CONSUMIDOR DEBAIXA^ RENDA. A
'' ' '•*" oe ■f'' 6 SEGURO ANO 77 • N9 819 • OUT/NOV/DEZ • 1996 ORGAO OFICIAL DA FENASEG
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FENASEG
Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalizagao
Ditetoria
Presidente:Joao Elisio Ferraz de Campos
Vice-Presidentes: Glaudio Afif Domingos, Eduardo Baptista Vianna, Julio de Souza Avellar Neto, Renato
Campos Martins Rlho, Ricardo Ody, Rubens dos Santos Dias. Diretores:Cesar Jorge Saad, Nilton Molina, Paulo Ferreira, Pedro Augusto Schwab, Pedro Pereira de Freitas, Sergio Timm.
Conselho Fiscal
Membros Efetivos: Joao Jiriio Proenga, Orlando Vicente Pereira. Sr/p/enfes.'Jorge Carvalho, Jose Maria Souza Teixeira Costa, Lucio Antonio Marques. Conselho Consultlvo
Presidente:.ioaQ Elisio Ferraz de Campos
MembrosEfetivos:Miedo Femandezde Larrea,Ararino Sallum de Oliveira, Armando Erik de Canralho, Dario Ferreira Guarita Filho,Francisco Caiuby Vidigal,Henrique da Siiva Saraiva,Jayme Brasil Garfinkel,Jose Americo Peon deSa,Jose Castro de Ararjjo Rudge,Luizde Campos Salles, Luiz Eduardo Pereira de Lucena,Luiz Henrique S.L.de Vasconceiios,MarioJose Gonzaga Petreiii, Nicolas Jesus Di Salvo,Paulo Sergio Barros Barbanti, Roberto Baptista P.de Aimeida Filho, Roberto Cardoso de Sousa, Rony Castro de Oliveira Lyrio,Sergio Syivio Baumgarten
Jr.
5 ENTREVISTA
O presidente da AEB, Pratini de Moraes, fala sobre o seguro de credito a exporta^ao
Membros Natos: Ademir Francisco Donini, Alberto O. Continentino de Araujo, Antonio Carlos Baptista Pereira de Aimeida, Antonio Tavares Camara, Eugenio Oiiveira Meilo, Joao Gilberto Possiede, Jorge Estacio daSilva, Miguei Junqueira Pereira.
REVISTA DE SEGUROS
Orgao Informative da Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de CapitalizagaoFenaseg.
PUBLiCAgAO INTEGRANTE DO CONVENiO DE iMPRENSA DO MERCOSUL-COPREME. Em conjunto com SiDEMA (Servigo Informative do Mercado Segurador da Reprjbiica Argentina), EL PRODUCTOR (Publicagao da Associagao de Agentes e Produtores de Seguro da Repubiica Oriental do Uruguai)e Jornal dos Seguros(Publicagao do Sindicato dos Corretores de Seguros e de Capltallzagao do Estado de Sao Paulo).
Editor: Jose Luiz Costa Pereira
Editora Executlva: Angeia Cunha (MTb. 12.555)
Coordenagao Editorial: Tels.(021)262.5215 / 240.0556 e Fax.262.4736 Jornallsta Resp: Vania Mezzonato(MTb. 14.850)
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Colaboradores: Angeia Cunha, Duice Caideira, Fernanda Thurier, Neison Vasconcelos, Patricia Stanzione, Suzana Liskauskas, Valeria Machado e Vagner Ricardo.
Equipe ASCOM: Adriana Beltrao e Valeria Machado. E scritrorio Fenaseg/Brasilia - SCN/Quadra 1/Bloco C -
Ed. Brasilia - Trade Center - sala 1607
Fotografia: Fatima Batista e Arquivo Fenaseg.
llustragao: Janey
Capa: Scalla Assessoria e Design
Fotolltos: Dressa Color
Grafica: Zit Grafica e Editora (Tei.: 560.2078)
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Redagao e Correspondencla: Assessoria de Comunicagao e imprensa - Fenaseg (Rua Senador Dantas, 74/12® andar, Centre - Rio de Janeiro (RJ)CEP.20.031-201 - Teiex:(021)34505 - DFNES
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140/156
Perlodlcldade: Trimestral
CIrculagao: 5 mil exemplares
As materias e artlgos assinados sao de responsabilldade dos autores. As materias publicadas nesta edigao podem ser reproduzidas se identificada a fonte. DIstrl bulgao Gratulta.
1^1
8 CAPA
Consumidores de baixa renda: um novo nicho de mercado
14
12
COMPORTAMENTO
Como sera o empresario do ano 2000
PERSPECTIVA 1997
Representantes do setor fazem projegoes para o novo ano
16 SIAS
26 RETROSPECTIVA 1996
Mudantjas garantem Um balan^o dos projetos o sucesso do da Fenaseg e Frmenseg no IV SIAS ano de 1996
EDITORIAL ...4 MARKETING .34
ESPECIAL ...11 OPINIAO ..35
COMUNICAgAO ......24 NOVOS PRODUTOS..,.36
CAPITALIZAgAO, ...30 RAPIDAS ,.37
INTERNACIONAL.. ..32 NOMES E NOTAS.... ..38
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Economia estavel, seguro fortalecido
Qmbora ainda nao haja dados que
permitam uma avaliagao mais apurada do mercado segurador no ano que terminou, nao ha duvidas de que 0 balango de 1996 e positive. Consolida-se, assim, a tendencia verificada a partir da implantagao do Piano Real, em julho de 1994, comprovando a afirmagao de especialistas do setor de que nao existe cenario melhor para a atividade seguradora do que o de uma economia estavel.
0 ambiente favoravel abriu espagos, criou oportunidades e e importante ressaltar, aqui, a capacidade das empresas e dos profissionais de seguros de ocupar esses espagos e aproveitar as oportunidades. E por esse lado que 0 mercado tem crescido e as perspectivas se tornam ainda mais promissoras se considerarmos que nao ha, no horizonte do Pafs, qualquer sinal de turbulencia que pos se perturbar esse quadro. As autoridades demonstraram que tern, etetivamente, a econo mia sob controle. 0 PIB cresceu, ampliouse a liberdade de pregos, melhorou o poder de compra das classes de renda mais baixas, incorporando novos consumidores ao mercado e aumentando a demanda, e, com tudo isso, a inflagao anual vai ficar em torno de 10%. A abertura comercial compensou, com importagoes, os possfveis gargalos internos, provando, mais uma vez, que o me lhor freio para os pregos e a concorrencia. 0 consumidor brasileiro passa a ter padroes
mundiais de comportamento, a comparar antes de comprar, a avaliar melhor a qualidade dos produtos, num sinal evidente de que ja esqueceu a inflagao e esta mudando de men talidade.
Ha, e certo, serios problemas a resolver, como 0 desemprego, provocado em parte pelo aumento de produtos estrangeiros no mercado e, em parte, pelas transformagoes que vem acontecendo nos sistemas produtivos de todo o mundo, em que a automagao esta eliminando mao-de-obra. Temos, tambem, que avangar mais depressa no campo institucional, com reformas que modernizem 0 Estado e retirem seu excessive peso dos ombros da sociedade. E aprofundar o processo de desestatizagao, o que deve ocorrer em 1997 com a privatizagao do setor de telecomunicagoes e de empresas consideradas intocaveis, como a Vale do Rio Doce.
Estamos, portanto, construindo um novo Pals, de cidadaos mais exigentes, e isso e muito importante para o mercado segurador, que luta por reformas institucionais. A quebra do monopolio do resseguro significa a primeira conquista nesse sentido e seu maior merito talvez seja o de ter derrubado um tabu, abrindo caminhos para que a sociedade brasileira debata outros temas na mesma linha, como 0 seguro de acidentes do trabalho e outros beneflcios sociais dos trabalhadores corno saude e previdencia. Um outro campo em que precisamos continuar concentrando
nossa atengao e na busca de tecnologias e mecanismos que contribuam para diminuir OS sinistros e as fraudes. Vamos ter que trabalhar muito junto as autoridades para reduzir esse problema as suas proporgoes normais, porque a sociedade nao vai admitir pagar, indefinidamente, esse prejufzo.
0 crescimento do mercado segurador, ocupados OS espagos criados com a estabilizagao da economia e o aumento do poder aquisitivo das classes de renda mais baixas, vai depender, de agora em diante, basicamente do comportamento da economia e do sucesso das agoes no campo institu cional. Para as empresas, individualmente, 0 desafio e aperfeigoar processes administrativos e tecnoldgicos para reduzir custos e oferecer produtos com mais qualidade e melhores pregos. A presenga de novas empresas estrangeiras para aproveitar a aber tura no ramo de resseguros ou em associagao com seguradoras nacionais vai aumentar a concorrencia e exigir maior competitividade. Esse novo quadro se por um lado representa um desafio maior para quem ja esta instalado aqui, por outro, encurta a distancia que nos separa dos padroes praticados nos pafses desenvolvidos. E isso e bom para todos. Para os seguradores, para OS segurados e para o Pals, que tera um setor capaz de contribuir, cada vez mais e melhor, com seu desenvolvirnento economico e 0 bem-estar de sua gente.
MARCUS VINICIUS PRATINI DE MORAES
O elenco de medidas de apoio as exportagoes anunciado no XVI Encontro Nacional do Comercio Exterior (Enaex), a ser posto em pratica a partir deste ano, contempla novas linhas de financiamento ao setor. Uma outra novidade sera a introdu^ao do seguro de credito a exportagao como instrumento de garantia aos financiamentos concedidos as empresas exportadoras. "E um recui-so valioso para aumentar a agressividade do nosso marketing internacional", avalia Marcus Vinicius Pratini de Moraes, presidente da Associa^ao de Comercio Exterior do Brasil (AEB), tun dos maiores defensores da necessidade de o Pais ter presenga importante no mercado internacional.
sao a prioridade declarada do governo para o proxi mo ano. fVlelhorias no Programa de Apoio a Exportagao he Manufaturados, criagao de novas linhas de credito, ampliagao de prazos e de volume de recursos de financiamento nas fases pre e pos-embarque do Finamex (Financiamento a Ex portagoes) do Banco Nacional he Desenvolvirnento Economico e Social (BNDES), alem de mecanismos ineditos no Pais de concessao de garantias ao exportador brasileiro estao entre as novidades que aguardam os exPortadores para este ano. Sao hecisoes preparadas para reverter, ainda no primeiro semestre, 0 comportamento deficitario da halanga comercial. "A existencia do seguro de credito a exPortagao fara com que muitas instituigoes financeiras passem a ter mais interesse pelas operagoes de financiamento", diz Pratini de Moraes. A seu ver, a competitividade dos produtos brasileiros no exterior tende a crescer. Estudo realizado pela
AEB, a pehido do Ministerio da Industria, Comercio e Turismo (MICT), mostra que depois de quatro anos o volume de expor tagoes da ordem de US$ 12 bilboes podera ser financiado, com a respectiva cobertura da nova companhia de seguro de credito a exportagao.
0 presidente da AEB reconhece ser produtiva a parceria com uma empresa internacional do ramo pela experiencia operacional que possui na atividade. A aceitagao do seguro por parte do exportador, acrescentou ele, vai exigir um procedimento didatico da nova companhia se guradora. "Sera interessante discutir com os exportadores, em reunioes em todo o Pais, as suas necessidades e expor as modaiidades operacionais", sugere. Ele defende enfase particular as pequenas e medias empresas, em conjunto com os bancos que as atendem, para demonstrar a conveniencia de usar o seguro de credito a exportagao.
A proposta para a nova se guradora, elaborada pela Fundagao Centro de Estudos do
Comercio Exterior (Funcex) e | apresentada no XVI Enaex, preve | uma companhia de capital mis- | to nao inferior a R$ 50 milhoes. ; Os socios, segundo o trabalho, deverao ser seguradoras e bancos brasileiros, inclusive o BanCO do Brasil, alem da participa- | gao de empresas exportadoras brasileiras e companhias de se- | guro estrangeiras. 0 superintendente de seguridade do BB, Jose Ismar Torres, em declaragao a imprensa. reveiou que a nova seguradora ja devera estar operando no primeiro trimestre de 1997, adiantando que os bancos Bradesco e Itau sao provaveis socios. 0 BB devera ficar com uma participagao de 30% e 0 restante do capital, integralizado pelos demais acionistas. A operadora da empresa devera ser estrangeira, a ser escolhida entre as ja pre-qualificadas: a alema Gerling Namur,a francesa Coface, a holandesa NCft/l, a portuguesa Cosec e o grupo espanhol Mapfre.
□ 0 que muda no desempenho das exportaqdes brasileiras com a criagao do se-
guro de credito a exporta gao?
— Esse e um instrumento muito importante para aumentar a agressividade do nosso marke ting internacional Ainda sao limitadas as iniciativas de vendas diretas ao exterior em decorrencia do grande diferencial entre taxas de juro locals e internacionais, restringindo o fi nanciamento das exportagoes aos canals oficiais. Sem o seguro de credito a exportagao, e muito dificil ao sistema bancario privado ter uma participagao mais efetiva no financiamento das exportagoes. 0'Brasil nao tem tradigao nesse campo e nao se pode esperar um milagre para aumentar as exportagoes, mas a existencia de cobertura fara com que muitas instituigoes finan ceiras passem a ter mais inte resse peias operagoes de finan ciamento.
□ 0 seguro de credito a ex portagao aumenta o poder de competigao dos exporta dores brasileiros?
— Sem duvida, hoje, en-
REVISTA w < «« > ^ SEGUROS ^ V EDITORIAL n-'
ri:ll
Qsexportagoes
HEVISTADE SEGUROS OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 REVISTA DE SEGUROS
frentamos obstaculos para aumentar nossas exporfagoes ante a concorrencia internacional mais acirrada, inclusive dentro do mercado brasileiro. Mas existe a consciencia clara de que o Brasil precisa atualizar os mecanismos de marketing internacio nal. At entram o financiamento e 0 seguro as exportagoes, na verdade, dois pilares do sistema internacional em qualquer pats que pretende ter presenga im■portante no mercado mondial.
□ Que vantagens competitivas oferece a cobertura do credito a exportagao?
— Basta analisar as importagoes na area de bens manufaturados que o Brasil vem fazendo apos a abertura economlca.
produgao local?
— Os exportadores para o Brasil tem conseguldo vantagens competitivas sobre os produtores nacionais que ainda tem custo elevado para financiar a produgao ante as taxas de juro elevadas. Muitas vezes, a competigao extrapola a questao de prego. 0 financiamento de que dispoem as empresas exportadoras de outros pafses colocaas em melhor posigao. E esse financiamento e tanto mais ampio e agil quanto mais eticiente for 0 mecanismo do seguro de credito a exportagao do pats tornecedor.
□ A partlr da oriagao de uma companhia especffica para operar o seguro de credito
pedido do Ministerio da Industria, Comercio e Turismo, que indica que depois de quatro anos um volume de exportagoes da •ordem de US$ 12 bilboes poderia ser tinanclado, com os respectivos credltos segurados pela nova companhia a ser crlada.
□ A diferenclagao entre riscos comerciais e polftlcos trouxe maiores perspectivas de sucesso para a futura seguradora?
— No que diz respeito aos riscos polftlcos, e fundamental assegurar a participagao do governo atraves do Tesouro Nacional, em especial, quando se trata de operagoes em que o interesse politico oficial e o principal elemento para a
□ A cobertura para riscos po lftlcos e adequada?
— Participei da cerimonia em que o presidente Fernando Flenrique Cardoso assinou o decreto de regulamentagao e considero satisfatbrios o prazo de 12 anos e o volume financeiro de US$ 3 bilboes. A experlencia, no entanto, indlcara a necessldade tutura de reformas e ampliagoes. 0 importante e que 0 Pals tem que ter esse mecanismo, porque nao vai poder competir no mercado interna cional usando metodos e processos desatualizados.
□ Desde 1991 o Instltuto de Resseguros do Brasil (IRB) nao aceita mais riscos de cre dito a exportagao. A interrupgao causou prejufzos ao setor exportador?
anuais, nos ultimos 15 anos, e no case de computadores e ar tigos de escritbrios a taxa chega a 16% ao ano.
□ A falta de deflnigao quanto a responsabilidade da carteira deflcltaria de cerca de R$ 800 mllhoes em seguros de credi to a exportagao, sob adminlstragao do IRB, arranhaa credlbilidade do novo seguro?
Os produtos chegam, quase sempre, com condlgoes de finan ciamento de seis meses, um a dois anos, e sao extremamente atraentes para os importadores locals. Eles podem, inclusive, operar com margem zero na venda dos produtos importados pela compensagao do ganho financeiro, ja que a mercadoria aqui pode ser vendlda a prazo mais curto e com pagamento ao importador a prazo maior. E uma alternativa que permlte a aplicagao dos recursos ate o memen to da liquldagao da Importagao.
