T1756 - Revista de Seguros - jan/abr de 1988_1988

Page 1

\: ifV. .A\i in
n
V 19881

O C If'ntp ni IP n ^ assim coma ^

, nurndrels^osssim,voceDodpvendersegurossemIzeruma ^ unicapalavra.

1 ^ assinatura eoavalBradesco.

BADESCO SEGUROS

^naseg • —~o

Federa^ao'Nacioaal das jitipresas de Seguros Piivados e de apitaliza^ao

^^''8'® Augusto Ribeiro, r; ^'ce Presidente; Alberto Oswaldo jontmentino de Araujo; 2.° Viceiresidente; Hamikar Pizzatto; 1° Seetario; Rubens dos Santos Dias; 2.° ecretario; Sergio Silveira Saraiva; 1 ° esoureiro Luiz Claudio Garcia de 2,0 Tesoureiro; Nilton Alberto •iro, Supleote: Antonio Juarez Eduardo Baptista un ^^'^Etomingos, Delio •reira^V^- ^edro Pereira de re'^.Jose Maria Souza TeixeicaCosit^ r° ^"5°"!® Sampaio Moreira "e. Conselho Fiscal - Efetivos;

c^aU §

6rgao de Divulgagao da Fenaseg

INDICE

24 RUMOS

Seguro 88: a cor do seu destino

O resultado (Jo mercado segura- das. dor era 1988, segundo o consenso de alguns dos' seus dirigentes, devera permanecer vermelhQ, como em 87. Crescimento zero, negative ou quedas de59i'al09t' saoalgumasdashipoteses previstas pelas companhias ouvi-

Os passos da indexa^ao, o Codiseg, o DPVAT e OS descontos de pre?os nos seguros de incendic, temas em pauta no setor, sao tambem abordados compondo um painel dos rumos para o ano em vigor.

->^bens Boas-Correa, o, Albert T Lo'^'^ndonca^, P®*' Antonio Penteado '*^•"0, i.,3'• P'* Mendon?a, Albeno >ilva. '''® ^^®s.Jomar Pereira da '' Curtha,Carlos Fran•' Joyce Jane, Jorge Sinta''/-^'^"'®' Eeniia Villares, ^mtra. "-foz, Lucio Santos, Rose Fu •

SenaJ Veloso Borba

T 20031 24/12.° andar

Jx •• (021 o-^ Janeiro — R, ^4505 Fj11^2'^-0046/210-1204 Telex '•NEs — br.

Ser,'^?'^ ® Assessoria Ltda. 20o?,°^ 21/404 e 406 (0?ii de Janeiro Coo- ^20-6446

Editorial;Josd A.Lopes

Marcelo Raposo

J^atcei^p*®" Ujpes, Jean S. Teles Raposo raposo c" da Sli^' ^I'^do Barr e Everaldo Joto^J^Mdnior

K^lalji Ricardo Brasil, Gilberto

Discribuidora Fernando 0: '■dajjg'R®^^sinadossaoderesponsabif^s. ^'ca e exclusive de sens auto-

ABrRTURA

Automovel:

BASTIDORES

A

8

# A
Si/?? S- ?osi
Sergio Au-
-^^'•■wsCTiatterumaOnieapalovra ad«,ua,to, oseguromais
Poto capa: Agenda Keystone DE SEGUROS
obrigatorio
seguro
constltuinte dissolveu os partidos
RESPONSABILIDADE CIVIL
aberto: mais rigor na contratagao de seguros BALANCO 87
mudangas no mercado 15 comunicac;ao e marketing Campanhas comunitarias 76 RETROSPECTIVA 1987 mes a mes 18 34 Fenaseg, IRB, Susep, Sindicatos Estaduais CULTURA E LAZER Danga, Artes Plastlcas, Letras, Ideias 41 QUATRO VENTOS Atualidades 44 Oos ai chivos da Revista de Seguros Contos de Reis 46 SEM FRONTEIRAS 50 Deus e brasileiro mas o Super-homem e americano HUMOR Jaguar
10 Capital
As

Automovel:seguro obrigatorio Ao leitor

valida, nao conseguiu vitoriaraf; facil sobre as resistencias optrf' sua implantafao. Mas, com o do tempo, vem acumulando e{' incorporando-se as normas le|f sucessivos paises.

O Brasil adotou em 1974 estfi derna solu?ao juridica. Ma5; transcreveu, em sua legislaf^i pura e simples copia de qu4 modelo praticado em algufh pais. Perfilhou o principio es^l daabolifao dafiguraculpa,indi^j savel para que a responsabilida^-i vil.xeadquirisse eficiencia. E a ffj dai elaborou sua propria ajustada a realidade socio-ecoh'^l nacional. '

Afigura da culpa como subs

trate juridico da responsabilidade civij, veiha heran^a do classico direito romanc, teve epoca de aplica^ao satisfatoria aos acidentes de transito. Foi a epoca ja distante dos vei'culos ronceiros, rodando em baixa velocidade por vias piiblicas de trafego escasso ou por escradas que, em fun?ao de sua ma qualidade,impunham a lei nao escrita da marcha reduzida.

Esse quadro mudou por completo nos ultimos quarenra anos. Veiculos e pistas de alta velocidade, trafego urbano (e ate interurbano) de alta densidade, e por vezes inclusive tumulmado, tornaram cada vez mais fragil e ineficaz a prova da culpa(pericial ou testemunhal) — e cada vez menos funcional, por consequencia, o institute da responsabilidade civil. O indice elevado de motoriza^ao e um imperative da necessidade de transporte na moderna vida urbana. E tambem e, de certo, um indicador de progressD economicu. Mas se transformou, igualmente, por outre lado, em pesado tribute social, por

Conceitualmente institucional,

a Revista de Seguros — tftulo e acervo adquiridos da mais antiga publica^ao especializada do pais, circulando sem interrupgao desde

—> mais do que um veiculo dirigido especificamente ao mercado segurador, pretende ser um canal de comunicagao direta com um piiblico a tamente qualifkado e diversificaO) numa agao permanente de esclarecimento do seguro enquanto insti-

for^a do custo anual dos acidentes de transito, em termos de sacrificios humanos e perdas materials. Nessa contabilidade sinistra, o vultoso saido negative sempre recaiu em cheio sobre os ombres dos grupos sociais de menores niveis de renda.

Muito mais numerosos demograficamente, esses grupos per isso mesmo passaram a constituir os contmgentes de vitimas com maioria esmagadora has estatisticas de aci dentes. E foi em prejuizo de tais gru pos que redundou, portanto, a perda de eficacia e de funcionaiidade do institute da responsabilidade civil. Tai problema desde cede preocupou juristas de todo o mundo, empenhados na busca de formulas capazes de adaptarem o velho insti tute a realidade nova do transito de veiculos. Uma das ideias logo cogitadas foi a de estender-se a essa area a teoria do risco, que da cunho objetivo a responsabilidade civil, destituindo-a do seu tradicional e subjetivo conteudo fundado na culpa do autor do dano, Essa ideia, embora juridicamente

A formula adotada e de misto.Em favor das classes soC'^ mais baixa renda instituiu-se 9 proprietaries de veiculos o t de seguro obrigatorio, com i" ' za^ao limitada e independeh^^; apuratao de culpa no aci'L; Acima desse liraite de indeniz^^l para que se preserve a todas ses sociais a obten^ao de compativel reparacao do danO 4 vamente sofrido, prevalece o •de direito comum, que e o ponsabilidade civil fundada J

O sistema protege o conrih^i demografico raaior, que e o |< ses de menor renda, com a de uma indenizagao certa e atraves do seguro obrigatorio. ninguem retira o direito de plei'y conseguir indeniza?ao maiot- v, bora incerta e menos rapida, do recurso ao mecanismo da re» sabilidade civil tradicional. j

^^onomica e social, ai fugir deliberadamente das ca^acteristicas consagradas pela midia ecnica, nao raro de leitura arida e entadonha para os nao-iniciados, Pfocurando interpretar jornalistiabo^"*^^ ^ ^tualidade do setor e gama de assuntos de especialista, tro ° do empresario de ouda economia, do inprofissional liberal e do de Pdblico atuando nas areas

P uencia e decisao, propor- cionar.^ 11/ . propore ana[- *^7 s informagao confiavel

^ O seguro obrigatorio dos prfy tarios de veiculos tern, pois, aO J do seu justo e moderno cunhO', dico, um relevante papel soci^'ji, tudo isso deve estar sempre ate''',', proprietario de veiculo, na ad'^. que assuma,ou deixe de assumf' ]eu|Q rela?ao ao seguro obrigatorio. SEQuRos

Numa epoca em que criatividade e pre-requisito de sobrevivencia, esta tem sido a filosofia da.Revista de Seguros, o que Ihe confere uma posi?ao sui-generis no mercado editorial. Buscando maior abrangencia e penetra^ao, para tanto rompendo os limites estritos da comunidade seguradora,a revista sem a qual nao poderia ser escrita a historia do seguro no Brasil esta empenhada em ouvir seus leitores atraves de uma ampla consulta de opiniao, em fase final de elaboragao, que corrigira eventuais desvios de rota e apontara novos rumos.

Entre as medidas que se fazerii necessarias para cumprir mais essa etapa de sua expansao, a Revista de Seguros passara a ser distribuida mediante assinaturas anuais. Aguarde o proximo numero,onde voce encontrara um cartao-resposta. Basta preenche-lo e coloca-lo no correio. Nao sera preciso selar. Voce estara, assim, garantindo a continuidade do recebimento da sua Revista de Segu ros.

ABERTURA .'/4/.'
4
OE SEGd^^'
REVISTA
contexto a um P" din^ico e ameno.
O Editor

A Constituinte dissolveu os partidos

As rodadas de votagao dos temas pbli'ticos fundanientais na Constituinte terminaram o processo de demolicao dos partidos. Foi a pa de cal. Em nenhum momento,desde a instala?ao dos trabalhos da Assembleia, hamais de ano, as siglas conseguiram se impor, ocupando posiCoes, afirmando propostas, polarizando os debates.

La e verdade que a dissolu?ao das legendas vem de mais ipnge. Talvez dos coraefos da transigao, quando ela brotou nas ruas e nos comi'cios, forjando o consenso que liquidou com o arbitrio instalado no poder ha mais de 20 anos. O PDS foi a primeira vi'tima, destrogada no Colegio Eleitoral, indo a pique com Maluf e Figueiredo, no tranco da eleifao da dupla Tancredo-Sarney.

O PMDB faturou o infortunio do PDS, emergindo como o maior dos partidos de toda a historia poUtica do pai's. Com o cruzado,chegou a vertigem da vitoria inedita de 86. Estava, pois, em ponto de bala para empalmar a Constituinte e comanda-ia, oferecendo um anteprojeto para comedo de conversa,o ordenamento dos debates, o ponto de partida para 05 entendimentos.

Qual... O PMDB fugiu do fantasma da propria sombra, escafedeu-se de puro medo de rachar nos solavancos das divergencias internas. O transitdrio do jeito defrenteampla transformou-se na obsessao do Dr. Ulysses Guimaraes.

Sem a lideran^a do presidenteJos6 Sarney, ja dinamitada pelo malogro do cruzado e a fuga do PMDB, a Constituinte desandou. Perdeu o prumo, inclinou-se para a esquerda, caiu nos brakes da demagogia.

So mais tarde, na und^cima hora, com a virada do centrdo, a Consti tuinte reencontrou o equillbrio e fez

^ as pazes com o bom senso e a logica. Maioria virou maioria e passou a negociar de cima para baixo,com a minoria encolhendo-se no seu canto. Mas OS partidos ja estavam irremediavelmente comprometidos. Era tarde para salvar o PMDB ou para vlabilizar a iegenda conservadora alternativa,

O racha superara a fase partidaria para buscar a vertente mais profunda do confronto ideoiogico. E foi por ai que a Constituinte se ajeitou, apesar de todas as contradi?6es de acertos surpreendentes. Por entre intrigan tes pactos misturando contraries, sempre era possivel distinguir a linha demarcatoria a apartar moderados e radicals. Com as excecoes de praxe que confirmam a regra. O deputado Ricardo Fiuza (PFL-PE), perplexo ante a mlxordia do plenario, a geleia das legendas-na votacao do sistema de governo, observou que so se salvavam, mantendo as caracteristicas de partidos,com sentido de unldade e a obediencia as iiderancas e compromissos, o PT de Lui's Inacio Lula da Siiva, os salvados do velho PCB e sua dissidencia, o PC do B. O resto formava uma pasta, uma massa que partiu ao meio peias convicgoes e os interesses de cada pariamentar. Impossi'vel identificar partidos na confusao cabtica das agremlagoes destrocadas.

O mal fora plantado quando da 11beraiizagao irresponsavel da legislaCao partidaria, tornando a formacao de um partido uma operacao mais

simples, com menos compl'^ burocraticas, do que legalizar^ rejo de cigarro.

E isso que estamos vendo gamos ao termino da transicao; sete, legendas com registro deli vo, 12 com registro provisofio em fase de organizacao. Ao tod" por enquanto. Ate a proxima el" a Inflacao deve inchar, na cO<^ para montar partidecos com ^ serventia da circunstancia, par" gar ambicoes avulsas. Ou con'" goclo. Nessa hora, um partld" muito dinheiro. Seja para o al" ou mesmo a venda,com papel P* do.

Salta aos olhos que a soc'" nao esta tao dividida que ne"" 30 legendas para acomodar a® divergencias. Como de habin";!; lemos de um exagero para o oP^ Nem dois, nem 30. ji Nem convem estabelecer ro. Mas sem diivlda que a arru^: precisa disciplinar a desordetO daria. E talvez seja a hora de piar a pensar serlamente em d^^i pals de partidos duradouros e delros . Que exprimam, de fa'^/i grandes divergencias da opini^ cional.

A Constituinte enslnou, na J -• WX....OI.IU1UIC cnsinou, na j, li?ao daexperiencia, que oconfi^i mergulha na distingao entre cef' esquerda, entre moderados e ^ .■A

I ENCONTRO DE CORRETORES DE SEGUROS E SEGURADORES NO ESTADO DO RiO DE JANEIRO

11 de de198^

Corretoresde^^cenosdaslO.Zl

debaterOSsegumtestemas:

Vamos deoaici

. Cria9~aode ^ ^

• Aprimotamentonav

• Tecnicasde ^^iaqdes. consumidor.

•. .denrandado»ercado, :SSS---"r::^de.goroses.ocor«rdadoa. ,,4-4765e oucotnpate^a

a Rua do Rosatvo, ^poio•. cais. Com as suas cambiantes. A vai conformar a Constituinte e a reforma partidaria para valef. bando com o festival de slgla^' seus excesses e ridicules A

BASTIDORES
QEN
6 COR
0
1, j ■M
REVISTA
SlMCtJR
DE SEGLlf Organ»/a<;ao-.

Capital aberto: rigor na contratagao de seguros

Asempresas com capital aberto est^ obrigadas, daqui para a frente, a demonstrar, nas notas expiicativas dos balan^os, a sua real si tuate quanto a seguros. A medida e importantissima, e seu carater de defesa social vem confirmar o grau de maruridade atingido pelo mercado de capitals brasileiro. Todavia, so ela nao e suficieate.

Como ja tive oportunidade de expor em artigo anterior publicado nesta revista, depois da Segunda Guerra Mundial os riscos mudaram e, hoje, dificilmente o incendio de umafabrica vai compromecer a saiide de um grande grupo empresarial. Os riscos mais graves sac justamente aqueles que os empresarios brasileiros relegam a segundo piano, nao lomando todas as medidas necessarias para minora-los; os riscos de responsabilidade e os riscos de perda de mercado.

Qualquer empresa medianamente administrada tern algumas medidas mi'nimas de prevenfao contra fogo e uma apolice de seguros' cobrindo pelo menos os riscos b«icos de in cendio. O mesmo ja nao acontece com as conseqiiencias de um tal evento. Sao poucas as empresas que se interessam em saber o que e uma apolice de lucros cessantes e menos amda as que tem um piano de produCao alternativa. para nao ficarem absolutamente paradas na fase de reconstrucao da unidade sinistrada.

A pior coisa que pode acontecer para uma empresa, independentemente de seu ramo de arlvidade,e ficar parada. Nao produzir, seja em termos de industria, comercio ou services, significa perder espaco denrro de seu mercado, Significa perder todo o investimento reali2ado no passado por nao poder atender seus clientes,que passarao a pro-

curar alternativas, atraves dos concorrentes, para suprir suas necessidades e nao pararem eles tambem.

Pianos alternativos de producao e apolices de lucros cessantes nao podem evitar todos os prejuizos subseqiientes a um incendio, jnas, seguramente, possibilitarao que a em presa retome ao menos parte de sua capacidade de atuacao, alem de garantir o fluxo de dinheiro indispensavel para a sua raanutencao no periodo compreendido entre a ocorrencia do sinistro e areposicaoplena

causar danos impensaveis em reoes bastante distantes do local do jnistro.

Ouniverse abrangidc peia expressao "responsabilidade civil" e o do relacionamento humano, valendo dizer que o simples fato de existir gera obrigagoes, muitas vezes de tal dimensaoqueasuameraenunciagao e suficiente para causar medo.

A Usina de Itaipu existe. Ela teve sua barragem construida e esta em fase final de instalagao de suas turbinas. A simples existenciade uma bar ragem como Itaipu, retendo a quan- ndade de agua que forma o seu lago e assustadora. Mais assustadora ain-

cumegaao numa barragem acima dela- lojas da parte comercial do comode exemplo,umacid|'<^xo. alcangando as raesmas prorompe a barragem da usina de Serd que o Center Tres relocalizada na divisa de Sao com a mesma rapidez? Sera Mato Grosso do Sul, langandoj"®. as providencias adotadas leitodorioParana,deformabrU^"^0' inclusive a implosao de uma violenta, toda a agua retida etfl' poderiam ser tomadas? lago, aumentando, de forma e^i Sravidacle dos problemas de ordinaria e relativamente rapi'^?."'?°"^®'^didade civil, no Brasil, se pressao de encontro a mur^h^ ser percebida rias acoes de

^emam

A dinamica economica moderna tirou, ou vem tirando, a administragao direta dos negocios das m^s de seus proprietarios. Os chamados executivos, profissionais especializados, concratados para exercer fungoes especificas, decem o ooder real de administragao das mais variadas empresas. Acontece que estes exe cutivos nao possuem patrimonio suficiente para responder, de acordo com a lei, por uma serie de conse qiiencias que seus atos de gestao podem criar.

As empresas com capital aberto, passando a incluir seus seguros nas notas explicativas de seus balangos, estarao dando mais subsidios para

iegurar Cudo que voce conqulstou.

QQs50anos

que nao existenada maisseguroeeenfiwelnuma

Itaipu. Sera que a barragem r€^',j ria.' E uma ideia que preferimoS j xar de lado. Mas, e se Itaipu sistisse, e sua agua, de repente, cesse rio Parana abaixo? Qual mensao de catastrofe? Que vaJo'^. "a necessario para indenizar descruigao que esta tragedia c^^ ria?

