Revista conceito 17ª edição

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Ano 2 Nº 17 Julho 2015 ISSN 2318-0145

Tá pegando fogo! Valadares entra no circuito do universo ardente das pimentas nucleares e é o segundo lugar do planeta a ter espécie rara

“Faria diferente”

Surpresa

No olho da web

Passadas as eleições, Aécio Neves detona governo Dilma

Janaína Depiné ensina como devemos receber um presente

Cuidado! Internet conhece bem todos os seus passos



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Conheça nossos

Colaboradores

ADRIANA PORTUGAL

BIANCO CUNHA

CLORES LAGE

INOCÊNCIO MAGELA

JANAÍNA DEPINÉ

JOÃO PAULO

Adriana Portugal é graduada em Direito pela Faculdade Milton Campos, pós-graduada em Direito do Trabalho pelo Unicentro Newton Paiva, presidente do Grupo da Fraternidade Martha Figner e diretora do Instituto Nosso Lar

Bianco Cunha é formado em Comunicação Social pela UFJF e é pós-graduado em Marketing. Tem experiência de trabalho na Rússia e atualmente trabalha na Orquestra Sinfônica Brasileira.

Artista notável nos mais variados campos de expressão. É pintora, escultora, escritora, documentarista, cineasta, inventora. Clores é plural.

Formado em Filosofia pelo Seminário São José e em Pedagogia pela UFMG. É diretor da empresa Dialétika e coordenador técnico de cursos de capacitação do Sicoob em 8 estados.

Jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior. Consultora de etiqueta há uma década, ministra cursos e palestras e é autora do site elegantesempre. com.br.

Formado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Univale. Especializado em Redação Publicitária pelo Ateliê das Letras. Redator na agência Óbvio Comunicação.

JOSÉ FRANCISCO

JUAN MOISÉS ZONIS

LAURO MORAES

MARCELO BARRETO

TAINÁ COSTA

Mestre em Direito pela UGF/RJ, especialista em Direito Empresarial e em Gestão Estratégica de Cooperativas. Professor Universitário.

Juan Moisés Zonis é Doutor em Odontologia pela Universidade Nacional de Rosario, na Argentina, onde também leciona. É autor de diversos trabalhos publicados em revistas científicas do Brasil e do exterior. É sócio fundador da Sociedade Mineira de Estomatologia e membro da Academia Pierre Fauchard..

Jornalista e especialista em Políticas Públicas pela Univale, com mestrado em Cultura e Turismo. Acumula passagens por três afiliadas Rede Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. É professor universitário nas áreas de Comunicação e Marketing.

Marcelo Barreto da Silva é fitopatologista, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), pósdoutor pela Kansas State University em Sistema de Informações Geográficas, coordenador do programa “Agro+: por uma agricultura mais sustentável”.

Formada em Comunicação Social pela UFJF. Cursou parte da graduação na Universidad de Salamanca, na Espanha. Hoje é estudante de Marketing no Coppead (UFRJ) e é assistente comercial da Rede Globo.

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Palavra do Editor

Assim engatinha a democracia... Uma série de manifestações ocorridas em diversas cidades do país marcou o dia 15 de março deste ano, quando dois milhões de pessoas foram às ruas para protestar contra a corrupção e contra o governo federal. O que pouca gente se deu conta é que, erroneamente, um detalhe histórico daquela data foi menos valorizado do que merecia. Afinal, exatamente 30 anos antes, em 1985, o Brasil abria-se oficialmente para a democracia, a partir da posse de Tancredo Neves na Presidência da República. Era o primeiro civil a ocupar o cargo após cinco governos seguidos trajados com a farda militar do Exército. Sua posse foi um marco, embora tivesse ficado pouco mais de um mês à frente do cargo, até falecer noutra data, igualmente simbólica para o país: justamente no dia 21 de abril, Dia de Tiradentes – o inconfidente que lutou e perdeu a vida pela independência do Brasil no fim do século 18. De volta a um passado mais recente, logo após a reabertura da democracia, ocorreram passos importantes para a formação da nova sociedade brasileira. A Constituição Federal de 1988 trouxe a liberdade de expressão como cláusula pétrea, permitindo movimentos ocorridos posteriormente. Foi graças à preservação dos direitos dos cidadãos que a população contribuiu, por exemplo, para a derrubada de Fernando Collor de Melo, em 1992. Manifestações difíceis de se imaginar durante os anos de chumbo enterrados naquele 15 de março 1985. O governo FHC também foi vítima da revolta popular em momentos cruciais dos seus oito anos de governo. Mas ninguém enfrentou tanto a fúria da sociedade brasileira quanto Lulla e Dilma. E não se trata de um sentimento generalizado de ódio contra o PT, mas das tecnologias que deram amplitude à voz do povo. As redes sociais assumiram papel importante nessa construção da democracia. Elas es-

conceito Revista Conceito Ltda. CNPJ: 16.671.290/0001-35 Endereço: Rua Olegário Maciel, 569 Esplanada - CEP: 35010-200 Governador Valadares-MG Site: www.conceitorevista.com Email: contato@conceitorevista.com Telefone: (33) 9989-4092 / 9968-7171 As opiniões emitidas pelos colaboradores no conteúdo desta revista são de inteira responsabilidade dos autores.

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A liberdade de expressão, outorgada aos brasileiros nos anos 80, foi não apenas preservada como reiteradamente fortalecida desde 1985. Para o avanço da democracia, no entanto, vivemos um tempo que comprova que ela não depende de uma ideologia do governo vigente.

cancararam as portas a todos que tenham algo a dizer, seja com argumentos e discursos pesados e ofensivos, seja com palavras coerentes e moderadas. Mas a web também abriu espaço para os manifestantes anônimos. Milhares ou até milhões de pessoas aproveitam-se do sigilo da rede para caluniar ou difamar irresponsavelmente a alguém. Isto não acontece só no mundo virtual. Quando num parlamento lotado, por exemplo, o povo presente impede a manifestação legítima do vereador ou do deputado por ter posição contrária à massa, a liberdade dos cidadãos de se expressarem livremente está assegurada. Mas o espaço democrático mostra-se falho. A liberdade de expressão, outorgada aos brasileiros nos anos 80, foi não apenas preservada como reiteradamente fortalecida desde 1985. Para o avanço da democracia, no entanto, vivemos um tempo que comprova que ela não depende de uma ideologia do governo vigente. Valores como educação, ética, bom senso e respeito ainda são ingredientes necessários, porém em falta, em nossa sociedade. Designer Gráfico Roberto Loren

DIRETORIA Diretor-presidente Getúlio Miranda Diretoria Executiva Dileymárcio de Carvalho – MG 6697JP Sonia Augusta Miranda - MTb MG 18526 REDAÇÃO Jornalista Responsável André Manteufel - Mtb MG 10456

Correspondente em Caratinga Eduardo Fraga Correspondente em Manhuaçu Lauro Moraes - MG 10184 JP FOTOGRAFIA Ramalho Dias - Gov. Valadares EDITORIA DE ARTE Diagramação Andressa Tameirão - MTb MG-14994

Projeto Gráfico Andressa Tameirão IMPRESSÃO Gráfica Del Rey - Belo Horizonte-MG TIRAGEM 4.000 exemplares Periodicidade bimestral Contato Comercial: Valadares - Sonia: (33) 9968.7171 Manhuaçu - Ruth Almeida: (33) 8454.4880 Caratinga: (33) 9954.0297


Índice Aécio Neves critica política econômica do governo e diz que faria diferente

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Valadares entra no rol das pimentas nucleares e tem espécie raríssima

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Barbosa & Marques recebe mil convidados para celebrar 100 anos de fundação

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COM A PALAVRA

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COLUNA JÚLIO AVELAR

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MARCELO BARRETO

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PERSONAS

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JOSÉ FRANCISCO DA COSTA JÚNIOR

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ADRIANA PORTUGAL

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JUAN MOISÉS

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KARINA XAVIER

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INOCÊNCIO MAGELA

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JOÃO PAULO DE OLIVEIRA

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JANAÍNA DEPINÉ

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Festas infantis e de casamento movimentam a sociedade caratinguense

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com a palavra

Por Francisco Sérgio Silvestre

Restauramos

a Univale Quando assumimos a presidência do Conselho Diretor da Fundação Percival Farquhar em julho de 2012, tínhamos conhecimento de que a situação era grave, mas não sabíamos a dimensão da seriedade do problema. Logo nos primeiros dias de trabalho, um cenário sombrio se descortinava à nossa frente. Por mais que uma jornada seja difícil e desafiadora, tudo se torna mais fácil quando caminhamos com pessoas dispostas a seguir em frente. Encontrei uma instituição mergulhada em dívidas, mas um grupo de colaboradores preparado e disposto a ajudar no que fosse preciso. Professores e funcionários se desdobraram em comissões, apoio fundamental nos primeiros

Ao longo deste período tomamos decisões difíceis, mas fundamentais para a sobrevivência da FPF e suas mantidas. Optamos por trilhar o caminho de uma comunicação aberta e esta foi umas das decisões mais acertadas. Afinal, uma instituição comunitária não pode se fechar em si mesma. Dialogamos abertamente com a imprensa, com nossos alunos, professores e funcionários e também com a comunidade de Governador Valadares.

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dias de trabalho. A única promessa que podíamos fazer naquele momento era priorizar os salários e agir com total transparência. As metas de retomar o equilíbrio financeiro e resgatar credibilidade da instituição eram um sonho distante, mas que pouco a pouco foi realizado com o apoio de muitas mãos. Ao longo deste período tomamos decisões difíceis, mas fundamentais para a sobrevivência da FPF e suas mantidas. Optamos por trilhar o caminho de uma comunicação aberta e esta foi umas das decisões mais acertadas. Afinal, uma instituição comunitária não pode se fechar em si mesma. Dialogamos abertamente com a imprensa, com nossos alunos, professores e funcionários e também com a comunidade de Governador Valadares. A caixa preta estava aberta e à medida que todos passaram a conhecer a nossa real situação, a comunidade se abriu para nós. Passados três anos este Conselho Diretor entrega uma instituição equilibrada. Equacionamos nossas dívidas negociando dentro da nossa capacidade de endividamento, honramos compromissos, retomamos os investimentos e recuperamos a imagem de nossas mantidas. Deixamos ainda sementes plantadas para o futuro, como a implantação do planejamento orçamentário iniciado em 2014 e que já em 2016 estará em perfeito funcionamento, e ainda o projeto de gestão da qualidade. Despedimo-nos com a sensação de dever cumprido e a certeza que a FPF e suas mantidas estão no caminho certo e em boas mãos para continuar a caminhada de sucesso.

Francisco Sérgio Silvestre é Presidente do Conselho Diretor da FPF - Gestão 2013-2015


HOSPITAL REGIONAL

Obras reiniciadas não poderiam ter sido interrompidas

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Quem ganhará com o novo hospital é a população mais carente de Governador Valadares e região, que, ao necessitar de assistência à saúde, tem sofrido e muito!

o início de 2012 o então governador Antonio Anastasia decidiu implantar um programa de urgência e emergência na área da saúde. Seriam construídos grandes hospitais para atendimento nas macrorregionais. Para o Vale do Rio Doce, técnicos defendiam que Ipatinga sediasse a obra, sob o argumento válido de ter a maior concentração urbana. Mas o governador compreendeu e aceitou a argumentação do deputado Bonifácio Mourão (PSDB) de ser a área de Governador Valadares e região a mais carente, a que mais necessitava do empreendimento. Então decidiu por Valadares. Àquela altura já estava sendo construído o hospital da Zona da Mata, em Juiz de Fora. Ganhamos o projeto e conseguimos iniciar a obra em abril de 2013. Concretizava-se o maior empreendimento social do Vale do Rio Doce. Com previsão de investimento de R$ 83 milhões nas obras e R$ 40 milhões em equipamentos, o hospital terá atendimento nas mais diversas e complexas especialidades, 250 leitos (podendo ampliar para 400), sendo 40 em UTI. Mais de 1.500 empregos foram gerados e a previsão de término era setembro de 2015. Em dezembro de 2014 tínhamos cerca de 75% da obra realizada. O atual governo estadual, no começo de janeiro de 2015, ordenou a paralisação da obra, ao argumento de que a Assembleia Legislati-

va não havia aprovado o orçamento anual. Não houve a votação em 2014 porque o governo eleito em outubro não permitiu. Cobramos muitas vezes a retomada da obra e aprovamos o orçamento no começo de março. Continuamos cobrando, defendendo a importância e a urgência que o caso requeria. Na primeira semana de junho, o secretário de Estado de Saúde, participando da inauguração da UPA, totalmente paga pelo governo anterior, garantiu a retomada até o final de junho. Felizmente pudemos comemorar no dia 18 de junho a expedição da ordem de reinício. O governo do PT não definiu ainda o prazo para a conclusão e começo de funcionamento do nosso Hospital Regional. Serão 86 municípios atendidos, com população acima de 1,5 milhão de pessoas. Estaremos fiscalizando para que a obra não pare mais e termine o quanto antes. Quem ganhará com o novo hospital é a população mais carente de Governador Valadares e região, que, ao necessitar de assistência à saúde, tem sofrido e muito! Continuaremos cobrando. UPA 24h e ampliação do Hospital Samaritano O deputado Mourão teve ativa e decisiva participação na liberação do convênio no valor de R$ 2 milhões entre o Estado e o Hospital Bom Samaritano para a construção da UPA inaugurada recentemente. Ele também conseguiu a liberação dos R$ 3 milhões para a reforma e ampliação do Hospital Bom Samaritano. Ao todo foram R$ 5 milhões investidos pelo Governo Anastasia por intermédio do deputado Mourão.

