T1751 - Revista de Seguros - mar/abr de 1987_1987

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OBRAS

Nova

SEGURO-SAtJDE estudo mobiliza mercado

.0^ QRGAO OFICIAL DE DIVULGAQAO DA FENASEG•AND 66•N9 774•MAR/ABR
AGRiCOLA ■/.
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S SEGURODE
DE ARTE
regula90o da carteira
Ll* ff' S: -

COM SAODE BRADESC

joravpceplanejatudo,dotrabalhoaolazer.E,comos npvostempos,ficoumuitomais diverndoweraoladodafemiiia. .. Entao,gaiantaasuatranquilidade paia viver esses novostempos.

Estejasegurodeque,emcasodeeventomedico-cirurgicode gtandeporlE vocetBmaoseu]a^0senmediconomelhorhos pital,cercadopelosmaismodernosrecuiBOS da medidna.

SaudeBradesconaofoicriado paia consultas ou exames de rotina. E um seguro-saiide paia giandes riscos-aqueles capazesdedesequilibiarumor-

FIQUETRANQUlLO
5AUDE BRADESCO 54b 544 DDOODl DO 4 00 GERALDO TOLEDO GOTTEINER entodomestico-eL entjeacontadonosDit medicos,tot^oupardalment^j dependendodopianoc[uevc0\ escolher. ^ ^ OSaudeBradescocobieVi^
semprenoslimitespreest^el^'
Este e um exemplo do qiae voce paga piano M-30doSaude Bradesc^l Cz$ 1,342,92 CzS 1.179,24 Cz$ 1,015,50 ■ Prews validos para tirulares ate 59 anos. pordiaJn'dlvtSS'eS
tedopatsetambemnoextenf"^'
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Ao a(iotar urn piano de reestruturapao em todas as areas, a CIS vem se preparando paraatuardeacor(locomaatualpohticaeconomicavigentenopals, atravradabuscaconstant^ de inovagao e implementa^ao de know-how e tecnologia.

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COORDENA^AO EDITOS(^ E GRAFICA: ASSES Comunieagfio Social In?&adB Ltda. Rio - Sfto Paulo tirasllia. Enderego Rio: Rua §6nador Dantas, 7-A • Tel.; 0-3487. EditorGeral:Mario gtisso. Edltora Executiva: T^sana Freitas. Frograma- ^Visual: Hyrmo P. Costae Y^uly.RedagSoeColaborac&o: "brge Clapp, Katia Labour^ e losi Alberto Lopes. Grifica: SjbanoGiAficaeEditorsLtda. Uistribuig&o: Fernsuido Chilaglia.

.|I1 0 seguro-saude no Pais, institui'do iegalmente desde 22 A conservagao e a garantia das obras de arte no Brasil 1966, vai receber uma nova legisla?5o, que estd sendo estudada pela Superintendencia de Seguros Privados (Susep). A iniciativa tern como objetivo principal disciplinar a opera^So deste segmento do raercado nao so no ambito das seguradoras como, tambem, das empresas que oferecem assistencia medica ou beneficios de saude. 0 tema, que ja mereceu destaque na ultima edi^ao, volta ^ paginas neste niimero (p^. 8).

-j ^ IA falta de uma poh'tica perfeitamente em sintonia com as voca9des de cada regiao ainda limita a atuafSo do seguro agricola no Pats. Ha quern defenda a obiigatoriedade deste seguro, ja prevista no Decreto-lei n9 73, de 1966. 0 assunto 6 da maior importwcia e a Revista de Seguros ouviu alguns representantes do mercado segurador, na pag. 14.

preocupam investidores, colecionadores e amantes da arte. £ fato, no entanto, que a maioria dos acervos, seja de particulaies ou de museus, ainda nSo tern a ptotefao integral do seguro, ficando exposta a sinistros. Maiores detalhes na p^. 22.

PERSPECTIVA ECONOMICA

8 Rubens Penha Cysne

Sobre a moratdria

BASTIDORES

12 Viilas-Bdas Correa

A drenagem da Constituinte

COMUNlCAgAO & MARKETING

13 Jomar Fereira da SQva

Publicidade, mais um negocio da China

POSSE IRE

25 Reafirmafdo de compromissos

CULTURA & LAZER

28 Lui's Lobo

Tuhu: da vaia a consagrafSo mundial

31 Livros, arte pldsticas, teatro e cinema

CONTOS DE R£IS

37 Spectator

A memdria do seguro

QUATRO ventos 40 Underwriter Atualidades

HISTORIA (ConclusSo)

42 O se^TO atraves dos tempos

HUMOR SO Jaguar

Capa: Oiifao.- Willy

Fotos: Etevaldo Vieira

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Sobre a moratdria

AOconstatarque,apososdes-

contos do8encargosininmig de uma divida contraida junto a bancos norte-americanos, a Boli via recebera apenas 92% do total da transa^ao,o presidents Roose veltcompreendeuaamea^a de mo ratdria boliviana e desculpou-se com o general Peftaranda, entao presidents desse pais, pela ganSnciados banqueiros americanos.Como parte de seu arrazoado, teria ainda exclamado:"Ora,com aquilo que recebeu,a Bolivia nao poderia pagar nem ao menos o principal, quanto mais os juros."

A passagem e descrita no"New York Times"de8de maio de 1943, e reflete uma entre as varias possiveis rea^oes a uma moratdria.

Ao optar pela suspensao unila teral de compromissos previamente assumidos,um pais pode conseguir um simples emprestirao,for9ado pelacapitalizag^dosjuros, oy unia efetiva redu9ao de seu de ficit(presentsou futuro)em tran8a9aeB correntes. o que ocorre quando OSjuros devidos sSo efetivamente reduzidos, e este fato e aceito por ambasas partes.AcapitaUzaoao representa apenas nmp, folga de caixa a ser reposta(com juros)em algum momento poste rior.Trata-se de um simplessaque contra o futuro, a favor do poder aquisitivo atual de assalariados e capitalistas(pela n&o necessidade de imediata de8valoriza9ao do cambioreal).A8egundaop9ao.obviamente mais dificil de se obter, dado que equivale k aceitaQao explicita de menores lucros por par te doe bancos credores,represen ta um alivio real para o pale. Isto porque desta vezaquedadatransferSncialiquidsde recm-sos parao exterior nSo6finanoiada por uma atitude opostaaser tomada nofu turo,massim pelos acionistas destesbancos.que receberfio menores dividendos.

Do pontode vistatedrico.ainHn que dificilmente na prdtica, esta perda poderia ser ainda rtilnfrtn en tre OB contribuintes estrangeiros como um todo,caeoseusgovemos optassem por uma politics de

transferdncias corapensatorias aos bancoscredores.Esperar uma atitude deste tipo por parte do govemo norte-americano equivale a contar com algo no minimo curioso,em que umpais,tambem devedor internacional, estaria distribuindo entre seus residentes os dnus da divida de terceiros.

O endurecimento nas negocia9oes apresentaos seus prosa contras,bem comoosseusfalsos-pros efalsos-contras.Olado positivese inicia pela constata9ao de que qualquer reduqSo efetiva(ganho real)dosjuros devidos ou dila9ao de prazo(alivio passageiro)refe rents aos pagamentos externos certamente nSose daria poriniciativadeum bancoou de um conjunto de bancos credores. Nesse sentido,aagressividade do devedorao menosabre apossibilidadede possiveis ganhos no front extemo.O lado negative rebate de imediato, lembrando que tsil agressividade, ^sedesejarbem-sucedida.nSose inclui entre as prerrogativas de um govemo politicamente fraco, com uma situaqfio intema fora de controleecom um nivelinsuficien-

te de reservas k sua disposi9ao. Alguns defensores da moratd ria premeditada lembram que amea9ar os bancos com grandes perdas abre maiores possibilidades & obtenqfio de pequenos ga nhos.Por este racioclnio,umaati tude maisdurapor parte de um de vedor poderia sinalizar para os bancos um prejuizo suficientemente grande, a tal ponto que as possiveis perdas decorrentes da aceita9So de um menorspread,um maior prazo de cargncia ou uma eleyagSodeemprestimo(pelacapitalizaqSo dosjuros)nSo pudessem ser vistas como sindnimo de mk administraq&o banc&ria.

Se este argumentofosse irretocdvel,perderiam osacionistas destas instituiqoes, no momento em queamoratdriafossedivulgada,e ganhariam os palses credores, transferindo menosrecursos para os bancos.Osdiretores destasinstituiqoes, julgados que s&o nfio apenas pelosresultados que apresentam,mastambdmpela diferen9aentre estesliltimos e osresulta dos esperados, nSo teriam muita dificuldade em explicar ao conse-

Iho de administraqdo as concesBQesefetuadasaodevedor inadimplente,num novo e ample proces80 de renegooiaqao(amparado,ob^amente,por um coerente piano deadministragao econdmicainterna).

Dois problemas se contrapdem aestejulzo.O primeiro d que o perparaainadimpldncia podeimplicar a generaliza9&o deste proce^^-iniento.Osegundo6assegurara compulscriedade, na prdtica, do ^lecanismo pelo qual perdas ban?^a8coletivasimpliquem perdas kidividuais proporcionaisaos crd^toB efetuados ao devedor insol'^ente.Sem isto,cada banco,em se^^ado,correria elevado risco(canfiofosse seguido porseus parceiros)em se mostrar mais af&vel exigsnciasdo pals quedeclarou ^ moratdria.

Em 1943,Roosevelt desctilpou-se com o governo da Bolivia pela gan&ncia dos banqueiros americanos .1.

Atd aqui,acoordenaqSo doscre dorestem side utilizada paraestadilizar situa9des de insolvdncia. ^eve-seaestacoalizgo aausdncia de reaqoesem cadeia,nanfio reno^a9ao de ordditos ao pais inadimPlente,particularmenteimportan ce para os bancos que mais emPfestaram a este ultimo. A possibUidade de uma coordena9&o de^stabilizadoracomoinstrumento de dissuas&o a atitudes congdneces, entretanto,tem sido usual^ente colocada como decorrente ^moratdria.Estademonstragdo de for9a dos bsuicos credores con tra um certo pais, por outro lado, tatalmente implicaria uma perda dos crdditos contra o mesmo.Por ®8te motive,dmuito mais provdvel elasejatomadacontra um pals ^ beira do repudio total de seus eompromissos extemos(em que estes crdditos jd seriam dados codio praticamente perdidos)e com ttrna modestadivida,do que contra toi pais disposto a negociar e ocuPando o primeiro lugar no "raniting" dos devedores. Este ponto eugereque acoordenaqdodesestabilizadora, nao tendo havido contraoPeru,sariaimprovdvelcontra oBrasil. Nadireqfio opostaaponta apoBSivelfragUidade do Govemo, que pretende endvurecer as negoREVISTA de seguros

ciagOes. Se os credores percebem sinais de evidentefraquezaem sua sustentaqdo,grande6o incentivo a coordenaqdo desestabilizadora.

Para que esta atitude hostil n&o servisse de bandeira politicaao Go verno, OS cortes aos creditos comerciaistenderiam aserfeitos de forma gradual e n&o declarada.

Dopontode vistadosdevedores, deve-selembrarque aformaqfiode nm cartelimplica a melhora de situa9&o do grupo como um todo, masn&o necessariamente de cada paistornado em separado.Em adi9&0, € sempre dificil prever se os demais paisesrealmente respeitariam um Eicordo de aq&o em conjunto na negociaq&ojimto aos ban coscredores,nfic tentando entendimentoB isolEidoB, privilegiados. Estes motivos explicam porque o Brasilrecebeu v&rias notificaqdes de Bolidariedade, mas nenhuma ades&o de primeiro momento&sua 'atitude. Se nfio existe certeza qucmto aos benefioios da moratd ria,o melhor que cadapais podefazer,tomadoisoladamente,k manifestar solidariedade e ameaqar os credores com o mesmo discurso, mas agir de forma exatamente

oposta.A atitude doBrasiln&oune OS devedores,pelo oontr&rio,toma mais dificilagora umacoaliz&oem que ele se inclua.

Paia OS demais paises penalizados por elevados encargos de serviqo da divida, nossa atitude tem trazido indmeras vantagens. De fato,numdesembarque defuzilei-ros em campo minado, os corajososs&o um presente doscdus para OS menos ousados. Para o Brasil, entretanto,o saldofinal deverd ser composto de uma boa dose de aprendizado,outrarazo&velde capitalizaq&o de juros(leia-se aumento da divida, que pode ou n&o vir a ser paga no futuro), bem co mo uma terceira, de valor desconhedido(at& agora, negative), de reduqao efetiva dosjuros devidos (pelo pagamento de menores "spreads").Isto tudo acompanhado de uma,ao que tudoindica,inevit&velrecess&o industrial,a ooorrer durante o restante deste ano.

*0 autor k professor da Escola de Fde-Grartiiagfio em Economia da Fundao&o Getmio Vargas.

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RUBENS
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O seguro-saude vai passar por iiv check-up

Oseguro-saiide no

Brasil, embora em opera^ao ha muitos anos, somente em noTOmbro de 1966 foi instituido legalmente, atraves do Decreto-lei n.° 73/66,que dispde sobre o sistema nacional de seguTos privados e regulaasopera^Sesdeseguro e resseguro no Pais. Apesar de oficialmente criado,oseguro-saude nao foi operado de forma consentanea com a evoluqao social do pais, em virtude de umaserie defatores,entreos quais ainexistencia de medidas reguladoras que dispusessem sobre a materia. Alem disso, nao foi cumprida a proibi^ao constante no artigo 134do Decreto-lei n.° 73,que dispunha que as sociedades civis ou comerciais que, a 6poca desua expedipao,tivessem vendido titulo, contrato,garantias desaude,seguranqa desaude ou seguros sob qualquer outra denominagao, para atendimento mbdico,far-

maceutico e hospitalar,ficariam proibidas de efetuar novas transagoes do mesmo genero.

Em vista dessa legislagSiOfalha,em quearegulamentapgo doseguro-saude ficou estagnada, a Susep (Superintendgncia de Se gurosPrivados),com base nesse aapecto,e atrav6s do Conselho Nacional de Se guros.resolveu criar uma nova legisla^ao, que serfi uma ampliaqfio e aperfeiQoamento daanterior,mag que ainda n&o estd em vi gor e n&o tem regulamentaqSo especifica. Segundo a diretora do Departamento Tbonico-Atuarial da Susep, Solange Vieira de Vasconcelos,aideiada novalegislaQ&o ainda estd em nivel de departamento e tem como objetivo disciplinar a operaqSo desse seguro nSo s6 no &mbito das seguradoras, como tamb6m no das empresas que oferecem garantias ou beneficios de saQde.AintenQfio6alterar

Atraves do Conselho hiacional Seguros, a Susep esta estudando uma nova legislagao para o setof nao so no ambito das seguradoraSi como tambem abrangendo as empresas que oferecem garantias ou beneficios de saude

a legislaqfio, de forma a permitir um controle mais rigoroso dessas empresas, dando ao pdblico uma seguranqa maior, j& que atualmente a Susep so mente aprova as basest&cnicas dos pianosoperados pelas seguradoras. Inde pendents da aprovaq&o do projeto de alteraq&o dos dispositivoslegais,garante Solange Vieira que haver& uma modificac&o nas normas de seguro-reembolso, fazendo com que elas se tornem mais flexlveis e acessiveis ao piibli-

CO. Aimportfincia do ro-saude pode ser media® ' nfio a6em termosdo recfU' descimento da venda pianos, mas tamb&m ma vis&o mais global d seus objetivos sociai®' complementando a atoa* qfto do Estado. F^z-se b®' , \ cess&ria a regulamerit®'' qfio plenadesse seguro,P®" lo grande mimero de p®® | soasassistidas,etambdid porque,seo sistema pri^ dotiver condigoes deP^-. tar assist&ncia co-hospitalar &b camada® | da populagao de maior der aquisitivo, o Goverb poderd estudar com facilidade programas" protegfio d saude de [ lias de baixa renda, xnai | carentes de cuidados dicos e alimentag&o,e , efetivamente n&odiepP^ de reciirsQs para tal.

projeto e embrion&rio, mas"bastante

tQ-^on&rio e bastante arNSo obstante, os prossegueme as l^J^^endagoes finals setj) .^-balisadas pelos de® orgaos do sistema, oja J^garfio a convenienoportvmidade da morti, das normasesua

jjQ^bda n&o sabe se serd nf^®lincluirsob a mes^^^balizagSo e controle bsep todas as empre(seguradoras ou nSo) Prestam servigos na ® de saude.Isso depen^dalegislagSo,que at6

agoraest&sendo trabalhada em nivel tdcnico, nSo tendosido examinada pela &rea jurldica,onde outros aspectos poder&o ser levantados."Um grande argumento para que ease projeto seja concretizadoe o fato de que algumasem presas nSo est&o trabaUiando num esquema correto,oferecendo propostas absurdas,como6o caso de uma delas que, recentemente, estava oferecendo um piano desaude porCzt 70,00 mensais. Trata-se, certamente,de uma propa-

DOROTHEIA BASTOS

ganda enganosa, que s6 existe porque n&o h& uma fiscalizag&oadequada nessa area," frisou Solange. Outro pontoimportante 6 que a regulamentagao nao preve ainclusao deinstituigoes beneficentes, sem fins lucrativos,socie dadesfilantropicas mantidas por meio de doagoes, entidades dotadas de personalidade jurldica de direito publico, instituidas pelo poder publicofederal, estadual ou municipal, e as cooperatives m&dicas constituidas unicamente por m&dicos,desde que se dediquem a prestag&o de servigos medicos direta e exclusivamente aos seus cooperados,comrecursos, instalagoes e equipamentos proprios. Alem disso, nao6intengfio daSusep nivelar os pregos,afirmando que o prOprio mercado j& n&o pede mais isso. O que interessa,verdadeiramente,6 que as condigoes tec-

nicas dos pianos sejam analisadase queasempre sas possam honrar seus compromissos.

