T1813 - Revista de Seguros - jan/fev/mar de 2001_2001

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f '«t'"' • - — ',»»i RGÃO OFICIAL DA FENASEG ANO 83 N° 836 JAN/FEV/MAR DE 2001 •li» li>íj SAÚDE mudá pieiüll do mercado 1 ANS; A META E SANEAR O MERCADO DE SAÚDE EM DOIS ANOS

Cursos^

Exames do AlCPCU/IIA

12 SEMESTRE/2001 '

Projetado poro a formação de profissionais que tenham pouco ou nenhuma experiência nas atividades relocionadas à área de sinistros. O curso propicia,o conhecimento dos muitos termos utilizados nessa otividode, como se realiza o trabalho de regular um sinistro e o entendimento de como esso tarefa se relaciono com a atividade de seguros como um todo. Prepara para o trabalho e, também, para os exames do AlCPCU/IIA, que certificam profissionais de seguros.

Período: 19/04 o 12/07/2001

Inscrições: até 10/04/2001

Carga Horária: 3ó horas/aula

Horário: 5' feiras, dasl8hàs21h

Valor: R$ 270,00 (2 parcelas de R$ 135,00)

Introdução à Subscrição de Riscos

Exames Introdutórios

Os exames do AlCPCU/IIA têm como base o conhecimento geral sobre o trabalho relacionado com seguros e são direcionados a profissionais que jo atuam ou venham a atuar nas áreas técnica, administrativa e gerencial de seguros. Sendo assim, informamos que estaremos realizando no mês de julho/Cl a aplicação do 10° Exame de Introdução a Sinistros, 11° Exame de Certificação em Subscrição de Riscos e o 10° em Seguro de Bens e Responsabilidade Civil, Os exames serão compostos de aproximadamente 30 questões elaboradas em português.

Dafa dos Exames

Introdução a Sinistros; 23/07/2001

Introdução à Subscrição de Riscos: 24/07/2001

Introdução oo Seguro de Bens a Responsabilidade Civil: 25/07/2001

Taxa de / nscrição por Exame

Aluno reprovado em exome anterior: R$ 05,00

Aluno novo ou ausente: R$ 130,00

Prazo de Inscrição

Até 05/06/2001

Local de Inscrição: Rua Senador Dontos, 74 - térreo

Tel.: (21} 532-3322 - 532-3699 Ramais 173 e 174

Central de Atendimento: 0800 25 3322 wwvi/.funenseg.org.br - secretoria@funenseg.org.br 180

Recomendado para todos os profissionais das áreas de seguros de responsabilidade e bens, que necessitam de conhecimentos específicos sobre subscrição. Fundamental paro assistentes de subscrição/ avoliadores, controladores de danos, assim como paro corretores que trabalham como subscritores. E também preparatório paro o Exame do AlCPCU/IIA [American ínsfííufe for Chartered Properfy Cosualty Underwrifers / Insuronce Insf/fute of Amenco), com os quais o FUNENSEG mantém convênio,

Período: 03/04 a 03/07/2001

inscrições: até 30/03/2001

Carga Horário: 39 horas/aula

•Horário: 3' feiras, das 18h òs 21 h

Valor: R$ 280,00 (2 parcelas de R$ 140,00)

Introdução ao Seguro de Bens e Responsabilidade

Curso destinado a atender òs necessidades de funcionários das áreas administrativas, técnica e gerencial, inclusive os que prestam serviços o empresas seguradoras, agenciadores e empresas de corretagem. Prepara poro o trabalho e, também, poro a participação em exames do AlCPCU/IIA, que certificam profissionais de seguros.

Período: 04/04 a 11/07/2001

Inscrições: até 30/03/2001

Carga Horária: 45 horas/aulo

Horário: 4" feiras, das 8h às 21 h

Valor: R$ 290,00 (2 parcelas de R$ 145,00)

4 EDITORIAL/ João Elisio Ferraz de Campos Nova fase

5 ENTREVISTA / Solange Beatriz Paitteiro Mendes

ANS admite: ainda há muito espaço a conquistar

8 SAÚDE

O diagnóstico do mercado para as mudanças no seguro-saúde

13 INTERNACIONAL

Seguros paralelos aumentam interesse dos consumidores

14 FRAUDE NO SEGURO

Prejuízos com golpes causam rombo de R$ 3,5 bilhões por ano

16 FRAUDE NAS EMPRESAS

Envolvimento de funcionários preocupa empresários

18 INDICADORES

Setor fatura R$ 32,7 bilhões em 2000 e cresce 15,67%

19 CAPITALIZAÇÃO

Mercado aposta na criatividade

20 EMPRESAS

A 'jóia da coroa' das multinacionais

22 INFORMÁTICA

Empresas que ainda não caíram na grande rede

23 MERCADO

Hora de investir em nichos específicos

24 MULHERES

Clube da Luluzinha...

25 EDUCAÇÃO

Fundação Bradesco: 38 escolas em 25 estados

26 BIBLIOTECA

27 ARTIGO / Antônio Penteado Mendonça

É cedo para saber

27 ESTRATÉGIA

Na Icatu, corretor vira dono do negócio

29 rápidas

30 nomes e notas

Internacional sem sair do Brasil Introdução a Sinistros
Certificação
-r" «QS', sr
FUNENSEG
■•UfJDAÇAO CSCOU NACIONAI DE SECUKOS
Civil
SUMÁRIO □
JANBRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS 3 A

FENASEG

Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização

Diretoria

Presidenfe:Joáo Elisio Ferraz de Campos

Vice-Presidenles: Júlio de Souza Aveílar Neto. Luiz Tavares Pereira Rlho, Niíton Moltna, Olavo Egydío Setúbal Júnior, Renato Campos Martins Rifio, Rubens dos Santos Dias.

Diretores: Brian Joíin Guest, César Jorge Saad, Maurício Accioiy Neves, Santi Cianci, Sérgio Ricardo Miranda Nazaré, Sérgio Timm, Vaidery Frota de Albuquerque.

Conselho Fiscal

Membros Efetivos: Antônio Carlos Ferraro, Mauricio Accioiy Neves, Orlando Vicente Pereira. Suplentes: Aparecida Lopes, Jorge Carvalho. José Maria Souza Teixeira Costa, Lúcio Antônio Marques.

Conselíio Consultivo

Presidente:Joáo Elisio Ferraz de Campos

Membros Efetivos: Acácio Rosa de Queiroz, Aliredo Femandez de Larrea, Eduardo Baptista Wanna, Emiíson

Aioriso. Francisco Caiuby Vidigai, Jayme Brasil Garfinkei, José Américo Peón de Sá. José Castro de Araújo Rudge, Júlio Albuquerque Bierrenbach. Luiz de Campos Saiies, Luiz Henrique S. L. de Vasconceiios, Mário José Gonzaga Pefrelli. Mário Santiago Salgado B. Costa Duarte, Mário Teixeira Almeida Rossi, Patrick Larragoiti, Pedro Pereira de Freitas, Sérgio Syivio Baumgarten Jr.

Membros Natos: Alberto 0. Continentino de Araújo, Antônio Tavares Câmara, Casimiro Blanco Gomez, Eugênio Oliveira Mello, João Gilberto Possiede, Minas Alphonse Roelof Mardirossian, Miguel Junqueira Pereira e Sérgio Passold.

REVISTA DE SEGUROS

Órgão Informativo da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização — Fenaseg.

PUBUCAÇÂO INTEGRANTE DO CONVÊNIO DE IMPRENSA

DO MERCOSUL — COPREME. Em conjunto com SIDEMA (Serviço Informativo do Mercado Segurador da República Argenbna). EL PRODUCTOR (Publicação da Associação de Agentes e Produtores de Seguro da República Oriental do Uruguai) e Jornal dos Seguros (Publicação do Sindicato dos Corretores de Seguros e de Caprtalizaçâo do Estado de São Paulo).

Editor-chefe: Paulo Amador(MTb/MG 2.888)

Editora Executiva: Ângela Cunha (MTb/RJ 12.555)

Coordenação Editorial: Via Texto TeíTiix:(021)262.5215e262.4736

Jornalista Resp.: Vania Mezzonato (MTb/RJ 14.850)

Programação Visual: Mariza Good (Tel.: 542.3969}

Colaboradores: Alexandre Medeiros, Cássia Almeida, Cecilia Guedes,Jorge Clapp, Roberta Tziola, Rodrigo Carro e Jesus Ribeiro.

Equipe ASCOM: Adriana Beltrão e Valéria Machado.

Escritório Fenaseg/Brasilia - SON/Quadra 1/Bloco C - Ed. Brasília - Trade Center - sala 1607

Fotografia: Rosane Biekerman, Agência Keystone, Arquivo

Fundação Bradesco e Arquivo Fenaseg

Ilustração: Janey Costa

Capa; Mariza Good.com foto da Keystone

FotolHos: Dressa Color

Gráfica: Zit Gráfica e Editora

Distribuição: Serviços Gerais/Fenaseg

Asscssoila de Comunicação

Sm ^ Senador Dantas. 74/12° andar, Lentro - Rio de Janeiro (RJ)- CEP 20 nii ?ni.TpIp*(021)34505-DFNES - leiex.

F^:(021)240,9558 - Tel..(021)524.1204 - Ramais 140/

Periodicidade: Trímestal

Circulação: 5 mil exemplares

As matérias e artigos assinados são de resDansahiiid;irip dos autores. As matérias publicadas nesta edição podem ser reproduzidas se identificada a fonte

Distribuição Gratuita

ANS admite: ainda há muito espaço a conquistar

Nova fase A Revista de Seguros,

mais antiga publicação brasileira especializada em economia, desde a década de20, cjuando foi fundada, tem passado por vàiias refor mas de natureza gráfica e edi torial. Tem procurado acompa nhar as conquistas da tecnolo gia, a qualidade da informa ção e a exigência do gosto de seus leitores, sem jamais se afas tar de sua missão: manter com o mercado um diálogo tecnica mente bem realizado e conceitualmente ajustado à ciência e à prática da atividade segu radora no Brasil Mantida essa proposta, ao longo de 80 anos a Revista de Seguros tem tido a rara fe licidade de poder contar, na relação histórica de seus me lhores colaboradores, com al guns nomes que dignificam suas páginas. Cronistas, editorialistas e colaboradores, que aplicam o brilho de suas inte ligências, o sabor e a sabedoría de seus textos, mas, acima de tudo, a integridade do ta

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lento, para transformar em páginas inesquecíveis os prin cipais temas relacionados com a atividade de seguros, previ dência privada e capitalização.

Neste número, quando a Revista mais uma vez dá iní cio a mudanças pedidas pela modernidade, uma infeliz co incidência nos leva o pensa mento a um dos mais brilhantes colaboradores que já ilustra ram estas páginas: Luiz Fur tado de Mendonça. Falecido no dia 20 de fevereiro, esse brilhante redator, justamente chamado de "Cronista do Mercado de Seguros", dedicou à Revista de Seguros meio século de seu talento. Memó ria sempre viva dos fatos com que se relacionou, conciliava a sagacidade técnica do pro fissional de seguros com a vivacidade interessada do jor nalista.

A Luiz Furtado de Men donça, por mais de 50 anos de seu talento e de sua leal dade, o agradecimento da "Revista de Seguros".

A diretora de Normas e Habilitação da ANS, Solange Mendes,fala sobre as novas regras para o setor de saúde

Criada pelo Congresso em ja neiro do ano passado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS vai completar um ano de trabalho em abril. Embora a Lei 9656, que define as regras de acesso e funcionamento das operadoras de planos de saú de, seja de junho de 98, somente agora, após o estudo das caracte rísticas desse mercado e a busca por dados confiáveis — apenas as seguradoras tinham dados estatís ticos e informações organizadas a ANS está se estruturando, de fato, para dar conta de um setor que passa sérios problemas.