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bola da vez

Aécio Neves

O (quase) rei das eleições majoritárias Durante 15 anos, o nome Aécio Neves (PSDB) foi sinônimo de vitória nas urnas. Foi assim em 1998, quando elegeu-se deputado federal, cujo mandato o levou inclusive à presidência da Câmara dos Deputados. O sucesso se repetiu em 2002 e 2006, quando foi eleito governador de Minas, numa hegemonia tucana que duraria 12 anos no Estado. Por André Manteufel O poder de estratégia demonstrado pelo neto de Tancredo Neves nas articulações políticas e os resultados positivos em Minas deram a confiança necessária para que um quase desnorteado PSDB Nacional apostasse suas últimas fichas no senador Aécio Neves para derrubar o período glorioso do PT na Presidência da República. Mas nem mesmo os mais de 51 milhões de votos obtidos no segundo turno foram suficientes para evitar o festival de insucessos do PSDB nas urnas em 2014: além da reeleição de Dilma Rousseff, o prestígio de Aécio Neves em Minas chegou a ser colocado em xeque, com a maioria dos votos no Estado sendo direcionados para a presidente nos dois turnos. Na corrida estadual, Pimenta da Veiga também não emplacou, e o governo de Minas passou então a Fernando Pimentel (PT), com vitória ainda no primeiro turno e diferença de mais de um milhão de votos entre os dois candidatos. Várias perguntas foram enviadas pela REVISTA CONCEITO ao ex-governador, dentre elas os insucessos da última eleição em Minas, a soberania petista no país e o momento dele e do PSDB, mas apenas algumas foram respondidas, as quais são reproduzidas a seguir. REVISTA CONCEITO - Houve um erro na escolha do nome do PSDB em Minas Gerais para a disputa ao governo do Estado? AÉCIO NEVES - Vejo a eleição estadual de 2014 por outro ângulo. Tivemos o uso massivo da estrutura do governo federal em favor de um candidato. Prova disso é a recente decisão do ministro do [Supremo Tribunal Federal] STF Gilmar Mendes de reabrir a investigação sobre o abuso político ocorrido na disputa em Minas em favor da candidatura do PT, quando atos de governo com as presenças da presidente da República e do então ministro Pimentel foram usados com objetivos eleitorais. Soma-se a isso o abuso econômico e uma campanha sustentada na mentira e no ataque aos adversários. Na democracia, é natural vencer ou perder uma disputa eleitoral. A decisão cabe ao eleitor. Sofremos uma derrota, mas isso não significa que abriremos mão da defesa do que significou a administração do PSDB em Minas. Tenho enorme orgulho de cada medida tomada, de cada programa e obra realizados porque sempre foram pautados pelo compromisso com a boa gestão pública, com a ética e com os interesses da população. E tenho também um enorme orgulho de estar acompanhado

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por nomes como o ex-governador Antonio Anastasia, o ex-governador Alberto Pinto Coelho e de todas as lideranças do partido. São homens de bem e comprometidos com respeito aos interesses da população, e não a projetos de poder como vemos ocorrer nos governos do PT. A realidade que os brasileiros enfrentam hoje de inflação e desempregos crescentes, famílias endividadas, juros altos e sucessivos escândalos de corrupção são o retrato fiel do que um governo regido puramente por interesses partidários pode causar de danos a um país, a um estado ou município. Completados seis meses do governo do PT em Minas, o que lamento apenas é que aqueles que venceram as eleições ainda não compreenderam que uma obra de governo significa muito mais do que atacar


aqueles que antes também tiveram a honra de administrar Minas Gerais. RC - Este novo mandato da presidente Dilma Rousseff começou com turbulências na economia: dólar elevado; inflação, segundo analistas, em patamares perigosos; recuo do PIB e necessidade de cortes de verbas até em programas sociais importantes do governo. Tendo sido eleito, que medidas o senhor teria tomado para conter este momento de crise? A.N. - O governo do PT apresenta ao Brasil a conta salgada de sua irresponsabilidade no excesso de gastos, no uso e na distribuição de cargos públicos, somado aos graves e sucessivos erros cometidos na condução da economia. O governo da presidente Dilma, além da tragédia da recessão que atinge setores importantes da economia, com demissões e cortes de investimentos, além da tragédia no seu comportamento ético que transformou o Brasil no país que abrigou um dos maiores escândalos de corrupção do mundo, se não foi o maior, também nos envolveu em uma crise que, a meu ver, permeia todas as outras, e ainda a mais grave, que é a crise de confiança, de credibilidade. Os investidores não investem e na indústria todos os setores, sem exceção, estão demitindo nesse ano porque não confiam no governo. Não acreditam que ele tenha capacidade de permitir que o Brasil recupere o seu processo de crescimento. O ajuste que a presidente anuncia na TV é extremamente rudimentar e se sustenta em apenas dois pilares: aumento de impostos e cortes de direitos dos trabalhadores. Este não é o ajuste que o PSDB faria. O ajuste do PSDB passaria em, primeiro lugar, pela racionalização da máquina pública para acabarmos com essa vergonha de termos quase 40 ministérios e dezenas de milhares de cargos ocupados puramente para atender interesses do PT e aliados. O PSDB tem como marcas de suas gestões tanto no Brasil como em Minas Gerais a responsabilidade com a gestão pública. O PSDB foi o partido que pôs fim à hiperinflação no Brasil com o Plano Real, o partido da Lei de Responsabilidade Fiscal. Em Minas, fomos o primeiro estado brasileiro a receber crianças de seis anos nas escolas. Nossos alunos tornaram-se os melhores do Brasil, segundo o próprio MEC. No governo do PSDB, Minas Gerais ganhou o mundo como exemplo de bom governo e de avanços em todos os campos de atendimento da população. RC - Os brasileiros mais insatisfeitos e a oposição atribuem a culpa pelo momento econômico ao governo Dilma, enquanto, por outro lado, o Palácio do Planalto mantém um discurso de otimismo para os próximos meses, ao mesmo tempo em que atribui as dificuldades à macroeconomia, comparando a situação do país ao desempenho ruim de outros países. Afinal, até onde a culpa é exclusivamente das medidas econômicas do governo e não do cenário global? A.N. - – Basta ver o que já acontece em todo mundo. Os

países atingidos verdadeiramente pela crise global já retomaram o crescimento. E o Brasil? Somos o país que menos cresce na América Latina. Num movimento inverso ao que ocorre no mundo, vemos o nosso país afundando em sucessivos indicadores negativos. Nada vai bem, infelizmente para todos nós, mas sobretudo para os mais pobres. Veja o desastre na educação. A presidente Dilma abriu seu novo mandato prometendo aos brasileiros uma “Pátria Educadora”, e onde a mesma presidente cortou o investimento de recursos? Na educação. E onde mais: nos direitos já conquistados pelos trabalhadores. A tarifa de energia que ela prometeu ser a mais baixa da história do país é hoje motivo de endividamento de famílias. Isso é culpa da seca? Mentira. É culpa de um governo que errou e errou várias vezes na condução do Brasil. No momento em que o PT abandonou os interesses do país ao não fazer correções que precisavam ter sido feitas para se preocupar única e exclusivamente em vencer as eleições, ele transferiu à população brasileira, aos trabalhadores brasileiros, às famílias brasileiras o preço mais duro e mais alto desta conta. RC - Parte deste cenário vem se desenhando não de agora, mas desde o ano passado, antes mesmo das eleições. Por que o discurso oposicionista não convence a população nas urnas? A.N. - Tivemos no 2º turno das eleições 51 milhões de votos! Este é um número histórico. São brasileiros que perceberam o que verdadeiramente vinha acontecendo no país. Mais do que convencer eleitores, a oposição mostrou que é capaz de mobilizar os brasileiros e, o principal, de fazer as mudanças que a sociedade deseja. Quem não convence mais a população é o governo Dilma. Prova disso estão nas pesquisas de opinião que confirmam a enorme insatisfação e reprovação do governo. A presidente não pode nem mais sair às ruas porque tem medo do povo. Somos o maior partido de oposição e o partido que tem recebido maior número de pedidos de filiação. Enquanto nós buscamos trazer o debate para o Brasil real, o Brasil que precisa de mudanças, a presidente continua a dizer que o país vive problemas passageiros. Na campanha, a candidata dizia que os juros cairiam, que a inflação estava sob controle, que o emprego continuaria pleno e que não mexeria nos direitos dos trabalhadores. O que ocorreu depois das eleições foi exatamente o oposto disso. O que pergunto hoje, mas já sabendo a resposta: a presidente convenceu ou ela enganou os brasileiros na disputa eleitoral? RC -Durante a disputa do ano passado, o senhor disse num dos debates televisivos que só havia uma forma de acabar com a corrupção: tirando o PT do poder. O PSDB e outros partidos estão menos suscetíveis aos problemas envolvendo corrupção? A.N. - O que assistimos hoje quase que incrédulos é, infelizmente, que institucionalizou-se a corrupção no governo do PT, e não falo apenas do escândalo que saqueou os cofres da

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nossa maior estatal, a Petrobras. Corrupção existe no mundo inteiro e a forma de combatê-la é com instituições e com governos que não aceitam nem se calam diante da apropriação ilegal de recursos que são de natureza pública. A Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça brasileira têm dado exemplos maravilhosos de independência e de rigor na defesa do país. O governo do PT, ao contrário, ainda não conseguiu explicar como permitiu que uma organização criminosa se instalasse na maior empresa pública brasileira e ali durante 12 anos desviasse a fortuna de dinheiro que saiu dos cofres da Petrobras. O que posso garantir é que o PSDB não aceita nem se cala frente à corrupção. Os governos do PSDB nunca foram governos dos 40 ministérios e dos milhares de cargos ocupados por militantes e amigos do partido. O PT tem dois de seus tesoureiros presos na cadeia, um acusado e o outro já foi condenado por corrupção. A sorte do governo do PT é que tem na oposição, como maior partido, o PSDB, um partido que tem responsabilidade. Mas não faltará ao PSDB a coragem necessária para, no momento certo, se identificado realmente os crimes que agora são noticiados, nós vamos agir como esperam de nós a grande maioria dos brasileiros.

O que assistimos hoje quase que incrédulos é, infelizmente, que institucionalizou-se a corrupção no governo do PT, e não falo apenas do escândalo que saqueou os cofres da nossa maior estatal, a Petrobras. Corrupção existe no mundo inteiro e a forma de combatê-la é com instituições e com governos que não aceitam nem se calam diante da apropriação ilegal de recursos que são de natureza pública.

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RC - Apesar de entender que o PT está envolvido com tantos casos, ainda assim o PSDB decidiu não mais entrar com um pedido de impeachment contra a presidente. De que princípio partiu essa decisão? A.N. - Tenho quatro filhos: André, artesão; Guilherme, geólogo aA posição do PSDB tem sido a mesma desde que as primeiras denúncias surgiram. Nós dissemos: o impeachment deve ter como base, claramente, indícios muito fortes de que houve crimes de responsabilidade praticados pelo governo Dilma. E os indícios são cada vez mais claros de que isso ocorreu de fato, mas nós só avançaremos nesta proposição no momento em que tivermos a prova cabal. Não vamos afrontar ou atropelar a Constituição. Os partidos de oposição já entraram na Procuradoria-Geral da República com uma ação de crime comum contra a presidente da República pelas ilegalidades fiscais cometidas ao longo dos anos. Isso que estão chamando de pedaladas fiscais. Os bancos públicos, a CEF e o Banco do Brasil foram usados irregularmente pelo governo para pagar seus gastos, o que é vedado de forma extremamente clara pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A presidente Dilma obteve do TCU um prazo de 30 dias para se explicar sobre as mais de uma dezena de ilegalidades cometidas e agora apontadas pelo Tribunal de Contas, que é um órgão técnico e rigoroso. O Ministério Público também já se pronunciou que, além das pedaladas fiscais, outras irregularidades foram cometidas. Tudo como único objetivo: vencer as eleições. O PSDB está atento e vigilante para que, dentro de 30 dias, o Tribunal de Contas cumpra com a sua responsabilidade e demonstre que, neste país, a lei é para ser cumprida por todos. No momento em que acharmos que o conjunto das denúncias e das comprovações é suficiente, nós poderemos avançar para o impeachment.


