LIGAJAUENSEDEFUTEBOL-70ANOS

Page 1

Liga

Fundada em 10 de junho de 1942

Jauense Edição de 70 anos  Junho de 2012

de futebol

7

anos Organização e credibilidade ao longo da história

Ex-presidentes falam sobre a entidade

“Os 10 do Ademir” faz homenagens

Veja relação dos campeões amadores

Memória da Liga Jauense é resgatada



Expediente Liga Jauense

70 anos

Publicação: Millenium Comunicações Rua Pedro Ronchesel, 61- Jardim Bela Vista Jaú – São Paulo – CEP 17.208-640 CNPJ nº 05.078.665/0001-31 Editor Paulo César Grange MTb: 22.931 Fone: (14) 9752-9286 Colaboradores Dr. Ramon Pavanato (ramon.pavanato@bol.com.br) Ademir Leonel Edson Frabetti Francisco A Capobianco Federação Paulista de Futebol Fotografia Paulo César Grange Rodrigo Luiz Paulino Acervo da Liga Jauense Colaboradores Impressão Tiliform/Bauru DIRETORIA DA LIGA Presidente: Rodrigo Luiz Paulino Vice-Presidente: Augusto Fernando Picolli Conselho Fiscal – Titulares 1 – Wanderlei Ramos de Lima 2 – Eduardo Augusto Borges 3 – Sebastião Galera Conselho Fiscal – Suplentes 1 – Alberto Derzi 2 – Leandro Batistin 3 – Ronaldo Paulino Diretores Nomeados Secretário Geral: Gilberto Aparecido Romachélli 1º Secretário: Rodrigo César Rocha 2º Secretário: Marcos Donizete de Almeida 1º Tesoureiro: Jair Pereira de Miranda 2º Tesoureiro: Ailton Fabiano Christianini Diretor Depto. Técnico: Evandro Devides Diretor de Árbitros: Daniel José Pereira de Souza Diretor de Patrimônio: Robson Roberto Volpato Diretor de Comunicações: Ricardo Pereira

História em revista A revista “Liga Jauense 70 Anos” que está em suas mãos é resultado de um sonho do presidente Rodrigo Luiz Paulino. Quis ele resgatar fatos históricos da entidade que preside desde 2011 e nada mais oportuno do que publicar uma revista registrando um pouco da história permeada em sete décadas de dedicação ao esporte amador de Jaú e região. Rodrigo buscou parcerias, pesquisou, entrevistou e contou com um jornalista para ajudá-lo a colocar no papel a missão de documentar um pouco da trajetória da Liga Jauense de Futebol. Os dados apurados estão aí, alguns provenientes de jornais de épocas, outros de documentos da própria entidade e mais alguns colhidos em depoimentos de pessoas que viveram a entidade. Falhas? É possível que ocorram, afinal a memória do ser humano nem sempre é infalível. Mas tenham a certeza de que a apuração dos fatos teve cuidado jornalístico para que o registro deles fosse o mais fiel possível. Ao longo de 70 anos, a Liga Jauense perdeu boa parte dos documentos oficiais, perdeu boa parte de sua história. Infelizmente. O que a diretoria atual fez foi tentar preservar o que ainda existe. Buscou fatos e fotos e colheu depoimentos. Tudo foi parar nessa revista histórica. Nem todos os personagens do esporte amador estão nas páginas a seguir, afinal são centenas ou milhares que contribuíram ou se relacionaram com a entidade desde 1942. Em relação às fotografias, a pesquisa feita pela Liga tentou obter as mais significativas. Parte do que foi obtido com colecionadores e esportistas está nesta edição histórica. A revista “Liga Jauense 70 Anos” não esgota a história da entidade, mas é o primeiro passo para começar a contá-la. Boa leitura! Paulo César Grange, editor

Federação Paulista de Futebol Cumprimenta a Liga Jauense de Futebol pelos 70 anos de dedicação ao esporte amador

FUTEBOL É FAMÍLIA Presidente: Marco Polo Del Nero Divulgação

Comissão Disciplinar Presidente: Dr. Adão Marcos de Abreu Procurador: Edenilson Almeida De Lima Auditor: Dr. Sérgio Eduardo Braggion Auditor: Dr. Gustavo de Lima Cambaúva Auditor: José Luis de Souza Filho Auditor: Dr. Renato Simão de Arruda LIGA JAUENSE DE FUTEBOL FUNDAÇÃO: 10/06/1942 PRAÇA DO CENTENÁRIO S/N.º CENTRO - CEP. 17.201.251 - JAÚ – SP FONE: (14) 3624-8917 CNPJ: 02.842.499/0001-00 FILIADA À FEDERAÇÃO PAULISTA DE FUTEBOL

70 anos

Presidente e vice da Liga Jauense, Rodrigo Paulino (à esq) e Leão (à dir), com o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero (centro) Liga Jauense DE FUTEBOL

3


: e s n e u a J a g i L

a d i v e d s o n a 0 7

4 Liga Jauense DE FUTEBOL

70 anos


Arquivo

Ex-presidente do XV de Jaú, Zezinho Magalhães dá o pontapé inicial no jogo entre Ipiranga e Guarani em 1950, no Estádio Arthur Simões. Com ele, Nelsinho, Botche e Carlitão

Entidade completa sete décadas de apoio ao esporte; clubes fazem história, desaparecem e abrem espaço para novas agremiações

Em 2012 a Liga Jauense de Futebol completa 70 anos de atividades dedicadas ao futebol amador local e regional. Hoje, sob a presidência de Rodrigo Luiz Paulino. Neste ano, destaque para o Campeonato Amador Regional no primeiro semestre e para o Campeonato Amador de Jaú a partir de agosto. Para celebrar mais um aniversário, a entidade publica uma revista que resgata a história e registra momentos marcantes de todas as épocas. Início - Em 10 de junho de 1942, reunidos na sede do Esporte Clube XV Júnior, na Rua Marechal Bittencourt, 653, 12 esportistas jauenses tinham um só objetivo: fundar a Liga Jauense de Futebol. Os presentes aclamaram para presidir a reu-

70 anos

nião João Jacintho de Almeida, que pediu a João Alvarez Otero que registrasse em ata o discutido naquele dia. Almeida explicou que a criação de uma Liga exigia a presença de mais um clube disputando o certame local. Na época, o único clube registrado legalmente era o E.C XV de Novembro de Jaú, que viria a ser profissional anos mais tarde. Portanto, seria preciso o registro de outros clubes e a consequente participação no certame. Naquela primeira reunião foi eleito o Conselho Deliberativo, cuja presidência ficou com Washington Pares. Pares marcou para o dia 12 seguinte a eleição e a posse da diretoria, que deveria dirigir os destinos da Liga ate 31 de dezembro

de 1943. Diretoria - Quatro clubes enviaram representantes à reunião. Miguel Chiachio Neto, pela Associação Athlética Palmeiras; Chafik Buchalla, pelo Club Athlético Jahuense; João Alvarez Otero, pelo E.C XV de Novembro de Jaú; e Alexandre de Magalhães, pelo E.C XV Junior; e demais fundadores. João Jacintho de Almeida foi eleito presidente, com Octavio Pacheco de Almeida Prado de vice. A secretaria ficou com Miguel de Chiachio Neto; a sub-secretaria coube a João Alvarez Otero. Chafik Buchalla era o tesoureiro, com Alexandre Magalhães de ajudante. Conhecido o resultado da votação, foi lido o estatuto que regia a entidade. Liga Jauense DE FUTEBOL

5


O primeiro vencedor de uma disputa organizada pela Liga Jauense de Futebol foi o Club Athlético Jahuense, que tinha como presidente Chafik Buchalla. O Club Jahuense conquistou o Torneio Inicio para o Campeonato Amador de Jaú de 1943. O XV de Jaú ficou em segundo lugar, com o XV Junior em terceiro. Aquele torneio, que recebeu a denominação “Taça João Jacintho”, foi disputado no dia 11 de abril de 1943, no estádio do XV de Novembro. Seis times se enfrentaram em jogos de dois tempos de 15 minutos: A.A Palmeiras x XV Júnior, A.C Guarani x XV de Novembro e Estudantes F.C x Club Jahuense. Participaram da arbitragem João Caetano, Victorio Ronchesel e Domicio dos Santos. Octacampeão - Clube tradicional de Jaú nas principais divisões do

futebol paulista, o XV de Novembro de Jaú não teve adversário nos primeiros anos na história dos campeonatos organizados pela Liga. Venceu oito vezes consecutivas – nas últimas já disputando paralelamente o campeonato profissional. Em 2012, o Galo da Comarca disputou a Série A-3 do Paulista e foi rebaixado para o equivalente à quarta divisão, que é o primeiro degrau para um clube que sai do amadorismo ingressar no profissionalismo. Em 1943, o prefeito de Jaú, Antonio Neves de Almeida Prado, ofereceu uma taça a ser entregue à equipe vencedora do campeonato de estreia da recém-criada Liga Jauense de Futebol. A copa recebeu o nome de Alfredo Lima Camargo, juiz de direito da comarca. O campeonato teve início em 18 de abril com as partidas A.A Palmeiras x Clube Jahuense e Guarani x XV de Novembro. No final de maio,

Fotos: Arquivo

No Início, XV de Jaú era soberano

XV de Jaú em 1947, época em que

o Galo da Comarca disputava o Amador: Dorival, Cartucho, Celeste, Alemão, Tingo, Reducinio, João Gostoso, Ismael, Hipólito, Manolico e Pedrinho Bussab

União Cruzeiro do Sul, campeão amador em 2002

Em pé: Roberto Mello (diretor), Roberto Ramos (técnico), Celsinho, Márcio, Beia, Pipi, Aleixo, Rogerinho, Valmir Tosi, Kiko Barra, Paulinho, Castanhassi, Magrão, Gaúcho, Richard, Cabelinho, Edenilson de Almeida (aux. Tec) Agachados: Mirabel (prep fis), Carlos Ramos (mass), Mário, Marquinho Viccioli, Abacaxi, Diego Bariri, Joel Gomes, Nono, Marolinha e Dinei (diretor)

6 Liga Jauense DE FUTEBOL

70 anos


Corinthians Jauense, vice em 1988

Em pé: Isaac, Celso Campos, Carlão, Montanha, Jumbão, Ricardo, Bechinho, Mick e Benê. Agachados:; Nivaldo, Nenê Bento, Nivaldo, Pavani, Hans, Paulo e Muller

70 anos

Liga Jauense DE FUTEBOL

7


Laranja Mecânica campeão em 2008

Em pé : Cride, Alécio Marchezani, Dani, Adriano, Alex Manjubinha, Caio, Juvenil, Buguinho, Cláudio, Montanha, Daniel Plácido, Kakuli, Tcharles, Bidão (José Plácido) e Rui Malagoli. Agachados : Luis Filipe, Bijú, Mózinho, Danilo, Pavão, Ito, Zé da Matta, Titão, Reinaldo, Anderson, Neilon, Mandi e Rafael Vendramini. Fotos: Arquivo

Juventus de 1972

Em pé: André, Medina, Vadinho, Marcos, Pé de Ferro, Santa Cruz, Cidão e Silvano. Abaixados: Capelozza, João Campó, Tuca, Carlos Coló, Vardão, João Chacon e Clodo

Guarani campeão de 1946

Em pé: Zu Merchan, Chevarrrieta, Molan, Haroldo, Roberto Pavan e Fazendeiro. Agachados: Nato Preto, Paleari, Secanha, Rido Devides e Zezé

8 Liga Jauense DE FUTEBOL

a competição chegava ao fim com a equipe XV de Novembro campeã geral, com dois pontos perdidos. Na segunda colocação, com quatro pontos perdidos, ficaram XV Júnior, Guarani e Jahuense. Para resolver o problema do empate e apontar o verdadeiro vice, os três times jogaram entre si, com o XV de Novembro vencendo os rivais. Naquele ano, a equipe A.A Palmeiras foi desclassificada, pois queria mandar seus jogos no campo dos Cônegos Premonstatenses. Campeão jauense, o XV de Novembro recebeu as faixas e o troféu num jogo amistoso contra a seleção da Liga, em 4 de julho, animado pela Banda Carlos Gomes. Antes do final do campeonato, porém, em 10 de maio, o presidente da Liga, João Jacintho de Almeida, pediu afastamento, sendo substituído por Manuel Porto, que ficaria no comando da entidade durante quatro anos. A história passa – A partir de então, os campeonatos se sucedem ao longo de décadas. Após a era XV de Jaú surge como força na cidade o Atlético Clube Guarani, que passa a rivalizar com Esporte Clube América, Associação Atlética Palmeiras, Clube Atlético Ypiranga, este último a emplacar quatro títulos seguidos entre 1957 e 1960. Uma nova fase se inicia no ano seguinte, quando surge o Torino

70 anos


Fotos: Arquivo

Futebol Clube, dono dos títulos de 1961 e 1962 e de outros 15 ao longo de uma trajetória vitoriosa, especialmente nos anos 70, 80 e 90 – entre as conquistas locais, o Torino chegou a ser campeão estadual em 1970, ano do tricampeonato do Brasil na Copa do Mundo. O clube que mais chegou perto dessa trajetória de conquistas do Torino foi a Associação Atlética Paulicéia, que obteve dez triunfos na história após os anos 80. O Paissandu entrou no páreo na mesma época, mas ficou apenas no bicampeonato. Grandes clássicos foram realizados envolvendo Torino e Paulicéia, até que ambos se afastassem das disputas nos últimos anos. Fase recente - Recentemente, quem tem se destacado é o Laranja Mecânica, campeão em três oportunidades. A última conquista foi em 2010. No ano passado, o título ficou com o Potunduva Futebol Clube. Em 2012, tanto Laranja como Potunduva buscam mais um título. O próprio Aristocrata Clube é outro concorrente de peso, tendo em vista que foi campeão em 2009. Esses três campeões vão duelar pela taça contra outras sete equipes. A partir de agosto começa a se definir um novo campeão. Na região, os grandes campeões nas duas últimas décadas foram times de Boracéia e de Bariri, sempre

AA Palmeiras na década de 40

Comercial de 1963

Em pé: Moia, Zé Martins, Marrom, Nasrri, Fininho, Chanão e Moschetta. Agachados: Mamede, Capelozza, Wilson, Zico, ,João Lopes e Coruja