"A realidade do segu ro-saude no Brasil impQe umatomadade posigao.J& existe algumaexperigncia de parte do mercadosegurador e a sociedade tem consciSncia de seu papel. O que faltam s&o medidas mais objetivas no sentido de tornar sua operagSo transparente, atraves de um arcabougo legal satisfatorio e divulgag&o, con trole e fiscalizag&o adequados. Essa an&lise so mente poder&serfeitase a Susep tiver acesso pleno a todasasempresasqueofe recem garantia de assistSncia medico-hospitalar. Para isso, o projeto torna indispensavel que esses pianos sejsun submetidos & aprovag&o e fiscalizag&o da Susep,"concluiu adire tora do seu Departamento Tbcnico-Atuarial. O

O estudo das modifi'^ gOes previstas vem send'^ feito por um grupo de tr^" balho, que se redne uib® vez porsemana paradeb^' | ter a mat6ria,e a previs^b 6 de que esteja concluid" dentro de dois mes®®' Acredita Solange que b® outrasempresas nflo segb" ' radoras. que operam g®" r^tiasde assistenciaib^' dicaetou hospitalar,n&o e® ' tejamapardanovaregul^' / mentagSc,luna vez que S® ' trata de um projeto aind^

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Com a regulamentag&o do seguro,o atendimento em laboratonos ser& beneficiado

Icina Privadcfi
a~l.tld«,obrig.a
a
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REVISTA DESEGUROS
^"Jlgagao.
A nova legisiagao nao preve a , inclusao de entidades ^neficentes, sem fins lucrativos, ^^tre varias outras. Alem disso, a
. Susep garante que nao tem a '^tengao de estabeiecer qualquer tipo de nivelamento de pregos no mercado
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DE SEGUROS n

A drenagem da Constituinte

AcriseemAconselheirarinsi-

nua calamidades,estimula medos, sugere alternativas que saltam da fragil moldura da legalidade restaurada e que ainda nao teve tempo paraaprofundarraizes e ganhar a solidez das consolida* poes estratificadas.

Ifempo de crise e temporada de rumores, da livre circulapao de boatos, do disparar de sirenes de alarme.Confia-se menos nasinstituipoes e o proprio regime parece balanpar ao sabor das ondas que encrespam a superficie da transipao.

Como Cruzado de velas pandas, deslizando nas dguas mansas do consenso, todas as perspectivas desembocavam na tranquilidade de oppdes poUticas consagradas pela experidncia e incorporadas d. doutrina polltica. O debate bem comportado,contido,quase solene, la da proposta de um parlamentarismo recortado aofpitio nacional, com um Primeiro Ministro assumindo as tarefaa administrativas, o Congressoinfladode poderes,podendo derrubar o ministerio,mas, e claro,sem a valvula de seguranpa da disBolupao doParlamento que aseleipdesandam muito caras e OS senadores e deputados nfio estfioaiparaexporosseusricos man-

datosarlscosque escapam aocontrole da Casa — h durapfio do man date do Presidents Josd Samey. Agora, com a inflap&o embala da,corroendo preposesal&rios,um clima de crescenteinsubordinapSo social, de desafio & autoiidade cadente do Governo, a ronda de ve lhos fantasmas sopra os terrores de umarecaida na nossa velha ma nia de golpes.

Publicidade, mais um negdcio da China

VILLAS-BOAS CORRfiAPois convem rever as especulapdes,para aprofundara an&lise da crise, enquadrar com realismo as possibilidades de contomd-lase remeter OS pavores de uma recaida para o escaninho das inviabilidades.

Bastaraciocinar um pouco,com a cabepafria e os pes plantados na terra.OI^sestdem pleno processo de transipSo.Nasua ultimaetapa, devidamente emoldurada na Constituinte.Acabamosde eleger. a 15 de novembro do ano passado, OS deputados e dois terpos dos se nadores que compoem o plenAnO do Congressoinvestido de poderes soberanos para elaborar a futura ConstituipSo.O povo elegeu23governadores, err^ossados a 15 de marpo. E o Govemo,numa avaliap&o cldssica,dispde de sdlida base parlamentar, com o apoio do PMDB esmagadoramente majorit^o e do PPL.

Aclma de tudo,de todas as considerapdese boatos,hd uma Cons tituinte funcionando. Quer dizer: atransipao estdfluindo pelo canal adequado.

Supondo,para argumentar,que a crise engrosse,atinja o seu ponto de ruptura,6 de uma transparente evidfinciaque elater6que ser absorvida pela Constituinte, com todos OS podereselegitimidade pa ra aviar a solupfio de emergSnciaA crise,espremida no beco,explo de na ilegalidade. Mae,com o dreno de uma Constituinte,escoa por ela. Naturalmente,com o aplauso consensual e a adesfio da sociedade.

Nflo6sensatoim^inarnm golpe em plena transipAo,com o Rais rec6m-emergindo de nm ciclo arbitr&riode21 anos.AConstituintee o golpe efloincompativeis,nfio convivem,nflosetocam,apartados por contradipfio insan&vel.

A cadencia da Constituinte po der&serapressada pelacrise oure tardada por um remanso que desa fogue o Govemo e afrouxe o sufo CO que aperta a goeladasooiedade Masa crise estd sob controle poll tico e dele nfio tem oomo escaptar.

Em meados do ano passado,

eu estava serenamente sen1^0entre um grupoenormede pu^licitfirios,empres&rios6executi ve do setor de comunicagao,apro^'^adamente uns mil e duzentos ^ompanheiros, todos nds num lu""•losn auditdrio dehotel,em ChicaParticipando do congresso do ^tor promovido pelalAA(Intemalonal Advertising Association), ^ando de repente irrompe sala ^entro um daquelesdragQescolo- doB quese ve nosdesfilesdasfes® chinesas. Entrou com tudo a tinha direito, acompanhado ^'obatuque cadenciado ecaracte®tioo, provocando um grandeim^cto naquele grupo de senhores P^leto e gravata. Logo ficamos oendo que seiniciava ali o convi0 "^slegaqfio da China para que jj^Undodos profissionaisde marjj^^participasse do Congresso ^Publicidade, a se realizar na JO em Beijing,de 16a20dejuq, deste ano de87,o primeiro do ^eiro Mundo. Incrivel, masfoitudo tfioimpacdesde achegada barulhenta ^informagoesdivulga-^®bnultaneamente sobre o merMo chines, que arriscaria afirque terfi sido o momento mais de ^'^^'■a^ute daquele encontro, a ®Peito de ter-se debatido na mesaportunidadeomarketi^glopolfimico e fascinante abo tivemos oportunidade de rtT^'laraquimesmo, nestarevista

^ Ffei'naseg M.as OS numeros da China sfio ^dnpressionantesquesurpreenq hi at6 mesmo as platdias mais ^•^larecidas. E, fi medida que ^helechinezinhoiafalandoesenj^traduzidoparaoinglfes,suapaj^tra crescia de interesse e desy. *T^va a admiragfio de todos ali, ^dosdosmaisdiferentespontos Planeta. Eu, e mais uma duzia f^brasileiros presentes, nos enj^olhfivamos como se estiv^sseassistindo a um filme de ficExageros de lado, vamos psisar, avoc@leitor, algunsdadosque meus olhos brilharam.

t© Por exemplo, sabiaque a China hi mais de tr6s mil periddicos.

sendo que mil e trezentos jomais aceitam aniincios, conta com 104 estagoes regionais de televisfio e 167 emissoras de rfidio? Pois nfio se espante porque o melhor vem agorat estao em funcionamento por Id um numero superior a 800 agfencias depublicidade, algumas delas verdadeiras corporagoes multinacionais, procurando identificar e atingir o maior meroado potencial do mundo. com um biIhfio e duzentos milhdes de consumidores. E, ainda,queonegdciode publicidade tem crescido em mddia 50% a cada ano, desde 1979, e queestfioexportandopublicidade.

O rddio cobre mais de 80% de toda apopulagaoconsumidora, eonoticifirio notumo da televisfio atinge uma audifincia de 100 milhdes, a maior e mais regular ooberturaem todo o mundo.

Recentemente, o Municipal Statistics Bureau, da cidade de Beijing, apurou que 100 familias tipicas possuiam 32 aparelhos de televisfio acores, 42 geladeiras, 58 mfiquinas de lavar, 71 gravadores, 35 cfimeras e 87 outros aparelhos eletricos. Em 1985, a produgfio de televisores foi de cerca de 16 miIhSes; 13 milhoes de videocassetes; nove milhSes de mfiquinas de lavar, e por ai vai. Impressiona saberque, seconsiderarmostambfim OS pequenos estudios de arte, teremoscincomilorganizagdesenvolvidas com publicidade Entretanto, o montante dos investimentos publicitfirios na China represents apenas 0,03% do Produto Intemo Bruto, o que ainda 6 insignificante (menor que o Brasil), tendo em vista a gigantesca potencialidade do mercado. Os gastos com publi cidade das empresas estrangeiras representam apenas 6% do total.

Sfio numeros que surpreendem e excitam muito mais pelo que ain dapoderfio representar emtermoa de produgfio e negdcios e, conseqUentemente, em comunicagfio. E, para aqueles que gostam de sopa de nCtmeros, vamos dar mais al guns. Existem mais de sete mil placas de outdoor e luminosos, e. em 1985, o correio chinfis transportou mais de cinco bilhOes de pe-

gas, no chamado sistema de vendas por mala direta. Pode-se fazer publicidade tambfim nos cinemas, Onibus, trens e metrb, alfim de ser permitido explorfi-la em Areas de esportes, comotfinis, natagSo, basquete e futebol.

Para finsilizar, o nosso chinezi nho palestrante fez umarecomendagfio para aqueles que qxiiserem conquistaromercado consumidor local. Dadaas dimensdes dopaise a variedade de regides com caracteristicas e costumes prdprios, fi bom nfio olhar para o mercado ape nas em nlvel nacional, mas, aim, em bases regionais. Outro conseIho; nfio tentar (con) veneer os consumidores compublicidade extrereamenta agressiva. O fato de sua empresa'Ser muito conheoidapelo mundo sifora nfio querdizer que aeja identificada pelos chineses. E concluiu: na China, como os chine ses, tenha pacidncia.

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Com a infJagao embalada, corroendo pregos e salaries, e num clima de crescente insubordinagao social, a ronda de velhos fantasmas sopra OS terrores de uma recaida na nossa velh'a mania de golpes
O REVISTA DE SEGUROS
JOMAR PEREIRA DA SILVA
'^EVlSTA
DE SEGUROS
O 13

Um desafio ainda sem resposta

Omercado de seguro

agricola vive em compasso de espera. A comegar pelosestudos de um grupo de trabalho criado pela Seplan, que continuam engavetados,apesar de as conclusoes terem ficado prontas desde o finaldo anopassado,sugerindo uma serie de mudangas para o setor. Este tipo de seguro enfrenta ainda a barreira da falta de uma politica agricola perfeitamente em sintonia com as voeagoes de cada regiao,e que tantos protestos tern provocado por parte dos produtores rurais.

Ha,contudo,quern proponha caminhos mais ageis, bem distantes das lentas e monotonas reunioes ofioiais, e rigorosamente dentro da legislagSo em vigor."Faraainiciativa privada ter interesse em participar do seguro agri cola seria neoessario haver uma vontade politica da parte do Govemo,tornando obrigatorio (o seguro) aquilo que, por sinal,jd e porlei"— receitao chefe da Divisao de Riscos Rurais doInstitute de Resseguros do Brasil(IRB), Celso de Souza Pigueiredo.

Simples? Aparentemente,seguindooitinerdrio da lei, nao hd maiores complicadores. Afinal, o decreto-lein." 73,de 1966, que regulamenta o mercadosegurador brasileiro,jd previa,no seu artigo 18,a obrigatoriedade do seguro agricola,oque nfio acontece nos dias de hoje.

Ndocusta nadalembrar 0que dizo decreto. Agora, com a palavra, a lei; "As inatituigdesfinanceiras do sistema nacionalde Crddito Riiral, enumeradas no artigo 7? da Ijsi n.° 4.839, de 5/11/65, que concederamfinanciamento d Eigri-

cultura e a pecuaria, promoverdo oscontratos de financiamento e de seguro ruralconcomitantee automaticamente." Pardgrafo segundo:"O seguro obri gatorio ficard limitado ao valor do financiamento, sendo constituida a instituigao financiadora como beneficiaria ate a concorrdncia de seu credito."

Em um pals com centenas de orgaos publicos, muitos deles com fungoes iddnticas,nao e nada muito inusitado constatar que nem sempre aleiecumprida a risca,ou ainda pior:o Estado acaba avangando em terrenes tipicos da iniciativa privada.No seguro agricola, a historia nao e diferente, a tal ponto que exdstem duas modalidades de seguro convivendo rautuamente.

De um lado,oPrograma de Garantia da Atividade Agropecudria(Proagro), criado pela Lei 5.169, de 1973, cujos recursos sdo gerenciados pelo Banco Centrale hoje pagaapenas a parte do financiamento das lavouras, em caso de

perdadesafra.Do outro lado,haas experiencias pioneiras da Corapanhia de Seguros do Estado de Sao Paulo(Cosesp),da Bemge, buscando o esiminho dose guro agricola propriamente dito e obtendo bons resultados. Nesta ultima modalidade, a Bradesco Seguros tem pianos para agir no Estado de Santa Catarina, atraves da empresaPdtria,em um convSnio com a Secretaria de Agricultura.

"O Proagro ndotem atarifagdo adequada e e um programa de subsidio. Na prdtica,dois sistemas diferentes coexistem e tem que haver vontade politica do Governo de optar por um (Proagro ou seguro agricola), ou, ainda, acabar com os dois e eleger um terceiro,"constata Jos6 Americo Peon deSd,presidente do Conselho de Administragao da Delphos Servigos Tdcnicos S.A., professor daFundag&o Escola Nacional de Seguros (Funenseg)e considerado um dos maioresespecialistas no assunto, com inu-

meros trabalhos publica* dos.

Pe6n de Sa critica esp®" cialmente a sobreposig^ de fungSes,o que se agf®' va maisem um setor coin® o da agricultura, tradici®' nalmente a margem da litioaoficial.Lknto eassiin que o seguro agricola 6 uma reivindicagao anti^ dos produtores ruraisem 1878,anoem que ocof reu o Congresso Agricol®' em Recife,essa palavrasS' tava na boca das lideran* gas do campo. As exig®^ cias daquela epoca. parte, foram ouvidas 6*® 1954, quando foi criada ® Companhia Nacional d Seguros Agricola(CN^J e que acabou sendo extih' ta em 1966 por, mais ui®® vez,nSo atacardefrente o problemas do setor(vej® pag. 17).

Thnto essa companhi'*' como muitasoutras tivas oficiais ndo tivera^d Sxito, pela simples raZ®" de nao conseguirem 9®^ gurar aobrigatoriedade d seguro agricola.E esta t® cla 6 sempre batida, muita insistencia, pel®

I'Hgueiredo:tem que haver"vontade politica" P^te do Govemo

I^^cialistaaouvidospela de Seguros. Eno Govemo nfto insi^^'^'Ohalizar a obrigato—que,a principio, todasascultuv^'Sem distingfio —; nfto nada de novo no atual sistemdtica

-• 0 Proagro n&o esOe ^ ® ®Uacoberturacontra e fmstragSes da 4,^^ -^1 proprios agrireivindicam a exdoseguro,poisalea atividade tem ^risco e precisariam protegao mais ^gente.

acordocom a prdtica dte,oseguro agricola, hao ^ obrigatdrio,6 ® das modalidades de rurais, que engloo de florestas e conta \rj com um outro ramo

Penhor mral,A frente ^tnercado.atuaoPunEiStabilidade do SeRural."Se a segura^tiver prejulzo" — ex-

' Celso Pigueiredo —i

6, se o resultado for icitArio,elacobreo d6fi-

entre aspas, porque atua na mesma ^xea do seguro agricola" — sintetiza Celso Pigueiredo. Na sua opiniao,o primeiro passo importante a ser dado nessa ^rea seria a criagao, via Proagro,de uma taxa unicado premie,naimpossibilidade de estipular taxas para cada tipo de cultura e regiao,em decorr^ncia das grandesextensdesdoI^s.

citjunto ao Pundo.E80% de cada responsabilidade aceita sao do IRB,que faz o repasse do resseguro normalmente. Embutida em cada prfemio do seguro hd umacomiss&o de corretagem,que6revertida pa ra o Pundo."

O chefe de DivisSo de Riscos Rurais do IRB acrescenta que a tendSncia6 as seguradoras sem pre atuarem noramodo penhor,poiseafatia maislucrativa do seguro. Nele,os bens s&o dados em garan tia pelo agrioultor no me mento dofechamentodofi nanciamento rural. B,pa ra evitar que o tomador do emprSstimo tenha dnus, OS bancos preferem exigir como garantia um im6vel, porexemplo,agravar mais o mutudrio,com qualquer tipo de obrigatoriedade do seguro agricola.

Ele admite,por6m,que

o Proagro 6 uma barreira para a implementag&o de um sistema eficaz de protegSo contra qualquer tipo de catdstrofe naslavouras.

"O Proagro 6 um entrave.

"Esta forma seria c ideal,mas,como nSo e pos-sivel,defendo a criagao de uma taxa unica,em tomo dos6%.Hoje,no Proagro, gira entre os 3%e mais ou menos 18%" — justifica o tecnicodoIRB."Estataxa dnica poderia beneficiar tamb^m o pequeno agricultor.Agora,de qualquer forma, deveria ocorrer uma extingao gradual do Proagro."

Quern concorda com es ta opiniao6um ex-tecnico da extinta Companhia Na cional de Seguro Agricola e assessor do vice-presidente executive t^cnico da Bradesco Seguros,Maxuicio Alves de Castilho:"Pa ra sefEizerseguroagricola,

e preciso"Tna substituigSo gradual, progressiva do Proagro, pois nao e possivel continuar esta concorr^ncia,com a duplicidade do pagamento do mesmo prSmio para a mesma co bertura" — defende Casti lho. que representou a Ftenaseg no grupo de traba lho criado pela Seplan pa ra sugerir altemativas. No seu entender, uma politicaacertada paraose guro agricola abrangeria todas as culturas. "Teria queser sempreum buqufe, incluindo culturas com maior probabilidade de prejulzo(o trigo costuma seroexemplo maiscitado), e probabilidades medias e menores(o caf6 6 o caso mais apontado)" — diz Mauricio Casti^o.

Ele so identifica uma saida realista para o problema: a formagao de um pool de seguradoras, comandado pelo IRB,como, ali^s,acontececom orisco nuclear,outra modalidade na qual um prejulzo even tual precisa sersempre ooberto por um consdrcio.

"Cada seguradora

Moteria de copa/Seguio Agricoto
CORIOLANO GATTO E LUCIA SANTA GRUZ Seguro agricola:reivindlcagfto antlga dos produtores rurais
M REVISTA DE SEGUROS L V.'A
DE SEGUROS 15
Peon de S&:Proagro nfto tem tarifagfto adequada e6 apenas um "programa de 8ul»idio"

Seguio Agricola(cont.)

atuando independentemente,o risco e altamente gravoso. For esquema de sorteio deregiSes,naofuncionaria,poisalgumas seguradoras poderiam ficar com areas sujeitas a muitas catastrofes. enquarito outras,nao.Porisso,omeIhor seria a formaQSo do pool,noqualoIRB deveser o cabe^a, inclusive como ressegurador" — calcula o assessor da Bradesco Seguros.