O exemplo pode ser extrern^,^ mas ilustra de mode concreto o dos riscos de responsabilidade existences nomundo de hoje,on'^'i vida esta cada vez mais depend^''^ de tecnologias que envolvem elevados e potencialmente cap^^ REVISTA DE SEGU^'

mMinas-

queumapalavraquehamuttossecules

Este artigo expos tres possibilidades de riscos, apenas para demons trar que a simples inclusao dos segu ros nas Notas Explicativas nao e sufi ciente. E indispensavel que as autoridades brasileiras se convengam da importancia dos acionistas minoritarios para a exp'ansao de toda a atividade economica, e que, a'partir dai, tornem obrigatoria a contratagao de todos OS seguros indispensaveis para a protegao destes acionistas, atraves de ieis que punam com rigor, no caso de sinistros sem cobertura, os acio nistas controladores e os executivos responsaveis pela empresa, inclusive com rigorosas penas de prisao. •

"tudoitrajifa at MINAS-BRASIL

RESPONSABILIDADE CIVIL
6
Num nivel muito menor, o re nte incendio dos predios daCESP, Avenida Paulista, interditou o tenter Tres por um espaco de tempo yastante longo, causando prejuizos ignificativos ao comercio all instala•jo, que, embora Impedido de fatuf^r, continuou obrigado a responder ;j^or seus compromissos operacioda, ao se observar no mapa a re]|»ais, tais como aluguel, fornecedodo rioParana, eaconsratagaodejes, impostos, folha de pagamento Itaipu pode ser destruida em O que teria acontecido se este quencia de um acidente que ocfcendio liouvesse comegado numa em outra' . . > . nas a titulo de exemplo,um aci ora dff
^ ^'■^"SJto. Acidentes exfendoa^?^^ Slaves, que vem ocor- f
longodaHistoria.tem sido
indenizados por apolices de seguros sem que ninguem ressalte este fate,, bem como a importancia destas apo lices como protetoras da capacidade de atuagao do envolvido, normalmente uma empresa de grande porte, geradora de milhares de empregos que deixariam de existir caso ela fosse obrigada a pagar as indenizagoes com recursos proprios, o que certamente a levaria a falencia.
da capacidade operacional ate entao existente.
que OS Investidores analisem os diferentes papeis existentes no mercado. Mas elas nao publicarao a Integra das apolices, o que vale dizer que nao es tarao especificados os decalhes de cada cobertura, e seguro e detalhe, onde capitais altos podem nao significar nada.
O autor 6 consultor de seguros e diretor do Centro de Comercio do Estado de Sk) Paulo.

As mudangas no mercado

Num ano cuja inflagao oficial atingiu os 365%, um por cento ao dia, a receita de premies do mercado segurador foi de Cz$ 104 bilhoes, o que representou um crescimento nominal de 203,2%, mas que, em termos reais, significa uma queda de 6% na arrecadagao de premios, segundo dados fornecidos pela FenasegTAconteceram inovagoes como a indexagao e a liberalizagao em certos ramos. A carteira que obteve maior expansao foi a de automoveis (9,1%), logo seguida pela de incendio. No balango final, em meio as incertezas economicas e polfticas do pafs, a pequena queda observada permite remanejar as esperangas.

Um dado curioso: num

ano de in£la?ao aita (365%, oficiaimente), de novidades como indexagao pela OTN (Obrigagao do Tesouro Nacional), maior liberdade em aJguns ramos e outras mudangas, a unica carteira a aprescntar resuitados reais positivos foi a de automoveis, que cresceu 9,1% arrecadando um total de CzS 33,207 bilhoes em premios, contra os CzS 9,432 bilhoes arrecadados em 1986.

A segunda carteira em vo lume de premios foi ade in cendio, que no ano passado gerou um total de Cz$ 19,743 bilhoes, depois dos CzS 6,295 bilhoes de 1986. Mas ja essa carteira teve, no entanto, um crescimento real negative de 2,8%.

O que aconteceu em relagao a carteira de automoveis foi uma liberalizagao por pane das autoridades do mercado segurador, de forma que as companhias puderam competir entre si na questao das tarifas cobradas, tornando-se, naopiniao do vice-presidente da Banerj Seguros, Jose Arnaldo Rossi, o fato mais importante do ano passado, uma vez que nele se incluiu o consumidor, que passou a ser defendido pela multiplicidade de ofertas.

4 reconhecidamente o j|maior inimigo do seguro,no —^.dizer dos empresarios do .ramo —,a indexa?ao acaba [obrigando as seguradoras a l|serem mais eficientes, ana:lisa 0 vice-presidente da "ter-Continental, motive

vido ao IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), que tern como regra basica seguir a apolice original.

Tudo isso mudou para quern adotou a indexagao

houve custo adicional, alem do fato de que este passou a ter as importancias seguradas mantidas pela corregao monetaria. No pagamento a vista— explica Setubal —,o pre?oe o mesmo,e no parce-

VEstes dados tiveram como base de cdlculo a variacao do!GP(lndice Geralde Presos)m6dio do periodo,quefoide222,69%e representam 0faturamento de 96,77% das Seguradoras. ou seja, 81 das 98 corapanhias do mercado.

Segundo Rossi, essa libe ralizagao de tarifas se deu tambem no ramo vida, mas de certa forma todos os ra mos foram beneficiados com a nao limitagao das comissoes e aplicagao menos n'gida das tarifas, passando a ser as tabelas mais uma refe-

Os sintomas da reversao

Em 1987 -..i Bruto Produto Interno

como pratica. Pratica essa que,segundo Olavo Setubal ladoaparcelaseraatualizada Peloqualelanao foiadotada Junior,vai, naverdade,con- pelo valor da OTN. rencia, embora ainda m"'-^ empresas. Ele tra os interesses de resulta- Pertencente ao congloimportantes, no seu ent' que ate entao as se- dos das companhias que, ao merado Itau, a Itaii Segurader. recebiam a vista adota-la, passam a ter de fa- dora foi a terceira maior Ja o diretor executivo'i'V^^ tinham de pagar os rer um desembolso maior. companhia em arrecadagao Itau Seguros,Olavo Setu^^' ^ Prazo, a exemplo He afirma, no entanto, que de premios em 1987, atinJunior,comentaaimpori^ do resseguro de- para o consumidor nao gindo o segundo maior lucia da medida para o rarnfi vida em grupo, lembraJ'i que isso significou a poss® lidade de cobranga do guro de acordo com a e . riencia passada da ap^jt em questao, embora 3

guindoumatabeladeto'^ 2 tic-/ ^''^^^ileiro .^9^ —a^uciro mf.enor adv.

cresceu apenas senj^'^^S^'^do oIBGE,o que repretaxa de crescimento bem dos liltimos tres anos, niig o consultor de econogosB^ de empresas, DomintQ _ Ele lembra, noentanem jt^g°''^®scimentode8,2%doPIB

cro,como sustenta seu diretor executive, Olavo Setu bal Junior. A empresa participa hoje com 71% do mer cado e teve seus resultados do ano passado — muito bons, no entender de Olavo Setubal Junior — defendidos por uma decisao estrategica, segundo o diretor: "Nao nos preocupamos quanto a participagao no mercado, e sim quanto aos resultados ru nossa carteira de seguros."

lidade de.calculos. "O '' portante", completa ain^' vice-presidente da IP'' Continental Seguradorai^"^ lio Rocha Araujo,"e qn^ pregos mais livres derao^ mercado a possibilidade gerir o seu proprio desti''' Naorestaduvidaquc^' oportunidade existiu, mesmo em relagao a 0^. mudanga ocorrida em l9 ; e que foi, na constataga" vice-presidente da Seguros,Jose Arnaldo si, outra razao da impot'' cia daquele ano na vid^, mercado segurador: 3 dexagao das apolices P OTN,que passou a set' direito facultative na vid^ seguradoras e seguradoS'. Para Helio Rocha Arai^' da Inter-Continental, ultima medida represen'' uma melhoria no prod^ seguro mas passou a eJ'' uma adapragao por parte'^j seguradoras, sendo, port^^ to, acatada com cautela £; tornando mais solicit^*') com o passar do tempo. je, ele garante que sao raf''! OS seguros nao indexadoSLevando-se em con'''' ainda o probiema da inflag^'^5Vi5.j.

apenas uma ilusao estado confronto de Partij. meses, uma vez que a ano a ^^S^ndo semestre daquele ^^on

■m-m o •^esso m "■ec ia ja se encontrava em essivo.

industrial chegou a media do periodo, Par^d ' foi negativa, se cornPies liltimos meses, com o Periodo de 1986.

nao fosse o cresciejq iq ^''^cpcional da agropecuaria Uma ' de cercade 14%, teriamos ^^°iogao menor ainda do PIB. dito- de positive um fato inetoij-j'^'^primeiravezoBrasilsupeno PIB, o que, m^ .0 Domingos Rodrigues, nos do como a 8.® maior economia Uq. ^ido capitalista. Mesmo assim, fiQ capita do ano passado sidg^ US$2,199 e pode ser con- pgj^'^^da bem inferior k dos princidos industrializados e mesmo que -t-'c nao se posicionam entre as ^'^des potencias, como Australia,

Israel e Cingapura, entre outros. No entender do economista, o quadro global do desempenho da economia brasileira em 1987 e claramente um quadro de reversao do crescimento economico obtido entre 1984 e 1986, como atesta a maioria dos indicadores macroeconomicos.

O PIB decresceu; a produgao indus trial idem, tudo isso para uma inflagao recorde de 365%. Enquanto is so, o deficit publico atingiu estimadamente, segundo ogoverno, 5% do PIB, crescendo, portanto, em rela gao a 1986. O ipdice de desemprego tambem aumentou, excedendo ligeiramente os 3,5% do ano passado, tendo ficado em 4%.

gj,

Diante desse quadro, os investimentos cairam para 17% do PIB, depois de terem representado 19,5% do produto em 1986. O que melhorou foi basicamente o saldo

comercial, que atingiu USSll bi lhoes, gragas a volta de uma poHtica cambial de desvalorizagao reais, com queda substancial dos salaries. Por tras de tudo estao os problemas estruturais, que nao foram resolvidos nem com o Piano Cruzado — salienta Domingos Rodrigues —, como e o caso da divida externa, que nao permite a elaboragao de programas economicos expansivos. Ha ainda os problemas poHticos, que aumentam o quadro de incertezas e de cuja solugao dependem nossas perspectivas para 1988 e ate mesmo para 1989, no entender de Domingos Rodrigues. E esses problemas preconizam a necessidade de retomada imediata dos investimentos, sob pena de o Brasil perder espago e competitividade na economia mundial — alerta o eco nomista.

BALANgO 87
10
Pro
REVISTA DE SEGURC'
LV. DE SEGUROS 11

Essa gestao, que visou desde a escrategia mercadologica ate os custos de comercializa^ao, foi responsavel pela obten?ao de um lu cre liquido deCz$3,173 biIhoes, contra os Czl 461,748 milhoes de 1986,o que representou um crescimento real de cerca de 45% — estimou o diretor. Nao obstante, tudo isso significou tambem um decrescimo de producao, com a perda real de 23% na arrecada?^ de premies, que de CzS 3,182 bilboes em 1986 passou apenas para CzS 8,100 bilboes em 1987.

Mesmo perdendo terrene para as independentes, com

a queda de participa^ao na receita de premies do mercado, de 46,51% em 1986 para 43,30% em 1987, as seguradoras ligadas a bancos aparentemente tiveram bens lucres no ano passado, come foi o case daBradesco Seguros, que, assim como a Itau,teve seus objetivos vol-

teira de automoveis seja responsavel pelamaiorparteda receita, ela caiu em relafao ao ano anterior, embora o raercado tenha crescido nesse ramo.

Ja a Inter-Continental Seguradora teve um prejuizo substancial por causa do rombo no ramo autom6vel, . . . , laiiio automovei, tadosinteiramenteparaaco- que responde por 40% do Iheita de lucros.

A Bradesco Seguros registrou queda de receita de cerca de CzS 17 bilboes, mas obteve um lucro de CzS4,32 bilboes,apos oimposto de renda,ou seja,teve umaumento nominal de rentabilidade de 341% em rela^aoa 1986.Conquantoacar-

seu faturamento. O resultado dessa carteira foi altamente negative — afirma seu vice-presidente, Helio Rocha Araiijo — e a receita de premios teve um decres cimo real de 34%,levandose em conta a inflacao. Ela passou de Cz$l45 milhoes em 1986 para CzS 445 mi

lhoes no ano passado. Ja em termos de sinisfl que totalizaram CzS 2O0J Ihoes, crescendo con^| menos 21% que no an£|] Cruzado, a empresa foi); pouco melhor, mas oT tado final foi um prejui quido de CzS 32 milh pouco mais que os Cz milhoes do ano ante Isso significa que o pre) decresceu mesmo, em mos reais, 75%. Subsidiaria da Cond tal Insurance Compan Inter-Continental existe a acual razao social. som«^ , loji nnia 380% das ^a partir de outubro de Americana a?6es

comprou quandoessaqueeasegu||^j^^^ ^as agoes da entao ou terceira maior coi" pi, . Phoenix Brasil. A ^h^mxfoifuudadahameio

Com uma queda de 33% nas vendas de veiculos .para consume in terne em 1987, em relagao ao ano anterior, a indiistria automobilistica teve um baixo resultado anual, so comparavel ao de 1981. Apesar disto,o seguro de autom6veis teve uma expansao real positiva, muito embora atenda primordialmente ao proprietario do carro novo. Na verdade,esta carteira chegou a registrar um crescimento nominal em torno de 237,6% em relafao ao premio, considerando-se o IGP medio de

202,47%. Seu crescimento real no movimento de premio ficou em IIi6%, o unico positive de todo o mercado segurador, pois todas os demais ramos tiveram indices nega tives.

A unica explicafao para este fenomeno esta no ajuste havido nas taxas a partir da libera?ao da tarifa. Era fins de 1986, a Superintendencia de Seguros Privados liberou a tarifa do seguro de autom6veis,permitindo as seguradoras que comercializassem seu produto com pre?os livres. Com isto, as taxas passaram a ser revistas periodicamente, o que permite ocasionais corre?6es e acertos na sua aplica^ao. Independente do baixo

I ™'°-™ 1927,eeml986 desempenho da industria autom^i listica,o mercado segurador acre^ ^ '^ara Jose Rossl que a receita do ramn vem sei»'i "Vida g que a receita do ramo vem SC' rupo foi o "■anio que puxou a do Banerj

aumencada de acordo com as sidades reais da carteira, Como se tratou apenas de uma revisao''' "tineij niveis de varia^ao da OTN, "j' ir,^ "^'Xq, ja qua bouveumaredu?aodasinistrali^^ ^^ado aos salarioS — pelo contrario, em 1987 foJj,' ele e atlneldo " roubados70.910veiculos,quase'^ num ano mil a mais que em 1986, apena^ji de COntenran" EstadodeSaoPaulo—alibera?^ ^ ' tarifas pode ser creditada coi^j' f^®a45a grande responsavel pelo excels'* das "o comportamento da carteira de que posi- ros de autom6vel. Mesmo assifli-', guns setores do mercado procu^ flflO SP Hpivar I

" (I Es ^empo. nao se deixar levarpeirempolgaf^' afirmando que e dificU equili^^t ada em 1988, baseestacarteira.manterestaveiareK '^'^adg nasuapo- sinistro/premio, em vista da alt» t cidencia de sinistralidade, ^^"^"^a'sapuradade acteditamqueomercadoestapro^/ c'on- '"Jer-Continental rando operar com pequena mar/ ''ao ° '^eia expandir de lucro no ramo, sem querer :Ssa f^Portar dividendos. d

ele um ramo nobre como incen''''' no hollucroscessantesousegurospesso'J'J cuja

Se nao existe euforia no mere/ ® ° segurador, nao chega aexistirapa'^j ^eapi- companhia na Mesmo acreditando que a indexa«^ ae lucros. doprodutonaocontribuiuparaa/ Ihoria da sua arua^ao, ninguem feC^ torip para pequeno Ihoriadasuaarua^ao, ninguem fec'' tevg ^ '"'er-Continental OS olhos para os numerosreais qu^'. Prejuizo bem acenCart^irft smr^cArirr\,, inoi 1 ^ Com r\ r^-.. j carteira apresentou em 1987

L.

balhe com codos os ramos elemencares. A causa desse problema e o estreitamento da sua base, o que ja nao acontece com as segurado ras maiores. No case da Ba nerj Seguros, por exemplo, 28.® colocada no ranking, 1987 foi um ano complicado.

Nao bastasse a troca de governos, que mexe com a administra^ao das empresas estaduais acadaquatroanos, a Banerj Seguros se via atingida no minimo quanto a Incerteza em rela^ao aos destinosdo Banco —admire o vice-presidente Jose Arnaldo Rossi, embora afir mando que hoje o momento e oucro.

"Para nos, o inceressante foi que as carteiras de baixa

de pre-recessao, com queda daatividade economka. Tanto para a Bradesco Seguros, que continua direcionando seus esfor^os para as areas com maiores perspectivas de lucro — escrate gia ja adotada no ano ante rior —, como para qualquer outra companhia do merca"As carteiras de do, a inflagao e um fator de baixa freqiiencia incognita para o desempe nho de 1988, como sustenta o diretor executive da Itau Seguros, Olavo Setubal Ju nior.

de sinistros foram as que melhores resultados apre^ehtaram", esclarece Rossi

freqiiencia de sinistros (incendio e acidentes pessoais) forsm as que melhores re sultados apresentaram. Alem disso, conseguimos crescer mais que o IGP me dic." Para se ter uma ideia, vida em grupo foi o ramo que puxou a carteira da Ba nerj para baixo, jaque —indexado aos salaries — ele e atingido diretamente num ano de conten^ao.

Mesmo assim, a Banerj Seguros teve em 1987 um lucro Iiquido de CzS 65,4 milhoes, o que nao tirou a empresa do vermelho, gra mas ao prejuizo acumulado de Cz$ 122,7 milhoes. Para Jose Arnaldo Rossi, os re sultados nao sao mais do que um reflexo do que vivemos no ano passado: um quadro

Mais ainda: do ponto de vista dagerencia, eum desafio estabelecer uma rela^ao constante entre a moeda do premio e do sinistro — de-

Segundo Hello Rocha, da Inter-Continental, "A indexagao obriga as companhias a serem mais eficientes. Ate entao as seguradoras recebiam a vista e pagavam os sinistros a prazo".

sabafa por sua vez o vicepresidente da Banerj Segu ros. Sua empresa resolveu isso encurtando os horizontes de planejamento, o que

i "Ho j ° desempe- S-t Hiovef de autoj 'buito embora tra-

DE SEGUf' DE SEGUROS

O resultado da carteira de automoveis, foi altamcnte negative, afirma

do
r
12
REVISTA
13

Carga pesada

. Importante fonte de receita para o mercado,o seguro de transportes de carga registrou em 1987, apesar do superavir de 11 bilhoes de dolares na balan^a, indices desalenradores para as empresas que operam esta carteira. Afmal, uma redu^ao daordem de

11,6, ate novembro de 1987, se nao causa problemas financeiros ^seguradoras, pelo menos desestimula seus investimentos neste ramo da atividade.

Para os tecnicos do IRB — Instituto de Resseguros do Brasil, no entanto, estes indices nao sao precisos, pois, justificam,tomam como base o

ele considera ruim porque e complicado planejar por tres meses, na medida em que OS compromissos de

"Nao nos preocupamos quanto a participagao no mercado, e sim quanto aos resultados na nossa carteira de seguros", sustenta

Olavo Setubal jr., da Itau Seguradora, a terceira na arrecadagao de premios em 87.

lima companhia de seguros nunca sao de 30 dias.

De mais a mais, a infla^io inibe os investimentos e desvaloriza os ativos passi-

veis de serem segurados, lembra tambem Jose Arnaldo Rossi, gracejando: 'Tica todo mundo na moeda e nao tem seguro para a mo eda."

Por falar em moeda, o vice-presidente daBanerjSe guros queixa-se igualmente das despesas com o pessoal e, especilicamente, da URP (Unidade de Referencia de Pre?os). Segundo ele,com a URP encostando nos niveis de infla^ao, a situa?ao fica dificil, porque o peso do setor de services e relevante e o grande item nos custos e o salario.