□ Ate que ponto a ausencia do seguro a exportagao afeta a
a exportagao as chances sao maiores?
— Principalmente para ampliar a participagao de pequenas e medias empresas que comercializam no ambito do Mercosul, Sem cobertura de credito aos compradores, essas empresas nao tem estrutura para faze-lo diretamente. E nessas circunstancias, estamos falando de prazo mais curto: seis meses a um ano.
Q Com 0 novo seguro em quanto se estlma o cresclmento das exportagoes hraslleiras?
~ Fizernos uma analise, a
venda. 0 impacto da cober tura para riscos polftlcos sobre a pauta de ex portagoes e diffcil de estimar, porque depende evidentemente da estrategia do governo e dos interesses em promover vendas a pafses cujos credltos nao podem ser apenas cobertos pelo risco comercial.
□ Para esses mercados em que ha rIsco politico, o se guro da malor agresslvldade aos exportadores?
— Uma atitude mais agressiva do Brasil em relagao a Africa e a certos pafses asiaticos so podera acontecer se houver a inclusao da cobertura de riscos polftlcos, mais ainda quando se tratar de pafses em transigao ou de mercados diffceis como OS africanos.
— Em muitas operagoes feitas para pafses da America Latina, a ausencia do seguro de credito a exportagao tez com que ou perdessemos ou deixassemos de conquistar novos mercados, porque as empresas exportadoras nao podem assumir o risco de credito. E tambem uma das razoes porque o Brasil ainda tem a maior parte de suas exporta goes concentradas em areas naodinamicas (produtos primarios) do mercado mondial. Nas ven das externas de produtos como computadores, equipamentos de telecomunicagoes, artigos para escritbrlo, produtos oticos, aparelhos de televisao e avioes, entre outros, 0 seguro de credito a exportagao esta sempre presente, em especial na America La tina. 0 crescimento do consumo dos produtos nao-dinamicos e muito pequeno e ate ne gative, em muitos cases. Nos outros segmentos, contudo, teve uma expansao acima de 10%
— E precise separar os pro blemas. Os debitos passados tem que ser resolvidos atraves dos canals governamentais. 0 go verno tem que assumir que muitas vezes errou ate por nao ter experiencia. 0 quo nao se deve fazer e pretender que a nova compa nhia de seguro de credito a ex portagao tenha a responsabili dade ou de resolver ou de responder por problemas que decorrem de uma fase de excessi ve intervengao governamental, muitas vezes sem os devidos cuidados operaclonals. E preciso resolver o contencloso das operagoes teitas na epoca do IRB e da extlnta Carteira de Comercio Exterior (Cacex) ate para restaurar a credibilidade do me canismo que prestou muitos servigos, mas teve seus insucessos.
□ Algumas Instltulgdes flnancelrasja se manlfestaram Interessadas em partlclpar da nova seguradora, mas revelaram o receio de os expor tadores so contratarem coberturas para riscos ruins. Sob esse angulo avallam que nao e um bom negocio e sugerem ate a inclusao obrigatorla de coberturas de ex portagoes para mercados nobres e os de provavels perdas. Como o Sr. Interpreta essa reivlndicagao?
— 0 princfpio fundamental do seguro e a sua globallzagao. 0 mercado segurador brasileiro nao esta acostumado com esse tipo de novidade, mas possui criatlvldade e competencia para construir mecanismos que possam ampliar o numero de ope ragoes do seguro de credito a exportagao. Premios muito elevados irao diminuir a atratividade do seguro. Na fase inicial de implantagao vai ser muito im portante a oriagao de cadastres e de banco de dados sobre a clientela internacional. Daf a conveniencia de haver um sbcio internacional que ja atua no ramo e que possa trazer sua experlencia, contribuigao operaclonal e informagoes de mercado.
□ Como deve ser desenhada a parceria dos exporta dores com 0 mercado se gurador?
— 0 seguro de credito a ex portagao nao deve ser empurrado goela abaixo do setor de seguros e do sistema bancario. Tem que ser uma operagao com perspectivas de rentabilidade, caso contrario nao se sustenta. 0 conhecimento mais aprotundado de como operam empresas similares estatais ou para-estatais b vital para que se conhega me lhor OS tipos de cobertura e a forma de ter premios viavels sob 0 ponto de vista econbmico e comercial.
sempre caracterizaram-se por alta dose de deferencia governamen tal e regulamentagoes muito restritivas e, ao mesmo tempo, protetoras. Essa nao e a caracterfstica da economla moderna que vem se globalizando, impulsionada pela revolugao tecnolbgica da intormagao. 0 mercado segurador brasileiro, com a eliminagao do monopblio do IRB, devera sotrer profundas modiflcagoes e tera que ajustar-se a uma nova realldade, com menos protegao, mais competigao, e, em future nao muito longe, espero, a taxas de juro "civilizadas". 0 seguro de credito a ex portagao e, provavelmente, o primeiro desatio que o mercado tera que enfrentar e mostrar do que e capaz. Se nao for possfvel
encia de sua utilizagao junto as pequenas e medias empresas e a seus respectivos bancos. Pre cisa ficar bem clara a alternati va que oferece ao exportador de nao bancar o risco da operagao e a perspectiva de, simplesmente, nao poder vender.
□ A contratagao do novo se guro pode encarecer as ex portagoes braslleiras?
— Uma coisa me parece bem detinida. 0 Brasil quer abrir sua economla, sair fora do modelo autarquico e partir para uma participagao mais efetiva na competigao internacional. 0 ex portador precisa ter estrutura compatfvel com a de seus concorrentes. Isso envolve nao sb resolver os problemas do chaT
portador brasileiro precisa ter estrutura compatiVel com a de seus coiicorrentes. Isso envolve nao so resolver os problemas do chamado "custo Brasil", mas tornar-se competitivo a mVel da prateleira do consumidor
cria-lo com a participagao do setor privado, o governo tera que faze-lo.
□ Havera reslstencia por parte dos exportadores em aceltar 0 custo do premlo do novo seguro?
□ 0 monopollo do resseguro do IRBrepresentava uma trava ao desenvolvlmento e experlencla do setor privado?
— Os mercados, no Brasil,
— A institulgao do seguro devera ser precedlda de um verdadeiro processo didatico em que a nova companhia tera que discutir com os exportadores suas necessidades, apresentar as modalidades operaclonals e de pois "vender" os conceitos aos empresarios do setor exportador de todo 0 Pafs. Devera ser dada grande entase sobre a conveni-
mado "custo Brasil", mas dlspor de meios adequados para ser competitivo a nfvel da pra teleira do consumidor. Nao adianta ser competitivo ate a porta da fabrica ou ate a porteira da lavoura. As vantagens competi tivas sao detinidas na prateleira do consumidor final. Al, entao, sao preponderantes as condl goes de logfstica, de transportes, de comunicagoes e de fi nanciamento apropriado com correspondente cobertura de ris cos comerciais e polftlcos para conterir ao marketing do produto brasileiro a agressividade que, hoje, caracteriza o merca do internacional.
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Nao se deve pretender que a nova companhia de seguro de credito a exportagao tenha a responsabilidade ou de resolver ou de responder por problemas decorrentes de uma fase de excessiva interven(jao governamental
REVISTADESEGUROS
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OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 REVISTADESEGUROS
O mcTCddo scguTddov ndciotictl tEtn d ccxtczd dc c^uc 1997 ndo vdi set um duo igudl do ^|ue pdssou. As dpostds sdo dltds, e ds expectdtivds ndo ficdm dtrds, principdlmente pdTd ds empresds que dtudvn no segmento de varejo. Nestd dred, ds esperdngds de poder contribuir pdTd dumentdr d pdrticipdgdo do setor no PIB (Produto Intemo Bruto) sdo reforgddds peld descohertd de um novo nicho de mercddo: os consumidores de baixd rendd. Dispostds d engorddr o fdturdmento no dno novo e dissemindr, sem preconceitos, d culturd de seguro no pdis, ds segUTddoTds estdo formuldndo novds estrdtegids e reorgdnizdndo ds estrutuTds ddministrdtivds pdrd oferecer produtos de qudliddde com custos dcessweis d fdtid dd popuhgdo brdsileird que gdnhd, em medid, cinco sdldrios mmimos.
CONSUMIDORES DE BAiXA RENDA: UM
NOVO
NICHO DE MERCADO
a opiniao de Lucio An1^1 tonio Marques, diretor III da Previdencia do Sul, ■■■ 0 mercado segurador deve adotar "medidas radicais" em 97. Essas decisoes incluem temas como a regionalizagao e a especializagao, imprescindiveis para o crescimento das empresas do setor, sobretudo pequenas e medias. "Seguradoras que se encaixam no time dos pequenos e medios negdcios ja comega.ram a procurar nictios de clientes, desenvolvendo produtos mais adequados para os novos consumi dores", adianta Lucio Marques.
Mas 0 sucesso da busca por clientes em camadas fora das classes A e B, cllentela habitual do setor no Brasll, depende ainda da redugao de custos admlnlstrativos. De acordo com o diretor da Previdencia do Sul, o ideal seria elevar os patamares de venda para a casa dos 25%. Esta media, segundo ele, deve ser mantida independentemente das mudangas proclamadas pelo governo, como a reforma que envolve o seguro social.
Na Itau Seguros, onde o seg mento voltado para produtos de massa e tratado com multa dedicagao, ja se sabe que o malor entrave para tornar vlavel o hablto de consumir seguros nas classes mais baixas e o custo administrative. Idacelmo Mendes Vieira, diretor de produto Vida da Itau Seguros, nao delxa duvldas ao identlficar a malor dificuldade das carteiras voltadas para a maioria da populagao. "0 problema mais grave e a oferta, porque essas pessoas nao estao acostumadas a comprar segu ros. Desenvolver o produto de baixo custo e facil, mas vendelo e complicado"
Caravanas de promogoes
— Criar a necessidade nas clas ses mais baixas pode ser dificil.
masnaoeimpossfvel.Tudovai | depender do caminho que sera | usado para sensibilizar o clien- | te. Na Itau, essa equagao esta | sendo resolvlda. Vieira explica que a seguradora esta apostando em novas formas de distribuigao dos produtos como o trabalho com corretores agentes. Estes profissionais fazem promogoes em diversas cidades do pats, oterecendo o produto da seguradora. No verao, a estrategia se torna mais agressiva, e as equipes partem para as estradas com suas caravanas de promogoes. |
Pedro Jorge de Almeida Al- | buquerque, presidents da Nobre Seguradora, insists que a maior dificuldade para o desenvolvimento de produtos para classes de poder aqulsltivo menor esta relaclonada ao custo administrativo. "Num pals onde a cobranga bancaria flea entre R$ 1,00 e R$ 2,00, por documento, nao ha como negar a difi culdade de se crIar produtos de seguros de balxo custo", comenta Albuquerque. Outro fator que pode afastar o consumidor de balxa renda do seguro e a figura do corretor. 0 presldente da seguradora diz que os cor retores nao se interessam por esse tipo de clients, que nao Ihe trara lucros.
duto devem seguir a Idgica de | comissionamento de seguros como 0 DPVAT, por exempio", ! comenta Carvalho. !
nacionals, cuja media e de 5%.
Lucio Antonio Marques
Na Excelsior, a ligao que se refere a diminuigao dos custos comerciais ja foi assimilada. 0 diretor Tecnico da seguradora, Jorge Carvalho, afirma que quando 0 assunto e atendimento a po pulagao de balxa renda, o pro blema principal e a diminuigao das despesas derivadas das operagoes comerciais. "Qualquer produto que sera vendido para quem ganha pouco nao pode ser onerado por comissoes. Os mecanismos de oferta desse pro-
Triiha certa — De acordo com 0 raclocfnlo de Lucio Mar- | ques, a Itaij e a Excelsior estao | na triiha certa; 0 diretor da Pre- : videncia do Sul e categorico ao aflrmar que nao adianta ter pro dutos para o publico de balxa renda, quando os canals estao voltados para os consumidores tradicionais. "Toda seguradora que quiser atingir esse nicho de mercado tem que rever suas estrategias de distribuigao dos pro dutos, alem de buscar redugao de custos com o aumento no volume de premios. As areas de marketing das seguradoras serao obrigadas a modiflcar o perfil dos produtos desenvolvidos por elas.
Os novos seguros devem ser flexfvels para poder concorrer com as varlas alternatlvas de investimento do mercado", avalia.
Apesar dos empecilhos, sen sibilizar 0 publico de baixa renda e uma etapa fundamental para que 0 setor consiga elevar sua partlclpagao no PIB, que hoje esta na casa dos 2,2%, aos nfvels Inter-
0 presldente da Nobre nao tem duvidas em afirmar que o segmento de consumidores de baixa renda sustentam a economia de um pats, e a situagao nao e diferente no ramo de seguros.
"Essas pessoas necessitam dos produtos desenvolvidos pelas se guradoras, mas nao tem condigoes de compra-los", sentencia Albuquerque.
Porem, a sobrevivencia das seguradoras llgadas ao ramo Vida e especializadas em produtos in dividuals esta diretamente ligada a busca de novos mercados.
Jorge Carvalho aponta como tendencia mondial o desenvolvimento de seguros pessoals 11gados ao ramo Vida, como Acidentes Pessoals e Saude. "E um ramo que esta ultrapassando o de Automdveis. No Brasil, esta tendencia comega a se tornar evidente agora, mas no resto do mundo ja e uma realidade", garante.
Incentivos fiscais — A tese de Jorge Carvalho esta em slntonla com as analises de Lucio Marques sobre a evolugao do ramo Vida. Para o diretor da Pre-
videncia do Sul, as seguradoras que operam na setor de Riscos Pessoals vao ter chances cada ! vez maiores de ampliar sua area : de atuagao. Os produtos ligados a Vida, Acidentes Pessoals e Previdencia comegam a despertar tanto interesse quanto o massificado seguro de Automdveis. Marques sugere, entao, que as seguradoras aproveitem o momento para buscar incentivos fiscais que tavoregam o desenvolvimento dos produtos pessoals.
Uma sugestao do diretor da Pre videncia do Sul e 0 desconto ; do Imposto de Renda para se guros de Vida. "E precise mostrar ao governo que o aumento ! do consumo dos seguros de longo prazo vira um instrumento para o crescimento da economia do pais", afirma.
0 sucesso das seguradoras que lidam que o ramo Vida nao : esta restrito apenas a mudanga da visao do governo com relagao aos incentivos fiscais. E fun' damental promover uma reestruturagao na cultura da populagao. Marques comenta que uma das medidas mais urgentes e : destruir o mito que relaciona o seguro de vida com um seguro de morte. "Ele deve ser visto como um gerador de poupanga a longo prazo", comenta Marques. Nessa tarefa, a Funenseg tem um papel fundamental. Cabera a ela disseminar a cultura
MERCADO
"Se
guradoras que se encaixam no time dos pequenos e medios negocios ja come^aram a procurar nichos de clientes"
"Qualquer produto que sera vendido para quem ganha pouco nao pode ser onerado por comissoes"
Jorge Carvalho
REVJSTADE SEGUROS OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 REVISTADE SEGUROS
Pedro Albuquerque de seguros em escolas e universidades.
Parcerias — Enquanto os alunos de Primeiro Grau aprendem 0 quanto e importante ter seguro — atraves do programa "Seguro, urn projeto de vida", da Funenseg —,as empresas precisam descobrir formas de garanfir que os pais dessas criangas consigam consumir seus produtos, apesar de urn orgamento familiar na casa dos tres salaries minimos. Marques res- . salta que as seguradoras devem estudar novas tormas de cobranga, como o desconto em foiha de pagamento. Outra alternativa, segundo o diretor da Previdencia do Sul, e 0 langamento de pro dutos de custo anual, como o Vida Simplificada da prbpria Pre videncia do Sul. "Uma boa ideia e buscar parcerias com associagoes ligadas a escolas de samba e clubes de futebol, langando produtos e revertendo parte da venda para essas associagoes", lembra Marques. Para completar a estrategia no ramo Vida, as seguradoras devem se esforgar : para mostrar ao governo a-importdncia da Retorma da Previden cia. Hoje a previdencia privada ainda e urn luxo, mas as mudangas sugeridas pelo Governo podem reverter esse quadro.
Por Suzana Liskauskas
MECANISMOS DE COBRAN^A
Este e urn dos desafios do mercado para incrementar as vendas de seguros para a populagdo de haixa renda
Se a palavra-chave para as seguradoras que pretendem colher os louros no ramo Vida e a criatividade, parece que o mercado ja captou a ideia. Pedro Albuquerque, que tambem e presidente do Clube de Vida em Grupo de Sao Paulo, diz que uma solugao para o sistema de cobranga no caso de produtos para mercados de baixa renda seria usar instrumentos como contas de luz, agua, gas e telefone. "E uma ideia simples. Basta usar algum mecanismo de cobranga que ja existe", completa.