Com este projeto,imagi ne Castilho, as seguradoras poderiam darcontinuidade ao esquema de contrato feito pelo Proagro. com pessoalespecializado em assistSncia tecnica ru ralexistenteem orgaosou empresas doGoverno,tais comoEmaterou Embrapa.

"A coisa deve ser feita de talmaneiraque osagricultores sejam compelidos a fazeroseguro,que nfto pode serfaoultativo.Oimportante no seguro agricola e o principio bSsico do mutualismo: todos t6m que pagar para todos se beneficiarem" — preconiza.

A entradaem vigor deste novo esquema de segu ro,raciocina Mauricio Cas tilho, que poderia, numa etapa, comegar sob a for ma de um projeto-piloto, somenteem Edguns locals, depends unicamente da disposi^&o do Governo Minist^rio da Agricviltura, Secretana dePlanejamente(Seplan)e Minietferio da Eazenda.

"Este asBunto nfto de pendsda Constituigfio.Um simples decreto do Presi dents da RspCiblica pode riaefetuar umasubstitui5&0 progressiva no Proa gro, criando, de fato, um verdadeiro segiuo a^cola.E para isso nfto6necesBiirio umalei" — pondera.

Resultado do Resseguro(em Cz$ milhoes)*

Cosesp ^ experiencia de S.Paulo

a Companhia de Seguros do Estado de Sao

Foate:IHB — *Nesta tabela nao estd computada a reten^ao das seguradoras-

Observa^ao; Comoosdados disponiveis noIRB de 1984a 1985eram em valores rentesda moedado mesdedezembro dosrespectivosanos,estaRevi® atualizou monetariamente as cifras para dezembro de 1986,todJ^ do por base o Indice Geral de Pregos(IGP),da PundagSo Getulio gas,cujo cdlculo dainfla^ao6o mais prdximodarealidade,pois nSo sujeito a inumeras mudangae. ^

Comentario: A cifra alta de simstros no ano de 1986 fica por conta,sobretudOr Estado de S&o Paulo,cujaforte seca foiresponsavelpor vima ; 66,47%do montante — aproximadamenteCz« 120bilhOes.Bintef^ sants notar que os sinistros, nesses trSs ultimos anos,t6m cres'^^ premios. Enquanto nos periodos

po,cresceram 43%s222%.Estes dados,naturalments sfio nreocu tes. ip^'

Mais uma vez,a ultima palavra cabe ao Governo Federal, apesar de algu mas administragdes estaduals,como ocorreem Sfio Pauloe MinasGerais,jd terem largado nafrente, desenvolvendo projetos pioneiros na Area do seguro agricola.Tfecnicos ouvidos pela reportagem, e que preferem n&o se identificar, temem exatamente por esta contlnua indecis§o oficial em resolver pro blemstfio grave.E mencionam comoexemplo os poucos resultados prdticos do grupo de trabalho da Se plan, apesar das promessas oficiais de as conclusSesserem encaminhadas rapidamenteao Congresso Nacional, a fim de se transformarem em um projeto de lei.

3ulo(Cosesp)faz seguros de custeio agricola que

40 culturas diversas, sendo o algodao

paira o pequeno produtor. Oseguroparaacxxlturaalgodoeira permaneceu obrigatdrio eosdemaispodem ser ap61ices de cobertura obrigatoria, no casb de mutuArio do Banco do Estado de S&o Paulo ou da CaixaEconomicaFederal; ou facultativa, quando se trata dos mutu&rios dos demais agentes financeiros ou do pequeno produ tor que n&o tem acesso ao cr6dito.

Castilho: pela forma^ao de um pool de seguradora^' como acontece com o risco nuclear

^ carro-chefe a 4:

no Pais,o Estado de Pauloiniciou este tipo oobertura no ciclo agri1938-39,com o en'bter\'entor Adhemar r^Tros,que resolveu in^ h", na venda da semenalgodSo,o prSmio de ^^bro contra o granizo. medida foi tomada ; biQ forma de permitir o ^^esso desta cultura no tado,que era vista com fg®^tigQes pelosagricultoao perigo desse ^bfitjieno meteorologico.

- a venda do saco do ^ ^era monopolio da Se^^■ariaEstadualde AgriK 'tura, o seguro torU-seobrigatorioeoperaportanto. por este 6rcom grande abranQ hciasocial,vunavezque Protlutortinhaacobertu^ apartirdacompraenao

^^ouladaaofinancxamenque ele lance mao.

j fim 1972, este seguro ampliado quando a s,brnpanhiade Segurosdo ^®tadodeSaoPaulo—CoSsp — assutniu todas as ptteirasdeseguroagrioc,5queeramoperadaspela S^retariadeAgricultura. vez decobriraperuisos ''EVista

riscos do granizo, as cultu ras tambem estao garantidas contraincSndios, fen6menos meteorol6gicos diversos e pragas e doengas incontroiaveis.

Atualmente, exists acobertura diferenciada por tecnologia empregada na plantEigfio, introduzidah^ cinco anos, dividida em trSs nlveis: A, B e C. De accrdo comAngeloGemignani Sobrinho, gerente do Departamento de Seguro Rural da Cosesp, esta introdugSo vem atender a umobjetivo dessamodalidade de seguro — "utilizd-lo como uma armapara a transferSncia de tecnolo gia." Hoje.aCosespfaz se guros de custeio agricola, que atingem 40 culturas diversas, sendo que o carro-chefe contlnua sendo o algodAo (s6 em 86, dos 71.890 seguros realizados pela companhia, 25.276 ercim referentes aestacul tura, para quern forampagos 4.602 sinistros, do to tal de 13.927, representando Cz$ 51.237.135,97 da soma geral de Cz$ 234.401.053,06). A16m deste tipo, ela trabalha ainda com penhor rural e seguro de vida em grupo

Desde 1972, as culturas agrfcolas em SP estao

tambem garantidas contra incendios, riscos meteorologicos diversos e pragas

Aprincipalcausados si nistros no ano passado foi aseca(72% dosvalorespagos aos segurados), seguida da tromba d&gua(9%). doengas e pragas (6,5%), chuvas excessivas (6%), granizo (3,5%) e ventos frios (3%).

Para Angelo Gemignani, "o Departamentode Se guro Rural da Cosesp alcangou um desenvolvimento apreci&vel em 86'' e tem cumpridoa metaprin cipal de evitar a descapitalizag&o do setor prim&rio, contribuindo para a fixag&o do homem no campo e forgando-o a permanecer nesta atividade.

16
Ano PrSmios(P) Sinistros(S) Resultados(P — S) Coeficiente(£ 1984 41.932 33.407 8.525 79,67 1985 24.629 56.618 (31.989) 229,88 1986 79.322 180.533 (100.210) 227,07 j i '
^^je,
^'^'ngem
REVISTA DE SEGUP
DE SEGUROS 17
Gemlgnani: seguro deve ser uma "arzna para a transferdnda m teonologia"

Proagio

O Go^^rnQ entra

em campo

IRB, Banco do Brasil, Banco Central, Ministerio da Agricuitura, Fenaseg e empresas estudam em Brasilia, uma vez por semana, a legislagao atual e propoem uma serie de sugestoes para dotar osistema de uma nova estrutura para dinamizar o setor

coberturasjA operadas pC" las segimadcras para aU' mentarsuaabrangdncia® permitirsua maior utiliz®' ?ao pelos pequenos e dies produtores. Em rel®' gao ao custeio pecuario,te* ma basico das reunioes d® margo,hA a intengao, m® nifestada pelo represeO' tante do Ministerio d® Agricuitura, Sebastid® Jander de Siqueira,de toi" na-lo uma cobertura m®' nos elitista, maissimpH^'" cada,"o que poderia ser conseguido com os ae^' ros de animals financi®' dos, de maior interess® econOmico para o PaisCogita-se, alem disso, d® ampliag&o do seguro grupo,no lugar do seguT® individual.

Clm celeiro de projetos

^p6s 12 anos formando tecnicos e propondo ^olu^oes, a Companhia Nacional de Seguros pgricolas(CNSA)foi um referencial 'hiportante para o aprimoramento de ^ao-de-obra especializada e de legados melhor compreensao dos potenciais ^ dos obstaculos existentes no campo

de perto a experi6ncia da CNSA.

A obrigatoriedadedose guro porlA dependedacultura, mas o que 6 importanteeaatuagaodaestatal jvmtamentecom toda uma politica agropecu6ria."E verdade que o Mexico copiou muitacoisa nossa'' relata Jose Americo Peon de Sa.

^ maior utlliza9fio do seguro pelos pequenos e m^dios

Comoobjetivodetor-

narobrigatdrio e estenderacobertura doPrograma de Garantia da Atividade Agropecudria

Proagro —,o Govemo Fe deralformou um grupo de eetudo que analisa alegislaqSc atualeformula uma nova estrutura para este sistema.

Com reunides semanais, o grupo atende pelo nome de Comissfio Tdcnica de Seguros Rurais e 6

presidido pelo chefe daDivisao de Riacos Rurais,do Instituto de Reaseguros do Brasil(IRB), Celso de Souza Figueiredo. Na comissSo tSm asaento um representante do Banco do Brasil, um do Banco Cen tral, ujm do Miniatdrio da Agricuitura, trds do IRB, com male trds suplentes e trda indicados pela Fena seg,tambem com direito h suplSncia. Pela Fenaseg estfio participando Angelo

Gemignani Sobrinho, da Companhia deSegurosdo

Estado de Sao Paulo, Nivaldo Lino Suriam Filho, pela Bamerindus Seguradora,Fernando de Almei daCardoso,daPaulista de Seguros, e, ainda, representantesdaBemge Seguradora e do Banco Safra.

Ateomomento,aCTSR tern estudado caso a caso, redefinindo o material ja existente e tentando alterar,dentro do possivel,as

Esta prevista aih uma votagao dos textos P' nais, OS quais deverao r® sultarem um alargaroeh^ doProagro,que atualm®'!' te paga apenas a parte f'" nanciada daslavouras, caso de perda de safr®' Criado em dezembro d® 1973, o programa defei^ 1.893.590 sinistros, ® equivalente a 7.103.519.814,00 desd®" seu inicio. Em 86,for®^ deferidoB 266.998proc®®' SOS, a maioria no Para^ (100.967), seguido do Grande do Sul, co*^ 63.710,e de Santa CataT^' na,com 26.522.Em cruZ®' dos, estas indenizagfi®f significariam Cz*6,19 b'' IhQes, dos quais Cz$ 2,4® bilhdes ficaram com o F® ranA,Cz* l,34bLlhaooo'^ o Rio Grande do Sul e CZ* 925.718.644.00com o M®' to Grosso do Sul.

Nfio sendo obrigatdrio ® com tarifas defasadas," Proagro tem um deficit d® Cz$ 10 bilhdes, um do® motivos principais para ® sua revis&o.

Avenida Presidente Antonio Carlos, ^6,Centro do Rio de Ja®tro. Fbi neste enderego, Ualmente ocupadb pelo ^®tituto BrasileirodeDe(j^volvimento Florestal ^^6DF),que funcionou a 5,Qtnpanhia Nacional de ®8Uro Agricola(CNSA)

"^ante quase 12 anos.

^0; a j JS quela 6poca, achdvaqueo seguro agricola ^ultativo era bom e nao f/^Wamosque dariaresul^dos catastroficos" — reMauricio Alves Casex-funciondrio da ^bipanhia.

a I^'undadaatravesdaLei .•l68,de 11 de janeirode queinstituiu o seguagricola, a CNSA feou as suas portas em fQee.apossucessivos pre- j'^zoB. A companhia con^^a com sucursais — terutilizado por seus tecU:a Cos para designar as fiis — em Porto Alegre, alo Horizonte,SSoPaulo, ^Uritibae Uberaba(MG)e, ^0 auge da sua atuag&o, "^hegou ater500funcionA^os.Eraoompostadecapi tal miato,ficando o Banco Brsisilcom umafatia de REVISTADE SEGUROS HevisTA DE SEGUROS

45%,o Tesouro Nacional com 30%,as empresas privadas de seguro com 20% e o restante a cargo deins titutes oficiais de previdfencia.

"A companhia tinha prejuizos em todos os tiposdelavouras,e omesmo so nao ccorria com o segu ro de animais,quenao chegava a ser ruim. Ate que, em meados de 1960 e 1961,tivemoso maior prejuizo com o trigo, no Rio Grande do Sul" — conta Castilho.

Otempo passou ecom a aprovagao pelo Congresso Nacional da Lei 4.430, de 20de outubro de 1964,determinando a obrigatoriedEidedoseguro agricola,os t6cnicoB da CNSA voltaram ateresperangade que aempresa poderia sobreviver,apesar dos problemas financeiros."Passada a euforia, veio uma realidade amarga" — resume Castilho, ao mencionar quea lei acabou,mais uma vez,n^o saindo do papel e 86 restou ao Presidente da Republics, Marechal Humberto CasteUo Branco, extinguir a CNSA,

atravbs do Decreto-lei n.° 73,de 1966.

Para Castilho, que entrou na companhia em 1954,com apenas22anos, aCNSAfoi um grandecen tro formador de tecnicos, muitos deles hoje atuando nainiciativa privEidaouem orgacs como a Susep. Da parte dos govemos,persistiu o desinteresse.

T^nto e assim que at6 psirte dos arquivos da em presa foi simplesmente queimada pelo Ministbrio da Agricuitura,a quem estava vinculada.

A experiencia latino-americana

Ele mencionaoPanama 6aCostaRicacomo paises nosquais o seguro agrico la funciona de uma for ma eficiente. Objetivando um maiorintercftmbio entre as nsigoes,foifundada, no final de 1985, a AssociagS.o Pan-americana de Seguro Agropecudrio. Peon, que participou da fundagfto da entidade co mo diretor de Operagoes Nacionais do IRB,conta o principalproposito daenti dade:

"A id6iaeracriar um sis tema de colaboragac conti nental,a partirda troca de experifencias, onde todo mundo pudesse tomar contato direto com assolugdesencontradas pelos diferentes paises,no Ambito do seguro agropecuArio."

AexperiSncia mais bem-sucedidadose guro agricola,entreos pai ses latino-americanos, fica porcontado MAxico,gerenciado atravAs de umaempresaestatal,que cuida tambAm do seguro pecuArio. Curiosamente,a com panhiafoifundada nofinal dosanos50,e,antesde entraremfuncionamento,os tAcnioos mexicanos visitaram o BibblL paraconhecer Lavoiiras: prejuizo

Seguro Agiicola(cont.)
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cnsa
1
1
19

SegTiro a^icola: instrumento eficaz para produtor rxiral

Comcerteza,propos-

tas da iniciativa privada ao Governo, para tornar o seguro agricola um instrumento eficaz do pro dutor rural, nunca faltaram. JA no final de 1982, umapublicaQao da Funenseg reproduzia um projeto delei sobreoassunto, preparado por Jos6 Americo Pe6n de S6, inclusive com um alerta as autoridades para a import&ncia deste seguro. Na doutrina da propoeigao, Pe6n de S& re sume asitua^ao critica do setor:

"Entretanto, emquepesem sucessos particulares como o do seguro contra granizo, do arrozfinanciado pelo Instituto RioGrandense do Arroz, ou do Algodao sob o controle daSecretaria de Agricultura'do Estado de Sfto Paulo, ou, ainda, as campanhas extensivas realizadas pela Companhia Nacional de Seguro Agricola, beneficiando toda a lavoura de trigofinanciada pelo Ban co do Brasil, durante os anos agricolas de 59/60 e

Em busca de solu^des

Ja ha alguns anos, a Fenaseg vem sugerindo as autoridades a ado^ao de uma serie de medldas para desenvolver o seguro agricola. Entre elas esta a de que tarifas e niveis de coberturas obede^am sempre a criterios tecnicos

60/61, todas as experiSnciasat6hojedesenvolvidas no Pais, com seguida e crescente alocag&o de recursos, vgm-sefrustrando. Da mesma forma — prossegue a defesa do projeto de lei — n&o se tem de-

^eriuaogrupodetrabaiho criado pela Seplan di- ^i^as reformula^Qes, re'^das em seis itens. primeirodeles estdre- ^'onado com "a revitalidas disposigbes dos /^igos 16 a 19 do Decre- ^•lei n.o 73, de 21 de no^dbro de 1966, as quais. excegdo de parte do ® diz respeito ao Pundo h ^atabilidadedoSeguro jamais foram poaexecugdo." Neste aPenasegrefere-se V tetudo ao ndo cumpri- ^ btodaobrigatoriedade ^guroagricola.

segundo item da pro- tion'^.^eivindica "6iifase

18 desse mesmo '^to-lei, condiQao sine

quanonparaoingressodo

mercado privado: a promogao concomitants e automdticados contratos de financiamento e de seguro rural, por parte das instituicoes financeiras que concederem financiamento k agricultura e a pecuaria."

A Penaseg pede ainda que as tarifas e niveis de cobertura sejam tecnicamente calculados "seminterferbncia de qualquer outra especie" e propQe: "Aceitapdodo seguro rural com condi^oes de cobertu ra extensiva, numaap6Uce tdo simples quanto possivcl, com o mlnimo de cldusulas restritivas e o minimo de varia^oes de niveis

de cobertura e de taxas, pa ra facilidade de sua administraQdo, processamento de averbagoes e liquidaQdo de sinistroB, condiqoes estas a serem aprovadas pe laSusep, progressivamente, ouvido um conselho consultivoformado porrepresentantes das princi pals dreas envolvidas."

A proposta da Pederagdo contdm ainda um apelo no sentido de que as govemoB federale estaduais deem suporte tecnico ao slstemae sejaformado um consorcio de seguradoras de seguro rural, administrado pelo IRB. Um dos principais tbpicos da pro postade formaqao do pool diz:

"O IRB realizaria apuraqOes trienais dos resultados do consdrcio, computando prbmios, sinistros, despesas e receitas industrials, por periodos de tres anos consecutivos. Nessas apuragoes — em quenaoseriam consideradas as eventuais recorrbncias ao Pxmdo de Estabilidade do Seguro Rural (PESR) —, caso o resultado se apresentassefavor4vel a receita, haveria distribuigao de parte do lucro (30%) aos integrantes do consorcio, naproporgSo de suas respectivas participagbes, enquanto outra parte (70%) desse mesmo lucro reverteria ao prbprio PESR."

monstrado satisfatoria a experidnciacomoProgramade Garantia deAtividade Agropecudria — Proagro, instituldo em cardter provisbrio e antecedente ao desenvolvimento de programs mais adequado

eextensivodeseguroag^ pecudrio."

