T1713 - Revista de Seguros - setembro de 1981_1981

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MAIS DE 60 ANOS EM CIRCULAQAO Hosptta^ if -B»C--..rerrs-t?srs-^' ® Seguros RIO DE JANEIRO SETEMBRO DE 1«

FENASEG SUGERE AO IRB A SUSPENSAO DA APURAgAO ESTATI'STICA SOBRE SINISTRALIDADE DO SEGUhO RCFVAT

A FENASEG solicitou ao Institute de Resseguros do Brasil qua seja suspensa e adiada a apura<?ao estatfstica qua 6 realizada pelas seguradoras sobre a sinistralidade do Seguro de RC Facultativo dos Propriet^rios de Verculos Automotores de Vias Terrestres, 0 pleito da Federa(?ao est^ contido no Oficio - 3 449/81, de 2 de setembro, dirigido ao Presidente do IRB, Sr. Ernesto Albrecht, pelo Presidente da FENA SEG,Sr. Clfnio Silva.

No ofi'cio, a FENASEG esclarece que, diante da urgSncia da revisSo da Tabela de Premios B^sicos daquele seguro, a espera pelos resyltadosda apuragao estati'stica, na melhor das hipdteses iria retardar, grandemente, a revlsao dos premios tariffrios.

0 F I'C I 0

Abalxo, reproduzimos 0 texto Integral do ofi'cio dirigido ao IRB:

"Senhor Presidente:

Atrav6s do Comunicado DETNA—011/81, esse Instituto deu instrupoes empresas seguradoras no sentido de fornecerem apurapoes estatfstlcas sobre a sinis tralidade do seguro {facultativo) de responsabilidade civil dos proprietlrios de vefculos automotores de vias terrestres. 0 objetivo da apurapao estati'stica 6 o de atender ^''...necessidade de serem revistos os pr§mios tarifarios...".

A revisao dos prSmlos, no entanto, 6 de periodicidade bienai. 0 ultimo reajuste foi processado em julho de 1979 (Circular SUSEP-56/79) e, assim, de acordo com as disposipoes tarif^rlas, nova revisliQ seria feita em julho de corrente ano. Diante da urgencia do exame do assunto, esta Federapao diriglu o ofi'cio k SUSEP, nos termos da copia anexa, propondo esquema de atuallzapao tanto dos prfemlos quanto das importSncias seguradas. O esquema sugerido consiste om transportar 08 Valores de julho de 1979 para a j$poca de hoje, adotando-se para Isso um mdice de COrrepKo que constitui razo^vel aproximapao dos niVeis atingidos pelo processo Inflacion^rio.

Diante do exposto, esta Federapao vem solicitar que seja suspensa e adiada a apurapao estati'stica a que se refere o Comunicado DETNA-011/81. A espera pelos resultados de tal apurapao, na melhor das hipoteses Iria retardar, grandemente, a revisao dos premios tarifarios. Isso porque o modelo estati'stico adotado envoive a tabulapao de dados que as companhias de seguros, por nao os terem dispom'veis, ainda iriam proceder a levantamentos decerto demorados, demahdando prazo bem major que o estabelecido no aludido Comunicado DETNA. Com efeito, o modelo 6 o da distribuipao de freqiiencia por classes de importancias seguradas, indicando-se para cada classe o numero de segu.ros, o volume de premios, o numero de sinistros, o volume de indenlzapoes, tudo isso desdobrado para cada tlpo de cobertura (danos materials e danos pessoais).

Esta Federapao tern a certeza, pois, de que esse Instituto concordara em atender o pedido de adiamento da apurapao estati'stica, cujos resultados somente serao uteis para a revisao bienai de 1983.

Para essa proxima revisao, no entanto, pedimos venia para propor:

1) que OS dados a serem coletados abranjam as operapoes realizadasa partlr dejaneiro de 1982;

2) que o modelo estati'stico seja revisto, encaminhando esta FederapSo, oportunamente,sugestoes a respeito."

1980-1 m- 91 evoiucAo OAPRCWUfAO feVOlucAo gg^,«6N,0 CNRRDOEprovisoes tEcnicas Para bom entendedor,urn gidfico
Atlantka-Boavista ^ Seguros Seguros Associoda ao 6RADESCO 4>-
basta.
REVISTA OE SEGUROS 65

Companhia de Seguros UUmil D1 BlHIl

C.G.C/M.F. 15144017/0001-90/0023

Seguros de Incendio, Vidros, Roubo, Tumultos, Transportes Marftimos, Terrestres e A6reo, Automdveis, Cascos, AeronSuticos, Lucres Cessantes, Fidetidade, Crddito Interno, Responsabilidade Civil Geral Vei'culosFacultativo e Transportador, Rural, Penhor Rural, Habitacional, Riscosde Engenharia, Riscos Diversos, Garantia de ObrigapSes, Acidentes Pessoais, Danos Pessoais- VAT,Operapoes Diversas e Vida em Grupo.

C1FRAS DO BALANQO DE 1980.

CONSELHO DE ADMINISTRAQAO

Pamphilo Pedreira Freire de Carvalho - Presidente.

Paulo S6rgio Freire de Carvalho Gonpalves Tourinho - Vice-Presidente Francisco de Junior - Vice-Presidente.

DIRETORIA

Paulo S4rgio Freire de Carvalho Gonpalves Tourinho - Diretor Superintendente

Luiz Carlos Freire de Carvalho Gonpalves Tourinho - Diretor

Jos6 Maria de Souza Teixeira Costa- Diretor

Antonio Tavaresda Camara — Diretor

Fernando Antonio Sodr6 Faria - Diretor

Sergio CharlesTCibero - Diretor

MATRIZ:Salvador/Bahia.

SUCURSAIS NAS ClOADES DE: S?o Paulo - Rio de Janeiro — Porto

Alegre - Fortaleza - Recife - Belo Horizonte - Manaus - Teresina - S3o

Luiz - Maceid — Beldm - Natal - Aracaju - JoA Pessoa - Curitlba -

Vltdria - Brasflia - Goiania - Culab^ - Campo Grande.

AQENCIAS EM TODO 0PAHS

OPREQO DA SAUDE

Luiz Mendonpa

N§o i todo orpamento dom6stico Que comporta o onus da assistencia m^dico-hospitalar dos estabelecimentos particulares, freqiientemente pairando em alturas apenas acessfveis as classes de renda superior.

Como alternativa existem a rede hospitalar oficial e o sistema operado pela previdencia social. Alias, nesses setores, e notadamente no ultimo, 6 certo que vSm ocorrendo senst'veis melhorias em diversas regioes do Pai's. Mas ambos continuam subdimensionados em relapao a uma demanda cada vez maio>, carente de atendimento pronto e satisfatorio.

Mai acomodada entre as pontas desse dilema, cresceu no Pai's uma classe m6dia com poder aquisitivo para financlar outra espdcie de solupao, capaz de ocupar o espapo intermediario. A solupSo no caso 4 a do seguro-saude, apto para colocar um bom aparelho assistencial d disposipao da ampla e densa zona central do nosso perfil de rendas.

E claro que se pode contar com modelos opcionais de organizapao e funcionamento desse tipo de Seguro. E a legislapao brasileira fez sua oppfo, inclinando-se para os sistema em que a empreM,seguradora cumpre o verdadeiro papel institucional de gerir riscos, para tanto mobilizando os necess^rlos recursds financeiros, prdprJos e alheios, estes naturalmente fornecidos pela massa de seguros. Em tal esquema a empresa analisa e avalia os riscos, prev§ os custos respectivos, fixa os prepos das garantias e nessa base as vende ao publico. Com os recursos assim arrecadados paga em dinheiro a assistencia do

medico e do hospital Hvremente escolhidos pelo paciente-segurado.

A lei, fazendo essa escoiha, n§o fechou a porta a outras formulas antes praticadas, dentre elas a das beneftcSndas (de consagrapao secular) e a das associapoes profissionais ou estabelecimentos hospitalares sem fins lucrativos, voltados para a Institucionalizapao da medicina so cial. Foram em suma respeitadas as situapoes pre-existentes, sem no entanto ser consentida a criapao de novas situapSes divergentes da eleita.

Esse texto legal completa no corrente ano seu primeiro decenib eo problema ^ que at^ agora nao foi possivel regulament^-lo, embora seja isso indispens^vel a sua efetiva e plena execupao. No I'nterlm novas situapoes e criararn, o perfil da distribuipao de rendas experiroentou alterapoes e a procura latente do seguro se expandiu. Parece assim conveniente e oportuno enfrentar agora o problema, tanto mals que sua solupao comprovadamente nao antagoniza, hoje nem nunca, a evolupSo da previdencia social, pois desta S antes coadjuvante e complemento.

Os seguros de pessoas— e nessa categoria se enquadra o de saude - jamais rlvalizaram com a previdencia social. Sempre houve util e paci'fica coexistencia dessas duas instSncias de bem-estar e protepSo do homem. Numa ou nou^,ou em ambas, sem que as duas jamais institucional e mutuamente, se excluam,sempre ser5 e deverS ser possi'vel encontrar garantia e amparo para as consequSncias do 6bito ou da perda da capacidade de trabalho.

As garantias bJsicas oferecidas pela

V
Capital e Reserve Cr$ 3.806.647.757.00 F^gceita Cr$ 6.795.267.502,00 Ativo em 31 de dezembro Cr$ 6.206.969.142,00 Sinistros pages nos ultimos 3anos Cr$ 2.061.821.729,00
REVISTA DE SEGUROS &

prevldencia social filiam-se a determinados eventos. Sao eles a morte, a invalldez, a doenpa, a velhice e o acidente de trabalho. Essas mesmasgarantias configuram muitos pianos de seguro de vida, vincuiados a morte ou a sobrevivencia do segurado. 0 mesmo ocorre nos seguros de acidentes pessoais, que al6m dtsso ocupam a falxa das atlvidades tanto extraprofissionais como profissionais, sem atritos com o estatizado seguro de acidentes do trabalho.

