T1816 - Revista de Seguros - out/nov/dez de 2001_2001

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VJSTA

ÓRGÃO OFICIAL DA FENASEG , ANO 83 N° 839 OUT/NOV/DEZ DE 2001

4 EDITORIAL /João Eiisio Ferraz de Campos

Parceria e compromisso

5 ENTREVISTA /Caslmlro Blanco Gómez ^

Mercado paulista cresce, apesar da crise

8 CAPA

A profissionalização do seguro

14 GUERRA

Riscos contagiam mercado brasileiro

16 ESPECIAL

Quando tudo falha, o seguro

18 REALIDADE

Balanço Social mostra a pujança do mercado

21 INFORMÁTICA

Oficina de carro na Internet

22 ESTATÍSTICA

Setor arrecada R$ 26,8 bilhões e cresce 8,17% em dez meses

24 COMERCIALIZAÇÃO

De volta ao banco escolar

26 SAÚDE

Tabagismo é doença —

28 CAPITALIZAÇÃO

Produtos que realizam sonhos

30 AÇÕES SOCIAIS

As empresas fazem sua parte...

33 ATUÁRIA

Procura-se profissional. Paga-se bem

34 TRANSPORTES

Novas regras a partir de janeiro

36 ARTES

Músicos brasileiros em Paris

38 ARTIGO /Antônio Penteado Mendonça

Entre mortos e feridos salvaram-se todos

39 FRAUDES

Correndo atrás do prejuízo

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A Fenaseg
'if», 'fí SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO BALANÇO SOCIAL PRESTAÇÃO DE CONTAS À SOCIEDADE ■tó-í» 1 ;• v;,: ÜÍ.N. 2000 sumario! OtJTlIBRO/NOVBWBRO/DEZEMBfiOM2001
Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização
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FENASEG "Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização

Diretoria

Presidente:João Eiisio Ferraz de Campos

Vice-Presidentes:Júlio de Souza Avellar Neto, Luiz Tavares

Pereira Filho, Niiton Molína, Olavo Egydío Setúbal Júnior.

Renato Campos Martins Filho, Rubens dos Santos Dias,

Diretores: Brian John Guest,César Jorge Saad,Maurício

Accioly Neves. Mauro César Batista. Paulo Miguel Marraccini, Santi Cianci e Sérgio Ricardo Miranda Nazaré.

Conselho Fiscal

MembrosEfetivos:Aparecida Lopes,Jorge Carvalho e Lúcio

Antônio Marques.Suplentes:.iosé Maria Souza Teixeira Costa, Marivaldo Medeiros e Robert Charles Wheeler,

Conselho Consultivo

Presidente:João Elisio Ferraz de Campos

MembrosEletivos:Acácio Rosa de Queiroz Filho, Alfredo

Femandez de Larrea, Eduardo Baptista Vianna.Emilson Alonso, Federico Baroglio, Francisco Caiuby Vidígal. Jayme Brasil

Garfinkel, José Américo Peón de Sá,José Castro de Araújo

Rudge.Júlio Albuquerque Bien'enbach,Luciano Suzuki,Luiz de Campos Salies, Luiz Henrique S,L de Vasconcellos, Mário

José Gonzaga Petrelli. Mário Tebrelra Almeida Rossi. Patrick Larragoiü e Pedro Pereira de Freitas.

MembrosNatos:Alberto O, Conünentino de Araújo, Antônio

Tavares Câmara.Casimiro Blanco Gomez,Eugênio Oliveira

Mello,João Gilberto Possiede, Miguel Junqueira Pereira, Oswaido Mario Pego de Amorim Azevedo e Sérgio Passold.

REVISTA DE SEGUROS

Órgão Informativo da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização - Fenaseg,PUBLICAÇÃO

INTEGRANTE DO CONVÊNIO DE IMPRENSA DO MERCOSULCOPREME.Em conjunto com SIDEMA (Serviço Informativo do Mercado Segurador da República Argentina), EL PRODUCTOR (Publicação da Associação de Agentes e Produtores de Seguro da República Oriental do Uruguai) e Jornal dos Seguros (Publicação do Sindicato dos Corretores de Seguros e de Capitalização do Estado de São Paulo).

Editor-chefe; Paulo_Amador(MTb/MG 2.888)

Editora Executiva: Ângela Cunha(MTb/RJ 12.555)

Coordenação Editorial: VIATEfCTO

Tei/Fax:(021)2262.5215e2262.4736

Jornalista Resp.iVanlaMezzonato(MTb/RJ 14.850)

Programação Visual: Matiza Good 0*61.:2542.3989)

Colaboradores:Cíça Guedes. Elaine Rodrigues,Jorge Clapp.

Kelly Lubiato. Maria Lulsa Barros, Pedro Argemiro e Vagner

Ricardo.

Equipe ASCOM: Adriana Beltrão e Valéria Maciel

Escritório Fenaseg/Brasília - SCN/Quadra 1/Bloco C - Ed.

Brasília - Trade Center - sala 1607

Fotografia: Rosane Bieckerman e Adriana Loretti

Capa:Scalfa

Fotolito8:Dressa Color

Grálica; Wal Print

Distribuição:Sen/iços Gerais/Fenaseg

Redação e Correspondência: Assessoria de Comunicação e imprensa - Fenaseg(Rua Senador Dantas,74/12° andar.

Centro - Rio de Janeiro(RJ)- CER 20.031-201 - Telex:(021)

34505-DHJES

Fax:(21)2510.7839-Tel,(21)2510.7712

VAvw,fenaseg.org.br

Periodicidade:Trirneslrai

Circulação:5 mil exemplares

As matérias e artigos assinadossão de responsabilidade dos autores. As matérias publicadas nesta edição podem ser reproduzidas se identilicada a fonte.

OistritHilção Gratuita

Parceria e compromisso

Em publicação recentemente di

vulgada - "Seguros, Previdência e Capitalização, Balanço Social"- a Fenaseg acaba de demonstrar,de for ma incontrastável, a importância da atividade deste setor para a economia e a própria vida social do País. O Ba lanço desenha um perfil minucioso dos três segmentos,que no ano 2000 devolveu à sociedade brasileira,em forma de benefícios, indenizações, resgates e sorteios, mais de R$ 20,5 bilhões,ou seja,65% de toda a recei ta líquida das empresas que operam no setor. Destaca, ao tratar da ativi dade seguradora,entendida em sen tido abrangente dos três segmentos, sua importância no processo de for mação de reservas internas, ao provisionar recursos que, no exercí cio,foram superiores a R$ 31 bilhões. Publicado sob a forma de "Pres tação de Contas à Sociedade", o Ba lanço evidencia uma outra realidade altamente iranqüilizadora sobre a operação de Seguro,da Previdência Complementar Aberta e da Capitali zação em nosso País, ao mostrar que a solvência patrimonial das empre sas do setor, contabilizada em R$ 4,1 bilhões no ano 2000, ultrapassou com excelente margem as exigênci as feitas pelo governo.

Esses números, ao refletir a soli dez do setor, asseguram tranqüilida de para o consumidor. Para os 75 milhões de contratos de seguros em vigor na época da realização da pes quisa, propiciando a cobertura a ris-

ENTREVISTA/Casimiro Blanco Gómez

Mercado paulista cresce, apesar da crise

COS estimados em mais de R$ 5 tri lhões. Para milhares de planos de previdência complementar aberta adquiridos ou mantidos no ano 2000. E para os possuidores de 220,8 mi lhões de títulos de capitalização.

Uma outra decorrência desses números é a importância estratégica assumida pelas atividades relaciona das com o seguro,a previdência com plementar e a capitalização,que pro piciaram, no exercício considerado, o pagamento global de R$ 15,626 bi lhões em sinistros, renda e benefíci os; a prestação de assistência médico-hospitalar a mais de6 milhões de pessoas, através de 66 milhões de atendimentos; a indenização a mais de 110 mil vítimas de acidentes auto mobilísticos, e a reparação ou repo sição de mais de 900 mil veículos, dos quais 92 mil sinistrados em fur tos ou roubos.

Acreditamos, acima de tudo,que o "Balanço Social - Prestação de Con tas à Sociedade" servirá para desta car a contribuição da atividade segu radora aos programas de ação social, nos quais as empresas do setor inves tiram aproximadamente R$ 68,5 milhões, em projetos educacionais, culturais, desportivos,ou ações vol tadas à saúde.Sem dúvida nenhuma, um bom exemplo a ser acompanha do por outros segmentos da econo mia brasileira. Exemplo de parceria e compromisso com o País, na busca do bem-estar e da tranqüilidade da população.

O pTesidcTite do Sitidicuto dãs SegUTadoras de São Paulo fala sobre os resultados deste ano cjue termina e as expectativas para 2002.

Apesar de ter crescido 10% du

rante este ano, o desempenho do mercado de seguros de São Paulo não alcançou as prei>isões feitas para 2001. Esta é a avaliação do presidente do Sindicato das Empresas de Seguros Ptivados e de Capitalização do Estado, Casimiro Blanco Cómez, que também é vicepresidente da Porto Seguro Seguros. Nesta entrevista exclusiva, Casimiro Gómez faz uma análise conjuntural do mercado segurador paulista - que representou 49,3% do prêmio total do mercado nacional de seguros, previdência complementar aberta e capitalização em 2000 - e destaca a atuação do Sindicato junto à sociedade.

RS Qual será o saldo do ano de 2.001? Casimiro Blanco Gómez. Deveremos ter um crescimento de 10%, mas es perávamos um pouco mais de 2001. Nío início do ano, havia uma expec tativa de crescimento da economia, queda das taxas de juros etc. O cli ma começou a se deteriorar em março, O ápice foi em setembro, após os atentados terroristas. Eu acho que os resultados do mercado de seguros devem ser bons este ano. Muitas seguradoras ajustaram suas tarifas, principalmente na carteira de automóveis, para gerar um melhor resultado da atividade de seguros Em contraposição, o mercado de saúde, com a falta de ajuste de pre ço de planos mais antigos, deve apresentar resultados ruins.

RS Pontualnierte, quais foram as ques tões que mais abalaram o ano' Casimiro. Primeiro, a briga política

A editorial! pi
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JOÃO ELISIO FERRAZ DE CAMPOS Presidente da Fenaseg
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OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001
■ KELLY LUBIATO
'^'^BRO/NOVEMBRa/DEZEMBRO DE 2001
REVISTA DE SEGUROS 5.A

Depois, a crise argentina. Em se guida, o racionamento de energia elétrica. Em setembro, a derrubada dos prédios em Nova York... hou ve uma cascata de fatos que contri buíram para este resultado. Come çamos o ano com expectativa de crescimento de 20%

RS Que carteiras apresentaram os pi ores resultados?

Casimíro. Acho que as carteiras de ramos elementares apresentaram re sultados muito ruins em função das tarifas praticadas pelas seguradoras nos produtos de multi-riscos, resi denciais e industriais, pois as co berturas para danos elétricos foram subdimensionadas, e hou ve uma enormidade de danos elétricos com tem pestades, queda de energia etc. O mercado de ramos elementares deve fechar o ano com prejuízo.

RS Esses danos elétricos ocorreram em conseqüên cia do racionamento de energia?

Casimiro. Houve muitos pro blemas de danos elétricos devido a fortes tempestades em determinadas regiões, no início do ano. Os apagões iriam prejudicar ain da mais, caso tivessem ocorrido. Mas foram evitados com as medidas ado tadas pelo governo para racionar o consumo de energia. .

RS Como se comportou a carteira de automóveis em 2001, em São Pau lo?

Casimiro. O roubo de veículos em São Paulo teve pequena queda, de 10% a 15% em relação ao ano 2000. Entretanto, os custos de reparo so freram reajustes em função do pre ço das peças utilizadas, que muitas vezes são coladas em dólar. A sinistralidade total deve ter caído al guns pontos percentuais em rela ção ao ano anterior.

RS Os prêmios da carteira de automó veis devem cair?

Casimiro. O problema é que os pre ços estavam muito abaixo do prêmio de risco efetivo dos veículos. Houve pequeno ajuste neste ano e, em fun ção do qual, as seguradoras deverão obter algum resultado.

RS E que tipo de problema as segura doras enfrentaram este ano na car teira de seguro-saúde?

Casimiro. O problema no seguro-saú de foi que os planos antigos teriam que sofrer um ajuste técnico em fun

ção de acréscimo de custo de mate riais cirúrgicos, medicamentos, pro cedimentos e tratamentos hospitala-

mento do dólar, o mercado de segu ros perdeu receita substancialmente.

RS Em que condições o Brasil se apre sentará no mercado mundial em 2002?

Casimiro. Vamos sofrer uma queda de posições. Provavelmente isso afu gentará alguns candidatos a investi dores no País. Na verdade, creio que deve ter havido uma retração na intenção de vir para o Brasil, com o problema do câmbio. Agora, com a questão das eleições, em 2002, deve ficar tudo em compasso de espera, até que se defina quem vai ser o próximo comandante do Governo Federal.

RS Quais são as expectativas para o próximo ano, com a pers pectiva de mudança nos contra tos de resseguros?

RS As seguradoras terão problemas de colocação de risco?

Casimiro. Não acredito nisso.

RS Como foi o ano de 2001 para o Sindicato das Seguradoras de São Paulo, em seu primeiro ano de ges tão?

res, que são guiados pelo dólar. Como o governo só tem autorizado reajustes abaixo da inflação, a ope ração das seguradoras está muito pre judicada. Outro problema sério no mercado de saúde são os planos em presariais, nos quais os ajustes são permitidos, mas são feitos tardiamen te, e acabam causando índices altís simos de sinistralidade.

RS O aumento do dólar ao longo do ano também vai prejudicar o desem penho do mercado em números?

Casimiro. Tivemos um crescimento de receita estimado em 10%. O dólar variou em torno dos 40%. Realmen te, em comparação com o comporta-

Casimiro. Mesmo com elei ções, há a expectativa de cres cimento da economia maior do que em 2001, o que real mente pode fazer as receitas do mercado de seguros aescerem 20%. Como há a ex pectativa de que a taxa de juros não caia substancial mente, devemos continuar com resultados econômicos favoráveis em 2002.Talvez, no próximo ano, também se fle xibilize mais o ajuste de seguro-saú de para que o resultado das compa nhias que operam nesta carteira te nha uma melhora.

RS Como as mudanças no mercado mundial de resseguros podem in fluenciar o Brasil?

Casimiro. O IRB, que pelo jeito ain da manterá o monopólio, vai ter di ficuldade de colocação de alguns ris cos no exterior, porque as resseguradoras estrangeiras têm que recuperar suas perdas ocorridas em Nova York. Mas o mercado brasileiro nunca foi sujeito a grandes perdas. Eu acredito que, com algumas negociações, tudo deve funcionar bem.

Casimiro. Nós tivemos alguns even tos durante o ano, como o Fórum íurídico para Desembargadores do Tribunal de Alçada de São Paulo, e também fizemos uma reunião com os Procon's de São Paulo, no sen tido de esclarecer os conflitos que surgem nos casos de automóvel e saúde. Disponibilizamos o Sindica to para fazer intermediação de con flitos que surjam com as se guradoras. Chegamos a re ceber, inclusive, uma recla mação de um Procon do interior do Estado, que foi solucionada. Ficou para o próximo ano uma reunião com o Procon para fazer uma exposição sobre pla nos de Capitalização.

RS E em termos de convênios, o que o Sindicato viabili zou em 2001?

