

S U M A R I G
Balango do I.R.B. em 1956, col. 3
— Atividades do I.R.B. em 1956: Aspectos contabeis, col. 25 — Opera(;6es no ramo Incendio, col. 63 Operaijoes no ramo Lucres Cessantes, col. 87 — Oper3<;6e.s Ao ramo Transportes, col. 99 — Operagoes no ramo Cascos, col. 113 — OperagSes no ramo Acidentes Pessoais, col. 119 — Ope ragoes no ramo Aeronauticos, col. 133
— Operagoes no ramo Vida, col. 143
— Operagoes no ramo Automoveis. col. 155 — Operagoes em Riscos Diversos, col, 171 — Operagoes no ramo Agricola. col. 181 — Operagoes com 0
Exterior, col. 191 — Atividades da Divi.sao de Liquidagao de Sinistros, col. 197 — Atividades do Gabincte de Estudos e Pesquisa.s, col. 201
Atividades da Divisao Estatistica e Mecanizagao, col, 203 — Resseguroincendio: Lniz Mcndonga. col, 205
A evolugao da cohertura automatica no ramo Incendio: Ce//o O. Nascentox. col, 207 — A adogao das tabelas de prazo curto nas tarifas de seguros: Othon B. Baena, col. 213 — Homogeneizagao das estatisticas de seguros: llrhano dc Albuquerque, col. 215 Dados Estatisticos. col. 219 — Boletim do I.R.B,. col. 225 - Notidario do Pais, col, 239,
Em 31 de dezembro 1956, ao encerrar-se seu 17." e.vercicio [inanceiro. 0 Institute de Resseguros do Brasil apresenta em sen baLnco tima solida situacao, garantia certa de que continuara dando cumprimento rigoroso a suas altas e patrioticas finalidades.
O exccdcnte disse exercicio, do valor de Cr$ 52.1-10.745.60. e o maior ja atingido pelo I.R.B.. nada obstante em tal pen'odo haverem as despesas .edministrativas gerais atingido a Cr$ 131.368.218.00. aprcsentando em relagao a 1955 o excesso de CrS 42.169.895,60. para 0 qual contribuiu. em grande parte, o aiimento geral do funcionalismo — o major ja concedido na historia icbiaria — providencia imperativa e inadiavel, em virtude do dcsnivcl que se I'enjicaca, no tocante a remuneragao, entre o [tine onalismo do I R B. e outras categorias pro[issionais.
O potencial economico do Institute dc Resseguros do Brasil pode set bem avaliado pelo montante a. que atingiu, em 31 de dezembro de 1956. 0 total do seu ativo, representado par valores reals, que foi da ordem dc Cr$ 798.869.072,30, .superior em Cr$ 143.166.625.50 ao dc 31 de dezembro dc 1955.
A rcccita de primios, que em 1955 [oca de Cr$ 1.159.192.597.00, e.xperimentou um aumento de Cr$ 175.722.817.10, atingindo em 1956 a CrS 1.334.915.414.10, sendo de notar que a retengao geral do I.R.B. tcve um acrescimo de Cr$ 68.642.279,20. Percentazlmente. a retengao do I.R.B. [oi dc 35.7 % dos primios au[eridos, enquanto cssa relacao em 1955 era de 35.2 cumprindo assinalar que. ao mesmo tempo, tiveram as sociec/ac/es de seguros consideravel aumento de sues rctengoes, com ainplos benc[icios para a economia nacional.
Outro aspecto de realce, na gestao [inancclra de 1956, relaciona-sc com a acertada politica inversionista .cdotada. Em conseqiiencia de mutagdes patrimoniais havidas e de investimentos realizados. a receiYa de inversocs atingiu a Cr$ 36.215.977.80, produzindo um resultado liquido de Cr$ 20.227.818,30, contra CrS 15.015.944,00 em 1955, com um aumento. portanto, de CrS 5.211.874.30. ou scja, de 34.71 .
Per fim, cabe assinalar qiie o capital do I.R.B. foi aumentado. em 1956, para CrS 84.000.000.00, mediante reavaliagao de ativo imobilizada, na forma da faculdade instituida pela Lei n." 2.862/56, medida essa que veio propiciac maior e mais justa remuneragao ao capital dos acionistas, alem de aumentar-lhes o patrirnonio.

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Socicdadcb dc Scgurob - c/Rctcnvao dc Fundos -— Estabilidadc AgricoJa. Socicdadcs dc Scgurob — c.'RcCon^ao dc Fiindob — I'.stabilidadc Trans portcb C.aratiLia para ('pcrajOcb dc Scguro .Agricola CiarunLia para Riscos dc .'Mgodao ScrviJorcs c,Frctcndcnics a Fmprljtin-.ob
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P6NTRS HE ni'.ol.i.AIUr.-,r,AO
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CAI'IIAI
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Fundo para O<^ilagao dc TiruloFundo dc Dcprccia?ilcb Fundo dc Indcniaa^Ocb e BcnclicDnc.a,,,. , FunJo para C2r6dilos dc Rcalizavfio Duvnlf>b:i
liVltnLSIE"
ResuUudo do Excrciciu, a Distriboir..
TOI'AL LXl I'ASSIVO,
OOMAS PR rCMRENSAC.A'. Carantias Divcrsas I ilulu' Dcposicadoc Iivnprfistirno- Aulorjrados Acucs Caucionadab Promcsba dc Vcnda dc Imdvcib.
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CERAL DEiMONSTRACAO GERAL DA RECEITA E DESPESA (com detalhes do movimento indastrlaU

I'lO'.MIOS RCTROfaDiUJS
PARA COSSORCIOS
Caslastrofc Acidcntes Pcssoais.
Catastrofc Acroniiuticos I'ARTICII'ACOES EM I.UCROS C.ONirUDlDAS
GERAL DEMONSTRACAO GERAL DA RECEITA E DESPESA (continuacSo) [com detalhe& do movimento industrial)

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GERAL DEMONSTRAQAO GERAL DA RECEITA E DESPESA (condusIoV (com detalhes do movimeiito industrial)
/p.re Accioty dn Su lllrcior do CTcp. I'inarrcciro .Ausasta Vd ier d<- I ciia - -- Prcsidcntc

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ceral demonstracSo geral da receita e despesa (com detalhes de parte nao industrial)
M'fel Sutim - Chcfe da Divisao de Contabihdadc — C,R, C, 2.999
icii Accicly de Sd — Difcior do L3cp ['le^anceiro Ai.fiiJlo .Voticr de Lima — Prcsidcnte

DEMONSTRACAO DA DISTRIBUIQAO DO "EXCEDENTE"
(APROVADA PeLo friNSELHO t£CN!CO DO 1. R.[3. EM SESSAO DE U-Ol Vj
Atividades do I. R. B. em 1956
ASPECTOS CONTaBEIS
capital rcalEado c rcscrva suplcmcntur (Artigo 70, AlTnca "B", do.i '.r
70, }
allnca -.A ', dos Ustalutos, 4 40 ,2 joo.Jft
AUCUS'IO XAVIER DE LIMA
Pfcsidcnic
Aliiwl Sal.m j^i sd
Ocfc da l>v. Cinlab.—C.R.C.2W Diretor do Dcpartamcnto Financciro
O excedente desse exercicio. do valor de Ci$ 52. IdO. 745,60 e o iiiaior ja at'ngido pelo I.R.B, A receita geral atingiu a Cr$ 2, 193.960.515,50 e o ativo ja ascende a Cr$ 798.869.072,30; em 1955, alcangaram a Ci% 1 .874. 131.276,10 e Cr$ 655.702.446,80. respectivainente.
Todo.s esses valores sao os maximos ja registrados pclo I.R.B.
0 aumento de premios auferidos. em relagao a 1955 foi de Cr$ 175.722,817,10. enquanto que as retrocessoes cresceram de Cr$ 107,080.537,90, advindo dai, urn acrescimo de Cr$ 68.642.279,20 na retengao geral do I.R.B, Percentualmente, a retengao do I.R.B. c de 35.7 /r dos premios auferidos. en quanto essa relagao em 1955 foi de 35,2 % .

Os saldos das participagoes em lucres foram favoraveis ao I.R.B. de Cr$ 17.586.831,20, enquanto em 1955 aqueles saldos eram de Cr$ 12.082.561.30. As participagoes concedidas. somadas as comissoes basicas e adicionais. diminuiram percentualmente em relagao aos premios aufe ridos de 32.86 % — em 1955 — para 32,84 % — em 1956 — c as partici pagoes e comissoes auferidas nas re trocessoes aumentaram. em relagao aos premios cetrocedidos, de 37,00 9^ para 37.64 9f-, em 1956.
O resultado industrial final elevouse a Cr$ 162.974.045.60, enquanto em. 1955 foi de CrS 121 ,012.829.80, Os ramos Incendio. Transportcs c Vida foram os de maiores lucres em 1956 e apenas as operagoes com o exterior ofereceram resultados negatives, 0 resultado industrial de Cr$ 162.974.045,60, citado acima, corresponde a 12.21 97 dos premios de aceitagao e a 34.22 97 dos premios retidos- Essa relagao, em 1955. foi de 10 - 44 97 e 29.69 97, respectivamentc.
As rcservas tecnicas, inclusive fundos constituidos, aumentaram o Passive em relagao ao ano anterior de Cr$ 50.248.236,80, enquanto em 1955 aquele aumento foi de Cr$ 65.810,367,80. As reservas matcmaticas aLmientaram de Cr$ 922,689,50, as de riscc.s nao expirados de Cr$ 12,078,273,70, as de sinistros a liquidar de Cr$ 22.573. 147,70 a de contingencia de Cr$ 9.524.580,60 e os diversos fundos de Cr$ 5,149,545,30.
O coeficiente sinistro-premio da retengao do I.R.B, no conjunto de todos OS ramos, foi de 35,92 ''/<■ Em 1955 foi de 33.67 9^ Os inesmos coeficientes em relagao a aceitagao total do I.R.B, e as retrocessoes, foram de 31-90'7 e 29.67 ',7, em 1956 e de 34,40 97 e 34.80 "'r em 1955, respectivamente.
As indenizagSes. iiquidas. pagas as sociedades c as recuperagoes das retrocessionarias cresceram, em 1956, de Cr$ 63.002.882,00 e de '...

Cr$ 31.057.649.00. enquanto que os premios aceitos e os retrocedidos cres ceram de Cr$ 175.722.817,10 e Cr$ 107.080.537,90 respectivamente.
As rendas Iiquidas de inversoes cresceram de Cr$ 5.211.874.30, em relagao a 1955.
As despesas administrativas gerais do I.R.B. alcangaram a cifra de Cr$ 131.368.218,00, enquanto em 1955 somavam Cr$ 89.198.322,40. Essas despesas correspondem a ... 9.84 % dos premios de aceitagao en quanto essa relagao nos anos de 1952, 1953, 1954 e 1955 correspondiam, res pectivamente a 8.62%. 8.41%, 8.28 %e 7.69%.
A RECEITA
Premios auferidos
Os premios auferidos das sociedades, em todos os ramos, ascenderam a .. . , Cr$ 1.334.915.414,10, tcndo havido um acrescimo de Cr$ 175,722,817,10, ou sejam, de 15,2% em relagao ao ano anterior.
Para aquele total contribuiram os premios do ramo Incendio com
Cr$ 741.185.519,60, do ramo Transportes com Cr$ 247.457,479,60, do ramo Acidentes Pessoais com
Cr$ 28.742,532,60, do ramo Aeronauticos com Cr$ 68.837,438,20, do ramo Vida com Cr$ 51 .438.539,70, do ramo Automoveis com
Ct$ 72.616.282,30, do ramo Cascos com Cr$ 54.909.621,30, rlo ramo
Lucres Cessantes com Cr$ 23,502.157,20, dos Riscog Diversos com Cr$ 16,803.380,70, do ramo Agricola com Cr$ 4.307.330,90 e, finalmente, as aceitagoes do exterior com Cr$ 25. 115, 132,00.
O ramo Incendio teve um aumento de apenas 4,9 %, o ramo Transportes de 39.8 %, o Acidentes Pessoais de 1 .8%, o Aeronauticos de 26.7%, o Vida d'2 77,7%, o Automoveis de 2,2 %, o Cascos de 58,4 %, os Riscos D,ver.sos de 72.2 % e o Exterior de 6,5%. Decresceram os premios do ramo Lucros Cessantes de 6.9 %. Os ramos Transportes, Vida, Cascos e Riscos Diversos foram os que apresentaram maior crescimento. " "
No Ramo Agricola houve um acres cimo de Cr$ 4.201.562,20, considerando-se. entretanto, que os premios do exercicio de 1955. no total de Cr$ 105.768,70. compreendem apenas o movimento dos primeiros meses de funcionamento da Carteira,. Comissdes c particip-^oes auferidas
O I.R.B, auferiu em comissoes a importancia total de Cr$ 249.829.650.60. da qva]". '. .. '. '. Cr$ 20.115,001.50 provem de co missoes auferidas do exterior em virtude dos premios retrocedidos, Au feriu, tambem, Cr$ 560,630,30 a titulo de comissao de administragao dos Consdrcios Aeronauticos e Acidentes Pessoais.
Segundo preceituam as normas de operagoes, o I.R.B. participa nos lucros das retrocessionarias — do pais c do exterior — e nos dos consdrcios de catastrofes. Essas participagoes atingiram a Cr$ 72.782.846,70. con-
tribuindo as retrocessionarias do pais com Cr$ 70,197.385,20, as .do ex terior com Cr,f. 2.156,587,50 e os con sdrcios com Cr$ 428,874,00, e deverao ser recebidas nos primeiros meses de 1957. As participagoes em lucros aufe ridas em 1955 somaram Cr$ 49.914.320,40, tendo havido nestc ano de 1956 um aumento de Cr$ 22.868.526,30 naquelas participngdes.
As comissdes e participagoes, cm conjunto, somaram Cr$ 323.173.127,60 em 1956, representando 37,64 % dos premios de retrocessao. No exercicio de 1955 essa relagao foi de 36.99 % e em 1954 de 33.65 %.
Sinistros — Reciipera<^6es Iiquidas
As recuperagdes .Iiquidas, obtidas das retrocessionarias do pai.s e do exterior, em conseqiiencia das responsabilidades que Ihes foram transfcridas, somaram CrS 293.379.024,90, caLendo ao exterior, dessa importancia. Cr$ 40.223.198,50. Em 1955, essas recuperagdes foram de Cr$ 262,321 ,375,90 e Cr$ 31.056.657,20, respectivamente,
Os sinistros recuperados em 1956 correspondem a 34.17% dos premios retrocedidos e a 66,39 % das indenizagdes e despesas pagas pelo I.R.B. Em 1955 essas relagoes foram de 34.90 %e 69.24 %, respectivamente.
Os ramos Incendio e Transportes apresentaram uma recuperagao de si nistros de 30,75 % e 33.13%, res pectivamente, sdbre os premios retro cedidos, enquanto os demais ramos, em conjunto, de 43.31 %.
Recdtas industrials diuersas
As rcceitas industrials diversas atin giram a Cr$ 5.243.930,80, assim demonstradas:
liamos Cr$ Incendio 247.973.90' Transportes 14.418.30
Aeronauticos 4.038.004.80
Vidci-Cnrt, Mctropoie 120.421.60 Cascos 534.512,20 Riscos Diversos 288.600.00
Total 5.243.930,80
IZstao registrados nas receitas indus trials do ramo Incendio os juros cobrados das sociedades pelos resseguros em atraso. Nas despesas in dustrials figuram os juros atribuidos as retrocessionarias proporcionalmentv aos premios retrocedidos.
Nas receitas dos ramos Aeronauticos e R'scos Diversos figuram as corretagcns pela colocagao. no exterior, de seguros de aeronavcs. Figuram tam bem nas despesas industrials daqueles mesmos ramos as parcelas pagas aos corretores das mesmas aeronaves.
Figura nas receitas do ramo Cascos a participagao do I.R.B. no «Fundo de Vistorias Cascos.»
No ramo Vida figuram as receitas provindas do Consorcio dc- Companhia de Seguros Metropole administrado pela Sul America — Companhia Nacional de Seguros de Vida.
Re.-icrcas Tecnicas — recersao
As reserves matematicas, de riscosnao expirados e de sinistros a liquidar que se constituem ao fim de um exer cicio, sao revertidas como receita no exercicio seguinte, quando, entao, gao
calculadas as novas reservas com base nas responsabilidades atuais.
As reservas tecnicas revertidas, importaram em Cr$ 199.354.442.00. ass;m discriminadas: as matematicas em Cr$ 2.814,664,50. as de riscos nao expirados em Cr$ 102.793.061.20, e as de sinistros a liquidar em Cr$ 93,746.716.30.
A importancia de Cr$ 9,069,30. levada a conta de receita como «ajustamento de reservas» corresponde a compensa^ao recebida em virtude de responsabilidades assumida.s nos ramos -Acidentes Pessoais e Automoveis con: OS seguradores do exterior.
Rsndas de inversoes
As rendas de inversoes somaram Cr$ 36,215,977,80, tendo havido um aumento de CrS 9.II3.278.60 em relacao a 1955 ou seja de 33.62 'j'r , As rendas de inversoes, liquidas. inclusive das oscila^oes e deprecia^oes. atingiram a Cr$ 20,227,818,30, enquanto que em 1955, aquele liquido era de Cr$ 15,015,944.00. O aumento ver.ficado foi de 34,71 ,
Os juros de emprestimos figuram na receita com a parcela de Cr$ 13.109.815,80 e correspondem aos juros auferidos pelo l.R.B. sobre os emprestimos concedidos a funcionarios e a estranho.s — pianos A, B e C. O montante dos emprestimos em 31 de dezembro de 1956 atingia a Cr$ 151 ,494, 115,80, A taxa media daqueles juros e de 9,5 .
Em «Alugueis de Imoveiss, no mon tante de Cr$ 5,365,617,90 estao tambem incluidos os alugueis simbolicos dos proprios ocupados pelo l.R.B. e
registrados nas despesas administrativas no valor de Cr$ 2.820,000,00. O Edificio Sede tern a renda simbolica de Cr$ 2,400.000.00 anuais; as Representagoes de Curitiba e Belo Horizonte, tern, cada uma. a renda de Cr$ 180,000,00 anuais. Os imoveis recentemente adquiridos para as Representa^oes de Recife e Salvador tiveram rcgistradas, cada uma a renda de Cr$ 30,000,00.
Estao arrendadas as propriedades de Braz de Pina, Colonia de Ferias no Alto da Boa Vista e a Granja Sao Louren^o em Campo Grande, sendo que as duas ultimas apresentam rendas insignificantes em relaqao ao valor dos respectivos imoveis.
As receitas sobre opera^des imobiliarias se constituem de: — taxa de expediente sobre emprestimos Cr8 326.466,60; — taxa de fi.scaliza;ao de obras, CrS 27.253,20.
Os juros debitados a construgao da Rua Conde de Bonfim figuram em «juros s/Invers6es Imobiliarias» com a parcela de Cr$ 1.519.857,70.
A participagao do l.R.B, no au mento do Capital da «Imobiliaria Seguradoras Reunidas S/A», e de Cr$ 1 .961.000,00,
Pcla demonstragao abaixo ver-se-a que as taxas medias de rcndimento de capitals, durante o exercicio, de um modo geral, tambem se encontram em crescimento, com excegao dos juros dos tituios de renda, que sofreram redu(;ao em virtude de terem sido considerados no pre^o de cotagao parte dos juros dos tituios pcrmutados pelos andares do Edificio Canavarro.
Oscilafoes e Depreciagoes
A parcela de Cr$ 1.362.429.30 levnda a receita corresponde a reversao de parte do Fundo p/OsciIa?ao de Ti tuios, em virtude de excesso verificado Cm 31 de dezembro de 1956 em relaqao a cotaqao dos tituios e a?6es existcntes naquela data.
Rcccitas Diversas
Somaram Cr$ 307.099,70 e provieram; de desconto pelo pronto paganiento de faturas, Cr$ 231.143,10 e de receitas eventuais Cr$ 75.956,60.
Receita total
A receita total do l.R.B, em 1956 foi de Cr$ 2.193,960.515,50 contra Cr$ 1 ,874,131.276,10 em 1955, As somas das receitas dos anos de 1954 c 1953, foram, respectivamentc, Cr$ 1 .675,317.150,90 e Cr$ I .198,774,673,90.

A DESPESA
Premios retrocedidos
Os premios retrocedidos em 1956 .somaram Cr$ 858.692.555,10 e re-
presentaram um aumento de 14.25 %, ou seja, de Cr$ 107.080.537.90 sobre OS do ano anterior. Daquele montante de premios, retrocedidos, cabem ao pais Cr$ 764.128.042,50 e no exte rior Cr$ 94.564.512,60.
A rela^ao entre o total dos premios retrocedidos e o total dos aceitos, que era de 69.49 % em 1951, passou a 69.54 % em 1952. a 70.36 % em 1953, a 67.88 % em 1954, a 64.84 % em 1955 e a 64.33 % em 1956.
Comissdcs e participagdes concedidas Sobre os.,premios auferidos, provenientes das sociedades do pais e do exterior, de acordo com as respectivas Normas de operagoes. o l.R.B. paga comissoes. Em 1956 essas comissSes somaram Cr$ 382.646.854.50, cabendo ao exterior a parcela de Cr$ 3.793.684,30 c ao pais Cr$ 378.853.170.20.
As comiss5es adicionais dos tamos Incendio. Lucros Cessantes, Cascos, Transportes e Agricola estao incluidas no total acima mencionado e foram calculadas todas de acordo com as respectivas normas de operagoes. Essas comissoes atingiram a Cr$ 15.519.128,60 no ramo Incendio,
estando ai considcrado o saldo de Cr$ 138.264.50 da;; comissoes adicionais de 1955, pagas em 1956: a ....
Cr$ 822.575,50 em Lucres Cessantes: a CrS 1.372.740,50 em Cascos: a Cr$ 5.449.178,40 em Transportes e a Cr$ 12.047,10 no Ramo Agricola.
O I.R.B. despendeu, tambem, sob 0 titulo de Contribui^ao para os Consorcios Acidentes Pessoais e Aeronauticos, a importancia de Cr$ 512.351,60 correspondente a 5 % dos premies retidos pelo I.R.B., nesses ramos.
Alem dessas cemissocs, as nermas prevem participagao das sociedades nos lucres industrials do I.R.B.
As participates atingiram, em 1956. o total de Cr$ 55.196.015,50. Tais participates, adicionadas as comis soes basicas e adicionais e que correspondem ao total pago pelo I.R.B. sobre os premies que ihe foram cedidos, resultam num raontante de ....
Cr$ 438.355.221,60, Em 1955 aquele
total foi de Cr$ 380.881.815,90. Em relato aos preraios aceitos aquelas comissoes foram de 32.38 % em 1953, de 31 ,61 % em 1954. de 32.86 % em 1955 e de 32.84 7^ em 1956.
Sinistros — inden'za^es Uquidas
Correspondem as indenizat^s e despesas com sinistros pagas as socieda des, pelos resseguros cedidos, Jiquidas dos «salvados» correspondentes.
Do total de Cr$ 441.878.445,20 foram pagos a sociedades do pais ....
Cr$ 419.951.438,10 e as do exterior
Cr$ 21.927.007,10 em virtude de ne-
gocios aceitos de seguradores do ex terior. Em 1955 aquelas parcela.?: foram, respectivamente,
CrS 378.875.563.20 e
CrS 362.125.103,80.
As indenizagoes liquidas pagas corresponderam a 33.10 /fc dos premios de aceitato. cabendo as retrocessionarias 66.39 % das indenizagoes. Estas mesmas relagoes, em 1955, foram de 32.68 % e 50.41 %. respectiva mente.
Despesas industriais dii'crsas
O I.R.B. despendeu
Cr$ 4.644.963.30 em despesas dire- " tamente relacionadas com os ramos em que opera, estando ali incluidos os juros sobre os resseguros em atraso pago.s as retrocessionarias, as corrctagens pagas pela coloca^ao de seguros de aeronaves no exterior, as despesas de liquidagao de sinistros nao recitperadas das sociedades. as des pesas com as comissoes permanentes. as inspegoes de riscos e as despesas de remessas para o exterior.
Ajustamento de Reservas
A parcela de Cr$ 681.832,30, sob a denominagao de «Ajustamento de Reservas». corresponde a compensagao paga ao exterior, em virtude de responsabilidades transferidas de negocios aceitos do exterior.
Reserva Matematica
A reserva matematica constituida corresponde as responsabilidades em vigor, em 31 de dezembro de 1956, dos

seguros do ramo Vida aceitos do ex terior (CrJ 2,201.785,70) e a participagao do I.R.B, no consorcio da extinta sociedade Metropole, administrada pela Sul America — Vida (Cr$ 1.535.568,30). totalizando ....
Cr$ 3.737.354,00, Esta reserva aumentou de Cr$ 922.689,50, em relagao a 1955.
ijeserua de Riscos nao Expitados
Para o seu calculo sao observadas as mesmas prescrigoes aplicaveis as so ciedades de seguros, Esta reserva. em 31 de dezembro de 1956, assim se desdobra;
Seu total, de Cr$ 116.319.864,00. esta assim distribuido:
Em 1955 a reserva de riscos nao expirados totalizava
Cr$ 102.793.061,20. O aumento verificado em 1956 nesta reserva foi. portanto, de Cr$ 12.078.273,70.
Resetva de
Sinistros a Liquidar
Pelos levantamentos procedidos pelas carteiras e servigos competentes, do Departamento Tecnico, foi consti tuida a reserva correspondente aos sinistros pendentes em 31 de dezembro de 1956.
Resecva de confrn^'enc/a
£ acrescida. em cada exercicio, de 2% dos premios de resseguros dos diversos ramos. retidos anualmente.
Em 31 de dezembro de 1956 esta re serva aumentou de Cr$ 9.524.580,60 e atinge a cifra de Cr$ 50.613.578,70.
Fundos especiais
Os fundos especiais .sao constituidos de acordo com o que estabelecem as respectivas normas de operagoes. Assim, o Fundo de Estabilidade Transporte.s reccbeu a contribuigao de Cr$ 2.364.967,90. alcm dos jurcs de Cr$ 754.733,20. contados em 1956; o Fundo de Estabilidade — Automuveis ficou aumentado de Cr$ 1.815.407,10 e OS Fundos Especiais de Catastro.''e — Acidentes Pessoais e Aeronauticos tiveram urn acrescimo de Cr$ 178.352,00 e Cr$ 36.085,10, res pectivamente.
Despesas de inversdes
Somaram Cr$ 15,422.621,50, tenclo apresentado urn acresdmo de Cr$ 6,296.748,50 em relacao ao e.x.'ir, cicio anterior. Decresceram os iuros pagos sobre as reservas retidas: aumentaram, pprem, os juros pagos dos Consorcios e Fundos retidos. Esta considerado nas despesas de inversoes todo o imposto de renda do exercicio, quer sobre os juros de titulos, quer sobre os lucros do exercicio de 1955, como tambem sobre o aumento do Ca pita] do I,R,B. com a reavalia(;ao do Edificio Sede, de acordo com a Lei n," 2.862, de 4 de setembro de 1956.
Despesas administrativas e oiitras
As despesas administrativas totalizaram Cr$ 131.368.218.00, havendo um excesso. em rela^ao as de 1955, de CrS 42.169.895,60.
Contribuiu para aquele excesso o aumento geral do funcionalismo. .a partir de 1,° de julho de 1956, alem dos aumentos das contribuigoes de previdencia e do crescimento dos pregos das utilidades.
As despesas administrativa.s representaram, em 1956,9,84 % dos premios auferidos e 27.59 % dos premios re tidos. Em 1955 aquelas percentagens foram, respectivamente, de 7,69% e 21 .88 %. Essas mesmas relagoes foram, respectivamente. em 1954 de 8.28% e 25,79 %; em 1953, de 8.41 % e 28,38 % e, em 1952, de 8.62% e 28.29 %, As despesa ad ministrativas de 1956 corresponderam a 5.99% da receita total do I.R.B. Em 1955 corresponderam a 4.76%.
Apresentaram regular acrescimo, em relagao ao ano anterior, as verbas de Ordenados e Gratificacoes, Contribuigoes de Previdencia e Contribuigoes e Donativos.
As duas primeiras tern como justificativas o aumento geral do funciona lismo e a elevagao do teto para a contribuigao aos Institutos de Previ dencia , Em Contribuigbe.s e Donativos estao incluidos os donativos ccncedidos a Cruzada Sao Sebastiao, de Dom Helder Camara, o concedido a Santa Casa de Misericordia de Santos, para atender ao socorro das vicimas dos desmoronamentos em conseqencia de temporal e a diversas institulgoes filantropicas em Pelotas, ccmo auxilio as vitimas da inundagao verificada naquela cidadc,
Empreendimento assistencial
O linico empreendimento assistencial Bar e Restaurante — ocasionou ao I.R.B. um prejuizQ de Cr$ 2,221 ,641.30. Em 1955 o prejuizo do Bar e Restaurante lot de Cr$ 1.686.580,70,
Depreciagoes e oscilagoes
O «Fundo de Depreciag6es» foi creditado em 31 de dezembro de 1956 por Cr$ 1.927.967,30, correspondentcs a 10 % do prego de custo dos moveis, utensilios, maquinas, equipamentos e veiculos adquiridos a partir de 1.° de Janeiro de 1947, em virtude de ja haver sido constituido «Fundo» para o total das aquisigoes anteriores aquela data. O citado credito inclui as de preciagoes das instalagoes e moveis
arrehdados na Colonia de Ferias e na Granja Sao Lourengo.
Despesa total
Segundo a apuragao a que se procedeu, a despesa total do I.R.B. atingiu a Cr$ 2.141.819.769,90. O excedente da receita total sobre a despesa total foi de Cr$ 52. 140.745.60. que e o «excedente» de 1956.
Excedente e siia distribuigao
A distribuigao do excedente e detcrminada pelo Conselho Tecnico, obedecidos OS artigos 70, 49 e 27 dos Est.itutos do I.R.B.
Focalizando o assunto, e oportuno esclarecer que a «reserva supiementar», 3te atingir o valor do capital, devera ser reforgada por importancia nao inferior a 20 % do excedente e, nesfe exercicio, corresponde a Cr$ 10,428.149,10.
Os dividendos aos acion-sfas das classes A e B tem um maximo de 8 % do capital realizado e rescrva suplenientar. Como o Capital do I.R.B., pelo decreto n." 40.259, de 31 de outubro de 1956, foi eicvado de . • .Cr? 42.000.000,00 para Cr$ 84,000,000,00, o dividendc ma ximo deste exercicio, compiitando-se squele aumento do capital. Kpvo-rac.i temporis», e de Cr$ 6.066.390,20.
A participagao nos lucros do I.R.B. cabivel ao Senhcr Presidente e aos Senhores Membros do Conselho Tec nico esta limitada pelos Estatutos a Cr$ 120.000,00 ■2pcr capita», totalizando Cr$ 840,000,00 para os sete participantes.
Quanto aos servidores, os Estatutos fixam uma participagao minima de 15 % das despesas efetuadas com os mesmos. Tais despesas alcangaram Cr$ 122.465,615.60.
O lucro tributavel. para efeito do calculo da provisao para o imposto de renda a scr pago em 1957 dependera do valor das parcelas que forem fixadas pelo Conselho Tecnico como distribuigao do excedente de 1956.