"Estamos trabalhando mais de 12 horas por dia", diz Solange Beatriz Palheiro Mendes, diretora de Normas e Habilitação. A advo gada, de 43 anos, tem pós-gradua ção em Seguros pela PUC do Rio e exerceu os cargos de Secretária Geral, Diretora e Superintendente Substituta da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP.

Segundo ela, o mercado deverá estar saneado dentro de dois anos, mas até lá os consumidores ainda poderão levar alguns sustos, pois não são raros os casos de operado-

■ Solange Mendes: "É preciso que as empresas

sejam saudáveis"

ras que não têm como cumprir as exigências legais no que tange às garantias. "É preciso que as empre sas sejam saudáveis, que se busque essa saúde", diz a diretora.

RS Exatamente em que fase está o trabaltio da Agência?

Solange Mendes. Nós já temos o re gistro provisório das empresas, o plano de contas está criado, temos o instrumento para a padronização •da contabilidade das operadoras de

planos d

e assistência à saúde. Quanto à constituição do capi tal mínimo, a regra foi apresentada e está em consulta pública.

Também já demos forma ao sistema de informação periódi ca, é o Diops, Docu mento de Informa ções Periódicas das Operadoras de Pla nos de Assistência à Saúde, que corres ponde ao Fipe lá da Susep. De três em três meses as empre sas vão nos encami nhar os balanços, on-line. Além disso, o instrumento de recuperação já está normatizado. Não temos intervenção como o Banco Cen tral, não fazemos a substituição da ad ministração. Temos regras de direção téc nica e direção fiscal que a Agência compartilha com a empresa, acompanhando-a mais de perto em sua direção. As regras de fusão e cisão ainda estão sendo preparadas e de vem sair em 2001. E, no caso do resseguro, dependemos da quebra do monopólio.

RS Como está a consiiKa pública das garantias?

Solange Mendes. Nossa proposta foi aprovada na câmara de garantias

A editorial!
ENTREVISTA/Solange Beatriz Palheiro Mendes1 JOÃO EUSIO FERRAZ DE CAMPOS Presidente da Fenaseg
- V \ V
A.4.REVISTA OE SEGUROS lANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2001 JANBRO/FEVERBRO/IVIARÇO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS 5 2A

e tem recebido algumas críticas sugerindo modificações, mas deve ser aprovada. Há uma questão com relação à autogestâo não-patrocinada, da qual estamos exigindo garantias. Por exemplo, se uma as sociação apenas aglutina pessoas e contrata uma operadora em nome delas, não aportando recur sos e nem tendo participação, nós a consideramos uma operadora co mum e vai ter que apresentar ga rantias. A patrocinada, não. Então, uma exigência do mercado é que as patrocinadas tenham as regras de patrocínio definidas, o que não consta desta norma. Tais regras deverão ser objeto de outro ins trumento, e terão tratamento di ferenciado das demais.

RS Mas as seguradoras não estão satisfeitas com as exigências contidas nessa norma... Solange Mendes. As seguradoras têm reclamado. Para as operadoras não está sendo exigida uma regra de margem de solvência; as segura doras estão obrigadas a essa re gra, e têm uma obrigatoriedade maior de constituição de reservas que as demais operadoras. A pro posta de constituição dessas ga rantias foi de cinco anos, mas houve unanimidade na câmara técnica, pedindo dilação para seis anos de constituição. Então, será diferido em seis anos o total da exigência. O setor de seguros, que não está contemplado na regra de segmentação — por causa daque la MP que dizia que as segurado ras deveriam transformar-se em em presas de medicina de grupo agora será incorporado. Com a Eei 10.185, de fevereiro, pode-se dizer que as seguradoras serão le gitimadas. Vai sair uma regra de transição, que absorverá toda a legislação do CNSP e da Susep

no âmbito da ANS. Em síntese: do ponto de vista administrativo, não teremos grandes mudanças para o mercado de seguros: o pla no de contas é o mesmo, e o Fipe, que as empresas mandavam para a Susep, agora vão nos remeter. Nes se aspecto não há nada de novo.

RS As operadoras de planos de saúde permaneceram longo tempo sem controle, sem uma fiscalização efetiva e, portanto, sem estatísticas confiáveis. De que tamanho é esse mercado, como estão as operadoras?

"Do ponto de vista administrativo não teremos grandes mudanças para o mercado de seguros: o plano de contas é o mesmo, e o Fipe, que as empresas mandavam para a Susep, agora vão nos remeter"

Solange Mendes. São 2.739 opera doras de planos de saúde com re gistro provisório. Ativas, são 1.679. No nosso cadastro, são 27.489.735 beneficiários. Nas estatísticas que são divulgadas, os números vari am entre 40 milhões e 41 milhões. Registrados conosco, há 27 milhões de clientes. Há erro, porque nem todas as empresas informaram o número de beneficiários. Algumas não informam por desobediência, outras garantidas por liminares, mas o número das que não infor mam não é significativo. O que nos chama a atenção, de imediato, é que os 40 milhões são uma estima tiva errada, e acreditamos que haja

muito mercado para conquistar. Em termos de participação, existe uma forte concentração: as seis maiores empresas têm 21% do mercado: as 50 maiores, a metade. Ou seja, cerca de 30% das operadoras ati vas detêm 50% do mercado. É um problema e, ao mesmo tempo, uma solução, porque são exatamente as operadoras mais capitalizadas e estáveis as que detêm a maior fatia do mercado. Podemos dizer que metade da população assistida tem uma relativa garantia de permane cer com essa assistência à saúde. Por segmento, tem-se a medicina de grupo com a maior fa tia do mercado,37% dos beneficiários; as coope rativas com 23% e as seguradoras com 17%. Os planos de autoges tâo, patrocinados e nãopatrocinados, têm 13%. As informações relativas às seguradoras constan tes em nosso cadastro são as únicas que batem com os dados estatísti.cos. Ou seja, o que antes informavam é o que efetivamente estamos constatando aqui. Acho natural, porque já havia um órgão regula- dor. Então, tudo estava regulamen tado, arrumado. Hoje estima-se que o mercado de saúde movimente cer ca de 21,7 bilhões de reais ao ano. A participação das seguradoras é forte, R$ 4,7 bilhões. Esses dados são de dezembro de 1999. Em novembro do ano passado, o prê mio relativo ao seguro saúde era de R$ 4,9 bilhões.

RS Como a Sra. vê as perspectivas de crescimento desse mercado? Solange Mendes. Por mais que se tenha problemas com a saída de empresas que não estavam bem

economicamente — isso está acon tecendo e vai continuar a aconte cer, porque está havendo uma re estruturação do setor —, há boas perspectivas de crescimento. A Secretaria de Acompanhamento Econômico prevê 4,5% de cresci mento do PIB para o ano, e a taxa de desemprego está caindo. Esses dois fatores são fundamentais para a área de saúde. Crescendo essas duas variáveis, o mercado se am plia. Pelo lado das condições es truturais, o processo de regulação é sem dúvida o mais importante. O investidor estará muito mais propenso a investir seus recursos num ambiente em que existam regras de funcionamento. Além disso, a expectativa para 2001 é de que a MP que regulou o setor ' seja transformada em lei. A con solidação das regras vai dar maior transparência para a atividade, tanto para os consumidores quanto para as operadoras de planos. Após um período de reestruturação do mercado, o crescimento esperado deverá se dar também pela entra da de capital estrangeiro.

RS E a questão da especialização, as empresas receberam bem essa decisão?

Solange Mendes. A partir do meio do ano as empresas especializa das na operação de planos e se guros de saúde já deverão estar estruturadas. A especialização era muito mais importante, porque im plicava em que as seguradoras dei xariam de ser seguradoras, o que iria provocar uma grande mexida no setor. Agora, não. Isso é im portante, para deixar claro que quem manda no setor é o Minis tério da Saúde, a Agência Nacio nal de Saúde Suplementar, por que para as empresas o ônus será muito pequeno. É cindir a empre-

sa: faz-se uma assembléia, os ati vos são remanejados etc.

RS Em quanto tempo a sra. acredita que o setor estará reestruturado, saneado?

Solange Mendes.Acho que dois anos é um prazo razoável. Temos pela frente um ano crítico, de transição para a regra de solvência, e mais um para o mercado se acomodar, com empresas sendo vendidas, saindo. Tem gente fechando a porta e indo embora,sem livro de contabilidade nem nada. Tivemos uma empresa

nessas reservas, então isso é legítimo e o governo tem que ter cuidados para que essas reservas não sejam exauridas.

RS Como são conciliados os diferen tes interesses nas tomadas de decisão da Agência?

"O Investidor estará multo mais propenso a Investir seus recursos num ambiente em que existam regras de funcionamento. Além disso, a expectativa para 2001 é de que a MP que regulou o setor seja transformada em lei" na região Centro-Oeste, agora, que fez isso: teve problemas com uma internação que não pôde pagar, o custo era altíssimo, fechou a porta e foi embora. Deixou dívidas com prestadores,os beneficiários ficaram repentinamente sem assistência. É uma coisa cultural e ao mesmo tem po operacional,quem age assim não se sente compromissado com os consumidores e está quebrado. Não há mais lugar para isso. É claro que ainda hoje existem seguradoras tra balhando somente com lucro finan ceiro, mas a situação é diferente. Elas têm muitos ativos constituídos

Solange Mendes. O trabalho da Agência é exatamente mediar esses interesses, o da coletividade e o in dividual. Nós não defendemos os interesses das empresas, nós defen demos o interesse da coletividade. Só que nem sempre o interesse da coletividade é o interes se do consumidor, indi vidualmente. No seguro, isso se toma ainda mais presente. O consumidor pessoa física quer ter a melhor cobertura, mais abrangente, pelo menor preço. Isso fere frontalmente o princípio do sistema onde ele está inserido, no qual todos vão dividir as contas de cada um. O consumidor tem dificuldade de en tender isso. Ele briga porque não quer pree xistência, não quer ca rência, quer cimrgia de miopia em qualquer grau. Só que alguém vai pagar essa conta, e quem paga é o outro consumidor. Nós estamos aqui exatamente para fazer esse balanceamento, e é bas tante difícil. Mas em momento ne nhum se pensa somente na empre sa, somente no consumidor,somen te no prestador de serviço. É exata mente por isso que as agências re guladoras têm esse modelo de ór gão colegiado, para compor os in teresses da sociedade. As autarquias tinham um foco muito fechado, mas as agências não; elas têm essa vi são de sociedade. •

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JANBRO/FEVERQRO/MARÇO DE 2001
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REVISTA DE SEGUROS 7 A

o diagnóstico do mercado para as mudanças no seguro-saúde

Representantes do mercado de seguros

acham que a regulamentação do setor é necessária, mas afirmam que as empresas trabalham sob pressão depois da exigência de aceitação de qualquer cliente

Desde janeiro de 1999 o mer

cado de seguro-saúde vem passando por mudanças pro fundas. Até esta data, a fiscalização da saúde financeira das empresas era responsabilidade da Superintendên cia de Seguros Privados(Susep), e a regulação vinha do Conselho Naci onal de Seguros Privados (CNSP). As coberturas previstas, carências e reajustes eram regulados pelos con tratos de cada seguradora.

Hoje, as empresas, tanto opera doras quanto seguradoras,são obri gadas a registrar o produto na Agên cia Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e demonstrar capacidade para o atendimento. E com a Lei 9656/98, que regulamentou o setor de saúde suplementar,foram estabe-

■ As mudanças no setor de saúde foram implementadas por meio da Lei 9.656,de 30 reedições da medida provisória que a complementa e de 40 resoluções

lecidos dois eixos estratégicos: a co bertura integral e as garantias uni versais.