No time das seguradoras que estao preocupadas em atingir as classes mais baixas da populagao brasileira, a Nobre vem concentrando estorgos para garantir sua tatia neste mercado, principalmente no ramo Vida. Uma das estrategias e a evolugao das taxas de acordo com a idade do segurado. "Temos pro dutos para pessoas com ate 80 anos", comenta Albuquerque. A seguradora tambem vem dando destaque para o
Seguro Simpllficado, especialmente desenvolvido para pequenas empresas. 0 desconto e feito em toiha de pagamento. Ha ainda o Se guro Saldrio com cobertura para 90 dias, seis meses e um ano.
A Previdencia do Sul tambem aposta nos produtos Vida com caracteristicas descompli- cadas^ Um dos sucessos da companhia e o Ida Simplificada, que tem cerca de 300 novos clientes por mes sd no Rio de Janeiro motivo do sucesso pode estar no custo. „ segurado paga R$ 15,00 por ano, valor que pode ser multipllcado ate 10. A Previdencia do Sul tambem aposta na Terceira Idade. com pianos para pessoas com ate 80 anos e variagao nas taxas de acordo com a faixa etaria. uutra diferencial e o desconto de 15% para
mulheres nao-fumantes.
A Itau garantiu sucesso de publico com o Autombvel Basico, que o diretor de Produto Vida da empresa classifica como seguro para o mercado nao comprador de automdveis. Este produto chega a custar 35% menos que os -seguros de automdveis tradicionais, cobrindo danos por colisao, incendio e roubo. A diferenga esta na estrutura de atendimento, o se gurado sd pode usar oiicinas credenciadas. "0 produto existe ha tres anos e tem um publico muito bom. Ele oferece um prego justo para quem nao tem experiencia em comprar segu ros. Alem disso, esse seguro serve como trampolim para o consumo
o ex-Xmo Nordestino
reivindica investimentos
Qstadoquejafoium
de outros produtos. Temos muitos clientes que comegaram com o Automdvel Basico e agora usam produtos mais sofisticados", comenta Vieira. 0 se guro residencial da Itau com custo anual em torno de R$ 80,00 tam bem vem causando boa impressao no mercado que engloba as classes mals- baixas.
DIrceuHIrt
Dirceu Hirt, presidente da Excelsior, acha ■que as seguradoras deveriam buscar alternati vas para reduzir custos que envolvessem estru turas ja conhecidas da classe trabalhadora. Sua sugestao e usar o FGTS (Eundo de Garantia por Tempo de Servigo). Na teoria de Hirt, se as empresas concordassem em pagar uma parcela desprezivel em cima dos 8% que sao destinados a Caixa Economica Federal (CEF) para a adminlstragao do FGTS, os trabalhadores poderlam contar com um bom piano de seguro de Vida e de Acidentes Pessoais. Seriam beneficiados todos que ganhassem ate cinco salaries e a cobertura seria de ate 12 vezes o valor da remuneragao mensal, nao ultrapassando a marca de 60 salaries minimos.
dos mais promissores do Nordeste e que ostenta em seu histdrico 0 titulo de bergo do nacionalismo brasileiro, Pernambuco representa hoje cerca de 2,5% do bole total do setor de segu ros. No ano passado, o faturamento das fllials sediadas no Estado ficou proximo dos R$ 360 milhoes, contra 12,81 bi lboes que 0 mercado brasileiro faturou em volume de premlos, segundo dados da Susep. Mas 0 potencial de Pernambuco tem ainda muito a ser explorado. Na opiniao do presidente do Slndicato das Seguradoras do Esta do, Eugenie Oliveira de Mello, a regiao poderia ter um crescimento significative se contasse com iniciativas concretas do gover no federal. "Uma das alternati vas para o desenvolvimento do Estado e o setor terciario da produgao, ou seja, o de presta-. gao de servigos. Precisamos de uma polftica de incentives do Sul", diz.
Sem investimentos, vitlma da descontinuidade administrativa e da talta de pianos efetlvos de
Eugenio Mello desenvolvimento para a regiao, 0 ex-Leao Nordestino, como o Estado era chamado, assiste a degradagao do seu parque In dustrial — principalmente nos setores sucro alcooleiro e textil
— e ja fol ultrapassado por dels outros estados da regiao no ran king da participagao no PIB nacional segundo dados da Sudene (Superintendencia de Desenvolvimento do Nordeste)
PARTICdPAgAc) NO PIB / NORDESTE
R$ 19 bilboes R$ 18 bilboes
veja quadro. Sltuagao predatdria
Todos estes problemas tem levado Pernambuco a registrar um desempenho diferente do restante do mercado segurador brasilei ro, que mantem-se em ritmo constante de crescimento, desde a implantagao do Piano Real. Depols de sediar as matrlzes de quatro companhias de seguros, 0 Estado hoje so trabaiha com 30 tiliais, que sobrevivem basicamente em fungao de duas carteiras — Automdveis (40%) e Seguro-Saude (30%). "Vivemos uma situagao predatdria. Os riscos nomeados e vultosos praticamente nao existem", queixa-se Eugenio Mello.
Apesar da beleza exuberante de seu literal, Pernambuco nao conta com uma geografia privileglada — tem uma pequena falxa no literal leste e no extre me oeste e uma diminuta area da Bacia de Sao Francisco. 0 restante do Estado e indspito, regiao de caatinga, e as probabilidades de desenvolvimento sao muito remotas. Sua populagao esta em torno dos 7 milhoes de habitantes.
'A cobran^a bancaria entre R$ 1,00 e R$ 2,00, por documento, dificulta a cria^ao de produtos de seguros de baixo custo'
REVISTADE SEGUROS
'As alternativas para reduzir custos devem envolver estruturas ja conhecidas da classe trabalhadora"
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OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRODE 1996•fir. PERNAMBUCO
"Precisamos de uma polftica de incentivos do Sul, de iniciativas concretas do governo federal"
1° lugar 2" lugar 3" lugar Bahia Ceara Pernambuco R$ 36 billioes
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 REVISTA DE SEGUROS
O EMPRESARIO DO AND
Rony Lyrio :"As ferramentas fiindamentais ao executivo da vlrada do milenio sao: informa^ao, comunicaijao e tecnologia"
Um dos maiores sucessos nas prateleiras americanas em 1996 conta a arte zen de um engenheiro, que procura desempenhar seu trabalho da melhor maneira possivel, apesar dos ataques desordenados de chefes sem escrup^os num ambiente em constante reengenharia. O personagem e Dilbert e o livro, O Principio Dilbert, do engenheiro Scott Adams, uma satira a uma das mais famosas cartilhas produzidas na terra do Tio Sam para adestrar executivos, chamada Principio Peter. Dilbert e seu cao consultor, Dogberto, protagonizam cenas num universo em que as pessoas, apesar de insatisfeitas com o trabalho, acabam dizendo que esta tudo bem. No Brasil, Dilbert ja tem sua legiao de fas, que' treme so em ouvir termos como reengenharia e programas de quahdade total. Apesar do terrorismo, Dilbert mostra que as rela^oes de trabalho estao fadadas a uma mudan^a radical e que os executivos precisam estar preparados para o novo milenio, sem medo de ser feliz.
por quem lutar com as armas certas. Para Lyrio, as ferramentas fundamenfais ao execu tivo da virada do milenio sao; informagao, comunicagao e tecnolo gia. Sem essa trinca, ficara diffcil poder lutar de igual para igual numa economia cada vez mais competitiva e aberta as experiencias internacionais.
Reunindo armas — 0 pre sidente da Golden Cross, Luiz Eduardo de Lucena,tambem afrela as mudangas no perfil do execu tivo as transformagdes da econo mia e vai mais longe. Para ele, e muito importante que o profissi onal do ramo de seguros com um determinado poder esteja aten to as particularidades do setor no cenario brasileiro. So assim, ele conseguira reunir armas suficientes para entrar no jogo da globalizagao. "Nao conseguiremos ter economia crescente sem um mercado segurador forte, seja de capital externo ou interno", avalia Lucena.
zagao para os que desejam promover uma diversificagao radical na sua carteira de produtos.
Com bons niveis de informagao, nao sera diffcil para o exe cutivo identificar novas oportu nidades de mercado como os produtos de massa. Lucena diz que trabalhar com produtos de prafeleira e uma tendencia mundial, que ja esta sendo aplicada no Brasil. De acordo com o pre sidente da Golden Cross, outra mudanga que devera ser rapidamente assimilada pelos executi vos de seguro que atuam em territorio nacional e a reestruturagao das estrategias de marketing.
uase no fim da decada marcada pela reenge nharia de processes, os executivos brasileiros comegam a perceber que, para garantir bons resultados no (im do ano fiscal, nao e precise praticar demissao em massa, nem rosnar para subordinados nos corredores com a intengao de impor respeito. A chegada do ano 2000 mostra uma nova face dos profissionais que vao ecupar OS cargos mais altos de um empresa no seculo 21. No mercado segurador, a realidade nao e diferente. Apesar de ser considerado um setor apoiado em praticas tradicionais, com empresas familiares, ha um clima de mudanga no setor, que vem sendo incentivado per quem esta
instalado na parte superior da piramide.
Segredo do sucesso
Rony Lyrio, presidente da Sul America Seguros, afirma que o executive sem visao de future estara condenado no proximo mi lenio. 0 segredo do sucesso estara na antecipagao aos aconte-
cimentos, qualidade fundamen tal para enfrentar as mutagoes do ano 2000, principalmente na area de seguros. "No nosso setor, o executivo que adotar uma postu re de acompanhamento nao tera mais espago, porque estamos chegando a um periodo de constantes transformagdes. hiavera grandes mudangas no setor, com relagao a area de poupanga, previdencia, seguro de vida e capitalizagao. Quem nao se antecipar vai amargar prejufzos", preve Lyrio.
Luiz Ed
i uardo de Lucena:"E muito importante que o profissional do ramo de seguros esteja atento as particularidades do setor no cenario brasileiro"
Alberto Continentino, presi dente do Sindicato Nacional das Empresas de Seguros de Minas Gerais, diz que nao bastara ao executivo ser inteligente, versatil e muito trabalhador. Sera necessario um conhecimento geral do mercado segurador no pals. "E claro que nao da para se tornar um especialista em todos os tipos de seguros oferecidos no pat's. Porem, torna-se fundamen tal 0 entendimento da engrenagem.So assim sera possivel identificar oportunidades de novos negdcios", afirma Continentino.
No novo cenario, o poder nao sera herdado, mas conquistado
Continentino tambem reforga a crenga de que o executivo realmente preparado para a virada do seculo deve saber usar a informatica e as ferramentas de marke ting para ter uma boa penetragao na empresa e, consequentemente, conduzir de forma segura seus projetos. Faz parte ainda da cartilha do bom executivo do ano 2000 manter um relacionamento verdadeiro e aberto com seus su bordinados. Para nao ser identificado com algum personagem das tirinhas estreladas por Dilbert, 0 executivo deve entender que "sem colaboragao, nao ha lideranga bem aceita", garante Con tinentino.
Apesar dos avisos e da proximidade do novo milenio, Rony Lyrio acha que o mercado naci onal ainda esta muito acanhado.
"0 mercado segurador ficou estagnado durante muito tempo. Talvez essa seja a razao para que poucas empresas percebam a necessidade de saber se antecipar aos fatos. Mas acredito que o atraso sera superado. ja que o seguro vem ganhando mais importancia na economia nacional", afirma o presidente da Sul Ame rica.
Entre as caracterlsticas que Lucena aponta no novo executivo esta 0 senso de oportunidade. Ele explica que a Golden Cross esta querendo entrar no ramo de Automdvel. Porem, como nao tem experiencia no setor, partiu para a terceirizagao. "Enquanto nao dominamos a materia, vamos deixala com quem entende do assunto. Nesse periodo,teremos condigoes suficientes para aprender a explorar as oportunidades do mercado que queremos atingir", comenta Lucena, recomendando.aterceiri-
"As empresas devem explorar mais 0 marketing direto e o tra balho de agentes de seguros. 0 sistema de franquia aparece tam bem como bom recurso para crescimenlo sem fanfasmas de prejuizo", ressalta.
Alberto Continentino:"E fundamental o entendimento da engrenagem do setor. So assim sera possivel identificar oportunidades de novos negocios"
Mas tudo isso nao se mate rialize sem a ajuda providencial da informatica. 0 ramo de segu ros tem que aprender a explorar as potencialidades de servigos on-line, identificar informagdes uteis na Internet e saber que vantagens podera conseguir com a montagem de Intra nets. E tambem o uso racional da tecnolo gia que permitira a redugao de custos administrativos e comerciais. Lucena diz que 0 executivo do ano 2000 deve. sobretudo, saber cortar despesas. "So assim ele vai man ter a saude financeira da empresa, pois po dera desenvolver mais produtos, vendidos por valores cada vez menores, e expandir sua cartela de clientes", conclui.
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REVISTADE SEGUROS OUTUBRO/NOVEMBRO/DE2EMBRO DE 1996 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 REVISTADE SEGUROS
no setor de seguros brasileiro, desde a abertura do mercado ao capital estrangeiro, que trouxe a concorrencia de empresas estrangeiras. Fusoes e incorporacoes de compantuas nacionais, adequa9ao de tarifas — que tornem o setor mais competitivo — e a modermza^ao de produtos deverao ser a mola propulsora do mercado. Mas os grandes anseios dos empresarios do setor podem ficar sem respostas, se o Congresso Nacional nao levar a ante a regulamenta^ao do Artigo 192 da Constitui^ao e a quebra dos monopolios do ci ^iite o rabalho e da Previdencia Social. Estas sao, em suma, as expectativas dos presidentes dos Smdicatos das Seguradoras existentes no Pais. Leia a seguir a opiniao de cada um deles sobre as perspectivas do setor para o ano que se inicia.
taxas de corretagem e a divulgagao institucionalizada do seguro.
□ BAHIA
"0 desenvoivimento do Setor de Seguros acompanha o crescimento da economia de um modo geral. Para este ano, a perspectiva e continuar crescendo e parando {stop and go), devido S falta das reformas constitucionais, que obrigam o governo a manter em constante monitoramento o deficit publico, o baiango de pagamentos e a taxa de juros da economia. Diante deste cenario e provavel que o crescimento da economia se situe entre 3% a 4%.
Alem de outras politicas que concorreram para o crescimento do setor de seguros, d importante destacar as seguintes: a modernizagao dos produtos, entendida com tal a redugao dos pregos, a eliminagao crescente da regra proporcional do rateio, a expansao das opgoes de coberturas. a liberagao das
(...) No ano de 1997 nao tera expansao distanciada da que ocorreu em 1996, a menos que se efetue as prometidas mudangas sociais em 1997 a tempo de produzir a influencia marcante no setor de seguros como e esperado".
Antonio Tavares da Camara mm
□ MINAS GERAIS
"No primeiro semestre de 97, OS resultados ainda ficarao comprometidos pelo abuso que 0 mercado cometeu em 96, movido pela concorrencia. Havera rnuitas fusoes, incorporagoes e joint-ventures, ndo so com empresas nacionais, mas tambem envolvendo as internacionais.
Com a evolugao tecnicoadministrativa, as areas de vendas e marketing continuarao crescentes. E exigirao
cada vez mais um aperfeigoamento cultural das pessoas que irao comandar e orlentar 0 mercado.
Acredito que o segundo semestre sera mais promissor em termos de resultados, em consequencia das medidas profllaticas que estao sendo tomadas no final deste ano e que Irao surtir efeito a partir de meados de 97. 0 cresci mento do mercado segurador neste ano devera ficar em torno de 5%".
Alberto Continentino
na busca de resultados positivos. Acrescente-se a isso a necessidade de acelerar as forgas que nos levem ao caminho da abertura de mercado, com a quebra do monopblio do resseguro".
Joao Gilberto Possiede
□ PARANA
"A redugao do nfvel de crescimento da produgao em razao da estabilidade economica, a sinistralidade ascendente e OS nfveis de comercializagao elevados, exigirao do mercado segurador brasileiro estrategias adequadas, operando com tarifas compativeis e custos de adminlstragao suportaveis
0"A estagnagao economlca que afeta o Pals, com reflexos mais amplos em regloes menos favorecldas como o Nordeste, nao se mostram favoraveis a um desenvoivi mento programado. Nao ha nada que nos indlque a existencia de perspectivas de crescimento, mesmo que alicergadas em campanhas dirigidas. No caso do seguro, a queda de setores importantes como a industria e o comercio, sao indicadores de que somente os ramos de Auto, Saude e Vida se mostram com possibilidades
de crescer, embora que em indices baixos. Lima outra area, por vir sendo estlmulada naclonalmente e a da Previ dencia Privada. No mais, tudo vai continuar como antes, a menos que ocorram surpresas na economia do Real".