Casimiro. Estamos fazendo uma doação adicional, por solicitação do Secretário de Segu rança Pública de São Paulo, Marco Vinício Petreluzzi, para compor as equipes de investigação anti-seques tro e estamos em negociação com a Secretaria de Segurança para mon tar uma Central de Recepção de Ve ículos Roubados.

jxatainente esta Cen- RS O que seria e) trai? , Casimiro. Será uma Central para fa zer a perícia do veículo, centralizar a recepção e a posterior devolução ao proprietário legal. Fizemos con vênios com a Polícia Milhar no sen lido de fornecer a eles guinchos para recolher veículos roubados que sao localizados na rua. Esta iniciativa tem o objetivo de liberar as equi

pes da Polícia Militar para outras atividades de ronda. Outro ponto importante é que teremos a infor mação de que o veículo roubado foi recuperado mais rapidamente para, assim, evitar que as segurado ras tenham prejuízos com indeni zações por veículos que já foram recuperados. E para não ter que fi car sujeitos a pagamento de inter mediários de informações.

RS Essa prática ainda é muito comum?

Casimiro. Existem empresas especi alizadas em obter informações so bre veículos roubados. Com essas medidas, talvez se consiga reduzir o espectro atual.

I

ria, e Sindicato dos Transportadores para discutir medidas que possibili tem a redução de roubo de cargas.

RS Mas houve algum resultado práti co na carteira de seguro de trans portes, por exemplo?

Casimiro. No Estado de São Paulo ain da existe algum volume de roubo de cargas; porém, em alguns segmentos já foram observadas reduções, como no transporte de medicamentos, em que houve queda substancial. Não só por ação da polícia, mas pelo con junto de medidas adotadas.

RS Em que outros tipos de ação o Sindicato está atuando?

RS Quando esta Central deve entrar em funcionamento?

Casimiro. Faremos uma assembléia com as empresas associadas ao Sin dicato e, se aprovada, levaremos uma minuta de convênio para a Secreta ria de Segurança Pública para que se defina a forma de atuação con junta.

RS Esse tipo de convênio traz resulta dos efetivos para o mercado de se guros?

Casimiro- Sim, porque nós temos ca nais de comunicação que verificam este funcionamento. O Sindicato de São Paulo já participa há muito tem po do Procarga, que é um Programa da Secretaria de Segurança que en volve as polícias Militar e Rodoviá-

Casimiro. O Sindicato, como um dos fundadores do Insti tuto São Paulo Contra a Vio lência, tem atuado tanto no Conselho quanto na direto ria do Instituto, e tem auxili ado na implantação e no de senvolvimento do Disque-Denúncia, que atualmente ope ra na capital, em lacareí e será implantado na região metro politana de Campinas. O Ins tituto também tem aluado no _ Fórum Metropolitano de Se gurança Pública, que reúne os prefeitos que, nas cidades da grande São Paulo, estão engajados em ações para reduzir a violência. Esse modelo de Fórum já está sendo estendido a outros municípios do Es tado de São Paulo, num trabalho que deve ser desenvolvido durante anos até que comece a trazer resultados.

RS Voltando ao mercado de seguros, que produtos podem se destacar em 2002?

Casimiro. Devem crescer os seguros de Responsabilidade Civil Profissi onal. Fstá sendo discutida no Con gresso Nacional a obrigatoriedade de as construtoras contratarem um se guro de garantia da entrega da obra As seguradoras somente desenvolvem produtos que tenham massa sufici ente para a sua comercialização.

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acho que os resultados do mercado de seguros devem ser bons este ano. Multas seguradoras ajustaram suas tarifas, principalmente na carteira de automóveis, para gerar um melhor resultado da atividade de seguros"
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o monopólio, vai ter dificuldade de colocação de alguns riscos no
exterior, porque as resseguradoras estrangeiras têm que recuperar suas perdas em Nova York"
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A PROFISSIONALIZAÇÃO DO SEGURO

ANGELA CUNHA

paração de profissionais que dêem conta de um mercado emergente,so fisticado, que se moderniza com ve locidade. "Não há tempo a perder. Precisamos investir mais na forma ção de profissionais, atraí-los aos ban cos das escolas", adverte o professor Cláudio Contador, secretário execu tivo da Funenseg. Segundo ele, as necessidades são tantas, que a mo bilização em ampliar esse ensino tem que ser imediata.

Pressionado por mudanças como a valorização dos seguros pessoais e de responsabilidade civil; o novo perfil da previdência privada; e a eminente privatização do resseguro e do seguro de acidentes do traba lho, o mercado pôde sentir na pele. aquela necessidade, com o impacto dos atentados terroristas no dia 11 de setembro passado contra os Esta dos Unidos."Até onde estaremos pre parados para avaliar, mensurar ris cos de grandes catástrofes? , iiidaga o superintendente.E acrescenta: Nin guém fala mais no acidente com a plataforma da Petrobras e não esta mos livres desse tipo de problema. Os profissionais brasileiros devem estar fortemente preocupados com essa possibilidade", sugere.

Depois de experimentar mudanças profundas na última década, o mercado de seguros volta suas atenções agora para a (Qualificação de pessoal

Analistas do setor de seguros, previdência complementar aberta e capitalização no Bra sil avisam: 2002 será o ano da pro fissionalização do seguro. Após pas sar nos últimos dez anos por múlti plas e profundas mudanças de ordem econômica, política e sobretudo téc nica, esse segmento precisa, agora, voltar mais sua atenção para a pre-

apatia. Cláudio Contador acha que há uma certa apatia do setor em e senvolver formação de profissionais para lidar com sinistros vultosos. Mas, pelo lado da regulação, brinda o m teresse e sintonia dos órgãos gover namentais em participar mais vãmente do trabalho direciona o a maior qualificação profissional no setor de seguros. A Susep, autarquia que fiscaliza e normaliza o merca do, subordinada ao Ministério da Fazenda, sinalizou essa nova fase ao ditar, no mês de outubro deste ano, novas regras para a habilitação reter de seguros, visando aper eiço amento profissional e, conseqüente mente, melhor prestação de serviços.

Para ser um corretor de seguros,

IBMEC : MBA Executivo em Seguros (SP)

Universidade Castelo Branco: Curso Superior de Executivo em Operações de Seguros

PUC-Rio

AICPCU / IIA - American Institute for Chartered Property Casualty Underwriters / Insurance Institute of América (EUA)

IIF - International Insurance Foundation (USA)

CII - Chatered Insurance Institute (Inglaterra)

Asociation Argentina de Companias de Seguros (Argentina)

LOMA - Life Office Management Association (USA): convênio através da Delhos Serviços Técnicos

Escuela Cubana de Seguros (Cuba)

Fundación Mapfre (Espanha)

além de curso e exame apropriados, é preciso ter o 2° grau completo. Agora, o corretor também só vai poder atuar nos ramos de vida, pre vidência e capitalização se fizer cur so específico, na Funenseg. Antes da nova exigência, bastava uma indica ção da seguradora para o conetor se cadastrar na Susep. O pacote da Su

^ ■ Cláudio Contador "não há mais tempo a perder"

sep apresenta ainda outra exi gência: todos os corretores de seguros do País, estimados hoje em 70 mil, terão que fa zer cursos de reciclagem pe riódicos. Isso significa uma nova demanda que a escola oficial de seguros do merca do, a Funenseg, terá que ab sorver. "O desafio é enorme, mas temos certeza que não há outro caminho a não olhar se riamente para a formação de profissionais no Brasil. E não estamos falando só de corre tor, mas também de técnicos e de futuros executivos", diz.

TALENTOS. Esse olhar mais acurado possibilitou, por exemplo, dar vida nova a um programa que já existia, mas não estava sendo explorado em todo o seu potencial - o Banco de Novos Talentos, que alia teoria e prá tica. O programa foi lançado pela Fu nenseg em 1999 em parceria coma

capa!
A.8.
REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 ®fTllBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO K 2001
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iS: PARCERIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
REVISTA DE SEGUROS.9. A

INVESTIR PARA PROGREDIR

A superintendente de ensino da Funenseg, Silvia Klein, vai di reto ao ponto: a profissionaliza ção do seguro está estreitamente ligada à capacidade de o empre sário do setor de seguros enten der treinamento e qualificação profissional como um investimen to. Não havendo essa compreen são os esforços das entidades que cuidam do ensino de seguros, não serão em vão, mas ficarão órfãos de quem mais poderá contribuir para a criação de condições cada vez mais favoráveis à realização de um trabalho mais eficaz. A visão de Silvia sobre o assunto trans cende a materialidade das ques tões didáticas e do acervo hoje disponível para o aprimoramen to dos profissionais de seguro. Postura ética, emoção, bom-senso, criatividade e espírito de lide rança são atributos indispensáveis ao profissional maduro e moder no, no seu entendimento. Veja, a seguir, o depoimento que a pro fessora deu à Revista de Seguros:

"Algum tempo essa questão de treinamento, como veículo de profissionalização do indivíduo, vem sendo anunciada não só no mercado de seguros mas em to dos os setores de trabalho no mun do. Treinamento como educação para o indivíduo, que para deci dir precisa ter informações mais exatas, corretas e seguras. A idéia é amiga, mas atual, e depende dela para que esses profissionais acom panhem o boom da transforma ção. K quem está dirigindo seu negócio que acredite também que esse é um veículo para tornar suas empresas mais ricas, lucrativas, efi cientes, E com isso investir um pouco mais nos diversos tipos de treinamento que hoje a Funenseg

Publicações da Funenseg: atentas à necessidade de se promover uma formação diferenciada

oferece ao mercado. Desde o trei namento básico, que possibilita compreender a terminologia do mundo do seguro, até o treina mento mais específico, de cursos de pós-graduação, que visam es pecializar o profissional da área e atualizá-lo com as mais novas técnicas, com os mais novos co nhecimentos que o mundo aca dêmico hoje está trocando com o mundo dos empresários.

Quem sabe até daqui a algum tempo esse mercado não venha investir em seus próprios mestres, a partir de um curso de pós-gra duação não só mais latu sensu, mas stricto sensu, um mestrado profissionalizante, que é um so nho da Funenseg realizar. Mais

uma vez chamo a atenção para a neces sidade de quem diri ge o mercado acredi tar nesse sonho. E de que maneira? Inves tindo recursos, para que daqui a dois ou três anos a indústria, de seguros tenha o seu profissional com uma formação dife renciada, a exemplo do que ocorreu com o mercado financei ro. Um profissional de seguros com co nhecimento organi zado e didático, que possa multiplicar isso no seu ambiente de trabalho.

É preciso mobi lizar os empresári os para que ele acredite em treina mento, em educa ção como um inves timento que venha melhorar a ca pacidade profissional do seu fun cionário. Conhecimento e educa ção têm um preço. Acho que as pessoas hoje têm vontade de cres cer, de procurar estudo. Estamos assistindo um movimento gran de do mercado no sentido de se aprofundar em vários assuntos. Não existe mais espaço para se trabalhar na base do achismo e do ensaio-erro.

Profissionalização não é só crescer em conhecimento, é cres cer enquanto pessoa, que sabe equilibrar o mundo da razão e as questões das relações humanas. Um bom profissional é aquele que sabe de uma maneira equilibrada levar o seu grupo."

Susep, com o objetivo de municiar as empresas de profissionais mais preparados nas áreas de Atuária, Es tatística, Economia, Administração e Contabilidade,a partir do treinamen to de universitários naquele órgão. Os candidatos a uma vaga de está gio na Susep são selecionados pela Funenseg, aonde fazem um curso básico de seguros. "Tínhamos um produto excelente praticamente es condido. Nem as seguradoras e as universidades tinham conhecimen to dele. Era a galinha que estava bo tando ovos de ouro e ninguém sa bia", brinca Cláudio Contador. O núlucro de participantes é limitado hoje 3 35, porque a Susep não tem como absorver em seu quadro funcional um efetivo maior. Esse número, diz o se cretário executivo, ainda não dá para modificar o mercado. Mas num fu turo próximo haverá condições de duplicá-lo, começando então a fazer diferença.

Para os que já estão no mercado de seguros, a opção de melhorar a qualificação profissional consiste em treinamentos e cursos específicos que já são praxe na Escola, mas que ago ra acabam de ganhar status acadêmi co, Um acordo assinado recentemente entre a Funenseg e o IBMEC (Insti tuto Brasileiro de Mercado de Capi tais) vai possibilitar que os profissi onais das mais variadas regiões do País façam o M BA de Seguros e Pre vidência. "Além de reciclagem, esses profissionais precisam de um tipo de conteúdo que só um MBA pode dar , explica Contador. A decisão de en tregar a condução desse curso a uma só instituição de ensino, no caso o 'BMEC, partiu da necessidade de se padronizar o conhecimento, univer salizar a linguagem, como forma de propiciar a esses profissionais con dições de atuar em qualquer meicado regional.

Outra semente plantada para aten der o técnico e o executivo de segu■"os é o Programa de Apoio à Pesqui

sa. Lançado há cinco anos na Uni versidade Federal do Paraná, somente agora começa a dar íhitos. A Univer sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ea Universidade Santa Úrsula (USU)deverão seras próximas a ade rir ao programa. O secretário execu tivo da Funenseg esclarece que, no campo da educação, de formação profissional acadêmica, os resultados sempre demoram mais a aparecer, pela complexidade intrínseca desse

processo. "É como uma plantinha que tem que ser bem cuidada, com muita paciência, senão morre", com para. Na visão de Cláudio, a publi cação recorde de 14 títulos publica dos este ano (em 2000 foram três ape nas) ilustra bem essa situação. É que grande pane dessa produção técnico-Iiterária foi iniciada no ano pas sado, o que mostra a falta de resul tados instantâneos. "Se este ano ti vesse 15 meses, chegaríamos ao seu

NOVOS TALENTOS

Os cariocas Juliana Comes Botelho, 21 anos, e Vitor Neves Martins Purê24, fazem parte da safra de novos profissionais deseguros, previdência e ca pitalização. Eles participaram do convênio de cooperação técnica Funensegj Susep, que inclui curso de Introdução do Seguro e estágio, e hoje estão traba lhando em seguradoras, fazendo o que estudaram e gostam: cálculos atuariais. Julianaforma-se este ano em Ciências Atuariais e pretendefazer mestrado, paraseespecializarmais noassunto. "Foifácilconseguirestágiona Susep. Estava no 4" período dafaculdade de Ciêticiais Atuariais, issofoi no segundo semes tre de 2000. Fui traba lhar no Decon (Departa mento de Controle Eco nômico) e logo gostei do sewiço. Senti queseguros era uma boa área para se atuar. Terminei o estágio em maio deste ano e em julhojáestava trabalhan do na Generali do Bra sil", diz, ainda surpresa com a rapidez com que tudo aconteceu.

Vitor Neves também senté-se assim. Ainda mm linha terminado o estágio na Susep, em dezembro de 199% ano da suaformatura, ejá estam sendo procurado porcinco segura doras. Ao optarpela SulAmérica Saúde, acabou mudando, também, suaforma de vida. Deixou o Rw de Janeiro ejoi morar em São Paulo "com a cara e a coragem". E nãose airepende. Em menos de um ano conseguiu compraraparlamento, que divide com dois amigos.

atuária e hojeocupo o cargo degerente atuarial. A Susep é um tios melhores lugares do mercadopara sefazerestágio, porque agente aprende mesmo Mi nlwexperiêncialájoinaáreadereservasdomercadoetarifação. Masexisteuma gama enorme de possibilidades, dentro do setor de seguros, onde se pode anii car a atuária", afirma Vitor.

Fu-

"Estoumuitofelizprofissionalmente. EntreinaSulAméticacomotécnicoem
A. 10 REVISTA OE SEGUROS OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 > '^'^BRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2001 REVISTA DE SEGUROS • U . A
Juliana e Vifor participaram do convênio dT cooperação técnica entre Funenseg e Susep

final com 21 títulos. Não seria uma maravilha?".

O entusiasmo do se cretário executivo encon tra eco na demanda pela revista oficial da Funenseg, a "Caderno de Segu ros", que cresceu, a des peito da sua assinatura passar a ser paga. E tam bém na grande afluência de participantes que os se minários e fóruns de dis cussões da Escola tem atraído. Fatos que, no seu entendimento, vêm sina lizar uma situação extre mamente favorável: a existência de um merca do ávido em adquirir in formação,conhecimento, para poder acompanhar as mudanças ocorridas no segmento de seguros."O Brasil mu dou muito, e vejo que estamos atra sados, principalmente no que se re fere à formação profissional".