Nao precisou porem a quanto chegam as despesas administrativas, revelando apenas que normalmente os gastos com pessoal representam 70% do conjunto dessas despesas. Mas da para se ter uma ideia, pelos resul tados de 1987, quando a re

exercicio de 1986, ano ati'p quando o volume de importa?! para controlar o pre?o de dive produtos e sua consequence di bui?ao para todos os Estados r. g pliousubstancialmenteovolumei Jomar Pereira da Silva operagoes de seguro de transpotS Os tecnicos do IRB n^ admi^ a ,-ok j . _L- -1 -i - , , , . A ae receber uma edicao .ambemaposs.bil.dadedeq„e»

comunitarias

cadon^ desuaadaa a exportafao^

A aspedaldo iornalTfeT,-«««/

cariahosamente pelas em 1987, com a queda do cons«< ">aos do iog„e professor Hermogeinterne e o fim do Piano Cruzado, grande o volume excedente da P que, em mais uma de suas viaj . . estudos per aquele pais, fi- ducao mterna-possam ter cheg«i ^rpreso com o conteudo dessa aosportosde forma irregular, istoj Pubhca^ao: urn suplemento de 12 sem seguro. Ate porque a lei n4 J'Smas inteiramente dedicado apusent.do,advertem,e rigorosa deti^ re, melhor, divulgando o para que fornecedores possam olj de urn concurso de criatirar a descoberto neste mercado- ^de em campanhas publicitarias. Contudo, fica, mais uma ^ de uma iniciativa da adiada para o segundo semestre^ ^ 1988.a exp^tativa do mercadoj na Udia e promove anualque o seguro de transportes po^ uma avalia^ao do que de meapresentar melhor desempenho. fo. pubHcado em materia de niTP <» I /-v A ^ < --rtrtv ^ncirt ciosf, • '°®ufoquesejadebenefi- que,aexemplo de 1987,seragra"' o volume de excedentes desti ^'0 social Jcjauc UC1.WW- nadf®" exportafao.

Carlos Fra''^

!«*«,

ceita de premios ficou em CzS 900,4d milhoes e as despesas administrativas nao passaramdeCzS 158,78 mi lhoes.

De qualquer forma, no que tange as liberalidades de comercializa^ao do produto seguro, as perspectivas para 1988 mostram-se boas; pelo menos, e o que demonstra o otimismo dos executivos.

Olavo Setubal Junior, por exemplo, da Itaii Segurado ra, acha que essa liberalidade deve ser mantida, provocando uma disputa cada vez maior pela qualidade do produto. E o segurado vai optar pela companhia e pelo produto que deseja, tornando a concorrencia muito salutar.

Jose Arnaldo Rossi, da BanerjSeguros,acha mesmo que esse e o fermento do crescimento,ou seja,a competi^ao, que fara com que se

trabalhecom oconsumid"' nao contra ele.fern conti'.j uma queixa a respeito da controvertida questao aplicacoes das reservas f', nicas das seguradoras. ele, a obrigatoriedade de aplicar uma parte das vas no mercado acicnafi", absurda, ja que o ativo d sabidamente resultados '' gativos no ano passadf tambem no inicio deste a4

Favoravel a que a za^ao devesse ser exer^' somente sobre amargef solvencia, o vice-preside" da Banerj Seguros apoi",. liberdade total de aplka?^' que o diretor executive Itaii Seguros so admite teoria. Para Rossi, o imp" tante do ponto de vista autoridade seria apenas s'' ber que as reservas de ur" companhia deveriam coi responder ao risco por e assumido.

blka tt "^"^^r^sse da causa piielgggQ ^ de altissimo nivel gorijj ^"^^^^orestrabalhosemcate?ao, cri^'^^ saude, mulher, populaduas ® tambem, em eiri oditados em ingles ou '• E provavel que os profis-

sionais brasileiros, ao verem as pe?as reproduzidas, tor?am o nariz para os aspectos de qualidade de produ?ao e ate de criatividade, mas tenho certeza de que num segundo momento de reflexao chegarao a conclusao de que se trata de um trabalho de profundo conteudo humano e efetiva contribuig^ comunitaria. Vale pelo desejo de, atraves da comunica^ao, diminuir as desigualdades sociais, minimizar conflitos, promover a paz. No Brasil, as campanhas comuni tarias ocorrem com pequena intensidade, comparando-se com o volume de problemas do pals e sua dimensao continental. Acredito ser oportuno lembrar aos anunciantes este segmento a ser abordado, sempre com dividendos institucionais garantidos. Lembro-me de uma ultima e funda mental recomendagao que recebi quando participei de um seminario de marketing bancario na New

Ecologia

University, que basicamente se re sume no seguinte; se uma empresa vive da comunidade, e importante que esta comunidade seja rica para que possa consumir seus produtos e services. E nao se trata apenas de riqueza material; o povo deve ser sadio, educado, culto. De que adianta tentar expandir os negocios num ambiente pobre, doente, inseguro? Por aqui, a nossa midia tem feito um esfor?o no sentido de apoiar a comunidade, principalmente em momentos de calaraidade como a que vivemos com as chuvas do verao, que deixaram milhares de pessoas ao desabrigo. A imprensa fez sua tarefa de informar e foi alem, servindo de vei'culo para obten^ao de recursos para as vitimas. Precisamos todos tomar consciencia da responsabilidade que temos com a sociedade em que vivemos, e cada um deve fazer a sua parte, A proposito, qual a sua proxima campanha comunitaria? •

Nao fa^a do fumo uma tradi^ao familiar.

1 COMUNICAgAO E MARKETING ipl Campanhas
14
REVISTA DE SEGUROS-
dritreyd "eodJulland W««.CifuJ u tih II («ntyn ••'iM tAIfM'•t *4^ CV*" Nf-in •<>««»< ««««16 h«n 12 milhoes de necessitados por falta de planejamento familiar. mAiMcr** 61 r««'6»an » AMI.*PU6NMWQ CCNTi* ^'STA OE SEGUROS 15
Ohelpless!

1987 mes a mes

1987 foi bastante movimentado para o setor de seguros, que experimentou, no iru'cio, a sensafao de que poderia alcanfar bons resultados, viveu penodos de indecisao e preocupacao, e techou o ano com esperan?as, principalmence devido as medidas adotadas pelo governo (in centives fiscais), Comissao de Valores Mobiliarios e Conselho Nacional de Seguros Privados. A seguir, a Revhta de Seguros publica os fatos que, mes a mes, levarara os empresarios de uma possivel tempestade em airo-mar para aguas caimas.

Janeiro

• Resoluflo da Susep obriga seguradoras, por ocgsiao do levantamenro de baJancetes e balan^os,a verificar(com base na cotagao do momento)se o valor dos tituios mobilia rios e inferior ao valor da aquisi^ao dos papeis e a constituir uma provisao em valor igual ao do somatorio das desvaloriza^oes apuradas era tltulos mobiliarios.

Fevereiro

• Susep racionaliza opera^ao de pianos conjugados. simplificando vidadas empresas. No mesmo dispositivo, fica estabelecido que a seguradora pode iniciar a opera^ao do seguro se n^ houver manifesta^ao da Susep em 60 dias ap6s a apresenta?ao do projeto.

• O Conselho Nacional de Segu ros Privados determina que somente entidades abertas de previdencia privada e seguradoras autorizadas podem operar pianos de renda por'sobrevivencia.

Margo

• Modificada composigao do CNSP. A presidencia volta a ser exercida pelo ministro da Fazenda e, na sua ausencia, pelo superintendente da Susep.

• Estabelecidas novas normas para seguro-saude.

• Crise hepatica mata o preside'nte, do Sindicato dos Corretores de Segufos e Capitalizag^ de Sao Paulo, Wolfgang Siebner, aos 56 anos de idade.

Abrll

• Neste mes, excepcionalmente, houve ral calmaria no setor que nenhuma noricia relevante merece destaque.

Male

• Concedida rarifagao especial (TE)para seguro de Vida em Grupo, obtida atraves de desconto.

• Incendio destr6i predio da Cesp em Sao Paulo, causando pre, juizo de Cz$ 1 bilhao, acima da importancia segurada

• Capacidade de recengao de riscos das empresas e favorecida pela mudanga de c^culo de ativo li'quido. Os limites operacionais passam a ser corrigidos mensalmente pela variacao da OTN.

• ResolugaodoCNSPdispoesobre repasse de recursos das empresas e Fenaseg para 6rgao a ser crlado (Codiseg) para promogao institucional do setor.

• As indenizagoes relativas a contratos de seguros com vigencia iniciada antes de margo passam a ser sujeitas ao reajuste proporcional ao periodo compreendido entre o aviso do

6 alocagao minima para m^ima, com excegao dos iovestimentos dire; ao mercado de agoes. sinistro e adatadaefetivaquitag^rl qual deve ser calculado para o pf ^Sosto riodo de 28.02.86 a 28.02.87. ^ * Penaseg, Fenacor, IRB e Susep demais(apartirde 1.° de raargo)s^| o Codiseg (Cornice de Divulrao reajustadas de acordo com a Institucional do Mercado de riag^ nominal da OTN. i' ^®SUros).

• Susep instituiindexagaoatraV^, * Entra em vigor indexagao dos de clausula de reajuste de valof^ ®^^®lada a variagao da OTN. monetarios, vinculada as variago^, - * do Brasildecide atuarna nominais da OTN, 1 de corretagem, sob protestos

• Cnadas normas para eleigaooji que tentam inclusive membros dos Conselhos de AdU^, , nistragao, Deliberativo, Consulti*®- Lit!-- Operacionais (LO) e Fiscal e Diretoria das empresas ras iJf^ das seguradosam a ser expresses em OTNs, para os seguros.

• S seguros indexados. usep passa a responder y-" divulgagao dos atos do CNSP a Setemk rem assinados pelo superintendeo? , p da Susep. jl ^-^^^^bras transfere ao seguro , . 1. forma«°r fisicos, de 7 plata- •'""ho j queno. de pe-

• Em junho cambem nao hoU •' Porte e 12 sistemas flutuannoticia que merecesse algum deS^* rad'aH importancia segud"®" USJin ^dhoes, ao custo de *^^.2 milhoe.s.

• O Julho

• Piano Bresser congela taxas '''' seguro, e aplicag^ do deflator operagoes e introduzida em carflt^' - cuj cat** tac

^ronav de resseguro de ^^'"Parc^f j uavios nao podem mais "^^^izad^ ' paracontratos OTn d61ar ou indexados a ulcarivo, a cricerio do segurado-

• Aprovadas as condigoes esP^ ^Utuk ciais e disposigoes tarifirias para " • , seguro Multirisco de obras de af'/ Joao t»'!^?'^'^^®udente da Susep, riscos diversos, anexas,que ficafli ^Ura ^os Santos, propoe aberzendo parte integrante da circulaf;^ ciaj,^ "Mercado de resseguros a iniConselho Monetario transfe{^ Presidente do IRB, esouro 90% do oreini.r, do Valle Simoes, rebatePrejuizo US$300 e an . oimoes, reoate a milhoes decorreme - 1 Para """^'^^realizagkideestudos operagoes de fmanciamento aexpo^ « p'Pp'if'cagao do resseguro tacao de navios,realizadas entre 76^ Projg^ em audiencia publica o

desconto nao implica alteragao do premie de tarifa.

Novembro

• BNH e extinto e se agravam as dificuldades do seguro habitacional.

• Por problemas de saude, Caio Cardoso de Almeida se afastada pre sidencia da Associag^ Nacional das Companhias de Seguros,sendo substituido por Dalvares Barros de Mat tes.

• CNSP delega competencia a Susep para examinar pedidos de autorizagao de seguradoras paraoperarem em Seguro Rural e normalizar implantagao de seguro no pais.

• O mesmo conselho resolve que OS seguros com clausula de reajuste monet^io poderao ter previamente fixados OS valores das parcelas de premio, mantido o sistema de posfixag^ da import^cia seguradacom base na variagao da OTN, apenas para contratos referentes a riscos com premio de valor equivalente a ate 150 OTNs. Este limite nk) se aplica aos premios de seguro do ramo de autombveis, que poderk) ser previamente fixados, independememente de seu valor.

Dezembro

• Receita autoriza dedugao no Imposto de Renda de Pessoas Fisicas das despesas com seguros de Vida em Grupo, Acidentes Pessoais e Saude, ate Cz$50 mil.

sistema de seguro de credito a exportagk), que podera resultar na criagk) da Secex (Seguradora de Credito a Exportagk)), operada pela iniciativa privada.

• Presidente Samey aprova lei que amplia a incidencia do Imposto Sobre Servigos (ISS), taxando vkios novos servigos, inclusive os seguros.

• CNSP cria comissao para reestudar a sistematica de sorteio dos se guros das empresas estatais.

• Ministerio da Fazenda, acatando sugestao da Susep, suspende por mais tres anos concessk) de autorizagk) para funcionamento de no vas companhias seguradoras.

• CNSPdecideque.nao seramais exigido do mutukio do SFH o se guro de edificagk)ou do conjumo de edificagoes enquanto perdurar o contrato de financiamento concedido.

• Modificado ckculo de constituigk) da provisk) de Riscos Nk) Expirados,que sera feito com observkicia do desdobramento para cada ramo e aplicagao sobre o premio puro, ou seja, sem o carregamento (despesas administrativas). A partir de 89, as seguradoras poderao valer-se dafaculdade de operarcom carregamentos proprios fixados acualmence, com base na experiencia em suas carteiras.

-XT . 1 "^'Uistroj^ resolugao relative a"Ad-

No mesmo dia, conselho fi"" ^orteir, j seguros sujeitos a vas normas para aplicagoes de Co" p orgaos do Poder Publiservas tecnicas. substituindo criteri" re^ ^ desagrada aos corretono termina sem que o mesmo « S^jJ^^^do pelo CNSP.

^utoriza desconto nos c^ndio p seguros dos ramos Inde I Cessantes Decorf'EViftf ^ '^^^udio, ressaitando que ^ SEGUROS

• A Susep resolve que as segura doras, no tocante a cobertura e adequagau de reservas tecnicas, poderk) movimentar livremente seus titulos de renda fixa vinculados a Susep.

• Autorfeada a movimentagk) livre de carteira de agoes e cotas de fundos mutuos para as seguradoras.

• Fenaseg, Associagk) do Comercio Exterior do Brasil (AEB), Associagao Brasileira das Empresas Comerciais Exportadoras (Abece) assinam protocolo de intengoes para viabilizar a implantagao de um novo

• E instituida a Comissk)Permanente para o Seguro Habitacional, como comissk)consultivado Conse lho Nacional de Seguros Privados. Ela sera constituida por representantes do Ministerio da Fazenda,aquem compete a presidencia, Susep, IRB, Banco Central, CEF, Fenaseg, Abecip (Associagk) Brasileira das Enti dades de Credito Imobilikio e Poupanga)e Coordenagk) Nacional dos Mutuarios.

• Susep fixa coeficientes de car regamento em vkias modalidades.

• As taxas de premios do segu ro habitacional sao reajustadas em 49,6%.

• IRB e Susep reduzem taxas de seguros de embarcagoes fluviais. •

RETROSPECTIVA i
17

t(—16,3%); habitacional (—27,6%); ^'Dpvat(—37,4%); acidenres pessoais ^""'^->2%); vida(—28,8%);e outros ;;(-9,7%). .

Toda essa crise, conrudo, esta leJivando as empresas a se tornarem fnais criativas. E para tentar superar conjunturais, Sergio ®*plica que v^ias segurado- 'i ras tem primado pela inventividade.

O seguro e a conjuntura

Apenas a sinaUza^ao concreta de redugao do deficitpublico par pane do governo e a consequente redugao da inflagao sera capazde revedera tendencia da queda na arrecadagao depremios do mercado segurador este ano, afirma Sergio Kibeiro, presidente da Fenaseg.

A previsao nada otimista do presi dente da Federa^ao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalizagw (Fenaseg), Sergio Ri beiro, esta respaldada no desempenho do setor no primeiro trimestre de 1988, quando a arrecadagao de premios sofreu uma queda de 15,3% em rela^^ a igual periodo do ano passado.

O seguro nao pode fuglr ao contexto da economia como um todo, que depende basicamente do rumo que sera tornado pela politica economica do governo, diz Sergio Ri beiro, ao explicar que se a arrecadaCao de premios conseguir empatar, em termos reais, com o indice da infla;^ este ano, ja sera muito bom.

O mais provavel. porem, nao e is so. Comentando a intentao do go verno de reduzir o deficit publico deste ano dos anteriormente previstos 7% para 4% do FIB,Sergio Ri beiro afirma que esse percentual ainda e muito elevado. Mas prefere nao fazer exerckios sObre qua! seria o percentual ideal para que o mer cado segurador registrasse um'desempenho positivo em 1988.

Alem da questao do deficit publi co,o mercado enfrenta tambem a vatiavel psicoiogica. Isto quer dizer, segundo o presidente da Fenaseg, que se o governo dio exemplo para a redugao do deficit publico, o mer-

ia

Sergio Ribeiro acredita que ainda ha tempo para o Governo combater acertadamente a inflagao.

cado acaba reagindo a contento, mesmo que as medidas tomadas nao sejam suficientes.Ja no caso do mer cado nao acreditar nas medidas propostas pelo governo, estas acabam nao surtindo nenhum efeito. mesmo que estejam na dire^ao correta.

Apesar disso,Sergio Ribeiro acre dita que ainda ha tempo para o go

verno conseguir reverter a situaC^ combatendo de maneira acertads' inflaf^. Ele explica que a inflafl"' o Inimigo numero 1 do seguro, historicamente esta comprovado 4^ toda vez que o indice sobe ha tendencia de queda na arrecadaf^ de premios. Para se ter uma idei^r desempenho das duas principais cF teiras no primeiro trimestre deS'' ano foi bastante negative. A carteij^ mais importante continua sendo a"' automoveis, que no periodo uma queda real de 12,8%em relaC aos tres primeiros meses de 1987-" a de incendio caiu 8% reais em rel''

"Se este ano a arrecadagao de premios empatar com o indice da inflagao ja sera muito bom".

CM a igual periodo. Ele lembra aio'^' que,apesar de toda a crise, a carte*^' de automoveis continua sendo a do mercado, com uma participa?^" de 359fi na arrecadagao total de mios, que no primeiro trimestre ano foi deCz$ 63,5 bilboes. A situa^ao das ouiras carteiras ainda pior. Apenas o seguro saud^' considerado uma carteira nao trad'' cional, teve um aumento real d^ 50,5^p no primeiro trimestre d^ 1988, com uma arrecadagao de Cz^ 2,8 bilboes. Todas as outras tivera''' desempenho negative: transported

lan?ando novos produtos e trabaIhando principalmente com avenda de seguros em pacotes. Esse marke ting mais agressivo esta provocando, tambem, alteragoes no ranking das seguradoras. Sem citar o nome das empresas, ele diz que algumas vem conseguindo obter um bom desempenho com esse trabalho e,com isso, estao galgando posigoes no mercado.

Por um mercado livre e capitalizado

^Prec/so iiberar o mercado de seguros. Para que haja o seguro no Brasil tem que deixar de ser por meia duzia de empresas cadorialmente

mak para se tornar mais livre, mais competitivo e Joao p- opiniao e do Superintendente da Susep, com Picardo dos Santos, que em margo ultimo, Profu ^ frente da entidade e promote ^das mudangas daqui em diante.

Mas em termos globais, enfatiza Sergio Ribeiro, o panorama n^ e nada animador, pois, apesar do se guro atualmente estar indexado a OTN,as altas uxas de infla^ao com as quais o Brasil vem convivendo atualmente em nada ajudam o segu ro. Ao coDtrario, so atrapalham.

sive daqueles que tem um alto risco. Essa massificagao tornaria o valor do premio mais barato. Para se alcan^ar esse objetivo, Joao Regis acha fun damental a melhora dos canais de comunica^ao, que podera ser feita atraves de um diagnostico sobre as causas que levam o brasileiro a se interessar pouco por seguro.