Todo o projeto de contendo 15artigos, ralmentefioouarquiva*^^ Apesar disso, a Penas®^ insists na importdncia reformulaQdo do seguT®'

queasuaempresaprecisa,pek)pre^odeufflsd

ComTrato e o seguro da General! que, em uma unica apolice, garante as empresas contra incendip, explosao, queda de rale, vendaval, granizo, queda de aeronaves, impacto de veiculos terrestres, alagamento, tumultos, como^oes civis e riscos congeneres, lucros cessantes totale parcial, roubo e furto qualificado, perda de valores estacionarios, perda de valores em transito, responsabilidade civil, perda de aluguel e acidentes pessoais de empregados. Tudo isso sem a necessidade de vistoria previa e com uma serie de vantagens e facilidades que voce nem vai acreditar.

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Omercado de arte no

Brasil e institui^i^) recente, que se expandiu nos ultimos trinta anos.A r&pida proliferagSo dasgalerias favoreceu o surgimento ate das chamadas "Bolsas de Arte", no Rio e em Sao Paulo,consolid^do ojareconhecido mercado brasileiro de arte.Grandes institui^des financeirasampliam sempre mais OSsens volumosos investimentos nas obras,vale dizer,de artistas brasileiros. A propria ausSnciadeoscilagao significativa de pre50s no mercado aponta o investimento era arte como uma das melhores opgoes, num panorama economico inquietante e instavel. Alteram-se os padroes que determinavam uma aquisigao baseando-se apenas nas afinidadeseletivas do deleite estetico. Obras e assinaturas ganharam complexas variantes nas cotagoes mercadologicas.

Esta ascendencia efetiva,com bons incentivos e indicios para tornar-se permanente, trouxe a luz para OS novos investidores F. velha questao de muitos colecionadores e museus, qua]seja, a conservagfio das obras.Ha cerca de um ano, Heloisa Lustosa, ex-diretora executiva do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, comentava com a Revista de Seguros que nfio 6 s6 com os riscos de uma viagem que se preocupam os colecio nadores e dirigentes de museusou galerias,desde que OS casos de incfendio e roubo constituemas maioree ameagas, per serera mais comuns. A maioria dosmviseus,diziaela,"nfio realiza o seguro integral doe sensacervose.portanto,estfi extremamente ex-

posta aos sinistros. No ca se do incdndio do MAM, em 1978, o seguro que tinhamos nao foi suficiente nem sequer para repor a metade do acervo. Os laudos comprovaram que estavamos integralmente dentro das normas exigidas pela Corporagao de Bombeirose,no entanto,o sinistro aconteceue o valor das perdas e, ainda hoje, incalculfivel,em se tratando de bens cultirrais."

LucyFreitas Lobeechefe do Departamento de Operagoes Especiais (DEOPE)do Institute de Resseguros do Brasil (IRB)e nosrevelou queem 1975 foi formalizado ao IRE o primeiro pedido de seguro para obra de arte.

"Ate entao nfio havia parfimetros para taxagfio de seguros de artes plasticas, consideradas como equipamentos em exposigao e

enquadradas pelo resseguro num ramo que se limitava a coberturas em territorio nacional."A partir do interesse crescents per obras de arte e uma maior pressfio dos seus proprietaries, o setor de Riscos Diversos do DEO PE decidiu-se por aprofundar o assunto, travando uma serie de contatoscom parses estrangeiros experientes nacobertura desta modalidade. A variedade de condigoesapresentadas antecipava uma firdua tarefa, que deveria considerax elementos culturais determinantes e distintos.

"Certos paises demonstravam maior incidencia nos roubos,outros no vandalismo,"esclarece Lucy,"alem de cada meio ambiente dispor deluminosidade e temperatura variaveis, dado que deveria estar incluido no naipe de coberturas cu-

ja regulagao esbog^v® mos."

No decorrer dos trfll^ Ihos,"as primeirasforio®' decontratagSoincluiraD^' clausula derateio,um^ toemfungao de um caso" fraude que se tomou c6l bre e entrou para a noS® : histdria particular dos guros de obras de eontou CicelySette,a®sora do DEOPE e uma^ principais pesquisadof^ para a regulamentagSb ) modalidade."Um aut®^ CO artista brasileiro," tinuou ela,"tendose sentado como exposi^ contratado per uma ria parisiense, supefV^, rizou a sua obra ao rfi-la contra os riscoS iviage"^. perdaou danosna^ lUP"

Jfi na Pranga,surgiu versfio de incSndio 9^.^ cado por nm cigarro do para dentro do seu TO que transportava ,j. las para a exposigfio, gurando um sinistro <^ 5 sador da perda total mesmas."Na qualidad®^j, segurado, depois d® ^ gunsanosem questfio^f aseguradora,acaboui^o bendo uma indeniza^ corrigida,que deverfi tfi-lo por muitos anos xicando-se com as da criagfio, na RiV Prancesa, ^

Picou Clara,para0 anecessidadedeestab^ cer criterios precisosimediatamente incld'^^ lima clfiusula que dei^.^' margem para uma aV®^ gfio posterior ao sini®^^ Segundo alei aplicfivel seguros,nada pode pervalorizado no mom®^E dacontratagfio,eocui^i^' de confrontar peritoS ^ presentandoasegurad^g^ e o segurador tornod' uma constants.

E certo que as mfis digbes de conservagfib , REVISTA DE SEGUP'^'

'•dram decisivamente nas ^r^eiras taxas estabele^dasqueiamseadaptanda necessidades pecuacadacaso. "Inicial- ^®tite a de roubo era a alta," explicou Cicely dtte, "masforamseigua- ^do atdatingiros3,5%.

^Ssabuscade estatutos dfangentes, em que nfio dtrava a experifincia das ®8uradoras e, sim, dos *®Saeguros, os prSmiosfccrescendo e as taxas ®®ndoconsideradas exces^^8. UmamaiorincidSnde casos possibilitou fi'^aimente a regulagfio dtualqueestfisendopubli®ddaepretendssobretudo ddixar fis seguradoras a ^Peracionalidade da car'•®ira, dispensando a oon^bltapr6viaaoIRB earesbectiva aprovagfio poste*dor."

Objetos de arte de valor, Como quadroa, gravuras, I^EVISTA DE SEGUROS

esculturas e demais pegas do gfenero, passam a contar, portanto, com aApoli ce Multirrisco para Obras de Arte, commais protegfio e melhores taxas. O ConseIho Tfecnico do IRB, composto por representantes do mesmo, da Fenaseg e das seguradoras, aprovou portmanimidade o Seguro Multirrisco para a carteira, visando o aumento das apdlices emitidas earedugfio nas taxas cobradas. Cobrindo um grande espectro de riscos, a implantagfio deste novo seguro soube percebera boa oportunidade para a sistematizagfio da matferia, a partir dos incentivos concedidos pela Lei Sarney e tamb^m pela boa performance da carteira. No ano passado seus negocios representaram uma arrecadagfio de cerca de Cz» 8 milhoes de prSmios de resseguro. Ain

JOSE A. LOPES

SOS praticados por teroeiros.

daem 86 acarteiratevebaixo indice de sinistralidade, estabelecendo um coeficiente entre sinistro e premin de0,20%. Com adivulgagao do SeguroMultirris co, cabera ao DEOPE acompanhar o comportamento dos riscos no sentido de aperfeigoar cada vez mais esta cobertura.

Por enquanto, a cober tura bfisica inclui: incendio, raio, explosfio de qualquer natureza e devidas conseqUSncias, furto qualificado e roubo, alagamento, terremoto, tremores de terra e maremotos, vendaval, furacfio, ciclone, torna do, granizo, quedade aeronaves, impacto de veiculos terrestres, mfiquinas ©u qualquer outro equipamento utilizado no local, desmoronamento, tumultos, motins e riscos congfineres, inclusive atos dolo-

Os principais riscos excluidos sfio; furto simples, desaparecimento inexplicavel e simples extravio, queda, quebra, amassamento ou arranhadura, salvo se decorrentes de eventoooberto pelaapolice e devidamente caracterizado, operagoes de reparo, ajustamento, servigos em geral de manutengfio ou restauragfio, prejuizos conseqiientes de embalagensouacondicionamento em desacordo com os padrbes exigiveis pelos bens cobertos, negligencia do segurado, ou de seus empregados na utilizagfio ou no trato dos bens cobertos, bem como naadogao de todos OS meios razofiveis pa ra salva-los e preserva-los durante ou apos a ocorrencia de qualquer sinistro, lucres cessantes por paralisagao temporfiriaou caneelamento definitivo da ex posigfio dos objetos segurados.

Ha piavisao de cobertu raacessoriaparariscos de transportes (All Rights). As taxas anuais serao as seguintes: museus, bancos e fundagoes — 2%; residfincias — 3%; demais locais — 2,5%: oficinas de manutengfio e casas deveraneio — 4,5% (avaliar a necessidade ou nfio de inspegSoficaacritfiriodas se guradoras).

Para o transports: na cional — 0,15% por via gem; internacional — ta xas aplicfiveis no Ramo Transporte Internacional. A forma de contratagfio 6, de acordo com a concepgfio aprovada, para risco absoluto, sem franquia. Todo julgamento quanto ao verdadeiro valor dos bens segurados se darfino memento do sinistro. A

EO de Obias de Arte ■ 1:.
22
Pietro Bardi(MASP):sem verba para semirar um patrimdnio de US* 600 mUhdes Lobo,do DEOPE:elementos culttirais tem influfincia na cobertura do ■euro
23

yof^.y-x.'

eventualindenizaoao deve enquadrar-se no principio de que"nao se pode segurar uma coisa per maia do que valha"eoutros previatos per lei,limitada ao va lor de mercado que possa ser atribuido aos objetos segurados,de acordo com o consenso de peritos e avaliadores de objetos de arte(da espScie dos segurados)consultados pelas seguradoras no decorrer do trabsdho de regulaqao. tendo o aegurado tambem o direito deindicar peritos e avaliadores de sua confian9a paraacompanhara regula9&o. Nos casos de obras excepcionalmente raras e valiosas,fica a critdrio dasseguradoras e do IRB exigir uma "experti se"(peritagem para avaliar autenticidade, valor artlstico e valor monetdrio da obra).

Sendo estas as princi palscaracteristicas da no va Apolice Multirrisco pa-

ra ObrEis de Arte,acrescentamos que, embora o uni verseem questSo tenha sido amplamente analisado, naose tratade uma regulamenta9ao fechada, mas de um primeiro passo sujeito aoorreqOes ulterioresedlsposto a aperfeiqoar-se. O quefica maisvidvel6aexe• cuqSo dos contratos. A falta de verba por parte das institui9des culturais que impossibilita a negociaqSo das apolices e um outro grave problema.

Pietro Maria Bardi, diretor do Museu de Arte de Sao Paulo (MASP), por exemplo,declarava recen-

Ltemente:"Ibmosumpatrimdnio de US$ 500 miIhdes, mas nao temos dinheiro para segurar nada disso." E, no caso do MASP,tratam-se de obras ilustres e internacionalmente consagradas.O que dizer entao do Museu de Fblclore Edison Carneiro, no Rio,cujacoordenadora, Claudia Maria Perreira, reune e conservabenscul turais decunho popularde dificilavalia9ao monetaria e nem por isso menos preciosos.

Um dos maiores acervosde obrasdearte,no pre sents, pertence ao Banco Central do Brasil, que foi incorporando cole9Qe8 de entidadesfinanceirasfalidas,num passado recente. Eo maiorseguradolistado noIRB.Dezenas de Vicen te do Rego Monteiro,Cice ro Dias, Volpi, Portinari, Tarsila, Di Cavalcanti ou Antonio Bandeira, entre muitos outroB, encontram-se devidamente segurados, com tratamento semelhante ao ouro das nossas reserves, aguar-

Reafirma^ao de compromissos

concentrado e cada vez mais eficaz em relagen ao segurado," afirmou, acrescentando que o IRB esta "cada vez mais ressegurador e menos intermediario junto ao Govemo Fbderal, para a colocagao de seus excedentes, uma vez que estes t6m sido aceitos com 6xito no exterior."

dando a era em que sef^ capazes de estabiliz®^J moedanacional.Norol<^^ objetos considerados arte encontram-se curio^' dades como um Stradi^ rius pertencente ao tro Cussy de Almeida.^ plicas das ta9as Jules ^ met e Independgncio, giuadas pela Kodak leira,e ate mesmo pegas*^' ^arda-roupa e armas^ tigas (revdlveres, garf^ chas,espadas e esping^ das)utilizadas no seri®^ da TV Globo,"OItempo ® Vento."

jjjP^eaentantes do mercado de seguros cumprimentam o novo presidente do Ronaldo do Valle Simoes

Mulatas(1926),de Di Cavalcanti(a esq.); e A Peira(1924),de Tarsila "(n do Amaral(no alto): obras de artistas que impritniram novos rumos a moderna pintura brasileira

Mas,dariquezarelati^ doBanco Centralafalt®^ recursos do Museu do clore, a preocupaqao ^ ,vio^ mesma: preserver a do documento artistic nascido numa forma substituivel que e o esti^ pessoal do artista, a s linguagem.A arte que, diversos pontos de exprime e significa, p®^ reenfrenter,todasas tSes do homem.Ffera pode,vale a pena seguT®^ Para quern nfto, fica a gest&o de Ligia Pappe. ®^ tista pl&stica do Rio, "gostaria de veras emp*^. sasdo mercadosegurod" investindo naexposiqSc obras de arte. At<^ porq*^ se trata deuminvestime^ tode marketingcom retoJ^ no garantido,possibilitat^' do ao artista mostrar sU® obra e&empresa aefici^*^' cia de seus serviqos."

lUefc aglutinaq&o de todos OS segmentos -OfniamomercadoseQJ^doreaprincipalpreodonovopresiden° (InstitutedeResdo do Bjrasil), Ronalgjj^.^alleSimdes,quaasdia o cargo no ultimo Oq mar90, em con- ^rida solenidade que rt,btou com a presenqade di ^^^Sos empres6rios do entre eles, o presidaPenaseg(PederaNacional das Emprede ^Segi^sPrivados e A, ^^pitalizaqfio), Sergio ^^stoRibeiro.

Carioca, 51 anos, Ronaldo Valle Simoes 6 econo8 profissional do dj,a ®fcado financeiro hd

de 30 anos, tendo *6rcido a vice-presiddn- ^ dda Banerj Seguradora ^ °®ito parte do Conselho . dCompanhiaInternaciode Seguros.

- Ao tomar posse, nSo redlou muita coisa sobre o pretende fazer k fren® do IRB, pois quer pri

meiro avistar-se com o Ministro da Eazenda. Dilson Funaro. Entretanto, adiantouquedesejaauniao das forqas do mercado segurador, paraque este segmentoexperimentsum crescimento dentro dos niveis esperados em 1987, e, se possivel, ate maior do que o verificado no exercicio passado.

Ronaldo do Valle Si moes espera, ainda, fazer comqueoInstitutedeResseguros doBrasil sejaum 6rg&c aberto A participa9ac dos profissionais do setor e dos proprios funcion^rios, como ocorria na gestao do seu antecessor, Jorge Hildrio Gouvea, que assumiu a Seci-etaria Estadual de Fbzenda do Rio de Janeiro, a convite do governador Moreira Franco.

Jorge Hildrio Gouvfea, por sinal, fez questSo defa zer um pequeno balan9o do periodo em que presidiu o IRB, antes de passar o cargo ao seu sucessor.

"Transfiro-lheo coman-

do de um mercado seguradormais forte e mais livre, infelizmente ainda com muitos problemas, mas, agora, mais transparente. Espero um dia, como consumidor do produto seguro, ver este mercado menos

O presidente da Fenaseg, SergioAugustoRibei ro, per seu turno, disse, apos a solenidade, que o novo presidente do Institu tedeRessegurosdoBrasil teratodoo apoioquenecessitar do mercado segurador, para que possa levar adiante as metas que planejar a frente do orgao. Sergio Ribeirodisse ainda que pretende manter um encontro reservado com Ronaldo do Valle Simdes para que possa enfatizar as reivindicagoes que os empresdrios dosetortdma fazer ao Govemo, em consonAncia com o documen to que o mercado submeteu no inicio da gest&o an terior do IRB. O

Posse IRB □
KEVISTADESEGUB^^ ''EVisTA
DE SEGUROS 2S
Jorge HilArio: balango de realizagdes

MIUURES DE

CRUZADOSCOMAPROPMVERACRUZ.

Quando a Vera Cruz pacotes pre-determinados. assina uma apolice de Cada caso e analisado em seguros ela e a maior detalhes por esses interessada em que nada doutores em riscos acontega a sua empresa. industrials. Por esta razao ela mantem Instalagoes, processes, engenheiros altamente materias-primas,estoques, especiaiizados em seu combustiveis, departamento tecnico. responsabilidade civil, O serviQo deles e fazer o maquinaria, transportes, seguro sob medida para enfim, tudo que se sua empresa. Nada de relacionar com as

atividades de cada empresa e estudado cuidadosamente. Antes de compor o seti seguro, solugoes sao propostas, algumas simples, outras mais

Cruz, pois reduzem em OS riscos de ^^ms. O importante e ^oce tenha um seguro Ouado. Mais e V berdicio, menos e '^^udencia.

corriplexas. Todas elas, porem, capazes de redu^' ^Sultar a Vera Cruz, em milhares de cruzado^ ide significar uma OScustosdo seguro. Boi^ l^^de economia para para voce, e bom para a JL^e.

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Tuhu:da vaia a consagra^a^^ndial

queca,"porque achava o som dessapalavra muito engragado."

Tuhu tinha 12 anos quando o pai morreu. A ma,e queria o filho doutor e proibiu que ele tocasse violfio, "instrumento de gentinha."

Aos 13,elefugiade casa,fi,noite, para acompanhar os choroesNa volta, apanhava sempre. Com 16,fugiudevez,foimorar com um tio. Heitor tocava muito bem violSo ena Confeitaria ColotO' bo,narodadosescritores,ficou conhecido como"o pequeno boSmio doviolao."

Para enfrentar o preconceito contraoviolao.em 1908comegaa escrever aSuitePopular BrasUeira. Na decada de 20, inicia ^ grande serie de Choros,com um® pega que lembra muito Ernesto Nazareth,seu amigo,aquemdedica esse choro para violao.

(Aqui,leitor amigo,interromps aleitura,paraouvir esse Choro,na interpretagSo de Turibio Santos.)

Um dia, vende unslivros raros. herdados do pai, e vai-se para o Nordeste,"conheceroBrasil."Vi" ve de tocar violao nasfeiras,daBahia a Pernambuco, convive cod cantadorese violeiros eanotaostemas musicals em uma esp6cie de taquigrafia musical de suainveh* gSo.