CUR Ge

SOS PARA TODOS OS GOSTOS E APTIDÕES

stão de Negócios e Estratégias Comerciais para Corretores de Seguros

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Habilitação de Corretores de Seguros de Vida, Previdência e Capitalização, entre outros.

sujeito de pastinha,incomo dando as pessoas na tenta tiva de vender seguro de au tomóvel, e à da seguradora que faz tudo para dificultar o pagamento de indeniza ção ao segurado", justifica.

Exige-se um novo perfil

POTENCIAL. A desregulamentação do seguro e a estabilidade econômica do Brasil foram alguns dos fatores que ajudaram o setor de seguros a deslanchar e,conseqüentemente,a tomálo um mercado profissional mais atraente.Trabalham hoje diretamente com seguro cerca de 55 mil pessoas, segundo dados recentes da G. Tagliavini Consultoria. Número que tende a crescer, levando-se em con ta o grande potencial do setor a ser explorado. Dentre as áreas carentes de profissionais especializados, Cláu dio Contador volta a citar a de res ponsabilidade civil, a de seguros pes soais(vida, previdência privada e ca pitalização). Resseguros e acidentes do trabalho são outros exemplos clás sicos de novas frentes de trabalho. A quebra do monopólio desses mer cados demandará um considerável contingente de profissionais aptos a assumir funções que,no caso de res-

cursos de reciclagem periódicos

seguro, só existe no IRB-Brasil Re - e na área de acidentes do trabalho, dei xaram de existir na iniciativa priva da em 1967, com a estatização da carteira.

Outro tipo de seguro que ainda não foi contemplado como deveria é o de meio ambiente. "Um merca do de grande futuro", enfatiza o se cretário executivo. Mas ao mesmo tempo em que se ampliam as chan ces de um novo trabalho e a indús tria do seguro avança, o setor conti nua enfrentando a distorção da ima gem do seguro. "Ainda é muito forte a imagem do seguro associada ao

DIVULGAÇÃO.Para desmistificaresse conceito,segun do Contador, é preciso intensificar o trabalho de divulgação institucional do seguro, sem descuidar da área acadêmica. Para ele, o ideal é que se colo que em prática um traba lho paralelo de valoriza ção/divulgação institucio nal do seguro e de gera ção/disseminação de co nhecimento."A verdade é que estamos fazendo mui ta coisa que ainda é desconhecida do grande público. Veja o exemplo do Banco de Talentos", destaca. Conta dor acredita que o desmembramen to da Funenseg em duas organizações - uma voltada para as ações ligadas aos corretores de seguros e outra para a área de ensino e pesquisa - vai fa cilitar o desenvolvimento de um tra balho mais rápido, profissional e fo cado nos públicos específicos. Ele adianta que uma das prioridades da nova entidade a ser criada, a Feps (Federação de Ensino e Pesquisa de Seguros), será incrementar as ativi dades envolvendo as universidades. Por conta desse processo de fusão, a Funenseg viveu os últimos meses em compasso de espera, freando suas ações e decisões. Mas agora, com a definição conceituai e operacional das duas fundações, os projetos e progra mas retomarão a normalidade. Re centemente, houve a integração da Funenseg no Institute for Global Insurance Education, entidade dos Es tados Unidos que desfruta de grande prestígio no mundo."O Brasil agora é uma voz ouvida nesse segmento".

um novo profissional. A máxi ma é incontestável, diante das mudanças que se sucedem nos mer cados de seguros do Brasil e de ou tros países da América Latina. Que atributos deve ter o profissional des se novo mercado? A questão ganhou maior amplitude, em outubro passa do, ao ser debatida na XVIll Confe rência Hemisférica de Seguros, reali zada pela Fides (Federação Interamericana de Empresas de Seguros) em Lima, no Peru, com a participação de 1300 representantes de 19 países, en tre eles o Brasil.

O tema "Perfil do profissional do terceiro milênio" foi abordado pelo diretor da Divisão Américas da Swiss Re, Fernando Gentil. Ele destacou que, ern tempo de transformações profundas e velozes no mercado la tino-americano de seguros e ressegu ros, a capacitação profissional, como fonte de vantagem competitiva, reve la-se fator estratégico para se lograr êxito. E como alavancas importantes desse processo de mudanças citou as seguintes: as novas necessidades e consumo, decorrentes de reformas como a da previdência social e o seguro de acidentes do trabalho, e e privatizações; a valorização do geren ciamento de riscos, e da reestrutura Ção empresarial; e a pressão da com Petitividade sobre as empresas, exi gindo maior competência. Esta, por sua vez, na avaliação do direton e im Pulsionada pelos fatores glo a iza Çào, convergência de serviços finan ceiros e tecnologia.

CONDIÇÃO BÁSICA. No aspecto da globalização, Fernando Gentil obser vou que a participação estrangeira nos mercados da América Latina e um rrtovimento crescente, já representan

Evento realizado pela Fides destaca a formação

como

para se obter êxito nos negócios de seguros

do 80% do volume de prêmios na Ar gentina, e 70% no Chile. No Brasil, ela já atinge 50%. Uma das conseqü ências disso, segundo ele, é que fica rá cada vez mais difícil para os segu radores locais competirem, em mer cados de grandes riscos comerciais, com a experiência e a capacidade fi nanceira dos grupos intemacionais. Mas o fato de produtos, serviços e

básica para que as empresas possam desenvolver mecanismos para tender às novas demandas. Capacitação essa que possibilitará, por exemplo, otimizar a gestão dos recursos tecno lógicos e financeiros corporativos das empresas. Os resultados são previsí veis: maior agilidade, redução de cus tos, produtos mais criativos, gerência integrada de riscos e capital e combi nação de arquitetura de seguros e soluções financeiras, maior eficiência na análise de riscos.

canais de distribuição terem que se adaptar às necessidades locais, cons titui-se, na sua avaliação, em vanta gem competitiva para as companhi as nacionais, que têm a seu favor a prevalência das relações formais e in formais com os clientes. "Essas em presas devem centralizar-se nos ser viços básicos e encontrar os sócios adequados", sugeriu.

Fernando disse que a qualificação dos profissionais do setor é condição

NOVO CONTEXTO.Para traba lhar nesse novo contexto, o profissional do mercado de se guros e resseguros,traçado pelo executivo, deve estar capacita do em análise de riscos e atuária, possuir know-how financeiro-empresaria! e sobre os mer cados financeiros de um modo geral, conhecer bem informá tica e ler facilidade de trabalhar em equipe, curiosidade intelectual e espírito empresarial. As empresas caberá, entre outras iniciativas, saber como atrair esse novo profissional. O diretor da Swiss Re deu a receita: identificar e recrutar pessoal com potencial; remunerar em fdnção do rendimento; garantir esta bilidade, fomentar a marca, impulsi onar a mudança e a inovação; criar uma organização de aprendizagem e negociar a complexidade.

FIDES
Á .12.REVISTA DE
SEGUROS
o pacote da Susep exige que todos os 70 mil corretores de seguros do País façam
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO OE 2001
Para um mercado emergente,
profissional
fator estratégico
"A qualificação dos profissionais do setor é condição básica para que as empresas possam desenvolver mecanismos para atender às novas demandas"
®tRllBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001
revista de seguros.12. Ák

Riscos contagiam mercado brasileiro

Os estragos causados pelos atentados aos Estados Unidos e a Guerra no Afeganistão respingaram no mercado nacional, cjue também deve responder por perdas

Confirmou-seoesperado:omer

cado de seguros nacional come ça a ser convocado para partici par do rateio mundial decorrente das perdas causadas pelos ateniadps aos Es tados Unidos, em 11 de setembro, ou dos temores dos seguradores e resseguradores internacionais de novos prejuí zos causados pela guerra no Afeganistão e a ameaça velada de novos atos terro ristas. Resultado:os preços das cobertu ras que possam ser afetadas pelo quadro de insegurança mundial passaram a ter o céu como limite ou tiveram simples mente as garantias suspensas.

No caso brasileiro, além da perspec tiva de encarecimento do excedente de riscos repassado ao exterior, surgiram dijvidas sobre se alguns eventos,como atentados ou uso de armas biológicas, estão protegidos pelas atuais cláusulas dos contratos. Na dúvida,a Superinten dência de Seguros Privados(Susep)edi

tou a circular 168 sobre a clara definição de atos terroristas e a respeito da venda facultativa desta cobertura pelo merca do doméstico. No caso de um imprová vel- mas não impossível- uso de armas biológicas ou químicas no País, o mer cado tende a acolher a tese de que estes eventos devem ser considerados riscos extraordinários para efeito de proteção de seguros,e a conta dos eventuais estra gos deve ficar a cargo do Governo.

"Não há como o mercado privado responder por riscos catastróficos que representam o uso de armas biológicas. O mais indicado é que haja fundos pú blicos para custear as pesadas indeniza ções",sugere Paulo Kurpan,diretor téc nico da CGU Cia.de Seguros.Por sorte, dadas as caractenslicas do mercado bra sileiro,o tom hard dos resseguradores estrangeiros não afetará todas as moda lidades de coberturas ofertadas pelas se guradoras nacionais,deixando as mais tradicionais e expressivas em termos de prêmios auferidos distantes do encare cimento das tarifas.

TAXAS SALGADAS. Porém,fora do gru po de apólices massificadas, como automóveis,saúde e vida - que em ge ral têm seus riscos absorvidos integral mente pelo mercado doméstico - não há dúvidas de que as de elevados capi tais segurados, como as da linha de property(propriedade),terão as taxas de prêmios cada vez mais salgadas, re conhece o vice-presidente do IRB-Brasil Re,Francisco Pinho.Só o IRB,na re novação de sua carteira de property no exterior,teve de suportar taxas 30% aci ma do ano passado (o novo contrato entrou em vigor em 1° de novembro)e limites menores de coberturas.

Daí o desembolso do IRB-Brasil Re tersaltado de US$ 20 milhões para LIS$

26 milhões desta vez."O impaao dos atentados foi muito grande. Embora não haja precisão das perdas, sabe-se que é algo entre US$ 30 bilhões e US$ 50 bilhões. E em razão disso começa a haver uma natural tentativa de reaiperaçâo dos prejuízos,especialmente nos casos das apólices de Responsabilidade

Civil e Cascos Aeronáuticos e Maríti mose algumas outras de propriedades", assinala ele, Apesar disso. Pinho desta ca que as apólicessujeitas ao tarifaço, no caso brasileiro, não representam a mai or parte da produção de prêmios dasse guradoras nacionais, cujo foco são os produtos de varejo."No caso de riscos de propriedades,o encarecimento não será tão intenso no mercado brasileiro,

por conta de seu perfil, mas haverá efei tos,especialmente nas renovações avul sas de algumas apólices", adverte Pinho. De qualquer forma,haverá custos mais pesados para ossegurados que estão no grupo de risco, como as companhias aéreas e marítimas. Ele cita o exemplo da Varig,cuja colocação do excedente de responsabilidade no mercado externo custou US$ 49 milhões em prêmiosmais de 500% acima da renovação an terior, que era de US$ 8 milhões.

CONTÁGIO EXTERNO. Paulo Kurpan também está convencido de que o contágio externo de taxas será restrito no País e não envolverá as apólices de pequeno e médio riscos, mas sim as de riscos vultosos e de segmentos com a curva de sinistralidade em alta no' mercado mundial. Na percepção do mercado estrangeiro, alguns fatores têm potencial de provocar mais pres são sobre as contas das seguradoras e resseguradoras, como a guerra no Afeganistão; novas ações tenorislas em várias partes do mundo em resposta ao ataques americanos; e o uso de armas biológicas.Apesar da tradição pacifista do Brasil - o país deu apenas apoio aos Estados Unidos,mas não enviou tropas para o confronto - a presença de multinacionais em seu território suscita o te mor de que estas instalações possam ser alvos potenciais de atentados liderados pot Osama bin Laden.Em razão disso, além de cascos aeronáuticos e maríti mos,a perspectiva é de encarecimento das apólices para plantas industriais. No caso de guerra, a suspensão da cobertura ou algum encarecimento preventivo para as áreas de proximi dade do conflito farão as companhias marítimas mais cautelosas, segundo Pinho. Mas ele descarta a possibilida de de aumento de sinistros com em barcações de bandeira brasileira. Na sua avaliação, o prolongamento da guerra no Afeganistão provocará mais impactos no plano econômico do que sobre o mercado de seguros,cujo pior ' momento já passou.

GUERRAi
"O mercado privado não tem como responder pelos riscos do uso de armas biológicas. O mais indicado é que haja fundos públicos para as indenizações"
Paulo Kurpan (CGU)
aVa REVISTA DE SEGUROS OimJBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 OWTtJBRO/NOVEMBRO/DE2IMBRO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS • l"» •A

Quando tudo falha,o seguro

Atragédia do dia 11 desetem

bro, que vitimou Nova Ior que e sensibilizou o mundo civilizado deixou uma perda patri monial que as companhias de se guros estimam entre US$ 15 e 20 bilhões de dólares, dos quais US$ 3 bilhões representados pelos danos diretos às torres do World Trade Center inteiramente destruídas.

Além do sofrimento físico e da agressão moral infligida à popu lação vitimada, a destruição das torres gêmeas transformou em pó e metal retorcido, a mão do ter rorismo golpeou frontalmente o ânimo de famílias e instituições, que desde então vêm sendo desa fiadas a encontrar força e motiva ção que seja capaz de mobilizálas, para a difícil tarefa da recons trução do que foi devastado.

Ainda em meio ao fragor dos gritos e do sofrimento, logo nos primeiros instantes levantou-se uma questão de natureza econô mica, prudentemente centrada em uma indagação muito prática. Os analistas queriam saber em que medida o patrimônio, a saúde e as próprias vidas, do palco e dos atores sinistrados, achavam-se cobertos por apólices de seguros. Saber até que ponto seria possí vel, do ponto de vista estritamen te material, superar por meio do seguro e pela indenização, a par te mais visível das conseqüências econômicas da tragédia, para cujo enfrentamento a previdência hu mana vem secularmente aperfeiço ando meios de prevenção ou repa ração.

A resposta foi quase que imedi ata. Em momentos como esse, o seguro não tem a capacidade samaritana de evitar as lágrimas. Entretanto, concebido como forma de enfrentamento ao risco aleató rio e ao dano imprevisível, pode representar exatamente a força mo ral que propicia os meios indis pensáveis à reconstituição dos pa trimônios perdidos, à recuperação da saúde e à manutenção das vidas de tantas pessoas que tenham sido abaladas pela perda de seus entes queridos.

Também fica evidenciada uma verdade de nossos dias; não se pode pensar em grandes investimentos, em projetos fatalmente sujeitos ao risco, que é próprio da condição humana,sem que se pense na con

tratação do seguro. E o sistema produtivo en contra aí, nesse instru mento de tranqüilida de, na contratação dos seguros que protegem contra a inprevisibilidade do risco futuro, a mais palpável de todas as certezas que motivam o empresariado a man ter seus investimentos em fábricas, instalações e equipamentos.

A apólice de seguros, ao liberar os agentes pro dutivos dos riscos que lhe são inerentes, e ao garantir a eventual repo sição de bens, indeniza ções e benefícios em face dos infortúnios, mostra sua verdadeira essência e sua melhor justifica ção econômica.Pode-se mesmo afirmar, nos dias de hoje, diante da realidade das grandes co moções e dos grandes sustos e tragé dias que abalam as instituições e as rendas familiares, que dificilmente os agentes econômicos se mobiliza riam para a alocação de risco de seus capitais,se não pudessem dispor des sa garantia. Desse modo de previnir a perda do patrimônio e de outros valores tão essenciais à tranqüilida de individual ou coletiva, pela utili zação das apólices de seguro.

