T1752 - Revista de Seguros - mai/jun de 1987_1987

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iOftGAO OFICIAL DE DIVULGAQAO DA FENASEG• AND 66•NP 775• MAI/JUN 87

INDUSTRIA 6ELICA

Mercado alvo para as seguradoras

COM SAUDEBRADESCO

Saude Bradesco e um seguro para grandes nscos.

EleprotegecontraOSimprevistos da vida capazes de afetar seu orcamento.

SAUDE BBADESCO

S% stftf.

Coisas assim ja devem ter acontecido com voce E,com certeza,voce percebeu o que maisinco- ^ j 11icui> ir il-Lt ijioda nestes mom

IstoMSmSdeo^

OOOOOl ^^i^aldo 00 q 60rTf,NE^ entos. ^ E que ^eYYi da preoi^pafao com a SaudeBradescotambpm rppmhol^ sua^udeoucom adaspessoasque oshonor^osm^cos dentro dosI'' voce mais ama,eMste o problema mitesdodSSvSScXr. dasd^pesas medico-hospitalares.

apenas a diaria,comoi^bem

A^nra

COM SOLUCOESINSPECT, NINGU£M S'£MACHUCA EM QUESTAO DECOBERTURA.

Cobertura de sinistros e sempre uma discussao perigosa quando nao se tern seguranfa sobre o assunto.

duvidas em relafao a esse tipo de problema.

Agora,0 mais importante e ^ quep hospitalfolescolhido porvoc0

Oualguerum,emqualquer^ontodo

^'^'§'^^'^°^-^vocetemaIgumadq^dasobreo^q^^^ade&:o'p&^^0^'

RraQll r-rvKM bK=i^-^vTd4^.^4-A ^ afgafaoepagapdoSciudeBradGsco. Brasii,com tratamento de prlmeira dasse.

Etendoaseuladoo medico de sua coniianfa usando os melhorese mais modernos equipamentos.

BRADESCB

Suagarantia para viver mais tranqiiilo.

Ate mesmo as companhias scguradoras precisam de uma assessoria especializada para tirar suas

E ai nada melhor do que contar com as solu?des do Grupo Inspect.

Alravis dc sua rede de filiais espaihadas pelo Brasii e dos sens correspondentes no exterior, o Grupo Inspect oferece um servifo dgil e de baixo custo, cuidando da cobertura do risco at6 o momento do pagamento da indenizacao.

Tudo para que o segurado seja indenizado rapida e justamente,e o ressarciraento seja feito sem problemas junto ao causador do dano.

E por isso que em questoes de cobertura, as grandes seguradoras procuram OS grandes peritos.

Afinal, quern tern Inspect sabe que nao vai se machucar.

FIQUE TRANOUlLO IF ^
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i/MISg
G R u p osCONSULTORIA E PERITAGENS Peritos em soIugQes RuadaG16ria,290/14?andar-1U,;(02l)221-<764 Tdu:(021)34008 RBN A BR - Rio de Janeiro - RJ

REVISTADE SEGUROS*

Orgfio Oficial da Federa^So NacionaldasEmpresas de Seguros Privados e de CapitalizagSofPenaaeg).RuaSenador

Dantas, 74/12° andar. Tel.: 210-1204 e 220-0046. Endereco Telegr6fico: Fenasee, Telex;34505FNES-BR.CEP 20031.

A DIRETORIA

F^idente:Sergio Augu„ toRibeiro. 1.° Vice-presldente;Alberto Oswaido Gontinentino de Araujb.2.° Vice-presidente:Hamilcar Pizzatto. 1° Secretdrio; Rubens dos San tosDiaa.2°Secn«tario:Sergio

SUveira Saraiva.1Tesoupeipo: Luiz Cldudio Garcia de Souza.2? Tesoupeipo:Nilton Alberto Ribeiro.

Suplentes:Antonio Juarez

Rabelo Marinho, Eduardo Baptista Vianna,ClAudio Afif Domingos.Delio Ben-Sussan

Dias, Pedro Pereira de Freitas.Jos6 MariaSouza Teixeira Costa,Marco Antonio Sampaio Moreira Leite.

Conselho Fiscal — Efetivos: Carlos Antonio Saint-Martin,Guilherme AugustoRamos Filho,Jos6 Monteiro.

Suplentes:Ruy Perelrada Silva. Jorge da Sflva Pinto.

De 1980 a 1984, as —_*J exporta^oes da indiistria de armamento belico arrecadaram mais de USS 560 milhoes e posicionaram o Brasil como o segundo fabricante de armamentos do Terceiro Mundo. Este crescimento permitiu, ainda,que o Brasil se situasse como o quarto major exportador de arraas em nivel internacional. Diante deste quadro.o setor belico se apresenta como um meroado altamente promissor para as seguradoras brasileiras. principalmente no que se refere ao ramo aeronautico,confonme informagdes na matferia de capa desta ediqao{p6gina 14).

Dipetor Respons&vel: Sergio Augusto Ribeiro. Edi tor Executivo:Alberto Lopes. Editor Assistente:Alberto Salino. Colaboradores: Paulo Rabellode Castro.Villaa-BOas

Correa,Rubens PenhaCysne, Jaguar, Luis Lobo, Alberto Liopes,Luiz Mendonga, MarcilioMai-ques Moreira.Alber to Salino. Luiz Eduardo de Carvalho e Silva.Jomarftreira da Silva.Roberto Tterziani.

Fundador:Josb Veloso Borba.

Filiada & ABERJE. Os artigos assinados sfio de responsabilidade unica e exelusiva de seus autores.

COOROENAQAO EDITO

RIAL E GRAFICA:Assessor

ComunicacSo Social Integmda Ltda. Rio - SSo Paulo - Brasilia.Endere^Rio:Rua Senador Dantas, 7-A. Tel.: 210-2487. Editor Geral:Mario Russo.EcUtora Executiva:Rosana Preitas. Programafao

Visual:HyrmoP Costa.Redap&oeColaboraodo:Josb A.Lo pes.DorothbiaBastos,VeiOnica Couto e Liicia Santa Cruz. Distribulffto: Fernando Chinaglia.

1 O Os principals projetos de ^I polos de desenvolvimento,que estAo sendo conduzidos pela Prefeitura,envolvem recursos da ordem de Cz« 10 bilhdes em investimentos globais e mais de 30 mil empregos diretos. Isto represents uma enorme alavanc^em no crescimento da economia do Rio e, conseqiientemente,abre boas perspectivas para o mercado segurador. Maiores detalhes na p^na 19.

COM SOLUCOESINSPECT, NINGUEM SE QUEIMA EM CASO DE INCENDia

ABERTURA

8 Luiz Mendon^a

Nova trente de ag&o

PERSPECTIVA ECON6MICA

10 Rubens PenhaCysne

Sobre o Novo Cruzado

BASTIDORES

12 Villas Boas-Carr^a Sucesso a aijnuta

COMUNICAgAO & MARKETING

29 Jomar Pereira da Silva Bresser, congelamento, marketing

MARKETING DE SEGUROS

30 Alexandre Luzzi t Gasas

Uma pesquiaa neoessaria

EMPRESAS/FUSAO

32 Profisslonalismo a quatro m&oa

CULTURA & LAZER

34 Luiz Lobo

A faieoida tecnologia

36 Livros,artee pldstieas, teatro e cinema

SEM FRONTEIRAS

42 Alberto Lopes

PreaervagSo da vida: um novo conceito de previd^noia

QUATRO VENTOS 46 Underwriter Atualidades

CONTOS DE REIS 48 Spectator

A memdrJa do seguro

Outras: Cartas,8; F'linenseg. 28:e Humor,50.

Incendio e sempre fogo de resolver quando nao se tern seguranQa sobre o assunto.

At^ mesmo as companhias seguradoras precisam de uma assessoria espwializada paia lirar suas duvidas fem rela9ao a esse lipo de problem'a.

Capa Cnag&o e arte-Zinal:EdsoP Scxircelli

E ai nada melhor do que contar com as solu^oes do Grupo Inspect. Atrav^s dos seus profissionais altamente capacitados, o Grupo Inspect elabora relatdrios, vistorias e regula^oes no melhor padrao exigido pelo IRB.

seguradoras procuram os grandes peritos. Afinal, quern lem Inspect sabe que nao vai se queimar.

Fbtos

Etevaido Vieira

E havendo necessidade de vistorias prwas,o Grupo Inspect age tambem do modo mais twnico possivel, atendendo prontamente em quaiquer ponto do territ6rio nacional.

E por isso que, em caso

Telex:(021)34008RBNA

REVISTA DE SEGUROS 1.
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Peritos em soluQ6es RuadaGWru,290/14?andar-TH;(021)221-6764
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Centos

AGRADECIMENTO

Agradego o atencioso envio do n? 774da;fevistadeSeguros,com a interessante materia Seguro de Obra de Arte. Atenciosamente

rados somente o prego medio do mercado dareposigao daspegas,da mao-de-ofara especializada na reparagaoeopregoFOB dos veiculos, em caso deperda totalporacidente. A taxa aplicavei sobre a import&nciasegurada ficou paragarantir OS riscos de incendio e roubo.

Naepoca de estabeleceroPR,o riscorouboeraconsideradopouco signiiicativo. enquanto hoje o in cendio, no seguro de automoveis, ainda e. Tklvez porque, na epoca, nao tinhamos e nem tampouco esperavamos este grande indice de sinistralidade.

peios atuarios.

SEGURO DE ROUBO DE AUTOMOVEIS

Ja faz algum tempo qua eu vinha querendo escrever para esta tao conceituada revista;comoago ra tive aoportunidade,envio anexo um trabalho sobre o seguro de automoveisqua gostariafosse publicado.

"Considerando o alto indice de sinistralidade qua ai'nda apresenta a cai-teira de automoveis. pela grande incid^ncia do roubo, chegando a ser o risco qua pesamais nosvaloresdasindenizaqdes. comparando-se aos riscos de colisao e inc6ndio,principalmentenascapi talscom fronteiiaspara outrospaises.faz-se necessaria uma pausa para analise mais profunda desse grande problems qua, hA muito, vem desequilibrandoaeBtabilidade do ramo.

Hecentemente, tivamoa um grandeprogressonoseguro deautomdveis, quando se estabeleceu laxas diferenciadas para as regioesondeorouboemaisfreqiiente,pordm aprdmio que estA eendo arreoadado aindaeinsuficientepa ra se manter equilibrada a carteira de automdvefs.

Quandose estabeleceu oPrAmio de Referdneia —PR como basepa ra calculo,estavam sendo conside-

Para que possamos estabiiizar novamenCe a carteira e acompanliar a evolugao dos acontecimentos noPais,precisamos modificar aig-uns pontos da nossa tarifa de seguro de automoveis,pontosfundamen tai's para meihorara composig&odacarteira.Enecessario definir essespontos, quaisseriam as modificagdes necessArias para conseguirmos um bom resuitado sem aumentar demais o custo do seguro. visto que a cada aumento na tarifa se diminui o mimero de bons segurados, ficando apenas agueies tradicionaisque adotam o seguro como uma maneira de se precaver contra um provavel imprevisto ou agueies gue, por incidAnciadesinistros,saoforgadosa contratara cobertura — e estessAo a maioria — ficando as segtjradorascom OSsegtirados g uedSo mais prejuizos.

Para esses eeg'urados poderiamos adotar uma maneira de agravaropremj'o,atravds dopercentual equivalentsao bonusqueosegurado teria direito, caso nAo tivesse ooorrido o sinistjo por sua cuipa. Assim, alAm de perder o bdnus, ainda teria uma agravagSoem sua ^renovagao.

Mascomo oproblema maiorAo risco roubo,o que poderiamosfazerneste sentido? Jhlvez exciuindo o roubo da cobertura bAsica n.° 1 e considerando-o como uma co bertura adicional,cobrando-se um prAmio cuja taxa seria estudada

Acreditoque nao estariamos diretamente aumentando o premio do segiiTD,massim reparando uma falha que nao estava prevista e nem tinhamoscondigoesde prever — o aumento de carros roubados guando se estabeleceu o PR. Havendo a possibilidade deconsiderasmos a m udanga acima,es tariamos dando ao segurado opgoesdecoberturas,e a taxa aplica vei sobre a importancia segurada poderiaserreduzida para 0,5%em todooBiasil,assim comoa taxapa ra a cobertura adicional de roubo seria conformsestabelecido pelos atuarios. A defasagem de valores e t&o significativa entre oPR e a ta xa guendoe precise um calculopa ra noscertificaimosdisso,mas,co mo exempJo, vejamos o PR de um VoyageSuper — Cz$ 12.041,0O.paracobrirosdajiosdecoUsao.ouseja,a reposigao das pegas e a maode-obra especializada.Eagora ve jamos a taxa aplicAvel sobre a import&ncia segurada, que varia de 1%3 ate 3,5%,que e corzespondenteaoroulxDeincAndio. Comparando-se o vaior do PR com o premio estabelecidocom a aplicagdo da ta xa sobre a importAncia segurada, verificamosqueem media naochega a 50%> do valor doPR.Ora,se o roubo vem sendo omaiorcausador deprejuizos para asseguradoras, por gue ainda cobramos apenas 50% doprAmioparaorisco roubo?

Algumasalteragoescomoestas poderiam fazercom g ueassegura doras n&o tivessem que aplicar o dinheiro para fazer com que o ne gative viesse aser um faiso positivo.poisecertoque,seassegurado rasfoesem pagar os sinistros so mente com o prArnio que arrecadam,muitas ou todasja nAo estariam atualmente operando com o seguro de automoveis.

Agradeeendo desde j6, aceite minhas cordials saudagdes.

Adilson Matos

Cia.Paullsta de Seguros

Sucursal Minas Gerais

COM SOLUCdESINSPECT, NINGU£M FiCA DESPREVENIDO NA HORA DETRANSPORTAR.

Transportar cargas e serapre muito arriscado quando nao se tern seguranga sobre o assunto.

Ate mesrao as companhias seguradoras precisam de uma assessoria especializada para tirar suas duvidas em rela?ao a esse tipo de problema.

E ai nada melhor do que contar com as solugoes do Grupo Inspect.

Seja qual for o ramo de transporte - fluvial, terrestre, maritimo ou aereo - o Grupo Inspect esta apto a fazer

de sinistros. Alem disso, planeja e acompanha as operafoes de carga, descarga, armazenamento e transbordo, analisando e detalhando lodas as fases, a fim de reduzir o risco de acidentes.

E ocorrendo algum sinistro, o Grupo Inspect prontamente emite um laudo com as causas do evento, extensao das avarias,

ressarcimento dos prejuizos e sugestoes para proteger os salvados.

E por isso que na hora de transportar, as grandes seguradoras procuram os grandes periios.

Afinal, quem tem Inspect sabe que nunca vai ficar desprevenido.

Paulo Estellita Herkenhoff Filho Coordenador de Arte do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
O REVISTA DE SEGUROS tit. hv '1^ >
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IKSPBCT CONSULTORIA E PEFIITAGENS Perltos em solugoes RuadaOI(iria,290/l4? andar-'ftl.:(02l)22l-6764 QD tnntlm Ri

Nova frente de a^ao

Omercado segurador brasileiro, desde oinieio dos anos 80.vem reconhecendo a necessidade de abrir caminhos parasustentapao do seu processo de crescimento.

Na decada anterior,a eoonoraia do Pais tivera periodo euforico de expansSo,com oPIB evoluindo acima de suas taxas historicas. Na esteiradesseprocesso.aatividadeseguradora tambem conheceu uma fase aurea, vendo sua receita de premios ter ineremento a indices nunea antes registrados.

No exato ano de 1980,em Belo Horizonte, a classe seguradora reuniu-se em mais uma de suas conferfincias periodicas. O tema daquele encontrofoi,significativamente;"OPreenchimento dos Espa^os Vazios."

Depois dos dois cheques dos preQosinternacionais do petroleo ocorndosna decadade70,eralogiCO e obvio que aeconomia brasileira,num dificil processo de reajustespara absorgao dosefeitosda criseintemacional,iria desacelerar o ritmo anterior de crescimento.E,

diante de tal perspectiva,o merca do segurador, antes apoiado no crescimento da economia, teria quese voltar parauma polltica pro pria de expansao:o preenchimenijeroyM 'mM

to dos espa^os vazios,isto e,acon quista de um segmento potencial de procura,nao absorvido no atropelo do alto ritmo de crescimento da decada anterior Mas,nos anos 80,a aceleragao do processoinflacionario,criandoclima antagonico a evoIu^So nor maldasoperagoes deseguros,instalou na economia nacional a chamada"cirandafinanceira",fator de perturba^ao que envolveu,inclusi ve e inevitavelmente, a atividade seguradora, a esta criando inibigoes para investimentos na projetada ocupagao dosespagos vazios. Veio o Piano Cruzado,instituindo moeda estavel,produzindo queda vertical da inflagao,extinguindo aindexagao da economia e acab^docom a"ciranda financeira".

Tudo isso, e claro, introduziu no ambiente econdmico do Pais as condigoes propicias para que o mercadoseguradorse voltasse pa ra a politics de preenchimento dos espagos vazios, que permaneceram vazios.

_ Oresultadodessanovaorientagao foi a elaboragao de novos produtos. Algum destes recentemente comegaram a serlangados,des^ando-se entre eles oschamados pacotes de se^ros,para riscos tanto residenciais como comerciais.

As vantagensdos"pacotes"podem ser resumidas nosseguintes itens: 1)de uma so vezo segurado pode adquirir vdriascoberturas,de forma simples e agilizada,sem os procedimentos operacionais inerentesaoutrosesquemasde aqui- sigfio separada de multiples segu ros; 2)a aquisigao simultdnea de vanos seguros, possibilitando a simplificagao de encargose proce dimentos operacionais, da lugar a significativa redugao dos pregos dos seguros conjugados.

Esta aberto,portanto,um caminho para a ooupagfto deespagos va zios -etambem para aprdpria ex pansao de espagosja ocupados.D

QUEM TEM INSPECT, tEM AS MELHORESSOLUCOES EMSEGURO.

Existe um tipo de risco que nenhuma companhia seguradora pode correr., E 0 risco de ter duvidas quando precisa atender a qualquer especie de sinistro.