Ja aos 13anos,Heitor VlUa-Lobosfixgia de casa para ouvir chorinho e InioiM a malB brilhante carrelra musical que o Brasil conheceu neste seculo,criando centenas de obras de reconhecimento mimdial

Heitor nasceu carioca, nas

Laranjeiras,de sete meses. "Como 80 tivesse pressa de chegar,''comentou MArio de Andrade. Nasceu no dia5de margo.De que ano, ainda e um misterio. Para quem acredita em carteira deidentidade,de 1891.Segundo o seu titulo de eleitor, de 1883, Sua mae disse,lun dia,em entrevista,queo ano certo era o de 1886, mas Hei tor brincou com ela, na frente do repdrter,perguntando:"JAesqueceu,mfie?" A certidSo de batismo garante que Heitor nasceu no ano do Senhor de 1887.

E ele,o que dizia? Que ieso nSo tinha a menor importftncia e que

nao podia informar,com certeza, porque"eramuitopequenminho, 4queIaepoca,e nSo estou bem lembrado."

O pai da mSe dele era musico, compositor e bodmio.O pai dele tocava violoncelo, fagote e clarineta,gostava de Bach e chamava ofiIho de Tuhu,ningudm sabe porqu6.

Quem saiu aos eeusndodegenera, diz um ditado daquele tempo. Aosoito anos,Tuhu aprendeu atocar viola, com o pai,apoiando-a no chfto como se fosse um cello. Aos nove, jd improvisava. Aos 10, aprendeu a tocar clarineta.Aos 11! compdssua primeira musica.Pan-

5^para escrever coisasousadas. (Nova pausa,leitor, e procure ()uvir a Florestado Amazonas,es®rita para ocinemae que depois vibale.)

queojovem Villamaisgosta^era de bodmia,serestas e sere'^stas,choroe valsa.Freqiientava ^'^avaquinho deOuro,umalojana do Ouvidor.onde ficava horas "Stendo papo e fazendo musica outros musicos.Gostavadeir ^Assirius, Colombo,aos bares ^Cinelandia. Gostava. especiEil- ^etite, de ir ao Cine Odeon ouvir Nazareth ao pianoacompanhando fi^es do cinema mudo. Villa compbesuas valsasbrasi®traa "cheias de dor de cotovelg," 'hzia ele,"bem como o brasileiro gosta."

j. (Ouga ^ora.leitor. a Valsa da com Arthur Moreira Lima e *^atiioMoura.)

. Vaiado, Villa jA era, e muito, j®8d61915,quandoapresentouho ^hnicipalsua Suite Caracteristi,,^.para Instrumento de Corda. ^ado, nao, vaiadlssimo. Depois

veiiauissuJiiv.

Vaiado na Argentina,na B61gi- % naPranga,na ItAlia. No comedizia ele,fui chamado de ignodepois,delouco,oquej&era^slhor um pouco;depois,defutu®taedetudooqueterminaemi8hienos de artista.

Quando chegou a Europa pela primeira vez, pereuntavam a Villa com quem ele ia estudar. A resposta vinha sempre pronta; "Voces e que vao estudar comigo"

la-Lobos,era"a mais sagrada d6diva do mundo artistico.''E em homenagem ao mestre que ele escre ve as brasileirissimas bachianas.

A de n.° 2 foi composta para orquestra,em 1930,masaprimeira audigSo mundiale de34,noilFes tival Intemacional de Musica de Veneza. Um sucesso. Depois, o prdprio Villa cuidade reduzi-la pa ra cello e piano.

(O quarto movimento,leitor, a tocata,vocb vaireconhecerimediatamente, porque 6 uma das suas pegas mais populares,ditaTrenzinhoCaipira,mas,naverdade,originalmente,Trenzinliodo Caipira. NossasugestAoe Antbnio Guedes Barbosaao pianoe AntbniodelClaro no cello.)

Quando Villa chegou & Europa em 23,financiado por amigos ri ces,pergimtavam com quem eleia estudar. E ele sempre respondia; "Vocbs6que vao estudar oomigo!'' _ Naoe8tavabrincando.Em27,nao haviamais vaias,so aplausose entusiasmo. As Cirandas sSo reconhecidascomo musica brasileirae h&fila para estudar com Villa. (Aqui,sendo possivel, reuna

Depois vai parao Sul,mas volta dizendo que a musica de Id n&o 6 brasileira.

Aos21 anos,como violoncelista. segue para o Amazonas,com uina companhia portuguesa de operetas.Ld,abandonsa compasohia,se juntasum saxofonista,bom bebedor de cachaga, e juntos atravessam a Amazonia,"tocando e ouvindo",dormindo em acampamentos de seringueiros e convivendo com os indios, atd chegar so Alto Purus.

Pica longe de casa dois anos, sem dar noticia. Um dia,a mde sonha com ele e o ve morto. Manda rezar missa per sua alma.

Heitorvolta para casaem 1917 e escreve o poems sinfonico Uirapuru.Logoem seguidaescreveoutro, Amazonas,e confessa a um amigo que perdeu qualquer inibi-

Em 1920, Arthur Rubinstein ao Rio6 diz a Villa-Lobos que ^entende"essasua mdsicabraueira.''Villarespondsque ele nao mesmo entender,"porque ^^ca ouviu o Brasil." No dia seVilla toca musica popular Rubinstein no Palace Hotel. , icam amigos para sempre e Ru?hstein leva suas musicas para executando-as no mundoin®iro. Oito pequenas pegasfazem ?®specialdeIiciadopianieta,aPro^doBebb.

(E hora,leitor, de ouvir a Prole Bebb,executada per N61son ^eire.)

Em 22,Villa dizque6"brasilei ro e do amor.''Participa da Sema^de Arts Modema,em Sfio PauE vaiado.Como foi vaiadoe criUcado por "reescrever Bach."

A musica de Bach, para Vil-

Ciiltuia & Lazei
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LUIZLOBO REVISTA DE SEGUROS "T'" -TT-el' i
\\\ !
Abrindo as eomemoragoes do centendrio de nascimento de Villa-Lobos, uma orquestra Integrada por 28 instnunentiBtas consagrados da musica popular — entre outros,Slvuca,Altamiro Carrilho.Raulo Moura e Maurido
REVISTA de SEGUROS 29
Einhom —s executa Trenzinho Caipira, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro

Ney Matogrosso no canto, Paulo Moura no sax, Rafael Rabello ao violao, Chacal na percussao e Ar thur Moreira Lima ao piano,para ouvir uma Ciranda.)

Tido na Europa como um dos mais importantes compositores modemos.Villa voltaao Brasilem 30. mas aqui ale ainda era olhado como um excentrico quafalavaal to,fumava charutos enormas,bebia cachaqa,jogava bilhar, gostavadebotequim,da musica popular a de banda.

(Ou^amos,leitor,o CantodoPa ge,com aBandadosFuzileiros Navais,ragida por Eleazar de CarvaIho.)

Villa-Lobos querfazerdo Brasil ''um pais de c^antores.''Aschamadas "concentraqOes orfebnicas"

sacodem o Brasil e s^ noticia no estrangeiro.Em SaoPaulo,emSl, ale reune 12mil pessoas cantando. Dapoisreiina 18 mil no Rio.Tem a coragem de juntar 30 mil escolares e mil musicos da banda.E atacado pala asquarda, patrulhado, diz-se que a o musico oficial doEstado Novo e que os corals sao fascistas. No aniversdrio de Getulio ale reune44 milcantoresinfantis, cEuitando a seis vozes, no estddio de Sao Janudrio.

"Um grandissimo apreciador de mulatas," como ale se proclamava, carnavalesco, gostava de sair de pierro, de misturar-se aos blocxts de sujo na Avenida. Botou umbloconarua.em 1940:oSodade do Cordao,com todos os personagansdo camavalderua,eindio, muito indio a muita mulata.

(E hora de ouvirmos Mandu^arard, com a Orquestra Sinfdnica Brasileira e regdncia de Isaac Karabtchevsky.)

Quando Stokovsky e Kussevitskyfazem todoum programade Villa-Lobos no Carnegie Hall,nos Estados Unidos,6a consagraqdo. Capa derevistas.Aclamado na Ar gentina,na Bdlgica,na Pran^a,na Itdlia, no Uruguai,no Chile,quan doalgudm lembra otempo de vaias ele sorri e responde:"Custaram, mas aprenderam. Eles tiveram muitos anos para aprender a gostar."

Chamado da gdnio,contestava: "Busou6genioso."Eera.Um dia, em Paris,serve umafeijoada para ims amigos.Diante daquelas carnes boiandonofeijaopreto,opoeta Paul Elouard balbucia: "Mais. .c'estdelamerde. ."Um soco imediato inicia seu procasso de expulsdo dafeijoada e da casa.

dita,outro prato bem brasileiro:0 IV SuitedoDescobrimento doBr®' sil. Com a Orquestra Sinfbnica Brasileira, regida por Isaac K®' rabtchevsky.)

Com seus 12 estudoS> ViHa-Lobos inovou a horizonte musical do violao e fez o grande Segovia dizef que o mundo da_ musica reconhece que a contribuigao deste genio para o repertorio de violao se constitui numa autentica bengao

Livros

ofensiva cultural

duas iniciativas merecedoras dos maiores louvores. Daqueconcernsfisartesplfisticas,falamos maisadiante.Cabere gistrar aquia mostra Ler faza cabeqa,inauguradano dia24de marQO no Palficio de Cultura do Rio de Janeiro. SegmentodafamosaPeira Anualdo Livro de Frankfurt,a exposiffio percoirera em seguida as principals capitals do Pais.

Em declaraQdes fi imprensa,o diretor executive da Feira de Frankfurt, Peter Weidhass coadjuvado pelo coordenador do evento, o professor de literatura alemfi Wolfgang Bader —;revelou queforam investidos US$200mil e que estanfio6a primeira vezque v6m ao Brasil- Aqui jfi estiveram em71 e78.Naprimeirainvestida, quando o Pais vivia o auge da repressfio,fizeram grande sucesso, atraindo 21 mil visitantes em dez dias.Dasegunda vez,por motivos que nfio sabem precisar,o fixito nfio foi tfio marcante. Agora, pretendem consolidar o bom relacionamento com a industria editorial brasileira, grande compradora de direitos autorais,ecriar condipSes mais favorfiveis ao ingresso do li vro alemfio.

50 tit\ilos alemfies oferecidos no item "Literatura Alemfi Contemporfinea",a mostraenfatizaointeresse dos alemfies pela nossa produQfio literfiria, exibindo obras de 49 autores brasileiros, em que se destacam Joige Amado,o maistiaduzido,Guimarfies Rosa.Machado de Assis, Clarice Lispector, Ma nuelBandeira,CarlosDrummond de Andrade e Graciliano Ramos. Paralelamente a exposi^fio, haverfiexibiQoes de filmes e videos e debates promovidos pelo"Simp6sio Literfirio Intemacional." Ler faz a cabe^afica no Rio at§o dia 7 de abril,seguindo depois para Sfio Paulo, onde serfi instalada no MASP,de8 de abril a 1 de male.O roteiro inclvu ainda Porto Alegre, Curitiba,Salvador,BrasiliaeBelo Horizonte.

A amizade com Getulio e os ' espetaculos de c^anto orfednlco de nitida inspirac&o fascista, bem ao gosto do ditador, valeram-lhe o titulo incdmodo de muaicx> ofictal do Eetado Novo. de que nunca se livrou

Anos dapois,recepcionado por DoraVaseoncelosem Novalorque, comumafeijoada,nolivro de aut6grafos de No6mia Faria ascrave, deimproviso,UmaFugaSem Fim, para piano,em quatropartes:farinha,cames,arrozefeij&o preto.E dedioou:"Uma feijoada feita miisica, para Nodmia lembrar Vil la-Lobos."

(Nafalta dafuga,queficou ind-

Se tudo o mais nfio fosse, maior obra para violSo,compos^ nos6culo XX,Sade Villa-Lobos-^ quern dizisso6o maior violoni® do mundo,Andr6s Segovia.E govia,muitas vezes,lia uma composiQ&o e dizia: "Heitor, is® nao dd prafazer no violfio."E , la, pegando o violSo, mostravs"Dd sim,Andrds,quer ver?" Com seus12Estudos,Villa-I^ bos revolucionou o repertdrio temacionalde violdo efez dizer:"O mundo da musica nhece que acontribuigdo deste nio para o repertdrio violonlsti®^ constitui umabdnqao,tanto pars® instrumento quanto para rnif^ mesmo. ."

(Encerremos,leitor,com o moEBtudo,odenumero 12,por o mais audacioso: d que o mestf® ensina glissando e transforma ® ruido desagraddveldos dedoscof rendosobre ascxirdas do violfio mdsica.)

REVISTA DE SEGURO^

Numaofensivaaoquetudoin-

dica destinadaaconquiatar, biais do que a recupertir,prestlgio 6espaqosocupados poroutrasculturas,a Alemanha brinda-noscom

REVISTA

Ijerfazacabe^alevouquase um anoem proparacfio,periodoem que foram consultadossindicatos,editorase vmiversidadas e asdiversas filiais do Institute Goethe no Bra sil. Dessetrabalhoexaustivo,surgiram os seis temas em que estfi subdivididaaexposi^fio:"Difilogo na Literatura","LinguaeLiteraturaAlemfis","ArteemLivro—Livro de Arte","Mulheres naVisfio da Sociedade","Homem,Sociedade e Mundo Espiritual"e"RevistasPopulares a Especializadas."

Atravfis de temastfio variadose abrangentes, a feira, que conta com o apoio da C&mara Alemfi do Livro,C&maraBrasileirado Livro, Sindlcato NaoionaldosEditores de Livros e do Ministfirio das RelaQdes Exterioresda Alemanha Ocidental, leia-se Institute Goethe, tem como principalobjetivoincentivar o interc&mbio cultural entre OS dois paises.E^iratanto.al&m dos

Aries Plasticas

ANTEVISAO DA TRA6ED1A O periodocorapreendidoentre

o final da Primeira Guerra Mundial,em novembro de 1918,e a ascenafio deHitler,em principios de 1935?,conhecido como Repdblica de Weimar,registra um dos me mentos mais dramfiticos nahistdria da Alemanha deste sficulo.Fo ram 14anoscadtioos,c^e orise econdmica, politica e social,que oul-

Ciiltuia 8c Lazer(cont.)
If 30
DE SEGUROS
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O Gigold, de Grosz nunaram com a tomada do poder pelo nazismo. Eases anos amargos. de mis^ria, oprdbrio e violfencia, foram impiedoeamente fixadoB, por tun grupo de artistas alemftes, num painel que retrata em oores 8 tragos candentea todaaangustiaedecaddnciadeuma6poca

quejdprentmoiavaumadasmaiorea tragddiaa de todos os tempos.

Uma selegfto do trabalho mais expressivo desses pintores, aquarelistas e Uustradores 6 o que nos

ofereceamostraGrdficaCriticana EpocadeVfelmar.noMuseuNacionaldeBelasArtes, noRiodeJanei ro. Organizada pelo Instituto de Rela^sOeaCultupEiiecomoExterior da Alemanha Ocidental e patrocinadapeloInstitutoGoethe,aexposiQfioreOne 146trab^os de24ar tistas.DepoisdoRio,seguirdpaia

Belo Horizonte, Sfio J^ulo e Curitiba, voltandodBuropa, no pr6ximo ano, para percorrer diversos paises.

Fbme, de Schlichter

Daobradessegruporepresents' tivo do que se convenoionou ohS" mar de nova realidade, em que se destacam os nomes de Georg® Grosz, Josef Scharl e Rudolf Schlichter, sobressai a preocupS' 9do de mostrar, nas cenas de ruona meia-luz dos cabsirds e no des* pojamentodasfdbricas, ascicatri' zee de uma sociedade dilacerad® pela devastagdo da guerra.

LEONARDO DA VINCI

— UM VISIONARIO ILUMXNADO

Emsuaultimaediqdo (n? 773), a Revista de Seguros abordouemumadesuasmatdrias achamadaLei Samey. As empre" sas entdo mencionadas, por sua destacadaatuaqdonadreados empreendimentos oulturais, 6detoda justiga acrescentar o nome da IBM.

REVCTA de seguros

Agora mesmo, em comemoragdodos70anosde suapresengano Brasil, ultima os preparativos pa ra a inauguragdo, no Saldo Civico doMASP, nodia 14 deabril, denmft exposigdo do gdnlo renascentista leonai^odaVinci. Amostra, que REVISTA

milhOes.

Nfio 6dehoje que aIBM se interessa por esse aspecto do talento multiforme dedaVinci, jfiqueagenialidade do artista e inventor italiano muito contribuiuparalangar OS fimdamentos da modema tecnologia, fireacomqueaempresase identifica intimamente.

Embora nfio se trate de um projeto inddito, uma vez que exposigdes do gdnero vdm sendo reaiizadas emdiversospaisesdesde 1953, a mostra do museu paulista apresenta pegas — como um reldgio, urnsmdquinadevoareumacCipulade catedral — nfio exibidas anteriormente.

Simultaneamente com aexposigfio, um documentfirio produzido pelaIBMnos Estados Unidos serfi transmitido pela TV Cultura de Sfio Patilo, TVE do Rio e Nacional de Brasilia. Depois de Sfio L^ulo, a mostra irfi para o Rio (2 a 28 dejunho, no Palficio da Cultura) e Bra silia(agosto, noIbatro Nacional).

RIO DE JANEIRO FEVEREIRO/MARQO

Sobestetitulobemachado,a

Esbogos dos antecessores do tanque de guerra e do pdra-quedas, que, juntamente com a bieicleta, a "mdquina de voar", o escafandro e o tear, entre outros engenhos fafaulosos, o gdnio renascentista antecipou, ao mesmo temra em que legavB a postendade obraspnmas da pintiua como

Mona Lisa e A Ultima Ceia

redne400paindisfotogrdficose33

rdplicas detrabalhos dearquitetura, engenharia e outros projetos, representa um investimento, somente com o transporte e montagem das pegas (nfio conseguimos apuraro valordo segtuo), deCz16

Galeria de Arte Banerj promoveu, de 24 de fevereiro a 28 de margo, uma coletiva reunindo tra-

Montanhas do Rio, acrilleo sobre tela de Wanda Pimentel

■CuJtog,&Lozer (cont.)
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DE SEGUROS

H^^^w^SEBlB53S5I!^S5IB^<ifc5^S75^%eE?*y57STTi^^™'T"^

remtuia 8c Lazer(cont.)

balhos de artistas de estilos antagdnicos,poremirmanados na mesmaadmiragfio pela beleza dapaisagem carioca.

Do rigor da fatura de Ismael

Nery e do metier de Cicero Dias a visSo naive de Cardozinho,passan• -.'-v. li. ^ I

do pelo lirismo de Guignard,a exposigao, depois de tanto vandalismoe menosprezo pela cidade ultrajada,foio merecido colirio para os olhoscansados dosque ate podem ter o banco na cabega,mas de certo tem o Rio no coragao.

Francoedoscolunaveis desempr& Descontadas as gaffes costumei' ras, deverd ser um barato.