E.C. América em 1965

Em pé: Lolo, Toti, Robertinho, Bahia, Manga, Zezo, Jacaré e Inocêncio. Agachados: Bichinho, Deu, Ciola, Claudio e Baleia

Em pé: Doca, Lin, Zerica, Adelino, Pedrinho, Hilário, Pintado, Manolo, Renato e Féu. Agachados: Oswaldo Toffano, Aristides Coló, Araci, Madela, Irineu, Paulo, Alcides, Pengo 2 e Pengo 1

70 anos

enfrentando rivais de peso de cidades como Bocaina, Brotas, Igaraçu e Itapuí. Em 2011, no entanto, um novo clube entrou para o rol dos campeões, o Ribeirão Bonito, que passou pelos bocainenses (DJEL/Bocaina) na final. O time foi campeão com Milton Belluci; Wilker “Pato”, Inho, Dodô e Moral; Renatinho, ET, Chuca e Piu (Marcelão); Cafu e Serginho (Milton). Também fazem parte do elenco: Igor, Bigode, Rick Perrone, Dri, Washington e Luiz Fernando O técnico foi o Bebeto, auxiliado por Telê. Em 2012, o campeonato prossegue em andamento, com previsão de término no início de julho. Liga Jauense DE FUTEBOL

9


‘A história da Liga jamais poderia ter sido esquecida’ Rodrigo Luiz Paulino, 32 anos, conduz os destinos da Liga Jauense desde outubro de 2011, com mandato de dois anos. Administrador de empresas, ele atua na Liga Jauense de Futebol desde 2008, primeiro como secretário (2008/2009), depois como vice-presidente (2010/2011) e agora na presidência. Na entrevista a seguir ele aborda questões

10 Liga Jauense DE FUTEBOL

como a história da entidade, a falta de investimento numa sede própria e a meta de se consegui-la em breve, analisa a participação de Jaú e região no Amador Estadual, destaca o trabalho feito com as seleções locais e reconhece que seus antecessores foram “guerreiros” ao conduzir a entidade ao longo de 70 anos

70 anos


Você se considera um presidente de sorte por estar na presidência da Liga justamente quando ela completa 70 anos? Rodrigo Paulino - Posso afirmar que sim. Sempre tive sonhos com futebol e, como não vinguei como atleta, passei a dirigir equipes, participar ativamente, e hoje, em um patamar mais elevado, estou à frente da entidade máxima no futebol de Jaú e região. E tenho pretensões cada vez maiores para colaborar com o futebol dessa imensa região.

rigentes, além dos torcedores, da exposição ao forte calor, principalmente das partidas com inicio às 13h30 de sábado. E também oferecer atrativo aos amantes do futebol durante a semana. Outro fator a ser enaltecido é para adaptar melhor o calendário, pois, neste ano, o Amador de Jaú tem início previsto para 18 de agosto. O Amador do Estado inicia-se em setembro. Em anos anteriores equipes que atuaram nas duas competições jogaram no sábado e no domingo, às vezes com menos de 24 horas de diferença.

O Amador de Jaú vai ter jogos noturnos pela primeira vez. Qual o intuito disso em um campeonato cuja tradição é jogar durante o dia? Rodrigo - É novidade. Temos como objetivo poupar atletas e di-

A Prefeitura liberou subvenção de R$ 49,8 mil para a Liga este ano. Qual a destinação desses recursos? Rodrigo - Essa verba liberada pela Prefeitura e aprovada pelo Legislativo é destinada ao custeio da

Divulgação

Guerreiros. Com certeza, todos os presidentes que passaram ao longo dos anos pela Liga enfrentaram dificuldades financeiras

realização do Campeonato Amador de Jaú, desde material esportivo, como uniformes, premiação com aquisição de troféus e medalhas, bolas, pagamento da arbitragem e gandulas, bem como despesas administrativas e de consumo ao longo do ano. O que caberá a cada clube como premiação pela presença no campeonato? Rodrigo - Cada clube participante receberá da Liga um uniforme completo (25 conjuntos). Além de toda estrutura para realização das partidas, inscrições de atletas na Federação Paulista de Futebol e, ao final, premiação com troféus e medalhas, além de premiação em dinheiro ao campeão, vice, terceiro e quarto colocados. Essa premiação vai ser definida em conjunto com possíveis patrocinadores. A cada época o Amador sobe e desce na preferência popular. Hoje, o Varzeano rivaliza com o Amador ou ambos se completam? Rodrigo – Atualmente, o Campeonato Jauense de Futebol da 1ª Divisão desperta interesse maior por parte das pessoas que dirigem as equipes, com altos investimentos, mas estamos planejando uma súbita mudança neste quadro. Em termos de seleções de Ligas, Jaú também não consegue deslanchar, parando sempre na primeira fase. O que esperar em 2012? Rodrigo - No campeonato de seleções de ligas, infelizmente, não conseguimos alcançar campanhas notórias. Porém, nunca coloquei o resultado com meta principal. Sempre pautei primeiro a “disciplina”, depois o resultado. Neste ano teremos o 2º Campeonato, que é realizado em parceria com o governo do Estado, promovido pela Federação Paulista de Futebol. Esperamos uma campanha melhor e passar para a segunda fase. Qual a vantagem de se investir num time sub-21 para o Estadual de Ligas e ao mesmo tem-

70 anos

Liga Jauense DE FUTEBOL

11


tes e sala alugada. Dá para sonhar com sede própria? Rodrigo - Quando assumi a presidência uma das metas seria obter uma sede própria, partindo da obtenção de uma gleba de terra. Continuamos com esse objetivo, porém, infelizmente, este ano por se tratar de ano eleitoral, quase toda tratativa no quesito doação é proibida. Em 2013 retomaremos essa iniciativa. Com 70 anos, a Liga Jauense merece sua “casa própria”.

Arquivo

Geraldo Jabur dá o pontapé inicial na abertura da copa que o homenageou em 2010, na presença de Rodrigo Paulino, Ariel Pacífico e do vereador Formigão

po ter esse time para defender Jaú nos Jogos Regionais? Rodrigo - Tive essa idéia no encerramento da edição de 2011, quando enfrentamos inúmeros problemas no que tange a jogadores, principalmente nos jogos fora. Quando viajamos no sábado para atuar no domingo os atletas, na maioria casados, eram obrigados a deixar suas famílias para viajar com a delegação, sendo que a maioria não se apresentava para a viagem. Com isso refleti bastante. Depois, em reuniões com o atual Secretário de Esportes, João Carlos Coló, e com o treinador de futebol da Secretaria, José Antonio, decidimos valorizar o trabalho dos garotos e montarmos a Seleção Jauense, com atletas sub-21. O time terá uma parcela de experiência também com o goleiro Coutinho, o meia Zé Toledo e três atletas da equipe de Nova Europa, com destaque para o meia Luiz Ricardo. O que a FPF oferece de benefício para que o Estadual de Ligas ganhe projeção e não seja mais um campeonato sem atratividade? Rodrigo - O presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Pólo Del Nero, desde que assumiu a presidência, passou a olhar com outros olhos o futebol amador e hoje vemos o resultado. No Campeonato Estadual de Seleções de

12 Liga Jauense DE FUTEBOL

Ligas temos transmissões ao vivo pela TV, toda estrutura fornecida desde uniforme, bolas e arbitragem de ponta, bem como transporte, alimentação e hospedagem. Além de sempre estar de portas abertas para receber presidentes de ligas amadoras, seja pra requisitar material ou apoio em projetos esportivos, atendendo a um presidente de liga amadora da mesma forma que ao presidente de um clube da elite do futebol nacional. Sou imensamente grato a tudo que a Federação nos apoiou e com certeza continuará apoiando. A Liga funciona num prédio da Prefeitura (Piscina Municipal), já esteve em ginásio de espor-

Sempre pautei primeiro a “disciplina”, depois o resultado

Ao olhar para trás como você analisa o trabalho dos seus antecessores, que mantiveram a entidade sempre ativa? Rodrigo - Guerreiros. Com certeza, todos os presidentes que passaram ao longo dos anos pela Liga enfrentaram dificuldades financeiras. Por um período recebeu fundos do Bingo, mas, na maioria das vezes dependia e depende do poder público municipal. Mas fica aqui um “puxão de orelhas”, pois a história da Liga jamais poderia ter sido esquecida: hoje não temos documentado quais são todos os campeões do Amador Regional. Hoje, uma lacuna que existe nos registros da Liga é a falta de uma listagem dos campeões amadores regionais de antes de 1990. O que a Liga vai fazer? Rodrigo - Estamos resgatando o passado, pois, em um futuro não muito distante, também faremos parte deste passado. Enquanto estiver no comando da Liga Jauense não medirei esforços para resgatar o passado, prestigiar o presente e elaborar o futuro. O comando da Liga nos últimos anos passa pelas mãos de gente ligada à arbitragem. É o reconhecimento a uma categoria de profissionais cuja idoneidade sempre foi colocada em dúvida? Rodrigo - Existem vários fatores em que se consiste assumir o desafio de ser presidente da Liga, o desgaste é alto, mas, com certeza, um dos fatores é o reconhecimento da classe, um sonho que foi se tornan-

70 anos


A quem você agradece numa palavra final? Rodrigo - Agradeço a Deus, pois sem Deus nada é possível; à minha família, em especial à minha esposa, que sempre está junto, lado a lado, incentivando nos projetos, auxiliando na administração; a todos os parceiros-amigos da atual diretoria; ao Dr. Marco Pólo Del Nero, grande incentivador; ao poder público municipal (prefeito Osvaldo Franceschi Júnior; ao poder legislativo, em especial ao vereador Tito Coló Neto, um batalhador do esporte; aos presidentes das equipes de Jaú e região; ao meu amigo José Carlos Borgo, que foi quem nos lançou à frente da Liga; aos meus parceiros de início da caminhada, Pacífico e Sandrão, e em especial aos amigos do Laranja Mecânica, clube pelo qual defendi ao longo de aproximadamente 15 anos e onde tudo começou: roupeiro no início, depois massagista, passei a administrar a sede social, depois técnico do sub20 e futsal, sendo vice-campeão em ambos; e a todos os amigos conquistados ao longo dos anos.

70 anos

Secretário de Esportes defende parceria João Carlos Coló foi quem intermediou a liberação da subvenção da Prefeitura para a Liga Jauense. O secretário de Esportes de Jaú diz que parceria entre poder público e entidade é fundamental. Ele diz que o dinheiro liberado é para cobrir os gastos com o Amador de Jaú, principalmente de arbitragem, e para a ajuda de custos aos dez clubes. “A Prefeitura faz esse convênio e cobra prestação de contas da Liga”, diz Coló. Além do Amador, Jaú tem o Campeonato Jauense promovido pela Secretaria de Esportes. Essa competição varzeana é dividida em duas divisões e tem se valorizado nos últimos anos. Para João Coló, essas duas divisões com acesso e rebaixamento valorizam a disputa. “É bom para a cidade essa busca para reforçar os times”. Para Coló, o fato de Jaú ter Amador e Varzeano estimula a criação de times, mesmo assim, segundo ele, hoje a cidade tem menos equipes do que décadas atrás. “A meninada só pensava em jogar bola. Hoje é diferente”. E exemplifica a situação do

Paulo Cesar Grange

do realidade, dia após dia. Tudo se iniciou no começo da década de 90, quando ainda tinha meus 12 anos. Hoje, 20 anos depois, a consolidação. Mas acredito que tenho mais por fazer. Dois anos é muito pouco. Estamos estudando uma alteração no sentido de prolongar esse tempo. E também almejo um algo mais: prestar serviços ao E.C. XV de Novembro de Jaú.

XV de Jaú, que não mantém categorias de base. Há alguns anos o XV cedia o Galinho para defender Jaú nos Jogos Regionais e Abertos, quase sempre com chance de medalha de ouro. Atualmente, a própria Prefeitura encampou a montagem de um time sub-21, dando ao técnico José Antonio Domingues o comando do grupo. Aliás, é essa equipe que defende a Liga Jauense no Campeonato Estadual de seleções de ligas. “Essa junção entre Secretaria de Esportes e Liga é muito boa. O trabalho da Liga é fundamental na organização”, comenta Coló, que ressalta o bom relacionamento e espera que, um dia, a Liga Jauense tenha sua sede própria.

Liga Jauense DE FUTEBOL

13


Leão, o vice: origem no apito Seriedade na condução da arbitragem

Augusto Fernando Picolli, o Leão, é vice-presidente da Liga Jauense de Futebol. Mas foi como árbitro de futebol de campeonatos amadores que ele fez carreira na cidade e se tornou um profissional respeitável do apito. Tanto é respeitável que até hoje, aos 57 anos de idade, ainda é dos mais requisitados para conduzir jogos de bola tanto em Jaú como na região. Árbitro desde 1979, Leão integra o quadro de árbitros da Liga Jauense de Futebol. Hoje, segundo ele, são cerca de 60 profissionais na ativa, incluindo assistentes e mesários. Ele diz que essa seriedade na arbitragem contribui para que os campeonatos amadores tenham jogos de qualidade. “A credibilidade de Jaú na arbitragem é muito boa. A cidade está entre as duas escolas mais respeitadas, incluindo Piracicaba”, comenta, lembrando que os árbitros jauenses atuam em competições de toda a região, como Bariri, Areal-

14 Liga Jauense DE FUTEBOL

va, Pratânia, Torrinha, Barra Bonita e outras. Além disso, também apita campeonatos internos de clubes, como o do Caiçara. Antes de ser vice da Liga, Leão foi diretor de árbitro da entidade no mandato de Ariel Pacífico, que também tem origem na arbitragem. O próprio presidente atual, Rodrigo Paulino, também atua na arbitragem. “Infelizmente tem muitos árbitros descontentes hoje com a profissão. A gente não tem segurança e é uma dificuldade receber o pagamento quando apitamos competições da Prefeitura”, comenta, lembrando que alguns árbitros de futebol investiram na carreira e hoje são profissionais. Em Jaú, segundo ele, uma safra promissora de árbitros está na ativa. E cita Marco Melo, Ricardo Pereira, Jair Miranda, Juninho Alceu... “É bom isso, porque os veteranos, como eu, o Sérgio Torini, o Cidão Borsoli estamos no fim da carreira.”