As duas instanclas possuem uma irea de Intersepao que, all^s, nao 6 difrcil desenhar. A previd§ncla social i a institui(fSo das grandes massas enquadradas em certos limites de renda. Sao camadas so cials amplas, sacrificadas e domlnantes em nijmero. Neias brota, com forpa justificadamente bem maior, o desejo de meihoria na escala dos benefi'cios que supram a queda ou perda de renda. Esse refor?o nao pode ser dado pela previdSncia social, face d rigidez dos seus pianos e aos limites que Ihes devem ser impostos. Mas pode e 6 dado pelo seguro privado, nSo impor-

tando renda ou posipao social, sendo fal sa a id^ia de que essa outra institui(pao se destina a uma elite de usuarios. Visando igualmente ao amparo da famHia, tanto o trabalhador de salario mfnimo faz um seguro de vida de 20 mil cruzeiros como o empresario bem sucedido, um de 20 milhoes.

Essas atuagoes justapostas, que se somam para alargar disponibilidades de protepao uteis S promopao do bem-estar so cial, sao hoje exercidas pela prevldencia social e pelo seguro privado em rela^So a todos OS outros eventos comuns a suas atl vidades, menos a doenga. Nao porque nes' se terreno faltem oportunidades para uma presenga vigorosa ealtamenteprofi'cuado seguro privado, pois ao contrario elas existem at6 mesmo em demasia. Simplesmente o que faita ^ uma intervenpao regulamentadora, capaz de ordenar e estimular daqui para a frente a evolu^ao sadia do seguro-saude na esfera da iniciativa privada, hoje mais ou menos entregue h prdpria sorte.

O QUE A REVISTA. Dt SnGUROS

PUBLiCAVA H.A 50 ANGS

CRiMES DE PEf<iGO COVti

0 ancendio constitui sempre e;>crf uma indOstria fraiicamente ex^'orscla e muito rcndus, c.<^bsr£d oeJo rndntc da impunfdade.

A existencia de emp'tss de seguros manism essa situsf.l'o. soij umJos osaspectos vexatoris, que esta a exiglr ume a'sso repressiva, continuada. anergjf:2 e severa.

As casss >an; seou-c ardam: os negdcics .tSc tem iT.snifestaccea de fogo.

So?ni.-nte os comerclantes em condicoes dificeis estao expostos a ests casuaItdade.

Esta € a verdade comprovada pexs observacso dos fetos. verdarfe qua oave ser muitfis vezes repeiida.

Ha homens rico-j que taiTibem especuiam corn o seguro, quer p!C>vocando o sinistro, quef praUcarrtlo ourros fraudes.

■A foftu"-!.;! nunc... \nipor;oo sm honesddade, Uv^is niuitas vei.es — chegam a e!a OS que noo sao rnuito lisos.

Companhia de Seguros

C.G.C. 61.665.131/0001-00

Capital:Cr$ 650.000.000,00 Ativo Ifquido Cr$.2.418.377.426,59

M.atriz

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PABX 239-1822- Telex nP (Oil) 23859 CP 3320-End. Telegr^fico

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Santos,SSo Carlos,Sao Josd do R io Preto, Sao Jos6 dos Campos, Sao Luiz, UberlSndia.

Ramos em que opera

Todas as modalldades de Ramos Elementares, Ramo Vida, Ramo Saude e Previdfincia Privada.

A inteligencla, o saber e a aotkiiJo comercia! sao eiGmentos nobres par?, a conquists do capiiai.

AqueSes aos queis a nao dotou com estas qualidades, nem deu iimpeza moial, as rubstituem pela esperteza. a trnpa <? o egoismo excessive, vencendo frequentemente.

Nu!"'; ccso de incendio de origem obscura n.?o se deve invocar as condiqoes da fortuna do segurado, para decluzir a Cdsuaiidai^ do fato. So cs simples de espirito poderSo acred itar na obra do acaso, tantas vazes repetida.

0 fwo furtaras do Dccaloco '\no tern tido influsncia na alma humana.

0 hiomern 4 uni animal desonesto e cruel, A nao seren! aqueles que represcfv

ian- o? da esqc\'ic a r:,-.-. contem serJo- c lo'.io -tvli msi;. :: -

Em--f K'Jas as mani^esfacues d-; oicG i.'vaend i? propos'ta! e uma das na-.pa-versf.

0 iocsndiar'-o nao pode n>6dir a expsnaio do seu c- ^ixve, mo so em rewcao as pessoos. convD as coisas. Nao pensa sr,'que' no i isco ? 3.>-2 o-xjoe os culros mo -fedoras do cfexi>o. os v!£inhos e os bembeircs qu s penosamente cumprem o seo de -'dr 03 cesoir.rso daqueSes que, nao tendo penj&m todo? os seus haveres.

Oe r-ado s= iembr--. o maivado e gai^anrirso sert o da. pcssibUtdade de retsPer o v.'dor seCjjrado

De loGcs OS tatos puniveis e este o menos punico. Ha nas nossas autorxiadcs u.Tta ccrta conicmp'agiio.

0 iricendia r«?o e um nagocio de saguro, que aieto .i.oenas o erarIc dss c.dsr.pslihias. o quo' as mesnias gorantias d.'} propriaciscic eci gersl. mas un; crime .contra a incolitmidadf} pOblica, cujas consequencias oodem ser espantosss. 0 da impuni-dade lem »ncentivudo r.ovc-s daiitos.

Tao perversa I essa casta de criir.inosos, que ofocura tasnpar sobre outros s responstbibcicds-: dc proprio crime.

Um indivkno estabeiecido a rue fit Quitanda. nao rie muito, consagu'u perie tfcr no escrbcri.> do disunto no IP andot s ciear o 'ncendio. febzment€ ap3'^do em corneco. A poiicio trioi. todos OS obstiicaios a prova da ct rrninali dacie deste fato. apezar do inquerito ter side acompanhado por urr dos me»s levados me-nbrq-s da advocatura, irmao dtqusse vitinm do incendisirk).

Um e outro devem ter horro' Clime c-qvarde. que se Tivcsse skIo tToncu

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REVISTA DE SEGUROS m

mado e o kxatario do escrftdrio o tivesse >«ria «u nome presa da malidecanda p6bliea.

A calunia, como o carvao, quando nSo qudma.^ana.

S« OS olfios dss autorkiades nao se fwheeam pars nSo ver o sinistro clarao da*BS fogueffM, os seusautores medirlam o pdigo a qua« expoem.

Mas, nSo.0 iijcindk) € uma industria tolerada, protegida a at6 stmpatizada por certas pessoas.

Estas, diante da resistencia de uma companhia, tern um 6 de espantapao.

Os seguradores, que se defendem bravamente, s3o chamados chicanistas e desonestos. Tern esses crfticos a mesma mentabilidade de Saint Just, para quern a defesa etoquertte de Danton significava que eie era culpado.

As companhlas de seguros, continuamente roubadas, raramente deixam o case ir a juizo. Transigem.

A resperto, diz Alfred de Coury, nas Questions de Droit Maritime":

"Um advogado repetira a banalidade de que os seguradores acham bom receber OS premios e nao pagar os sinistros, e um juiz dtri que os seguradores nao deveriam jimais,ter processos".

Ha algum anos, o propriet^rio de um caf^ i rua dos Andradas,tendoum seguro elevado, pensou em especular pelo irtcendio. Uma tentativa foi descoberta por empregados da casa vizinha, mas pou00 depois se deu a catastrofe, com o sacrrffcio de vidas de moradores do sobrado.

Um rapaz pertencente ^ famflia das vftfmas e ele proprio tendo saido ferido, nao confiando na eficlencia da justipa e sabendo que o tncendiario espalhava contar com pfDtBtores. que Ihe garantiam a abSoivM^ e o recebimento do seguro, resoiveu fazer a lustipa privada e prostou•S8 com um tho na testa, a porta da charutaria Havaneza

A justi^ nao se achou com o direito de castigar essa brapo vingador da sociedade ultrajada a ele foi absolvido.

Ha srtuapoes, diz Bluntschli, n' "A Politica", qua justiflcam a frase de Splnosa:"Matai-o, e um cao danado."

Os nihilistas dizlam que se devia matar aqueles que fossem maus e podiam fazwomal.

A vrtima, nesse caso, anihilou o incendiario, Nas sociedades semi-barbaras, diz Spencer, somente o temor das repres^lias pode conter os instlrtos criminosos. Tolerancia, bondade, piedade ou fraqueza sao.incompati'veis com o exerci'cio da justipa.

A judicatura requer entre outrasqualidades, energia e bravura.

Os incendidrios absolvldos contam depois as suas habilidades e riem dos juizes que nao viram o crime, que estava a mostra.

Quando, por acaso, se consegue uma prova que se imponha com a brutalidade do fato visto, examlnado, apalpado e sentido, nao faitam maes, irmas, noivas, muIheres e filhas dos denunclados, verdadeiras ou suposta, para comoverem o sensi'vei corapao de Themis, obtendo a negaplfo das agravantes mais evidentes e, o reconhecimento das atenuantes mais duvldosas, para ser fixada no mi'nimo a pena legal.

Ha seis anos, foi aqui incendiado um estabelecimento Industrial, cujo vigia confessou a autoria do fogo, dizendo ter agido a mandado de uns alemaes instalados numa das alas do edrficio, com fabricapao de elasticos.

A confissao, amplamente testemunhada, coincidia com todas as circunstancias do fato, e nao obstante foi ele absol vido, porque a confissao nao foi repetlda no sumario. Entretanto, diz um dos mais ilustres magistrados do norte, odesembargador Abner Vasconcellos, da Relapao do Cear5: "A confissao feita, perante a po(fcia, sendo livre e coinci'dindo com as circunstancias do fato, teni todo valor e, apoiada em elementos mesmo indiciarios, fornecidos pelo sumario, prova plenamente a autoria"

"A confissao do red, na parte que Ihe toca, coinci'dindo com as elucidapoes o processo, faz prova contra o confidente" (Abner Vasconcellos — Declsoes Judiciarias, pags. 227 e 197, com citapao de Galdino Siqueira, Proc. Grim., pag. 44).