^®eurad^ "'uitas falhas no mercado setorH empresarios do de lideM^^^^ ®*ercerem nenhum tipo

Sem a seguros pasativa uma parte mais Regijj^ ^^'^omia brasileira. Joao °Brasil e a oitava '^Os de Tiundo, mas, em ter44,0 ^indaseclassificaem que n ^ objetivo da Susep e "mercado cres^a.

seguradoras tern

Seu ^ seguro e investir negocio", diz ele. "E

ta,e isso so vai se dar atraves do reinvestimento do lucro gerado por essas companhias.

A massifica?ao do seguro e o se gundo ponto abordado pelo Supe rintendente da Susep. Ele acha, entretanto, que essa populariza^ao do seguro passa por uma mudan^ de cultura do brasileiro, a fim de que o seguro deixe de ser um negocio exclu

A Susep ja deu o primeiro passo nesse sentido. Segundo informou Joao Regis, no memento a entidade esta esperando a resposta de uma pesquisa sobre a causa do.baixo vo lume de seguros no Brasil. Independentemente disso, duas campanhas ja estao prontas e vao ser vekuladas em breve; a do desconto no imposto de renda e do DPVAT (atraves de panfletos distribuidos nos txjstos de Para;7'° capitalizar as empresas, ^ PCquenas seguradoras se e as medias se tornem como

Posta crescimento? A res-

A IS U tem que ser revis- Para Joao R6gis, as decisdes adotadas pela Circular 22 sao irrevogdveis

ENTREVISTA
S.
L.
V
>
REVISTA DE SEGUROS
Jtr passa pela capitaliza- qutagj^^ fundamental 5e ^Sutadoras se especializem e Pequg (principalmente as ^^^obra^'f ^ara ele,o mer^'^'did ^"^*^®®^aeconomicamente ''8adas° gtupos: empresas e as de^ ^^'^Slomerados financeiros P^queno porte. Ele acredita que estrutura SEGUROS 19

gasolina). Uma terceira, sobre a imagem do corretor de seguros, ainda esta sendo elaborada.

Quanto as mudanfas que ja foram processadas pela Susep, como a questao do desconto na apolice de seguros de incendio,Joao Regis garante que elas sao irreversiveis. No caso da circular 22, que permitiu o desconto para incendio, ele admite que, napratica, essadetermina^aoda Susep libera a tarifa do seguro de in cendio. Segundo explicou, essa cir cular so legitimou uma situa^ao que ja existia, so que antes apenas o grande segurador obtinha esse des conto.

"Agora o desconto e para codo mundo", explica. "Essa decisao e irreversivel e veio para ficar. E a libera^ao, como ja ocorre com o automovel e o seguro de vida."

O Superintendente da Susep esclarece que a decisao foi tomada devido a constata^ao de que o desconto ja vinha ocorrendo."Ou proibiamos e, para isso, seria necessario uma grande fiscaiiza?ao,ou faziamos vista

Modernizar o IRB

grossa".

Agora, a preocupagao da Susep e com o desenvolvimento do mercado.

A receita do seguro esta em torno de 1% do PIB ha mais de 20 anos.Joao Regis acredita que se o mercado ti-

"Oseguro deve deixardeser um negocio exclusive daqueles que tern um alto risco. Entretanto, sua popularizagao passa per uma mudanga de cultura do brasHeiro."

vesse caminhado ate peio menos metade do espajo que pode ocupar. esse percenrual em relafao ao PIB ]i poderia rer subido para 3,5%. No ano passado, a receita total do mer cado ficou em Cz$ 104 bilboes, mas eie acha que esse total poderia ter

chegado tranqiiilamente a CzJ 3' bilboes.

A Susep ja come?ou a mudar atingir esse objetivo.Joao Regis Santos afirma que o papel. da en] dade nao e so baixar circular e r gar muitas delas alguns meses pois. O objetivo e desregular o m cado.Por isso,22 anos depois de s exisrencia, a Susep tem este ano primeiro programa anual de traW Iho, aprovado pelo CNSP.'A Susd pretende ser uma agenda de dese" volvimento do mercado seguradti' coiocando-se na linba de frente discussao.

Para este ano,Joao Regis acred' em resultados reais. Embora afif' que a conjuntura economica naO boa e podera atetar negativamentc mercado de seguros, ele acha 1988 esta sendo acolhido com lib* ragao de pre^os, introdugao da co regao monetaria e.campanbas pub'? citarias. Por tudo isso, ele espera o mercado,em termos de crescim^''' to, ganhe da inflacao.

descnhrf"! e/e comp/eta 50 anos, mas so agora esta taZ/ ° «'"ovador. Alguns va ores serao mantidos, como a defesa do monopdiio

seuHuZZ^- OScoragoese mentesde

7oZrZ '«9peto governo para viabilizar o mercado de seguros e cue hole

7e"fren°euZ'^ ^ ''"''a

"O mercado precisa da estrutura que oIRB tern. Se oIRB abrisse mao do monopolio de mercado, certamente continuaria a ser a empresa com maior capacidade do mercado. Ele tem know-how e peso financeiro", assinala Ronaldo Simoes justificando a sua determinagao de continuar a brigar pelo monopolio do IRB.

Ele garante que as mudan^as virao. mas explica que nao se trata de neohuma crise de identidade, ressallando,contudo,que oIRB precisa se modernizar, se atualizar. A priraeira reuniao do IRB com sens acionistas. no micio desse ano, segundo Ro naldo Simpes,jademonstra que a entidade mudou.O objetivo primeiro e abrir o mercado operacionalmente.

permitindo maior poder deciso^ para a iniciativa privada.

O IRB tem varias metas a cu''' prir,de acordo com o que foi tra^'^' ^mo seu projeto de moderniza?®'^, Os principals pontos sao os seguf tes:

estimulo a divulga9io institucf' nal do mercado de seguros.

simplificacao do seguro e c"' seguro

revisoes das condigoes de aut''^ nomia das se^radoras na regula?^" do sinistro

— estimulo e apoio a dissemina^^" o emprego da engenharia de segd' ran^a e das tecnicas de risk manage para melhorar a qualidade ^ dispersar os riscos

— pianos diferenciados de resse^'

20
r
os REVISTA DE SEGURO® A SEGURADORA OA CAIXA.
APROVEITE. A SASSE TEM UM PLANO ADEQUADO AS SUAS NECESSIDADES COM A GARANTIA DA CAIXA ECONOMICA FEDERAL

— reestudo globaJizado do sistema de retrocessoes para identificafao das necessidades de reajustes, em fun^ao das caracteristicas atuais da massa de riscos operados

— revisao periodica de sua propria capacidade de retenfao de riscos

— acelera?ao do ritmo de anaJise e aceitacao dos resseguros facultativos

— retorno do Conselho Tecnico a sua posi?ao tradicional de poder no processo decisorlo, ou seja, retomada do seu carater dellberativo

— aumento da informatiza^ao

— ado?ao de nova politica de administra^ao de recursos humanos, onentada para a valorizagao do merito profissionaj

Mas,embora veja a necessidade de muitas mudanjas,Ronaldo do Valle

Siraoes acredita que o mercado de seguros no BrasiJ ja se desenvolveu bastante, oferecendo hoje praticamente todos os tipos de cobertura.

Segundo ele,todo o esforfo do IRB se coocentrara na tentativa de massificar o seguro no Brasil, o que fara com recursos proprios, ja que,como lembrou, o IRB e iima empresa superavit^ia.

O primeiro passo nesse sentido foi a criacao do Codiseg,que esta sendo mantido com recursos do IRB vindos indiretamente do mercado. Simoes esta convencido de que o major investimento a se fazer hoje para o crescimento do mercado e o de recursos humanos. Dai, a cria^ao do Codiseg, um comite que, sem alterar nenhum ponto da pratica do se guro no Brasil, se empenha na re-

As previsoes dos Sindicatos

Seis presidentes estaduais dos Sindicatos das Empresas de Seguros

Privados e de Capitaiiza^ao

revelam seas prognosticos sobre o desempenho da atividade de seguros em 1988.

formulafao de sua imagem e numa melhor promofao do mercado segurador.

Na opiniao doPresideme do IRB, ainda ha rauico espa^o para o mer cadosegurador noBrasil. Asmaiores possibilidades de expansao estao na ^ea do seguro de vida e incendio residencial, a que grandes empresas,ja vem se dedicando. Ao aflrmar que o mercado de se guros e uma atividade muito renta-

"Um dos objetivos primeiros do IRB e abrir -^ o mercado operacionalmente, permitindo maior poder decisorio para a iniciativa privada."

vel, Ronaldo do Valle Simoes lembra-se de suas proje^oes para este ano e faz uma previsao:"O mercado segurador devera registrar, de novo, em 1988,crescimento real,apesar de todos OS problemas por que passa a economia."

Para fazer essa previsao, ele ressalta que muitas medidas tomadas no ano passado(como a indexa^ao a infiafao dos contratos de seguro, so vao apresentar reflexes este ano. No seu entender, a indexafao foi uma

••Todo o nosso estbrgo se concentre^ na tentativa de massificarosegur® Brasil", sustenta Valle Simoes.

excelente medida, porque, alen5''' aumentar o premio, tornou o seg^^ um produto bastante simpatico o consumidor.

Outro fato relevante levant^*^' por Simoes foi o favorecimento estd sendo percebido no mercado f'' ternacional. Ele aponta, por plo, o caso da Transbrasil, quando'' resseguro foi renovado com 40^ reducao, apesar dos problemas frentados no ano passado.

Ainda ha muita coisa por fazer, e impbe-se que todo o mercado esteja voltado para o crescimento a fim de que este- se concretize em 1988, tuesmo com todas essas incertezas.

Octfivio Cezar do Nascimento (Sao Paulo)

Nw me parece que o mercado seSurador possa ter um crescimento ^■5^ este ano, ja que os indices inflaupontam para numeros en^ 0% e 800%. Ja no ano passa- 0. o mercado nao cresceu devido a ^^a^aoeconomica. Esteanodevera orrer situa^ao parecida, conforme OS dados divulgados pela ^^®g- A persisdr a tendencia do seeurn^° ^®cessivo, a atividade do ^odos ^^5^^®^'^^'P®''^redu?aonao ^ermos ^ segurados em do tambem 5ao da Pessoas fisicas, em fun?a. *-®Pacidade de poupan-

^®rdade economicos. E bem com^^ n^uita coisa vem sendo Cod" °^° P'"iuc'PuImente, Poe a ^'"S^uismo que se profUence e divulgar ampla- do seguro para

expressar pessimis^"ftenra.. nos preparar para tais dificuldades.

Joao hia)

nomia. Se continuar tudo como esta, o mercado de seguros vai ficar abaixo da infla^ao. E so ira melhorar se a economia voltar a crescer e a inflagao cair. Se nada mudar, vamos ter o mesmo marasmo do ano passado. Tudovai depender dadecisao politica.

Eu acho muito dificil fazer uma previsao. Como sou do tipo otimista-realista, acredito que ha alguma probabilidade de a economia se reativar ou pelo menos nao ir ao fundo do poco este ano. Mas nesse me

para se fazer uma previsao mais exata.

Nos estamos trabalhando com perspecdvas de crescimento. Ninguem esta montando pianos para regredir. Mas o problema e que o pais vive um grande clima de indefinigao. Eu espero que esse clima perturbador passe logo. E preciso, principalmente, que se controle a infla^ao, ja que OS efeitos inflacionarios sao perversos no mercado de seguros. As aplica?6es financeiras nao tem conseguido acompanhar a evolu?ao do premio ante o aumento de pre?os de produtos e mao-de-obra.

Enquanto nada disso acontecer, os homens do seguro (empresarios e governo) devem se empenhar para ter velocidade e acompanhar as mudan^as na economia. E preciso que o mercado segurador consiga acompa nhar todas as alteragoes que o go verno vai fazer na busca do ajustamento da economia.

^ precise ter bola de cristal para saber o que vai ocorrer em 1988 E uma situa?ao dificil saber se a tendencja da economia e de crescimento ou nao. O quadra e complexo, mas

acho que o problema mais grave ^^ politico. De qualquer modo,se o guro tern realmente potencial para expandir, e se houver uma conce''' tra?ao de esforcos do mercado de guros, pode ser que haja um cresC'' mento razoavel.

So que, para isso, sera necessari" trabalho e conjugafao de esforco«'

nosso mercado '^^'^dato decisao sobre o defiri O problema establP Se fi^""es'dent 1"e o mandato do a rn' sera de cinco Pode ser ^ "»elhora. Quatro anos ^Provara"'" '"^^''ocesso politico. Ja ^gora fai" ° Presidencialismo. cinco anos

O 'eZ'. T

Esta ® ® indefinirj ° P^'^do, nao ha invesa um retrocesso na eco-

mento isto e apenas probabilidade. Eu estou trabalhando como se o mercado segurador fosse acompanhar o movimento do ano passado, sem perdas nem ganhos.

O problema e que o mercado de seguros esta mu ito ligado a economia global, ele acompanha os efeitos economicos. Isso ocorre porque, quando hd- crescimento, o seguro serve para garantir a produ^ao, a materia-prima, os produtos estocados, enfim, o seguro cobre os riscos do crescimento. Alem disso, quando a economia esta em alta as pessoas tern mais dinheiro para fazer seguros. Por tudo isso, acho que o momento e de indefini^ao. Nao existem condifoes

A Fenaseg ja divulgou numeros mostrando que a queda de janeiro atingiu 20%, mas mesmo assim tenho a impressao de que o mercado de seguros vai reagir. A propaganda bem-feita vai ser importante. Outro fato que podera contribuir e a maior liberdade de atua^ao. O mercado era muitoreguladopelogoverno eagora esta trabalhando de forma mais independente.

Mas o crescimento mesmo so se dara quando o mercado estiver usando uma tecnologia mais avangada, porque a concorrencia sera pela melhor qualidade. Essa tecnologia consistiria em investimentos em cada carteira. Nos paises europeus, por exemplo, o seguro cresceu em fun?ao disso. E preciso mais tecnicos para o mercado mudar. Mas, sem diivida, apobreza dopals estaatingindo o mercado de seguros.

22
REVISTA DE SEQUROS
J- J23

Seguro 88: acordoseu destino

O desempehho do mercadosegurador

em 1988 devera continuar no vermelho,coma no ana passado. Este e o consenso de alguns dos principals dirigentes do setor, embora os mais otimistas, como Adolpho Bertoche Filho, diretor-superintendente da Ajax, e Jayme Carfinkel, vice-presidente da Porto Seguro,apostem na possibilidade de crescimentozero, A previsao dos outros tres dirigentes ouvidos varia apenas quanto ao grau da queda, indo de um provavelcrescimento negativo, apontado pelo vice-presidente executivo da Commercial Union, Nicolas Di Salvo, ate uma queda real de 10% antecipada por Rony Lyrio, presidente da Sul Ame rica,com a contemporizagao domeio termo previsto por Artur Santos, diretor da Cenerali, que acredita numa queda de apenas 5%.

Mas todos esses numeros no fundo querem dizer apenas uma coisa: a situagao politica e economica do pais mais uma vez sera a responsavel pelo fraco desempenho do setor. Retido numa participagao de aproximadamence 0,8^ doProduto Interno Bruto(PIE),o mercado segurador nao ve muitas chances de ultrapassar a barreira do 19? do PIE enquanto fatores economicos alheios ao mercado conrinuarem vigorando no pais. Entre esses fatores, um dos principals e a distribuifao desigual da renda, que ellmina do mercado potencial de seguros a maior parte da popula^ao economicamente ativa do pai's, segundo Di Salvo e Artur Santos.

Para Adolpho Bertoche Filho,"com os ni'veis atuais de infla^ao sera muito dificil um aumento da participa^ao do seguro no PIE".Ele acha, contudo, que o mercado deve promover esfor?os para que isso ocorra. E entre esses esforgos, Bertoche destaca uma maior e melhor prestacao de servi^os aos segurados, atendimento personalizado, maior conscientiza^ao do segurado em rela?ao ao seguro, principalmente atraves de programas e campanhas realizadas pelo Codiseg, maior liberdade para oferta de coberturas, obteng^ de incentivos para OS segurados, como o desconto no imposto de renda de pessoas fisicas dos premios de seguros de qualquer

grande esfor^o de marketing junto a clientes potenciais, ao mesmo tempo em que pretende estreitar os vinculos de colabora?^ tecnica e comercial com os princi pals corretores do mercado.

camente nos mercados carioca e paulistano. Os investimentos no desenvolvimento e melhoria dos sistemas, visando a oferecer um alto padrao de services aos corretores e clientes da

modalidade. .

Ja o presidente da America, Rony Lyrio, acK que dificilmente o mercai segurador brasileiro con guira ultrapassar a barre do 1% do PIB enquanco seguro de acidentes do balho e o sistema previd^®^ ciario continuarem nas m do governo. Ele explica 1 e um erro comparar a arff cada^ao do mercado dbf'brasileiro com a de tros mercados desenvol* dos, como o americano ^ europeu,onde nao ha INP Alem disso,Rony Lyric a"-. que enquanto apenas 2%^ populagao ganharem de 20 salarios minimos sais nao ha como pensar ^ aumentar a arrecada?^ mercado segurador naC'"" nal.

As dificuldades estru^^ rais e conjuncurais do P^.' sao evidentes, e o mercad] trabalha em cima dessa 6' alidade. Mas nem por desanimo e o pessimisidsao as palavras de ordem empresas. Ao contrariot meta desses dirigentes continuar crescendo pelo menos, manter a p05' ?ao ja conquistada no cado.

milhoes, com um lucro de US$ 1,8 milhao e um cres cimento de 5% em rela^ao a 1986,pretende fechar 1988 com um faturamento de US$ 12,1 milhoes,obtendo um lucro de USS 2 milhoes

Commercial Union, tam- e um crescimento de 10%, ainda que a empresa esta ex- bem fazem parte dos pianos em terinos reals. daempresa para este ano. A A Ajax tambem lan?ara

Nicolas Di Salvo explica

pandindo suas opera^oes para outras regioes do pai's, ja que ate agora atuava basi-

Commercial Union, que no novos produtos este ano, ano passado faturou USS 11 como o Clube Ajax e Mul-

tirriscos, ambos indexados, mas nao pretende procurar o caminho daespecializa^ao, devendo continuar a operar em todos os ramos. Quanto ao seu marketing, devera se tornar mais agressivo, ao nxesmo tempo em que pro gramas de informatizagao, de racionaliza^ao das operagoes e de treinamento de pessoal buscarao uma me-

Para isso, as empreS^*| vem investindo em vaf'^ areas, desde o aperfeiC" amento na presta?ao de sc^ ;• vigos ate o lan?amento novos produtos. A Cot^' mercialUniondoBrasil.p"' exemplo, vai langar novf^ produtos e coberturas, continuara realizando

A deco

lagem da indexagao

Nao acredito que falte alguma ''^edida para o funcionamento do "Mercado. Defendo a tese de que o ji^ercado deve ser u mais desregu^ ° Possivel, e estamos neste moJPento em uma fase do seu resreguAo longo destes anos, o 0foi esmagado,oprimido por cotijunto de regras, excer ^®'^^0'^'2agao, que de uma '^^neira tolheu a sua criatividav^^Nos queremos urn mercado cada competitivo, sadio, ^ segurador brasintah P'^ocurar gerar cada vez cojQ ''ovos produtos compativeis ^ "®cessidade do consumidor e economica do pals.

P^^que ^ ^'"'Ses, temos hoje um 'ndustrial extreraamente

avangado e que estaria a demandar seguros, ainda que ele proprio nao sabia disso."