Não era sem razão, portanto, que Henry Ford costumava afirmar que, quando tudo o mais falha, ain da existe o seguro. Uma verdade que o mundo felizmente conhece, e que poderá representar a possibi lidade de reconstrução das áreas devastadas de Nova Iorque.

Preparatório a Distância para o ExarnG de Habilitação de Corretores de Vida, Capitalização e Previdência Privada. ' (Resolução n° 62 do CIMSP) epare-se para o

2002!

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A.16.REVISTA DE SEGUROS
OimíBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001
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REALtDADEl^

através dos números e de dados estatísticos, o que o ci dadão brasileiro, ainda que gradual mente, já começa a perceber no seu dia-a-dia; o quanto o seguro, a pre vidência privada aberta e a capitali zação são importantes para a socie dade. O ponto de partida é o Balan ço Social do Mercado 2000, que a federação vai distribuir até o final deste ano. A idéia básica é perfilar esse mercado, mostrando o que os segmentos que o compõem geram de riquezas e, principalmente, de poupança doméstica. Nesse contex to, um dos destaques do trabalho é o detalhamento da parcela dos valo res investidos em apólices de segu ros, planos de previdência aberta e títulos de capitalização que retoma para a sociedade, seja como indeni zação, benefício ou resgate.

Segundo Ricardo Xavier, superintendente-adjunto da Fenaseg, a pre visão é de que o balanço seja editado anualmente. Dessa forma, será possí vel identificar, com muito mais clare za, os avanços obtidos em cada aspec to que é tratado na pesquisa. A edi ção atual terá, no mínimo, seis mil exemplares, que serão distribuídos entre os executivos e profissionais do mercado e os formadores de opinião nos diversos segmentos da sociedade brasileira.

Ele explica que, para tornar o en tendimento ainda mais fácil pelos lei gos, foram alteradas até mesmo algu mas terminologias mais tradicionais do setor: "Procuramos não falar em reservas, como de costume, mas em poupança, que é um termo bem mais compatível corn o objetivo do balan ço social", exemplifica.

Ricardo Xavier assinala ainda que, além de identificar a atividade de se guros, de previdência privada e de ca pitalização como geradora de pou pança de médio e longo prazos para

Balanço Social mostra a pujança do mercado

O documento mostra (\ue 55% da receita do mercado no ano de 2000 voltaram às mãos dos segurados em forma de indenizações, benefícios e resgates

TOTAL CUSTO DE PRESERVAÇÃO DA RIQUEZA: R$ 13.326,1 Milhões

o cidadão comum e, de modo geral, para o País,o balanço social tem tam bém o objetivo de mostrar esse mer cado como um propagador de rique zas, mesmo que de forma indireta. Para tanto, o trabalho desfia os valores que, no exercício passado, foram transferidos para os corretores de seguros, pessoas físicas e jurídicas, a título de comissão de corretagem, ou para as campanhas de publicida de, as despesas gerais das empresas e pagamento de tributos, entre ouüos gastos.

PATRIMÔNIO. Outro aspecto impor tante ressaltado por Ricardo Xavier é a apresentação de dados que compro vam o elevado grau de solvência do mercado brasileiro. Nesse sentido, o balanço social esmiuça a estrutura pa trimonial das diversas empresas e grupos que operam no setor, suas re servas técnicas acumuladas, os ativos líquidos.

MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA

. I ...c Ap sustentação do processo de desenvolvi- Uma das principais c .^^^nficação dos profissionais do setor, mento do mercado f^esse sentido, o balanço social sobretudo do ponto de vista ed ^ instrução elaborado pela Fenaseg mostra, em nun do securitdrio. aút/iViíw; nada menos do que 58% O estudo não deixa ^ universitário, de doutorado dos empregados das segu superior ou chegaram ou mestrado, estão mairicid concluído os estudos. a freqüentar uma brasileiros concluíram o 2" Gr^u e apenas Outros 34% dos securi operam no país ainda não 8% dos empregados das seguradoras que ope atingiram esse nível ' : ^oijre o perfil do securiídrio revela Segundo Ricardo Pr^ outro dado bastante inler > apuramos que há nos postos de trabalho disponi i i ^ ocupam aproximadaapenas u,m H.eira '.Í.05 postos fá está cont mente 52% dessas vagas. Ou . p,naseg as mulheres",

aponta iunibém detalhes sobre a Ele acrescenta que ^ natureza dos benefícios.que costuremuneraçao media do ^ empresas do setor, a divisão da ntatn ser ofereciáos e^s ^

mão-tle-obra rotatividade no ompro.o.

sional esta alocado e o nu e

Em outro tópico, tido como o ponto principal do trabalho, é expli cado como os valores pagos na con tratação do seguro ou aplicados em planos de previdência privada aber ta e nos títulos de capitalização vol tam para a sociedade. O documento destaca, nesse trecho, que dos cerca de R$ 37,1 bilhões da receita total de prêmios ou de contribuições apura da no ano passado pelos segmentos que integram esse mercado, algo em tomo de R$ 20,4 bilhões retomaram diretamente para os segurados ou investidores, já sob a forma de inde nizações, benefícios e resgates, o que representa uma "taxa de retorno" da ordem dc 55%. Esse percentual sobe para 67,3% se for levada em conta apenas a receita líquida do mercado, que somou aproximadamente R$ 30,3 bilhões em 2000. Além disso, as empresas do setor destinaram ain da R$ 4,8 bilhões para o aumento das suas reservas técnicas, o que, na prá tica, significa mais garantias para os investidores e os segurados.

AFenaseg pretende corroborar,
A .18 .REVISTA DE SEGUROS
RECEITA TOTAL E VALOR ADICIONADO BRUTO Receita Total: R$ 37.097,6 Milhões RS 23.760,0 M CAPfTALIZAÇÁO RS 5.370,7 M PREV.COMPL. ABERTA H$ 7.966,9 M Valor Adicionado Bruto: R$ 11.825,5 Milhões RS 9.625,0 M CAPITALIZAÇÃO RS 1.305,9 M PREV. COMPL. ABERTA RS 694,6 M OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 Custe cie Reposição das Rendas das Famílias RS 2.399,8 M = 16,0% 2,8% BPYAT (MORTE ♦ IWVAUD£Z£ÍBMAMÍMIB S/»((pp4.nPVAT(DflMSt RS 4.400.8 M Custo de Preservação da Saúde (compreende a Assistência Médica do DPVATi RS 4.400,8 M s 33,0% RS 373.7 M YlBâ RS 1.864,3 M 4-^ BENS/OBRIG RS 1.050.9 M 4.971.4 M CASCO = RS 4J00.1"= ,5 INCÊNDIO RS 503.1 M Custo de Preservação dos Bens RS 8.525,4 M = 49,0%
f^^eVZmo^social
®^BR0/N0VEMBR0/DEZEHBR0 de 2001
REVISTA DE SEGUROS ■ 19.A

SETOR [NVESTE EM PROGRAMAS SOCIAIS

As seguradoras também estão mergulhando de corpo inteiro no movimento que visa minimizar os efeitos das desigualdades sociais no país. De acordo com o balanço da Fenaseg, no ano passado, por exemplo, foram investidos aproximadamente R$ 68,5 milhões em projetos voltados para os interesses da população em geral. Ricardo Xavier explica que a adesão em massa do mercado segu rador ao que se convencionou chamar de responsabilidade social gerou R$ 51 milhões em recursos para a área de educação, mais R$ 11 milhões para programas culturais e outros R$ 4,2 milhões para a saúde. Houve ainda aportes totalizando R$ 1,2 milhão em proje tos esportivos e cerca de R$ 600 mil em obras sociais: "temos cer teza que, incentivadas pelos números apresentados no nosso balan ço social, as empresas vão aumentar ainda mais esses investimentos a partir de agora", assinala o superintendente-adjunto da Fenaseg.

INDENIZAÇÕES. Os responsáveis pelo trabalho elaborado pela Fenaseg ti veram ainda o cuidado de dividir por áreas de interesse os valores das in denizações pagas, que chegaram a R$ 13,3 bilhões, no exercício passado. Assim, quem consultar o balanço ficará sabendo, com exatidão, quan to foi pago de indenização nos casos das coberturas para a saúde (incluin do o atendimento médico-hospitalar e exames, no caso de doenças, e os danos provocados por acidentes no trânsito, que estejam cobertos pelo Dpvat), para os seguros de bens (to dos os riscos patrimoniais) e para a reposição de renda dos segurados ou dòS respectivos beneficiários (nos ramos vida, acidentes pessoais e Dpvat, quando ocorre a morte da vítima do acidente).

Ainda no caso específico do se guro, chama a atenção a pujança dos valores apurados pelo Balanço Soci al. De acordo com Ricardo Xavier, no fechamento do exercício passa do, havia pelo menos 74,6 milhões de contratos em vigor no mercado doméstico. A importância, ou rique za, segurada naquele momento so mava aproximadamente R$ 5 tri lhões, valor equivalente a mais de duas vezes o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Os números também impressio nam no setor de capitalização. Fo ram 220 milhões de títulos comerci alizados no ano passado. Os valores resgatados pelos investidores soma ram cerca de R$ 2,7 bilhões de ja neiro a dezembro de 2000, enquan to outros R$ 204 milhões foram pagos pelas empresas de capitaliza ção através de sorteios.

No que se refere à previdência aberta, o estudo busca traçar um perfil minucioso do segmento que mais cresce a cada ano no mercado. São apresentados, por exemplo, os tipos de planos oferecidos ao inves tidor brasileiro e as formas de bene fícios disponíveis.

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sistema de informática. "Nós muda mos principalmente a base de dados, pois as imagens ocupam um espaço muito grande de arquivo", explica o diretor da Itaú. Segundo ele, cada veículo gera em média de oito a dez fotos durante o tempo que passa na oficina.

Oficina de carro na Internet

Itaú cria serviço on Une que permite acompanhar o andamento do conserto do carro na oficina.

Apenas um mês no ar, o serviço ja conta com w.ais de cinco mil acessos

Saudadedo automóvelenquan

to ele está no conserto? Isso para os segurados da Itaú Se êuros é coisa do passado. A segura õora lançou, em outubro, um servi Ço que permite acompanhar todas 3s etapas do conserto através da In lernet o Oficina On-line. E pelo que tudo indica, a idéia está fazen do sucesso. Em apenas um mes no já foram contabilizados cinco mi acessos. "Têm pessoas que entram até duas vezes por dia, ou então man dam o filho, a esposa e até o chefe

FOTO E RELATÓRIO. Digitando o número da placa do carro, o segu rado ou o seu corretor podem ter acesso ao Oficina On-line. Na pági na, é possível visualizar a foto do automóvel e saber em que etapa de reparo ele se encontra. O processo vai desde a entrada e orçamento até a lavagem e entrega, passando pelas fases de fúnilaria. pintura e mecâ nica. A cada fase, além da foto, o segurado tem acesso ao relatório de um profissional, com comentários sobre o trabalho que está sendo realizado.

entrar na página só para ver o carro na Internet", diverte-se com o su cesso o diretor de operações de pro dutos massificados da Itaú Seguros, Marcelo Blay.

Mais do que a novidade, o servi ço permite maior comodidade para os segurados, principalmente àque les dos grandes centros, que não pre cisam ir até a oficina, podendo acom panhar de qualquer lugar do mun do, o andamento do reparo do seu automóvel. Para lançar o novo ser viço, a Itaú Seguros investiu R$ 600 mil em câmeras digitais, marketing, e também fazendo o upgrade no

Mais de 150 oficinas em todo país foram equipadas para integrar o novo processo. Para isso, recebe ram cámeras digitais onde tiram as fotos e a retransmitem via Internet para a seguradora. Na percepção de Marcelo Blay, o novo ser\'iço pode rá de alguma forma agilizar os re paros feitos pelas oficinas mecâni cas, ja que segurados e corretores estarao acompanhando tudo por meio eletrônico. O executivo lem bra ainda que o novo serviço trouxe também outras preocupações para as oficinas. "Percebemos, por exem plo, que há uma preocupação mai or com asseio e com a organização da oficina, porque agora as fotos mostram o interior da casa".

Atualmente, a carteira de seguro de automóvel da Itaú Seguros possut 650 mil segurados, e a média de stnistros com perda parcial, ou seja que necessitam de algum tipo dé reparo, é de 6.500 por mês O ob leüvo da empresa é chegar a 300 oficinas com o novo serviço até o primeiro trimestre de 2002

Informática!
BENEFÍCIOS PAGOS E RESGATES POR TIPO DE BENEFICIO R$ 2.365,9 Milhões RS 1.579.2 M PECUUOS RS 296,6 M RS 43,7 M APOSENTADORIAS RS 636,4 M VALOR DOS títulos SORTEADOS E RESGATADOS R$ 2.957.251 Milhões TtrULOS RESGATADOS 164.4 M 99,9^ TÍTULOS 0,1 M
j Eflifaretolé] iajnVMOt itaú Seguros "oourvis úJFí/'cvr$ rscovrst^H rAtrconosco OFICINA ON ll"1C EK« i um ««rviço eidu«i*o #f«r.dds p«l» l'«ú Sejuros ò »un ofidnas «ipeaail, seguir. Mece do tm* vckulo Ex: ITS1234 <P4rs «ntultír um «..mpl9,uUlÍM »ít4 pl»») .ll 165— 10 INaral ■ Na página, é possível ver a foto do carro na oficina e saber como anda o serviço
(HmJBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZSMBFIO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS.21. A
Ák.ZO.REVISTA DE SEGUROS

Setor arrecada R$ 26,8 bi e cresce 8,17% em dez meses

Previdência Complementar Aberta cresceu 31,23% no período

Omercado de seguros,

previdência complementar aberta e capitalização arrecadou, de janeiro a outubro de 2001, R$ 29 bilhões em prêmios, segundo dados estatísticos preliminares da Susep (Superintendência de Seguros Privados). O crescimento do mercado, em relação ao mesmo período do ano de 2000, quando se registrou receita de R$ 26,8 bilhões, foi de 8,17%.

Os seguros responderam por R$ 19,5 bilhões e tiveram um crescimento de 3,4%; os títulos de capitalização somaram R$ 3,9 bilhões, com crescimento de 6,44%; e os planos de previdência totalizaram R$ 5,5 bilhões, crescendo 31,23%.

No mês de outubro deste ano, as provisões do mercado global foram de R$ 35 bilhões, o que correspondeu a uma evolução de 23% em relação a outubro do ano passado. E ficou assim a participação dos

PROVISÕES TÉCNICAS (Valores em R$ mil - outubro de 2001)

segmentos em outubro de 2001: R$ 9,8 bilhões para seguros, R$ 19 bilhões para previdência complementar aberta, e R$ 6,1 bilhões para capitalização.

No segmento de seguros, a sinistralidade nesses dez meses foi de 66,15%. As companhias desembolsararn R$ 2,9 bilhões com despesas administrativas, e R$ 2,7 bilhões com os gastos de comercialização. O resultado financeiro nesse período foi de R$ 2,05 bilhões.

ESTATÍSTICA J
N. <J> 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 qI > lu LU _J CC CL O-S O O O CO _l '< O o o cc D O _J LU CO CL < O 40.000 30.000 20.000 10.000
5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 A - 22.REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 ®DTüBRO/MOVEMBRO/DEZEMBRO de 2001 revista DE SEGUROS.23. A
ARRECADAÇÃO (Valores em R$ mil - janeiro a outubro de 2001)
PRÊMIOS DE CAPITALIZAÇÃO

De volta ao banco escolar

Resolução do CNSP exige nível de escolaridade maior para os corretores de seguros que, a partir de dezembro do próximo ano, deverão ser recadastrados CICA GUEDES

Opróximoano reserva muitas

novidades para os corretores no que diz respeito à qualifi cação profissional. Em dezembro de 2002 deve acontecer o primeiro recadastramento dos profissionais e, nesse processo, o corretor poderá ter que apresentar comprovação de re ciclagem. "Estamos desenvolvendo um trabalho intenso para melhorar a qualificação dos corretores", diz Neival Rodrigues, diretor da Supe rintendência de Seguros Privados (Susep).