A cobertura integral à saúde pas sou a ser obrigatória para os que ingressassem no sistema a partir de 99 — as exclusões que a lei permite são pequenas, como cirurgia estéti ca, por exemplo. Esta nova legisla ção possibilitou a segmentação,com a venda de planos apenas para aten dimento ambulatorial, hospitalar ou de referência, que une os dois pro-

dutos. Mas 80% dos contratos ven didos são de referência.

O outro eixo estratégico são as garantias universais, que não têm a ver com data de contrato ou o tipo de empresa que comercializa o pla no; a proibição da rescisão unilate ral do contrato, o não reajuste ou o reajuste regulado para as faixas aci ma de 60 anos, obrigatoriedade de inscrição do filho recém-nascido nos primeiros 30 dias de vida e proibi ção de interrupção de internação.

gulamentação.Segun do Tavares, o aumen to da cobertura clíni ca e o controle dos re ajustes dificultaram a situação das segurado ras, que diferentemen te das operadoras de planos de saúde, já atuavam num cenário regulado, cumprindo exigências de apresen tar reservas técnicas. "O crescimento do se tor vai acontecer em cima do espaço do concorrente", disse.

SEGURO-SAÚDE EM 2

NO LIMIUE. Essas mudanças,que fo ram implementadas por meio da Lei 9656, de 30 reedições da medida provisória que a complementa e de 40 resoluções depois,fizeram o mer cado de seguro e plano de saúde es tar quase no limite. A opinião é do vice-presidente da Federação Nacio nal das Empresas de Seguros Priva dos e de Capitalização (Fenaseg), Luiz Tavares, que constatou uma queda no ritmo de crescimento do mercado depois que começou a re-

Para Tavares, as garantias técnicas e provisões que a Agên cia Nacional de Saú de Suplementar (ANS) está exigindo das operadoras de pla nos de saúde são me nores do que as que as seguradoras já vêm apresentando. "Esta mos trabalhando para que as garantias exigi das sejam as mesmas para todos os que ope ram no mercado, acei tando um prazo de ca rência para as empre sas que já atuam. Mas, para as novas, as exi gências devem ser cumpridas ime diatamente, para que as operadoras possam cumprir seus compromissos com o consumidor", sugere.

ados da Agência Nacional de Saúde(ANS), os planos de saúde ~ incluindo-se as modalidades de medicina de grupo, cooperativas, aiiío-gesião e Jilantrôpicas - representam 61% do mercado de saúde privada brasileiro.

A maioria das 2.739 operadoras de saúde, registradas na ANS, está concentrada nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que,juntos, reúnem quase 60% do total de empresas.

O seguro-saúde, segundo os dados estatísticos divulgados pela Susep,foi uma das modalidades que apresentaram os melhores desempenhos do mercado de seguros em 2000.

A carteira cresceu 15,65%, praticamente empatada no primeiro lugar do ranking com a de Automóveis, que registrou crescimento de 15,77%. O volume de prêmios movimentados pelo seguro-saúdefoi de R$ 5,69 milhões — 01124,78% do total de prêmios anecadados.

maior acesso a esse serviço", expli cou.

Outro pleito das seguradoras na ANS é poder comercializar planos com a cobertura segmentada. Essa medida permitiria ampliar o mer cado, segundo Tavares. "A parcela da população que tem condições financeiras de arcar com os custos de um plano com cobertura total é limitado. O objetivo é permitir um

NEGOCIAÇÃO. As reivindicações das seguradoras estão sendo discutidas de forma bem aberta na ANS, num canal de negociação contínua. Essa possibilidade de levar a realidade das seguradoras para ser discutida na ANS permitiu que se modificasse a medida provisória que extinguia o seguro-saúde. As seguradoras esta vam obrigadas até fi m do ano pas-

[saúde
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da

que tem condições financeiras de arcar com os custos de um piano com cobertura total é limitado. O objetivo é permitir um maior acesso a esse serviço"

Luiz Tavares (Fenaseg)

sado a se transformarem em opera doras de planos de saúde ou aliena rem sua carteira de clientes. A difi culdade para pôr em prática essa obrigação foi percebida pela ANS,e outra medida provisória definiu que as seguradoras devem agora apenas se especializar em seguro-saúde. E o prazo para isso foi prorrogado para junho deste ano.

Pedro Fazio, diretor de prestado res e serviços médicos da Sul Améri ca, afirma que a regulamentação foi apoiada pelas seguradoras e reco nhecida como necessária para a or ganização e padronização da ativi dade da assistência médica privada. Segundo ele, até recentemente o se guro-saúde não era reconhecido den tro do novo modelo de legislação, estando subordinado ao CNSP e à Susep,apesar de ter que seguir as de terminações da ANS. "Inclusive no aspecto do recolhimento de taxa em duplicidade, isto é, pela Susep e ANS, além de ter de registrar seus produtos e cumprir as demais exi gências que foram impostas para os outrossegmentos como medicina de grupo, cooperativas e autogestão", explicou.

Segundo o executivo, atualmen te o Conselho Nacional de Saúde Suplementar (Consu) é o respon-

DISTRIBUIÇÃO DE PLANOS POR TIPO DE CONTRATAÇÃO

sável pela regulamentação do setor e não existe expectativa do merca do sobre mudanças significativas no setor, a partir de agora. Fazio critica a forma de operação da ANS, que vem assumindo respon sabilidades cada vez maiores da das pelo Consu, afirmando que o mercado tem reagido contra a fal ta de debate dentro do órgão.

"Apesar de a ANS utilizar-se da participação do mercado e da so ciedade, através da Câmara Suple-, mentar de Saúde, as resoluções são

na verdade o entendimento final da sua diretoria e não exatamente do somatório de contribuições recebi das, o que tem gerado variadas insatisfações", analisa.

Um exemplo dado por Fazio é quanto ao reajuste técnico — quan do o aumento da sinistralidade tor na necessário o aumento do prê mio a ser pago. Antes, o mercado avaliava sua carteira de forma par cial, determinando se úm grupo de segurados apresentava uma distor ção. Estabeleceu-se um padrão de comportamento, que foi quebrado por uma resolu ção da ANS, passando a ser aceito somente a análise da totalidade da carteira.

SUS. Outra mudança trazida pela regulamentação au mentou os custos das segu radoras e operadoras em geral: o ressarcimento ao Sis tema Único de Saúde (SUS). Fazio reclama que a legisla ção não tem sido usada

mas não vão absorver a massa de clientes que será dentada no mercado se as regras não mudarem. Deverá voltar para o SUS o universo de 25 milhões de pessoas atualmente atendidas pelos planos de saúde"

estão

Henrique Brandão (Sincor-R/j

para coibir abusos e sim de forma indistinta. "O processo de verifica ção para saber se o paciente per tence a um plano de saúde é falho, ficando por conta da seguradora o ônus da prova. Sem um exame mais detalhado, a medida acabou por imputar uma série de novos custos à operação, encarecendo os produtos", observa.

Os reajustes dos prêmios para cobrir os aumentos dos insumos também se tornaram subavaliados, com percentuais lineares autorizados para todas as operadoras, sem con siderar a realidade financeira de cada

uma e o aumento de si nistralidade de todo o sis tema causado pelas pró prias deliberações da agência. Segundo Fazio, se aproxima o momento de se decidir de quanto será o próximo reajuste e a discussão aberta com o mercado da sistemática adotada pela ANS para concessão dos reajustes •;.v nem comcçou, apesat da promessa da agência. "Com certeza uma nova resolução será editada, com a forma que já vem se fixando como tradicional no espírito do 'cumpra-se'", diz Fazio.

O diretor da Sul América desta ca que o mercado opera sob pres são, depois da regulamentação que passou a exigir aceitação de qual quer cliente, independentemente do estado físico, do fim do conceito de preexistência, da quebra do con trole por faixa etária e da interfe rência na liberdade de fixar os pre ços entre as faixas. Ele considera necessária a regulamentação, mas que não se pretenda corrigir distor-

DISTRIBUIÇÃO POR UF DE OPERADORAS

ções e abusos em um único tempo e com procedimentos que afetam a normalidade da operação como um todo.

QUEBRADEIRA. Henrique Brandão, presidente do Sindicato dos Corre tores de Seguro do Rio de Janeiro e membro titular do CNSP, não vê com otimismo o futuro do merca do de planos de saúde no país. Ele afirma que é necessária a segmen tação dos produtos para impedir uma quebradeira geral das opera doras. "As seguradoras estão bem, mas não vão absorver a massa de clientes que será deixada no merca do se as regras não mudarem. Deverá voltar para o SUS o univer so de 25 milhões de pessoas atual mente atendidas pelos planos de saúde", prevê Brandão. Para o cor retor, o ideal é dar mais estrutura à Susep, que já fiscaliza a solvência financeira das seguradoras, ao in vés de criar um órgão que desco nhece o mercado. Brandão afirma que, da forma como foi criada, a ANS só tem piorado o problema. Para os consumidores, principal mente os de planos coletivos, nada mudou no atendimento, apenas na forma de negociação dos reajustes, que ficou mais difícil depois da ampliação das coberturas. Thomas Buccheim, diretor da Limpano, empresa com 300 empregados e uma das mais antigas no ramo de produtos de limpeza do Rio de Janeiro, desfez há cerca de seis meses o contrato com uma seguradora, da qual era cliente há mais de dez anos. Motivo: as dificuldades para reduzir o reajuste pretendido pela seguradora por causa do aumento da sinistralidade. "Fechamos con trato com outra seguradora que tem atendido bem aos funcionários,sem qualquer problema na liberação de tratamentos", compara.

parcela
população
A.10.REVISTA OE SEGUROS 1
INDIVIDUAL OU FAMILIAR(A) 37,1% COLETIVO POR ADESÃO(C) 16,1% COLETIVO EMPRESARIAL(B)
A+C 13,8%
23,8% Fonte:ANS ■ Dados registrados até 28 de fevereiro de 2001
"Apesar de a ANS utilizar-se da participação do mercado e da sociedade, as resoluções são na verdade o entendimento final da sua diretoria e não exatamente do somatório de contribuições recebidas"
Pedro Fazio (Sul América)
JANEIRO/FEVERQFtO/MARÇO DE 2001
"As seguradoras
bem,
12,45 12.27 3.07 3.32 2,19 2.15 2,01 1,94 2,04 jg ' ~ ~ -UBlLfLLMEU.. 8P MG RJ R8 PR 8C BA CE GO DF PE E8 PB PA Dcmaii Fonte: ANS JANBRO/FEVERBRO/MMIÇO DE 2001
REVISTA DE SEGUROS li A

I

Seguros paralelos aumentam interesse

dos consumidores

Complementos de saúde oferecidos na Argentina incluem novos produtos e coberturas adicionais(*)

Nosúltimosanosficoueviden

Sala de espelhos

■ OTELO CORRÊA DOS SANTOS FILHO

Sala de espelhos, esse

lugar circense e mítico onde cada espelho cria uma imagem deformada e diferente como que a hipertrofiar e congelar um determinado aspecto daquele que nele se refiete. Este lugar curioso e fascinante tomo como metáfora: a do aprisionamento de um olhar na força que pode ter um determinado aspecto parcial da realidade.

A "realidade", base dos planejamentos operacional e estratégico do seguro-saúde é um conjunto de variáveis provenientes de fontes bastante diversas tais como: características demográficas, geográficas e de nível de saúde das vidas seguradas, índices de sinisiralidade e utilização, custos de todas as ordens, tendências globais e locais do mercado, projetos e sonhos de cada empresa, comportamento da concorrência, perspectivas e expectativas em relação ao

futuro, influências econômicas, políticas, sociais do momento brasileiro, latinoamericano e mundial.