No acordam proferido sobre a revolupSo de 5 de julho de 1924,em Sao Pau lo, o Supremo Tribunal Federal teve, no mesmo sentido, o seguinte consideranda;

"Considerando que a prova colhida em inquerlto policial tern por bom valor probante, quando nao infirmada pelo sumario, ou destruida por defeituosa ou falsa por outras proves oferecidas pels defesa. 0 nosso sistema processual empresta-lhe inquestionavel valor juri'dico, tanto assim que Ihe forpa para a pro va da materialidade do crime e para a concesslo da prisao preventiva".

A declsao a .que nos referimos nao consultou OS principios jurfdicos que regem as provas, nem se insplrou na necessidade social de defender a ordem e a tranquilidade publicas, contra malfeitoresdessa especie.

Nao tendo apelado o IVlinist§rio Publico, ficou encerrado o processo.

0 mesmo juIz absolveu dols denun clados por crime de incendio, apesar do auto de corpo de dellto ter declarado que o fogo foi preparado e ateado por mao humane; que no estabelecimento, aberto havia menos de 15 dies, nao existiam senao mercadorias no. valor de quatorze contos de reis. oara um seguro de oltenta contos de reis; que foram encontradas abertas dezesseis latas de oleo, dentro do armazem; que em quatro pontos dlversos do piso, o ladrilho apresentava calcinacS'o mais intensa ( o que indicava quatro f6cos distintos ), e que as labaredas subiram de baixo para cima, conforme os vestfgios deixados na parede, o que exc.luia a hipotese de um curto-circuito.

Esses dols casos sac bastantes para demonstrar que no desenvolvimento dos incendios tern side grande influen.cia, nab so a insuficiencia dos inqueritos

policiais, como nos disse o marechal Fontoura, entao chefe de poirda, como a bondade excessive da magistratura.

Os povos civilizados tern o sentimento viril da justipa. Nao condescendem com incendiarios, que ameapam queimar os outros e sacrificam bens alheios, levados pelo torpe interesse peouniarlo. Se pagam o premio do seguro, buscam, no in cendio, um outro premio.

As empresas seguradoras nao sao instituipoes de beneficencia.

Quern quizer praticar a caridade, deve faze-lo a propria custa.

A justipa oeve ser a vontade firme e perpetuar de dar a cada um o que ^ seu.

0 falso incendio casual, & um dos mdices da geral corrupp&o. Tao facil, tern sido o incendiarlsmo, que ha quern censure os juizes dfgnos que nao sc amancebam com esta figure delituosa.

A sombra dessa complascencia t?o nossa, o furto e o roubo a bordo dos na vies e nos trens que penetram no nosso hinterland, nao sao tambem punidos. Patronos existem que juram pela boa fe dos seus constitulntes, mas no mtimo nao creem no conto ao vigario do inc§ndio acidental.

0 seguro teve a sue principal escola na Inglaterra. Ela pos, em pratica aquilo que foi apenas um ensaio entre os romanos e nas cidades meoiterraneas, na Idade Midia. Nosdominiosda Regedora dasVagas, OS capitoes imperitos, no mi'nimo, sao condenados d privapao do comando. Ou tro tanto acontece nos demais pai'ses policiados.

A defesa das companhlas contra os seguradores de ma f^, nSo causa reparos 1^, porque 6 antes o exercfcio de um di reito, em beneflcio da ordem publica. A especulapao pelo incendio nao tern protet.ores e desculpadores, como acon tece em certas terras semibarbaras.

Ha pouco mais de dols anos, num tribunal londrino, no proferir a sentepa condenatoria de cinco anos de prisao, nas cadeias de Sua Majestade, contra um incendi^rio, advertiu-o de que, se do seu

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ato houvesse resultado a morte de alguem, a pena seria a de forca.

No tempo de Cromwell, dizia a justlpa: o criminoso seja enforcado pelo seu pescoco.

Em Portugal, rezava a lei, ao tratar da pena ultima:

"Morra de morte natural, na forca".

No Brasii, os acidentes marftimos nao sao objeto.de investigapao dasautoridades competentes para a veriflcagao da culpa CTiminal dos comandantes,. Os repetidos furtos de mercadorias em transportes marftimos e ferroviarios nao Impressionam.

Os constantes Incendios no centro das cidades nao lembrqm nenhuma medida de protepao a vida e a propriedade alheias.

Fogueiras pavorosas apenas causamum arrepio de indignapao, que depressa passa.

Se, por caso, o incendlo d interrompido em comego, a ha posslbilidade de uma condenagao, o incendiario foge sem ser perseguldo.

Foi apenas uma operaglio comercial que fracassou.

Depois, o pantano da alma coletiva volta a tranquilidade para refletlr o clarao de novos incendios Impunes.

OPINIAO DA REVISTA

A INDEPEND6NCIA DOS DEPENDENTES

Um caso inusitado foi recentemente decidido pela Justiga inglesa. 0 Sr. James Dodds Junior falecera (dia 4 de maio de 1973) num acidente de transito. Seu automovel, atravessando a faixa divisoria das pistas de rolamento, terminou colidindo, do outro lado, com um caminhao. A propria Bra. Agnes Dodds, que dirigia o carro do marido, a admitiu haver o desastre re sultado da culpa sua.

■JmKSHIRE-CORCOVADO

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Pelo grau de parentesco, que Ihes confere a condigao de representantes legats da vi'tima, os pais desta reclamaram judicialmente, em nome do espolio, a reparagao de danos. 0 valor desse pleito, segundo a reclamagao seria calculado com base na experiencia de vida que, nao fosse o acidente, teoricamente poderia ser atribui'da ao falecldo. Diga-se aqui, de passagem, que esse i um calculo do campo das fungoes biometricas, ou melhor, da matematica atuarial, responsavel pela elaboragao das t^buas de mortalidade que as companhias de seguros de vida utilizam em seus pianos de operagoes, cbmo Instrumento de medida das probabilidades tanto de morte como de sobrevivencia.

No espolio de James Dodds Junior, as partes interessadas eram a viuva (evidentemente) e o filho do casal, o menor Gary Dodds, ambos dependentcs "in totum" da renda que em vida auferia o chefe da fami'lia. 0 problema jundico-legal, no caso, surgiu exatamente da dupla condigao da Bra. Agnes Dodds, ao mesmo tempo credora e devedora da inde-

nizagao cabi'vel pela riorte do marido, evento de que - seja repetido - ela propria se inculpara,

A legislacao inglesa, em materia de reparagao de danos, passou por uma evolugao secular. 0 "Fatal Accidents Act', de 1846, com todas as suas numerosasalteragoes, foi consolidado por uma lei do ano passado. Mas, em toda essa longa trajetoria historica do pensamento juridiCO- britanico sobre a responsabilidade ci vil, nunca fora objeto de apreciagao ju dicial um caso semelhante ao da Bra. Dodds e seu filho menor.

0 juiz Justice Balcombe, at6 peio proprio nome obrigado a fazer justiga, nao contou assim com o suporte de estudos e decisoes precedentes que o pudessem guiar o oferecer subsi'dlos. Teve que firmar orientagao propria, munindo-se para isso de bem catgada detecgSo do espi'rito e objetivos da legislagao especifica, para chegar a uma solugao justa e equitativa. Isso, e claro, com a responsa bilidade de lavrar uma sentenga pioneira. Fixou-se o magistrado, entao, no entendimento de que lei, em vez de tratar o grupo familiar como um todo, cuidava antes e sobretudo de atender individualmente a cada um dos respectivos membros, em fungao de suas diferentes perdas financeiras. Pode-se considerar isso, e 6bvio, como o princi'pio da independencia dos dependentes. Como decisao final, o juiz estabeleceu em 750 libras a indenizagao do dano correspondente a expectatlva de vida da vi'tima; em 163 li bras, o reembolso das despesas com o funeral. A primeira quantia, creditada

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REVISTA DE SEGUROS Assinatura anual Cr$ 800,00

e a segunda, debitada ao espolio, resultando o valor liquido de 587 libras.

Tal Importancia pode ser considerada simbolica diante da indenizaoao atrlbyi'da ao filho manor, Gary: 17 168 li bras. 0 relatorlo qua foi iiberado sobre o caso nto explica como se avaliou a reparapao do dano do garoto. Presume-se, no entanto, que um dos fatores deve ter sido o segundo casamento da vluva.

No direito brasileiro, como a responsabllidade civil deriva de um ato lli'cito (culpado ou doloso), prevalece a regra de que o autor do dano n5o pode tirar proveito da reparapSo, para si ou para seus , herdeiros e beneflciirios. Esse 6 o motivo , pelo qual,em nosso anterior sistema de seguro obrigatbrlo da responsabilidade civil relativa a acldentes de transito, nao se incluiam na cobertura os danos que sofresse o proprietario do vei'culo inculpado pelo acidente, nem seus parentes e prepostos. No esquema atual, por6m, que ^ praticamente despojado da figura jurt'dica da culpa, o seguro obrigatorio toma a forma e o conteudo de um simples seguro de acidente, alcanpando todas as vi'timas, e at6 mesmo o proprietario do vefculo, cuios danos pessoais (inclusive morte) tamb§m sao objeto de reparapao. Um siste ma, como se ve, simples e objetivo.

que, nos Estados Unidos, mantem numa incomoda vigi'lia o adminlstrador de em presa. Contra este, expande-se o habito da instaurapao de processo judicial, por iniciativa de acionistas que formulam acusapoes de negligencia comercial e erro de decisao administrative. Ja foi at6 elaborado um piano especial de seguro para proteger a responsabilidade desses homens de empresa — o "director's and officer's liability"-

A autora da referida materia jornalistica, para tranquilizar os britSnicos, diz que eles nao precisam de tal seguro "talvez ainda nao, mas breve". Comepa por dizer que nos Estados Unidos o clima jurfdico-legal 6 outro. Alem disso, na Terra de Tio Sam ha uma especie de Comissao de valores Mobili^rios, que e "uma feroz campea dos direitos dos acio nistas". Estes, inclusive pela atividade constante daquele orgao, sao bem mais conscientizados sobre a exata posipio em que a lei os situa e, portanto, s§o bem mais reivindicadores.

maiores empresas britanicas, sentem a necessidade de seguro para cobrir a respon sabilidade pessoal dos seus dirigentes".