Esse trabalho teve início quando, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) publicou a Reso lução 45, no dia 8 de dezembro do ano passado. A partir daí passou a ser exigido do corretor um nível de escolaridade maior, o segundo grau. Se não tiver completado a terceira série do segundo grau, o candidato a corretor não pode fazer nem o exame nacional nem o curso regu lar para obter a habilitação. As medidas para a melhoria da quali ficação profissional não atingem apenas aqueles que pretendem en trar no ramo daqui para a frente. Também está previsto um recadastramento dos corretores, para que se possa fazer uma radiografia com pleta desse mercado e, por ocasião desse recadasiramento, poderá ser exigida a comprovação de recicla gem.. "A reciclagem ainda não foi regulamentada. O primeiro recadas-

TRIBUTA^^ MP 2222 causa apreensão

Edição de medida provisória que prevê a taxação de Imposto de Renda é recebida com críticas pelos executivos do mercado

terão que fazer o exame na cional ou o curso, que será diferenciado, não deverá ser tão amplo quanto o de for mação do corretor pleno. "A Susep está preparando circu lar sobre o assunto. O currí culo do curso já foi discutido com a Funenseg, que conti nuará sendo a responsável pelo exame nacional e pelo curso de habilitação", diz Neival Rodrigues.

DUAS FASES. As normas de recadastramento e recicla gem periódica também se es tendem aos corretores de vida, capitalização e previdên cia. A diferença entre esses corretores e os que têm for mação plena é que o seguro de responsabilidade civil pro fissional não será exigido, continuará valendo apenas para os corretores de todos os ramos.

tramento deve acontecer no fi nal do próximo ano e, a partir daí, deve se repetir a cada três anos", explica o diretor da Susep.

EXAME NACIONAL. Mas ainda há outra novidade: as normas conti das na Resolução 45 foram estendi das aos corretores de vida, capitali zação e previdência. As empresas poderão continuar indicado corre tores para esses ramos, porém, eles

A Funenseg vai definir a data do primeiro exame nacional para os corretores de vida, capitali zação e previdência. Existe uma pro posta ainda em discussão para con ferir essa formação específica nos três ramos. A idéia é fazer o curso de corretor pleno em duas fases. Quem completar só a primeira ga nha a habilitação para atuar em vida, capitalização e previdência. Quem completar a segunda, habilita-se à atuação em todos os ramos.

a vigência, a partir de janeiro próximo, da Medida Provisó ria 2222, que estipula a taxação de Imposto de Renda sobre uma parce la da contribuição feita pelo empre gador para os planos de previdência complementar aberta dos seus funci onários. Prevalece entre os executivos do setor a convicção que a medida ira atingir, principalmente, aos participan tes dos planos de previdência, redu zindo os valores das reservas. Mesmo assim, ainda há a expectativa de que as empresas não debíarão de contn buir para os planos de seus emprega dos, até porque esse tem sido urn im portante instmmento de fixação e ta lentos e de incentivo à produtividade. De qualquer forma, o presidente da Comissão de Previdência I riva da e Vida da Fenaseg, Marco Antô nio Gonçalves, acredita que a me i da provisória chegou em um mo mento muito ruim"- Na visão e e, há o risco de desaceleração do pro cesso de crescimento do segmento de previdência aberta, que tem osci lado em torno de 40% ao dos nós entendemos a necessidade de o país aumentar a arrecadaçao Mas poderiam ter utilizado ou ro mecanismos,sem atingir um segmen to que gera poupança de zo, que é uma prioridade p < Brasil", argumenta. Ele acrescenta que

o ramo vida também será atingido, pois a nova regra será aplicada no pagamento dos prêmios nos con tratos coletivos do VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), efetuado em parte ou na totalidade pela em presa para os funcionários.

Diante desse quadro, diz Marco Antônio, o mais provável é que, a partir de janeiro, as empresas con tinuem contribuindo para os pia-

Dias, também está preocupado com os possíveis reflexos da MP 2222. Na sua avaliação, mais do que a eleva ção da carga tributária causa apreen são a ausência de regras estáveis para um segmento que envolve uma rela ção de longo prazo. "O investidor precisa de tranqüilidade", diz.

Os executivos do setor acreditam que a medida irá atingir principalmente os participantes dos planos de previdência

complementar

aberta, reduzindo os valores

das reservas

nos dos funcionários, mas descon tando o valor equivalente ao Im posto de Renda devido. Com isso, os reflexos sobre as reservas dos par ticipantes serão imediatos. E ressal ta' a medida valerá apenas para os contratos firmados a partir de ja neiro, o que deve estimular um aquecimento considerável da deman da nesse final de ano.

AUSÊNCIA DE REGRAS. O vice-presi dente da Anapp, Wagner Nannetti

Ele espera que as empresas con tinuem contribuindo para os pla nos de previdência complementar dos funcionários, mas pre vê que será preciso muita negociação para se definir como esse novo custo será absorvido. Nesse sentido, Wagner Dias sugere que o trabalhador converse com o patrão para que a em presa aumente a contribui ção e a carga tributária não tenha impacto sobre o va lor do benefício.

O vice-presidente da Anapp admite, contudo, que a previdência aberta será atin gida mais do que o seria alguns anos atrás, pois, no momento, prevalece entre as grandes empresas a tendência de migração dos fundos de pensão para os planos abertos. "Os grandes conglomerados já preferem não correr o risco de manter a solidari edade na solvência dos fundos fe chados, optando por contratar uma entidade aberta ou seguradora para administrar o plano de previdência dos seus funcionários", comenta.

1 n ÇOMERÇIAUZA^
JORGE CLAPP
Omercado vê com apreensão
Aà 24 REVISTA DE SEGUROS OimíBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 OimíBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO M 2001 REVISTA DE SEGUROS. 25.^

doenças, perda de produtivi dade, acidentes de trabalho e de trânsito, mortes prematuras,aposentado rias precoces e danosao meio ambiente. Estassão apenasalgumasdasconseqüên cias do uso do tabaco,queconsomeem todo o mundo algoem tomo de US$200 bilhões de dólares,segundo estimativas do Banco Mundial.No Brasil,quarto maior produtor de tabaco do mundo e aonde o cigarro custa mais barato,osimpostosre colhidosda indústria tabagista são signifi cativos para a economia,masnem delon ge superam os prejuízos decorrentes do usodotabaco,tanto pelosfumantescomo. não-ílimantesoufumantes passivos.

Estudo realizado pelo Instituto Nadonal de Câncer(Inca),órgão do Ministé rio da Saúde,mostraquegrande parte dos brasileiros fuma,principalmente os ho mens. Cerca de 32,6% da população adulta,sendo 11,2 milhões de mulhe res e 16,7 milhões de homens. Desses, 90% ficam dependentes da nicotina entre os cinco e os 19 anos de idade. Atualmente,existem no Brasil aproxi madamente 2,8 milhões de fumantes nessa faixa etária. A grande concentra ção, porém,está na faixa dos 20 aos 49 anos de idades, masé sabido que o há bito de fumar está começando mais cedo entre os jovens.

Sozinhos,esses dados pouco dizem. Mas acompanhados de outros relaüvos às doenças provocadas pelo tabaco,levan tados também pelo Inca, descortinam uma triste realidade: a morte precoce de 80 mil pessoas por ano,ou de oito brasi leiros por hora.Cerca de 90% dos óbitos são porcâncerde pulmão,85%pordoen

ça pulmonar obsiruliva crônica (efizema), 30% por câncer (diversos), 25% por doença coronariana e cérebro vascular. O cigarro é fator de risco tam bém nos casos de aneurismas arteriais, üombose vascular,úlcera digestiva,infecções respiratóriase impotência sexual no homem.Nas mulheres,éco-fator para o desenvolvimento de câncer de colo de

O Ministério da.Saúde adverte: EM GESTANTES. D CIGARRO PROVOCA PARTOS PREMATUROS, O NASCIMENTO DE CRIANÇAS COM PESO ABAIXO DO NORMAL E FACILIDADE DE CONTRAIR ASMA.

filMAR CAUSA .

INFARTO DO CORAÇAO

ITabagismo é doença

No Brasil; o fumo causa a morte precoce de 80 mil pessoas por ano. Cerca de 90% dos óbitos são por câncer de pulmão. Os dados são do Inca

útero, porque ajuda a baixara imunidade, abrindo espaço para a ação do 11PV,vírus responsável poresse tipo de doença.

CONSCIENTIZAÇÃO. A médica'lãnia Ca valcante, oncologista e hematologista, gerente do Programa de Controle deTa bagismo do Inca, reconhece e lastima a gravidade da situação, mas acredita queo número de fumantes tenha diminuído de 1989 para cá,ano em que aquele estu

primeira versão,em 1994,porter demo cratizado o debate de um assunto atéen tão tratado apenas por minorias,e a se gunda,em 96,porquedhmlgou informa ções inéditas e estarrecedoras sobre os teores de nicotina,alcatrão e monóxido decarbono dosdgarrosvendidosno Bra sil esuas conseqüências- resultantes de uma pesquisa encomendada pelo Inca a um laboratório especializado doCana a.

■ Campanhas do Ministério da Saúde para 2002: linguagem agressiva

condicionamentos, e não por uma ne cessidade de aliviar ossintomas da absti nência",explica a gerente do Programa.

A grande concentração de fumantes está na faixa dos 20 a 49 anos de idades, mas é sabido que o hábito de fumar está começando mais cedo entre os jovens

do foi realizado.Osindicadores para isso seriam a maior conscientização da po pulação dos malefícios do cigarro e da sua intolerância à fumaça, avanços que ela credita à maior abertura da mídia ao tabagismo."O assuntoé abordado quase que continuamente nos veículos de co municação", constata. Na sua opinião, dois eventos foram fundamentais para isso. O primeiro foi a realização do I e do II Congresso Nacional de Tabagismo. A

"O assunto rendeu um prêmio da O^anização Mundial deSaúdeao IncaO segundo evento traduziu-se na manifestaçãoexplícita da populaçãoe própria imprensa contra a glamounza Ção do cigarro que a minissérie Presen ça de Anita"(TV Globo)levou para a te a. "Osprotagonistasfumavam otempotw num contexto de grande glamour . época,conta a médica,muitas pessoas garam paraoInca,indignadas,quereri o saberquemedidaoórgãoiriatomar.A -

tude que,a seu ver,evidencia uma maio pressão que existe hoje sobie o ' acomeçar pelas crianças,queapren cedo queftimarfaz mal àsaúde.

dependência. Mas,então,por que etao difícil largaro vício? Porque nãose trata de vício, mas de dependência quimi ,

esclarece a Ora.Tânia.O reconhecimen to científico dissoocorreuem 1993,quandoo Código Internacional de Doençain seriuotabagismocomo distú±)iodecom portamento por uso de substância psicoativa.A novidadetrouxe novaluzàs questõesde controle ecombateao taba co no Brasil.A partir daí,oInca reformu lou seus postulados, procurando,entre outras iniciativas, investir na formação de uma massa crítica de profissionais de saúde parasabercomoconduzirofuman te nesse novo contexto,tendo como público-alvo trêscanaisformadores de opi nião:escolas,empresase unidadesdesaú de. Entre asestratégias para reduzirotaba gismo no Paísestá a de estimular,através dos profissionais dasaúdee daformação de agentes multiplicadores,a conscienti zaçãosobreosdanoscausadospelotabaco.

O programa voltado para as empre sasépautado numa abordagem cognitiva compouamental,buscando vencer tan to a dependência física, como as de or dem psíquica e de condicionamentos, quesãoestimuladas porfatores ambien tais."O fumante sofre com a falta de ni cotina no sangue,tem crise de abstinên cia, dor de cabeça e ansiedade. Mas mui tasvezesele acendeocigarro movido por

AlUDA SISTEMÁTICA.A proposta do pro grama é tomar o ambiente de uabalho li\Te da poluição tabagística e reduzir o número de funcionários fumantes. Como? Ensinando-os a encontrarsubsti tutos para enfrentar os reveses da vida e a entenderque partedoseu comportamen to é automático.Ao se conseguir isso,diz a médica,rompe-seacadeiadegestoscondicionados. Um exemplo são os 'ftimódromos' - espaços criados nos ambientes de trabalho para fumantes. Sabendo que é proibido fumai; muitos não acendem mais o agarro automatica mente e outros acabam deixando o ví cio peloincômodo que representaterque parar o que se está fazendo para fumar. Segundo a Dra.Tânia,a experiência pilo to do Inca,que deu origem ao modelo do Programa de Controle de Tabagismo, mostrou que houve redução de 20%do número defumantessomente com essa ação educativa.

Em linhasgerais,o programa decom batee controle detabagismo procura dis seminar os conhecimentos mais atuais sobre prevenção de doenças através da adoção de hábitossaudáveis.Algunsde seus objetivos são:criar uma política de restrição(normativa/organizacional)ao consumo de derivados do tabaco na ins tituição;sensibilizar e engajarfumantes para que respeitem as normas de restri ção;sensibilizar e engajar não fumantes para que entendam o tabagismo como uma doença crônica e,assim,respeitem e apoiem osfumantes para que dentem defumar;e oferecer apoioformal e Uatamento àqueles que querem parar. O programa é implantado nas em presas com a participação dos próprios funcionários. O trabalho é monitorado pelo Inca e,segundo a médica, maisde mil empresas já aderiram ao programa, com resultados positivos.

Programa de Controle de Tabagismo ^ Inca Tel: (Oxx21) 3970.7453

saúde!
Falta ao trabalho, gastos com
OMhridihsv 08007037033
O Ministério da Saúde adverte;
A.26 REVISTA DE SEGUROS OtnVBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO OE 2001 REVISTA DE SEGUROS.27.A

Os produtos que realizam sonhos

Sul América investe em pesquisa para desenhar produtos que caibam no bolso do consumidor e se encaixem nos seus projetos de futuros

Sea estabilidade econômica do

País foi uma alavanca para o mercado de capitalização, a cri atividade vem sendo o braço que o tem mantido em posição de desta que na economia nacional. Além da tradicional fórmula de capitalização com o incentivo,dos sorteios, a cada ano são lançados novos produtos que permitem ao consumidor pro gramar e realizar sonhos, como a compra da casa própria ou de um carro.

Mas, não basta apenas ter uma boa idéia na mão.Tem que pesquisar. Esta é a máxima que rege o proces so de criação de todos os produtos da Sul América Capitalização. Na Sulacap, primeira companhia a atu ar neste segmento no País, nenhum produto novo chega às prateleiras se não estiver respaldado em deta lhadas pesquisas, não apenas para conhecer o desejo do consumidor, tnas também, para aferir o potenci al de consumo do título que se pretende lançar. "O que comanda a criação de qualquer novo produto na organização é a pesquisa", enfa tiza Antonio Carlos Restum Gabriel, diretor da Sulacap.

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO SUPERCAMPEAO

Para difundir cada vez mais o produto no País, as empresas estão partindo também para formas criativas ao lançar os títulos de capitalização. Uma delas é aliar a imagem do produto a eventos esportivos. Foi o que fez a Bradesco Capitalização recentemente, quando patrocinou um dos principais campeonatos de vôlei do Brasil, a Superliga Feminina, realizado em setembro. A empresa lançou o Pé Quente Supercampeão. Segundo o diretor-getsl da companhia, Anésio Fassina, em apenas um mês e meio.

as vendas superaram as expectativas inicias da companhia. "A estimativa era vender em um ano 100 mil títulos. Mas já estamos acima da projeção inicial". Aliar o lançamento de produtos ao esporte, mais do que uma solução criativa, revela também uma filosofia da empresa. A Rede BCN, pertencente ao grupo Bradesco, mantém em Osasco (SP), em convênio com a Prefeitura, uma escola de esportes que abriga cerca de seis mil atletas de basquete e vôlei, com equipes de várias categorias, desde a infantojuvenil até adulta.