Ao lado destes fatores há a relação com as leis e normas que regulam as operações de seguro-saúde. A ANS ao

sala" e uma imagem com forte poder de atração que parece refletir fielmente certos aspectos e o destino das operadoras. Na verdade, torce e retorce, sobretudo qualquer faceta negativa.

A ANS ao normatizar o mercado, introduzindo taxas, ressarcimentos, novas coberturas e garantias, tudo

sob a pressão dos atores sociais envolvidos, colocou um novo "espelho na sala"

normatizar o mercado introduzindo taxas, ressarcimentos, novas coberturas e garantias, tudo sob a pressão dos atores sociais envolvidos (usuários, prestadores, entidades de defesa do consumidor) colocou um novo "espelho na

Presos nesta meia miragem os outros aspectos da "realidade" se dispersam. As outras imagens, justo as mais estimulantes e estruturadoras de sonhos e projetos futuros podem ser minimizadas e correrem o risco de perderem seu fôlego. Ficam assim potencialmente comprometidas a capacidade criativa e o vigor da geração e aperfeiçoamento dos produtos que, aliás, é bom que não se esqueça, são gerados pelas

seguradoras, não é mesmo?

te a intenção das empresas e seguros de vida da Argen tina de incorporar complemen tos de saúde em suas apólices.

As modalidades utilizadas in cluem desde o desenho de pro dutos específicos até cláusulas em outros contratos que con templem coberturas de saúde.

Um dos produtos oferecidos por uma seguradora argentina é o Vida-tSaúde, um seguro específico que inclui a tradicional cobertura de vida, que cobre morte por causas naturais, doenças ou acidentes,com adicionais de saúde. Entre outras ca racterísticas, este plano se destaca pelo fato de a companhia adiantar 50% do capital de vida segurado por falecimento para casos de diag nóstico de doença terminal. Ou seja, se alguém tem um seguro de R$ 100 mil e é dado como um pa ciente terminal, com menos de seis meses de vida, a seguradora paga ao segurado a quantia de R$ 50 mil. Outra particularidade: o segurado pode contar, caso necessite,com um capital adicional para transplante de órgãos, que será deduzido do montante segurado.

BENEFÍCIO ESPECIAL O Vida+Saúde também oferece um outro benefício especial: o cliente tem direito ao "Opinião Médica Internacional",

um serviço através do Hp qual ele pode contar com opini ões de especialista de todo o mundo para comentar o primeiro diagnóstico que ele re ceber. Desta maneira, a seguradora evita exames e tratamentos desneces sários, otimizando a utilização dos recursos e resolvendo problemas mé dicos complexos sem a necessidade de gastar com viagens. Este plano vende, na Argentina, 350 apólices por mês — planos individual e fa miliar.

IDADES. Um outro produto desenha do especificamente para os seguros que reúnem vida e saúde é o plano integral de cobertura de lucro cessante, que foi relançado naquele país em abril do ano passado. Os riscos co bertos são: morte do ti tular por doença ou aci dente antes de completar 71 anos; invalidez total e permanente do titular por doença ou acidente antes dos 65 anos; antecipação de 75% do capital segurado por doenças graves, cirurgias ou transplantes ante dos65 anos.

Várias companhias argentinas es tão desenvolvendo produtos especí ficos para interligar os seguros de vida e saúde. Mas os executivos das seguradoras alertam: antes de se lan çar produtos desta natureza é preci so ~ além de preço competitivo verificar se a situação econômica do país está em franco crescimento, pois nos períodos de recessão as pessoas não geram novos investimentos em saúde. É bom anotar o conselho e levar em conta que, certamente, deve ter sido formulado antes da atu al crise c[ue abala os alicerces da eco nomia argentina.

(Esta é uma versão reduzida da matéria publicada na revista TodoRiesgo, da Argen tina, edição de fevereiro de 2001)

INTERNACIONAL
A 12 REVISTA DE SEGUROS
JAN0RO/FEVERE1RO/MARÇO DE 2001
Otelo Corrêa dos Santos Filho é Diretor da VITAE consultoria e projetos em saúde e Consultor da Comissão de SeguroSaúde da FENASEG
ÍAN0RO/FEVER0RO/MARÇO DE 2001
REVISTA DE SEGUROS. 13.A

Prejuízos coni golpes causam rombo de R$ 3,5 bihões por ano

Segundo estimativas do mercado, os pagamentos de sinistros com indícios de fraudes respondem por 20% a 30% do total pago em todas as carteiras

■ ALEXANDRE MEDEIROS

Umafortuna.Parasermaispre

ciso: R$ 3,5 bilhões. Esse é o volume atual de sinistros pa gos com indícios de fraude pelas companhias seguradoras. De acor do com o vice-presidente do Sindi cato das Empresas de Seguros Priva dos e de Capitalização no Estado do Rio de Janeiro, Lúcio Antônio Mar ques, a fraude abocanha entre 20% e 30% dos sinistros pagos em todas as carteiras no mercado nacional."É um rombo gigantesco. Nenhuma empresa terá sucesso no combate à fraude de forma isolada. É preciso

haver um esforço conjunto de todo o mercado para atacarmos esse tipó de crime", avalia Marques,diretor da Previdência do Sul.

MODELO AMERICANO. Estudioso do assunto, Lúcio Antônio Marques não faz apenas um diagnóstico som brio da situação — ele aponta ca minhos. Um deles é a contratação dos serviços de uma empresa espe cializada em investigações de frau des, um modelo adotado pelo mer cado segurador dos Estados Unidos com excelentes resultados. "Esse modelo norte-americano me pare ce o mais condizente com a estru

tura que temos no Brasil. Lá, as se guradoras pagam em conjunto US$ 45 milhões por ano para o National Insurence Crime Bureau (NICB), um escritório privado de investiga ções sobre fraudes em seguros. O NICB tem um banco de dados com 400 milhões de informações, ligado a órgãos como a CIA,o FBI e as polí cias estaduais. Em menor escala, po deríamos ter algo semelhante aqui no Brasil", defende o executivo.

A União Européia tem um mo delo diferente. Os países do bloco econômico formaram um Comitê de Combate à Fraude que atua em todo o continente. A base do mo-

As seguradoras e a polícia carioca estão apertando o cerco aos fraudadores de seguros. Enquanto as companhias investem em treinamento de seus analistas de sinistros tornando-os, na prática, verdadeiros investigadores de fraudes — a polícia vem criando grupos para atuar nesse tipo de crime.

Em fevereiro deste ano, a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) criou U7n Centro de Inteligência, especializado em fraudes diversas. "Foi uma vnposição do serviço, já que as fraudes têm lugar de destaque entre as nossas ocorrências. E a grande maioria das fraudes é na área de seguros", justifica o delegado Alan Tumoski, da DRF. Segundo ele, os investigadores do Centro de

delo europeu é a troca de informa ções. "Há um cadastro único com informações de todos os países. Esse banco de dados é alimentado dia riamente. As companhias segurado ras da Bélgica, por exemplo, enca minham ao seu representante no Comitê Europeu todas as informa ções sobre fraudes que possui. O mesmo fazem as seguradoras ale mãs, francesas, suíças ou espanho las. Isso evita que um golpe aplica do na Espanha se repita na França, e vice-versa", explica Marques.

Inteligência lidam especificamente com casos de fraudes, buscando a comprovação de indícios.

No início do ano, agentes da DRF localizaram um cemitério com 200 carcaças de carros queimadas em Maricá, na Região dos Lagos: 90% delas eram de carros segurados que tiveram pedidos de perda total comunicados às seguradoras. "A participação das seguradoras é fundamental porque são elas o alvo dos fraudadores", alerta o delegado Tumoski.

A polícia tem contado com a colaboração das seguradoras na identificação de novos tipos de fraude. A Marítima atende pelo telefone 0800-J53156 e a Sul América, pelo 0800-234433. As empresas garantem sigilo.

AVANÇOS TÍMIDOS, O especialista alerta para o fato de que o Brasil não dispõe sequer de um banco de da dos interligando seguradoras e cor retores. "Os nossos avanços são ain da muito tímidos se comparados ao tamanho da fraude", ele reconhece. Segundo Marques, os golpes mais comuns ocorrem na carteira de au tomóveis. E não são, necessariamen te, aplicados por criminosos. "Mui tos profissionais liberais, em dificul dades financeiras, são tentados a praticar o crime. Um cliente pode vender o seu carro para um ferro-veIho e depois comunicar um ftirlo ou roubo à seguradora, exigindo o pa gamento do seguro", exemplifica o especialista.

Um outro tipo de golpe, este mais sofisticado, ocorre com carros novos. O golpista compra uma peça - uma lanterna, por exemplo - em uma concessionária autorizada e, com a ajuda de um scanner e uma impressora, reproduz uma nota fis cal. Só que preenche a nota com a compra de um carro zero e a apresen ta para fazer o seguro. Em seguida, comunica um fuito ou roubo. "Acho que as seguradoras deveriam exigir a vistoria prévia de todos os carros, mesmo os zero quilômetro, para ini bir golpes como esse", defende. É mais um caminho...•

FRAUDE NO SEGUR í OIBQUr 09001101 WNOflMMWM ■ Uma das peças da campanha promovida pelo Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul, para sensibilizar a sociedade a denunciar a fraude no seguro
mo CRIA CENTRO DE INTELIGÊNCIA
áV*.14.REVISTA DE SEGUROS lANEIRO/FEVEKIRQ/MARÇO DE 2001 lANEIRQ/FEVERElRO/MARÇO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS 15 A**

Envolvimento de funcionários A • preocupa empresários

OBrasil tem um dos mais al

tos índices de fraudes den tro das empresas. Esta foi uma das conclusões da pesquisa realizada recentemente pela empre sa de consultoria KPMG no Brasil. Dos entrevistados, 81% responde ram já ter vivenciado algum pro blema de fraude dentro de suas or ganizações. "Nós fizemos uma comparação, levando em conta alguns parâmetros, com países como Estados Unidos, Canadá, Argentina, e índia, e percebemos que o Brasil tem a mais alta taxa. Nos outros países este índice gira em torno de 50 e 60%", afirma o diretor da KPMG Forensic Services — divisão responsável pela pesqui sa, Werner Scharrer.

Esta é a primeira pesquisa so bre o assunto realizada no país pela KPMG. Foram enviados questioná rios para executivos-chefes de mais 1.000 empresas brasileiras, de di versos setores, com faturamento anual entre R$ 50 mil e mais de R$ 5 bilhões. Apenas 15% foram respondidos. O índice ainda é bai xo, mas foi superior ao registrado em outros países quando a empre sa realizou a primeira pesquisa sobre o assunto. "O tema é delica do. No passado era um assunto tratado de forma omissa. Mas, acho que na próxima pesquisa vamos ter muito mais empresas participan do no Brasil", diz Scharrer.

tatísticas confiáveis para quantifi car estas perdas. Apesar disso, uma primeira pista pode ser a pesquisa: 81% dos entrevistados reconhece ram que os montantes envolvidos

em fraudes foram inferiores a R$ 1 milhão, mas, em 54% dos ca sos, não se recuperou nenhuma parte do dinheiro.

MEDID^. Diante desse quadro, a pesquisa mostra que as empresas já estão agindo. Para diminuir este problema 93% das empresas que rem aprimorar os sistemas de con troles internos, e evitar o que os consultores chamam de falhas de segregação de funções. "Muitas ve zes o trabalho está centralizado em apenas uma pessoa, facilitando as fraudes. É ela a encarregada pela solicitação de serviço, manutenção de contratos. Ela negocia as condi ções, acompanha a execução e apro va o trabalho, encaminha a libera ção de dinheiro", diz Scharrer. E é justamente a insuficiência dos con troles internos, segundo a pesqui sa, a causa de 70% das ocorrências de fraudes.