Ainda bem que na pratica ninguem precisa correr esse risco. Porque as seguradoras podem contar com a assessoria especializada do Grupo Inspect.

Com uma experiencia adquirida ao longo de 13 anos junto a empresas brasileiras e estrangeiras, o Grupo Inspect dispoe de uma estrutura capaz de oferecer sempre as melhores solufoes.

Solufoes rapidas, precisas, confiaveis.

Exatamente o tipo de cobertura que as grandes

Grupo Inspect. Um verdadeiro ovo de Colombo para 0 mercado segurador.

T Abertura
O mercado segurador, antes apoiado no crescimento da economia, teve que se voltar para uma polftica propria de expansao: o preenchimento de espagos vazios, ou a conquista de novas segmentos potenciais
REVISTA DE SEGUROS 1
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Sobre o novo Cruzado

Emfevereirode 1986,quatro

fatores contra-indicavam a adogao de um piano de estabiliza5^6laCruzado(que desse certo)af^ta deestoquesreguladores suiicientes,a pouea predisposicao da sociedade para um periodo de baixocrescimentoecondmicoe queda de salanosreals,oestilo populista do Governo e a pouca clareza e desequilibrio das oontasdo setor pubhco.Nomemento atual,alem desses mgredientes.que nao parecem terse modificado substancialmente{pelo contrdrio.o deficitgovemamental parece ter crescido ainda mais),varies outros dificultam sebremaneira o sucesso da estiate- aa estrategiaapresentadapelo"Novo Cruza do .Centre estes, destacam-se>uca»LfiUjaxii-se;

1. A perda de credibilidade da ^pula^fiocom respeito aosucesso de medidas deste tipoe ao prdprio Governo;sem credibilidade,ficam ^refecidos es dnimos de centrole de preqos e,o que e pier, a tenddncia a rorma9do de estoques de oarne,remedies,etc. . .emuitemaior. Com esteexcesso de demanda,decorrente de motives puramente precaucionais,osindividuos,agin-

do em separados e com temer do desabastecimento(ou,nocase dos produtores, apostando na Ubera?ao dos pre?es),acabam por efetivamente provoca-lo,inutilizandoo rangelamento. A solupao pare este comportamento estaria numa politica monetdria francamente restntiva.que elevaase suficiente-

K T esperados. Essa estrategiaso deveria ser utilizada per um curto periodo de tempo,enquanto as despesas pdbboas nfiofossem adequadamentereduzidas(devido ao efeito perverso dos aumentos de juros ^bre o bemcomo sobos demais devedoresHquidoa e a atividade economica).Oque nfio ee pode prever e se essks ocorre^ na intensidade e prezo

TO de quem detem poder sobre es toques. Ainda que nao haja esto ques suficientes de carne, por

° sempre pode trocar ddlares percameem mercad08 externos, mantendo o abastecimentoaopreqofixado.Durenteo Cruzado,entretanto,aliquidezinnacional,entfio d disposiqao do ftis.foiutihzadaparamanter um mvel de consume e investimento mcompativel com a produgSo nacom^ h® ® serviqos,deixando c^o heranga ao Banco Central em P®"g08amente escasso em moedasfortes.Deata vez,asreestar^ presentes para gai^tiroego ministerialem afirmativas aos produtores do tipo"se naoaparecer acarne,euimporto e voces e que saem perdendo^

(em termos de comprometimento ^m obras publicas)obter o apoio dosgovernadores.O ultimo mime^referente ao deficit publico giraTO em torno de Cz$ 6,5% do PIS.

um pals isolado da poupanga ®xterna,trata-se de algo totalmente incompativel com pregos estaveisou qualquer coisa perto disso.

No diadoPiano,foram anunciadas algumas medidas saneadoras

oontas do Govemo.Oseu 6xito, ha duvida,dependera da suficiencia dessas promessasde reduOSo de despesas publicas para conterademsunda.Este processoocordeforma nao apenas direta, petaredugSo dasencomendas do Governo ou oompras de seus assalariados. mas, tambem,atraves de •^a reversao comportamental dos ^gentes economicos(ou seja, de aumento de credibilidade refletido em uma manor inflagfio espe^ada e menor formagfio de estolues precaucionais). E tambem ^este processo deformagao de exPectativas que a redugao do deficit Pnblico se torna a pegafundamenda estabilizagao.

A parcial eliminagao de subsi®'08 ao trigo {contrariamente ao

que inicialmente se anunciara; a eliminagao nao foitotal),ja tantas vezes proclamada,represents um aumentoem tome de0,2% do FIB, na renda liquids do setor publico. Trata-se,conjuntamenteaoanlunciado aumento de oombustiveis e tarifas dos servigos de utilidade publics, de uma medida necessaria. RestasaberseoGovemoresistiiA aselevadas pressoes politicas que surgiraoem decorr^nciadaesperada queda de salaries reals dai resultante.

O adiamento de alguns projetos de investimentos era a unica^ternativa viavel no momento. H& al apenas dois problemas:os gastos de consumo do Govemo(folha salarial e compra de bens e servigos a empresas)nSo foram tocados, quando deveriam receber prioridade de corte sobre investimentoa; segundo,a paralisag&o de algumafl obras jd em andamento,como a Usina Nuclearde Angra II,trazseveros custos contratuais e finan ceiros para o Pais.

A unificagSo do orgamento da Uniao, a maior independ6ncia do Banco Central e a criag&o da Comissfto de Coordenagfic Pinancei-

RUBENS PENHA CYSNE

ra,emboraem nada alterem o defi cit,possibilitam o aumento deseu controle. o que ja ^ alguma coisa. Masisso tudoso vaifuncionax,efetivamente, no proximo ano.

O Governo, obviamente, nSo anunciou com tanto alardr mas a redugSo da inflagSo tambem aumenta a arrecadagao tribut&ria real.Em particular,as pessoas fisicas,que haviam optado pelo parcelamento doimposto devido,sentirfio bem maia a cai^fiscal.

Do ponto de vista juridico, deve-selembrar quee questionavela existSncia de bases legais para a utilizagSo de deflatores noscontratos prefixados, sem o artificio de uma reforma monetaria. Bsse expediente,certamente,dara origem ainumerascontestagoesjudiciais.

De um modo geral,pode-sedizer que o novo Piano,emboralangado em condigdes iniciais bem mais prec&rias,ao menosapresenta um realismo depremissas superior ao Cruzado(por exemplo.ao nao prometer umainflagaozero,conceder abonos salariais ou mascarar o problema do deficit publico). Nao ha duvidas de que a inflagdo nos proximos 90 dias sera reduzida, mas permanece a possibilidade de fracasso da estrategia decongelamento ou de desabastecamento de alguns produtosessenciais.Resta saber se, novamente, a anestesia do congelamento nao minara a sustentag&3 da racionalidade necess^iaa nova condugao de politi ca econdmica.

A paralisa^ao de algumas obras. come Angra II. traz custos contratuais e financeiros para o Pais

<»ntasdo8etorpublico,nafaseanIni °inicio do ^o e o dia 12 de junho,a socieda de se mostrou perplexa ante alguns investimentoa pdblicoa ^unciados,sem queficasseolara

moa^ recursos pareos mes- mos. Falava-se muito em quanto estava oustando paraoPresidente

Se as medidas anunciadas para divulgag&o,ao final do mds,configurarem uma politica de rigorosa austeridadefiscal(o queeimprovAvel), o saldo pode ser positive. Caso contrdrio,o novo Piano tera gerado tao-somente apertossalariais e uma nova grande confusao. Quem sabe,a ultima antes de um future periodo de forgada abstengao do Governo na tentativa de efetuar politicas de renda.

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REVISTA de seguros
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Sucesso a minuta

Naodamais paraesperar.De

um lado,apacifincia do povo vaichegandoaofundo do pogo,aos seus extremos limites, esgar^ando-se aqui e all em manifesta^oes de caotico inconformismo; de ou tre,o calendario da transigSo anota datas fatais,intransferiveis.

A Constituinte, por entre trancose barrancos.vaise aproximando das rodadas decisivas de diseussao e vota^ao pelo plenario do anteprojeto de Constituigao. E essa e umaoportunidade quenaose renova e que s6se repete de rare em ra re,ao altoprego dosofrimento e da crise. Portanto, e agora ou nao se sabe quando. O Presidente Jose Samey esti necessitando de nrna dose,ainda que modesta,de popularidade para ser aceito pelo PMDB e acolhido pelo PFL,assumindo umalideranpa,mesmoque frdgil,sobreo processo politico,&s vesperasdo desfecho da transigao.

Ora,ja se disse e se repetiu ao cansago que aautoridade,ocomando doPresidente Sarney,oondiciona-se d.sua popularidade. Em razao direta, nas mesmas proporgdes. E so acompanhar o risco amalucado da popularidade de Sarney,subindo aos picos do cmzado e desabando as funduras da deoepgao nacional,com omalogro da m^cado ex-mito DiIson Punaro,6justapO-loAs muitascurvae da sualideranga polltica.Batem,e^tamente, como decalques superpostos.

Claro que nenhumaestimativa, por mais inflada de otimismo,espera a reedigao da mandinga do cruzado. Mas estamos todos urgentemente necessitados, e para j6,de bone resultadosecondmicos, de estatisticas que exibam a contengao da disparada inflaciondria e que injetem no Pais o soro da esperanga. MesmoqueemgotaaavarM,o suficiente para retirar a sociedade do principio do desespero e provoque um desafogo geral.

Nada se constroi, nada se faz sem acreditar, sem confiar. sem

toreer para que de certo. Estamos numa crise de fe,no buraco negro do ceticismo.

O cruzado produziu suasconseqiiencias, aparentemente contraditbrias. Provou ao povo,em dez meses de douradas ilusdes, que o seu salbrio pode ser valorizado, queainflagSo naoe uma pragaincurbvel. uma fatalidade biblica e que, portanto, ele pode viver meihor, com efetivo acesso aos bens de consumo. Quando o povo chegou a uma crengafanatica. produzindo a vitoria eleitoral inedita de 15 de novembro de 86, corregoes contidas alem dos limites da prudencia e manipuladas com incompreensivel brutalidade e incompetencia mudaram o cenbrio da noite para o dia. Deslizamos para um tunelde decepggo e dedesesperanga.

. Ate aqui, foi possivel o equilibrionacorda bamba dosexpedientes.

Ofim dalinha est6^vista. Ago ra o Presidente Jose Sarney eacou da manga a carta derradeira,oseu trunfo amarfanbado. E nunca se viu um governo e todo um pais tSo

dependentes de um projeto econb' mico,como agora estamos pendurados no chamado Piano Bresser.

Nfio se exige muito dele.Masalguma coisa de imediato.Daqui pa ra o final do ano,de um jeito ou de outro,a Constituinte tera encerrado a elaboragfio da futura Constituigao. As decisoes definitivas serao todas votadas neste segundo semestre.Ate mesmo a altemativa desgastante de um adiamento,co mo um apelo desatinado a um intervalo de bom senso.

A transigao, com todos os seus notorios tropegos.emplacou uma sucessao de conquistas. N&o foi pouco encerrar um ciclo revolucionanodequase21 anos,numatransagao consensual,sustentadapormacigo apoio nacional.A tragedia do presidente Tancredo Neves pareceu um abismo intransponivel. Uma vez mais,saltamos para oou tro lado.

Justo quando estamos perto, quasetocando o lance final,com a institucionalizagao do regime, a crise se aprofundaeameagacom o pior. N&o merecemos tanto azar.

ASassese importa com o quevocetern de maisimportante; Avida.

lastiaores
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REVISTA de seguros

Na mira do mercado segurador

Com toda certeza,

dentro do quadro que a economia brasileira vem apresentando nos liltimos anos,um dos principais crescimentos setoriais da indiistria tem-se verificado naarea dearmamento belico. A maior parte dessa produqao e exportada. Somente de 1980 a 1984, por exemplo, as exportaqoes do setor arrecadaram mais de US$ 560 milhoes,que fizeram com que o Brasilse posicionasse como o segundo fabricante de armamentos do Tterceiro Mundo.precedido apenas por Israel,de acordocom oInstitute Estocolmo para Investiga^ao da Paz.Por estes dados, nosso pais situa-se como quinto maior exportador de armas em nivel internacional, se forem contabilizados OS paises do primeiro e segundo mundos. Uma das metas brasileiras, entretanto, e ultrapassar esta posigao,colocando a naQfio em quaitolugar,sendo precedida apenas pelos Estados Unidos,Uniao Sovietica e Pranqa.

Este esforqo de aumentar as vendas externas das industrias b61icas nacionais passa,sem sombrade diivida, por um aumento na propaganda dos produtos brasileiros, tarefa de que o Itamarati vem se encarregandodesde meados do ano passado,quando comegou a distribuir, internacionalmente, exemplares do terceiro cat&logo

Brazilian Defense Equip ment — do qual constam 800 produtos diferentes, desde avioes ale acessorios e roupas militares,incluindo munigdes,fabrics-

dos por35empresas nacionais.

For outro lado,essa tentativa de incrementar os pumeros da balanga comercial nacional, no que tange ao item armamonto, tera que se submeter a uma reavaliagao de todos OS segmentos perifericos a estaprodugao- Issosignifica repensar tambem a questao dos riscos que um negoeio deste porte pode implicar.

Dentro deste con texto,a indiistria de armamento belico se apresenta como um mercado altamente promissor para o setor de seguros,pelas v^asareas em que ele se torna necessario e pode atuar,eficiente e oportunamente. E o que defende,por exemplo, Carlos Alberto Esteves,da Inconfidencia Companhia Nacional de Seguros Gerais, uma dasseguradoras

efetivamente no seguro das aeronaves de combate e

que atua ativamente no campo belico. Mais especificamente, a companhia realiza o seguro das aero navesde combate(aerona ves AM-X)c espccificas (aeronaves Bandeirante, Xingu, Brasilia etc.), da Embraer(Empresa Brasi leira de Aeronautiea).

O que existe

Vale lembrar que a Em braer,estatal,alem de produzir aeronaves comerciais,constroi modelos pa ra usomilitar.Pelaapolice em poder da Inconfiden cia, a empresa segurou duas aeronaves piototipas AM-X para treinamento militar, que sao cagas-bombardeios de ataque.Como as duasaerona ves fazem parte de um acordo de cooperagao tecnologica firmado entre

roesmo," assegura Este ves.

A vantagem do seguro ^eronautico(para aerona ves de combate)reside nes^pequena fi-ase. O investimento realizado em um equipamento belico e de Bfande vulto e pode esvair-se em horas, durante 'Jtn v6o de treinamento ou teste. A cobertura dos AM-X inclui vdos de en®^o,instrugao. translado (inclusive pai-a oexterior). '^^trionstragao e riscos de Pfirmanencia no solo, em nangares ou patios de terbem comoem feiras exposigao. Ate mesmo '"gestao esta assegurada so.poi-exemplo,umaave -nm

il:-

Brasile Italia,ou mais pi"e" cisamente entre a Em braer e a Aeritalia Societa Aerospatziale It&liana, a.s duas companhias tinharo direito adecidircomoseris feitooseguro. Assim,30'Xi do seguro couberam a Inconfidenoiae 70% assegu radoras Generali e Adriatica, como representantes das empresas construtoras italianasenvolvidas no projeto.

O contrato prev6 que o casco tenha uma cobertura de perimetro mundial, enquanto que,para coberturade gueiTa,seqiiestro e oonfisco,a garantia so va le parao continente americano, com excegao de El Salvador,Nicaragua,Hon durase Guatemala.Por esta cobertuia,o que parece incrivel, mesmoseoaviao for abatido recebera a importancia segurada,"pois o seguro foi feito para islo

produto

A escolha da Inconfi dencia para segurar os AM-X foi feita atraves de sorteio.como tern sido utilizado para todas as em

presas estatais. O sorteio. realizado em 1984. teria validade ate 86. porem a prbpria Embraer mostrou-se interessada em

dfencia.

Mercado desconhecido

--'"ira o prejuizo. Cada se^rode umaAM-X daEm- permanecercomaInconf braer tern validade anual, ® seu premie foi calculado ®niUS» 401.348.Aimporl&ncia segurada e de US® milhoes.

A Embraer tambem dedica atengao especialaose guro de Responsabilidade Civil do produto,conforme afirmou Benedicto Saraiva.chefe dasegao de segu ros e riscos da empresa: "Mantemos responsabili dade do material que yendemos por toda a vida.''For este mecanismo. a Em braer e responsavel por qualquer falha no apareIho ou no projeto do apareIho. Tbda a sua frota esta assegurada contra RCem cercade US*200 milh.5es. Existe.ainda,outros ty posdecobertura.Haaapolice de produgao,quecobre ludoo queestanasinstalagoes da fabrica, mesmo avioes de terceiros em re-

Moterig de Capa/Industria Belica
14
RFVIffTA DE SEGUROS
LUCIA SANTA CRUZ
i-
Uetaihe da Unha de montagem da Engesa

paros. For este seguro, o Tuc€ino, um turbo-helice para treinamento militar que alcangou bastajite populandade,tem o seu casco coberto por US* 1,25 milhao.Bete modelo de se guro nao termina com a venda do produto.O segu ro do AM-X,cujo primeiro exemplar sera entregue & FAB{Fbrpa Aerea Brasileira)em abrilde 1989,janao apresentara a cobertura: uma vez vendida,esta aeronave deixa deestar assegurada pela Embraer. A responsabilidade do segu ro corre,apartir desse momento, por conta do com prador,sejaelenacionalou estrangeiro.

Outra conhecida produtora de material belico, a Engesa, tambem realiza coberturas de seguros. O material — aviOes,tanques etc. — enquanto estd nafdbrica.e encaradocomo um bem de producao. Ap6s sair do local, ele passa a pertencer ao comprador. Fbr isso.ele teria de ser segurado pelas Fotqelb Ar madasdosdiversos paises que vSo utilizar estes produtoe. Segundo Delio Ben-Sussan Dias, diretor da Itatiaia Companhia de Seguros — empresa que detem a apoUce da Engesa —:acompanhiafazseguro contra incdndios, lucros cessantes. instala96e8. utensllios, maquinaria, materia-prima e mercadorias existentesem suas dependdncias.