Aquela provisao para encargos fiscais devera ser fixada em quantia nao inferior a Cr$ 4,000.000.00.
O ATIVO
Caixa e depositos en: dinheiro
O numerario existente em Caixa, no dia 31 de dezembro de 1956, atingia a Cr$ 667.873,20,
Os dep6sitos bancarios somaram a Cr$ 115.129.150,20, Em 1955 o seu montante era de CrS 152.175.161.60. A redugao verificada tem co.mo justificativa as apiicacocs em emprestimos hipotecarios, a construgao de Conde de Bonfim e de Sao Paulo e as aqui sigoes dos imovcis para as sedcs das Representagoes de Salvador e Recife, alem da tcansferencia da parcela de CrS 14,987.487,20 para a conta «C;editos em Liquiducao» e corre,spondente aos depositos existentes em Buncos cm regime de liquidagao.
Os depositos no Banco do Brasil atingiram, em 31 de dezembro de 1956 a cifra de Cr$ 74.354,523,30. Os depositos nos Bancos do exterior destinam-se a liquidagao dos ncgocios com o exterior e sao cn'culados a taxa oficial, acrescidos do agio coiTCispon-
dente, 6u a taxa 'dc cambio livre; conforme seja a origem dos seus depositos, isto e, proveniente de ressegucos aceitos do exterior ou das cessoes ao exterior.
O I.R.B. somente podera iicilizar a taxa oficial do cambio ate 30 de junho de 1957. porque, a partir dcssa data, as liquida^oes das contas, quer das aceita?6es, quer das cessoes, passarao a ser feitas a taxa do cairbio livre.

O montante de Cr$ 1.657.685,00 corresponde aos cheques diversos cmitidos em 1956 e a serem liquidados em 1957.
Devedores diversos
As socicdades de seguros deviani ao I.R.B. CrJ 130.159.996,50. dos quais a importancia de Cr$ 128.380.457,50 em conta de movimento e referentes, de urn modo gerai. aos movimentos dos meses de novembro e dezembro de 1956. cobrados em 1957. A Sul America— Companhia Nacional dc Seguros de Vida, administradora do Consorcio da Metrdpole, retinha em 31 de dezembro de 1956 reservas pertencentes ao I.R.B., no vaior de Cr$ 1.535,568,30.
As sociedades do pais participantes do
E.V.E, — Excedente Vida Exterior — deviam ao I.R.B, a quantig de Cr$ 227.462,20, Apenas uma sociedade alema em liquida^ao apresenta
saldo devedor de Cr.$ 16.508,50, Como decorrencia de opera^oes com o exterior, havia a receber, em 31 de dezembro de 1956, a importancia de Cr$ 28.758.968,80, da qual
Cr$ 11.164.551,90 de diversas retro-
cessfonarias e proveniente.s de recuperagoes de sinistros de retrocessoes
L.A.P.; Cr$ 6,301.615,90 de diver sos seguradores do exterior e provenientcs de negocios aceitos pelo
I.R.B., c, finalmente Cr$ 11.292.801,00 correspondente as reservas tecnicas retidas no exterior.
Os creditos pendentes de liquidagao compreendem os saldos devedores de Bancos e sociedades em regime de iiquidagao. O seu montante atingiu a Cr$ 17,987.709,00. Aquele valor id se encontra coberto pelo «Fundo para Creditos de Realizagao Duvidosa». embora existam ainda outros creditos em perspectiva de insolvencia.
Os depositos em garantia somam Cr$ 450.914,20 e correspondem as diversas caugoes efetuadas pelo I.R.B. na sede ou nos Estados, por intermedio das Representagoes,
Os debitos de diversos, no valor de Cr$ 8.850.358,10, correspondem; aos adiantamentos concedidos a funcionarios em locals diversos
Cr$ 60.100.00; aos saldos das contas dos representantes nos Estados
Cr$ 140,501,10: aos saldos de deve dores diversos — Cr$ 8.649,757,00. Contas de regulariza^ao do exercicio
As diversas participagoes devidas ao I.R.B. e referentes aos lucros das retrocessionarias nos diferentes .'amo.s, apuradas de acordo com as respectivas normas de operagoes, somam
Cr$ 71.083,149,00. Serao cobradas das sociedades nas contas dos primeiros meses de 1957.
As rendas de inversoes, a receber, no valor de Cr$ 4.139.865,30, com-
preendtm os juros, dividendos c alugueis cabiveis ao exercicio de 1956.
As despesas com liquidagoes de si nistros efetuadas pelo I.R.B., ainda nao distribuidos entre as sociedades cedentes, atingiam a Cr$ 10.013,909,00 e serao cobradns no termino da liquidagao dos sinistro.s ■n que correspondem.
Os resseguros a cobrar. no valor de Ct% 624.586,00 correspondem as parceias das prestagSes nao vencidas dos seguros do ramo Cascos.
Titidos da Divid.a Ptiblica
Houve grande alteragao, em relagao •n 1955, no montante dos tiUilos da Divida Piiblica de propriedadc do f-R.B. O seu valor passou a ser de Cr$ 9.981.802.30, tendo havido uma redugao de Cr$ 29.803.20430. que corresponde aos titulos federals c cstaduais permutados pelos 5." e 6." pavimentos do Edificio Canavarro, a Avenida Marechal Camara n." 350. Os Titulos da Divida Publica do I-R.B. estavam cotados, a 31 de de-embro de 1956. em OrS 9.802.000,00,
•Agde.« de empresas nacionsis
A linica aquisigao durante o exer cicio de 1956 foi de carater compul■s6rio. pois o I.R.B. teve de depositar no Banco do Brasil a quantia de .
CrS 23.800,00 para futura aquisigao de Obrigagoes da Petrobras, a fim de poder processar a iiccnga dos sens automoveis. O acrescimo de • CrS 1 ,961 .000,00 nas agoes da Imobiliaria Seguradoras Reunidas S/A corresponde a participagao do I.R.B.
no aumento do Capital social daqucla entidade.
As agoes da Companhia Sideriirgica Nacional estao cotadas praticaraente pelo seu valor nominal e os seus divi dendos estao sendo pagos na base de 10 Cc ao ano.
Estao desvalorizadas e continuam sem remunerar o capital invertido as agoes da Companhia Nacional de Alcalis e da Companhia Expansao Economica Fluminensc.
As agoes de sociedades diversas que figuram no Ativo pelo valor de CrS 19.763.300,00 estavam cotadas a 31-de dezembro em Cr$ 16.354.300,00.
A reserva de oscilagoes de titulos, ja constituida, corresponde a desvaiorizagao total dos titulos de renda e agoes acusada pela Bolsa em 31 de dezembro de 1956 e importa em CrS 3.588.802.30.
A importancia de Cr$ 105.000,00 representa o valor dos titulos de socio proprietario do Clube dos Seguradores e Banqueiros.
Emprestimos
Os emprestimos sob garantia hipotecaria, destinados a construgao de casa propria do funcionario, slo concedido.s aos juros de 6 Sf'' e 9 % a.a. e aos prazos de 15 e 20 anos — piano A.
Tais emprestimos. atenderam 231 funcionarios, com um desembolso atual de CrS 54.751.618,50.
Alem desses, ha ainda outros em prestimos a funcionarios e a terceiros, com menor prazo c, em sua maioria, aos juros de 12% a.a. — piano C. O montante desses emprestimos atingia
em 31 de dezembro de 1956 a Cr$ 79.399.652.10.
A inversao total em emprestimos hipotecarios vem crescendo continuamente e atingiu a importancia de .... Cr? 134.151.270.60 em 31 de dezem bro de 1956, enquanto que em 1955 aquele montante era de Cr$ 103,480.292,10. Os emprestimos ja autorizados, a conceder. tern o valor de Cr$ 40.905.548,10.
Os emprestimos simples — piano B — compreendem todos aqueles que nao oferecem garantia hipotecaria e sao concedidos, exclusivamente, a funcionarios, para amortiza^Io no prazo de 4 anos, aos juros de 12 % a.a.
O montante concedido a 456 funcionarios atingia, em 31 de dezembro de 1956, a Cr$ 17.342,845.20. tendo havido urn aumento de Cr$ 8.409.093,70 em relagao ao saldo de 1955.
A parcela de Cr$ 1.295.975,30 corresponde ao emprestimo compulsorio ao Banco Nacional do Desenvolvimento Economico feito de acordo com a Lei n," 1.474 e proporcional ao imposto de renda pago pelo I.R.B, A inversao total do I.R.B. em em prestimos — simples e hipotecarios apresentou no exercicio de 1956 o tendimento medio de 9.50%, contra 9.09% em 1955 e 9,04% em 1954.
Pfomissados compradoces de im6i>eis
Os apartamentos e as lojas do edilicio da Rua Sao Clemente n." 514, vendidos a prazo, o sitio em Sao Gon?alo, as quatro casas destacadas da propnedade de Campo Grande, os terrenos cm Macae e Gavea Parque,
respondem pelos debitos dos promissarios compradores, no total de Cr$ 29.094.979,40, em 31 de dezem bro de 1956.
Propciedades imobiliarias
Cresceram as inversoes em imoveis de Cr$ 52.912.912,80 em 1952, para Cr$ 57.994.424,50 em 1953, para Cr$ 61 ,907.304,20 em 1954. para Cr$ 75,677.984,90 em 1955 e para Cr$ 172.004,329,20 em 1956.
Em 1956, alem da aquisiijao de 2 pavimentos do Edificio Canavarro, foram adquiridas em Salvador e Re cife as novas sedes das Representaqoes naquelas cidades.
Dentre os imoveis. o mais valioso, mais util, efetivamente, e o edificioaede, que esta contabilizado por Cr$ 24.394,316,80 e teve agora acrescida ao seu valor a parcela de Cr$ 42,000,000,00 — reavalia^ao permitida pela lei n,« 2,862 para efeito de aumento do capital do I.R,B.
A parcela de Cr$ 26.988.999,30 corresponde aos imoveis em construgao a Rua Conde de Bonfim n." 590 e a Avenida Sao Joao n,"" 299/313, em Sao Paulo.
Outras contas
A Biblioteca do I.R.B., na Sedc e nas Representaijoes, aumenta constantemente e esta representada no ativo do I.R.B. em 31 de dezembro de 1956 pela importancia de Cr$ 437.259,90.

Os moveis e utensilios, cujo custo ascende a Cr$ 8.223.115,80, as maquinas e equipamentos a Cr$ 10.258.210,30 e OS veiculos a Cr$ 1.589.352,00, tern depreciadas.
integralmente as aquisi?6es feitas ate 31 de dezembro de 1956.
As instala^oes e mbveis arrendados, no valor dc Cr$ 1.971 ,393,10. corrcspondem ao custo dos moveis. maquinas, utensilios e instaia^oes existentes nas antigas Colonia de Ferias, no Alto da Boa Vista e Granja Sao Louren^o, em Campo Grande, e se encontram sob a responsabilidade dos atuais arrendatarios,
Os equipamentos para salvados exis tentes na Reprcsentaqao de Sao Paulo, no valor de Cr$ 330.793.60 tern suas depreciacoes atribuidas aos sinistros beneficiados, como despesas de liqiiida^ao.
O estoque, no Almoxarifado, de ma terial de consume, inclusive cadastres, material de limpeza, de carpintaria, etc., segundo inventario a que .se procedeu cm 31 de dezembro de 1956, tern o Prego de custo total de Cr$ 2,855.281,30.
Total do Ativo
Consideradas todas as contas ativas e que representam valores reais, encontramos o total de CrS 798,869,072,30, isto e, superior em Cr$ 143. 166.625.50 ao de 31 de dezembro de 1955. quando atingiu a Cr$ 655.702.446.80.
Confa.s de compensa^io
O valor dos bens recebidos, cm ga rantia dos emprestimos concedidos pelo I.R.B.. importa em CrS 252,034.332,00.
O debito do Banco do Brasil na conta Titulos em Cust6dia corresponde
ao valor nominal dos titulos da Divida Publica e a^oes. no total de Cr$ 25.620.000,00 e ali se encontram. para cobran^a dos respectivos rendimentos, mas a disposigao do I.R.B.
A importancia dc Cr$ 40,905,548,10 em «Concessao de Emprestimos» corresponde a empres timos autorizados. ainda nao pagos, e a igual importancia no passivo, sob a denominaqao «Emprestimos a Rcalizar.»
Como acionista da Imobiliaria Seguradoras Reunidas S/A. o I.R.B. fez uma cau^ao de 20 a?6es. no valor de Cr$ 10,000,00, para que o seu representante pudesse exercer as fun^oes de vice-presidente daquela entidade.
Os imoveis com escritura de promessa de venda figuram por Cr$ 42,867.520.40 que correspondem ao pre^o total de venda.
O PASSIVO Reserfas tecnicas
Sao constituidas, em obediencia ao art, 68 dos Estatutos do I.R.B.; em base nunca inferior as exigidas das .sociedadcs de .seguros, O seu calculo e fungao dos premies retidos ou de estimativa das responsabilidades de si nistros pcndentes, levantadas pelas carteiras e servigos competentes.
O total das reservas tecnicas, que em 31 de dezembro de 1952 atingia a Cr$ 124.424.584,00, em 1953 a Cr$ 145-009,625,00. em 1954 a .... Cr$ 194,267,108,50, em 1955 a . , , , Cr$ 260.077,476.30 e passou cm 1956
a Cr$ 310.325.7]3,10 como se demonstra:
Cr$
Riscos nao Expirndos 114.871.334,90
Sinistros a Liquidar 116.319.864.00
Contingencia 50.613.578.70
Matematicn 3.737.354.00
Fundo pnra Catastrofe
Acidentss Pessoais 789.979,80
Fundo para . CatasCrofe
Acronauticos 239.355 50
Fundo de Estabilidnde
Transportcs 18.214.363.60
Fundo de Estabilidadc
Automoveis 5.539.882.60
A reserva de riscos nao expirados e calculada em fun^ao dos premios rctidos. considerando os seguros anuais, piurianuais e os seguros por viagem (Transportes e Cascos).
A reserva de contingencia e constituida pelo acumulo de 2 % sobre os premies dos Ramos Elementares retidos pelo I.R.B., com exce^ao unica dos premios de resseguros do ramo Vida, provenientes do Exterior, e do Consorcio da Carteira da Metropole. onde essa reserva e calculada na base de 1 /( , O montant'2 da reserva de contingencia atingia. em 31 de dezembro de 1956. a importancia de Cr$ 50.613.578,70. faltando, portanto.
CrS 6.822.088.80 para alcangar o limite de 50 % do valor da atual reserva dc riscos nao. expirados. isto e, o limite regulamentar para obrigatoriedade de constituigao da reserva de contingen cia .
Os Fundos Especiais para CatastroAcidentes Pesoais e Aeronauticos tiveram os seus saldos aumentados para Cr$ 789.979.80 e Cr$ 239.355,50. rcspectivamente. em virtude da contribuiglo de Cr$ 178.352,00 e Cr$ 36.085.10 correspondente a 50 %
da participagao do I.R.B. nos lucros dos Consorcios de Catastrofe-Acidentes Pessoais e Aeronauticos ,em 1956.
0 Fundo de Estabilidadc -— Trans portes e aumentado anualmente, segundo as atuais normas. de 10% do lucro industrial do I.R.B. no ramo Transportes, em sua retengao, e dos juros de 5 % ao ano contados sobre os seus saldos. fiste ano foi acrescida a importancia de Cr$ 3,119.701,10 que eleva o saldo desse Fundo a Cr$ 18.214.363.60. fiste Fundo tern como limite, 20 % dos premios retidos pelo I.R.B. e pelas sociedades de se guros.
As reservas tecnicas constituem 38.85 % do passive do I.R.B.-com urn aumentc de Cr$ 50.248.236.80 .sobre as do Baiango de 1956 que, per sua vez, eram superiores cm Cr$ 65.810.367,80 as do Baiango de 1954. fisse crescimento, principalmente nas reservas de riscos nao expi rados e contingnecia, e urn indice eloqiiente do desenvolviniento dc uma entidade seguradora, nao obstante o aumento de responsabilidades da instituigao. As reservas de riscos nao expirados e de contingencia excederam, rcspectivamente, de Cr$ 12.078.273,70 e Cr? 9.524.580.60 as de 1955. enquanto que a reserva de sinistros a liquidar aumentou de Cr$ 22.573.147.70.
Depositos cm dinheiro
Os depositos no I.R.B. alcangaram
a cifra de Cr$ 103,022,376,40. contribuindo as «Sociedades de Seguros
— c/Retengao de Reservass com ....
Cr$ 43.623.034.80. correspondente a
50 % das responsabilidades das- retrocessionarias nos sinistros a liquidar em 31 de dezembro de 1956 dos excedentes «A» — Incendio. do piano de 1954 e dos l."" Excedentes de 1955 e 1956. Desde que as sociedades de seguros ficaram obrigadas a depositar, no Banco do Desenvolvimcnto Economico, 25 'r do aumento de suas reservas tecnicas, o I.R.B. passou a retcr, iniciilmente. 75 % daquelas reservas. Em dezembro de 1955, entretanto, o Conselho Tecnico resolveu reduzir ttinda mais a retengao do I.R.B. Assim. durante o ano de 1956 o I.R.B. veio reduzindo. trimestralrt5ente, 5 % daquelas retengoes, de mode que, em 31 de dezembro de 1956, reteve apenas 50 % das reservas de sinistros a liquidar a cargo dos citados excedentes do ramo Incendio.
As sociedades auferem do I.R.B. jiiros de 5 7c ao ano. contados sobre O-S saldos credores e langados trimcstralmente.
Tambem retinha o I.R.B.. em 31 de dezembro de 1956, a parcela de CrS 62.152,20, sob o titulo de «Sociedades c/Retengao de Reservas E.1.E.», correspondente as reservas tecnicas das participantes do Excedente Incendio-Exterior.

De acordo com as Normas Acidentes Pessoais e Aeronauticos o I.R.B. retem 50 % dos lucros que as sociedade.s auferem dos respectivos con sorcios. ate 0 limite de catastrofe de cada uma delas. abonando-lhes juros de 6 % ao ano sobre a importancia rctida.
Em 31 de dezembro dc 1956 o I.R.B. retinha das sociedades CrS 13. 147.670.20 correspondente ao Fundo para Catastrofes — Acidentes
Pessoais e Cr$ 4.115.867.50 ao Fundo para Catastrpfes-Aeronauticos.
O Fundo de Estabilidadc Transpor tcs, constituido pelas sociedades segundo as normas cm vigor, fica retido no I.R.B., creditando-se-lhe juros de 5 % ao ano. Em 31 de dezembro-de 1956 o I.R.B. retinha CrS 17.356.418.20 do Fundo de Estabilidade-Transpcrtes. pcrtencente as sociedades. Os juros de 5% abonados a essc fundo ja estao incluidos naquele saldo que. entretanto. ainda nao alcangou o limite previsto nas normas. de 20 % dos premios da re tengao das sociedades.
Em sGarantia para Operagoes de Seguros Agrico]as> figura a parcela de CrS 16.840.827,80 que corre.sponde ao saldo da dotagao dc CrS 20.000.000,00 concedida ao I.R.B.. para estudo e implantagao do seguro Agrario no pais, a metade da participagao da Uniao nos lucros do I.R.B. em 1954. e aos juros contados durante 1956. £ste Fundo tern como finalidade cobrir possiveis prejuizos das retrocessidnarias nas operagoes do seguro Agrario e esta previsto na Lei n." 2.168. dc 11 de janeiro de 1954 e Decreto n." 36.319. de 8 de outubro dc 1954.
A parcela de CrS 1.970,866,90 de, cGarantia para Riscos de Algodao» foi obtida da diferenga de comissoes de resseguros incendio dos riscos de algodao e se destina a cobrir as despesas realizadas com a inspegao de riscos e a promover o aparelhamento das unidades de combate ao fogo. a criterio do Conselho Tecnico do I.R.B. Os funcionarios inscritos como pretendentes a emprestimos hipotecarios
sao obrigados. ptlas Normas de Emprestimos Hipotecarios do Piano A, a depositar no I.R.B., mensalmente, 0,1 % do valor do emprestimo pretendido. fisses depositos atingiam, em 31 de dezembro de 1956, a Cr$ ■4.427,553,30 e rendem juros de 6 % ao ano.
Credores diversos
Os credores diversos somam Cr$ 74.700.685,20.
As sociedades de seguros apresentavam um saldo credor de Cr$ 5.600.589.20, sendo que a parcela de CrS 4.835.498.50 provenientc das contas de movimento sac liquidaveis em principios de 1957. A.s sociedades de seguros. em conta E.V.E., tinham um saldo de CrS 765.090.70 ja incluido naquele total de Cr$ 5.600.589,20.
Em ccnta especial, as sociedades de seguros alemas. em liquida^ao, possiiiam o credito liquido de Cr$ 14.872. 175,20, rendendo juros de 4 % ao ano. A liquidagao dessas contas depende de instru^oes que continuam sendo aguardadas.
Em virtude de negocios com o exter;or, ha importancias a pagar no valor de Cr$ 47.754.382,60. fiste saldo aumentou de Cr$ 19.574.756,40 em relagao ao de 1955, em virtude da demora, por parte da Fiscalizaqao Bancaria, na liquidagao de saldo.s a base da taxa oficial de cambio sobre 05 negocios aceitos pelo I.R.B.
As retrocessionarias do Exterior, em conta de movimento, tern a receber do I R.B. a importancia de Cr$ 6.406.857,00 e as retrocessiona rias do Exterior, em conta de retengao
de reservas. Cr$ 37.347.608,10. correspondente as reservas tecnicas ret:das pelo I.R.B.
A parcela de Cr$ 3.999.917,50 corresponde ao saldo credor de «Seguradores do Exterior, conta movimento».
Os «Corretores do Exterior® tern a receber do I.R.B. Cr$ 200.782,30.
Dentre os credores diversos. com o total de Cr$ 6.272.755,90. cumpre dcstacar as «contas a pagar», correspondentes as faturas recentes, somando Cr$ 1 .890.389.60; o I.A.P. dos Comerciarios. Cr$ 1.086.410.80. pelas contribui^oes de previdencta e CrS 1 .000.000.00 pela compra do 8." pavimento do Edific'o Dantes em Belo Horizonte: a Divisao do Imposto de Renda. com Cr$ 1 .428.000.00 pelas prcsta^oes restantes do imposto sobre o recente aumento do capital do I.R.B.
Contas de regixlarizagao do exercicio
No total de Cr$ 100.743.283,30. constante do Passive, destaca-se a parcela de Cr$ 83.641.881.30 relativa a «Comiss6es e Participagoes a Creditar», que compreende as comissoes adicionai.s Incendio. Lucres Cessantes e Cascos. no valor de Cr$ 17.588.248,20. as participa^oes no lucre indii.striai do I.R.B. devidas as sociedades de seguros somando Cr$ 55.270.206.80 e o saldo dos Consorcios Aeronauticos e Acidcntes Pes•soai.s e do Fundo de Vistorias — Cas cos. num total de Cr$ 10.783.426.30. As comissoes adicionais incendio. cujo montante exato s6 podera see apurado depois que as sociedades de seguros encerrarem o Balance de 1956, foram calculadas. provisoriamente, na
mesma base das do exercicio de 1955, isto e, 2.07517061 % dos premies de resseguros Incendio. sendo fixas as comissoes de 3.5 /c em Lucres Ces santes. e de 2.5 em Cascos.
As participagoes nos lucres indus trials do I.R.B. dos diversos ramos, foram calculadas segundo as respectivas normas.
A importancia de Cr$ 8.219.616,00 corresponde ao valor apurado na venda de salvados de sinistros liquidados pelo I.R.B. Os salvados sao pages foram calculadas segundo as respecconjugados as indenizagoes.
As retrccessoes ao exterior, a distribuir entre as participantes. som-^m CrS 8.507.836,60.
A parcela d-e Cr$ 373.949,40 de •^^Multas para Aperfeigoamento a distribuir» devera ser rateada em 1957 ®ntre as sociedades. segundo critcrio estabelecido nas normas de operagoes.
Pundos cspeciais
O «Fundo para Oscilagao de Titu'os», no valor de Cr$ 3.588.802,30. corresponde a diferenga entre os pregos de custo e de cotagao dos titulos de renda e agoes de propriedade do LR.B.. em 31 de dezembro de 1956.
O «Fundo de Depreciagoes® de tnoveis. utensilios. maquinas e veiculos e de instalagoes e moveis arrendados atingiu. em 31 de dezembro de 1956. a Cr$ 11.482.033,70 e e constituido. anualmente. na base de 10 % do custo daqueles bens.
As indenizagoes cabiveis aos funcionarios. quando demitidos, e as pensoes por aposentadoria correm por conta do «Fundo de Indenizagao e Beneficencia», constituido em 1944, com
CrS 1.000.000,00. Em 31 de dezem bro de 1956 o saldo daquele Fundo e de Cr$ 9.664.891,40 em virtude do reforgo que teve pela distribuigao dos lucros pelo Conselho Tecnico.
O «Fundo para Creditos de Realizagao Duvidosa® origina-se de decisao do Conselho Tecnico ao aprovar os balangos anteriores. Seu saldo de CrS 22.370.664,20 se destina a cobertura dos saldos em podec dos bancos em liquidagao, dos debitos das socie dades de seguros em liquidagao. e de dividas diversas.
Capital reallzado
As instituigoes de previdencia social, atuais ac'onistas da classe A, e das sociedades de seguros. que constituem OS acionistas da classe B. integram o capital rcalizado de CrS 84.000.000,00. Em 1955 foi efetuada a integralizagao dos restantes 50 do Capital do I.R.B. com a transferencia de CrS 21 .000.000.00 da «Reserva Suplementars, extinguindo o debito dos acionistas.. Em recente dccreto n." 40.259. de 31 de outubro de 1956. o capital do I.R.B. foi elevado para Cr$ 84.000.000,00 com a reavaliagao do imdvel a Avenida Marechal Camara n." 171 — Edificio Sede conforme faciiltou a lei n." 2.862. de 4 de setembro de 1956.
Reserva suplomentar
Com excegao dos cxercicios de 1950 e 1951, quando permaneceu inalterada essa conta. o I.R.B. vein constituindo anualmente uma reserva suplementar no minimo igual a 20 % do excedente do exercicio. O seu limite, de acordo

com OS Estatutos do e de Cr$ 8^.000.000,00. isto. e, igual ao capita].
O valor atual da reserv.g suplementar e de Cr$ 26.829.877,10. Essa reserva devera atingir no minimo a .... Cr$ 37.258.026,20, apos a constitui?ao a ser feita, pelo Conselho Tecnico, com base no excedente de 52.140.745,60, deste exercicio.
Total do passive
O total d opassivo e de .. Cr$ 798.869.072.30, inclusive o valor do «excedente»: Cr$ 52.140,745,60.
Contas de compensagao
«Garantias Diversas» correspondem a «Bens Alheios em Garantia» e aos emprestimos concedidos pelo I.R.B., especialmente hipotecarios. e estao registrados por Cr$ 252.034.332,00.
Os -KTitulos Depo.sitados» no Banco do Brasil, em conta custodia, tem valor nominal de Cr$ 25.620.000,00.
«Emprestimos Autorizadoss e a conta que demonstra a diferenga entre o total dos emprestimos ja concedidos pelo Conselho Tecnico e Os pagamentos efetuados, excluidos, ainda, os em prestimos que tenham sido cancelados, Esta representada no Passivo per Cr$ 40.905,548.10.
de CrS 10.000,00 o valor nominal das a?6es caucionadas na «Imobiliana Seguradoras Reunidas S/A».
Em «Promessa de Venda de Imoveis» foram lan^ados os imoveis vendidos a prazo pelo valor de ... . Cr$ 42.867.520,40.
CONSIDERAgOES COMPLEMENTARES'.
As apreciagoes feitas sobre a Receita e a Despesa. sobre o Ativo e o Passivo. podemos acrescentar:
а) o resultado deste exercicio e bom e permitira ,a constituigao da reserva suplementar. a concessao de dividendos previstos nos Estatutos, a distribui^ao das participa^oes devidas a conseiheiros e htncionarios e permitira. tambciT.. refor^os aos Fundos Especiais de Creditos de Liquidagao Duvidosa, de Indenizaglo e Beneficencia e a Provisao para Encargos Fiscais,
б) tambem os lucros industrials, de urn modo geral. foram excepcionais, em_ virtude do pequeno coeficiente de sinistro-premio, tanto da retengao do IR.B. como das retrocessionarias.
Apenas as opera^oes com o exterior nao acompanharam aqueles resultadoc favoraveis.
c) OS premios auferidos em todos OS ramos acusaram um acrescimo de mais 175.722.817.10 ou sefa mais
15.2% sobre o exercicio anterior. Apenas os premios de lucros cessantes apresentaram redu?ao em relacao a 1955.
a retengao geral do I.R.B, aumentou de Cr$ 68.642.279.20 e os ramos que mais contribuiram foram: Transportes. com Cr$ 36.589.464.10.
Vida com Cr$ 18.998.218.10, Incendio com Cr$ 4,154,961,30 e Acidentes Pessoais com Cr$ 3.920.634,20.
e) a ocorrencia de sinistros a cargo do resseguro. no exercicio, continuou bastante reduzida, pois a percentagem atingiu a 33.10% no conjunto dc todos OS ramos, enquanto a mesma re-
la^ao. em 1955 foi de 32.68 %. mas em 1954 atingiu a 69.31 % dos pre mios auferidos.
/) OS resultados das retrocessoes sao favoraveis, de um modo geral, o que justifica o saldo a favor do I.R.B. nas participa^oes em lucros,
g) as opcra^oes relativas a resseguros aceitos do exterior permaneceram praticamente estaveis, quanto ao movimento de premios. Os resultados aprcsentados, porem. nao correspon dem as expectativas, pois cm 1956 seus prejuizos se elevaram a Cr$ 8.793.346,50: em 1955 o prejuizo foi de CrS 6.006.459.00.
/i) as rendas dc inversoes cresceram em niimero absoluto e percentualmente, em razao das mut3(;6es patrimoniais havidas.
i) as despesas administrativas e conexas foram superiores as de 1955. quando comparadas com os premios auferidos e retidos. As percentagens apresentadas foram de 9.84 % sobre OS premios cedidos ao I.R.B. e 27.59 % sobre os premios retidos. Em 1955 essas percentagens eram de 7.69 %e 21 .88 %.
/) OS valores constantes do ativo sac dc natureza real e. se necessano. a realizagao no seu conjunto ocasionaria valores superiores aqueles por que esta representado.
k) as disponibilidades bancarias respondem pela cobertiira de parte das reservas de sinistros a liquidar, do Fundo dc Estabilidade-Transportes e tambem atendem ao credito das sociedades alemas, em liquidacjao. Permitem, ainda, cumprir as obrigaijoes decorrentes das constru^oes iniciadas, das inversoes ja autorizadas e aquelas re-
lativas a adiantamentos, operagoes de resseguro, etc.
/) as inversoes em titulos, aqoes, imoveis e emprestimos hipotecarios atendem as responsabilidades restantes das reservas tecnicas do I.R-B. e das reservas c fundos retidos.
m) o ativo realizavel. inclusive as contas de regulariza^ao, atendem aos demais compromissos do I.R.B.
n) cresceram, no Ativo, as inver soes imobiliarias e os emprestimos, o que justifica a reducao dos dep6sitos bancarios em relaqao ao ano anterior.
o) no passivo, apresentam aumenta: as reservas tecnicas, as retenqoes de fundos especiais. as contas dc regulariza^ao a pagar e os fundos patrimoniais. Os corrcntistas, de um modo geral, terao seus saldos liquidados em encontro de contas com as regularizagoes ativas e passivas.
p) figura, tambem. no passivo o excedente do exercicio de 1956 no valor de Cr$ 52.140.745,60; sua distribui?ao sera feita pelo Conselho Tec nico, obcdecidas as prescri^oes estatutarias em. seus artigos 70, 27 e 49. q) as reservas tecnicas. prdprias e retidas. inclusive as Garantias para Opera(;6es Agricolas e Riscos de Algodao, acrescidas de 50 % de capi tal, somando tudo Cr$ 450.920.536,20, tern suficiente cobertura no ativo, com a utiliza^ao dos titulos dc renda. emprestimos hipote carios, propriedades imobiliarias, inclu sive aquelas promessa de venda e dos depositos bancarios. A soma dos outros valores do ativo e, ainda, parte dos depositos bancario.s, correspondem aos restantes 50 % do capital, reservas livres e outras responsabilidades do passivo.