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Dê esperança à vida “As drogas nem sempre são necessárias, mas a convicção na recuperação sempre é”. (Norman Cousins)

Por Ana Paula Teixeira

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urante vários anos, a busca de um tratamento adequado contra determinado vício era algo visto como tabu. Depois dos anos 80, porém, os centros de reabilitação passaram a conquistar um número cada vez maior de pacientes. A ampla escala de tratamentos para viciados revela que uma grande parte da cultura ocidental sucumbiu a uma grande dependência do álcool e de drogas mais fortes. Graças ao sucesso e à popularidade de programas como o AA (Alcoólicos Anônimos), por todo o século XX ficou claro que os programas de tratamento eram uma solução viável para os problemas causados pelo uso de substâncias entorpecentes. Na década de 80 houve uma explosão no número de clínicas de tratamento residencial particulares. Atualmente, há vários tipos de programas e um número ainda maior de métodos de tratamento destinados à reabilitação destas pessoas. No entanto, independentemente de o tratamento ser recebido em um presídio ou em um spa, a verdade é os programas têm uma estrutura semelhante entre si. Victória SPA Pesquisas da OMS (Organização Mundial da Saúde) revelam que uma grande parte da sociedade ocidental é dependente de álcool e de drogas e todas elas precisam de ajuda. A fim de auxiliar as pessoas com sofrimento mental advindo do abuso de drogas, o Centro de Atenção Psicossocial Especializada em Dependência Química (Victória Spa) abriu as portas há cerca 2 anos. Desde então, o núcleo, localizado no município de Alpercata, tem sido referência na região pela qualidade dos serviços prestados. De acordo com o diretor Wesley Moreira, o tempo de internação inicial é de 6 meses, podendo chegar a até 1 ano, dependendo do caso. A fase de confinamento antecede a etapa de ressocialização da pessoa auxiliada. “O restante do tratamento é ambulatorial”, explica.

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O diretor conta ainda que, na maioria das vezes, o dependente chega à clínica por iniciativa da família. “Infelizmente, o que acontece é que a família só recorre a uma clínica especializada em último caso, ou seja, na hora do desespero ou quando acontece uma overdose, por exemplo. O ideal seria um atendimento ambulatorial antes da internação do paciente, pois, deste modo, a internação acontece de forma mais natural”, defende Wesley. Atualmente, entre homens e mulheres, o Victória Spa tem capacidade para assistir a 50 internos, com idade mínima de 18 anos como requisito, conforme determinação do Instituto da Criança e do Adolescente. A cada 7 homens, 3 mulheres buscam a clínica, fazendo com que o número de internos do sexo masculino supere o feminino. Apoio De acordo com Wesley, em alguns casos as pessoas procuram o Ministério Público, numa intervenção por via judicial, na busca de ajuda contra o vício. Nestas ocasiões, o Ministério Público solicita que um juiz providencie o devido encaminhamento. Recentemente, o Victória Spa recebeu a visita

Sócios do Victória SPA, Francis e Wesley ergueram uma estrutura completa para realizar um trabalho de excelência na recuperação de dependentes químicos


Estrutura física: Área de lazer: piscina, ping pong e campo de futebol Enfermaria Templo ecumênico Sala de reuniões Jardim superior e jardim inferior

Quadro de profissionais: Educador Físico Nutricionista Monitor Cozinheiras O setor administrativo é formado por profissionais da saúde, como psicólogos e técnicos de enfermagem. Os pacientes seguem um cronograma de atividades, que a cada 15 dias é reformulado. “Também trabalhamos com uma lista de medicamentos que são orientados pelo Ministério da Saúde”, acrescenta o diretor. O tratamento de enfermidades nervosas e mentais por meio do trabalho é denominado “laborterapia”, sendo este outro método utilizado pelo spa. “Por meio da laborterapia podemos analisar a disciplina e os valores ético e moral do paciente”, finaliza Wesley. Vencendo barreiras

do juiz Roberto Apolinário. “Ele veio conhecer o funcionamento da clínica, até mesmo para saber como é o lugar para onde ele está encaminhando as pessoas. Logo depois ele indicou dois pacientes”, disse Wesley. Para Apolinário, a atuação do Spa Victória é um apoio favorável ao trabalho dos profissionais de direito. “Os centros são fundamentais, inclusive para o Poder Judiciário, já que agora na região tem um centro referencial, onde podem ser cumpridas as decisões judiciais de internações compulsórias”, observou.

De acordo com o médico psiquiatra Francis Moreira da Silveira, especialista em Dependência Química, o nome da clínica foi escolhido com base na força familiar que ela sustenta: “VICTORIA” SPA. “Ela vence as barreiras imaginárias. É uma homenagem a Dona Vitória. Quem a conheceu sabe da força dessa mulher guerreira, sinônimo de fé, crença e determinação. A palavra SPA significa substância psicoativa, ou também SPAR, um lugar onde a vida faz sentido”, explica Francis. Situada a cinco quilômetros de Governador Valadares, ele ressalta que é a primeira clínica voltada ao tratamento involuntário e à desintoxicação clínica de todo o leste de Minas Gerais. “A ideia da criação de uma clínica de reabilitação surgiu em meados de 2006 e foi defendida por mim quando ainda estudante de medicina. O objetivo pensado era auxiliar as pessoas com o sofrimento mental advindo do abuso de drogas”, explicou. Com cinco leitos de desintoxicação de emergência e 38 leitos convencionais, ele destaca as bandeiras levantadas pela clínica. “Diante de tantos esforços, o Spa Victória consiste num projeto que se concretiza na grandeza de ensinar os princípios da resiliência, na capacidade de recuperar-se de situações de crises e aprender com elas, na capacidade de ter a mente flexível e pensamento otimista e de manter metas claras, na certeza de que tudo na vida é passageiro”, afirma o médico.

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especial

ESSA É DA

MARVADA! Por André Manteufel

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Produtor em Valadares cultiva pimentas capazes de superar em muito as espécies que fazem parte do cotidiano dos brasileiros e desafiar o paladar dos valentões apaixonados pela iguaria


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em todo mundo aprecia um prato apimentado. Mas até mesmo quem não encara uma pimenta malagueta, por exemplo, sabe bem o que é e do que ela é capaz de causar na boca. O negócio é que aqui, nesta reportagem, você vai deparar com nomes bem menos conhecidos, é verdade. Mas acredite: são espécies que fazem a malagueta, com a licença do exagero, parecer catchup. Aos degustadores, um desafio. Se seu paladar permite não só gostar de pimenta mas também experimentar novos níveis de ardência, guarde bem estes nomes: Habanero, Bhut Jolokia, Trinidad Scorpion, Trinidad Moruga Scorpion, 7 Pod e, principalmente, Carolina Reaper. No universo dos cultivadores, estas espécies ganharam o apelido nada modesto de pimentas nucleares, e não é difícil entender por que é uma alcunha bem apropriada, como dá pra perceber pelo gráfico comparativo da página seguinte. Estas pimentas têm diferentes origens: Estados Unidos (Carolina Reaper), Índia (Bhut Jolokia), Trinidad e Tobago (Trinidad Scorpion e Trinidad Moruga Scorpion) e Austrália (Trinidad Scorpion Butch). Mas não é preciso viajar tão pra longe assim para ter acesso a essas iguarias. Em Governador Valadares, João Augusto Cruz carrega o privilégio de ser o único da região a cultivar todas essas espécies. E não é necessário também ter mais que um pequeno terreno, localizado no Bairro Santos Dumont, para cultivar diferentes tipos de pimentas nucleares. A paixão teve início durante o tempo em que viveu em Boston (EUA), de onde retornou há um ano e meio. Trouxe na ba-

Fotos: André Manteufel

Produção em alta: João tem nas mãos pimenta rara e proposta de vender toda a produção para São Paulo gagem sementes de Bhut Jolokia, pimenta pela qual confessa ter um carinho especial. Segundo ele, não só por ser a pioneira de sua produção, mas também por ter servido de base entre os produtores para a geração de outras nucleares e, claro, pelo próprio sabor. Não demorou muito para a pequena horta logo se transformar em mil pés incrivelmente carregados. Mas não foi apenas a plantação que cresceu. A procura pelas pimentas também aumentou. Tanto que a maior parte dos molhos e conservas que João fabrica vão direto para São Paulo. “Já me fizeram a proposta de passar a produção toda pra eles. Mas isso eu não vou fazer nunca! Eu comecei aqui em Valadares, meu molho graças a Deus é muito apreciado. Então não faço isso nunca. A tendência é a gente crescer mais pra atingir a produção em larga escala”, conta o

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pimenteiro. Atualmente ele colhe cerca de 40 kg por semana, o suficiente para produzir uma quantidade não revelada de frascos e potes de molho e de conserva. Já as sementes que ele compra vêm da Austrália e dos Estados Unidos. Os fornecedores, segundo ele, são pessoas que vivem de plantios de pimentas que preservam todas as propriedades genéticas, garantindo assim a pureza de cada espécie produzida na pequena propriedade. Chocolate Mas o grande barato do universo das pimentas é naturalmente o teor de ardência de cada uma, que é medido por uma tabela chamada Escala de Scoville. Criada em 1912 por um farmacêutico americano chamado Wilbur Scoville, a escala mede o grau de ardência e pungência das pimentas, com base numa solução de água e açúcar. Quanto maior a quantidade de solução necessária para diluir uma pimenta, maior é a ardência dela. A grande motivação dos produtores é alcançar níveis de ardência cada vez maiores, gerando uma disputa mundial inusitada rumo a um sabor que seja insuportavelmente forte. “A gente sempre está checando o Guinness Book pra saber

qual é a pimenta mais ardida da atualidade. Por enquanto está sendo essa [Carolina Reaper]. Quero saber até quando, porque há uma corrida entre os grandes produtores pra saber quem vai superar o outro e entrar no Guinness entre as pimentas mais ardidas”. Atualizado, João tem em sua horta exemplares bem desenvolvidos da Carolina Reaper. Na verdade, tem bem mais do que isso. Acredite se quiser, ele é um dos dois únicos produtores do mundo a ter uma plantação da raríssima Carolina Reaper Chocolate, nome dado à rainha das pimentas que nasce com uma cor marrom escuro em vez do tradicional vermelho vivo. “Só existe uma pessoa que tem essa pimenta no Brasil. Sou eu. Então tem de conseguir ela comigo”, brinca João, que revela como conseguiu a proeza. “Veio no meio das sementes algumas que apresentaram um gene recessivo. Em vez de sair a vermelha que todo mundo conhece, saiu na tonalidade chocolate. Aí comecei a pesquisar essa variação e fui direcionado a uma pessoa, lá nos Estados Unidos, que tem dela também porque aconteceu a mesma coisa”. À exceção da cor, a aparência e o ardor são os mesmos da vermelha. Por enquanto, João pretende estabilizar a variedade. Só depois, promete, vai distribuir as sementes a quem desejar.

Pode provar, mas prepare o leite Apreciador nível moderado de pimenta, não me contive diante da tentação de conhecer espécies que fogem do cotidiano dos brasileiros. João foi um excelente anfitrião. Recebeu a mim e ao meu pai – um apreciador nível ‘hard’ – com uma pequena porção de cada espécie cultivada, deixando-nos à vontade para degustá-las in natura. Mas não dá pra gastar paladar provando todas elas. Haja coragem! O jeito então, pensei, é ir direto naquela que te oferece a maior expectativa. E, neste caso, desprezei a opinião de João sobre a Bhut Jolokia. Ignorei as espécies da América Central, cuja região há tempos leva sua fama pelas pimentas de altíssima qualidade. Não me vinha outra à cabeça senão o terror de todas elas. A Carolina Reaper. Apreciamos duas vezes, num intervalo superior a uma hora. Dei uma mordida pequena no fruto vermelho – um pedaço não muito maior que um grão de feijão. O impacto foi imediato! A ardência espalhou-se além da língua. Percorreu a garganta, fez doer a maçã do rosto, alcançou a glote, e as lágrimas não demoraram a descer. “Não tem jeito de arder mais do que isso”, pensei. Alguém pode questionar: ‘se arde tanto, qual a graça? Melhor uma menos ardida, porém mais saborosa’. Não era o sabor que estava em jogo, mas somente a ardência. Uma dose moderada de pimenta nuclear, devidamente curtida, num prato de feijoada ou de costelinha, certamente exigiria outros critérios de avaliação. Ali, diante da pimenta mais temida do planeta, pelo menos até agora,

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só quis saber do que ela é capaz de oferecer. O próprio João também provou de sua cria, mas preveniu-se antes com uma vasilha de leite resfriado e as xícaras para nos servir. Caiu na pegadinha da pimenta? Descarte a água, mesmo que gelada, o suco, a cerveja e fuja correndo do café ou de qualquer bebida quente. Leite é a cura para a ardência. Contra os efeitos da Carolina, demora um pouco mais, exige uma quantidade maior e convém fazer até um bochecho, mas no fim das contas vem o alívio do frescor e da experiência. Não paramos aí. Em seguida ele nos levou à horta. Foi quando fomos apresentados à Carolina Reaper Chocolate. “Mas a ardência é a mesma?”, perguntou meu velho. “Vamos descobrir agora”, respondeu João, misteriosamente, colhendo uns seis frutos em seguida para depois voltarmos à sede. Sentimos uma certa diferença. Meu pai sentiu um sabor inicial de pimentão. Seu efeito iniciou suavemente, mas praticamente repetiram-se quase os mesmos efeitos da irmã tradicional. “Essa dura mais ou menos 16 minutos”, explicou João, já chorando. Não tivemos muita força nem preocupação de contar quanto tempo ela nos machuca. Contei foram os quatro copos e meio de leite que tomei na segunda remessa. Pouco tempo depois nos despedimos. Saímos de lá com duas conservas e a encomenda de uma raríssima versão Chocolate. Definitivamente, nos rendemos às pimentas nucleares.