Vale observar, ainda, que existem dois tipos de seguro contratados pela Engesa. Um 6o GOC — se guro de Garantia de ObrigaqSes Contratuais — e ou ti-o o GEP — seguro de Ga-

rahtia de Executor Fbrnecimento. No caso do pri meiro. e comum que o adquirente fa^a um adiantamento em dinheiro por conta do contrato. pois o prazo de entrega pode levar ate dois anos. Ele vai neeessitar, entao, de uma garantiareal de que,casoa Engesa naocumpra ocon trato, ele tera de volta a quantiaadiantada.Pores teseguro,o mercadoseguradorse compromete a devolver ao comprador a importancia por ele adiantada ao fabricante.

O GBFe assinado quando o contratante precisa que o produto Ihe seja en tregue no prazo estabelecido e que, alem disso, seja produzido dentro dasespecificagoes porele determinadas.Assim,aEngesa terd de cumprir todas as cIAuaulascontratuais para a realiza^ao daquele empreendimento. No caso

disto nao ocorrer,aseguradora reerabolsa o compra dor na quantiaque ele despendeu para comprar o produto ou em quanto ele ter6 que gastar para substitui-lo.

Apenas RC

Outra empresa fabri cante de material bdlico, que realiza seguros com a Itatiaia, e a Companhia Brasileira de Cartuehos (CBC). Segundo Delio Dias,elacontrataumaapolice de responsabilidade ci vil para garantir aqualidade de seu produto.Este se guro,praticado ha maisde 15 anos,tem validade para cada um dos paises para ondee exportado,nao se limitando apenasaoSmbito nacional.

Segundo o supervisor de seguros da CBC, Wag

ner Reis de Souza,a eiD' presafaz ainda um BC estabelecimento, que previne as instalagoes dafirin^ contraincendios,catastrofes etc. A CBC tem tres bricas,todas no interiorde Sao Paulo. A de Santo AO" dre produz armas que sS" usadas, principalment^para caga e pratica de eS' portes. Em Ribeirao Freto. uma unidade produz nigao de pequeno e medi'' calibres,enquanto a outt® trabalha com propelentes (polvora).Com um volum® grande de mercadoriaS. Wa^er declara que de ca da tipo de arma sao feitos variescalibrese,no que di^ respeito a munigao, ind" meras variedades ateOdem a diferentes necessidades. "Estabelecendo uma relagSo bastante su perficial, eu diria que, s® temos50armas,vamoster 700 munigOes," continua ele.

Wagner Souza observa

lue, em relagao a este se guro,a empresaj&recebeu reclamagao pordanos queos pixjdutos da CBC tecausado. Nos Estados Unidos, eles acompa^^aram um processo no ^ualum comprador garanque adquiriu umaarma uma trava faltando, teria Ihe ocasionado r^08.A CBCenviou peripara demonstrai- a seSUranga e ficou provado a travaestava naarma ® que esta nao tinha prolerna algum," conclui

Wagner. Mas,se o mercadoe promissor, ainda ha muito o que se fazer para que o setor de seguros possaatuar mais freqtiente e efetivamente nesta axea. Carlos Alberto Bsteves,dalnconfidencia, acredita que. se as companhias pudeesem ajudar mais naelaboragSo das condigoes do seguro e das clausulas dos contratos. ja seria um grande passo para o desenvolvimento deste segmento seguro de aeronaves

bem como de outros em quea participagaodosegu ro e viavel.

O seguio de Responsa bilidade Civil, por exemplo, que praticamente to das asempresasfabricantes de material belico fazem,naoe obrigatdrio.Pe laregulamentagao doIRB, eles sao textos de cobertu ra padronizados. No caso de cascos de aeronaves, alem da cobertura de casco.Joao Roberto DuncanF. Jorge,chefe daDivisao de AeronduticosdoIRB,afir-

ma que existe um grande numero,como aeronaves sob responsabilidade de oficina,RC de hangar,RC de produtos,perda de certificado de habilitagao de voo,RC de operador de aeroportos etc.

Como se pode ver,e evidente que a participagao do mercado segurador na area da industria belica aindad timidaeincipiente, embora naose negue asua importdncia.Os altoscuslos e valores envolvidos justificamo quadro atual.

Armamento belico braslleiro: projegao internacional

Trintae cinco paises

estao na lista dos ^portadcres de equipa- ^entos militares,armase 'stemas de apoio produzino Brasil. Em 86,isto ®P^sentou uma particiem um mercado bascomplexo,cujos moJ^^entos globais contabi^2aram US* 900 bilhoes. quais60% sao contra®queenvolvemdiretaou bdiretamente os Estados Unidos.

Vm dos compradores aisassiduosdaprodugSo fnsileira e o Oriente Meembora o Brasil nao tenunca vendido umaso paraoIrS.visto quejd °fez paia o Iraque e uma "bcisao governamental 'nipede a venda de armajP^nto simultaneamente a nois paises em conflito.

Este segmento da economia nacional esta tdo PnDmissor que as Porgas Armadas cadastraram 2.7 ntil empresas brasileiras

^VISTA DE SEGUROS

que produzemou manifestam interesse em produzir materialde use militar.Es te cadastramento fazia parte do Piano de Mobilizagao Industrial(PMI). que visa garantir a auto-suficienoia bfelica do pais.

OPMIefruto bAsicodas ligoes deixadas pela Guerra das Malvinas a todos os paisesdo Terceiro Mundo.

A Argentina,que comprava todo o seu armamento de paises aliados a Inglaterra,teve seufomecimento cortado duranteo confli to e, com isso, viu-se em uma situagao pouquissimo animadora. A partir deste acontecimento. o Brasil intensificou a preocupagao com parque in dustrial de defesa.

Esta questao fez com que a principal atragao do ultimo desfile de Sete de Setembro fossem as mais recentes produgbes do selor. Assim.o Comandante Militar do Planalto, gene

ralde^vis&o M^rio Orlan do Ribeiro Sampaio,abriu ecomandou o desfile abordo de um carro decombate Osorio,fabricado pela En gesa. O carro tem sido apresentado como um veiculo de grande poder defogo. mobilidade e protegao bUndada.Podesofrer todo tipo de adaptagao,tanto clim^itica quanto em relevo territorial.Seupoderdefogoe controlado por computador e Osbrio conta ainda com um periscopio intensificador e estabilizador de imagem. Ele e capaz de destruir carros inimigos. movimentando-se avelocidade de ate 50 km por hora.

A Aeronautica tambem marcou presenga na parada militar.do feriado dalndependencia,em 86,mostrando 77 aparelhos. dos quais 58 fabricados no Brasil. Um dos integrantes do desfile aerec era o AM-X, desenvolvido em conjunto com a Italia, e

que tem um seguro essencialmente belico.

Noentanto,o Brasiltem sefirmadoem todo o mun do como fabricante de car ros de combate, popularmente conhecidos como tanquesde guerra,e veiculos blindadosem geral.As vendas dos Jararaca,Cascavel e Urutu,da Engesa, que ultrapassaram a casa das trbs mil unidades, a dez paises, provam isto. Para substituir a familia Cascavel,aEngesaj&esIA trabalhandc no Sucuri II, um carro de combate armado com um canh&o de 105 mm, tripulado por quatro homens e que desenvolve velocidade de ate 110 km/h,com suas 17 toneladas.Por ter suspensao hidropneumatica, consegue fazer ate 50 km/h em terrenos acidentados.

Um pouco mais leve,temos o Ogun.Suas seis toneladas permitem que ele 17

[,Mgj#riq de Cc^g/Industriq Belica(cont.)
16 •
REVISTA DE SEGUROS

Materig de Copg/Inciustria Belica(cont.)

Caminho aberto para o mercado segurador

se destine^operatesaerotransportadas. podendo ser langado de para-quedas, o que o faz ser um apoio para tropas de combate para-quedistas. Desloca-se ale 50 km/h por suas lagartas,esteiras semelhantesasdostratores.

Bastante versatil,podeser equipado com morteiros medics ou pesados, canhoes de 20 mm. metralhadoras e ainda carregar missels antitanqueseseis soldados em sua pairte pos terior. O Ogun dispoe de um braoo eletrico que leva o morteiro atd oterreno pa ra disparo,trazendo a pega de volta depois do tiro.

Voltado para o combate de infantaria,o Charrua e um velculo da Motopegas. que pode transporter ate 23 soldados equipados, embora sua capacidade normalsejade ISpessoas. POssui umametralhadora, que pode ser substituida por um canhao de 20 mm.

A intengao da Motopegase desenvolver uma familia sobre este chassi basico, com carros aptos a conduzirmisseisantiaereos.canhoes antitanques de 90 mm e de 155 mm e o ca nhao autopropulsado,que e utilizado n'a retagua^a para protegao da propria tropa.

Nesta area de canhdes autopropulsados,ja podemoscontar com um modelo bi-asilGiro. o AS-90 Mal let, resultants de um convenio entre a Verolme e a Vikera Sh^jbuildings.

uma empresa britanica.O canhSo e equipado com o FH-70, uma pega de artiIharia padronizada pela

Otan e com um motor de cerca de 600 HP,o que Ihe permite atingir alvos a 32

km de distancia e manter uma velocidade de 70 km/h.

Quanto aossubmarinos de projetos totalmente desenvolvidosem solo nacional,deverao estar prontos em 1999,istoe, umano an tes doinicio do seculo^pci.

Serao da classe Nac-I, de duas mil toneladas.Embo ra desenvolvidoaqui,oprojeto da Diretoria de Engenharia da Marinha teve o apoio tecnico do escritdrio alemao de desenhoIngenifer Konthr Lubeck.Sua ca pacidadeserade seis tubos de torpedo na proa, com um comprimento total de 60 metros.

Outroprojeto desubma rine sendo trabalhado no memento e Nac-II, da Ve rolme.Suafinalidade prin cipal e servir de prototipo para o submarine nuclear brasileiro. Seu deslocamento sera de 2.800 tone ladas, equipado com seis tubos de torpedo situados no centro do casco e um so nar na proa com alcance de 40 km. O submarine nu clear dever^ter 3.400tone ladas de deslocamento,po dendo chegar a 60 km/h submerse, Enquanto todos OS submarinos ficam sob asaguas por um periodo maximo de 72 horas, tendo que emergir para recarregar suas baterias. a permEinencia do submari ne nuclear sera ditada pe la resistcncia de sua tripulag^.

Os misseis tamb6m ocupam um espago na industria belica brasileira.A Engesa produz um antitanque, conhecido como Leo, que pode atingir um carro decombateadds mil metros de distancia. viajandoem um feixe delaser.

^erca de CzS 10 bilhoes em investimentos globais e mais de 30 mil empregos diretos prometem ser os resultados da atragao de quase 500 empresas, dentro dos principals projetos de polos de desenvoivimento que estao sendo conduzidos pela Prefeitura do Rio de Janeiro, segundo o secretario municipal de Desenvoivimento Economico, Jose Augusto Assump^ao Brito. Isto representa enorme .^lavancagem no crescimento da economia do Rio, que traz, junto de si, a abertura de um grande mercado para a area de seguros aA

atividade de se guros gira em

rnodo volume de investi,®ntog,"enfatizaodiretor

^Tea de Risco Industrial

mSiefo aceitag^ no meroado e o

^ China)dava ca um.sem nome ainda. anena^ ',.m ca um,sem nome ainda apenas para comprar uih cuja guiagem e feita per no e e dotado de um equipamento infra-vermolho que detectao bloco dos veieulos inimigos.

O missel antiaereo nacwnal.entretanto.ainda e objeto de pesquisa, tanto dasFbrgas Armadasquan to das empresas privadas, result

tanque,em 1984 esta produgaojd conseguiaadquirir mil tanques, ao prego unitdrio de US$ 1,5 mi' lhao.

^Bt^radescoSeguros Au ,Luis gusto Momesso. E,em ^azo medio de tres ou 3 s.tro anos.serao aproximad,-amente dez polos instriais em funcionaenvolvendo areas

projetos. Programados e em processo de quase instalagao,a prefeituradesenvolve aindaosP61osde Biotecnologia(o unicocom explicito apoio de or^aos dos governos federal e estadual). cine-video, otica e uma nova area para tecnologia.

serie de riscos.quesac meIhor identificados por especialistas de seguradoras."E a andlise nacional dos riscos," continua,"6 sempre acompanhada de substanciais beneficios nos proprios contratos de seguro." Ou seja,ao segu rador interessa estar protegido, garantindo bens com menores probabilidades de sofrer danos.

andoemceS^Sdez ^ exportagao pr^etos.ando estudados

Neste crescimento.serh sombra de duvida,o Brasil teve um desempenho im* portante. Atualmente,cal' oula-se qua a exportagao fiujcLos senao esti simultaneamente.

Estas descrigdes so fazem reforgar um fate: o

^ Peoificas e reformulan''adicalmente o perfil o^Poniicodo Rio.Os polos

QQ ^cnologia I. ConfecAluminio e Pundi®8 significam investida ordem de Czt6

no de US« 1,5 a USt 3 bi lboes. O Governo Federal

crescimento da^inddstria Sntf

bdlioa brasilpim o valor mais aproxisegmento forte da econo '^^0'io,i^aIedifieilpreci- mia nacional. Com efeito ' nitidez, seem 1950,deacordof>nm' P^^eebe-se que produtos olivroProducaodeArmn oriundos de exaustivas no Ttei-ceiro pesquisas,testes eanos de no iBi-ceiro Mundo.edita- estudosprecisam estarga

tiuiiado pelo Instituto Estocolrantidos mo para a Investigagao da Paz,a produgSo totalde armas da America Latina, Africae Asia(com excegao

Sp ® ® encontram, to Assumpgao Bri'. em fase bastante ^antada.

do P61o de Tteeno-

I• que teve suasobras

• 'nfra-eg^j-m^ra b&sica

j^l^Suradas no ultimodia

^ 7®junho,osdemaisdesde frente serfio en-

^SUesasempresas nofi-

rantiHr»e r\ ic:

. O que significa quea mportAnoia do seguro belico salta claramente aos olhos.E precise anun ciar a sua existencia [J

^®'l do ano. A partir dai, terfio prazo de dels hoB __ prorrogdveis por ais Um,devido a fatores

® ®onjuntura eccnOmica

Para conclusao de seus

Em fase de estudos e definigao de projetos. a prefeitui'a tambem articula junto as empresasdosetor a construgao do Polo de Nautica, o de Microcalgadistas e uma segunda edigao doPolo de Confecgoes. Os numeros, estimados pelo secretdric municipal de Desenvoivimento Econdmicc. Jose Augusto Assumpg&o Brito. nSo incluem focos secundarios de crescimento economico gerados na periferia dos p6l08,que devem abranger tuna s6rie de novasopoitunidades nas &reas imobiliaria, de transporte, com6rcio, saude e servigos em geral.

"Ibdo crescimento in dustrial provoca, necessariamente.um crescimento do mercado de seguros.

Especialmente quando tratamos com industrias emformagao,"analisao vice-presidente da Banerj Seguros. Mario Felinto Hall Cavalcanti,que destacacomofundamentala es ta fase de implementagao de projetos — onde as em presas tem prazos definidos — a fungao do seguro de"garantiade obrigagdes contratuais," cobrindo eventuais problemas com OS servigos contratados (atrasos nasobras,nao utilizagao do material solicitado, discord&ncia com os projetos originais, danos por instalagdes nialexecutadas. demora na entrega de mercadorias etc.).

Momesso acredita que, embora em periodo de formagfio, os polos indus trials irfto provocar, inevitayelmente, uma grande procura dos empresarios envolvidos nos programas, atraves de consultores ou diretamente, por parte de informagoes no Ambito do seguro. Isto porque, se gundocdiretor da BradesCO Seguros,aimplantagfto de industrias envolve uma

Entre as empresas engajadas nos projetos dos polos municipaisde desen voivimento, cerca de 80% delas sao de pequenoe me dio portes.segundo avaliagoesdo secretario munici pal. Para gerarem econo mia de escala,todosos po lossac dotadosde servigos comuns. com estruturas administrativas e tecnologicas a serem compartiIhadas — como creches,la boratories etc. —;que tam bem serao geridas por representantes dainiciativa privada.

Se a especializagAo dos polos permite a otimizagao dos recursos,pode promover,naarcade seguros,um aprimoramentodas garantias setorizadas,"a exemplo daquele destinado a segurar equipamentos de baixa tensao. especial mente indicado para em presas naarea deinformatica," afirma Momesso. Bsta modalidade de segu ro preve cobertura de da nos diretos,decorrentes do funcionamento do proprio equipamento, mesmo que impliquem reposig&o de componentesou pegasimportadas.E.embora pouco comercializado no Brasil ate hoje,tera oportunidade deoonsolidar-se a partirda zona industrial de JacarepaguA — onde, ate 1990,

18
Pdlos Industiicds H
^EVlSTA DE SEGUROS REVICTA DE SEGUROS
19

Polos Industrials(cont.)

GRAFICO

pOlos industriais

1 Fundi^Ses

2 Alum^nio

3 Pabric^o (Calpadistas)

4 ConfecfiSes II

5 Confec^Ses

6 Tecnologia I

7 Tecnologia II

8 Otica

9 Cinema e Vi'deo

com a implanta9&o dos dois P6Ics de Tecnologia, somados as vinte empresas que j6 funcionam na reglAo,eertloaproxlmadamente 120 industrias do setor no local.

Parque de alta tecnologia

O primeiro p61o aserimplantado — P61o de Ttecnologia do Rio — ocupa uma 6rea de 360 mil m^,em Jacarepagud — prdximo de unidades da Cobra, Moddata etc — e distribuird, por 60 lotes, um eonjunto de 45 empresas, que ser6 responsavel por investimentos da ordem de CzS 2 bilhoes. As 45 empresas tSm prazo atb 1989 para estarem praticamente ins-

taladas, e pelo menos delas ja iniciaram os meiros trabalhos de coriS" trugao.