Além disso, entre as principais providências que as empresas disse ram que planejam tomar estão sen sibilizar a gerência para o problema (38%); investir em investigações pessoais (32%); investir em treina mento sobre prevenção e detecção de fraudes (31%); e elaborar um manual de conduta profissional para os funcionários(31%).

Na opinião de 64% dos entre vistados há uma tendência crescen te das fraudes nos próximos anos.

llTl FRAUDADOR

De acordo com a pesquisa o funcionário é a maior fonte de ameaça. Do total de fraudes re portadas pelos empresários,55% haviam sido praticadas por fun cionários e gerência. "Vários po dem ser os fatores para que isso aconteça. Existem situações de insatisfação com a empresa, pro moções não efetuadas, as pesso as se sentem injustiçadas", acre dita o diretor da KPMG.

A pesquisa também conse guiu traçar o perfil do fraudador típico. Ele é homem (81%),tem idade entre 25 e 40 anos(66%), trabalha na empresa entre dois e cinco anos (38%); e tem ren da mensal entre mil e dois mil reais(29,8%). "Isso não é uma característica brasileira. Mas, a faixa salarial, que não é uma coisa muito satisfatória, pode

se tornar fator determinante para se cometer uma fraude".

Destes, 69% colocam como prin cipal justificativa para este cresci mento a perda de valores sociais e morais. "Acho que as empresas podem mandar uma mensagem ao funcionário de que ela é rígida em relação a este tipo de comporta mento, e que vai tomar todas as

/tv.. -iv ^ As_Qlucão de e-business para de Seguros Líder em Informatização de Seguradoras na América Latina São Paulo (55-11) 5505-4439 - Rio de Janeiro (55-21) 242-2862 sistran@sistran.com.br - http://www.sistran.com A?24^hofas> mfCfr..-

FRAUDE NAS EUráESASD
Do total de fraudes reportadas pelos empresários, 55% haviam sido praticadas por funcionários e gerência
A.16. REVISTA OE SEGUROS POSIÇÃO DA PESSOA ENVOLVIDA NA FRAUDE Supervisor 27% Gerente 23% Presidente / Diretor 1% Pessoal de suporte 49% O AUTOR DA FRAUDE 60% 50% 40% Cientes Fomscedores Prestadoras de serviços Outros
De acordo com o diretor da KPMG, nos Estados Unidos as empresas perdem anualmente com as fraudes cerca de US$ 400 bi lhões. No Brasil ainda não há es JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2001
O consultor acredita que uma forma de minimizar esta ameaça pode estar no investi mento em backgrowid checks, ou, verificação de antecedentes dos funcionários. No Brasil, 39% disseram que já adotam algum tipo de procedimento em rela ção a isso para novos funcio nários que vão ocupar postos de muita responsabilidade, mas 29% dos entrevistados respon deram que não fazem nenhum tipo de verificação. "Isso é mais uma questão cultural, pois ve rificar os antecedentes pode ser um processo demorado. Nos Estados Unidos e no Canadá é praxe, e no Brasil acho que os empresários estão começando a fazer isso agora", afirma. providências cabíveis em casos de fraude, deixando bem claro que realmente cuida muito bem do assunto e não se deixa fraudar de uma maneira mais fácil. A fraude nunca vai ser eliminada. O que se pode fazer é tentar reduzir o ris co", conclui Sharrer.•

indicadores!

Setor fatura R$ 32,7 bilhões em 2000 e cresce 15,67%

Os planos ãe previdência privada obtiveram o melhor desempenho do período, com um crescimento de 37,99%

Omercado de seguros, previ

dência privada e capitaliza ção fechou o ano de 2000 com arrecadação de R$ 32,750 bilhões, o que representa uma evolução de 15,67%, em relação ao ano de 1999, segundo dados preliminares da Superintendência de Seguros Privados — Susep. Desse total, os prêmios de seguros res ponderam por R$ 22,980 bilhões, com uma taxa de crescimento de 13,07%; os planos de previdência privada, por R$ 5,378 bilhões, um aumento de 37,99%; e os títulos de capitalização, por R$ 4,391 bi lhões, evoluindo 7,37%.

SINISTRALIDADE. Os sinistros reti dos também registram um incre mento de 7,82% em relação a 1999. Foram pagos, em 2000, R$ 13,329 bilhões em sinistros, contra R$ 12,362 bilhões no ano anterior. Já as despesas de comercialização somaram R$ 3,240 bilhões, um aumento de 2,39%, em relação ao ano anterior. Em contrapartida, os gastos administrativos diminuíram 9,16%, totalizando R$ 3,402 bi lhões, no ano passado, contra R$ 3,746 bilhões em 1999. De acor do com os números preliminares da Susep, o resultado financeiro do mercado também registrou queda de 15,11%, passando de 3,179 bilhões em 1999 para R$ 2,699 bilhões, em 2000.•

Mercado aposta na criatividade

Produtos são atrelados a compra de bens

Criatividade.

a arma de que as empresas de capitalização vem lançando mão para conquistar novos clientes. Os novos títulos estão sendo atrela dos à prestação de serviços e com pra de bens — eletrodomésticos,veí culos e até a casa própria. Na opi nião de Rita Batista, presidente da Comissão de Capitalização da Fenaseg, e diretora de Capitalização e Saúde da Real Seguros,esta tendên cia deverá se consolidar nos próxi mos anos."Chega uma hora em que esgota-se a possibilidade de vendas do seu produto e você tem que lan çar alternativas", avalia.

MODELO.Este novo modelo de capi talização poderá, em breve, agregar um público que hoje está voltado para outras formas de investimento. No caso da casa própria, o título de capitalização pode tornar-se uma opção aos consórcios."Há vantagens para o consumidor, entre elas as ta xas de administração inferiores às do consórcio que são, em média, de 15%", explica Rita. Em caso de de sistência na capitalização, diz,o con sumidor pode recuperar parte do que foi aplicado mais rapidamente. A participação deste tipo de pro duto ainda é inferior a 4% do mer cado. Mas,segundo estima a especi alista, se o mercado continuar se comportando desse jeito, é possível que em dois anos, estes títulos repre sentem 15% das vendas. "O poten cial é infinito", estima.•

PRÊMIO TOTAL - REPRESENTATIVIDADE DE CADA RAMO ACUMUUDO DE JAN. A DEZ DE 2000 SAÚDE 24,8% RO 1,5% INCÊNDIO 5,27o ACIDENTES PESSOAIS 3.0'U DPVAT 5.17oHABITACIONAL 3.9% TRANSPORTE 2,17» DEMAIS RAMOS 5,57o Fonte SUSEP/FIP <-7 I cân -VIDA 17,1% AUTOMÓVEL 31,8% PRÊMIO TOTAL POR RAMO DE JAN. A DEZ/2000 AUTOMÓVEL VIDA SAÚDE RD INCÊNDIO ACIDENTES PESSOAIS DPVAT HABITACIONAL TRANSPORTE DEMAIS RAMOS Fonte SUSEPIFIP 7.302.675 3.920.191 5.694.418 353.818 1.187.547 694.301 1.179.006 893.299 483.236 1.271.805 O 2.000.000 4.000.000 6.000.000 8.000.000 ,16 REVISTA DE SEGUROS JANDRO/FEVERBRO/MARÇO DE 2001 CAPITALIZAÇÃO
COMPARATIVO DA PRODUÇÃO DO MERCADO DE CAPITALIZAÇÃO NO ANO 2000 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 4.090.174 4.391.489 TOTAL ANO 2000 TOTAL ANO 1999 Fonte SUSEP/FIP Período JUL AGO SET OUT NOV DEZ Acum. ^200^° 3S0.707 365.533 385.564 409.471 325.639 372.396 4.391.489 Total ano 333917 349.468 452.307 375.754 334.509 304.779 4.090.174 1999 Evolução g27o/ 4,607o -14,76% 8,977o -2.657o 22,197o 7,377o 2000x1999 Fonte SUSEPIFIP m PARTICIPAÇÃO NO MERCADO DE PREVIDÊNCIA ABERTA NO ANO 2000 SEGURADORAS 55,67o ^ EAPP's COM FINS LUCRATIVOS 35,07o EAPP's SEM FINS LUCRATIVOS 9,47o Fonte SUSEP/FIP
I
Esta tem sido
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS t9 /A

Brasil: a 'jóia da coroa' das multinacionais

Cresce a olhos vistos a presença de seguradoras estrangeiras no país, que é tido como um dos mercados mais atraentes

Especialistas não pensam duas

vezes antes de apontar o Bra sil como o mercado emergen te que mais atrai a atenção das grandes seguradoras internacionais. Nem mesmo os percalços no pro cesso de abertura do setor, tendo como pano de fundo o atraso na regulamentação do resseguro, tirarn do mercado brasileiro a condição de 'jóia da coroa' de um segmen to que figura entre os maiores in vestidores institucionais do planeta. Até um leigo pode observar, com certa facilidade, o avanço da pre sença das seguradoras estrangeiras no Brasil. Seja através da abertura

PARCERIAS DE PESO

A Nationwide tem 74 anos, 16 milhões de clientes e US$ 200 bilhões em atii/os sob gestão. A empresa é a quarta no ranking do ramo de veículos e quinta no seg mento de vida no mercado norteamericano. De acordo com o rating da WooãY's, a classificação da Nationwide é AA2, enquanto pela Standard & Poor's, a cojnpanhia foi díissi/icíitííi como AA+. Desde 93, a empresa registra taxa anual de crescimento de 21%.

de sucursais, a simples compra do controle acionário de companhi as nacionais ou, o mais comum, a parceria com empresas locais, os conglomerados estrangeiros já ocu pam, hoje, posições de destaque no ranking do setor. Ainda assim, poucos executivos duvidam que estamos apenas no começo de um processo que vai mudar totalmen te as feições da atividade segura dora no Brasil.

EXEMPLOS.São vários os exemplos de associações entre seguradoras nacionais e estrangeiras que apre sentam resultados mais do que satisfatórios para os parceiros. No caso da Nationwide Marítima Vida

OBIETO DE COBIÇA

Os grupos estrangeiros têm moti vos de sobra para cobiçar o mercado brasileiro. Afinal, não há lugar no mundo que reúna características tão atraentes, como população jovem, ni chos pouco ou mal explorados e eco nomia em fase de crescimento susten tável.

Não faltam números para compro var o potencial desse eldorado tropi cal. O país gera mais de 43,6% da receita de seguros da América Latina (ou 59%, se for considerada a airecadação da previdência aberta e da ca pitalização). Contudo, segundo dados da Swiss Re, o prêmio per capita no

Brasil era, em 98, de US$ 103,00, muito pouco se comparado aos L/S$ 172,20 da Argentina; US$ 162,00, do Chile; e L/S$ 315,00, do Uruguai. Nas nações desenvolvidas, esses valo res passam de US$ 1 mil. Além disso, em termos mundiais, o mercado brasileiro é apenas o 27° colocado no ranking do ramo vida, evidenciando o potencial de crescimento nessa modalidade de seguro. Outro in dicador importante é que a participa ção do setor no PIB, hoje na faixa de 2,5%, é muito inferior à média verificada no exterior, onde ultrapassa os 8%.