A opiniao e do superintendente de seguros privados, Joao Regis Ricardo dos Santos, que nao concorda com a tese de que a indexagao das operagoes de seguro e resseguro,em vigor desde agosto de 1987, por determinag^ do Conselho Nacional de Seguros Privados, ainda nao esta em pleno funcionamento, necessitando de alguns ajustes ou ate mesmo"empurrbes"oficiais."Ha 22 anos, em 1966, o legislador ja propunha seguros com corregao monet^ia, dependendo apenas de regulamentagao do CNSP. N6s levamos 21 anos para fazer isto,e, a meu ver, o fizemos de forma sabia, porque em carater facultativo". Na visao dejoao Regis, a indexagao esta sendo completamente utilizada nas carteiras de autombveis,DPV AT,vida e algumas partes de incendio."O que se espera

de um seguro e que ele tenha a pos sibilidade economica de repor o va lor do bem. Ninguem aceita perder dinheiro com uma indenlzagao que sequer repoe o bem objeto do segu ro."Por isto, ele considera que a medida foi tao benefica para o mercado, que ele logo a adotou."A contratagao do seguro sem corregao monetaria implica que o segurado receba em sua indenlzagao, moeda fraca, criando uma zona de atrito entre ele e a seguradoia."

O titular da Susep sustenta que quando houve necessidade de regulamentag^ suplementar, isto foi feico, a pedido do prbprio mercado.

"Nos contratos de seguros de massa, no caso de fracionamento, as companhias alegaram que o publico resistia a contratos p6s-fixados e que seria mais conveniente, em vez de otenizar cobertura e premio,abrir-se uma excegao para seguros de autombveis, trabalhando com cobertura pbs-fixada e premio prefixado,cabendo a seguradora projetar a inflagao." Joao Regis, portanto, nao acredita que a indexagao dos seguros, e resseguros esteja enfreniando problemas ou a resistencia de seguradores ou de clientes. Ele confia na capacidade do mercado de se auto-regular, fortalecendo-se e aprendendo a caminhar com as prbprias pernas. Discorda completamente de que, de agosto a dezembro do ano passado, poucos seguros foram otenizados e que a in dexagao nao teria decolado. Na.sua opiniao, o mercado segurador tera agora condigoes de trabalhar com menos ingerencia oficial, o que sera "muito mais saudavel".

-s*' t RUMOS
24
nil'
REVISTA DE SEGUP<25il DE
LS.C. seguros 25

ABAMERINDUS Seguros EstaGoeogando O Proeissionausmo EMriUGAR.

X ara premiar o esforgo de todos aqueles profissionais que estao ajudandonofortalecimenlodonegociodeseguros,tundamental para a nossaeconomiae desenvolvitrrento social, aBamerindus Seguros esta iangando o Premio Bamerindus Seguros.

0 Premio Bamerindus Seguros e uma premiagao aberta atodos os corretores de seguros do pals.

E nao s6 vai oferecer a seus ganbadores premios vaiiosos, aiem dotroleu"ArvoredoSucesso",desenhadopeloartistaElvioBeclieroni, comotambem vai servir de registrodo profissionaiismoque deve nortear as reiagoes entre corretores e segurados.

Todos OS trabalhos premiados deverao mais tarde ser divulgados, transformando-se assim numafonts de informagao aservigodo aprimoramento dos prdprios corretores.

0 Premio Bamerindus Seguros, mais do que umajusta homenagem aoempenhoeadedid'agaodoscorretores, etambem umaformade contribuir para maior profissionalizagao do setor.

Um empenho que aBamerindus Seguros coloca em primeiro lugar.

t
jj|w.' ^ S' *1 -■■I'VTyjJ |. vy. A 7 ''g; 1; v-k'fW .ElipGr> '..■»• 't •n,\ {k^"y r.'l; .'
NDUS SEGUROS
Bamerindus Seguros Gente de Confianga

\hoTperformance da empresa.

O resultado desse esforgo, segundo Adolpho Bertoche Filho, devera se traduzir num faturamento este ano de Cz$ 6,3 bilhoes e num lucro liquido de Cz$ 315 milhoes, representando um crescimento real de 5%, contra um cresci mento real de 20% obtido no ano passado. \

A Sul America, que-spo ano passado conseguiu ter um crescimento real de 5,7%,pretendefechar 1988 com um crescimento real positivo de 1% a 2%. Para isso, Rony Lyrio diz que a empresa ira ampllar seu quadro de vendedores,hoje formado por 1.200 pessoas.

Para ele, "e um investimento necessario para o futuro". Alem disso, a Sul America ira langar novos produtos,tais como o Clube Sul America(segurp de vida otenizado)e outros dois no vos produtos, ainda em fase de estudos, ate setembro deste ano.

A Porto Seguro,que cresceu acima da inflagto nos liltimosdois anos,planeja para este ano acompanhar a inflagao, mantendo,pelo menos, o mesmo desempenho de 1987,quando obteve um fa-

Emogao e razao

A Commercial Union pretende lucrar US$ 2 milhoes, em 1988", antecipa D_i Salvo

turamento de CzS 5,6 bi lhoes e um lucro de CzS660 milhoes. Ao contrario das outras empresas, a Porto Seguro esta mais preocupada no momento em aperfeigoar .seus servigos, buscando uma maior eficiencia administrativa. Segundo Jayme Garfmkel, o cresci mento da empresa nos ultimos anos representou um maior niimero de segurados e mais trabalho, o que esta sendo digerido agora.

Seguindo mais ou menos o mesmo caminho da Porto Seguro,a Generali pretende trabalhar em 1988 com o objetivo dereduzir seuscus-

cos para equilibrar receita e despesa. Para Artur Santos, todas as companhias deveriam se preocupar com esse item agora. Ele ressalta o fato de atualmente estar havendo movimentos de com panhias se unindo em pools de servigos na area de coseguro.

"Jase fala, no mercado, na criagao de uma empresa que seria formada com a participagao de varias seguradoras para fazer vistoria de sinistros", diz Artur Santos. O resultado disso, para ele, se ria uma economia de escala e a dispensa de estruturas prdprias de cada empresa

para fazer esse tipo de vigo ou o gasto com acon^ tagao de outras empre^^ para fazer essa avaliagao-^ preve que a criagao de P de servigos como este vera ocorrer ainda este pois o tema vem emp^ gando grande numero ^ seguradoras. "Tenho co^ certo" — acrescenta Af^ Santos — "que o merc^': vai desistir da concorre'^''^ predatdria que hoje se ^ serva."

Quanto a Generali priamente dita, a meta ^ crescimento real, indeP^j dente da taxa de inflagaoesse resultado vira em

gao de uma melhor prestade servigos, Outra estrategia que vem sendo adotada pela empresa e a especializagao em riscos industriais e o desenvolvimento 6 novos produtos, por causa da poli'tica adotada pelo governo de dar maior hberdade ao mercado.

^J^ogao de normas mais "Perais,como tarifa livre do automovel, indexagao. desseguro endiu e lucros cessan-

Com ou sem ^^sconto?

tes, entre outras, levou as empresas a se adaptarem a essa nova realidade. Em decorrencia do desenvolvi mento de novos produtos em fungao dessa liberalidade,como aponta Artur San tos, as empresas tambem estao adaptando suas estruturas e treinando funcionarios para operar dentro das no vas diretrizes tragadas pelas autoridades do setor. A Commercial Union do Brasil, por exemplo,esta elabo-

'™plant^^^ Polemicas PelaSu ftnal do ano passado ^ pregos nos cessan""a divid^'j"'*^^ incendio, conti^^gurador u mercado ^•^equadae«.-^ ^ considere rr,,v, uecessaria, e quem a "Sou othos.

rando tarifas e pianos de seguros nos ramos em que isso e permitido pelas normas vigentes. Nicolas Di Salvo diz ainda que a empresa continua a incendvar a indexagao dos seguros"como uma forma de oferecer melhor protegao aos clientes".

Quanto ao desconto oferecido nos seguros de incendio e lucros cessantes, explica que a Commercial Union tenta ser competitiva e solicita dos clientes e cor-

da Susep, ou entao que ela fechasse OS olhos a pratica do desconto,o que nao seria solugao para as segurado ras."

As consequeiicias da medida sao beneficas para a saude do seguro no Brasil, garantem os defensores, pois havera saneamento fiscal, o consumidor passara a receber o produto da sua negociagao com o corretor e a seguradora de maneira clara, e ainda

retores um prego justo pelo produto,"levando em consideragao as margens necessarias de rentabilidade, para nao colocar em risco a solvencia da companhia".

A liberalizagao do merca do,porem,e vista pelo presidente da Sul America, Rony Lyrio, apenas como algo que deu maior transparencia ao que o mercado ja praticava. Em fungao disso, ele nao acredita que essas normas venham provocar

complicada." O rebate dos defenso res e imediato: "Para os que se opoem, todos os males do mercado sao atribuidos a circular. O fato de termos um mercado desequilibrado, com grandes e pequenas compa nhias, e um problema economico que caracteriza maior parte dos segmentos da economia no Brasil. Realmente, a diferenga de acesso ao resseguro tern que ser medida pela capacidade deretengaodecadaseguradora, e nao por paternalismos."

Criado em meados de 1987 com o objetivo de divutgar, publicitaria e didaticamente, o seguro, o Codiseg — Comite de Divulgagao Institucionai de Seguros foi definido pelo entao presidente daFenacor —Federagao Nacional de Corretores de Segu ros, Roberto Silva Barbosa, como eleraento de divisao histbrica da atividade no Brasil. Segundo ele, a an4lise economica e social do se&iro passara a ser compreendida em duas eras distintas: AC e DC,ou seja, an-

CODISEG

tes e depois do Codiseg Hoje, decorridos seis meses de sua instalagao e com a primeira campanha em fase final de langamento.

Roberto Barbosa mantem sua p^^ gao e endossa que "o papel a ser sempenhado pelo 6rgao sera de importancia para o crescimenf fortalecimento do mercado".

Ja o atual presidente da Fena'^"! Octavio Milliet, tern como pf^'' cupagao central o excesso de exp^^ tativas do mercado em relagao ^ trabalho a ser desempenhado P^' Codiseg Para ele,"6 importance servar e entender o orgao como injegao de animo no setor,o que significaaparalisagaoou amortiza?^,' do trabalho que as seguradoras e cO^ retores estao desempenhando".

contrario a este Vai c * motivo simples: ^^^niou ® tecnica do seguro", '^®^'da ^®rrenho opositor da U^^5®®®."""^areformagetoH ° isolado" para mear ° ° ^etor. Segundo esta 022, que permite o "^.^^Pdo liberagao tarifaria, ^ifiria. -rj ®^®'^do e uma revisao taRe '^^ndo subiu ao poder, a So Poluica global, mas alter pequenas medidas que Qy ^ram nada."

^ medida assegura ^^qglo de embutida e a in''^^fcado p tarifas para que o ® as seu proprio cami'^^Suladas

^ *^^0 t3„_ ^ ® tiargem de solvencia "Na pratica, o despraticado Sp j '®'' implicagoes

Pode ^sconto esta proibido, Uni Q^^5'^"^®"tido.Istosignifioder de policia por parte

por cima as irregularidades serao eliminadasl*'

Para os opositores, a 22 favorece as grandes empresas em detrimento das pequenas. "As maiores deixarao de fazer pagamentos sobre os juros. £ uma medida mais politica que tec nica,que deixa tambem o corretor de se^ros em uma situagao duvidosa.

O papel do IRB esta sendo desvirtuado, entretanto, na opiniao de quem e contra o desconto de pregos nos seguros de incendio e lucros ces santes provenientes de incendio."O ressegurador termina ficando em uma posigao dificil, ja que sua fungao nao e esta. Por causa da medida, ele esta desequilibrando o mercado de seguros."

Toda esta discussao, na verdade, nao passa de um erro de vis^, de acordo com os defensores da medi da."Com o tempo, todos irao compreender suas vantagens e perceberao que nao e uma medida isolada, mas parte de um conjunto que procura a reforma estrutural do setor, tornando o mercado mais compatlvel com a realidade brasileira." Alem disso, quem se coloca a favor do des conto lembra que "muita gente defende a liberdade de mercado na retorica. Na pratica,gosta mesmo e do protecionismo, das pequenas rega lias geradas pela presenga do Estado na economia."

28
J - y REVISTA DE SEGU^
^P^*^^^^^®^®Surosejam
L.S.C. SEGUROS

A 'receita federal' do seguro

No ano passado,"atropelados" pela elevatao dos nfveis de infla^ao, os premies dos ramos de Vida em Grupo, Acidentes Pessoais e Sadde registraram, respecdvamente, quedas reais de -5,1%, -18.2% e -16,1%. Mas, ao contrario do que se ppderia super, as empresas^gue atuam nestes ramos entraram em'88 com bastance orimismo. Afinal, o pacore fiscal diyulgado pelo governo, que concede incentives para quem fizer quaJquer destes seguros, reacendeu o velho desejo do setor de uma massificafao dos ramos em quescao.

Quem acompanha o desenvolvimento do setor de seguros na economia nacional sabe que o governo ^rmitia o abatimento no Imposto de Renda das despesas com seguros de Vida,Acidentes Pessoais e Saiide. Entretantc,o incentive folcortado e

o comportamento dos premies evidentemente entrou em um processo de declinio que se agravava,como no ano passado, em periodos de alta inflacionaria. A partir de agora, parece que as coisas irao melhorar.

Ha,amda,umoutrofatorparaque

o otimlsmo seja cultivado pelos empresarios do setor. O Codiseg esta

pensando em utllizar este pacote cal do governo na campanha publ taria que tentara atrair a aten^ap populafao para a necessidade de fazer seguro. Como se ve, tudo dica que as quedas violentas do fi ramento, pelo menos nestes ram serao, em pouco tempo,"acidenO do passado.

^ates com os corretores pa ra a ampliagao dos canais

de distribui^ao do seguro, principaJmente no que diz respeico a sua massifica^ao. Eleenfaciza,porem, que"as mudangas devem ser aque- )as decorrentes do consenso obtido nesses debates". Quanto ao papei a set de■sempenhado pelo Codiseg, '^ertoche acredita set de grande importancia para conscientizar u publico em geral sobre o seguro e a nel«ssidade permanente de imporcancias .^^'^^''•^"es^corroidas

Artur Santos acredita 'que 0 mercado vai desistir da concorrencia predatoria, corroidas observada hoje "

^ taxas de Infla- atualizac^, lembra Berto- Codiseg conseguir falar de sarem a ouvir falar mais de concratagao che, "os segurados estarao seguro ja sera otimo, pois seguros".

Suros '"^formas dos se- sempre subsegurados". Mas certamente havera resulta- Ja Nicolas Di Salvo acha m essapermanente paraJayme Garflnkel, "se o dos quando as pessoas pas- que "o Codiseg devecum-

dos de acordo com o percentual equivalente ao acivo liquido das companhias.

Sof/edr''"™.'""

i"""Mtabilidade da, mos de desempenho, o que seguradoras caiu,ao mesmo so ocorreria com mudan.as tempo em que ol custos adsignificativas na

economia ministrativos subiram. como um todo.

Para Rony Lyrio, "o ^nde problema do mer- presasde seguro semprri'- cado e a compet.?ao que penderam de seus ganhos a as tanfas a valores financeiros. Mas hoie m.„o

indexada e, com isso, nao ha mais margem de previsao sobre quanto custarao sinistro futuro. Isso esta aconte-

^ automoveis, porque ha um descompasso entre a previ sao inflacionaria e os custos reais de pegas de reposifao vendidas nas oficinas, cujos

prefos estao do que a OTN.

Jayme Garflnkel

Fu cerca^d estrutura subindo (4 «"ro obr!l?°'' ° 'f' ^'^'Saforio de veiculos OPVAT acf

Adolpho Bertoche prevfe um crescimento de 5% reais para a Ajax, em 88, contra OS 20% obtidos no ano passado

centa que houve gran' mudangas no mercado co^ indexatao, mas lembra 4' o que e facil em rermo^ mercado financeiro e cf plexfssimo na area do s<ro Sobre os canais de ^ tribuif^ do seguro junto publico, Garflnkel acro^ que OS corretores tern ^ sempenhado seu papc' contento. O que impoff® que haja demanda, diz pois entao sempre se enco' tra um modo de escoat oferta existente, E a manda atual, acrescef' vem sendo bem atendida los corretores, que sao principal canal de distrib^'' Cao do seguro.

Mas o diretor-superi'' tendente da Ajax, Adolp'' Bertoche Filho, nao esta a' Sim tao satisfeico. Para eH sao necessarios amplos

todo "lot,jtores

page obrigatoriamente ^ OS propriet^i-jQj de auto- j ^^'^"tios ae auto jetivQ ^ terrestres com o obprov"^ Ultimas de danlo veiculos.

plena p a sua implanta^ao tesQlu^ao 06/86, do Con-

selho Nacional de Seguros, os bilhetes de seguros, com excegao das categorias3 e^.quecorrespondemaos onibus, devem ser emitidos em conjunto com o Documento Unico de Transito, o DUT. Alem disto, em vez de cada seguradora emitir o seu bilhete e f'azer a comercializa^ao in dividual, foi criado um convenio en tre as 96 companhias brasileiras (apenas uma, a Hannover, n^ parcicipa), pelo qual a arrecada?ao de premios e global, com 50% redistribuidos igualmente por todas as empresas, e os restantes 50% distribui-

A parte do convenio funciona bem, tanto que c sinistro hoje pode ser reclamado em quaJquer companhia de seguro, a qual estara apta para efetuar o pagamento em cinco dias, ja que o pr6prio' convenio adianta recursos para os sinistros. O aspecto que precisa de ajustes e a emissao da documenta^ao, feita pe los 6rgaos estaduais de transito, que tern, em sua maioria, um calendario coraecando com o final 1 em abril e terminando com o final 0 em dezembro. Como a vigencia do seguro corae^a em 1.° de janeiro e vai ate 31 de dezembro, acaba havendo desencontro e evasao. Atualmente, nenhum orgao responsavel pela area e capaz de estimar o total da frota brasileira, os numeros variando de 14 a 18 milhoes de veiculos.

A grande esperan^a do mercado segurador para contornar os problemas consiste na aJtera^ao de uma resoiu^ao do Conselho Nacional de Transito que diz que o porte do DPVAT nao e obrigatorio, e na mudan^a de placa, quando coda a frota sera obrigada a se relicenciar, fornecendo numeros reais e permitindo uma fiscaliza^ao mais efetiva.

H
■«
ba,x„,". He grande parte doTseguro°'e
"c°S2:d^:f^if:i
.i^-.,„daca™„de
^oda a frota ■|Para o DPVAT
REVISTA DE SEGURO^
^EVista SEGUROS
LS.C. 31

Um seguro proprio a casa

Obrigatoriamenre vinculado ao financiamenro da casa propria, o se guro habitacional experimentou,em 1987, um dos piores anos da historia do secor, com uma queda real em seus premios da ordem de 36,69^ (a segunda pior entre todos os ramos, somente perdendo para o DPVAT, qi^e regiscrou uma queda de 50%). Contudo, a coincidencia do reajusce

do prcfo das coberturas, liberado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados,e as mudan^as promovidas no Sistema Financeiro de Habitafao, com o intuito de revitaiiza-Io,formaram um clima propicio ao desenvolvimento do ramo em 1988. Sem arriscar niimeros, direcores de seguradoras ouvidos pela Revista de Seguros afirmaram que o ramo deve crescer no atual exercicio, sendo direta e positivamente atingidos pelas duas medidas mencionadas. Afinal, conforme lembrou um deles, ate per uma simples conta de materaatica, mais habita?6es (meta anunciada pelo governo para 88)e igual a mais

receita para o seguro habiraci especialmente sc, dando sustenj a tudo isto, houver um preyo ,] para a cobertura, o que pareced gurado com o reajuste promc pelo CNSP.