HEugenio Oliveira de Mello
□ RIO DE JANEIRO
"Em 1997 val se consolldar o processo de fusoes e Incorporagoes que afetou fortemente o mercado em 96 com a entrada de novas empresas estrangeiras e a incorporagao de companhias nacionais. Nao acredito porem que os grandes pedidos do mercado sejam atendidos. Entre eles esta a regulamentagao do artigo192 da Constituigao, as quebras dos
monopolios do IRB e a do seguro de Acidentes do Trabalho. A produgao devera acompanhar os resultados de 96, que reglstraram cresci mento de 5 a 6 %, de acordo com OS ultimos dados da Susep, relativos a setembro. Tendencia de crescimento nas carteiras de Vida e Saude, e uma maior retragao na de Autos. Tambem continuara a haver a redugao dos custos administrativos, conforme ja vem ocorrendo, produto de simplificagoes e otimizagoes dos atuais procedimentos".
Jorge Estacio da Silva
□ RIO GRANDE DO SUE
"Ha grandes valores que comegam a ser identificados.
impregnando a cahega dos hrasileiros: educagao, estahilidade economica, glohalizagao ritmada etc.
Tudo junto vai alavancando o desenvoivimento da economia, fazendo nascer o clima favoravel ao crescimento do seguro. 0 ano de 1997 chega, bafejado por sinais favoraveis ao nosso segmento",
Miguel Junqueira Pereira
Esta expectativa existe em fungao de acontecimentos em 1996, como a chegada de capital estrangeiro nas aquisigoes ou associagoes de empresas seguradoras, a quebra do monopolio de resseguro, ahrindo as portas para empresas resseguradoras estrangeiras, a iniciativa de seguradoras nacionais em associar-se na busca de maior solidez ao prOprio mercado, enfim, atitudes de cunho politico administrativas que de forma madura, vimos sendo praticadas. Por outro lado, temos tambem grande expectativa sob a otica do consumidor, de vermos surgir ainda mais produtos diferenciados, seja em sua composigao tecnica de coberturas oferecidas ou mesmo quanto aos pregos a serem praticados".
Ademir Francisco Donini
SAO PAULO
SANTA CATARINA
"0 setor vivera, novamente, momentos de grande importancia para a sua trajetoria de consolidagao como mercado em desenvoivimento, nos moldes de outros palses ja bem mais desenvolvidos.
"Com a esperada decisao da volta do seguro de Acidente do Trabalho para o setor privado, 1997 sera o ano da reunlao dos conceitos fundamentals que regem o ramo. A enfase, primeiramente, tera que ser para os aspectos de prevengao, com taxas diferenciadas em fungao dos riscos, fazendo com que o Brasil deixe de ser um dos recordistas mundiais de acidentes do trahalho".
rr
PERSPECTIVA
Este ano sera marcado pela consolida^ao do processo de mudan^as que vem ocorrendo
□ PERNAMBUCO
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REVISTADE SEGUROS 14 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRODE 1996 0UTUBRG/N0VEMBR0/DE2EMBR0 DE 1996 REVISTADE SEGUROS
Antonio Carlos P. de Almeida
01VSIAS provou,mais
uma vez, que a automagao do seguro e urn caminho sem volta, e que e precise aumentar a sintonia entre os profissionais do setor, OS problemas do mercado e as novas tecnologias — e, principalmente, os investimentos em informatica. 0 saldo dos tres dias (27, 28 e 29 de novembro) de debates, analises e troca de experiencias, onde temas como Internet, Intranet, Resseguro e Seguro de Autombveis foram destaques, ultrapassou as expectativas, segundo os organizadores, por vdrios motivos.
Urn deles foi o novo forma te do evento, que introduziu mudangas na programagao, incorporando outra preocupagao voltada para a abertura do merca do, principalmenta em relagao a entrada de companhias estrangeiras no mercado de saude, e d quebra do monopdiio do res-
Autoridades do mercado segurador, na abertura oficial do IV SIAS Da eso /dir • Ocmar
Protdsio, di„,„r* da P.„a»r; Carlo, Alberto Protasio, diretor de ODerarZrM n Z P*""' Carlos Albert. Turismo do R?WFsX H .T"*' 1"^. Com.
Pinho, diretor da SuTeo Nilt da Fenaseg; Francisco Donini,pre,. Siodica.o'il! d^Sc"'
seguro; aprofundou os conliecimentos das redes de comunicagao; modificou a estrutura da exposrgao; e diversificou o seu publico-alvo — atraindo desde executives de primeiro escalao ate profissionais de segmentos operacionais do setor.
A participagao estrategica de dirigentes e ex-dirigentes do mercado segurador, bem como a pontualidade, foram outros pontos que contribufram para 0 sucesso do evento. Essa grande mexida provocou reagao imediata dos cerca de 800 participantes: congressistas satisfeitos apds cada apresentagao, visitantes animados com o visu al e a excelencia da Feira, e expositores otimistas com a realizagao de bons negdcios.
A simbiose entre automagao e o setor de servigos, indispensavel numa economia globallzada e competitiva, foi destacada num dos trectios do discurso proferido por Jorge Estacio da Silva, presidente do Sindicato das Seguradoras do RJ, que representou o presi dente da Fenaseg na abertura do IV SIAS: "Evoluindo com
extremo e surpreendente dinamismo, a informatica, que no setor terciario da economia pri meiro agilizou praticas administrativas, logo depois tambem agilizava praticas comerciais. Hoje, em alguns pafses, serao cada vez mais frequentes as vendas de seguros e resseguros por via eletronica, in clusive atraves de redes de computadores".
Nao foi d toa, tambem, que 0 Secretario de Industria, Comercio e Turismo do Estado do Rio de Janeiro, Marcio Fortes, orador oficial .da solenidade, afirmou que o setor de servigos e a verdadeira vocagao do Es tado e desempenha papel fun damental no processo de crescimento do Rio de Janeiro, reservando para o mercado segu rador oelogiode que estaagindo com "coragem, vontade e confianga ao aumentar seus in vestimentos em automagao, visando a expansao da atividade". Marcio Fortes inaugurou a Feira do IV SIAS e saiu impressionado com o salto tecnoldgico do mercado segura dor.
Pesquisa revelou que cerca de 40% dos 39 expositores fecharam negocios durante o SIAS
NEGOCIOS COM HORA E LUGAR MARCADOS
Tacada de mestre. Esta foi a definigao que alguns visitantes deram para as Salas de Negdcios, que funcionaram em tres estandes fechados na Feira do IV SIAS. A novidade fez 0 maior sucesso e alguns expositores chegaram a fazer suas reservas com antecedencia. 0 entra-e-sai das salas sinalizou a realizagao de negdcios, nem sempre envolvendo dinheiro, e verdade. Muitos aproveitaram para tratar de assuntos burocraticos ou estender um pouco mais os debates apresentados nos saloes de Convengao do Flotel Inter-Continental Rio. Pesquisa realizada pela Revista de Seguros durante o simpdsio revelou que cerca de 40% dos 39 expositores fecharam bons negdcios e 65%, animados com o movimento, ja garantiram sua presenga na prdxima edigao do SIAS, em 1998. Muitos reivindicaram, inclusive, que a periodicidade do SIAS passasse de bienal para anual.
Outras sugestoes apresentadas por eles, e que serao avaliadas pela Comissao Organizadora do SIAS, foram: alternancia de local entre Rio e Sao Paulo, fdrum eletrdnico entre os SIAS, maior participagao do mercado, manutengao da qualidade na organizagao, divulgagao com antecedencia para previsao orgamentaria e organizagao, maior divulgagao do evento, maior espago para audigao dos assuntos a serem expostos, e infcio do happy hour num horario mais tarde.
Fenaseg adere a Praga do Institucional
Aestreia da Fenaseg na Feira teve um unico objetivo: se fazer conhecer um pouco mais. Para isso, foi produzido um programa institucional, em datashow, sobre alguns de seus setores e servigos, que toi exibido ininterruptamente em uma tela de computador de 17mm. As areas Tecnica e Internacional — que trata do Mercoseguros —, foram as mais procuradas. 0 estande tambem distribuiu algumas das publicagoes da Federagao como a edigao especial do IV SIAS da Revista de Segu
ros. 0 Piano Setorial da Industria de Seguros eoBoletim da Biblioteca, e marcadores de livros. Tam bem foi realizada uma pesquisa de opiniao sobre a Revista de Segu rospara ampliar o cadastro de assinantes da publicagao. Com a nova geografia da Feira, aareaque reuniu os estandes da Fenaseg, do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), da Fundagao Nacional Escola de Seguros (Funenseg) e da Superintendencia de Seguros Privados (Susep), ficou conhecida como PragadoInstitucionai.
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INFORMATICA
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REVISTA OE SEGUROS 16 OUTUBRO/NOVEMBRG/DEZEMBRO DE 1996 OUTUBRO/NOVEMBRG/DEZEMBRODE 1996 REVISTA DE SEGUROS
Carlos Alberto Protasio (IRB), Jorge Estacio (Fenaseg) Ricardo Romeiro, coordenador do IV SIAS, visitam o estande da Fenaseg
FEIRA: A QUALIDADE F I AZEHDO A DIFERENCA
Menos quantidade e mais qualidade. Essa foi a impressao dos expositores, em rela^ao publico que circulou na Feira durante os tres dias — o que significa que deu certo a estrategia de se atrair um tipo de publico menos especulador e mais tecnico para o SIAS. A mudan^a de perfil do participante pode ser aferida, segundo os expositores, pelo mVel da conversa e das perguntas formuladas sobre as mais de 25 solucoes especi'ficas para seguro que foram exibidas na exposi^ao. O menor fluxo de pessoas, no entanto, nao diminuiu o impacto da Feira que, embalada ainda pelas novidades visuais e OS mais diversos brindes, consagrou-se como ponto culminante do IV SIAS. A Revista de Se^uros visitou todos OS estandes e relaciona, a seguir, uma pequena mostra das ofertas.
CNIS
0 Cadastro Nacional de Infornnatica a Servigos (CNIS) atraiu, principalmente, profissionais que lidam com seguro de automdveis, com 0 produto Cadastro Nacional de Fraudes contra o Seguros — um banco de dados de fraudes informadas sigilosamente por seguradoras, que atua no exame da autenticidade de documentos suspeitos, inibindo a pratica de fraudes. Tambem foram exibidas o Cadas tro Nacional de Cargas Sinistradas] os servigos de audiforia na eiucidagoes de sinistros e suspeifa de fraudes; de represenfagoes criminais; e de analise de custos e procedimentos medicos,
^ DELPHOS
A Delphos Servigos Tecnicos ufiiizou-se de um felao para divulgar produfos como. o Sistema Integrado de Seguros, com estrutura modular de informagoes que permife ds seguradoras controlar suas afividades de forma a oferecer servigos de qualidade a seus clientes;eo DBAnalyser, ferramentaquepermifeaconstrugao de um
EIS (Executive Information System) para fornecer visoes graficas ou fexfuais de informagoes confidas em uma base de dados em arquitetura cliente-servidor ou mainframe, facilitando a gesfao de neqocios de uma empresa.
EMBRATEL
Com decoragao arrojada e ancorada no slogan Seguradoras e Embratet, a parceria para a modernizagao, a Embrafel mosfrou solugoes que poderao contribuir para a modernizagao do mercado segurador, a parfir de opgoes de comunicagoes de alfa fecnoloqia como OS servigos de felefonia avangada (0800), comunicagao de dados por comutagao de pacotes e cadastro de novos clientes.
O estande da Mili, que comercializou os produtos All Risks, foi um dos mais visitados pelos corretores
O Sen'igo Nacional de Vei'culos Automotores (SNVA) consagrou o sucesso do estande da Megadata
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No estande da Delphos, um dos mais hem localizados da Feira, um telao chamava a aten(^ao dos visitantes
IBM
Um pacote de solugoes, tecnologia de redes voltada para o crescimento das empresas e servigo de mensagem, que considera a base para o comercio eletronico mundial, foi apresentado pela IBM, que, desse modo, alendeu aos mais variados interesses. Entre esses produfos, estao o EDt, o /Wa;7 Exchange (intercambio de correio) e o RENPAC/INTERDATA.
MEGADATA
A Megadata exibiu seu sistema de protegao para seguradoras; SNVA (Servigo Nacional de Vefculos Automotores), um banco de dados que ajuda na liquidagao de sinistros e na recuperagao de vefculos, e o CNS (Cadastro Nacional de Sinistros), que impede a cobranga do mesmo sinistro em mais de uma seguradora, idenfificando a tentativa de fraude.
MILI
A Mili Informatica foi, sobretudo, um ponto de enconfro para corretores de seguros. Responsavel pela comercializagao dos produ tos Ail Risks e produtora de sistemas de informagao especializados em fungoes do mercado de seguros e de previdencia, apresentou a plataforma AllRisks Corretora de Seguros. Produto unico, modular, que atende &s necessidades de calculo e gerenciamento de todas as carfeiras de seguros administradas por uma corretora de seguros.
SiSTRAN
A Sistran marcou presenga com o Sistema SISE, voltado exclusivamente para administragao de compantiias de seguros. 0 produto e interativo, podendo ser rodado em qualquer sistema operacional aberto e manipulado por qualquer pessoa, sem a intervengao de um especialista de informatica.
^ UMYSiS
A Unysis apresentou solugao para o atendimento de seguro atraves da World Wide Web. Trata-se de um conjunfo de modules para fornecer uma completa gama de servigos Internet, que sao: servigos de acesso, desenvolvimento de home page, hardware para servidores de Web e Eirewall, software, Internet insurance, servigos de desenvolvimento, instalagao e suporte.
VIA INTERNET
Estande da Embratel: solugoes que poderao contribuir para a modernizagao do setor
Alem do site Seguros em Dia, home page na Internet que reune informagoes atualizadas sobre o mercado de seguros, a empresa inaugurou o seu estande com a presenga do casal de atores Edson Celulari e Claudia Raia, que anunciaram oficialmente sua sociedade com a Via Internet, a ser marcada com o langamento, em breve, de uma home page sobre teatro.
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A originalidade levou o estande da Interchange a ser eleito como o mais bonito
A movimentagao de visitantes foi constante em todos os estandes da Feira
REVISTADE SEGUROS 16 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 REVISTA DE SEGUROS
DEBATES
Pre^o: o maior desafio do setor
A quebra do monopolio do resseguro, cujo controle vinha sendo exercido pelo Govemo ha mais de meio seculo, promete uma verdadeira reviravolta nosetordeseguros,sinalizando urn processo de depuragao ao fim do qua!perrnanecerao no mercado asempresas que meihor se adaptarem as novas regras. 0 cenario e totalmente novo e envolve a disputa num segmento de mercado responsavelpor recursos da ordem de US$ 12.8 bilboes—o equivaiente a 2,5% do Produto Interno Bruto(PIS). E. certas de que mais do que nuncaa maiorcompetitividadesefaznecessaria,ascompanhiasse preparam para o future buscando soiugoes para antigas questoes, como ocombateasfraudesea popuiarizagao doproduto seguro. Essa foi a tonica dos debates no segundo dia do SIAS. Dejaneiro a setembro deste ano, o fndice acumulado de sinistralidade dosetor^foide63%sobre o totaldepremiosacumulado de W bilboes. Ou seja, foram pages no perfodo R$ 7028 bilboesem sinistros,sendo que, deste total,20% sao Identlflcados come fraudes. A estlmativa, considerada alarmanle, e do diretor vice-presidente da SulAmerica e vice-presidente da Fenaseq Julio AuRlhrNptn nora nuz^m n ; f'
danos registrados no Brasil e incompatfvel com o novo mercado uma vez que poderia representar 20% de redugao no prego do seguro garantiuAvellar.0rigor da Legislagao, com a aplicagao de hrr!t I ^ P^evengao (boje acilitadapelo Cadastre NacionaldeSinistros),foram apontadoscomo medidas de carater imediato.
