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Tecnologia de rede: a vedete da informatica

Setor foi o que mais cresceu este ano em todo mundo. Mas no Brasil a interligagao de micros ainda e apenas um sonho ate para grandes empresas

Atecnologia de rede local e o segmento da Indiistria de Informati ca que mais cresceu neste ano em todo o mundo. Mais da metade de todos OS computadores pessoais(PC) existentes no planeta Ja esta de algu" maforma conectada em redes — seja para transmitir mensagens de correio eletronico, compartilhar impressoras e bancos de dados de maquinas mais poderosas, seja simplesmente para passar um fax diretamente de uma tela para outra, via telefone.

Mas a realidade no Bra sil e outra. A populagao de microcomputadores nas grandes empresas brasileiras e uma gota d agua quando coraparada com OS pai'ses industrializados.

Enquanto nesses parses a meta e um equipamento para cada funcionario, a media nas grandes empre sas instaladas no pars e de um equi pamento para cada 233 funcionarios.

A constatagao e do departamento de pesquisas da ComputerWorld do Brasil, com base em levantamento junto a 50 empresas inclui'das na lista das 500 maiores da revista Exame. Nesta pesquisa. foi detectado que 22,6% das empresas tem raenos de 50 micros; 35,3% entre 50 e 100. 25,8% entre 100 e 200 e apenas 16,1% mais de 200 maquinas. O quadro e ainda mais desolador para o Brasil quando se considera a parte de microcomputadores bgados pot redes locals. No exterior a media de equipamentos nesta situaqao bateu a casa dos 50%. No Brasil, a media e de 6,7%,segundo o levantamento da area de pesquisa da ComputerWorld do Brasil. Nada menos que 41,9% das 50 empresas contactadas afirmaram ter menos de 10 micros ligsdos em redes local; 51,7% entre 10 e 50; e apenas seis(4%) mais de 50. Apesar disso, a tendencia de as empresas nacionais utilizarem a tec nologia de interligar computadores soltos pela empresa parece ser irreversivel. E o mercado segurador nao foge desse caminho. As soluqoes, p®' lem, tem sido adotadas de acordo com o folego e as necessidades de cada seguradora. Mas so a partir do ano passado e que comeqaram ^ aparecer timidamente as primeiras experiencias de redes locais na® grandes seguradoras.

User frendly — a tecnologia de redes ficou mais acessfvel ao bolso dos usuarios a partir do momeiito em que os hardwares ficaiam mais velozes (com o aparectmento de poderosos processadores 80386 e 80486) e baratos, e as softwares mais maduros. Mas a explosao dos micros so foi possfvel quando os soft wares aplicativos chamados user frendly chegaram ao mercado. O exemplo mais representativo disso e o Visicalc,quefoi um dos programas ! de micro mais vendidos e urn dos responsaveis pelo crescimento espe! tacular da industria. A disponibilidade de varios aplicativos processadores de texto como o , Wordstar, planilhas eletronicas como Lotus 1-2-3 e outros program mas — consolidaram o micro, que nao e mais encarado como uma maquina somente para entretenrmento, mas sim uma poderosa ferramenta de auxflio profissional. A caracteristica amigavel nestes programas e o ponto fundamental, pois o usuario de micro nao e so o profissional de processamento de dados, mas tambem engenheiros, homens de finMqas, entre outros. E estes usuarios tem necessidades bem distintas: meIhor tempo de resposta, processa mento local, processamento de textos, graficos de alta resoluqao etc.

Tudo pode ser resumido num linico objetivo: o aumento da produtividade", explica Sergio Splnola, diretor de tecnologia da Saga Sistemas e Computadores S/A, empresa distribuidora e integradora de rede local.

Para Sprnola, quem esta se informatizando agora tem a obrigaQao de pensar em rede. Mais do que um altemativa economica — pois os custos sao muito mais baixos que o de um rnainfrarne —, as redes locais oferecem outras vantagens que nao tem como serem contestadas. O compartilhamento de perifericos seria uma delas. O mais estimulante, contudo, e a possibilidade de diversos usuarios compartilharem os mesmos bancos de dados instantaneamente."Assim, centenas de pontos numa empresa de vendas, por exemplo, podem oferecer a cada fun! cionario uma visao real dos estoques, criando a possibilidade de fechar negocios imediatamente, sem papeladas que demoram dias para serem processadas", diz. Por sua propria natureza, a configuraqao de rede ja traz embutida a ideia de expansao gradativa. "A vantagem da rede e que ela e modular. Se uma empresa cresce e resolve aumentar o numero de usuarios e de maquinas, nao tem importancia. Ja existem politicas de crescimento bem definidas por parte dos fornecedores que contemplam esse crescimento. O problema vai ser sempre com as aplicaqoes", lembra o diretor.

Para as seguradoras que estao comeqando do zero em termos de informatizagao, Sergio Spinola recomenda que os investimentos sejam direcionados no caminho das re des locais. No caso de uma seguradora pequena, que so atua numa determinada regiao, por exem plo, Spinola aconselha a aquisiqao de ate 30 maquinas PC(386 SX para as estagoes ou 486 como servidor da rede)e servidor de arquivos tipo Net ware. Ja para as de medio porte, definidas por ele como uma grande seguradora, mas que atua num determinado estado e nao tem filiais, o gerente de tecnologia sugere:"Nesse caso a rede pode ter mais de um servidor de arquivos (486), um para cada 30 micros do tipo 386 SX. Pode precisar tambem de um servidor de bcmco de dados tipo SQL Server". As seguradoras de grande porte utilizam rede local com varios servidores de arquivo 486 e um ou mais servi dores de banco de dados do tipo 486. Pode tambem precisar de um superservidor, que sao maquinas especiais para rede do tipo Tricord de 100 mips ou mais de velocidade. O sistema operacional da rede seria o Lan Manager, da Microsoft.

Os diversos tipos de redes

IREDE LOCAL; Rede de mi crocomputadores que pode ser projetada segundo a disposigao geografica dos equipamentos e a forma como sao conectadas. Os tipos mais comuns sao; estrela. anel e de linha. Na do tipo estrela. o micro central e responsavel por toda a coinunicagao: na de anel. a comunicagao depende de todos os micros da rede; e na de linha. a comunicagao independe dos micros. Os dados chegam diretamente ao destine.

REDE DE VALOR AGREGADO; E a rede de comunicagao de dados onde varias empresas coinpartilham o mesmo serxigo. As principais sao as da GSl e Proceda. A Recoms (Rede da Comunidade de Seguros) utiliza o servigo da rede da GSl. A Recoms possibilita a agilizagao de negocios entre o IRB e as seguradoras. reduzindo custos administrativos de emissao e envio de papel. Ja esta em teste a ligagao entre a rede Recoms e a rede Rinet. de seguradoras e resseguradoras da Europa.

REDE PACOTE; E a rede piiblica da Embratel conheclda como Renpac(Rede Nacional de Pacotes).

REDE PRIVADA; E uma rede de comunicagao criada por uma determinada empresa. O Banco Itau tem uma grande rede privada usada so para atender as empresas do grupo.

Distribuidores 0 Interligadores de Redes para Microctsmputadores

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