Jaú, diz ele, também tem árbitros profissionais que apitam para a Federação Paulista de Futebol. Leonardo Vinicius Pereira (ex-presidente da Liga) é um deles. “Tem ainda o José Claudio da Rocha Filho (árbitro CBF), Juninho Alceu, Miguel Ribeiro (assistente, atuou no Paulistão deste ano), João Guilherme, Gilberto Romachelli, Gustavo Chacon, Eduardo Borges e o Rafael. Ju da Rocha – Um dos jauenses que estão em evidência quando se fala em arbitragem é Ju da Rocha (José Claudio da Rocha Filho). Ele arbitrou pelo segundo ano consecutivo a decisão do Título do Interior do Campeonato Paulista. No dia 12 de maio, Ju da Rocha comandou o jogo entre Mogi Mirim e Bragantino. Ele vai atuar na Série B do Brasileiro deste ano. Ju da Rocha tem origem em competições da Liga Jauense, tendo trabalhado em muitos campeonatos de Jaú e da região.

70 anos



Jaú x Timão no GloboEsporte.com O presidente da Liga Jauense de Futebol, Rodrigo Paulino, foi procurado pelo portal GloboEsporte. com para repercutir declaração do presidente do Corinthians sobre a atuação da arbitragem na Taça Libertadores. A seguir, a reportagem publicada no dia 4 de maio de 2012:

Dirigente de Jaú detona juiz da Libertadores e quer pegar o Timão ‘Ele não apitaria aqui’, diz presidente da Liga Amadora, que é palmeirense, mas sonha ver sua seleção local num amistoso contra o Corinthians

Por Rafaela Gonçalves Jaú, SP

Os dirigentes do futebol amador de Jaú não ficaram nem um pouco ofendidos com as declarações feitas pelo presidente do Corinthians, Mário Gobbi Filho, na última quarta-feira, após o empate por 0 a 0 com o Emelec, quando o cartola comparou a atuação do árbitro colombiano Jose Buitrago com o futebol de várzea de sua cidade natal, no interior de São Paulo. - Não sei que mel que a Libertadores tem. Isso aqui é um povico, uma coisa medíocre, ridícula. Foi uma arbitragem dolosa, tendenciosa, nos prejudicou abertamente. (...) Nem o varzeano de Jaú é tão ruim como isso aqui. É terra sem lei - disse o mandatário corintiano, logo após a partida. O presidente da Liga Jauense de Futebol Amador, Rodrigo Paulino, conta que se sentiu lisonjeado com a menção feita pelo conterrâ-

16 Liga Jauense DE FUTEBOL

neo ilustre. - Nós não achamos que ele (Mário Gobbi) falou isso para desmerecer o nosso campeonato e entendemos perfeitamente o que ele quis dizer. Talvez ele não tenha sido muito feliz com as palavras, mas ele estava de cabeça quente, afinal a atuação do árbitro foi pífia e acabou prejudicando o Corinthians - comentou Apesar de ser palmeirense, o presidente da Liga Jauense concordou com as criticas feitas por Mário Gobbi e afirma que o árbitro Jose Buitrago não atuaria na várzea de Jaú de forma alguma. - Ele foi muito mal no jogo e nós não deixaríamos ele apitar aqui. 90% dos nossos árbitros são amadores, mas 10% são profissionais e têm potencial para atuar melhor do que aquele juiz na Libertadores. Convite - Rodrigo Paulino aproveitou o contato da reportagem do GLOBOESPORTE.COM para fazer

um pedido ao presidente do Corinthians. - Não sei se o convite vai chegar até o Mário Gobbi, mas já que ele lembrou da gente, gostaríamos de convidar o Corinthians para fazer um amistoso contra a seleção amadora de Jaú, que disputa o Campeonato Paulista Amador. Em junho a Liga Amadora completará 70 anos e ficaríamos honrados em receber o Corinthians para um jogo. Não precisa ser o time completo, um “combinadão” já estaria bom demais. A Liga Jauense de Futebol Amador faz aniversário no dia 9 de junho. O sonho dos dirigentes é de fazer um amistoso no Estádio Zezinho Magalhães contra o Timão. A renda ficaria como investimento no futebol local. - Lotaríamos o Zezinho e faríamos uma festa linda. Seria muito legal porque poderíamos cobrar ingressos com preços simbólicos para ajudar a nossa Liga - concluiu.

70 anos


Relíquias do baú Essas duas imagens são do fundo do baú. Foram repassadas à Revista da Liga Jauense por José Luiz Rodrigues Borges, o Bambu, presidente do Aristocrata. Diz ele que as imagens são do irmão, Walter Rodrigues Borges, que as conserva como se fossem relíquias. É a família Borges ajudando a contar a história da Liga. Quem tiver fotos antigas e quiser compartilhar para o acervo da Liga pode ligar para (14) 3624-8917.

Botafogo da Álvaro Floret 1969 Paulistano 1965

Em pé: Bento, Ênio, Titão, Pitova, Lydei, Neu. Agachados: Jair, Bambu, Pui, Zecão e Esquerdinha. Técnico: Zé Mineiro

70 anos

Em pé: Bambu, Ditão, Carlinhos, Rosela, João Carlos, Lelão. Agachados: Antonio Pedro, Deleu, Toninho Alemão, Tirão, Guilherme. Técnico: Chico Fernandes

Liga Jauense DE FUTEBOL

17


AMADOR REGIONAL

Campeão sai em julho Junho começa com os oito melhores times da região em busca do título Foto www.cidadedebocaina.com.br

O Campeonato Amador Regional, organizado pela Liga Jauense de Futebol, teve início em 11 de março e vai chegar ao fim no início de julho, quando será definido o campeão da temporada. Ribeirão Bonito busca o bicampeonato, enquanto a AA Boracéia tenta ampliar sua galeria de troféus, mantendo a tradição de maior vencedor pós-1990. Mas outros times também estão no páreo, inclusive o ex-campeão estadual de 2000, a Associação Atlética Itapuí. A lista dos clubes que avançaram para a segunda fase inclui AA Boracéia, AA Itapuí, Ribeirão Bonito, Mineiros e Livramento. No páreo por três vagas estavam Bocaina, Nova Europa, Boa Esperança e Tabatinga. Divididos em chaves, a meta agora é buscar a classificação rumo à grande decisão. De 1990 para cá, o grande campeão amador regional é a Associação Atlante Boracéia, com oito títulos. Na “cola” está a Associação Atlética Bariri, com cinco conquistas. A cidade de Bariri foi campeã outras duas vezes, com Juventude e Arrudão. Bocaina também fez a festa com o Corda Bamba e com o Bocaina FC.

Bocaina F. C. campeão de 1949

Em pé: Damazine, Paulo, Diogo, Coqueiral, Paziani, Clóvis, Madela. Agachados: Hipólito, Wilson, João Ferrari, Darly e Ditinho Arquivo

Campeões – O futebol amador Arquivo

Associação Atlética Bariri foi campeã do Amador Regional em 2005: cidade tem três times com títulos regionais da Liga Jauense

Mineiros Esporte Clube, campeão regional em 1990: festa das faixas contra a Ponte Preta/Campinas Em pé: Mario, Maurílio, Dirce, Niltinho, Matão, Airton Alonso, Sabugo, Marco Cipola, Paulo Puim, Pedrinho Cipolla (técnico), Dirceu (prefeito) e diretores Abaixados: Betinho Perez, Marcão, Carlinho, Binho, Si, Carlos, Luiz Carlos, Henrique, Palito, vereadores e diretores

18 Liga Jauense DE FUTEBOL

70 anos


Boa Esperança é um dos participantes do Campeonato Amador Regional de 2012 Foto www.cidadedebocaina.com.br

AA Boracéia conquistou o título regional em 2008 Arquivo

AA Barra Bonita, campeã amador regional em 1973 Em Pé: Ditinho, Aldo, Sérgio, Jairzinho, Ditão, Cescatto, Duda, Beto Gerin, Dirceu, Beto Ireno, Zé Mané e Celso Agachados: Vado, Helinho, Laércio, Bilica, Ademar, Taio, Dejair, Neto de Marchei e Zinho

de Bocaina foi um dos grandes vitoriosos na região quando a Liga Jauense de Futebol dava seus primeiros passos. Foram quatro títulos na década de 40 e dois nos anos 50. Mais recentemente, o Bocaina FC. conquistou o título de 2009, mas tem feito bonito ano após ano – chegou a ser vice no ano passado. Fundada no dia 16 de maio de 1924, a equipe conheceu o seu período de maior glória entre as décadas de 40 e 50, ficando conhecido como o “Leão da Douradense”, depois de conquistar o tricampeonato entre 1945 e 1947. O campeonato de 1946 teve um sabor especial para os torcedores, já que o mesmo foi conquistado de maneira invicta e depois de duas vitórias por 3 a 0 contra o EC XV de Novembro de Jaú nos dois jogos da final. Destaque ainda para o C. A. Botafogo, de Barra Bonita, que foi fundado em 24 de fevereiro de 1968. Tricampeão amador regional pela Liga Jauense na década de 70, foi ainda campeão estadual em 1976 e vice-campeão do Estado em 1977.

Pedro Batata/Divulgação

AA Itapuí 1975, campeão regional

Em pé: Altair Lanza (presidente), Horácio (médico), Pateta, Téio, César, Paulão, Camilo, Fiati, Bigode, Telefone, Testão, Horacinho e Pedro Batata (téc.) Agachados: Pitito, Zito, Armandinho, Vô, Mansano, Beto, Ademir e Gino

70 anos

Liga Jauense DE FUTEBOL

19


JAÚ

Em agosto, um novo campeonato Campeonato Amador de Jaú começa em 18 de agosto, com término em 27 de outubro: dez clubes estão na briga Divulgação

A edição 2012 do Campeonato Amador de Jaú começará no dia 18 de agosto, com previsão de encerramento em 27 de outubro. A reunião do Conselho Arbitral foi realizada no dia 21 de maio na sede da entidade. Os dirigentes definiram os detalhes da competição que será marcada pelos 70 anos da Liga Jauense de Futebol. Dos dez clubes em ação, três já foram campeões – Aristocrata, Laranja Mecânica e Potunduva, este último em 2011. Pelo retrospecto e pela tradição, portanto, o trio pode ser apontado como favorito, mas vão ter de enfrentar equipes novas e também tradicionais, mas que ainda almejam um troféu inédito. Regulamento - Ao longo dos meses o campeonato será dividido em quatro fases. Na primeira delas com dois grupos de cinco clubes, nos quais jogarão em turno único dentro do próprio grupo. Classificam-se à segunda fase os quatro melhores de cada grupo, perfazendo 20 partidas aos sábados à tarde, domingo cedo e nas noites de quarta-feira. Na segunda fase (quartas-de-final), os oito times formarão quatro chaves, com apenas o vencedor do confronto único (mata) segue adiante. Nas semifinais, os vencedores da fase anterior disputarão dois mata-mata, com jogos em turno e returno em busca das vagas nas finais. A decisão do título também será em turno e returno, sendo que a equipe com melhor campanha ao longo da competição jogará com a vantagem de dois resultados iguais.

20

Liga Jauense DE FUTEBOL

Aristocrata, campeão amador de Jaú em 2009

Em pé: Bambu, Celso, Dida, Cleitinho, Oséias, Caninho Juvenil, Pelé, Lelo, Dani, Márcio Beia e Célio do Bar. Agachados: Mandi, Deja, Ito, Juninho, Fernando, Romarinho, Reinaldo, Mazinho, Carlos Prado Divulgação

Potunduva FC 2011, campeão amador de Jaú

Em pé: Bruno, Marquinho, Ruster, Ton, Maicon, Léo, Robson, William, Joãozinho, Carraro, Jura e Banana. Agachados: Matheus, Marcelo, Roberval, Charles, Bodão, Guilherme, Sachetti, Vitinho, Lela, Pietro e Du Paulo César Grange

Participantes 2012 Grupo A

Potunduva F.C. Industrial Internacional F.C. E.C. Trovão Negro Pouso Alegre E.C.

Grupo B

Aristocrata Clube A.A. Barra Mansa Expressinho F.C. A.A. Laranja Mecânica A.D. Nacional P.A.S.

1ª Rodada - 18/08/2012 18/08 18/08 19/08 22/08

14H40 POTUNDUVA X INDUSTRIAL 16H40 ARISTOCRATA X BARRA MANSA 09H10 LARANJA MECANICA X NACIONAL 19H40 POUSO ALEGRE X TROVÃO NEGRO

Fonte: Liga Jauense de Fufebol Técnico Franja, último campeão do amador

70 anos


CAMPEÕES DO AMADOR DE JAÚ CAMPEÕES DO REGIONAL (*) 1943 XV DE NOVEMBRO DE JAÚ 1944 XV DE NOVEMBRO DE JAÚ 1945 XV DE NOVEMBRO DE JAÚ 1946 XV DE NOVEMBRO DE JAÚ 1947 XV DE NOVEMBRO DE JAÚ 1948 XV DE NOVEMBRO DE JAÚ 1949 XV DE NOVEMBRO DE JAÚ 1950 XV DE NOVEMBRO DE JAÚ 1951 ATLÉTICO CLUBE GUARANY 1952 ATLÉTICO CLUBE GUARANY 1953 E.C. AMÉRICA 1954 ATLÉTICO CLUBE GUARANY 1955 A.A. PALMEIRAS 1956 ATLÉTICO CLUBE GUARANY 1957 C.A. YPIRANGA 1958 C.A. YPIRANGA 1959 C.A. YPIRANGA 1960 C.A. YPIRANGA 1961 TORINO F.C. 1962 TORINO F.C. 1963 NÃO REALIZADO 1964 C.A. INTERNACIONAL 1965 E.C. AMÉRICA 1966 A.A. PALMEIRAS 1967 NÃO REALIZADO 1968 NÃO REALIZADO 1969 E.C. AMERICA 1970 TORINO F.C. 1971 PAULISTANO F.C. 1972 ATLÉTICO CLUBE GUARANY 1973 JUVENTUS F.C. 1974 TORINO F.C. 1975 TORINO F.C. 1976 TORINO F.C. E XV DE JAÚ 1977 TORINO F.C. 1978 TORINO F.C. 1979 TORINO F.C.