As fontes consultadas nao ® tampouco preocupadas com a bilidade de a dilatagao do pi pagamento de financiamento daj propria anuiar os resultados es| dos. Segundo revelaram, ha clara tendencia de incrementOi seguros habicacionais que dii mente sera revercida apenas pof] questao.

vei mas nao de vida,ou seja, prefere correr o risco de morrer ao de perder seu carro". So essa mentalidade. equivocada pode explicar o crescimento da carteira de automoveis muiro superior ao de todas as oucras.

Os dirigentes das companhias de seguro,como os da iniciativa privada de uma raaneira geral,revelam certa dificuldade em identificar com clareza os rumos da economia este ano. Apesar das metas de cada empresa e das previsoes nada otimistas de cada um,nao ha consenso a respeito dos principais indicadores economicos. A incerteza e tanta que as pre visoes sobre a inflatao variam,as vezes de forma bru tal, a medida que o tempo vai passando. Das cinco empresas ouvidas, apenas a Ajax arriscou um palpitc 480%.

priruma fungac de educaf^ e conscienrizafao da importinck do seguro", mas prefere nao esperar grandes re sultados a curto prazo, principalmenre em fun^ao dos probiemas economicos que a populafao enfrenta.

Rony Lyrio acha, porem,

que,apesar das dificuldades conhecidas, o Codiseg podera pelo menos contribuir para aiterar a raentalidade do brasileiro a respeito de seguro.Paraopresidente da Sul America,"o Brasil e um pafs tao curioso que o brasi leiro faz seguro de automo-

tras permanecerao atu' a nivel nacional. Esse cal nacional e diversificadO'!

, rera, esta atrelado a cap'j za^ad da companhia,0 significa dizer que grandes conseguirao essa caracteristica. ij Artur Santos acha mental que o govern" continuidade a political' menor ingerencia do no setor, como vem cendo nos liitimos tres Ele recomenda tambeiP^ as companhias proc"j lan^ar novos produfos \ possam atender ^ necc^'v des existentes no pu'^'j consumidor mas que nao foram identificadasP' mercado. j

Desde a sua fundagao,em 1870, a Alianga da Bahia, se dedicou integralmente a uma unica atividade; seguros. E para manter o sucesso.durante todo esse tempo, num mercado dinamico como o brasileiro, 6 preciso muita agilidade.

Mais 0 mercado esta ma's preocupado atualmente com as definifoes poli'ticas sobre o seu futuro, principalmente no que diz res peito a liberalizacao. Para Rony Lyrio, o mercado esta sofrendo akeragoes, e algumas empresas tenderao a se especializar, enquanto ou-

Ja Nicolas Di Salvo que as companhias nuarao aguardando o ;/ desse processo de liberaJ'^ para poder medir tamente o alcance das n"f medidas. Enquanto isso. sugere as autoridades privatizaijao e liberaliz^^; do mercado segurador leiro siga os passos do delo europeu, particuK mente do espanhol, que ^ gundo ele "esta faze"^ bons progressos neste tido, nao obstante ter governo socialista".

Com a Alianga voce tem a mais completa assistencia e orientagao em todo o territorio nacional.

E, alem do conhecimento tecnico para avaliar com precis&o OS varios tipos de riscos, voce sempre dispoe de atendimento imediato em qualquer sinistro. Na hora de fazer seguro, conquiste mais de 115 anos de experiencia, tradigao e eficiencia. Consulte seu corretor. ^le Ihe dira quem somos.

32
REVISTA DE
SEGUR'^ Sli
DA
Seguranga desde 1870
ALIANOA
BAHIA

CULTURA E LAZER

D A N c A I

Dangar a vida

Quando Nijynsky apresentou LApm-midi d'un faune, quando Isadora Duncan ainda menina, decididamente, jogou fora as sapatilhas de poDta, a danja no mundo tomou novos rumos. A irreverencia do ge nial bailarino russo que estremeceu a plateiafrancesade I912dan5andoao

som de Debussy uma fantastica coreografia de um fauno, o desprendimento total daquela jovem americana dando pafos livres e soltos nos jardins de Londres, descai?a e esvoagante, foram o inicio de um movimento de vanguarda na dan^a. A partir dai, a danga classica nascida nos palacios italianos e franceses do seculo XVI era subvertida. Dela.o que

Marzip, ficou foi a tecnica are hoje indispensavel, ou nao,^ novas tendencias da danfa moderna. Os roteiros coreograficos tradicionais, sobrevivem, seja na Escola de Leningrado,seja na memoria, mas hoje os grupos de danea falam do seu tempo e incursionam em novas pesquisas de linguagem. O Carlton Dance Festival na sua segunda edi?ao trouxe para o publico do Rio, Belo Horizonte e Sao Paulo sete companhias doJapao, Estados Unidos, Holanda e Brasil." dando uma mostra de trabalhos atuais e de destaque na vanguarda contemporanea. A linguagem do corpo, nao so

le mantem o espirito atletico na ?a, mas enquanto uma busca dos Jtes da comunicagao atraves do lovimento, seja para contar uma istoriaou apenas criar umaemogao. evando o cotidiano e o humor para ^ibas invengoes coreograficas, ele se ?este como o homera comum da ciJade, que encara os males do seculo ^om positividade. Merce Cunningoutro americano, mergulha era 'Utras aguas e ve a danga despida de de narragao. Tra' ou com Martha Graham, reali•ou solos,e constitui grupo onde sua conoclastia se fez presente nao no nil o de destruidor, mas de de®

f^'5 desamarrou a danga da ^ao r ^ ^ existir por si mesma. ^eliminou as sapatilhas de ponta 1 abriu espago para de, como em TV l^em bailarinos escolherem 1 Passos ^ seqiiencia de pl^tica mas como um 'ostrurpj. ^ do movimenio, porem onde vazam as emogoes huPt^'^^^POMgoes de John Cage por pnmordiais eoestadoexisteocisl'i^^ Plo, nao amarram os passos as mundo de hc,e dao um novo "P""'^ip^ e o movi-

esta arte. A companhia japP*!.! Sankai Tnlfu Qri>otrA«> r'. SankaiJuku,^^raves da filosofiaj! ^undo para a metropol significa ^^mbem assimila Learum ? ^^bem assimila ouum esn r ® ^"tlos, ate mesmo um espetaculo espelhando o eS^ q da modem. r..nnln.l. dranim T o q -^os da moderna tecnologia. de ammo do povo japones ap^' ^^'Pan de Sao Paulo usa o te-

TbX •" V 'i'nsa V/!'™ descritos como uma debranco.corposnusoucoberto'l cor reproduzindr. andraim ... tH' ^P'^oPuzindo andrajos

,ch5o7e;rerXrm>l®'™eran„';7X'nfe rm'""! vimentataorepelidamostramno' se veem nos fatosTo

™s'MdadT'" """ aindX o class[cismo sensibihdade, a imaginagao e o ra., ^^^^sparer^a n,n»c cnnsri»»nf^ T I • ii^ PPstfls eirece nessas novas pro- consciente. Talvez par sso o ^ > e KamU 4 - • 1 orienral rr^rr, i - . ® ^aroie Armitage, nascida oriental comaeleganciaepoesi®, g„,X^nsas, se destar. „oo. oriental,com a elegancia e poesi® , 'Kansas se d art

e milenar do i.Z- J ^"^ardasoj' destaca como van- quistando plateias sUmdSJe'm®' cXT'

prt'xr^ r aPi^naoa e XoaXT »t'TitTaeT i " «m perder a beleaa plaaTa,^ onde TrX dordre'^XTaXrra''^

o mTrfavllrere'iS rio entre as luzes do paico e os oH^ Z'" ^>assicSot daplateia, mostrar que os dangafb'^ J ixiaga com Tr ^ sao gente e nao qulmeras. foi o <li ^»^sica?"

tectranspareceu nn rrdKaik^—1„ ..,/>* transpareceu no trab^ho'do jov«''^ americano de Illinois. David Parsof^

arv > ARTES Flasticas

Lygia Clark: o tangivel da arte

"O homem moderno deve descartar-se desre excesso de racionalismo que esta no coragao do nosso pensamento", afirmava Lygia Clark. E mesmo considerada um mito nas artes plasticas, seu mergulho na arte experimental era muito mais profundo. "Tenho horror a ser catalizadora de minhas proposigoes. Quero que as pessoas as vivam e introjetem o seu proprio mito independentemente de mim". No dia 25 de abril ela se foi, aos 67 anos, vltiraa de um infarte em seu curioso apartamento de Copacabana, vazio de objetos e cheio de sensagoes. A travessia pelas fronteiras da arte, da ciencia, da psicologia que a artista inaugurou inevitavelmente nao chegou ao conhecimento do grande publico. Apesar de ter transposfo as barreiras entre arte e vida a produgao da grande artista parecedestinadaaum tempo future. Ha dois anos quem teve a oportunidade de visitar o Pago Imperial pode experimentar, e era dessa

forma que ela desejava, as pegas que faziam parte do trabalho fruto de sua invengao diaria dividida rauitas vezes com o companheiro e amigo Helio Oiticica. Eram panes, mascaras, camas, as obras ditas baratas que fazem parte da fase sensorial do seu traba lho no final da decada de 70. E o momento em que atinge b ponto de encontro da sua ceorizagao sobre a obra de arte com o espectador. E dessa posigao de artista enquanto propositora de sensagoes atraves dos "objetos relacionais" que o seu trajeto assume "um sentido social mais amplo, no campo da psicanalise, na elaboragao das pessoas para viver".

A artista mineira na verdade antes de chegar ao trabalho radical que desenvolveu durante 10 anos, com uma turma de 80 pessoas na Sorbonne, tomacontaco com o circuito das artes plasticas quando, em Paris, aos 27 anos. conhece Leger, Szenes e Dcbrinski e realiza sua primeira exposigao. De volta em 52 liga-se a van guarda concreta liderada por Ivan Serpa, Ferreira Gullar e Helio Oiti cica, do chamado grupo Frente. Mas e em pouco tempo que a artista parte para uma forma da expressao anti-' ortodoxa ao romper com o espago da representagao, recuperando sua organicidade. E quando mostra os seus "contra-relevos" e as "superficies moduladas" na I Exposigao Neocon-

' I "tt-,
<
I ^
<
Sankai Juku 34
REVISTA DE SEGUR SEGUROS I.A.
®"°"«ante
O quadro construido como objeto e como expressao (54/58) Nostalgia do corpo (68)
35

Terapia individual com objetos reJacionais(75/80)

creta em 1959. Eia procura compor um espa?o, nao um espa^o metaforico, mas um espago real. Rompe a moldura do quadro, rompe com a nocao de quadro, e o espafo nao e mais para ela concemplativo mas um espa^o circundante. A superficie bidimensional, o piano delimitado "da ao hornem uma ideia inteiramente falsa e racionaJ de sua propria realidade .Em I960 ela chega aos que nao sao propriamente esculturas desde que se movem ou mexem justamente peia provoca^ao do especrador. Sao os contra-relevos e os casulos que saem da parede para o ch^,

"Iniimeras vezes eu acordei na janela de meu quarto procurando o espaco exterior como sendo o'dentro' Tenho medo do espa^o — mas a pa^ tir dele eu me reconstrul E como se brmcassemos — ele e eu — de gato e raco. onde quern perde. ganha

Apos suas ultimas obras, Caminhando e A / o corpo. a grande aventura passa a ser o proprio homem e em 74 vai para a Sorbonne convidada a criar uma oficina expe rimental. Neste novo momento eia

nao mais produz objetos dearce Em janeiro de 87 disse em entrevista, que havia abandonado as Artes Plasticas ha muito, Apos oito anos de trabalho solitario em seu consultorio aqui no Rio ela esclarece suas experiencias sensoriais como uma ma neira de lidar com o corpo: — "Eu trabalho com o corpo imaginario, a

fantasmatica do corpo que vai aiem dele mesmo".Basicamente intuirivo, seu trabalho levou-a a esta interioridade que no final acabou tocando o corpo de maneira profunda."A coisa yeio vmdo e eu fui assumindo. Nao e a toa que escou nesce trabalho ha 20 anos. Era uma necessidade minha porque era uma necessidade da epoca". E continua sendo.

A permanencia da charge

ticular do pai, entre os quais se a maior cole^ao latino-america publicaijoes sobre humor. Ou labora^ao importance foi a do. plastico Jorge de Salles, que vi preocupando em historian o dec de humor brasileiro, inclusive c sido o curador do I Salao Cari Humor e da mostra de cartuns Toa. Jorge forneceu material Alvarus e ajudou na curadoria:,

O que se ve, logo no sagu edificio da CEF, orgao para o caricaturista trabalhou duran anos, tendo sido, inclusive, o of zador, em 1934, do Departart^ de Publicidade, hoje excinco, s9? dagos bem-humorados do B' Com seu trago arredondado, disparava contra todos, e por is^ zia questao de se conservar fo^. qualquer partido politico — "4'' manter o direito de criticar a to E nao havia quern escapasse do' desenho.'Politicos, ministros daj publica, autoridades. person^', des, a todos atacava, o que tero^jf Ihe valendo uma inimizade coiT^ los Drummond de Andrade,s6^ cada em 1965 pela interven^^ editor Jose Olympio, que forai vada por uma charge do poeta tando uma pedra na epoca de de sua poesia "No meio do nho".

A RECEITA FEDERAL PARAVENDER MAIS SEGURO.

Em primeiro lugar, leia o Art. 7? do Decreto-Lei 2.396 do Governo Federal, de 21 de dezembro de 1987:

Poderao ser abatidos da renda bruta os pagamentos feitos a empresas nacionais,ou autorizadas a funci(3nar no Pai's, referentes a premios de seguros de vida, de acidentes pessoais e os destinados a cobertura de despesas com hospitaliza^o e cuidados medicos e dentarios,reiativos ao contribuinte,seu conjuge e dependentes, vedada a inclusao de premio de seguro dotal a premio unico.

Bigodes ilustres e afiados

Bem ao gosto do cartunista, a exposKjao "Alvarus", patrocinada pela basse e inaugurada no final de abril na agencia central da Caixa Economica Federal, no Rio deJaneiro, nao veio comemorar anivers^io de morte ou de nascimento. Veio simplesmence homenagear um dos maiores caricaturistas brasiieiros que nem sempre teve o espa^o merecidopor seu talento. Descavez,25 pranchas exibem boa parte da sua produ?ao, que abrangeu caricaturas charges, ilustracoes e cextos. E o fruto de uma extensa pesquisa sobre a vida e a obra de Alvaro Manoel Co trim, seu nome civil, realizada pela pesqu.sadora Helouise Costa, do Centro Cultural da CEF,com o apoio da filha do arnsta, Marisa Cotrim que perm.tiu o acesso aos quase cmco mil volumes da biblioteca par

Sem esconder sua admiragao velhos jornais humon'sticos ft^j ses, Alvarus considerava seu p^.i pal inspirador o pintor e caricato''', Daumier, de quern pensou reunir a iconografia para uma P^ j cagao em portugues. Um pouc",, fungao desta paixao, como diz C"". Caruso, nao mantinha muito siasmo pelos contemporaneos br> eiros, achando que "esses rap^^f fazem uma coisa muito compiica'^|j

Esta intransigencia piorava quaf alguem chamava charge de carPj urn abrasileiramento atribuido a' raldo. Alvarus, irritado, retruO^' que "Cartum e a capital do 1 udo mais e caricatura, seja qua^^' nho, charge, o que for".

Fora OS pequenos probleminK lexicais, Alvarus nao escondia a nialidade per tras dos imensoes b' godes que gostava de culcivar, se''', pre bem vestido e com gravata-b"^

Acrescente a isso o paragrafo 2? do mesmo artigo, determinando que o abatimento "nao podera ultrapassar Cz$ 50.000,00".

Muito bem. Agora vamos nos deter no trecho do artigo que veda"a inclusao de premio de seguro dotal a premio unico".

E um trecho com ingredientes pouco conhecidos, mas quer dizer apenas que essa modalidade de seguro de vida individual, para gozar do abatimento, devera ter duragao minima de dois anos e os premios pagaveis na forma anual ou parceladamente.

O mais Lmportante nisso tudo e que seus argutnentos de venda ganharam um novo tempero. E,com isso, e claro que sua receita vai crescer.

I.A.
REVISTA
de SEGUR^
0 CODISEG SEGUROGARANTE

Uma pedra no caminho entre o poeta e o ilustrador.

boJeta, uma ti'pica imagem do homem da belle epoque. Pelo contrario, esparramava-se em criatividade e produgao, ranco que nunca parou de trabalhar pela caricarura. Quando morreu,ha rres anos,com80 anos de idade, tinha deixado pronto um livro sobre J, Carlos, a quern tambem admirava muito, outro intituiado Impe- rio galante no Rio deJaneiro e um projeto chamado'de "E o espetaculo continua — bonecos de Alvarus", no qual tencionava reunir a parte mais expressiva de suas criagoes. Alem disso, deixou registrada a vontade de fazer uma antologia de seus arrigos eroticos, um desejo que sua fami'iia pensa em realizar com o tuulo de Erotismo na arte.

Mas quern via Alvarus, um catolico praticante que ia a missa e comun^va diariamente, acharia, a pnncipio, uma contradi?ao seu gosto per revistas e desenhos eroticos. Muito sabiamente, o artista. que colaborou durante anos para a revista i-''trplay e mais tarde para Ele e Ela asse^rava que o que admirava era a manifestacao artistica do erotico jamais a pornografia vulgar e grosseira. Com deiicadeza e de maneira espirituosa, Alvarus escreveu sobre as calcinhas femininas, o cinto de castidade, fantasias sexuais, adukerio Aiguns destes artigos. publicados em Ele e Ela de 1976 ate sua morte, em 1985, estao expostos na mostra, formando um amplo painel sobre sua producao. Ao percorrer aexposicao, o publico se deparara com um artista

multiple. Para alem do trafo que o consagrou como caricaturista, representado por muitos desenhos, estao presentes aiguns de seus mais antigos trabalhos, publicados nas decadas de 20 e 30.Sao caricaturas politicas,/'Drtrait-charges, colabora?6es para fevistas da epoca. Alem disso, abrindo a mostra, uma homenagem do amigo e companheiro de oficio, Mendez, uma enorme caricatura de Alvarus, montada em isopor, parece nos lembrar da saudade que sentimos, e da falta que o caricaturista faz, embora tenhamos hoje tantos nomes expressivos nesta arte.Mas nos fala tambem da doce presen^a de seus trabalhos, que nao se perderao e estarao sempre entre nos,de maneira viva ecaustica, para nos fazer lembrar da poderosa e vibrante arma que e o humor enquanto resiscencia pessoal e crkica social.

edi?ao, ele che^ ao Rio ja coiiinguagem do amor romantico servia edi?ao de Erotismo. lan^ado tafcomo instrumento de remogao da pela Rocco, e da palestras, ^^'fualidade. Hoje, sucede o contraseu contato com o publico leifj'o: a sexualidade, o falar sobre a seNascido em Piacenza, Fraflj^ualidade, as praticas sexuais, serAlberoni, 58 anos, sempre reprimir, tornam inconsressou por "assuntos fiiteis",[^'^"^^soutrosdeseios,outrasformas ele mesmo diz, dentre eles 0 das quais se manifesta o OS sentimentos humanos. Foi aif anos que escreveu o primeiro'^: Com tradu^ao Ao best-seller para 18 num jornal local, causando l^^^ncesco Alberoni tambem Seu livro Movimento e jornaisCorrfire considerado um ciassico sobrel^ ® alem de lecionar na ciologia dos movimentos col«^ e participar de um proque o mestre transporta para^'^^"^^ 1*^ RAI italiana dirigido verso amoroso, quando em esposa. Mais preocupado ramento e amor apresenta ° que o le do que com a teoria sobre o relacionamento^^ cctualidade europeia, ele gasta roso,contrariando em algunsp'^L^"^^^"^P° 'eituradas 2.000 cartas a psicanalise, ao mesmo temp'''class[^''^j^ contar os nao e Dsicolnpfn snrir,i^f,io .. ^P''^xc,de literaturaespe- nao e psicologia. sociologia

conscientiza?ao da sociedade ficou muito aquem do minimo esperado, e em poucos anos os prbprios doentes optaram por voltar ao antigo espa^o protetor e soiidario, provando que o vinculo com a institui^ao nao se desfez apenas com o abrir de portas. Varios manicomios voltaram a tuncionar na Italia.