ESCALA DE ESCOVILLE* POSIÇÃO

UNIDADES DE CALOR (SHU)

1ªCAROLINA REAPER (EUA)

2.200.000

2 TRINIDAD MORUGA SCORPION (TRINIDAD E TOBAGO)

2.009.231

3 7 POD DOUGLAH (TRINIDAD E TOBAGO)

1.853.936

4 TRINIDAD SCORPION BUTCH (AUSTRÁLIA)

1.463.700

5 NAGA VIPER (REINO UNIDO)

1.349.000

6 7 POD PRIMO (TRINIDAD E TOBAGO)

1.268.250

7 BHUT JOLOKIA (ÍNDIA)

1.041.427

8 7 POD BRAIN STRAIN (TRINIDAD E TOBAGO)

1.000.000

9 7 POD BARRACKPORE (TRINIDAD E TOBAGO)

987.000

10 RED SAVINA (CHINA)

500.000

PIMENTAS BRASILEIRAS

Fonte: Internet

MALAGUETA – 50.000 a 100.000 CAIENA – 30.000 a 50.000

DEDO-DE-MOÇA – 5.000 a 15.000 BIQUINHO – 500 a 1.000

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colaborador

71 anos

cheia de fôlego Por Clores de Andrade Lage E-mail: cloresalage@hotmail.com

C

om o arco-íris no olhar, cristalizo formas, poesia, amor e emoção. Enquanto as mãos não param, vão vivendo um projeto, sonhando com outros. Essa é a Clores. Uma artista que está a caminho do 7º livro, ‘’Borboletrando’’, com previsão de lançamento para janeiro, como parte das comemorações dos 78 anos de Governador Valadares. Trata-se da releitura de seis obras já publicadas: Estrela por um dia (1987), Canto do Cisne (1994), Poesia com Pincel na Mão (2003), Contomico (2005), Ecos de Outras Eras (2010) e Deusa das Flores (2015). A releitura é uma abordagem histórica sobre a vida comercial, política e cultural do município por meio de registros de personagens, eventos, a emigração dos anos 80 e inúmeros fatos que deram origem à formação territorial e da identidade de Governador Valadares. O projeto prevê um documentário em anexo, registrando imagens da topografia do município, das principais empresas, indústrias, personalidades atuais, políticos, artistas e lideranças religiosas. O objetivo é registrar, valorizar e salvaguardar a memória sociocultural da nossa cidade por meio de recursos multimídias, democratizando, assim, a informação e fomentando a produção literária local.

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O lançamento oficial está previsto para 22 de janeiro de 2016 no Teatro Atiaia, com exposição temática sobre a obra ‘’Borboletrando’’, também na praça de eventos do GV Shopping durante uma semana. Clores tem uma grande missão com mais esse capítulo de sua história: dar um pouco mais de visibilidade e notoriedade aos eventos e personalidades da sua querida Governador Valadares.

Apoio: Secretaria da Cultura, Super TV, Agência Mosca, Justup e Rádio Transamérica. E àqueles empresários que interessem em aliar sua marca a esse grande projeto, ainda dá tempo. Contatos: (33) 9102-6050 /3272-7340.


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Sonia Miranda

100 anos da Barbosa & Marques Os 100 anos de história da Barbosa & Marques começaram a ser contados em Carangola (MG), onde a empresa foi fundada. E no último dia 13 de junho, a festa foi em Valadares para 1.000 convidados, em sua maioria funcionários e seus familiares, a família Esteves & Marques e as lideranças do setor de atuação da empresa. Na oportunidade foram homenageados quatro funcionários com mais de 40 anos de casa e ainda um ex-funcionário da empresa. E, para fechar o evento, o cantor sertanejo Giovanni deu um brilho todo especial à festa, realizada na área coberta do Parque de Exposições.

Momento dos parabéns: os anfitriões com o gerente nacional de vendas da Barbosa & Marques, Walker Fonseca

A matriarca da família Esteves & Marques, Maria Helena, com os filhos Luiz Fernando e Heládio, os anfitriões dos 100 anos em Valadares

Presidente da ABIQ, Fabio Scarcelli, homenageando a Barbosa & Marques pelos 100 anos, ao lado de Cícero Hegg, da Tirolez

Cerimônia pelos 100 anos: a matriarca da família Esteves & Marques, Maria Helena, com Luiz Fernando Esteves, Heládio Esteves Martins, o presidente da Fiemg Regional Luciano Araújo representando o presidente Olavo Machado, o bisneto do fundador, Jonas Marques Ribas, e os bisnetos da matriarca, Beatriz Helena e Gabriel

Rozani Azevedo, presidente da Fiemg Regional Rio Doce e Luciano Araújo, presidente da Fiemg Regional Vale do Aço, homenageando a Barbosa & Marques pelos 100 anos

Luiz Fernando, Heládio, a matriarca e Cleudson Valentim, recebendo o presidente da Unimed/GV, Manoel Arcisio, e a esposa Cidinha Araújo

Luiz Fernando, Heládio e a matriarca, recebendo o presidente do Sindicato Rural de Governador Valadares, Afonso Luiz Bretas e sua esposa

Chico Menta, Marlene Firmato Esteves, Heládio, a matriarca Maria Helena, Luiz Fernando e Marilene Esteves

Os anfitriões recebendo Alberto Ferreira, presidente da Crediminas, sua esposa Mara Firmato Esteves e Márcia Firmato Esteves Francez

Heládio Esteves Martins com a esposa Geane e a sogra

A matriarca Maria Helena com o filho e diretor da B&M Luiz Fernando e o bisneto do fundador, o médico Jonas Marques Ribas

A estrela contratada apara animar a festa: cantor Giovanni, com Luiz Fernando e sua namorada Cristina, acompanhado de Walker e sua esposa.

Diretor da Barbosa & Marques Luiz Fernandes Esteves, sua namorada Cristina Wyatt e o diretor da Cleudson Valentim


Fotos: Ana Paula Assis

Casamento Nathália Schubert e David Catalúnia

A troca de alianças de Nathália Schubert e David Catalúnia demonstra pelo semblante do casal a sinergia e a felicidade dos dois. E tantos sentimentos fizeram o casal mergulhar em cada detalhe para tornar a festa um momento inesquecível!

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Retalhos Carlos Roberto e Ronísia Cândido Carlos Roberto e Ronísia Cândido são um exemplo de casal que passa a maior parte do tempo particular e do trabalho juntos, e é perceptível que a rotina a dois só fortalece o respeito, o amor e o carinho entre eles.

Dermatologia Especializada

Com tratamento altamente eficiente na área de dermatologia, Dr. Daniel Genelhu vem se especializando mais a cada dia e trazendo o que há de mais moderno para seus pacientes de Caratinga e região. Na foto, Dr. Daniel ao lado da esposa, a cirurgiã-dentista Drª Christiane Ferreira.

Trade Turístico

A presidente Viviane do Vale, do Governador Valadares Convention & Visitors Bureau, apresentará dia 23/07, a partir das 19h, no restaurante Fatto a Mano, o trade turístico – ações realizadas e planejadas que visam desenvolver, qualificar e promover o turismo. Dentre as figuras ilustres com presença garantida, estará Hernani Castro, presidente da Federação de Convention & Visitors Bureau do Estado de Minas Gerais. Além, é claro, de outras atrações.

Comemorações no Chile

Depois de uma semana puxada de trabalho, o casal de namorados Tandressa Mendes e Dhiego Lacerda gostam de programas mais tranqüilos, como assistir a um bom filme ou curtir suas famílias. Em agosto o casal comemora um ano de relacionamento e o local escolhido para as comemorações será o Chile.

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Edvaldo Soares

A construção do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) no vetor norte de Valadares tem atraído os olhares do mercado imobiliário da cidade. Acompanhando a valorização da área e o desenvolvimento daquela região, tem gente investindo pesado e oferecendo grandes oportunidades de negócios. Isto porque Valadares entra no eixo do desenvolvimento através da chegada de uma universidade, a exemplo do que aconteceu em Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP) e Viçosa (MG). Edvaldo Soares é o empresário valadarense que doou o terreno onde o campus da UFJF está sendo construído. Para ele, “a chegada da universidade faz nascer uma nova Valadares, e aquela região tem o potencial para o crescimento que todos os valadarenses desejam”. Ele é presidente de um dos maiores e mais promissores empreendimentos imobiliários da cidade, as Chácaras Miúra, e considera que o investimento em terrenos naquela área trará retorno para os investidores num prazo muito curto, já que o campus deverá ser entregue já em 2016. “O chacreamento concretiza a realidade de uma nova Valadares que está surgindo”, avalia Soares. Por isso, investir na região é uma ideia que merece ser analisada. Ao lado do Campus da UFJF, próximo ao IFMG e ao Hospital Regional, o empreendimento conta com 79 chácaras planejadas, a partir de 20 mil m² cada uma. Localizado a apenas 8 quilômetros do Centro de Governador Valadares, os lotes permitem um contato privilegiado com a natureza, mesmo estando próximo à cidade. Para quem ainda não conhece, vale a pena informar-se no site www.chacarasmiura.com.br ou entrar em contato pelo telefone (33) 3021-0705.

Equipamentos para padarias, supermercados, bares e lanchonetes

Rua Marechal Floriano, 1.626 Centro - Governador Valadares

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colaborador

Joana colabora a nômade Por Tainá Costa Email: tainaacosta@gmail.com

J

oana estava às voltas com o banco para resolver o problema do cartão de crédito que havia solicitado, mas que nunca chegava em sua casa. A carteira dela havia sido roubada, então ela teve de cancelar todos os cartões e pedir novos. Já havia recuperado quase todos: o do plano de saúde, o de débito, o vale refeição... O único que faltava era o de crédito. Deram o prazo de até sete dias úteis para o novo cartão chegar na casa dela. Desde então, conferia a caixinha de correio todos os dias. E nada. Depois de uma semana que o prazo venceu, ela desistiu de olhar a caixinha e resolveu ligar para o banco pra reclamar. Joana relatou o problema para a atendente, que por sua vez pediu para que ela aguardasse um instante enquanto era feita uma consulta no sistema. Depois de alguns segundos ouvindo a musiquinha de espera, a atendente retornou e pediu para Joana confirmar o endereço. Ela fala rua, número, apartamento, bairro, cidade. A atendente, com voz confusa, diz que o endereço cadastrado é outro e fala uma rua, um número, um apartamento, um bairro, uma cidade, tudo diferente. Até o estado. Apesar da diferença, todos os dados enumerados eram familiares para Joana. Então, puxando pela memória, ela se lembrou que aquele era o endereço dela há uns sete ou oito anos. E falou pra atendente que já não morava lá há muito tempo. Aliás, depois de lá, já tinha morado em pelo menos uns dez lugares diferentes.

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Sem entender por que aquele endereço ainda estava no cadastro, nem como tinha recebido o cartão de crédito anterior no endereço certo se aquele endereço de dez anos atrás estava lá no banco de dados, ela passou as direções da sua atual residência para a atendente. Quando desligou o telefone começou a recapitular seus endereços um a um e a contar em quantos lugares de fato tinha residido desde aquele endereço errado. Ela chutou uns dez lugares quando falava com a atendente, e quase acertou. Na verdade foram nove endereços diferentes desde então. De alguns ela só lembrava o nome da rua, já não se recordava do número nem do apartamento. Tinha razão para o banco ficar confuso. No fim das contas até ela própria se perdia nos seus antigos endereços que formavam quase um catálogo, de tanta rua diferente. Era como a música do Legião Urbana, “já morei em tanta casa que nem me lembro mais...”. Ao final da sua reflexão, percebeu que não tinha vocação para fixar moradia num lugar só. E já morava no mesmo lugar há pelo menos dois anos. Então encarou o mal-entendido como um sinal e chegou à conclusão de que já estava passando da hora de se mudar de novo. Mas não sem antes receber o cartão de crédito que estava sendo enviado para o endereço atual.