■ Campanha da Nationwide Marítima para produtos de Vida e Previdência. A empresa investirá USS 250 milhões até 2004 para consolidar sua presença no país

e Previdência, a receita foi simples: juntou-se a experiência e a expres são de uma das seguradoras líde res dos Estados Unidos à tradição de uma empresa que figura entre as dez maiores do Brasil, e que conta com a força de comerciali zação de 12 mil corretores e mais de 50 escritórios espalhados pelo território brasileiro.

A Liberty, que foi fundada em 1912, tem 37 mil funcionários e 900 escritórios em 11 países da América Latina, América do Nor te, Ásia e Oceania. A empresa é a líder no ramo de acidentes do trabalho nos EUA. Possui receita anual de US$ 12 bilhões e mais de US$ 51 bilhões em ativos. Avaliada pelos institutos A.M. Best, Woody's e Standard <& Poor s, a Liberty Mutual obteve o rating "ex celente".

A empresa, que iniciou suas ati vidades comerciais no Brasil em novembro passado, investirá US$ 250 milhões até 2004 para conso lidar sua presença no país. As metas são ambiciosas, "lá este ano pre tendemos arrecadar R$ 100 mi lhões", anuncia o vice-presidente Raphael de Carvalho.

Para alcançar esse objetivo, a empresa, que acaba de lançar um PGBL, um produto que mistura pre vidência, pecúlio e renda por in-

validez, também vai 'importar' co berturas ainda inéditas no Brasil, no ramo vida.

Segundo Raphael de Carvalho, as perspectivas são as melhores possíveis, principalmente nos seg mentos nos quais a Nationwide concentra sua atuação.

Ele prevê a gradativa migração dos recursos aplicados nos fundos de pensão para a previdência aber

ta. O executivo também acredita que o PGBL continuará crescendo na preferência do investidor. Para o ramo vida, ele aguarda o lança mento de uma série de produtos assim que for concluído o proces so de regulamentação da carteira, pela Susep.

CASAMENTO. Outro exemplo de parceria que rendeu bons frutos é

o da Paulista e o grupo americano Liberty Mutual, ao qual aqueIa empresa está associada desde 96. Desse casamento, surgiu a Liberty Paulista que, este ano, arrecadará R$ 700 milhões, 30% a mais do que no exercício passado.

Ao contrário da maioria das concorrentes estrangeiras, que pre ferem atuar em nichos específicos, a Liberty Paulista opera em prati camente todos os ramos de segu ros e nas principais regiões brasi leiras.

Segundo o vice-presidente da empresa, Michal Jerzy Swierczynski, já foram aportados mais de 118$ 200 milhões em tecnologia, trei namento de profissionais e desen volvimento de produtos e servi ços. Somente os recursos destina dos ao atendimento de sinistros chegam a IISS 10 milhões. •

EMPRESASI Cor-ctc í ilcíCt ihar jcu fui jrc A gente gar^r ite que a sua obra não vai ficar i nacabada.
■ JORGE CLAPP
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A. 20 REVISTA OE SEGUROS JANQRO/FEVEfSIRO/MARÇO OE 2001 lANEIRO/FEVERElRO/MARÇO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS 21 ./A

Empresas que ainda não caíram na grande rede

O mundo globalizado ainda tem companhias cjue sobrevivem longe da Internet, como as seguradoras ACE e American Life

Emplena era virtual, é difícil imaginar uma empresa que ainda não tenha dado seus primeiros passos no ciberespaço. Mas no mercado segurador brasi leiro ainda há exemplos de com panhias que sequer possuem uma página institucional na Internet. É o caso da ACE Seguradora e da American Life que, longe de serem avessas à tecnologia, têm seus motivos para justificar a au sência na web — e para recuperar o tempo perdido tra balham para lançar nos próximos meses suas home pages.

CONTRAPÉ. No Bra sil desde 1999, a americana ACE che gou a elaborar uma estratégia mundial para a Internet. Foi pega no contrapé pela desvalorização dos papéis das em presas virtuais, que deixou em pol vorosa os investidores da bolsa ele trônica Nasdaq, em abril do ano passado. Atualmente, tem 11S$ 30 milhões em caixa reservados para a implementação em nível

dial de seus projetos virtuais. Desse total, pelo menos US$ 3 milhões serão destinados à filial brasileira.

"A versão inicial do nosso site de verá entrar no ar dentro de um mês e meio", adianta Roiz Paiva, dire tor de desenvolvimento da ACE.

PRIORIDADES. No caso da Ameri can Life, controlada pelo Grupo

Blue Life existentes no Brasil. No ano passado, decidiu ampliar seu raio de ação disputando outros con sumidores. "Tínhamos de estabele cer prioridades. E a principal, era o corpo-a-corpo com os corretores, para divulgar a empresa", explica o diretor comercial Waldemar lazzetti Filho. Concluída a primei ra etapa, a American Life se prepa ra para lançar seu site, em junho. Apesar de ressaltarem a impor tância da intemet, tan to lazzetti como Paiva acreditam que, em ter mos de vendas, o ciberespaço ainda ofe rece poucas vantagens para as seguradoras.

Hora de investir em nichos específicos

Produtos cfue não estão nas pnteleiras das empivsas, mas

cjue o consumidor compraria, se lhefossem oferecidos

Fazer bons negócios não signi

■ Na avaliação de corretores, as seguradoras investem pouco em nichos específicos,como seguro de animais

Blue Life, o atraso foi resultado da estratégia que era adotada anterior mente pela companhia. Há dez anos no mercado, a seguradora ti nha como foco o atendimento aos 180 mil clientes do plano de saúde

PESQUISA. Uma pes quisa encomendada pela Sul América à Ca pitólio Consulting, no ano passado, revelou que das 134 segurado ras em operação no País, 86 estão presen tes na rede mundial de computa dores. Desse total, 23% têm ape nas presença institucional na web. A consultoria informou ainda que somente nove seguradoras no Brasil fazem uso de uma extranet.®

fica mais ter apenas uma boa carteira de automóvel. A com petição cada vez mais acirrada está abrindo brechas para o surgimento de novas e promissoras oportunida des de trabalho, revelando, assim, o grande potencial do mercado de se guros no Brasil. Os seguros de bene fícios — vida e previdência privada, principalmente — são um exemplo.

A força evolutiva desses dois ra mos é tanta — até novembro de 2000 eles haviam registrado taxas de crescimento de 17,2% e 40,69%,res pectivamente — que está conseguin do minar,entre os conetores, a men talidade de só se querer trabalhar com seguro de automóvel.

O corretor Valdemar Faitão, da

FIRS Administração e Corretagem de Seguros,32 anos no ramo,diz que é provável que, neste ano, se consiga desviar a atenção do corretor de au tomóvel para o de pessoas. "Fala-se muito no mercado que o corretor quer entrar tarnbém no ramo de be nefícios, um tipo de seguro que está crescendo e atraindo seguradoras de fora. Este ano, eu já participei de eventos voltados para benefícios em três companhias estrangeiras. Acho que,agora,a gente vai conseguir mu dar esse quadro", afirma.

NICHOS ESPECÍFICOS. Amilcar

Vianna, vice-presidente do Sindica to dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (Sincor-Rl), considera o ramo de benefícios a principal alter-

nativa do mercado. A tendência, diz ele, é esse segmento se tornar cada vez mais competitivo. Mas ponde ra: "Isso é lugar-comum, é consen so no mercado. O que precisamos é descobrir novos caminhos. Uma boa opção para os corretores e as próprias companhias de seguros são os nichos específicos, que continu am abandonados", avalia. Segundo ele, existe uma série de produtos que não está nas pratelei ras das empresas, mas que o consu midor compraria se lhe fossem ofe recidos. Por exemplo, os seguros de obras de arte, de animais, de even tos esportivos, de responsabilidade civil profissional e de garantia. "As companhias investem muito pouco em produtos não convencionais", reforça Valdemar Faitão. Para desenvolver produtos assim, assinala Amilcar, o corretor precisa ser obstinado e contar com o apoio das seguradoras. "Nós deveríamos tomar a iniciativa de identificar o ni cho, analisar sua viabilidade e Ven der' a idéia à seguradora." Mas res salta: é fundamental o respaldo téc nico e financeiro das seguradoras.#

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JANEIRO/TCVEREIRO/MARÇO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS.23.A**

■ Mulheres representantes das corretoras de seguros de Sâo Paulo e outras autoridades do mercado participam da abertura oficial do encontro, que aconteceu no dia 8 de março

Clube da Luluzinha...

Encontro estadual de corretoras de seguros comemora o Dia

Internacional da Mulher em São Paulo

As corretoras de seguros

paulistas puderam mostrar a força do trabalho da mulher no mercado de corretagem de segu ros no país. É que para comemorar o Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Corretores de São Paulo(Sincor-SP)realizou no dia 08 de março o "I Encontro Estadual de Mulheres Corretoras de Seguros".

Cerca de 650 corretoras e diretoras de companhias de seguros disputa ram os 450 lugares no auditório do Maksoud Plaza Elotel, em São Pau lo. Nós colocamos cadeiras extras e abrimos uma sala com telão para que todas pudessem participar", diz Silvia Regina dos Santos Alves, dire tora social do sindicato e organiza dora do evento.

O dia foi comemorado em gran de estilo: troca de idéias, mais co nhecimento sobre as entidades do mercado em que trabalham e, de

Fundação Bradesco;

38 escolas em 25 estados

101.500 alunos são mantidos pela fundação que, este ano, tem orçamento previsto de R$ 113 milhões.

quebra, e uma palestra do médico psiquiatra e escritor, Flávio Gikovate, que traçou um perfil bem hu morado da mulher moderna ~ esposa, mãe e profissional, arran cando risadas e aplausos da platéia. "A identificação foi imediata", co menta Silvia.

FORÇA. Os objetivos do encontro foram atingidos, segundo a organizdora: mostrou a força do trabalho da mulher corretora de seguros e aproximou-as do círculo político do mercado. De acordo com levanta mento feito pelo Sincor-SP, só no Estado de São Paulo existem 4.678 corretoras, que representam cerca de 30% do mercado paulista de corre tagem.

Mesmo assim, dos 7.600 sócios do Sincor-SP, hoje apenas 2.700 são mulheres. "Isso me intrigava. Essa foi uma das razões que me levou a

organizar o evento. Queria que as corretoras participassem, criticassem e dessem idéias. Ainda é muito o Clube do Bolinha", diz Silvia Regi na. A diretora social ficou impressi onada ao perceber que muitas das participantes tinham pouca infor mação sobre as entidades do setor e o trabalho que desenvolvem. "Elas ainda participam pouco das deci sões políticas do mercado", avalia.

Na visão da gerente da EA Cor retora de Seguros, Cleide Sandrini, há 18 anos no setor, encontros como esse podem reverter esse qua dro. "É preciso que as mulheres te nham acesso a oportunidades como esta, a primeira que tivemos. Quan do comecei a trabalhar ,a mulher era vista apenas como um contato co mercial, agora, pelo que vem sendo feito, estamos conseguindo mostrar a nossa real força de trabalho", ob servou.

vados de educação do mun do, a Fundação Bradesco mantém 38 escolas em 25 estados brasileiros e no Distrito Federal, atendendo a mais de 100 mil alunos carentes. Este ano, foram iniciadas as atividades da escola de Rio Bran co, no Acre. E até 2003, a previsão é de que comece a funcionar a unida de de Roraima — único estado da federação que ainda não conta com um colégio da fundação. As escolas da fundação oferecem instalações e diversidade de cursos dignas de qual quer colégio da classe média alta. A fundação oferece ensino gratui to na educação infantil, ensino fun damental, normal (habilitação para o magistério) e médio-profissionalizante nas áreas de Administração, Contabilidade, Informática, Eletrô nica e Agropecuária — dependendo das vocações de onde se localizam.