Quandoforem levantadasas pesadascortinas de veludo,osespectadores verao uma montagem no mlnimo revoluciondria. Basta dizer que os 170 artistas do elenco movimentaram-se em meio a arrojadoscendrioscriados por Daniel® Thomas(para quem ainda nfio sabe, filha do Ziraldo), que reproduzem,entre outras"MberdEides",eto vez do mar do libretto original, o Muro de Berlim,ja que a agao fo^ transportada para os nossos diasSegundo o diretor de dperas do Municipal. Fbmando Bicudo, um dos candidatos k diregdo geral do teatro,que concorrecom DalaiAdi' car,o orgamentoinicialde USf 250 mil foi amplamente ultrapassadoInforma aindaafestejadafigura do badalation set que os custos da® montagens de"Aida",encenadano ano passado,e de"O Navio FkntaS" ma"se equivalem. Combatido pormuitos,Thomasno entanto,contacom admiradores

Bahia de Guanabara,oleo sobre tela de CardozLaho(Jose Bernardo Cardozo Jr.)

da para o dia 2de abril, no Teatro Municipaldo Rio de Janeiro,reune todaa as condigdes para se tomar. senfioo grande espetdc.ulo datemporada, pelo menos o succfes de acandale do ano,a se dar ouvidos aos progndsticos maldosos dos desafetoB do poISmico diretor anglo-brasileiro Gerald Thomas.

Teatro

UMA NOITE NA

OPERA

ONavio

compositor alemdo Ri chard Wagner,com estr^ia maroa-

A rigor, a poldmica sempre acompanhou as realizagdes dojovem meteur-en-scene,se nos6 da do insistir no francos,idioma preferido pelos cronistas socials, o maia adequado,portanto,para este regiatro. Isto porque k recita de gala de "O Navio Fantasma" nSo faltard o brilho mundano,assegurado pelas presengaa do presidente dePortugal,Mario Soares,convidado de honra doseu colegabrasileiro, do governador Moreira

A Roda de Bicicleta,de Marcel Duchamp.uma das mui^ *hetaforas a que recorre Thomas para simbolizar o confronto do Poder com a arts e a vida

hioondicionaiscomoo cineasta Arbaldo Jabor,outro realizador pol6^co,que diz do amigo:"As critiao trabalhoinovadorde Gerald ^Puro reacionarismo.Ele tem um ®feito sanitdrio no teatro brasileitrazendo informagoes e iddias Ihe nfio chegam at6 nos devido d ^ediocridade donossoespago culturai."

N&o falta pertinfincia ao julga^ento de Jabor, que tambdm nfio 'oi poupado noinlcio desuacarreiapesar dacompetdnciaesensibilidade com que transpds para o cinema alguns textos magistrals

de Nelson Rodrigues,genio autSntico,vitimaigualmente de incompreensdO e falsos pudores.

Nesta questao de genialidade, ou criatividade tout-court, quem parece ter razdo k o maestro Anto nio Carlos Jobim,quando afirma; "O brasileiro nSo suporta o sucesso alheio."

Resta aguardar a estrdia de"O Navio Fantasma" para conferir. Estd em causa o talento de um artista que n&o teme ousar.o que jd o faz merecedor de nossa admiragdo. Bonne chance.

deespectadoresno mundointeiro), nos primeiros dias de abril. ParaOS menosindulgentes,nSo k dehoje queoespetdculo vemperdendo gas e ja nao consegue diafargaroseu desgaste,revelando-se cada vez mais monotoneecansativo. Ate mesmo o suspense em torno dosresultadossoafalse,n&oimpressiona mais ninguem.pois.na maioria das vezes,ja se sabe o bicho que vai dar muito antes de serem abertososenvelopeseouvir-se o indefectivel . And the winner is!"

Este ano. foi pier a emenda do queo soneto,com a tentativefrustrada de compactar e agilizar a apresentag&o.O que se viu foi um showsem brilho,aquefaltaram originalidade e timing.Em meio a uma eoreografia pouco inspirada, cangoes inexpressivase apresentadores canastrdes repetindo as piadinhassem gragadesempre — que OS americanos nao dispensam, nem mesmo o presidents Reagan, outro(ex-)canastrao —;acerimdnia arrastou-seate astrSshoras da manhd.

Isso sem falar na ominosa narrag&oem portugu&s,malaparentementeinsandvel.Destafeita,adespeito de um progresso ineg&vel desdeque deixaram de traduzir no-

Ocinema,com sua vocagSo encantatdria,suacapacidade de criar sonhos e mitos — mui to embora nSofalte quem diga que j& nao sefazem filmes como antigamente —;n&o perde sua magia: continue arrastando multiddes,sengo as salas exibidoras,pelo menos &s telEis dos televisores, como demonstrou mais uma veza apresen tag&o do Oscar(oerca de um bilhSo

Fantasma", do
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nil Cinema
UMA
ERA UMA VEZ
fAbrica de SONHOS
r
REVISTA de seguros REVICTA DE SEGUROS

W^Armvosda Msta deSegim Contos de Ms

mination por nominagSo, houve coisas oomo filmoteca em vez de filmografia,escorregoesdiversos na colocagao dos pronomes pessoaise,o quee pier,oque eraessencialtraduzirdeixou dese-lo(oomo diria o JSnio,se fosse escalado pelaGlobo).Fbio que aOTnteceu,por exemplo,quando chegou a vez da categoria dos efeitos sonoros, em que o deputado-narrador Helio Costa, a certa altura, se limita a traduzir uma fala inteira per "vejam isto", prejudicando o entendimento de um dos raros momentos realmente engragados da noite. O queo apresentador dizem ingISs6: "SevocSs pensam que eles(osefei tos sonoros)nao sflo oruciais, vejam isto."Em seguida,aparece no telSo a famosa cena da cx)nida de bigas de"Ben Hur",vendo-se dois padioleiros apressados entrarem

na arena para socorrer os feridos, debaixo do maior barulho de llmg^ siiene de ambulancia! No clip seguinte,a gozagfio e com Julie An drews,em"ANovi^aBebelde",que corre de um lado para o outro fugindo de uma suposta rajada de metralhadora de nm aviao invisivel, quando na realidade corre e cantade alegria num cendrio bucolico. Como estas, sSo mostradas mais duas ou tres cenas de filmes em que um som que nada tem a ver com a ag&o que se deseiuola na tela cria efeitos hilariantes. Os que nSolevam algumanogao deingles devem ter-se perguntado qual era a graga.

Mas,apesar dosforascostumeiros, nSo chegou a haver vexames irremedidveis.Paracompensaros comentarioB melifluos defanzoca desXumbrado do Rubens Ewald Pi-

BRASIL SALVAGE

S.A.

I Sociedade Brasileira de Vistorias e Inspepoes

Iho, ha que se louvar as interven9oessegurase aproniincia perfeita dos titulos originals dosfilmes e dos nomes dos artistas na voz agradavel de uma narradora cujo nome nos escapa.

Em que pesem alguns vacilosa mais e o gds a menos,a verdade6 que ninguem resists ao glamour que cercao mundo do cinemae nao consegue dormir na grande noite daentregadosawards da Academy of Motion Pictures, quando mai® nSoseja para satisfazer umacuriosidade morbida: conferir a decad^nciafisica dosidolos de outroraCoitadinha da Bete Davis!E d que dizer datremedeirada Jennifer Jonesou doinchaqo da Lauren Ba* call? Piedade para nossas mU" sas...indulgdncia para nossasildsoes.

Seguro contra roubo A moral do seguro indlcacoes

Nocommerciodeseguros.no

nao e feiio oseguro de rouj locjpj(fjsas, aimazens e ^sitos), Esiaespiciederiscosoese'^Qaduranie o iransporie por tariiimaou lerrestre.Por que ° segura contra tal risco, a [„-^'oria de Seguros lem per- "0 que se fagam seguros no i,l^"t^irO' a requerimenio dos ngjj^^dose mediantea provade 2cceiia(;ao pelas companhias °Pfram enire nos. |. ^ isio cousa sabida, emre(u ""1 segurado quer que uma jj ''^hialheindemnisearetiiaj. ® """cadorias por meio de j^jbentos falsos,de um armaEstrada de ferro,apezar da nao se referiraial risco.

Accresce maisoseguinie:Em racedaiarifaapprovadapelarespectivacommissao,a taxa cobradasose refere aosriscos de fogo.

Se a seguradora com a mesma laxa livesse assumido responsabilidade pelo furto, em qualquer uma das suas modalidades, leria infringido o convenio que assignou,o queseriaum actode fran ca immoralidade.

Nenhuma pessoa de senso medio podera admittir que uma companhiaquesegura contra fo go. mediante uma taxa,seresponsabilise por outros riscos, com a mesma taxa, porque se esie augmentou, naiuralmente o seu prego deve augmentar lambem.

iseiembro 1925}

utels

Esiamos convenddosde que uma grande pane das contesta?6es entre segurados e seguradoresprovem dofactodestes naoexplicarem aquelles asobrigagdese deveies decorrentes do contiacio. 0segurado e em regra ignorante.Osagenciadores des^uros, quer pela ancia de receberetn a commissao pelopremio,quer por nao conhecerem assuas regras legaes,lambem,nao explicam aos seus clientes. •

Nos seguros maritimos,oss^ gurados nao sabem o quee rebeldia ou barataria,assim comosuppoem que avaria grossa seja uma avaria muilo grande. Ignoram, tambem,que sendo o valor segu rado inferior ao valor da cousa, sao ellesseguradores do excedenle.

Atividade pflncipal; Vistorias,inspeflo em embarcafdes maritlmas

Outras atiiridades: Vistorias em equlpamentos

Vistorias de cargas

Vistorias judiciars

Vistorias oii-shore e onslwre

Draft survey

Outras vistorias e servlgos correlatos

Escnlono Central: Rua Mexico,ill -n® andar

^ Telex(021)23517/30034

Brasil Salva^ Intematioflal- New York

Oulros Esciitbrios; Manaus-Beiim -Natal-Recife-Salvador• Macad -Santos-Porto Alegre Repr^tantese corresprndentes credenctados nos tinco c«itinentes

0seguro tem por fim garantiro patrimonio dosegurado con tra OS riscos mencionados no contracio.

Considcrando a razao desse importante insiiiuto, diremos: Se 0segurado,por ignorancia ou erro, reclamar menor quantia do que a necessaria para resarcir 0 seu prejuizo, a Companhia se guradora deve chamar asua aitengSo e [he pagar todo o damno.

N3o deve aproveitar-se da simplesa alheia, para pagar menos do que aquitlo a que seria rigorosamente obrigada,ate a quantia estipulada na apolice.

E' esle 0 procedimento honesto.

Nao i licito auferir lucros injustos. Pagar menosdo queo devido, nao k fazer bom negocio, mas furtar,Soos insensatos pensam que se nao podc prosperar, seguindo a lei de Deus.

Com certeza, alguns ieitores acharao espantoso o que dizemos.

E'rare o segurado nao recla mar demais. Acontecando, porim, a hypothese contraria, estd no nosso conselho o indeffectivel dever.

(outubro

1925)

Quando acontece osinistio,e elles se vSm em face dessas questoes; nao receberem a indemnisafao por ter havido barataria;contribuirem para o saaificio imposto as outras fazendas do canegamento ou concorrerem proporcionalmente para os repaios do predio sinistrado,sentem-se prejudicadose dahia revolta e a ma'levolenciaconstante.

Para eviiar isto, as compa nhias devem distribuir com os seus freguezes pequenos livros com as explicagoes necessarias, aftm de que elles, conhecendo os limites da responsabiiidade dose guro,e as causas de perda do direito i indemnisagao,sejam cuidadosos e previdentes e nao as aborrecessem com reclamagdes impertinenies. (outubro 1925)

0
tEviSTA
DE SEGUROS
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0 seguro inctima

Nesie paiz,onde as iniciaiivas partieulares saoainda limidas,os que aslem sao furiosamente aiacados pela voracidade do Fisco,a inveja de muiios e as "generosas ideas"dosqueexploram asimplesa do proletariada

E'0que se di com o seguro.

0 dinheiro do jogador sem escrupuloe facil de ganhar e por isso elle se lorna generoso.

0doseguroi pelo comrario, difficilimo.

So quem peneirar nos esaip-

lorios de companhias podera dizer que dolorosa profissao e esta, Nao ha mesmoouira em que a eubifa e a fraude andem mais consorciadas.

Por considerarem erradamente o seguro assas rendoso e que querem lanfar sobre elle todas as despezas exiraordinariase maisa manuienfao de cargos deslinados aos principes recem-naseidos ou seneaosda republica;as insiiiuifoesde caridade,a manuleufao de bombeirose aii para ca-

sas operarias,segundoo projecto concebido por um deputado que se iniiiula "leader"operario e que sempre araassou o pao com osuor do seu rosio.

Elle conhccera a siluapao do seguro?

Se Ihe perguntarem quaes os capiiaesempregados na industria, OS lucros auferidos,o numero de emprezas fortes e dasqueapenas vivem.onosso"Amigodo Povo" nao saberd dizer: Em I923,arendaqueaUniao

percebeu, por iniermedio do se guro bastou para cobfir as despe zas de fiscalisapao durante vinte annoseoimposto foi iniciaJmente creado para essas despezas.

Nao obstante, se tern penado n'uma coniribuipao para melhoramentos do Corpo de Bombei ros, como se nao fosse dever do Eslado cusiear com os impostos geraes lodososservijos de caracterpublico.

Ouvido sobre a projeciada Sangria,o Dr.Decio Alvim,esfor?ado Inspector de Seguros, que conhece o organlsmo do paciente, fez ver que elle nao supporta essa interven?ao,lembrando que

do imposto respective pddes" desiacada uma parle para 12" melhoramentos.

As companhiasdesegu"^*'^ vem assaltadas por matilhasde'®' bos.

Os poderes publicosges"' locaes,OSseus proprios lodo 0 mundo acham que nadam em dinheiro,s6recebe® nadapagam.

E' preciso chamar esiW mens a boa razao,apezar d« ditado beirao dizer; "qu®"*^® ,boi nao quer beber e inulil viar.

„.^QUEMESTA EM BOA COMPANHIA ESTA SEGURO.

Em nossa Companhia, voce encontrard a tradi^ao no prestagdo de services, uma eflciente equipe tdcnlco e respostos dgeis cos seus problemas. Actmo de tudo, vocd encontrard total seguran9a.

Um homem de bem

constiiucional.

"Se nao era um sabio e um philosopho, eraantesdetudoum homem de bem", diz Oliveira Vianna. "Ha de ser sob esse aspecto—como a maisalia revelafaodanobresamoraldanossara?a e danossagente — que D. Pe dro ha de viver na memoria das geragoesfuturas,comojdest4vivendo na memoria das gerafoes de agora".

Chefe verdadqiro da democracia brasileira, foi deposto por umarevolta miliiar, fallecendo no exiliodoisannosdepois, longedo povo a quem ianto amou.

Rua I'deMcreo

S6meme em 1920 foi revogado0decreio debanimentodaaugustafamilla,sendoem 1922trasladadosparaestacapitalosrestos mortaes do "Reida Honestidade Brasileira".

AmonarchiadeD. Pedropersonificava o espiiito publico.

Hoje, 0 povo desilludido das mentitas republicanas, iributa a suavememoriadograndesoberano e excelsb patriota um culto amorave! de saudadee de respeito!

INmmbro I92S) Fogo posto

Continuacadavezmaisvigorosaaindustriaincendiaria. A al ma deNero vagueia pelos nossos bairros, ateando alii e aqui uma fogueira, a cuja luz entda plangentemente oseu caniico: "Ai cidade, infeliz"! 0fogoiolhadocomexirema sympaihta pelas autoridades. Como elle e a cusia do segu ro, algumas edificafoes velhas iSm sido substituidas por novas, em beneficiodaestheticsdacidade.

Seguro barato

A coniinua^aoostemosados incendios, a naiuralidade com que OS incendiarios realisam os seus projectos, a indifferenta senao asympathiacom quesaotratados pelas autoridades c recebidos pelos amigoseconhecidos; a frequencia dos funos, durante o transporte das mercadorias e o desleixocomqueasca^saolevadaspelosseusconductores,estao mostrando asinenesCompa nhiasdeSegurosanecessidadedo augmenttrdos piemios actuaes. Ellasestaovendendoasuagaiantia abaixo do cusio e no caso de fallencia, onegocianteque assim procedeeconsideradocriminosa

da "Associagao de Companhias de Seguros", estamos vendo uma ceria actividade 0 seguro sahiu dainerciaemquevivia. Deixoude ser 0 arabe diante da fatalidade.

Reclama, protesia, agita-se.

hdro,segundo o caricalurisia porlugues Rafael Bordalo ""le/flj

. A na?3o commemorarS, no ^oximo dia 2 de Dezembro, o ►^htenario do nascimento de <3rnPedrodeAlcantara,segun''•mperadordo Brasil.

DE SEGUROS

Durante o seu reinado tivemos aquella situagSo que Blutscbli, fallandoda Ingiaterra, deflniucomosendoodesenvolvimento da republica na monarchia

As companhias de seguros queixam-se deste estado de cousas, da falta de policia repressiva e de uma vasia tolerancia quees ses factos encontram em toda a parte; ellas,porfm, temculpadisto, porque, sendo o insiituto do seguro malconhecido, as interessadas jideveriam, ha muito, por meio de publicafoes explical-o convenientemenie, destruindo prevencoes e apreciagoes feitas a ligeira, sem fundamento e sem verdade

S6 agora, depois da crea^ao

Ciama perante o Presidente daRepublica, oCongiessoNacionai, 0 Presidente do Estado do Rio, 0MinistrodaMarinha, oDi rector das Aguas, o Procurador Geraido Disiricio, o Inspectorde SeguroseosChefesdePoliciadaquiedeNictheroy, emdefesados legilimosinteiesses da instituifJo ou da moral publica.

A lodasessas alias autorida desefiinccionariosternsedirigido a "Associa(io", por mais de uma vez, emdefesa dos seusinteresses partieulares e do interesse publico, prejudicado por actos criminososoumedidasdeeffeitos mios. ,

E' precisoclamarsemcessai, a(6queosincendiosdeixemdeser casuaes, como regra, quandoisto devia ser a excepgao.

(Novembro 1925}

Uma vezque os deshonestos nao se impressionam comos clamoies levantadoscontraessasf^^ quentesfogueiiaseasautoridades superiores limitam-se a recommendar rigor nos inqueritos nao haouiro meiosenaoos bons soffrerem as consequencias da maldade dos outros.

Os segurados correctos pagam indirectamenteas indemnisa(des reclamadas pelos fraudulentos.