70 anos

1980 A.A. PAULICEIA 1981 PAISSANDU F.C. 1982 PAISSANDU F.C. 1983 A.A. PAULICEIA 1984 A.A. PAULICEIA 1985 A.A. PAULICEIA 1986 A.A. PAULICEIA 1987 TORINO F.C. 1988 TORINO F.C. 1989 A.A. PAULICEIA 1990 TORINO F.C. 1991 A.A. PAULICEIA 1992 A.A. PAULICEIA 1993 MALOCA F.C. 1994 A.A. PAULICEIA 1995 UNIÃO CRUZEIRO DO SUL 1996 TORINO F.C. 1997 TORINO F.C. 1998 TORINO F.C. 1999 TORINO F.C. 2000 TORINO F.C. 2001 Parou antes da final 2002 UNIÃO CRUZEIRO DO SUL 2003 MALOCA F.C. 2004 E.C. PRIMAVERA 2005 NÃO REALIZADO 2006 A.A. PAULICEIA 2007 A.A. LARANJA MECÂNICA 2008 A.A. LARANJA MECÂNICA 2009 ARISTOCRATA 2010 A.A. LARANJA MECÂNICA 2011 POTUNDUVA

1944 AA BARRA BONITA 1945 BOCAINA FC 1946 BOCAINA FC 1947 BOCAINA FC 1949 BOCAINA FC 1953 AA BARRA BONITA 1955 BOCAINA FC 1957 AA BARRA BONITA 1958 BOCAINA FC 1959 RIBEIRÃO BONITO 1965 AA ITAPUÍ 1967 AA BARRA BONITA 1970 IGARAÇUENSE/IGARAÇU 1973 AA BARRA BONITA 1975 AA ITAPUÍ 1976 C A BOTAFOGO/BARRA 1977 C A BOTAFOGO/BARRA 1978 AA ITAPUÍ 1979 C A BOTAFOGO/BARRA 1980 C A BOTAFOGO/BARRA 1990 MINEIROS EC 1991 AA BORACÉIA 1992 COM.IND. BARIRI 1993 GREMIO DE IGARAÇU 1994 A.A. BORACEIA 1995 A.A. BORACEIA 1996 A.A. BORACEIA

1997 A.A. BARIRI 1998 A.A. BORACEIA 1999 A.A. BARIRI 2000 A.A. BORACEIA 2001 A.A. BARIRI 2002 A.A. BARIRI 2003 A.A. ARRUDÃO/Bariri 2004 C.A. BROTENSE 2005 A.A. BARIRI 2006 E.C. JUVENTUDE/BARIRI 2007 CORDA BAMBA/BOCAINA 2008 A.A. BORACEIA 2009 BOCAINA F.C. 2010 AA BORACEIA 2011 RIBEIRÃO BONITO (*) Relação disponível pela entidade. A Liga Jauense está empenhada em conseguir completar a lista nos anos faltantes e conta com a colaboração de todos os esportistas

Obs.: Não foi realizado campeonato nos anos de 1963, 1967, 1968 e 2005. Em 2001 o campeonato não chegou à final após interrupção e recursos e ficou sem campeão

Liga Jauense DE FUTEBOL

21


ESTADUAL

Seleção da Liga tem até promotor Bauru, Araraquara e Lins sãos as cidades adversárias de Jaú no 2º Campeonato Estadual de Seleções de Ligas, cuja primeira fase vai de 3 de junho a 12 de agosto, com jogos em turno e returno. Serão quatro fases, incluindo a final, prevista para os dias 14 e 21 de outubro. A Seleção Jauense está pronta, desta vez investindo no time sub-21 com alguns atletas experientes. Destaque para o goleiro Coutinho, que no ano passado foi campeão varzeano pelo Frutas Boca Rica e tem várias conquistas no futebol local. Coutinho é o promotor

Paulo César Grange/18.jun.2011

Jaú forma time sub-21 para o estadual e incorpora alguns reforços, como o experiente goleiro Coutinho

Coutinho: carreira de sucesso nos clubes amadores e agora faz parte da Seleção da Liga Divulgação

Seleção Jauense em 2009: Cuca, Carraro, Cleitinho, Batista, Robson, Zé Toledo, Raul, Bruno, Pelé, Vinicius e Rodrigo Paulino; abaixados, Juninho, Murgo, Nilson, Pavão e Pedrinha

22 Liga Jauense DE FUTEBOL

70 anos


Divulgação

Seleção Jauense de 2012 durante amistoso preparatório para a disputa do Estadual: base da equipe vai jogar por Jaú nos Jogos Regionais

de Justiça, Luciano Gomes de Queiroz Coutinho. Além dele, o gol do time da Liga Jauense terá João Carlos. Três atletas vieram da cidade de Nova Europa para reforçar a equipe. No comando técnico da equipe está José Antonio Domingues, técnico que vai utilizar o mesmo time nos Jogos Regionais, defendendo a Secretaria de Esportes de Jaú. Regulamento - O presidente da Liga Jauense de Futebol. Rodrigo

Seleção Jauense Coutinho (goleiro), João Carlos (goleiro), Luiz Ricardo, Marcos Giro e Guilherme (todos de Nova Europa), Zé Toledo, Douglas, Murilo, Bera, Lima, Lú, Sergio Renato, David, Lucas, Dadaltro, Abner, Janaelson, Paulo Henrique, Vitor, Diego Souza, Tainan, Lucas Cocato, Bruno, Igor, Luis Felipe, Dennis, João Pedro, Cleiton e Bob. Técnico: José Antonio Domingues Auxiliar: Caculé Massagista: Alemão e Celso Moreno

Luiz Paulino, explica que são 32 as seleções inscritas no campeonato. Jaú está no grupo 2, ao lado de Araraquara, Bauru e Lins. A estréia foi marcada para 3 de junho, em Jaú, contra os bauruenses. Duas semanas depois, dia 17, Jaú vai a Araraquara (com TV Bandsports, às 11h) e depois recebe Lins, dia 1º de julho, fechando o primeiro turno. Paulino questionou o regulamento do campeonato. A FPF determinou a classificação de apenas um

time entre os quatro de cada grupo. O presidente da Liga Jauense sugeriu passar dois de fase. “O futebol amador precisa de motivação. Se a equipe perder nas primeiras rodadas praticamente estará sem chance de classificação, porém, ainda terá mais quatro partidas a realizar, fato que gera imensa dificuldade aos dirigentes das equipes”, argumentava na época. A FPF não se manifestou até o fechamento desta edição.

Estadual – 1ª Fase Grupo 2 Liga Araraquarense de Futebol Liga Linense de Futebol Amador Liga Bauruense de Futebol Amador Liga Jauense de Futebol

Araraquara Lins Bauru Jaú

Tabela de jogos 03/6 Jaú x Bauru 17/6 Araraquara x Jaú (TV) 01/7 Jaú x Lins 15/7 29/7 12/8

Lins x Jaú Jaú x Araraquara Bauru x Jaú

Fonte: www.futebolpaulista.com.br

70 anos

Liga Jauense DE FUTEBOL

23


Chiquinho, a

‘voz’ do Amador Radialista cobre competição desde os anos 70 e fala das rivalidades e de quem fez história

Francisco Aparecido Capobianco, o Chiquinho, é o profissional de imprensa cuja imagem está mais vinculada ao esporte amador jauense. E não é por acaso. Ele cobre competições esportivas na cidade desde o início dos anos 70 e até hoje é visto em campos de futebol e em quadras poliesportivas com seu gravador em punho para dar voz aos atletas e dirigentes. Chiquinho é a própria voz do esporte amador. Tudo o que se fala de esporte amador passa pelo seu programa diário de rádio, hoje sintonizado na Rádio Jauense (11h e 18h30). Resultados, tabela de jogos, entre-

24 Liga Jauense DE FUTEBOL

vistas, comentários, jogos oficiais e amistosos... tudo é abordado pelo locutor esportivo. Na entrevista concedida à Revista da Liga Jauense, Chiquinho Capobianco fala de aspectos que testemunhou ao longo do tempo – até 1997 pelas ondas da Piratininga e de março de 1998 pelas ondas da Jauense.. Precursores - “Na década de 70 eu estava engatinhando no meu trabalho, mas acompanhei o Torino FC na conquista do título estadual. Naquela época, a Rádio Piratininga transmitiu jogos pelo interior do Estado. Era uma verdadeira guerra, com José Aparecido Capobianco e

Antonio Luiz Cremasco enfrentando muitos problemas para fazer a transmissão”, relembra Chiquinho, falando do irmão que já trabalhava em rádio e que foi precursor no acompanhamento do futebol amador. No fim da temporada daquele ano, o “Touro da Potunduva” conquistou o primeiro dos oito títulos estaduais da Liga Jauense. “A conquista do Torino foi importante também para a Liga”, comenta Chiquinho. A partir daí, ele viu e cobriu conquistas estaduais de times da região, como Botafogo da Barra, Torrinha E.C., Brotense e AA Itapuí, e ainda da AA Paulicéia, que viria a

70 anos


Rivais eternos - Aliás, a maior rivalidade que Chiquinho acompanhou no amadorismo jauense foi justamente entre Torino e Paulicéia – de 1974 a 2006, esses dois clubes faturaram nada mais nada menos do que 24 títulos, sendo 14 para os torinenses e 10 para os rivais. Só quatro times “furaram” a lista no período: Paissandu FC (2 vezes), Maloca (2), União Cruzeiro do Sul (2) e E.C. Primavera (1). Em 1976, o título foi dividido entre Torino e XV de Jaú, Chiquinho prossegue: “Tivemos equipes como Torino (maior campeão amador de Jaú) e Paulicéia (segundo maior vencedor) que fizeram grandes batalhas no campo e entre os torcedores, num momento bom vivido pela Liga Jauense com grandes campeonatos.” Chiquinho relembra das “boas brigas” na base da agitação entre dirigentes dos dois clubes, como os “saudosos Bodão do Torino e

Nego Gasparotto do Paulicéia, entre outros que já se foram, como o fotógrafo Romildo Cipriano Rascachi (Boche), também o Borgo Lua, do Paulicéia, e ainda os irmãos Caetaninho, do Torino”. Na opinião do radialista, as grandes equipes formadas ao longo dos anos se devem a esses apoiadores. Sobre o Torino, Chiquinho diz que o clube foi em quem iniciou a prática de contratar jogadores de fora. Depois, o Paulicéia fez o mesmo, repetindo o feito do rival ao chegar ao título estadual no ano de 1994. Outros destaques - Bicampeão na década de 80, ao faturar os títulos de 1981 e 1982, o Paissandu também é citado como exemplo de grande time por Chiquinho Capobianco. “Destaque para seus dirigentes Airton Massan, João Vicente Batóchio, o saudoso técnico Ivo Vergílio, que depois dirigiu o Torino”. O Maloca, do saudoso Sabugo Palomares, é outro clube que permeia as memórias do radialista.

Paulo César Grange

ser um dos grandes times da cidade a partir dos anos 80.

Chiquinho entrevista o técnico Mido, do Santa Helena, durante jogo do Varzeano

“Também tivemos sempre o S.C. Corinthians Jauense, do Nenê do Bento, o Atlético e ainda o Maloca, que por duas vezes foi campeão amador de Jaú. Este último do saudoso Sabugo Palomares”, destaca Chiquinho, completando a lista com o também bicampeão União


Personalidades – A respeito de dirigentes que marcaram época na Liga Jauense, Chiquinho Capobianco fala de muitos, entre eles os presidentes da transição dos anos 70 para os anos 80, casos de Paulo Blassioli (1977/80) e José Bermudes (1981/85). “Foram alguns dos batalhadores do Amador. O campo do kartódromo foi construído graças à luta do presidente Bermudes”, diz ele. Esse campo, aliás, recebeu o nome de outro ex-presidente da Liga, Vanthier Mantovanelli (1973/74). Comentarista esportivo, o “Capitão”, como é chamado, ainda está na ativa aos 78 anos de idade. Vanthier relembra a época em texto nesta revista na homenagem aos ex-presidentes (página 36 em diiante) “Na época do Paulo Blassioli tivemos o saudosos Milton Paulino de Carvalho como organizador do campeonato. Alguns anos depois tivemos o José Francisco Martins Peres, o Zeca Peres, que também prestou muito bom trabalho na Liga Jauense”, completa Chiquinho. Zeca Peres foi vice-presidente da entidade por alguns anos e depois se elegeu presidente, ficando no comando de 1994 a 1997. O próprio pai dele, Pedro Martins Peres, também comandou a Liga nos anos de 1960 a 1963. Dos parceiros de Zeca destacam-se os ex-dirigentes Ronaldo Cucato (Roni), Antonio Pavan Neto e Ângelo Gabriel dos Santos. Dificuldades – Em 70 anos de vida a Liga Jauense sempre teve momentos de dificuldade. Chiquinho Capobianco noticiou alguns deles. “Tivemos alguns anos, não muito distantes, tempos ruins para o Amador de Jaú, porém, o Amador Regional sempre foi considerado modelo e até encarado como semiprofissional.” Acostumado a cobrir tanto o Amador como o Varzeano (este organizado pela Secretaria de Esportes), Chiquinho disse que o Amador

26 Liga Jauense DE FUTEBOL

Fotos: Arquivo

Cruzeiro do Sul e, mais recentemente, o Laranja Mecânica, dono de três troféus.