EDUCAÇÃO E SAÚDE. A Fundação

Bradesco foi criada em 1956, por inspiração do fundador do banco. Amador Aguiar. A primeira escola, no entanto, só foi inaugurada seis anos mais tarde, na Cidade de Deus, em Osasco,São Paulo,com 300 alu nos e sete professores — atualmen te são 101.500 alunos e 1.128 pro fessores."O fundador do banco en tendia que educação e saúde eram a base de todo o desenvolvimento", explicou Moraes Filho. "Por isso se desenvolveu o projeto de criar esco las que oferecessem não só educa ção, mas também atendimento mé dico." As escolas sempre foram ins taladas nas áreas mais carentes seguindo orientação dos próprios governos locais. O critério para a escolha dos alunos é seu grau de pobreza e a proximidade que vivem da escola.

"Os cursos são oferecidos de acor do com as demandas e necessidades de mão-de-obra dos locais", expli cou o diretor João Cariello Moraes Filho. Cada escola tem, no mínimo, 30 computadores de última geração.

CURSOS.A fundação oferece ain da educação de jovens e adultos por meio da teleeducação —,e edu cação profissional de nível básico e técnico não só para alunos do cur so regular, mas também para a co munidade. Cursos de artesanato, confecção de bijuterias, informáti ca para cegos,culinária, entre outros, são oferecidos na escola do Rio de Janeiro, que fica na Tijuca, na Zona Norte. Além do ensino, os alunos têm, gratuitamente, material didáti co, alimentação, uniforme e assis tência médico-odontológica. Este ano, o orçamento previsto é de R$ 113 milhões — provenientes de re cursos próprios e de doações do banco.

Originalmente, os colégios ofe reciam apenas ensino de primeiro grau. Com o tempo,os cursos foram expandidos, tendo sempre como meta o ensino profissionalizante. Não há uma preocupação específi ca com o vestibular, explicou Moraes Filho. "Estamos mais voltados para o engajamento no mercado de tra balho. Nossos alunos todos conse guem boas colocações. As próprias empresas nos procuram."

No ano passado, o índice de aprovação nas escolas da fundação foi de 96% e o de evasão escolar de 2,9%. Ampliar os cursos extra curriculares para os pais de alunos e demais pessoas da área foi uma forma de integrar as escolas às co munidades."As escolas se tornaram centros de mudanças sócio-econòmicas", afirmou Moraes Filho, sem disfarçar o orgulho. E concluiu: "Queremos agora compartilhar nos sa experiência com as prefeituras e as ONGs,ajudando na formação de professores."•

MULHERES ■
íÍEOlltroB
Alunos da fundação: educação, material didático, unifome, alimentação e assistência médica
Um dos maiores projetos pri
iV. 24 REVISTA DE SEGUROS JANQRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2001 lANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS 25

V Revolução na previdência: Ai^entina, Chile, Peru, Brasil

São Paulo: Geração Editorial 1998. 647p.

Traça o histórico do desenvolvimento da previdência social na América Latina, com destaque para Argentina, Chile, Peru e Brasil. Apresenta os sistemas antigos com caraaerísticas gerais incluindo co bertura e situação financeira. Descreve os fundamentos técnicos dos sistemas de pensões e a função do Estado perante as mudanças.

Seguros privados: doutrina, legislação e jurisprudência

GUERREIRA, Marcelo da Fonseca. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000. 165p.

Apresenta noções básicas sobre direi to securitário no Brasil. Aponta temas relacionados ao contrato de seguro, prê mio, apólice, risco, franquia,indenização, ressarcimento, sinistro, resseguro e co-seguro. Discorre sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, com destaque para o CNSP,SUSEP e o IRB.

Na rota das instituições do bem: seguro e previdência

PÓVOAS, Manual Soares. São Paulo: Ed. Green Forest do Brasil 2000. 436p.

Apresenta perfil histórico das institui ções de segurança e bem-estar no mun do. Relata marcos institucionais como: Alvará Régio de 1971, Constituição da 1 ° Seguradora, Regularização de Contratos de Seguros e da Fiscalização das Segura doras, Institucionalização do Princípio da Nacionalização do Seguro pela Constitui ção do Estado Novo,Sistema Nacional de Seguros Privados e Plano Diretor do Sis tema de Seguros, Capitalização e Previ dência Complementar. Discorre sobre os principais desafios do século XXI no que diz respeito ao mercado segurador e sis tema previdenciário do Brasil.

Segurança do trabalho em estabelecimento de saúde MENDONÇA, Maria Helena. Rio de Janeiro: SINDHERJ, 2001.

Segu do tra

Aborda de forma sucinta as normas legais e administrativas que regulam o assunto, tem o objetivo de ser uma fer ramenta entre a administração hospi talar e os demais estabelecimentos de serviços de saúde. Apresenta as normas e rotinas de segurança de empregados, colaboradores e clientes. Inclui guia prá tico de questões jurídicas nas ativida des médicas.

Legislação de seguros anotada e explicada

GUERREIRO, Marcelo da Fonseca. Rio de Janeiro: Ed. Idéia Jurídica, 2000. 183p.

Traça ampla abordagem sobre a le gislação securitária no Brasil. Apresen ta interpretações no campo do direito público e privado, especialmente nas áreas do Direito Constitucional, Admi nistrativo e Civil. Destaca o DecretoLei n° 73 que dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências.

Como funciona o seguro

SM/TH, Barry D. , WIENING, Eric A. Rio de Janeiro: PUNENSEG, 1999. 225p.

Criado como componente-chave para um curso do Insurance Institute of América (IIA), conta a história dos securitários. Trata de seu trabalho diá rio, examinando os princípios e inte rações humanas envolvidas nas dife rentes transações de seguro. Fornece um estudo dirigido, completo, realístico e prático de seguro de ramos elementa res, mostrando seu funcionamento e desenvolvimento no dia-a-dia.

podem ser encontrados na Biblioteca Luiz Mendonça. E-mail: biblioteca@fenaseg.oig.br

É cedo para saber

Oano 2000 foi encerrado

com as companhias de seguros, na média, apresentando um expressivo crescimento dos prêmios e uma diminuição de seu lucro. Na base deste cenário estão a retomada da atividade econômica e o aumento da sinistralidade em automóveis e saúde.

Como a sinistralidade de automóveis não deve diminuir no futuro próximo e a carteira de saúde individual é vista com pessimismo por quem entende do assunto, a única forma de as companhias de seguros modificarem o quadro é através de uma ação forte de reajuste de prêmios, doa a quem doer.

Seguro é um negócio matemático onde é possível calcular-se o lucro com bastante precisão. Todavia, entre o cálculo no momento da definição das metas e a realidade encontrada do cotidiano existe um espaço

Na Icatu, corretor vira dono do n^ódo Seguradora cria a "Fábrica de Empresário''

que precisa ser considerado na definição da estratégia da empresa.

Às vezes, é necessário terse coragem para tomar decisões duras, como limpar carteiras e recusar produções de corretores antigos. Mas só isso pode não bastar, também é indispensável um comprometimento da alta gerência com as rotinas da companhia, inclusive para evitar que a produção descartada seja substituída por outra de pior qualidade.

O ano de 2.001 começa com as seguradoras aumentando os prêmios de seus seguros de automóveis. É um começo auspicioso, já que essa medida é indispensável para recolocar o resultado operacional no preto. E preciso esperar para ver como o mercado vai se comportar no primeiro trimestre. A única certeza é que o faturamento deve continuar crescendo.•

Numa estratégia inovadora,

a Icatu Hartford lançou, em março, a "Fábrica de Empre sários". O projeto é dirigido aos cor retores de seguros que trabalham com a seguradora e substitui o anti go modelo de salões de venda (agentes cativos) por um sistema de profissionais auto-gerenciáveis."Va mos ajudar o corretor a se estabele cer, a ter seu próprio negócio, e a se auto-gerenciar", conta Inês Borges, diretora de Recursos Humanos.Para desenhar seu plano de ação, a segu radora fez um levantamento junto aos corretores, coletando informa ções sobre crenças, necessidades, ha bilidades e expectativas. O projeto inclui dois workshops. O primeiro,em março,vai enfatizar os aspectos práticos da comerciali zação, para melhorar o entendimen to do corretor sobre o mercado atu al e suas potencialidades. O segun do irá trabalhar os conceitos, como oportunidades e tendências do mer cado e performance de vendas."Os eventos partem do conceito para a prática. A Icatu resolveu inverter esta ordem, para os corretores não per derem tempo. Queremos que se sin tam seguros e apoiados", diz Inês. Segundo a diretora, a expectati va das duas partes é positiva. O pro jeto prevê também o apoio integral da seguradora ao processo de adap tação do corretor ao novo modelo de trabalho.•

Privados ^IBUOT^i
Seguros
ARTIGOS ESTRATÉGIA ,r.
ANTONIO PENTEADO MENDONÇA Jornalista e especialista eni Sei^uros e Previdência
Os títulos
"As vezes, é necessário ter-se coragem para tomar decisões duras, como limpar carteiras e recusar produções de corretores antigos"
/A.26. REVISTA DE SEGUROS JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2001 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2001 REVISTA DE SEGUROS 27

Sistema de Gestão EVA

O ^^Economic Value Added" é uma poderosa ferramenta para criação de riqueza dentro das seguradoras

O Sistema de gestão EVA®, que no mundo de seguros se conhece como Embedded Value reporting, pode ajudar sua em presa a se adequar ao novo paradigma de governança cor porativa. Seguindo esta tendên cia, alguns dos maiores líderes empresariais brasileiros já per ceberam a necessidade de adotar este sistema em uma economia cada vez mais globa lizada.

O sistema EVA® já foi adotado no Brasil em mais de 20 empre sas, incluindo a Brahma, Globopar, Telemar e Lojas Americanas. O EVA é uma medida da verdadeira criação de valor. Através deste sistema, as dis torções contábeis são elimina das, levando os gerentes a to mar decisões que sempre cri em valor. Desta forma, os ges tores evitam balizar suas deci sões por práticas convencionais da contabilidade, que muitas vezes distorcem a realidade eco nômica do negócio.

após deduzidos todos os cus tos, inclusive o custo de opor tunidade do capital aportado pelo acionista. O EVA" deve direcionar todas as decisões gerenciais incluindo estabeleci mento de metas, planejamento estratégico, orçamento e inves timento de capital.

Ao adotar o sistema EVA®, uma Seguradora pode ver cla ramente quais são suas verda-

os melhores profissionais remu nerando os gerentes como se fossem donos, alinhando os objetivos dos gestores com os objetivos dos acionistas. Este plano também pode ser usado para incentivar a força de ven das a produzir negócios que se jam verdadeiramente rentáveis.

m CASA PRÓPRIA

perceberam a necessidade de adotar este sistema em uma economia cada

deiras fontes de rentabilidade e ter uma imagem real dos seus resultados por produto, linha de negocio e inclusive canal de venda. Somente com o EVA®, uma Seguradora pode estar certa que os seus gerentes to mam decisões que agregam valor.

O EVA'é uma estimativa do lucro econômico da empresa

Um dos aspectos mais importantes do EVA e a criação de um plano de incentivos que premie os g^erentes pelo aumen to no EVA". Isto permite reter

. A FENASEG juntamente com a NMG* e a Stern Stewart** estão organizando um seminá rio nos dias 22 (Rio) e 24 (São Paulo) de Maio para discutirem o conceito de EVA e sua aplicação dentro de uma seguradora. O público alvo deste se minário são diretores de seguradoras, dire tores financeiros, dire tores técnicos, gerentes de pla nejamento, comtrolers, atuários e interessados em assuntos de Valor Econômico e medição fi nanceira.

