ao observar trreguiaridades no sinistro, convoca eiementos t^cnicos {peritos) para confirmar ou nao a existgncia de fraude. Ela pode ser provada por depoimentos e Inqueritos policiais (provas subjetivas) fornecidas por testemunhas, vitlmas e mesmo peios prOprios indiciados, ou pelos estudos, interpretagoes. iaudos t^cnicos dos vestlgios materials ligados ao fato em apuragao {provas objetivas).

Os vestigios podem ser n3o s6 materials como tamb6m rela tives ao tempo (a que horas exatamente eclodlram ou foram notadas as chamas?) ou 3 relagSo tempo-espago, ou seja, veiocidade (que tempo levou o fogo para atingir tal ponto? quanto tempo durou o Incendio?), ou mesmo consequentes de uma agao ou omissao, como por exempio a nao utiiizagao de extintores. Um sinistro incendio pode ser considerado incendia rism© (ateamento deliberado de fogo) quando for comprovada a ocorrSncia de seguros excessivos (cobertura de ap6lice multo acima do valor real do bem sinistrado), contabilidade adulterada (tentativa de prova de estoques inexistentes). etc. ou a existSncia de vestlgios tais co mo: tocos mOltlpios, sem cor-

aldm daqueia que seria atingida com a queima normal; disposlgao anormal dos materials combustiveis que existiam no lugar, de modo a assumir uma situagao de rastilho, para facilitar a propagagao do fogo, etc.

Elbe de Castro 6 um dos mais novos inspetores do IRB. Esta Id so ha dois anos, mas, para ocupar tal cargo, fez mil cursos; inspegao de Rise© Incendio, Contabilidade de Seguro, Iniciagdo Tdcnica de Seguros, Processamento de Dados; Liquidagao de Sinistro Incendio, na FUNENSEG, etc.

guradora. Quanto 3 data do si nistro, o interessado, usando de m3-f3, tinha conseguido da PoIfcia Rodovi3ria uma certidao falsa da ocorrencia. Fui 3 Policla e esta retificou a data".

CURSOS DE FORMAOAO

(* 1) O quadro acima Inciui as autorizagdes expedidas pelas Delegacias.

® explicachamas; Da incgndio, para mais ou menos do tempo que seria razodvel esperar dSs J^f®^®'®.combu5t[veis

do in^fSn ''"f ® ^ei^Peratura foco ?nirf /"['"^'Pa'mente no iniciai, foi elevada muito

"Quando eu trabaihava em Salvador, fui atd iihdus liquidar um sinistro. Era o caso de um automovel (DKW), cujo seguro tinha sido feito apenas quatro dias antes. FIz a vistoria de praxe no veicuio e os necessdrios cortes no orgamento, e voltei a Salvador. Quando cheguei na capital, soube que o sinistro ti nha ocorrido hd uma semana, ou seja, antes da vigencia da apollce. Voltei, entao, a llhdus e mantive contato com o corretor da seguradora e achei-o estranho, bastante apreenslvo. Ful ao hospital, onde as vitimas do acldente tinham sido medlcadas, e, pel© registro. constatel que realmente o sinistro tinha ocorrido uma sernana antes. Desvendando a trama consegui descobrir que o corretor havia recebido o dinheiro do prSmio e, em contrapartida, tinha dado apenas um recibo provisdrio. nao emitlndo a apdiice. Quer dizer que, se nao tivesse ocor rido nenhum sinistro, ele teria ficado com o dinheiro da ap6lice em vez de entregg-lo 3 se-

Todos OS inspetores mats antigos na profissao se consideram autodidatas, e dizem ter aprendido tudo na pr3tica, com o auxllio de colegas. Atualmente o principiante j3 nao precise encarar a experiencia profissionai tao duramente, pois j3 existem cursos especializados nos v3rios ramos.

Desde o inicio de 1973 a Fundagao Escola Nacional de Se guros (FUNENSEG) tem realizado v3rios cursos de liquidagao, que em geral t§m a duragao mOdia de trgs meses, e sao oferecidos em diversas capitals do pais. 0 curriculo e o tip© de ramo a ser estudado variam de acordo com as necessidades de cada Estado.

0 pessoal que freqtienta os cursos, na maioria das vezes, trabalha no mercado segurador e 3 envtado pelas prdprias companhias de seguro. Para inscrigao exige-se o ginasia! compieto, mas o nivel dos alunos 6 o mais diversificado possivel, havendo inclusive alguns com curso superior complete. Os professores sao tgcnicos do IRB, da SUSEP e do mercado segurador em geral.

Teoria de Seguro, Nogdes de Relagoes Piiblicas e Reiagoes Humanas, Teoria e Prdtica de' Regulagao e de Liquidagao. Contabilidade, Nogdes de Direl-

J •- ••^ Ik
RAMOS Autorizados (*1) Quantldade Montante Recusados Quantldade Total Quantldade % de Recusa (•2) Aeronduticos 139 13,645.375,04 06 145 4,14 Automdveis 143 3.287.195,13 08 151 5,29 Cascos 251 28.183.070.00 06 257 2,33 IncSndio 1.212 159.248.892,88 04 1.216 0,33 L. Cessantes 20 7.840.418,24 20 Resp. Civil 42 958.307,16 10 52 19,23 R. DIversos 350 14.834.400,59 33 383 8,61 R. Rurals 134 7.994.030,85 03 137 2,18 Transportes 532 35.111.080,42 22 554 3,97 RECOVAT 12 319.391,94 01 13 7,69 F. E. I; (Recovat) 623 3.115.000,00 623 TOTAIS 3.458 274.537.162,25 93 3.551 2,61
DERIS-IRB.
(* 2) Em relagSo ao total dos casos decldidos. Fonte:
normal-
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PR£MIOS E StNiSTROS — 1972

Prdmlos de Sinistros de Seguros DIretos Seguros Diretos

PRINCIPAIS RAMOS DE SEGURO (Lfquldos de Can- (mais Despesas, celamentos e Res- Menos Salvados e tltulgdes) Ressarclmentos)

to, No5oes de Criminallstica e de Investigagao. Stica Profissional sao matdrias bdsicas, isto 6, sSo ministradas em todos os cursos; na parts tdonica, sao abordados os ramos e modalidades escolhidos cm cada caso.

disso, em complementa530 h instrugao teorica, sac reaiizadas vSrias visitas de inspegao a riscos industrials selecionados, de mode que o aluno se familiarize com as novas t6cnicas de prevengao e seguranga, e se ambiente nos processamentos adotados pelas diferentes indCistrias. Quando hi oportunidade, eles visitam tambem os locals sinistrados, al6m de receberem aulas pr6ticas simuladas, onde aprendem nao s6 o manuseio e o uso das tarifas, como tamb§m a feitura de reiatdrios, e as medidas de urgencia a serem tomadas quando da ocorrSncia de urn sinistro.

No ano passado a FUNENSEG realizou cursos de Regutagao e Liquidagao de Sinistros Incendio, Lucros Cessantes e Seguros Rurais no Rio e em Sao Paulo; Inc§ndio, Transportes e Cascos em Recife. Porto Alegre. Curitipa, Fortaieza e Manfius; e de IncSndio, Lucros Cessantes e Transportes em Salvador. "Em I" ^epetigio do cirL®® C'dades. abordando modalidades diferentes. os cur sos serao levados tamb6m, logo nos pnrneiros meses do ano, a Sel6m. Brasilia. Belo Horlzonte

acha que os cursos de regulagao de sinistros tSm um valor Inestimdvel, trazendo um grande proveito ao mercado, entretanto ele § de opiniao que deverlam ser mais extensos. "Com a relatlvamente curta duragao dos cursos. o estudante nao consegue adqulrir intlmidade suficiente com os problemas da profissao. E ainda fica faitando a experi^ncia. que 6 algo que so se adquire com muita pratica e tempo". Na realidade, depois de concluido o curso, os formandos precisam ainda passar algum tempo em trabalhos comuns com seus colegas mais antigos para que sejam. de fato. liquidadores.

RISCOS DA PROFISSAO

Waldo Franco conta que \A recebeu v^rias ameagas, mas nunca agressoes, e Araken Ro mano diz que "enfrentar segurados valentoes 6 um problema que is vezes surge, tanto que antigamente os liquidadores que trabalhavam no Norte do Brasil tinham porte de arma".

L6 fomos muito bem recebidos pelo pessoal local. Sabe como 6, nesses lugares todo mundo faz questao de cumprimentar e convidar para uma cachaga qualquer pessoa mais bem vestida que aparega. FIcamos muito satisfeitos com a receptividade atd o memento que nos informaram que tfnhamos acabado de visitar uma coidnia de leprosos".

A profissao traz grandes ris cos, mas eles tdm de ser vividos. "Quando vamos liquidar um incendio num local semidestruldo, nao adianta ficar olhando para as telhas que estao pendentes, naquele jeito cai-nao-cai. Com ou sem receio a gente tem que entrar no local para executar o trabalho" afirma Luis Nunes.

® S '^"6potis" - informs o piNENsEr

pUNENSEG, Evaldo de Souza

Herm6lio das Chaqas urn dos professores da FUNEN SEG (Liquidagao de IncSndio),

Waldo acha que seus colegas do Norte sao mais sacrificados que os do Sul, pois 16 as dlflculdades de transports e a facilidade de contdgio de doengas infecto-contagiosas 6 bem malor. Ele lembra o caso de dois inspetores do IRB que contrairam tifo e lepra e atualmente estao aposentados. Ele prbprio, na 6poca em que liquidava no Norte. pegou maldria. "Uma vez na Amazpnia. fomos numa embarcagao bem frdgll fazer uma liquidagao. No meio do caminho resolvemos parar um pouco num lugarejo que beirava o rio.

"O que impressions muito tamb6m 6 a exagerada displicSncia do segurado em relaglio aos seus bens. For volta de 1950, aqui no Rio, um oper6rio de uma f6brica de bebidas foi ver se um dep6sito de 6lcool, subterrSneo, estava cheio. Havla pouca luz, ele abriu a tampa. ligou o "flash-light", estava e. . explodiu. O pobre do rapaz morreu na hora, e. no hos pital, faleceu tamb6m um outro. que estava prdximo e ficara gravemente ferido. Com a Indenizagao do seguro. o proprlet6rio da fdbrica resolveu refazer o dep6sito. Obra pronta, o pedreiro es tava i6 nos acabamentos e acendeu um cigarro. Explodiu de novo" — lembra Octacilio Peralvo Salcedo, hoje Assessor do Departamento de IncSncio do IRB, professor dos cursos da FUNENSEG, e que trabalhou durante muito tempo como liquidador.

Cr$ Cr$ ELEMENTARES 2.634.061,687 1.085.481.008 INCENDIO • \ 768.472.833 187.966.437 AUT0M6VEIS 657.197.698 361.816.350 VIDROS 2.018.198 598.942 ANIMAIS 986.588 673.286 ROUBO 18.478.565 8.624.669 LUCROS CESSANTES 28.303.481 16.364.546 TUMULTOS 10.451.783 7.170 TRANSPORTES 234.082.598 87.006.382 RESP. CIVIL ARMADOR 1.505.589 223.088 RESP. CIVIL TRANSPORTADOR 42-'806.S5a 18.603.616 CASCOS 75.472.559 30.973.672 RISCOS RURAIS 18.853.063 9.959.030 RESP. CIVIL GERAL 36.108.438 13.571.149 FIOELIOADE 10.556.700 1.802.380 CREOITO INTERNO 8.840.345 8.236.636 CR6DIT0 EXTERNO 858.513 1.117.593 RESP. CIVIL 0BRIGAT6RIA 165.878.638 103.044.205 RESP. CIVIL FAC. VEICULOS 71.379.494 24.019.569 RISCOS ESPECIAIS — BNH 70.037.007 31.908.527 ACIOENTES PESSOAIS 234.803.392 68.336.735 HOSP. OPERATORIO 1.041.886 1.290.615 ACIDENTES EM TRANSITO 1.236.045 10.759 AERONAUTICOS 38.968.570 23,075.289 RISCOS DIVERSOS 134.447.664 66.047.491 RISCOS DE ENGENHARIA 1.275.490 2,672 VfDA 532.023.606 280.683.672 ACIDENTES DO TRABALHO 261.389 24.731.745 TOTAL 3.166.346.682 1.390.896.425 Fonte: (DEPRO — IRB) Balangos das Seguradoras em 31-12-72. /-■s lUiiniin
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Aristeu Siqueira recorda as vdrias vezes que teve que penetrar na floresta amazonica, para apurar sinistros com embarcafoes. "6 chegar, de aviao, o mats perto possive!, e entao alugar urn barco pequeno que vai ser o nosso meio de transporte e moradia durante muitos dias. Lembro de uma vez que quase morri, com febre, de tanta picada de mosquito, quando apurava um naufragio no Rio Madeira, acima de Manicore, e que ievava uma carga de borracha. Fiquei ate a retirada de toda a car ga que foi possivel. Quando cheguei no Rio, de volta, soube que tinha que seguir, com urgencia, para liquidar outre sinislro. PrS variar tambem era no interior da Amazonia".

Lauro Cortes e sua muiher estavam de partida para uma segunda viagem de lua-de-mel. quando de repente surgiram cinco sinistros para iiquidar no Espirito Santo. "O jeito foi ievar a patroa. Enquanto eu trabalhava. eia ficava sentada no carro, ou entao me esperava no hotei. Entre uma iiquidagao e outra, nos passeavamos. 0 iiquidador nao tem dia, nem hora".

Araken Romano morou num barracao de madeira durante quatro meses, em imbituba, cidade de 3.000 habitantes em Santa Catarina. "Fui liquidar o caso de um navio que havia batido numas pedras. De dia acompanhava a desmontagem do navio e k noite tinha de ficar vigiando as pegas deslocadas para que nao fossem roubadas".

Todos eies passaram maus bocados, mas continuam empolgados com a protissao, principaimente peio fato de eia ser dinSmica e ecl6tica. T§m o maior prazer em contar suas historias. Conservam o seu bom-humor. Sao os liquidadores.

Os Seguios da Telefonica

Regra geral, os inventores nao conseguem merecer o cr^dito de sens contemporaneos, sendo mesmo, na maioria das vezes, ^timas de zombarias, quando nao ao escarnio piiblico.

Mas D. Pedro II, Imperador do Brasil, em visita a Exposicao do ^entenario da Independencia dos tslados Unidos, em Filadelfia, 1876, acreditou em Granham Bell e no seu inyento, "um aparelho transmissor de sons vocais". WG teye, assim, a oportunidade de expenmentar precursoramente ^quilo que comegou a fazer pequeno o nosso mundoi 0 telefone.

Dots IncSndios — em 1681, na rua da Quitanda, e em 1906, na praja Tiradentes, no Rio — destrulram completamente as In8tala90es das empresas antecessoras da alual Companhia Telefdnica Brasileira, que agora em novembro. i6 sob o controle aciondrio do Governo Braslteiro, completou 50 anos de exlst6ncia no pafs com esta denominagio.