Essa experiencia bem-intencionada, porem mal absorvida, e retratada na pe?a Extravagdncia, de Dacia Maraini, que em julho sera apresentada ao publico carioca, sob dire?ao de Luis Carlos Ripper, com Aracy Balabanian, Edwin Luisi e Ivone Hotfman. A produ?ao e de Joao Batista Pinheiro, que recebe da Seguros Generallido Brasil, 1.500 OTN pelo patrocinio cultural.

Ao texco da amiga dramaturga, o

A estrutura circular da obra tem a sugestao de "conte philosophique", mesmo se nao consegue liberar-se totalmente daquele "pirandellismo" que aflora sempre que se tenta representar os dellrios da mente, suas fascinantes ruinas."

A montagem de Extravagdncia faz parte da programa^ao do Centro Internacional de Teatro Contemporaneo — Citec, fundado em outubro passado por iniciativa do Instituto Italiano di Cultura, Inacen e RioArte, com patrocinio cultural da Generalli. O objetivo do Centro e promover 0 intercambio entre profissionais de teatro brasileiro e estrangeiro dedicados a pesquisa da linguagem cenica, especialmente do teatro latino-americano e do Caribe.

E T R A S Os valores do erotismo

Nao e corriqueiro se associar um homem de sucesso a uma carreira intelectual e academica. O mundo do star sistem se estende por muitas leguas alem dos corredores universitarios. Pode acontecer, porem. de um mestre em sociologia da Universidade de Milao ja ter escrito sobre os bastidores da vida dos astros, sobre geladeiras e televisores ou sobre o amor. "Assuntos menores", como sac tratados pela intelectualidade europeia, eles sao a materia-prima que o itahano Francesco Alberoni, sociologo, medico e psicanalista, trabaiha no seu oficio. Do sucesso de seu best-seller Enamoramento e amor, traduzidoparalO paises, langado pela

ed„oraRocco„oBr.,il,com mais de 40 mil exemplares vendiclos ate a4.«

Foi desta famiiiaridade ao traWl^Paui ^ partiu para Sao assuntos menores que FranceS<^^rof,^J chega a Argentina. O vez tenha captado o extraordfj qjo, '^ois meses da 1.® edinestesfenomenos corriqueiroS»||g,itj'^^ '^•000 exemplares, sechamou enamoramento. ComOi-velment , ^^''^.^occo, que provamovimentocoletivoadois.add'^'lidade d^ outras, dada a faciescritordesvendoucaracterisci^tanianha" arrebanhar revolufoes sociais no process''!lres,osn,3i jovens e mulheque passam os amantes. P^'critor q "se esNietzsche, Marx aparecem e/fl'lcom 0 die de pronto Coes aqui e ali, e o autor vai . ideias suas numa linguagem Nao existe movimento socia uma diferen?a, nao existe ena mento sem transgressao." mente transparece o teor cr/ti sociologo italiano, que valC'^, tema tratado, abrindo-Ihe um ^ espaco na literatura, "(...) no tem cienn'fico, religiose e ideolog''^ estado nascente do enamorafAj tem apenas dois lugares linguist'^ sua disposicao: o sublime,o ine'^J ou — num salto abismal — o vu'^ opopular."(..,)Noseculopassa

S'' ic"' ■'j

brunce.sco./''

E_A T R O

Portas

abertas

Na d-

"If ° Psiquiatra ita'fatam^° ^^saglia, defendendo "^ais humanizado, P°"6es dos men! ^''^Ner dezenas de Nao for farai^l^farn Poucos os que se re^^'^^coIegas7 ^ Seus pr6^esmo renegaram ^^EVig-i-. ° ''^botaram a ideia. A ^ seguros

cineasta Federico Fellini dedicou carinhosas palavras: "Querida Dacia, a tua pe?a, apesar do titulo, nao e absolutamente extravagante; antes de mais nada me marcou a apaixonada tentativa de traduzir em personagens OS disturbios da mente, como se fosse uma necessidade tua dar voz e tornar teatral o desmoronamento da razao, partindo de umavisao interna desta quesf^o.

Me parece uma operasao original que tem sabor iluministico, talvez inconscientemente exorcizante, toda entranhada de uma piedade que testemunha uma vez mais o generoso impeto, o arrebatamento sincero com 0 qual voce se coloca sempre ao lado do excluido, do marginal, do santificado da vida.

Para abrir suas atividades, o Ciiec trouxe Eugenio Barba para um semi nario onde expos toda a rigorosa disciplina dos atores adeptos ao "teatro pobre" de Grotowski. Oficinas com o Teatro Potlach, cursos sobre edi?ao de video, profissionais circenses, ilusionistas, cenbgrafos e clowns italianos mensalmente se apresentam no Rio, trazendo novas informa?oes aos profissionais bra'sileiros. A questao da mulher e das comunidades carentes tambem e pauta do Citec, que em breve inaugurara a biblioteca Clarice Linspector, integrante de um centro de documentacao com videoteca, fototeca e filmoteca.

O Citec ja forneceu oito bolsas de estudos a brasileiros que ficarao oito meses no Teatro Potlach, em Roma. Convidou tambem a atriz Fernanda Montenegro para apresentar a pega Dona Doida, de Adelia Prado, no Teatro Ateneo da Universidade de Roma e em outros palcos da Italia. Antes de completar seu primeiro ano de atividades, o Citec ja pode apresentar uma extensa programa?ao que usualmente tem lugar na prbpria Casa D'ltalia, Espa^o Cultu ral Sergio Porto e Casa de Cultura Laura Alvin. A montagem de Extra vagdncia refor^a o objetivo de gerar um polo permanente de debates so bre questoes e tendencias do teatro experimental contemporaneo. E ver e conferir.

38
I.A.
iinino.
REVISTA DE SEGLl
r:c. 39

Brasil Salvage A s^uranQa do seguradbr.

quatroventos ¥

Underwriter

Ociube ^tjl-America—Vida

sen^r empresa que apretne ? foelhor indice de fatura"^ercado no exercicic de fQ . para si a express^ eu<iosde ° P°^"Suerra de que perio^conomica exigem cria® renova^ao, lan?ando no gUfQ j° ^ Primeira apolice de seClubp c grupo indexada; o

Preside ^®ria Fogiietti, viceeste Dr '"^rkeiing da empresa, queQ° s o melhor exemplo de esta se preparando ^'dade^'^^^'^ servigos a atual re- Tratj_^^®'"'^"omica, politica e social. capa2 j'®^^®"'^®eie,deumacarteira Pfsrecer tranqiiilidade ao CotretQ^' rentabilidade aos ''dadg ® ^ seguradora, a possibi® Planejar adequadamente ^[^"^estimentos.

^lier^ rndexa?ao, o Clube Sul Vida inova tambem na

forma de contrata?ao das coberturas, porque,afirma Fogiietti, permite aos segurados do piano personalizado a op^ao de cobertura apenas para morte natural, acidental cu invalidez permanente. O que nao o impede de contratar todas as coberturas mais as adicionais de assistencia medica e despesas suplementares, diarias hospitalares e de seguro profissional. Ja o piano especial, que nao oferece esta possibilidade de opcao,indeniza OS cases de morte acidental e invali dez permanente em ate duas vezes o valor previsto para morte natural. Com esta carteira, flexibilizada economicamente e funcionalmente, o vice-presidente de marketing da empresa espera ampliar o volume de seguros de vida efetuados este ano e consolidar a imagem de modernidade que,garante ele,tem caracterizado a Sul America Seguros no mercado.

Abeps empossa nova diretoria

A Brasil Salvage 6 uma empresa especlalizada em vistorias de embarca^des man'timas.

Seu trabalho, altamente tecnico « confi^vel, garante ao segurador um relate claro e precise da situasao da embarcasao vistoriada, da extensao dos danos e dos custos de reparo.

Esse trabalho minucloso 6, sem duvida, um des fatores que toma vidvel a carfeira de cascos marltimos.

Quando ocorre um suiistro, o segurador sabe que vai contar com os quinze anos de experiencia da Brasil Sal vage. E fica mais tranqiiilo.

Afinal, todo segurador gosta de seguran^.

Brasil Salvage S.A

Fundada em 1982, a Associa^ao Baiana de Estudos e Pesquisas do Seguro(Abeps),uma entidade de carater associativo-cuitural e constitui'da por profissionais interessados no estudo e na pesquisa do seguro, tem nova diretoria, ja empossada, para o bienio 1987/1989;

Presidente: Nadson Andrade (Paes Mendonca). Diretor Administrativo-Financeiro: Joaquim Pimentel(Multiplic). Assessores: Luis Ale xandria (Internacional) e Frederico Figueredo (Estireno do Nordesce).

ODiretor Tecnico: Gilberto de Jesus (Alianca da Bahia). Assessores: Davilson Rosa (Argos) e Mark Yvees (Caraiba Metais). Diretor Social: Eriberro Souza (Internacional). Asses sores;JoseI nacio(S ecol Corretora)e ,J|Tan!a Speer Johnson & Higgins).

Conselho de Administracao: Marcos Lima(Feo Corretora),Claudio Farias (Sul America)e Eduardo Veloso(Ca raiba Metais).

hail II
Rua Mexico, ill -122 andar Tel.:(021)240-0454 Telex:(21)23517 e 30034 Rio de Janeiro
M •"»* De seguros
41

Analise de risco em CPD pela Coopers & Lybrand

A necessidade de desenvolviraento da pratica de avaliagao de riscos em Centro de Processamento de Dados,no tocante a seguranca logica e fisica das instala^oes, impulsionou aCoopers & Lybrand — Auditorese Consultores a moncar uma equipe especializada no assunto para araar junto as empresas brasileiras, um mercado de grande potencial.

"Os problemas existem era vanos niveis, rauitas vezes com alto nsco e alto impacto, exigindo aticudes imediaras. Mas, no Brasil, por uma cuJrura retrai'da, as oconencias nao sao divuigadas, como aconrece, por exemplo, nos Estados Unidos, porque a divulgafao aquipode ser interpretada como facor de fragilidade da empresa", expiica Antonio Caggiano Filho, direcor da area de Auditoria de Sistemas da Coopers & Ly brand.

A avaliagao cn'tica do ambiente de PD e reaiizada com o envolvimento da gerencia da empresa, para defini?ao dos pontos em que se tem aita expectativa de ocorrencia e alto im pacto nas operafoes. A equlpe de auditores de sistemas come?a,entao, a analisar aspectos como instala?ao fisica, sistema de preven?ao de incendio,rotinasdoCPD,documentaCao de sistemas, acesso e informaCoes, uso de software de seguran^a

OS aos direilos hrasileiros. A Vera Cruz, associada a S.A. Moinho Santlsta, e citava colocada ^0 ranking" das 96 seguradoras em ptividade no pais, com um patrimo.jnioli'quido deCzS4,8 bilhoes,regis^ttou no ano passado uma arrecadagao .acumulada de premies de CzS 1,9 bi° representou um cresci- Ip^nto real de 7% era relagao a 86. resultado a empresa saltou . a 13.a no "ranking" das por arrecada^ao de Pelo^l^'^^^^'npenho foi considerado Federa?ao das Dirali, - Seguros Privados e Ca^®naseg) bem acima da ; media d

uman-""}ercado, que registrou 9ueda de 5,6% na arrecadagao p

de premios. Segundo a diretoria da empresa,esses resulcados podem ser atribuidos a poh'tica de fortalecimento de sua imagem na area de ad-

ministragao de riscbs e na conquista de novos segmentos do mercado no interior de Sao Paulo e em diversos estados do Nordeste.-

altera sistema

de Seguros V ^5®p)implantou um novo j '"f/ uiii uuvu gerenciamento de transa?6eso«-//«r^

remo?ao de dados e arquivos, piano de contmgencias, guarda de back-up de equipamento, recrutamento e demissao de pessoal etc.

"Esse exame de avalia^ao de riscos, algo diferente de uma auditoria consome cerca de 240 horas de atividades era CPDs de medio e grande portes, considerado nesse tempo o periodo como compreendido entre o

Vera Cruz eleva seu capital social para Cz$ 1,236 bilhao

A Vera Cruz Seguradora elevou o capital social da empresa de CzS296,784 milhoesparaCzS 1 236 bilhao, sem modificacao do numero de a^oes representarivas do capital social, mediante a incorpora?ao'da totalidade da reserva de corre^ao monetaria do capital, de cerca de CzS 849,359 milhoes, e de parte da reserva de agio na emissao de a^oes no montantedeCz$90,456 milhoes."

Nessa mesma assembleia foram reeleitos Horacio Ives Freyre, para o

cargo de diretor-presidente da emP';esa, e Victor Hugo CesarBagnati, Sergio Timm e Jose Alberto Maluf para diretores vice-presidentes. O advogado e especialista alemao em comercio internacional Reinharw Gumbert e o novo responsavel pelos negocios da area alema da Vera Cruz Seguradora. Gumbertassume a d.re?ao da area em substitui?ao a Wolfgang Overtheil, que retorna aAiemanha para ocupar cargo de diretona da Aachner und Muen.-

ini'cio do trabalho e a prepara?^" relatorios. Tudo isso realizado tro de uma metodologia de tal tof\ estruturada que pode ser apoO^i como linica no Brasil. O resulta^j um pamel dos pontos fortes e ji do CPD,espelhados em matrize^ nsco que levam as recomenda?^, necessarias a correcao e minimiz^^. extrema dos problemas", diz giano.

^''^Panh^ ^oieta de informa^oes das seguradoras, a ser feita , *estral foh.- ^ernestralmente atraves .^'"^=>rraimente atraves pafg*^ ^rios contmuos ou disque^'^eis "^''■''ecomputadores compa- O,:™ fflM-PC.Ula sera informatizado, con-

tribuindo para desburocratizar o tramite de dados entre as segurado ras e aSusep. Alem disso, a autarquia visou, com a revisao da sistematica de recep?ao de informa^oes, lan?ar a base para a montagem de um banco de dados, armazenando indicadores essenciais ao acompanhamento da saude economico-financeira das em-

presas de seguros.

chener, em Frankfurt, uma das res seguradoras europeias assod^ no Brasil a Vera Cruz. Com 35 anos, Gumbert ja tra''^ - *-«• L Ihou no Brasil durante quatro quando aruou junto ao escritorio ^ ao escritorio advocaciaPinheiroNeto Advogad< com sede em Sao Paulo. O novo retor da area alema da Vera Cru^ tamb6m autor de dois livros jurl<J'' cos: Tratamento juridico de invest'' ^ mentos hrasileiros no Brasil e Contrail' internacionais decompra evendasu

Os novos mapas estatlsticos implantados pela Susep, onde o "excesso foi eliminado", conforme garante o proprio orgao, coletarao informa^oes sobre o cadastro das companhias; sobre as operagoes realizadas (arrecadagao de premios, sinistros pagos, importancias seguradas); sobre provisoes tecnicas; e sobre as demonscra^oes financeiras. Junto aos mapas de informa?6es periodicas das sociedades seguradoras, a Susep distribuiratambem um manual de orienta^ao. Em outra circular, a au tarquia resolveu reformular parcialmente os registros oficiais das em presas seguradoras, permitindo a grava?^ elecronica de dados, antes proibida, atraves de microfichas ou outro instrumento informatizado, alem de manter em uso os antigos criterios e formas de armazenagem de informa^oes, como o registro em papel. Com a mudan?a, as companhias de seguros ficam tambem desobrigadas de manter nas dependencias de suas sucursais os registros relativos a .sua area de atuagao. Com is so, OS arquivos, alem da gravagao eletronica, poderao ser centralizados nas dependencias da sede da segura dora.

soaa o oo a
•• • * ••
^ ^oleta de dados
42
REVISTA DE SEGURO^
43

CONTOS DE REIS

Spectator A Origem do Termo"Lloyd//

Sao innumeras as pessoas que, intrigadcs com o termo XJoyd" dado a muitas empresas., especialmente de navegagdo, perguntam a sua origem.E esta pergunta e commum ate mesmo nos meios roaritimos, por profissionaes da mesma vida. Pots bem:julgamos de interesse o que, em resumo, vamog dar, em relagao ao referido vocabulo. Os primeiros que se apropriaram do "lloyd" arroncaram-no de uma famosa casa — "Lioyd's", de Londres. que se occupava somente com fudo que dizia respeito d navegagdo maritima. e assumpto de seguros do mesmo ramo. dilatando OS seus interesses para o mundo inteiro. Ultima palavia no gecero, desirutava(e desfruta, porque essa firma hoje, uma acabada potencia, ainda existe na capital da Inglaferra), um prestigio e autoridade incontestaveis, neases assumptos, devendo-se-lhe em muitos pontos das costas europeas, servigos de soccorros, salvamento de navioseembarcagoes, etc. Mas. voltando directamente ao as sumpto, vamos affirmar que esse termo que, annos depots havia de ser visto no frontespicio de dezenas e dezenas de poderosas organisagoes marifi■mas. veiudeumadescendencia onri" ^ explica: ha MO annos, approximadamente, ^ward Lloyd, fundata, em I^ndres, em Fouice Street, uma ioja de cole, para aproveitar a impoitagao desse producto, pouco antes comegada na GraBretanha. Mas Edward, ndo sd se torndra um arguto negociador de cafe, como revelara-ae um perfeito preparador dessa bebida, fazendo com que a sua casa attraisse uma volumosa freguezia, na sua maioria commerciantes, proprletarios, armadores e capitaes de navios de todas as partes do globo. E assim foi que na loja deEdwafd Lloyd, se verificaram oa primei-

los contratos de seguros maritimos que se fizeram na Ingla ferra. Cada contratanfe asslgnava a apoiice, na qual indicava a quantia, cujo risco tomava, e assim, ficava sendo um dos^^ subscriptores "underwri ters". E', ainda hoje, sob o mesmo principio, que se fun-

a MT • .> ri A casa "Lloyd's", ou melhor. 5,1 wu jaeinor, pB que a compoem. eslende 3016, a sua- autoridade respona todo o negocio segura- 'el, 0 que se nao dava antiga®®9urava prolC 'n°ntimas. Assim, midtn" ate as enfer- Ptdades das cieongas, etc..

para um exemplo,

podemos citar os contores e executantes famosos Patti, Trubelik e outros, que, nessa casa, seguraram os dedos, a garganta, etc. A' "Lloyd's" correm o fiIho do rico que vae segurar-se contra o risco de ser desherdado pelo pae: o provadoi de cha (tea taster), na ordem do dia que ndo tern confianga no seu proprio paladar; o pae de familia. que se seguia contra o risco de ser pae de fUhos gemeos: o medroso que receia ser assaltado na rua

No momenfo, como t>o seculos atraz, os legitiof' guradores, sdo os

dam OSnegocios desegurosque se concluem por intermedio da casa "lioyd's". E" commum falar-se, nos meios maritimos geraes, de: "apolices deseguiodo lioyd's". Mas, e inexacta essa denominogdo, porque essa ca sa, nunca aceitou negocios de seguros por conta prdpria.

ters que directamente, aresponsobiiidadedequo' negocio a respeito, obriS' se. assim, a indemnif damno em coso de sinisf Lloyd's", no caso, limilf' designor um local opropt para a reunido dos "uod*' ters local esse que e muif ierente da archaica lojd - ward Uoyd, no anno de porque, pard isso, sdo luxuosos soloes que a ca®" sue na ala NW do Palad' Bolsa de Londres. Ali. cada corretor e cad® derwrifer" tern o seu "s"' quesecompde deumac. de mesa. Mas, nesse reci®' tem accesso os socios da que sdo escolhidos entre soas de um caracter e d® honorabilidadeIntongivsi^' ra a administragdo d paga-se uma quota de 21 esterlinos e, no acto de set clamado socio, faz-se um

e despojado da bolsa e do relogio: o somnambulo que se preoccupa com os accidentes de quepode servictima durante as auQs peregrinagoes ao ar livre.

