SAÚDE SUPLEMENTAR |
[Por: João Maurício Carneiro Fotos: Divulgação USP / Divulgação Insper / Banco de Imagens CNseg]
OS BENEFÍCIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E A OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS Estudo mostra que as empresas precisam oferecer uma experiência funcional, emocional e espiritual para atingir o cliente, cada vez mais consciente e conectado.
O
s princípios da atenção primária, cada vez mais presentes no radar da Saúde Suplementar, devem ser estimulados e vencer barreiras de parte da classe médica, para se consolidar e beneficiar os usuários de planos. A avaliação é do professor de Clínica Geral e Propedêutica da Universidade de São Paulo (USP), Gustavo Gusso, que destaca a importância da interação dos atributos ideais (acesso facilitado, coordenação do cuidado, integralidade e o que de fato tem ocorrido nas clínicas populares e com a verticalização dos serviços) para uma atenção primária de qualidade. Segundo o professor, a interação desses atributos faz com que o foco não seja apenas em consultas e exames (e no seu ganho), mas também no cuidado com a pessoa ao longo do tempo e no faturamento per capita. “A maioria das clínicas classificadas
“A legislação obriga o fornecimento de especialistas, às vezes desnecessários, em prazos que nem países com muitos recursos e boa estrutura conseguem cumprir.” Gustavo Gusso / USP
como populares vai na contramão do procedimento ideal, pois vende consultas e exames pontualmente”. Gusso entende que algumas mudanças importantes devem ocorrer para fortalecer a atenção primária na Saúde Suplementar no País. Ele defende mudança na legislação, em especial a reformulação da Resolução Normativa 259, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que dispõe sobre os prazos de consultas, pois, na sua opinião, estimulam o consumo sem coordenação. “A legislação obriga o fornecimento de especialistas, muitas vezes desnecessários, em um prazo que nem países com muitos recursos e boa estrutura conseguem cumprir. A superexposição à alta tecnologia não apenas acarreta gastos desnecessários, como também é perigosa para o paciente”, alerta. A legislação, acrescenta ele, deveria incentivar um filtro qualificado e propor a criação de ///REVISTA DE SEGUROS | 33