Atravds de tSo amargas experidncias. a CTB obteve verdadelra e profunda conviccao da necessidade de adotar severas medldas de seguran^a e prevengfio, inclulndo-se ai a manutengao de apblices de seguro.

Desta forma, atualmente todos os seua bens e responsabilidades eslSo perfeitamente cobertos, apesar de nos Oltlmos anos felizmente nSo ter se registrado a ocorrSncia de sinistros de grandes proporgdes.

AI6m disso, pela prbpria nalureza de suas atlvldades, e adogSo de adoqua- das medldas preventivas, a empresa tarnbdm apresenta um balxo Indies de acidentes do trabalho.

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ADMINISTRAÇÃO DO SEGURO

NaCTB,éo DepartamentodeAdministração de Contabilidade - órgão da Diretoria Econômica e Financeira da empresa - que cuida, dentre outras tarefas, de acompanhar oscontr�tos de seguros, observando as condiçõesde cobertura, a Inclusãodeclâusulas facultativas, franquias, renovações, etc.

o sr.Sérgio Trouillet, adjunto deste setor, esclarece que "existem três funcionários exclusivamente para tra• tardasquestõesdesegurosdoInteresse da Companhia, Inclusive um expe• rimentado economistaque concluiu no IRB vários cursos espeolailzados no assunto.

Aqui - continua - temos como ponto-de-honramantersempretodosos bens cobertos por apólices especificas de cada ramo, incluindo os prédios, escritórios, oficinas, almoxarifa• dos, lojas e veiculos".

E os imóveis e equipamentos da CTB não apenas são valiosos e em grandenúmero,comoseespalhampor toda a Guanabara e o Estado do Rio deJaneiro. "Sóaquina Guanabaraconclui Troulllet-a Companhia conta com 56 estações telefônicas, uma estação de microonda, duas repetidoras, uma estação-rádio e, aproximadamente, 221 mesas telefônicas, cada uma das quais com valor superior a CrS 20 mil.No Esta__dovizinho sãocerca de 119 estações telefônicas, 19 estações-rádio, sete repetidoras de si• nals e seis estações de microondas".

MODALIDADES

Três seguradoras prestam seus ser• viços à empresa, cada uma abrangen• do diferentes modalidades de cobertu• ra:

-Sul América -Vida em Grupoe Incêndio;

-SegurosdaBahia-Responsahl· lidada Civil e Obrigatória, Transportes Terrestres e Transporte Internacional;

- Paulista - Riscos Diversos e Transporte de Valores, Incluindo dl· nhelro.

No Departamento de Administração de Contabllldade é voz unanlm& dos funcionários, Inclusive os mais antigos, que "nunca houve qualquer tipo de problemaoudificuldadenasoperações da empresa com asseguradoras,e as indenizações têm sido pagas sempre com precisão e em curto espaço de tempo".

Este setor da CTB utiliza uma classificaçãodosbensseguradoscontraIncêndio, dividindo-os nas seguintes seções: A - prédios; B - conteúdo; e - almoxarifados, e D - velculos. Além disso, hé também umd'faixa para suprimento de deficiências de verbas e bens não discriminados na apó· llce.

Quanto aos prêmios pagos durante o anode 1972,a CTB acusa um total deCrS1.795.656,76,IncluindoaCompanhia Telefônica de São Paulo, com CrS 678.542,62. Até outubro de 1973, os prêmios dlstrlbulram-se da seguinte forma:

- Incêndio-CrS771 946,05;

- RCOVAT-CrS 59.114,48;

-Transporte InternacionalCrS 87.940,47;

-Transportes terrestres - ...., CrS 28.329,30.

SISTEMAS DE SEGURANÇA

A Companhia Telefônica Brasileira mantémumDepartamentode Segurança destinado a tratar,especificamente. dos aspectos referentes à prevenção de incêndios e roubos.

Dependendo de suasatividades dentro da empresa, o funcionário, ao ser admitido, é Inscrito para participar de cursos de treinamento de combale ao fogo, onde obtém instruções sobre a uliflzaçãoeomanuseiodeequipamentos como extintores, mangueiras, hldrantes, etc. Por outro lado, aqueles que trabalham na Tesouraria e lidam com valores em dinheiro são informados como devem agir para prevenir roubos e extravlos.

Emtodasasinstalaçõesda Empresa, o sistema de prevenção contra incôn· dio é bastante rigoroso, estando todos os extintores colocados nos lugares certos e convenientes, como foi comprovado pelos próprios técnicos das seguradoras, em recente fiscalização. Nos novos prédios da Administração e em todas as estações telefônicas modernas existem portas "corta-fogo" e uma rede de "sprinklers", dispostos no teto à uma distância de 3 metros, conforme convencionado.

Especialcuidadoé tomadopeloServiço de Segurança no prédio localizado na rua General Polidoro, em Botafogo, onde está Instalado o setor de computaçãodaCompanhia:osarquivos magnéticos estão situados dentro de uma verdadeira "caixa-forte", prole• gldosporespessasportasdeaço,além de todosos outros dispositivos deprevenção a Incêndio.

Neste edifício e em todas as estações telefônicas, onde também são efetuadas medidas especiais de segurança, existe um moderno sistema de combate ao fogo,composto por Instalações hidráulicas no piso, que funcionam automaticamente a uma acentuada elevação datemperaturaambiente, soltando uma substancia espumosa com CO2. Basicamente, o mecanismo é o mesmo desenvolvido pelo sistema de "sprlnkler", com a diferença de que é Instalado no chão.

Com todo este dispositivo de segurança, resta saber se ainda ocorrem sinistros na CTB. Sérgio Trouiilet explica: "Casos de Incêndios graves não acontecem na empresa há bastante tempo. Mas como lidamos baslcamen-

Apesardeadotarseveras medidasdeprevenção desinistros,aTelefônica fazquestãodemanter

lojasouveículos.

hiphone Company. Formou-se en- EMBRATEL E TELEBRAS LEBRAS,entidadeptíblicn encarretão, em outubro do ano segui�te,a gada decoordenaçãoe plane1amenw Telepho_ne Company of Brazil, com Desde O fim da 11 Grande Guerra geral,para exercer. o controle acio\1m �apttal de 300.000 dólares. Ematéadécada de 60, 0 serviçotelefô- nário dnsempresas de telecom11ni1anetro de 1881foi instalada no Rio . caçõese dereduzir a uma por E.�taa no e h' niconoBrasilnãoia bem, pois não va ompan ia, na Rua da Qui- do o grande número de empresa., rcmd 89 E 8 conseguiaacompanhar o ritmo do a, m 1 88,este prédio foi desenvolvimento nacional.O Gover-concessionárias. iorolmente destru(do por incêndio F d ATELEBRAS, sediada em Brnsima t 'd d I no e eralcriou,então, em 1962, o s a a ivt a e foi restabelecidaem e 1 11a, e "n'a empresc1 de econon1111 t onse ho Nacional deTelecomumca- " • cur O espaço de tempo. - (CONTEL mista, controlada pelo Go•1erno F'eO çoes ), cuja Secretaria � _serviço telefônico do Rio de Executiva _ 0 DepartamentoNa- dera!, vinculada e orientadn pelo .Iane)r_o f!)i adquirido,em 1889, pela cional de Telecomunicações (DEN-Ministériodas Comunicações. A pur­ Biasthamsche Elektricitats Gesells- TEL) _teria a responsabilidadede tir de Stta criação, nCTBpassou " chaft,comum prazo deconcessãode elaborar O PlanoNacional de Tete- operar nos Estndosdn Guanabara I! 10 ª?1-º5• A_ sede da firma era em - d do Rio de Jnneiro. tend<> sua 1·11r1s- Be 1 h comumcaçoes, promover o seu e-

! 1mettn aum capital de 45 mi- 1 di,·ão reduzida, sem pe,der. 110 e11- lhoe d senvo v1mento, fiscalizaras conces- y • � e marcos. Em1906,novoin- - t tanto,a importância e a11toridc1dr ce d d soes,proporas tanas aserempagas 11 10 e_strmu asinstalações da l - d conquistadas d••ra11te ta11to 1empo. Com h d peaexecuçaoosserviços, etc . " pania_.estaveznaPraça Ti- com o trabalho pioneiro de monrnradent f d Acriação da EmpresaBrasileira . es,tcan o o serviçotelefôni- gem de umaestrutura de 1el,,com1,- comte 'd d deTelecomunicações(EMBRATEL), d i o rrompi o urante setemeses nicaçõ_es em região-chave prirn 11 Alexander Graham Bellmu oide tempo necessa'ri_o para q·•e O p,•e'dio' emsetembrode 1965, foio primeiro • .

QUEM FALA?...

H. d 10 .. d f 1 • crescmientoeconomico do pnis. rumoda istona quan o, a fossereco_nstrmdo, e novos eqtit'pa- gran e passo paraa reormu açao d 1876 em BostonMassCl' t das com"ni·caço-esno pai·s, e t1·nhaAfase atualpor que passaa Em- março e , , e me!t osimportadosdosEstados " chussetts, Estados Unidos, obteV cJenidos · r.omo objetivo implantar e e:rplorar presa tem se caracterizado por 11111 • 't t t d f to d d d d dinamismocrescente,visandoa apn- exi o noes e e unetonamen . 0 A Riode Janeiro TeleplioneCom- os gran es troncos em1croon as o d t re o! cionana Sistema Nacional de Telecomuni·ca- morar ca a vez mats os sernços qur seu inven o, que vu opany foi incorporada em 1907 1'0 d d Campo daComunicaça-ohumana· E • ções, e suasconexo·escom o exter1·or. preSta u comum Cl e. E:remplo dt.,- . o st _ ado de Maine, Estaclos Un1 idos, Pl tetefone.Em menos de um ano , pma e A_seg_unda medida importante foi a so saoosnnosde Expnnsâo prl"d l d .,,r 1 . ncampar a concessionáric1 d M' movidos 11!timame111P qtH'. cfp u1�w uso do aparelhofoiivuga o, s":tJ aema. A no C cnaçao o misterio das Comunicagindonaquela cidade aprime11o bordinad vaompanlua era su- çc3es. pelo Decreto-Lei 200, quein-maneirnorgnnizada e bem plm•eJnempre d t lt'dade fl wa L 0 ª Rio de Janeiro Tram- trod.uziu areformaadmi·ni·strati·vn da,concedem n todos Cl opor11,111rlnc/1 saesaespecia N Y 1ght_ and Powei· Company. mundo O 800 t z f s e em 25/02/67. de possuírem se11 telefone. 1 c m ee one 110 °a�ada, em ;ulho de 1912 pas- Por outro Indo, a CTB vem rle- 0 primeiro telefone aparecena �ou a mteara 8 • Em 1966, o Governo negociou a Rlo neste mesmo ano,sendoco»sô; Li"ght & p r ª raz1han Tract1on d CTBd senvolvendo 11mamplo progronrn d, ower compra a e e suas subsidiá- · tnddo nas oficinas da Western ao. consolidar '. com o ObJetivo de d tremumento de tecmcos. e111nnnclo. B T T 1 h e ves- . , 111teresses de companas e MinasGeraiseEspírito San- inclusive, engenheiros pnrncwso, raz1 1an eegrap ompany. II nh10 J s similares que operavamno Rio to,quepertenciamàBrazilianTrac- de especialização710extenor. r tinou-se aoImperador D. Pedro �� e aneiro E tion_. de . capital canadense,eque e foiinsta'-donoPala'cio de SO lo E · e no stado de São Pau- muito tem trabalhado no senttdo dr ""' ,. m 1923 d - estao ho3e sob o con.trole acionário Cristo·v;:0 naQui·ntadaBoaVistv, · , a ireçao cln empresa dTELE colocar à disposição do püb!ico o., " e111 Toro t e nBRAS. Com a compra, es- hoje Museu Nacional. 11 éom �º• anadá, decidiu dar à tas empresas ganharamnovosestamaisavançados aparelhos de comuCharles Pau' Mackieobteve,e1 ,. zasse pa m nh1 s ª 11m nome_ que generati-t"to Ad 11icação telefônica. Em 1974,n Com- • ..., a " s enova nunistração, c01ne- 15 de novembro de 1879,a..,,,.imei•e • • expressao de seus do- d panhia estará construindo o Centrei! ,,. ,J mm1ose s ran o sua expansão atravésdn concessãoparaestabelecimento .t>, ne C urgiu a BrazilianTelepho- Rádio-Rio nn entrada doTúnel Reomp" f constn,ção de prédiosparaasnovash uma rede telefônicanoBrasil. v,a nom .,ny, aciiltando o uso elo ouças, no Catumbi, constando df· d 5 e em po t centrais telefônicas e ampliação de d jou logoparaosEstadosUnio�vembro de tugues.Ea 28 de no- redes de du.tos e de cabos. tuna torree75,40 m. de alturo paentrandoemnegociaçõescom a denomt'iia 0 �23 ,1 começou . ª seasar ra entradaesnidadas rotasinterurc .,.,, ç O e . Em 11 de 1·ulho de 1972, foisan-bana d d "' d ontinental Telephone Compa,,, nicaBrasiL . ,, ompanlun Telefô- s e microon aspara o c,St<l P lfes, eira Ctonadaa Lei 5.792, autorizando a do R. ·t· t 1·paracompraroualugarte e on.5 ra 50 anos d 91t�c�mpletou ngo- w, espec1 1camen e nas 1gaçoe.ç respectivostransmissores e demO' eextstencta. con5tituição da Empresa deTeleco- Rio-Niterói. NounFriburgo. C'nho apetrechosfabricados peta Bell 'fe;-------------------�

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ALÔ?...
todos os seus bens cobertosporapólices, sejamprédios,escritórios, oficinas, almoxarifados,
1: n�u:n�ic:a�ç:õ:e� s�B� r� a�s1�le:ir�as_:S�/A�=-TE-�-F'�rio�e�T�eresopoli�s�______ 35

re com circuitos elétricos, apesar de rodo o cuidado. ás vezes acontecem pequenos acidentes que são fogo s�nados. como hâ cerca de quatro meses, quando uma mesa telefónica se incendiou na Contai. O fogo foi logo debelado,.destruindo somente a mesa: a pericia do seguro foi feita rapidamente, e os prejuízos foram Indenizados sem maiores problemas . Ele lembra outros tipos de sinistros que também podem ocorrer, "como o que atingiu, hâ pouco tempo, o setor de transporte internacional, com o extravio de 20 lingotes de cobre eletrolítico, que a CTB Importa da Amértca do Norte, Chile e ouiros palses. Ao chegar ao Brasil, a mercadoria é transportada do navio para o estoque, e extraviou-se nesta ocasião.

GARANTIA DOS FUNCIONARIOS

A Companhia Telefónica Brasileira mantém um seguro de Vida em Grupo com a Sul América desde 1955. Neste tipo de seguro o funcionário é incluído compulsoriamente, sendo optativo o de Acidentes Pessoais.