Mesmo assim, faz referenda a dois precedentes judiciais. desvantajosos para os di rigentes processados.

RC DO DIRIGENTE

Em materia escrita para o "Inves tors Chronicle", de Londres, a jornaiista Helen Fearnley administra certa dose de analg^sico para as dores de cabepa do empres^rio britlnico. Este pode eventualmente preocupar-se com a suspeita e , possibilidade de que nao tenha comprado um seguro em condipdes adequadas as . necessidades da sua empresa. Pode, ds vezes, perder uma noite de sono com a ameapa da responsabilidade de uma bruta indenizapao, devida pelo dano causado por um produto (defeituoso) de sua fabricapl'o. Mas nada disso se compara — diz Helen Fearnley — com a insonia

0 acionista norte-americano, se entende que nem tudo vai bem na empresa e que seus interesses nao estao sendo corretamente representados, tem dois caminhos judiciais a seguir. Pode juntar-se a outros acionistas, numa apao conjunta, ou pode demandar sozinho. No primeiro caso reparte com os litisconsortes as despesas do processo. No segundo caso, em vez de pagar honorarios ao advogado, a este d^ uma participapao no resultado Citil da apao (indenizapao paga pelo administrador demandado).

No Reino Unido o clima 6 outro.

0 sistema processual nao inclui os tipos •de apoes existentes nos Estados Unidos e OS acionistas nao se animam a enfrentar o risco de pagarem os custos de demanda judicial. Ademais, os relatorios das empresas sao parcos em informapoes, se comparados com as pepas congeneresdo mundo de negocios nos Estados Unidos, onde flguram dados em maior quantidade e com muito mais detalhes."At^ o momento (diz a jornalista do "Investors Chroni cle"), relativamente poucas, dentre as

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Segundo a autora, a diferenpa de clima entre os dois pai'ses esta refletida nos prepos de seguro estabelecidos pelo mercado londrino. 0 dirigente britanico tem cobertura por um prepo que varla entre metade e um quarto da cotapSo estabelecida para seu colega norte-ameri cano. Diga-se, a proposito, que nos Esta dos Unidos ha uma empresa de pesquisa — a "Wyatt Company" — que, num dos seus primeiros relatorios (em 1972), concluiu que os prepos eram muitos altos para o seguro da responsabilidade de administradores. Mas no ano seguinte limpamente retratou-se porque, investigando melhor, descobriu que o aumento da incidencia de processes deteriorara a experiencia detal seguro.

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E o clima, no Brasil, qual Deve ser frisado, a bem da verdade, que o empresario toma um susto, ao ler a nova Lei de Sociedades Anonimas (Sepao IV, artigos 153 a 159, a maioria deles com numerosos incisos, par^grafos e alineas) Mas o susto inicial logo passa, bastando uma rapida vista de olhos no meio amblente empresarial, ainda nao contaminado pela atuapao poluidora do acionista impertinente, fupador e reivindicante, nem pela mania de punir o administrador faltoso.

ENGENHARIA GENETICA

Nos Estados Unidos acaba de cair uma proibipao legal; a de patentearem-se OS chamados "produtos da natureza". A decisao foi da Suprema Corte, em favor da General Electric, empresa cujos cientistas criaram em taboratorio um microorganismo para limpar a poluipao atmosf^rica causada por vazamento de petroleo. Se gundo laboratdrios amertcanos, a decisao liga o sinal verde para novo e importante desenvolvimento da engenharia gendtica.

Essa mesma engenharia ji abrira caminhos no campo da procriapSo humana. Sua mais recente e conhecida conquista foi o bebe de proveta, de tanto Impacto na opiniao publlca mundial.

GRUPO SILVIO SANTOS
74 REVISTA DE SEGUROS REVISTA DE SEGUROS 75

Alias, quern se der p trabaiho de coieclonar notrdas divulgadas sobre o assunto, chegara a conclusao de qua, nos Estadbs Unidos, vem crescendo o contlngente de adeptos da inseminapao artificial em seres humanos. E uma absorpao, pela moral social, das tendenclas permisslvas das sociedades produzidas pela ctvilizapao industrial. Os avanpos da ciencia, ao inv^s de se Hmitarem a condipao de glo rias academicas, terminam convertidas em . instrumentos — sem outras barreiras, a16m das estritamente cientfficas — para satisfapao das necessidades e asplrapdes humanas. A engenharia gen6tica, que nao 6 excepSo, est6 indo por esse caminho.

A reportagem do "Fantastico", programa da TV Globo, h6 pbuco tempo entrevistou um casai americano cujo lar se salvara pela inseminapao artificial. A recipiente, amiga de infancla da esposa est6ril, residia com o casal e a este dera dois filhos. Esse 6 o 'caso, esclareceu a reportagem, da "mae-de-empr6stimo", que assume o seu papel 6 base da amizade a do altrui'smo. Na grande maioriados casbs, acrescentou, a recipiente e a "mae-de■^fuguel", paga para procriar.

Naquele mesmo programa, em outra reportagem foram entrevistadas personalidades da comunidade cientiffca norte-americana, cujas opinipes se dividiram so bre a id6ia de produzir-se uma nova gerapao de gSnios, a base da utilizapSo de se mens de pessoas laureadas com o Premio Nobel.

0 que mais autoriza a dedupao da crescente pr6tica da inseminapao artificial nos Estados Unidos 6. no entanto, o fato de 13 estarem proliferando os chamados "sperm banks" - que, no dizer de um

jornalista, podem tambem conceber tremendas responsabllid?des. E exatamente para cobertura dessas responsabilidades estao sendo compradas apolices de seguro. 0 Cryo Laboratory Facility Ltda., de Chicago, tem, por exempio uma apolice de 600 mil dblares. A Hull & Co. Inc., empresa de coiretagem que tem vendido seguros para dtversos bancos, diz que a apolice ti'pica da uma garantia de200 mil dolares para cada ocorrencia e de 600 mil dolares para ocorrencias agregadas. Em um ou outro caso, a cobertura 6 de 500 mil dolares por ocorrencia e de 1 milhao para a agregapao.

Acxjntece, por6m, que seguradose seguradores nao estao plenamente satisfeitos com as solupdes ate agora adotadas. Estao sendo utilizadas, ora apolices comuns de seguro de responsabilidade civil, ora apolices de seguro de erro medico. No entanto, as responsabilidades dos "sperm banks" sao variadas, em alguns caso'; um tanto nebulosas e podem, inclusive ser extensivas ao nascimento de crianpas defeituosas. Na inseminapao artificial, tudo quanto possa ocorrer a mae ou 3 prole deixa de ser responsabilidade da natureza para recair sobre os bancos que recebem, conservam, operam e administram o se men.

Assim, alguns especialistas sustentam, com razao, que as apolices comuns e tradicionais no mercado devem ser postas de lado. Os novos clientes pertencem a uma categoria sui generis e para eles devem ser criadas garantias especi'ficas: "a tailor-made coverage for sperm banks".

E isso af.

60 ANOS DE tradicao Revista
de Seguros
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REFLEXOES SOBRE O SEGURO E A INFLAQAO

Talvez constitua um dos desafios mais apaixonantes do mundo contemporaneo que os homens de Estado e de empresa possam enfrentar aquele que se retaciona com o controle da inflapao e o manejo economico e s6cio-poli'tico dos povos diante dos desequili'brios de toda I'ndole causados pelo aumento imoderado dos pregos.

alguns poucos anos, o tema da inflagao era problema do qua! se incumbiam apenas os pai'ses subdesenvolvidos ou em via de desenvoivimento. As nagoes industrializadas, nao sem certa dlspilcencia, observavam o fenomeno como pr6prio daqueles Estados incapazes de admirHstrar adequadamente suas minguadas finangas. Pouco ou nenhuma importSncia se dava ao estado ^rio de seus efeltos e conseqiiencias, mlrando-se como algo distante e impossfve! de que Ihes acontecesse.

Comentava um amigo que, se o ap6stolo Joao houvesse conhecido, em seu tempo, o fenomeno da inflagao.o Apocallpse teria sido um cavateiro adiclonai, porque: Que melhor especiro tem engendrado o mundo da economia senao o desta particuiaridade que as nagdes e os po vos se vem obrigados a suportar, que enrique Estados, gera revolugdes, cria descontentamentos sem par, arrebata iaos pobres suas esperangas de dias melhores, assusta os.rlcos, cuja fortuna nao est^ adequadamente Investida, que tira parte do sal^rio do empregado e do trabalhador, desestimuia o empres^rio e confunde a todos?

Por6m, hoje em dia, em que este fendmeno atinge a todos nos, nos pai'sos

ricos e pobres, desenvolvidos ou nao, a preocupagao nos leva a estuda-lo e a anaiisar suas consequenclas, principalmente nos campos em que nos atinge diretamehte. Para nos, seguradores, o impacto e igualmente contundente e, por isso, valem a pena aigumas reflexoes a respeito.

interdependEncia

Por inflagao, entendemos o aumento geral do pregos em relagao com a unidade monetaria. Suas caracten'sticas variam de pai's para pai's. Alguns economistas — os monetaristas — consideram que tal situagao se apresenta como conseqiiencia de um excesso dos meios de pagamento em poder do pubiico; outros estimam que S o resultado de muitos fatores que afetam a demanda por bens e servigos. Se a infla gao nao excede a 5% ao ano, sua magnitu de 6 considerada moderada; se eia 6 supe rior a 5%, mas inferior a 12%, 6 considera da acelerada; entrentanto, se excede a 12% ao ano, 6 considerada galopante.