OPERAgOES NO RAMO INCENDIO
TRABALHOS TfiCNICOS
I — Piano de Resseguro Incendio
A nova Administra^ao do considerando as dificuldades cada vez maiores para o cumprimento perfeito do resseguro pelo piano classico de excesso de responsabilidade, determinou estudos de urn novo piano de resseguro mais compativel com as caracteristicas do mercado seguradoc brasileiro. Desejando que o novo piano tivesse. tambem, a colaboragao dos tecnicos das sociedades de seguros, constituiu uma Comissao mista, a qual vem estudando ativamente o problema, lendo ja apresentado um ante projelo ao mercado segurador por intermedio dos orgacs de classc das sociedades, No momento a Comissao trabalha incessantemente no sentido de esclarecer naturais diividas, demonstrando. por outro lado, as grandes vantagens decorrentes da ado^ao do novo piano que, alem de harmooizar os interesses gerais do mercado, da-lhe, atraves do esquema previsto para as retrocessoes. maior pujan^a economica. Tal fato pode, de logo, ser reconhecido pelo vulto dos premies que.nao mais serao evadidos para o exterior e que. naturalmente, o mercado brasileiro absorvera. Tais premios sao estimados em Cr$ 300.000.000,00 por ano. Com essa providencia o resultado auferido pelo mercado exterior no presente exercicio. resultado esse de cerca de Cr$ 100,000,000,00. diminuira consideravelmente nos proximos exercicios, melhorando, substancialmente, o resul tado do mercado segurador nacional.
II — Norrnas Incendio
As alteragoes introduzidas nas nor rnas incendio, com o objetivo de diminuir as dificuldades decorrentes das caracteristicas proprias do piano excedente de responsabilidade. nao chegaram a proporcionar. na pratica, simplificagoes de vulto, uma vez que 6s controles basicos, indispensaveis ao perfei to funcionamento do piano, nao podem ser suprimidos ou mesmo alterados.
Das nove sociedades que procuraram encontrar solu^ao para os seus problemas administrativos com a ado^ao do esquema «A» de cessoes de resseguro. ou sejam, cess5es relativas a um risco acumuladas em apenas dois formularios de resseguro por ano, sete prefcriram retornar a situa^ao anterior, isto e, cessoes de excesso a propor?ao que as responsabilidades vao sendo assumidas, conforme o esquema «B».
III — Manual Incendio
O atual Manual Incendio, no qual foram consubstanciadas todas as regras para o resseguro, foi posto em vigor em 1." de janeiro de 1956. Durante o exercicio, foi alterada, pela circular 1-3/56,a redaqao dos itens 6.13 e 6.H. relatives a conceitua^ao de risco quando o edificio de constru^ao superior estiver em comunica<;ao com outro de qualquec tipo e construgao, A partir de 1." de janeiro de 1957, a fim de tornar uniforme os criterios de classifica^ao dos riscos, as classes de ]ocali2a(;ao previstas na Tarifa In cendio servirao de base, tambem, para fin.s de resseguro.

A conjuga^ao perfeita entre a Tarifa e 0 Manual Incendio, alem de atender justos desejos das sociedades scguradoras, vira trazer grande simplicidade aos trabalhos administrativos das companhias, uma vez que a classifica^ao das cidades constituira um service a menos nos trabalhos de resseguro. Com tal conjuga?ao, os tres elementos que medem a periculosidade dos riscos — localiza^ao, ocupagao e constru?ao — terao, para o resseguro, a classifica^ao dada pela Tarifa para sua taxagao.
IV — Fatores de Retengao das Socie' dades
Foram introduzidas modifica0es no criterio aproVado em 1952, para a determina^ao dos fatores de retengao das sociedades, visando possibilitar as mesmas u'a maior capacidade de retcngao, Os calculos procedidos com base no novo criterio possibilitaram ao mercado segurador brasileiro um aumento de 541 plenos da reten^ao, atingindo, assim, a sua capacidade total de 2.424 plenos, a partir de 1." de julho de 1956.
Atendendo ao fato de varias socie dades nao terem aceito os Fatores de reten^ao calculados pelo I.R.B., a Administraqao do I.R.B., para que o mercado nao tivesse diminuida sua ca pacidade de absorgao, resolveu distribuir OS plenos recusados. Assim, a paritr de 1." de janeiro de 1957 o total de plenos do mercado brasileiro aumentara para 2.530.
V — Retrocessoes Incendio
O piano de retrocessoes acordado pelo I.R.B, com as suas retrocesionarias, em fins de 1954. para vigorar
a partir de 1.° de janeiro de 1955, nao sofreu alteraqao alguma, continuando, pois, a ser a seguinte, em plenos da «Tabela Padrao de Reten?oes», a cobertura automatica de que dispoe o I.R.B.
I.R.B. — 25 plenos.
1.° excedente — 1.000 plenos.
2." excedente — 3.000 plenos.
3.® excedente — de 1.000 a 3.000 plenos.
Total de 5.025 plenos a 7.025 ple nos.
A cobertura automatica de 3.° exce dente e variavel pelo fato de estar a mesma limitada, em qualquer caso, a Cr$ 100.000.000,00.
O crescente desenvolvimento comercial e industrial do pais, como tambem a constante eleva^ao dos pregos das coisas e utilidadcs, nao permitiram a absor^ao dos valores segurados pela cobertura automatica de que dispoe o mercado segurador brasileiro, que, em 31 de dezembro de 1956 atingia a 7.449 ou a 9.449 plenos da «Tabela Padrao de Reteng6es», conforme a classificagao LOC do risco.
Em 1.® de janeiro de 1956 o niimero de riscos vultosos, assim chamados os que ultrapassam a cobertura do 2° ex cedente, era de 139.
Em 31 de dezembro de 1956 o niimero desses riscos diminuiu para 87, sendo que somente 26 ultrapassam a cober tura automatica do 3." excedente. Essa diminui^ao ocorreu por for^a dos seguintes motives:
a) reclassifxagao LOG em conseqiiencia de inspe^oes realizadas:
b) altera^ao da «Tabela Padrao de Retengoess, que passou, a partir de 1." de janeiro de 1956, a contar, apenas.
com i classes de constru^ao, em lugar de 5;
c) altera^ao do crltcrio de classifica?ao da ocupagao dos riscos tarifados especialmente, conformc previsto no item d.1.1, do Capituio I do Manual Incendio (M.I.):
d) mdhoria de -1 para 3 da classe de localizagao da cidade de Paranagua, Estado do Parana, quando o risco for constituido por deposlto de cafe e
e) melhoria da classe de locaiizaCao, excepcionalmente. alem da prevista no item 4.1 e seguintes do item 2 do Capituio I do Manual-Incendio quando OS riscos apresentarem condiqoes especiais de protegao", ou ainda quando forem facilmente acessivel por Corpora?6es de Bombeiros de localidadcs vizinhas.
VI — Tarifa incendio
Como foi previsto na Pcrtaria n." 3, de 1." dc setembro de 1952, do Diretor Geral do Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitaiiza^ao, que aprovou a Tarifa de Seguros Incendio do Brasil, varies dispositivos tarifarios foram, apos detalhados estudos, altcrados, com base na experiencia adquirida nos tres anos de sua vigencia,

Ao todo, foram introduzidas 27 alteragoes, sendo de se destacar as seguin tes:
Artigo 16 -- Descontos
Aprovagao de nonnas para a concesssao de descontos aos riscos isolados ou estnbelecimentos quc, por suas caracterlsticas proprias, apresentarem condigoes especiai.s em relagao aos normals de sun classe, bem como normas para a concessao de dc.scontos aos
riscos que dispusercm dc mcios proprios de prevengao e corabate a incendios.
O reguiamento aprovado veio ao encontro de uma necessidade ha muito sentidn pelo mercado nacional, principalmcntc porque, afastando-se dos criterios vigentes, bastante subjetivos. estabelcceu principios e rcgras rigidas que permitem aos proprios segurados, previamente, calcular os descontos que poderao gozar face aos meios de prote^ao contra incendio que instalarem cm seus riscos.
Artigo 6 — Locilizagao
Apos urn exaustivo trabalho, a fim de encontrar o criterio ideal que permitisse classificar as cidades do pais, foi aprovada, para varias, nova classe de localizagao, melhorada de acordo com as condi^oes da protegao existente e com 0 desenvolvimento de cada cidade.
Os principios que nortearam a reclassif:ca(;ao feita permitem que outras cidades possam ter melhoria na sua classificaqao, desde que venham a atender requisites minimos de protegao.
A atunl Administragao do l.R.B., no intuito de reduzir as concentragocs chamadas «riscos vultosos», criou a «Comissao Permanente de Riscos Vulto:;Os» (C.P.R.V.). Entre as pr:ncipais atribuigoes da C.P.R.V. encontram-se:
a) opinar sobre todos e quaisquer assuntos relativos a riscos vultosos que Ihe forein submetidos:
b) determinar a inspegao'de riscos vnltosos, visando a possibilidade de reclassificagao LOC;
c) apreciar relatdrios e trabalhos especiais sobre inspegao de riscos que apresentem peculiaridades importantes:
d) opinar sobre taxagoes indivi duals para novos tipos de construgao:
e) opinar sobre investimentos per parte do l.R.B,, no sentido de possibilitar a determinados segurados a execugao de obras que, modificando ou dividindo os riscos, diminuam a possi bilidade de extensao dc eventual sinistro.
A C.P,R.V. ja teve oportunidade de se pronunciar em diversos e impor tantes assuntos a ela submetidos.
VIII — Riscos Vultosos
As inspegdes e estudos dos riscos vultosos foram intensificados grandemente em 1956, tendo sido vistoriados riscos' localizados nas partes mais longinquas do pais.
O aparelhamento adequado das Corporagoes de Bombeiros, assegurando a protegao da riqueza nacional possibilitara uma redugao nas taxas de seguro e u'a maior retengao de premios no pais.
Cabe aqui salientar a efetiva colaboragao do Centre do Comercio do Cafe da cidade de Paranagua, que, devidamente esclarecido quanto a ne cessidade da adequada protegao dos riscos, para a redugao das taxas de seguro. resolveu ceder ao Corpo de Bombeiros da referida cidade o mate rial indispen.savel ao combate a incendios, deliberagao essa que possibilitou
a melhoria de uma classe de localizagaO para a cidade de Paranagua.
IX — ApoUce Ajustavel para as Companhia^ Petroliferas
Um dos problemas que contribui para maior compiexidade do seguro incendio diz respeito a existencia de condigoes diferentes para o seguro de uma mesma atividade comercial ou industrial. Ocoire o fato com as apolices ajustaveis para as Companhias Petroliferas. Como sempre, procurou o l.R.B. en contrar a formula conciliatbiia entre os interesses de segurados e seguradores sem a elisao dos principios da boa tecnica.
Tal formula, ja encontrada, esta sendo submetida as sociedades para posterior reexame do assunto,
X — Danes em Aparelhos Eletricos
Os aparelhos eletricos sofrem danos por defeito, excesso de carga, etc.. apresentando. apos o sinistro, uma configuragao tal que* se torna extremamente dificil, mesmo a um tecnico,. discernir se o dano foi decorrente dc in,-^ cendio ou de fenoraeno diferente. fi, um problema cuja solugao atormenta o segurador internacional.
Pretende-se, com a colaboragao dos seguradores de diversos pai.ses e tec-, nicos do assunto. encontrar a solugao do problema, ou pelo menos uma f6rmula que reduza os inconvenientes aqui existentes para a dcterminagao exata da causa dos prejuizos vcrificados, a fim de possibilitar o pagamento de indenizagoes que se coadunem com o verdadeiro espirito do seguro in cendio.
—Comissao Permanente de Prevengao contra Incendio
No excrclcio de 1956 foi criada a Comissao Permanente de Prevengao Contra Incendio que tern, entre outras, as seguintes atribui^Ses:
a) promover o exame de aparcihos e instala^5es contra incendios:
b) vistoriar as instala^oes preventivas, para efeito de concessao dos descontos previstos no artigo 16 da Tarifa Incendio.
XII Mecaniza^ao dos Mapas iMDDHSI» (Mapa de Demonstragao das Despesas. Honorarios e Saluados Incendio) e «M-RIDSI» (Mapa de Recuperagao de Indenizagao e Despesas de Sinistro Incendio)
A reforma que a partir de 1." de Janeiro de 1956 se processou no sistema de ccbran^a de honorarios e des pesas de liquidagao de sinistros, bem como no sistema de concessao de recupera^ao de indenizagoes c despesas de sinistros as sociedades, permitiu a utilizagao de maquinas ^I.B.M.s para a confecgao dos trabalhosos mapas enviados mensalmente as sociedades, creditando-3S ou debitando-as pelas despesas relativas aos sinistros incen dio.
A mecanizagao do mapa relativo as recupera^oes concedidas as sociedades, permitiu, tambem, a confecgao siraultanca, pelo mesmo sistema, do «M-SIL» (Mapa de Sinistros Incendio Liquida-
dos), pelo qua! e feita a distribui^ao das recupera?6es a cargo do resseguro, entre o I.R.B. e seus excedentcs.
A mecaniza^ao destes servigos, alem de servir de base para os langamentos contabeis, permitira a confec^ao da estatistica de sinistros ocorridos em riscos ressegurados no com rapidez e sem necessidade de apuraCoes especiais.
ANALISE DAS OPERAgOES
'— O Seguro Incendio
Em 31 de dezembro de 1956 elevavase a 156 o numero de sociedades autorizadas a operar no ramo Incendio. sendo 126 nacionais e 30 estrangeiras, alem do IPASE.
No decorrer do ano de 1956. obtiveram autorizaflo para operar no pa;s mais duas sociedades estrangeiras e mais onze nacionais.
Operavam com o I.R.B., em 31 de dezembro de 1956, H9 sociedades (120 nacionais e 29 estrangeiras), alem do IPASE.
— Premios de Resseguro
Os premios de re.sseguro incendio auferidos pelo I.R.B. em 1956 atingiram a importance de Cr$ 741.185.519,60.
O quadro a seguir indica o movimento mensal de premios de resseguro:
Premios liquidos Mes«s de cancelamentos
Nota: Os premios correspondentes as apolices de 1956 e ressegurados em Janeiro, fevereiro e mar^o, pelas socie dades que adotaram o Esquem,d «B» de resseguro, so for<-,m contabilizados em
Verificou-se, em relagao ao exercicio de 1955, uma diferen^a, para mais, de 4,686 %; em valores absolutos. essa diferenga atingiu Cr$ 33.174.561.50.
Para a recpita de Cr$ 741 ,185.519,,60, auferida em 1956, contribuiram as sociedades na cionais com Cr$ 605.918.838,20 e as estrangeiras com Cr$ 135.266,681,40, o que equivale as percentagens de 81,75 % e 18,25 % respectivamente.
Foram recebidos, em 1956, 810.957 formularies de resseguro incend'o (cessoes e cancelamentos), havendo, sobre 1955, a diferen^a para menos de 21.834, correspondente, em percentagem, a 2,622 %.

O estudo desses formnlarios deter-
minou a eiabora^ao de 23.244 Questionarios sobre resseguro incendio (QRI) e 17.799 Questionarios sobre cosscguro incendio (QCI), havendo, sobre 1955, uma difercn^a parr, mais de 2,309 QRI e 8.127 QCI, O total de formularios examinados em 1956 elevou-se a 1.013.509.
Ill — Retengao c Retrocessao
De acordo com as normas vigentes, OS premios auferidos em 1956 foram lan^ado.s com base nas percentagens fixadas pelo Coa^elho Tecn'co para o
1.° c 2." excedentes, e nas e Mecanizatao para o 3." excedentc. apuradas pela Divisao de Estatistica confcrme o quadro seguinte:
Destes sini.stros ja foram liquidados 235 pelo l.R.B. e 584 pelas socie dades, ou seja, ao tcdo 819 sinistros.
Os sinistros liquidados pelo l.R.B. atingiram tens de 262 segurados e os liquidados pelai sociedades bens dc 617 segurados, ou seja ao todo 879 segurados.
Distribu'^ao dos sinistros liquidados pelo l.R.B. em 1956, por iurisd'^ao;
Ficaram pendentes 951 sinistros, de 2c6rdo com a seguinte distribuiQao:
O total de indenizaqoes a cargo do resseguro em 31 de dezembro de 1956 montou a Cr$ 326.952.466,90, assim discriminados;
IV Tabelas de Resseguro — Incendio (TRI)
Para os conjuntos segurados cf-niplexos foram, em 1956, feitos 1.132 pedidos de confec^ao de tabelas de classifica^ao de riscos qua. somado? aos 71 pedidos nao aterdidos em 1955, perfazcm o total de 1.203, Fornm confeccionadas pelo I R.B. 946 TRI e 230 adi~.jmentos em con«equencia dos pedidos feitos e mais 103 aditamentos, provenicntes de diversas altera?6cs em TRI ja expedidas, num total de 1 ,279 documentos expedidos pelo I,R.B, em 1956. contra 1 ,077 em 1955.
Somente deixaram de ser atendidos 27 pedidos de confecgao de tabelas, ntimero esse bem inferior ao do exercicio passado.
V — Inspegdes de Riscos
Durante o ano de 1956 foram efe-
tuadas 119 in.specocs de riscos complexos e vultosos.
Destas 119 inspc^oes, 75 dizem respeito a riscos vulto.scs.
VI — Inspegdes as Sociedades
Durante o ano de 1956, foram inspecionadas, alem do IPASE as H9 so ciedades que operavaiu com o I.R.B Incluindo diversas nqencia,':. foram efetuadas 177 visitas.
VII — Sinisfros
No ano de 1956, foram avisados 1.533 sinistros sendo 94 referentes a 1955. Foi de 1.689 o numero de se gurados atingidos.

De acordc com as Normas Incendio OS Ivabalhos de liquida^ao destes si nistros Pcaram a cargo do l.R.B. c das sociedades, conforme quadro abaixo:
Essas indenizaqoes foram distribuidas de acordo com a d'scrimina^ao aprcsentada nos quadros a seguir, considerandc-se as diversas fai.xas dos ex cedentes;
,
No quadro a seguir, csta representada a distribuigao do numero de sinistros ocorridos. durante os tres ulti-
anos, pela situa^ao geografica dos
atingidos;
VlII — Coe[iciente Sinistro-Premio
No quadro a seguir e apresentado o coeficiente sinistro premio obtido, em 1956, nas diversas faixas em que sao distribuidas as responsabilidades cedidas ao I.R.B., considerando-se:

— como sinistros, a soma de indeniza^oes e despesas pagas durante o
exercicio, liquidas de salvados e acrescida da reserva de sinistros a liquidar, constituida no enccrramento do exer cicio e deduzida do- montante correspondente a reserva de sinistros a li quidar no final do exercicio anterior, e — como pcimios, o total de preniios auferidos no exercicio.
No quadro abaixo e apresentado o coeficiente sinistro-premio do ramo incendio de 1940 a 1956.
Retengao do I.R.B. Retrocessao Resseguro do I.R.B
Resultado do resseguro
Resultado de retrocessao
Resultado da retcngao (bruto)
Pnrticipacao do I.R.B. no lucro de retrocessao
Participatjao das sociedades no lucro do I.R.B
Resultado da rctengao
Reserva de contingencia
Dcspesas
,0 coeficiente sinistro prmio dee 1956 fol o mais baixo observado nos liltimos doze anos, qiier na reten?ao do I R. B.. como ra retrocessao em geral e no rcsscguro cedido.
Na reten^ao do I.R.B. somente nos anos de 1940. 1942. 1943 e 1944 e qua a percentagem foi manor do qua a de 1956.
Na retrocessao e no resseguro ce dido. somente o ano de 1940 apresanta percentagem manor do que a de 1956.
A rigor, o exercido da 1956, constitui o que malhor experiencia apresantou, pois, o exercicio de 1940 compreendau somente 9 meses.

IX — Resultado das Operagoes
O resultado das oparagoes do I.R.B. pode ser observado nos quadros a saguir, nos quais a consignado o resultado industrial das diversas faixas que compoem as responsabilidades retidas e retroced'das pelo I.R.B.
OPERAgoES NO RAMO LtlCROS CESSANTES
TRABALHOS TfiCNICOS
^ — Pfojeto de apolice, proposta e tarifa de seguro luccos cessantes.
Os estudos para a ado?ao, pelo mercado segurador brasileiro. de condigoes uniformes e compativeis com as reais necessidades dos segurados continuaram a ser feitos no decorrer de 1956, Os novos detalhes que motivaram o reexame do projeto pelo I.R.B. e pela Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalizagao ja foram perfeitamente esclarecidos, esperando-se que, dentro em breve, seja o mesmo examinado e aprovado pelo Departamento Nacional de Seguros Privados e Capltalizagao.
II — Normas Lucroo Cessantes
Consubstanciando as alteragoes introduzidas nas normas em vigor desde 1955 e em face das modificagoes ocorridas nas normas incendio, foram estudadas e aprovadas novas normas para as cessoes e retrocessoes lucros ccsantes para vigorarem a partir de 1.° de janeiro de 1957.
A principal alteragao diz respeito as novas faixas de distribuigao das responsab'lidades resseguradas no I.R.B., a seguir comentada,
III — Peten^ao e Retrocessao do I.R.B-
Desde 195], inicio de suas operagoes no ramo lucros cessantes, que o
I.R.B. retinha e retrocedia as responsabilidades nele resseguradas, de acordo com as seguintes faixas de cobertura automatica:
12 plenos excedente ■. 150 pUnos l." excedente 900 picnos
I'otal 1.062 picnos
O total de premios de seguro direto nesse mesmo ano atingiu a Cc$ 10.584.876,70, distribuido entre as 56 sociedades (28 nacionais e 28 estrangeiras) que. em 31 de dezembro de 1951, operavam nn ramo lucros ces-santes. Cabe salientar que em 1." de fevereiro de 1951, inicio das operagoes do I.R.B., operavam no ramo 45 so ciedades. sendo 20 nacionais e 25 es trangeiras, tendo, portanto, nesse mesmo ano, 11 sociedades se interessado em operar em lucros cessantes.
O total de premios de resseguro cedido ao I.R.B., nos 138 riscos e portanto nao absorvidos pelos 635,6 plenos de retengao das sociedades, foi assim distribuido:
ramento tecnico das operagoes, aeon- I.R.B 24 plenos sclhou urn reexame da distribuigao Excedente 300 plenos j I .1. I 1 2." Excedente 1.200 plenos das responsabilidades resseguradas no I.R.B., a fim de que fosse possivel 1.524 plenos •aumentar a capacidade de retengao do mercado segurador brasileiro. ^ i- -l -Com essa distnbuigao cspera-se que Os dados abaixo. relatives ao ano de em 1957 seja absorvida, pela cobertura 1955, evidenciando essa afirmativa, automatica, grande parte das responsapermitiram a adogao de uma distri- bilidades retrocedidas avulsamente, aubuigao mais equitativa das responsabi- mentando-se, cm conseqiiencia, a calidades com as reais possibilidades do pacidade de retengao do mercado nanosos mercado segurador: cional.
— Numero de sociedades operando
— 73 sociedades, sendo 45 nacionais — Clausula de ^Devolugao de e 28 estrangeiras: Prem-0».
Plenos de retengao das socieda- ^ fixagao da importancia segurada
•des (FR) — 1.141, determinados casos constituia em
— Premios de seguro direto Cr$ 39.776.655,20;
— Premios dc resseguro cedidos ao
I.R.B. nos 459 riscos Cr$ 25.133.413,00.
— Distribuigao dos premios de res
seguro:
problema para os segurados, pois, as estimativas sobre os lucros que seriam auferidos, feitas com grande antecedencia, sofriam frequentes alteragSes, determinando o pedido de aumento ou redugao da importancia segurada durante a vigencia do contrato.
O grande impulse que o seguro de lucros cessantes tomou a partir de 1951, impulse esse representado pelo maior volume de neg6cios, pelo maior numcro de sociedades operando e pelo aprimo-
Cr$
1.R.B 2.949.113,20 — 11.73%
!.• Excedente 4.409.355,70 — 17,55%
2." Excedente . 10.486.214,70 — 41,72%
Avuiso 7.288.729,40 — 29,00%
Total 25.133.413,00 — 100,00%
Com base nos estudos procedidos foi aprovada, para vigorar a partir de 1.° de janeiro de 1957, a seguinte distri buigao automatica das responsabilida des resseguradas no I.R.B. :

Para atender as peculiaridades destes casos especiais foi estudada e aprovada pelos 6rgaos competentes uma solugao semeihante a adotada no ramo incendio para a cobertura,, per meio de apolice ajustavel, de estoques de mercadorias e matcrias primes que apresentam grandes oscilagoes de valores.
Como as caracteristicas do seguro de lucros cessantes sao bem diferentes do seguro incendio, foi adotado, para solucionar o assunto, o criterio de ser
admitida a devolu^ao de ate 50 % do premie pago. o que pcssibilitara ao segurado, estimar a importancia segurada sem preocupacjao de pagar premie desnecessario.
A regulamentagao dessa cobertura especial, a ser concedida somente em cases especiais, foi aprevada pelo Departamento Nacional de Seguros Privades e Capitaliza^ao, conforme a Portaria n.'^ 37, de 19 de julho de 1956, publicada no Diario Of'cial, de 31 de julhe de 1956, paginas 14.398/9.