Incluem-se no seguro de vida todos os funcionários que se interessaram por ocasião de sua Instituição, bem co• mo os novos empregados admitidos a partir de sua vigência. Sua cobertura abrange invalidez permanente e morte. Na ocorrência do primeiro caso o valor do seguro é pago pela metade. ficando o saldo para cobrir o caso de falecimento.

O custo deste seguro é partilhado entre a CTB e os empregados. A con· trlbuição de cada funcionário é fixada de acordo com seu salário, assim como o valor da indenização. A escala de valores segurados vai de CrS 6 mil a CrS 11O mil. Até outubro de 1973. o número de funcionários segurados, entre ativos e aposentados, era de cerca de 14 000 com um montante de CrS 580 milhões.

A política de seguros da Companhia oferece Inúmeras vantagens aos seus funcionários, destacando-se duas clâu· sulas. que visam. sobretudo ao benefício do usuário 1ª - os empregad0s continuam segurados após a sua apo• sentadorla; 28 - os empregados afastados por motivo de doença ficam Isento de pegamento

Desde sua instituição. o seguro de Vida em Grupo já amparou 902 familias de funcionários falecidos. com Indenizações que atingem

CrS 3.886.761,50 Além disso há sorteios de lucros distribuldos aos prô· prios funcionários que, somados, representam 75% dos prêmios recebidos até 1971 {dados referentes ao período de julho de 1972 a 1unho de 73)

ACIDENTES DE TRABALHO.

A Companhia Telefônica desenvolve um trabalho eficaz na prevenção de acidentes de trabalho, obedecendo ao seguinte esquema de funcionamento:

uma Assessoria de Segurança do Tra· baiho coordena 11 Comissões Internas de Prevenção de Acidentes - CIPAS - conforme o estabelecido na Portaria 32, de 1968, do Departamento Naclo· nal de Segurança e Higiene do T(aba: lho. Três funcionam na Guanabara. Centro, Sul e Norte. As outras oito, ern Niterói, Barra do Pirai, Três Rios, No· va Iguaçu, Petrópolis, Nova Friburgo, Volta Redonda e Campos.

Estas comissões promovem reunlõ85 mensais para analisar as causes do5 acidentes e recomendar mais atenção aos descuidados. São requisitados, também, um médico e uma assistente social para examinarem os reincide�· tes, buscando encontrar as causas p d si· cossoclals dos descuidos e falta 6 atenção repetidos.

Este excelente trabalho de asslsté� ela tem surtido efeito, visto que a rT16: dia mensal de acidentes na área CT Centro caiu de 50, registrada de Jane1· ro a julho do ano passado, para 2 • este ano, em igual período.

-São eleitos representantes dos fun� cionárlos junto._ às Comissões Interna. de Prevenção de Acldêntes, cuja cola boração consiste em alertar os com: panheiros para a necessidade do tíll balho em segurança.

O atendimento ao pessoal sofreu, ainda, grande melhoria através de li� convênio firmado entre a CTB e 8 INPS, referente a beneflcios e perlc3 médica. Os empregados da empr�s usufruem dos seguintes beneflcr05: auxilio-natalidade; benefício por lnCJe pacidade (auxílio-doença); abono permanência em serviço; aposentad0 ria (todos os tipos); e auxíllo-funera {quando pago pela CTB).

CRÉDITO· SENTENÇA·DETERMINA QUE IMPOSSIBILIDADE DE RESSARCIMEMTO ANULA CONTRATO DE SEGURO

Transcrevemos, para conheclment.o de todo o mercado segurador, trechos da sentença prolalada pelo Juiz de Direito em exercício na 3• Vara Cível do Rio de Janeiro, Maurício Bezerra Covalcantl, na ação ordinária movida por Victor Isaac Chuecke, na qualidade de sucessor das obrlgaçõea ativas da extinta Princesa 5/A - Crédito, Financiamento • Investimento, contra a Alillnlica - Cle. Nacional do Seguros e o IRB, que !oi mantida por acórdão unânime da 1� Câmara Clvel do Tribuna! de Juatlça do Estado da Guanabara na Apelação Civet n9 84.953, datado de 8 de agosto de 1973 (publlcado no O.O., parte Ili, fls. 11,632, de 4.9.73), tendo como Julgadores os desembargadores Sampaio de Lacerda (relator), Clóvls Rodrigues (revisor) e Elmano Cruz (vogal e pnesldente).

Através desta sentença, o magistrado considerou prescrito o direito de ação do autor, tecendo, ainda, equilibrados comentários sobre o mérito do pedido, que entendeu Improcedente diante do esboroamento da garantia real - allenaçlo llduclérla - do Contraio de Abertura �e Crédito, tom�ndo nulo o Contrato de Seguro, pela lmposslbllldade 10181 de ressarcimento.

1 "Victor Isaac Chuecke, qualificando-se, promove contra Atlântica Cia. Nacional de Seguros, com sede nesta cidade, ação ordinária para cobrança de Indenização estipulada em contrato do seguro de crédito por quebra de ga­ rantia, leito em favor de Princesa S/A -Crédito, Financiamento e Investimento, empresa esta que o Autor titular de suas ações, vendeu, pe;me­ necendo porém com e titularidade das obrigações olivas, entre as quais O di­ reito ora acionado; fundamenta a pre­ tensão O fato de a Ré haver segurado aquela financeira pelo crédito conce­ dido à Companhia Agropecuária Nacio­ nal, em contrato de financiamento com garantia de allenação fiduciária, o qual foi pela segurada ajuizado por melo de ação de depósito dado o Inadimple­ mento da alienante, e, no que tange mais precisamente à execução do con­ trato de seguro, Importa que dita alie­ nante e financiada Impetrou e obteve c�ncordate Judicial no MM. Julzo de 8 Vara Clvel de São Paulo, operan­ do destarte a condição suspensiva do contrato de seguro ora ajuizado nos �':,'�os do ajuste expresso na �póllRé pede, finalmente, a condenação da v I no pagamento de Cr$ 128.312,00, aor do crédito segurado e não pago pela financiada, tudo como alega na petição ª fls. 2/5, juntando a apólice ª fls. 9• que, pela Ilegibilidade da xe­ rocópia, velo por outra a fls. 260 Jun- ����ft mais o contrato de abertu�e de clárl o, ':S- 45, com e allonação flduta d a : s. 52, o edital da concordae ctplan�cladl� �ela segurada, fls. 54, sito fls pe ç o na ação de depôo P�ct; �5, tfntatlva de lazer cumprir munlcaçãoª ; lenação llduclárla; a co1-1989 fl 6 o sinistro, feita em 09no dl�e•it s. 2, o titulo da subrogar-ão o ora ajulzad fl � documento• uaq 0, s. 72, e outros " ue fls. 100.

1.4 Saneador, do meu digno ante• cessor, a fls. 233, rejeitando a prescrição, dai o agravo no auto do pro• cesso a fls. 234 inclusivamente pela legitimidade ad causam reconhecida naquele Despacho, agravo com razões até fls. 241 e com termo a fls. 242,

1.5 Audiência de instrução e julgamento a fls. 270, com memorial da Ré até fls. 273. é o Relatório".

A seguir, passa ao exame da preliminar de prescrição, "verbls":

1. 2 Contesta a Ré a tis. 105, preliminarmente argüindo que a Indenização somente poderá ser de 80% sobre o prejuízo, vez que a segurada, nos termos da apólice, assumiu 20% do risco pelas perdas, e assim a Indenização seria de CrS 102.649,60; pediu a citação do Instituto de Resseguros do Brasil, e, no mérito, que não lhe cabe qualquer responsabilidade pelo pagamento da indenização face aos termos do Dec.-Lei 73/66, e Dec. 60.460/ 67, legislação atinente ao Sistema Nacional de Seguros Privados, Integrado pela Ré, e face a que o mencionado Instituto não autorizara o pagamento da indenização, o que se coaduna com a hipótese em causa, vez que a creditada, pela empresa segurada, alienou, flduclarlamente, a outrem os mesmos bens dados em garantia, Irregula­ ridades apuradas pelo IRB e fundamen!º da ausência daquela autorização· 1untou as "Normas para as Cessões d� Ressegures de Crédito e de Garantia" fls. 113, e comunicação do IRB à Ré relativa ao sinistro em causa, fls. 121. Contesta também o Instituto de Resseguros do Brasil, fls. 139, com as preliminares do seu interesse no feito da prescrição, da falta de legltimlda: de para a causa pelo Autor, e, no mérito, que a indenização, a ser reduzida, é absolutamente Indevida, porque a segurada assumiu o risco da efetividade das garantias nas aberturas de crédito, e, ln casu, a alienação fiduciária esboroou-se diante da prevalência de outras alienações feitas pela creditada dos mesmos bens; Juntou documentos até fls. 196, vendo-se a fls. 173 financiamento feito à mesma creditada por outra financeira, com alienação fiduciária dos mesmos bens descritos a fls. 180, porisso a Senten: ça, no MM. Juízo de São Paulo, nos embargos de terceiro, !Is. 183, ...........

"Concessa máxima venia pelo meu digno e ilustrado antecessor, a prell• minar da prescrição tem procedência. Nos termos do art. 178, § 69, n. 11, do Código Civil, é de um (1) ano o prazo prescricional para a ação ajuizada. De passagem, ainda corri a devida vênia não seria no Saneador a oportunidad� para apreciação de tal preliminar, questão prévia, é certo, mas inegavelmente preliminar do mérito e não ao mérito, somente em Sentença apreciável. Afastada qualquer preclusão face ao agravo no auto do processo, de qualquer modo a mim, nesta Sentença, não se oporia uma compulsoriedade �o acatamento do R. Saneador, o qual, intempestiva, porque prematuramente decidiu uma questão de mérito aind� que prévia, como a relativa à prescrição do direito postulável.

Como se lê do R. Saneador fls. 233, fundamentou S. Excia., seu eminente prolator, a rejeição da prescrição, no documento de fls. 121, que diz, do Instituto de Resseguros, à Ré, Atlãntlca-Cia. Nacional de Seguros;

"Informo-vos. que a Comissão Especial de Crédito e Garantia, em sessão de 26/8/69. resolveu que se aguarde o pronunciamento da Justiça, para saber qual o contrato coberto com garantia real, de acordo com o disposto nas Condições Especiais do Seguro."

Prima lacle, tal documento, memo• rendo do IRB à Ré, não teve efeito de Interromper - porque jamais seria caso de suspensão da prescriçãoo prazo prescrlclonal que corria para o Autor no seu direito de agir contra a Ré, eis que a missiva ao Autor não foi dirigida, essa a exegese do n. V, do art. 172 do Código Civil; mas, ainda que f?s�e, e tivesse interrompido a prescrrçao, tratasse de manifestação do IRB e não da Ré, e ainda que consl• derássemos ambos como devedores

a aperfeiçoar:_os seus serviços.

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Com o seguro garantindo sua tranqüilidade, a CTB se dedica continuamente
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soilddrfos da Indenlzasfio — o qua nfio ocorre ainda na sistemdtica atual da nossa leglsla^fio securitdria, o art.

176 do mesmo Cddlgo impediria d^ssemos como interrompida a prascrl(9o relatlvamente 9 6nica a verdadeira parfa passlva na relagfio obrlgaclonal posta em causa — a Rd, Atiantlca Cia Naclonal de Seguros:

a internjpgao operada con tra 0 co-devedor,.. n3o prajudica aos demais co-obrigados." — art.

176, do C. Civil.

E, por parte da Rd. n3o h3 manlfestagSo com visos de interromper-se a prescrlgSo; a favor dela, pols, correu llvre e Infnterruptamente o prazo prescrlclonal dnuo. Arguiu ela tal questSo pr3via no seu memorial a fis. 271, em se reportando as argulpQes do Instituto de Resseguros, em qualquer fase do processo, como em qualquer InstSncia, questSo argtilvel como 3 a da prescripio.

Mas, aInda que tlvasse o elelto de interromper a prescrlpio, o documento de fIs. 121, dalado de 15 de setembro de 1969, o prazo, que comepou a correr em 9 de Janeiro de 1969, como se v6 do documento de fIs. 62, asslnado pelo Aulor, o que termlnou em Igual dfa de 1970, termlnaria entSo em 15 de setembro de 1970, certo que a agSo fol ajulzada em abrll do correnle ano de 1972, portanto bem apbs o consumar-se da prescrlpao extlntiva do direlto.

Por todo 0 exposlo, a agSo estava prescrfta, quando ajulzada aos 27 de abrll de 1972 ((Is. 2), quando a fIs. 62 se prova que, aos 9 de Janeiro de 1969 o Autor J3 rrianlfestava o seu di relto de aclonar 6 R6, pelo fmplemento da condlgSo suspensive do seguro, a concordala da empresa credllada".

E tw mOrlto, assim, se pronunclou, "verbts":

2.3 No mdrlio, que aprecio em razio de nOo Ihe reconhecer precedOncla, tanto que j3 del pela prescripfio que 6 prellmfnar dele e nSo a ele, raz9o tambem nSo asslste ao Autor para obter a Indenlzapfio pretendlda.

Contrato de seguro de crSdito, contrato novo no mundo Jurfdlco comerdel, inobstante com principles legals de suflciente e clara apllcabilldade; basia que se ponham os disposltivos bOslcos no Inicio de raclocinio JuridlCO. antes de tudo, evidenlemente, urn contrato de seguro, ramo, por3m, pouco reguledo, sobre o qual pouco se tem escrlto, e taivez jamals decldldo noe nossos augustos pretdrios.

A base de regulapfio do contrato em causa Inavitaveimente 6 a apdilce. E

lO-se a fis. 262, das sues "CondigOas das OperegOes da Abertura de Crddlto", reiativamente 6s obrlgagSes do segurado,

"Obrlga-se ainda o segurado: "5.2.3 — A exigir como garantia do flel e cabal cumprimento de todas as obrfgagSes, principal e acessdrias, assumldas pelos Credltados em cada contrato, a reserva de do minie ou pentior, ou alienagSo tlducidrfa dos bens do referido con trato, assumlndo ainda o Segurado, perante a Seguradora, toda a qual quer responsabilldade de que essas garentias se operem em pertelta forma e vigdncla legals, sob pena de perda da cobertura respectlva."

O contrato de abertura de cr6dlto segurado, como se vd a fis. SO, recebeu efetivamente esse elemento essencial — essentlalla negotll — a garan tia da alienagSo fiduciSria feita pela creditada, Companhia AgropecuSria Nacional, S empresa flnanceira segurada, Princesa S/A — OrSdito, Flnanclamento e Investimento, Ipsis literls da sua cISusula vIgSsima, Ibidem, e consubstanclada, essa alienagSo, no documento de fis. 52. AlienagSo, porSm, frustrada. ou, como o prbprio Au tor classificou a fis. 205/6, alienagSo elvada do vicio de dolo (sic), porque a creditada induziu a segurada em erro; e Islo porque os tralores agricoias "Hanomag", modelo "Robust Su per", de 90 HP, com molores nOmeros

1.314.777. 1.314.817 e 1.314.737, foram, ou jS havlam side dados em ga rantia, ailenados fiduclariamente pela mesma creditada. a outra flnanceira, como se vS a fis. 160.