Chiquinho (à dir.) na companhia de Atílio Madela Neto aguardando encerramento de campeonato municipal

Capobianco, PX, Antonio Aparecido Serra, Marcos Rodrigues, Tito Coló, João Izar, João Sanzovo Neto (prefeito), Pacífico, José Carlos Borgo, Sandrão e Rodrigo Paulino no Amador de 2008

perdeu um pouco de sua atração quando a Prefeitura dividiu o varzeano em Campeonato Jauense de Futebol (Primeira e Segunda Divisões). “Foi na época do secretário José Carlos Borgo, quando o Amador de Jaú passou para o segundo plano por algum tempo. O Jauense da Primeira Divisão segue até hoje e é o mais forte campeonato da cidade, apesar de a Liga Jauense ter trabalhado muito nos últimos anos para revalorizar o Amador”, analisa, citando a fase da retomada iniciada por Ariel Vanderlei Lopes (Pacífico), que presidiu a entidade de 2008 a 2011, e que teve continuidade com Rodrigo Paulino, atual presidente da associação. Profundo conhecedor do esporte local e dos bastidores, Chiquinho Capobianco reconhece a im-

portância da Prefeitura no apoio ao futebol amador. “Para realizar os campeonatos, a Liga depende da Prefeitura para o pagamento da arbitragem e da ajuda financeira aos clubes. A Liga não tem rendimentos, a não ser na época dos bingos que repassavam uma porcentagem para a entidade” Continuidade – Por fim, Chiquinho Capobianco prevê um grande Campeonato Amador de Jaú no segundo semestre, para completar o forte Campeonato Amador Regional deste ano e que chega ao fim no mês de junho. “Nossa mensagem especial é de parabéns aos abnegados dirigentes, que sempre batalharam visando à manutenção da Liga Jauense. Sem todos eles não teríamos essa liga em atividade.”

70 anos



Liga Jauense tem 8 títulos estaduais Torino e Paulicéia são os jauenses campeões. Aristocrata tem sido o último representante local a sonhar com conquista. Da região, destaque para o CAB/Brotas

Ao longo da história, a Liga Jauense de Futebol conquistou oito títulos no Campeonato Amador do Estado de São Paulo. Dessas conquistas, duas são de equipes jauenses, obtidas em 1970 (Torino) e 1994 (AA Paulicéia). Recentemente, o Aristocrata Clube de Jaú tem sido o único representante da cidade na competição, mas sem lograr êxito em repetir o feito dos antecessores. A região fez outros seis campeões, sendo que o último a faturar o título foi o Clube Atlético Brotense, de Brotas, em 2004. A equipe de Brotas é a única bicampeã, já que também venceu o certame em 1984. Em 2000, a AA Itapuí também foi campeã. O Grêmio da Vila de Igaraçu do Tietê faturou sua taça em 1991, batendo na final o Paulicéia. A cidade de Barra Bonita teve seu momento de glória em 1976 com o C.A. Botafogo. O Torrinha ganhou a taça do Estado em 1980.

Ainda em termos regionais, a AA Bariri foi vice-campeã em 1997, perdendo o título para o Triagem/ Bauru. E ainda a AA Mocoembu, de Dois Córregos, foi campeã em 1995, mas não representou a Liga Jauense na ocasião. Sem apoio - Presidente da Liga Jauense, Rodrigo Paulino, comenta os motivos de, em muitos anos, Jaú nem ter representantes no Campeonato do Estado. “O Amador do Estado é uma competição de alto custo financeiro. Quando atua como mandante, o clube necessita de estrutura de futebol profissional, com policiamento, ambulância com equipamentos de primeiros socorros (desfibrilador), médico, gandulas, maqueiros, sistema de som.. E ainda um elenco de jogadores, hoje muito inflacionado, pois qualquer jovem atleta, antes mesmo de completar 18 anos Arquivo

Torino, campeão amador do Estado em 1970

Vaico (treinador), Zeco, Atílio, Bilo, Mica, Baía, Beto, Carlinhos, Belmiro, Botche e Massagista Tião – Tão, Renato Blassioli, Quinho, Moya, Guilherme e Chiquinho Barranco

28 Liga Jauense DE FUTEBOL

já requer do clube um par de chuteiras, transporte quando não reside em Jaú, além de um valor por partida disputada, na faixa de R$ 100 a R$ 300. Se somado um elenco de 20 jogadores, só com atletas em uma média de R$ 150 por atleta, o custo de uma partida chega a R$ 3 mil em contar as despesas citadas acima.” Ele prossegue: “Quando visitante, ou seja, atua fora de Jaú, existem despesas de transporte e alimentação, que, dependendo a distância, inclui almoço e jantar. Por causa disso, na maioria das vezes não temos representantes. Nos quatro últimos anos tivemos em 2008 e 2009 o Aristocrata Clube de Jaú e o A.D.I.A. de Agudos; em 2010 e 2011 apenas o Aristocrata jogou, clube que hoje é conhecido em todo o Estado.” Rodrigo também analisa o fato de o Aristocrata disputar alguns estaduais, mas sem muito sucesso. Segundo ele, falta “apoio” para Jaú chegar ao topo novamente. “O Aristocrata sempre participou sem oferecer ‘bicho’ a seus atletas. Infelizmente, hoje, não temos mais patrocinadores como anteriormente, e também grandes diretorias como em décadas anteriores. Hoje os clubes se resumem a quatro ou cinco diretores, que se desdobram para colocarem seus times em campo. Antes, tínhamos equipes com dezenas de dirigentes correndo em busca de apoio, vendendo rifas, enfim correndo em busca de maneiras de montar grandes equipes para realizarem boas campanhas nas competições locais, regionais e estaduais.”

70 anos


Arquivo

Campeões Estaduais Títulos da Liga Jauense Ano clube 1970 Torino FC 1976 CA Botafogo 1980 Torrinha E.C. 1984 C.A Brotense 1991 Grêmio Igaraçu 1994 AA Paulicéia 2000 AA Itapuí 2004 CA Brotense

cidade Jaú Barra Bonita Torrinha Brotas Igaraçu do Tietê Jaú Itapuí Brotas

Fonte: Liga Jauense de Futebol

Paulicéia campeão Amador de Jaú em 1994, ano do título estadual, cuja base foi mantida Em pé - Renato Borgo, Pavani, Marinho, Tonhão, Ditinho, Jair, Palitinho, Preto, Niltinho, Júnior Rossi e Durival Ribeiro (Bananão). Abaixados – Nego, Zequinha, Betinho, Sandro, Casão, Pedrinho, Jader, Miller e Raimundo Pedro Batata/Divulgação

AA Itapuí 2000 – campeão estadual

Galão (presidente), Maracanã (diretor), Thiaguinho (supervisor), Chiquinho (téc), Miquim (prep fis), Rossi (massagista), Claudinho (mordomo). Em pé: Di, Anísio, Claudinho, Walace, Aladim, Adilson, Jacaré, Saulo, Separado, Furlan, Gonaldo, Gê, Vandir, Marquinho, Joãozinho, Tigrão, Nicom, Li e Miradinha Arquivo

CA Botafogo/Barra: jogadores e diretores do título de 1976

Em pé: De Luca (pres), Alcindo Biazetti (tec); Duda, Zé Haroldo, Zé Mané, Dirceu, Cescato, Valter Biliassi, Tentico, Nelsinho, Taio e diretores Sérgio Grana e Zé Carlos de Luca. Agachados: Vado, da Guia, Molina, Odair, Vardinho Varasquim, Honorato, Jairzinho, Helinho, Pedro Boareto e Válter

70 anos

Campeões Amadores de São Paulo Ano Campeão 1934 Juventus/São Paulo) 1942 LPB/São Paulo 1943 Portuguesa do Brooklyn/São Paulo 1944 Guarani/Campinas 1945 SE Palmeiras/São Paulo 1946 Bauru AC/Bauru 1947 SE Palmeiras/São Paulo 1948 LPB/São Paulo 1949 LPB/São Paulo 1950 América EC/Ibitinga 1951 Ponte Preta/Campinas 1952 Amparo/São Paulo 1953 Jhonson Clube/SJ.Campos 1954 CA Pirassununguense/ 1955 AA Matarazzo/São Paulo 1956 CR Nitro Química/São Paulo 1957 EC Sampaio Moreira/São Paulo 1958 EC Sampaio Moreira/São Paulo 1960 Usina São João/Araras 1961 AA Matarazzo/São Paulo 1962 Usina São João/Araras 1970 Torino FC/Jaú 1971 Máquinas Piratininga/São Paulo 1972 Santos FC/Adamantina 1974 Industrial/Pinadamonhangaba 1975 SE Bambozzi/Matão 1976 CA Botafogo/Barra Bonita 1978 Rhodia/São José dos Campos 1979 Rhodia/São José dos Campos 1980 Moleque Travesso/São Paulo 1981 Moleque Travesso/São Paulo 1982 Moleque Travesso/ 1984 CA Brotense 1987 Quatá FC/Quatá 1991 Grêmio Igaraçu/Igaraçu do Tietê 1994 AA Paulicéia/Jaú 1995 AA Mocoembu/Dois Córregos 1996 AA Flamengo/Guarulhos 1997 Triagem/Bauru 1998 Nacional AC/Bauru 1999 Triagem/Bauru 2000 AA Itapuí/Itapuí 2002 Bandeirante/Brodówski 2004 CA Brotense/Brotas 2005 Santos/Presidente Prudente 2006 Parque das Nações/Santo André. 2007 Estrela/Guarulhos 2008 Nacional Vivaldi/SB do Campo 2009 ADC Valtra/Mogi das Cruzes 2010 União da Vila Sá/Santo André 2011 Boa Vista/Diadema Obs.: Anos em que campeões não foram identificados

Fonte: Wikipédia e internet Liga Jauense DE FUTEBOL

29


“Os 10 do Nota do colunista

Há trajetórias que merecem ser contadas pela grandiosidade do que representam para a comunidade. Fiquei muito honrado pelo convite para aqui apresentar este trabalho que me remete a um passado que faz parte da minha vida – os 70 anos da Liga Jauense de Futebol. Comecei a acompanhar as equipes amadoras da cidade ainda de calças curtas, com meus 5 anos de idade. Confesso que tudo que vi foi colírio para meus olhos. Tive a felicidade de experimentar emoções memoráveis e de acompanhar equipes integrantes da Liga Jauense de Futebol que me fascinaram por uma vida toda. Destaco aqui algumas destas equipes. Parabéns Liga Jauense de Futebol, parabéns presidente Rodrigo Paulino, um jovem dinâmico, cujas raízes estão fincadas no esporte amador da cidade. Obrigado pelo convite, senti-me honrado.

Fotos: Arquivo

 O 1º grande time Quando vi pela primeira vez aquele time do Ypiranga meus olhos de menino brilharam. Tratava-se de uma equipe espetacular, recheada de atletas de inegáveis recursos técnicos. Naquele ano em 1960 o time colocava no peito a faixa de tetracampeão amador da cidade. Este foi o primeiro grande time que me lembro de ter visto jogar. Nada era mais bonito. Ypiranga 1960 Em pé: Lei, Newton Coló, Laerte, Jorge Armando, Aldo Muzegante: Abaixo: Azulão, Zulão, Toninho Campos, Vinício e Pedrinho

 Paissandu O futebol amador e varzeano de Jaú sempre foi muito forte. Diria que nos anos 60 tratavase de um celeiro inesgotável de craques... Era preciso ficar atento para os novos talentos que não paravam de surgir. Em 1961 pude ver de perto também a extraordinária equipe do Paissandu F.C. A equipe da Vila Carvalho encantava a todos com um futebol cheio de magia. Sagrou-se bicampeã varzeano da cidade. Paissandu 1961 Em pé: João Batochio, Zezo, Parola, Ari, Jacaré, Baia: Abaixo: Nelson, Amauri, Tim, Vande, Deu

30 Liga Jauense DE FUTEBOL

70 anos


Ademir”  América 65

Fotos: Arquivo

Naque ano, os dirigentes do América conseguiram trazer para suas fileiras cinco jogadores do Paissandu: Zezo Castan – Jacaré Castan – Bichinho – Josél e Deu, que se juntaram aos remanescentes do elenco do América: Manga – Tóti – Robertinho – Cláudio Brancaglion – Pinga e Baleia. Formou-se então um dos melhores times amadores da cidade em todos os tempos. América 1965 Em pé: Tóti, Manga, Robertinho, Zezo, Claudio e Jacaré: Abaixo: Bichinho, Josel, Pinga, Deu e Baleia

 Santos Outra equipe que admirava no final da década de 60 era o Santos do Bairro de Santo Antonio. Como jogava bonito! Era uma equipe altamente técnica e que detinha uma expressiva posse de bola durante as partidas. Aquele time ficou marcado em minha memória. Santos 1970 Em pé: Gerson, Bibi, Zé Maria Verdini, Ademar, Severino, Vinha; Abaixo: Sidnei, Curimba, Rebomba, João Rezende e Paulo Ciola

 A.A. Palmeiras 68 O Palmeirinha se destacou também no cenário esportivo jauense. Sempre com equipes fortes e competitivas, a equipe de Vila Meschini se sagrou várias vezes campeã do amador jauense. Em 1968 formou esta bela equipe. Palmeiras 1968 Em pé: Ernesto Pengo, Benzova, Cabaleiro, Zé Martins, Guido, Ditão, Tito, Fininho, Norberto Pires e Zé Lingüiça; Abaixo: João Lopes, Silvano, Dito Galante, Davi, Baleia e Pengo

70 anos

 Revelado pela LJF Ele nem mesmo passou pelo XV... foi revelado pela A.A. Palmeiras, integrante do Campeonato Amador de Jaú, tornou-se nossa maior referência: tricampeão do mundo em 1970. Esta é a história de Jonas Eduardo Américo, o nosso Eduardinho, que um dia Pelé levou de Jaú para o mundo conhecer. Edu é o mais claro exemplo de importância da Liga Jauense de Futebol. Liga Jauense DE FUTEBOL

31


“Os 10 do Fotos: Arquivo

 Paissandu 70 Talvez não esteja à altura das demais equipes aqui colocadas, porém, merece destaque por ter sido a única a conseguir derrotar o Torino em sua trajetória maravilhosa, e quase invicta de 1970. Naquela equipe atuei como centroavante, fiz um gol contra o grande Torino, vencemos por 2x0 - o outro gol foi do Tentico. Não tem como deixar de colocar aqui, até porque foi naquele ano que também tive o prazer de estar inscrito como atleta em nossa homenageada Liga Jauense de Futebol. Paissandu 1970 (abaixo) Em pé: Pedro Perez, Biugue, Biuguinho, Valter, Tê, Baixinho e Nugget Abaixados: Jair Ferrucci, Renato Galante, Ademir Leonel (Mi), Jair Coló e Tentico