V — Inspegdes as sociedades
No decorrer de 1956 foram inspecionados os services de resseguro lucre cessantes de codas as sociedades.
Essa providencia pessibilitou as so ciedades eliminarem diversas duvidas quanto ao proces.samento dos resscguros e 20 o recebimento com maior rap.dcz, dos resseguros devidos.
VI — Fator de reten^ao lucros ces santes.
A defermina^ao do fator de reten^ao lucro ces.santes continua sendo feita a criterio da.s sociedades que. somente, nao podem adotar fator superior ao que Ihe ccrresponder no ramo incendio.
Em 31 de dezembro de 1956, a soma dos fatores de retengao das sociedades opcrando com o I. R.B.. atingiu o total de 1.241 plenos. cabendo 728 (58.7 Vf) as nacionais e 513 (41 .3 %) as estrangeiras.
^ ANALISE
DAS OPERAgOES
/ —= O'se^uro de Lucros Cessantes
O ramo Lucros Cessantes apresentou consideravel progresso no ano de 1956.
Essa modaJidade de cobertura veio proteger, corao complemento do seguro Incendio, a economic do pais, garantindo as einpresas comerciais e indus trials contra a perda de lucros. decorrentes de interrupgao ou paraliza^ao de suas atividades em consequencia de sinistro, z o nosso Mercado Segurador, compreendendo a importancia dessa cobertura, procurou contribuir para o seu descnvolvimento. Novos estudos foram realizados sobre uma aplica(;ao e varias sociedades seguradoras iniciaram suas atividades nesse ramo no de correr do ano recem findo.
Comeijaram a operar cm Lucros Cescantes cm 1956, 16 sociedades nacio nais e 1 estrangeira, e o total das que estao operando nesse ramo, atinge, agora, 94 sociedades, .sendo 65 nacio nais c 29 estrangeiras.
Houve inais uma sociedade nacional aiitor'izada a operar em Lucros Cessan tes, que, porem, nao cedeu ainda nenhum resseguro ao I.R.B.
II — Premios de Resseguro
Os premios de resseguro, auferidos pelo I.R.B. em 1956, na Carteira de Lucros Cessantes, atingiram a impor tancia de Cr$ 23.502.157,20.
O movimento desses premios podera ser apreciado pelo quadro a seguir, em que sc apresentam os premios liquidos mensais, comparados com os dos mesmos meses dos tres anos anteriores.
Observa-zc no quadro adiantc apresentado que os premios de 1956 representaram menos um milhao e seiscentos mil cruzeiros que os do ano anterior. Isso. porem, e perfeitamente explicavel pelo fato de ter havido se guros vultosos dos grandes moinhos com prazo de dois anos — iniciados no
final de 1954, e consequentemente resscgurados em 1955. Alias, essc fato se verificou tambem nos anos anterio res, conforme se pode observar pelo cotejo dos premios de 1953 com os de 1954. Nao obstante essc fato, o mo vimento de premios de 1956 apresentou grande progresso, embora tivesse ficado um pouco abaixo do de 1955, pois conseguiu atingir o dobro do movi mento de premios de 1954, ao passo que o de 1955 nao chegou a ser duas vezes o de 1953.
Para a receita de Cr$ 23.502. 157,20, Socieda<ics Pccccntagcns auferida em 1956, as sociedades na- 46.6% Escranqcira.s 53.4 /o Clonais contribuiram com Cr$ 12.297.513.60. e as estrangeiras . 100.0% com Cr$ 11 .204.643.60, e que cquivale ^ as seguintcs perccntagensi
Pormalacio de Resseguro
Sociedades Pcrcenfagens
O numcro de formularios de resseNacionais 52.3% /lAnr/- i - i
Estrangeiras
17.7% de cessoes e cancclamentos) recebidos per esta Carteira
100.0% em 1956, clevou-se a 7.501 e, no ano anterior, (1955) a 5.307, tendo, pois.
No ano anterior, 1955, es.ses dados havido um aumento de 2.194 formuforam os seguintes: larios.
IV — RiscOs Nobkis
Em 31 de dezembro de 1956, o numero de riscos, de que se compunha esta Carteira, era de 530 riscos, distribuidos por varios estados do pais. Houve, portanto, 71 riscos novos em 1956, pois o total em 31 de dezembro de 1955 era de 459 riscos.
V — Retengao e Retrocessio
O premio total de Cr$ 23.502.157,20, auferido por esta Carteira em 1956. foi distribuido risco a risco, entre as faixas de reten?ao e retrocessoes, encontrando-se o resultado indicado no quadro seguinte, em que aparece igual distribuigao dos dois anos anteriores:

Em 1956. foram feitos quarenta e urn Carteira dezesseis (16) sinistros de (41) pedidos de cobertura avulsa a Lucres Cessantes.
Federa?ao dos Seguradores Terrestres.
VI — Sinistros
Em . 1956, foram avisados a esta
Os sinistros liquidados e os pendentes apresentaram os seguintes dados em 31 de dezembro de 1956;
sinistros a liquidar no final do exer cicio anterior, e
— como premios, o total de premios auferidos no exercicio.
— Coe[icientes de sinistro-premio
No quadro a seguir e apresentado o coeficiente de sinistro premio obtido de 1956, nas diversas faixas em que sao distribuidas as responsabijidade.? cedidas ao I.R.B., considerando-se:
— como sinistros, a soma de indeniza?6es e despesas pagas durante o exercicio, acrescida da reserva de si nistros a liquidar, constituida no encerramento do exercicio e deduzida do montante correspondente a reserva de
No quadro abaixo e apresentado o do da retrocessao e do ressecoeficiente sinistro-premio da retengao guro, de 1951 a 1956.
VIII Resultado das Operagdes em 1956.
O resultado das operagoes do I.R.B. pode ser observado nos quadros a seguir, nos quais c consignado
0 resultado industrial das diversas faixas que compoem as responsabilidades retidas e retroccdidas pelo
I.R.B.
Resultado do I.R.B.
Resultado do Resseguro .
Resultado da Retrocessao .
Resultado da retengao (bruto)
Participagao do I.R.B. no lucro de
OPERACoES NO RAMO TRANSPORTES
I — Aperfeicoamento das Cobertaras
Para atingir o seu objetivo funda mental, no caso particular de Transportes e Cascos, tern a Divisao Transportes e Cascos procurado aperfei(;oar as coberturas requeridas no pais. em colabora^ao com o- Departamento Nac;onal de Seguros Privados e CapitaJiza?ao. do Servigo Atuarial. drgaos do Ministerio do Trabalho, Industria e Comercio. da Confedera^ao Nacional do Comercio, Confederagao Nacional das Indiistrias e da Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados c Capitaliza^ao. Tern esta Divisao pro curado oferecer ao mercado a coberiura de todos OS riscos quc possam afetar aos interesses dos segurados. Ne;,te sentido, os principals trabaihos concluidos ou em execugao no ano de 195C, abaixo enumerados. demonstram qjc estao sendo alcangados os objefivos visados,
Assim, foram concluidos ou estao sendo examinados os seguintes tra baihos;
a) apolice e Tarifa Transportes terrestres de mercadorias (que representa a fusao da rodoviaria e ferroviaria), em vigor desde I." de aqosto de 1956:
apblice , e tarifa de seguros transportes maritimos, cujo ante-proicto sera submetido ao exame de comissoes mistas;
c) apolice especifica da regiao amazonica para os seguros de trans portes fluviais de mercadorias;
d) apolice de seguros de transpor tes aereos de mercadorias.
Alem dos trabaihos basicos acima enumerados, foram ampliadas as condi^oes e clausulas referentes a seguros espcciais, como trigo, petroleo, greves, etc., procurando sempre atender as necessidades do pais.
Assim, o mercado segurador nacio nal esta habilitando-se a conceclef aos solicitantes todas as coberturas indispensaveis a salvaguardar os seus inte resses econ6mico--financeiros.
II — Preven^ao contra sinistcos
Se as circunstancias e as novas tecnicas exigem a ainplia?ao e a modificagao das coberturas demandadas polos segurados, nao deixam tambem de sfr importantes o estudo e a aplicaqao de novos metodos pertinentes a garantia e a seguran^a dos bens em geral.
Se, por um lado, o seguro reprcsenta a solugao .para a garantia da estabilidade economico-financeira dos segu rados, por outro lado se torna indispensavel a colabora^ao efetiva e sistematica de todos os interessados, na real preserva^^ desses mesmos bens.
A ampliagao das coberturas nao deve ser encarada senao como uma
solugao transitoria e temporaria. uma vez que o seguro tein por objeto os denominados «riscos fortuitos on de forga maiors. Necessita-se, conscqtientemente, eliniinar as causas de danos decorrentes da falta de apliMvao de tecnica c dos metodos modernos nas operagoes peculiares as diferentes atividades.
A prevengao contra os sinistros re prcsenta, em seus efeitos, nao so agradavel redugao das taxas de premies de seguros como a propria protegao direta e imediata — da economia na cional. As perdas sofridas em desastres maritimos, embora minoradas, em seus efeitos, no que tange a estabilidade dos cmbarcadorcs e armadores, nao deixam de significar a destruigao de bens obtidos com ingentes esforgos e muitas vezes com a utilizagao de divisas tao necessarias ao pais.
Para isso o I.R.B. tern procurado entendimentos com a Diretoria de Portos e Costas, para um exame das vistorias-cascos realizadas por seus peritos-navais, com a intengao firme de concorrer, dessa forma, para a meIhoria das condigoes de operagao e navegabilidade da frota nacional.
No que se refere as embalagens. tambem foi estabelecido contacto com a Associagao Brasileira de Normas Tecnicas, solicitando-se aquela entidade um projeto para a solugao brasi leira das embalagens, considerando-se, entre outros aspectos, o seu aproveita-
mento multiplo. maior eficiencia contra cheques, fogo e outros eventos.
Cuinpre, ainda, salientar a conveniencia de reaparelhamento dos portos, de maior prepare da tripulagao e do pessoal da estiva e resistencia. assuntos para os quais se tem solicitado a especial atengao dos orgaos federals mais interesasdos.
Ill — Capac'dade de retengao do mer cado nacional
Um outro aspecto que diz respeito a economia nacional consiste no aproveitamento da maior capacidade de retengao do mercado segurador nacio nal.
Assegurada a normalidade das operagoes dc resseguro, surgiram no pais varias sociedades seguradoras nacioiiais, permitindo, dessa forma, uma re tengao maior de premios. Assim, os conr.ratos em estudo, com vigencia a p.jrtir de 1.® de Janeiro de 1957, significarao a exportagao minima de pre mies capaz de garantir a cstabilidade tecnica das operagocs do seguro na cional. A elevagao da retengao do mcrca-.'o segurador nacional implica na conseqiiente redugao das cessoes ou retrocessoes ao mercado exterior.
ANALISE DAS OPERAgOES
I — O seguro Transportes
Durante o exercicio de 1956 veri-

ficou-se um apreciavel aumento da receita de seguros transportes.
Temos,.entretanto, que assinalar que parte desse cresdraento deve scr atribuido a infla^ao. Inegavelmente, constitui o ramo Transportes um dos poucos ramos de seguro cujos valores segu-
rados acompanham de perto os efeitos da infla^ao.
A desvaioriza^ao da moeda pode ser analisada no quadro abaixo, conforme OS indices de pre^os extraidos da revista «Con]untura Econ6mica» do mes de novembro de 1956.

Sendo o seguro transportes efetuado passaram os bens cobcrtos pelo seguro com base no valor de fatura e evidente transportes. que OS indices mencionados acima Exaininando-se per outre lado, o devem representar os valores por que T.ZT
105
Parece que houve coma que uma estabiliza^ao nos negocios do Ramo Transportes.
Ha que observar, no entanto, que, entre outros. devem ter influido na receita da carteira:
a) as taxas dos seguros mais reduzidas, quer nos seguros terrestres, quer nos maritimos:
b) a transferencia de negocios de um sub-rarao para outro de taxas mais
106 baixas e a realizaqao de seguro em outros ramos,
c) e. finalmente, a evasao de se guros em face da Resolugao da Comissao de Marinha Mercante sobre a Responsabilidade do transportador.
II — O resseguro no I.R.B.
a) Premios
O quadro a seguir reiine os totals dos premios de resseguro Transportes desde o inicio das opera^oes do I.R.B.
Verifica-se, pelos quadros acima, tativo da carteira Transportes nao que de 1949 a 1956 o aumento vege- ultrapassou sequer a 1 %.
porquanto o ano de 1948 sofreu considerave] influencia dos pianos anteriormente em vigor, sobretudo em seus primeiros meses.
Os dados abaixo indicam a distri-
No que respeita aos «Premios de apresenta elementos mais homogeneos, resseguro» a variedade de pianos adotados pelo I.R.B. nao permite qualquer compara?ao a nao ser a partir de 1948, epoca a partir da qual passou a funcionar o piano ainda hoje em vigor. Ainda assim somente 1949
b) Sinistros pagos e a pagar
O resseguro correspondence aos si nistros pagos e a pagar no Ramo Trans
portes atingiu em 1956 a Cr5 182,405.268,00, assim distribui-
resseguro com salvados e ressarci- mesmo tempo comparadas com as mentos, por especie de sinistro e ao obtidas em 1955. :
Pelos dados acima constata-se a predominancia em 1956 da importancia apurada com ressarcimento relativos a Avaria Grossa, enquanto que no exer cicio anterior predominaram os salva dos em poder do I.R.B.
Foram avisados, no exercicio, 3.270
sinistros, drs quais 1.895 ocorridos em 1956 e 1.375 em exerc'icios anteriores. Em 1955 o niimero de sinistros avisados atingiu a 3.307.
No quadro a seguir estao representados, por sub-ramo, os sinistros avi sados durante o exercicio de 1956.
Se considerarmos a importancia correspondente a reserva de sinistros .a liquidar do exercicio anterior, que atingiu a Cr$ 121. 182,991,10. teremos um total de Cr$ 61 ,222.276,00 para OS sinistros de 1956,
Cabe observer que o presente exer cicio nao foi assinalado por nenhura
grande sinistro e que no montante relativo aos sinistros pagos estao deduzidos OS valores relatives aos ressarcimentos obtidos e salvados vendidos peio I.R.B. f que alcan^aram a im portancia de CrS 9.527.990,40.
No quadro demonstrative seguinte figuram as quantias apuradas pelo
in — Resultados das operagoes
a) Resseguro Basico e Complementar.
Foi bastante satisfatorio o resultado
tecnico proporcionado em 1956 pelos pianos basicos e complementar, tendo apresentado um coeficiente sinistropremio 32.7 contra 38.5 % do exer cicio proximo passado.

bui^ao da receita do resseguro no Ramo se verifica a influencia dos diver jos Transportes, a partir de 1942, e onde pianos de opera^oes:
Os dados abaixo transcritos ind'cam o movimento observado nas diversas faixas de resseguro.
b)
Resseguro de Excedente Maritirao (Viagens Internacionais nao cobertas pelas'N. Tp.), Indicamos a seguir o quadro dei.R.B. RETROCrsSAf) (avioi sa) TniAi, 157,40 327,80 1 145,30
monstrativo dos resultados deste piano em 1956, que apresentou um coeficiente de sinistro-premio melhor que o do exercicio anterior. 209,90 220,70 I 368,90
367,30 548,50 2 514,20 974,90 1 358,10 2 333,00 6 710,00 54 659,00 6 1 409,00 3 562,50 8 643,30 12 205,80 10 312,50 63 302,30 73 614,80 9.5% 2,1% 3.1%
113 114
OPERAgoES NO RAMO CASCOS
TRABALHOS TfiCNICOS
/ — A/tcrafocs nas Instrucocs Cascos (I.e.)
Foram efetuadas algiimas modifica?6es as instru^oes Cascos, ressaltando cntre outras:
a) exigencia, em case de sinistro resultante de perda total, de apiesentagao do Titulo de propriedade Naval ou documento provisorio de proprie dade (para embarcagoes de mai? de 20 toncladas):

b) aprova^ao de nova tabela de honorarios que sera aplicada a todas as vistorias cascos. a partir de 1." de janeiro de 1957.
Nessa nova tabela foram atendidas as rc'ivindicagoes dos peritos. que consideravam pouco compensadores os honorarios arbitrados para vistorias cm cmbarcagoes de passeio. Foram, dest'arte, dobrados os honorarios correspondentcs a estas vistorias que passaram de Cr$ 500,00 para Cr$ 1.000,00.
Outras alteragoes foram. ainda, introduzidas na tabela de honorarios visando uma remuneragao mais justa
para os peritos inscritos no «Registro de Vistoriadores Cascos».
// — Apolice e Tarifa Cascos
Concluidos os estudos que vinham sendo procedidos atraves da C.P.T.C. e, posteriormente, da Comissao Central de Tarifa, o projeto de apolice e Tarifa Cascos, propos.tas, especificagao. condigoes e clausulas foi encaminhado a aprovagao do Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitaiizagao, na forma do Regulamento de Seguros.
O projeto em causa preve a concessao das garantias de perda total da embarcagao, reembolsos de despesas de salvamento, avarias comum e par ticular, rcsponsabiiidpde civil por abalroagao, bem como as coberturas de desembolso, de responsabiiidades excedentes, negligencia, barataria, guerra c greves.
Assim, dispoe o referido projeto de todas as garantias requisitadas pelos armadores para uma perfeita e conipleta cobertura de suas embarcagoes.
Deve-se, ainda, notar que a apolice cascos nao existe no pais, que ate o presente momento vem se utilizando de raodelos usados em outros mercados.
N» 102 - ABRJL Dg 1957 REViSTA DO r. R. B.
ANALISE DAS OPERAgOES
I —; O Segaro Cascos
No quadro demonstrative abaixo,apresentamos o movimento de premios de seguros diretos, a partir de 1951:
cicio, a importancia de Cr$ 46.943.338,50.
O quadro abaixo demonstra a distribuigao dos sinistros pagos e a pagar:
Convem observer que manteve o I-R.B., em suas opera^oes no Ramo Cascos, 0 criterio adotado em 1955, isto e, de rigorosa selegao de riscos, e, portanto, de e.xciusao de seguros com eievado indice de sinistralidade.
— O Resseguro no I.R.B.
a) Premios
A receita de premios de resseguro
atingiu a importancia de C.r$ 54.909.621,30. assim distribuidos:
Nao se registrou no exercicio nenhum guro no Exterior, o resultado das grande sinistro. demais faixas no exercicio de 1956
HI — Resultado Tecnico das Operagoes foi - bastante satisfatorio, conforme Com excegao do resultado do resse- demonstra^ao:
b) Sinistros pages e a pagar.
O quadro a seguir indica o dcsenvolvimento dos premios de resseguro, a partir de 1951:
£sse resultado pode ser comparado com os obtidos nos exercicics anteriores:
A importancia relativa a sinistros pagos e a pagar pelo resseguro Cascos
Considerando-se, por outro lado. a re.serva de sinistros a liquidar do exercicio anterior, que montou a elevou-se, em 1956, a Cr$ 64.516.560,60, ter-se-a. como Cr$ 111 ,459.899 10 j total de sinistros para o prcsentc exer-
Cabe salientar que o resultado do ajustamento de rescrvas de sinistros exercicio nao foi melhor, face ao re- ocorridos em anos anteriores.

OPERAgoES NO RAMO ACIDENTES PESSOAIS
TRABALHOS TfiCNICOS
/ — Piano de retencao das sociedades. do l.R.B. e das retrocessionarias
Objetivando atualizar o piano de retengao das sociedades, do l.R.B. e das retrocessionarias, estudou o I.R.B. as bases de reforma. culminando com a aprovasao do seguinte:
1) Estabelecimento de novo criterio para 0 calculo dos F.R,A.;
2) Redu^ao das classes de retencao de 5 para 2, adotados os indices 10 e 8
na garantia de morte, com um fator 1,5 na garantia de Invalidez Permanente.
3) Altera^ao, em conseqiiencia, na mesma base, dos limites de resseguro automatico e de aceita^ao.
4) Estabelecimento de novo piano de retengao do l.R.B. e das retroces sionarias, conforme abaixo:

a) 1." Excedente: O l.R.B. e as retrocessionarias que operam iio pais, guardarao, no 1." Excedente, sobre cada risco ressegurado, as retenqoes indicadas a seguir:
idade inferior a 14 anos, o l.R.B. regulamentou a materia, estabelecendo as seguintes bases para a aceitagao dos seguros em. apre^o;
a) cobertura restrita a atividades vigiadas pelos pais, responsaveis ou guardiaes e aos riscos de cuja realizaijao resultem prejuizos patrimoniais para os proprios menores ou para os seus responsaveis.
b) capital segurado maximo de CrS 50.000,00 na garantia de Morte.
IV — Risco de aviagao — Art. 7.° da T.S.A.P.B.
122
portadoras de defeitos fisicos e de doen^as tidas como graves, visando, principalmente, evitar duvldas e discussoes por ocasiao da liquida^ao de sinistros.
VII — SegurOs coletivos Acidentes Pessoais de empregados que tenharn de viajar a servigo do estipulante.
U '
A participa^ao do I.R.B., no 1." Excedente. sera de 48 7c (quarenta e oito per cento).
b) 2." Excedente: Os riscos que ultrapassarem o 1." Excedente serao coiocados no 2." Excedente, cujos li mites serao iguais aos do 1." Exce dente, inteiramente constituido per re trocessionarias que operam no pais,
— Consdrct'o Resscguradoc dc Catastrofe
Com base nos estudos realizados, foram aprovados:
a) 0 principio de que as sociedades so se tornam participantes do Consorcio Ressegurador de Catastrofe, e portanto incluidas na distribuigao dos lucros ou chamadas a cobrir algum «deficit» do mesmo, pela efetiva^ao de
qualquer opera?ao da qua! decorra contribuigao ao Consorcio (seguro direto ou retrocessao);
b) a supressao da condi^ao anteriormente estabeiecida de que o limite de catastrofe nao poderia ultrapassar 0 limite legal de cada sociedade:
c) a alteragao do limite de catas trofe do l.R.B, e das sociedades que, nao operando diretamente em acidentes pe.ssoais, participarem das retrocessoes, de 2, 3 para 2,7 vezes as respectivas responsabilidades maximas na garantia de Morte, classe 1 ,
III
Tendo em vista a Lei n." 2.866, de 13 de setembro de 1956, que deu nova reda^ao ao art, 114 do Codigo Brasileiro do Ar, tornou-se necessario o e.xame da cobertura do risco de aviagao nas apblices Acidentes Pessoais, tendo o l.R.B., em conseqiiencia, estabelecido medidas de emergencia, relacionadas com as altera^oes na tarifa e apolices em vigor.
V — Seguros coletivos Acidentes Pessoais conjugados com Aci dentes do Trabalho.
A fim de poder atender a altera^oes na lei de Acidentes do Trabalho e resultantes da Lei n." 2.873, de 18 de setembro de 1956, procederam-se os necessarios reajustamcntos as condiqoes anteriormente baixadas pelo l.R.B., o que possibilitou a regulariza^ao das apdiices em vigor.
VI — Seguros de pessoas portadoras de defeitos fisicos e de doengas tidas como graves.
A regulamentagao anteriormente es tabeiecida pelo l.R.B. foi atualizada. objetivando nap so aperfei^oar a co bertura, como tambem proporcionar maior interesse na procura e colocagao deste tipo de seguro.
O projeto de reforma do piano foi encaminhado a aprova^ao dos orgaos superiores, esperando-se que as seguradoras possam, dentro em breve, aplicar as novas condigoes.
VIII — Seguros coletivos Acidentes Pesso.ais de passageiros de onibus, micro-onibus e automoveis em geral.
Foram atualizadas e submetidas aos orgaos superiores as condigoes de co bertura deste tipo de seguro.
De acordo com o novo piano, o mercado contara. dentro em breve, com OS seguintes pianos e tipos de cober tura:
Piano A (Premios calculados pela lotagao);
Tipo 1 — Passageiros de vciculoa de uso particular;
REVISTA DO i, R, B.
Tipo 3 — Passageiros de veiculos de USD publico utilizados em perimetro iDferurbano.
Piano B (Premios calculados per passagens):
Tipo 4 — Passageiros de veiculos utilizados em perimetro interurbano.
Piano C (Premios calculados por tiquetes):
Tipo 5 — Passageiros de veiculos utilizados em perimetro interurbano.
Os seguros dos pianos A e B abrangem a totalidade dos passageiros que viajam nos veiculos. c os do piano C abrangem apenas os passageiros que adquiram tiquetes de seguro.
IX — Segueos coletivos Addentes
PessOais de:
a) Estudantes e professores;
b) Fregueses de firraas comerciais;
c) Assinantes e anunciantes de jornais. revistas e congeneresr e
d) Hospedes de hotel.
As modalidades de seguro acima foram detida e cuidadosamente estudadas, tendo sido aprovadas pelo D.N.S.P.C. as tarifas e condi?6es de cobertura.
As tarifas citadas fazera parte do piano de dotar o pats de tarifas complementares a T.S.A.P.B. (Tarifa de Seguro Acidentes Pessoais do Brasil). em vigor de.sde I.° de iulho de 1955.
^ Tar'/apao individual.
A fim de atender ao disposto no subitem 1.2,4 do art. 3." do T.S.A.
P.B., foram elaboradas as «Instru?6es para a concessao da tarifagao indivi dual® e sens estudos estao em fase final.
A"/ — Seguro de acidentes de Ttafego e seguros coletivos Acidentes Pessoais de turistas. excursionistas e veranistas.
Foram iniciados os estudos para a implantagao definitiva desses tipos de seguros.
A'// — Piano de estatistica de riscos e sinistros.
Foi elaborado um piano de estatistica de riscos e sinistros, achando-se os estudos em fase adiantada.
A adogao do referido piano permitira testar a tarifa em vigor no pais.
Normas e Instcugoes para Cessdes e PetrOcessoes Aci dentes Pessoais.
Atendendo as necessidades de ordem tecnica e administrativa, iniciou o I.R.B. uma revisao completa das Normas e Instrugoes para Cessdes e Retrocessdes Acidentes Pessoais, esperando-se que. em principios de 1957, aquela revisao esteja conduida. possibilitando, assim, o cncaminhamento do trabalho final a aprovaqao dos orgoas superiores.
— Comissao Permanente Aci dentes Pessoais (C.P.A.P.)
A C.P.A.P. dedicou. em 1956. grande parte de seu tempo a estudos tecnicos e ao estabelecimento de taxas e condi?6es de seguros especiais.
ANALISE DAS OPERAgoES
I — O Rcsscgnro no I.R.B.
Prmnios auferidos '
No ano de 1956 os premios de resseguro do excedente de responsabiiidade cedidos ao I.R.B.. de conformidade com as Normas para Cessoes e Retroccssoes Acidentes Pessoais, atingiram a importancia de Cr$ 28.742,532,60, liquidos de cancelamento e restituigoes, aumentando de Cr$ 501 ..251.30, ou seja. mais 1,74 S'c

em relagao aos premios cedidos no ano anterior.
Premios retrocedidos
Dos Premios liquidos auferidos pelo
I.R.B.. foram retrocedidos
Cr$ 20.795.684,30, .sendo Cr^i 19.243.552,40 automaticamente no pais e CrS 1 .552.131,90 no exterior, sendo Cr$ 1.530,770.80, na forma autoniatica e Cr$ 21 .361,10 na forma avulsa.
No quadro abaixo constam os pre mios retrocedidos pelo I.R.B. nos dois liltimos exercicios;
Premios retidos
Os premios liquidos retidos pelo I.R.B, importaram cm Cr$ 7.946.848,30, ou sejam 27.65 % dos premios que Ihe foram cedidos em resseguro.
Assinale-se que o ano de 1956 marcou o inicio de maior retengao de pre mios por parte do I.R.B. ja que nos anos anteriores a retcngao nao chegava a 15%.
Deve-se esse fato a alteragao, a partir de 1.° de julho de 1956, do piano de retengao do I.R.B. e das retrocessionarias, cujas bases estao expostas no capitulo «Trabalhos Tec nicos® deste reiatorio.
Comissoes
As comissoes pag'as pelo I.R.B. importaram em Cr$ 11.259.746,10 recuperando, por outro lado, CrS 9.373.579.30, sendo Cr$ 8.659.598,60 das retrocessiona rias no pais e Cr$ 713.980,70 dos resseguradores no exterior.
RESERVA DE RISCOS NAO EXPIRADOS
Para farer face aos riscos nao expirados, foi constituida a reserva de Cr$ 13.200.457,60, cabendo Cr$ 2.983.756,60 a retengao do I.R.B., Cr$ 9.640.256,10 a retrocessao do pais e Cr$ 576,444,90 ao resseguro no exterior.
11 — S'nistros
Durante o exerdcio de 1956 foram notificados ao I.R.B. 166 sinistros, atingindo 169 segurados e 244 indeniza^oes.
Dos sinistros avisados foram liquidados no exercido de 1956, 77. atin gindo as indenizagoes pagas e despesas de liquidagao o total de CrS 10.028.011,20, cabendo ao I.R.B. a quantiade Cr$ 1.167.600,20. as retrocessionarias Cr$ 8.854,174,80 .... (Cr$ 6.044.174,80 no pais e Cr$ 2.810.000,00 no exterior), e ao Consorcio Ressegurador de Catastrofe Cr$ 6.236.20.
Dos sinistros ocorridos em exerdcios anteriores e pendentes para 1956, num total de 173, (2 de 1948, 1 de 1949, •1 de 1950, 1 de 1951, 5 de 1952, 11 de
1953. 41 de 1954 e 111 de 1955) foram liquidados 119, montando as indenizagoes pagas e respectivas despesas em Cr$ 3.842,269,00, cabendo ao I.R.B. Cr$ 452.400,20 e as retrocessionarias
Cr$ 3.389.868,80 (Cr$ 2.563.599,90 no pais e Cr$ 826.268,90 no exterior)
Assim, no exercido de 1956 foram liquidados 196 sinistros, dos quais 33 sem indeniza^ao, elevando-se as indeniza^Ses a CrS 13,870,280,20, cabendo Cr$ 1.620.000.40 ao I.R.B
Cr$ 8,607.774.70 as retrocessionarias do pais, CrS 3.636.268,90 aos resseguradores do exterior e Cr$ 6.236,20 ao Consorcio Ressegurador -de Catas trofe,
As indeniza^oes pagas, segundo a causa do acidente, estao distribuidas no quadro seguinte:
89 de 1956, cujas estimativas figuram no quadro a seguir e que serviram de base a constitui?ao da Reserva de Si nistros a Liquidar. 54 000,00 3 750,00 193 200,00 201 480,00 159 384.60 233 744,20 1 440 555,80
30b 000,00 21 250,00 1 094 800,00 1 141 720,00 903 179,40 1 324 550,10 6 548 525,70
2 156 000,00 712 000,00
360 000,00 25 000,00 1 288 000,00 3 499 200,00 1 062 564.00 I 558 294,30 8 701 081.50 2 286 114,60 11 340 025,20 2 868 000,00 16 494 139,80
De acordo com a exposi^ao feita o ao passo que, em 1956, foi de coeficiente sinistro/premio do resse- Cr$ 30.364,420,00, sem que a receita guro no I.R.B, foi de 60.81 o da premies apiresentasse eleva?ao digna retrccessao no pais de 53.62 %, o da , retenpo do I.R.B. de 34.19 % e .o do ressequro no exterior de 304.72 %. ,,, . r> j j /- ^ III — Consorcio Hessegurador de CaOs coeficientes acima estao forte- tastrofe. mente influenciados por 8 sinistros vultosos que atingiram a iinportancia de C)s premies cedidos ao Consorcio Cr$ 15.769.000,00, representando essa Ressegurador de Catastrofe importaquantia a percentagem de 51,93% do ^am em Cr$ 7.004.600.90. para cujo total de Cr$ 30.364.420,00 que cor- contribuiram: responde aos 306 sinistros pagos e a pagar.