Por Isso a segurada Ingressou com agSo de depdslto (sic) e nSo de busca e apreensSo, contra a creditada, como se IS da petigSo a fis. 55, no MM. Juizo de SSo Paulo, esclarecendo no seu Item 8: "Se a colsa allenada fiducla riamente fol allenada ou dada em ga rantia a tercelros pela ^evedora, estarS 0 segundo Supllcado sujeilo 6 pe na prevlsta no art. 171 do Cbdigo Pe nal. ",

Cerlo, pols, que se nSo operou a garanlla da alienagSo fIduclSrIa, que inlegrou o contrato de seguro. E ceho, ainda, qua o segundo contrato de alie nagSo fiduclSrIa, feito pela creditada, S nulo, aenSo mesmo Inexislente, porIsso que os bens JS havlam side aile nados.

2.4 Resta anallsar se, a despelto da nuildade da garanlla do contrato do abertura de orSdllo, asle ultimo conllnuaria assIm mesmo coberto pelo se guro em causa. A conclusSo Inexoravelmente 6 pela rtegatlva.

O equllfbrlo econbmico dos contratos em geral S IndlspensSvel na regulagSo Juridlca. A cISusula da apdiice, In casu, JS (ransorlla a fis. 9 desta Sentenga. hS de prevalecer. Neste

ponio, Invocamos mals uma vaz os valloslsslmos subsidies doutrinSrios ot Fablo Konder Comparato: nem todo crSdIto 6 segurSvel, hS requlsitos In* trfnsecos para a sua qualiflcagSo', enumera — certeza, licltude, reves'l"' mento de todas as (ormalidades d« cuntio legal ou regulamentar, extra"!' de lltlglosldade, nasolmento posterlo' ao contrato de seguro (ob. cit., pSg''. 36 e s.); em se exiglndo do erSdito" formalldades de cunho legal ou reO*** iamenlar, exige-se a prevalSncIa da 9^ rantia adjecta, In casu, da allenag*' fiduclSrIa; esta se lez nula; sem objc to, portanto, o contrato de seguro. De notar ainda que este contrato. o'^.. em causa, se classifica como de bra de garantia; diverse (o contrato ds, seguro de crSdIto Inferno, referente operagSes de venda mercantll, desS'j compant^ada de garantias especis" (ob. cit., p. 19).

DADOS ESTATl'STICOS

fotalizando o movlmento das seguradoras autorlzadas a operar no pals, no trienio 1970/1972, em sfntese as seguintes:

Tabela 1 — Resultado geral do mercado, discriminando os saldos de operagdes por ramo, OS resultados palrimoniais e as despesas adminislrativas gerais;

Tabela 2 — Principals contas do Atlvo 6 Passivo;

As dlsposlg5es regulamentares, .:' outre lado, nSo poderlam ser da^!' cumpridas, quer pela RS, seguradof^. quer pelo prdprio Autor ou segurad ,• a Circular n? 2, de 15 de janelro " 1968, da SuperintendSncla de Seguro Privados, para a quaf o objeto do s guro com tais caracterfstlcas S 9 rantir as "perdas liquidas definitiv® que a prbpria segurada possa a^fr ' em consequSncIa da InsolvSncla ° credltados, tudo nos termos do co_^ , re trato de abertura de crSdIto com serva de domlnio, ou alienagSo 'Id ciSrIa ou penhor," que farS parte ° •. apbllce, Integrada, Inexoravelmem ^ pela garantia real, no case, fIduciSrIa. Funcionando essa garano^ funclona o contrato de seguro, oom rapldez das llquldag&es dos crSdl^ na rapldez das llquldagdes das nizagfies, subrogando-se, de outra P® te e em momento subseqUente, a *1 guradora, nos crSdItos indentzados, P ra o qual a seguradora haverS da ® cutlr a garantia real. E nSo fosse o seguro de quebra de garantta ssP uma transferSncIa, para a segurado^ de urn risco IncalcuiSvel, o que exists na tScnIca securltSrIa, que senta no prlnclplo da velocldade llquldagSo dos danos, e assungio d rfscos pelo ressarcimenio, Jamals rSm diante de uma absoluta Impose''' lldade desse ressarclmento."

E conclul:

3. "Isto posto, CONSIDERO CRITO 0 direlto de aglr do Autor,' JULQO IMPROCEOENTE o seu pedlo^ condenando-Ihe nas custas e em hoP^ rSrios do advogado da RS, os 9"'^ arbitro em cinco por cento sobre valor da causa, elevado para essa > : xagSo, exclulda essa condenagSo rel® tlvamente ao Institute de Resseguro' que nSo 6 parte neste processo. ° glstre-se."

Em 15 de dezembro de 1972.

MAURtCIO BEZERRA CAVALCAN^'

lamento de Processamento de Dados do Institulo organizou as tabelas apresqntadas a seguir, S64.066.994 142 679,108 8,406.114 68.878 3.058.292 5 034.917 2.0S6.029 ».897.047 180 680 6.002.321 — 1,904.680 2.806.630 4.467.935 832.944 684.888 196.272 30.S79.332 7.474.575 30.947.207 1.309.280 113.848 t,304.926 17.176,091 10,051.344 71.395.409 17.175.043 94.220.388 — 3.094,756

451.894.320 197.118.293 36.997.188 785.962 — 1.859 4.804,099 — 5.396.929 3.741,561 39.736.627 203.124 4.107.447 1.126.048 6.683.625 2,838.412 2 060.062 255 262 149,424 82.005.209 21,202.435 5 462.385 46.618.892 380.329 409.3SS 514.349 27.474.174 7,206.169 93.662.169 24.019.529 99.842.870 — 16.444.956

688,803.010 283.583.446 123.717.719 806.137 209.692 3.553.214 9.499.162 2.993.967 50.756.013 509.987 14.606,413 17.400.418 2.404.946 1Q.O8I.920 6.1T3.Q04 2.316.843 — 13.107 34.681.251 27.469.714 6.492.199 89.466.873 — 624.417 741.127 7.194.628 28.355.411 ^ 14 521,079 109.492.336 20,245.450 69,246.888 — 22,070.756

167 286 434 205 284 408 78 359 1.147 118 242 255 115 — 3 272 257 388 299 2.699 2.893 5.092 166 ^1 241 178 263 336 — 112 64 1.299 47 120 48 226 — 144 510 52 171 503 33 10 90 1.767 1,346 — lie 84 108 72 181 245 347 786 — 230 498 80 323 591 222 86 1.219 186 269 262 181 137 8 163 2q1 235 163 228 192 150 184 246 44 — 263 315 RE9UATAD08 DOS EXERCfCIO Sewliido OtMraclonii jMuluoo PiuimoniM 964P8MB AdmlribirBOviB nMutlMO Fk>Bl

332.367.248 827.26l.58l 119.493.663 220.939.785 377.014.034 617.441,265 74.646.877 230.780.071

774.224.590 207.083.696 702.847.696 278.670.691

166 100 141 147

267 164 194 492

392 170 263 840

Tabela 3 — Dados comparalivos da arrecadagao de premlos e de pagamento de sinlstros, por ramo. Os premios de seguros reterem-se aos negdcios de se guros diretos e estSo liquidos de cancelamento e restltulgdes; nao incluem, tamb8m, nos exercicios de 1971 a 1972, os totals dos premios em cobranga em 31 de dezembro. Os sinistros referem-se as indenlzagoes e despesas pagas no exerclclo, liquidas de salvados e ressarclmentos, tamb8m de seguros di retos;

Tabela 4 — Referlndo-se apenas ao ano de 1972, a tabela "Resultados parciais dos Ra mos" sintetiza os saldos enlre as despesas e as receitas de aquisigio de seguros, ressegu ros e retrocessoes, discriminados pelas rubricas gendricas de

ATIVO E PASSIVO especificacoes 1970 1971 laoeia z 1972 ATIVO imobilizado Imbvels (C/CorregSo MonetSrla) REaSSl'""'" Apbllces em Cobranga Outras Contas OlSPONlVEL PENDENTE total Cr$ 398.294.056 79.318.960 11.619.763 441.022.505 233.187.898 368.255.850 154.416.222 47-544.493 1.733.659,737 Cr« 492.803.151 104.138.994 16.215.212 757.931,464 75.739.069 758,557.707 243.433.087 65.936.608 2.516.755.292 Cr« 702.537.549 132.649.074 45.938.108 1 .143,497.771 35.369.521 784.418.720 368.602.700 606.916.548 3,817.929.991 NAO exiGfVEL Capital (Aprovado) Peaervas TScnIcaa total 226.949.690 327.603.529 21.519.135 785.162-574 22.168.446 323.406.650 24.849.513 1.733.659.737 430.258.548 375.927.394 39.799.912 845.273.101 47.598.563 465.719.575 312.178.199 2.516.776.292 699.168.643 565.098.726 67.512.955 1.184.431,702 24.287.784 691.708.024 595.722.157 3.817.929.991 39

Juiz
38
em exerclclo
A parllr das informaQdes prestadas ao IRB por meio dos questionarios de balan^os, o DeparRE6ULTAD0 0P6RACI0KAI Tibelft 1 VAtOfM Bm CrI HH IndiMB D»erifnlii4fla Sbm: 1968 B 100 1970 1671 1872 1970 1871 1972 lnc«ndio AuiempvB'S Vidros AnlmBit Poubo Lucroa CessBnias fipBp. Civil Armadof R®ip. Civil Transportsdor Cucoi R'MOl PutalB neap. CMi Qarai Pideiidade C'Mite In'.emo Cr«ilo'4 Ezporieglo ftMD Civil ODttaet VAT n«p. Civil F«c. VAT n«oe Sapeciais 8NH Acidenias Pttaaoaji HospJmet Opereiprio Acoflftiei em Trinsito Aercfilull COB niKoa Diveraos Nlo €Bp«clticAda» lAdwlqpii QrupoAcid#nt«a do Trtbeino
"Premios", "Comissoes","Inde nlzagoes" e "Reservas".

Principais Ramos de Seguro Elementares Incêndio Automóveis Vidros Animais

Roubo

Lucros Cessantes

Tumultos

Transportes

Resp. Civil Armador

Resp. C. Transportador

Cascos

Riscos Rurais

Resp. Civil Geral

Fidelidade

Crédito Interno

Crédito Externo

Resp. Civil Obrigatória

Resp. Civil Fac. Veículos

Riscos Especiais - BNH

Acidentes Pessoais

Hosp. Operatório

Acidentes em Trânsito

Aer)náuticos

Rlséos Diversos Vida

MERCADO BRASILEIRO DE SEGUROS PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO

PAULO GAVIÃO GONZAGA

Diretor da lnduseg - Cla. de Seguros

A REVISTA DO IRB continua transcrevendo esta monografia, primeira colocada no Prêmio "Angelo Mário Cerne", patrocinado pelo IRB no ano passado.

No númeroanterior o autor - após considerações preliminares, em que situou a posição do Seguro no contexto evolutivo da Economia nacional - abordou aspectos relativos à organízaçãc da oferta, analisando os seguradores segundo grupamentos específicos.

�esta e�ição, conclui aquela abordagem, e, além de se referir a pesquisa de mercado, inicia a análise do produto Seguro.

participaçãoinferior aaproximadamente 52% do total do mercado, considerando Já os grupos Atlântica/Boa-Vista e SUl América; dentro dessa categoriadevese verificar ainda um equillbrio mais ou menos estável nas participações assumidas por cada grupo econômico;

b) não é provável que a participação a ser atingida pelo maior grupo segurador brasileiro, qualquer que ele seja, po.ssa crescer multo além do índice atual.

3. CONCENTRAÇAO

Várioo trabalhos publicados sobre o mercado segurador brasileiro mencio­ nam o fenômeno da "concentração" �to é, o fato de que poucas empresas sao resppnsávels por uma grande fatia de merca.<10.

Verifica-se, entretanto pela análise te estatísticas internacionais, que esse b enórneno não é privativo do mercado d rll.'iUelro; pelo contrário o fenômeno a concentração aparece de forma ªnda mais aguda em outros mercados seguradores desenvolvidos.

A tabela a seguir apresentada _ Tabela VI -distingue as seguradoras te Vida das seguradoras "non life" coº caso �rasHeiro, pode-se fazer uma Vl�paraçao entre ru, seguradoras de ª e as seguradoras mistas Isto é !5�e operam Ramos Elementares ou m s, Ramos Elementares e Vida No i A.pltulo das seguradoras de Vida a maor segurado b .1 uma fati d ra ras1eira possui inferior a e mercado de 25%, índice (309'¾ ao acusado para a Sulça eDin;�i�!c��s'.���1%). Itália (34,4%) N ,, . o m�t;Pítulo das seguradoras mistas Américafuposegurador brasileiro (SuÍ 13% do t representa aproximadamente mentares0�1J1�)ercado <�amos Eletlcipação lnfe ª• 0 que e uma parCompanhia �º�f acusada pela maior Ingla�rra, ltált nainarc�. Alemanha, Japão. a, uéc1a, Suíça e As três mnlo letras detêm n res seguradoras brasitotaJ do mercaJoseu c tonJunto, 29% do na.marca 32'¾ conra 42,7% na Di­ lnglaterr'a 621�ª Alemanha, 47,9% na Su.iça, etc'. º na uécia. 54,6% na O mesmo pan relação às cinc orama se verifica com 0 índice de 3�%tna.iores seguradoras: cinco maiores e º �epresentado pelas ainda inferior a mPtesas braSUeiras é de número de ��er!flcado num granE.s.sadlf ses quando see7��!1seacentuaainda mais guradoras: a P za as dez maiores se� rlficada para 0°�en�g�m de 51% venas à da Françar9:! e superior ape­ ntdos. =Pa.nha e Estados No futuro ro de fusões�º1:; o aumento do núme­ tnals a.celerado d provável crescimento =�ascincocat=:o;f�P8

incluiº• POde haver ligeira º rn

cl a participação da ca�gorlacompanhias ligadas a capitais estrangeiros - poderá aumentar devido ao aumento dos investimentos estrangeiros no pais. A dessas porcentagens. Não'"é provável, composição desses Investimentos porém, que se chegue a índices de con- poderá determinar mudançasdos centração multo acentuados, pelos se- percentuais das segura.d.oras ingulntes motivos: cluidas na categoria, sem porém determinar qualquer aumento a) não é provável que as compa- sensível no percentual de con- nhlas liga<las aBancos obtenham centração final do mercado.