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colaborador

colabora BBB da Internet: você está sendo vigiado Por Bianco Cunha E-mail: bianco.cunha@gmail.com

I

magine a situação: você está em busca de um pacote de férias para aproveitar merecido descanso após 12 meses de muito trabalho. Ao pesquisar preços, você acessa diversos sites, estuda diferentes destinos, rotas e todas as possibilidades para curtir muito cada minuto do merecido descanso. Porém, logo após iniciar a pesquisa, você se dá conta de que algo começa a acontecer: em todas as páginas que acessa, encontra propagandas. Propagandas de empresas de viagem, promoções, hotéis e tudo aquilo que você precisa. São ofertas realmente chamativas e que aparecem num momento em que você está muito inclinado a comprar. Fica até difícil escolher. Coincidência? A resposta é não. É tudo friamente calculado. A internet oferece uma série de possibilidades e uma delas é conhecer exatamente o perfil do usuário. No caso, eu, você ou qualquer um que busque por um serviço ou produto. Ao clicar em uma publicidade, é como se você fosse marcado com uma tatuagem. Todos os sites, ao olharem para você reconhecem a tatuagem e começam a exibir propagandas relacionadas às suas últimas pesquisas. Você começa a ser impactado diretamente por aquilo que procura. O mesmo acontece em nossas redes sociais. Se

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clicamos em um post que parece ter tudo aquilo de que precisamos, automaticamente recebemos a tatuagem. E assim, novamente, passamos a receber cada vez mais publicidade relacionada aos nossos cliques. Se é bom ou ruim? Depende. Se você está realmente procurando, pesquisando, pode ser bom. Você receberá cada vez mais ofertas e terá um número maior de opções para escolher. Ao mesmo tempo, se por um engano ou por um impulso você acabou clicando em uma oferta incrível, já era! Mas calma, se você não tem interesse em receber tanta propaganda, basta limpar a memória do seu navegador. É simples: basta combinar as teclas shift+ctrl+del do seu computador e pronto. É como se você passasse uma borracha na tatuagem e ela nunca tivesse existido. Assim, você pode começar sempre uma nova pesquisa sem ter os “vícios” da pesquisa anterior. Por outro lado, por uma questão de privacidade na internet, seus dados são “zerados”. Quanto mais você navega, mais o anunciante conhece você. Mas mantendo a memória do seu navegador limpa, você continuará sendo mais um na multidão que todos os dias navega na rede mundial!


André Merlo: um fenômeno em ascensão Por Ana Paula Teixeira

V

aladarense de raiz e de coração, André Luiz Coelho Merlo vem construindo uma bonita e bem sucedida trajetória no município. Considerado “fenômeno eleitoral” por uma parcela do eleitorado local devido ao ótimo desempenho na última eleição para prefeito, quando terminou em segundo lugar, o presidente da União Ruralista Rio Doce (URRD) começa a projetar novos rumos pela frente. A agenda estratégica é ousada: prevê projetos e conquistas até o ano de 2030, dando a certeza de que sua atuação política está apenas começando. Com um trabalho de renovação e uma gestão moderna à frente da URRD, ele se destaca na presidência da entidade, representando à altura a classe agropecuarista da região, além de já ter como legado o resgate do maior evento social e de negócios de todo o Leste de Minas – a Expoagro. Este reconhecimento aconteceu em nível estadual. Tanto que Alberto Pinto Coelho, governador que substituiu Antonio Anastasia em boa parte do último mandato, o nomeou secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Tenho ligações com o agronegócio desde que nasci, tenho uma proximidade de 15 anos com a avicultura, conheço bem os problemas e as demandas do setor”, afirma Merlo. Mas até mesmo a participação no Governo de Minas foi alcançada gradativamente, com responsabilidade, como tem sido pautado todo o seu trabalho de gestão. Em 2013, um convite Antonio Anastasia abriu as portas da Sede Administrativa

a André Merlo, inicialmente na Subsecretaria do Agronegócio, ligada à pasta da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Como subsecretário, não poupou esforços para garantir benefícios a todo o Estado e, claro, para o Leste de Minas. Foi na gestão dele que houve a implementação e difusão de importantes programas de governo, como o Minas Leite, o Minas Carne, o Certifica Minas Café, o Programa de Regionalização de Frigoríficos (Profrig), dentre outros. Filiado ao PDT desde 2011, a boa articulação política de André Merlo rendeu outros frutos importantes: o retorno do escritório da EPAMIG para o Vale do Rio Doce e o retorno da Emater para Governador Valadares. “Acredito que política se faz com cidadania, comprometimento, diálogo, coragem e competência para gerar resultados, colocando o desenvolvimento da cidade em primeiro lugar”. Esta é a fórmula do sucesso de um dos políticos mais promissores do Estado. Valores Formado em Engenharia Mecânica, André Merlo concilia a trajetória profissional com um de seus maiores valores: o amor pela família. “Temos duas coisas importantes na vida: a família e o nosso trabalho”, revela. Fiel às raízes familiares, ligadas à pecuária, André é filho de José Miguel Merlo e Creuza Coelho Merlo. Ao lado de sua esposa, Andréia Ferreira de Carvalho Merlo, zela com carinho pelos filhos Sophia e Alexandre. E é este sentimento familiar que ele coloca à frente da URRD. Na segunda passagem como presidente da entidade, está a reforma nas instalações do Parque de Exposições, que depois de concluídas passarão por constante manutenção. Haverá ainda a construção de reservatórios de água, instalação de bombas, porta com barra antipânico e sinalizadores de emergência, entre outras ações. Hoje o parque trabalha com a possibilidade de realização de até sete eventos simultâneos, em diferentes espaços. O investimento total para as obras foi de mais de R$ 400 mil. Recursos cujos resultados são vistos a olho nu.

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Coluna Júlio Avelar oea Dr. Tiininho Machad re bela Juliana Tava s

BEM MELHOR!

Alexandre Perim tá animado com a Feira do Livro para 2016. Não será mais no Parque de Exposições, mas sim na Praça de Esportes Dr. Arnóbio Pitanga, na Rua Afonso Pena. A escolha não podia ser melhor. Aliás, foi nossa a idéia. Central, aconchegante e sucesso garantido.

ANO QUE VEM TEM...

Valadares está um inferno, com um transito caótico, multas à revelia e uma insatisfação popular que não tem tamanho. É um buzinaço na hora do rush, das 7h às 9h, das 11h ao meio-dia e das 17h30 às 18h30 em portas de escolas e nas ruas do Centro. E sem ninguém pra controlar, só para multar. Ano que vem tem eleições.

PRA SE CUIDAR!

Cuidado com radiografias pelo SUS. Não sei se culpamos o sistema ou quem lida com as máquinas. Mas em Valadares alguns pacientes que não gritaram saíram com pés, mãos e dedos atrofiados. Exija qualidade, atenção do radiologista. Ninguém deve levar para certas profissões os problemas de casa ou descontar em quem depende o mau salário que recebe. Denuncie com nome, endereço e horário do serviço mal feito.

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NA ESPERA

Dois bons nomes na política da vizinha cidade de Mathias Lobato estão calados, pelo menos por enquanto: os odontólogos, marido e mulher, Fabiano Lopes e Karla. A mãe dele, Maria Auxiliadora, foi prefeita duas vezes, e Karla foi eleita com cinco dias de campanha e cassada por estar com dupla filiação. Porém, mesmo calados sobre as próximas eleições, muitos eleitores daquela cidade aguardam o retorno de um dos dois. André e Ana Carolina Henrique Pacheco formando Andre e Ana Carolina em Direito pela Fadivale

UM SUCESSO OUTRA VEZ

A cada ano que passa, a festa “Trezena de Santo Antônio” vem crescendo e sendo uma substituta natural e bem bolada da saudosa Feira da Paz. Como sabemos, todas as rendas das barraquinhas durante os 13 dias são para as entidades filantrópicas por elas mantidas. Bateu recorde de visitações este ano e, por isso, vai aqui os parabéns a todos que participaram! E mais um forte parabéns pela euforia ao Padre Vidal, pároco da Catedral.

SÓ AVISANDO A “VALE”

A toda-poderosa Vale ainda não deu ar de sua graça em consertar todo aquele aguaceiro que fica ao redor da Praça da Estação construída por ela, mas sem olhar os detalhes de escoamento da rede fluvial. Se não aproveita o tempo seco de agora, quando vierem as chuvas, vai ser de novo um deus-nos-acuda.

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Júlio Avelar

OUVINDO E DANDO OPINIÃO

Um político de bastidores que já mandou muito e ainda tem prestigio de sobra é o empresário Edison Gualberto de Souza, diretor-presidente do Sistema Leste de Comunicação. Ele está calado, caladinho, mas sempre é consultado sobre o futuro político de Valadares. Ele já foi secretário de Planejamento e vice-prefeito, e também prefeito de Valadares por 30 dias. A propósito, com 30 dias ele fez marcas – boas marcas! Tá muito vivo ainda!

TÁ FEIA A COISA

Pelo andar da carruagem o aeroporto de Valadares pode ficar como está por um bom tempo ainda. Os governos do Estado e da União disseram que não tem previsão de iniciar outras obras em aeroportos por enquanto. Já uma raposa felpuda disse que isto pode mudar de uma hora para outra.

ILUMINAÇÃO NA LAGOA

A prefeita Elisa Costa, através do secretário de Obras Darly Alves, já começou a cavar os buracos para a instalação de postes em toda a orla da calçada da Lagoa Santa, no Bairro de mesmo nome, onde centenas de pessoas fazem caminhadas todos os dias. Pedido nosso na TV sempre e no Face também. Os moradores dos bairros vizinhos agradecem e Valadares merece!

Feijão GOSTOSO, BRANQUINHO, FÁCIL DE PREPARAR. 42

AV. INDUSTRIAL, 17562015 - DISTRITO INDUSTRIAL conceito Julho GOVERNADOR VALADARES

Nasser Nacif e Samilla de Avelar casam dia 15 de agosto

TÁ NA CARA!

Pela rapidez, diferencial, vontade e quantidade de mão-de-obra e de obras espalhadas pela cidade através da SEMOV, dá para entender uma das duas coisas: ou a verba saiu agora e as obras estão sendo feitas ou Darly Alves é um natural candidato a prefeito pelo PSD e um ‘senhor’ tocador de obras. Que muita coisa está surgindo depois que ele assumiu, isso sim. Só para Lembrar, Darly foi vereador por três mandatos, secretário de Governo de Bonifácio Mourão quando prefeito e era secretário de Desenvolvimento Econômico agora, com Elisa Costa. E ele já está trazendo o esperado porto seco para a cidade.

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PRA ESCOLHER

Se o mandato de prefeito e de vereador na próxima eleição for mesmo de 5 anos sem reeleição, com certeza com o salário altíssimo dos edis locais vamos ter mais de 600 candidatos às 21 vagas. Vai dar para escolher e pelo menos melhorar!

VOLTA DO ORBIS CLUBE

Dr. Fabiano Lopes e Dra. Karla em férias em Gramado Um seleto grupo de ex-integrantes do extinto Orbis Clube de Governador Valadares pensa seriamente em ressurgir novamente com este clube, que nos anos 60 e 70 revelou grandes lideranças na cidade, dentre elas Marcos Sampaio, os irmãos José Francisco e Fernando Graciolli, Rubens Barroso Filho, os irmãos Marco Antonio e Orfeu Perim, Elcio Fava, Célio Edgar Fontes Resende entre outros. Criado pelo Rotary Clube nos anos 50, o clube tornou-se mundialmente conhecido nos anos 80, e independente e forte em vários países. No Brasil, é destaque no sul do país e em Minas Gerais vem crescendo muito. Agora em julho tem plenária internacional em Caratinga.