A maioria dos pai'ses latino-americanos tem alcangado taxas de infiaglo superiores a 12% ao ano durante o ultimo quinqiienlo, e as nagoes industrializadas, nio poucas vezes, tem apresentado ta xas anuaisde inflagao galopante.

As expectativas economicas para os prdximos dez anos tamb6m sao, claramente, de inflagao, visto que nao se pode freiar o processo infiacion^rio repentinamente sem um elevado custo social e poli'tico.

Os mais habilitados economistas nao tem conseguido coincidir na determinagao exata das causas da inflagao, at§ onde nem

78 REVISTA DE SEGUROS
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como devem ser controlados os diversos fatores que a geram e estimulam. Os monetaristas opinam que o adequado controle dos meios de pagamento permite aa Estado dirigir prudentemente sua economia neste sentido; porem, nao se tem podido estabelecer, com clareza, como estao constitu(dos esses meios de pagamentos. Sao, tao-somente, a moeda em circulaqa'o e os depositos em bancos? Ou tamb6m se deve considerar os depositos em contas de poupanqas? Ou se deve levar em • conta todos os fundos sujeitos a movimentos a vista e os depositos a prazo? Tem-se denomlnado M, -A, M, -B, IVI2 eM3 asdiversas massas de dinheiro que podem constitulr-se em fatores de controie; por6m, medir com exatidao e manejar adequadamente tais massas, tem sido praticamente tmpossi'vel. Aiguns economistas "experts" opinam que o mundo atual e demasiado "sofisticado" para que o sim ples controie monet^rio permita ereduzir 0 processo inflacion^rio. Pensam que e necessdrio estabelecer um controie de pregos e exercer uma supervisao sobre o aumento de sai^rlos. Por6m, seja qua! for a forma de combater a infiagao, 4 claro tamb^m que, economicamente, nenhuma nagao,6, hoje em dia,totaimente.independente da outra.

A interdependencia comercial nao permite a administragao interna de um pafs sem levar em conta o efeito do setor externo de sua economia. Em conseqijencia, os resultados das medidas de con troie monetario encontram-se afetados pelos pregos de bens e servigos estrangeiros. 0-efelto da inflagao causado pelo incremento nos pregos do petroleo, fixados nos ultimos anos pelos pai'ses da OPEP, e um exempio de todos conhecido. Por isso, cada "pat's se ve hoje atingido pelas inflagdes proprias de todos e de cada uma das nagoes do mundo, sendo tanto maior a influencia'de um Estado sobre o restb quanto maior , seja sua importancia economica noambito mundiat.

Em geral, podemos dizer que nao M um 96 pat's no mundo que nao esteja

experimentando os efeitos nocivos do desajuste monetario e do aumento excessi ve de Gustos, ou em que nao se registre a controv^rsia, a confus/i'.. e o desacordo entre seus dirigentes diante do probiema da infiagao. Todos estamos convencidos de que uma moeda sa e fundamental para se obter um desenvolvimento equilibrado e um ciima social e poli'tico adequa do em cada um ce nossos pai'ses. Por^m, paradoxalmente, tanto os empresarios como OS ii'deres si'ndicais e os demaisgrupos de pressao inslstimos ante nossos respectivos Governos para que sejam tomadas medidas a fim de favorecSr ndsMS interesses particulares, esquecendo que, ao propormosque se satisfapam estas reivindicagoes individuals, nao concebidas em conjunto, nos estamos propiciando a infiacao. Na pratica, poderiamos dizer que, consciente ou inconscientemente, o lema do todo cidadao" e-; "Esta bem que se combata a inflagao, mas a custa dos outros".

INDUSTRIA DOSEGURO

Dentro deste contexto geral se desenvoivem as atividades da industria seguradbra, a qual se caracteriza pelos seguintes aspectos, que a tornam vulneravei;

1) bs seguros sao um servigo, que, normalmente, se presta em tresouquatro etapas por pessoas ou entidades diferentes: o agente, 0 corretor, a companhia seguradora e 0 ressegurador. Este pode assumir 0 resseguro diretamente ou,ainda, por interm6dio de um corretor de seguros. Co mo servigo, a despesa administrative de cada uma destas entidades est^ representada, em custos com pessoal, em cerca de 60 a 70%.

2} 0 potencial segurador de cada companhia de seguros 6 quase infinito. Uma empress tem capacidade de assumir um enorme volume de negocios, modificando iigeiramente seu "projeto de trabaIho", gragas ao sistema de resseguro internacional, que permite colocar praticamen-

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80 REVISTA DE SEGUROS
REVISTA DE SEGUROS 81
Internacional de Seguros

te qualquer risco. Nao 6 necessario urn gr^nde capital para segurar os riscos, visto que, em certo sentido, as seguradoras atuam como agentes dos resseguradores, tao-somente assumindo o risco correspondente as retenpoes proprlas.

3) Ao contrario do que acontece na industria manufatureira e outras ativldades empresariais, nos seguros gerats nao «e conhece, "a priori", os custos reais do -produto. A sinistralidade sd pode ser conhecida apos transcorrido o periodo da apolice. 0 pr§mio 6 percebido sobre a base de uma mera expectativa.

4) Nos seguros de vida individual, o volume de premios a cargo da carteira de negdcios colocados nos anos anteriores tende a permanecer estacion^rio; em ou tras palavras, nao ha um incremento no valor dos premios, em face do process© inflacionarlo.

5} Na maioria dos paTses, os aumentos de tarifas dependem de aprovapao prdvia das Superintendencias de Seguros ou do organismo oficial de controle, especialmente nos ramos que tem grandes volu mes de premios, como nos ramos tncendio e Automoveis, e as modlficapdes solicitadas devem estar respaldadas por estudos atuariais e estatfsticos s^rids e que, geralmente, devem compreender pen'odos detresou ma is anos.

6) As normas legais relacionadas com os seguros saodifi'cieisde serem modificados e as interpretapdes e faihas do setor judiciirio e dos jui'zes e jurados tendem a exceder os valores maximos calcuiados pelos t^cnicos que elaboram as apdiices.. Analisando os aspectos comentados, vemos que as companhias de seguros est§o expostas a uma intensa concorrSncia, independentemente do numero de segura doras que operam em cada mercado, isso como consequenc'ia da enorme capacidade que tem cada empresa de aceitar os riscos.

aqao conjunta

Em qualquer economia de mercado, quando a capacidade instalada para elabo-

rar um produto e muito superior a demanda, o prepo do produto tende a diminuir e, assim, se incrementam as vendas. As tarifas de seguros tem diminui'do de tal forma, como resultado da concorrencia, que, atualmente, a grande maioria das se guradoras dedicadas aos seguros gerais ou de danos apresentam perdas operacionais.

A filosofia dos corretores, seguradores e resseguradores e praticamente a mesma: para poder custear os aumentos nos gastos 6 necessario incrementar as ven das, sendo o caminho maisfacil para isso a redupao dos premios. 0 corretor busca seu cliente e Ihe oferece algo melhor e menos dispendioso; a companhia de seguros baixa sues tarifas para realizar o negocio ou nao perder o seu cliente; a empresa resseguradora aceita o rssseguro para manter sua posipao no mercado. Os seguradores e resseguradores adotam esta filosofia com a esperanga, talvez utopica, de que virao melhores anos em mat6ria de reclamapoes. Por6m, dentro de um ambiente inflacionirio, 6 Clara a tendencia de o valor dos sinistros aumentar, e por varias razoes:

1) Porque o valor das reparepoes aumenta;

2) Porque o bem segurado tem um valor superior, no moment© do sinistro, ao que se declarou na data de renovagao do seguro;

3) Porque, muitas vezes, o pagamento da indenizagao se efetua um ou doisanos depois de ocorrido o sinistro. E por muitos outros motives t^cnicos e pr^ticos que nao § precis© enumerar.

Nao obstante, como os gerentes ou presidentes das compahhias de seguros de danos estao conscientes destes problemas, o temor de perder a participagS"© no mer cado os leva a dllatar qualquer determinagao que implique no aumento de prego do seguro.

Os rendimentos das inversoes tem defendido at6 agora estas empresas. Todavia, se as tarifas nao sao modificadas prudentemente, bem como ascondigSesdasapolices, 6 possi'vel que possamos observer, em um futuro nao muito distante, balangos com resultados negativos. As perdas operacionais excederS'o as rentabilidades

produzidas pelas inversoes. A unica forma pela qual as seguradoras sai'ram de situagoes deficitarias no passado foi criando uma consciencia comum do problema que ameaga a industria e buscando uma agao conjunta para reestruturar o sistema tarif^rio.

SEGURO DE VIDA

£ diferente a situagao, no caso, das« companhias de seguros de vida. Existe a possibilidade de calcular atuarialmente, e com grande precisao, o valor adequado dos premios correspondentes a protegao de vida. E se e certo que, no negocio de vida individual, os custos tendem a subir com maior rapidez que o volume de pre mios, os seguradores tem uma margem ampla de defesa atraves do incremento nos rendimentos das inversoes. Num pro cess© inflacionario, as taxas de juros ten

dem a aumentar para manter-se acima ao ni'vel da inftacao e, como os calcuios atuariais das reservas efetuados com juros reduzidos, as inversoes das mesmas geralmente produzem rentabilidade de importancia para atender a es^s au mentos de custos.