O ano de 1956 apresentou forte Socicdades cedentes 5.645.080,80 , ,. , , , I.R.B 397.342.30 indice de smistralidade; assim e que, no i-r-ron ^ Retrocessionarias 962.177.80 em 1955, o montante de sinistros pagos e a pagar foi de Cr$ 18.244.221,00, Total 7.004.600,90
REVISTA DO I, R. B,
Dos premios auferidos pelo Consorcio foram refrocedidos
Cr$ 140,092,10, ficando, em conseqiicncia, refidos Cr$ 6.864.508.80.
O saldo credor do Consorcio em 31 de dezerabro de 1956 era de Cr$ 6.568.667,70. deduzida a parte cabivel ao I.R.B. a titulo de Taxa de Administra^ao, no valor de Cr$ 420.276,20. fiste lucro sera distribuido de acordo com as N.P., na seguinte proporgao: Cr$ 356.636,70 Sociedade cedente ( ( 6.212,031,00 Ketrocessicmaria (

— Rcsultado das operafdes
Cr$ 3.254.253,30, como se demonstra
OPERAgoES NO RAMO AERONAUTICOS
TRABALHOS TfiCNICOS
I — Tarifagao
De acordo com o que estabelecem as Tarifas Aeronauticos em vigor, cabe ao I.R.B. fixar as taxas aplicaveis aos riscos aeronauticos, tendo em vista as particularidades de cada caso concreto. O cumprimento desse dispositivo tarifario obriga o I.R.B. a manter uma atengao toda especial aos resultados que sao observados nas opera96es do ramo e as constantes varia^oes das caracteristicas dos riscos segurados. Como ocorre desde o inicio das opera^oes do ramo, observou-se em 1956 uma redu^ao tarifaria geral, que mais se acentuou no caso particular das garantias de perda ou avaria da aeronave e acidentes pessoais dos tripulantes.
11 — Normas para Cessdes e Retro cessoes-Aeronauticos
Com inicio em 1957. varias alteragoes de profundidade foram introduzidas nas N.A., com o objetivo de
aumentar a capacidade de retengao do mercado segurador brasileiro (seguradoras diretas, I.R.B. e retrocessionarias), especialmente nos riscos que, por sua natureza, oferecem possibilidade de melhoria no resultado das opera^oes. Paralelamente, foram introduzidas tambem altera96es nas condi96es do Consdrcio de Catastrofe e aumentados os limites dos contratos de resseguro automatico efetuados no exterior.
III — Piano de resseguro aeronauticos de acidentes pessoais (Tiquetes)
A fim de permitir ao I.R.B. a aceita9ao de resseguros decorrentes das apolices de tiquetes, foram introduzidos dispositlvos especiais nas N. A., regulando o assunfo.
IV — Apolice coletiva
opera^oes: A N O RETROCESSSO DO 1. R. B. TOTAL PAib CXTEBIOR 1945 558 627,30 I 312 352,70 1 053 325,(lO 564 881,90 3 702 552,10 3 584 908,80 3 745 54i,90 2 484 827,40 6 189 906,90 6 980 779,40 6 824 003,70 1 242 478,20 I 427,30 497.50 511,20 53 287,40 125 282,10 102 001,70 IW> 144,90 352 398,10 119 569,60 103 738,90 505 573,40 — 3 571 126,80 560 054,60 1 312 850,20 1 053 836,80 618 169,30 3 827 8)4,20 3 687 510,50 3 911 688,81) 2 817 255,50 6 309 476,50 7 144 518,30 7 329 577.10 —2 328 648,60 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952. I95J 1054.. , 1955. 1956 N'' 102 - ABRIL DE 1957 133 134
REVJSTA DO I. R. B.
ao lan^amento da apolice coletiva, que permitira o seguro de frota em uma ainica apolice e, consequentemente, uma grande simplifica^ao do.s services das scguradoras e do I.R.B.
V — Clausalas especiais
Dcntre os assuntos que niercccrani a apcovagao de clausulas especiais, <Jestacam-se os seguintcs;
a) cobertura de tufao, terremoto c outcas convulsoes da natureza:
i>) cobertura da aeronavc durante 0 transporte de explosives e/ou inliamaveis;
c) riscos de motins, greves e como^oes civis;
d] furto ou roubo da aeronave.
ANALISE DAS OPERAgOES
1 — O seguro aeronauticos
Durante o exercicio de 1956, a Solidez — Companhia Nacional de Seguros iniciou suas operagSes no Rar:o

Aeronauticos, sendo, atualmente, em niimero de 22 as que operam direiamente, alem de muitas outras que resseguraram, na Carteira Aeronauti-
cos, diversos riscos de aviagao incluidos em apolices de Acidentes Pessoais e Vida.
A receita geral de premies de aceitagao alcangou a cifra de . Cr$ 83.219.562,70. apresentandj um aumento de 24.3 % em relagao ao aiio anterior, o que pode ser considerado um crescimento bastante significativo, levando-se em conta as possibilidades de produgao do mercado.
Os sinistros, por sua vez, alcangaram a importancia de Cr$ 40.403.643,60 inferior em 3.2 %. Nessas condigoes, o coeficiente de sinistro/premio foi )e 48.6 % quando em 1955 e 1954 fo:am, respectimamente, de 62.4 e 48.8 Considerando-se o montante de premios e sinistros desde o inicio das operagoes, no valor de Cr$ 531.810.110,40 e Cr$ 281.198.604,10, constata-se que o coeficiente de sinistro/premio medio e da ordem de 52.9 %. (Quadro 1).
Analisando-se ,o resultado por faixas de retengao, verifica-se que houve sensivel aumento do premio retrocedido ao exterior, o que se pode atribuir a constante elevagao dos capitals se-
gurados e a maior freqiiencia de riscos vultosos. Entretanto, a mesma proporgao nao se observou no que se refere ao movimento de sinistros. onde se verifica que os retrocessionarios no
exterior foram beneficiados. Isto se deve ao fato de serem justamentc as aeronaves de maior valor aquelas que menor periculosidade apresentam. (Quadro
2)
DISTRIBUICAO DE PREMIOS E SINSTROS POR FAIXA DE RETENCAO
U — O Resseguro no I.R.B.
As cessoes feitas pelas seguradoras atingiram neste exercicio a ura total de Cr$ 68.837.438.20. ou sejaai, 82.7 % da receita auferida pelo mercado segurador.
O movimento geral do resseguro no formando com a receita de Cr$ 68.837.438.20 e a despesa de
Cr$ 32.922.981,30 apresentcu-se com um sinistro/premio de 47,8%, aproximadamente igual a media desde o inicio das opera?oes que e de 46.7'%. No quadro n." 3, consta o coeficiente de sinistro/Premio referentc ao resse guro. levando-se em conta o jogo de reservas de «Riscos nao Expirados» e de «Sinistro!! a Liquidar».
COMISSQES E PARTICIPACOES
Dele constam. tambem, isoladamente, as faixas «Retengac do I.R.B. e Retrocessionarias no pais» e «Retrocessao no Exteriors, nesta incluidas todas as cessoes culocadas no exterior, inclu sive as avulsas. fiste quadro confirma, embora levando eoi conta o jogo de reservas, os coraentarios feitos quanto ao comportamento das varias faixas de retengao, em rela^ao aos premios auferidos e sinistros pagos durante o exercicio. For ele se deduz os coeficientes de sinistros/premio de 60.4% para o «I.R.B. e retrocessionariass e de 43.2% para a faixa «Exterior», redundando no global de 51.6 % para o resseguro os quais, em 1955, tinham side de 71.1%, 54.6% e 63.3%, respectivamente.
Quanto ao jogo de pomissoes e participa^oes concedidas e auferidas. o movimento geral do exercicio se encontra discriminado no Quadro n.® 4
em anexo.
II! — Resuhado^ das
operagoes do I.R.B.
O resultado final das opera^oes do I.R.B, durante o exercicio de 1956 alcan^ou a cifra de Cr$ 5.497.802,60. conforme abaixo demonstrado;

OPERAgoES NO RAMO VIDA
TRABALHOS TfiCNICOS
I — Ampliagao do conceito de resseguro automatico de riscos sub normals
A proporgao que as Socitdades foram ampliando as suas carteiras e aceitando em maior escala os riscos sub-normals, no que. alias, foram estimuladas pelo I.R.B., observou-se que 0 criterio de conceitua^ao do resseguro automatico para aqueles riscos poderia ser menos rigoroso. de modo a permitir maior flexibilidade de a^ao as Companhias.
Lima solicitagao concreta de determinada Sociedade veio agitar a questao, e a solugao final do assunto, estudada pelos orgacs tecnicos do I.R.B., pela Comissao Permanente Vida e pelo
Conselho Tecnico. foi consubstanciada na Circular V-01/56.

As principals altcra^oes introduzidas nas Normas-Vida pela referida cir cular foram:
a) Eleva^ao do limite maximo de agrava(;ao ate o qual podera haver resseguro automatico, de 50 % do acrescimo, exclusive, para 200 pontos de «Rating», inclusive.
Esta altera^ao clcvou, de um modo geral, de 30 pontos, o teto estabelecido para o resseguro automatico dos sub normals.
b) aumento da percentagem da cobertura automatica para os riscos sub normals
O alcance desta elevatjao podera .ser medido observando-se o quadro abaixo, no qual estao comparadas a situaqao antiga e atual. tomando-se como base uma Companhia que considere Normal 0 risco ate 125 pontos e que, em caso de «Rating» superior a este valor, estabelega a diferen^a em relagao a 125, para computo do acrescimo de mortalidade cabivel.
c) o esciarecimcnto de que, s6mente para fins de determinar se o resseguro e ou nao automatico, a So ciedade podera deixar de considerar, no computo do «Rating», os pontos referentes a atividades porventura exercida pelos candidates.
II — Aceit?-gao de riscos fortemente agravados
Em virtude do declinio no recebimento de propostas dc resseguro re ferentes aos riscos fortemente agravados, o I.R.B. reiterou as Companhias o pedido de submeter a sua apreciaqao, em proposta de resseguro, a documentagao dos riscos cujas agrava^oes nao justifiquem uma recusa imediata, pois o Institute esta apareIhado para estabelecer condi^oes de taxagao para os casos aceitaveis.
III — Ampliagao da faixa de retenfao do 1." e do 2." exccdente
A fim de aproveitar melhor a cobertura que as Sociedades do pals oferecem anualmente ao I.R.B., nas retrocessoes do ramo vida, em resposta as consultas que Ihes sao feitas, foi aumentada a retengao do 1." Excedente, a qual passou de Cr$ 1 .250.000,00 em cada risco, para Cr$ 1.850.000,00. fiste novo limite do excedente nacional, somado a retcngao do I.R.B., deu para o mercado brasileiro e responsabilidade maxima de Cr$ 2.000.000.00 em cada Vida.
Ao mesmo tempo, foi elevada a reten^ao do 2." excedente (exterior) para Cr$ 3.000.000,00.
IV — Separagao das remessas de res seguro em grupo das remessas de resseguros indiu'duais
Considerando que os resseguros in dividuals e OS em grupo provem de carteiras distintas das Sociedades cedentes, procedeu-se ao desdobramento das remessas das ~duas modalidades de resseguro-vida, criando-se um Map.a especial para acompanhar as cessocs provenientes de seguros em grupo (MRFVG).
V — Exigencia da apresentagao de uma tabela de retengoes para os riscOs sub-normais
A fim de bem caracterizar as responsabilidades que o I.R.B. devera assumir nos resseguros automaticos. estabeleceu-se que nos casos de riscos sub-normais, as Sociedades que prctenderem reduzir sua reten?ao, deverao enviar ao Instituto sua tabela de re tengoes para tais riscos. que, depois de aprovada, sera de uso obrigatorio.
VI — Regulamentagao para os segu ros e resseguros de vida em grupo
Depois de meticulosos estudos sobrc este importantisismo assunto, a Co missao Especial, criada por Portaria
da Presidencia do ja emitiu parecer sobre o «Projeto de Regulamentagao dos Saguros de Vida em Grupos, o qual esta sendo examinado atualmente pelo Conselho Tecnico.
A referida Comissao prossegue seus estudos relatives ao projeto «resseguros provenientes de seguro em grupo.»
ANALISE DAS OPERAgOES
7 — Primios de reseguro e retcocessao
O montante dos premios cedidos ao I.R.B. pelo mercado brasileiro, no Ramo-Vida, atingiu
Cr$ 59.003.124,40 {cinquenta e nove milhoes, tres mil, cento e vinte e quatro cruzeiros e quarenta centavos) sendo o total de premios liquidos do resseguro igual a Cr$ 51.238.390.30 (cinquenta e um milhoes. duzentos e trinta e oito mil, trezentos e noventa cruzeiros e trinta centavos).
O quadro a seguir, apresenta, comparativamente com os anos anteriores, a distribui^ao dos premios de resseguro entre as faixas de retengao e retrocessao do I.R.B.
O exame do quadro revela o extraordinario crescimento que a arrecadaCao de premios apresentou neste ultimo exercicio. havendo uma diferen^a de Cr$ 22.517.298,60 (vinte e dois mi lhoes, quinhentos e dezessete mil, du zentos e noventa e oito cruzeiros e
sessenta centavos) em relagao ao exer cicio de 1955; o que corresponde a um aumento aproximado de 78 %.

Os premios liquidos cedidos ao I.R.B. nos resseguros provenientes de seguros em grupo chcgaram a Cr$ 24.121.819.20 (vinte e quatro milhoes, cento e vinte c um mil. oitocentos ,e dezenove cruzeiros e vinte centavos), o que corresponde aproximadamcnte a 48 % do total de premios liquidos de resseguro-vida.
11 — SinistrOs
Em 1956 foram avisados 279-sinistros, dos quais foram iiquidados 184, ficando 95 por liquidar.
Foi um ano excepcionalmente ingrato no que se rcferc a sinistros. observandose, apesar da otima arrecadagao de premios, o coeficiente de sinistro/Premio de 46.81 %.
Dos 55 sinistros pendentes em 31 de dezenibro de 1955, continuam 18 por liquidar, enquanto 3 outros foram retirados: os dois primeiros, em virtude de a Sociedade ter perdido o direito a recupera^ao, e o terceiro. por se tratar de sinistro coberto pela Carteira Aeronauticos.
Desta forma, foram efetuadas 218 liquidacoes, no valor de Cr$ 16.456.209.40 (dezesseis milhoes, quatrocentos e cinquenta e se;s mil. duzentos e nove cruzeiros e quarenta centavos).
Ao todo, ficaram pendentes 113 sinistros, sendo 1 ocorrido em 1951, 1 em 1952, 2 em 1953. 9 em 1954, 5 em 1955 e 95 em 1956.
»
No quadro apresentado a seguir, constam as indeniza^oes pagas em 1956.
Reserva de sinistros a liquidar Para os 113 sinistros que ficaram per liquidar em 31 de dezembro de 1956, calculou-sc uma reserva de Cr$ 13.727.666,70 (treze milhoes, setecentos e vinte e sete mil, seiscentoS e sessenta e seis cruzeiros e setenta centavos), assim distribuida:
I.R,B
Retrocessao 1." Excedentc Retrocessao 2." Exccdente
Total
7.257.666,70
5.342.000,00
1.128.000,00
13.727.666,70
Reserva de contingencia — A reser va de contingencia, no total de Cr$ 1.024.767,80 (hum milhao, vinte c quatro mil. setecentos e sessenta e sete cruzeiros e oitenta centavos), foi coiistituida na base de 2 % (dois por cento) dos premios liquidos auferidos no exercicio.
Distribuindo-a pelas faixas de res seguro, temos:
— i?eseri;as tecni'cas (quinzc milhoes
Reservas de riscos nao expirados
De acordo com o art. 68 dos Estatutos do I.R.B., a reserva foi calcuiada tomando-se 30 % (trinta por cento) dos premios liquidos auferidos. o que corresponde a Cr$ 15,371 .517,10
, trezentos e setenta e urn mil, quinhentos e dezessete cru zeiros e dez centavos).
No quadro seguinte sao apresentadas as Reservas de Riscos nao Ex pirados. a cargo do I.R.B. e das retrocessionarias, distribuidas pelas faixas de resseguro.
7V — J^esultado das operagdes
O resultado industrial proporcionado ao I.R.B, pela Carteira Vida em 1956 foi de Cr$ 12.487.741.70 (doze mi lhoes, quatrocentos e oitenta e sete mil, setecentos e quarenta e um cruzeiros z setenta centavos).
Calculado na forma abaixo; Resultado da reten^-ao do I.R.B.

OPERAgOES NO RAMO AUTOM6VEIS
TRABALHOS TfiCNICOS
I — Tarifa AutOmoueisO trabalho de elaboxagao de Condigoes e Tarifa Padrao Automoveis, iniciado no exerciico de 1955 segundo as diretrizes do Conselho Tecnico do ainda continua em fase de coleta de dados junto as sociedades segaradoras.
No que se refere a tarifa atual, aprovada, a titulo precario, pelo D.N.S.P.C. ate que estejam concluldos OS estudos iniciados, foram alterados e incluidos varios dispositivos, a maioria por proposta da Federagao Nacional de Seguros Privados e Capitaliza^ao, e apos apreciaqao por parte das comissoes mistas, visando mais amplas e adequadas coberturas. As altera^oes aprovadas no exerdcio de 1956 foram as seguintes;
— Viagens de entrega — Tabela IV, categoria «r» — novo sisteraa de taxa?ao:
— Franquias facultativas — novo sistema de concessao de descontos no caso de franquias facultativas;
— Tabela de coeficientes — introdu^ao do sistema de numeros indices aplicaveis as taxas relatives aos veiculos compreendidos em Tabela I, e consequente organizagao de uma tabela de valores de cota?ao minima para esses veiculos;
— Motocicletas — Tabela IV, cate goria «o» — inclusao das motocicletas de uso comercial:
— Chapas de experiencia — Ta bela IV, categoria «p» — novo sisfema de taxa^ao;
— Clausula de pegas — nova reda?ao;
— Tabela de Prazo Curto — alteragao do item 7 da tarifa no sentido de se adotar a orienta?ao seguida em outros ramos, qual seja a aplica^ao da tabela classica indicativa das percentagens do premio anual;
— Clausula especial de reboques nova redagao;
— Tipos de cobertura — altera^ao do item 2 da tarifa, de maneira a permitir maior variedade de coberturas c assim atender aos interesses de segurados e seguradores;
Rcclassifica^ao de caminhoes e onibus — eleva^ao das taxas basicas para essas duas classes de veiculos:
Bonus — art. 21 da tarifa — nova reda?ao:
Veiculos dos tipos guindastes, empilhadeiras, etc. — inclusao, na Ta bela IV da tarifa. da categoria «s». abrangendo esses tipos de veiculos.
— Rssseguro Automoueis
ALTERACAO DO PLANO DE RESSEGURO
Ao iniciar o I.R.B. as suas opera?6es no ramo automoveis, adotou um piano conjugado de excesso de danos e excedente de responsabilidade, o
primeiro como basico e o segundo como complemento daquele. As taxas de resseguro de excesso de danos variavam em fungao da rctcn(jao de sinistro escoihida pela sociedade e o montante de premios de seguro direto arrecadados pela mesma no exercicio anterior. Verificou-se, entao. que o calculo das taxas de resseguro era injusto, ressaltando, desde logo, a necess;dade inadiavel de se proceder a uma revisao do criterio de fixa^ao das taxas de excesso de danos. visando a qualidade da carteira de cada sociedade.
Tcndo em vista o exposto, procedeuse a uma alteragao geral nos seguintes pontos do piano dc resseguro, para inicio de vigencia em 1.° de abril de 1956:

a) aumento da faixa de retengoes de sinistro, que passaram a variar entre Cr$ 60.000,00 e Cr$ 300.000,00;
b) calculo rigoroso das taxas de excesso de danos em fungao da expe riencia de cada sociedade; e
c) aumento das reten^oes das so ciedades no piano de e.xccdcnte de res ponsabilidade, independcnlemente das reten96es de sinistro adotadas, para:
Cr$ 350.000,00 — no caso de veiculos considerados como onibus pela tarifa automoveis
Cr$ 450.000,00 — no caso dc outros veiculos.
RESSEGURO DE REBOQUES E REBOCADORES
Foi regulamentada a forma de cessao ao I.R.B. nos casos de resseguro de reboques e recobadores, tendo em vista as caracteristicas especiais desses tipos de veiculo.
Ill — Rctrocessio Automoveis
Considerando que o contrato de catastrofe que o I.R.B. mantem no ex terior s6 prevalece para sinistros em que estejam envolvidos mais de um veiculo, sendo a sua retcn^ao, para fins de contrato, de Cr$ 1.000.000,00 por veiculo; e
considerando que e comum encontrar na Carteira Automoveis veiculos segurados por valor superior a Cr$ 1.000.000,00. ficando este Insti tute na contingencia de perder. por ocorrencia de sinistro atingindo um so veiculo, importancias vultosas superiores a Cr$ 1.000,.000,00, resoiveu o I.R.B. criar uma faixa de retrocessao de Cr$ 2.000.000,00 acima de Cr$ 1.000.000,00 de importancia segurada por veiculo, a qual foi distribuida facultativamente as socie dades por intermcdio da Carteira de Operagoes Diversas, a partir de 1.° de Janeiro de 1956.
Em decorrencia do crescimento vertiginoso dos valores segurados no ramo automoveis, teve o I.R.B. que dupli-
car, para vigencia em 1," de janeiro de 1957, a cobertura de catastrofe no exterior prevista no contrato vigente em 1956, ate entao considerada suficiente. Passara o assim, a ter uma cobertura de Cr$ 2.000.000',00 acima de Cr$ 1.000.000,00, em todo e qualquer acidente.
ANALISE DAS OPERAgOES
1 — Seguro Automoveis
O movimetno de premios de seguros diretos no mercado national informado ao I.R.B. atraves do formulario
«Mapa Mensai de Premios Automoveis». (M.M.P.At.), acusou acressimo da ordem de 19,6 % em relagao ao exercicio anterior, o que corresponde a Cr$ 78.449.d88,50.
Tal resultado teve sua origem na grande valoriza^ao dos veiculos e no maior incremento dessa modalidade de seguro no Brasil.
Apresentamos, no quadro abaixo, os montantes de premios de seguros di retos no exercicio findo, comparandoos com OS dos exercicios anteriores e demonstrando as contribui?6es percentuais das duas categorias «6nibus» e «outros veiculos»: " -
PRfiMIOS DE SEGUROS DIRETOS
PREMIOS DE RESSEGURO. LIQUIDOS DE CANCELAMENTOS E RESTITUICOES. AUFERIDOS PELO
Em relagrio ao exercicio de 1955, o acrescimo de premios de resseguro atingiu a ordem de 7,2 "Ti- .

A contribuigao das cessoes de excedente de responsabilidade, sempre em marcha ascencional, continua a ser a de maior significacao no total geral.
A aiteragao da Ciausula 9.^' das
capitals segurados nas diversas garantias-
A participagao das duas categorias — onibus e outros veiculos — nos totals acima, pouco variou, notando-se apenas que as percentagens de premios de veiculos tarifados como «6nibus» e as de «outros veiculos» mantiveram-se quase que inalteradas.
— Premios de Resseguro e i?e^rocessao — Comlssoes
PREMIOS DE RESSEGURO
Como reflexo do aumento de premios
de seguros diretos tambem o total de premios de resseguro acusou acrescimo em comparagao com o exercicio de 1955.
No demonstrativo a seguir, cuja linguagem numerica e mais eloquetne, sao indicados os montantes de premios de resseguro, liquidos de cancelamentos e restituigoes, nos quatro ultimos exercicios em que o I.R.B. operou em Automoveis, distinguindo-se os pianos atraves dos quais foram cedidos.
Normas Automoveis, ©corrida em 1954, c o aumento das imporfancias seguradas sao especinim.2nte, os responsaveis peias cessoes elevadas de resse guro de excedente de responsabilidade. Assim mesmo, csse total nao foi mais elevado em vista das providencias do I.R.B. limitando a Cr$ 100.000,00. para efeito de resseguro, os capitals segurados na garantia dos riscos de responsabilidade civil, ja que, para efeito de cessao, sao somados todos os
As cessoes avulsas, relatives a cober tura do risco de fogo em garage, acusam um pequeno aumento em face dos demais exercicios, o que, cm parte, se expl'.ca pela alta na valorizagao dos veiculos. Dc outre lado, podemos asseverar que esta cobertura de risco de catastrofe e descuidada pela maioiia das sociedades, pois muitas delas so sc tem dado conta do risco que correm apos advertencias (eitas.
Pelas cessoes de excedetne de res ponsabilidade e avulsas, as sociedades auferem a comissao' de 30%, de acoido com a Clausula 14." das Nor mas Automoveis.
Deduzidas c.s.^as comissoes, o qua dro anterior niostrara o seguintc re sultado:
RETROCESSOES
Mantem o desda 1950, um contrato de resseguro no Exterior para cobertura em caso de catastrofe, celebrado com resseguradores ingleses. Esta cobertura. limitada a Cr$ 10.000.000,00, per sinistro, e da natureza de excesso da danos, sendo a retemjao do num mesmo si nistro, de Cr$ 1.000.000,00.
Pela pr'ineira vez. desde 1950, foi feita comunica^ao aos resseguradores
ingleses da ocorrencia de sinistro cuja estimativa de indeniza^ao, ultrapassando 0 limite do I.R.B.. atingiu, conseqiientemente. a faixa de cobertura acima.
Tendo cm vista que a taxa dessa cobertura e aplicada sobre o montante de premios de seguros diretos auferidos pelas segiiradoras no mercado nacionai. tanibem o premio correspondente se elevou, segundo demonstra d quadro a seguir:
Tai retrocessao, com inicio cm 1956, tcve 0 seguinte movimento:
Rcirocesscc-i a C.O.D. em 1956
Cr$
Efetuada 3.460.321.30
A efetuar 19,957,90
3.480.279,20
De acordo com o estabelecido nas Normas Automoveis, em sua Ciausula 10,% item 2 retrocede a Carteira Auto moveis a Divisao Incendio e Lucros Cessantes as responsabilidades que em um mesmo risco, ultrapassam o total de Cr$ 11.000.000,00, correspondente
a rctengao do I.R.B, mais a cober tura na E.xterior, De conformidade com esse dispositivo. foi transferida a Divisao Incendio. cm 1956. a importancia de Cr$ 79,642,20, que no quadro abaixo pode ser comparada com as importancias transferidas nos exercicios anieriores.

RETROCESSAO A D.I.Lc EXURCfClOS
RETROCHSSAO A C.O.D.
De acordo ainda com o que facultam as Norma.s Automoveis. em sua Ciau sula 10.", item 2, resolveu o I.R.B, criar uma faixa de retrocessao de ....
Cr$ 2.000.000,00 acima de Cr$ 1.000,000,00 de importancia segurada por veiculo. para ser distriLuida, .'<icu)tativamentc. as sociedades per intermtdio da Carteira de Opeiagoes Liiversas.
As comissoe.s concedidas refletem. naturalmente, o aumento havido na.s cessoes de excedente de responsabili dade. Em face do total de 1955 a.s comissoes concedidas em 1956 acusam um acrescimo de 7,4 Cc.
Das retrocessoes a D.I.Lc. foi auferida pela Carteira Automoveis a iniportancia de Cr$ 26.281,90.
Da C.C.D. a Carteira Automoveis auferiu coinis.soes no total de CrS 1 ,044.083,90,
III — Sinistros
De acv^rdo com o que foi obseiA.ido nos setores de seguro e resseguro, em que se verificou a elcvagao nos va'fores
COMISSOES
As comissoes concedidas as scciedades, pelas cessoes de excedente de responsabilidade e avulsos, no exercuio de 1956, podem ser apreciadas no quadro a seguir, ao mesmo tempo que sao confrontadas com as concedidas em exercicios anteriores:
que expressam o seu desenvoivin ;nto, o montante de sinistros pagos acusou, apenas, um aumento de 9,4 % em comparagao ao total segurado no cxeicicio anterior, Tal fato representa uma sensiv&l meJhoria na Carteira, uma vez que 0 custo medio, por sinisuo pago pelo resseguro teve uma teducao de 17,8 ,
Os dois quadros a seguir, demonstram a situagao dos sinistros Automo veis. ao terminar o ano de 1956, comparando-se, no primciro, as indenizagoes pagas nos cinco ultimos exer cicios de operagoes no ramo e, no segundo, as reclainagoes que permanecem sem solugao ou estao em vias de serem liquidadas,
Considerados os sinistros pendentes de exercicios ant6riores, as rcservas constituidas em 31 de dezernbro de 1956 podem ser assim resumidas;
J^esercas de sinistros a liquidar em 31 de dezernbro de 1956
I.R.B. — Reten^ao
Cr$
Carteira Automoveis 25.294.617.10
Carteira de Operagoes Diversas 331,914,70
Retrocessionarias
Exterior 2.000.000,00
Total 27,626.531,80
O coeficiente sinistro/premio no
exercido de 1956 foi de 66,64 % elevando-se, em relagao ao exercicio ante rior. de 8,14 %. Poderia ter side bem mais elevado. nao fosse o rigoroso controle que se procedeu nas reservas de sinistro a liquidar, a.s quais sofreram grande redugao que se justifica pelo fato de muitas das sociedades nao terem pedido ao I.R.B. a haixa dos sinistros avisados e qua por elas foram posteriormentc liquidaclos sem indenizagao.

Come nos exercicios anteriores, e em relagao acs premies aiiferidos, os raaiores encargos de sinistros pagos e a pagar couberam ao piano de exeesso de danos com o coeficiente sini-;tio/ premio igual a 133,1 %; ao piano de
excedentc de responsabilidade couce o tados acima com os apresentaacs no coeficiente de 58,0 '"c exercicio anterior, observam-se as seComparados os coeficientes coincn- guintes diferengas:
IV — Rcscrifas Tecnicas e Fiindo de Estabilidadc
Ao final do cxcrcicio, foram consti
tuidas as reservas indicadas a seguir, que sao comparadas com as dos exer cicios anteriores:
Em cumprimcnto ao que preve a clausula 17.' das Ncrmas Automoveis. foi destinada a constituigao do Fundo dc Estabilidadc Autom6veis'*a importancia de CrS 1.815.407,10, calculada conforme estipula a citada clausula.
Destarte, o total das reservas, em 31 de dczcmbro de 1956, eleva-se a Cr$ 50.032,243,40. o que repvesenta 69,86 '<■ dos premios retidos peU Car teira Automoveis.
OPERAgOES EM RISCOS DIVERSOS
TRABALHOS TfiCNiCOS
I - ~ Contratos automaticos
1 — Eqiiinos — No ano de 1956 foram concluidos os estudos para a concessao de cobertura automatica para OS resseguros de eqiiinos.
Preencheu-se, desse modo, uma das lacunas existentes no mercado segurador, ccnsolidando-se, no pais, o resseguro que outrora era buscado no ex terior.
Assinale-se que foram observados nos estudos feitos os processes de taxagao e de reduqao dos valores segurados, preconizados por seguradores experimentados do mercado exte rior. Nesse particular foi de muita valia a colabora^ao da propria ressegurada, cuja experiencia no trato das questoes pertinentes ao ramo e excelente.
2 — Viagens Internacionais, nao cobertas pelas Normas Transportes
No exercicio de 1956 foram estudados e celebrados, contratos de cobertura para o resseguro e retrocessao de ap6Iices cobrindo embarques de mercadorias, em viagens internacionais nao abrangldas pelas Normas de Res.seguro do Ramc Transportes.
Apenas uma Sociedade .solicitou a cobertura devendo esta obdecer as condi^oes observadas no mercado internacional.
Trata-se de urn resseguro de excesso de danos, limitado, cujo processamento foi esquematizado. visando a evitar dispendio excessive de gastos
administrativos tanto para a Sociedade lessegurada, como para o ressegurador.
3 — Fidelidade — Os contratos do ramo f:deildade foram revistos, por solicita^ao de uma das resseguradas. As alteragoes introduzidas resultaram na duplicagao das retenqoes da peticionana e maiores simplificagoes no processamento das liquidaqoes de sinistros.
5 — Circular RD-Ol/56 — Em novembro de 1956 foi expedida a Circular RD-01/56 contendo uma consulta ao mercado segurador. tendo em vista a constitui?ao de excedentes automaticos para todas as retrocessoes de Riscos Diversos decorrentes das opera^oes da Carteira: assim, as sociedades foram convidadas a participar, em carater automatico de todas as responsabilidades excedentes da reten?ao do I.R.B,, indicando, inclusive, os limites maxiraos a .serem adotados pelas interessadas em cada modalidade on ramo.
Nessa Circular, as Sociedades foram informadas sobre os diversos ramos ou modalidades resseguradas no I.R.B. na Carteira de Operagoes Diversns, bem como. sobre; comissdes de retro cessao vigentes, movimento de premios c sinistros de resseguros no I.R.B.. premios de seguro auferidos pelas Soc.edades no ano de 1955 c coeficientes d',; sinistro/premio dos seguro.s de Riscos Diversos.
A repercussao da Circular RD-1/56 entre as Seguradoras foi das mais favoraveis. e, apesar do pouco tempo decorrido desde a sua expedigao. ja se preniincia um bom resultado para a
consulta. A maioria das respostas chegadas ate o ultimo dia do exercicio de 1956 opina pela participagao, ja alcangando as respostas totals animadores para os excedentes a serem constituidos.
fi fora de duvida que o estabelecimento da retrocessao automatica vira trazcr reais beneficios para o mercado ressegurador. nao so no que diz respeito a um pronunciamento mais ra pid© do I.R.B. sobre a aceitagao dos resseguros propostos. como tambem, na parte relativa a u'a maior rctengao de premios no Pais, objetivo primordial da Carteira de Operagoes Diversas.
// — Estudos sobre coberturas
I — R. C. Transportadores
Fcram coligidos e remetidos aos orgaos superiores. com as conclus5cs da Car teira, OS elementos de estudo da cober tura de Responsabilidade Civil de Tran.sportadores Rodoviarios.
Essa cobertura vem sendo operada pelo mercado mediante condigoes e taxas desuniformes. resultando dai um regime de grandc competigao. preju dicial ao proprio mercado segurador.
O as.sunto esta em estudos na Comissao Tecnica de Riscos Diversos.
2 — Riscos Varies — A Carteira concluiu OS estudos sobre a cobertura de Riscos Varies, a luz da experiencia obtida com o resseguro das apoliccs daquelas modalidades nos anos anteriores e no exercicio de 1956.