4. EMPRESAS SELECIONADAS PARA O ESTUDO REALIZADO

1.a categoria - empresas liga.das a Banco - quinze grupos representando vmte sociedades em 1972:

GRUPOS

1. Alia-nça da Bahia

2. América do Sul

3. Atalaia(•)

4. Campina Gmnde

5. Comercial do Paraná (•)

6. Induseg

7. Fortaleza(•)

8.Garantia União

9. Intercontinental (•)

10. Ipl.l\anga (•)

11. Novo Mundo<·>

12. Itaú (•)

13. Minas Brasil

14. Nacional

15. Real Brasileira

BANCO ASSOCIADO

Economico da Bahia América do Sul

Bamerindus Campina Gr.a,nde Comercial do Paraná Com. e Ind. s. Paulo

Halles

União de Bancos Brasileiros lplranga

Português Novo Mundo Itaú América

Mercantil de Minas Gerais Naclo�l Real

C•) Grupos que lnclulram mais de uma sociedade em qualquer dos exercfclos considerados.

2� categoria - companhias Indepen­ dentes de porte médio e grandequatro grupos e seis sociedades em 1972. Incluem os segulntes grupos: Internacional - São Paulo - Paulista e Piratlninga. A Internacional Inclui em 1972 a Colonial. A Paulista inclui as companhiassubsidiárias até a lncorCOMPANHIA

l. Coderj

2. Estado de Goiás

3. IPESP

4. Fedeval

5. Cosemig

6. União '1. Sas.5e

4, categoria. - empresas associadas a capitais estrangeiros - vinte e dois grupos .e quarenta sociedades em 1972. Inclm as seguintes empresas:

l) capitais americanos

a. Argos Fluminense;

b. Grupo Kemper: Lloyd Sul

poração total das mesmas e a Pire.tinlnga inclui a Aliança Brasileira..

3, categoria. - companhias estatais ou controladas por GQvemos Estaduais -sete grupos e sete sociedades em 1972.

Inclui as seguintes companhias:

GOVERNO DETENTOR DO CONTROLE

Estad.o do Rio Estado de 6oláa Estado de Sã.o Paulo

Governo Federal Minas Gerais Rio Grande do Sul

Caixa. Econômica. Federal Americano, Lloyd Industrial Sul Americanoe Amerlce.nMotorLsts;

e. A.I.U; American Home, Fi• remens e Interamerlcana·

d. INA;

e. AFIA: Home e União Brasi­ leira.

Ramos Incêndio Automóveis Vidros Animais
Cessantes
Transportes
Civil Transportador
Riscos Rurais
Civil
e Garantia Crédito à Exportação Resp. Civil Obrigatória Resp. Cívil Fac. Vat. Riscos Especiais - BNH Acidentes Pessoais Hospitalar Operatório Acidentes em Trãnsi<o Aeronáuticos Riscos Diversos Riscos de Engenharia Riscos não Especificados Vida Individual Vida em Grupo Acidentes do Trabalho Tota 40
PR�MIOS LIQU[DOS E SINISTROS Prêmios Liquídos de Cancelamentos Sinistros Inclusive Despesas e Restituições CR$ Menos Salvados CRS 1970 1971 1972 1970 1971 1.370.385.105 1.743.993.482 2.634.061.687 561.542.615 898.216.951 400.486.140 518.535.872 768.472.833 81.657.672 211.552.605 ,361 144.163 417.604.248 657.197.698 244 169.�26 308.513.!:144 1.205.398 1.472.974 2.018.198 420. 37 463.340 397.109 118.161 986.588 86.400 11.65'1.951 14.369,890 18.478.565 4.670.797 6.218.934 10.77�.356 15.857.049 28.303.481 320.116 26.385.923 6.951.192 8.046.325 10.451.783 2.432 2.882 86.360.177 151.142.978 234.082.598 32.190.342 50.568.219 417.468 551.994 1.505.589 47.918 102.444 20.778.938 29.783.107 42.806.550 6.497.982 15.774.345 23.209.851 31.318.243 75.472.559 14.274.917 36.023.124 20.047.255 29.862.428 18.853.063 584.474 1.567.217 28.610.181 23.405.072 36 108.438 10.926.014 13.839.477 5.018.467 6."7-�304 10,556.700 1.323.175 2.126.560 22.403.589 11.388.838 8.840.345 7.996.982 8.354.948 736.146 609.514 858.513 140.128.954 159.965.145 165.878.638 88.941.372 84.709.942 21.892.254 50.252.262 71.379.494 2.571.784 13.128.061 45.223 194 70.037.007 18.603.344 112.223.752 153.555.300 234.803.392 25.498.592 - 45..9fil._J>23 2.884.243 629.994 1.041.886 1.437.649 944A6õ 366.820 623.091 1.236.045 43.164 48.558 16.207.342 17.736.895 38.968.570' 9.572.487 9.147.801 76.491.359 55.211.603 135.723.154 28.307.683 44.173.294 298.236.796 393.460.178 532.023.606 134.893.538 206 102.774 6.096.435 - 516.280 261.389 27.099.581 18.105.189 1.674.718.336 2.136.937.380 3.166.346.682 723.535.734 1.122.424.914
Acidentes do Trab�ho Tota 1
Roubo Lucros
Tumultos
Resp. Civil Armador Resp.
Cascos
Resp.
Geral Fidelidade Crédito
Tabela 3
MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO RESULTADOS PARCIAIS DOS RAMOS (+) Prêmios 652.688.817,91 653.747.496,74 1.900.151,87 505.337,51 16.354 552,39 17.573 768,00 1.721 383,49 216.665.945,73 727.779,99 40.532 532,64 39.952 207,26 24.207 804,53 32.968 �72,95 9.996.972,28 3.423.5J0,92 1.420.034,32 164.199 544,82 69.799.165,01 5.855 909,19 227.171.550,33 1.041 885,90 1 202.930,26 25.212.916,89 78.609 893,63 - 315.288,22 1972 (-) Comissões 119.861.549,09 73.201.375,10 259 794,92 - 60.481,04 2.598.131,84 4.461.388,63 - 167.039,55 48.416.228,82 - 1.968,88 3.887.633,50 - 2.455.806,74 6.§08 794,36 4.474.593,03 997.476,52 - 224.899,90 365.335,80 15.151.917,29 8.745.696,60 - 9.936 117,86 69 043 368,88 223.272,96 405.746,35 1.353.610,14 3.477.319,71 - 407.243,01 (-) Indenizações 153.607 402,31 379.995.596,58 580.995,51 286.505,53 7.909 308,15 3.910.559,02 19.813,61 79.699.917,16 219.613,20 17.282 555,84 12.011.397,44 11 972 096,38 13.674.175,64 1.791 133,90 3.840.013,30 543 786,19 102.240.959,49 22.568 561,76 4.730.974,75 66.672.909,61 1.290.615,29 10.758,76 12.332.439,18 33.002.300,41 55.472,50 (-) Reservas 95.626.418,80 76.832.808,63 251.224,41 69.621,51 2.293 898,25 - 297.371,74 - 1.125.377,62 37.791.786,52 168,41 4.555 929,86 12.996.198,18 3.321 967,47 4.738.284,43 1.095.358,12 - 2.510.235,16 524.018,94 12.125,416,63 10.995 193,00 2.568 853,44 24.986 699,26 352.414,59 45.289,29 4.372.239,61 13.262 138,99 1972 1.085 481 óOB 187.966 437 381.816.35° 595 942 573,286 8.624.669 16.354.546 7,170 87.006,382 223,088 10.003 816 30.973,672 9.959.ºªº 13.571 149 1.502.aso 8.236,636 1.117 599 103.044.205 24.019.569 31.908 527 68.336 735 -1.290,61� 10 75 23.075 28�66.050.16 280 683·672 24.731 745 1.390.896 425 (+) Saldo 283 123.593.447,!; 717.716,03 808.137,51 209.691, 3.553.214,15 9.499.192,�; 2.993.987, 50.758.013,�� 14.509.967,44 806.413,38 17 400.418,32 2 404.946, 5 10.081.919,�A 6.113.003,68 2.318.642,61 - 13.106, 134.681.251,:6 27.489.713,86 8.492.198, 66.468.572,�: - 824.416, 6 741 126,8 7.154.627,96 28.868.134,�; 3.771.757,07 13.033 262,31 83.497.166,81 24.425 499,67 417.864,64 17.223 501,21 650.151,32 - 502.724, � 4.841 708,94 - 14.521.078,89 21 602 715,64 20.245.450,�6 444.708.887,78 82.128.999,44 261.590.431,43 261.669,96 238.128,41 24.726.537,75 2.819.405.267,96 470 005.566,39 1.234.097.251,54 11.742.571,15 - 2.632.240,42 341.077.859,45 89.246.885,78 - 22.070.755, _,,, 774.224 590,69
Tabela
4
��ias
��I��
41

21 capitais japoneses

n. América do Sul/Yasuda;

b. Kyoei;

e. América Latina e Concórdia

3) capitais italianos

a. Ass1curazzloni Generalli e Mercúrio;

b. Adriática e Alvorada.

4) capitais franceses

d. Phoenix Assurance e Phoenix Brasileira; e London Assurance; f. Motor Union e Americana;·

g. Independência.

6) outros capitais a. Jaraguá e Vera Cruz; b, Santa Cruz (Suiça).

Diversas subsidiárias incorporadas por esses grupos foram consideradas em exercícios anteriores ao de 1972.

a. Brasil, Espírito Santo e Assu- II -A PROCURA rances Generales;

b. Continental;

c. L'Union.

5) capitais Ingleses

a. Royal Insurance Liverpool, London & Globe; London & Lancashlre; Rio Branco;

b. Monarca;

c. Yorkshire e Corvocado;

Ano Incêndio

IAuto+

Esses três grupos de carteiras de seguros são responsáveis por praticamente 80% do total do faturamento do mercado.

Na distribuição do mercado entre as categorias, verifica-se que o seguro de incêndio vem mostrando um pequeno aumento percentulll, o seguro de circulação de veículos uma pequena queda e o seguro de pessoas uma tendência firme de incremento percentual no tot.al da composição do mercado.

Esses fatos se explicam:

O seguro de incêndio cresce proporcionalmente ao aumento dos Investimentos Industriais;

O seguro de pessoas cresce com o aumento da renda "per capita" e o aumento da população ativa;

A queda dos seguros de circulação de veículos se de\je, sobretudo, a uma certa evasão de receita na carteira de seguro obrigatório de responsabilidade civil, e aos aumentos constantes dos prêmios de seguro facultativo de colisão que têm afugentado um grande número de compradores.

Dos restantes 20% do mercado, os segui-os de transportes (transportes terrestres, RC do transportador), cascos e aeronáuticos representam 10,76%, ou seja, metade, praticamente, desses 20% restantes. Essa categoria de seguros "marine" tende a Incrementar a :ma participação percentual, principalmente devido ao faturamento de

o produto Interno liquido sem agrl· cultura corresponde, aproximadamen� à porcentagem do prêmio de segur� ! cada Estado; de uma forma gera , é porcentagem de prêmios de seguro mais elevada do que a porcentagemdO PILpara osEstadosmais desenvolvi�

VI -

1970

1. COMPOSIÇAO DO MERCADO

Conforme pode ser verificado pela tabela abaixo, o mercado brasileiro de seguros se compõe, basicamente, de três tipos de seguros o seguro de Incêndio, seguro de circulação de veicules (automóveis, RCOVAT e RC Facultativo) e seguro de pessoas (acidentes pessoais e VG)

+ RCOVA-Tjseg. Pessoas!

seguros de transportes de importação, que durante o exercício de 1972 deve ter atingido um volume superior ao de 1971, o aumento da tonelagem da frota mercante brasileira, etc. Temos, então, entre essas quatro categorias, 90% do mercado.

2. DISTRIBUIÇAO GEOGRAFICA

A distrlbuição geográfica dos prêmios de seguros no Brasil só foi conhecida em setembro de 1972, quando da publ1cação do trabalho de Renato Costa Araújo dlstrlbuldo na 8.8 Conferência de Seguros, realizada em Porto Alegre.

Os números Indicam que, em 1970, 70% do mercado estava em São Paulo e Guanabara, produzindo o restante do pais apenas 30% do faturamento. Nos exercfclos de 71 e 72 esta desigualdade possivelmente se acentuou, mantendo a tendência verltlcada no período de 68 a 70.

Sete Estados: Pernambuco, Bahia, Guanabara Minas, S. Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, representam 92% do mercado brasileiro de seguros.

É Interessante observar, na distribuição regional, a correlação de prêmios de seguros com produto interno. o ano de 1968, o último para o qual existem estatísticas publicadas pelo Anuário Estatístico do BrasU, editado pelo IBGE, apresentava a seguinte situação:

J>roiluto Interno Líquido em % do total do pais 1968

(Rio Grandedo Sul, Paraná, São Pa dO e Guanabara); é um pouco menor OS que a porcentagem do PIL para Estados ainda menos desenvolvldoS (Pernambuco, Bahia) d& Duas exceções são os Estados da Guanabara e Minas. No Estado Guanabara, a porcentagem de P!1m1fo de seguros é bastante mais elevu.ua que a porcentagem do seu produto 1{i� terno liquido. Esse fato se exp . 9 talvez, pela localização na GuanabB�e de um grande número de matrizes&!• empresas seguradoras, as quais têm _111 guma produção de outro Estado be , como a grande concentração nesse � e tado, de prêmios de Vida, cascos Aeronáuticos. de O fenômeno registrado no Estado el Minas, entretanto, só tem uma possiV• explicação: no período considerado �ria ocorrido crise econômica. A �ar110 cipação do Estado de Minas Gera1pal! total de prêmios de segu_ros do 90� passou de 5,83% em 1968 para 4 em 1970. •eS A razão principal dessas especulaÇO e· é que acreditamos no sucesso das ;10 didas que vêm sendo tomadas de' Governo Federàí, para apre.,ssar O iõel senvolvimento econômico das reglçfi-O menos desenvolvidas. Essa diminU f!l' das desigualdades re_gionals trará dot talmente para o mercado segura S todo um contingente de consumidºJoS hoje marginalizados Este é um 11• fatores Imponderáveis que poderá º�o trlbulr para um deslocamento da cu p· de crescimento do mercado,

do sua taxa de desenvolvimento, e a� sorte que•se possa atingir percenturO' mais significativos em termos do Pill' duto Interno bruto do que aqueles [10 dica.dos pela e�trapolação da equaÇ exponencial proposta.

Ili - PE8QUISAS DE MERCADO

l. GENERALIDADES el Acredito ser totalmente dispens\�­ perder tempo enfatizando a importe!O ela da pesq11lsa de mercado como �10 de obtenção da informação necessell' à. formulaçã,o de qualquer planeja!ll to de Marketing. � Além das informações pert!nen�� consumidor, a pesquisa deve pr �• os dados indispensáveis à correta ªdº'' liação e conhecimento dos merca 9, isto é, os fatores quantitativos e q�9, llficativos a cerca dos diversos mer ôº dos, da concorrência, a dlstrlbuiçaoelli faturamento por áreas, porproduto d .sf Para o mercado de seguros, po�I' distinguir duas categorias de consjúl"l' dores: pessoas físicas e pessoas dicas.