A inflagao tum proporcionado uma mudanga no mercJdo de seguro de vida. 0 publico esta preferindo protegao temporaria, seja atraves da subscrigao de apolices individuals, seja por meio de subscrigao de apolices de Vida em Grupo. Os seguros dotais e de vida inteira ja nao tem o atrativo de outras epocas pe los baixos rendimentos que proporcionam aos segurados, nos calcuios de seus valores de cessao ou de resgate. Os segurados percebem, com clareza, que o valor segurado original perde seu poder aquisitivo com o correr dos anos. Preferem, entao, subscrever apolices provlsorias com a ideia

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82 REVISTA DE SEGUROS
COMMERCIAL UNION DO BRASIL 8EGURAOORA S. A. REVISTA DE SEGUROS 83

de ajustar periodicamente sua cobertura, ainda que corram o risco de perder a possibilidade de indenizagao para sua fami'lia quando chegar a uma idade avan^ada.

Em \rfrios paises, tem aparecido no mercado apolices tempor^rias, reajust^veis anualmente. para levar em conta a desvaloriza<?ao da moeda. No entanto, at6 agora tem side impossi'vel produzir uma apolice de vida inteira que se ajuste ao processo inflacionario e cujos premios seiam razoavels.

As companhias de seguros de vida caracterizam-se como entidades provedoras de financiamentos a longo prazo e a taxas de juros defintdas. As mudanpas no mercado de seguros e as varlapoes nas ta xas de juros modificaram o modo de pensar dos funcion^rios encarregados das inversoes. E esperar que, a partir de agora, 05 financiamentos sejam feitos a prazos curtos e os empr^stimos a terceiros se reallzem com taxas de juros vari^veis. Assim mesmo, num future proximo, ser^ mais importante que as inversoes provenientes das reservas das apdiices de vida indivi dual se caracterizem maispor sua liquidez do que por seus altos rendimentos, pois 6 Clara a tendencia de os segurados : rescindirem ou gravarem com empr^stimos suas apolices como conseqiiencia dos elevados valores de cessao, os baixos lucros que Ihes proporcionam e asoportunidades de investirem em outras fontes, em melhores condigoes.

Num ambiente inflacionario, as com panhias de seguros de vida tendem a valorizar-se pelo baixo financ^iro que apresentam as reservas tecnicas. Nao obstante, problemas de mercado, de administragao e de custos forgarao v^rios empres^rios a desfazerem-se de suas seguradoras, provavelmente vendendo-as a outras maiores. Nos Estados Unidos, teve infcio este processo. Diversas companhias de seguros de vida tem sido vendidas por bom prego a outras mabres e estima-se que, nos proximos anos, possivelmente na d^cada de 80, desaparegam 600 das 1.800 compa nhias de seguros de vida que operam nesse pafs.

Algumas companhias de seguros.de vida tem achado conveniente ampliar suas atlvidades entrandc no campo dos seguros gerais, a fim de que seus agentes possam vender os seguros de danos. Os agentes que se especializaram na venda de " apolices de vida individual vem sofrendo uma diminuigao em suas receitas em face das menores com;ss6es que recebem das apolices temporarias; porem, com a nova possibilidade de que os integrantes das equipes de vendas dessas empresas venham a receber comissdes adicionais pelas ven das de seguros de danos, dos quais alguns sao hoje de facil colocagao, devido a necessidade de protegao gerada pelo proces so inflacionario, surgem novas interrogagoes e expectativas para o desenvolvimento de outros produtos que os mercados futures procurarao para atender a suas necessidades.

Os problemas de mercado que sur gem como conseqiiencia da inflagao, devem, por sua vez, ser considerados como oportunidades de novas vendas; no entan to, e necessario tragar uma estrategia de agao diante do future, baseada na adequada consideragao de todos estes fatores. Mais ainda, 6 necessario modificar, em quase todas as areas de trabalho, varies das pr^ticas tradicionais de nossa atividade.

CONTABI LIDADE

Os principios de contabilidade,a for ma de lidar com os livros, de apresentar um balango e de defihir os lucros que, atualmente, todas as empresas utilizam nao foram concebidos para epocas de in flagao. Os resultados da operagao nao refletem a realidade, e o pior de tudo e que sujeitos a impostos de renda segundo normas muito precisas que o Estados tem ditado sobre o assunto.

Por conseguinte, 6 necessario desen/olver um novo sistema cont^bil para levar em conta osefeitosda inflagao sobre cada uma e todas as contas do balango. Os ativos das seguradoras e resseguradoras tem comportamentos variados. As inversoes REVISTA DE SEGUROS

em pap6is de renda fixa se desvalorizam. Em varios pai'ses, 6 costume exigir que uma parte importante das reservas das se guradoras seja aplicada em bonus ou documentos de baixos rendimentos de instituigoes que perseguem objetivos beneficentes. As autoridades nao se dao conta de que menosprezam a solidez financeira das companhias de seguros com tais imposigoes. Em alguns casos, o valor atual dos onus calculado a taxas de mercado 6 inferior a 50%- do prego de compra dos mesmos. Em contrapartida, as inversoes em bens de raiz tendem a valorizar-se com o tempo. Os empr6stimos a taxas de juros de mercado produzem grandes receitas, mas nao se valorizam, enquanto que, por outro lado, a tendencia dos bens de raiz 6 defender a empresa da desvalorizagao da moeda. Todavia, isso nao se reflete positivamente, no que diz respeito a Perdas e Lucros. Como as reservas tecnicas que

protegem os negocios das seguraaoras nao se revalorizam ao ritmo da inflagao, estabelece-se uma transferencia permanente de capital do valor d-.\tas para o patrimonio da empresa,sob a suposicao de que 0 conjunto de ativos esta valorizando-se.

Uma analise similar sobre os efeitos contabeis da inflagao, no que diz respeito aos fluxos de captal por conta dos segu ros, tambem e nncessario, entre outras coisas, para se estudar a verdadeira sinistralidade de cada ramo.

Cada ramo e cada protegao de segu ros tem seu comportamento peculiar diante da inflagao. Tomando se, por exemplo, o ramo Autonbvel, vemos que em diversos pai'ses, os pregos dos vei'cuJos novos que, geralmente, sao utilizados para fixer os premios de danos, tem aumentado em menor proporgao que os dos vei'culos retirados de circulagao, co mo conseqiiencia das condigoes de concorrencia da industria automobilfstica

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nos ultimos anos. Este fenomeno tern provocado urn incremento importante na taxa de sinistralldade, visto que o valor m6dio de cada reparapao tern aumentado em maior proporgao que a media correspondente dos premies. Per outro lado, quando se trata de repararpoes, existe tamb^m a tendencia, a longo prazo, de que 0 valor correspondente aos salarlos

ou honorarios pages aos mecanicos se eleve com maior ra'pidez que o t'ndicedo custo de vida. Poderia se argumentar que o mesmo deveria ocorrer em situapoes de concorrencia sem infiapao; todavia, se tal fosse o case, os efeltos sobre o balango da seguradora nao seriam tao preocupantes em termos relatives.

A t^cnica contabil tradicional da a cada ativo o valor correspondente ao prepo de custo, menos a depreciapao espectiva, se 6 o case. Nao obstante, e claro que esta'o sendo contabllizados em cada rotulo unidades monetarias dediferentes valores, dolares, ilbras, ou cruzeiros de 1975 com as mesmas unidades depreciadas em 1980.

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Diante da imagem equivocada que, em um dado memento, o sistema conta bil tradicional pode apresentar e perante o fate de que 6 praticamente impossi'vel modifici-lo da noite para o dia, porque Isso exigiria mudanpas nas normas legais, no codigo tributario, nos metodos de trabalho etc., ^ conveniente que cada se guradora analise detidamente estas particularidades.

GUSTOS ADMINISTRATIVOS

Com a deteriorapao dos lucres das companhias seguradoras, surge sempre a id6ia de reduzir os custos operacionais. Estes se dividem em custos de vendas e em custos administrativos. Os primeiros correspondem, principalmente, as comissoes que ganham os agentes e corr'etores, OS quais enfretam tamb^m um consideravel aumento de custos. Por esse motive, as seguradoras, geralmente dependendo destes intermediaries para suas vendas, encontram dificuldades de reduzir os custos. Nao obstante, dentro de um ambiente de concorrencia e infiapao, se as comissoes sao elevadas para a funpao de que desempenham os corretores, cedo ou tarde aparecera uma tendencia para que os proprios ciientes busquem uma diminuipao de tais comissoes. Isto 6 conseqiiencia de que o?, ciientes, convictosda necessidade de reduzir seus proprios custos, ao exigir diminuipao nos premios dos seguros, obtenham de todos os representantes das etapas em que se processa o servipo do se-

guro uma redupao em suas margens de lucro.

Os custos propriamente administra tivos, segundo diversas experiencias, tao-somente podem ser diminui'dos atrav6s da redupao do numero de empregados, ou nao aumentando-o, a fim de atender a um maior volume de negocios. Em outras palavras, somente elevando a produtividade por empregado se pode obter melhores resultados operacionais. Nos Estados Unidos, e em outros pai'ses, algumas ex periencias tern demonstfado que programas s&'ios de produtividade, geralmente de tipo participativo, tem apresentado excelentes resultados.

Um dos concertos mais importantes que todo empresario segurado deve ter ,diante do processo inflacionario e o da necessidade de tomar decisoes com grande agiiidade para evitar que problemas de facil solupao, se nao sao tratados a tempo, se tornem problemas cn'ticos. Tanto pa ra ajustar tarifas como para modificar as clausulas dos contratos de seguros, ou to mar decisoes relacionadas com o manejo administrative ou financeiro das segura doras, e indispensavel contar com indicadores que permitem identificar, com rapidez, as falhas ou desvios de norma. Uma vez identificados OS problemas, e necessarlo atuar com agiiidade porque,geralmen te, as medidas corretivas que nao sao tomadas em empresas deste genero requerem tempo para que se concretizem os resultados positives. Dai' a importancia de que a industria seguradora estabelega ex celentes relagoes com os escrrtorios de supervisao e controle do Governo.