Gerando oito mil emp'*' gos diretos, o Polo de nologia sera gerenciad pela Riotec,que atuara organizagao e coorderi® gao das areas comuns, cluindo a contratagao ° servigos de restaurante creches em regime de rendamento e sempre to-sustentaveis. Alem des ta estrutura basica

soseraacionadaaposco^

sultajunto asempresas il^ polo — a Riotec oferece servigos de teste e homol® gagAo de componenteScentral de compras. liS consorciado de laborat® rios de Cad/Cam (para ad" tomag&o industrial), p^' gramas de treinamento d® pessoal de nivel medio ® superior, sistema de cob' trole de qualidadeecriap^ de oportunidadesde negd' cios, atraves de associag^ entre empresas.

Empresa privada, coi^ fins lucrativos,a Riotec fb' criada a partir da aquisi" g&o de cotas per parte da^ empresas que adquiriraib terrenos no polo — sendo que todasas45industriaS possuem.nominimo,1/44 das suas agoes. Hoje. a Riotec ja conta com 73 acionistas, representando industrias dos setores d® informatica, telecomuni' cagoes,eletrbnica,instrumentagao, mecanica do precisao efornecedores.O presidents da empresa. Fiavio Grynspan, afirma que esta estudando a possibilidade de vir a contratar um grande pacote de seguros para cobrir nao apenassuas proprias atividades,mastodaa parte coREVISTA DE SEGUROS

hium,ja tendo sido procupor uma grandeseguradora(cujo nomenao quis ''^velar), devendo, agora, subnieter ao conselho dos ®dcios a proposta que '^nia vez aprovada — sera ^teada entre eles. Com a mesmafilosofia, bias abrigando maior nubiero de entidades ligadas ^^rea de pesquisa, o seSundoPolo de Tbcnologia. em Jacarepagua, b Uttia distAncia menor do 3km do primeiro.ocuPara terreno de 240 mil 6 devera atender a 53 ®^presas,entre 20indus trias e 37 prestadoras de ®6rvigos, segundo As®bmpgao Brito,que garan-t®.ainda,jasomar33o nubiero de lotes vendidos. Asobras de infra-estrutura dosegundo polo deveser iniciadas em agostb proximo e entregues as ®bipresas no primeiro tribieatre de 1988,garantiu o ®®cretario municipal,afirbiando que,comoem todos b®_demais projetos desta Primeirafase.asempresas t^rSo dois anos(no maxibTo trfes) para concluirem

®tias obras.OP61o 11ira geconforms estimativa Assumpgao Brito. iny®stimentos por parte da iniciativa privada da orbetn de Cz« 2 bilhSes, ge*^do mais seis milempregos diretos.

Apo/o a biotecnologia

>

O P61o II ira gerar.segundo bilhdes

t,erio da Ciencia e Tecnolo gia(MOT),da Universidade Fbderal do Rio de Janei ro(UFRJ). da Fundagao Oswaldo Cruz(Fiocruz), da Secretaria Estadual de Ciencia e Tecnologia e da Assoeiagao Brasileira das Empresas de Biotecnolo gia. A Financiadora deEstudos e Projetos(Finep), agfencia de fomento do MCT,irA fornecer financiamento aos projetos que visem ao desenvolvimento do p61o, e o Conselho Nacionalde Desenvolvimento Cientifico c Tecnologico (CNPq)promete oferecer todo o apoio tecnico necessario.

OP6lo de Biotecnologia conta, a partir do mbs de junho,com a co-participagao dos governosfederal e estadual,atraves do Minis-

Assumpgao Brito.investimentos da ordem de Cz» 2

em uma area de 200 mil m2,devera gerar investi mentos de Cz$ 1 bilhao. Apenas para as obras de infra-estrutura e construgao dos laboratorios que fazem parte da unidade de servigos especializados que ira apoiar atividades de pesquisa academica e industrial, com pessoal e equipamentos sofisticados, alem dos centros administrativos — a prefeitu raja aprovou orgamento de Cz$ 200 milhoes.

ciasdaSaude e daFiocruz, ja contacom reservadeespago solicitada por 15 em presas -o que.em um se tor t&o especializado,pode ser considerado um numero alem das expectativas.

Tbda essa rede de recursos pretende, ao lado da prefeitura do Rio — res ponsavel pela criagao do projeto — viabilizar aconstrugao do Polo Rio de Bio tecnologia ouBio-Rio que.

Em agosto proximo,teraoinicio os primeutis tra balhos de implantagao e. seguindo um cronograma previsto para 18 meses,de ve estar concluldo,conformeavaliagao do secretario municipal, em margo de 1990. O Bio-Rio. que esta localizado no campus da UFRJ,na Ilha do Fundao, proximo ao Centre de Cien-

Entre as empresas que confirmaram sua presenga no polo,estfio aBioBrAs ea BioMatrix,esta ultima com projeto paradesenvol vimento de kits de diagnbsticos de Aids, atraves de transferencia de tecno logia canadense. Estas empresas,ao lado dosins titutes depesquisaque ali ii-Ao instalar-se,como a Sociedade BrasileiradeCiAncia(SBC).irao gerar cerca de600empregosdiretos.a maioria de nivel superior em Areas de ponta, quase todos envolvidos no tiabaIho de industrializagAo de produtos biotecnologicos. com prioridade nos seg-

Mario Felinto:crescimento industrialleva ao incremento do mercado se^urador —53*5**
REVISTA DE SEGUROS

Polos Indnstricxis(conl)

mentos de saude,agricultura e energia.

Outros polos

Entre ospolosprevistos para implantagao mais breve,que terao suasobras deinfra-estrutiira(a cargo da RioUrbe,empresa mu nicipal)prontas ate o final do ano,estaoainda,aolado do Polo I de Tbcnologia,os Polos de Confecqoes, AlumimoePundigoes,que devem estar concluidos ate 1990.

O Polo de Confecgoes, localizadoem uma area de 290 mil m2em Jacarepagua,reunira98empresas^ que deverao representar Cz® 1,5 bilhSo em investimentose aproximadamente seis mil empregos diretos. O setor de confecgoes abso^e 9,6% da m&o-deobraindustrialdo municipio(ou 120milempregos), estandoem segundolugar na geraqSo deempregosda mdustria,principalmente entre profisaionais femininas e de baixa renda.

O Projeto do Polo de ConfecgOesfoilangadoem setembro do ano passado, durante o Braail Fashion Pair, e hoje, entre as empresas que adquiriram areas no pdlo, estSo grandes griffes cariocas e do resto do Pais. como a Smuggler.Andrea Saletto La Bagagerie.Dimpus.Cana Longa, Eneas Franco este ultimo, presi dentsda Associagao do Fblo Rio de Confecgbes.

OPolo de Aluminio,pre^sto paraserinstaladoem

Santa Cruz,em terrene de 200 mil m2,embora reuna apenaa 12 empresae, pro-

vocar6 investimentos de grande porte, que somarSo, segundo estimativas apuradas pelo secretario municipal.Cz« l.Sbilhao.

A Rodao(fabricante de rodas de aluminio)irainvestir, sozinha, US8 28 miIhSes no projetoe geraxmil dos 1,7 milempregos aserem criados noPblo de Alu minio.

Tambem em Santa Cruz,ira funcionar o P61o de Pundigoes,com 200mil m2 a serem ocupados por 15empresas,responsAveis por investimentos da ordem de Cz$ 1 bilhao e pela criagao de mil empregos diretos. Dentre as 15 em presas,apenas tres podem serconsideradasde medio ou grande porte,entre elas a Tbnolli do Brasil. F&e e Marvin.

OP61o de Cine-video serd operaoionalizado a par-

tir desetembro,quando as 23 empresas cadastradas na Secretaria Municipalde Desenvolvimento Economico deverao apresentar seus projetos de ocupagao a prefeitura, conforme convenio firraado com o Prefeito Saturnino Braga.

A area a que se destina ocupa 130 mil mS na Barrada Tijucaecomportaate 53empresas — 28decine ma e 25 de video — das quais 23 ja formaram, atraves de distribuigao de cotas, a Sociedade de Ci ne-video do Rio.Com inves timentos previstos de Cz8

1 bilhao e criagao de cerca de 1.500empregos,o Polo Rio de Cine-video estasendo coordenado,em conjunto, pela Associagao Brasileira de TeleprodutoresIndependentes e o Sindicato Nacional da Indiistria Ci-

nematografica. Os cronogramas e o prazo para inicio das obras de infra-estrutura so serao definidos a partir da avaliagao, por parte da prefeitura, dos projetos a serem entregues pelas empresas.

Aguardando, segundo Assumpgao Brito, os desdobramentos da conjuntura economica nacional.estflo OS P61osde Otica,Nautica, a segunda drea pai^ Confecgoes e o de Microcalgadistas. O Polo de Oti ca(fabricantes de dculos). deverd. ocupar terreno de 150 mil m® em Jacarepagua,com previsfio de gerar cerca de 4.500 empregosAs 25 empresas previamente interessadas tern ateofinaldo mSs dejunho para apresentar suas decisoes.permitindo aconsolidagSo dos proximos pas ses do polo.

o dooenvolvimento da modaUdade de «^o decada de 70.coincidiu com a implementagao do Polo Petroqmmico u -v (BA)

As 42 empresas asso2iadas a Acobar(AssociaQ&o Brasileira deI^^bricantes de Barcos) permaneem situagfto seme^ante e desenvolvem,jun to& prefeitura,estudos vi-

sandoaimplantagSo doPo lo Nautico,aindasemlocalizagao definida.Thmbem encontram-seemfase preliminar de avaliagoes ase gundaareade confecgoes. para onde iriam mais 170

dente da Companhia Petroquimica do Estado do Rio de Janeiro (Coperj). Rodrigo Lopes,paraquem esteperiodo deexpectativa ja estava previsto."Sera o tempo necess^io — independente do piano do Governo Federal—para definirmos a detnanda. as linhas de credito disponiveis, o volume de investimento previsto pelas em presas, OS terrenes etc.," expUca Lopes."Estamos desenvolvendo os estudos preliminares," acrescenta o vice-presidente da BanerjSeguros,Mario Cavalcanti.

empresasdo setor,eoPolo deMicroatacadistas,abrigandocalgadistasdaZona

Oeste do Rio atraves da Aoazo(Associag&o dos Cal gadistas da Zona Oeste), este ultimo em Bangu.

Polo Petroquimico do Rio;

adiamento nao muda pianos

Oadiamento por seis

meses da construgao do Pblo Petroquimico do Estado do Rio de Janei

ro. anunciado por ocasiao da divulgagao,pelo Ministro da Fazenda, Bresser Pereii-a, do Novo Cruzado,

De qualquer forma, o presidente da Coperjimagina que o Polo Petroqui mico do Rio deveraocupar area entre 20 e 30km^,ou ocorrespondentea doisou tres mil hectares.Sem es timativas do numero de empresas que viriam a ocupar o polo carioca. Lo pes acredita que o projeto globalrepresentarainves timentos — por parte da iniciativa publicae privada da ordem de US8 1,5 bi lhao- Lopeslembra que,no Polo Petroquimico de Camagari(BA),jafuncionam cercade40empresas."Em ultima inst&ncia a meta para a qual nos dirigimos. evidentemente aos poucos.". indica. afirmando que na Bahia os investi mentos ultrapassam a casa dos US» 4 bilhoes.

nao ira comprometer os pianos do governo estadual.

A garantia e do presi-

A participag&o dos profissionais de seguro na criagao de um Polo Petro quimico6imprescindivel, garantem os dois especialistas.O intercfimbio entre as empresas e seguradoras propicia vima avahagao permanente e minuciosa

22
\ , I" do Bio pe^u,loenv„.ver -e^doo
23 REVISTADE SEGUROS REVISTA DE SEGUROS

dos principais problemas de seguranga, especialniente tratando-secom riscos tao volumosos quanto aqueles inerentesasatividades da petroquimica. A Coperjseraresponsavel pelasobras deinfra-estruti^econtratara,neste sentido,seguroscom obanerj— porfoipa,inclusive, da legislagao. No caso da I^troquisa,linica empress federalaparticipar doprojeto. a regra,segundo Cavalcanti, e seguir o sistema tradicional do sorteio. No caso da Coperj — inioialmenteacargo doEstado — Rodrigo Lopes anuncia que, t&o logo avanoarem asobras bdsicas,aempresa serd transferida h iniciativa privada.

Projetos industriais: am

rnarco

O diretor da Vera Cruz Seguradora, Ivo Fklcone, acreditaque todososgrandes projetosindustrialsrepresentam marcos na histdria do seguro brasileiro, a exemplo da explosao ocorndano mercado segurador durante a decada de 70,em funoao dochamado milagre brasileiro. "Osseguros deriscosde engenharia," lembra Fal cone,"oomeoaramasercomercializados no Brasil exatamentenoinicioda de cada de 70 e, a partir dos

primeiros cinco ou seis anos, houve um enorme desenvolvimento desta modalidade de garantia. coincidindo com a implementaoao do Polo Fetroquimico de Cama^ari (BA);'A VeraCruzdetinha, no inicio da implantaoao do polo, OS segui-os de todos OS riscos de engenha ria, a principio praticamente restritos a Petrobrds e, devido ao carater inedito da iniciativa no Pais.Falcone ressalta que houve um exaustivo trabaIho TOnjunto deandlise dos projetos,antes mesmo de serem iniciadas as obras.

Astaxasecondiooesdo seguro de risco de enge nharia variam sempre de acordo com os metodos de

implantaoao previstos nos projetos de execuQao," eXplicou. Este processo mitiu um aperfeiooamenf nao so dos seguros par8 riscos de engenharia, como para outramodalidad" ate entao pouco difundidso seguro de garantias de obrigaoQes contratuais "Na epoea. oferecfamo® quase uma tradugao de tS' rifas estrangeiras e volta de 1976/77, comeC»' ram a ser introduzidas nf' vas condigoes amoldadas as necessidades brasile'" ras," afirirnou. Segundo Falcone, hoje o mercado segurador ja conta com know-how suficiente pam oferecer contratos sofisti' cados neste setor,eobrindo realidades bem especif'' cas,como erros de projeto. de execugao. desentulho do local, transporte d® equipamento etc.

Da mesmaforma,a are'^ de tecnologia. ou das cha' madas industrias do conhecimento{informaticanovos materials, telecO' municagoes etc.). mantera um relacionamento ainda incipiente com a area sO" ^radora que. entretanto. ja comportasegurosde gm rantia ate para determina* dos problemas de disco ri" gido(usados para gravagao em memoria de conf putadores). Um dos poloS em estagiomais avangado do programa de desenvol vimento industrialda Pi"efeitura do Rio, o Polo I de Itecnologia, em Jacarepa* gua, gerenciado pela Riotec, podeofereceraestese tor grande oportunidade de consoLidar-se aiiaves do desenvolvimento dos chamados"seguros paiaequipamentos de baixa tensao." o

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Por esta razao ela mantem Jnstalagoes, processes sngenheiros altamente rnaterias-primas,estoques sspecializados em seu combustfveis departamento tecnico. responsabilidade civil, L)servigo deles efazer o maquinaria, transportes seguro sob niedida para enfim, tudo que se 5ua empresa. Nada de relacionar com as

atividades de cada empresa e estudado •i-'i C.OC1 c t::3iuudU(J

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iJ^oem OS riscos de Sih* "Ub l ibCUb uc; cuidadosamente. O importante e Antes de compor o seu ^oce tenha um seguro seguro, solugoes sao Mc.:c o ^quado. Mais e propostas, algumas muito it^^Perdfcio, r simples, outras mais pi ^t"udenda. coimplexas. Todas elas, ao seu corretor para porem,capazes de reduzir .P^^ultar a Vera Cruz, em milhares de cruzados t significar uma OS custos do seguro. Bom '^'^de economia para para voce, e bom oara a Seguranca em riscos industriais. Cenlral de Alendimenio ao Usuario:(011)545-6711/6712/6713/6714 At/. Maria Coelho Aquiar. 215 29 - Bloco D Cenlral ae nienaniieitio ou At/. Maria Coelho Aguiar. 215 29 - bloco U CEP 05804 • Telex (Oil)25642 VERA BR_Sao_Pauh_^

Funenseg investe no ensino para executives Comoobjetivodefor-

mar mao-de-obrade alto nlvel, para atuar nos diversos departamentos de uma empresa de seguros, a Fundagao Bscola Nacional de Seguros (F\inenseg) langou um curso de Gerente Tfecnieo de Se guros. que proporcionara as empresas reciclar seus executivos, alem depossibilitaraosprofissionais de areas afins uma solida estrutura de conhecimentos para ingressar nesta atividade.

Inicialmente, o projeto serarestrito ao municipio doRioe, casoapresenteos resultados esperados, sera estendidoaoutras capitais do Pais. Carlos Motta explicou que a experiencia dos executivos que ministrarao o curso sera um grandepassonaformagao deumcorpodocente especifico parao setor, porque, posteriormente. eles atuaraonaF^culdadede Segu ros.

"Nossa grande meta a longo prazo e instalar uma Flaculdade de Seguros no Brasil, semelhante existentes nos Estados Unidos ealgunspaisesdaEuropa. que se transfoi-maranuma opgao para os milhares de jovens que. a cada ano, se inscrevem no vestibular," dissc.

Segundo o presidente da Fundagao, Carlos Prederico Lopes da Motta, a ideia do curso surgiu da Cfonstatapao de que existia uma "grande lacuna no en sino universitario direcionado para estaarea, e tambem para fechar o ciclo de noasa politica de ensino, poisjadispomos de cursos Carlos Motta: "Fechando o ciclo

.politica de ensino da Funenseg

rrninimicaccio & Marketiiig^ Bresser,congelamento, marketing

Escreverartigospararevis

tas, hoje, passou a ser um desafio profissional de nscos imprevisiveis.NoBrasilqueest£^os vivendo, onde as regras do jogo econdmico se mo.dificam com incrlvelvelocidade, oveiculoquetica mais proximo e atualdas noticias eo rddio. por suas caractensticas tecnicas,quepermiteadivulgagao dosfatospraticamentenomemen to em que eles acontecem. Come oque se16 nosjomais pela manha nem sempre vale para o restantedodia, peloenvelhecimento da matdria. que pode ser facilmente superadaaindanas pnmeirashoras, eoqueseassistsnosnoticiosos datelevisfiotambempode sermodificadoparaamadrugada, imaginemvocesosufocodosarticulistas das revistas raensais, precisam entregar as suas mate-

riasprontas comrazoavelantecedSncia,asvezesatecomummesde antecipagao. O risco de superagao d indiscutivelmente muito maior, obrigando um redobrado esforgo para quem escreve a nao se comprometer demasiadamente com ideias que tenham comob^se de sustentagao alguma medida go vernamental, principalmente na ^reaecondmica. O decreto assmado no cafe da manha corre o risco de seralterado nahorado almogo oudojantar,provocandouma^ssivel indigest^io nos empresanos, gerentes, executivosenacomunidade como um todo.