32 Liga Jauense DE FUTEBOL

 Torino 70

O Torino FC representou a Liga Jauense de Futebol no Campeonato Amador do Estado após ter conquistado o Amador no ano de 1970. Contava com a “nata” do amadorismo jauense, com uma diretoria das mais dedicadas. Ganhou com méritos tanto o amador da cidade, como também o amador do Estado. Encheu Jaú de alegria. Torino 1970 Em pé: Belmiro, Du, Parada, Bilo, Cid, Betinho, Atilio e Zeco; Abaixo: Tão, Móia, Renato, Carlinhos, Guilherme, Quinho e Bibe

 Depois de 1975 Não estranhem deixar de colocar aqui equipes anteriores à década de 60: é que não as vi jogar. Os grandes times que surgiram após o ano de 1975, e foram muitos, também não tive a oportunidade de acompanhá-los. Foi a partir daquele ano que iniciei minhas atividades no rádio esportivo, e meus domingos foram todos consumidos pelo nosso querido XV de Jaú. Mas, certamente, teremos quem poderá contar a trajetória dos times amadores de Jaú entre 1975 e 2012. Pra exemplificar, segue o Paissandu de 1982, um timaço de respeito. Paissandu 1982 (acima) Diretores: Tota, Olívio, Nilson, Toninho, Claudio Matta, Ailton e Nelson Em pé: João Batochio, Cido, Grizzo, Pitova, Sérgio Aroni, Alemão, Moya, Sartori, Azedinha, Longhi, Carlos Coló e Maurício Abaixados: Neca, Mosca, Zé Carlos, Toninho, Nando, Tito Coló, Ciola, Osvaldo Nálio e Pavanelli

70 anos


Ademir”  Fotos históricas

1 Atleta Tonhão Ribeiro

1

3 5

percorrendo as ruas da cidade com a pira acesa para a solenidade de abertura do Amador de Jaú 2 Solenidade de abertura do Campeonato Amador – o inesquecível prefeito Alfeu Fabris ladeado pelos atletas Biugue e Odair no Estádio Municipal 3 XV no Amador: cartaz divulgando o clássico jauense entre Torino x XV de Jaú 4 Mandora foi um dos maiores craques do futebol jauense, eis sua ficha de inscrição na Liga Jauense de Futebol 5 João Gostoso, o atleta que mais vezes vestiu a camisa do XV e quem mais gols marcou pelo Galo, em dia de abertura do Campeonato Amador da cidade 6 Solenidade de Abertura do Amador de 1994. Zeca Peres era o presidente da Liga. No palco, o esportista Alcides Bernardi e os políticos Waldemar Bauab, Zé Mineiro e Candão 7 Tiri (ex-atleta do XV chega ao Estádio Municipal para a solenidade de abertura de mais um Campeonato Amador. No microfone, o prefeito da época, Celso Pacheco.

Fotos: Arquivo

Momentos marcantes do Campeonato Amador de Jaú

2

4 6

7 70 anos

Liga Jauense DE FUTEBOL

33


“Os 10 do Ademir” Fotos: Arquivo

8

8 Torneio Início de 1987:

observe a presença do grande radialista Laerte Masiero no comando da solenidade, com o prefeito Celso Pacheco à esquerda no palco 9 Os pombos-correios do Zé Maria Veneziani estavam sempre presentes nas solenidades de abertura dos campeonatos em Jaú

9

10 Prá não dizer que não falei das

10

flores, consegui esta foto com o amigo Frabetti: eis o Guarani campeão amador de 1956 Guarani 1956 Em pé: Ayub, Romildo, Dito, Aldo, Zinho, Ducho, Carlito, Zé das Cabras e Zé do Bolo: Abaixados: Aylon, Waldir, Tim, Echevarrieta, Américo, Tico Moreira, Olibone e Botch

Quem é Ademir Leonel? 1975 - Início de carreira, escrevendo ‘As 10 do Ademir’ no Jornal de Jaú 1976 – Plantão Esportivo da Rádio Jauense 1978 a 1982 – Repórter esportivo da Rádio Jauense 1982 – Colunista de “As 10 do Ademir” no Comércio do Jahu 1982 – Estréia como narrador esportivo na extinta Rádio Itaipu de Jaú 1984 – Transferiu-se como narrador para a Rádio Jauense 1985 – Transferiu-se para a Rádio Clube de Tanabi 1986 – Atuou pela Rádio Clube de Birigui 1988 – Atuou pela Rádio Canoa Grande, onde foi pioneiro a transmitir uma partida internacional em emissoras da região: transmitiu direto do Estádio Nacional de Santiago do Chile Colo Colo x São Paulo, partida válida pela Taça Libertadores de América 1989 – Retornou à Rádio Jauense 1991– Atuou pela Rádio Cultura de Araçatuba 1992 – Transmitiu o Campeonato Paulista para a Rádio Piratininga 1993 a 2004 – Comandou uma das mais

34 Liga Jauense DE FUTEBOL

consagradas equipes esportivas do rádio interiorano, o escrete de ouro, equipe esportiva da Rádio Cultura Regional, cujo projeto era ousado: a transmissão ao vivo dos estádios dos principais jogos de Campeonatos Paulista, Brasileiro, Libertadores, Rio-SP, Eliminatórias da Copa do Mundo, Copa do Brasil... 2004 – Retornou à Rádio Piratininga de Jaú 2005 – Narrando os jogos do XV, foi considerado pela diretoria quinzeana como responsável pelos grandes públicos registrados naquela temporada, que culminou com quase 20 mil pessoas no Estádio Zezinho Magalhães quando o XV perdeu a vaga à Série A-2 ao perder para o Rio Claro aos 47 minutos da etapa final. 2005 a 2008 – Esteve em Santa Catarina atuando pelas Rádios Hulha Negra e Eldorado, ambas do Grupo Salvaro. Cobriu a Série B do Brasileiro e o campeonato estadual 2008 – Retornou a Jaú para a Rádio Piratininga e começou sua coluna “As 10 do Ademir” no Jornal Gente 2012 – Vai estrear na Rádio OK – 88.5, com estúdios na cidade de Jaú

70 anos



25 comandantes em sete décadas Ex-presidentes são homenageados e comentam trabalho da entidade

Ao longo das sete décadas de existência, a Liga Jauense de Futebol teve 25 presidentes, boa parte deles com mais de um mandato. Outros, por apenas um período. Quem mais geriu os destinos da entidade foi Antonio Cipolla, presidente por dez anos (1955/60 e 1964/68). O mandato da entidade é de dois anos, podendo ocorrer reeleição por um mandato (atualmente). Na história recente, fato curioso se deu após a eleição de 2006. Leonardo Vinicius Pereira foi eleito presidente, mas abdicou do cargo no ano seguinte quando a Federação Paulista de Futebol (FPF) questionou se ele poderia presidir a entidade por ser árbitro de futebol federado. No seu lugar assumiu o vice, Lelo Fantin, que completou o mandato, mas precisou nomear o ex-secretário municipal de Esportes José Carlos Borgo como secretário-geral. Borgo conduziu os destinos da Liga

36 Liga Jauense DE FUTEBOL

até a eleição, quando Ariel Vanderlei Lopes, o Pacífico, foi eleito. Time de ex – A Revista da Liga Jauense faz uma homenagem aos ex-presidentes. Todos os comandantes ainda vivos foram chamados a tecer um comentário sobre a entidade que presidiram. São 11 ex-presidentes, sendo que Vanthier Mantovanelli teve o mandato mais antigo entre o grupo: 1973 e 1974. Entre seus sucessores, dois já faleceram: Emanuel Luiz Bertoldi (1975/1976) e José Bermudes (1981/1985). Para Mantovanelli, cada presidente que passou pela entidade “fez sua parte”, enfrentando dificuldades, como a falta de sede fixa e falta de recursos. Tempos atrás, segundo ele, a situação era ainda pior, uma vez que o poder público não contribuía com nada. “A Liga não tinha a força que tem hoje, que recebe recursos da Prefeitura”.

Além disso, relembra, “tudo girava em torno da política”, ou seja, o prefeito da ocasião queria a todo custo interferir na entidade. Para Ronaldo Cucato, o Roni, que foi presidente em 1988, completando o mandato iniciado por Tatão Grizzo, seu antecessor conseguiu que a Prefeitura de Jaú desse uma verba para os clubes, o que até então era inédito. Após isso, segundo ele, passou a ser difícil as negociações a cada campeonato, já que os clubes passaram a encarar como obrigação do Poder Público dar essa ajuda de custo. Ele lamenta que boa parte dos times que disputa o Amador atualmente representa alguma vila, associação ou bar - os clubes tradicionais, com sede própria, afastaram-se da disputa. Por isso, ele defende uma mobilização para trazer de volta ao campeonato equipes de clubes como América, Palmeiras, Torino, Paulicéia, Corinthians e outros.

70 anos


A amizade com Lelo Fantin fez de José Carlos Borgo um dirigente informal da Liga Jauense em 2007. O ex-vereador e ex-secretário de Esportes de Jaú assumiu o comando da entidade como secretário-geral, atendendo a uma solicitação do presidente Fantin, que tinha compromissos profissionais e precisou viajar muito na época para acompanhar Jogos Regionais, Abertos, Escolares, Idosos e outros. Dedicação - Borgo viu de perto que para dirigir a Liga é preciso ter muita dedicação. “Na verdade o presidente tem de ficar em contato permanente com os clubes, com a entidade. No fim de semana tem os campeonatos, tem os jogos e é preciso acompanhar tudo. No meio da semana tem de estar na Liga, tem de atender os clubes, discutir questões de arbitragem...” Por conta disso, segundo ele, a Liga Jauense vive altos e baixos

70 anos

dependendo do presidente da ocasião. “Jaú já teve os maiores campeonatos amadores do Estado, mas decaiu e hoje tenta se restabelecer a importância que tivemos na Federação Paulista. O Rodrigo (Paulino) está conseguindo, mas ainda não é como antigamente. Ele está no caminho certo para ocupar o espaço de tempos atrás.” Para completar o trabalho, José Carlos Borgo sugere a realização de campeonatos de base para dar espaço para a garotada. Ele entende que a Liga tem papel importante para ajudar na formação dos jovens, evitando que muitos vão para o caminho das drogas. Segundo ele, a Liga teria essa função de ajudar a formar jogadores, abrindo espaço para os garotos de Jaú e região. A recomendação dele é que a entidade consiga apoio do Poder Público para promover as competições. “É preciso ir além do Amador de Jaú e Regional”, destaca, defendendo parcerias públicas e privadas, esta última inclusive para conseguir patrocinadores para os clubes.

Paulo Cesar Grange

Borgo ajuda na ‘transição’

José Carlos Borgo foi secretário-geral da Liga a pedido do presidente Lelo Fantin, que assumiu o cargo após renúncia do presidente eleito Leonardo Vinicius Pereira

Liga Jauense DE FUTEBOL

37


38 Liga Jauense DE FUTEBOL

Arquivo

“A Liga Jauense persiste durante 70 anos “viva” porque Jaú é apaixonada por campeonatos amadores. Isto pode ser comprovado por quem frequenta o campo municipal durante a disputa do Campeonato Varzeano da Primeira Divisão. Neste ano teve jogo no campo municipal que tinha mais torcedores do que em jogos do XV de Jaú. O Amador nunca vai deixar de existir, pois é o pai que vai ver o filho, o amigo ver o amigo para que durante a semana possa ter aquela gozação do time que perdeu, o time que ganhou. Acaba virando assunto na mesa do bar, no trabalho ou onde quer que seja. Durante o período em que fui presidente da Liga senti de perto o amor e o fanatismo de algumas pessoas por seus times amadores, pois investem dinheiro do próprio bolso, deixam mulher, filho, pai, mãe, irmão, namorada ou noiva para, no domingo, ir ao campo de futebol para jogar uma partida, muitas vezes, nas cidades da região quando é o caso do Amador Regional. Podemos acrescentar a isso que rádios das cidades da região, que apoiam 100% a equipe da cidade. Isso torna rentável, pois existe vendas de propagandas e divulgação do time, divulgação dos jogadores. Essa cobertura faz com sempre alguém interessado em estar à frente da Liga Jauense de Futebol, para não deixar esses ’sonhos’ morrerem. Sempre tem alguém apaixonado pelo futebol, mas que com os pés não consegue estar no meio, então arruma um jeito de estar no meio e, assim, acaba sendo árbitro de futebol ou dirigente da Liga. É verdade também que não é fácil fazer a coisa funcionar, pois muitas vezes tem que enfrentar a fúria sem explicação da imprensa. Mesmo sem conhecer você, sem saber qual sua intenção, sua origem, resolve ‘bater’ em você, fazendo afirmações ou insinuações maldosas. Você só consegue reverter isso com o tempo, mostrando suas qualidades e vontade de fazer acontecer, obviamente, contando sempre com o apoio de diretores, amigos. Muitas vezes mais amigos do que diretores, mas que nunca deixam a peteca cair. Confesso que,muitas vezes, a vontade era chutar tudo para o alto, pois da noite para o dia seu nome estava nos jornais, sendo questionado sobre coisas que você só fez porque queria ajudar, mas pessoas que não lhe conheciam aproveitavam para tentar manchar sua imagem, mas jamais conseguiu. Tudo isso fez valer a pena, pois podemos

chegar ao fim e olhar para traz e dizer..”VENCEMOS”. A casa ficou organizada, o respeito junto aos diretores de equipes, jogadores e população foi recuperado. Hoje, o Rodrigo Luiz Paulino, que está à frente da instituição, pode navegar em águas calmas pois esteve comigo sofrendo o que sofri, sentindo as dores que senti e, com isso, adquiriu mais experiência. Tenho certeza que o Rodrigo dá continuidade no projeto que criamos no final de 2006 e início de 2007, quando, numa reunião no vestiário do campo municipal tivemos a idéia de criar a UNIÃO JAUENSE DE ÁRBITRO. No fim de 2007, aquela mesma ‘equipe’ sonhou em assumir a direção da Liga Jauense de Futebol e deu nisso. Amigos pensaram igual, arregaçaram as mangas e foram para o trabalho. E deu trabalho, mas no fim pudemos dizer ‘VENCEMOS’. Isso é Liga Jauense de Futebol: nós a conhecemos e logo nos apaixonamos e, para se distanciar, é dolorido.”