Apresentou a Carteira um extenso trabalho de analise das diversas cober turas e respectivos sistemas de taxagao. analisando inclusive a possibilidade de alterar c ampliar sua denominagao e
finalidade para adapta-Ias melhor a todas as coberturas de Riscos Diversos que nao possuem apdlice especifica.
11! — Coberturas novas
Durante o ano de 1956, o I.R.B. recebeu 4 pedidos de coberturas novas, OS quais, apos os estudos necessaries, fcram atendidos, sendo aceitos os res seguros propostos.
Referiam-se esses pedidos as seguintcs modalidades:
1 — Responsabilidade sobre leis traballiistas (indenkagdes decorrentes de)
— A cobertura tcm por finalidade garantir ao empregador o ressarcimento das obrigagoes decorrentes da legislagao trabalhista, que o mesmo venha a pagar como conseqiiencia da cessagao de sen negocio motivada por incendio (destruigao total).
2 — Todos Os Riscos (All Risks)
Um dos resseguros aceitos refere-se a modalidade «all risks», aplicada a maquinismos e equipamentos semelhantes, cujas caracterlsticas muito se aproximam da cobertura ja de largo use no mercado segurador denominada «Equipamentos Moveis e Material Rodante».
3 — Deterioragao conseqiiente de quebra de maquinisrnos — A cobertura cm questao destina-se a garantir ao segurado o pagamento do.s prcjuizo.s havidos per deteritoragao conseqiiente de quebra ou mau funcionamcnto dos maquinisrnos de frigorificagao.
4 — Seguro de Pen/ior Rural
Durante o exercicio de 1956 foi concedido resseguro a uma apolicc especial para cobertura de Penhor Rural de riscos situadcs no Estado do Rio Grande do Sul.
A concessao des£e resseguro tsve por finalidade simpiificar o processamento e reduzir as despesas administrativas dos seguros incendio, destinados aos r.scos compreendidos no penhor rural.
— Interpret-gio de cobertiiras c consultas divecsas
'— Cobertura de uicios Ocultos ou redibitonos para acronave de tcansporte — Foi endercgada ao I.R.B. uma consulta sobre a ta.va aplicavel ao ri.sco marginado, sem que, entretanto, fossem apresentados dados concretes sobre o caso em estudo ou mencionada a expenencia para o.s demais riscos na modalidade: como a cobertura em questao nao consta de tarifi aprovada oficialmente. nao foi possivel arbitrar a taxa desejada.
^ Cobertura de «R'scos Diuersosx
Em resposta a uma consulta que Ihe foi encaminhada. o I.R.B. deu interpretatao as diversas clausulas constintes das ipobces que regulamcntam o s-zguro de «Riscos D,versos»: prestando, ainda, esciarecimentos sobre e.ssa modalidade nas condigoes em que po- deria cperar com base no resseguro automatico.
3 — Cobertura de miterial rodantc e equiparnentos tnoueis Q I R B tem oportunidade de se manife.itaisobre a cobertura a margem. re.spondendo a con.sulta formuiada a re.speitc das condigoes e taxa a que o risco cstar-a sujeito.5: por se tratar de um caso concrete foi possivel o estabelecimento da taxa cabivel, .sendo, ainda, prestadas informagoes sobre as caracterislica.s do res.seguro no I.R.B.
^ — Estudo de pfoccssos em geral
A Carteira de Operagoes Diversas no e.xercicio de 1956 recebeu 1.496 processes dos quais 26 internes e 1.470 e.xternos.
Os processes que passaram pela Carteira diziam respeito a pedidos de cobertura, coiocagao de e.xcedentes no exterior, consultas diversas e correspondencia geral sobre Sinistros, conforme distribuicao abai.xo indicada: Pedidos do resseguro de risco.s ja acciio.s Liiiteriormcntc 625 Pcdido.s de re.ssegiiro de risco.s ainda nao aceitos anteriormcntc 60 Coloc.Tcao de ro.sponsabilidndes no exterior Sinistros; rcclamngoes/ouiras
1956 superou a do ano de 1955 em 72 gr.
Trinta e 0 to companhias enviaram propostas de resseguro ao I.R.B., que, por sua vez, colocou retrocessoes em 78.
Os rimos e modalidades abrangidos pclos resseguros aceitos foram os seguintes:
1 — All Risks — Equiparnentos de ar condicionado.
2 — Bancos.
3 — Dano emergente.
4 — Deterioragao causada por quebra de maquinismos.
5 — Dinlieiro cm transito.
6 — Eqiiinos.
— Liquidacao de sinistros
No ultimo trimestre de 1956 a Car teira de Operagoes Diversns tomou a scu cargo a liquidagao dos sinistros de Bancos ocorridos, objetivando. com essa incdida, ndquirir maior experiencia no I'amo. com v'st-s a imia futura aitetagao nas condigoes cspeciais que re gulamcntam 0 seguro.
ANALISE DAS OPERAgoES
f Cs Seguros de R/scos Diversos
Continuando o desenvolvimento alcangado no ano precedents, as coberturas de riscos diversos atingiram em 1956 um indice bem expressivo o que vem atestai a expansao observada nesse 5Ctor do seguro no mercado brasibiro.
Assim e que a receita de premios auferidos pelo I.R.B, no exercicio de
7 — Equiparnentos cinematograficos.
8 — Equiparnentos moveis e ma terial rodante.
9 — Fidelidade.
10 — Fidelidade e roubo.
11 — Furacao.
12 — Lucros cessantes luio conseqiientcs de incendio.
13 — Quebra de garantia de aeronave.
14 — Quedn de aeronave.
15 — Registros c documentos.

16 — Reprodugao de discos fonograficos.
17 — Responsabilidade civil,
18 — Responsabilidade Civil dc automoveis.
19 — Responsabilidade civil de transportadores.
20 — Responsabilidade sobre leis trabalhistas.
21 — Roubo.
22 — Tumultos, motins e riscos congejiercs.
23 — Vazamento de chuveiros automaticos.
n — O resseguro no /
No transcorrer do ano de 1956 o I.R.B, recebeu 389 propostas de res seguro para apolices avulsas, enquanto que OS contratos automaticos em vigor abrangeram cerca de 2.200 cessoes.
O prcmio auferido foi da ordem de Ci'S 16.803.380,70: dcsta importancia o I.R.B. reteve Cr$ 1.693.049,50 e rctrocedeu Cr$ 15.110.331,20.
Na parte referente as comissoe.s, o I.R.B. recebeu Cr$ 4,042.524,80 e pagou Cr$ '4.007.775.50; das comissoes recebidas, Cr$ 3.857.630.40 originaram-se das retrocessoes no pais e Cr$ 184.894.40 da coiocagao dc e.xce dentes no Exterior.
As rcclamagoes de sinistros foram em numero de 158.
Nos sinistros correspondenles aos diversos ramos e modalidades de Se guros, as Companhias cedentes recuperaram do resseguro Cr$ 6.387.213,30; do montantc recuperado coube ao I.R.B. Cr$ 992.505,50. ficando os Cr$ 5.394.707.80 a cargo das retrocessionarias.
Acham-se pendentes de liquida^ao 148 sinistros, cujas indeniza^oes estimadas assi'm se distribuem:
OPERAgoES NO RAMO AGRiCOLA
TRABALHOS TeCNICOS Foram ainda estuda
7 — Pianos de scguro
No final do exercicio foram consti- ,v. • f -* j j
. nores e teita no quadro demonstrative tuidas as reservas tecnicas cufa compara^ao com as reservas dos anos ante- se segue:
O I.R.B. reteve 10,08% dos premios auferidos, apresentando um coeficiente sinistro/premio de 77,55 % ,
III — Resultado da retcn(;ao do I.R.B. nas operagoes
O resultado da retengao do I.R.B. nas opera^oes da Carteira de Riscos Diversos foi o seguinte:
+ Resuitado do Resscguro
— Resultado da RetroccssSo
Resultado tccnico da rcten
CSo (bruto)
Reservu de contiiigencin
Participagao das Tcssegiira das no luc.'o do I,R.B. .,
+ Participacdo do I.R.B, no lucro dii retrocessao
—
— Co/ocafao de seguros e resse^uros no exterior
Os pianos de seguro lan^ados no ano de 1955, postos em pratica, tiveram que sofrer modificagoes, Diga-se, em favor da perfei^ao com que foram elaborados tais pianos, que as modificagoes foram pequenas, se e que simples ajustamentos as condiqoes surgidas se podc chamar de modificagoes.

No sub-ramo videira foram alterados para mais o.s valores convencionais da tarifa.
No sub-ramo arroz foram alterados OS indices de produ^ao fixados pela tarifa, uma vez que, em algumas regioes, conduztam a uma garantia de produgao inteiramcnte desinteressante para os segurados.
Ainda em beneficio do segurado foi introduzida uma tabela especial para apolices piurianuais no sub-ramo bovinos, com desconto para pagamento antecipado do premio: a taxa de juros e de 5% a-a. capitalizando semestralmente,
Como vemos os pianos nada sofreram em sua estrutura.
dos os anteprojetos apresentados pela Companhia Nacional de Seguro Agricola (C. N, S. A.) referentes a Equinos e ao Se guro de Culturas Miiltiplas para Pe quenas Lavouras.
II — PlanOs de ressegurc
As Normas para Gessoes e Retrocessoes, postas em vigor no ano de 1955, permaneceram inalteradas para OS sub-ramos bovinos e cafe. Ja com OS dcmals ocorrerain modifica^oes em conseqiiencia da Convemjao firmada em julho, com a C.N.S.A.
Assim e que, alem do resseguro de cxcedente de responsabilidades, com base no conceito de «Risco isolado», estipulado em lei complementado per cutro resseguro do mcsmo tipo, incidente sobre uma «Regiao produtora», foi admitido um resseguro por cotaparte sobre a produgao integral o que provocou maior participa^ao do ressegurador.
A um resseguro interessado nos grandcs riscos, quer isolados, quer grupados em areas geograficas, se adicionou um piano que abarcou toda res-
ponsabilidBde em risco o que concorreu para uma efetiva pulveriza^ao.
As cessoes. pela ordem em que foram sofrendo modificacjoes, por sub-ramo, tomaram a seguinte forma;
Trigo; — cessao de 40 e mais 0 que exceder de CrS 1 .500.000,00 em cada «risco isoiadoa. f.'cando a reten<;ao total da ctdente, limitada a CrS 40.000.000,00 e o resseguro limitado a 70 % da aceita^ao da cedente.
Arroz: - cessao de 50% e mai.s o que exceder de CrS i .000.000.00 em cada «risco isolado», ficando a accitagao total do re.sseguro limitada a Cr$ 60.000.000,00.
Videira: - cessao de 40% e mai.s 0 que exceder de CrS 1.000.000.00 em cada «risco isoladoM, nao retendo a cedente mais do que Cr$ 60.000.000,00 no Estado de Sdo Paulo e CrS 30.000,000,00 no.s demais Estados, f.'cando o resseguro limitado a 75 % da aceitagao da cedente.
Algodao herbaceor ^ ces.sdo de •iO % e mais o que exceder de Cr$ 1.000,000.00, fmando a retengao limitada a Cr$ 30.000.000,00 e Cr$ 90.000.000.00 a aceitagao de res seguro.
184
Cafe: — nao ocorreu com este subramo qualquer.modificagao, mas, houve uma aceitagao de resseguro avulso em que a cessao foi de 95 % ,
As alteragoes dos pianos de resse guro refletiam-sc, obviamente, nas retrocessoes. As responsabilidades das retrocessionarias limitaram-se, cm «um risco isolado^^ a Cr$ 4.750.000,00, .sendo concedido a resseguradora o !imite de CrS 5.000.000,00, retendo o I.R.B. Cr$ 250.000,00.
As alteragoes psssaram a, vigorar a partir de 1." de agosto; o niimero de rctrocessionaria.s aumentado e conseqiientemente alteradas suas participagoes.
A consulta dirigida pelo I.R.B. as retrocessionaria.s a respeito da participagao que expontancimente quisesse cada uma cscolher, para que se atingisse o Iim:te ac ma, concedido pela citada Convengao. nao logrou exito; as sociedades, em sua maioria, desinteressaram•se do negocio que teve de ser realiZ'ido compulsoriainente.
As coinissoe.s, quer de resseguro, quer de retroces.sao passaram de variavel em fungao do coeficiente de sinisfro-premio, a fixar de 25 % e 27,5 % respectivamente para resseguro e retrocessao.
111 — Comissao Permanente Agricola (C.P.Ag.)
A C.P.Ag, so foi chamada a de bater uma unica vez durante o ano findo. Tratou-se do aumento dos valores convencionais da tarifa de vi deira.
Os estudos dos problemas relacionados com o ramo foram absorvidos pela Comissao Consultiva Agricola (C. C. A.), instituida pela Convengao ja referida.
ANALISE DAS OPERAgOES / — O Segiiro Agricola
No ano de 1956 operou-se grand® desenvolvimento do seguro agricola, bastando ver-se que, de uma produgao de premio de seguro direto de cerca de cinco e meio milhoes de cruzeiros em 1955, atingiu em 1956 a soma de CrS 13,384,281,90.

O quadro a seguir inostra. em milhares de cruzeiros, os capitals segurados e OS premios correspondentes, distribuidos per sub-ramo, e bem assim, a taxa media.
Alem do aumento na produgao sobre todos OS sub-ramos em que operou a Companhia em 1955 houve ainda a introdugao de mais um sub-ramo, o de algodao.
II — O resseguro no I.R.B.
Nao apcnas conio conscqiiencia da expansao do seguro direto mas, principalmente como rcsultado dos novcs pianos de re.sseguro, o afluxo de premios de resseguro .superou em muito o movimento anterior. Comparemos os resultados;
A retrocessao beneficiou-se do au-mento de premies como se ve pelos dados seguintes;
A retrocessao foi absorvida pelo mercado interne, na sua quase totalidade. Cemo premie para o exterior foram remetidos Cr? 2.183,70, contra Cr$ 930 em 1955. Refere-sc exclusivamente ao sub-ramo bovinos, linice para o qual cxiste contrato. Ha entendimentos com a retrocessionaria de exterior para a participa^ao em todos OS sub-ramos.

A diferenga entre os montantes ressegurado e retrocedido e a retengao do I.R.B. que atingiu Cr$ 325937.40, contra Cr$ 29.446,30 no exercicio an terior.
Percentiialmente foi menor em 1956 a participagao do I.R.B. nos premios que Ihe foram cedidos.em resseguro, 7,57 contra 27,84 % no ano ante rior.
As cemissoes pagas pelo I.R.B. tofalizacam Cr? 1.068.801,30, contra Cr$ 31.730,70 no ano anterior. As
comissoes auferidas atingiram
Cr$ 1 ,088.514,30, sendo Cr$ 510,70 do exterior, contra Cr$ 24.804,70 e Cr$ 302,50, no pais e no exterior, respectivamente, no ano de 1955.
7// — Sinistros
No exercicio de 1956 o resseguro nao foi chamado a participar de qualquer sinistro no ramo agricola, tal como aconteceu no ano anterior.
A relagao de sinistros avisados atinge a Cr$ 590.019,20, assim distribuidos:
O total atribiiido as retrocessionarias indue as reservas para o exterior, referente apenas ao sub-ramo bovinos no importe de CrS 1 .711,20, assim discri-
niinado:
Em face dos dados apresentados verifica-se que o lucre auferido pelo
Cr$
Sinistros a liquidar 1.011,80 Riscos nao expirados 655,70 Contingcncia dS./O
Comparando-se com as reservas constituidas em 1955, nota-se um grande aumento. inclusive porque no ano anterior nao foi reclamada a reserva de sinistros a liquidar.
75.000,00
Comparemos os montantes;
— Heservas fecnicss
Foram constituidas pelo I.R.B. c retrocess onarias as reservas tecnicas, abaixo especificadas, para fazer face as respectivas ictengoes;
/^cscri'a 1955 1956
CrS Cr$
Sinistros a liqui dar - 590.019,20
Risco.s nao ex
pirados 22.318.10 1.292.199,20
ConCingeacia 2.115.-10 S6.H6,50
I.R.B. no ramo agricola foi bastante superior em 1956 ao do ano anterior. Com efeito, contra Cr$ 19.137.20 em 1955 cncontramos no exercicio recemfindo o montante de Cr$ 468.145,20. assim obtido:
Cr$ -j- Rcsultado do resseguro ... 3.226.482,30
— Rc.sultado da retrocessao .. 2.883.325,70
=: Rcsultado tecnico da rcten.;ao (brulc) 343.156.60
Pnrticipacao do I.R.B. no lucro da retrocessao 320.524.50
— Lucro indiistri.ai a distribuir 62.548,70 Resuitado liquido da reten,-ao 600.832.40
Reservas tecnicas 131.135.60
Despcsas industriais divcrsas '-551.60
= Rcsultado fitial do ramo 468.145,20
OPERACoES COM O EXTERIOR
APRECIAgOES GERAIS
Em 1956, a nova Administragao determinou ao Departamento Tecnico, fosse estudada a possibiiidade de ser criada uma Bolsa de Seguros dentro do I.R.B.. a fim de que o Instituto tomasse a si a questao de diminuir ao maximo a evasao sistematica de divisas. pela coloca^ao no exterior de riscos e responsabilidades que poderiam ser absorvidas perfeitamente pelo nosso mercado segurador. Assim, caracterizou-se 0 ano de 1956, ncste setor, por um estudo cuidadoso e que possibiiitou a Administracao do I.R.B, de criar a Bolsa de Seguros. instalada em 22 de janeiro de 1957. O novo orgao processara e incrementara fortcinente a aceitagao no pais, quer de maior vulto de responsabilidades, quer de novas modalidades de seguros pouco desenvolvidas oil ate agora nao aceitas em nosso mercado. prociirando interessar todas as Companhias de seguros em tomar uma fra^ac na cobertura, Em conseqiiencia. somente serao colocado,s no mercado estrangeiro os seguros e resseguros que realmente nao possam ser aceitos, total ou parcialmente no mercado nacional. Para contrabalangar essa entao inevitavel saida de divisas, ficou resolvido que a Bolsa tera, tnmbem, a atribui^ao de distribuir no nosso mercado, seguros procedentes de outros

paises. De outre lado, a administragao da Bolsa, pelo I.R.B., tera sempre em vista a questao cambial, sob cujo fundamento serao os excedentes a remeter para o exterior colocados de preferencia em paises de cambio favoravel, em rela^ao ao Brasil.
ASPECTOS TfiCNICOS
^ — Contratos do Extevioc (cesscguro aceito).
Encontravara-se em vigor 30 con tratos, distribiiidcs pelos seguintes
ramos:
Incendio e Riscos compreensivos
Transportes Mercadorias, Cascos e Valores
Acidentes Pessoais
Automoveis e Responsabilidade Civil
Aeronauticos Vida
If — Contratos com o Exterior (resseguro cedido).
Foram colocados os seguintes con tratos automaticos;
Aeronauticos Catastrofe
Aeronauticos — I." Excedente
Aeronauticos — 2." Excedente
Acidentes Pes.soais Catastrofe
Acidentes Pessoais Excedente
Automoveis — Catastrofe
'Cascos
Embarques Aereos
Incendio
Incendio em Armazens
Transportes LAP
Vida 2," Excedente
■e. facultativamente, muitos negocios nos ramos Transportes, Aeronautico, Acidentes Pessoais. Vida e outros.
ANALISE DAS OPERAgOES
Foi elevado o niimero de ofertas ■enviadas por companhias c corretores, ■da America, Huropa e Asia, sobre os ramos os mais variados. inclusive a respeito de instalagoes de energia nuclear.
De todas, foram aceitas 5 de proveniencia europeia.
Foram cancelados alguns contratos deficitarios.
Houve um ligeiro acrescimo na receita de premios (1955 Cr$ 23.576.189,20; 1956 Cr$ 25,115.132.00) — em cruzeiros, •decorrente da contabiliza^ao de parte dos mesmos ao cambio livre, embora
0 movimento em moeda original haja decrescido.
Quanto aos negocios retrocedidos ao Exterior, caracterizou-se este ano pela saida de antigos participantes dos con tratos do I.R.B., face aos maus resultados obtidos. Alias, os resseguradores de ha muito vem observando o desequilibrio dos negocios transportes que recebem do I.R.B. Por este raotivo eram esses contratos colocados em conjunto com o Aeronautico, que era
0 mais favcravel. Com as altera^oes introduzidas neste ultimo, preveem-se novas dificuidades nas coloca^es dos excedentes.
Houve grande interesse pelos con tratos Aeronauticos, Vida (para o qual as cessoes do I.R.B. sic muito menores que as aceitagoes) e Incendio.
Como principals alteragoes nos con tratos, destacam-se:
Aeronauticos — inclusao do 3.° grupo: tlquetes:
Automoveis — redugao de taxa (2,5 para 2,0 ):
Cascos — dupJicacjao do 2." excedente — que de 30 passou a se constituir de 60 plcnos: cria^ao de um 3.° excedente de 5 milhoes;
LAP — inciusao dos seguros de embarques de petroleo e derivados, ao longo da costa sul americana:
Em setembro, deu-se inicio a indagagao entre os resseguradores do ex terior, para a obten^ao de novas condigoes paca os contratos, seja redu?ao de taxa. amplia(;ao de faixas nos con tratos catastrofe, unificaqao de forma de pagamento, limitagao da «deficit clause».
O resultado financeiro foi niuito prejudicado para os participantes do contrato LAP pelas recuperagoes relativas ao sinistro «Santa Marta».
Para os negocios recebidos do ex terior, o coeficiente sin'stros/premios e de 110,90%, calculado da seguinte forma;
Rescrvas de sinistros a iiquidiii* cm 31 de dczembro de 1956

Sinistros pagos
Rcscrva de sinistros a liquidar cm 31 de dezcmbro de 1955
Cr$
ATIVIDADES DA DIVISAO DE LIQUlDAgAO DE SINISTROS
21.759. 198,80 (+)
21.927,007,1: (-f)
15.830.299,-lC' f—)■
27.855.906,50
total esse dividido pela soma de premios auferidos em 1956, no montante de CrS 25. 115.132.00 = 110.90 %.
Para a obten^ao do coeficiente si nistro premio dos negocios retrocedidos
ao Exterior, aplica-se o mesmo raetodo: Cr$
Rc.se.-va de .sinistros a liquidar cm 31 de de-
Durante o ano dc 1956, a Divisao de Liquida^ao de Sinistros dcdicou-se particularmente; de acordo com as recomendaqoe.s da Presidencia, a tarefa de aperfei^oar os nietodcs de liquidagoes de sinistros c dc simplicagao nos seus trabalhos de rotinn administrativa visando a abreviar, tanto quanto posslvel, o tempo' necessario para n expedigao das autoriiagocs de paga mento das indenicagoes.
do «Manua! dc Liquidagao de Sinistros-Inccndio», o qual, enfeixando todo 0 acervQ de experiencias adquiridas pelo l.R.B. nessc setor, sera vciculo de grandc utilidade, inclusive para as proprias sociedades scguradoras.
O coeficiente de sinistro.s/premios e, portanto. de 53,84 %, que corresponde ao montante acima, dividido pcla soma dos premios retrocedidos ao exterior, no valor de Cr$ 81 .413.966,20.
A D.L.S. tem procurado manter o inaicr contacto possivel com as Representagoes nos Esfados, prestando-lhcs constante assistencia tecnica e providenciando a lotagao c a escolha dos elemenfos que mclhor possam atender as conveniencias do scrvigo, levando ainda ao conhecimento das mesmas os assuntos que interessam ao aprimoramento dos trabalhos de liquidagocs, sendo de se saiientar a viagem dc inspegao feita recentemente por funcionarios da Sede n todas a.s Reprcsentagoes, com o objetivo principal de acelerar a.s liquidagoes cm curso, bem como a reuniao dos Representantcs realizada em meadcs de 1956, na quil foram debatidos assuntos de interesse comum e flxadas dirctrizes para melhor entrosamento dos trabalhos de rotma entre as Rcprescntagocs e a Sede do l.R.B.
Prosseguiram os estudos da D.L.S. no scntido de scr feita nov.n publicagao
Quanto as provldencias tomadas pcla D.L.S, para o apcrfeigoamcnto dos trabalhos de liquidagoes, quer por parte das sociedades, quer por partc do prdprio l.R.B., devem scr rcssaltadas as seguintes iniciativas adotadas durante o ano dc 1956:
1 — Passagern prOvisoria das liquida goes dc sinistros dos rnmos automoi'cis c acronauticos para o D.T.
A fim dc inelhor aparelhar os tra balhos do D.L.S.. que se achava assoberbada nao so com o volume dc scr vigo dccorrente das Iquidagoes dc Incendio, Lucres Cessantcs, Transportes c Cascos. bem como das de Automoveis c do cstudo c proccssamento ate a final autorizagno dos sinistro.s desscs ramos c dos de Acronauticos, foi providencinda a transfcrencia, em caratcr provisor o. das liquidagoes dos sinistros Automovcis e Acronauticos para as respectivas Cuteirr.s pcrtencentes ao Dcpartamcnto Tecnico, permitindo dcssa forma maior conctntragao de esforgo., no sentido de serem nonnalizadas as liquidagocs leferentcs aos demais ramos cujas liquidagoes continuaram a cargo desta Divisao.
AT5VIDADES DA DIVISAO ESTATlSTlGA E MECANIZAGAO
Durante o ano de 1956 coube a Divisao dc Estatistica e Mecanira^ao execiUar. giandc parte dos i-^rvigos de rotina do I.R.B., c algumas estatistica.s do n:crcado scgurador brasileiro.

E Forain cxecutndos pelo Gabinete da D;vif,ao os segainfes trabalhos:
1 • I — Rcvisao das retinas de ser vice
1 - 2 — Coordenagao da mecanizagao da foiha dc pagamento do I.R.B., dos servigos dc .sinistros do ramo incendio e automoveis, do.s emprestimo.s do piano B.
1-3 — Estudo e raecanizagao dos principais indices do niercado segurador brasileiio.
I -4 — E.studo da .saturagao do mercado segurador brasileiro.
~ cm divcrsas cnmi.s.s6es de rcorganizaao dos servigos administrativos do I.R.B,
1 .6 — Elaborou te.se sobre homogeneizagao da.s c.stalistica.s de segnros para a Confereaicia Hemisferica de Buenos Aires.
2' A segao de Si.stematizagao procurou nmntcr ati,al,zadas as estatisticas do mercado segurador tendo elaborado;
2- 1 — Scis boletins estatisticos reiativos ao raino inccndio. transportes, -jcidentes, acronautico.s vida e geral.
2-2 Quadro.s estatistico.s para atuahzar a dociimcntacao e.statistica da .^ecao c atcnder numerosas solicitagoes de orgao do I.R.B., socicdade de seguros e demai.s instituigoes oficiais,
2"^ Quadro c.slatistico para divulgagao na Revjsta do I.R.B.
3- 1 .331 .057 cartoes forani perfurados e Verificados pela Segao de Perfuracao para 18 difcrciilcs fonnidarios.
4 No Servigo dc Apuragao foram procedida.s as rotina.s mecaniz.nchs do.s seguinfes .servigos;
3) Resseguro e retroce.ssoes dos ramo.s. incendio, Iran.sportcs, acidentes P'issoais c aeroiiaiiticos:
I*) Sinistros do.s ramo.s; incendio c autoinoveis;
c) vServigos administrativos de: folha de pagamento, consume material, produgao dactilografia, produgao ser vice apuracao c conciirso dactiiografia;
<^) Estatistica; quc.stionario do balango. estatistica dc FAR, BASI, FRI, e do pe.ssoal do I.R.B.
Rcsseguro-Incendio
E-* DU-UNDIDA uiiivcrsalmentc a pran'ca, no ramo incendio, do resseguro dassico dc excedente de responsabiliclade («surplus i-einsurance»).
Do pcnio dc vista tecnico. o .sistema tern mcritos obvios e indiscutiveis. Ha quern the aponte, por e.vemplo, no mecani.sino atraves do qual se processa a rcpartigao do risco, a existencia de carnctcristicas e peculiaridades que o lazem aproximar-se, acentuadamentc, da equiclade ideal nas rclagoc-s entre cedentcs e cessionaiios.
Mas. por outro lado. cm seu desfavor no oulro prato da balanga pe.sa — e como ! — a complexidade burocratica iuiancnle a contextura do regime de cessocs. A mdividualizagao do risco. procedimento basico ncsse tipo de resseguro. exige iratamcnto administra tive mcliculoso e caro. objetivando o contiolc perfeito da.s responsabilidades assumidas.
Ai esla o seu «cnicaiihar de Aqui]es». o ponto vulneravei que nos ultimos anos teni dado azo a e.studos promovidos. aqui e alhures. para a idcalizagao de novos csquemas que atendam, fundamcntalmente, a necessidacle de simpbficagao do manuseio das cessoes.
Entre nos. alias, a origem do problcma do resseguro-incendio nao reside apeniis nessa causa; outras se Ihc ajuntam, de indoles diversas, toclas concorrendo para matizar o quadro local e tornar I'ugidiga a solugao Tarocurada.
Atentos ao cscopo de cmprcender uma rcforma cm hannonia com os interessc gerais, pois cedentes c cessionarios constituem um todo indivisivel na obra comum de fortalecimento e cxpansao do mercado nacional, seguradores e ressegiiradores. depois de laboriosos estudos e amplos debates, lograram afinal solugao pacifica, adequada e conveniente para o emaranhado proBlema.
Luiz Mendonpa Sccrcfari'o do Prcsidcntc do I.R.B.
Entra em vigor, este mes, novo piano de resseguro-incendio, desembaragado das peias existentcs na trama do modclo classico. nada obstante figurar nele, como basica, a cobertura do tipo exce dente de responsabilidade.
O dispositivo simplificador. introduzido no sitema anciao. e o que estabelece novo criterio de apuragao dos excessos. Substituiu-se, para essc fim, o antigo conceito de risco isolado, passando a apolice a constituir a unidade na base da qual o segurador pode fixar sua retengao. Trata-se de novo con ceito, fundamental no piano agora vigente — e o conceito de apolice-risco.
Tal alteragao, que realmente torna mais facil e lesta a manipulagao do resseguro. determinou a necessidade obvia de uma garantia complcmentar. imprescindivel para acobertar os ce dentes contra o acumulo de rctengoes em difercntes apolices atingidas pelo mesmo sinistro. Dai ter surgido no planq.a cobertura adicional do resse guro de catastrofe, afete o evento um on mais riscos isolados.
O mercado segurador brasileiro da, agora, importante pnsso em sua cvolugao. Inicia uma expcriencia que. em identica cscala, ainda nao foi ensaiada cm qualquer outra parte, muito embora antigos e constantes o-s estudos empreendidos em torno do problcma cuja solugao a esta altura entra, no Brasil, em fase de aplicagao concreta. E convem dar realce, alias, a circunstancia dc que, entre nos, a tentativa e feita com todos OS visos de absolute exito.
Se assim for, c mercado nacional tera oferecido. a quern qucira aproveitalo, um valioso cxemplo, bem como mais uma confirmagao da sua capacidade tecnica c realizadora.
A evolucao da cobertura automatica no ramo incendio
Celio Olimpio NasceniesC/ic/e da DwisSo Incendio c Liicros Cc:ssanCci. do I.If.B,
(Continuafio)
PLANO de retrocessoes aprovado em 1947, para vigorar a partir de 1." de janeiro de 1948, possibilitou ao raercado segurador nacional uma substandal absor^ao de premios que anteriormente eram transferidos para o exterior.
Os 2." e 3." e.xcedentes automaticos. respectivamnete. de 90. 408 e 510 plenos, foram fundidos cm um so excedente denominado «Excedente A», de 1.008 plenos.
Cobertura automatica do l.R.B.
12 plenos
Excedente A i ,008 plenos
Excedente Bl 2.004 plenos
Total 3.024 plenos
Para cobrir autoinaticamente as responsabilidades acima da capacidade do.
«Excedente «A». foi constituido o«Excedente Bl», de 2.004 plenos. e para as responsabilidades acima da capacidade do «Excedente Bl» a cober tura era obtida avulsamente. denominando-se essa cobertura de «ExcedenteB2».
A partir de 1." de janeiro de 1948.. portanto, a cobertura automatica de que dispunha o I.R.B, era a seguinte:
Distrihiiigao dos excedentes
Excedente A
Nao obstante o aumento da capaci dade de .cobertura automatica. o conceito de risco vultoso nao foi alterado. continuando a ser considerado risco vultoso todo aquele em que a importancia segurada ou seguravel fosse .su perior a 1 .000 vezes o.s limites da tj beia padrao de retengoes.
Para contornar essa situagao, o I.R.B. a pedido de diversas socie dades. planejou a cobertura dos riscos de algodao por meio de um «Cons6rcio», nas bases expostas a fls. 30/35 do Relatorio do oitavo exercicio (1947) — publicagao n." 42, tendo sido as seguintes as conclusoes;
«Como mais de 1/3 das sociedades se manifestaram contrariamente, o I.R.B. para contornar a situagao. e com a finalidade de resguardar o interesse das suas retrocessionarias. resolveu diminuir suas responsabilidades nos riscos de algodao de modo a que as responsabilidades a serem transferidas ao futuro excedente «A» sejam menores, aumentando por conseguinte as responsabilidades do futuro exce dente «B», do qual participarao s6mente as sociedades estrangeiras. as
quais se interessaram grandemcnte por essa medida. de vez que uma maior massa de premios viria proporcionar uma maior estabilidade na respectiva faixa.
Com as medidas acima ficaram prejudicadas algumas providencias que iriam ser tomadas se o «Cons6rcio» tivesse merecido a aprovagao das soc'edades. No entanto, o I.R.B. nao deixou de tomar algumas delas independentemente do resultado obtido, coma finalidade de melhor acautelar os interesses do mercado segurador nacionals.
Mantidas as condigoes norniais de cobertura. ja que o «Cons6rcio» nao foi aprovado por mais de 2/3 das socie dades, a distribuigao dos premios de resseguro cedidos ao I.R.B. em 1948, pode ser observada no quadro abaixo:

'/'f
30 %
70 '/r a cargo das sociedades nac. a cargo das sociedades estr.
100 %
Excedente B
100 a cargo das soc. estrangeiras.
As condigoes do mercado aconselhavam essa orientagao. pois os elevados valores segurados em riscos de algodao,. a alta periculosidade que os niesmos apresentavam e a concentragao de v.">lores em areas relativamente pequena.«, o que ja havia custado ao mercadoelevada.s indenizagoes. exigia um se vere controle .sobre este.s riscos.
Nota: Os premios retroccdidos ao.s 2." e 3.*' excedentes referem-se a re trocessoes efetuadas em janeiro, fevereiro e margo, de acordo com o piano anterior, relativas a responsabilidades aindn de 1947, apuradas, porem, naqueles meses de 1948.
Confrontando-se o quadro acima com o relative a 1947, e transcrito no
niiniero anterior desta Revista, nota-se o considerave! aumento de premios que coube a primeira faixa dc retrocessoes do I.R.B. faixa da qual participam em maior proporgao as sociedades nacionais.
O movimento de premios e a potencialidade das sociedades de seguros noano dc 1948 podem ser observados nosqiiadios seguintcs:
A capacidadc de cobertura automatica do mercado segurador brasileiro em 1948 atingia a 4.010 plenos da «Tabe]a padrao de reten?6es», assim distribiiidos: Socledades — 986; I.R.B. — 12: Excedente A — 1.008 e Exccdenfe Bl — 2.004.

A profunda altera^ao introduzida no piano de retroce.ssoes para 1948 caiisou seria.s preocupa?6es as sociedades nacicnais que, de um momento para outro, passaram a assumir responsabiiidades em rjscos que anteriormente incidiam quase totalmente no 2." e 3." ex.-edentes.
A incidencia de .simstros tendo side bem ekvada em rela^ao ao.s exercicio.s passados, agravou as preocupa9oes da.s sociedades nacionais, dando motivo. assim. a um novo exame do •as.sunto pelo I.R.B.
ado^ao das tabelas de prazo curto lias tanias uu uuyuiuu
AprAtica sccuratoria tern estabelecido, invariavelmente, para os seguros de vigencia inferior ao periodo cla.ssico dc um ano, a cobranga de preinios mais elcvados, comparativamente, na base proporcional. com o valor da;; taxas anuais. Tal particularidadc e perfcitamcntc justificada, em vi.sla da manifcsta inconveniencia, para os .servigos internes das companhias, dos cancelamcntos dc seguros ou da .sua aceitaqao por fra^oes anuais.
Assessor Teentco do LR-B. especificativas dos adicionais cabiveis, segundo uma grande variacjao de pe riodos.
A solugao encontrada foi dividir o Excedente «A», de 1.008 plenos. em dois — um, o denominado Al, constituido de 202 plenos e outro — o A2, constituido de 800 plenos.
O I.R.B., que desde 1941, vinha mantendo o .seu FR na ba.se de 12 pleno.s, aumentou-o para 18. a partir de i-" de Janeiro de 1949.
Nao cbstant-e essas a]tera(;6es, a co bertura automatica de que dispunha o I-R-B, continuou .sendo a mesma de 1948. distribuida, porem, nas seguinte.s
bases:
18 plenos
Excedente Al 202 plenos
Excedente A2 800 plencs
Excedente Bl 2.004 plenos
Total 3.024 plenos (continua)
Per outro lade, a eventual facilidaclc de realizagao de .seguros de prazo curto poderia admitir, na pratica, um pagamento de premio tao parcelado quanto dcsejado, alraves da efctivaqao de varies breves seguros, cm lugar dc um I'lnico dc duraqao anual. que e o periodo niinimo consagrado pelas tarifas. O parcelamento do.s premios, tambem nao atendc ao interesse das seguradoras, salvo nos casos de importancias elevadas, em relagao, inclusive, a categoria dos segurados — nao so pelos mesmos transtornos dc ordem administrativa, como, ainda. pela dificuldade de, em determinados ramos, assegurar prccisametne o recolhimento antecipado do premio de risco correspondentc aos periodos do fracionamcnto.
As.sim, pois, a oneragao do custo dos seguro.s a prazo curto e necessaria e Justificavel, passando as tarifas a dcterminar o tratamento a scr dado nesscs casos c que, via de regra, consistia em fi.xar cle mode um tanto arbitrario, alguns adicionais aplicaveis naquclcs seguros. Entretanto, a autonomia das tarifas permitiu tratamentos distintos de ramo para ramo.
A unifica^ao e oficializaQao das ta rifas foi o grandc passo para a adogao de um criterio tambem mais uniforme para os seguros de curto prazo, notadamente pelo sistema in.stituido de tabelas
As vantagens praticas da inovagao dispensam coinentarios, enquanto que, tambem tecnicamente, foram estabelecidas grada^oes de sobretaxas mais condizenCes com os periodos fracionados. Assim scndo, outrn nao devera ser a tcndencia tarifaria senao o emprego gcneralizado desse metodo, como acaba de suceder no ramo Automoveis, cuja tarifa passou a adotar tambem tabela mqueles moldes.
E cvidcnte que certas peculiaridades dos ramos sac consideradas c podem dcterminar oscilacjoes na fixacao das percentagens, como no case da tarifa padrao Cascos — elaborada por comissao permanentc do I.R.B. e ja aprovada pela Comissao Central de Tarifas e pelo Conselho Tccnico do Institute — cuja tabela, comparativamentc com as constantes das tarifas Incendio/Lucros Cessantes (ainda nao oficializada), Acidentcs Pessoais, Aeronauticos e Pccuario de Bovinos, preve rediu^ao nas respectivas parcelas do premio anual ate o periodo de sete inesc.s e, nos prazos maiores, acompanhn aquelas, que. salvo pequenas diferengas na grada^ao dos periodos, .sao uniformcs.
£sse detalhe deve-se, naturalmente, ao vulto elevado dos premios no ramo Cascos, o que justifica um tratamento mais favoravel aos segurados. portanto, digno de referencia este capitulo da acertada polltica de padroniza^ao, tanto quanto possivel das condigoes de seguro.s, nos diferentes ramos, e que vein sendo um fator positivo no aperfeigoamcnto da tecnica securatoria brasileira.
iOthon B. Baena
Homogeneiza^ao das estatisticas de seguros
TESE APRESENTADA A VI CONFERENCIA HEMISFERICA DE SEGUROSBUENOS AIRES
Urbano de Albuquerque
comuns e constantes nas diferentes publica^des, muito erabora. em seu conjunto, sejam de natureza economicofinanceira. Alem disso, alguns dados divulgados sob um mesmo titulo sao de teor diferente. Assim, cnquanto umas registram — premios brutos), outras registram — premios (liquidos de cancclamento), etc.
mentos e reslituigoes e correspondentes ao ano civil.
Resultados das sociedrdes (1) opecando em (2) no ramo (3) do;
1 — numcros de sociedades operan-
2 — numero de contratos simples certificados ou averbagoes emitidas;
PRESENTE trabalho visa principalmente a valorizagao das atuais estatis ticas de seguros. Procurando torna-las mais liteis justificariamos o alto custo de sua realiza^ao, Produzir estatisticas mais representativas. que identifiquem perfeitamente os mercados seguradores, e que possibilitem uma pulveriza^ao mais ampla e mais acertada dos riscos catastroficos, foi o nosso objetivo ao elaborarmos as linhas que se seguem.
Que a tese ora apresentada po.ssa contribuir para o engrandecimento da instituigao do seguro neste hemisferio e o nosso grande desejo.
o Mercados de Seguros
A institui^ao do seguro nasceu da necessidade que sentiram os homens de se precaverem. economicamenfe, contra acontecimentos futures incertos. Reunindo-se em grupos com interesses comuns formaram as sociedades de seguros. que, per sua vez, vieram a constituir os mercados. Estes sc desenvolveram segundo as peculiaridades de cada regiao e foram assumindo formas e dimensoes variaveis, tornando-se fator economico imprescindivel a seguranga e ao bem-esfar social.
Estatisticas de 5e^uro.9
As estafist cas possibilitam o conhecimento dos mercados seguradores, fornecando aos interessados os elementos necessarios a eficiencia de suas decisoes.
Inumeras sao as vantagens obtidas. com a divu!ga<;ao continua das estatis ticas de seguros. pois, atraves da sua analise, podemos localizar os mercados mais desejaveis para a colocacjao das diferentcs propostas de seguros-ou e.vccssos de respon.sabilidades assumidas."
Dilerentcs formas de Cobertttras
As apolices de seguros sao, normalmente, elaboradas tendo em vista os diferentes riscos a que estao sujeitos OS elementos locais. Assim, numa regiao, onde ocorram enchentes e onde OS desabamentos sejam freqiientes.. tudo indica que as apolices de seguro de fogo sejam mais compreensivas e incorporem. tambem, essas garantias. £ste fato se da em quase todas as modalidades de seguro; as apolices que, in cialmente garantiam apenas um risco passaram a ser mais completas e cobrcm OS riscos compativeis com o objeto do seguro,
Esta diferen^a no t'po de apolices nao so dificulta a coloca^ao dos ex cesses de responsabilidades, como tam bem a compara^ao dos resultados de um determinado tipo de seguro.
Escolha e Caracterizagao dos Dados
Pelos anuarios e demais publicagoes que divulgam os dados relatives aos mercados seguradores, verificamos que apenas alguns elementos coietados sao
Essa diversidade e provocada. certamente, pela ausencia de padroes minimos a serem observados na coleta e na elabora^ao das estatisticas do mercado. e muito tern contribuido para o desprestigio das atuais apresentagoes.
Avaliagao Regional dos Dados
Em toda regiao o valor da unidade monctaria sofre, no tempo, uma variagac. Os efeitos dessa inflagao •dcv-em ser incorporados nas estatisticas, para que estas sejam mais sigficativas e a.ssegurem uma analise mais rigorosa do comportamento do mercado.
Aualiacio Intcrnacional dos Dados
No estudo comparative dos dados de diferentes regioes deparamos imediatamente com a necessidade de uma uni dade comum de avaliagao dos mesmos, pois cada regiao piiblica suas estatis ticas cm sua propria moeda.
Estatisticas Homogencas
Considerando o exposto, propomos:
1 — Seja estudada a possibilidade de uniformizagao ou padronizagio das formas de coberturas, seguindo-se de preferencia as coberturas que se definam pela pessoa on coisa segurada e nao as que .se definam pelos agentes de dcstruigao. incluindo-se em cada ap^icc todas as garantias compativeis -com o objeto segurado.
2 — Sejam obtidas e apresentadas semp.-c, para os diferentes mercados, as estatisticas relativas aos elementos •abaixo indicados onde os vaiores devem .ser apre.sentados liquidos de cancela-
3 — valor dos capitals segurados; d — premios escriturados liquidos de cancelamentos:
5 — sinistros e despesas pagas;
6 — diferenga nas reservas tecnicas do ano;
7 — despesas de aquisigao.
5ifuacao das sociedades (1) operando (2) no gnipo (d)
1 — numero de sociedades operan do:

2 — caixa e bancos:
3 — inversoes;
4 — diversos a receber:
5 — capital e fundos;
6 — reservas tecnicas;
7 — diversos a pagar;
8 — de.spesas .administrativas;
9 — liicro no ano.
3 — Sejam as estatisticas acompanhadas dos indices de pregos ou do custo da vida a fim de que possam ser deflacionadas as series em relagao a moeda de um determinado ano, elegendo-sc o ultimo ano como ano base.
4 — Sejam as estatisticas acompanhadas de um quadro onde fiqucm evidenciados os vaiores da moeda em rehgao as das demais regioes ou, na pior das hipoteses, em relagao ao dolar ou libra.
(I) nacionnis, cstrangeinis c total.
|2) seguro e rcssegurc.
(3) por ramo e total.
(4) por grupos (elnncntares c vida) c total.
DADOS ESTATISTICOS
Contribuigaa da Divisao Estatfstica e Mccaniza^ao
do I.R.B.
ESTIMATIVA DOS PRfiMIQS E SINISTROS EM 1956

A fim de or:entar o mercado segurador, apresentamos a seguir uma sstimativa dos premios escriturados e sinistros pagos no exercicio de 1956, pelos diferentes ramos em que operam as Sociedades de Seguroa no Brasil.
Cabe acrescentar que somente em meados do ano de 1957 podera o I.R.B, aprcsentar os resultados defi nitives do ano de 1956, pois sendo eles resultantes da apura^ao dcs que.stionarios de baian^o remetido.s ao I.R.B.
|"'CiJs Sociedade.s, sonvente depo's do dia 5 de abri! poderao ser apurados em sua totalidade.
A presente previsao como se pode verificar pela analise dos quadros I e II e feita ccnsiderando a hipotese de .ser vallda para o ano a rela^ao entrc os
premios do ano todo e os do priincira semestre do ano anterior. £ste criterio nos parece satisfatorio para preV sac da receil-j de premios do mercado ou dos principais ramos, sendo ontretanto falho nas detcrmina^oes dos montantes de sinistros. A ocortencia de grandes sinistros ou uma grande depressao na conjuntura economica do Pais podera modificar inteiramente a previsao estabelecida unicamcnte com base neste trabalho.
Apresentamos ainda os quadros III e IV com OS premios e snistros dos uitirnos cinco anos, discrimincdos por ramos. Pela analise dos quadros fica cvidenciada uma emissao d, 7,9 bilhoes de cruzeiros para todo o mercado nacional, participando neste total o ramo fogo com 2,6 bilhces, o ramo vida com 2,0 bilhoes, o ramo acidentes do tra balho com 1,3 b'lhoes e os demais ramos com 2.0 bilhoes de cruzeiros.
ESTIMATIVA DE PREMIOS E SINISTROS PARA 1956
Cxclui dados de 4 Sociedades.
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No hifuito dc cstrcitac ainda mats as rc/a^-ocs cntrc o Institute de Resseguros do Brasil c us Socicdadcs dc scguros, atraues dc urn ample notician'o pericdico sobrc assunles do intcrcssc do nicrcado scgurador. c qiic a Rcuista do I.R.B. mantem csta scgSo.
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2* 7 S © C xj <N <x ©'<s
— fsT©'o" ^ PS <s P^cxrx©©C' 7©7 — fxfxrv — >As — ^ «txa-xrx^-^^, »t<S^fX^es.i^^^ 77ix—XJ Xrgr."fu-fx- t — fX Py UN
K©-r70Crx-T-r—7X©3
A {inalidadc principal c a diuitigafSo dc dccisocs do Conscllio Tecnico c dos orgaos internes quc possam }aciiitar e oricntar a resolufao dc problcmas [uturos dc ordem tccnica e jnridica, rcccmcnda<^ocs, conscllios c cxplicafoes quc nao deem origem a circulares, hem como indicafao das novas portarias c circulares, com a cmenta dc cada uma, c oufras noticias dc cariitcr gerai
RAMO INCSNDIO
Piano de Ressegiiro Incendio
A Comissao encarregada de estabelecer um novo piano de resseguro in cendio tcve oportunidade de submeter ao mercado um substitutivo do projeto iincial, no qua! introduzidas profundas alteragoes no sentido de atcnder a diversas ponderagoes dos Sindicatos das Seguradoras.
Espera-se, agora, nao surjam outros impecilhos a concretiza^ao da proposta, que atendera aos anseios de seguradores, resseguradores e retrocessionarios. uma vez que a simplificagao dos trabalhos administrativos e atingida sem prejuizo da boa tecnica securatoria.
Riscos Vultosos
Em Janeiro do corrente exercicio, a DILc distribuiu a todo o mercado uma relaqao completa de todos os riscos que ultrapassam a cobertura automatica do I.R.B. Poderao as sociedades mediante facil consulta, acautelar os interesses de seus segurados e os seus proprios, solicitando com a antecedencia necessaria. a cobertura indispensavel a satisfagao daqueles interesses.
Em anexo a circular DILc 57/207 foram remetidas duas RRVI. Pela primeira, de n." 2d-A/56, tern as soceidades as ultimas informagoes sobre OS riscos vultosos em 1956. Tais informagoes sao referentes a alteragoes na classificagao de alguns riscos, excluindo outros da relagao. Devem as sociedades observar quc qualquer modificagao introduzida na RRVI nao elimina a obrigatoriedade do resseguro no periodo anterior c a inclusao do res pective formulario de resseguro na remessa de riscos vultosos.
A RRVI ,1-2/57 contem a relagao dos riscos que em 1.® de Janeiro de 1957 ultrapassavam o 2,® exccdente incendio. Entenda-se, pois, que os seguros iniciados, renovados e/ou alterados a partir dessa data deverao obedecer as classificagoes indicadas.
Condigdes Gerais da apolice incendio
T PS PS X r ^ X 7 X ® r- •? rs ©"i; ©*fx"-"psV^*x* — ^-CPS©» » 7 X- — fA PS P ^o © ©*©i fx -r rx Ps hs, :C PS;^-P.,-t.sx^. cc « C © ^ t «x7fx_ rs -x o*c coo © "©" sillssgsgggigV fx »x © -x s= 1/1 c X .L^IaJ *0 p »5 3 o •§ 2 2 i| c ^ d-^Tj § i33cj2SC2o C35' V * 225 226
A padronizagao das Condigoes Ge rais do contrato de seguro e um dos problemas que vem, ha algum tempo, preocupando o segurador brasileiro. A FNESPC encaminhou ao I.R.B. um projeto que esta sendo apreciado pela DILc. Dentro em breve a apreciagao do importante trabalho sera submetido, aos orgaos tecnicos superiores.
REVISTA DO I. R. B.

Qircalatss
Circular 1-02/57, de 18 de Janeiro de 195? — Clausula especial sobre oscilagSo cambial — Dando os esclarecimentos que mendona sobre os £undamentos da clausula em referencia, divulgada pela Portaria n.« 20, de 5 de maio de 1956 e alterada pela Portaria a." 63, de 28 de derembro de 1956 do d.n.s.p.c.
Circular T.S.1.B.-02/57, de 23 de Janeiro de 1957 — Dando conhedmeato as sociedades da Portaria n.° 1, de 7 de Janeiro de 1957, do Diretor Geral do D.N.S.P.C., que determina que a Portaria n.o 53, de 22 de outubro de 1956, publicada no Diario Oficial. de 27 do mesmo mes e ano, e divulgada pela T.S.I.B..22/56. entre em vigor a partir de l." de junho de 1957.
Circular T.S.1.8.-03/57, de 18 de fevereiro de 1957 - Dando conhecimento as sociedades da Portaria n." 5, de 8 de fevereiro de 1957, do D.N.S. P.C., que altera na T.S.I.B. a Rul brica 260 — Garage, conforme reda^ao que menciona.
Circular T.S.I.B.-04/57. de 27 de fevereiro de 1957 - Dando conhecimento as sociedades da Portaria n." 6. de 12 de fevereiro de 1957, do Diretor Geral d D,n s P C, 1 -b.l.B. o art- 12 -- Adicional Progressivo, e a Alinea b, do item 3. do art. 9^ Taxa^ao de risco, conforme reda^ao que menciona.
Carta-circular n." 355, de 26 de fevereiro de 1957 — Comunicando as so ciedades que o I.R.B. conseguiu obter, atraves da Federacao dos Seguradores lerrestres, a cobertura para o Exce-

dente Unico criado pelo novo piano de resseguro incendio.
Solicitando, outrossim, que cada sociedade informe a respectiva quota com que deseja participar naquele excedente, e dando outros esclarecimentos sobre 0 assunto.
Carta-circular n." 372, de 8 de margo de 1957 — Comunicando as sociedades que, em sessao de 21 de fevereiro de 1957, o Conselho Tecnico deste Insti tute resolveu facultar a todas as socie dades a regularizaqao do resseguro in cendio referente aos meses de Janeiro a mar^o do presente exercicio, mediante o pagamento do premio resultante da aplica^ao da percentagem fixada em fun?ao do resseguro cedido no ultimo tnenio e dos posteriores aumentos dos fatores de reten?ao sobre os premios consignados nas guias de recolhimento do imposto de fiscalizagao (Janeiro a mar^o).
Esclarecendo, outrossim, que. no caso de optarem por essa so)u(;ao, ficarao as sociedades dispen-s.idas do preenchimento dos FRI Jafivos a nscos comuns, enviando a estc Instituto apenas os formularies relativo.s a riscos vultosos e a riscos sinistrados. cueenchidos com base nos FR cm vigor era de Janeiro de 1957.
Os FRI de riscos vultosos Jrverao ser acompanhados dos respcctivoi MFRI e OS relativos a riscos sinistra dos, sem numera^ao, deverao j-er anexados aos ASI. ramo lucros cessantes
Circular LC-01/57, de 30 de janeircr de 1957 — Comunicando as sociedades
que 0 Conselho Tecnico do I.R.B., em sessao de 11 de Janeiro de 1957, resolveu que o seguro de Lucros, cobrindo explosao, seja taxado separadamente e segundo a mesma regra adotada no caso de Lucros Cessantes decorrentes de incendio. devendo ao se guro de Lucros Cessantes decorrente de explosao ser aplicada a mesma taxa prevista pela Tarifa paia o seguro de danos materials provocado.^ por esse mesmo tipo de explosao, e dando outras informa^oes sobre o assunto.
Carta-circular DTC/354, de 26 de fevereiro de 1957 — Espeficando as informa^oes necessarias ao I.R.B. e que devem constar das copias dos endossos que sao encaminhados em ane.xo ao M.E.A.T.
RAMO TRANSPORTES
Carta-circular GP n.° 175, de 23 de Janeiro de 1957 — Consultando as so ciedades sobre proposta de liquida^ao amigavel do ressarcimento do sinistro 521.153 «Nortelide», ocorrido em 28 de outubro de 1945, na htase de 50 % do principal pedido na demanda; desses 50% seriam deduzidos 12.5% para pagamento de honorarios e despesas ja feitas e a fazer para a compieta liquidagao do assunto.
Circular I.Tp. 1/57, de 7 de fevereiro de 1957 — Transmitindo os t.ernios da Portaria n.° 3, de 15 de janc^c de 1957, do D.N.S.P.C., sobre cohertura de trigo em grao, ensacado ou a granel, no porao de navios. O novo ^cxto substitue o item 114 e o anexo
18 das I.Tp,
C&rta-circular DTC/236, de 11 de fevereiro de 1957 •— Transmitindo instrugoes para preenchimento e remessa de M.E.A.T., tendo em vista as di■versas irregularidades observadas na quele formulario, bem como no sobrescrito que o acompanha.
Carta-circular DTC/409. de 8 de msrfo de 1957 — Solicitando que a sociedade indique, expressamente. em todos OS P.L.S.T. ou nos recibos de quita^ao, nos casos de liquida^ao, sem intcrferencia do I.R.B., se pretende ou nao promover o respectivo ressarci mento; em caso negative, a sociedade deve indicar o motivo pelo qual julga que nao deve ser o mesmo promovido.
RAMO ACIDENTES PESSOAIS
Seguro coletivo de passageiros de onibus, micro-onibus e automoveis em geral
O projeto encaminhado a aprovagao dos 6rgaos superiores do I.R.B., con forme noticiario anterior, deu origem a circular AP-07/57 de 12 de fevereiro de 1957.
Seguro de acidentes do trafego
fiste tipo de seguro continua sendo objeto de estudos. esperando-se que brevemente o correspondente piano possa ser submetido a consideraqao dos orgaos superiores.
Seguro coletivo de turistas, excursion'stas e ccranisfas Prosseguem os estudos para o lan?amento de urn piano de seguro desta modalidade.
Seguro coletivo de emptegados qitc tenham de uiajar a sert>igo do estipulantc
fiste tipo de seguro, cujo piano sofreu altera?6es, continua aguardando aprova^ao dos orgaos superiores.
Tari[agao individual
Estao praticamente terminados os estudos para a regulamentagao do disposto no subitem 1 ,2,4 do art. 3." da T.S,A.P.B, (Tarifa de Seguro Acidentes Pessoais do Brasil).
Piano de estatist'ca de riscos e sinistcos
Os estudos para a clabora^ao de um piano de estatisitca do Ramo Acidentes Pessoais deverao agora entrar na sua fase final,
Normas e Instrucoes para Cessoes e Retrocessdes Acidentes Pessoais
Continuam os trabalhos de atualiza^ao das Normas e Instrucoes para Cessoes e Retrocessoes Acidentes Pes soais.
Circulares
Circular AP-07/57 — Remetendo as sociedades. em anexo, as Condicoes para o Seguro Coletivo Acidentes Pes soais de Passageiros de Onibus, MicroOnibus e Automoveis em Geral, aprcvadas pelo Conselho Tecnico do I.R.B,, para efeito de cobertura de resseguro de excedente e de catastrofe.
Circular AP-09/57. de 19 de fevereiro de 1957 — Seguros de Acidenfes
Pessoais de menores de 14 anos —■ Comunicando as sociedades que o Con selho Tecnico do I.R.B. resolveu dar OS esclarecimentos, que menciona a Circular, sobre os riscos de cuja realiza^Io resultem prejuizos patrimoniais
para os proprios menores ou para seus responsaveis.
RAMO VIDA
Regulamentagao para os seguros c resseguro de uida em grupo
O projeto de Regulainentacao dos Seguros de Vida Temporarios em Grupo, com as modificagoes aprovadas pelo Conselho Tecnico do I.R.B,, foi encaminhado ao Senhor Diretor Gecal do D.N.S.P.C.
Trata-.se de uma colaboracao que o I.R.B, diretamente interessado no prnblema como Ressegurador, ofereceu expontaneamente aquele Departaincnto, visando a estabelecer Normas para as operagoes de seguros em grupo. qii:, notadamente nos tres ultimos anos. apresentaram um desenvolvimento surpreendente.
A Comissao Especial, criada po. Portaria da Presidencia do I.R.B, ultima OS estudos relatives ao novo piano de «resseguros provenientes "^e seguros de vida em grupo».
Normas e Instrugoes para Cessoes e Retrocessoes Vida
Prosseguem os trabalhos de atualizagao das Normas e Instrugoes para CessSeg e Retrocessoes Vida.
RAMO
AERONAUTICOS
Projeto de Tarifa de Seguros Aeronauticos do Brasil
Continua sendo debatida na Comis sao Permanente Aeronauticos a futura
Tarifa de Seguros Aeronauticos do Brasil (T.S.A.B.).
Novas condicoes para o Titulo HI da apolicc Aeronauticos
Estao bastante adiantados os estudos sobre a nova redagao a ser dada ao Titulo III da apolice-padrao Aeronau ticos.
ApoUce colctiv.a. para Linhas Regulares de Navegacao Aerea
Para os seguros das empresas de linhas regulares de navegagao aerea foi estudada a faculdade de fazerein os seguros das aeronaves de suas frotas por uma unica apolice, em substitiiigao a pratica anterior de se emitir uma apolice para cada aeronave. O novo sistema foi autorizado pelo Conselho Tecnico do I.R.B, a partir de I." de fevereiro de 1957, conformc Circular RA-04/57.
Desconto coletivo pera frotas
Em decorrencia da instituigao da apolice colctiva, sentiu-se a necessidadc de fomentar a sua aplicagao pela concessao de um desconto coletivo de frota. A Comissao Permanente Aero nauticos ja concluiu o estudo da materia e a concessao dos descontos depende, agora, apenas de sua provagao pclos orgaos superiores.
Normas para Cessoes e Retrocessdes Aeronauticos
Prosseguem os estudos sobre a atualizagao das Normas para Cessoes e Retrocessoes Aeronauticos.
Circulares
Circular RA-02/57, de 30 de janeiro de 1957 — Dando conhecimento as so ciedades da Clausula Especial, que menciona. referente a cobertura dos riscos de furto, motins, tufao e trans-
porte de inflamaveis e/ou explosivos. que mediante cobranga de um premio adicional podera ser incluida nas ap6lices Aeronauticos. conforme resolugao do Conselho Tecnico do I.R.B, em 24 de janeiro de 1957.
Circular RA-03/57, de 30 de janeiro de 1957 — Transporte de inflamavds e/ou E.xplosiuos — Dando conheci mento as sociedades das alteragoes sofridas pela Cirrular RA-2/48, de acordo com resolugao do Conselho Tecnico do I.R.B. em 24 de janeiro de 1957.
Circular RA-04/57, de 30 dc janeiro dc 1957 — Apolice Coletiva Aeronau ticos — Comunicando as sociedades que o Conselho Tecnico do I.R.B, em sessao de 24 de janeiro de 1957. aprovou a instituigao da Apolice ColetivaAeronauticos.