ESTADO ESEGURO

Erh muitos pai'ses, 6 requisite indis pensavel para se modificar as condipoes dos seguros obter, previamente, a concordancia da superintendencia governamental. Geralmente, as instituipoes que supervisionam a atividade seguradora sao lentas e exigem estudos bem equilibrados para delegar sua aprovapao a qualquer

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pedido. Com programasadequadosde Relapoes Publicas 6 possi'vel mostrar aos funcion^rios do Estado o sentido de urgencia das reivindicagdes e dos pleitos que sao submetidos S sua considera?ao. Desde ii, nao se deve ter ilusdes no senti do de que institulQoes do Estado operam com a eficiencia e rapidez prdprias do setor priyado; por6m, ^ pro\dvel que, se as autoridades estao conscientes dos problemas que provoca o demora em suas decisoes, estas nao demorarao tanto.

Numa smtese dos coment^rlos anteriores, vemosque:

1) 0 mundo atual caracteriza-se por um processo inflaclondrio que atlnge a todos OS pai'ses, processo este que continuara pelo menos ate o fim da d^cada;

2) A concorr§ncia, dadas as caracten'sticas prdprias da Industria do seguro, torna dift'cil adotar as medidas necessarias para afastar os problemas que se apresentam com a InflaQao;

3) Para poder conduzir adequadamente uma empresa seguradora em epocas de infla(;;ao, e necessario adaptar os produtos, a contabilidade e os sistemas de informagoes ^s exigenclas proprias de tal fenomeno;

4) £ indispensavel atuar com rapidez. Por isso, deve-se tratar de que as autorida des governamentais cooperem para a soluqao dos problemas, identificando-se com as dificuldades do segurador e solucionando, com agilidade, as suas inquietacoes.

Somente assim, atraves de um esforqo conjunto e energico, para o qua!

convido a todos voces, poderemos encon trar a solu^ao para este ma! endemico que do contrario, pode degenerar em gravi's simos movtmentos socials e poii'ticos que atendem contra a estabilidade da Indus tria e de nossos negocios e, Inclusive contra a propria estabilidade dos Cover nosde nossos pafses.

Ao iniciar esta breve .jxposiqao, dizia que, talvez, um dos desafios mais apaixonantes do mundo moderno ^ o que se relacfonam com o controle da inflagao e a conduOfo sdcio-poN'tlca dos povosem tais circunstancias. Para a industria segu radora, o desafio 6 particuiarmente estimulante porque sao muitos varlados os aspectos que devem ser analisados e adequados a este mundo de mudanqas permanentes, em termos monetarlos. A luta contra a inflagao nao ^ um problema que compete tao -somente aos Governos; compete a todos os setores da economia; por isso, estou convencido de que se os It'deres seguradores trabalham animados em buscar solugoes positives para os problemas mencionados, entao nosso setor estara participando, a vanguarda, na soluga'o que requerem os nossos povos.

Jos6 A. Cortes e presidente da Seguros Bolivar. Esta palestra foi pronunciada durante o International Insurance Semi nar, realizado recentemente no Rio de Janeiro.

Traducao e adaptagao de texto - Mario Victor.

CMPtUS Af. htnmo Oho»rte. 090^ 94 Tih: • fl-OfiM • C6P IStOO \ cuRmai Rut Ebtno PtAM,60 -10 vyW • coAf 1003 TtL Qi niMi 1460' ccp asm PORTO A1£Q)IE fkii MiAttnot di Plni. 606 - coal 400 E ».4601 - CEP 00000 Johnson & Higgins-Eluma RDOEJANEftO *< Ro BnACD, lit TtL J310JJ8 Ct.ii PoiUl 206 ZCOO C930040 SAopaiao PiuiMti. 130411310 TtU 366.3166 - Ci. Pural 3071 - CEP 01000 88 bei£m Tn. CirnMt S4«M,3«e 6' And Si 604 TMtknt 333-7606 - CEP 66000 BELO HORIZOMTE ^4 Slo Ptulo, 400 Si 1402/L404 Ttli. 301 5466 - 301-6333 • CEP 30000 SM.VADOR IEi4 ^^§40^ On fetni 3 COAI 1006/1010 • Ttt 3434101 • CEP UftXI REVISTA DE SEGUROS seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro seguro A P^uBsta6maisseguro. PauSsiasSdeSegiros REVISTA DE SEGUROS 89

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BRASILEIRO-IRAQUIANA

Os govemos do Brasit e do Iraque, al6m da criapSb do Banco Brasileiro/lraquiano (BBI), acertaram a constituipffo da Seguradora Brasilelro/lraquiana (SBI) para atuar no fortalecimento das relapoes biiaterais nas dreas econdmica, financeira e comercial. As duas instituipoes trabalharao no sentido de apoiar os projetos de desenvolvimento em ambos os pafses e sustentar futuras negoctagoes nos grandes centros financeiros Internacionais.

Os documentos de constituigao do BBI e da SBI, que comeparam a nascer em novembro de 1979, quando o mlnlstro do Planejamento, Delfim Neto, esteve no Ira que, foram conclui'dos no final do mds passado por uma delegagao de tdcnicos brasileiros que voltou a Bagdd. A assinatura dos atos constitutivos deveria ocorrer naquele mes, mas o minlstro da Fazenda, Ernane Galveas, adiou para novembro a vlagem que fara ao Oriente Medio, onde visitara, aldm do Iraque, a Ardbla Saudita, o Kuwait e os Emirados Arabes. Assim,o BBI e a SBI somente comegarao a existir oficialmente a partir de novembro.

Embora a criagao da seguradora estivesse prevista nos pianos iniciais, sua constituigao foi ameagada por alguns problemas burocraticos, mas, na ultima rodada de negociagoes, os dois pai'ses chegaram a um entendimento. A SBI seri uma subsidi^ria integral do banco — a primeira instituigao desse g§nero a ser criada nos termos da Lei das Sociedades Anonimas (Lei nP 6.404) - e ter^ um capital inicial de US$ 9 milhoes. 0 capital do BBI seri de Cr$ 2,8 bilboes (aproximadamente US$ 30 milhoes), dividido igualitariamente entre o Banco do Brasil e o Rafidain Bank (Banco da Mesopota mia).

Esta serd a primeira associagSfo conjunta ("joint-venture") do Banco do Bra sil a ser instalada no Brasil. O BE tern par-

ticipagao em diversas instituicoes interna cionais, mas todas elas com sede no exte rior. Apos sua instalacao no Rio de Janei ro, o que deve ocorrer no infcio do proxi mo ano, e sua soiidificagao no Brasil, o BBI devera expandir-se no exterior, com a abertura de agencies nos principals centros "financeiros internacionais. Esta e, tamb6m, a primeira vez que o governo iraquiano estabelece com outro pai's um esquema de interesse financeiro. 0 fato se reveste de maior importancia. segundo tdcnicos oficiais, considerando que o Ira que e um pai's de regime estatal.

0 BBI, como Banco Comercial, atuarS no sentido de captar recursos para o financiamento do projetos nos dois pai'ses. 0 Iraque, para este ano, tern um programa de investimentos de US$ 40 bilboes. A fungao da seguradora serJ assumir gran des riscos internacionais na area do Golfo. Eia podera ser, tambem, a principal ins tituigao a garantir os projetos brasileiros que vem serido realizados no iraque, facilitando, inclusive, a participagao de novas companhias brasileiras nas concorrencias internacionais promovidas peio governo iraquiano. A seguradora so nao podera fazer seguros no ramo vida.

Alem da atuagao na area de projetos conjuntos, o BBI podera transformar-se no grande financiador das exportagoes brasileiras para o Iraque e vice-versa. Atualmente, o Brasil nao chega a vender US$ 5CX) milhoes para o Iraque, enquanto importa quase US$ 4 bilboes, a maioria em petrdleo.

T6cnicos da area financeira v#em a associagao do Banco do Brasil com o Rafidaim Bank como uma boa parceira, a qual assume contornosainda mais importantes, quando examinada no contexto do Terceiro Mundo.

90 REVISTADE SEGUROS 1 REVISTA DE SEGUROS
91
(REPRODUZlOO DO 0 ESTADO DE SAO PAULO).

DOTAMANHOOO BRASIL

Nao ha muito tempo, um novo grupo, apoiado per Ralph Nader e denomlnado"National Insurance Consumer Organi zation", enviou um "ALERTA DO 00ORDENADOR"aos departamentos de Seguros de todos os Estados norte-americanos.

Todos vem utilizando menos os seus carros, desde o arrocho da gasollna, observou o Presidente do NICO, Robert Hunter Mas as companhlas seguradoras ao estabelecerem suas tarifas, nao levaram em conta as recentes quedas no numero de reclamapoes de sinistros que dai' resultaram.

Em conseqiiencia, foi recomendada aos consumidores uma revisao nos metodos de calcular suas tarifas, com a finalidade de verificar ser elas nao estavam sobrecarregando os segurados.

A reapao das companhias de seguros foi alegar que o custo de cada indenizapao tinha subido tao extraordinariamente quanto as tarifas e que estas estavam com o pre?o justo; que elas, as empresas, na reaiidade, mereciam credito por nao delxar as tarifas subirem muito. Realmente,a cada ano os seguradores vem pagando mais em indenizaQoes do que nunca e, em alguns anos, mais do que arrecadaram.

ClENCIA EXATA

Qu-;iqu6r an^iise do problema, feita por um leigo, torna-se muito difrcil pelo fato do estudo da "NICO" ser estritamente t6cnico, escrito para profissionais. Disse um porta-voz de uma companhla seguradora: "0 processo cienti'fico para fixar tarifas 4 muito precise e consome anos de estudos. Nao estamos dispostos a mu-

d^-lo para satisfazer a Bob Kunter".

Nem todos, por6m, pensam desta maneira.

"Bob Hunter e sua equipe formularam boas perguntas — disse Ribert Quinn, Coordenador da California Insurance devemos estud^-las atentamente para ver se estao bem fundamentadas. Temos que analisar as provasapresentadas com cuidado, examinar todo o relalorio, enfim, pa ra ver o que contem. Mesmo que nao o tenham feito de maneira adequada, precisamos saber o que ha no documento."