Estamos vivendo do susto, do sobressalto, daespeculagao damformagao, dainstabilidade,daralta de credibilidade, da coi^usao. Aindaoutrodiacolhiestaperolade comentario, reproduzidonacoluna

Por se tratar de uma exna.

periencia nova em materia de ensino, a Funenseg optou por um marketing agressivo para divulgar o curso. Numa primeim etapa foram distribuidos press-releases as empre sas; depois serao veioulados anuncios em diversas revistas teenicaseespecializadas, comumente lidas porprofissionais que compdemo publico-alvo — pro fissionais e estudantes de engonharia, economia. administragao e atuaria —; e em jornais de grande oirculagao.

As inscrigoes encerram-se no dia20 deagosto e, devidoaonumerolimitado de vagas (30). os candi dates passarao por uma pixjva de pre-qualificagao que sera realizada em meados de outubro. Uma ve? aprovados na Ease saletiva, OSpai-ticipantes cumprirao um programa divi-

dido em cinco segmentos. durante todo o ano de 1988. Sao eles; nogoes g®' rais de seguro (teoria g®' ral, legislagao, fundamen" tos dematematica, estatiS" ticaetc.); nogdes e tecnica® de analise de risco; rarno® elementares e beneficios (este dividido em trds m®' dulos); gerdncia e mark®' tinge aplicagaopratica de gerenciamentode seguros e riscos.

Em todas as etapas se rao utilizados materials de apoioeavaU£igao —apostilas, bibliografia e monO" grafias desenvolvidas em grupo e individuals alem de palestras, mesas-redondas, paineis e conferencias, ministradas por profissionais com larga experiencia no mercado. Todo este material ja esta incluido no valor da mensalidade, fixadaem 21 OTN.

doZozimo: "Quem diz que es taconfuseeporqueestam^mformado."Dentrodestalinhade^iociniopreferipreservarmeusleitores de maiores compUcagoes, levandc-os comigo paraummundo ahenado do compromisso danoticia, prcvocando-os as reflexQes e aos sonhos, paraquecadaumpossater.pelomenosporminutos.algumprojetoconcluidonaoabega. Imaginem, por exemplo, que o Ministro Bresser e seu piano de congelamentotenhampermanecidoemsuasposigoes.Ele,Bresser, aindaMinistro, e seupianodewn- gelamento por 90 dias n^tido e respeitado. Que deUcia! Tr6s meses de tregua relative, uma bela oportunidade para o homem de marketing tratarrapidamente da saude da sua empresa e se prepararparaofutuio, queviralogoem seguida.Teoricamente.seriaesse omementodelang^umnovoproduto ou servigo, ^1. leve, descartavel. As pesquisas junto aos consumidores indicam que eles estao avidos pornovidades, que aspiram a inovagoes, beneficios reais a serem incorporados ao cotidiano. Se o caro amigo leitor usa da criatividade que reside dentro de si. podera identificar oportumdadesquesejamaprovadoMimstro do dia, ou do decreto dahoradoal mogo.Arelagaoquesepodeestabelecer entre os beneficios e os seus respectivos beneficiados pode ti-ansformar-se numcasodeamor permanente, forte, profundo e ate indissoluvel. Bastaparaisto que a conquietasefagacompropositose bases honestas. Nestes tempos de AIDS recomenda-se a fidelidade naoapenas entrecasais, mas tambem entre empresas e consumidores. Jasedetectouna mente dapopulagacodesejodepaz,harmonia. seguranga, estabilidade. Tudoem 'oposigaoediameti-alinenteinverse ao que seviu aidagora, provocado pela gananoia, violencia, inse^i-anga, faltadeseriedade. Acredito que esta na hora da esperenga.

Cuiso ■■FiTjIUU-'- - -.«r
em nivel de primeiro e se gundo graus."
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o REVISTA DE SEGUROS
JOMAR PEREIRA DA SILVA
C 2R REVISTA DE SEGUROS

Barteting de Seguros (Ima pesqiiisa necessaria

OSseguros noBrasil

estao sendo consumidos em percentuais insatisfatorios, principalmente quando comparados com 0 nivel de consumo de outros paises em crescimento,Alem disto,o produto sofre imagem ne* gativaperante oseonsumidores,que criticam nao so as coberturas existentes no mercado.comotambem OS seguradores e corretores encarregados da comercializagao. Nao obstante, fala-se muito em marketing no Brasil e algumas empresas estdo bem organizadas neste sentido.

Ora, a existSncia das criticas nSocoincide com a aplicaqao do conceito de marketing, onde deve ser condiderada a satisfa?ao dos desejos e das necessidades dos consumidores. Por esta razfio, resolvi buscar no mercado dados para analisar o percentual de empresas que aplicam o marketing eoni velem queesta sendo aplicado. A ideia principal foi conduzir um trabalhocom bases cientificas. onde os dados pudessem ser analisados por eles mesmos. sem ainflufenciade um juizo de valor. Tbdos nos temos alguma opiniao a respeito do mercado,esta opi niao sendo formada atraves dos anos que militamos no setor. De minha parte.sSo quaae lOanos no mercado. com experieneias adquiridas como corretor e segurador. Mas a opiniao pessoal,apesar de seu inestimavel valor, muitas vezes nao traduza realidade de uma situaqao. Por isto, resolvi conduzir

uma pesquisa de mercado junto as seguradoras brasdeiras,com o proposito de avaliar o nivel de atividades mercadologicas desempenhadas pelas em presas.

Conclusoes reveladoras

O metodo usado foi o de question^oe mala direta, sendo possivel uma cobertura de nivel nacional. As principais conclusdes do trabalhoforam asseguintes;

• o mercado exige maior liberdade para comercializa^ao com menos controle;

• a concorrfencia dos bancos € a maiordificuldade para comercializagao, seguidadafaltadeinteresse doconsumidor,e produtos inadequados;

• as seguradoras t6m procurado langar novos produtos, principalmente OS mais massificdveis. Seguro compreensivo residencial foi o que obteve maior aprovagSo nos ultimosanos,devido asua autoriza^So mais recente;

• a maioria das empre sas usa computadores no processamento de apolices.melhorando a qualidade da prestaQfio de serviqos;

• opagamentodesinistros ten} sido efetuado rapidamente na maioria das empresas. no prazo de umasemana/lSdias.para a maioria das modalidades;

• poucas empresas mantem departamentos

especificos de atendimento aos consumidores, preferindo atende-los princi palmente atravesdo departamento comercial;

• quasetodasasempre sas treinam seus funcionarios,algumas mais frequentemente do que outras, mas um total de 88,8% mantem programas de treinamento;

• a maioria das empre sas nunca realizou pesquisas, mostrando uma falta de orientagSo ao consumi dor e demonstrando tam bem que intuiqao e experiSncia predominam nas decisoes em seguros;

• o corretor de seguros n§o recebe treinamento da maioria das seguradoras, onde 55,6% afirmam nSo ter programas de treina mento para corretores;

• outros principais intermedianos na comercializagao de seguros sao:

A pesquisa

despachantes(40%), ban cos(31,1%),imobiliarias (31,1%),agSncias de turismo(8,9%);

• a midia preferida pe lasseguradorase arevista. seguida de jornais;

• a maioria das empre sas nSo mantem departsmento de marketing (55,6%);

• amaioriadasempre* sas na area de seguros e voltada para os produtos ou para as vendas,masn^ para marketing.

Austeridade conservadora

Diante destas conclu soes, pode-se constatar que o problems maior do mercado desegurose um® questao de orientaqao. O conservadorismo que ainda persists nos escaloes mais elevados das empre sas,fruto de uma heran?® histories de austeridade e imagem solida,quecaracteriza as empresas do se tor, impede uma vis&o mais aberta da realidade.

Ao invds de agressivas, no bom sentido.as empre saslimitam-se a enfatizar a teonica. Os resultados das pesquisas comprovam isto. A importancia da tecnica no setor de seguros6 indiscutivel, mas6 necessario reconhecer que meIhoresresultados somente podei-ao ser obtidos se ela estiver aliada ao uso de marketing, o que podera acrescentar o dinamismo necessario ao aspecto ora enfatizado. A preocupagao em criticar causas externas,como maiores dificul-

■^es nacomercializaqao, ^^comquemuitasempreevitem pensar e reflenas causas internas possam estar realQiente afetando os seus re sultados.

Afaltadeagressividade empresas — e, conseVlentemente, afaltade eslutiuio ao mercado —; e ca"^terizadapelaconstata^ de que o desinteresse do consumidor consti^•senumadasprincipais

.^Treiras paraacomerciaZa^So. Sendo um produto ® extrema import&ncia P^ra o desempenho das ^Utpresas, pode-se condydrqueosconsumidores, l^ssoas fisicas ou juridin&o foram despertaus para a importancia do consumo, o que evi®ncia uma falha dos ad^tnietradorescomerciais u biercado em atingir esobjetivos. A ausencia u departamento de marj nasseguradorasea dlta de treinamento da^olesquecontatamossejdrados saocomprovantes

®Ssa fraqueza no sisteAlem disso, a baixa ^^icipaqaonasmidisisde

^u.8sa ajuda a caracteri^-^^situaqao,sendoosco^orciaisqueexistemdire'oriados principalmente objetivos de divulgade marca e nao de proUtos, que se mEuatfemdes^^nhecidos damaioriados '^bsumidores.

O mercado de seguros exige transformagoes urgentes, principalmente a adogao do conceito de marketing, isto e, olhar mais para os seus consumidores, pessoas fisicas ou juridicas

pesquisa nao s&o desculpasvalidas. Variasempre sasjasebeneficiaramdos resultados encontrados tanto para langamento de novos produtos, como de novos servigos. Conhecero nivel de expectativas dos consumidores quanto a servigos e produtos e uma grandevantagemparase guradoras. Somente corn este conhecimento podera ser aplicado o conceito de marketing, que visa a satisfagaodosseusdesejose necessidades.

Atuagao dos bancos

midores estao explicadas. Elesnaoestaosendoouvidos como deveriam. O ni vel de marketing nao sendo adequado, a satisfagao tambem nao sera. A pes quisa e uma das unicas formas possiveis para a analise de conhecimento do mercado, com bases cientificas, que foge dojulgamento e da opiniao pessoais. Poucas empresas pesquisam, logo poucas realmente conhecem o mercado. Com isto, pouco se sabearespeitodasreals necessidades e desejos dos consumidoi-es. Pesquisae uma das principais atividades a serem desempenhadas pelas seguradoras orientadas para o marke ting.

Atribuir dificuldades ao controle exercido porentidades do sislemae inflexibilidade paraaplicar os re sultados revelados pela

an^edomaterialpromocional existente, verifica-sequenao existe esforgoemdivulgaraimportan ciaeo papeldesses profissionais.

Medidas urgentes

Um fator em destaque nos resultados da pesqui sa 6 a preocupagao com a presenga dos bancos. Talvez OS bancos sejam real menteprejudiciaisaomer cado, ao estabelecer quo tas aos gerentes que possuempoucoconhecimento do produto para angariagao. Mas,nestesentido,da mesma forma outros intermedidrios como despa chantes, imobiliarias, agendas de turismo tam bemo sao. Devido aimi>ortdnciado assunto. deveria ser feito um esforgo para capacitar esse pessoal, ou mesmo regulamentar a atuagao de angariadores. Afaltade treinamentodes seselementos e umproblema serio para a imagem institucional do mercado. Amaims^emdosinterme diariesdosistemafoieonstatada em varias pesqui sas. Poroutrolado, opapel do corretor de segiiros co mo intermediaries nfi.o tem sido reforgado. Em

Diante de todas estas observagoes, podemos concluir que omercado de segurosexigetransformagoesurgentes,impondo-se em primeiro lugar a adog&o do conceito de marke ting, olhar mais para os seus consumidores, pes soas fisicas ou juridicas. Depoisdisso, cumpreadotar uma estrutura capaz defazerfaceasexigencias determinadas pelas neces sidadesdos segurados. So mente assim poderd ocorrerumamodificagaononi veldesatisfagaodosclientes quanto ao seguro e, conseqaentemente, aumentar onivel de consumo do produto.

Nota: Opresente traba lhofoiadaptadodeMarketingdeSegurosnoBrasil, tese de mestrado.

Sobre o autor: Fbrmado emAdministrag^deMar keting pela University of Maryland (USA): Meetre em Administragao deEm presas pela PUC-SP. Atualmente, e professor universitario e oonsultor de empresas. Autor de Conaelheiro de Vendas, editado pelo CJube dos Executives, e de Marke ting. Conoeftos. Exercicios e Casos, Editoin Atlas.

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desenvolvida provou que a concorrencia entre os bancos e a maior dificuldade para comercializagao, seguida da falta de interesse do consumidor e produtos inadequados
REVISTA DE SEGUROS
ALEXANDRE LU2ZILAS CASAS
f Asrestrigdesdosconsu I^EVISTA DE SEGUROS
^atisfagao da ^^pectativa do Consumidor

Profissionalismo a <iuatro maos

OSsocios dasfirmas

Macfarlane e Associados Ltda.e Rawer Administra?ao Ttecnicae Corretagem de Seguros Ltda. confirmaram aintenQaode levar adiante a uniao das duas companhias, que resultaranumadasmaiores empresas de eorretagem do Brasil. Vale ressaltar que a Macfarlane's Associados representava os interesses da Alexander & Alexander Corretores de Seguros,assim comoaPo wer respondia peloe negocios da Reed Stenhouse Intl. Insurance Brokers, desde 1983. Com a unifto da Reed Stenhouse e da Alexander & Alexander em termos mundiais,ooorrida e finalizada em 1986, tanto a Power quanto a Macfarlane analisaram a conveniencia de fundirem tambem suas opera^oes. Dessaanalise,verificou-se uma total integragao das empresas envolvidas e o claro interesse de implan-

tagao da fusao,com a participa^ao da Alexander & Alexander.

Segundoo diretor superintendente da Power,I^ulo Leao de Moura Jr.,a fu sao deverainiciar-se.efetivamente, nos proximos dois meses e todos estao confiantes de que este acordo fortalecerd a capacidade de servir ascompa nhias nacionais,as subsidiarias brasileiras de oiganizagoes estrangeirase as operagoes internacionais defirmas brasileiras.Com a participagao da Alexan der & Alexander, afirma Paulo Leao,a nova empresaira dispor de umaextSnsa estrutura mundial de services de risco,seguro e resseguro, com 215 escritorios na Africa, America Latina, Canada, Estados Unidos,Europa Ocidental, Orients Medio e Extreme Orients,somando um numero de mais de 17 mil funcionarios especializados em toda a gama de seFaulo Leao:agiliza^ na presta^ao de servi^os

guros e resseguros. Considerando o crescimento de atividades deem presas brasileii-as no exte rior, principalmente nas areas de engenharia e constru^ao,de exportagao em gerale de empresasestatais, a nova corretora se diz apta para prestar a essas empresas assistencia total,em nivel mundial,de acordo com suas necessidades.Em ultima analise, o que se pretende e propiciar ao mercado uma cor retora de seguros altamente tecnica e profissional, concedendo prestagao de servigos nas areas de ana lise de risco, de seguro e resseguro em moldes in ternacionais.

Para o diretor superin tendents da Power, todas as corretoras envolvidas temfaturamento razoavel, consideradas as madias e grandes empresas, onde, certamente, com esta fus&o,terao inicio inumeras operacoes. Quanto a ori-

gem dasempresas,tantoa Power quanto a Macfarl®' nesao nacionais,comcapi" taltotalmente brasileiro-^ Alexander & Alexander Ltda., embora seja uiD® empresa com sede no Bra* sil, tem origem nos Esta dos Unidos, operando eiS todosOS ramosdeseguro® atuando com maior fenfas® na area de riscos indus trials e de servigos de en genharia.

Em nivel de exemplify' caQao doB inumeros clien* tes de risco industrial, ® Rower alcanna um numefO de aproximadamente 390. podendo sermencionadosentre outros:Industrias de Papel Simao Ltda., Asef Eletrica Ltda., Grupo H'" droservice, Eucatex.

"A estrategiade atuab^ das novas empresas na® mudar^ em fungSo da fnsao," observa Paulo LeSO"O que se pretende e a nteIhoria consideravelda qualidade e da agiliza^ao da prestagao de servigos profissionais derisco,bem co mo o seguro aos clienteS dentro desistemascomputadorizados. E,6 claro, a curtoe medio prazos,conseguir atingir a lideranga no mercado brasileiro."

Trabalho em conjunto

Para Alastair John Mac farlane, uma das razoes que comprovam a validade da fusao das empresa b o fato de que, na verdade, elas ja vinham trabalhando em conjunto desde ju-

llto de 1983,emboracomo ^mpanhiasindividuals e distintas.''Esta uniao tem side bastante vantajosa," ®^lica0tecnico,"umavez que a Macfarlane e uma ®mpresa de capital 100% uacional, enquanto a Ale'rander& Alexander de caPital, na sua maior parte, ®strangeiro. Do ponto de '^ista operacional, nos ^onstatamos que a exis^ncia de duas pessoasju•^idicas nao era rauito con^eniente,ja que perante o '^ercado a nossa imagem ficava dividida.Dai aideia fusao."

A Power,que completa a ^ao,e uma corretora re'^nhecida no mercado por ®Ua solida posigao,firmano mercado brasileiro

^0 longo de muitos anos.