ARGUMENTO. A Sulacap « ala usa a pesquisa também "VOCC laHÇa O ptOdutO 6 Cle para convencer o corretor ^ CÍClO de VÍda. POf de seguros, seu único ca- * nal de distribuição, do jgjQ, lllUltaS VCZCS tem qUC potencial de venda de |-eniOdeladO. E IlÓS

Brastemp e Cônsul. Da nova versão que está saindo do forno, a Sulacap prefere manter segredo, adiantan do apenas que fará parceria com uma outra grande empresa do se tor.

A criação de um novo produto na Sul América Capitalização leva em média três meses. São os dados obtidos em cada novo levantamen to que vão dar as coordenadas para que o departamento de criação da empresa comece a estudar qual a melhor forma de moldar o novo título de capitalização. A partir daí, a criação trilha o caminho normal da receita do bolo: cálculos atuari ais, condições de pagamento, for mas de sorteio etc., até se chegar à apresentação aos corretores e ao lan çamento oficial.

Planos sob medida para o seu bolso: 24, 36, 50 6 60 HieSeS.

O programa tle compra da sua Moto

uper desconto de até na aquisiqão da

■ Super Fáci Moto e Super Fácil Casa: investimentos de R$ 2,5 milhões em ações de marketing

cada novo produto."É um argumento para os corre tores venderem. Não adi anta criar um novo pro duto e querer fazer mer cado. Isso é muito difí cil", diz o diretor. A em presa faz, no mínimo, ^ uma nova pesquisa a cada rnes. assunto a ser detalhado po e se desde o sonho do consumidor na quele momento, até a satisfação cliente em relação a um determina do produto que já está sendo co mercializado. "Você lança ° to e ele tem um ciclo vi a. isso, muitas vezes tem que ser re ■modelado. E nós fazemos isso a partir da opinião do própno c le te", explica Antonio Gabriel.

Com base nessa piemissa,

Sulacap estará relançando, prova velmente em janeiro de 2002, o Super Fácil Eíeiro Eletrônico. Este foi o primeiro título de capitalização visando a acumulação de capital para a compra de um bem - eleiroeletrônicos. Lançado em 1992, numa parceria com a Philips, ain da na época de inflação galopante no Brasil, foi um dos grandes su cessos de vendas da companhia. Hoje, já conta com outros parcei ros como rCl, Semp Toshiba,

AQUISIÇÃO DE BENS. Este ano, a Sulacap já lançou dois novos pro dutos, o Super Fácil Casa e o Super Fácil Moto, e investiu cerca de R$ 2,5 milhões em ações de marketing, que incluem recursos com pesqui sas, criação de produto, confecção de material, entre outros gastos. Para 2002, a verba prevista é de R$ 3,2 milhões. E já está na pauta do de partamento de criação, ainda para o primeiro semestre de 2002, o lan çamento de mais um título de ca pitalização voltado para aquisição de bens e serviços.

A empresa se prepara para rece ber o certificado de qualidade ISO 9001. Para isso, foi criado um gru po de trabalho que busca aumen tar ainda mais a qualidade do aten dimento ao cliente e atender às exigências da certificação. Por en quanto, o projeto piloto está sendo implantado apenas no departamento de Relacionamento com o CUente da matriz, no Rio de laneiro. Mas o objetivo é que até 2010 toda a empresa já esteja certificada, inclu sive as quatorze sucursais existen tes no País.

1 CAPITALIZAÇÃO M
TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO
Moto Hi
A.28 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001
'HmJBRO/NOVEMBRO/OEZEMBRO DE 2001
fazemos isso a partir da opinião do próprio cliente"
Antonio Gabriel (Sulacap)
revista DE SEGUROS 29 A

EMPRESAS FAZEM SUA PARTE..

Seguradoras investem em projetos sociais e garantem dias melhores para as populações mais carentes.

No ano passado, os recursos chegaram a R$ 68,57 milhões

Todos os natais, quando o Pa

lácio Avenida, de Curitiba, fica completamente iluminado para a apresentação dos Cantores do Coral, formado por 140 crian ças de orfanatos, nos bastidores da festa está a ação segura da HSBC Seguradora, que patrocina as insti tuições. Da mesma forma, o maior ícone do Natal carioca — a árvore de mais de 80 metros que enfeita a Lagoa Rodrigo de Freitas — é um presente da Bradesco Seguros para a população da cidade.

Porém, muita gente não vê o que as seguradoras andam fazendo para assegurar Fducação, Saúde, Cultu-

ra. Obras Sociais e Lazer a milhares de adultos e crian<;as de todo o País.

O HSBC, por exemplo, apóia 26 pro jetos, que vão desde uma ajuda ao Instituto de Câncer Infantil de Por to Alegre até ao patrocínio ao pro jeto "Rumo certo", que auxilia duas mil crianças da favela da Rocinha, no Rio.

Para se ter uma idéia da impor tância dessa ajuda, o montante despendido pelas empresas no ano 2000 chegou a mais de R$ 68 mi lhões. Os números, reunidos pela Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitali zação (Fenaseg), são inquestionáveis.

A maior fatia do bolo ficou com a Educação, quase R$ 51,5 milhões.

Em seguida vieram a Cultura, com pouco mais de R$ 11 milhões; a Saúde, com R$ 4,2 milhões; os Es portes, com R$ 1,2 milhões; e Obras Sociais em geral, com cerca de R$ 600 mil.

Total geral em 2000: exatos R$ 68.571.482,72. Mas bom mesmo é saber onde e como foi empregado todo esse dinheiro, muitas vezes li berado pelas seguradoras por indi cação dos funcionários ou por ini ciativa deles.

AÇÕES SOCIAIS. Foi o caso da Sul

América Seguros, que destinou R$ 3 milhões para diversas ações soci ais, entre elas a prevenção da ce gueira infantil em oito comunida-

Tereiinha Paladino (Porto Segiirol

des do Alto da Boa Vista, no > em Capão Redondo, em Sao ^a , em parceria com o Instituto min Constant e o Hospita ^ nicas. Na empresa, os f""™' participaram da campanha Por un dia melhor", quando foram arreca-

M O HSBC patrocina o projeto "Rumo certo", que auxilia duas mil crianças da favela da Rocinha, no Rio

mantém cinco centros de assistência a crianças e adolescentes, além de equipes que trabalham em áreas ru rais do Ceará. De acordo com a dire tora executiva da SCOR, Margot Black, que esteve em Fortaleza visitando um dos centros do GACC, a instituição atende, por ano, cerca de 500 crian ças de 7 a 14 anos, e a 320 adolescen tes, com educação fundamental, ensi no profissionalizante, alimentação e noções de higiene e saúde.

dados mais de 40 toneladas de ali mentos, além de 40 mil itens, entre roupas, brinquedos e livros, encami nhados a 220 ins tituições de carida de de todo o Bra sil, selecionadas por quem trabalha na Sul América.

E também o caso da SCá;R Bra sil resseguradora de origem france sa, cuja sede brasileira fica no Rio. Através da ONC francesa Pariage, a SCOR escolheu para ajudar o Gaipo de Apoio às Comunidades Ca rentes (GACC), de Fortaleza, que

Os Rincionários da SCOR tam bém participaram e para cada fran co doado por eles, a empresa tam bém doou o equivalente. O total ar recadado chegou a cerca de R$ 50 mil. "O Brasil é um país com mui tos problemas sociais e essas comu nidades pobres dependem realmente do setor privado e das pessoas, in dividualmente. Em Fortaleza fui informada de que cada criança da quele centro só precisa de R$ 80 por ano, ou R$ 7 por mês, para ter mais chances de vida. Na Europa, o sistema de apoio para caridade é muito desenvolvido, mas aqui ain da não é", constata a escocesa Margot, que vai completar dois anos de residência no Brasil.

EDUCAÇÃO. Um dos caminhos mais seguros para encurtar o fosso que se para o País do desenvolvimento cer tamente é o da educação. E é isto que vem fazendo outra seguradora, a Bradesco, que além da árvore de Na tal da Lagoa, no Rio, e de outros im portantes apoios culturais, patrocina um dos maiores projetos de ensino do país, o da Fundação Bradesco. De acordo com o diretor de marketing da empresa, Luiz Carlos Nabiico, as escolas da Fundação estão presentes em 24 dos 26 estados brasileiros, beneficiando cerca de cem mil esiudan-

AÇÕES SOCIAISl
■ PEDRO ARGEMIRQ
A* 30 REVISTA OE SEGUROS
íf.ê'"
I
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001
"A participação das empresas não é a única, mas é uma das saídas que podem ser buscadas para solucionar o problema da educação"
k outubro/novembro/dezembro K 2001 REVISTA DE SEGUROS.31. Áí

tes com ensino, alimentação, assis tência médica e odontológica, mate rial escolar e uniformes. As escolas, localizadas nas zonas urbana e rural das cidades, são construídas, equipa das e mantidas pela Fundação. "Em 2000, a Bradesco Seguros destinou R$ 56 milhões para projetos volta dos para educação e cultura, signifi cando 82% do total investido pelo mercado segurador. Em 2001,o mon tante atingiu R$ 60 milhões", infor ma Nabuco.

Se é uma guerra, é uma guerra do bem. A Porto Seguro Cia. de Seguros Gerais é uma empresa que destinou menos recursos para pro jetos sociais — apenas cerca de R$ 3,5 milhões no ano 2000 — mas nem por isso de menor importân cia. Entre outras atividades assistenciais, de Saúde, Educação e Cultura que a empresa patrocina, a Porto Seguro adotou, desde 1991, a Esco la Professora Etelvina de Coes Marcucci, na qual estudam dois mil alunos, e, desde 97, a Escola Pro fessor Homero Santos Fortes, que atende a 2,5 mil crianças nos qua tro anos do ensino fundamental.

Ambas ficam na favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo.

Ainda na mesma favela, a em presa mantém e administra a Asso ciação Crescer Sempre, instituição voltada à educação infantil, da qual participam cerca de 380 crianças e outros 65 alunos, beneficiados com um curso de alfabetização. "A par ticipação das empresas não é a única, mas é uma das saídas que podem ser buscadas para solucionar o pro blema da educação", assinala a pedagoga Terezinha Perrupato Pa ladino, coordenadora do projeto. Não é caro para a empresa e cria bons vínculos com a comunidade", completa o vice-presidente executi vo da seguradora, Jayme Garfinkel.

CARAVANA CULTURAL. Vínculos for tes é o que vem tecendo também, e

Procura-se profissional.

Paga-se bem

Sem ajuda seria impossivel"

com grande eficiência, a Brasil Ve ículos, seguradora cuja imagem está atrelada a um projeto de alcance nacional, que em 2001 percorreu 17 capitais, de Porto Alegre a Ma naus, além de várias cidades do interior. Segundo o diretor de marke ting da empresa, Natanael de Cas tro, o projeto será mantido em 2002 e funciona basicamente da seguin te forma: durante uma semana uma caravana cultural permanece na ci dade, com montagens teatrais, ex posições de fotos, exibição de fil mes brasileiros e outros eventos, culminando com um grande show de música popular, sempre com um grande nome da MPB, precedido por artistas locais. E mais: toda a renda obtida nos shows é revertida para associações de caridade da região. Além disso, a Brasil Veículos, jun-

to com outras empresas de capitalização, previdência e seguros coligadas ao Banco do Brasil, investiu R$ 474 mil em 2000 nos projetos "Arquitetura e arte nas igrejas católicas do Rio de Janeiro, um passeio vir tual", que resultou num _ _____ belíssimo livro com mais de 200 fotografias do acer vo arquitetônico e religio so das igrejas da cidade, e no módu lo "Arte popular" da mostra "Brasil + 500", como parte das comemora ções dos 500 anos da descoberta do país, que também resultou num li vro com imagens de todas as formas de expressão da arte popular brasi leira. Finalmente, a empresa ajudou a manter, no Rio, as 28 oficinas pro fissionalizantes da Escola de Samba Mangueira, que só em 2001 envol veu cerca de 1,6 mil pessoas das quase seis mil que passaram pelos vários programas sociais, de Saúde, de Educação e de Esportes desenvol vidos na Mangueira e em sua vila olímpica. "Graças a essa participação da iniciativa privada, vejo minha co munidade crescer e reagir. Sem essa ajuda seria impossível", finaliza a co ordenadora do Programa Social da Mangueira, C^élia Regina Domingues.

A

exigência de cfue as seguradoras tenham avaliação atuarial a cada ano toma sedutor o mercado de trabalho para c^uem tem base sólida de matemática

Procura-se

profissional recémformado com sólida base ma temática e visão de futuro.Papse bem. Aliás, muito bem: os salários iniciais oscilam entre R$ 1.500 e R$ 2.000, e as perspectivas de crescimen to profissional são excelentes, porque a demanda é grande e a oferta, redu zida. Após cinco anos de mercado,os salários podem chegar a R$ 5.000 e, ao fim de uma década, R$ 12.000. O profissional em questão é o atuário, tradicionalmente raro no merca do brasileiro, porém,hoje em dia,ain da mais requisitado. Quem se gradua numa boa faculdade sai com o diplo ma numa mão e a proposta de em prego na outra. Há 20 anos, quando se falava em atuário no Brasif pensa va-se em fundo de pensão. Não ayia interesse da área de seguro. A exigen cia legal era, até há pouco, que o atu ário apenas assinasse o balanço da se guradora. "Nessa época, ele não e um profissional necessário para aju dar a empresa a precificar corretamen te seus produtos. As margens gene sas de lucro permitiam dispensar o atuário para precifieação na area seguros", diz Roberto Westcnberger diretor da empresa de consultoria e atuaria Tillinghast-Powers Perrm e professor da Coordenadoria os gramas de Pós-Graduação em mia e Administração da Universi Federal do Rio de Janeiro (CoppeadUFRI).

» Roberto Weslenberg: "As margens generosas de lucro permitiam dispensar o atuário para precifieação na área de seguros"

exigência LEGAL. No caso dosfun dos de pensão, a lei exige avaliação anua! de um atuário. Para as segura doras, a exigência legal chegou agora, e começa a vigorar a partir de 2002: a Superintendência de Seguros Privados (Siisep) determinou que as segurado ras também tenham avaliação atuarial a cada ano,o que amplia ainda mais o mercado de trabalho.

"Pode-se dizer que a demanda pelo atuário na área de seguros cres ceu com a massificação desse mer cado nos últimos cinco anos", diz Westenberger.Porém,se os cursos de graduação são poucos — existem nas universidades federais do Rio de Ja

neiro, do Ceará e do Rio Grande do Sul, na PUC de São Paulo, na Facul dade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro e na Fundação Estudos Sociais do Paraná — e,em geral, mais focados em previdência, os de pósgraduação sequer existem."A impor tância de criar um curso de pós-gra duação stricto sensu, que não seja apenas de especialização — como os MBAs que ganham cada vez mais for ça no país — está na necessidade de formar professores e de gerar conhe cimento em atuaria. Os cursos de es pecialização têm como foco a trans missão das práticas", explica o dire tor da Tillinghast-Powers Perrin A médio prazo,as perspectivas são boas.O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), centro de exce lência em pesquisas matemáticas mundialmente reconhecido e que tem sede no Rio de Janeiro, pode abrigar, a partir de 2002, o primeiro curso de mestrado na área. Para me lhorar ainda mais a situação do pro fissional, os parlamentares poderi am votar a criação do Conselho Fe deral de Atuária. Embora regulamen tada, a profissão atuarial ainda não tem seu conselho. "Sem esse órgão não hã como fiscalizar os cursos e nem punir maus profissionais que, eventualmente, apareçam no merca do",lamenta Westenberger. O Insti tuto Brasileiro de Atuária que atual mente congrega os profissionais embora atuante,tem finalidade ape nas científica e associativa.

atuáriaQ
IMuitas vezes a veita é liberada pelas seguradoras por indicação dos funcionários
"Graças à participação da iniciativa privada, vejo a comunidade crescer e reagir.
A.32. REVISTA DE SEGUROS
OUTUBRO/TIOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001
OtJTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001
REVISTA DE SEGUROS.33.A

TRANSPORTESH

transportes vai trabalhar do brado a partir de 1° de janeiro de 2002. Nesta data, se não houver outra mudança, deverá entrar em vi gor a Circular 157 da Susep, que esta belece novas regras para os contratos de seguros no transporte de merca dorias. As normas atualmente em vi gor foram compiladas ao longo dos últimos 26 anos,formando hoje uma verdadeira colcha de retalhos.