0 que a NICO fez foi mostrar que os altos prepos da gasolina causaram umgrande decli'nio'em seu consumo — 12% em exatamente dols anos, entre meados de 1978 e meados de 1980, de acordo com o Departamento de Energia dos EUA. As estati'sticas do Departamento de Transportes, por seu lado, indicam que a quilometragem rodada (N.da.T.: "milea ge", no original — comprimento por milha) por carro tambem cai'u."A baixa qui lometragem — escreveu Hunter —,em geral significa uma baixa taxa de acidentes". Dezesseis dos vinte Estados que enviaram relatorios ao DOT, em 1980,acusaram de 3% a 30,7% de redupSfo na freqiiencia de acidentes. ^

As tarifas de seguro sao calculadasde acordo com a tendencia de indenizapoes de sinistros (numero de reclamapdes de indenizapoes por um dado numero de ap6lices) e da "gravidade" das indenizapoes (custo por indenizapao).

"Mas — continua Bob Hunter —, de aproximadamente 50 tarifas processadas, revistas pelo NICO recentemente, nenhu-

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Diamond. IHedator do "Los Angeles Times")
DE SEGUROS
REVISTA
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ma reflate a extraordindria mudan^a nos habitos da utllizaga'o de carros. Segundo suas an^ltses, muitas empresas omittram a queda do numero de indenlzapoes, usaram dados arrtigos para subavaliar recentes quedas, ou fizeram insuficientes reajustes decrescentes nos dados tendencials de suas tarifas."

0 retatorio de Hunter foi criticado em todos os seus aspectos pelas empre sas, contendo apenas "meias-verdades", nas palavras de AI Wash, vice-presidente e gefente-geral do Automobile Club of Sou thern California's Interinsurance Exchan ge. AI Wash disse:"Di ao publico, mal informado, falsas esperanpas de que as tari fas iriam baixar, quando, na realidade, elas subiram".

"0 que 0 relatbrio fez afirmou Mar cus Ramsey, chefe da divisao de regulamenta?ao de tarifas do Departamento de Seguros da California - foi enfatizar o decrescente numero de indenizapoes, ao mesmo tempo em que minimizava o impacto do crescente custo das perdas, voltando ao ini'cio da decada"

A frequencia das indenizapoes tern decrescido acentuada e firmemente, mas o seu custo e os "pure premiums" (o to tal da quantia em dolares pages, divididos pelo total do numero de apollces) subiu.

AI Wash e outros representantes de seguradores reconheceram a tendencia de conti'nua queda das -indenizapoes. A AlIstade, por exempio, com 12 milhoes de carros segurados em todo o pai's, acusa uma queda nas indenizapoes de 6,7%, de 1979 a 1980;de 3,6%, entre 1977 e 1978; e de 6,7% entre 1976 e 1977.

"Muitos de nos • declarou Lloyd Anderson, vice-presidente-assistente da Farmers Insurance Grupo —, que seguramos 4.5 milhoes de vei'culos em 26 Estados, acreditamos que a razao da menor utilizapao deles sao os altos custos do transporte automobili'stico.0 desemprego influiu tamWm negativamente na utiliza pao de carros. AI6m disso, as vendas de carros novos cai'ram, e o publico esti evitando dar parte de danos em carros

INFLUENCIA das LEIS"NO-FAULT"

Al^m do mais — frisou um representante da State Farm, a maior Segufadora de carros em ambito nacional, com 22 mi lhoes de apolices em todo o pai's - uns 24 Estados aprovaram a lei "no-fault", entre 1971 e 1980. Este fato dimlnulu em mais da metade a frequencia das indenizapdes referentes a danos pessoais, pols removeram inteiramente as indenizapoes menores."

Ao mesmo tempo, o custo das inde nizapoes est^ crescendo. Os dados da All«ate registram que, do fim de 1976 ao fim de 1980,a mWia de prejui'zos por carro segurado estava aclma de 44,4%. De acordo com a Farmer's, o custo de indeni zapoes, em quase todas as coberturas de seguro, subiram, de 1975 a 1980, da segulnte maneira: danos pessoais - 75,4% sanos a automdveis - 92,9% aeguro compreensivo- 114,%4.

Quase todos atribuem essas alias & inflapao no custo do aterviimento m6d ico na reparapao de carros e em processamentos legais. AI6m disso, a reposipSo ou os consertos de carros custam agora muito mais, o que, naturalmente, se reflete nas tarifas de pr§mios, e sua vulnerabilidade tamb^m e maior. Os carros sao menores. Lloyd Anderson disse; Os carros sac menos resistentes; nos acidentes, os danos sao mais s6rios. Conseqiientemente, as despesas com honorarios medicos vem subindo porque as pe^ssoas se acidentam mais."

0 rel^torio da NICO se omits completamente na questao da gravidade, embora Hunter admits, agora, que "nao discordamos do custo por indenizapao. As indenizapoes por acidentes pessoais e at6 mesmo o numero de mortes estao aumentando;e,de fato,talvez a inflapao dos cus tos esteja seelevando mais doquediminuirido o numero de frequencias. Nossa opiniao i que eles estao levando em conta, de modo total, o fator Inflapao e, so parcialmente, o decr^scimo da frequencia."

DADOS DIFERENTES

Alguns seguradores, por exempio,colocam dadostendenciais, relativosaos cus tos da indenizapoes, compreendendo um curto espapo de tempo,quando estes crescem; enquanto registram os dados referen ces a frequencia de sinistros, por um espaW de tempo muito maior, com a finalidae de equilibrar suas recentes e assustado""es quedas. Outros registros de tarifas ftiencionam dados de inflapao atualizados, n§o incluem neles nenhum elemento sobre frequencia de sinistros.

Normalmente - retrucam os segura. ., baseamos nossas provissoes em ' enticos espapos de tempo, tanto para reqiiencias de sinistros como para custos ® indenizapoes. E declarou um porta-voz e Alistate: "Exceto quando suspeitamos ^Ue nao poderemos prever os acontecicnentos".

Podem ocorrer anormalidades no [jcercado — diz Alan Morris, diretor de "-mderwritlng" de seguros do Auto Club's ^Cerinsurance Exchange" — como, por ®*emplo, a crise de energia no principio anos 70, quando as frequencias cai'assustadora e repentinamente, nao se Podendo sequer trapar uma linhacom resP®'to a previsoes de tendencias. Nessas c>casi6es, tem-se que usar de muito criterio.

Naturalmente, pode haver manipulana escoiha de dados expostos. Apesar

de tuao, diz Ramsey, da empresa Califor nia, "quando as companhias de seguros resolvem obter c apoio de um departa mento em estagios de pr^-aprovapao, comepam por pressupor que o comissario cortara, drasticamente, suas requisipoes da tarifas; assim registram tudo que podem. Quando pedem um aumento de 30% nas tarifas e so obtem 15%, o fato estabelece um precedente. Compete ao comissario e seus assessores rever o pedido (requerimento) e dele retirar tudo o que nao for essencial".

Muitas companhias de seguros parecem acred itar que, ao inv^s de elevar as tarifas excessivamente, como d^ a entender a Nico, estao conseguindo conter OS aumentos admiravelmente. A Alis tate, por exempio, acha sua media de au mentos de 6,7%, em relapao aos dados de 1979, relativamente modesta, se comparada com a taxa inflacionaria. A State Farm observe que suas tarifas aumentaram 59,4%, de 1971 at6 1980, enquanto o I'ndice de prepos ao consumidor subiu 98%.

ESTATI'STICAS SELETIVAS

Entretanto, 6 possi'vel jogar-se com numeros para justificar qualquer questao. Tomem-se, per exempio, os dados compitados pelo Insurance Information Institu te, de Sao Francisco, segundo o relatorio do seguro de Best's que cobre cerca de 90% dos negocios de seguros dos Esta-

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dos Unidos. Em quatro, dos ijltimos seis anos, OS seguradores de carros de passeios particulares "perderam" dinheiroia soma das Indenizaqoes pagas e despesas administrativas excederam os prSmios recebidos. Mas, durante aqueles anos, o total das Indenizaqdes pagas aumentou somente 68%, enquanto o total de prSmios recebidos, elevou-se em.86%.

As consequSncias da retraqS'o no uso de carros nos Estados Unidos — diz Hun ter — "6 assunto complexo. Gostarla apenas que os Estados examinassem os pedidos de registros das tarifas das companhias e os dados relatives is frequencias dos sinistros. A essa altura, recebemos respostas de 20 Estados e a metade deles declarou que tomaria alguma providencia.

Segundo declarou o analista de tari fas Glenn Taylor, o Departamento de Seguros do Estado de Utah enviou um boletim aos seguradores, prevenindo que "\& analisamos as tendSncias e verificamos que as frequdncias nao estavam sublndo como se propalava^ Dissemos-lhes que, se eles pedissem um aumento de tarifas, n6s o examinari'amos com cuidado para verificar se eles estavam registrando os negocios ma is recentes".

"Nos inspecionaremos tudo que eles apresentarem - declarou Alan Royer,atuario do Departamento de Seguros de Nova Jersey —. Estamos muito preocupados com 0 problema da utllizaqao dos carros como um reflexo do uso da gasollna e a consequdnte queda na quilometragem, o que. sem duvida, afeta as estati'sticas. Temos que levar esse problema em consideraqao para ter certeza de que as companhias nao estao cobrando demais; qualquer dado que se possa lanqar luz sobre a avaliaqao dos ni'veis de tarifas serS bem recebido."

(Traduzido do Los Angeles Times-24-5-81

Traduqao: Elisa Salles

Revisao de texto: M^rio Victor

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Seguradores de Automdvels: argun^entos dos cn'ticos com reiapfo a tarifas transformam-se em manipulapao arbitrSria de nCimeros — S.J. Diamond.

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