"E obvio que dentro de dtna nova organizagao. qde consolidara as operat&Gs das tr§8firmas,exismuitas opgoes

^•^faentes em termos de ®conomia de escala e, pro-

Alastair Macfarlane: mais recursos para enfrentar exigencias tecnicas vavelmente, maiores recui-sos para enfrentarmos as exigencias tecnicas, que o desenvolvimento de nosso mercadofazaumentar a cada dia," esclarece Alastair Cabe ressaltar que a Macfarlane e Associadose

a Alexander & Alexander desenvolveram um consider&vele variado software eespera-se que,nofuturo, estes programas possibilitem que o atendimento da Power junto ao publico se tomeainda mais sofisticado."Estamos convictos de que a nova operagao tera um lugar relevante no mercado e,a partir dai,poderemos atender clientes dos mais variados portes e especializagoes."

Quanto aofaturamento da Macfarlane,o presidente nao quisfomecer numeros, mas observou que "o volume de Eaturamento de umaempresa de prestagao deservigos nao reflete, necessai'iamente, o seu pro fissionalismo e a sua criati-vidade."

A expectativa e a de que a nova oi^anizagao se situe entre as maiores do Brasil, para,assfm.poder aumentar a sua fatia de mercado.

Fundada em julho de 1-983.a Macfarlane e Asso

ciados,dentro desua capacidade de corretora de porte medic,tem-se dedicado a atender,principalmente, riscos industriais.conferme declara Alastair. Para isso, a empresa desenvolveu,dentro de sua prbpria organizagao. sistemas computadorizados. tendo aindaorespaldo de um for te departamento de enge nharia."A16m de riscosin dustrials,a companhia se especializou na area de se guros pessoais," acrescenta.

A titulo complementar. vale informar que a Ale xander& Alexander ocupa o segundo lugar no ran king mundial.Afusao propiciarA, sem duvida, as operagoes internacionais defirmas brasileiras,com atendimento atrav^s de 215 escritoriosespalhados* pelos Estados Unidos,Ca nada. America Latina, Africa. Europa Ocidental. Oceania, Orients Medio e Exti-emo Oriente.

Empresa/Fusdo
REVISTA DE SEGUROS DOROTHEIA BASTOS
•'I' fr il
D 33 REViSTA DE SEGUROS

A falecida tecnologia

Tenho um amigo americano

que esta fazendo 21 anos. Ble e um dosresultados do grande black-out de 1965, que deixou 30 milhoes de pessoas aem energia eletrica durante 14horas nos Bstados Unidos.

dia,Poucagentefaladisso.hcjeem

mas so em Nova lorque 600 mil pessoasficaram presas no me tro,nos trens metropolitanos eem elevadores.

Quatro anosdepois,houve outro black-out. Mais dois anos e ainda outro.Osinqueritosrevelaram,em 65,que a provdvel causa da queda do sistema devia ser atribuida as andorinhas. Pugindo do inverno, enormes bandos teriam pousado k mesma hora nos cabos de transmissSo,cheios deenergia estatica, provocando uma sobrecarga queo sistema nao aguentou.Muitos tecnicos contestaram.

Osoutros doisforam atribuidos a falhas humanas.

Masofatoe queatecnologiaresponsdvel pelo conforto da vida modema vem apresentando rachadu-

ras, principalmente nas grandes cidades. As conquistas mais mo dernas nao t6m podido garantir o perfeitofuncionamento dos gran des sistemas.

Quem ja nSo entrou em uma agencia do seu banco na esperanqa de tirar dinheiro rapido, com o magieo cartao instantaneo, para ouvir que"o sistema caiu."Equan- do o sistema cai, so resta esperar. Antigainente nSo havia essafaoilidade para sacar dinheiro a distancia,e certo, mas as facilidades introduzidas fazem-nos mudar de comportamento e perspectiva. O que quer dizer que o que antes nao nos trazia problems agora pode provocar serias dificuldades.

Nao sou dessas pessoas que se dSointimidade com oscomputadores, mas meu amigo americano, Greg, e bastante mtimo, desde crianqa. E,segundo ele, ha momenlosem que devemosimaginar a possibilidade de estarmos viven^ um conto de ficgao cientifica. Pbrque hd casos em que o chama-

do sistema degringola,sem que se consiga uma boaexplicaqao tecnica para o fato. Os computadores simplesmente emudecem, endoidecem. recusam-se a colaborar. Sou um velho admirador eleitor doengenheiro eletrotecnico Rober to Vacca. Um homem habituado a construir linhasde transmissao de energia eletrica de alta tens&o,circuitos de calculo eletronico e de controls eletronico, habituado a desenvolver programas de automaqao e de engenharia de sistemas. Contista de ficgao cientifica (Exemplos do Future), tambem 6 uma pessoa ocupada com a teoria dosnumeros.psicologia efilosofia, Vacca,um italiano hoje vivendo nos Estados Unidos,e um profeta danovaIdade Media,queele anuncia para breve(em termos historicos).UmaIdade Media nao desejada, mas que vai resultar da nossa pressa desenvolvimentista, da nossa incompetencia de programa^ao eincapacidade de manutengao. Diz ele que vamos sucumbir, nfio por conta de guerrasourevoluREViSTA DE SEGUROS

goes, mas da desorgamzagao.

Ele nao ve qualquer sinal de mversao na tendencia e ainda esta semana escreve novamente para destacarque o perfeitosistemade c»ntiole das fronteiras e espago aefeo sovietico foi absolutamente inutil, comtoda suasofisticag&o e alto custo deinstalagSo e manuten9&0. para evitar que um aviao sobrevoasse quildmetros e quilbmetros do territorio mais controlado do mundo, aterrissando no centro de Moscou e taxiando ate a Praga Vermelha, junto as paredes do I^emlim.

E o que aconteceu com um dos orgulhos da tecnologicamente dvangada marinha americana? Umdos mais sofisticados (e caros) ®quipamentosdedefesadafragataStarkdeixou de informersobre ^ aproximagao e o ataque de um dviao iraniano. Resultado: um grande rombo no prestigio daMa rinha e 37 mortos.

Nos doiscasoshouve, sem duvida, falha humana. Mas, como sobios humanos, o que Roberto Vac ca vem tentando dizer h6. mais.de

vinte anos e que n&o devemos dependertantodegrandessistemas aparentemente infaliveis. Porque quanto maior o sistema, maior o desastre.

Anao substituigaodeximal&mpada de 10 centavos, que ficou queimadaporapenascincominutos, significouomaiordesastredo metro de Londres.

DizVaccaqueossistemasestao ficandotaocomplicadosquecomegamaficaringovernaveis.Elereune, nosliltimos 12meses, maisde 700 exemplos de falhas em siste masimportantes,queincluemacidentes em usinas nucleares. Para informarqueistod&umamediade mais deumafalhapordia. E o que ele chamadedeterioragao do siste ma. Principalmente dos grandes sistemas.

Sua hipotese e de que os gran des sistemas de oiganizagao. tecnologicos, associativos, continuam acrescerdesordenadamente e estaoatingindo dimensoescriticas einstaveis. Acrisedeumunicosistemaprovocainconvenientes epequenastragedias,masquando

O engenheiro Roberto

Vacca reuniu, nos ultimos 12 meses, mais de 700 exemplos de falhas em sistemas importantes, que incluem acidentes em usinas nucleares.

E o que ele chama de deterioragao do sistema, que pode, inclusive, deflagrar um processo catastrofico

acriseatingirvaries sistemas, em umareagaoemcadeia, podedefla grarximprocessocatastrofico,capaz de paralisar o funcionamento da sociedade mais desenvolvida. provocandoamortedemilhoesde pessoas.

Ele mostra que os grandes sistemee estao cronicamente congestionados, sao mal projetados e es tao mal estruturados. E garante que, maisdiamenosdia, asnagoes mais desenvolvidas vao entrar em uma crise de grandes dimensoes, que propiciara a chegada de nova Idade Media.

Bom pra nos. subdesenvolvidos. que sofreremos menos com acrise e sentiremos menos os danos conseqiientes da deterioragao dos grandes sistemas. Pelosim, pelondo, devemosnos preparar. Nao nos entregarmos por demais as aparentes facilida des da automagao e a escravid&o dos grandes sistemas. Paranao ficarmos entre os orfaos da falecida tecnologia. ^

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A tecnologia responsavel pelo conforto da vida moderna vem apresentando rachaduras, principalmente nas grandes cidades. As conquistas mais modernas nao tem podido garantir o perfeito funcionamento dos grandes sistemas
□ LUIZ LOBO
nnrnc-TR CCfTllII50«;

inquirindoa

Livros

mA LUZ SOBRE AS TREVAS

AexposigSo Inquirindo a Inquisigao. recem-inaugurada na Biblioteca Nacional,Rio,perm^ecera ate o final de julho,ampliandoaabordagem do ICongresso Internacional sobre a Inquisi?ao,promovido pela Universidade de Sao Paulo(USP).com grande sucesso.Pararealizd-la,a Bibliote ca associou-se as Universidades de Sao E^ulo e Lisboa, bem como as Sociedades PbrtuguesaeBrasileira de Estudos do Seculo XVIII. A mostraexibelistas de pessoas proceasadas e auas senten^as;exemplares rarosde livros proibidos;regimentos e manuals do Santo Oficio,alem de documentosregistrando comoaInquisig&o atuou na Bahia, Pernambuco, Paraiba e Maranhflo.

SegundoaprofessoradeHisto-ria, Anita Novinsky,coordenadora do Congresso Internacional,a Inquisigao voltou a ser discutidaem todoo mundo nSo apenas para ser entendida pelos historiadores, mas"paraserjulgada,porqueo tema era quase um tabu, praticamente expurgado dos livros didaticosecompendiosescolares,que silenciaram sobre aa^do Tribunal do Santo Oficio."Para Anita,seria

A exposigao Inquirindo a Inquisigao exibe listas de pessoas processadas e suas sentengas,exemplares raros de livros proibidos,regimentos e manuals do Santo Oficio e ate sermdes,como mostra a foto a direita

tamb6m "umainjustiQacomparar aeramedievalacontempor&nea.A p^tir da Idade Modema,as coisas pioraram sensivelmente. A crueldade foirenovadaimparcialmente.

Nuncahouve nadaigual aInquisiQdo 8 ao nazismo," disse ela.

A Idade Media, jjor convengao didatica,e oespago detempo entre aIdade Antiga,que terminacom o Imperio Romano,e a Idade Moder ns, que comega com a queda de Constantinopla. Comodidade cronologica. O tempo antigo nao acabou, menos ainda o medic, nem o modei-no e abrangente ou sequer constante. Assim como,no espago, as camadas geolbgicas da terra se misturam;notempo,pelasrevolugoes da vida,periodosde idades di-

COl4fOSTO, B

DlMGtOO AOILLVSTRISSIM^' KfucrtodiftimoS^ttborDom Pedf&dc O/ltlhoi I' V(c«<yI!nqu fiJ&rGcr pc /io, finokfCPOf dtfu MagclUie^6i6oUuCofclhodo

versas se encontram, face a face. As caracteristicas espirituais cultura. civilizagao. tradigao. - - rotulos recentes de coisas antigas. — seavizinhame, nao raro. naepocaatual, obsei'vam-seatoshistoricos classificaveis como de outras eras.

"Idade Media" e. portanto, convengao, artificio, porque o tempo e seus arquetipos pemianecem; por que as divisoes e os nomes sao re centes e arbitrarios. Chama-la de "Noite de Mil Anos" sera com certezainjusto, amenosquesenegue toda a civilizagao heleno-latitio-crista que se continuou no ntundo moderno. foi gmgas ao esPirito e a resistencia medieval. Ate ^esmo o amor romAntico como o conhecemos — a mais preoiosadas ^elas ai-tes — data da Idade Media, do seculo XII, da Cavalaria, que ®xaltou a mulher, dedicando-lhe ^speito e cortesia.

Entretanto, o mesmo catolicisHo inspirador das Cruzadas consistia em doutrina eminentemensubjetiva, sem base no mundo ®xterior. E. para manter-se invulPeravel a sucessivos questiona^entos, odogmacatolicoconduziu ^ instituigao da infalibilidade pa pal, ou seja, a capacidade exclusi^dochefe supremodahierarquia Sacerdotal para decidir sobre as Piaterias da fe, preservando-as Pern sempre de forma 16, muito crista. A burguesia nascente, culta e dinamica, que se aproximava da aristocracia e do poder do clero, ameagava a classe dominante e ociosa.

Estabelecidos os parametros paraas perseguigOes desde o Conselho de Verona, em 1183, e formadosos primeiros tribunals perGregorioIX. em 1233, o ftmdo de cena era perfeito para Fernando e Isa bel, OS reis catolicos. Eles pretendiam expulsAr os mouros de Gra nada e unificar aEspanha sob uma coroa unica, mas nSo dispunham de verba nos cofres reals. Partiram, entSo. para o confisco dos bensdos impuros. Combulapapal

etudomais, ainquisigaoseestabeleceu, na Peninsula, em 1478. E, em nome do cristianismo, perseguiu. torturou, matou todososque julgou hereges, confiscando seus bens paramanter-se ativa. Atacou artistas e intelectuais. num paroxismo de censura as suas obras, sujeitas, a parlir dai. ao crivo do Santo Oficio. mesmo as publicadas anteriormente a sua instalagSo. Somente50anos depoisdesuainstaui-agao na Espanha e que o Tri bunal do Santo Oficio chegou a Portugal.

O humanismo passou a ceder lugar ao fanatismo. e as artes forammutiladas. AB1blianaopodia serlida, os Lusiadas viraramobra heretica, paga. Cervantes e GilVi cente, proibidos, tiveramaindameIhor sortequeAntonio Jose da Sil-

va, o Judeu, condenado afogueira pelaascendencia. GregoriodeMa tes foi perseguido por seus versos eopadreAntonioVieirafoipresoe teveapalavracassada, perafirmar queoconfiscoeraaverdadeiracau sadaperseguigao doscristaos-novos.

De acordo com o historiador Ce cilRoth, ainquisigaoemPortugal processou mais de 40 milpessoas equeimoucercadeduas mil. Entre OS29,5milcondenados, havia300 brasileiros levados a Lisboa.

Vale a entrada neste tunel do tempo montado pela Biblioteca. junto a Cinelandia. para conferir as amargascoincidfenciasnahistoriadas repressoes edocontroleso cial. indelevelmente presentes na vida dos povos contempoi-aneos.

Artes Plasticas

O IMFONDERAVELi

EFEITO DA ARTE (sobre os inumeraveis estados do ser)

Aconvitedo Ministerio da

Cultura (MinC). uma parte do acervo do Museu de Imagens do Inconseiente (que dispoe de mais de 250 mil pegas) esteve exposla ao

JLpublico. noPago Imperial. Rio. em umamostra intitulada Os Inume raveisEstadosdoSer. FbramSl to las, 34textos. 187 trabalhosempapel e 11 audiovisuais. Segundo o MinC, e sob seu ausplcio. aexposigaosegueanoquevemparaParis. Desde 1948. a doutora Nise da Silveira, correspondente de Jung, comegouavalorizarasqualidades terapeuticasdapinturaentreosin ternes do Centro Psiquiatrico do EngenhodeDentro. No seuentender, "ao expressar as imagens do inconseiente, oesquizofrenico pode confronta-las e despotencializa-lasdaforgadesintegmdoi-aque possuem e das ameagas que cen tum."

Os resultados que ela obteve desde o inicio da sua dedicada trajetoria, e que so agora alcangam maior apoio e prestigio, parecein confirmar que a esquizofrenianac leva a demencia e ao apagamento d^ afetividade. Mesmo apos muitos anos da doenga. a inteligencia pode sobreviverintaetaeasensibilidade viva.

No curso do processo de individuagao. eixo da psicologia jun-

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INQUISICAO
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As obras de Fernando Diniz(acima). Adeline Gomes

S>o H® Carlos Perthuis(a dir.). expostas no

Um simbolo secrete, espalhado per toda a Euro£^>-^

Palayra sdnscrita, mandflln significa circulo, e, para.Tung,e a expressao por excelencia da totalidade psiquica

SOS e exlstem numa atmosfera ainda mais misteriosa. Nas obras ex postas, a experidncia vivida ou o objeto que constituio tema da elaboragao artlstica pouco tem que nos sejafamiliar.SuaessSnciaparece provir de distantes pianos da natureza,das profundezas de outras eras ou de mundos de sombra e luzexistentesem estados alterados do conhecimento.O artista nSo domina oimpeto decompuls&o que dele se apodera. Obedece e executa, sentindo que sua obra e maior que ele, e, por este motivo, possui umaforga queIhe e impossivel comandar.

gueana, vfim organizar-se em torno de um centro,e em fungao dele, diferentesfatores psiquicose mesnio OS mais irreconciliaveis optostos- A recusa a este processo pode levar a uma existencia obscuramenle envolvida numa trama de projeqoes,fusdes econfusoescom OS outros. e a aqdes em desaeordo consigo,negandoo piano basico de cadaser.E este desaeordoconsigo mesmo que constitui fundamentalmenle o ostado de desequilibrio.

no entender do mestre.

A arte visiondria, quase um transe, causa perturbadora impressao de estranheza. No misterio do ate criador,o artista — e nfio haverd o que nao reconhega sua loucura — mei^lha nas profundezas do inconsciente,transformandosua obra numa produgao superpessoal. Nao saoosdesviosporque passam seres conhecidos que nos inquietam. O que ocorre e que es ses seres se apresentam misterio-

Os quadrosem exposigao no Pa?o contam muitas historias. Uma jovem queria serflor. um pintor de mandalas narra as ameagas invasoras que oimpedem de concluir o simbolo,enquanto outros buscam no geometrismo uma cobigada harmonizagao do mundo interior. Expressao por excel6ncia da tota lidade psiquica. para Jung,e a mandala.Palavra sanscrita,signi fica circulo, e seu simbolismo inclui todaimagem ooncentricamente disposta. O centra da mandala

representaria,assim,o nucleo cen tral da psique("self"), nucleo que e fundamentalmente umafonte de energia,compelindo o individuo a tornar-se aquilo que ele e.