..,..,. -vNTES. EXTERIOR - Sigma n.o 11 - novcmber 1972

BRASIL - Anuário de Seguros 1972

OBSERVAÇAO· Bra li V D · 1 1 s 1 - I A - inclui Individual e grupo na classificação de VIDA nct:. VIDA EM GRUPO na classificação de OUTROS RAlvlOS

?11e que sejadirigidoumapelo 1!1 ividualacadaum.Assim s€ndo e nece · ssanoagrupá-los por catego- rias que possam ter os mesmos in­ teresses,.l�ábitos,gostos Ot! outras f�racten.sticas comuns, que possibi­ t em uma mensagem dirigidaao grupo. Para e>s "r u ., upos que constituem 'Po mta P�r1eel.a ponderável do mercado enciapesqui . dadas ' · sasmaisaprofundo-se drtam:eallzadas,procuranracio esc<?brtr quais os fatores ncimnais�irracionaisquedetermiao

do consumidorface mot � o. t a chamadapesquisa1vaetonal 2º - Pessoa.s Jurídicas Avenda di "d pessoasjur"d ngi ª a. milhares de emprego d; \cafs:eqw_;rtambém o dimentos� o1maçoeseproceutilizado gerais, semelhantesaos vendas ; �t�a_ 0 planejamento de Pessoasfísic oes de consumidores rísticas dos czf' �mbo7:a ascaracte: mentediferene tnesse1amcompletaA es. s Pessoas · 'd classificadas e�ur_i tªs _podem ser �as de servi o tn.ustri11s, empre­ -.:inpresaseçxt' etít'fl-P'Iesas comerciais ut·l·d 1ªvasem ' i t ade Púbr , presasde Pesquisas esica,,(?overno,etc.serrealizadaspecificas podem_ então de interesseP<lraas s1tbdtvisões Poucassãono setor de s:;rsqulsas já realizadas Pesquisas de ros no Brasil. tnente caras .mercado são extr rotlvaclonai PJ�nc1palmente a pe��:�

Os seguintes números merecem especial destaque:

a) Somente 25% da população pes­ quisada possui algum tipo de seguro;

b> �ão ex!§te, entretanto, uma hostilidade manifesta da população co�1tra a instituição do seguro, pois, 85% da população consider8: que é válido fazer seguro;

c) Ent1e os 3/4 da população não segurada, 84% nunca foi pro­ curada por um corretor de seguros:

d) Com_relação à imagem das companhias �eg�adoras, 65% considera_ a rnst1tulção sólida; 54% considera que as companhias pagam os seguros sem problemas, ou se)a, 35% da população não ac�edita na solidez das compa­ nhias e _46% _considera que as compani:ías nao pagam os sinistros devidos.

Outras pesquisas procuraram deter­ u!lnar o l?rêmio mensal que a popula­ ça.o esta.na disposta a pagar por seguros de vida ou acidentes.

De acordo com os resultados apura­ dos em_1971, para se atingir 70% da populaçao, os prêmios mensais máxi­ mos seriam:

Classes Prêmio Mensal

2) A quase totalidade da. população (86%) considera que vale a pena fazer seguro. Todavia, 84% jamais foi procurada. por corretores ou companhias de seguros. Existe portanto um grande mercado inexplorado;

3) O financiamento de prêmios é fator importantíssimo na venda de segm'Os para pessoas físicas.

Cap. 3 - Produtos

l - INTU.ODUÇAO

1. GENERALIDADES

•As modificações do melo ambiente tem enorme Influência sobre o ciclo de vida de um produto. Daí decorre a necessidade de constantes· inovações, quer quanto aos produtos existentes, quer quanto à mtrodução de novos produt?S.: Nesse capítulo de Marketing, as dec1soes envolvem não somente fatores relativos às caracterist!cas pró­ prias �o produto, tais como preço, especif1ca1,;oes, apresentação, etc., como també!11 todo o material de apoio necessário para o desenvolvimento das c�mpan��s de vendas, os canais de d1strlbu1çao, serviços, etc. A escolha e a dosagem de todos esses ingredientes é o �hamado "Marketing Mix". Essas considerações gerais são aplicáveis a qualquer tipo de produto ou serviço.

2. SEGURO

n _A part11· desses dados, calculou-se em t�t13�º!��re�ondados, a cobertura toser prop2st:.n es pessoais que poderia

FONTES: 1. "Anuário Estatistlco do Brllllll 1972" - IBOE

t.0 - Pessoas Físicas cJ,D O plano de Marketingdesti�ª iis• aatingir milhões de pessoasfísic0, apresentariadificuldadesintransPií' níveis se nãofossepossívei simf6� ficá-lo,•através de umasubdivis&6 dos consumidoresporgrupos, � acordo com características com'!,1,,,0 tais como: sexo, idade, educaÇ�, nacionalidade,profissão, status 5&d cial,renda,poupança,tamanho famítia,etc. � Essaclassificação é essencial 'P�;d umplano econômico de Marketi" por razõesóbvias: o númeroeleva,..,., deconsumidorespotenciaisnão

�la.�;:e����la�º�º::��d��ãxf:�e�! qufs��llztião e PUbl!��;:�� promover comp e posse desse essas pes- enco��a !ndivldual�e��dos, cada Pecm ar outras Pesq 1 • Poderá de m cas concentradas usas mais esEst:1ª�ºp�e Pre_te11d�º!u�ii�1entos

Plano d so inicial par do me e Marketing· 0 a qualquer dos rcacto Sem e . conhecimento lnic!���ltUJos segu1nie:P�8J3-0s. nenhum e ser sequer 2. Pt<:SQUISAS

::ALIZADASD�OMERCADO JA

ASILE1ao MERCAD O

Algumdas ent IIS Pesquisas já t certl\S !;nn1ós, -sendo inte�estam realiza� eU&oes: sante citar

Foram calculadas duas alternativas· a) pagamento do prêmio em quatro parcelas

b) pagamento do prêmio em doze parcelas.

Os resultados seriam os seguintes:

Classes Cap. Segurado em 4 pagtos..

A 13 B 8 g i

3. CONCLUSOES

Cap. Segurado em 12 pagtos.

Focalizando o problema. especifico do me!cado segurador, a primeira observaçao gue se deve fazer é que, em comparaçao com a indústria manufature1ra em geral, a indústria do seguro_ pode ser considerada como uma at1v1clade bastante estável. Embora todas as técnicas de Marketing rela.tivas ao capitulo de produtos sejam aplicáveis ao mercado de seguros o concrit? de ciclo de vida. do p1·odut� é pouco util na indústria do seguro. As companhia.� de segw·os não devem temer a ameaça de serem tomadas de surpresa pelo lançamento repentino pelos seus competidores, de um produ� to totalmente novo, que torne o seu produto obsoleto da noite para o dia.. Entretanto, forças dinê.mlcas atuam também no mercado de seguros, forç�ndo as empresas a prestarem atençao nas condições e modificações do mercado.

d ll Emb�ra não haja uma hostlli­ ª?e mamfesta da população contra �Ul�tltulção do seguro, 46% da po­ ção pesquisada considera que a� �����rias não pagam os sinistro;

3. O PRODUTO SEGURO NO BRASIL

No caso brasileiro, vamos encontrar uma s�rle de' fatores inibidores na sua. maioria. restrições provenien�s de dispositivos regulamentares obsoletos,

Total 19Q.9 23.30 32.90 21.60 77.80 1970 23.90 31.10 24.50 79.50 1971 24.26 29.37 25.59 79.22
RC
ESTADO % de prêmios de seguros em 1968 PE 2.95 BA 1.85 OB 27.64 MO 5.83 SP 40.80 PR 5.17 ROS 8.12 TOTAL 92 .36
Tota.l Sem Agricultura 3.40 3.22 4.23 3.44 11.53 14.61 10.05 9.40 35.33 39.72 6.1,5 4.45 8.59 7.40 79.28 82.24
42
2. "Mercado Segurador Brasileiro" - Renato Costa Araújo Prêmios de seguros por fontes em!ssoras ª.!lºs 1968/1970
aumet1\�
p�• TABELA
CONCENTRAÇAO
VIDA OUTROS RAMOSPAtS 3 5 10 3 5 10 MAIOR MAIORES MAIORES MAIORES MAIOR MAIORES MAIORES MAIORES CIA. CIAS. CIAS. CIAS. CIA. CIAS. CIAS. CIAS. o/o % % % % % %. % Dlnama.rca 25.8 53.0 64.5 85.3 18.2 42.7 55.0 70.6 Alemanha 14 .l 25.9 34.6 49.0 20.8 32 1 39.0 53.1 França 23.9 59.1 11 67.3 79.1 11.7 25.5 33.6 45.5 Inglaterra 15.9 28.9 38.3 56.7 Itália 19.5 47.9 65.1 79.1 Suécia 34.4 74.5 86.1 95�5 14.6 33.4 46.9 61.'7 Suiça 26.7 62.4 81.3 98.3 37.7 62 .1 74.3 89.0 Japão 30.9 62.6 80.8 94.0 31.3 54 .6 62 .8 78 .0 EUA 20.7 46.3 62.5 87.4 16.3 33.8 46.8 '74.4 8rasil 10.6 26.4 35.9 48.4 5.1 13.3 18.8 28.9 25 45 60 78 12.6 29 38 51
PT�da�tude
B
D 15.00 9.00 7.50 4.00
A
c
35 21 17 9
43

que dificultaram e certamente ainda dtr!cultam qualquer trabalho de pla· nejamento de produto. O seguro é uma. atividade financeira que envolve a. gestão de recursos de terceiros e, assimsendo, é óbvio que as regulamentações devem ser bastante mais rlgldas do que aquelas que são aplicáveis aos produtos de consumo em geral.

A liberdade total de decisão das empresas com relação às_con�ções, preços, operações, et.c., nao e, evidentemente possivel. Existe, entretanto um grau de liberdade mínimo, que. �eve ser concedido a.o sistema perm1tmdo às empresas:

-a. utilização de suas capacidades criativas na !nti;_odução de novos produtos, melhoria"'Qu diversificação dos existentes;

-liberdade de processamento administrativo:

- maior autonomia na llquidaçã'l de sinistros;

- utilização de novos processos de comercialização, et.c.

Vejamos em detalhes, quais são as restrições atuais:

a) Preços

Aquasetotalidadedosramos de seguroséoperadaatravés de tarifas únicas,quedevemserobrigatoriamenteadotadas por todasas companhias;

Introdução de novos produtos, e está em fase final de aprovação o Ato Nonna.tivo, que possibilitará o processamento eletrônico das emissões de apólices, com abolição de diversas restrições quanto à apresentação dos documentos.

A conclusão que se pode tirar de todos os fatos acima citados é de que, no momento, não há qualquer possibilidade da diferenciação do produto de uma. companhia. para o de sua concorrente. A característico. principal do nosso mercado, no capítulo dos produtos é, Portanto, a padronlza.ção.

II -A EXFERlf:NCIA BRASILEIRA

1. GENER,ALIDADES

Poucas tém sido as inovações no setor de produtos em nosso mercado. Em 1966, quando da assinatura do Decreto-Lei 73, procurou-se realizar alguma coisa nesse capitulo. De um lado, foram instituídos os seguros obrigatórios, e de outro, criaram-se seguros novos, como o seguro saúdCJ.

2. SEGUROS OBRIGAT�RIOS

clássico de uma medida Inteligente capaz de, rapidamente, trazer � apreciável Incremento para o volUil11 de prêmios do mercado doméstico.

3.2. Seguros de Engenharia

São dignos de elogios os esfo� empreendidos pelo IRB no senttdoJ regulamentáção e introdução em n de mercado dos chamados seguros 15 riscos de engenharia, entre os qul t o seguro de quebra. de máquinas semelhantes.

Esses seguros virão de encontro� um mercado potencial existente e osua especialização, exigirão o aprllll , ramento técnico das seguradore.s corretores.

3 3. Operaçõ� com o Exterior Ainda dentro do campo das Inicia; tivas tomadas pelo IRB, destaca-se0• mais recente, autorizando as colllP • nhlas com capital Igual ou superioreJ• CrS 10,000.000,00 a operarem na o.e tação de seguros no exterior.

4. OUTROS EXEMPLOS

à utilização, em larga escala, de agências de bancos para a distribuição desse produto. E foi um sucesso. Esta sltuaçao de fato só há poucos meses foi regularizada.

nancelro, de grande Idoneidade, que está utilizando a técnica do brinde, como também pelo fato de ser o nosso produto -o seguro -o brinde oferecido.

4.4. Fundos mútuos de· investimentos 3. A APRESENTAÇAO

Com o desenvolvimento do mercado de caplta:s e dos fundos mútuos de Investimentos, estes passaram a oferecer, Junto com o plano de poupança uma proteção de seguro de vida ga­ r�ntlndo ao lnvestlcior a complementaçao de seu plano, em caso de falecimento. Os fundos mútuos de investimentos são hoje grandes clientes das companhias de seguros de vida.

Em resumo, um �;:-ospecto da ex­ periênc19:. passada, nesse capitulo da lntroduqao de novos produtos, deixa transparecer claramente que a Inicia­ tiva até hoje coube, não às compa­ nhlns seguradoras, r�,o.s ao IRB e no� concorrentes.

DO PRODUTO

outro ponto a ser estudado é o da necessidade de se transmitir a Idéia da desburocratização dos serviços, da proximidade da companhia, do seu fácil acesso, enfim, a. desmistificação do seguro. Na fase de desenvolvimento dos produtos, deve-se projetar apólices-folhetos, Isto é, ao invés de se distribuir, da forma tradicional uma apó,llce com as cláusulas e condições redigidas no verso, em letras n,icruscóplcas, as companhias deveriam distrlb\llr resumos da apólice em livretos Ilustrados, atraentes. redigidos em iing�agem simples e honesta. de quem nao tem nada a esconder, pelo contrário, chamando a atenção e explicando todos os pantos controvertidos ou pouco conhecidos da mecânica do seguro.

tor que Irá ampará-lo nesse momento de dificuldade.

Ao chegar à companhia, e se deparar com uma recepção düerente da que espera, isto é, um tratamento agressivo ou descortês, a apresentação de uma série de dificuldades para pronta solução do problema., et.c, a reação é de total desapontamento e, conforme o grau de traumatização, de violenta Indignação. Dai para diante, todo o relacionamento fica prejudicado e se faz do segurado um Inimigo da companhia e da instituição.

As modernas técnicas de computação eletrônica têm possibilitado, p1inclpalmente �o campo da venda em massa, um apoio de Infra-estrutura que aumenta consideravelmente a eficiência dos organismos de produção

bl Especlllcaçáo

Ascondiçõesde apólices, coberturas,redaçãodecláusulascontratuais,etc,sãotambémpadronizadas, idênticaspara todas as companhias;

A utilização de seguros obrigatórios como meio de divulgar � instituição do seguro, de mentalizar o povo para a necessidade e a validade da previdência. é uma tese muito controvertida. Argumentam os• defensores da tese que, através da instituição de ·seguros obrigatórios, se obtém não só o crescimento do mercado, como se cria o hábito do consumo do seguro.