Ja no qua diz respeito a popuiarizagao do seguro, uma das tZJmT ° ® independen- temenle dosavangosda tecnologia e do valoragregado aoproduto a questao passa, necessariamente, pelo laterprego. Neste sentido OS debatedores foram unanimesao anatisarem que o maior desafio do setor neste memento nao se refere apenas a preparacao oara a entrada no segmento de resseguro. mas a adequagao do produto seguro ao prego que o consumidor brasileiro pode plqar
0fatorprego tambem foi destaque naanalise docomportamentodo mercadoapartirdofim do monopoliodoressequraZZii agao dosdebatedores. num processo deconcorrencia autofagica o ^ffopoderapriorizaropregoemdetrimentodasegmoaei solidezessenciais numa operagao de resseguro Neste caso n rp sultsdoseraaquebrademuitasempresas.LZZ^^^^^^^^^
reu na Argentina, quando da abertura dessesegmento de mercado Ramon de Aymericb. diretor da Mapfre, ressaltou. entretZo que Pelascaracteristicasdaabedurabrasileira-deformagradualeem consonancia com o mercado-,a perspectiva e de desenvoMmen to com a perfeita adequagao das empresas as novas regras
Elaine Sauter, da Interchange, recebe o trofeu de "Estande mais bonito" das maos do superintendente da Susep, Helio Portocarrero
sprescnts partir das o Ha
Seguro de pessoas na mira dos fornecedores
Osmar Marchini, pres. Comissao de Informatica da Fenaseg, e Ronaldo Youle, superintendente da Federa^ao, premiam Flavio Moiicar, pelo "Meihor software''' apresentado no IV SIAS
Fenaseg premia
Moiicar e Interchange
A premiagao langada pela Fe naseg para o meihor software e estande mais bonito estimulou os expositores a capricharem na eficiencia dos aplicativos e na decoragao dos estandes, deixando para a Comissao Organizadora a dificii tarefa de escoiher os meihores.
Quem acabou ievando o pre mie na primeira categoria foi a Moiicar, com o Sistema Moiicar, uma nova tecnologia inspirada em simiiares americanos e adaptada as condigoes brasiieiras, visando modernizar o servigo de peritagem e avaiiagao de danos em vefcuios sinistrados. "Este premio veio confirmar a necessidade de se modernizar os pro cesses de avaiiagao de danos em automoveis no mercado bra sileiro", afirmou o presidente da empresa, Fiavio Moiicar, que
Os fornecedores estao desenvoivendo soiugoes de oiho em um dos ramos que mais cresceram com a estabiiizagao da moeda: o de pessoas — Vida, Saude e Previdencia Privada. Para adaptar-se as novas regras em um mercado competitivo e aberto, aprimorar o servigo prestado ao consumidor e iangar novos produtos de acordo com uma nova fatia do mercado mais exigente, e cada vez mais imperative investir em tecnologia.
UM COMERCIO SEM FRONTEIRAS
Presente nos principals mercados da economia brasiieira, a giotiaiizagao desencadeou um processo de profundas mudangas nos antigos modelos de gerenciamento dos setores hoje abertos a concorrencia externa. No setor de se guros nao esta sendo diferente. Embora o fenomeno da interagao economica seja relativamente novo para o mercado segurador, as companhias, em sua grande maioria, comegam a rever conceitos gerenciais visando a maior eficiencia e, por conseguinte, o aumento da competitivi dade.0 tema esteve em debate no ultimo dia do SIAS, quando tambem foram discutidas ques toes inerentes ao processo de giobaiizagao,como 0 marketing e o suporte da tecnologia da intormagao e a competigao no ambiente desreguiamentado.
ievou para a Feira um carro batido como chamariz.
A interchange optou por uma decoragao ousada para divuigar nao so sua imagem de empresa jovem no mundo dos negdcios como um novo produto no mercado. Montou um tipico quiosque de beira de praia, com coqueiro e cocos de verdade, caigada de pedrinhas pretas e brancas (que imitavam as pedras portuguesas) e um surtista com sua prancha, em forma de um grande painei. A simuiagao perfeita chegou a confundir um visitante, que encostou-se no quiosque e pediu, serio, um coco bem geiado. Ao receber o tro feu, Elaine Sauter, da area de marketing da empresa, disse que a premiagao consagra o marke ting arrojado da interchange.
Nas paiestras do IV SIAS fo ram mostradas soiugoes orientadas para o produto e o cliente, visando aumentar a produtividade e combater fraudes nesses ramos. Uma deias e a soiugao para o seguro de Vida. A ferramenta baseada em um banco de dados, contendo intormagdes detaihadas dos ciientes, permite acumuiar e anaiisar dados, tornando possivei fazer um resurno do que toi reaiizado anteriormente, evitando que informagoes importantes se percam. Aiem disso, 0 agente de vendas pode pianejar agoes e ate mesmo buscar novos mercados, atraves das indicagoes dos ciientes, com base nos dados dispontveis. 0 expert system permite ainda que 15% do trabaiho de underwriting, por exempio, seja eiiminado, e as apdiices podem ser emitidas no mesmo dia da contratagao do produto.
Mas so impiantar tecnologia de ponta para meihorar os servigos nao e suficiente. A palestra "Reestruturagao de processos na area de seguro-saiide"
Redugao dos custos operacionais, ganho de produtividade, maior agiiidade nas decisbes e especiaiizagao sao conceitos ja absorvidos pelo mercado, cujas empresas comegam a adotar modernos metodos de gestao administrativa dentro de programas de reestruturagao organizacionai. De modo que, para a maioria dos debatedores sobre o tema, a giobaiizagao nao e um mito e, portanto, nao assusta. "A giobaiizagao e na essencia a atividade comerciai sem tronteiras. E na pratica o mercado segurador brasileiro ja vive esse processo,faita apenas normatizar", conciuiu Victor Renault, iembrando que os beneficios para o con sumidor nao se referem apenas a redugao dos pregos, mas tambem dos riscos.
Neste aspecto, o desenvoivimento de novos produtos,objetivando um diterenciai para a maior
mostrou que e precise desburocratizar o trabaiho e, princi paimente, investii em treinamento do pessoai de trabaiho. Muitas vezes, por faita de conhecimento dos sistemas que operam os ra mos de Vida e Saude, os usuarios podem criar processos redundantes e gerar erros que acabam provocando canceiamentos e reemissoes de apdii ces. A reestruturagao identifica OS pontos faihos dos processos
satistagao do ciiente,foi apontado como a prin cipal fungao do marketing — ja que, com a giobaiizagao, os produtos tendem a ser muito semeihantes. Na avaiiagao do gerente de marke- • ting da Bamerindus Seguros, Roberto Leite Bastos,a tecnologia de informagao pode ser de grande ajuda no processo de diferenciagao dos produ tos a partir da analise das pecuiiaridades de cada grupo de ciientes.0 pubiicitario Luia Vieira, da agenda VS Comunicagoes, ressaltou ainda a necessidade de se criar produtos instantaneos. Por exempio, um tipo de seguro que garantisse ao usuario a extensao da sua estada em Cancun (Mexico) no caso de chuva. Segundo eie, sao inumeras as possibiiidades de diferenciagao do produto seguro, uma vez que as novas tecnoiogias permitem maior agiiidade e o aprimoramento do servigo.
"A giobaiizagao e as novas tecnoiogias trazem ao mercado um tuturo sem tronteiras", sintetizou Luis Tavares P. Fiiho, da Bradesco, advertindo, no entanto, que quanto mais se desreguiamenta o mercado, mais necessario se taz0 controle."A diferenga sera a mudanga de toco", garantiu."A desreguiamentagao tem seu iimite,0 mercado deve ser iivre apenas em termos de atuagao empresariai, mas regras devem ser estabeiecidas e respeitadas", expiicou o consuitor Paulo Leao M. Jr. E neste novo cenario, os debatedores concordaram que a atuagao do Go vemo,atraves da Susep, deve se dar no acompanhamento do mercado e na prevengao dos problemas, principaimente os reiacionados a insolvencia das empresas.
e agiiiza o servigo. 0 resuitado e a eiiminagao de trabaiho pendente, o que aumenta a produ tividade com a incorporagao da tecnologia.
Para a area de Previdencia
Privada — que so no primeiro semestre de 1996 faturou em receita de premios R$ 548,7 miIhoes, com crescimento superi or a 48% em relagao ao ano anterior — os fornecedores mostraram na palestra "Previdencia
Privada - A operacionaiizagao da carteira no novo mercado Brasi leiro", um software que pode fazer todo 0 processo de criagao e impiantagao do produto, desde processos operacionais e geren ciais ate estrategias de marke ting. 0 sistema possui fiexibiiidade atuariai e comerciai, e gran de capacidade de armazenamento de dados, alem de ter telas com informagoes que podem ser utiiizadas para telemarketing.
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REVISTADE SEGUROS 20
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996
REVISTADESEGUROS
PALESTRAS
HAPPY HOUR
Ao final de um dia cheio, lidando com tantas informagoes e conceitos novos, OS participantes puderam relaxar num ambiente supersimpdtico, regado a coquetel, e ao som de um dos saxofonistas mais famosos do pais — Raul Mascarenhas. Com um repertdrio de primeira, o musico ainda levou convidados, como os irmdos Dabus, de Sao Paulo, um no trompete e outro na bateria, que deram a maior canja. Show impecdvel. Happy hour nota 10.
Competitividade exige investimento maci^o em tecnologia
A mudanga dos sistemas nao e ounico desafio para as seguradoras na virada do Milenio. Alem de investirmacigamente em automagao. o mercado vai ter que ampliar suas formas de comercializagao para a via eietronica. 0 desenvolvimento da Rede Mondial vai exigir lambem a criagao de novos valores e a previsao e que, num futuro prdximo, os agentes de vendas se comunicarao com os consumidores por desktop via Internet para descobrir as necessidades do cliente e eletuar as vendas.
Para isso, seraprecise investirna especializagao dos funcionarios e reduzira burocracia nas regras do trabalho, aumentando aprodutividadedaequipe. 0aviso toidado pelos especialistas internacionais Jeffrey Dslong, da Unisys, e Joseph Copper, da IBM durante as palestras "Ano 2000 ~ Desafio doMildnio e Tendencias daIndustrla de Seguros no Mundo", no IV SIAS.
'As mudangas estao sendo ditadas pela tecnologia. Estamosnumambientedecom petitividade muito grande", afirma Jeffrey Delong.
Um estudo recente da IBM mostrou que a visao do mercado nao deve ficar
Joseph Cooper, da IBM, faz palestra sobre as "Tendencias para a Ifidustria de Segiiros"
restrita apenas ao produto, ja que o con^fl^iOor sera cada vez mais poderoso.
Sera precise dispor de uma quantidade muito grande de dados sobre os clientes, para saber quais as suas necessidades e poder atende-las rapidamente", avaliou Joseph Cooper. 0 estudo revela os bene-
ffcios e obstaculos a serem enfrentados com use da tecnologia. Se por um lado vai ajudar aos seguradores a acessar e anaiisar OS bancos de dados rapidamente, a tecnologia tornara mais facil para concorrentes de outros setores operar com se guros. E isso ja esta acontecendo: um exempio concrete foi a uniao de uma das matures e mais conhecidas companhias areas do Reino Unido com uma seguradora para vender seguros. Mas, segundo Joseph, nesse case a marca forte da companhia aerea garantiu a credibilidade do produto junto ao publico. Entre os caminhos apontados pelo estudo da IBM para o mercado de segu ros estao: o Investimento pesado na area de informagoes sobre o cliente: reengenharia dosprocesses;asaiiangaspara quem nao tem uma marca forte; e a necessidade de construgao de uma comunidade eietro nica de servigos de seguros. "A industria de seguro ainda esta atrasada em relagao aos bancos, quanto as informagoes sobre OS clientes. E precise aumentar os investimentos nessa area", conclui Joseph Cooper.
A fraude desaparece sob a luz da informacao.
A CADASTRO NACIONAL ataca o problema das fraudes em todas as frentes.
Executa auditoria de fraudes em todas as carteiras do seguro.
Opera o CNFS - Cadastre Nacional de Fraudes contra o Seguro, registrando fates ocorridos e comprovados, para apoiar a aceitagao de riscos e a regulagao de sinistros.
Faz exame de autenticidade de documentos emitidos por orgaos publicos em todo o pais.
Realize, em qualquer parte do terrritorio nacional, pericias medicas de invalidez permanente - IPD/IPA.
Aciona seu Departamento Juridico para dar tratamento penal aos fraudadores.
A CADASTRO NACIONAL trabaiha as Claras no combate as fraudes, com especializagao e competencia.
1 1 erindus ■praaanta ■ partir daa ia he o Happy Hour do IV HAS
Participiala„tacob.tt.ta,A.,,.,Cuoba,Pet„a..aaTbutict, PatriciaStaotio...eVa.tiaMachado / /
REVISTADE SEGUROS OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996
CNIS Cadastre Nacional informatica e Servigos Rua Alfredo Pujol, 1170 - CEP 02017-002 - Sao Paulo - SP - Tel.: (Oil) 959-2999 - Fax: (Oil) 267-2344.
ara criar uma imagem positiva valem todos os recursos da mfdia, alem dos patrocfnios e apoios culturais, que dao otimo retorno. 0 publico gosta de ver o nome da empresa associado a eventos de quaiidade. A General! adotou a Sala do Barroco Italiano, no Museu Nacionai de Belas Artes, e promove exposigoes como 70 Anos de Arts em San ta Teresa, Culto aos Meninos(colegao de arte alricana), Artistas Imperials e Dom Pedro II, 170 Anos. Em todos os eventos esta presents o leao alado — simbolo de Veneza e marca mundial da Generali. "0 marketing cultu ral tem uma fungao social muito importante. A empresa fica associada ds manifestagoes artisticas e culturais e isso, alem de ser um fato perene, d extremamente positive, conquistando a simpatia do consumidor e do publico em geral", define Santi Gianci, vice-presidente Comercial da Generali.
A Amil Seguradora apoia o projeto Os Escrltores — Crlagao & Criaturas, no Espago Cultural Finep, onde escrltores talam sobre o processo de criagao, A empresa pertence ao Grupo Amil e atua no mercado desde 1981, ainda em pequena escala. A partir do ano que vem, com 0 langamento de tres novos produtos, prepara-se para crescer e ser mais competitiva, buscando a lideranga ja associada a Amil Assistencia Medica. "A ideia e criar uma ima gem de seguradora tao forte quanto a da Assistencia Medi na, que atua no mercado ha 21 anos", explica Alexandrina Sa les, assistente de Marketing. Pro-
No competitivo mercado de seguros,imagem vale dinheiro. E e atraves dos vdrios recursos da comunicagdo que uma empresa se destaca da outra na relagdo com o cliente firud aquele que vai decidir qual seguradora atende melhor suas necessidades. A Amil Seguradora e a Generali Seguros sdo duas grandes empresas que valorizam a comunicagdo como pegafundamental para gerenciar seus negocios, associando seu nome a uma imagem de quaiidade, confiabilidade e solidez, requisitos bdsicos para tomar seus produtos mais atraentes e lucrativos.
Quern nao se comunica...
dutos como 0 Money Back (seguro resgatavel) chegam ao cli ente final depois de um longo trabalho de comunicagao direcionado aos corretores, com o : uso de displays, palestras e curSOS.
0 melhor do pats —A em- : presa nao descuida da comuni cagao interna, repassando infermagoes a todos os tuncionarios chamados de colaboradores
— atraves de clippings diaries, dojornal mural MomentoAmll/ Espago Aberto Amil, escolhido como 0 melhor do pats pela Aberje (Associagao Brasileira de Comunicagao Empresarial) e do jornal bimestraMmz/A/ote,dis-tribufdo a corretores, fornecedores, medicos e clientes. Uma das ! atividades de integragao mais divertidas e o TEAL (Treinamento
Experiencial ao Ar Livre), que reune grupos em atividades fisicas e competitivas. "0 TEAL e um otimo marketing de relacionamento com o publico externo e serve para afinar parcerias. As pessoas que participam da experiencia nunca mais vao esquecer da empresa", diz Ranny Alonso, assessora de Comuni cagao do grupo.
A comunicagao empresarial da Amil e centralizada na Promarket, house-agency iriue aten de as 22 empresas do grupo, inclusive a seguradora. 0 prin cipal toco e a publicidade em televisao e o retorno e medido peloservigo de telemarketing. 0
Grupo Amil, com um milhao de clientes da Assistencia Medina Internacional, credencia a Amil Seguradora a associar seus pro-
Seguro Palio Generali, em margo, que utilizou. as mfdias de jornais, revistas e TVs a cabo. "A comunicagao clara, precisa e objetiva, que utiliza a linguagem do publico a que se destina, e uma ferramenta muito im portante no processo de gestao de qiialquer empresa", assegura Gianni.
dutos a uma imagem de solidez e confiabilidade, caracterfsticas principals de todo o grupo.