O heroiquelutacontraos monstros,personagem de muitas mitologias.apai-ece com freqiiencia nas telas da exposigao. Ronald Laing, Um dos pais-herois da antipsiquiatria,sugereque essamesmamitologia talvezseja umadas chavesda uossa experiencia embrionaria. Mase quanto a modificagao da estruturados hospitals psiquiatricos que adoutora Nise mais concorda Com Laing. Ali se encerram seres de grande sensibilidade, capazes de produzir trabalhos singulares

de alta cofisistencia estetica.

Osobstaculose obscuridades de qualquer ciencia sao discernidos apenas por aqueles que a penetram.E precise um certo p-au de inteligencia para descobrir que o homem ignora,e e necessario empurrar a porta para se saber se ela esta ti-ancada ou nao.Nise Silveira que o diga.

Paracelso ja dizia;"A cura vem da medicina e a arte da medicina tem origem na caridade." Ao que acrescentou Laing:"Curar-se nao e obra da fe, mas da simpatia."

O verdadeiro campo da medici na e o amor. O amor revela fatos que,sem ele, permaneceriam se cretes.

mado em personagem e vivido por Luiz Armando.

Fbi durante a Segunda Guerra queoladraohomossexualJeanGe net escreveu, na cadeia,O Condenado a Morte,em versosalexandri-

Teatro A

OTteatroCacildaBeckerapre-

sentou, em curta temporada,a versao carioca da adaptagao para teatro de Nossa Senhora das Plores, de Jean Genet, realizada por Luiz Armando Queiroz e dirigida por Mauricio Abud, os mesmos responsaveis pelo espetActilo ha dois anos,em Sao Paulo. A historia da vida e dos amores de um travesti mitologico,Divina,conta, na presents montagem,com apresenga em cena do autor, transfor-

nos perfeitos. Outro Jean,o Cocteau,tocado,profetizou:"Oladrao que voces podem mandar pajra a prisao pelo resto da vida sera um dos maiores escritores da lingua francesa."

Camuse Sartrefizeram campanha pela sua libertagao junto ao presidents Ariole,em 1948,eleestava livre paracontinuarroubando a alta burguesia que o adotara como um dosseusenfants terribles, O maldito Genet foi canonizado santoe proclamado maxtir por um outro Jean,o Paul Sartre,que Ihe dedicou um estudo/fabula sobre a suasantidadeinvertida,de maisde 600 paginas.

Notre Dame des Fleurs. de 1942,naseeu comohomenagem ao guilhotinado Pilorge(assassino do amante)e foi escrita,como outras• obras de Genet,na prisao,considerada por ele um lugar erotico.Querelle de Brest,tambem romance, foifilmado por Fassbinder,em 82, e acabousendo ofilme que antecedeu o suicidio do cineasta alemao.

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SANTIDADE DE UM ladrAo
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Uma cena da pega Nossa Senliora das Flores, de Jean Genet,que conta a historia do travesti Divina

O BalcM e As Criadas,textos teatrais,foram amplamente divulgados, encenados e tambem filmados,a partir de 60.

Sm seu Sao Gonet,comediante e martir, Sartre escreve:"Uma crian^a abandonada desde a mais tenraidadefaz prova de mausinstintos, rouba os pobres eamponeses que o adotaram.Repreendida, perversa,fogedacasadecorregao, ondefoi neeess^ointema-la,rou ba 6 pilha cada vez mais e, ainda per cima, prostitui-se."

A rebeldia indomavel aproximou-o,nos anos 70,dalider negra comunista Angela Davis e de Eldridge Cleaver, que respondia pelos Panteras Negras,grupo americano deextrema esquerda.Em 80, Genet apoiou a causa palestina.E dele a confissao;"O Mundo Oei-

dentalme pisoteou;elenao meconvenceu."

Marginal assumido,marginalizadofoi per uma sociedade que recusasuas denunciasao conformismo e a hipocrisia oficiais. O ator e produtor Luiz Armando Queiroz, responsavel pela montagem atual de Nossa Senhora dasFlores,conta que o Consulado Prances nao quis saber de apoiar a produqao.

"Eles odeiam Genet," disse Luiz Armando. Ate mesmo atores de grande prestigio publico ae recusam a dar vida a personagens que so existem no crime e nele se justificam.

Quem puder va pedir a bencao ao santo (falecido ano passado), que mergulhou no malcom aalma limpa.

buiu aLecinema danslesyetix,titulo da ediqao de Jacob,um palmares na premiaqao final.

O juri, formado per Yves Mon tand,Norman Mailer,Skolimowski e outros menosfamosos,adotou uma atitude cautelosa ao anunciar o resultado dos proprios votos. Montand,o presidcnte,advertiu temeroso,em cadeia mundial de TV: 'A escolha e necessaiiamente arbi traria e mesmo cruel." Sentindo-se frustrada com a admissao antecipada dofiasco,aplateia,contam as testemunhas,encrespou-se e prorrompeu em vaias,quandofoianunciado que a Palma de Ouro ficaria em casa, com o filme Sob o Sol de Sata,de Maurice Pialat.Picavaevidente que a premiagao obedecia ao criterio da nacionaUdade. Afinal,a Franqa nao ganhava desde 1966, quando premiou o duvidoso Um Homem, Uma Mulher, de Claude Lelouch.

Cinema

A PALMA AOS 40

Encerrou-se mais um Festi

val de Cannes, desta feita sobosfaustoadoseu40.° aniversArio. Para comemorar a data, Giles Jacob,diretor geral do evento,preparou uma montagem de trechos de grandes filmes exibidos nas duas ultimas decadas, no recentemente abandonado Pai^cio da Croisette. E. numa demonstraQao de auto-suficibncia roliudiana,a delega^ao francesanSo resistiu e atri-

O juri, presidido per Yves Montand(foto),foi cauteloao ao anunciar o resultado dos proprios votos."A escolha e necessariamente arbitraria e cruel," disse o ator

O sol diabolico,premiado no Mediterraneo,e uma adaptaqSo do ro mance do escritor catolico George Bernanos, estrelada por Gerard Depardieu e Sandrine Bonnaire.O filme parece ter dividido a c^iniao dacritica,visto porunscomouma ilustraQao entediada de um texto quese salvaem alguns momentos com perolas do pensador original. Outros o acharam sublime, como gostam de dizer osfranceses,pre miado pela inteligencia superior do juri. O publico vaiou. De todo modo, a oinematografia francesa vem sendo acusada de marasmo.

Wim Wenders, autor de Paris, Texas,faturou o prSmio oficial de melhor direqao por O Ceu sobre Berlim,este,sim,unanimamente aplaudido por publico e critica. E um filme povoado de anjos e crianQas, escapando das preocupagoes anteriormente abordadas pelo cineasta alemao. Wenders esta fazendo as malas para vir rodar tomadas de sua proxima realizagao em Sao Paulo e Salvador. Ao receber o premio,mandou o seu recado: "Recebo este premio como um in centive a pesquisa de novas ima-

gens. Podemos melhorar as imagens do mundo e,deste modo,ajudar a melhorar o mundo."

O destaque de melhor ator foi conferido a Mastroianni por seu desempenhoem DeiCiornle(Olhos Negros),onde administra seu extraordinario talentocom a digmdade de um veterano.Barbara I^rshey(vista recentemente em HantXBh.e suasIrmas)foi considerada a melhorinterpretefemi^a,gra ves da produgao americana &ny People(Gente Timida), em que apresenta umbrilhantejogo decena com Jill Clayburgh.

Nesta festa de aniversario, os

franceses descobriram o cinema africano. via uma criatiya producao da Republica do Ma^ mosquesem o mesmoolhar paternalista com que adotaram a juju music e exploraram o continente

'^^No mais, Elizabeth Taylor e Lady Di usaram vermelho e a pri- meiraterasentido um aperto no escolado coragao,ao saber do passamento da colega Rita, Hills nas redondezas do SagradoBosque(Hollywood),onde M^arita Carmen Cansino virou Hayworth.

No 40.° aniversario de Cannes,

Wenders,Thviani,Godard e (tambem premiado peloseuEntrevista)so queriam saber paraonde vai o cinema, diante do impeno avassalador da TV.Se quise^em saber quem vai ao cinema,Paulo MendesCampos,que noscam nas maos, responderia encora^doramente ao destino incerto:"O mun doe defato grandeeestranho,oho mem e um ser diverse e surpreendente.masumacoisaalem da morte e absolutamente certa:todasas mulheres do mundo querem ir ao cinema depois do jantar. Don't put the blame on Mame, boys," ^

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se deu ao trabalho de calcularo custo desua aposentadoria? Se ainda ndo parou para pensarno assunto,desejamos-lhe, de coragao, muita calma e boa sorte. Umavelhicenormal,semmaiores problemas,ate que podeseradministrada dentro dos limites de um orpamentorazodvel,maisai de quern ousa desafiar as tabelas atuariais queregem a dura^fio me dia da vida.E bastante passar um pouco da cx)nta, contrariando a lei das probabilidades, para que as despesas entrem em orbita. Nada e maisimprevisivel do que as contas de assistdncia medica, principalmente em tratamentoslongos, constituindo-se noitem mais oneroso na manuten^ao da saude dos idosos. Nfio6k toa que aumenta a cada dia a legiSo de aposentados que procuram as"comunidadesde preservaQfio da vida"(life-care communities),instituigoes que se comprometem a suprir todas as necessidades bdsicasdeseusasso-

Preserva^ao da vida: uiiWo conceito

ciados,atd que sobrevenha a morte,mediante umataxadeinscrigao nada modicae contribuigoes mensais pelos servigos prestados. Conquanto algumas entidades religiosas mantenham, de longa data,obras assistenciais de amparo a velhice,diversasempresas privadas, entre elas a Avon e a Mairriott,estao estendendo assuasatividades aesse campo.Atualmente, cerca de 700comunidades de apo sentados fimcionam nos Estados Unidos,abrigandoem tomo de200 milresidentes.A Associagao Ame ricana de Lares para os Idosos (American Association of Homes for the Aging)espera que o numero desses centmsduplique na pr6xima decada.

Uma dessas comunidades de preservagao da vidafica localizada em Mount San Antonio Gardens, em Ftomona,California.Osaposen tados,que precisam gozar de boa saudeao serern admitidos,pagam taxas de inscrigSo que variam de US® 28,3 mil, para aeomodagoes num pequeno apartamento(stu dio),a USt 100 mil, pelo conforto extra de morar numa casa com sala, dois quartos e demais dependfincias.Cada um dos458residen tes paga uma mensalidade de US® 892.Em trdca,recebem desde refeigoes completas e utilidades domesticas ate servigos de limpezae arrumagao, contando ainda com uma piscina e um ginasio. A grandevantagem,porem,eousoindiscriminado de um centro medico com 55 leitos, sem custo extra. E mais; embora as mensalidades possam ser aumcntadas para todos OS residentes, aqueles que requerem tratamento intensive nao pagam taxas adicionais.

Isto pode representarconsideravel economia na ocorrdncia de enfermidades piolongadas. Em me dia.a mensalidade de umacasa de saiide e de mais de US® 1.8 mil.Entretanto, o custo de vida em San Antonio Gardens,feito o lateio de todas^despesas durante umaexpectativa de vida tipica,nao passa

de US® 1,1 mil. A adrainistrag&o pode cobrar taxas relativamente mais razoAveis, porque cerca de 70% dosresidentes morrem antes de necessitarem de atendimentc mddicoem tempointegral.San An tonio dispde de umfundo deinvestimento de US® 900 mil, para cobrir os casos eventuaisem que re sidentes sobrevivem alem doslimi tes de suas economias.

Muitas comunidades sao parte integrante de grandesredes,o que nSo e o easo de San Antonio. A maior de todas e a Life Care Serv ices,de Des Moines,subsididriada Weitz Crop, que opera mais de 50 comunidades em todo o pais. O Grupo Mediplex, pertencente & Avon, possui 19 unidades em funcionamento ou em construgSo, quase todas situadas na Califor nia,no Arizona e naPennsylvania. OGrupo Marriott,mais conhecido por seus hotdis,investiu US® 150 milhdesem tr^s projetosem tindamentoem Haverford,Pa.,Fbrt Belvoir,Va.,e em San Ramon,Calif.O grupo pretende construir mais seis comunidades no inicio da de cada de 90.

O que tern despertado ointeresse da Marriotte de outras companhias e ofato de saberem que a populagdo americana esta ficando mais velha e os idosos estao dispondo de mais recursos. Desde 1970, o niimero de americanos com mais de64anos aumentou de 9 milh6es, atingindo a 29,2 miIhoes,e cresceramais seis milhoes ate o ano 2000. O niimero de pessoas de idade considei-adas pobres caiu quase a metade desde 1970,e cerca de um quarto conta com patrimdnio de US* 100 mila US® 250 mil. O mesmo ja nao se pode dizer de sua prole, que nem chega perto dessa performance.Ademais,nos dias de hoje, em que n&o so o homem,mas a mulher tambem vai k luta para defender oleite dascriangas, as familias mais jovens nao t6m tempo ou sequer dispoem de espago para cuidar dos velhos.

Naturalmente,como

investimento quesefagaem seguro,aassistdncia aosidosos podera ser ou nao um bom negocio.Quando OSresidentes morrem num lapso de tempo muito curto,sem que tehhahavido oportunidade de Ihe seremdispensadoscuidados medi cos de maior relev&ncia,e evidente que nao recebem uma corapensagao proporcional ao valor inte graldastaxas que pagaram.Devido a essa possivel injustiga, mui tascomunidadesreembolsamparcialmente as familias dos pacientes.Narequintadacomunidade de I^orth Hill, em Needham, Mass,, as taxas de admissao vao de US® 102milaUS* 251 mU(apartamen-

tos de trSs quartos).1bda^da,nos casosdefalecimentooude madaptagao,osherdeiros dos residentes recebem reembolsos de at690%.

As modalldades de assistfencia variam de uma comunidade para outra. Por isso mesmo,recomenda-se aos interessados que leiam com atengaoascldusulasem letra miuda dos diversos contratos disponlveis. Nem todosfazem a mesmaexigencia,masalguns centres requerem um seguro-saude complementar paracobrirtratamentos hnanitfllaresintensivos.Outros excluem da coDenunienici contraidas anteriormente a admis sao nas comunidades. Existem

BRASIL SALVAGE S.A.

Sociedade

Brasileira de Vislorias e InspeQoes

ALBERTO LOPES

aindaaquelasquecobram porfora as despesas de enfermagem,tornando-sedificilavaliar oambitoda verdadeira assistSncia que prestam.

De todos OS riscos potenciais, entretanto,o mais grave 6a possibilidade, nao de todo remota, de uma comunidade cessar suas atividades de um memento para outro. At6 agora, 17 estados concedemlicengas paraofuncionamento dessas instituigoes. Apesar de as autoridades exigirem de seus operadores a manutengao de um fundo de reserva para cobrir encargos a longo prazo. a falfencia ou venda do negocio e sempre uma

Atividade principal'.

Outras atividades:

Vistorias,inspect em embarca9des maritimas

Vistorias em equipamentos

Vistorias de cargas

Vislorias judiciais

Vistorias off-shore e on-shore

Draft survey

Outras vistorias e seivi?os correlalos

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Sem Fronteiras
m
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SEGUROS
qualquer REViSTA DE
43 •^VISTA DE SEGUROS

ameagaque paira sobre ascabe^as de seus usuries.

Em que pesem asrestrigQesque possam ser feitas as reals vantagens que oferecem,as comunidadesde preservaqao da vida contam com um rtumero cada vez maior de

adeptos.que v^emnessamodalidade de assistencia socialocaminho para prolongarem as suas vidas e conquistar a taosonhadapazde espirito. Nas palavras de um deles, Lawrence Krause,de Sao Francis co,"o piano de previdSncia e exce-

lente, tendo em vista, sobretudo. que o medo da perda6incomensuravelmente maior do que a amea^ia do lucro inescrupuloso."

Time — abriJ de 87

Dispositivos de seguran^a para o future

Radar para automoveis

auer se trate de uma rapida

ida ao mercado ou de uma volta vertiginosa numa pista de corridas,dirigir automovel requer total atenQao dapessoaatras do volante.Em determinadascondiqoes de trafego — numa via expressa muito movimentada.digamos,ou anoite,debaixo de um aguaceiro —; a menor distragao pode reduzir a fraqao de segundos de que dispoe o motorista para reagir,caso surja umasitua?^deemergencia.O resultado pode ser calamitoso. Pensando nisso, uma organizaqSo americana de pesquisa e desenvolvimento,o Battelle MemorialIns titute.de Columbus,Ohio,aperfeigoou dois novos dispositivos que, na hipotese de se tornarem comercialmente viaveis, poderfio ajudar OS motoristas a evitar o perigo, Um delese um sistema de radar que varre eletronicamente a Area na frente de um carro em movimentoe dispara um aiarme naiminencia de uma colisao. O sistema utiliza uma novaantena-consistindo de um tambor corrugadoem permanente rotagao,um refletor e um guia de ondadielAtrico(plAstico) que pode ser instalada atrAs

da grade de um carro, A antena esquadrinha uma Area de aproxima* damente 30metresafrente do carroe ISgrausdecadaladodocentro do veiculo(o equivalentsaseis pistas de trAnsito),Em funcionamento,a antena transmits ininterruptamente raios de som na faixa de ondas milimAtricas — de alcance mais limitado do que as microondas — capazes de detectar obstAculos na frente e adjacAncias do car ro;outros veiculos, Arvores,pedestres e ate mesmo pequenos ani mals.

Rota de colisao

Diversos microprocessadores de alta velocidade,instalados embaixo do painel,anaiisam geometricamente osraiosque retornam, a fim de determinar a diregao do objeto,bem comoo seu alcanceea sua velocidade em relagao ao carro. O computador revela entao se o ob jeto que se aproxima e apenas ou tre automovel passando numa pis taadjacente,porexemplo,ou se estA numa rota de colisao com o car ro equipadocom radar. Neste caso, fazsoar um alarmse acender uma luz alertando o motorista para se desviar imediatamente.