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ONG dedica-se à luta pelo

fim das enchentes em Manhuaçu Por Josi Gonçalves

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m trabalho desenvolvido há 12 anos começa a gerar frutos. Não é por acaso que a ONG Pró Rio Manhuaçu tornou-se referência em Manhuaçu pela atuação ambiental. Além de buscar soluções para eventuais inundações, a entidade foca também na preservação para que o rio não seja extinto. Algumas das propostas iniciais da ONG ainda hoje seguem vivas: fazer a diferença e tentar mudar um triste cenário vivido pela população situada às margens do Rio Manhuaçu, através de ações que minimizem ou que até busquem a extinção das enchentes do rio. A ONG nasceu logo após uma das piores inundações da história do município, quando as águas subiram oito metros e deixaram 1.800 imóveis residenciais afetados e aproximadamente 800 famílias desabrigadas. Desta forma, em outubro de 2003 a ONG iniciou os trabalhos com a reunião de alguns moradores da zona ribeirinha do município, angustiados pela busca de uma solução para as enchentes que

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invadiam suas casas e sempre causavam grandes transtornos. Segundo Alisson Sad, diretor da Organização não-Governamental, no início não se tinha qualquer informação a respeito do diagnóstico das causas das inundações. “Só nas atividades da ONG é que descobrimos as possíveis causas que traziam as enchentes. Desta forma, medidas para solucionar estas possíveis causas foram sendo adotadas e dando partida ao trabalho”, destaca um dos idealizadores da organização. O efeito estufa, as construções no leito do rio, o uso e ocupação desordenada dos solos, assim como lixo e esgotos atirados nas águas, queimadas, desmatamentos e aterros foram diagnosticados como fatores que desencadeavam as inundações na cidade. Com o passar do tempo, verificou-se também que para controlar as cheias era preciso tomar atitudes mais enérgicas. “Teríamos que cuidar também da conscientização quanto aos cuidados


e preservação do Rio Manhuaçu. Assim começamos também a zelar pela preservação do meio ambiente num todo, pois somente as medidas físicas, como a construção de barragens, por exemplo, não são capazes de evitar as inundações”, enfoca Roberto Vargas, secretário executivo da ONG. A luta inicial do grupo de controlar a abundância das águas agora está se invertendo por conta dos baixos níveis das águas. “Com o triste cenário de falta de água agora educamos a população para um possível racionamento. Não estamos livres de seca no mês de outubro e uma inundação em dezembro por conta dos descontroles ambientais”, explica Roberto. Hoje a Pró Rio Manhuaçu já estende suas ações e as abrange a campanhas de preservação e uso racional da água nas escolas e de limpeza da cidade, já que o lixo da rua vai para o rio. Um projeto de compensação ambiental com plantio de árvores, em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), também é promovido pela ONG a fim de compensar a poluição causada no município. A conscientização sobre possíveis formas de evitar a falta de água, assim como a preservação do meio ambiente, também é um cuidado importante. “Mesmo com estes projetos em paralelo, ainda trabalhamos com o principal objetivo da Organização, que é o de acabar com as enchentes”, conclui o diretor da ONG. A Pró Rio Manhuaçu, integrada a Comissão Pró Enchentes do Rio Manhuaçu, atua conjuntamente com outros órgãos envolvidos, principalmente a Prefeitura Municipal de Manhuaçu. Esta parceria é o ponto de partida para o acompanhamento dos trabalhos até que se consiga extinguir ou pelo menos minimizar os efeitos das enchentes do Rio Manhuaçu. Caso queira saber mais sobre o andamento e projetos da ONG Pró Rio Manhuaçu, as reuniões acontecem todas as segundas e terças-feiras do mês, às 19h30, na Rua Júlio Bueno, 413. Acompanhe também pelo Facebook da ONG: Ongprorio Manhuaçu.

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colaborador

Ciência

para todos Por Lauro Moraes E-mail: lauro.jornalismo@gmail.com

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epois que deixamos a escola ou a faculdade, a maior parte do que aprendemos sobre ciência vem dos veículos de comunicação. Contudo, esse campo ainda tem espaço reduzido na mídia nacional. Uma ironia diante da responsabilidade da imprensa no que tange à formação cultural da população, o que passa (também) pelo desenvolvimento de uma cultura científica na sociedade. A redação nessa esfera, tanto acadêmica quanto jornalística, deriva de um sistema de comunicação secular, com início no século XVI. Os primeiros cientistas – em sua maioria membros da elite, como nobres, artistas e mercadores – mediante a censura da Igreja e

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do Estado, reuniam-se clandestinamente para informar sobre suas descobertas referentes à nova filosofia natural. A partir daí, surgiu a tradição de comunicar, aberta e oralmente, assuntos relacionados à ciência. Dessas reuniões, formaram-se diversas sociedades científicas na Europa: a Accademia Secretorum Naturae, em 1560, em Nápoles (Itália); a Royal Society for Improvement of Natural Knowledge, proposta em 1620 por Francis Bacon e aprovada pelo rei da Inglaterra, Charles II, em 1662; e a Académie dês Sciences, em 1666, em Paris. Na época, os cientistas adotaram cartas como meio de comunicação entre si, não só


pelo fato de possibilitar o envio de cópias para vários pares, mas principalmente para driblar os funcionários governamentais, menos inclinados a averiguar correspondências aparentemente corriqueiras. Tal preocupação fundamentava-se em casos como o de Henry Oldenburg, então secretário da Royal Society, que chegou a ficar aprisionado na Torre de Londres por causa de escritos que o governo britânico julgou ofensivos ao governo. As dificuldades daquele período contrastam, evidentemente, com a realidade contemporânea, em que, além de existir maior liberdade de expressão em todos os âmbitos, o conhecimento científico adquiriu mais proeminência. No Brasil, os órgãos governamentais e fomentadores da pesquisa têm demonstrado ascendente interesse em articular ciência e sociedade. No entanto, a discussão ainda tem ficado muito concentrada na academia e na própria esfera governamental. Os assuntos da área e que dizem respeito à política de ciência e tecnologia, em geral, chegam à grande mídia quando atingem dimensão inesperada. Foi assim com a recente crise hídrica no país. A população só passou a receber alguma notícia quando já sofria as consequências da escassez. E mesmo depois do alarde, conhecemos realmente as soluções técnicas e estudos desenvolvidos neste campo?

A imprensa brasileira também precisa exercer uma cobertura mais incisiva no campo da ciência. E só uma divulgação ampla e contextualizada às necessidades socioculturais do país vai diminuir a lacuna entre o cidadão e o conhecimento.

Ou somos apenas vagamente informados e insistentemente convidados a adotar novos hábitos de consumo que levem à economia de água? A imprensa brasileira também precisa exercer uma cobertura mais incisiva no campo da ciência. E só uma divulgação ampla e contextualizada às necessidades socioculturais do país vai diminuir a lacuna entre o cidadão e o conhecimento.

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Coração vigoroso,

servido por veias obstruídas Por Marcelo Barreto Email: barretofito@uol.com.br

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o considerar a situação da distribuição da produção agrícola e o acesso a insumos e serviços pelo produtor, uma imagem que me vem à mente é a de um coração vigoroso servido por veias entupidas. Esta figura me diz que a mola propulsora da economia brasileira precisa ser apoiada por uma boa infraestrutura. Imagino o desperdício decorrente da lentidão e incertezas no cumprimento de prazos causadas pela defasagem do nosso sistema rodoviário. A lentidão e as incertezas provocam um aumento no custo do transporte no Brasil, o que compromete a competitividade do agronegócio brasileiro, além de influenciar na formação do preço do alimento. Este aumento no custo pode ser melhor entendido como perda econômica, pois não gera riqueza no campo, não produzir qualidade de vida e não agrega valores aos produtos transportados. A lentidão do transporte é causada basicamen-

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te pela pouca oferta de estradas, má conservação das mesmas e pelo aumento expressivo na frota de veículos, que cresceu 119% nos últimos 10 anos. Para se ter uma comparação, nossa malha rodoviária é equivalente a 7% da malha disponível nos Estados Unidos, que transporta 26% de sua carga por este modal, enquanto no Brasil 60% do transporte de cargas se dá pelas rodovias. Estudos estimam que esta condição leva ao aumento em mais de 50% no gasto de combustível, 38% na manutenção de veículos, 50% no índice de acidente e mais que dobra o tempo das viagens. As incertezas quanto ao cumprimento de prazos e compromissos é outro fator agravante à lentidão. A interrupção do tráfego nas estradas brasileiras deixou de ser eventual para ser uma constante. Estes atrasos são causados não só por furtos de cargas e acidentes como o ocorrido em tanques de combustível no Porto de Santos. Um número cada vez maior de manifestações populares bloqueiam


estradas, incendiando pneus e danificando o asfalto. Este tipo de manifestação afeta indiscriminadamente todos os setores da sociedade, tanto o de carga quanto o de passeio, prejudicando pessoas que não estão relacionadas às manifestações. A junção destes dois fatores é a causa de elevação do estresse dos motoristas, que têm no transporte de carga sua principal fonte de renda. Este estado de tensão leva ao cansaço e à ansiedade, contribuindo para o aumento de imprudências na direção, de acidentes graves, infrações de trânsito, perdas de cargas e patrimônios. Considerando que o agronegócio este ano projeta um superávit superior a 70 bilhões de dólares, me parece lógico que os investimentos nesta área não sejam comprometidos no ano de 2015. Pelo contrário, uma gestão proativa procuraria melhorar a malha rodoviária brasileira enquanto fomentaria outros meios de transporte mais baratos e apropriados para transporte de commodities. Portanto, desobstruir nossas rodovias é a melhor forma de evitar um colapso na competitividade no setor agropecuário, evitando a morte de segmentos que compõem nossa principal fonte de riqueza e empregos.

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J.B. Coelho

colabora

Bodas de Ouro

Fotos: Klass Studio

Amor, cumplicidade, carinho, companheirismo, convivência... Esses são os sentimentos que resumem bem a vida a dois de Dr. Michel Hannas e Yêda. Eles celebraram em grande estilo, no dia 1º de maio, cinco décadas juntos. A comemoração ocorreu no salão de festas da Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB). Tudo estava impecável: música de qualidade com a Banda Comodor’s; as delícias do Buffet Ana Cristina; sem falar da decoração, com flores produzidas pela própria Yêda Hannas, participante ativa da Apoex (Associação de Plantas Exóticas). A bênção ao casal foi realizada pelo padre Francisco das Chagas, da Paróquia Bom Pastor. Vela ressaltar que Dr. Michel é um médico tradicional e muito querido em Manhuaçu e Yêda é uma participante ativa da nossa sociedade. Que Deus continue abençoando o casal e toda a sua família. Que eles continuem sendo esse exemplo de amor, cumplicidade e carinho.

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A família: Filhos: Túlio, Thalles, Michel Jr. e Angélica. Netos: Mariana, Carolina, Battina, Esthefalne, Bernardo e Eduardo.

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colaborador

Quem você pensa que é?

Por José Francisco da Costa Júnior E-mail: costajunior14@yahoo.com.br

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scolhemos para este artigo um assunto que, não obstante sua importância extrema, anda (ou sempre esteve) meio esquecido não só pelos currículos das faculdades, mas pela prática em toda a nossa sociedade: a cidadania. Nesse intento, impossível deixar de mencionar pensadores renomados, como Immanuel Kant (Prússia/Alemanha, 1724-1804) e Roberto da Matta (Brasil, ainda entre nós). Segundo a ética de Kant, somos autênticos, agimos

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com autonomia quando somos responsáveis pelos nossos atos. Porém, quando deixamos de fazer algo por medo de suas conseqüências ou pelo receio de sermos descobertos, aí somos hipócritas e nossos atos não se revestem de verdade, de autonomia. Assim, tornamo-nos dependentes de uma falsa moral, que corrompe o organismo social. Nessa mesma linha, Roberto da Matta, antropólogo especialista em nossa cultura, mostra que a sociedade brasileira vive um descompasso: quer ser desenvolvida, mas está amarrada a uma hierarquia e a um sistema burocrático que impedem seu avanço. Chama-


mos a isso de “universo relacional”, em que cada um quer ser superior ao outro, passando, inclusive, por cima da lei. Não raro, vemo-nos envolvidos em situações que nos constrangem e nos irritam até. Quer coisa mais desagradável do que quando alguém “mais importante” do que a gente é atendido antes de nós, tendo chegado depois? Algo assim como aquele que “fura” a fila? Ou que compra uma vaga num concurso? Quando a autoridade usa do cargo para auferir vantagens próprias? Quando se tem um amigo lá no “departamento” e se consegue cancelar a multa de trânsito? Quando somos obrigados a ouvir o som do carro (ou do apartamento) de outra pessoa na maior altura? Tais comportamentos marcam nossa vida diária e, de tão comuns, acabamos por aceitar como normais. Seja por nos considerarmos realmente “inferiores”, seja por nos sentirmos impotentes ante a “lei do mais forte” ou simplesmente por comodismo. E qualquer dessas reações contribui para a concretude da passividade diante daqueles que se julgam “espertos” e, por isso mesmo, conseguem burlar a lei e ferir nossos direitos. Os mais antigos diziam que, para “se dar bem”, “é preciso ser amigo do delegado, do prefeito, do padre e do juiz”. O círculo (ou o circo) estaria fechado e o “bem-relacionado”

não seria importunado. Para mudar o rumo desta história é preciso ensinar a nossos filhos, não que a mentira tem pernas curtas e eles poderão ser castigados (presos, condenados a pagar indenização etc.) se sua mentira vier a ser descoberta. Ao revés, temos de ensiná-los que suas ações devem refletir o que vão em suas consciências e, se algo de errado fizerem, não se envergonharão, já que tentaram acertar. E por falar em educação, o Governo Federal adotou como lema de seu mandato 2015-2018 o slogan “Brasil: Pátria Educadora”. Mentira! O Ministério da Educação teve o maior corte de verbas de todos os ministérios: foram cortados R$ 7 bilhões de seu orçamento, segundo o sítio g1.globo. com, edição do dia 09/01/2015. As universidades federais estão “caindo aos pedaços”. A Universidade Federal do Rio de Janeiro, por exemplo, não vinha pagando nem o pessoal da limpeza, o que provocou uma greve que deixou milhares de alunos sem aula. Dá vergonha ser brasileiro. Nossos governantes pensam que somos idiotas, debilóides. E está difícil provar pra eles que não somos, pois os elegemos todos de novo, a cada eleição. Enfim, cabe a nós a mudança. E, assim sendo, vamos lá! Mudemos o nosso comportamento e mudaremos nosso País.