4.1. Montepios de'

4. SEGUROS PROMOCIO..'IIIAIS

� o caso dos vendedores de seguros de vida nos Estados Unidos que de 400 familias passaram a o.tender 1.000 familias com base no apolo log!stico que lhes é concedido pela companhia através do processamento eletrõnlco de dados.

c) Novos produtos

Aintrodução de qualquer nova condição deapólice oucobertura depende de autorização dos órgãos fiscalizadores.Essaautorização,quandoconcedida,égenérica,podendo serimediatamentecopiadaeadotada pela concorrência;

'

d) Apre.,;entação do produto

Sãotambémregulamentadas e padronizadasasdimensõesdas apólices; nãohá permissão paraacumulação de coberturasnum mesmo documento, com a emissão das cliamadas apólicescompreensivas,fartamenteutilizadas em outros países, etc;

e) Canais de distribuição

Atualmente, o corretor de seguros é o únicocanallegalmenteautorizado;

f)Sinistros

Atéhá bem pouco tempo, o limite de liquidação das sociedades era mínimo,sendoamaioria dos sinistros liquidados pelo IRB, sendo assimtambémúnicaa quatidade do serviço oferecido pelas sociedades a seus clientes (salvoosramos de automóveis e vida,onde as liquidações são conduzidas pelas próprias

• Esses aspectos têm sido constantemente abordados pelas companhia& e vêm recebendo a melhor das atenções por parte dos órgãos oficiais. Tanto assim que os lLmites de liquidação das sociedades foi ampliado; cogit&-se da

Hoje, com base na experiência adquirida, principalmente com o seguro de RCOVAT, a maioria dos seguradores e corretores se coloca, provavelmente, numa posição frontalmente contrária. à Instituição de seguros obrigatórios.

Em todo o lugar do mundo, o seguro obrigatório tem sido uma fonte de atritos; é recebido pelo consumidor como um !mpasto, é operado com taxas insuficientes, dá prejulzo às seguradoras e cria uma imagem negativa para a Instituição. A experiência de nosso mercado Indicou que, por processos ilegais, os prêmios são reduzidos e, com o tempo, os maiores volumes de produção acabam se concentrando em companhias menos idôneas. Os grandes prejudicados são a instituição do seguro e o consumidor.

Os diversos Montepios, que se df senvolveram principalmente na déC11,ull' de 60 a 70, ofereciam ao público u111 produto que nada mais era do quesetl' seguro de vida, um plano de apO df tadoria ou pensão. As companhias...n• seguros possulam esses produtos e "í, derlam disputar competitivamente 1s· mercado. Não puderam entretanto.v!IO zê-lo, pois estavam amarradas "ót� excesso de regulamentação, enqu11, r· que os Montepios tinham total dli�� dade para apresentação de pro u comercialização, etc. ell1 Favorecidos com estas vantaflltl' tomaram conta de uma larga �• de mercado, que de outra forma gil' deria pertencer às companhias se radoras.

Outra. técnica largamente empregada em outros pai-ses é a de dar grande publicidade à efetivação de seguros de efeito promocional; aqueles famosos seguros contra chuva cm dia de festa, seguro contra gêmeos, seguro das mãos de um pianista, das pernas de um jogador de futebol, etc.

São igualmente extremamente valiosos esses equipamentos em todas as promoções de mala direta, manipulaçã-0 de Informações para desenvolvimento de campanhas, apuração de resultados, controle de vendedores, etc

5.3. Dossier do Cliente

O crescimento futuro do mercado tem que se fazer par outro processo que não a regulamentação de seguros obrigatórios.

3. SEGUROS FACULTATIVOS

Quasetodas as Iniciativas no sentido da Introdução, cm nosso mercado, de novos seguros facultativos, têm partido do IRB e não das seguradora.s.

Talvez desencorajadas pelo excesso de regulamentação e outros problemas jé. focalizados, as seguradoras não têm se animado a tomar a Iniciativa nesse campo.

Entre as medidas de apreciáveis resultados práticos, deve-se Incluir as seguintes:

3.1. Seguro de Transportes Internacionais

A resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados no sentido de tornar obrigatória a contratação no Brru;ll do seguro facultativo de transparte internacional, além de altamente pati-lM:,·- -;!,lre�nta um exemplo

4.2. Seguro Saúde d<> Mais ou menos no mesmo per!Ollt aparecetam diversas lnstltulçôeS qd' sob a denominação de proteçáiio.11' saúde, pré-pagamento, etc, ven 0� uma apólice de seguro saúde. A. � ração do seguro saúde, entre�.�IP era vedada às companhias de sei;--� como até hoje o é, por não estar aitl1cl regulamentada na legislação esp�!1iil de seguros. Enquanto as compa,u,•� de seguros estavam proibidas de opeetf nesta faixa de mercado que lhes e própria, as Instituições organizadll5,ol operando à margem da lei de se�t1 abocanharam esta fatia de merc d' com total liberdade de processO d' comercialização, preços, aplicação recuroos, etc.

lll - CONSIDERAÇOES DE CARATER. GERAL l. GERENTE. DE PRODUTO d Uma tendência geral claramente iStlnguível na. Indústria 'manufaturei �cm geral, é a mudança das estru= um!-5' d{ uma orientação técnica para dológ��11t�ra de organização mercaoriented:' 5 0 é, do chamado "technical sysLem" Eftara "marketing orlented também' ª mesma tendência afetou uma d as companhias de seguros e técnicoasdteses discutidas é rle que os multo s e seguros hoje têm que ser de Mar�tls mentalizados no sentido M:ult e ng do que seus antecessores. \izam �J�ompanhias seguradoras utinlzação um organograma de orga.flados P�tgproduto, com setores che- erentes de produtos. Esses homens to, são treinad os gerentes de produe_Principlos m��em todas as técnicas çao e têm u ernos de administrada. fllosona <l perfeito conhecimento também um e Marketing. Possuem técnicas de s per!elto conhecimento das 6ávets a.o exe�áos,dque são indlspenrém, não s~ o e seus cargos, porestrltos coi:º mais especialistas tão Pa O os antigos o.tuários. ra ton1ar 0 uma ilustração assunto mais claro, seria o caso ' ainda que Imperfeita, separaçãoã� �corrido no Brasil da dos de Ram epartamentos de Vida 1':l.doras m�Elementares nas segu2 BRINDES

Para o cons i1�er tipo de c���or �rasilelro, qual­ cog que influenci;º Poderoso atrasó sumo. Esta té su� decisões de Pro��tnosso po.fs,���: e utilizada não Palsesos, como em venda de outros

Esses seguros não somam nada em termos de receita, niio oferecem nenhum atrativo econõmlco para as empresas, mas representam um poderoso veiculo de publicidade.

5. FUNÇAO DE MARKETING DENTRO DA EMPRESA

As funções de Marketing dentro da empresa envolvem todos os assuntos referent� a treinamento de pessoal. angarlaçao de :-::cursos e a organização dos departamentos e atividades de Marketing.

A atividade de Marketing tem que ser Institucionalizada dentro da empresa, dela participando todos os seus executivos coordenados pela alta administração.

Existem aspectos especificos ligados à atividade de seguros que devem ser considerados em qualquer plano de Marketing.

5.1. Departamento de Sinistros

4.3. Apólices abertas

as companhias de seguros por flnl � solveram selibertar da camisa de fOétl' que lhes era trnpasta par uma s (I de regulamentos obsoletos e restritl"9 Organlzar�m então, umasérie das c 6n� madas ap�llces abertas, isto é, ap e$' de vida em grupa, nas quais as P� soas podian;_i, individualmente, se fill� através do a_rtificlo de entrarem pll� sócios de umelube, de uma assocle.9 1 etc. Sendo a legislação referented' comercialização do seguro d!! �p' me.Is liberal, puderam as compan i<' recorrer a outrds processos, lnclUS

Talvez cansadas de tanto cspe\e• �ãbrfº����6�º•�:it�� c�º;el�� Para�tirepresenta U:t�dos Unidos. direta clrnUlar as respo� atrativos F..sse u as companhi s s à mala Porquep� dtatrativo de�� de seguros. a solutament s á er estudado Um e v lido. · brllld exemplo ti i

2 o e ocorreu c�r:;o da utilização do urnac�so doi; Puncto o próprio seguro Vlda e�ertura gratti\�7 que oferecem exempi grup0 ao de seguro de tt-11tl\ ct º interessantes cottstas. � um e um PrOdut�porque não só se no mercado fl-

O pagamento da Indenização é a fase mais Importante da operação de seguros; é a razão mesma da existência do produto. A organização e operação do departamento de sinistros de uma empresa seguradora é capitulo de importância primordial em qualquer plano de Marketing, pois de seu funcionamento depende a boa ou má Imagem da empresa. As pesquisas poderão fornecer Informações preciosas sobre a reação do consumidor quando ocorre o sinistro.

O chamado "dossier cllent" é uma prática largamente utilizada. pelas companhias européias, principalmente aquelas que possuem processo de computaçã-0 eletrônica Em última análise consiste num processo de catalogação de to_das as informações pertinentes aos diversos segurados da companhia. Essas inlorrnações são manipuladas em computador, e fornecem Indicações valiosas para a ampliação do número de seguros comprados por cada cliente. Assim, por exemplo, a classificação de cllentes Industriais por categorias, conforme foi focalizado no capitulo de pesquisas de mercado, possibilita, pelo confronto dos diversos cllentes da mesma categoria, a deteção de um grupo de clientes que níio têm um r_amo de seguros que é largamente utilizado pelos outros da mesma classe. Isso sugere, imediatamente, uma pesquisa pela companhia dessa distorção, e provavelmente um campo fértil de tro.balho para, a curto prazo, venderem a esses clientes um seguro para o qual deve haver necessidade, pois os demais de sua classe se utilizam dele. Da mesma. forma, Informações tais como os últimos balanços da firma, etc., processados em computador per­ mitem juntamente com as informações de apólices de Incêndio e outras a ela.boração de propostas concretas'de seguro de lucros cessantes, por exemplo de tal sorte que a visita do corretor se torna multo mais eficiente, pois, a-0 invés de tentar vender a idéia do seguro de )ucros cessantes, solicitar as lnformaçoes necessárias para posterior apresentação de uma proposta, já leva o estudo pronto e a proposta confeccionada, . sendo que pode, na visita, obter a assmatura do cliente na proposta Isto é, realizar a venda na primeira vlslta sociedades).

São muito conhecidas algumas pesquisas nesse sentido realizadas principalmente nos Estados Unidos. pesquisas essas que descrevem a sltuação psicológica em que se encontra o segurado quando 1·ecorre à companhia após o sinistro. Segundo indicam essas pesquisas, o segurado nesses momentos é um homem traumatizado que se dirige à companhia buscando encontrar nela a figura de wn pai prote-

Estes e outros usos do "dossier do cliente" oferecem possibilidades imensas, sendo um valioso instrumento de desenvolvimento de mercado. para segw·adores e corretores

5.2. Processamento de Dados 5. CONCLUSAO
!l'
(Continua) 45 44

Apresentamos a seguir o índice das matérias publicadas na REVISTA DO IRB, abrangendo os anil de 1972 e 1973 (n.0s 191 a 198), obedecendo o critério usual de ordem alfabética, sob et títulos-referência mais típicos.

ÍNDICE DA "REVISTA DO (anos cle 1972 a 1973-n.05

ARTIGOS ASSINADOS

Adyr Pécego Messina o Seguro de Transporte no Comércio Internacional

Angelo Mário Cerne

Peculiaridades do Seguro Bn,sileiro

Artur Barcelos Pernandes

IRB'' 191 a 198)

Iberos-Americanos Debatem Prevenção

Indústria da Segurança,A

Leslle & Godwin no Rio

SOCIEDADES SEGURADORAS

Acórdão da GB Decide Embargo de Seguradora

Alguns Aspectos da Contabilidade de Seguros

Alteradas as N.P.

Associação de EmpresasReforçaSetor de Seguros 192/5

Bases da Atual Politlca de Seguros Blbliografiá Brasileira de Seguros

CNSP: Elevado Capital Minlmo

CNSP Eleva Retenção do Mercado

195/17

194/47-195/41

196/42-197/47

Concentração de Empresas no Seguro Brasileiro

Conferência,8.d

Conglomerados

Contabillzação de Prêmios de Seguros

194/11

193/37

Seguro: Tempo de Mercadlzaçáo 195/37-196/38

Brasilo Accioly

A Importância de um Registro Naval 197/10

Carlos Alberto Wanderley e Nelson Brittes

Lemos

Concentração de Empresas no Seguro

Brasileiro

Francisco ele A. C. de Avellar

193/17

A Garantia "R.E.T.A." e o C.B.A. 191/21

Nova Etapa no Ramo Cascos Marítimos 192/36

Francisco Anthero S. Barbosa

Se(furodeCrédito: UmRamoContraclitório 192/33

Gulli Alexandre Feldman

Resseguro em Notação CompactaIncêndio

Hamilcar S.C. de Barros

Novos Horizontes para o Seguro de Vida em Grupo

seguro de Vida em Grupo para Garantia do Custeio Educacional Hél!o

O Seguro de Lucros Cessantes 191131-193/38-195/39

Miguel Salim

Alguns Aspectos da Contab!lídade de Seguros 196/10-197/36

Numa Freire

O Daho e sua Reparação

Prevenção de Riscos

Paulo Gavião Gonzaga Mercado Brasileiro de Seguros - Perspectivas de D�senvolvimento

Pontes, E.

Raul Telles Ruclge Bibliografia Brasileira de Seguros 194/47-195/41 196/43-197/47

Vlttorlo Campagnanl

Importância Econômica do Seguro de Lucros Cessantes-Incêndio

ASSUNTOS DIVERSOS

Angelo Mário Cerne (falecimento)

Bancos Tém 61:guro Global

Cartas dos Leitores 192/48-193/47-194/48-195/48 196/48-197/48-198/48

Comemorado o Dia do Seguro 197/8

Concursos de Monografias sobre Seguro

Conferência Nacional das Classes Produtoras,lll

Dano e sua Repnraçáo,O

Descobert<\ de Fraude Suspende Indenização

Mercado de Seguros no Japão, O Mudanças Sociais e o Scituro,As

Nova lmugem para o Seguro

Petrobrás Gasta CrS 25 Milhões por Ano cm Seguros

Poluição

Prevenção de Riscos

Publicidade em Seguros

Quem Previne-Acidentes

Revistas Técnicas Aprimoram-Seguro

Riopass: Turista na Guanabara Tem Seguro contra Acidentes

Seguro na Rota do Trânsito, O Seguros da Brahma, Os Seguros Residencial�

Seguro Tem Encontros Mundiais

Se�uro & Publicidade: Difícil Vida a Dois?