Informando. outrossim, que a partir dc 1." de fcvereiro de 1957, as socie dades poderao emitir aquelas apolices para frotas de aeronaves pertencentes a empresas de linhas regulares de navegagao aerea, .desde que sejam obedecidas as condigoes que menciona a Circular.
Circular RA-05/57, de 30 de janeiro de 1957 — Fracionamento do Premio do Titulo I — Comunicando as socie dades que o Conselho Tecnico do I.R.B, em sessao de 24 de janeiro de 1957, resolveu ampliar o disposto na Circular RA-1/57, admitindo o fra cionamento do Premio do Titulo I. tambem, em prcstagoes mensais, e dando outras informagoes sobre o assunto em referencia.
Circular RA-06/57, de 6 de fcve reiro de 1957 — Retengao do 2." grupoFaixa I.R.B. e Retrocessionarias do
P^is — Comunicando as sociedades que o I.R.B. homologou a resolu?ao. que menciona, da Comissao Permancnte Aeronauticos. que complementa as providencias adotadas com referencia as retengoes aeronauticos e constantes das Circulares RA-04/56, 05/56. 06/56 e 01/57.
RAMO AUT0M6VEIS
Circular A(. 01/57, de 11 de fevereiro de 1957 — Comunicando as so ciedades que, tendo sido mecanizados OS servi^os de sinistros da Carteira Automoveis do I.R.B., foi em conseqiiencia alterado o formulario M.R, S.At. (Mapa de Recupera^oes de Si nistros Automoveis) , Outrossim. para a perfeita caracteriza^ao do sinistro, foram codificados OS diversos elementos de acordo com urn piano de codifica^ao.
Exemplares do novo piano e do formuiario contend© as novas aitera?6es foram remetidos a todas as so ciedades que operam no ramo.
Tais altera^oes entraram em vigor a partir da presta^ao de contas de Ja neiro de 1957.
Circular At. 02/57, de 21 de fevereiro de 1957 — Comunicando as so ciedades a resoiu^ao do C.T. que aprova a aitera^ao da tual Aiinea a do item 1 da Ciausuia 9." das Normas Automdveis, para vigencia a partir de 1.'' de fevereiro de i957.
Em consequencia desta resoiu^ao e das constantes das Circulares At. 05/56 e At. 06/57, respectivamente de 27 de junho de 1956 e iO de agosto de 1956, o item 1 da referida Ciausuia 9.=" passou a ter nova reda^ao.
RAMO AGRlCOLA
Foram aprovadas a Tarifa e Condi(;6es Gerais de Apolice do Seguro Agrario de Pequcna Lavoura de Cuituras Miiitipias, conformc Decreto n." 40.810, de 23 de Janeiro de 1957.
BOLSA DE SEGUROS
A Boisa de Seguros efetuou. desdc •sua instala^ao dois pregoes no mes de Janeiro e quatro no mes de fevereiro. Foram licitadas 41 propostas. sendo 27 de seguros, I de resseguro e 13 de retrocessao.
O total de responsabilidade iicitada atingiu a Cr$ 1.027.754.000.00 dos quais Cr$ 157.431.000.00 foram colocados peia Bolsa no mercado scgurador.
Para todas essas propostas foram expedidas as comunica^oes aos interessados. inclusive os certificados de recusa parcial ou total de responsabili dade pelos seguradores brasileiros.
Circulares
Carta Circular n." 130, de 17 de Ja neiro de 1957 — Comunicando ao mer cado segurador a cria^ao da Bolsa de Seguros e definindo suas atribuigoes.
Carfa Circular n." 190. de 28 de janeiro de 1957 — Solicitando as Companhias de Seguro a remessa de copias dos contratos automaticos de seguros e resseguros realizados no pais e/ou no exterior pelas sociedades autorizadas a operar no pais.
Carfa Circular n." 191. de 28 de Ja neiro de 1957 — Transcrevendo, para conhecimento do mercado segurador, a portaria n." 4 do D.N.S.P.C., que
revogou o sistema de certidoes negativas nos casos de necessidade de realizagao fora do pais e estabelecendo a sua substitui^ao per uma certidao unica a ser fornecida pclo I.R.B. (Bolsa de Seguros).
Carta Circular n.° 268, de 7 de feve reiro de 1957 — Fornecendo informa^oes sobre o funcionamento da Bolsa de Seguros e o horario e dia em que se realizam seus pregoes.

Circular BS-01/57, de 8 de fevereiro de 1957 — Solicitando ao mercado se gurador que se pronunciasse sobre sua participa^ao na apolice de seguro maternidade (gemeos que nascercm em Brasilia), que foi instituida como uma homenagem a Sua Excelencia o Senhor Presidente da Republica,
ESTATiSTICA E MECANIZAQAO
Boletim Estatistico
Esta sendo distribuido o Boletim n." 52 contendo os dados relatives ao Ramo Vida. Esta em fase de impressao o Boletim n." 53 referente ao Ramo Aeronauticos.
Quadros Estatisticos
Estao sendo publicados nesta Revista os quadros da estimativa de Premios e Sinistros de todos os ramos para o ano de 1956.
Apuragoes Mecanizadas
Foram entregues a Divisao de Contabilidade o movimento Industrial Geral e o Resumo dos Saldos das Sociedades e as Divisoes de Opera?6es os resumos de lan^amentos dos meses de Janeiro e fevereiro do corrente ano. A Divisao Transportes e Cascos foram entregues
as apura^es referentes aos MRAT dos meses de dezembro de 1956 e Janeiro de 1957 e os RAMA dos meses de novcmbro e dezembro de 1956.
DOCUMENTAQAO
Entre outras publica^oes, a Biblioteca do I.R.B. («Biblioteca Albernas») recebeu os seguintes volumes que se acham a disposi?ao dos leitores desta Revista:
Banco Municipal de Descontos e Seguro de Credito — Leopoldo Luir dos Santos (Oficina Grafica da «F6lha da Manhas — Recife — 1955).
A Influencia das Instituigoes Bancarias e Assecuratorias no Equilibrio do Patrimonio das Empresas — Americo Matheus Florentino (Grafica Imperador Ltda. — Rio de Janeiro 1956).
Repertbrio de Jurisprudencia TrabaIhista — A-g e H-V, volumes I e II — Helio de Miranda Guimaraes (Max Limonad — Sao Paulo — 1953).
Da Agao Trabalhista — Pires Chaves (Revista Forense — Rio de Ja neiro — 1956).
Da Coagao como defeito juridico Orosimbo Nonato (Revista Forense Rio de Janeiro — 1957).
Lei de Falencias — volumes I e II — arts. 1/82 e 83/217 — J. Franceschini (Max Limonad — Sao Paulo 1957).
Comentarios a Lei de Falencias volumes I/IV — arts. 1/217 — Trajano de Miranda Valverde (Revista Forense — Rio de Janeiro — 1955).
Anuario Maritime Espanol — 1956/ 1957 — Espanha,
NOTICIARIO DO PAiS
PRIMEIRO ANIVERSARIO DA ATUAL ADMINISTRAQAO
•DO I.R.B.
For motive do transcurso do 1" aniversario da investidura do Dr. Augusto Xavier de Lima na Presidencia do I.R.B.. o funcionalismo teve a iniciativa de promover uma manife.sta?ao de apreqo e solidariedade ao Presidente.
O ato teve lugar no auditorio da sede do I.R.B., no dia 15 de marqo ultimo: representando o.s irbiarios, falou na ocasiao o funcionario Heleno Mario de Castro, Chefe da Se^ao de Aperfei^oamento Cultural, cujo discurso adiante transcrevemos na In tegra. Agradecendo, em nome do Dr. Augusto Xavier de Lima, falou de improvise o Vice-Presidente, Doutor Jo.se Accioly de Sa.
Em seguida, organizado e interpretado exclusivamente per fimcionarios do I.R.B., teve lugar um show que, em verdade, entusiasmou a numerosa assistencia presente.
Encerrando o programa de comemora^es. foi realizado um coquete] na sede do mesmo.
Nas fotos qu acompanham esta noticia vemos: o Dr. Acciojy de Sa, quando discursava; um aspecto do audi torio, e o Sr. Heleno M. de Castro tambem discursando.

Posteriormente, exprimindo o seu agradecimento pela manifesta^ao recebida, o Dr. Augusto Xavier de Lima dirigiu aos funcionarios as seguintes palavras, em carta aberta afixada no quadro de avisos :
Meu caros irbiarios : Sensibiiizou-me, profundamcnte, a vossa manifesta^ao de aprego e confianga, promovida no transcurso do primeiro aniversario da atual administragao.
A oragao do vosso representante
Heleno Mario de Castro, mais do que uma saudagao congratuJatoria, foi um verdadeiro balango dos atos da Pre sidencia no ano que se compietava.
Nela pude sentir, nao apenas a salu-
tar vigilia do funcionalismo na defesa ciosa da organizagao modelar que e o I.R.B., como tambem o seu clevado e.spirito de compreensao no tocante a obra administrativa que o presidentesegurador vem procurando realizar.
Na parte artistica da programagao. foi rcalmente admiravci a «performance» dos funcionarios, Fizeram trabaIho a altura de uma equipe experimentada, para cujo brilhantismo concorreram nao so talcnto e esforgo, mas sebretudo a espontaneidade da colaboragao de todos os participantes, elcmentos de real valor apenas encontradigos em comunidades privilegiadas como a irbiaria.
Vossa manifestagao, testemunho certo do congragamento existente entre a administragao e o funcionalismo, deixa-me a convicgao de que o I.R.B., cntrosados como estao todos os seus
colaboradores, continuara trilhando a rota do progresso; e constitui, adeinais, prova conclusiva de que nao velavam pelos superiores interesses do I.R.B., ne'm d'avam mostras sinccras de amizade ao funcionalismo, aquelcs que procuraram criar. com artimanhas. um clima artificialmente desfavoravel a gestao de um segurador. Foi obra va, pois cedo estabeleceu-se entre funcio narios e administragao a confianga mutua indispcnsavel a estabilidade c ao desenvolvimento do I.R.B.
Tudo isso. meus caros irbiarios, e o que pretendera dizer-vos. de viva voz, ao termino da vossa manifesta gao. Mas calei porque, mais forte do que a afonia, tolhia-me a emogao de que na ocasiao estava dominado.
Rio, 19 de margo de 1957. gusto Xai'ier de Lima.
DISCURSO DO SR. HELENO M, DE CASTRO

Quis a sorte que, desta vez, fosse €u o desigaado e distinguido para, em vosso nome. apresentar modesta men-sagem de carinho e gratidao ao nosso ilustre Presidente, pela passagem significativa do primeiro aniversario de .sua magnifica atua^ao nos negocios desta Casa. A designagao, sobre honrar-me alem do que poderia merecer, langou-me a responsabilidade do a)tiplano deste paico, para represenlar um funcionalismo de escol e elevado nive) inteiectual. onde, sem qualquer difi-culdade. poder-se-iam captar brilhos mais fulgurantes e talentos mais imperativos. para, em fazendo justiga ao merito do Dr. Xavier de Lima, dizerem o que. por certo. nao me permitirao o acanhamento do verbo e a estreiteza da visao.
Mas, aceitar a incumbencia era forgoso. pois. se. de um lado. o criterio, a cultura e o bom sense dos colegas estao a fiscalizar-me as andangas pelos reinos da oratoria, dificultando-me. com isso, a tarefa; por outro Jado, dando-me ensanchas a poder arcar com a grata e. ao mesmo tempo, ardua missao. acenam-me os sobejos das virtudes de homeni e administrador do focalizado de hoje.
Senhores! Nao fora a felicidade de um momento. em que esteve presente, em toda a sua plenitude, a inspiragao do Exmo. Sr. Presidente da Republica, quando, em ato publico, nomeava, ha pouco mais de um ano, o Dr. Augu.sto Xavier de Lima, como gestor supremo do Institute de Resseguros do Brasil, e possivelmente, tal-
vez ca nao estivessemos, comemorando com gala, o aniversario daquele ato. Por ser do conhecimento geral, nao e mister que se fale das apreensoes que 0 cercaram e do ceticismo de alguns. ao verem, guindado ao primeiro posto irbiario. um segurador. Mas, para ventura nossa, em muito menor tempo do que poderiam supor os espiritos mais esclarecidos, e. melhor do que ninguem, suas proprias atitudes e suas convincentes agoes deixaram patente a honestidade de seus propositos, dando a todos, pelo exempio grandiose, a resposta formal e categorica... dissipando diividas e afastando apreensoes.
Exaltemos, colegas, os fados que nos legaram, como guia e inspirador, este que agora nos dirige. Nao se tern membria que outro haja havido que. em tao curto tempo, avolumasse seu acervo com tantos beneficios prestados ao I.R.B. e, conseqiientemente, ao seu pessoal.
Os resultados, eloqiientemente, assim o atestam.
Em dcmonstragao viva do vigilante cuidado pelos interesses do I.R.B., o segurador, — o «tcmidox> segurador Xavier de Lima — apresentou, em seu balan^o, o Excedente de CrJ 52,140.000,00, sobrepujando assim o do excepcional ano de 1955 em mais de 4 milhoes !
fe,
Para apreciar-se bem os valores dos niimeros que aqui aparecem, e precise que se atente que subiram a 131 mi lhoes as despesas administrativas, para OS 89 milhoes do ano anterior. Justifica-se a ocorrencia, tendo-se cm mira OS seguintes fatores: 1") uma melhor atengao aos serviqos do I.R.B., aparelhando-os convenientemente, inclusi ve OS das Representagoes, culminando com a instalagao em sedes proprias das de Salvador e Recife; 2") a elevagao das contribuigoes para as Jnstitui?6es de Previdencia, c 3'-) o aumento dos salaries do pessoal. Entretanto, cumpre observar que essa despesa nao atingiu nem a S'/c da receita total do I.R.B.
O montante dos negocios elevou-sc em cerca de 34% em relagao ao do exercicio passado, subindo o lucro in dustrial de 121 para 162 milhoes.
E nao se lance a credito unico das boas fadas os resultados auspiciosos. Elaboraram-se os pianos e justas medidas foram tomadas. Dai, as rendas das inversoes liquidas elevarem-se a 20 milhoes contra os 15 que os precederam.
Cite-se. ainda, a acertada operagao que foi a permuta de titulos da divida publica (que nao vinham rendendo juros compensadores e, ate mesmo.
desvalorizando-se) por dois andares de edificio situado na Esplanade do Castelo, o que possibilitou a desocupa?ao do 2" pavimento deste Institute, com a mudan^a do Departamento da Prefeitura, ali instalado, para parte de um daqueles andares. facultando ain da., alem de maior renda para o capi tal aplicado, melhores acomoda^oes aos serviqos internos do I.R.B. No campo tecnico, avultam a regulamentaqao dos seguros de vida em grupo e os novos pianos de resseguro nos ramos acidentes pessoais e automoveis: sendo de ressaltar-se que, neste ultimo, pela vez primeira na historia do I.R.B., verificou-se lucro em seus resultados. Nas operagoes com 0 exterior, o prejuizo de 23 milhoes reduziu-se a 8: ja apresentando nos dois primeiros meses do corrente ano, resultado positivo.
A nova orientaqao dada a constru^ao em andamento a Rua Conde Bonfim e cabal demonstragao de que, nao apenas no setor tecnico, se fizeram sentir o tirocinio' e a larga visao de homem pratico e inteligente de nosso preclaro Presidente. O acerto da medida sera apreciado e julgado no cor rente exercicio, uma vez que o exce dente do I.R.B. vira acrescido do produto provenicnte da venda daquele imovel. cuja constru^ao estara terminada dcntro de poucos meses.
Seria imperdoavel olvido, o nao registrar-se a eleva^ao do Capital do I.R.B. para Cr$ 84,000.000,00, mediante reavalia?ao do ativo, o que permitira nao so as Companhias de Se guros, que alimentam o I.R.B. com suas cessoes de resseguros, auferirem maiores rendas com as opera^oes des-
te, como, ao mesmo tempo, evitara as criticas, por vezes infundadas, daque)es que, pouco perspicazes em siias observagdes, veem disparidades eternas entre capital e lucre, sem atinarem que capital e forma estatica, enquanto que o lucro resulta de urn processo dinamico de acertada gerencia nos negocios, onde nem sempre fern influencia o capital original.
Finalmente, senhores, para tcr-se ideia de como con.solidou-se a situa^ao economica do Institute de Resscguros do Brasil, basta lembrar que o seu ativo cresceu de 143 milhoes, pas.sando de 655 milhoes em 1955 para 798 mi lhoes em 1956.
Ai, estao aiinhavadas algumas providencias. de onde advieram os frutos ora colhidos.
Mas, senhores, nao seriamos coerentes, se nao olhassemo.s tambem o lado humano que o nobre homenageado soube imprimir a sua gestao : Caracteristica mais grata e mais preciosa de seu genio e de sua estrutura moral,
Se, as proprias maquinas. sem entranhas e sem alma, reciamam eterna assistencia para seu perfeito aproveitamento, natural que, sendo o homem a causa primeira de todas as grandezas, se Ihe atendam todas as nece.ssidades' para o aprimoramento de qualquer institui^ao.
^is. pois, .senhores. a razao essencial de sua magnifica vitbria.
Em instante algum, de sua atividade no I.R.B.. esqueceu o Presidente que, para a harmonia completa de qualquer empre.sa, nece.ssario se torna que as componentes humanas se completem, sem problemas, sem magoas, .sem queixa.s ou ansicdades.
Era precise que. em cada boca, o sorriso aflorasse, e que os olhos estendidos para a frente estivessem enxutos e limpidos e que os coragoes cantassem. Cantassem o sublime cantico da felicidade. Mister se faz senhores, que, na efemera passagem pela Terra, sejam e.xtintos os sofrimentos, quer de ordem moral, quer de ordem sentimen tal, quer de ordem material.
Senhor Presidentc! Se nao vos cabia, por iiltrapassar vossos poderes, minorar toda.s as afligoes, estejais seguro de que jamais negastes o lenitivo, quando esse lenitive vos estava ao alcance.
Nao vos colocastc.s na comoda situagao de mero depositante de moedas. de simples colecionador de ouro, na reincarnagao de um novo Mida.s, na an.sia de um ressurgido Pactolo.
Nao !
Vos.sa clarividencia, aliada a confianga que tendes em vos e em vossos au.xiliares, canalizou para os cofres do I.R.B. OS proveitos liteis e precisos, .sem que para tal fosse exigido sacrificio acima do normal. A nenhuni prejudicastes, a ninguem perseguistes. E. hoje, tendes, nesta festa. o apanagio de vossa gloria.
Fostes v6s. Senhor Presidente, que proporcionastes ao pessoal desta Casa, o maior aumento salarial ja registrado em sua historia. E isso, acrescente-sc numa epoca em que ainda nao estavam definidos os resultados do exercicio; mas, bem compreendendo a situagao que se apresentava, ja que era inadiavel a melhoria concedida, nao titubeastes, agindo resolutamente, como agem os dignos. Taivez outro, por vaidade, orgulho ou egoismo, pre-
ferisse proteiar a solugao, com o fito de garantir seu prestigio de administrador, no vislumbre de um lucro certo, negando o que era medida de justiga. A vosso feitio, porcm. repugnava tal pensamento, e conquistastes a vitoria, sem o espezinhamento das classes menos favorecidas. Jamais, Sr. Presiden te, sera esquecido, por nos outros, esse vosso ato, Entretanto, — convem que se frise — enquanto se processavam os estudos para a concessao do refcrido au mento, elevastes como medida contemporizadora o limite dos emprestimos do piano «B», dando ao I.R.B. o privilegio de ser, atualmente, a entidade que maior importancia, sem garantia, empresta aos seus servidores. Ainda, evidenciando vossa alta compreensao, quebrastes uma norma, avaramente defendida, ate entao, permitindo, em va ries casos, a concessao ate 100 % de emprestimo hipotecario, no piano «C», para a aquisigao de residencia propria. quando o pretendente funcionario ain da nao fora contcmplado com as vantagens do piano «A».
Nao parou ai entretanto vosso cuidado com o pessoal : reintegrastes, parcialmente, a assistencia medico-so cial; determinastes a realizagao do seguro em grupo para cobrir a responsabilidade do I.R.B., decorrente do peculio a familia do servidor falecido, permitindo ainda o aumento do seguro por parte do servidor; medida que, afora sua finalidade social, liberou a reserva constituida para aquele fim.

Vossa agao, nesse sentido, culminou, quando nomeastes varias comissoes compostas exclusivamente de funcionarios, para reorganizar servigos, e
alterar, essencialmente, o Capitulo V do Regimento Interno, cujo trabalho final, sabemos estar sofrendo analise cuidadosa de vossa arguta inteligencia. E sabemos, tambem, que ali se oferecem novas e grandiosas conquistas ao funcionalismo desta Casa.
Elogiavel e a vossa conduta, ao evitar o crescimento do Quadro do Pessoal do I.R.B. que, ha varios anos, mantem-se praticamente estavel, com pequenas oscilagoes, dentro da classe dos setecentos e poucos.
Nao estariamos cumprindo nosso dever. se nao assinalassemos o exito invulgar obtido com o Curso de Relagoes Humanas ministrado pelo emincntc Professor Raul Bitencourt, cujos encantamentos ainda ressoam em nossos ouvidos.
Amigos! Rendamos. neste momento. gragas aos Ceus, por nos terem posto a salvo da politica, pois, do contrario, estariamos, per certo, nos lastimando, como Platao, que disse: «quc, apcsar de,.em,coisas mais simples como a fabricagao de calgados — entendermos que so a pessoa exercitada nessc oficio pode fazer o que precisamos, presumimos, em politica, que todos OS que sabem dar seu voto estao habilitados a reger uma cidade ou um pais. Achando-nos doentes, mandamos chamar um medico bem pratico, cujo diploma c para nos uma garantia de seus conhecimentos especializados c competencia tecnica: nao reclamamos a presenga do mais belo ou mais eloqiiente clinico: da mesma forma, quando o estado se acha totalmente enfermo, nao deveriamos reclamar os servigos c a orientagao dos mais sabios e melhores ?
Descobrir o meio de impedir que a incompetencia e a iraprobidade se instaJem nos cargos publicos e de selecionar e preparar os melhores para governar em beneficio da comunidade eis 0 problema de filosofia political.
Estas palavras do filosofo, venturosamente, nao nos atingem, porque aqui nao temos urn politico, e sim, um tecnico em seguros. E que chovam, eternamente, sobre os homens as bengaos divinas, para que eles sempre nos deem como timoneiro um segurador, da tem pera de Xavier de Lima.
Nao poderiamos silenciar, entretanto sem dar de piiblico o testemunho de nosso reconhecimento ao Dr. Jose Accioly de Sa. digno substituto de nosso Presidente e que. em complexo raro, reune as qualidades perfeitas de cavaiheirismo aliadas as de emerito administrador.
Dr. Accioly. os funcionarios desta Casa nao desmerecem o lustre daqueles que a iluminam. Sois vos um VicePresidente que nos honra, envaidece e orgulha.
O nosso muito obrigado — reconhecemos — e muito pouco para refletir nossa gratidao. mas e o que temos para dar-vos. alem de nosso perene respeito e sincera admira?ao.
Aos nobres membros do Conselho Tecnico que, com a limpidez de seus raciocinios, a prudencia de suas consciencias, a honradez de seus nomes e 0 acerto de .suas resolu?6es. tanto tern facilitado e auxiliado o trabalho da Administra^ao. nossos fervorosos agradecimentos. rogando a Deus que suas luzes continuem a aclarar a estrada de progresso. por onde, nesta caminhada. conduzem o I.R.B.
Prezados colegas ! sois, igualmente. responsaveis por todo este esplendor que nos comove.
Queiram os Anjos que, por muitos anos, possa contar o nosso Institute com vossos talentos, vossas culturas, vossos esforgos e vossas dedicagoes. E quando, o esvoagar dos tempos transportar o momento que vivemos para um porvir magnificente, lembraivos que csta festa, que ofereceis ao vosso Presidente, representa o marco de vossa propria grandiosidade.
Lembrai-vos ainda que o vosso Pre sidente, para melhor servir-vos. renunciou a todos OS seus interesses particulares, dedicando-se exclusivamente as questoes do I.R.B.
Sr. Presidente! Esta homenagem e a vossa consagra?ao e o testemunho do muito que representais em nosso afeto, em nossa admira^ao, em nossa reverencia. E tamb&m, vede nela, Senhor Presidente, a concentragao de nossas renovadas esperan^as que, com certeza, serao coroadas, como agora, de novas c maravilhosas vitorias.
Amigos! Perdoai, neste transe, o vosso orador, que culpa alguma Ihe cabe de suas limitagoes.
E. muito, muito obrigado, amigos I" Muito obrigado, Presidente.
VISITA DO PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE REASEGUROS, DA ARGENTINA
A convite do Instituto de Resseguros do Brasil, esteve em visita a esta capital, de 25 de fevereiro a 2 de mar^o findo, o Dr. Jose Enrique Bruchou, Presidente do Instituto Nacional de Reaseguros, da Argentina,
que se fez acompanhar do Sr. Raul
C. Margottini, Gerente do Departamento de Negdcios com o Exterior daqueie Instituto. e do Sr. Marcelo W. Bodner, Gerente Geral de «Igua2U» Compania de Seguros, S.A.
De acordo com o programa organizado, S. Excia., no dia 25 de feve reiro, compareceu a um almo^o na Embaixada Argentina, em sua homena gem.
A tarde foi recebido em visita a sede do Instituto de Resseguros do Brasil. onde teve lugar um «cock.-tail». que contou com a presen^a do Exmo. Se nhor Ministro do Trabalho, Dr. Jose Parasifal Barroso: do Dr. Amilcar Santos, Diretor Geral do Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitaliza^ao; do Dr. Angelo Mario Cerne, Presidente da Federa^Io Na cional das Empresas de Seguros Pri
vados e Capitaliza^ao e do Sindicato das E.S.P.C. do Rio de Janeiro, alem do Presidente e do Vice-Presidente do I.R.B., respectivamente, Dr. Augusto Xavier de Lima e Dr. Jose Accioly de Sa.

Estiveram ainda presentes membroa do Conselho Tecnico e altos funciona rios do I.R.B., diretores de companhias de seguros e outras figuras representativas do meio segurador brasileiro, muitas das quais se faziam acompanhar das Exmas. Senhoras. As fotos que ilustram esta noticia foram colhidas durante o cock-tail, nO' I.R.B.
No dia 26. 0 Dr. Jose Enrique Bruchou foi homenageado com um almogo no Clube de Seguradotes e Banqueiros, oferecido pela Federa^ao Nacional das Empresas de SegurosPrivados e Capitalizagao.
Em prosseguimento ao programa, S. Excia. esteve em visita ao Exmo, Sr. Ministro do Trabalho e ao Diretor Geral do D.N.S.P.C. e, apos, tamb^m, ao Exmo, Sr. Prefeito do Distrito Federal, Embaixador Fran cisco Negrao de Lima.
NOVA DIRETORIA DO SINDICATO DAS E.S.P.C. NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Em solenidade realizada na sede da entidade, tomou posse, no dia 1 de fevereiro, a nova diretoria do Sindicato das Empresas de Seguros Privados e Capitaliza^ao no Estado de Minas Gerais, a qua! esta assim composta : Dr. Aggeo Pio Sobrinho, Presidente; Dr. Luiz Adelmo Lodi, Vice-Presidente; Dr. Dario Gon^alves de Souza, Primeiro Secretario; Dr. Ma rio Magalhaes, Segundo Secretario; Sr, Joao Batista dos Santos, Primeiro Tesoureiro; Dr, Mario Peixoto Esberard, Segundo Tesoureiro; Sr. Ary
Ramos, Bibliotecario. Suplement&S: Sr. Angelo Scavazza, Sr. Salvador S. Senna, Sr. Moacir Pires de Menezes, Sr. Anibal Pinto Martins, Sr. Cassildo Quintino dos Santos, Sr. Orozimbo Rcsende, Sr. Jose Nemer. Conselho Fiscal — Dr. Aluizio Davis, Srta. Marilia Beirao da Silva, Sr. Itamar Barbosa. Suplentes Sr. Numa Viallet, Sr. Joao Modesto de Sa, Sr. Raul Nunes de Carvalho.

Na oportunidade foi prestada signicativa homenagcm ao Sr. Jose Antunes Maia. urn dos iniciadores e dos mais antigos seguradores naquela cidade.
Fizeram uso da palavra, entao, as seguintes pessoas: o Dr. Pedro Alvim. Representante do I.R.B. em Belo Horizonte; o homenageado, Senhor Antunes Maia: o Sr. Flaubert Barbosa, Presidente do Sindicato dos Empregados de Companhias de Segu ros: o Sr. Angelo Scvazza, e finalmente o Presidente empossado, Doutor Aggeo Pio Sobrinho.
INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL
SEDE — RIO DE JANEIRO
AVENIDA MASXCHAL CAMAFA, 171
REPRESENTAQAO EM SAO PAULO
RUA XAVIBR DB TOLBDC, 114 — 6.® ANDAR
REPRESENTACAO em PORTO alegre
AVBNn>A BORCES MEDEIROS, 410 — IS.® ANDAR
REPRESENTACAO EM SALVADOR
RUA DA GRiCIA, 6 — 8.® ANDAR
REPRESENTACAO EM BELO HORIZONTE
AVEHIDA AMAZONAS, 491 A 507 — 8.® ANDAR
REPRESENTACAO EM RECIFE
AVENffiA GUARARAPES, 120 — 7.® ANDAR
REPRESENTACAO EM CURITIBA
RUA QUINZE DE NOVEMBRC, N.® 551 A 558 - 16.® AND.
REPRESENTACAO EM BELEM
AV. IS DE AGOSTO, 53 — SALAS 228 A 230
REPRESENTACAO EM MANAUS
BUA MARch.10 DIAS, 235 — 90BRAD0