colaborador

Um presente chamado

presente Por Adriana Portugal E-mail: adrianampmportugal@hotmail.com

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h, se eu pudesse voltar atrás... “Faria tudo diferente”, dizem uns. “Ah! Esse mundo tá perdido, no meu tempo não era assim!”, dizem outros. Essa sensação de estar fora do tempo parece generalizada. Difícil encontrar alguém que entende estar no tempo certo, na hora certa, no lugar certo... Certamente não nos é possível voltar atrás. Pelo menos não descobrimos até o momento, ou até que saibamos, meios de voltar ao passado como na ficção cinematográfica. Curioso é que nos passa despercebido que se nos fosse possível voltar atrás, faríamos exatamente a mesma coisa, pois a bagagem que hoje carregamos, e com a qual não retornaríamos, foi conquistada ao longo dos anos vividos. Àquela época, com a bagagem que tínhamos, não poderíamos ter feito diferente. Fizemos o nosso melhor. Aos que maldizem os tempos atuais argumentando que no passado tudo era melhor, só pode nos parecer que usam uma lente única, fixam-se em um assunto específico, agarram-se a um episódio e esquecem-se de analisar a totalidade. Dessa forma, quando nos fixamos num ponto, perdemos

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a visão do todo. A evolução é uma lei e, como tal, dela não podemos esquivar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão seria, em 2020, a maior causa incapacitante para o trabalho. Informações dão conta de que este patamar foi alcançado antes do tempo previsto. Com esta realidade estampada nos noticiários, a turma do “no meu tempo” e a turma do “se eu pudesse voltar atrás”, com o dedo em riste, apontam: “como estamos certos?” Não tiramos a razão dos que assim pensam. Apenas convidamos a uma reflexão no sentido de que, talvez, estejam olhando para um ponto fixo, esquecendo-se da totalidade. Realmente, parece um paradoxo: exatamente após inúmeras conquistas materiais, nosso mundo pessoal “caiu”. Como a evolução é lei, cumpre-nos analisar o que este sentimento que invade o humano como uma verdadeira chaga quer nos dizer, qual o sinal que chega até nós através desta dor. Interessante observar locais como recepção de consultórios médicos, praças de alimentação de shopping, praça pública, bares, restaurantes, etc.


Ninguém mais consegue estar só. Ficar consigo mesmo gera uma inquietação tremenda. Se não tem com quem conversar ou lhe falta assunto, logo lança mão de um mecanismo que funciona como um poderoso ansiolítico: o “celular”. Quando os dedos correm pela tela do aparelho - ufa, que alívio, não estou mais só, tudo se acalma - Um verdadeiro “mecanismo de defesa”. Essa inquietude que invade o ser no momento atual é o grande convite à reflexão acerca do ser espiritual que somos. Para não encararmos esta realidade, agarramo-nos no passado, no que poderíamos ter sido ou nos projetamos ao futuro, visualizando situações que dificilmente acontecerão porque não empreendemos ações para tanto ou, ainda, fugimos do presente para não entrarmos em contato conosco mesmos. Se a tão almejada felicidade não foi encontrada nas conquistas materiais, se não podemos voltar atrás para fazer diferente, se o nosso tempo só pode ser o agora e se o sinal de alerta acendeu exatamente quando não conseguimos ficar a sós conosco mesmo, parece-nos que a placa de sinalização ficou luminosa: o Reino dos Céus está em vós. Deparando com a realidade de que em nós está o gérmen da perfeição e da felicidade, podemos, junto com Hammed, na psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, dizer que nascemos exatamente na família que precisávamos nascer. O corpo físico que nos abriga é exatamente o que merecemos e está em

total acordo com as nossas necessidades, com as ações que devemos empreender para o nosso adiantamento. Os nossos recursos financeiros não são escassos nem abundantes, mas aqueles coerentes com as nossas necessidades. O ambiente de trabalho no qual estamos inseridos foi por nós eleito espontaneamente, pois dele dependemos para nossas realizações. Nossos parentes, nossos amigos, são almas que atraímos em razão de afinidades e necessidades. O destino – o futuro – está sob o nosso controle, porque nós escolhemos, recolhemos, elegemos, atraímos, buscamos, expulsamos e modificamos tudo aquilo que nos rodeia a existência. São nossos pensamentos e vontade a chave de tudo. Não devemos reclamar nem nos fazer de vítima, mas, antes, analisar e observar, pois a mudança está em nossas mãos. No passado, fizemos o nosso melhor, era o que tínhamos para dar. Os dias atuais nada mais são do que a expressão da nossa manifestação. Somos responsáveis pelo estado em que o mundo está. Se não estamos satisfeitos com o que nos rodeia, cumpre-nos alterar tal estado através da modificação dos nossos pensamentos, dos nossos sentimentos e das nossas ações. O melhor momento que vivemos é exatamente este, o presente, pois apenas nele podemos agir. Recebemos de acordo com as nossas obras, ceifamos o que semeamos. Retomando nosso caminhar com Hammed, reprogramemos nossas metas, busquemos o bem e viveremos melhor este presente chamado presente.

59 O melhor do sorvete está aqui!

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Halitose Halitose Por Juan Moisés Zonis Email: juanzonis@yahoo.com.br

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osso assunto deste número foi, é e será controverso por muito tempo, já que falar de halitose gera polêmica. Para falar de halitose é necessário primeiro explicar o que é o hálito. Hálito é a conseqüência do ar expirado após a inspiração, que provoca trocas gasosas fisiológicas, associado a substâncias eliminadas pelos pulmões – substâncias estas que do intestino, fígado e por via sanguínea chegam ao pulmão. A halitose é uma alteração do hálito, que o transforma em algo desagradável. Ela pode representar um sinal de mudança funcional e não requerer tratamento, ou, de uma ou várias disfunções orgânicas, requerer tratamento. É conhecida, também, como mau hálito, hálito fétido, boca fedorenta, entre outras sinonímias. Existem várias formas de halitose: • A halitose matinal, por exemplo, pode estar relacion ada às horas de sono, quando a saliva (que é uma substância detergente) diminui seu fluxo, fazendo com que as células que revestem nossa boca morram e se tornem pútridas, levando a um odor altamente desagradável. Este desaparece logo após a higiene bucal matinal e com o restabelecimento do fluxo salivar normal.

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• As bocas com alto número de cáries e placa dental (acúmulo de bactérias na superfície dentária) provocam também halitose, que somente vai desaparecer quando essa boca for tratada. • Os diabéticos possuem o chamado hálito cetônico, que geralmente é provocado por longos períodos de jejum (por isso o matinal é o mais forte). Assim como outras alterações metabólicas, ela também desaparece assim que são tratadas. • As infecções de garganta, assim como as sinusites, podem eventualmente provocar alterações do hálito, que normalmente desaparecem assim que as doenças são controladas. • As neoplasias provavelmente também serão responsáveis por aparecimento de halitose, que pode e deve ser tratada para ajudar na melhoria da qualidade de vida do paciente oncológico. • Medicamentos que provocam xerostomia (secura da boca), como os ansiolíticos, anti-histamínicos, diuréticos, fenantoínas, antineoplásicos, acabam provocando halitose por alteração da umidade do meio bucal e sua composição.

• Deixamos por último as halitoses provocadas por certos alimentos como cebola, alho, condimentos, etc. As bebidas alcoólicas provocam uma halitose temporária e que não requer praticamente nenhum cuidado. • Halitose imaginária, halitose psicossomática ou halitofobia acontece em pessoas que têm alteração do olfato e “sentem” o mau hálito quando na verdade ele não existe, e ainda aqueles que têm uma “mania” de acreditar que sempre estão com halitose. Nesses casos, às vezes é necessária a ajuda psicológica para êxito no tratamento. Os tratamentos são, pelo exposto, vários e praticamente personalizados. Por isso devem ser conduzidos por odontólogo ou médico capacitado para fazê-lo. Mas podemos dizer que a prevenção é o melhor caminho como sempre, e ela pode ser feita mantendo uma boa higiene bucal, periódicas consultas ao profissional, realizando dietas sob orientação de nutricionistas, enfim, tentando ganhar qualidade de vida. A halitose é um problema, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), com consequências socioeconômicas e psicoafetivas e que afeta quase 40% da população. Acreditamos que o assunto foi abordado de maneira clara, objetiva e sucinta. Ao menos foi essa nossa intenção, sem pretender elaborar um trabalho científico nem adentrar nas pesquisas diárias do tema.

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KARINA XAVIER Fotos: Karla Xavier e Antonio Augusto

Criado em dezembro de 2014, o blog KARINA XAVIER é um espaço onde compartilho com as leitoras tudo sobre o mundo da moda, beleza e tendências. Sou fonoaudióloga atuante na área, noiva, nascida e residente em Caratinga, apaixonada por cavalos e fascinada pelo universo feminino desde sempre. Procuro sempre informar as leitoras, trocar dicas e experiência desse universo. O mundo da moda e afins muda e lança tendências constantemente. E para vocês que desejam saber quais as principais para o ano de 2015, não pode deixar de conferir as dicas a seguir! Separei as principais para vocês:

KIMONO u

Inspirado no romantismo oriental, o kimono ganha versões maxi ou midi, estando presente em várias estações, agregando status urbano. Faz parte de vários looks que vão do chique ao casual. Transmite leveza, feminilidade e estilo ao visual. Esteve presente nas estações passadas e continua com tudo em 2015. Kimono preto -Uze Buzze Kimono preto e branco – Displicência- Loja Spaço Shirley


Macacão/macaquinho Confortáveis, versáteis e estilosas, essas peças tornaram- se o “musthave” da estação. Ainda mais por ser uma peça fácil de usar em várias ocasiões e resolver o look em um minuto. A tendência é tanta que já é possível ver a peça em alguns red carpets brasileiros e americanos.

Macacão preto – Nice Club Macaquinho – Maria Gueixa Loja It Multimarcas - @itmultimarcas

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Chapéu Flopi Loja It Multimarcas

Com o estilo retrô, o chapéu flopi é aquele modelo de topo e abas arredondadas e largas, muito usado na década de 70. Pode ser usado tanto no calor como no inverno – depende muito do seu estilo. Eu adoro o chapéu, pois além de proteger do sol dá um toque sofisticado ao visual.


JARDINEIRA

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O modelo jeans é o mais encontrado no dia-a-dia e faz uma linha “street style”, aquela moda de rua muito usada nos anos 90. A peça foi vista com freqüência nas passarelas em 2014, firmando-se ainda mais no mundo fashion em 2015. Combinado com T-shirts, blazer, tênis, sapatilhas, saltos e acessórios, ele ganha cada vez mais adeptos por ser de fácil combinação.

óculos Um item indispensável no meu dia-a-dia e creio que no da maioria das mulheres também. Além de conferir um estilo ao look, o acessório é super funcional para os dias de sol. Hoje o mercado apresenta uma infinidade de modelos e formas, e alguns vêm ganhando mais espaço, assim como modelos de roupas. Mas, cabe decidir o que mais te agrada. Trouxe várias opções para vocês e confesso que o modelo do dia varia muito, mas se tem um que não abro mão e nunca sai de moda é o clássico RayBan aviador.

u Óculos Luana Oliveira @oculosluoliveira

Jardineira Jeans de perna comprida – Pura Mania – It Multimarcas Jardineira curta – Bebela – Spaço Shirley

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Blazer capa w A peça é uma capa com estrutura e formato de blazer, com um diferencial que faz toda a diferença: as mangas são abertas. Essa é uma aposta de algumas grifes famosérrimas, e algumas marcas brasileiras já aderiram também. Logo que a vi achei uma peça bem elegante. Os braços ficam livres e fresquinhos, ótima opção para os dias e noites com temperaturas amenas. Assim mantém o look chique, descontraído e fresco, podendo ainda abusar das pulseiras. Apesar de não ser uma peça usada em qualquer ocasião, vale a pena para quem deseja fugir do blazer tradicional e investir em algo inusitado e elegante ao mesmo tempo. Blazer – Plataforma Vogue Acervo pessoal

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Batons Se tem um item que eu jamais dispenso da maquiagem é o batom. Nude, coloridos ou escuros, eu adoro e acho que dá outra vida a make. Mesmo que eu não ouse na cor, o nude clarinho e discreto está ali. Costumo variar bem nas cores, mas ultimamente tenho apostado na combinação delineador + boca marcada. Os tons de roxo e vinho têm sido meus preferidos no momento e acho a cara do outono-inverno. Pela durabilidade e pigmentação, os famosos batons líquidos são ótimas opções. O Rebel da MAC e o Sapatilha, da Dailus Pro (tem ótimo preço), são meus indicados.