Souza Cruz: CrS 8 Milhões em Prêmios por Ano

Supermercado: em Tecria, um Cliente Completo

SUSEP Redimensiona Mercado

Um GTande Segurado: Cia. Vale do RioDoce

INSTITUTO DE RESSEGUROS 00 BRASIL

Anos: IRB cumpre Nova e Importante Missão, 33

Circulares do JRB 1julho a dezembro de 1971)

Conselho Técnico do IRB

"David Campista" É para Direito do Seguro Delegacia Regional do IRB em Manáus Depois do "Marketing", IRB Vai Premiar "Direito do Eeguro"

Escritório de Londres Completa seu Primeiro Ano de Atividades

Escritório do IRB em Londres

Horácio Iberê de Macedo Silva (falecimento!

índice da Matéria Publicada na "Revista do IRB" cm 1971

Internacionalização do Seguro Brasileiro

IRB Amplia Atividade� no Mercado Mundial

lRB Dá CrS 35 Mil em Concurso sobre

IRB Inaugura Delegacia em Fortaleza lRB Prepara Enciclopédia de Seguro

Em Seguro Não Há Lugar para Hermetismo

Estimativa de Prêmios de Seguros Arrecadados Pelas Sociedades em 1971

Exportação e Contabilidade São Temas Atuais no Seguro

Finanças de Amnnhã,As Flashes de 1971

Proude no Seguro

Fusão Com Trés Seg11radoras Autoriza a Operar em Vida

Fusão de Seguradoras

Garantia Incorpora Cmco Seguradoras indenização Mais Rápida em Londres Lei Protege Segurados

Liberação p A . T ara ceites no Exterior Pode

o Brasil em Exportador de Limites par R , 1 _ Sinist ª eguaçao e Pagamento de ros pelas Seguradoras Liquidação de . GAB-P-lB/7l Sinistros: Carta-Circular Marketing, a GrandeOpção Marketing n 8a a Conferência Marketing Tem Porto AI Importancla De.stacada em egre Massificação va· E o Brasil 1 stender o Seguro em todo Mercado Brasu de De eiro de Seguros: Perspectivas senvolv11nento Minas Gerais· s· lações 1ndicato Tem Novas InstaMinistro Destacanacionais Seguro nas Trocas InterNovo Código e· N trato de

Mudanças no Conovo Fundo G p aranteOperações ecUliaridades d p O Seguro Brasileiro revenção de Perdas

Reciprocidade

R I em Operações com Exterior egme de Litnlt Re es Tecnlcos mes.�a de DPorações ocurnentos de Fusões e IncorReservas Te<:n1cas

Seguro: Tempo de Mercadização

Seminário sobrt! Seguro na U.F.R.J. UNCTAD Aprova Tese do Brasil sobre Seguros

CORRETORES

Argentina Faz Congresso de Corretores de Seguro

Corretores em Pernambuco

Corretores Querem Padrão Profissional

Corretor: Prorrogado o Prazo do Cartão de Registro

FUNENSEG

Corretores de Seguros: Recife Diploma Turma Rayrnundo Corrêa Sobrinho

Curso de Regulação de Sinistro Incêndio

Cursos da F'IJNENSEG CumpremseusObjetivos

Escola de Seguros é Nova Força no Mercado

FUNENSEG Ativa Cursos em Todo o Pais

FUNENSEG Inieia Atividades

PUNENSEG Quer Adesão para Estatística

Presidente Encerra Curso de Inspeção

RAMOS

ACIDENTES PESSOAIS

Acidentes Pessoais de Treinos e Competições de Automóveis

Acidentes Pessoais Eleva Limites

AP: Cobertura Vigora. com Desconto em Folha

AP: Colocação dos Excedentes da cobertura de Catástrofe

AP em Períodos de Viagem Sofrem Alterações

Espectadores de Futebol Têm seguros de Acidentes

Sep:uro Coletivo Sofre Alterações

Seguro-Futebol Existe?, o Sinistralidade de Veiculos Invade Seguros Pessoais

AERONÁUTICOS

Acidentes Aeronáuticos

Garantia "R E.T.A." e o C.B.A.,A Limites de Retenção e Resseguro

Normas para o Excedente único

Tarifa Tem Novas Condições Gerais

AUTOMÓVEIS

Alterada Categoria 09 da Tarifa de Automóveis

Alterado Conceito de Acessórios

Buggy: Tarifa e Valor Ideal

Custos cte Colisão

Enquadrado Ca[!_1lnhão Espargidor de Asfalto

191180

OPEMA no IRB, V

Pol[tica Externa de Seguros

Preqldente Al1ali,a Seg-uros: Rio e Brasll!a Riscos de Engenharia

Didática 192/46-193/43-l94/43-195/44-196/44-197/45

Em Estudo Seguro para Mercado de Ações

Função Social e Econômica do Seguro

Senado Acompanha IRB no Exterior

110 IRB

Revisão de Capitais Mínimos Sagres Imperial Mu Seguract . da Sede Social Otes Estud Se am Marketing guradores T· gressivà em Direit.o a Mover Ação Re­ Seguro Seguro na III UNCTAD,O Reforma sun Estrutura.

Novo Valor Ideal para Veículos de 3.º Eixo

198/37 193/8 198/11
de Carvalho Teixeira
A Indústria da segurança 191/35 198/12 198/43 196/37
192/34 198/4 197/5
191/2 191/35 193,10
197/9 192/44
193/42 196/37 195/6 195/42 197/42 193/3 193/33 192/41 198/12 198/1 197/13 196/4l 191/39 196/17 197/33 198/13 198/5 195/17 195/33 198/33 196/3 196/13
Marketing
Nova Revista
Universitários
192/17 191/65 191143 197/2 194/5 198/4 196/5 192/4 191/SO 191,1° 196/2 193/i 196/5 101146 198/3 192/l 192/6 197/1 198/2 195/5 196/1 194/4 191/49
Seguros Internacionais
197/4 196/10 197/36
191/62
s�:�:�rmar
s;��r:Sluda
191/54 192/6 193/17 193/1 192/41 191/58 194/10 191/50 194/2 194/47 191/1 192/41 191/10 191/8 191/78 198/3 193/42 195/26 191/59 191/60 194/17 194/1 195/2 195/10 198/43 191/79 197/2 195/8 193/5 193/37 192/41 194/8 198/4 191/60 191/11 198/3 191/42 194/5 195/ll 195/41 192110
Enquadramento Indenização
Pagamento Resseguro
Automóveis Segurança do Automóvel Se1rnro Automóvel, na Suécia 195/37 196/38 191/40 193/5 194/8 192/4 193/42 191/58 191/42 191/42 195/4 192/3 198/9 194/9 197/3 191/40 191/57 191/57 191/57 191/62 191/61 191/56 194/6 194/33 Hl3/13 191/19 191/21 198/7 194/7 19517 191/55 194/6 191/55 192/41 191/58 192/8 192/7 191/56 192/8 196/7 193/42 193/1:!
do Ramo

Sinistralidade de Veiculos Invade Seguros Pessoais

Tarifa Automóveis: Veículos em Subsolo CASCOS

Ação do IRB no caso "Santa Cruz", A Averbações e Endossos

cascos: Circulares em Vigor em 14-1-72

Importância de um Registro Naval, A Navioo Novos

Nova Etapa no Rnmo Cascos Maritlmos

Prêmios no Brasil

Riscos de Negligência

Seguro de Cascos. o Mercado Forte

Seguro Marítimo Tem Recorde de Perdas

seguros de Frotas Têm Prazo Unlflcado CR�DITO

Apólice Habitacional: Pagaml!ntos de Adlant.amentos e Indenizações

Cláusula em Vigor

Companhia Bra�ilelrn de Seguro de Crédito

Diplomatas Estudam Seguro de Crédito à Exportação

Dinamismo nas Liquidações do Ramo Fidelidade

Dinamizado Crédito à Exportação

Fidelidade: Alteraçãona Cobertura "Blanket"

Habitacional Tem Vigência Prorrogada

Informações Cadastrais

Nova Liquidaçáo do Seguro Habitacional

seguradora.� e BNH Firmam Convénlo para Apólice Habitacional

seguro de Crédito: Um Ramo Contraditório

Sef?llro de Crédito: Exportação Livre de Qualquer Risco

seisuro Habitação Garante Casa Própria

Seg:uro Habitacional

Técnico Francês Mostrn Rumo do Seguro de Crédito

Técnicos Debatem Seguros e Fundos na Area da Habitação

LUCROS CESSANTES

Excedente único Lucros Cessantes

Importância Econômica do Seguro de Lucros Cessantes Incêndio

Instruções para Cessôes São Alteradas

Lucros Cessantes Altera Cláusula

Período Indenltário

Seguro de Lucros Cessantes, O

Tarifa

Incêndio: Prevenção Diminui Prêmios

Novo Plano de Resseguro Incêndio

Ocorrência de SinistrosDeveser Comunicada ao IRB

Parede Evita Propagação de Incêndio Pollvlnilcloreto

Prevenção em Debate

Prevenir � Melhor que 'Remediar Resseguro em Notação Compacta - Incêndio

Seguros Ajustáveis Sofrem Modificações

Tabela

Transformação

TSIB: Inclu1da Sub-Rubrica

Uso Certo Faz o Extintor Eficiente

RESPONSABILIDADE CIVIL

Indenizações no Seguro RECOVAT

RECOVAT Atualizado

RECOVAT: SUSEP Limita Arrecadação de Prêmios

Re�ponsabllidade Civil

Responsabilidade Civil: Uma Questão de Consciência Coletiva Tarifação do RC para a Guarda de Veículos

RISCOS DIVERSOS

Ca�as Lotéricas Têm Seguros de Valores Guerra e Greves Têm Novas Taxas

IRB Autoriza Reinício do Seguro de Quebra de Máqulnns

Perda de Ponto Comercial Tem Condições Aprovadas

Só Prevenção Evita Roubo Taxas para Cobertura de Guerra e Greves

RURAL

Cobertura Contra Geada Estendida à Alcachofra

Obrigatoriedade Baixa Prêmios

São Paulo na Frente

Seguro Rural não Encarece Produção

TRANSPORTES

Convênio Internacional de Transportes

Novas Taxas para Transportes Terrestres

Principio Brasileiro sobre Importação de Mercadorias Vence Argumento dos EUA

Regulamentação do Seguro de Importação em Vários Paises

Relacionados Novos Produtos Inflamáveis

Seguro de Importação de Gado

Seguro de Malote Exclui Dinheiro

Seguro de Transportes no Comércio Internacional, O

Seguros de Gêneros Têm Taxa Reduzida

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INCêNDIO

Andraus Foi wna Trágica Advertência

Andraus: tndenlzações Já Atingem CrS 14 Milhões

COSESP: Campanhll de Prevenção de Incéndlo

curso de Regulação de Sinistro Incêndio

Depois que o Fogo Ap:i,ga

Enquadramento

Fábrica de Relógio e Depósito de Sêmen na TSIB

Taxas para Ramais de Ferrovias

VIDA

Clube Vida em Grupo

B �menoslllll'l(>C(\ajudeacriarno rasiluni1e · 1 , OIJSCll'ncia< equeC:·doeslórcn lSOladoqu...se· 0 • ;fi ... . , nstm11ui1esorçocomum. muit.:,snouc,astri�ll'Ssa.irãoda�L'!>l.radas. lllcnos "·' as ud quetv..iosn(JSpensemosemusar � oviac;UC\idamcme.continuaremos ameaçadospeloseuusoindevido Setoct · osnose111ram1osnasesrradas

• Co11111111111npfe.<111<11i111e111odnmiio•ocêf1!>de adO!!(lrast'((lli1dimdorade11111daJ1çadi•direça(). Fa((Ii<rosempre. Quantlo11><:'êes111-er11/tr/l('G.wmdo1u11carro<' 0111ro111owri1ra111ai.lapressadolhepedirfl<l.<sa�c,111, adoneasewparaadireira.Serwcvmomiso •e1w11bémromoro/1110,11e.

• Qumuloser,sji/ho.fcresa•remeles saberãoquedirigiri111pressio1wasmeninas mas exigerespomabilidmle.

• .Nãoent(,•gr,est!11carroawIImenordeidade. nwiromenos.reele,,ãoforhabilitado.Emaisq11e umrisro:é1u11crime.

Umser,içopúbüeodo

193/13 191/65 196/6 193/6 191/69 197/10 192/41 192/36 193/6 193/6 194/14 193/42 191/60 191/•61 193/6 197/6 19:l/38 191/64 194/8 191/58 198/10 193/6 196/7 197/3 192/33 197/17 195/13 195/1 198/5 192/6 191/63 192/34 195/6 191/57 19219 191/31 193/38 194/39 192/9 192/2 193/4 194/4 191/42 197/7 19219
Tempo
Perspectivas Favoráveis Novos Horizontes para o Seguro de Vida em Grupo 3eguro de Vida em Grupo para Garantia do Custeio Educacional Vida 1ndtvidual: Novas Cláusulas Vida Individual Tem Normas Atualizadas 193/42 194/6 195/7 198/10 193/41 193/7 198/8 198/37 191/56 192/9 192/9 191/56 192/12 191/3 194/6 191/30 192/8 196/33 194/38 191/55 193/42 191/59 191/55 194/42 191/64 197/6 194/7 192/8 196/7 193/6 197/8 191/77 192/42 195/6 198/7 191/63 194/11 196/6 198/7 197/6 192/41 198/6 193/8 198/11 196/6 191/64
Congelamento e Seguro Em
de
L

que voc6 vai entender aimportune de um seguro bem teito.

Geralmente as pessoas decidem fazer seguro tomadas per impulse de momento,sem se incomodarem com uma analise mais aprofundada dessa decisao.

E, no lugar de estarem pondo um fim nas preocupa^oes,estao apenas criando novos problemas e compiicagdes.

E por essa razao que a FENASEG - Federa^ao Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitaliza(?ao - tem desenvolver procurado entre os segurados uma visao mais ampla para a fria realidade dos fates, num complete trabalho de esclarecimento.

Explicando, por exemplo, que um seguro contra fogo oferece mais vantagens, se for acompanhado de uma apolice de lucres cessantes que garanta, alem dos danos materials, tambem a repara9ao dos prejui'zos decorrentes da paraliza9ao da empresa.

Ou mostrando que um seguro de autom6veis,conjugado com o de responsabilidade civil, eviia muito mais dores de cabe9a que o mesmo, apenas contra roubo, incendio e colisao.

E uma tarefa dura,a FENASEG sabe. E nao e outro o motive para as companhias de seguros se prestarem a tantas recomenda^oes a clientes, avaliando riscos, respondendo a perguntas, numa cuidadosa assessoria ao segurado.

Procure o seu corretor. O meIhor seguro e o seguro bem feito.

E na hora de receber a indenizacl
-«^NASEQ FEDERAQAO NACIONALDA= -DESEGUROSPRIVADOSE CAPITALIZAQAO.
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