*NMG é uma consultora financeira interna cional especializada em modelagem e me dição financeira aplicada a seguradoras.

**Stern Stewart é uma empresa de consulto ria internacional e criadora do conceito EVA®.

A Stern Stewart já implementou o EVA® em centenas de empresas em todos os conti nentes.

EVA® é uma marca registrada

A Sul América Capitalização está lançando no mercado uma alterna tiva para quem deseja realizar o so nho da casa própria: é o Sul Amé rica Super Fácil Casa, um título de capitalização com mensalidades a partir de R$ 150,00, que permitirá ao cliente programar a compra de um imóvel com os prazos de 84, 100 ou 120 meses. O Super Fácil Casa é um produto sem burocracia que não exige fiador nem compro vação de renda.

■ CAPITAL ESTRANGEIRO

Um estudo inédito da KPMG Brasil revelou que na década de 90 o ingresso de capital estrangei ro no Brasil por meio de fusões e aquisições aumentou mais de 44%. Revelou ainda um crescimento acu mulado de 134% no período e que o setor deve despontar nos próxi mos anos é o de saneamento bá sico. Esses são alguns resultados de um estudo inédito e detalhado realizado pela área de Corporate Finance da KPMG Brasil sobre o processo de Fusões e Aquisições ao longo da última década. Os Es tados Unidos lideram os investi mentos, seguidos da França, Por tugal e Espanha.

■ NOVOS PRODUTOS DA PHENIX

A Phenix Seguradora, empresa do Grupo FIAT, lançou no ano passado uma nova linha de segu ros patrimoniais e de ris co pessoal com planos para empresas, condomí nios e vida familiar. São seis novos produtos, três seguros patrimoniais e três seguros de risco pessoal. Os patrimoniais são os Multigarantias Empresa, Condomínio e Residência. Os de risco pessoal são di rigidos para pessoa física que incluem o Vida Em presas, Vida Familiar e Funerale. Única segurado ra pertencente ao mesmo gmpo de uma montadora, a Fhenix oferece também um seguro especial para compradores de carros FIAT zero quilômetro.

■ RC-PROFISSIONAL MEDICO

A Excelsior Seguros lançou — e a Binária Corretora de Seguros está comercializando um novo seguro RC-Profissional Médico, direcionado à área de Saúde - médicos, den tistas, técnicos e auxiliares; hospitais; clinicas; laboratórios; associações e operadoras de pla nos de saúde. O produto apresenta as seguin tes características: pode ser contratado à base de ocorrência ou reclamação; acessível e com abrangência a todos os segmentos da saúde; possui reintegração da Importância Segurada; possibilita a contratação do Seguro de RCOperações; contempla a garantia de AIDS e HEPATITE; parcelamento até 12 vezes; e ainda oferece ao segurado, gratuitamente, uma as sistência 24h, Médico e Jurídico, através de um call-center e durante o período de eventu ais reclamações no território brasileiro.

■ SEGURO SUPER AUTO

■ ITAÚ - RIBEIRÃO PRETO

Desde mar ço, todos os cli entes da Itaú Seguros da região de Ribeiráo Preto, em São Paulo, já podem ter aces so aos serviços do CAR (Cen tro e Atendi mento Rápido). Os clientes de se guro auto e terceiros envolvidos em colisões são atendidos por profis sionais especializados e podem também prestar diversas informa ções úteis, como a elaboração de orçamentos e a orientação no pre enchimento de documentos neces sários ao pagamento de sinistro.

A Rodobens Seguros, corretora especializada em transportes está ampliando os benefícios da linha de seguros Super Auto — um pro duto que garante a reposição de au tomóveis e caminhões zero km em casos de perda total, num período de 12 meses. O produto conta com a parceria da Bradesco Seguros.

■ DISqUE-DENÚNCIA

O Disque-Denúncia recebeu entre outubro ano passado a janei ro deste ano cerca de 11.500 liga ções. Segundo o levantamento do Instituto São Paulo Contra a Vio lência, as denúncias de tráfico de entorpecentes lideram a lista com 38,72%, seguidas dos homicídios, com 7,88%. O Disque-Denúncia atende 24 horas por dia, inclusive aos sábados, domingos e feriados, pelo número 0800 156315.

ESPECIAL Rápidas!
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âC* .28.REVISTA DE SEGUROS
"
Alguns dos maiores líderes empresariais brasileiros já
vez mais globalizada"
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2001
da Stern Stewart & Co.
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2001
REVISTA OE SEGUROS.2S.A

n REELEIÇÃO NA FENASEG

João Elisio Ferraz de Campos, presidente da Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação, foi ree leito, no dia 7 de fevereiro, para o seu quarto mandato como pre sidente da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização - Fenaseg. Com põem também a nova diretoria da Federação, para o período 2001/ 2004, os vice-presidentes Júlio de Souza Avellar Neto (Sul América Seguros), Luiz Tavares Pereira Fi lho (Bradesco Seguros), Nilton Molina (Icatu Hartford Seguros), Olavo Egydio Setúbal Júnior (Itaú Seguros), Renato Campos Martins Filho (Axa Seguros Brasil) e Ru bens dos Santos Dias (Porto Se guro Cia. de Seguros); os direto res Brian John Guest (HSBC Se guros Brasil), César Jorge Saad (Unibanco Seguros), Maurício Accioly Neves (Real Previdência e Seguros), Mauro César Batista (Se guradora Roma), Paulo Miguel Marraccini (ACF Brasil Seguros), Santi Cianci (Cenerali do Brasil Cia. Nacional de Seguros), e Sér gio Ricardo Miranda Nazaré (Brasilcap Capitalização).

Como membros efetivos do Conselho Fiscal foram eleitos Aparecida Lopes (Finasa Segura dora), Jorge Carvalho (Excelsior

Companhia de Seguros) e Lúcio Antonio Marques (Cia. de Segu ros Previdência do Sul); e os su plentes José Maria Souza Teixeira Costa (Cia. de Seguros Aliança da Bahia), Marivaldo Medeiros(Ma

rítima Seguros) e Robert Charles Wheeier(CCU Seguros). A posse da nova diretoria está marcada para o dia 4 de abril, quando serão apresentados os novos membros do Conselho Consultivo.

SINDICATO SP TEM NOVA DIRETORIA

Tomou posse no dia 31 de janeiro a nova diretoria do Sindicato das Segu

radoras de São Pau lo, presidida por Casimiro Blanco Comez (Porto Seguro

Cia. de Seguros Ge rais). Fazem parte da nova diretoria Michal Jerzi Swierzczynski

(Liberty Paulista Se guros) - 1° Vicepresidente; Jorge Bento da Silva (Sul América Seguros) - 2° Vice-Presidente; Maurício Accioly Neves(Real Previdência e Seguros) - 1° Se cretário; Cláudio Augusto da Sil va (Bradesco Seguros) - 2" Secre tário; Arlindo da Conceição Simões

Filho (ACF Brasil Seguros) - 1° Te soureiro; Luiz An tônio Ramos de Oliveira (Cia. de Se guros Minas-Brasil)

- 2° Tesoureiro; e os diretores Apare cida Lopes (Finasa Seguradora); Mário Teixeira de Almei da Rossi (Chubb do Brasil Cia. de Se guros); Sérgio Ra mos (América La tina Cia. de Segu ros); Celso Luiz do Barrio de Paiva (Alfa Seguros e Previdência); César Jorge Saad (Unibanco Seguros); Marcelo Blay (Jtaú Seguros); e José Roberto Mormo Loureiro(CCF Bra sil Seguros).

NOVA GESTÃO TAMBÉM PARA O RIO

RO Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro elegeu, no dia 16 de março, sua nova diretoria, encabeçada por Oswaldo Mário Pego de Oliveira (Sul América Seguros) e integrada pelos se guintes membros: Lúcio Antônio Mar ques (Cia. de Seguros Previdência do Sul), Federico Baroglio (Cenerali do Bra sil), Olavo Egydio Setúbal Júnior (Itaú Seguros), Luiz Tavares Pereira Filho (Bradesco Seguros), Roberto de Souza Santos (Axa Cia. de Seguros), Paulo César Kurpan Nogueira (CCU Cia. de Segu ros), Jorge Wilson Luis Alves (Brasil Veículos Cia. de Seguros), Cláudio Eduar do Vianna de Oliveira (Unibanco AIG Seguros e Previdência), Roberto Monnerat (Vera Cruz Seguradora), Antonio Fernan do B. Vasconcelos (Real Previdência e Seguros), Luiz Augusto Momesso (Cia. de Seguros Aliança da Bahia). A posse deverá ser em maio.

O

Centro de Atendimento Rápido. Bateu o carro? A gente resolve rapidinho

NOMES & NOTAS
aV« .30.REVISTA DE SEGUROS
Casimiro Blanco Gomez
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2001
Anjo pode esperar uma eternidade.
A*-" •' tiw -
seu cliente, não.
Você,que é corretor, sabe como ninguém como é importante proteger seu cliente. F. sabe também que "ão existe nada melhor do que indicar um Seguro Itaú. Ao indicar o Jtaucar, seu cliente passa a contar í^oin o Centro de Atendimento Rápido. Em caso de colis.ío, é só levar o carro batido até lá, que a liberação
Itaú Seguros
psra o conserto sai rapidinho. F" seu cliente ainda leva desconto na íranquia ou carro reserva grátis. Se sua vida como corretor já tica mais fácil, imagine a de um anjo da guarda. Lies vão agradecer aos céus.

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Solução Global ABIUC

digitalização de documentos Segurança digital

Para cada problema, uma solução.

Este é o principal "produto" da American Bank Note Company.

.Com o mais moderno parque gráfico da América Latina, ela utiliza tecnologia de ponta em todo o seu processo produtivo para criar soluções globais para seus clientes: da confecção de documen tos de segurança ao completo gerenciamento digital (incluindo a digitalização, indexação e armazenamento, consulta e recuperação de arquivos e documentos).

A prestação de serviços de digitalização inclui o desenvolvimento de aplicativos específicos para cada empresa, utilizando-se o State Of Art da tecnologia em hardware e software, de forma a assegurar um alto índice da qualidade e produtividade no processo e redução de custos.

A ABNC disponibiliza o acervo digital em mídia óptica (com cópias de segufança),.para ser utilizado em equipamentos de armazenamento de massa (como Jukeboxes), tornando mais trans parente e ágil o acesso dos usuários às informações. E ainda oferece programas de treinamento e documentação técnica e de usuário referente aos equipamentos, sistemas eletrônicos e computacionais integrantes da solução, incluindo a redefinição dos procedimentos administrativos, decorrentes da implantação das novas técnicas e tecnologias.

Com soluções como estas, a American Bank Note Company proporciona a seus clientes o perfei to controle de seu acervo, preservando as características originais de seus documentos, e possibilita o acesso praticamente instantâneo a qualquer informação do arquivo. E com total segurança em seu armazenamento.

Ou seja, a ABNC oferece mais que produtos e serviços.

Produz soluções.

Endereços da ABMC

Matriz e fábrica Rio

Cristóvão • CEP 20930-390• Rio de Janeiro • Ri TeL:(21) 585-9118 • Fax;(21) 580-3096

Fábrica São Paulo

lei,. (11) 7929-2033

• Fax:(11) 7929-5408

06428-000•São Paulo • SP

Escritório Comerciai SP

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^^tí^ican'^atiU.Á'o(e''^omfian^

TeT mrsoef

04530-050•São Paulo •SP lei- U I) JUfal-5368

• Fax;(11) 3064-2613

Fábrica Erechim

fel'(54) F '"dustrial.CEP 99700-000• Erechim lei.. ^54) 519-4000 • Fax;(54) 522-3459 RS

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