Ariel Vanderlei Lopes (Pacífico), 2008-2011 70 anos


“Sendo o futebol um esporte de massa, a Liga Jauense de Futebol é imprescindível porque é um canal aberto entre Jaú e filiados (regional) à Federação Paulista de Futebol. Sem se esquecer, porém, que o EC XV de Novembro de Jaú, o nosso Galo da Comarca, já esteve na elite do futebol paulista, o que faz com que a LJF se torne mais importante ainda. “É do meu entender que a LJF não deva se prender somente no Amador Municipal e Regional (pois absorve atletas de maior idade e mais experientes), mas sim promover campeonatos de base (mirim, infantil e juvenil) com objetivo de fazer um trabalho social e proporcionar oportunidade de se tornarem atletas profissionais. Isso tudo patrocinados pela Federação Paulista de Futebol, poder público e entidades privadas.” Arquivo

“Durante vários anos atuei como presidente, vice ou membro da diretoria da Liga Jauense. No período tive vários parceiros que me auxiliaram na condução da entidade, mas não citarei nomes para não cometer injustiças por esquecimentos. Por ser um desportista nato, confesso humildemente, que minha maior alegria foi ser presidente da LJF e ter contribuído para o crescimento da mesma. “Assim, para as pessoas que estão agora no comando e as que virão a estar deverão ter em mente que para exercer qualquer função na Liga é necessário ter amor e estar ciente do tempo que ela nos exige. O restante vem com a conquista da credibilidade das decisões daqueles que a comandam. Um abraço a todos e, mesmo à distancia, continuo torcendo pelo esporte de nossa cidade.”

Antonio Pavan Neto, 1989-1990 e 1998-2001

Lelo Fantin, 8/03/2006 a 30/10/2007

70 anos

“Embora assumi a presidência da Liga por um curto espaço de tempo, devido ao vínculo com a arbitragem no quadro da FPF e a mesma não permitiu, pude perceber dentro da entidade maior do futebol paulista a importância da Liga Jauense no âmbito amador daquela entidade. Realmente era prazeroso pertencer a uma das principais ligas filiadas à FPF. A Liga sempre mostrou sua seriedade junto aos campeonatos amadores locais, bem como regional. Entendo que deveria haver uma parceria entre o poder executivo e a Liga e o poder público promover todas as categoria de futebol organizadas pela LIga, transformando inclusive em divisões. Ou seja: o Campeonato Varzeano viraria segunda divisão, criando uma disputa para ver quem sobe e quem cai de divisão.”

Leonardo Vinicius Pereira, 2006

Liga Jauense DE FUTEBOL

39


Arquivo

“A Liga não tinha nem onde ficar. Ficamos um tempo na paróquia da Igreja Matriz. Depois, conseguimos um lugar na Legião Mirim e acabamos numa sala na Piscina Municipal. Conseguimos comprar telefone, mesa e organizamos a sede da Liga e a arbitragem. Todos os campeonatos foram montados. O Amador Regional, por exemplo, chegou a ter 22 clubes no maior campeonato até então. No Amador de Jaú tivemos até 25 equipes e hoje são dez ou até menos. A importância da Liga para fazer os campeonatos de Jaú e da região é como se fosse a Federação Paulista de Futebol”

Ronaldo Cucato (Roni), 1988

“Como esportista que sou, e sempre fui, tive a oportunidade de, no passado, dar minha colaboração ao futebol amador da nossa cidade. Naquele tempo os clubes lutavam com muita dificuldade e não era fácil organizar campeonatos. A Liga Jauense de Futebol lutava com disposição e dependia do auxilio da prefeitura municipal para a compra dos troféus e mesmo da cessão de uma sala para poder fazer as reuniões. Tudo era muito difícil, e os trabalhos que foram executados nos anos anteriores não poderiam ser interrompidos. Nessas circunstâncias eu aceitei e na qualidade de presidente eleito dei minha parcela de colaboração ao lado do companheiro Babi Bertoldi. “Tive a felicidade, de através do comandante da Polícia Militar, Nilson Giraldi, contar com o sargento Masseri na chefia do Departamento de Árbitros, o que foi uma garantia para os campeonatos. Hoje, fico orgulhoso ao ver a atual Liga Jauense de Futebol, que, com jovens esportistas, vem merecendo os melhores elogios pela organização, modernização e o que é mais importante, a imparcialidade com que é dirigida. Parabéns a todos por tudo que têm feito e que continuem assim pelo engrandecimento do esporte amador.”

Vanthier A. Mantovanelli, 1973-1974 40 Liga Jauense DE FUTEBOL

“A Liga Jauense de Futebol, uma das mais, se não a mais tradicional, Liga de Futebol Amador do Estado de São Paulo, tem sua importância na condução do futebol amador para Jaú e região, uma vez que, embora com as dificuldades encontradas dentro do cenário amador, sempre realizou grandes campeonatos tanto em Jaú, como na nossa imensa região. Lembro-me que equipes de outras regiões vinham disputar nosso Amador Regional, por ser considerado o de nível mais forte do Estado. Em nível municipal, a Liga de Jaú sempre esteve à frente das suas limitações, fazendo grande campeonatos e congratulando atletas de Jaú e da região”

José Francisco Martins Peres, 1994-1997 “A Liga Jauense de Futebol Amador não somente mantém viva a paixão pelo futebol local, como também é a única entidade de direção de futebol no município que pode realizar competições oficiais com amparo legal da Federação Paulista de Futebol.”

Angelo Gabriel dos Santos, 2002-2005 70 anos


Fotos: Arquivo

“No biênio 1992/1993, com poucos recursos financeiros, eu e minha equipe conseguimos fazer ótimos campeonatos amadores jauense e regional. Sem interferência de política, quer no Campeonato Amador de Jaú ou no Regional. Deixamos a Liga Jauense sem dívidas e com um pouco de organização e com bastante credibilidade, que nos campeonatos de nossa cidade como nos campeonatos regionais”

Ademar Francisco Moschetta, 1992-1993

“Fiquei muito contente e envaidecido com o convite para escrever sobre a Liga. Ter Liga há 70 anos na cidade é motivo de orgulho para todos nós, pois, com muito esforço e dedicação que temos ainda a Liga Jauense, mantendo vivo o amadorismo de nossa cidade. Agradeço aos atuais mandatários da nossa Liga, em mostrar um pouco da existência da mesma e homenagear os ex presidentes.”

Antonio Roberto Tatão Grizzo, 1986-1987

“A Liga Jauense é importante para a cidade, apesar de o Amador estar em baixa. Quem gostava do Amador ficou velho ou está parando de acompanhar. Os mais novos partiram para o Varzeano, que chama mais a atenção e é mais barato para disputar. Do Amador, o Regional ainda continua em alta. Os jogadores do Amador querem ganhar dinheiro hoje, sendo que antes jogavam a troco de uma chuteira. Além disso, antes, os jogos do Amador tinha bilheteria, com 200, 700, 1.200 e até mais de 2.000 pagantes e o dinheiro ficava com os clubes.”

Paulo Celso Blassioli, 1977-1980 70 anos

Presidentes da Liga Jauense de Futebol Ano Nome 1942 João Jacinto de Almeida 1943 João Jacinto de Almeida 1943 Manuel Porto 1944 Manuel Porto 1945 Manuel Porto 1946 Manuel Porto 1947 Alcides Bernardi 1948 Alcides Bernardi 1949 Osvaldo Dalpino 1950 Osvaldo Dalpino 1951 Antonio Jorge 1952 Antonio Jorge 1953 Aristeu Chaves 1954 Aristeu Chaves 1955 Antonio Cipolla 1956 Antonio Cipolla 1957 Antonio Cipolla 1958 Antonio Cipolla 1959 Antonio Cipolla 1960 Pedro Martins Peres 1961 Pedro Martins Peres 1962 Pedro Martins Peres 1963 Pedro Martins Peres 1964 Antonio Cipolla 1965 Antonio Cipolla 1966 Antonio Cipolla 1967 Antonio Cipolla 1968 Antonio Cipolla 1969 Gilney Gonçalves da Silva 1970 Gilney Gonçalves da Silva 1971 Izante Boldan 1972 Izante Boldan 1973 Wanthier Mantovanelli 1974 Wanthier Mantovanelli 1975 Emanuel Luiz Bertoldi 1976 Emanuel Luiz Bertoldi 1977 Paulo Celso Blassiolli 1978 Paulo Celso Blassiolli 1979 Paulo Celso Blassiolli 1980 Paulo Celso Blassiolli 1981 José Bermudes 1982 José Bermudes 1983 José Bermudes 1984 José Bermudes 1985 José Bermudes 1986 Antonio R. Tatão Grizzo 1987 Antonio R. Tatão Grizzo 1988 Ronaldo Cucato (Roni) 1989 Ronaldo Cucato (Roni) 1990 Antonio Pavan Neto 1991 Antonio Pavan Neto 1992 Ademar F. Moschetta 1993 Ademar F. Moschetta 1994 José Francisco Martins Peres 1995 José Francisco Martins Peres 1996 José Francisco Martins Peres 1997 José Francisco Martins Peres 1998 Antonio Pavan Neto 1999 Antonio Pavan Neto 2000 Antonio Pavan Neto 2001 Antonio Pavan Neto 2002 Angelo Gabriel dos Santos 2003 Angelo Gabriel dos Santos 2004 Angelo Gabriel dos Santos 2005 Angelo Gabriel dos Santos 2006 Leonardo Vinicius Pereira 2007 Lelo Fantin 2008 Ariel V. Lopes (Pacífico) 2009 Ariel V. Lopes (Pacífico) 2010 Ariel V. Lopes (Pacífico) 2011 Ariel V. Lopes (Pacífico) 2012 Rodrigo Luiz Paulino 2013 Rodrigo Luiz Paulino

Liga Jauense DE FUTEBOL

41


Torino x Paulicéia: rivalidade histórica Clubes têm 27 títulos e protagonizaram disputa mais ferrenha da história nos anos em que dividiram os gramados

Entre 1961 e 2000, o Torino FC conquistou 17 títulos no Amador de Jaú. Entre 1980 e 2006 a Associação Atlética Paulicéia obteve 10 conquistas. Esses dois clubes são os maiores vencedores da história da competição. E, certamente, são os maiores rivais que o esporte local já produziu. O Amador nunca mais foi o mesmo desde que ambos deixaram de dividir os gramados. O primeiro embate entre eles se deu em 1979, quando o Paulicéia decidiu trocar os amistosos pela disputa do Campeonato Amador pela primeira vez. Na decisão, o Torino levou a melhor, chegando ao hexacampeonato iniciado em 1974. No ano seguinte, o Paulicéia deu o troco e iniciou um “reinado” com nove triunfos em 15 temporadas. De 1980 a 1994, o Paulicéia faturou nove títulos, contra três do Torino, dois do Paissandu e um do

Equipe do Torino que conquistou o tetra no ano de 1999. No ano seguinte obteve o penta

Em pé: Claudio, Titolo (técnico), Bodinho, Dani, João Luiz, Valmir, Ricardo, Pastel, Paulinho, João Carlos, Wilson Prudêncio e Montanha. Abaixados: Toninho Cascão, Zampieri, Fuad, Santo, Flavinho, Murilo, Adriano Camarão, Gibinha, Vadinho Navarro e Inho

Torino e o título de 1961

Em pé: Álvaro, Baldan, Chevrolet, Lin, Lula, Du, Chico, Tião, Dilo, Adalberto, Vicente, Neu, Luiz, Liminha e Zé Bernardi. Abaixados: Anísio, Paulo, Bebé, Botche, Nenê, Renato, Pitcho e Renato Galante

42 Liga Jauense DE FUTEBOL

70 anos


Maloca. O Torino viria a ser pentacampeão entre 1997 e 2000, enquanto o Paulicéia venceu em mais uma oportunidade, no ano de 2006. O Paulicéia disputou o Amador pela última vez em 2007. Hoje, dedica-se apenas ao bocha, modalidade na qual foi campeão jauense em 2011. O Torino parou antes e também se dedica ao bocha. Técnico do último time do Torino, Valmir Vanderlei Pereira, o Tito-

Fotos: Arquivo

lo, disse que a confusão criada no campeonato de 2001 foi o que levou o clube a se afastar do Amador. “O Torino estava na final para ser hexa invicto. Foi nossa última participação. Nosso time era finalista, depois de ganhar do Ajax na semifinal. Mas teve recurso de um time contra o outro, porque queriam ganhar os pontos do Paulicéia.” (VEJA BOX) Segundo Titolo, esse imbróglio desanimou a diretoria da época, que decidiu se afastar dos gramados. Ele se recorda dos grandes times do Torino no fim dos anos 90, com cinco títulos seguidos invictos. Um dos grandes times, segundo ele, foi o de 1999, que chegou ao tetra em jogo realizado no campo do XV. Titolo diz que a rivalidade com o Paulicéia era importante, obrigando o Torino a ir atrás de reforços. Quando voltou a ser campeão em meados dos anos 90, segundo ele, o Torino chegou a gastar R$ 23 mil com o time. Depois, a conta subiu ainda mais. Boa parte era gasto para assinar os atletas, comprar chuteira e pagar os bichos pelos títulos. Presidente no “adeus”, João Mangilli disse que teve ano de o clube gastar mais de R$ 40 mil com a equipe de futebol. Em dado momento, a diretoria decidiu que os investimentos seriam direcionados apenas à sede própria, que ganhou novas dependências, como bar, salão, cancha de bocha e campo society.

Relembre campeonato que não acabou A competição de 2001 parou após o final da 1ª fase, quando as quatro primeiras equipes se classificaram para as semifinais. O Expressinho, que terminou em 5º lugar, entrou com um pedido de medida cautelar junto ao Tribunal de Justiça Desportiva, denunciando uma suposta irregularidade do Paulicéia, que teria inscrito em um atleta profissional. A diretoria da Liga pediu informações sobre o atleta André Luiz da Costa na Federação Paulista de Futebol e CBF (Confederação Brasileira de Futebol) - ambas as entidades enviaram fax constatando que o jogador tinha vínculo profissional com o Rioverdense (GO). No julgamento, o TJD deu ganho ao Expressinho, eliminando o Paulicéia. Antes da segunda rodada das semifinais, o Paulicéia obteve uma liminar na Justiça comum, paralisando o campeonato. O TJD tentou derrubar a liminar, mas não conseguiu. Cansados de esperar por uma decisão, os clubes dispensaram seus jogadores e o campeonato não chegou ao fim.