Para se ter uma idéia da confusão, os contratos atuais são regidos por duas condições gerais, não necessari amente relacionadas ao tipo de trans porte (o chamado modal) — se aé reo, terrestre ou marítimo. A apólice padrão para seguros marítimos, flu viais e lacustres, por exemplo, tam bém é aplicada ao transporte inter nacional de mercadorias por avião, lá o seguro para transporte aéreo de cargas, nos contratos nacionais, é re gido pelas condições gerais para trans porte terrestre de mercadoria.

Além de dar nova ordenação ao seguro no transporte de mercadori as, a nova regulamentação enquadra os contratos nas exigências do Códi go de Defesa do Consumidor e da Circular 90 da Susep. A Circular 157 só se aplica aos seguros contratados com embarcadores ou proprietários de cargas.

FILHO SEM PAI. Publicada em 5 de ju nho deste ano, a Circular 157 deveria entrar em vigor em 1° de setembro passado, mas sua vigência foi adiada a pedido do próprio mercado. Ape sar de ter sido elaborada pela Comis são de Transportes da Penaseg (inte grada por representantes também da Susep e do IRB-Brasil Re), razões para o adiamento não faltam, explica losé Carlos Siqueira, membro da Comis são de Transportes do Sindicato das Empresas de Seguros e de Capitaliza ção de.São Paulo. "Está difícil encon-

Novas regras a partir de janeiro

Susep anuncia novas condições para o seguro de transporte de mercadorias e enquadra contratos nas exigências do Código de Defesa do Consumidor

trar um pai para esse filho. Há inú meras incorreções e impropriedades que precisam ser corrigidas".

A Circular, explica Siqueira,simpli ficou os termos da apólice, criando uma única Condição Geral para segu ros de transportes marítimos, fluviais, lacustres, terrestres e aéreos. Foram criadas três opções de cobertura bási ca: a Cláusula A, equivalente todos os

cionais que exigem a cobrança de prê mio adicional; e o terceiro tem 25 cláusulas, que se aplicam em certos casos específicos, sem a cobrança de prêmio. Esses 25 casos foram esco lhidos com base nas consultas feitas à Susep e ao IRB nos últimos 30 anos, para seguro transporte de mercadori as como batata, madeira, minério de ferro ou cimento."Esses produtos têm características de risco próprias , ex plica Siqueira.

GLOSSÁRIO. A Circular incorpora tam bém um glossário de termos técni cos, que traduzirão, para o público leigo, os tennos usados nos contra tos. Mesmo nele, diz Siqueira, foram encontrados erros. "Salvado, por exemplo, é definido como tudo o que escapa de um sinistro, como se os objetos fossem capazes de sair correndo de um incêndio , brinca. Dos males, esse é o menor e facil mente corrigível - assim como a necessidade de se excluir outras circulares da Susep, além das 66 já excluídas, para efetivamente se criar um texto único.

POLÍCIA FEDERAL NO CONTROLE DO SEGURO

Um acordo entre os minis térios da Justiça e dos Trans portes vai tomar possível a fis calização, pela Polícia Rodoviária Federal, do seguro de transpor tes nas estradas brasileiras. Ape sar de os países do Mercosul terem assinado um acordo, em 1989, padronizando as normas para este tipo de seguro, a fis calização ainda deixa a dese jar, conta o corretor Luiz Carlos Moscardini, da Magna Corre tora de Seguros Ltda, do Para ná, cj^e participa do grupo de discussões sob transportes na área do Mercosul.

ra é muito extensa e o DER até tem boa vontade, mas lhe falta estrutura". O acordo assinado entre os ministérios da Justiça e dos Transportes prevê o trei namento da Polícia Rodoviária Federal e a publicação das nor mas para a fiscalização, a fim de que não haja excessos ou omissões.

riscos, a B,equivalente à CAP(com ava ria particular); e a C,equivalente à LAP (livre de avaria particular).

As demais cláusulas — a 157 tem 130, no geral — estão divididas em três gaipos: um,sobre Condições Es peciais, tem 32 coberturas básicas, que variam conforme a mercadoria e a amplitude de garantia; outro abran ge 19 cláusulas, com coberturas adi

O maior problema diz respeito a uma mudança não prevista pela co missão que elaborou as novas regras. Após quase dois anos de discussão, houve mudança também no concei to de tarifação. "O que foi discuti o era uma arrumação das cláusu as, sem mudanças tarifárias. A idéia eia arrumar primeiro o clausulado e es perar que ele fosse absorvido pe o mercado. De repente, a Susep tam bém mudou a taxação . Isso criou, segundo ele, um problema adiciona , já que o mercado trabalha com um taxa definida pelo IRB. partir de 1° de janeiro, vou ter d arrumar todo meu dausula o e en contrar novas taxas para este c a lado", critica. Há outro agrava "Muito provavelmente, o deverá trabalhar, em janeiro, taxas que a Susep estará aprova até lá", diz Siqueira •

"O Uruguai é o único país que exige a comprovação de seguros de danos à carga. No caso do seguro de danos a ter ceiros, a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e a Bolívia também exigem a comprovação, mas a fiscalização é mais eficiente no Uruguai e na Argentina" expli ca Moscardini. O Brasil, segundo ele, também exige a comprova ção, mas enfrenta dificuldades na fiscalização. "Nossa fronteiEle lembra ainda que o IRB tem os programas de resseguros lá fora, cada um com respectivo vencimen to "Esses programas são divididos por pacotes: incêndio tem uma data, casco marítimo outra, transporte ou tra. Vai vencendo por etapas. Esse programa deve estar vencendo lá para fevereiro,só cm março ou abril é que vai mudar alguma coisa". E a expec-

Para Moscardini, a medida deverá melhorar o controle sobre o seguro de transportes. "A fisca lização é a melhor coisa para garantir o cumprimento desta obrigação. Já tivemos notícias até da existência de doaimentos fal sos de seguros". Além disso, o in cremento da ação policial pode rá reduzir também o roubo de cargas. Segundo Moscardini, várias companhias estão restrin gindo ã aceitação deste seguro em razão desse problema, que não ocone apenas no Brasil. A Argentina, diz ele, também está às voltas com o roubo de cargas nas estiadas ~ problema que era praticamente inexistente naque le país há oito anos.

tativa do próprio mercado é de que as taxas sejam muito agravadas, não só em decorrência dos conflitos in ternacionais decorrentes do atentado de n de setembro como das condi ções específicas do Brasil. É o caso do afundamento da plataforma P-36 da Petrobras, que provocou o agrava mento das taxas internacionais de se guro marítimo em todo mundo.

■ ELAINE RODRIGUES
Opessoal que lida com seguro
ÁXa i4 REVISTA DE SEGUROS OUniBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 OimíBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS.35,^

Músicos brasileiros em Paris

A música instrumental brasileira ganha destaque nos palcos da Cidade Luz, pelas mãos da Icatu Hartford. A empresa patrocina o prêmio de artes que está em sua sétima edição

Festivais que vêm surgindo no País. Afinada com este momento, a direção da Icatu Hartford Seguros, que patro cina o Prêmio, escolheu a música como tema. "Obser vamos que a música instru mental no Brasil vive um momento de boom", diz Ma ria Helena Darcy, ombudswoman da companhia.

FINALISTAS

TEGORIA 1

BH

Alieksey Vianna (violão)

❖ Curitiba

Jairo Wilkens (clarinete)

Rio

Luciana Magalhães (piano)

O Prêmio, criado em 1995, este ano foi divido em duas categorias. A primeira dedicada a solistas de peças de concerto do repertório brasileiro de diferentes pe ríodos e estilos, que deve riam escolher obras para o seu instrumento, editadas em partituras comercialmen te conhecidas. A segunda para solistas que poderiam executar arranjos e concep ções próprias, mas de temas consa grados da Música Popular Brasi ei ra. "Tivemos inscrições do Brasil todo, inclusive de dois músicos bra sileiros que moram em Nova York , conta entusiasmada a ombusdwoninn, que já tem 75 inscritos na primeira categoria e 86 na segunda.

EXPECTATIVAS. Ao final de novem bro, uma comissão julgadora or mada pelo músico e diretor do ns

AIcatu Hartford leva músicos

brasileiros a Paris. Não se trata de nenhuma nova parceria da empresa com uma companhia de aviação, mas do Prêmio Icatu Hartford de Artes 2001 que, em sua sétima edição, se rendeu à música instrumental brasileira. Depois de muitos anos relegada às salas de con certo, de público restrito, este esti lo vive no Brasil um momento de ebulição. Prova disso são os vários

PSeWIO SURGIU COM ADOÇÃO DE ATELIÊ EM

A primeira edição do Prêmio Icatu de Artes, na época patroci nado pelo Banco Icatu, surgiu com o objetivo de utilizar, de uma for ma produtiva, o ateliê recém ado tado na Cité Internaclonales des Arts. "O Brasil não tinha repre sentação na Cité. Em 1995, atra vés de um contato do consulado

francês, o Banco resolveu adotar um ateliê e, justamente para ocu par este espaço, lançou o Prêmio Icatu de Artes", conta Maria Hele na Darcy.

Desde a sua criação, o Prêmio já contemplou doze artistas de vá rias áreas. De 1995 a 1997, o prê mio foi dedicado às Artes Plásti

TEGORIA 2

•> Brasília

Hamilton de Holanda (bandolim)

Rio Itamar Assiere (piano)

❖ SP Diego Figueiredo (guuatra)

tista, descobrindo as suas expectati vas em relação ao Prêmio. "Na pri meira fase o júri estava analisando CDs e fitas gravadas que traziam apenas um número e a gente não sabia de quem se tratava. Quando chegamos aos seis finalistas, o júri achou importante ter esta conver sa, para ver como era o desenvolvi mento da carreira deles e saber o que esperavam da experiência em Paris", explica Maria Helena.

PARIS. O.destino do bandolinista Hamilton de Holanda, vencedor do Prêmio Icatu Hartford de Artes, realizado no dia 04 de dezembro, no Rio de Janeiro, é Paris. Precisa mente, a Cité Internationale des Arts, espaço dedicado às artes em geral, onde o Banco Icatu possui um ateliê.

tituto Villa-Lobos, Silvio Merhy, o pianista Cristóvão Bastos, e o vio lonista e compositor Marco Perei ra, teve a difícil tarefa de escolher seis finalistas. Foram dois do Rio de Janeiro, um de São Paulo, um de Belo Horizonte, um de Brasília e um de Curitiba (veja box).

Mas não bastou apenas tocar bem. Os finalistas também passa ram por uma entrevista com o júri. O objetivo: conhecer melhor o ar-

A Cité Internationale des Arts conta com uma infra-estrutura vol tada para acolher artistas do Mun do inteiro, com biblioteca, sala de exposição, teatro, sala de concer tos, salas com piano e órgão, entre outros itens. Além de aprimoramen to e dedicação aos estudos, Hamil ton de Holanda terá a experiência de intercâmbio com artistas de vários lugares, tendo contato com o que está acontecendo de mais atual no cenário musical interna cional. O vencedor recebe também a passagem de ida e volta a Paris, um seguro-saúde e uma bolsa men sal de U$ 2 mil. "Investimos cerca de R$ 150 mil no Prêmio este ano", conta Maria Helena.

cas. De 1998 a 2000, à e de 2001 a 2003 será .a veá da Música Brasileira. 'Este lhemos a música instrumenta , no ano que vem nido qual vai ser o estilo, mos interessante que a ca ^ anos fosse modificada a catego afirma a ombusdwonian.

iíó ano passado, o Prêmio dei xou de ser organizado pelo Banco 'Icatu e.ficou sob a responsabilida de da companhia de seguros do hrupo."O Icatu deixou de ser banco . e voltou a ser uma distribuidora de valores. Com isso, o Prêmio veio para a seguradora", explica Maria Helena.

Para a ombusdwonian, mais im portante do que o incentivo em dinheiro é que este tipo de premiação ajuda a solidificar a produção de artes no País. "Eu acho que este prêmio mostra a sensibilidade da empresa em relação a uma produ ção que no Brasil é muito forte. Em qualquer das áreas que se esco lha sempre haverá uma produção diferenciada", conclui.

ARTESI
■ Vencedor do Prêmio, Hamilton Holanda, bandolinista, ao lado de Beth Carvalho (acima) e de músicos do seu grupo (ao lado) VALERIA MACIEL
A.36
REVISTA DE SEGUROS
CA ❖ ❖ CA
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 Jk WlTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001
REVISTA DE SEGUROS.37.A

Entre mortos e feridos, salvaram-se todos

Oano poderia ter sido

ruim - não foi.

Dentro do cenário internacional com incertezas em todas as áreas minando dramaticamente a confiança e a coragem das pessoas, o Brasil até que tem se saído bem, acabando o ano numa condição melhor do que a apontada pela previsão mais otimista, poucos meses atrás.

Mas se o ano acaba de forma positiva para o País, ele acaba de forma muito positiva para a atividade seguradora nacional. Num ano em que o crescimento, mesmo menos acelerado, mantevese constante, com a contrapartida da margem de lucro melhorando nos balanços de quase todas as seguradoras, outros fatores ainda mais importantes se somaram para fazer de 2001 um ano para ficar na história do seguro brasileiro.

O ano de 2001 foi, sem dúvida nenhuma, o marco do reconhecimento da atividade seguradora nacional como segmento econômico de porte. A presença do Presidente da República, acompanhado por vários Ministros de

"O ano de 2001 foi, sem dúvida nenhuma, o marco do reconhecimento da atividade seguradora nacional como segmento econômico de porte"

bastasse, o alto nível dos debates no congresso dos Corretores de Seguros de Porto Alegre, em que quase três mil pessoas participaram de painéis que discutiram os rumos da atividade, mostrou que o setor está maduro e capacitado a enfrentar seus desafios - que não são poucoscom soluções profissionais e não mais emocionais, como volta e meia ocorria.

fraudes!

Correndo atrás do prejuízo

Fctiãsc^ dispoTiibilizu pava o tiícvcddo fcTTüfnBTitu dc combate às fraudes que ajuda a fechar contratos ou liquidar sinistros com mais segurança

AFederação Nacional das Em presas de Seguros Privados e de Capitalização(Fenaseg)pôs

Estado, congressistas, governadores e secretários, na festa de 50 anos da Fenaseg, foi o carimbo confirmando este reconhecimento e validando o que setor vem fazendo para desempenhar sua missão social com o máximo de eficiência possível.