Ha um mez e tanto uma CompanhiadeSeguros rescindio 0 contracto de oilenta contos de reis, que tinha com uma casa de fazendas i rua dos Ourives, por estar informada de que o commerciante estava preparando um golpe: 0 incendio ou a fallencia.

Veio a fallencia e ossyndicos nio encontraram para arrecadar nem uma peqade fazendas!

— N'uma outra fallencia tambem, nioencontraram naca sa senao as prateleiras, que eram alugadas.

(Dezembro 1925)

: spectatD
SUL AMERICA UNIBAIMCO SEGURADORA
D 39

UNDERWRITER-

Decreto de Sarney muda composi^ao do CNSP

Atraves do Decreto 94.110, de marpo, o Presidente Jose Sarney alterou a composi^ao do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP),reconduzindo adire^ao do orgao o titulardo Ministerio da Pazenda, cargo hoje ocupado pelo empresario Dilson Punaro.At6 entao,a presidancia do Conselho era exercida pelo presidente do Insti tute de Ressegurosdo Brasil(IRE).

O mesmo decreto presidencial introduziu outra importante mudan9a,reservando ao superintendente da SuperintendSncia de Se gurosPrivados(Susep)apresid§ncia do CNSP,naseventuaisausSncias do ministro da Pazenda. Na verdade,as modifica^dea estabelecidas pelo Decreto94.110restabelecem a antiga composigao do "Conselhao", que vigorava ata

Ribeiro destaca papel das Comissoes Tecnicas

1985,soquecomumapequenadiferenqa: o IRB era, na pratica, o substitute do ministroem seusimpedimentos.

Alem de mexer na cupula do6rgao maximo do mercado de segu ros,quetem aatribuigao de tragar a pollticadosistema,odecreto pre sidencial mexeu tambem na composigao dos membros que compQem o CNSP.Assim,destinou as duas vagas pertencentesao extinto BNH a Caixa EconQmica Fede ral, que serao ocupadas por sen presidente e pelo vice-presidente dePlanejamentoe Controls.Alem disso,ampliou de cinco paraseisos assentos concedidos ao setor privado, com a entrada do Institute Brasileiro de AtuAria(EBA),atualmente presidido por Jos6 Amferico Pe6n de S&.

Leonidio toma posse na

Internacional

Depois de aproximadamente doisanosde aus&ncia.Leonidio Hibeiro Pilho voltaa atuar no merca do de seguros.Eleassumiu,noco medo de abril, a presid^ncia do Conselho de Administraqfto da CompanhiaInternacionaldeSegu ros. Sua posse foi comemorada com um coquetei no Rio de Janei ro CountryClub,que contou com a presenqa de expressivas liderangasdo mercadosegurador,al6m do ex-ministro da Pazenda, Ernane Galvdas,edoex-presidentedoBan co Central, Carlos Langoni. 40

Ivo Falcone assume a Vera Cruz,no Rio

O engenheiro Ivo Falcone, 34 ^os,e o novo diretor da sucursal de Janeiro da Vera CruzSeguJj^ora,localizada no 8.° andar da i^tTe Rio Sul,em Botafogo.Traba^andohd lOanosnessaempresa, ^oone ocupava anteriormente o 5^rgo de gerente de Aceitagao de ^scos,na sede da Vera Cruz,em Paulo.

Paulistano,casado,duasfilhaa,1^0F^coned consideradohoje pebaeio securit&rio como uma das S^^des e maisjovens revelagbes ^fissionaisdosetor.Fbrmadoem ^genharia Civil e de Seguranga, ® bacharelem AdministragSo,ele d

General!,

tambdm presidente da Associagac Brasileira de Engenheiros de Se guros e membro das Comissoes Tdcnicas do IRB — Institute de RessegurosdoBrasil(nasareasde lucrescessantes,crdditointemo e fidelidade)e daPenaseg—Ftederagdo NacionaldasEmpresasde Se guros Privados e de Capitalizagao (em lucros cessantes, tumultos, crddito, garantia e fxdelidade).

Participa ainda da Comissdo Tdcnicade Seguros,Incdndio e Lu cros Cessantes, do Sindicato dos Seguradores de Sfio Paulo,e d pro fessor da Pundag&o Armando Alvares Penteado e da Funenseg.

Nacional lan^a o''Nove em dm"para residencia

Ao dar posse aos novos mei® bros das Comiss6es Tfecnicas Fenaseg, em seu auditbrio, n'' principio de abril, o presidente entidade,Sbrgio Augusto RibeiT"'' destacou a imporlAncia dos estU' dos por elas realizados em beneft' cio do aperfeigoamento do setofNasolenidade,Ribeiro disse,e e®' tafoia principalmensagem de breve discurso, que o mercado d®' ve se preparar para ele prbprip criar aregulamentagSo desuaati" vidade, tarefa que fard aument»r as responsabilidades das comiS' sbes tbcnicas. N&o hd duvida d® que o Governo acena para o setof com medidas de livre economicNa mesma solenidade,foram etb' possados tambdm os membrosdas ComissOes Tecnicas do Serj.

O presidente da Nacionalde SeSuros, Victor Arthur Renault, ^unciou o langamento do mais bovo produto daempresa,o"Neve ®ttiUm",em entrevistacoletiva.O Piano, destinado a cobiir residdn®ias, engloba riscos contra incdn dio, desmoronamento, vendaval, ^hchentes,txunultos,perdadealu&uel, perda de documentos, resPonsabilidade e roubo.

A meta da Nacional, segundo Victor Renault, d comercializar, bos 60 primeiros dias de langaQiento do produto,cerca de50 mil filanos, com prdmios que variam entre Czt 200,00 e Czf 8 mil. Ao comentar as vantagens do "Nove em Um", Renault destacou que o produtoelimina a tradicionalfigura da apdlice, substituindo-a pelo

bilhete,o quesimplifica e desburocratiza a contratagSo do seguro. Garantiu ainda que aliquidagfio do sinistro serd realizada em 48 ho-

ras.

A descomplicagfio do produto, nas palavras de Victor Renault, aldm da facilidade do preenchimento do bilhete, d reforgada com ofim da vistoria prdvia,pois segu ro,na sua opinido,d credibilidade. Outro ponto vantajoso de seu pro duto d a eliminagfto das cldusulas de rateio,comum nasapdlicesconvencionais.Alem disso,o"Noveem Um",aoconjugarnovecoberturas em unicaapdlice,barateiaem cerca de30%oseu custo aoconsumidor. Nesse processo de comercializagdo,Renault assinalou que conta com o apoio dos corretores.

Baseada em estudos e pesquisasdesenvolvidasaolongo de mais de um ano,aGeneral!Seguroslangou no dia 19 de margo um novo produtono mercadosegurador,denominado ComTrato,criado especialmente para proteger bens(prddioe conteiido)contra todososris cos inerentes a atividade das mi cro, pequenas e medias empresas do r^s.

O diretor de operagdes daGene ral!,ArturSantos,disse que o pro duto possui uma variedade de coberturasjamaisreunidasem uma unica apdlice,com a vantagem de ser mais barato e de ter limites de coberturas maiores que os apresentados pelos poucos seguros do gdnero existentes no mercado. O novo seguro dd garantias ao pequeno empresArio contra mais de 15 diferentes riscos: incdndio, explos&o, vendaval, alagamento, tumultos,perda de receita em conseqiidncia de interrupgfio dos negdcios por evento coberto, roubo. furto qualificado,saquede meroadorias,perda de valores no estabelecimentoou em m&osdo portador, responsabilidade civil, vidros, anunciosluminosos,perdadealuguel e acidentes pessoais de empregados.

Inovagao — Artur Santosexplicou que a preocupagfio de criar um seguro com essaabrangdnciasurgiu em fungdo dos resultados coIhidos depesquisas realizadas pela General!,juntoa pequenose mddios empresArios,paradeteotareis razdesque oslevam a nfiofazerse guros.

REVISTA DE SEGUROS ii. '.-A ..\n
1
REVISTA DE SEGUROS
O ^'Com1tato'% da
cobre pequena empresa
a 41

O seguro atraves dos tempos

mla. Algumas sociedades miituas(sem fins lucrativos) mantdm-se discretamente, sem publicidade. Em seguro de vida, nem pensar.

Naoobstante.em 1812, o grande matematico efisico Laplace nao hesitou em tecer considerapoes elogiosas ao seguro de vida, na sua conhecida "Iboria AnaUtica dasProbabilidades":

"Os estabelecimentos nos quais § facultado ka pessoas aplicar suas economias, e, mediante um pequeno saerificio pecu-

ni^o,assegurar a vivdncia de suas fa°^^ quando n&o estivere® mais presentes ou nSoP. derem atender as suas cessidades,s&o muito^^ tajosos paraOScostum^satisfazem umaaspu^ natural da sociedade. tanto,o govemo deve6® mular esses estabel® mentos e amparA-lo® ® suas vicissitudes." ^

Provavelmente, y 1812,em plenacamp®^ da Russia, o PequenO poral tinha mais o zerdoquelerosconse^ de Laplace.

*^'5 XVIII tambem

''^0 levava fe no Se,'guro

CofflF ROTALE lOfflF

d'Assuraiiees sur

SOGlfiTfi ANONTME

EU.bllcUtE»BMIiN.AnS,>'5-al'"rKfi-dr.m»lnirdi-llicluliru.

GARANTIS: Millions.

Napoleao na Batalha de Eylan(1807)— Campanha da Russia

Piapoleao nao se interessava pelos seguros

O iriiperador francfes nunca se mostrou favordvel a especulagOea financeiras e operagSes baseadas na expectativa da vida humana,de qua as famosas tontinas terflo sido o melhor exemplo. Entretanto, apesar de sua aversao ao seguro. contribuiu involuntariamente para o desenvolvimento dessa alividade ao introduzir os registros de estado civil. De fate, com o cadaetramentocficialdecada6bito, OB franceses passaram a dispor de umainformaofio fundamental para a elaboraqfio de tabelaa de morta-

lidade.Sem diivida,um da do valioao paraoseguro de vida, que, daf por diante, pdderealizar seusc41culos a partir de bases cientificas, abandonando para sempre asformulasempi. ricas.

Lamentavelmente, as tentativas de criaqfio de companhias de seguros nao encontraram terreno propicio durante oPrimeiroImp^rio.Em v&o,Duvillard,ex-atu&rio daRoyale, procurou interessar o govemo num projeto visando a implantaqSo de uma cajxa econdmioa. Numa 6pocade guerrasincessantes, esse'gSnero de empreendimentos n&o sensibilizavaa opiniao pUblica. De outra parte,asfreqUentes interrupqoes nae relaqdes oomerciais com aInglaterra nfto favoreoiam a econo-

ObanqueiroJacques Laffitte(1767-1844), Fundot* uversas empresas de seguros. entre alas, a ^mpagme Royale Maritime(1816), aMutuelle de Seine

> ^sim oomo Napole&o, XVIII tampouco via entusiasmo os seguprincipalmente o de viV'^ue eontinuavaenfrentoda sorte de dificulQuando,em 1816,o ''boso Duvillard tenta ente apresentar um (u^eto bastante parecido 0da antiga Royale de ^^fere, o prefeito da reoSena manda-lhe di^^ue "a criaQSo de um ^sarusmodeseguro de vi, totalmente indesejd8^- Colbertnfiotenase ^*^8ss«io melhor. b "ontudo, mais tarde, o (,^®rnodeLuisJCVin per'■iriaosurgimentodedisociedades mutuas I ®®gurocontrainc6ndio.

^ ^Uando OS novos navios (j^l>orfazemafelicid€ide seguradoras devido ^riscos de explosfio. tambfem um periodo ^^uemuitoseouvefalar y q "Jacques Laffitte, mo•'to esoriturArio que se j^^baradiretordopoderolij^ancoPerregaux.Semt!«. bemcomospoderosos, Q^bjiiadoporuns,estimaCjv Por outros, persegue ^tinadamente a conseM de suas idSias, todas voltadas para afunda^ de companhias de sepois Laffitte § um de convicgoes firk qua acredita no futuK ^aatividade. A mais imv^t-tante de suas iniciati-

'•-«« 'MpT'" '. fit: (r

w.m 1820. a Assurances Generales viu frustrada a sua intengSo de segurar avida de Luis XVill (6 dir.). ferrenho adversario desse tipo de Entretanto. com a subida ao poder de Luis Philippe, aCompagnie Royale dAssurances sur laVie (acima) conseguiu expandir-se rapidamente

entanto, ningu6m cogita.

O episodio da viatura emprestada para conduzir Luis XVI ao cadafalso nunca fora esquecido.

Cento e cinqiienta anos mais tarde, afus&o dessas antigas seguradoras. As surancesGenerales eFheTiW, d6, origem a sigla famosaA.G.F.—Assurances Generales de France. Em 1820, aAssurances Generates confronta-se com um problema dos mais delicados: asaudedo monarca Luis XVill nao 6 boa. Fbla-se, entao. em se-

Os anos fecundos de 1818-1819 assinalam a constituigfio de umasocie dade andnima denominada Assurances Generales. quesededicaaostransportes maritimos, incbndio e vida.

Os ancestrais da A.G.E

/tttppagnieRqyale Mariti me atuando nos ramos In-et-Mame(1818) e aPh6nix (1818)

6 a ciiagfio, em 1816, da j^bdio e mais tarde Vida, ^spirada na empresa de f t ifere, de cujo nome, no

O instigador da nova companhia, onde varaos encontrar amesma filosofia e as mesmas personagens de 1788, nfto e outro sen&o Benjamin Delessert, filho do financista Delessert, preso ao mesmo tempo que Claviere,0 filho herdara do pai o virus do seguro. Pilantropo asolarooido, pouco dopois fundariaa CaixaEcondmica e de Previd6ncia. Homem austere e metddico, abomina os jogos de azar, a ponto de fazer a C&mara votar a supressAo da LoteriaNacioi^eofechamento das casas de jogo (1).

Simultaneamente com a fundagAo daAssurances Gendrales. uma Ordenanga Real autoriza a criagflo de outracompanhiacontra incdndio, aPhenix. daqual Laffitte—sempre ele — do principal acionista.

gurar a sua vida por um ano. A dificuldade de submetd-lo a um exame mddico, bem como "o respeito devido ao rei" impedem a companhia de "realizar qualquer cAlculo deprobabilid^esobreaduragSode uma vida tSo preciosa A Pranga. ." Luis XVIII morreiA sem ter side segurado.

Hl^figtconclusao)
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REVISTA DE SEGL kv^6 I av STA DE SEGUROS
50i5isiagi
PASTEUR AllMI.MSnUIKIIlS. ASiociAHOHS mnruBiXEs «■* IIVI mvrmt vtACfeUA. nnOTi" PM )' Ml."« Etf'b* m> >»
CLAUDE
AUDUnCES OK CAPIT&07 rvlk.t'. I> I'l.*. .VPIBI.N CQIfTHE AEIOEAWCM. Ml rhTMn I P,9»pKl..t fl flMlW*-"-'"*.
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(1) Benjamin Delessert monta a pnmeira teoelagem Crancesa, uvrandoaFrangada dependdnoia da Inglaterra

As tabelas de mortalidade

A grande dificuldade paraos paises que praticavam o seguro de vida era elaborar as tabelas de mor talidade. No seculo XVII. naInglaterra,um personagem bastante ecletico,pois negociava com artigos de armannhoeeraregentede orquestra ao mesmo tem po.faz a primeira tentativa. JohnGraunt,esteerao seu nome, demonstrou que tambem se interessava pelas questdesfinanceimsao publicar um "quadro indicando quantos individuos morrem em espaQos deseis anos.de dez anos,e assim por diante at6setenta e seis anos."

Depois dele, eucedem-se asobras sobre cAlculos de probabilidades, com mais ou menos precisao. John de Witt. c61ebre estadista holand€s e excelente matematico nas bo ras vagas, publica, em 1671,um ensaiosobre rendimentos vitalicios, no qual6abordada,a partirde "pre8supo8i9aes", a lei da mortalidade, Vinte anos maistarde,o , primeiro estudo\^do so^ breoassuntodevB-seaoas-

tnSnomo Halley.Em 1693, ele Cfonetrdi a primeira tabelade mortalidade baseadaem estatisticas dacidadede Breslau,que mencionavaasidadesdas pessoas falecidas, e apresenta o trabalho hSociedade Real. Bern ou mal. ainda se fala do cometa de Halley. mas quem se lembra de sua tabela?

Em 1746. Deparcieux publica a primeira tabela de mortalidade francesa, com base nos dados estatisticos fornecidos pelas tontinas. Numa segunda obra menosconhecida,ele separa os sexos pela pri meira vez.observandoque as religiosas viviam mais tempo do que osreligiosos.

Fbi precise esperar at6 1789 para que um matemdtico ingles, o dr. Richard Price, publicasse o primeiro tratado atuarial verdadeiro. Um de seus discipulos 6 Duvillard, considerado o primeiro atuAriofrancos.Depoisde le. virfio NicoUet e Myrtil Maas,e.muito mais tarde, Edmond Dumanoir e Al bert Quiquet, atuArio da Nationale-Vie. Bsta lista nfto pretende ser exaustiva, mostra apenas o progresso registrado desde Witt e HaUey. fiapoleSo in, benfeitor do seguro

Ob acontecimentoa de 1848,8fuga de Luis Philippe.a proclmnacfio da Republica,trazem problemas a Compagnie R<*yale.cujo velho nome dificllmente poderia ser mantido num

regime republicano. E Bubstituido por Compag nie Nationale.que conservar6 para sempre. Napolefio III, fiiho de LuisBonaparte,ReidaHolanda, e de HortSnsia de Beauhamais(1808-1873), ap6sumajuventude aventuiosa,tentou porduas vezessefazer proclamarimperador e derrubar Luis Philippe.Condenado h priefto perpStua.conseguefu-

qOentes,nfio sefurtandoo promotera criticar acerbamente o seguro de vida.

Apesar dointeresse manifestado pela Imperatriz Eugfinia pelo rumoroso "affaire", Napolefio nfio concedeu o indulto ao dr. LaPsmmerais,quefoiexecutadoem margo de 1864.

diri^-se a Compagme Royale d'Assurances-Vie,a„ fm oe'a«r seguro de 20.000F com um pr^i^ de 818 F.Ele afirma n&o ser portador(fe j ^•"AxxAitt uiMj ocr porCttOor oc qi^que^oenga ou enfermldade grave." Trata-»5fl de Victor Hugo,ent&o com 38anosfque so morret^ 45 anos depois.em 1885.O que ja demonstrav# SA TWfo BASS j- * *

girparaLondres.Retoma

aPran9a depois daRevolu-

^Uustre eseritor

(' beral. Para aasegd^^ apoiodasclassesti»b^ doras,ogovemoemPj^ de diversasobras pub^ 1 estimula a ^ricultd^^ t

^cw^ux- NapolefioIH(acima)percebeu a importfincia do segimo e estlmulou ^^pansfio. Chegou mesmo a autorizar aua esposa,a Imperatriz k bla(adma).a contratar um seguro de vida de 2milhdes v^oos em favor de suas obras de benemerfinda

Outro julgamento que deu o que falar foi o de Monsieur Girard, indivlduo de aparfincia pacata que — ajudado por um cumplice que forjava os exames mfidicos — fazia subscrever em seu favor seguros de vida por pes soasquenem delongesuspeitavam da existfinciados contratos.