Toda essa distincta gente tern, nos "underwriters", um seguro de quolquer coisa...

Ndo e raro a esses "seguradores" oiferecerem negocios que alteiam ds espheias de operagoes das companhias de segu ros queestasndoqueiramiazer, por temetem a enoime respon-

sabilidade que esses negocios exigem. Por exemplo, o Almirantado inglez, em certa occasido, decidiu-se a seguroi. em dois milhdes esterlinos, as suas esquadras contra o risco dos avorias que poderiam sofirer durante o periodo das monobras. Todas as sociedades de seguros. juntos, ndoassumiram um tal risco, que so a "Lloyd's" lomou sobre os hombros. E foi, ate hoje. o maior seguro ieito no mundo.

OQUE VAE^KLO MLNDO^

AJAOSSAND^I^ c A SuissA E o Seguro

A Suissa e dos poizes em que o seguro attingiu ao maior desenvolvimento.

O seguro e conhecido no Suissa desde o seculo XVIII, mas a primeira sociedade de seguros fundada ali, data de 1857.

Actuolmente, a Suissa conta 11 sociedades de seguro sobre a vida, das quae's 7 por acgoes e 4 mutuas. Em todas as socieda des OS segurados pariicipam dos lucros annuaes.

O octivo total das sociedades de seguros suissas ultrapassa mil milhoes de francos suissos.

A importancia que assumiu esse ramo de actividade economica na Confederagdo prova-se com o facto de hover ac

tuolmente, 85 apolices de se guro para cada 100 casaes.

O seguio contra os accidentes tambem se desenvolveu muito rapidameiite na Suissa e as so ciedades respectivas extenderam sua actividade. ha ja algum tempo, aos poizes visinhos, O total dos premios de seguro con tra OS accidentes e a lesponsa bilidade civil corresponde annualmente a 12 francos suissos por habitante.

Calculando o total dos pre mios pagos pelo populagdo da Suissa para todas as' modalidades do seguro, chega-se d cifra impressionante de 500 milhdes de francos suissos por anno, o que. para um paiz de 4 milhoes de habitantes, represento, sem duvida, contribuigao notavel.

H r: JAfnl iiX 1

satisfazendo, assim, aspiragoes' de quasi todo o coipo de jui^tas e de gtande maioria das Com panhias e de seus agentea.

Dps Archivos da Revista de Seguros
44 1
^ode5,000libras,comogaranla dosnegociosque severificasobessalesponsabilidade.
'»■
^ConPAHitiArr [Na-, -"Iotb raASiiKiRi
S 7
fSORD
loVfj ^
'in
UtGt,
uc£iwA.borNs-.iuiTS
"Ados
Unidos
teve dias
Q p legisladores "-odigo 'de Seguros,
PORTO SANDEMAN SEGUROS 46

Deus e brasileiro... mas o Super-homem e amerlcano

iSiegel an- N >• "iLois A s Shuster, os amargurados criadores do Super-homem; ^terna tlos bancos colegiais, que inspirou a mocinha Lois Lane, j^Supe 'loheroitabaixo);Capadoprimeironumerodarevistaemque trelados por Superboy Supef^^xisteme^^^^f-*" Paraaposteridade.Rarissimos,osexemplaresainda ate mesmo por Krypto.'o cproduzidas de Time de 14 de mar^o de 1988.

sr/fAf/ae...i'vi VANQUlSM£fi E/ERY CROOK, SPY ANPWEIRPO WITH '*•< SUPeftNATURAl POWERS. 8UT PEALINO WITH THEBIGFIVE-OH MAY ae MY BiccEsr CHAUENae YET.

BUT... OREATSCOTT"! THERE GOES THE HYPERSONIC SIGNAL ON JIMMY OLSEN'S SIGNAL WATCH!!! THIS IS NO TIME POR introspection. "!

p.,,, iviypiu, O —"-'aijOes para nao faJar de uma intinid^'^ueindi subprodutos: camisecas SuP^everelr^-^"^ 29de ccuiiisecas /"'■creiro (J- ..n.-w... mem, aneis Super-homem, Super-homem), o minimo d^jdas de l - ^'"^strapode dizer do homem de a?o ^ die), Lane para se casar com ele e unico — o maior! Uipa d

QuandooeditorHarryDonen-

teld vtu a primeiracapa da revista de historias em quadrinhosAciton Comics, em que o Super-homem aparece erguendo com suas proprias maos urn autcmovel acima dacabe?a (joia rara pelaquai oscoiecionadores chegam a pagar 35 mil dolares), nio conteve o mau humor e disparou o veredicto de que deve rer se arrependido para o resco da vida: "Ridiculo."

Hoje, decorrido meio seculo, o Super-homem. ninguem duvida' e uma mst.tui?ao. Depois de miJha'res de avenruras na sua luca implacavd contra o mal na Action Comics e na Superman Comics (assim como em cerca de 250 jornais). 13 anos de programas radiotonicos, 3 novelas, 17 desenhos animados, 2 filmesem-serie de 15 episodios cada, um

Mulher Maravilha: um dos seus tres super casos.

seriadodeT\'commaisdelOO uma nova serie de desenhos animados de 69partes, ummusical naBroadwaye cinco filmes de longa-metragem com um sexto em producao (sem mencionar o chorrilho de shows es-

John Byrne, escritor ingl^^ i?bes felizes concribuiponsavel pelos textos e des^la '^stejos do aniversario e atuais do Super-homem, coO^Ljncitui^j^^" livro encantador, seu heroi nmraonnicM A', "rr^aiiy^enifi- seu heroi protagonista da at Fifty: The timaliistoriadesucessoamod^j'^^ihaosr'' ^ ("O Super-ho- ricana—um forasteiro que APerj/j;r?;«'a</f America e lase rornamais bem'^'iPool ^ -jd y X editado por Dennis G ido do que em qualquer oudjpess, gar". Mas, embora o Super-hoV"*^ le Viiiuuitt U ouper-"" " n ary Engle (Octavia que faz as delfcias osj^i -1"- "It as ociii-ia; viva na America a maior Proezas do Su tempo, ele eum heroiuniversal'j ^Pes Entre outras especula de seus T.eleeum heroi universal' , ^"jre outras especula- is admiradores incondici''j,^^ncaup.^ .^°^^'9neiras, o-livro leitor de ficeao cienn'fica qUe 9uesc6es mais polemi- Elhson.estimaque sohajacinr" I qqg o super-heroi: sonagens de fic^ao conhecid^b.^^'^hira ^ ^ vlrgem? E, porqualquer parte do mundo: ele judeu? Os seus Sherlock Holmes, Mickey ® ^onstaque oDr.JoRobin Hood e o Suoer-homeh'', . j ^^iria denunciado o Robin Hood e o Super-homeh' Palmas, portanto, pois o bf de a^o acabade atingiragrande

kca, tirmou um acordo com os criado res do personagem original, pagan do-lhes 20 mil dolares anuais para o resto de suas vidas. (Valor total estimado do Super-homem; mais de um bilh^ de dolares.) Siegel e Shuster declararam paz, mas nao concedem entrevistas nem participam das comemora?6es do aniversario.

'^ta ca; 50 anos de idade. A rigor, f^i "y, "" ^TiPtv "onestamente, nao. O

trata exatamente da comemoraf^j datadeseu nascimento, umave^j t). ^ ^averj

1938 assinala an^-n^c ^ '* "Lom„. ^ a 1938 assinala apenas o ano erf ,

.u como nao-ariano. En• Um dos autores do livro ® "'Potese ao afirmar entatia etnia da Formiele debutou na capa do p^i'^^ '.'^uutou na capa do pn"' Hcr- que a c,.

ma coisa que o Supossa fazer? Sim, -p- numeroda ActionComics. Se ele ^ 25 anos que entao aparentava, ^ ^ >ado ,f" hoje 75; o seu suoercnrr^n eA s. ^Qsen,:„. ^°"anto , acrescenta hoje 75; o seu supercorpo flacido e o seu olharde raiosX j^%3 podendo

POfI ^ exame de sangue. seria o mesmo. Mas como ainda rece ter 25 anos, socabe uma co'^'' sao; ele e intemporaJ, imortailicenga de embora ninguem tenha'''Ve>!'A Su^A!" quanto a sua verdadeira idade. ^^'"-homem que nao estao REVISTA DE SEGUP^* SEGUROS

participando das comemora?6es sao OS seus criadores, Jerry Siegel e Joe Shuster, ambos com 73 anos, morando modestamente a poucos quarteiroes de distancia um do outro, em Los Angeles. Siegel sot're do coracjao e Shuster esta cego. Quando a.Detective Comics comprou o seu trabdho ha 50 anos, adquiriu todos os direicos, pagando-lhes inicialmente ape nas 10 dolares por pagina escrita e desenhada. Ao se esgotar o primeiro niimero e as vendas das edieoes subseqiientes atingirem 250.000 exem plares cada uma, os dois autores exigiram os seus direitos. A editora dispensou OS seus servigos, e a a?ao ju dicial que moVeram Ihes toi destavoravel.

O litigio arrastou-se ate o fim dos anos 70, quando a Warner Commu nications, que a essa altura era proprietaria da Detective Comics — pri meira detentora do tltulo antes de passa-lo a Action Comics— e desejava produzir uma versao cinematografi-

Embora as aventuras do Superhomem no inicio nao passassem de uma historia mediocre e .bisonhamente ilustrada, o seu sucesso da noite para o dia nao so rendeu miIhoes como tambem provocou uma chusma de imitacoes, como Batman, Capitao Marvel e Mulher Maravilha. Na opiniao do famoso cartunista Ju les Feiffer, a Depressao dos anos 30, que se seguiu ao crash da Bolsa era 29, despertava no esplrito indomito dos americanos o sonho de que qual quer um seria capaz de veneer as dificuldades, tal como o Super-homem. E todos adoravam a fantasia daquele sujeito que, muito antes do He-Man, ja tinha a forga.

Mas se o Super-homem era um he roi confiavel em tempos conrurbados, como a Depressao e a guerra mundial que se aproximava, como se explica que tenha conseguido sobreviver por tanto tempo? Em parte porque os tempos dificeis persisciram sob outras formas, e em parte porque possui outras virtudes que vao muito alem dos seus punhos justiceiros. Alguns observadores identiticam uma aura divina nas suas ori-

SEM FRONTEIRAS ;-,q^
Alberto Lopes
"rt- ■1 '
46
47

gens extraterrestres e na luminosa pureza de seu alrrui'smo. "Sempre que o Super-homem era um anjo", declara candidamente o padre catolico e autor de xaroposos hstsellers Andrew Greeley. As especulafoes, no entanto, nao ficam per al Nao faJtam entendidos que ponderam que o nome original kryptoniano do Super-homem Kal-El — assemelha-se a silabas hebraicas que significam "tudo o que Deus e . As mirologias grega e es-

candinava tambem foram invocadas para demonstrar que o Super-ho mem se parece com um deus que desceu a terra e anda entre os homens sob uma aparencia mortal. O roteirista cinematografico David Newman ve implicagoes ainda mais exaltadas na lenda. "Ela come?a com um pai que esta no ceu e diz;'Enviarei meu unico filho para salvar a ter ra.' O filho assume a forma fisica de um homem mas nao e um homem.

Tradutor portatil

C uponhamos que voce e um ci^ dadao aJemao que reside em Bonn.Um belo dia voce vai andando por uma rua, cuidando da sua vida, quando de repente um estranho se aproxima com um jeito esquisito. Depois de Ihe fazer parar,ele coioca um pequeno dispositivo eletronico perto da boca, no qual fala devagar, em ingles;"Por favor, pode me dizer onde posso comprar um pouco de chucrute.^" O que voce faria?

(a) Nao ihe dava bola. (b) Chamava a policia. Ou (c) ouvia atentamente o aparelhinho dizer, em alemao;"Komn Sie mir bite sagen, wo ich Sauerkraut kaufen kann?"

A atitude mais sensata seria a (c), pois a pessoa que se dirigiu a voce e apenas um turista procurando se familiarizar com os habitos culinarios da sua terra. O aparelho e considerado o primeiro tradutor portatil do mundo — um microcomputador que converee instantaneamente um idioma falado noutro.O aparelho de dois quUos movido a bateria e chamado a Voz.Trata-se de uma cria^ao da Advanced Products and Technologies, uma companhia americana especializada em instrumentos de viagem.

Quando for Ian?ada nos Estados Unidos em fins de abril — ao preco de 1-500 ddlares—aVozsera capaz de converter ingles falado em itaiiano, alemao, frances e espanhol, O produto vem com cartuchos separados para cada idioma,que podem ser trocados a medida que o usuario via-

As conotafoes religiosas sao que evidentes."

J^ar de um pai's para outro. A novidade sera vendida na Europa logo deiwis de introduzida nos Estados Unidos, com cartuchos que convertem italiano, alemao, frances e espa nhol em ingles.

A Voz utiliza um microchip espe cial e inteligencia artificial para traduzir idiomas. E ativada por comando vocal e produz um output fa lado atraves de um alto-falante embutido. Quando o usuario faz uma atirma^ao ou formula uma pergunta a Voz imediatamente reproduz a ft-ase em outro idioma. "Ela ouve o que voce tern a dizer e depois fala" exphca Steve Rondel, presidente da Advanced Products. Ele acrescenta que a Voz, emborase expresse num dialeto computorizado algo estridente. e perfeitamente clara para uma pessoa que lale a lingua"

/m/>/«__Dispondo de cerca

Como diria uma raposa felp perdida nos corredores do Planl I nn ^^

agao com

as 65 ancs para o

v.ver

Esta e disseramqueoqueebomparaotj"^'®'" Preocupa^ao dos suites tados Unidos e bom para o Pelo menos 75 anos —ea poderosa indiislenwf suiga, que reserva 'P^ra cerca de 13% darenda "OS I7^^j° aplica pelo me,^ros ,1" rnesma renda em se''betor ^ Konradin Weibel, da Zurich Insurance no ® n^aior empresa do ramo de .res quartos de um ^eS-rW^i^^eSs mS n,em6r,a, o produto pode da moeda eTdesel der mats de 2.OO0 ^e a pr.„,ip„

Adaptado do Time de 14 de de 1988 e responder mats de 2.000na m

liniaoe. 1 . • #^ . di-. Wr "pos a aposentadoversS 5 ^"eviveu noBrasil ver oes de moedas e outras in^xio J^"^nose nao esconde sua pai- toes mas nao a tradugao escr*'' '0 Corinthians uma trase falada. jAtt

ecialmente nos EUA e no Canada ainda existe alguma possibilidade de se ganhar aigumdinheiro com seguro de automoveis e acidentes pessoais. Na Suiga, contudo, os veiculos sao uma fonte de renda menor, ate porque os suigos preferem andar de trem.Economizam no custo da gasolina, colaboram com o Partido Verde que cresce em importancia e conseguem poupar mais.

a velhice, aioria frases simples "'So a temer o hituro mente encontradas em guias """sdecuiHir r, gem editados em idiomas estr^^^^°'^'^ebadinheir ros. A Voa e dotada de ut^a 'ida

Exibindo orgulhosamente uma bandeira em sua sala, que tern uma ampla vista do lago de Zurique, Weibel conta que o ramq^forte de se guro industrial ainda e a base da Zu rich Insurance, que arrecadou em 1987 um volume de premios da ordem de 12 bilhoes de francos suigos (USS 8,7 bilhoes).

determina que 100% do seguro seja feito pela seguradora no Brasil."

Com participagao desde 1964 na Argentina, a Zurich Insurance tern pianos de aumentar seus negocios no Mexico tambem. "Em particular porque o Mexico tern uma grande produgao e tem uma legislagao mais aberta, ao contrario do Brasil", lamema Weibel.

"O Brasil tenta gerar dinheiro atraves dos seguros, mas esses recursos nao sao colocados a disposigao da economia. O dinheiro acaba nas maos das proprias seguradoras e indiretamente dos conglomerados financeiros, que praticamente monopolizam os negocios do setor."

Legislagao

<>^dame„trTn"ir"'f

A iimitagao mais evidence d" relho e que se trata de um trad'*. de mao linica: depois de vertef ond#. ^ ; a- a oereiinM f>rr. • 1- lofl'', "s 'onde a mdustna de se- pergunta em ingles para o al^ j . '^'"ecada j ele converte a resposta eh)

Quando sera possivel contar um tradutor portatil de mao duP Rondel afirma que ja se disp6« tecnologia, mas que ela requer processador de alta veiocidade muito grande e dispendioso parS portatil. Ele acredita,entretanto,''' OS estrangeiros nao terao que espH muito tempo para poderem con^ sardesembaragadamente com o lio de pequenas caixas pretas. .

REVISTA DE SEGUP'^I N De seguros

E tambem nesse ramo que a Zu rich - Anglo Seguradora — afiliada ao grupo suigo — atua no Brasil. Weibel explica que os principals clientes da empresa sao as multinacionais, como Nestle, Ciba-Geigy e Brown Boveri."Nossa especialidade e o seguro global das indiistrias, partindo daqui da Suiga. Normalmente uma fatia do seguro e feita no pais onde a industria mantem a filial. O seguro restante e feito na Suiga. No caso do Brasil, porem, a legislagao

Apesar do desanimo com a legisla gao, Weibel assegura que o risco do Brasil no seu ramo de atividade e considerado interessante. "A qualidade da produgao industrial brasileira e comparada com a alema."

O diretor da centenaria Zurich In surance lembra, contudo,que o Bra sil e a carteira de seguros que mais da trabalho para a instituigao. "Para conviver com a reaiidade brasileira nos, precisamos alterar regras e o controle de qualidade para a produ gao assegurada, que nem sempre e tao rigido como na Europa,devido^ grandes distancias no Brasil, onde cabe 206 vezes o terricorio da Suiga."

Weibel — que mantem em sua sala dois mapas gigantes do Brasil para provar a quern quiser que a distancia que separa Sao Paulo de Mato Grosso do Sul e tao grande quanto a de Zurique a Istambul — defende o reinvestimento das empresas estrangeiras no pais."A resistencia a investir existe na medida em que as em presas estao gastando em francos suigos e nao tem garantia de que te rao o seu dinheiro repatriado se necessario." •

1988 49

48
"Ja que Deus anda meio esque^i TI19.0 HS. DUI^S. desuanacicaalidade.ojeKof.d/-. on,o
ap6a
Super-homem. Afinal.)i|^ algumadignidade?
que esp """""""""
mao para o ingles. Portanto, ^>0 suj^qj ,^,5- ^ so kTk- f que o nativo entenda a obsef^ vid? oi - ' '' do computador. o usuario °Peragoes asseguram a nao compreender a sua resp"' Rondel sustenta que grande pai^l comunicagao basica dos turisf^ refereapedidosde informag^^'' orientagao nas ruas e que, cof I«uco de mimica e um vocabid' simples, o portador do apa^ acaba se safando.
Adaptado de Newsweek de 25 de Janeiro de 1988
Gazeta Mercantil de 10 de margo de
' t '■i HUMOR m
£ A NOVA Poli'tic.^ P6 OS^MAKAJA'S> /1GOR4
\ 50 REVISTA OE SEGUf
T€M ^OE BAT£[^ POMTO.
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.