Como se não

E é neste cenário positivo, dentro de um cenário nacional se não muito positivo, muito melhor do que o imaginado, que devemos entrar em 2002, que também tem tudo para ser um bom ano para a atividade seguradora, principalmente se o fim do monopólio do resseguro se transformar em realidade.

no mercado uma ferramenta para ajudar no combate às fraudes em seguros de automóveis no país. E o Sistema de Seguros, batizado de Siseg, que promete reduzir o pre juízo das seguradoras. Estimativas o mercado mostram que as empre^ perderam somente no ano passado aproximadamente R$ 3,6 bilhões o R$ 18 bilhões gastos com indeniza ções. O reembolso de sinistros rau dados representa, atualmente, entre 15% e 20% das ocorrências regis tradas pelas companhias de seguro^

O novo serviço, que já esta e funcionamento, permite às segura doras fechar contratos ou hqu.dar sinistros com mais segurançaSiseg, as empresas podern o mesmo tempo informações re das sobre o Registro Naaon 1 de Sinistros, DPVAT, Sistema Nauona de Gravames, dados do , além de consultar a shnaÇ^^ trai dos segurados no Fe ec^ no Serviço de Proteção ao Cred (SPC), da Associação Comer São Paulo (ACSP)-

informações cruzadas. As infor mações dos bancos de dados da Fenaseg e da ACSP, que antes eram consultadas isoladamente, a partir de agora, poderão ser cruzadas. O Siseg vai informar, entre outras coisas, o volume de seguros obriga tório recolhido nos últimos três anos, total de sinistros pagos pelas segu-

O reembolso de sinistros fraudados representa, atualmente, entre 15% e 20% das ocorrências registradas pelas companhias de seguros

radoras e dados sobre licenciamento de veículos. "Se houver coincidên cia de fatos, como a existência de dois CPFs diferentes ou a liquida ção de um mesmo sinistro em vá rias seguradoras, o sistema dá o alerta", explica Horácio Cata Preta, diretor-executivo da Fenaseg.

O serviço é pago e o acesso é feito pela internet, no site da Fenaseg (www.fenaseg.org.br). Ao assinarem

o Termo de Adesão as empresas re cebem uma senha para a consulta dos dados, que acompanha uma tabela de preços. Uma consulta às 2,6 milhões de ocorrências cadas tradas no banco de dados do Regis tro Nacional de Sinistros, por exem plo, custa R$ 0,10. O valor é pro porcional ao volume de consultas, com direito a descontos de acordo com a quan tidade utilizada. "É como no comércio. Se a em presa faz uma chamada no SPC paga R$ 1,20. Se fizer 20 mil consultas o custo cai para R$ 0,70", explica Cata Preta."O im portante é conseguir o máximo de adesão das ^ seguradoras", completa. Por enquanto, o Siseg está aberto apenas para seguros de automóveis. A idéia é estendê-lo até o fim do ano aos ramos vida e pre vidência. A Fenaseg estuda também o lançamento de uma campanha na cional de conscientização à popula ção. O objetivo será mostrar como as fraudes podem afetar o custo do seguro."Quem paga seguro hoje está custeando o ganho do fraudador", diz Cata Preta.

1 w. II
ANTONIO PENTEADO MENDONÇA Jornalista e especialista em Serros e Previdência
A.38.REVISTA OE SEGUROS
OinUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO OE 2001 outubro/novembro/dezembro de 2001 REVISTA DE SEGUROS.39.^

RAPIDAS I

MERCADO OTIMISTA

A Áurea Seguradora de Créditos e Garantias aposta pesado em um pro duto pouco difundido e que pode reorientar as relações comerciais: o seguro de crédito. O produto é desti nado a empresas de portes variados que trabalham com vendas a prazo e têm interesse em minimizar riscos de perdas com inadimplência e para aque las que querem aprimorar, por meio da parceria com uma seguradora,seus conhecimentos na área de análise de aédito e de gestão de cobrança. A Áurea também está otimista em rela ção ao seguro garantia, que deverá ter um crescimento de 30% nos pró ximos dois anos.

MEIO AMBIENTE

A CGU Se guros e a Royal & Sun Alliance estão patroci nando dois eventos simul tâneos no Bra sil: a exposição da artista botâni ca Margaret Mee que,além das 18 aquarelas origi nais de bromélias brasileiras, inclui o lançamento de um CD-Rom com a história da artista e mais de 100 fotos;e o primeiro volume de uma coleção de quatro livros "Onde o Brasil é mais bonito, o coração do Brasil", que traz fotos coloridas inéditas, contos e in formações sobre o Cerrado. Os proje tos, que foram lançados em novembro no Museu Histórico Nacional, no Rio de janeiro,e logo depois seguiram para São Paulo,vão de encontro à proposta da CGU de preservar o meio ambiente de uma forma global, seja através da arte ou do turismo, com o objetivo de atuar para o bem-estar comum.Para a seguradora, valorizar as paisagens bra sileiras significa estimular a conserva ção das cidades e do seu patrimônio histórico e cultural.

B SEGUROS DE VIDA

Impulsionada pelos bons resultados obtidos em 2001 - um crescimento de 82%, a Nationwide Marítima bai xou os preços dos produtos de vida Individual em cerca de 10%. Para os produtos de empresas, a queda média foi de 16%. No Brasil, o seguro de vida cresceu cerca de 60% nos ijltimos cinco anos, o que demonstra o grande po tencial do produto, sem fa lar na chegada, em breve, dos seguros de vida com com ponentes financeiros - os VGBLs, que prometem ser a sensação do setor para os próximos anos. Hóje, a Na tionwide Marítima tem 500 mil segurados em sua car teira de vida e espera fechar o ano com cerca de R$ 70 milhões de faturamento, incluindo previdência.

NOMES & NOTASS

CIGNA: NOVA DIREÇÃO

A diretoria de operações da CIGNA Saúde conta com mais um reforço em seu quadro de funcio nários. O médico Benedito Tonolli Jacób desde novembro assumiu a responsabilidade das áreas técnica, de credenciamento, de gerenciamen to dos hospitais e dos centros mé dicos da empresa no Brasil. Forma do há 20 anos e pós-graduado em Administração Hospitalar pela FGV, lacób deixou a Mediai Saúde, onde ficou por 15 anos e teve participa ção ativa nos processos de reestru turação da empresa, para enfrentar um novo desafio.

AGE TEM NOVO DIRETOR

Sérgio Horta é novo diretor financeiro da ACE Brasil. Gra duado em Administração de Empresa pela Pontifícia Univer sidade Católica (PUC) e com MBA em Controller pela Uni versidade de São Paulo (USP), Horta tem mais de 14 anos de experiência profissional. lá atuou como auditor público e diretor financeiro em importantes com panhias multinacionais e um vasto conhecimento corporati vo nacional e internacional.

SINDICATO RS

O Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul funciona, desde setembro passado, com nova dire toria, eleita para o mandato 2001/ 2004, encabeçada pelo presidente, reeleito, Miguel lunqueira Pereira. Os vice-presidentes são: Ricardo Ody (Novo Hamburgo), lack Suslik Pogorelsky (Porto Seguro), Hélio Poerner Mazeron Filho (Sul Améri ca), Júlio César Rosa (Liberty Pau lista), Antônio Carlos Lorençatto Carneiro (Confiança), Maria Izabel Schneider Severo (Sabemi). Ocupam cargo de diretores: Gilson Bochernitsan (AGF Brasil), Marco Antônio Quadrado Salalino (Unibanco AIG), Alberto MüUer da Silva (Hannover International), Zatimari Salete Cerutti (Real), José Dalpiaz (Tókio Marine Brasil), Stefano Convertino (Generali do Brasil) e Weslley de Souza Aguiar (Minas-Brasil). No Conselho Fiscal estão os membros efetivos Pascoal Spara Neto (MBM Seguradora), Marcos Centin Dornelles (,\XA Seguros), César Luiz Salazar Saut (Icatú Hartford).

COOPERATIViSMO EM ALTA

Unir pessoas com o mesmo ob jetivo. Essa é a premissa do siste ma cooperativista, que, ao que tudo indica, será a grande sensa ção do início deste milênio. O Grupo Segurador Vera Cruz vem, desde novembro passado, patro cinando importantes eventos do cooperativismo de crédito: o IV Seminário do Cooperativismo de Crédito Rural do Estado de São Paulo, que aconteceu de 15 a 17; o Congresso Goiano de Coopera tivismo, em Goiânia, de 18 a 21; e o Congresso Brasileiro de Coo perativismo de Crédito, no Pará, de 27 a 30. Além de diversos di rigentes de cooperativas e jorna listas econômicos, os encontros contaram com diversos represen tantes do Banco Cooperativo do Brasil S.A.

p

SOMANDO ESFORÇOS

A concorrência com as empresas estrangeiras está levando as corretoras de seguros nacionais a somar esfor ços para disputar fatias do merca do. Uma das mais novas composi ções feitas no mercado é o acordo selado entre o Grupo Assurê e a Garrido Seguros, que prevê a utili zação da estrutura da Assurê em troca de uma participação nos negócios da nova parceira. Este é o décimo acordo firmado pelo Grupo Assurê, uma das maiores corretoras de se guros do país.

SEGURADORA N" 1

A Porto Seguro Cia. de Seguros Gerais foi escolhida a "Segurado ra do Ano" de 2001, em eleição realizada pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor). O critério de ção foi através de votaçao direta entre os corretores. Cerca de 4 mil participaram, apesar da não obri gatoriedade. Segundo a eleição, a Porto Seguro desenvolveu mais soluções voltadas para aper eiço a qualidade dos produtos ^ ços oferecidos. Para losé Luís, i retor de produção da compani' o reconhecimento pelo voto e monstra que a seguradora vem con

seguindo adequar sua estrutura às necessidades dos corretores e, ao mesmo tempo, aos requisitos, in teresses e exigências dos consumi dores. Um dos exemplos mais re centes da estratégia adotada pela seguradora foi o lançamento do "Cario?Casa". O produto garante

a quem contrata ou renova o se guro de automóvel com assistên cia ao veículo o direito a serviços gratuitos de chaveiro, encanador e eletricista, entre muitos outros, para sua residência. A novidade foi lançada na região metropolitana de São Pau lo, mas o benefício será estendido a todos os segurados do País.

SINDICATO PE

Em 28 de novembro, o econo mista e diretor executivo da Com panhia Excelsior de Seguros Mucio Novaes de Albuquerque Cavalcanti foi eleito presidente do Sindicato das Seguradoras de Pernambuco para o iriênio 2002/2005. A nova dire toria conta ainda com o vice-presi dente João Nóbrega Interaminense Júnior (Bradesco Seguros); os dire tores José Alberto Mendonça Me neses (Cia. de Seguros Alainaça da Bahia), Octávio de Magalhães (Sul América de Seguros), Pedro Macedo (Real Previdência e Seguros) e loâo da Fonseca Lins Filho (Unibanco Seguros); e os conselheiros fiscal, Ricardo Ruhland (Porto Seguros), e José Ferreira Barbosa (Icatú Har tford Seguros).

A.40 REVISTA DE SEGUROS
/ ijn
OimjBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 L
porto Seguro
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS.41.A

A evolução da indústria do seguro

o autor registra as alternativas para uma maior solidificação ão mercão

"Deixa a Trombeta Soar - A Indústria do Seguro no Século XXI"

Lawrence G. Brandon

Editora: Funenseg, ano: 2001, 208 páginas

EDUARDO DE FREITAS LEITE

Mestre em Economia Empresarial pela Universidade Cândido Mendes - Rio de Janeiro. Empresa: IRB- Coordenadoria de Run Off

Olivro "Deixa a Trombeta Soar

— A Indústria do Seguro no Século XXI" — chega ao mer cado em momento bem propício. Primeiro, porque a literatura na área de seguro é ainda carente de obras e, principalmente, de estilo e am plitude semelhantes à apresentada por Lawrence Brandon. Segundo, porque após os atos terroristas ocor ridos em setembro último, nos EUA, muito se tem falado na mídia so bre seguros, acentuando-se a im portância de se ter uma cobertura de seguro.

Lawrence Brando, profissional de larga experiência na área de seguros e conhecedor profundo deste mer cado, é membro do Instituto CPCLl, Insurance Institute of América (III), Institute for Global Insurance Education, instituições essas em que exer ce o cargo de Presidente Executivo.

Deixa a Trombeta Soar" é uma obra abrangente que interliga áreas de conhecimentos como a Econo mia, a Administração, o Marketing

e a Tecnologia com a Indústria de Seguros.

A obra está dividida em quatro grandes partes. Na primeira delas, o autor faz uma avaliação da In dústria de Seguros de bens e res ponsabilidade, apontando os seus pontos fortes e os seus pontos fra cos. Nos pontos fortes, ele comenta a questão da manutenção das ativida des econômicas, quan do da ocorrência de si nistros e a possibili dade de melhoria das condições de um país dado o vulto de recursos envolvidos nesta indústria. Nos pontos que considera fracos, Lawrence apon ta a falta de li derança para o setor, a defici ência na comunica ção entre as seguradoras e seus clientes.

Na segunda parte, é feita uma análise global da empresa de segu ros propriamente dita, focalizando desde as questões de Distribuição do Seguro, às Questões Financeiras, às de Tecnologia da Informação, ao Gerenciamento de Riscos, à Legisla ção e até às ligadas à Globalização.

Na terceira parte, o autor analisa alguns dos mais diversos ambien tes: os Econômicos, os Políticos, o Tecnológico e o Cultural. A análise

mostra, conforme o autor "... indi víduos mais maduros, mais respon sáveis, serão atraídos a organizações que:

1) tenham um forte conjunto de crenças e valores;

2)estejam dispostas a assumir com prometimentos e a integridade de sustentá-los; e

3} tomar decisões de longo prazo.

Na quarta par te são analisados os pontos de relevância para a Indústria de Seguros, bem como o Gerenciamento de Ris cos para o Século XXI.

Lawrence Brandon es creve de forma simples e clara. Associa sua grande experiência e no seu texto, ficam claras as transforma ções sofridas pelo setor. O autor nunca deixa de com^ parar a evolução da Indústria do Seguros com o momento atual e de registrar as alternativas para uma solidificação cada vez maior do Mer cado Segurador. O texto é rico e muito fácil de visualizar as trans formações ocorridas, proporcionan do uma leitura bastante prazerosa.

"Deixa a Trombeta Soar" é uma obra fundamental para quem já par ticipa do Mercado de Seguros e áre as afins e pode contribuir muitíssi mo para o desenvolvimento do Mercado Segurador Brasileiro.

Temos mais de 8 milhões de motivos píirâ voce confiâr nâ Lo jdck.

Operando há menos de 2 anos no Brasil, a Lo Jack já alcançou mais de R$8 milhões em veículos recuperados. Mais uma prova da eficiência e confiabilidade do melhor sistema de râstreio e localização de veículos roubados do mundo.

de volta. vvww. loj^ck.coiTi.br

BIBLIOTECAl
A.42.REVISTA DE SEGUROS
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2001
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Segurança, rapidez e agilidade

A experiência acumulada pela ABNC em diversos segmentos, permitiu à empresa desenvolver sistemas e serviços que lhe permi tem controlar e disponibilizar informações com segurança, rapidez e agilidade, de forma a atender as necessidades dos clientes. Para isso, a ABNC disponibiliza os seguintes serviços:

* Gerenciamento e Emissão de Documentos (inclusive nas instalações do cliente)

* Multas e licenciamento de veículos

* Carteira Nacional de Habilitação

* Certificado de Registro de Veículo e Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRV/CRLV)

* Digitação e digitalização de processos

* Montagem e disponibilização de base de dados

* Serviços de pré-postagem, embalagem e distribuição de produtos de segurança

* Administração, controle e distribuição qualificada de produtos

* Sistema Internet e extranet de informações e consultas

* Administração de sites remotos

* Treinamento em segurança documental

Gráfica de SP Gráfica de excelência ■J^meucKvn y/ianÁ .A^o/fí ^{'^otn/iany
Serviços e Sistemas Especiais
Matrlz e Fábrica Rio Fábrica São Paulo Escritório Comercial SP Fábrica Erechim Rua Peler Lund, 146 São Cristóvão CEP 20930-390 Rio de Janeiro - RJ Tal.. (21) 585-9118 Fax (21)500-3096 Estrada do Ingai, 200 Barueri CEP 06428-000 São Paulo - SP Te!.: (11) 4789-2033 Fax; (11)4789-5408 Rua Itacema, 128 / 2° andar - Cj 22 - Itaim Bibi CEP 04530-050 São Paulo - SP Te!.: (11)3167-5369 Fax: (11)3167-2613 Rua Leníra Galli. 3 Distrito Industrial CEP 99700-000 Ereciiim - RS Tel.: (54) 519-4000 Fax: (54)522-2051

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