Paulicéia campeão em 2006, último título da equipe

Dirigido Joel Monegato, Leonildo Mageste, Júnior Monari e o técnico Marcelo Silva, time conta com os goleiros Mutaio e Marcão e jogadores como Flaviano, Toquinho, Mário, Gustavinho, Max e outros

70 anos

Liga Jauense DE FUTEBOL

43


Paulicéia move multidões em 1994 Paulo César Grange

O principal ano na história do Paulicéia foi em 1994, quando conquistou dois títulos: o amador jauense e o amador estadual. Treinador daquela época, Durival Ribeiro, o Bananão, conta que a equipe levava uma multidão aos jogos fora de Jaú. “Íamos com cinco, seis ônibus. Era uma multidão”, relembra. Segundo ele, quando o time chegava a Jaú a festa ocorria na sede do clube regada a churrasco e cerveja. O título estadual foi conquistado em 27 de novembro de 1994 em Bebedouro após vitória com gol de Pedrinho Garcia sobre o União de Valentim Gentil. Em 1991, o Paulicéia tinha sido vice-campeão ao perder a decisão para o Grêmio de Igaraçu do Tietê. Em 1990, o Paulicéia ficou na terceira colocação entre os melhores do Estado. “No ano em que ficamos campeão estadual trouxemos cinco jogadores de fora de Jaú”, diz Ribeiro. Ex-jogador do Paulicéia, ele diz que sempre participou das conquistas do clube, exceto na última delas, em 2006, quando o técnico era Marcelo Silva (Marcelão) e o presidente era Joel Monegato.

Durival Ribeiro, ex-jogador e ex-técnico do Paulicéia, na sala de troféus do clube

“Depois de ser campeão em 2006 disputamos mais um campeonato e o time parou. Está parado até hoje e acho difícil voltar”, lamenta. Hoje, segundo ele, o Paulicéia mantém uma escolinha de futebol e disputa campeonatos de bocha. Sobre os grandes rivais, Durival Ribeiro coloca a trinca Paulicéia-To-

rino-Paissandu. “De 1980 pra frente fomos o time mais forte”, garante. “Enfileiramos um título atrás do outro por vários anos”. Boa parte da força do Paulicéia vinha de ações criadas para levantar recursos empregados na equipe. “Para ter time bom tínhamos uma diretoria que fazia festa juniArquivo

Paulicéia campeão em 1991

Em pé - Zé Biliassi, Costa, Nego Gasparotto (presidente) e os jogadores Pitota, Marcão, Pastel, Ferreira, Airton Alonso, Betinho Peres, Zé Construtor, Daniel, Mutaio, Palito; e diretores Renato Borgo e Jorge Ferreira. Abaixados – Diretores Raimundo, Durival Ribeiro e Edson Peres; e jogadores Júnior, Giba, Niltinho, Sabugo Palomares, Clodomiro, Ricardo, Toninho Campos, Di e Carlos Lampião

44 Liga Jauense DE FUTEBOL

70 anos


História – A data em que o Paulicéia foi criado é desconhecida por Durival Ribeiro. Ele lembra que nos anos 50 o clube tinha sede em um bar na Rua Capitão José Ribeiro. “O João Carnaval começou a montar times. Eu e minha turma começamos a mexer com o time por volta de 1965, mas era apenas para jogar amistosos e em fazendas”. A entrada no amador, de fato, deu-se em 1979, quando Bananão era quarto-zagueiro/lateral e o técnico era João Carlos Fonseca. A sede atual foi inaugurada em 15 de setembro de 1989, na gestão do ex-prefeito Sigefredo Griso – a construção começou na época do prefeito Celso Pacheco.

70 anos

Arquivo

na e até festa do peão”. Além disso, torcedores empresários também colaboravam com dinheiro, como Toninho da Farmácia, Toninho Graciano, João Rayes, Paulo Poloniato e outros – todos estão em algum pôster na sala de troféus do clube.

Paulicéia no primeiro campeonato da equipe, quando foi vice-campeão em 1979

Em pé - Sete, Tonhão, Nei, Zé Batóchio, Pedrinho, Bonga, Durival Ribeiro e Paulo Borges; Abaixados - Jair, Dalvo, Silvano, Zé Biliassi, Paulinho Telê, Turiba e Edinho Cavassani

Liga Jauense DE FUTEBOL

45


Atual presidente do Torino, José do Carmo Marques de Freitas (Comanche) diz que o Torino só disputa campeonatos de bocha. E tem sido campeão com freqüência em Jaú e até no regional (2007). O clube hoje também é conhecido pelos bailes de forró nas sextas-feiras. A sede, aberta em 1998, também aluga seu salão social para festas. Retomar o futebol? “No momento não pensamos nisso”, diz Comanche. A diretoria atual foi eleita em 2009, reelegeu-se e vai até 2013. O vice é José Fernando Romano, o Bagaço. Ambos dizem que no fim dos anos 90 a Prefeitura ajudava mais os clubes amadores e que, hoje, a ajuda é apenas simbólica. Sobre a época de glória do Torino, em 1970, ele se recorda dos grandes craques da equipe. E diz que três jogadores chegaram a deixar o clube para ir jogar no Corinthians: Guilherme, Atilinho e Ademir, este último por fim defendendo o XV de Piracicaba. Origem – O início do Torino foi em 15 de novembro de 1948. “Comecei o Torino no quintal da minha casa”, relembra Francisco Bernardi, 74 anos, contando que reuniu um

Paulo César Grange

Bocha e baile no ‘Touro da Potunduva’ grupo de amigos de 8 a 12 anos de idade para montar um time de garotos. “A gente jogava descalço”, diz ele, hoje aposentado depois de defender o Torino em vários campeonatos, até 1966, e de trabalhar na extinta Cia. Jauense Industrial. Na lista dos precursores do Torino Chico Bernardi inclui também Régis Matielo, Vicente Bernardi, Sidnei Ortuzar (Pitcho), Adalberto Bernardi, Alcides Edvard Pavan (Lula), Valter Blassioli, Eduardo Pavan (Du), João

Paulo César Grange

Comanche (à esq.) é o presidente atual do Torino; ao lado, integrantes da diretoria atual Arquivo

Torino no campeonato de 1977

Em pé: Du, Viadana, Ferrarezi, Osmar, Jorginho, Jair Coló, Baixo e Moschetta. Abaixados: Claudinho, Quinho, Dão, Guilherme e Frana

46 Liga Jauense DE FUTEBOL

Munhoz, Carlito Módulo, João Martins, Caetano Conti, Irineu Segantin, Humberto Batóchio (Bebé) e outros. O nome foi escolhido para homenagear o Torino italiano, que tinha feito uma excursão ao Brasil. No regresso à Itália, o avião caiu e toda o time morreu – era a base da seleção italiana na época. Os meninos do Potunduva cresceram, disputavam o varzeano e, enfim, jogaram o Amador. E logo de cara foi campeão, em 1961. “Fomos campeões invictos, enfrentando equipes como Palmeiras, Ipiranga, Guarani e América”, fala Chico Bernardi. Sobre a conquista estadual de 1970, Bernardi diz “que a torcida

70 anos


TORINO CAMPEÃO AMADOR 78

Em Pé: Botche, Camarguinho, Cascudo, Babi Bertoldi, Nelson Lopes, Tota, Ademir, Toninho Romão, Barranco, Paulo Chanão, Leão, Jesus, Du, Neu Segantin, Tonhão da Charme e Tião. Abaixados: Tão, Jorge Porquinho, Rubens, Adilson Trajano, Dário, Jorge, Jorginho, Renato Picelli, Luizinho, Trajano, Sadia e Valmir Paulo César Grange

do Torino não foi só do Torino, foi de toda a cidade”. Ele lembra que o XV de Jaú, time profissional da cidade, não disputava o Paulistão, por isso o Amador tinha tanto interesse. No intervalo de tempo entre as ausências do XV da Primeira Divisão o Amador “foi muito prestigiado” e o Torino conquistou muitos admiradores, segundo Bernardi. “No início o Torino não usava a tradicional camisa bordô”, relembra. “Foi a partir de quando conseguimos uma camisa original do Torino da Itália que o Touro da Potunduva passou a usar uma camisa idêntica do clube italiano”.

70 anos

Francisco Bernardi criou o Torino “no quintal de casa” com a parceria de amigos de infância

Liga Jauense DE FUTEBOL

47


Palomares volta 70 anos no tempo Meia-esquerda dos anos 40 e 50 tem títulos no currículo, mas diz que nunca ganhou prêmio como ex-atleta do Amador Fotos: Arquivo

Ele nasceu em 29 de junho de 1924, portanto, completa 88 anos em 2012. Quando a Liga Jauense de Futebol era criada 70 anos atrás por um grupo de esportistas jauenses, João Pedro Palomares já corria atrás da bola em Jaú. Ele é um dos poucos jogadores que atuaram nos anos 40 do século passado e que ainda podem relembrar o princípio do amadorismo jauense. O futebol amador já existia desde antes da criação da entidade, mas foi com a Liga Jauense que ele se desenvolveu. O próprio XV de Jaú já tinha 18 anos de vida quando surgiu a Liga. E logo mostrou sua força, conquistando oito títulos seguidos (1943 a 1950) até se dedicar ao profissionalismo. Palomares chegou a ser convocado algumas vezes para compor o elenco quinzeano. “Comecei a jogar amador em 1945. Joguei pelo Paulista naque-

48 Liga Jauense DE FUTEBOL

João Pedro Palomares, em foto como técnico do Jahu Progride, empresa em que trabalhou

le ano, que tinha um time formado só por carregadores de café. Meu cunhado era o chefão e me colocou para jogar. Eu era molequinho”, relembra, citando confrontos contra o Ypiranga, que tinha como sede um bar na Rua Quintino Bocaiúva. Palomares também jogou pelo Ypiranga, ficando campeão quatro vezes nos anos 50. Ele diz que em 1942 e nos anos seguintes chegou a vestir a camisa do segundo quadro do XV de Jaú. Palomares era meia-esquerda, tinha 1m70 e dominava o meio-de-campo. “Ficava tocando a bola no meio, armando jogadas”, conta. “Depois do Ypiranga parei de jogar no Amador e só joguei nos times da várzea.” De um time do Ypiranga campeão, Palomares diz que só resta ele e Romeu Mira (médico). “Só eu e ele estamos vivos daquele time. Mas tem mais alguns atletas da época por ai, como os irmãos Dino

70 anos


e Lê, outros que vestiram a camisa ipiranguense. Época? - .”Na época a gente jogava muito nas fazendas, na Barra Mansa, na Vila Ribeiro, nos Grizzo... “, recorda-se, destacando que sempre tinha um grande público acompanhando os jogos amadores. Na cidade eram poucos campos, como do XV de Jaú, do Palmeiras (no colégio dos padres) e do Guarani no Potunduva. Segundo Palomares, na sua época um confronto de muita rivalidade era entre Ypiranga e América. “Era quem nem Corinthians e Palmeiras hoje”. O ex-meia diz que jogou em todos os times de Jaú, foi campeão por vários, mas nunca ganhou nada para jogar. “Não ganhava nada, tinha até de comprar botina. ‘Malemá’ os times davam a camisa”. Polivalente – “Joguei com o Mandora, com o João Gostoso, que foram craques no XV. Treinava com eles porque trabalhavam comigo no Jahu Progride”, diz Palomares, que aprendeu o ofício de marceneiro ainda criança, exercendo a profissão até se aposentar. João Pedro Palomares Júnior, filho do ex-meia esquerda das décadas de 40 e 50 e pesquisador do esporte jauense (XV de Jaú e amador), diz que em 1938, quando seu pai tinha 14, 15 anos, já jogava bola no

70 anos

Liga Jauense DE FUTEBOL

49


Campo do Conde, onde hoje está a casa da família, nas proximidades do posto de saúde do bairro de São Benedito e do portal de acesso à fazenda Maria Luiza, propriedade dos Arruda Botelho. “No Caiçara joguei até os 85 anos de idade. Era o mais velho em campo. Até colocaram meu nome num campeonato no clube”. Veterano do esporte, Palomares jogou vôlei pela associação da terceira idade de Jaú, viajando sempre para Jogos Regionais e Jogos Abertos do Idoso. Ganhou muitas medalhas, incluindo outros esportes, como palito e bocha. Ele também participou de provas pedestres, incluindo os 10 Km de Jaú de alguns anos

João Pedro Palomares e a esposa, Geni Spoldário Palomares: casa onde casal mora é em terreno onde ficava o Campo do Conde, próximo do Bairro de São Benedito Fotos: Paulo Cesar Grange

João Pedro Palomares e suas medalhas ganhas em diversas modalidades esportivas

50 Liga Jauense DE FUTEBOL

Campeão só tomava guaraná Palomares tem uma coleção de medalhas por jogar vôlei, palito, bocha e futebol de veterano, mas nenhum prêmio em sua trajetória como atleta de futebol amador. “Como jogador nunca ganhei dinheiro, nunca ganhei nenhum prêmio. Quando era campeão só tomava guaraná. Naquela época não tinha nem churrasco. A gente ia num barzinho na Rua Quintino (Bar do Calixto) e ficava tomando guaraná.. Era assim que o time comemorava”, relembra. Hoje, ele não vai mais aos jogos amadores, mas faz questão de estar sempre nas partidas do XV de Jaú. Aliás, sobre o Galo da Comarca, ele fala que ficou chateado com o rebaixamento do time. “Foi duro cair. Fiquei muito chateado. Como pode um time que passou pela primeira divisão ir agora para a quarta divisão? Não foi falha do Zé (Construtor, presidente), que trabalhou bem. O time não deu certo”, lamenta. Torcedor do Corinthians, João Pedro Palomares é casado com Geni Spoldário Palomares há 63 anos. Ela a conheceu nas imediações do Campo do Conde, onde ambos moravam. Até hoje moram na mesma região. O casal teve dois filhos – Júnior e Regina e tem quatro netos.

70 anos




Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.