Imagem solida —A Gene rali Seguros, que opera no Brasil ha 71 anos, considera que o papel de toda seguradora e estar junto a seus clientes sempre que eles precisam. Para isso, e necessaria uma estrutura solida, tradigao e experiencia, imagem que a empresa criou em seus 165 anos, presents nos cinco continentes. A Generali adota varias formas para expor essa ima gem, atraves de promogoes dirigidas, eventos, campanhas publicitarias e patrocfnios cultu rais. Algumas campanhas de sucesso, com otimo retorno, foram o Seguro Auto em 10 Vezes, veiculada em outdoors em outubro de 96, e o langamento do
A comunicagao interna efeita atraves de hem cuidados jor nais murals, padronizados nacionalmente, e do Generali Noticlas, jornal bimestral distribufdo aos corretores e tuncionarios, com nottcias da empresa, colunas sobre eventos e produtos em destaque. 0 projeto mais interessante, que recebeu o premio "Os Melhores do Marketing de Seguros de 1995", promovido pela Fenaseg, e a Radio Ge nerali. Desde 1993, atraves do sistema interno de som, vai ao ar um informativo de 10 a 15 minutos com nottcias atualizadas da companhia, informagoes sobre os departamentos e novos clientes, e nottcias de interesse do mercado. A locugao e feita por tuncionarios voluntaries e a ideia e oterecer informagoes oficiais, simultaneamente a toda a equipe, evitando distorgoes e imprecisoes. As nottcias dos jor nais e da radio sao editadas pela equipe de Claudia Teixeira, gerente de Marketing da empresa.
Na velocidade em que as in formagoes circulam, ate em tempo real (via Internet), um bom ca nal de comunicagao, dirigido a fornecedores, clientes, tuncio narios e formadores de opiniao, e fundamental para a competitividade do mercado empresarial. Com a devida licenga do surrado cliche.- Quem nao se comu nica, se trumblca.
Por Dulce Caldeira
Maixio May (a direita), gerente de Promo^ao, Venda e Servi^os de Marketing da Sul America, recebeiido o Premio Aberje
SUL AMERICA GANHA trIs premios aberje
Este ano, a Sul America concorreu pela primeira vez ao premio Aberje e ganhou logo tres, em todas as categorias em que se inscreveu: melhor video de comunicagao interna, melhor video de comunicagao externa e melhor relatdrio de administragao. A Aberje premia, anualmente, aqueles que se destacam nas varias categorias de comunicagao empresarial e o premio funciona como uma vitrine para divulgagao do trabalho das empresas e das diversas mtdias. Os dois videos tem como tema os 100 anos da Sul Ame rica, comemorados no dia 4 de dezembro de 1995, e 0 relatdrio refere-se ao exerctcio de 95. Os tres produtos foram criados pelo departamento de marketing da empresa e destacam-se pela qua iidade e criatividade.
0 relatdrio anual descreve as diferentes agoes da Sul America ao longo das decadas, os balangos e 0 faturamento do grupo, sempre relacionando o pioneirismo da empresa aos principals fatos histdricos do pertodo. 0 video de comuni cagao interna, Nossa Forga, tem 14 minutos e
apresenta depoimentos de 90 tuncionarios de va ries regioes do Brasil e de diferentes ntveis: desde 0 mensageiro ate o superintendente, todos talam da relagad da empresa com suas vidas. Sul Ame rica — 100 Anos e o video de comunicagao externa e retrata o centenario, fazendo um paralelo entre a histdria do Brasil e a da Sul Amdrica. Em 18 minutos sao mostrados documentos e escritdrios antigos, imagens de arquivo sobre os principais fatos da epoca, alem de cenas do Projeto Aquarius e do show de Pavarotti, patrocinados pela empresa. Os videos foram exibidos a corre tores, fornecedores e tuncionarios em diversos eventos, como na testa dos 100 anos realizada no Metropolitan para 6.500 convidados. "Com este trabalho, a empresa quer mostrar que chega ao centendrio com um vigor enorme e olhando para a frente, com o mesmo espirito inovador e a mesma vontade de veneer os desafios que demonstrou nos primeiros 100 anos", resume Ar thur Farme d'Amoed Neto, diretor de Planejamento 0 Marketing.
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comunicaqAo interna
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REVISTADE SEGUROS OUTUBRO/NOVEMBRO/DE2EMBRO DE 1996 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 25 REVISTADE SEGUROS
As a^oes da Fenaseg e Funenseg em 1996
O sctoT dc scguTos consolidoU'Sc covno UTTi dos vfiais prospsvos segmentos del economia, em 1996. "Home urn crescimento muito grande nos ultimas dais anas impulsionado pelo Piano Real. Agora, a industria de seguros estci se (xdecpiando as novas regras" explica Jodo Elisio Ferraz de Campos, presidente da Fenaseg e Funenseg. Se antes seguro era visto como um produto elitista, hoje tem'Se a certeza de que a massificagdo do produto vai trazer desenvolvimento para o setor e para o pais como um todo. O trabalho voltado para o crescimento e divulgagao do seguro, desenvolvidos este ano pela Fenaseg e Funenseg, foi ferramenta fundamental neste novo cendrio criado com a abertura de mercado. Fsta ultima edigao de 1996 da Revista de Seguros faz, a seguir uma retrospectiva das agoes mais importantes realizadas par estas duas entidades durante o ano que terminou
FUNENSEG
□ CONVENIOS INTERNACIONAIS
• Centra Educacional Profissional do College ofInsurance, de Nova York.
• AICPCU/IIA, assinado com 0 American Institute for Char tered Property Casualty Un derwriters (AlCPCU) e Insu rance Institute of America (HA), dos EUA, torna a Funenseg representante no Brasil destas Instituigoes para aplicar seus exames.
• Internaclonal Insurance Foundantlon, em Princeton, Nova Jersei — 20 tecnicos do mercado participaram em outubro de treinamento promovido pela Funenseg, em parceria com esta instituigao para
Beneffclos e Desenvolvimento de Pesqulsas da FIPE-USP — 0 curso traz 0 projeto de duas pesqulsas, uma em previdencia, e outra em area de interesse do mercado a ser escolhida.
• Cur.so de Especlalizagao em Direito do Seguro, na Eaculdade Candldo Mendes.
• Eundagao Getullo Vargas Disciplinas de seguro no Curso de Pos-Graduagao em Ciencias Contabeis e Administragao Financeira.
• Universidade Federal do Rio de Janeiro — Disciplinas de seguro tambem no Cur so de Mestrado em Administragao.
• Pontifica Universidade Catolica (PUC) do Parana— Cursos e seminaries para o publico universitario.
adquirirexperiencia interna clonal em temas como Acidentes do Trabalho e Resseguro. Eles tambem visitaram o The College of Insu rance Nova York e AlCPCU.
• Chartered Insurance Institute — Esta em negociagao um convenio com a instituigao inglesa.
□ CONVENIOS NACIONAIS
• lAG-Master em Seguros, em Sao Paulo — Formou-se em julho a primeira turma do curso de pds-graduagao. 0 curso, que comegou em margo, e fruto da convenio entre a Funenseg e o lAG da PUC-Rio.
• Pos-Graduagao em Gestao e
• Instltuto de Estudos Empresarlals (EE) — Cursos de Marketing e Direito do Se guro.
Alem disso, a Funenseg deu continuidade a Convenios im portantes assinados anteriormente, como por exempio, o Conve nio Coppead para manutengao do CEPS — Centre de Estudo para o Mestrado e Doutorado.
□ criaqAo de NUCLEOS
• Nucleo do Parana, em agosto
• Nucleo Norte/Nordeste, em Recife, em setembro
• Nucleo de Sao Paulo,
Presentes a assinatura do acordo de trabalho entre a Funenseg e o AlCPCU/ IIA, da esq. p/ dir., Ronaldo Youle (Superint. Fenaseg), Maria Elena Bidino (prof da Funenseg), Norman Baglini (Pres. AlCPCU/ IIA), Suzana Munhoz da Rocha (Sec. Executiva I^unenseg), George Wliite (vice-pres. AICPCU/IIA) e Suzana Kaz (Superint. Rela^oes com o Mercado da Funenseg)
DIVULGAGAO POPULARIZA SEGURO
Antenada com a tendencia da popularizagao do seguro, a Funenseg tem langado mao de inumeros recursos para divulgar o seguro, e conseqOenfemente o setor, o que so tende aumentar as expectativas de crescimento do mer cado. Aliada ao ensino, o setor de divulgagao desenvolveu uma serie de programas e agoes para manter informada a populagao sobre os mais variados temas do seguro.
□ Sina! Seguro — Veiculado em cadeia nacional de TV, toda quarta-feira, durante o Bom Dia Brasil, na Rede Globe e d noite em um dos intervalos do Interclne, recebeu este ano mais de 300 cartas, inclusive da Inglaterra e de Tdquio, no Japao.
□ Moments Seguro — Programa de radio transmitido pela CBN, entrevista personalidades do setor, divulgando atividades, informes e eventos da Fundagao, com atendimento ao ouvinte atraves de caixa postal.
□ Encartes— Os cadernos Especial Segu ros contendo reportagens, entrevistas, artigos e informagoes sobre seguro e foram encartados em jornais de grande circulagao nos estados do Rio de Janeiro, Sao Paulo,
Parana, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais e Distrito Federal.
□ Editora — Criagao da Editora da Funen seg, que recentemente editou o Dicionario de Seguros e deve lang ar ainda este ano 0 livro "0 Seguro em Retalhos", do jornalista Luiz Mendonga.
□ Pubiicagdes— Reformulagao da flewste Caderno de Seguros, alem disso foi criado 0 Boletim Informatlvo.
□ Campanhas— Patrocinou as Campanhas institucionais "Faga Seguro. 0 que voce tem voce mantem" e a "Contra o Roubo e Furto de Automoveis", langada pela Fenaseg em agosto deste ano.
□ Eventos— Os 25 anos da Funenseg, em agosto, reuniu dirigentes de todo mercado segurador e enfatizou a importancia da entidade como disseminadora do seguro. 0 Sao Paulo Seguro 96 — comemorou 0 Dia do Corretor, 12 de outubro, levando aos paulistas um pouco da fiistoria do Seguro. Na 14- Blenal Internaclonal do Livro esteve presente com um estande.
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REVISTA DE SEGUROS 26 OUTUBRO/NOVEMBRG/DEZEMBROOE1996 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 REVISTA DE SEGUROS
em outubro
• Esta em reforma o espago cedido em comodato pelo Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul, que sera inaugurado em Janeiro/ 97.
•Ampiiou a matriz no Rio de Janeiro com a compra do saguao do Predio das Se guradoras, onde sera Instalada a Secretaria dos Cur ses. Aiem disso, foram inauguradas novas salas com capacidade para 360 alunos na Rua Franklin Roosevelt, 39, no espago cedido em comodato pela Susep. □ PRODUTOS EDUCACIONAIS
• Curses Fectiados para se guradoras, que Ja atingiu 408 funcionarios de 16 empresas.
• Ensino a Distancia — em mais de 300 municipios.
• Escritdrio Modelo — com 10 computadoreseum soft ware de administragao de corretora de seguros.
•Tecnologia Educacional
Todo 0 material didatico esta sendo refeito em disquete, video e CD-Rom.
•Telecurso Ensino Seguro
Estao sendo preparados 24 programas, de 20 minutos que deverao comegar a veicular em abril de 97.
•Reforma do curriculo para 0 Curse de Corretores em 97 baseada em sugestoes do mercado, agora so de-
pende da aprovagao do Conselho Nacional de Seguros Privados — CNSP.
• Seguro: urn Projeto de Vida atendeu cerca de 14.000 alu nos de escolas dos Estados do Rio de Janeiro, Parana, Rio Grande do Sul e Sergipe. Ano que vem sera estendido para Sao Paulo. Recebeu tambem, em abril, o premie do "V Concurso Gs Melhores do Marketing de Seguros".
• BibHoteca
Os mais de 4.000 tftulos estao agora disponiveis tambem na Internet. A Funenseg esta informatizando tambem a Biblioteca do IRB, a maior da America Latina em seguros, com cerca de 10 mil tftulos sobre o assunto.
• Projetos Sodais
Em parceria com a Fabrica da Esperanga. em Acarl, langou em male o Projeto de Ensino Profissionalms areas de SegurangaeMedicina do Trabaltio que vai atender uma populagao estimada em 180 mil pessoas de 18 favelas localizadas em Acari, Pavuna e adjacencias, e funcionari os do Polo Industrial da Fazenda Botafogo.
Seguranga
Aderiu ao Projeto "Meu Bairro, Minha Delegacia", e adotou alO^DP, na Barra daTijuca.
Pesquisa
Encomendou uma pesquisa sobre Acidente de Trabalho
^ Tillingfiast Modelo, para que 0 mercado possa ter subsidios para este ramo que esta presfes a ser privatizado.
FENASEG
□ AgOES POLITICAS
• Seguro de Credito a Exportagao
Apoiou 0 seminarlo, que contou com a presenga da entao Ministra da Industria e Comercio e Turismo, Dorothea Werneck. Em outubro, a Fenaseg encaminhou ao novo Ministro da pasta, Francisco Dornelles, sugestoes contendo principios e diretrizes de experiencias internacionais d Lei n° 6.704 para operacionalizagao do seguro de credito, que foi regulamentada no mesmo mes.
• imposto de Renda
A isengao de imposto de ren da das despesas com pianos de saude e de previdencia privada e das indenizagoes recebidas pelo segurado, fortemente defendida pela Fenaseg, e aprovada pelo Governo.
• Carta do Rio de Janeiro
0 presidents da Fenaseg participou da entrega do documento ao Presidents da Republica, Fernando Henrique Cardoso. A carta e o resultado do Seminario Internacional de Violbncia Urbana — 0 Desalio das Grandes Cidades, promovido pela Funenseg, com propostas para combats a violencia.
'Missdes— 0 presidente da Fenaseg representou o mer
representativas de classes trabalhadoras.
• Fim do Monopdiio do IRB
cado na MIssao Empresarlal
Braslleira que acompanhou 0 presidente da Republica, Fernando Henrique Cardoso, a Franga, em maio. Em novembro, novamente a convite do Presidente da Republi ca, Joao Elisio representou 0 setor na Missao do Gover no d Africa do Sul.
'Artigo 192
Joao Elisio Ferraz de Campos expos a Comissao Especial da Camara dos Deputados, que aprecia a regulamentagao do Artigo 192 da Constituigao Federal, a proposta da Fena seg de regulamentagao separada do seguro, resseguro, pre videncia privada aberta e capitalizagao.
Seminario de Reforma Administrativa, Lei de Lieitagoes e Seguro
Garantia
Promovido pela Fenaseg com a presenga do Ministro de Ad ministragao Federal e Refor ma do Estado, Luiz Carlos Bresser Pereira, para discutir a aplicagao do seguro garan tia 8 a Lei de Licitagoes 8.666/ 93.
Visita Ministro
Em julho, 0 presidente da Fe naseg recebeu a visita do Mi nistro da Industria e Gomercio, Francisco Dornelles, que cumpria uma agenda de visitas a dirigentes de entidades
A Fenaseg esteve presente a solenidade de promulgagao da Emenda Constitucional que deu nova redagao ao inciso II do artigo 192 da Constitui gao, pondo fim ao monopolio do resseguro no Brasil. 0 processo da quebra do monopolio do resseguro afende a uma antiga reivindicagao do mercado, e que foi amplamente defendida pela Fena seg.
□ MERCADO
• Comissoes Tbcnicas
Reformulagao das Comissoes da Fenaseg, os regulamentos existentes, extinguindo as 21 existentes e criando 12 novas comissoes com objetivo de modernizar e agilizar as discussdes e decisoes tecnicas.
• 0 CNS
Cadastre Nacional de Segu ros e reimplanfado em julho. 0 sistema foi reformulado visando qualificar mais a base de dados, fornando-a mais confiavel. Hoje 18 segurado ras ja estao conectadas ao CNS.
• BibHoteca
Comegou a funcionar informatizada, com informagdes atualizadas, nacionais e in ternacionais, sobre os mercados de seguros e areas afins.
• Cosseguro
Em fase de programagao a Central de Cosseguro da Fe naseg. 0 projeto sera apresentado em breve ao Merca-
Encontro entre empresarios americanos e seguradores, em palestra sobre o mercado de seguros brasileiro, na Fenaseg
do para uma discussao conjunta de criterios de implantagao e operagao da Central.
• Missao Ucraniana
A Fenaseg recebeu a visita de seis, de 28 Integrantes de uma missao comercial da Ucrania que veio ao Brasil coletar dados e informagdes do mer cado nacional para estabelecer um intercambio comerci al.
• internacionai insurance
Councii
Em margo, o presidente desta entidade, Gordon J. Cloney, acompanhado do representante da FIDES na Argentina, Saul Rotsztain, visita a Fenaseg. Participaram tambem da Reunlao representantes da Susep, IRB, Funenseg, Fenacor e Sindicatos de Seguradoras.