Paris, capital dos seguros

7.500.000sufragiosratificam o plebiscito. No ano seguinte,oImpdrioarestabelecido atravfes de uma consulta ao Senado, que ratifica um segundo refe rendum.

A umafase autoritAria em que Napolefio HI exerce tun poder absolute, sucede-se um

(1867-1870)que « nistonacomeoImpeiioLi-

riaeocom6ici'''

5^0 de 1848e chega a prssidSncia da Repiiblica,em de^mbro do mesmo ano. u agnuu^^-^ Embora tivesse presta- indus ^juramentodefidelidade sistemas de previdab'^'^ a Constitui^ao. trSs anos " . «..i mais tarde(1851)manda prender diversas personalidadesrepublicanase monarquistas, dissolve a Assembldia, sufoca um levante popular em Paris e realiza um plebiscite:

de vasos sagrados \ ® rachaduras j ^bos das mesmas. ooasifio, sur—---—w Companhia de Se- t^to.Aoccntr6no contra Insetos. ilustre antepassado,^ lefio lU compreende^y^-emio anual,a comportanciadoseguro^^^ se encarregava de ^itodaomissfiodoCO^^^^inar insetos inde

-w M favoreceasinstituiC^,

Iho de Estado xxie>«;ujB uiue-

,que ta grossaa um projetf Ihe S submetido, oonstituir uma CaiX^^ ral de Seguros Agric'' •' sancionada por decref dezembro de 1868. ^ Diversas compaP^ algam v6o sob a Segundo Imp6rio. As^ nores nfio falta um

dora)lanqa uma apdlioe que garante mdenizaqdes aosacidentados.A Sodetfi Gdierale prevficompensaqdes em caso de incapacidade permanente para o traba^o.

em apartamentos ^ Centos de hotds... 1865, 6 a vez da Bourguignone 'ba da Borgonha), ^^cpoisdealgumasfu• tornou-se a Abeil^de nossos dias.

7^1 T 1 pitoresco, como a

^2aa I (A^I^raquia),g

de 1865 vfi nascer k bovo ramo: o seguL ^ente.AtA entfio,nfio qualquer protegfio k ^ trabalhador iSSoi I ^"P^'^^^oa^e^^^V^btadoesuafamilia.A «»6rioU- vamente aoseguro oot^j Vrvatrtoe(Preserva-

Esse contlnuo desabrochar de novascompanhias e prova evidente de que o Imperador mostrava-se francamentefavorfivel aos seguros.em particular ao de vida,a ponto de autori zaraImpemtrizEugfiniaa subsorever umaapdlioe no valorde2milhdesdefinncos, favorecendo suas obras de beneficfincia.

Crimes rumorosos abalam a imagem do seguro

No mesmo ano(1863) em que aImperatrizdavao bom exemplo segurando sua vida,a crdnica policial registravaum crime cujos detalhes misteriosos atingiriam afrfigilimagem do seguro. O dr. La Pommerais, figura da sociedade acusado deter envenenado aamante,erao unico beneficifirio de um segurode vi da de 350.000P quefizera em nome da vltima.

Emboraolaudo mfidico nfio configurasse categoricamente um caso de envenenamento,e o r6u nfio tenha jamais confessado. o fato6que o dr. LaPonuneraisfoicondenado fi morte. O duelo entre o advogado de defesa Lachaud e o temivel promoter publico Dupintevelances grandilo-

Asleituras de Monsieur Girard eram bastante estranhaa,como atestavaum Tratado deTbxicologia(estudo sobre venenos)encontrado em sua biblioteca.1hmb6m tinhao hfibito bizarro de comprar bacilos.Ao travarrelagdescom uma pesBoa,logoIheoferecia um aperitivo e em seguida a convidava para jantar.Criaturas simples, ingfinuas, geralmente comerciantes modeatos,auxiliares de escritdrio,fxmcionfirios publicos eram o alvo preferido das atenqdes do sinistro homenzinho pontual, que anotava meticulosamente todasas suasatividades:6de maio, comprar venenos e provetas;7 de maio, preparar a poQfio; 11 demaio,cc^umeles; 14 de maio, convidar Mimiche para jantar.

Girard morreu tuberculose na prisfia Essas fraudes, entretanto, nfio impediram as

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REVISTA DE
DE SEGUROS
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tulda, como revela o seu pidprio nome,para cobrir OS riscos eventuais resultantes dos acontecimentos.ADefense MutueUede Paristambem oobre osris cos fisicos. Sociedades do mesmo genero multiplicam-se nao somente em Paris, como na provlncia. Quase todas desaparecetSlo com a assinatura do tratado de paz. Paralelamente a essas iniciativas, as grandes companhias jd existentes — Assurances Generales, Nationale.Union,Fhenix, Caissef^temelle,Urbaine —tambdm deram a sua contribuigao d causa patribtica.

gravidade de invalided J sultante de acidentef®^jj vidrio.

Novas mdquinas 0 instaladas nas construido o primeir® * namo,osmotoresdg^ petrbleo sa^o aperfeiC dos.Em 1882,aeletrio'' de faz a sua aparigdoApartirde 1890,d® bre da bicicleta.

ORRETOR DE SEGUROS E COMO MEDICO,DENTiSTA,CONTADOR.

TODOS PRECiSAM TER UM.

bem;feito, geralmente, melhor seguro com a seguradora que provam que uma seguradora ■ ®ito por uiti corretor de de maior confianca. de confianca e um bom corretor 9Ufos. Quando voce trabaiha A Bamerindus, por exemplo, garantem mais do que um um corretor, voce tern a tem uma inflnidade de casos final feliz.

O seguro de vida deu orieem a niimerosasfraudes. For ocasiao do processo Judicdarlc contra o dr.La Fommerais,acusado de ter envenenado a amante para receber o seguro de vida da vltima.o procurador publico Dupin(acima)pronunciou violento libelo contra esse tipo de seguro

companhias deseguros de prosperarem.O guiaFaris niustre. editado na 6poca do Segundo Imp^rio, publicaQSo em que se encontram "todas as informsqdes para quem pretende se instalar e viver em Pa ris,"consagra nm capltulo inteiro &s companhias de seguros:

"Paris 6 o centre das operaqdesdeseguros para todaaFtanqa.Maisde cem companhias desse ramo permitem conjurar qualquer tipo de sinistro. As mais prdsperas e conceituadas sfio as que se especializam nas diversas modaUdadesdesegurosde vi da,espdciede tontinasque garantem rendimentos vi-

taliciosou pagam umadeterminada importftncla num prazo prefixado pelo depositante. Existem ainda seguros contra incfendio, geada, doengas que atacam o gado,perdas maritimas,riscos comerciais, recrutamento (antes de o servigo militar se tornar obrigatdrio), despesas com a educagSo das criangas, acidentes de viagem, multas decorrentes de infragdes de trdnsito etc. O capital dessas empresas6 con'siderdvel."

Com oapertodoceixsode

Paris em 1870 (guerra franco-prussiana), aparece uma AssociagSo Mutua dos Riscosdo CercodePa ris,especialmente consti-

Rjr volta dofim do sbculo, surgem os primeiros curses tdcnicos sobre se guros.As companhiasempenham-se em fazer conhecer e apreciaroseguro de vida,ainda pouco praticadonaF'ranga,comoseos antigos interditos reais subsistissem na membria coletiva.Homens deletras passam a louvar as virtudes do seguro de vida.6 quando Bmile Girardin criaafrase queficariaconsagrada:"E precise tudo prever paratudo prevenir."

1895, exists uma al de responsabilidade c paraos ciclistas,ma®P^ cos se ddo ao trabal^®^ fazerseguro,apesar d ^ guns acidentes lares quase sempre cados pelairritagfiodo chetros de fiacre, Buportam os "anafl tas" do trdnsito. Oaparecimentodo0^ meirosautombveis '( ta as seguradoras. '

mesmo de 1900, companhias jd '' apblices para proteg® primeiros veiculosa^^j ou munidos de motor® explosdo,quecircula^ meio a uma barulbeiJ^.t^ femal.Em 1895,soib^ 426 autombveis sdo ciados pela Prefeitor® Sei^.

O mercado automobilfstico

Na segunda metade do sbculo XIX,a modemizagSo abre novos campos ds seguradoras.As primeiras viagens de estrada de fer rosfio consideradastdo pe rigosas que,freqUente mente, os viajantes rece bem uma apblice de segu ro com o bilhete da passagem.Sfio previstas indenizagdes proporcionais d

B grande o entusi^ quando o numero d®^ rosche^a2.000!EdJ A a velocidade mdxini® cidades seja fixada quilbmetros d hora, motoristas mais ous® ultrapassam os trint^! uma verdadeira loud;^^ Um.jomal sensaci®^ lista inventa uma pressfio:"Os automd homicidas."NoentaJit^y' acidentes "hipombV^0provocados pelosfiacf^ outras viaturas de animal, matam em 1 cinqtienta pessoas pof ' e ferem duzentas e qtlenta,triste record® OS autombveis ainda ^ alcangaram. j

REVISTA DE SEGf^

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tco
"^quiiidade de quem fez o Corretof desegufos. Confie neste profissional.

Histdria (cont.);

A campanha anti-automovelvai durar muito tem po: as autoridades sac interpeladas, e o ministerio quase cai por causa de umatr^ca provaautomobilistica entre Paris e~"Madri. Em 1908, conhecido jurista,catedratico da culdade de Direito de Pa ris, publics uma carta-aberta dirigida aos fabricantes de automoveis, exortando-os a interromperaprodu^ao"desses engenhosdemorte e destrmg&o," concluindo com raro descortino: "Sigam meu conselho, desistam dessa industria sem futuro!"

Ora, precisamente naquele ano de 1908,o numero de automoveis dera um pulo de quatro mil para quarenta mil,para a grande felicidade das sbguradoras que se langavam nesse novo mercado.

O progresso caminha a passos largos

Logo apds a Grande Guerra, a jovem aviagao, introduzindoriscos at6entao desconhecidos,imp6s novos esforgos de adaptag&o ascompanhias.Nascia uma nova modalidade de seguro,ditada pelos avanqosda ci&ncia e da tecnologia: a dos riscos a6reos, que daria origem as conven96es intemacionais.

Quern n§.o avan^s reoiia,diz o ditado.Cadapasso da civilizaqSo parasuperar asconquistas dossSculos precedentes suscita perigos inimagin^iveis.Com grande sabedoria, Pascal afirmava que"tudoo que e aperfeipoado pelo progres so,o mesmo progresso torna obsoleto." Dai as incessantes mutaqOes por que

Limltadas aos riscos dos acidentes maritlmos,dos incendios(acima)ou dos seguros de vida,as companhias.a partir de 1900,tiveram que se adaptar as transformaqdes da sociedade

passam ascompanhias de seguros, obrigadas a acompanhar o "moto continuo" para nfto perecer.

Quase todasasgrandes companhiasque venceram a prova do tempo fundiram-se debaixo de uma unicarazfto social.Assim, a Nationale,queremontaa 6poca da primeira Boyale de Claviere,em 1787, pas-

ces Generales de Finalmente,trdsou ^ venerdveiscompanhi^ Union-Vie,criadaem 1 ^ a Urbaine, fundada 1838,ea Sequanaiaet cida em 1889, suas forgas em formar a Union des ,jde' ranees de Paris

,a p"col^ sa U.A.P. — primeira cadanorankingdo m® do segurador franc^S'

iler sos novos desafios.Ao 6Uro estd reservado um ~Pelcada vez maisimpornos destinoB da naHoje,a taxa de cresci^to de sua receita(cer«e 230 bilhbes de franti8 em 1985)§ das mais

»Z®das,entr8 entre os diversos entos daeconomiado

sobre o principio da "mutualidade",isto e,acontrapEirtida financeira p^a A vitima de um risco 6 supostamente proveniente dos prfimios recebidos pe la seguradora da totalidade dos segurados que a procuram para seproteger contra riscos da mesma natureza.

sando pela segimda Royale de 1816,transformou-se no GAN — Groupsdes As surances Nationales,atrav68daEusfio daSoleil-Aigle com a Caisse Fraternelle.

O mesmo periplo para outras duas"veteranas":a Assurances Generales (1818)e a Fhenix(1819) uniram-seem 1968parase tomara A.G.F.—Assuran

O seguro no Ano Dois Mil

J ^esafios da era fit, "Prrogresso cientifico. 8SO tecnoldgico, ,1^^nte interpenetraq&o - Nada mais emoci''^jfi te do que adniirarnas ^ nas da sede da elegante Place Veod em Paris, antigos d|^^."'«8u,;-'--a5ao aos maices 3, tais como ^^grdficos franceses.

^j^^onomias nacionais comportamentais, tcaqao dos indices mentos, 'lilj cartazes,apdlices,C tos, que transport® passadoo visitante o" gico.

Nos dias dehoje, ro tomou-se uma sofisticada. Em f uma Escola Super^^j^' Seguros, mantida P grandes companhia®' gf ma novas geraqSes"-t'curitArios para enfr®^^t OS problemas que 0 Dois Mil trarA. Mas como serfio o^ guros de amanhA, Dois Mil? Assegura®^ que, at6 agora,souP®^ tAo bem se adaptar atualizar As exig^t* das descobertas ih pfi' trials, saberAo acoif^vi nhar a evoluqAo da clear,a velocidade nosa das viagensint®^ netArias? jjl' "Sim" — respond®^ hesitar Noel Parqat, tordaU.A.P—^'Acapa'''^'' de de se adaptar, de mercado deu provas

jj hoqao de responsaper parte dos diri^8 da vida econOmica moderna,impor^Cada vez maior dos V){j '^itnentos necessArios ^^®envolvimentoindus^^algunsdosfatores \g?^8endram novas nedades de garantias.A Ao da maioria des'^^®co8 afetarA profuna perenidade dos 'Oft privados e puNAo resta duvida AO papel insubsti^ ® CBsencialdosegu^da de um paie mo-

^emos dois riscos i^^'^culares: OB nuoleatjue envolvem as InterplanetArias.

8uro jA marcou prenesses dois mercade garantir os ds materials, cobre V^^ente os riscos rela. ^ pesBoas.

®®^pre diflcil esta^ der o valor do prfemio testes no passado, ° segurado para tui a melhor garanti^ um risco novo. Na sua aptidao para I ° repousa lA DE SEGUROS

"Quanto maiorfor o numero de segurados numa determinada categoria de riscos, maisfAcil se toma estabelecer uma estatistica vAlida do grau de realizaqaodoriscoe,perconseguinte,determinaro"preqo juste" a ser cobrado do segurado.

"Determinar o grau de probabilidade de realizaqAo(reesarcimento)de ris cos de origem nuclear ou de riscos decorrentes do lanqamento de engenhos nucleares continua sendo uma tarefa delicada. Com efeito, as condiqoes determinantes do 'preqo juste' nAo foram estabelecidas por enquanto,umavezque OS dados estatisticos dos sinistros ainda nAo se ap6iam na lei dos grandes numeros.

"E por isBo que certas companhias de seguros que cobriram alguns vbos espaciais, nos ultimos anos, encontraram deficiAnciastecnicas de tal ordem que o setor busca um novo equilibrio de exploraqAo para os chamados ris cos 'especiais'. Peira alAm dos danos materials, a necessidade de cobrir os ris cosinerentes A vida humanafez-se sentir igualmente,tendo em vista o desenvolvimento da tecnologia nuclear e dos v6os espa ciais de que participam cosmonautas.

"A inseguranqa oonstitui, hoje em dia, outra grande preocupaqAo dos

fianceses,particularmentecom a multiplicaqao dos atos de terrorismo. Nessa Area, o seguro tambAm contribui com algumas respostas. Assim e que a U.A.P cobrecom oseu oontrato 'multirrisco habitacional', sem aumento suplementardoprAmio,orisco fisico das vitimas de atentados atA olimite de 1 milbfifi defrancos,aforaas importAncias pagas pelas instituiqoes sociais.

"Com respeito aos sequestros de refAns, algu mas companhias elaboraram um contrato paraacobertura desse risco, que, entretanto, nAo faz parte de suas operaqAes nor mals. E considerado um case especial, analisado a pedido.

"Quanto aos acidentes de aviAo, tal como acontecia com as primeiras via gens detrem,os passageiros interessados recebem um seguro juntamente com a passagem, muitas vezes fornecido por um aparelho automAtico."

—Basseguradorasoontinuam sendo vitimas de muitas trapaqas? — perguntamos ao diretor da U.A.P.

''Infelizmente,afraude faz parte da natureza humana.Bla exists desde os tempos maisremotes.ProcuramoscombatA-lade to das as formas, pois, hoje como ontem,oejustoscontinuam pagando pelos pecadores.

"O seguro de vida A que ainda A visto com umacerta desconfianqa, devido, antesde tudo,a umaquestAo desuperstiqAo.Ofato A que,embcra cresqa a cada dia o numero de pessoas quefazem seguro de vida, existe muito chefe defamilia na Pranqa que nAo se beneficia voluntariamente

desseinstrumento de previdAncia.

"Concluindo,estoupersuadido de que,deum modo geral, o seguro conta com um futuro brilhante, sob o efeito conjugado de um mercado caracterizado por necessidades crescentes de garantias e de uma atividade que manifesta, cada vez com mais vigor, sua vontade de atender a essas necessidades. Para isso,ela se organiza,tirando partido do progresso da InformAtica e de tAcnicas queIhe pennitem aprimoraraimagem perante o pilblico,melhor apreender as necessidades doindivlduo e da corporaqao e proporcionarrespostas satisfatbrias,"finalizouoseu balanqo do mercadosegurador o diretor comerclal da U.A.P., um dos baluartes da economia francesa.

Bibliografia

Historia do Contrato de Seguro naIdade Media,de Bensa,traduzido por Jules Valery(1897).

Contrato de Seguro no SAculo XIII, de Jules Va lery(1916).

A Fraude nos Seguros, de Pierre Veron(1953).

O Seguro Maritime InglAs,de Govale.

Historia das InstituiqAes de Seguros na Franqa.de P.J. Richard(1956), Editora Argus.

Era uma Vez o Seguro, de Lucien Gallix (1958), Editora Ai^s. D

Traduzidoeadaptado de Histoirc por AlbertoLopes.

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REVISTA DE SEG^
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