Para melhor observarosefeitoB de ordem pratica, os engenheiros da Battelleimaginaram dois veicu losquese aproximam frontalmente um do outro,a uma velocidade de 55 milhas(90km)por hora,e previram um minimo de dois a tresse gundos de alarmsna situagao descrita, AlAm de prevenir os motoris tas contra eventuais momentos de crise,salientsIbm Noble,gerente dadivisao de inventosda Battele,o sistemafoi projetado parao que ele chama de "situaQoes de diregao complexas",taiscomoasqueocorrem em rodovias de grands circulagao."E inipossivelfibar atento a todas elas ao mesmo tempo," sustenta o tecnico. "Caso uma situagao potencialmente perigosa osurpreenda num momento de distragfio passageira,o radar acionarA os seus reflexos.

Custo extra

Ainda nao foi construido um prototipo do sistema de radar, e a Battelle procura companhias dispostasainvestir na tecnologia.Se istoaconteceracurtoprazo,nomAximo dentro de um ano poderao ter inicio os testes de estrada.Segundo a mesma fonte, diversas fAbricas de automoveise de equipamenREVISTA DE SEGUROS

tos eletronicos, dos Estados Unidos e da Europe,tem demonstrado grande interesse pelo invento. Se ele vier a ser produzido em sene, devera,de acordocom osseusidealizadores, adicionar cerca de mil dolares ao pi-ego de um carro novo — o bastante para se questionar desde jA se as vantagens do novo sistema de seguranga compensarao o custo extra. A duvida maior, entretanto, A de outra natureza;e Be aconteceroinevitavel—o apareIho enguigar? SerA que a oficma ttiecanica do bairro terA condigoes para consertar um sistema de ra dar sofisticado?

Leitura de instrumento hologrMico

Outra invengao da Battelle pertnitirA ao motorista ler informaQbesfornecidas pelo painelde ins trumento do carro,sem desviar a 3-tengao da estrada. Denominado Hud — Heads-Up Display(Mostrader"CabegaEiguida"),trata-se de um metodo hologrAfico de projetar dados dos instrumentos do painel— taiscomo velocidade e nn veldooleo — para alem do para-briBas.O sistema utiliza duas lentes dtieas,ouespelhos,para criar uma irnagem bidimensional projetadaa

uma dist&ncia eqmvalente a extremidade do capo,cerca de trAs me tres a frente do motorista.SegundoaBattelle,o sistema eliminaria nAo so arefocagem,como arecompreensao — isto e,o tempo que o motorista necessita para refocar OSolhos na estrada,depoisde uma olhadela no painel, e para compreenderasituagaodetrAnsitoque se pode criar de repente. Dependendo da vista do motorista e da complexidadedasituagao siu^da, arefocagem e arecompreensao podemlevarate trAssegundos -tem po precioso. caso se desenvolva uma situagao de perigo enquanto o motorista teve asua atengao momentaneamente desviada.

Um dos espelhos e montado de baixo do painel,refletindo a informagaodo video atravesde umafenda no painel, no segundo espelho holog^ico.adaptado ao para-bri• sas.Osengenheiros daBatteUe estimam em cem dolareso prego dos espelhos, quando produzidos em escala industrial.

Grande potencial

A tecnologia do HUD ja existe hA alguns anos, mas os sistemas holograficos conhecidos atA pouco tempo utilizavam somente um es pelho,querequeria recursosdei^

minagaosuplementarespararefletir asinformagoes do painel.Com o novo sistema, A suficiente a luz filtrada atraves do para-brisas. A Battelle desenvolveuoprojeto sob contratocom aFbrd Motor Co.,d^ tentora da patents do sistema. O dispositive foiinstalado num car ro de provas da Fbrd,e Paul God win,advogado da corporagao, declara que A grandeoseu potencial. Masadmitetambem que existeum grande problema;aslentes — que sao produzidas por um processo que consiste em expor uma geleia otica a raioslaser —ficam escur^ apos algunsdias,sob osefeitos da luz solar. Segundo Godwin,A pre cise desenvolver um novo material para as lentes, que torne viavel a sua industrializagao.Itom Noble, da Battelle, admite, por sua vez, que decorrerao ainda alguns anos antes dasuacomercializagAo.Nao tem duvida,entretanto,de que passarA a ser incorporado aos carros como acessorio de fAbrica, a um prego muito baixo."Naosetratade uma curiosidade de laboratorio. afirma com convicgao. Muitassao asaplicagSes potenciaisdanovatecnologia,incluindo a publicidade, jogos de video, transmissoes a distancia,medicinae"qualquersituagaoem quehajaumacenavisualcomplexasobre a qualse queirasuperpor outrainformagao." Num ato operatono, por exemplo, o cirurgiao podera conferir ossinais vitais do paciente,fornecidos pelaparafernaliadeinstrumentosasua volta,sem des viar os olhos da mesa de operagAo. Contudo,para queo mostrador cabega erguida e o sistema de radar evoluam do atual estagio experi mental para a sua adaptagAo nos automoveis serA necessArio resolver unstantos problemasde mate rials e de custo ainda nao superadosdefinitivamente.Porenquanto, a despeito de sua versatiUdadee indiscuiivel potencialidade, nao passam de propostas intrigantes.

NewBweek — maio de 87 O

Sem Fronteiros(cont.)
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Coinite de divulgagao sai ate

final do ano

Estaem plenoandamentooprocessode impIanta^axDde um orgao voltadoexclusivamenteparadivul gar0 mercadode seguros. Alemda Penaseg, estao envolvidas no projeto a Fenacor (Federagao Nacionaldos Corretores deSeguros ede Capitalizagao), a Susep (Superintendeneiade Seguros Privados)eo IRB (Institute de Resseguros do Brasil), que esperam torna-lo uma realid^eateofinaldoano. F^raisto, as quatroentidades estaoempenhadas, no momento, em tra^ardiretrizes basicas de atuagao e o estatutodoorgao, para, emseguida, montar sua estrutura e legaliza-la. Esta decidido que sua dimensao orgamzacional ser^amais enxuta possivel. comandada per profissionaisaltamente qualificados, cujas fungoes serao exercidas recorrendo-se, basicamente, a servigos de terceiros.

O projeto e perfeitamente vlavel

eacriagaodoorgaodepende exclu sivamente de trabalho, ja que as fontes de recursos estao definidas. A verba vira das empresas e dos corretores de seguros. Os seguradores resolveram ha varies meses que sua parte teraorigem no seguroobrigatdriode veiculos (DPVMT):

5% da receita de premies, deduzida a parcela que e carreada para a PrevidenciaSocial. Aparticipagao financeira dos corretores foi acertada mais recentemente e tera origem no Pundo Diferencial de Comissoes de Riscos Vultosos, administrado pelo IRB. O ConseUio Nacional de Seguros Privados autorizou, na ultima semana de maio, a idados corretoresaofundopararetirar recursos em montante equivalente ao dos seguradores, desde que o valordo saque nao ultrapasse 50% do saldo na ocasi^ das liberagoes.

Apllca^oes em a^des

tern normas mais flexiveis

Atraves daCircular 12/87.aSuperintendencia de Seguros Priva dos (Susep) resolveu desburocratizar as aplicagoes das reservas tecnicas carreadas para as Bolsas de Valores. E que as novas normas darao maior flexibilidade as empre sas de seguros e as de previd6ncia privada aberta na movimontagao

vrar-se, contudo, da sistematica antiga, as companhias seguradoras e de previdencia privada terao que encaminhar a Susep pedido para agir livremente na eompi-a e venda de titulosmobiiiarios, oque sera feito apenas uma unica vez. Feita a solicitagao, a empresa rece ber^ um documento formal da au tarquia para ser entregue a instituigao custodiante das agoes, procedimento indispensavel para que as operagdes em bolsa sejam feitas dentro das novas normas.

A Susep estabelece ainda que o cumprimento da Circular 12 obriga as empresas a rnanterem sus carteira de agoes em custodia vinculada em uma unica instituigao depositaria, albm de terem de efetuar uma operagao de compraimediata, em igual ou maior valor, toda vez que efetivarem uma venda de agoes em bolsa. A Circular permitiraaindaqueaempresaresga* te, parcial ou tctalmente, o excesso de dinheiro que resultar da venda de tituloB, ou seja, a quantia que exceder o limite de cobertura das reservas tecnicas.

Fenaseg pede ao Ibmec estudo sobre a economia

O trabalho que adelegagao bra®ileiraapresentaranaXXIConfe^ncia Hemisferica de Seguros ^vados, arealizar-se n.aprimeira luinzenadenovembro, em Assun9ao, Paraguai, promovida pela Pederagao Interamericana das Em presasde Seguros (Fides), seraeladoradocom base num amplo estu*^0 encomendado ao Ibmec (Insti^uto Brasileiro de Mercado de CaPitais) sobre aeconomiabrasileira. P trabalho enquadra-se no tema I'osigao do Seguro naEconomia", ^tie. alias, seraabordadoportodos

do predio da Cesp

OS paises que participarao da conferencia.

O qbjetivo do trabalho e descrever e analisaro desempenhodoseguiu,oomparadocomoProdutoIn terne Bruto (PIB) e a distribuigao darenda. Apartirdal, seinvestigara, com base nos diversos estudos, ograudecorrelagaooudependfencia que existe entre aexpansao do mercado segui-ador e aquelas yariantes, sem deixar de medir a interferencia que elas sofrem com o componente da inflagao.

Livro da Funenseg aborda seguranga em obras de arte

AFundagao EscolaNacionalde Seguros (Funenseg)e aFederagao

de compraevendade agoes, operagoes que antes de concretizadas tinham que receber sinal verde de autarquia.

A liberdade de movimento concedida ao mercado abole o entrave da autorizagao previa, um ritual incompativel com a propria dinamica do mercado acionario. Para 11-

I^acional das Empresas de SeguPrivadosedeCapitalizagao(I^bhaseg), com o apoio da FundagSo Br6-Mem6ria, vac editai* um livro Sobre OS seguros e as medidas de seguranga adotaaas atualmente ©mobrasde arte, em nivelinternacional, emmuseus, igrejasepinaGotecas particulares. Aobraseraa Versao, em lingua portuguesa, do "Manual of Basic Museum Securit, cujosdireitosdereprodugao no Brasil foram cedidos a Fu nenseg pela Pro-Memoria.

A execugao do projeto sera viabilizada, nos pianos dos promotores daobra, com acolaboragao das companhias de seguros, que parti ciparaodoempreendimentoadquirindo cotas, que, no momento da declaragao do Imposto de Renda, podei"^ serdeduzidascombasena Lei Sarney, de incentive a cultura.

A veraao brasileira do manual basiconaoseracomercializadaecontara com uma edigao de tr6s mil exemplares, dos quais dois mil exemplaies sei"aodoadosa Funda gao Pro-Memoria eo restante sera distribuido no meroado seguiador.

Para p6r abaixo a parte frontal do edificio 2 da Companhia Energeticade SaoPaulo, destruidapor um incendio, o engenheiro Hugo Takahashi, da CDI — Companhia de Demoligaoe Implosao, nSoselimitouapenas a utilizardinamites e suatecnica, mas tambem um se guroderesponsabilidadecivil,exigidoaCesp, semoqualnaorealizaria a'implosao.

Ao langar mao de um seguro dessa natureza, Hugo Tbkahashi procurouprevenir-sedosposslveis danos, materials e pessoais, que a implosao podcria ocasionar aos

Quotro Ventos m .' '■•fT'W'W.
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UNDERWRITER
Sem ortodoxia, IRB garantiu implosao
A7 1?EVISTA DE SEGUROS

predios localizados na area de risco. A exig§ncia foi cumprida e o mercado segurador possibilitou qua o edificio da Cesp viesse ao chao na manha do dia 7de junho, numa operapaofeitacom sucesso.

Para conceder a cobertura pleiteada pela CDI,oInstitute de RessegurosdoBrasilteve deencontrar uma saida tamb^m engenhosa. O IRB sabia qua a confec^ao de um seguro especifico de RC da implosao dificilinente seria concluido a tempo, pois dependeria inclusive de consultas ao exterior para a co-

loca^ao do resseguro, e o risco de desabamento do edificio era iminente. A solupao dada, depois de muita discussao,foi a de utilizar o proprio seguro de responsabilidade civil geralda Cesp,com umadecisao inedita: retirou da clausula de exclusao a implosao, que e um ato voluntArio,como um risco nao coberto. A resolugao demonstra que 0 IRB esta cada vez mais procurando aparelhar-se para dar respostas rapidas a situagoes imprevisiveis,adequadas e compativeis com a realidade do mercado.

Governo do Rio quer ampUar fontes de obten^ao das OTEs

"APoliticade Investimentos Sociais do Estado do Rio de Janeiro e o Mercado Segurador"foi tema de semindrio promovido pelo Sindicato das EmpresasdeSegurosPrivados e a Associa^ao Comercial do Rio de Janeiro,no ultimo dia 18 de junho,no JoqueiClube Brasileiro. O objetivo do encontro foi resumido no assunto abordado pelosecretario estadual da F^zenda, Jorge Hilario Gouvea Vieira:o empenho de sua administra?ao em conquistar novos mercados para os OTEs, ou seja, alternativas de obtengao de recursos,entre as quaisestAo as companhias de seguros como investidoras institucionais. Ali&s,o tema "As Seguradoras como Pinanciadorasde Projetos Especiais do Governo do Estado do Rio de Ja-' neiro"foi tratado longamente pelo presidents da Diverj(DistribuidoradeTitulos e Valoresdo Rio de Ja neiro),Paulo Mailman.Ao fim das palestras, os rumos da economia brasileira foi pauta de grandes debates,a c€U'go dos economistas

Contos de Reis Spectator

Renovado mandato dos membros do setor privado no CNSP

declaresejiteve um sinistro de fo80'

Eduardo Modiano e Alberto Sozin

F\iruguem.Entre as varias personalidades presentes ao evento,estavam o presidents da Fenaseg, Sdrglo Augusto Ribeiro,e do Serj, Delio Ben-Sussan Dias, alem do superintendente da Susep, Joao Regis Ricardo dos Santos.

O Presidente Jose Sarney assinou decreto reconduzindo ao Conselho Nacional de Seguros Privados(CNSP)osatuais membros que compoem a bancada da iniciativa priv^a,para cumprir mandato de mais dois anos.Com essa decisao, ficam mantidoscomo conselheiros Jayme Brasil Garfinkel, Luiz de Campos Salles(efetivos), Claudio Afif Domingos e Dario Guarita FiIho(suplentes),representantesdas companhias de seguros. A areade previdencia privada aberta esta representada por Nilton Molina(efetivo)e Wagner Nanneti Dias(suplente). Pelos corretores de segu ros permaneceram Jose Francisco de Miranda Fontana (efetivo)e Mauricio Monteiro de Barros(suplente).O decreto doPresidente Jo se Sarney foi publicado no Di^o Oficial da Uniao,de 17 de junho.O

riJTir?!

liiformacoes

Da apolice constana que a falsa informa?ao neste sentido importaem nuUidade do contracto.

Assim fazem companhias francezas.

iiecesGarias

(novembm 1925)

^or pessoa! do segurado dos maiores elemen^cccitafao do seguro.

4^ I "8evaeotempoemqueto' era presumidamente Hoje,quandoas necesw "ida,OS elemenios de

• as barreiras da moral, espiritos inferiores—•-wjjiinu5micMUJC5 titi, ^iedade que nio coma ®rasa classe media e em religi ijiij^'^'Se procurar informes '8iao nao t freio basianSft ralajao aquelles isr ^ ^uaes se tem de comracverificado que muitos ®s,cuiascasasaidem,tem ijt), "^'oualgures.iguaessinis-

O^8urojachegou a pagar os 5 de um quarto incendio, casa.

|i(^^aseguradoraiagora im% pa

"Mai de mer"

"Paris",30 Mar9o-A Sra. Rachel Meller,que partiu hoje pa ra Nova York,a bordo do "Levia than", fez um seguro de mil dol lars contra o enjoo de mar.

lAbril 1926)

premio ra pagar o seguro de iCu^Socio incendiado. Seella ^^que0seguradojd tinha ^^^°<«ssado comoreceptorde '"^rtamente Ihe n3o teria 0 seguro.

Ij Preciso, portanto,tolher tIApi n MaAi* yii\A 'tj ^^nasagenciasquedisto <^01110 0 ConsuUor do u ^vuauitvi uv sobre os segurados tlipj Sfitecedentes n5o sao co^<los,

'embramosdscompanhias

Ijhienie Ihes pode ser.

Chama-se premio a somma que 0 segurado paga ao segura dor,como equivalente do risco a que 0 objecto da conven?ao vae ser exposto.

0premio,sendo a represenia"qao da espectativa de um prejuizo a queestisujeiioo segurador, e devido por inieiro mesmo que apenastenha comecadoa correr.

Exemplo: Seguro de um navio do Rio a Belem,porida e volta. 0 navio inierrompe por um motivequalquer aviagemnaBahia.

0segurado nao pode pedir restitui<;ao de uma parte do pre mio conespbndente ao encurtamento daviagem.

Uma apolice estipula que o

premio deve ser pago dentro deoito dias, sob pena de decadencia do seguro.

Passados esses oito dias,o se gurador pode,nao obstante ter o seguro ficadosem effeito,exigir o pagamento do premio, porque durante aquelles dias as cousas mencionadas na apolice estiveram sob a sua responsabiiidade.

E'alias0que esta no art.684 do Cod.Com.:-"Em todos osca ses em que o seguro se annullar por facto que nao resulte directamenle deforfaroaior,osegurador adquireo premio por inteiro,seo objecto seguro se fiver posto em risco!'

(Fevereiro 1927)

iPRODIGIOSO DEPURATIVO VEGETAL. INFAILIVEL NACURA OA SVPHILIS EM

SUAS MANIFESTACOES: RHEUMATISMO, NEVRALQIAS.

DORES CONTINUAS DE CABEtJA, GOMfAAS.ULCERAS.QUEDADOS

CABELLOS.Ett.ETC.

DEPOSITO: DROOARIA PACHECO*

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46
REVISTA DE SEGUROS
O secretario Jorge Hilario Gouvela Vieira e demais empresarios e re presentantes do setor, durante o Semin^io
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SEGUROS
DE JANEIRO 49
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