□ EVENTOS
• Os Meihores do Marketing de Seguros/95
Em abril, cerca de 300 pes soas, entre seguradores, publicltarios e profissionais de marketing, compareceram a en
0 Aiarme o Roubo de Veicuios Diminui, produzida pela Salles DMB&B, em 1994, recebe em Janeiro medaiha de prata no Advertising Marke ting Effectiveness — Ame, no New York Festivals.
trega dos premios do V Con curso promovido pela Fena seg.
• 50 anos Fides
0 Cinquentenario das Conferencias Hemisfericas de Se guros foi um sucesso reunindo mais de 200 dirigentes do setor de seguros brasileiros e estrangeiros, em um semina rio e um jantar comemorativo. Participaram o Subsecretario de Comercio Internacio nal dos Estados Unidos, Jude Kearney, e uma comitiva de 28 empresarios de seguros norte-americanos interessados em investir no mercado bra sileiro, que foram recebidos pela Fenaseg.
• SiAS
Em sua quarta edigao, o Simposlo Internacional de Automagao de Seguros — SIAS, realizado em novembro, consolidou-se como evento de primeira grandeza.
□ CAMPANHAS
• Pr^mio internacionai A primeira campanha de automoveis Se a Sociedade der
• Campanha Automdveis Langada em agosto a segunda Campanha contra Roubo e Furto de Automdveis patrocinada pela Fenaseg, com apoio de outras entidades, no eixo Rio-Sao Paulo, deu o que falar. Os numeros da campanha mostraram que em Sao Paulo 0 roubo e furtos de veiculos aumentou 62%, enquanto no Rio houve uma queda de 22%. Mais de 30 materias ja foram veiculadas ate agora sobre o assunto, e em Sao Paulo a Assembleia Legislative utilizou OS dados da Campanha como base para apurar denuncias de desmanches no Estado.
□ DIVULGAgAO
• Boietim informative
A Fenaseg langou em dezembro 0 numero 0 — Edigao Especial do Boietim inlormativo — Bi. A publicagao suspense em 92, foi totalmente reformulada, e em Janeiro circulara como numero 1.
• internet
A home page esfara em breve na Rede Mondial. Afraves do site (em construgao) http:ii
www.fenaseg.org.br os usuarios da Rede poderao ter acesso a informagdes sobre seguros, que vao desde a estrutura do setor e numeros estatislicos, ate mesmo as noticias e OS eventos programados pelo mercado segurador.
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REVISTA D£ SEGUROS 28 0UTUBR0/N0VEMBR0/DE2EMBR0 DE 1996 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 29 REVISTA DE SEGUROS
Receita de 96 deve cheg ar a R$ 5 bilhoes □astouaestabilidade
economica bater a porta para que os brasileiros voltassem os olhos para urn produto solenemente ignorado antes da adogao do Piano
Real: os titulos de capitalizagao.
Dejulho de 1994 paraca, ahlstdria dos pianos de capitalizagao sofreu uma guinada muito favoravel, a ponto de o mercado trabalhar com estimativas de expansao real de faturamento in clusive para 1997, Se as projegoes se contirmarem, as empresas de capitalizagao vao techar o proximo ano acumulando uma expansao real da produgao pelo quarto ano consecutivo.
Numeros preliminares indicam que este mercado, so nos nove primeiros meses de 96, ja havia obtido uma arrecadagao de
R$ 3,4 bilhoes, mais que o dobro do total obtido em Igual pertodo de 95, Para o total dos 12 meses de 96, cujos numeros ainda estao sendo fechados, diretores das empresas de capitali zagao acreditam que a receita deve atlngir o montante de cerca de R$ 5 bilhoes, "0 mercado deve ter alcangado, sem dificuldades, urn faturamento entre R$ 4 bilhoes e R$ 5 bilhoes", estima
Edelver Carnovali, presidents da Comissao de Capitalizagao da Fenaseg e diretor do Banco Itau, Ha sinalizagoes de que o taturamento em 96 pode ter atingldo a casa dos R$ 4 bilhoes", endossa
Emerson Rupolo, diretor da Bamerindus Capitalizagao.
Fase dourada —Enquanto 05 numero do mercado nao saem do forno, as projegoes dos dois
"O brasileiro tem uma especial voca^ao para jogar. E OS titulos sao mais uma chance de ficar rico, sem correr o risco dos jogos convencionais"
Edelver Carnovali
diretores, se confirmadas, apontam para um crescimento entre 80% e 100% sobre a receita total de 95, que toi da ordem de R$ 2,4 bilhoes, de acordo com a Fenaseg, 0 ingresso do fatura mento na casa de bilhoes de reals inaugura uma fase dourada
para os pianos de capitalizagao, que, por muito anos, amargaram a condigao de produtos financeiros de segunda linha — ate porque, na epoca da inflagao alta, as aplicagoes de curto prazo detinham a preferencia da clientela,
Mas atinal o que justifica um crescimento tao expressivo dos titulos de capitalizagao, proximo dos percentuais apresentados pelos produtos congeneres sobre a vigilancia da Susep, como seguros e pianos de prevldencia privada? As respostas dadas pelos diretores da Itau e Bamerindus revelam que a expansao decorre de alguns fatores, Sem contar a estabili dade da economia, o carro-chefe da expansao do setor, e a queda da inflagao — que jogou por
terra a rentabilidade de uma serie de ativos de curtfssimo prazo e tambem o lucro inflacionario — OS bancos trataram de apostar suas fichas no desempenho do setor de capitalizagao, com 0 langamento de produtos cada vez mais inovadores e baratos, "Pelo menos nos dois ultimos anos grandes conglomerados bancarios, como o Banco do Brasil e o Real, criaram produ tos de capitalizagao, o que acabou contribuindo para um crescimento ainda mais expressivo do setor", analisa Carnovali, ressaltando que a produgao por meio de carnes tambem saltou, gragas a iniciativa de alguns grupos, como a Sul America, Interurion e Lideranga, Junto com os novos operadores, segundo Rupolo, os pro
dutos tradicionais sofreram adaptagoes, com vistas a aumentar a sua competitividade, o que, ao lado da ansiedade dos consumidores em dispor de um ativo de liquidez efetiva a medio e longo prazos, tavoreceu o elevado crescimento do setor, Demanda crescente — 0 diretor do grupo paranaense destaca ainda que os pregos diferenciados dos pianos de capitaliza gao contribufram para massificar a produgao, ja que podem ser adquiridos por pessoas de baixa, media e alta rendas, "Nossos produtos, como o TC Bamerin dus, tem pregos para os mais variados padroes salariais, podendo efetivarnente ser comprados por qualquer pessoa", diz, acrescentando que as mensatidades custam de R$ 11,00 ate R$ 58,00
por mes, Este fato tem gerado uma demanda crescente dos ti tulos do grupo Bamerindus, cujos pianos sao operados por meio de duas empresas de capitalizagao, a Bamerindus Capitalizagao e Financial, Outro fator que tem gerado expansao dos titulos, alem da garantia de resgate do dinheiro aplicado, diz respeito aos sorteios semanais realizados pelas empresas de capitalizagao, "0 brasileiro tem uma especial vocagao para partlcipar de jogos, como Loteria e Sena, E, nesse sentido, a capitalizagao acaba se convertendo em mais uma chan ce de 0 brasileiro apostar na sorte para ficar rico, so que sem correr 0 risco dos jogos convencionais, ja que o dinheiro aplicado em capitalizagao e sempre resgatado.
parcial ou integralmente", destaca Carnovali, "Os sorteios e a perspectiva de dispor de uma poupanga de medio prazo sao dois tatores decisivos para garantir a demanda dos titulos de capitalizagao", opina Rupolo, Folego redobrado—Justamente por essas caracterlsticas e por causa dos pregos acesslveis a todos OS bolsos, o mercado de capitalizagao, ao contrario de outros setores — que desde o final de 95 apresenlam um cres cimento bem mais discrete e proximo das economias estabilizadas —, mantem folego redo brado ainda para o proximo, quando as projegoes macroeconomicas ja nao sao tao positivas, "Mesmo que o quadro economico nao seja tao favoravel e haja um crescimento discrete da eco nomia, 0 segmento de capitaliza gao continuara a registrar uma expansao real ainda signiticativa em 97", aposta Carnovali, Tam bem na avaliagao do diretor da Bamerindus, as perspectivas sao boas: " Provavelmente, nao teremos uma arrecadagao tao extraordinaria como a alcangada nos tres primeiros anos de vigencia do Real, mas vamos continuar a crescer, com media de expansao signiticativa para um quadro de economia estabilizada", preve, Por Vagner
Ricardo
CAPITALIZAQAO
"Nossos produtos de capitaliza9ao tem pregos para OS mais variados padroes salariais, podendo efetivamente ser comprados por qualquer pessoa"
REVISTADE SEGUROS OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 OUTUBRO/NOVEMBRO,.'DEZEMBRO DE 1996 31 REVISTADE SEGUROS
Emerson Rupolo
O PRIMEIRO FURACAO A GENTE NUNCA ESQUECE...
Conforme prometido, venho uma vez mais d presenga dos meus dmigos do mercado de seguros brdsileiro para transmitir mais algumas das minhas experiencias no mercado intemacional de seguros. No ultimo artigo, terminei mencionando cjue estaria comentando caracteristicas de um mercado com exposigoes catastroficas, que felizmente ndo existem no Brasil.
Dniciando, gostaria de dizer que quando se trabalha em um mercado com exposigoes catas troficas,as seguradoras devem estar sempre protegidas por contratos especificos de resseguro, cujos pregos variam de acordo com as exposigoes e acumulos de importancias seguradas, por localizagao.
Os calculos que definem o prego de um seguro, em um mer cado catastrofico, sao compostos de duas taxas: a basica e a da exposigao catastrbfica, que pode ser terremoto, furacao, inundagao etc.
A basica (burning cost) e composta ae quatro variaveis: custo comercial, despesas, sinistros e lucre esperado.
A companhia pode influir atuando diretamente sobre o custo comercial e despesas. l\los sinis tros, a influencia e diretamente proporcional ao nfvel de qualidade e sofisticagao do underwriting aplicado. Finalmente, o lucro espera do e determinado pelo frabalbo realizado sobre as tres primeiras va riaveis mais a contratagao adequada do resseguro.
Alem da ufilizagao de um
underwriting altamente sofisticado quando se trabaiha neste tipo de mercado, e praticamente indispensavel a utilizagao de sistemas especificos, que Ihe auxiliem no gerenciamento da carteira de se guros de propriedades.
Por exempio, uma ferramenta muito utilizada nos Estados Unidosparaistoeo/.fl.AS.f/rowraflce/lnvestment Risk Assessment System), um programa de computador desenvolvido pelo Centro de Engenharia de Terremotos da
Universidade de Stanford, Cal ifornia. Neste sistema, sao cadastradas todas as ex periencias histbricas de catastrofes em regioes determinadas, Quando se enfra com os dados de um risco que esta sendo cotado e sua localizagao, utilizando-se das informagoes histb ricas e calculos de probabllidade, o programa apresenta qual seria a perda maxima provavel na ocorrencia de um terremoto, considerando-se a escala Rictiter ate 8.25, ou de um furacao, que pode estar entre as categorias de 1 a 5. Essa informagao e basica para que o underwriter possa acrescentar ao custo basico do seguro a porgao que representa a exposigao catas trbfica.
Este programa, uma vez carregado com todas as informagoes de uma carteira, tambem fornece o acumulo de valores de acordo com as areas catastrbficas definidas,facilitando sobre maneira as nego-
chegava — a unica coisa bonita que tinha era o nome de nossa estrela do basquete, como disse minha irma. De Imediato, comecei OS contatos na tentativa de retornar a Porto Rico o mais urgente posslvel, 0 que so ocorreu com a abertura dos aeroportos no dia 11, pela manha.
Era facil imaginar as conseqtiencias deste furagao,em termos gerais, quando o aviao comegou a sobrevoar Porto Rico, preparandoseparaaterrissagem.
eram relativamente pequenos e que estavam dentro das franquias obrigatbrias, o que deixou nossos un derwriters bastante felizes, considerando-se que os prejulzos desta catastrofe poderia ultrapassar a US$ 600 milhoes, principalmente pelos danos causados a infra-estrutura.
ciagoes com os resseguradores.
As catastrofes mais recentes nos Estados Unidos tem sido provocadas por furacoes, que poderao,como ja mencionei,ser de categoria 1 (com ventos ate 120 km/ h), 2,3,4 ou 5, sendo este ultimo com ventos de 240 km/h, que sao devastadores.
Sinceramente, quando men cionei 0 meu propbsito de trans mitir informagoes do mercado ca tastrofico, jamais tinha em mente que viveria na pratica esta experiencia. Em 9 de setembro de 1996, estava participando de uma reuniao da America Latina, em Mia mi, quando recebi a notlcia de que 0 furacao Hortencia, de categoria 1, comegava a mudar seu rumo, direcionando-se a Porto Rico.
Como a esperanga e a ultima que morre, aguardei ate o dia seguinte para saber as agoes a serem tomadas.
No dia seguinte, na primeira bora da madrugada,entrei em contato com minha famllia que me despreocupou com relagao a sua seguranga, mas, infelizmente, me dao a notlcia que os ventos ja haviam comegado e que Hortencia
.. Ainda do aeroporto, entrei em contato com minha famllia, que ' me confirmou, uma vez mais, que estavam todos bem. Eui direto ao meu escritbrio e encontrei d mi nha espera todos os membros da equipe de emergencia, desempenhando suas fungoes de acordo com OS procedimentos previamente estabelecidos.
Nas 48 horas seguintes, visilamos, utilizando todos os meios de locomogao, os nossos principais segurados e,felizmente, constatamos que os danos materials
Um furacao de categoria 1,em termos de destruigao material,e re lativamente despreocupante. 0 problema e que este trouxe consi gn uma quantidade de chuvas extremamente absurda, o que provocou a interrupgao do fornecimento de agua e luz, uma inundagao quase que generalizada, e perdas consideraveis as companhias que se dedicavam ao seguro de residencias e autombveis. Abrindo-se um parentesis, gostaria de dizer que, em uma prbxima oportunidade, estarei comentando os proce dimentos com relagao as linhas de seguros pessoais neste merca do e as tecnicas e estrategias de gerenciamento.
Um aspecto social a ser res-
saltado e que nos Estados Unidos existe um programa federal (Nationat Flood Insurance Program), destinado a segurar os riscos que encontram-se em zo nes de inundagao e que sao declinados pelas seguradoras privadas, 0 que de certa forma amenizou OS prejulzos do cidadao portorriquenho, ja que Porto Rico, por seu status de Estado Livre Associado, desfruta automaticamente deste bcneflcio.
Passadas 72 horas, que normalmente e a franquia para a cobertura de lucres cessantes relati ve a off premises(interrupgao externa do fornecimento de ague, luz etelefone), reiniciaram nossas preocupagbes quanto a possibilidade de perdas, porque somente as facilidades de telefonia estavam funcionando.
Nossa equipe novamente vol te a campo e revisita os segurados para constatar se ha pogos artesianos e geradores de energia eletrica. A surpresa foi que, em alguns cases, nao havia na sua totalidade
auto-suficiencia, o que demandaria de imediato um piano de reinspegao e reavaliagao dos riscos.
Iniciam-se os contatos com as autoridades de energia eletrica e agua, para sabermos quando seriam reestabelecidos os servigos e determiner uma reserva preliminar. Por sorte, no sexto dia quase 100% dos servigos estavam normalizados e as perdas registradas nao haviam comprometido o bom resultado das nossas operagoes.
A tensao cada vez que o teletone tocava, poucas horas de sono, um aprendizado inedito e extremamente valido sobre todos os aspectos, me permite sem duvida dizer; 0 primeiro furacao a gente nunca esquece.
* Acacio R. Queiroz Filho foi diretor do Sindicato das Empresas de Seguro de Sao Paulo,vicepresidente da Fenaseg e presidente do Conselho DPVAT. Atualmente, exerce a presidencia da Cigna Scgiuradora em San Juan, Porto Rico.
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Acacio R. Quelroz*
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRODE 1996
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Servigos
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Faga Seguro. 0 que voce^tem, voce mantem.
A nova campanha da Fenaseg: apelo a emogao
Campanha tenta
provocar mudangas de comportamento
repercussao das campanhas publ icitarias veiculadas por instituigoes do mercado segurador, desde 1994, mostra que intensificar a mensagem do setor pode ser uma boa saida para a diminuigao dos prejuizos cau• sados por sinistros — ainda que a longo prazo. Para reforgar a boa parceria do seguro com o marketing a, consequentemente, com a sociedade, uma nova cam panha foi deflagrada no final de 1996. "Faga seguro. 0 que voce tern, voce mantem", promovida em parceria pela Fenaseg, Funenseg e Fenacor valeu como pano-de-fundo para cinco anuncios, E a chamada propaganda institucional, tentando provocar uma mudanga no comportamen to do consumidor brasileiro.
Para facilitar a ernpatia com
0 publico, a campanha nao deixou de apelar para a emogao. 0 anuncio principal mostrava pessoas comuns em situagoes extremas, mas possfveis, em sequencia. Uma sucessao de acidentes. Assim, o espectador ti^ nha contato com as varias possibilidades de seguro disponiveis.
Os outros quatros anuncios tinham como tema principal segmentos especificos: Incendio, vida, saude e autombvels.
A campanha foi criada pela
Salles DMB&B Publlcldade e velculada durante seis semanas atraves de estagoes de televisao, televisao a cabo, radio e revistas de circulagao nacional, A epoca de langamento da campanha
tambem foi propfcia: no final de ano, albm de um pouco mals de dinheiro no bolso, a populagao aproveita para curtir as ferias e,
consequentemente, acaba tendo mals motives para levar o seguro a serio — viagens, residencia vazia... Em outras palavras: podese tentar prevenir o imprevisfvel.
"Foi uma campanha institucio nal que teve uma boa aceltagao e valeu a pena, embora ainda seja diflcll medir o retorno em tao curto espago de tempo", anallsa Antonio Carlos Pereira de Almeida, membro do conselho consultlvo da Fenaseg.
Bons frutos — Este novo mote usado para despertar a atengao do consumidor e, na pratlca, a contlnuldade de uma estrategia que vem rendendo bons frutos paraosefor, desde 1994, quando teve infcio a campanha que estampou em outdoors o selo "Se a sociedade der o alarme, 0 roubo de vefculos dlminui". A boa repercussao provo-
cou a etapa seguinte.
Na segunda leva, com o slo gan "Garro; ainda vao te roubar outro", a campanha teve um tom, agresslvo, que apelava para a indlgnagao e informagao, sem deixar de lado o bom humor e a ironla. De quebra, nao se deixou de cutucar o consumidor, prin cipal Interessado na diminuigao do roubo de vefculos e que, por outro lado, termina por colaborar com o crime ao negoclar, displlcentemente, com atravessadores de autopegas. "Queremos chamar a atengao da soci edade, que multas vezes tern um comportamento displicente deixando o carro em qualquer local apenas porque ele esta segurado", aflrma Joao Ellsio Ferraz de Campos, presldente da Fenaseg.
Por Nelson Vasconcelos
□ Luiz Mendon^a e jornalista e consultor tecnico de seguros articipante de piano de saude mantido pela Caixa Economica Federal em regi me de autogestao, o funcionario pediu a inclusao de um dependente: o companheiro com quem vivia ha sete anos. A Caixa negou o pedido e 0 caso foi parar na Justiga.
Pelos jornais, sabe-se que hoje os dois sao aideticos. Mas, pelos jornais, nao se sabe se um ja estava doente quando pediu a in clusao do outro. Supoe-se que nao, dado o motivo da recusa da Caixa: o regulamento do piano estabelece que titular e dependente devem ser de sexos opostos.
0 Juiz, considerando inconstitucional esse disposi tive regulamentar, mandou que a Caixa fizesse a inclu sao pedida pelo seu funcionario.
Prescreve a Constituigao Federal que todos sao iguais
Indica^ao de dependente no seguro-saude
perante a lei, sem distingao de qualquer natureza. Talvez esse dispositive tenha levado 0 Juiz a invocar, na sentenga, o princfpio da igualdade de direitos. Ha tambem a garantia constitucional de que sao inviolaveis a honra (isto e, a dignidade) e a vida privada das pessoas.
Quanto a violagao da honra o Juiz foi taxativo: "0 respeito ao mode que as pes soas tem de viver, de se relacionar, se incluiu na esfera da dignidade humana". A isso acrescente-se que, alias, a Constituigao assegura o direito a indenizagao pelo dano material ou moral decorrente da violagao da dignidade alheia.
Quanto a inviolavel intimidade das pessoas, sua vida privada, ponderou o Juiz que em tal esfera esta inserida a iiberdade sexual, na qual "nenhuma lei pode interferir". E
frisou 0 magistrado: "Se nossa Constituigao respeita e ga-
rante a privacidade como um direito fundamental no art.
5®, inciso X, e se a orientagao sexual faz parte dessa Iiberdade individual, nos fe mes que respeitar e levar isso a serio". 0 regulamento do piano da Caixa, fundado em mere preconceito, fere a Constituigao, concluiu o Juiz.
0 ilustre magistrado, na analise do processo em julgamento, foi trafdo por sua bussola, que Ihe apontava 0 caminho do direito cons titucional. Nesse voo mals alto, nao se deu conta de que 0 objeto da demanda estava situado mais embaixo, no piano da legislagao ordinaria. Esta, que hoje reconhece e consagra a uniao de fato e ostensiva entre pessoas de sexos diferentes, desconhece para fins juridicos a uniao de pes soas do mesmo sexo. Portanto, essa ultima especie de uniao, nao sendo reconhecida por lei, tambem nao
e nem pode ser reconhecida, ou inserida, no contexto das relagoes jurfdicas produzidas por um contrato de seguro ou por um piano de saude.
Cabe a proposito lembrar que a legislagao de previdencia social, admitindo a uniao estavel fora do casamento, todavia estabelece que titular e dependente devem, nesse caso, ser de sexos opostos. E so quan do, para fins de seguro so cial, se tornou legitimado o concubinato heterossexual, esse mesmo regime de vida em comum passou a valer para fins de seguro privado. Nao ha inconstitucionalidade nesse tratamento dado ao assunto pela legislagao da previdencia social e pelo seguro privado. Nem o C6digo Civil foi jamais argufdo de inconstitucional por re: servar a instituigao do casamento a pessoas de sexos opostos.
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OPINIAO
REVISTADE SEGUROS 34 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 35 REVISTADE SEGUROS
RAPIDAS
Joint-venture
A Investprev Seguros e Previdencia, primeira empresa mineira criada para atuar no segmento de previdencia privada, e resultado de uma joint-venture entre tres seguradoras; Rural, Bemge e Minas-Brasil. Com investimento na ordem de R$ 5 milhoes, a empresa ira comercializar pianos de previdencia privada com caracteristicas ineditas no mercado, que preveem, entre outras vantagens, um abono de natal e um programa que visa assegurar a qualidade de vida dos aposentados.
PREVGOLDEN — A Golden Cross
Seguro facultative
A Itau Seguros langou, em janeiro, um seguro, inedito, de Responsabilidade Civil Facultative de Velculo, com valldade de um mes e cobertura nacional contra terceiros, com custo apenas de R$ 10.
Piano para micros
A Oceanica Hospital esta langando no mercado o piano de saude compartlltiado uma especie de fundo de particlpagao, sob medida para micros, pequenas e medias empresas. Neste piano, as empresas so pagam pelos servlgos efetivamente utillzados 0 podem ter uma economia de ate 20%. Os medicos credenciados recebem pelo valor da tabela cheia da Assoclagao Medica Brasileira (AMB), 0 que garante um atendlmento de mais qualidade. A Oceanica Hospital conta com um sistema informatizado que dispensa o uso de guias para consulfas, exames e internacoes.
Seguradora langou o PrevGoIden, um piano de previdencia privada suplementar a oficial. Seu diferencial e a taxa de valor reduzida, negociada com a empresa e sens associados. O piano funcionara como uma poupanga, ja que os valores arrecadados serao acumulados em um Fundo Gerador de Beneficios. Para garantir a completa satisfagao do cliente de seu piano, a Golden Cross conta com a parceria do Banco de Boston, na administragao dos recursos instimigao que se evidencia nas aplicacoes ( rentabilidade obtidas no mercado.
Nobre liberal
A constatagao de que a maioria dos 220 mil medicos e dentistas em atividade no pats nao tem condigdes de pagar as elevadas indenizagoes fixadas pela Justiga as vdimas de erro medico levou a Nobre Seguros a reformular o seu seguro para profissionais liberais. 0 chamado Nobre Liberal passou, a partir de dezembro, a dispor de uma das malores coberturas por
danos pessoas causados por medicos e dentistas (de R$ 20 mil a R$ 100 mil), valores prdximos das Indenizagoes determinadas na maioria das sentengas. Alem da garantia de RG profissional, o produto ainda oferece a cobertura de honorarios advocaticios, o que livra OS segurados de arcar com estes custos, que, segundo especiallstas, atingem ate 20% dos valores das causas.
Coberturas exclusivas
A UAP Seguros langou um novo conceito em seguro para condominio residencial ou comercial, com pregos diferenciados em .iungao do risco de cada apblice. Trata-se do sistema de segmentagao de tarifas, que consiste em privilegiar os clientes que oferecem menor risco de sinlstro, oferecendo descontos de ate 30% no pagamento dos premios. 0 novo produto garante Indenizagao por danos causados por agua e prejuizos gerados pela quebra de maqulnas e equipamentos de uso do condominio, como motores de eievadores, de piscinas, bombas d'agua e portoes automaticos de garagem.
Adeus a burocracia
A Paulista Seguros langou nuvos servlgos na Internet. Atraves da rede, seus 3,5 mil corretores vao ganhar mais agilidade. A iniciativa permite que OS corretores realizem diversas operagoes do dia-a-dia sem sair dos seus escritdrios ou cases. Acessando o sistema eletronico de tarifagao via Internet, eles podem atualizar tarifas, circulates e manuals, enviar sues propostas diretamente ao gerente de contas, sem uso de papeis e disquetes — alem de comunlcar-se com profissionais da Paulista Seguros via correio eletronico da Internet.
Interior
A Generali do Brasil abriu seu oitavo escritdrio em Bauru, Interior do estado de Sao Paulo. A seguradora, com a estrategia de inaugurar sucursals no Interior dos estados, iniciada ha quatro anos na cidade de Ribeirao Preto, cresceu 100% no Interior e deve fechar o faturamento de 1996 em US$ 15 milhoes, o que representa 25% da receita da empresa em todo o estado de Sao Paulo.
Conven^ao
A 5- Convengao de Prestadores de Servlgos da Brasil Assistencia, empresa do grupo Mapfre, realizada em Contagem, Minas Gerais, em novembro, teve a presenga de cerca de 300 partlclpantes. A empresa realiza varlas convengoes durante o ano, em diferentes regloes do pats, para reunir parte dos 15 mil prestadores de servigo cadastrados em sua rede, com o objetlvo de reforgar os padroes de qualidade dos servigos da seguradora. Durante o evento, toi feito um balango dos quatro anos de atlvldades da empresa, que conta, hoje, com mais de quatro milhoes de segurados.
Nova parceria Super blindado
Uma nova parceria no mercado de seguros uniu a Minas-Brasil Seguradora e a Nobre Seguros. Apds trabalhar por 10 anos com seguros de pessoas, a Nobre esta expandindo sua area de atuagao e partlndo para trabalhar, tarnbem, com seguros de ramos elementares. Com uma ■estrutura sbllda de 58 anos no mercado, a Minas-Brasil torna-se a operadora e garantidora do produto Nobre, e se prepara para um cresclmento estlmado em 300% no proximo ano.
A Tectran, empresa do grupo Avibras Aeroespacial, e a Protege, llder do mercado em protegao e transporte de valores, langaram um carro blindado mais seguro, fabricado com tecnologia militar. 0 novo vefculo resiste a armamentos de alta potencia, como, por exempio, os fuzis AR-15, M-16, AK-47 e PAL, devido ao uso de Vidros e placas de blindagem muito mais resistentes e a uma nova aerodinamica, propria para veiculos de transporte de valores.
Seguro aereo
Ha mais de 60 anos, a Chubb opera com seguros para a industria aeronautica. A oferta deste servigo comegou em 1929 e a proposta era de repor apenas o bem segurado. Hoje, a empresa trabaiha com seguros para rotas domesticas e internacionais, aeronaves executivas, particulares, empresas de taxi aereo, hangares e demais bases fixas, alem de outros servigos. Este tipo de seguro representa 4% do portifdiio de negdcios da empresa.
Carro solar
A Prever Previdencia Privada patrocinou o carro solar Sunba na edigao de 96 da World Solar Challenge, na Australia. 0 velculo termlnou o percurso em 18- lugar, com 68 boras e 43 minutos, e velocidade media de 43,8 km/h. 0 carro perdeu posigoes devido ao mau tempo. As chuvas ressaltaram a diferenga entre a tecnologia das baterlas de acido comum, utilizadas pelo Sunba, e as de zinco prata, mais caras e empregadas pela concorrencla.
NOVOS PRODUTOS
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REVISTADE SEGUROS OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996 REVISTADE SEGUROS
NOMES E NOTAS
Mudangas na Bradesco
Ararino Sallun de Oliveira deixara a presidencia da Bradesco Seguros em marge para assumir a presidencia do Conselho Administrative do Grupo Bradesco. Em sen iugar, toma posse Eduardo Vianna que sera substituido no cargo de vice-presidente tecnico per Cesar Torres. Marcio Seroa de Araujo Coriolano, ex-titular da Susep respondera pela diretoria de Saude da Bradesco Seguros.
Diretoria
Antonio Carlos de Melo Costa, que foi diretor-executivo da Intercontinental Seguradora, assumiu a diretoria da filial de Belo Horizonte da Sul America.
Susep sob novo comando
Assumiu 0 comando da Superintendencia de Seguros Privados (Susep), no dia 18 de novembro, o economista Helio Porto Carrero que, desde margo de 1995, ocupava o cargo de diretor da autarquia. Helio Portocarrero e professor da Universidade Santa Ursula, bacharel pela UFRJ (1969) e mesfre em economia pela Universidade de Chicago (1972). Conselheiro Titular do Conselho Regional de Economia (Corecon/RJ), ja ocupou OS seguinfes cargos: presidente do Corecon, secretario de Previdencia Complementar do MPAS, membro do Conselho de Gestao da Previdencia Complementar e superinfendente de Estudos e Projetos da CVM. Tambem e autor das seguinfes obras: "As Causes Economicas da Concentragao Bancaria" (IBMEC/81), "Previdencia Social no Brasil", "Diagnosticos e Sugestoes de Reforma" (FG\//93), e coautor de "Introdugao ao Mercado de Capitals" (IBMEC/80).
PARA O SAFRA,TRADICAO SECULAR Di SEGURANCA
Previsao
Jorge Gomes, ctiefe do • Departamento Tecnico e Atuarial da Susep acredita que, em 1997, fiavera um verdadeiro boom de produtos novos na area de capitalizagao. Em 1996 foram 140 casos contra 82 no ano anterior, e a tendencia e esse numero aumentar ainda mais, pois as empresas descobriram uma boa forma de captagao de recursos. Segundo ele, foram encaminhadas a Susep, em 1996, 1.200 novos produtos nas areas de seguros, capitalizagao e previdencia privada aberta.
inq^Iesso latino -americ s Privados de Saude -ALAMI
Cor^esso A Assessora Juridica
da Fenaseg, Maria da Gloria Faria(ao
"presidente da Federagdo no Congresso Latino-americano de Minicfr ^ (ALAMI).a direita da assessora, Alberto Mazza, W ^ n Argentina;e Paulo Barbanti, presidente da ALAMIe da Notre Dame Seguradora.
E TAMBEM INVESTIR NA NATUREZAHUMANA.
0 paisagista Roberto Burle Marx viveu em fungao do Homem e da natiireza. Multiplicou e preservou a vida em mais de 2000 projetos realizados no Brasil e no exterior.
Pensando como Burle Marx, o Banco Safra
Fuinel do Banking Hall no Fdificio-Sede - 1987
Valorizando a natureza humana, o Banco
Safra investiu na qualidade de vida de seus
Clientes e funcionarios, construindo uma
tradicao de investimentos seguros. "Nos nao vivemos isoladamente e sim em
e informatizada, baseada na capacidade construtiva do Homem e na criagao das melhores condigoes para sua vida e sens negocios.
Ikidibe doJaidiiii Extenio iiu l:Jij'tcio-Scde aiiilar Av Puulisia sempre investiu em seu talento atraves de jardins, paineis e pinturas para suas agencias, e de sua concepgao arquitetonica.
fungao da vida dos outros" - esta frase de
Burle Marx reflete claramente nossa filosofia operacional; prestagao de servigos eficiente
Banco Safra
Tradicao Secular de Seguraoca
BURLE^MARX - Jardim Externo no Ediftcio-Sede - Sao Paulo • SP - 1987
REVISTADE SEGUROS //•,
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38 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1996
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