1 Rebel da MAC

J 2 Sapatilha, Dailus Pro

J E você, vai aderir a alguma tendência? Lembre-se sempre que a moda é uma forma de expressão. Não é obrigatório aderi-la! Use o que te deixa mais linda e confortável e, acima de tudo, feliz! Bjo Bjo! @blogkarinaxavier https://www.facebook.com/blogkarinaxavier

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Blog Karina Xavier Email: contato@karinaxavier.com.br


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Eduardo Fraga

Fotos: Roberta Paiva

Niver Daniel e Isadora O Soldado e a Bailarina. Este foi o tema da linda festa do primeiro aniversário dos gêmeos Daniel e Isadora. O casal Christiane Ferreira e Daniel Genelhu recebeu os convidados em grande estilo, no salão Palácio de Cristal.

Casamentos

Sem sombra de dúvidas Alexandra Carvalho figurou na lista das mais belas noivas da temporada. O ‘Dia D’ com Leonardo Zavaloni reuniu um forte time da nossa society.

Glaucia Silveira e Rubens Amaral disseram ‘sim’ na Catedral de São João Batista. Receberam os convivas no salão Palácio de Cristal.

Novos membros da Academia de Letras de Teófilo Otoni Eugênio Maria Gomes e Marilene Godinho tomaram posse como membros correspondentes da Academia de Letras de Teófilo Otoni. A solenidade aconteceu no plenário da Câmara Municipal, com presença de vários conterrâneos. 68 conceito

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Retalhos

167 anos

Fala demais Sem necessidade! No auge dos seus 80 anos, o cartunista caratinguense Ziraldo declarou em entrevista ao jornal Hoje em Dia ser uma pessoa homofóbica. A notícia deixou muitos caratinguenses sem entender absolutamente nada.

Welcome, Ana Flávia

A família aumentou para o casal Rafaella e Flavinho Breder. No dia 07 de maio, quinta-feira, Ana Flávia veio ao mundo, para felicidade das famílias e do irmãozinho Daniel.

Talento O trabalho do artista plástico caratinguense Marko Santana foi selecionado pelo Vaticano e vai fazer parte do Santuário Nacional na cidade de Anchieta (ES). Ele está reproduzindo a imagem de São José de Anchieta, considerado o segundo padroeiro do Brasil.

Minha querida Caratinga completou no dia 24 de junho 167 anos de muita história. Se não estou enganado, é a cidade de interior com mais filhos ilustres no Brasil. Aqui nasceu a Miss Brasil 1961 Stael Abelha, o cantor Agnaldo Timóteo, o cartunista Ziraldo, o escritor Ruy Castro, a economista Miriam Leitão, Graça Foster e por aí vai.

Novinho em folha Ficou muito bacana a reforma da fachada do prédio da Loja Maçônica Caratinga Livre. A revitalização deu um charme a mais e poderia servir de exemplo para os demais. 69 conceito

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A difícil arte de ser

HONESTO Por Inocêncio Magela E-mail: dialetika@dialetika.com.br

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ecentemente, circulando pelo centro da cidade em que vivo, passei a observar uma mulher carregando um carrinho de mão, cheio de pedaços de papelão e outros objetos similares, endereçando-se a uma cooperativa de reciclagem. Pus-me a pensar sobre qual o ganho monetário receberia ela por todo aquele esforço. Descartei a ideia de que seria algo muito compensador. Lembrei-me então de tantos outros serviçais que marcam presença em seus locais de trabalho. Veio-me à mente os varredores de rua e, particularmente, uma senhora que me chamou a atenção, contrastando-se com a natureza de sua atividade: ela estava bem penteada, maquiada e com batom nos lábios. Fiquei matutando, de mim para comigo mesmo, quantos cuidados para manter a dignidade pessoal, em meio à invisibilidade social. Resgatei também, à minha lembrança, a imagem dos coletores de lixo, que se constituem em verdadeiros atletas, perseguindo o caminhão que segue à frente, convocando os seus seguidores. Passei a refletir que há oportunidades de solução financeira bem mais fáceis do que tal prática profissional. De posse de tal envergadura física, poderiam dar-se aos tão praticados assaltos, que assistimos a toda hora. Indaguei-me: — o que faz com que algumas pessoas resistam bravamente à desonestidade? Passei a refletir sobre o trecho de um discurso de Martin Luther King: “Todas as pessoas podem ser grandes, porque todas podem servir. Não é preciso ter um diploma universitário para servir. Não é preciso fazer concordar o sujeito e o verbo para servir. Basta um coração cheio de graça, uma alma plena de amor”. Resolvi então pesquisar os meus arquivos para, teoricamente, compreender um pouco melhor sobre esta virtude ou sobre esta arte, que me parece ir-se desvanecendo pelo tempo. Então encontrei o que passo a descrever. Honestidade etimologicamente, tem origem na palavra honor, que significa ‘honra’ em latim. Dessa palavra também deriva outra: honorário, que significa o pagamento àquele que fez honra, jus e mérito, através de um serviço prestado. Ainda outra expressão que conhecemos bem: honoris causa, ou seja, causa da honra. Há diplomas que são dados por

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honoris causa, não exatamente pelo cumprimento curricular de uma academia de nível superior, mas porque deram causa à honra atribuída. Entenda-se por honestidade a qualidade de ser autêntico, verdadeiro. O honesto é aquele que tem a predisposição de não mentir, fraudar ou enganar. Pode ser uma qualidade de uma pessoa ou de uma organização, significando serem elas sinceras, não omissas nem dissimuladas. O honesto recusa-se a comportar-se como esperto ou malandro. Pode-se concluir que a pessoa honesta orienta-se incondicionalmente por condutas culturais existentes. A pessoa honesta é, antes de tudo, honesta para consigo mesma. É aquela cujo comportamento é coerente com aquilo que ela prega: ela fala o que faz, e faz o que fala. A honestidade de uma pessoa, quando detectada pelo seu interlocutor, traduz-lhe a percepção de integridade, o que provoca na maioria das vezes, um sentimento de confiança. E isto significa que honestidade é um capital humano que, existente entre duas ou mais pessoas, consolida um capital social. Em alguns países admite-se como um bem cultural. No Brasil, temos plantado há algum tempo a cultura do cinismo: tempos atrás uma determinada empresa tabagista, valendo-se de um famoso jogador de futebol, propugnava que todos aqueles que consumiam os seus produtos eram pessoas que “só levavam vantagem”. As práticas enganosas dos postos de gasolina normalmente valem-se da amplificação da moeda do real, assim caracterizada: R$ 3,499. Com a permissão governamental. Incluindo outras práticas similares. Em propagandas de concessionárias de veículos, encontramos no rodapé minúsculas letras oferecendo dificuldade de leitura, o que interessa à indústria do engano ao consumidor. Ora, estamos chegando a um impasse cultural, como já descrito na literatura russa por Fiodor Dostoievski, em seu livro “O Idiota”. Uma pessoa honesta poderá significar conceitos diferentes para diferentes pessoas. Ser uma pessoa virtuosa ou ser um idiota. Ao pesquisar a raiz da palavra idiota, encontramos no idioma grego as duplas palavras: ídios + the = ideias + habitante. Será que em algum momento do futuro admitiremos que o honesto, de fato, é um idiota e que vive no mundo da fantasia? Alimento a esperança de que estes heróis, inicialmente mencionados por mim consigam resistir à sedução do mal, da desonestidade e da malandragem. Pois são aqueles que, vivendo na fronteira da exaustão, ainda mantêm a cultura com a qual o processo do desenvolvimento conta. Possam eles servir de exemplo a tantas lideranças, a tantos doutores e “bem educados” existentes pelo país, sob a máscara da inocência e da suposta honestidade. Não posso deixar de registrar o temor que experimento sobre uma potencial realidade publicada no Jornal Estado de Minas no dia 08/12/2001, que teve como autores os laureados do Nobel da Paz daquele ano. Tudo o que vem acontecendo prenunciam-me realidade tão profetizada: “O maior perigo para a paz mundial nos próximos anos não procederá de atos irracionais de Estados ou individuais, mas sim de legítimas demandas dos despossuídos do mundo inteiro”.

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Todo mundo erra e todo mundo tem razão Por João Paulo de Oliveira Site: http://apontadordelapis.wordpress.com

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ma das melhores coisas de se trabalhar com comunicação, em específico com criação e redação publicitária, é a oportunidade de aprender mais sobre algo que não faz parte do seu dia-a-dia. Buscar novos assuntos e temas para fortalecer o argumento é simplesmente maravilhoso, seja para vender o primeiro carro movido a H2O ou para vender um novo modelo de pente-fino. A pesquisa é fundamental para a comunicação, mesmo que ela tome rumos distintos como lógica científica ou emoção humana. Comunicar pode ser apenas se fazer entender, mas a comunicação publicitária vai um pouco além. Muitas vezes o briefing que chega do atendimento e da contratante diz somente que o criativo deve resolver o problema de certa empresa vendendo uma solução para seus clientes. Na maioria das vezes não passa disso. Não estou recriminado. É para isso que estamos aqui e é para isso que a empresa serve – vender e lucrar, não é isso? Nesses processos maravilhosos e cansativos percebi que a comunicação é a maior invenção do homem, sobressaindo à roda e ao fogo. Afinal, de que adiantaria aprender a fazer o fogo que se apagará ou a roda que um dia se partirá, sem criar uma forma de ensinar aos seus semelhante como fazê-lo? A criação das formas de nos comunicarmos acrescentou-se à nossa história de milhares de anos, assim como a arte, a música, a matemática. Enfim, tudo em que evoluímos.

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Foi analisando as melhores formas de comunicar com os clientes dos meus clientes que descobri: os maiores problemas de comunicação que temos no trabalho, na família, nas relações, não são causados pelo que falamos, mas por que falamos; ou o problema não é o que ouvimos. É como ouvimos. Colocar-se no lugar do outro é fundamental para manter o bom entendimento entre as partes, mas de nada adianta se apenas um dos lados estiver disposto a tal conduta ou quando nenhum dos lados está disposto. A comunicação não se dá de forma alguma! O que acontece é apenas um embate de pontos de vistas e ideologias sem a menor chance de um consenso. Assim nossa fala e escrita podem ser uma dádiva ou uma maldição – depende de quanta preocupação se tem em ser entendido sem se sobrepor ao entendimento do outro. Quando observo o embate entre comunidade LGBT e conservadores, ou entre coxinhas e petralhas, acabo por desistir de entrar em uma discussão que leve a coerência e bom senso. Nestes casos, ambos têm razão e ambos estão errados. Todos temos razão e direito de defender aquilo em que acreditamos. O que não podemos fazer é subjugar o que outras pessoas acreditam, muito menos baseados apenas nas nossas crenças, ideais ou formação. O melhor caminho (acredito eu) é pela comunicação franca, onde todos estão abertos e dispostos a mudar e evoluir pelo bem comum.


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Devo abrir o presente Por Janaína Depiné E-mail: contato@janainadepine.com.br

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ocê ganha um presente e guarda para ver mais tarde ou abre na frente de quem o(a) presenteou? Essa era a dúvida de uma leitora e eu respondo agora. A etiqueta preza sempre pelo bem-estar do outro. Sendo assim, quando abrimos um presente damos um sinal de atenção. Também é uma oportunidade de reconhecimento imediato pela lembrança. Deixar para abrir depois é o mesmo que dizer: “mais um” ou “seja lá o que for não importa”. Portanto, SIM. Abra o presente assim que receber. Não se esqueça de agradecer antes de abrir para sinalizar que, independente do que for, você já gostou de ser lembrado. FESTA INFANTIL É UM CASO À PARTE A exceção só vale para festas de crianças em buffets. Você já reparou que nesses lugares fica uma caixa logo na entrada para se colocar os presentes que deverão ser devidamente etiquetados com o nome de quem deu? Assim, posteriormente, os pais do presenteado poderão agradecer devidamente. LEMBRE-SE DE AGRADECER Demonstrar gratidão é muito importante. Agradeça sempre na hora, mas você pode reforçar depois pessoalmente ou via telefone, whatsapp, e-mail etc. Uma atitude graciosa é, por exemplo, fazer uma foto com o presente e mandar para quem deu ou então usá-lo quando souber que vai encontrar a pessoa. São formas de mostrar que não só agradou como está sendo bem usado. E SE EU QUISER TROCAR? Alguns convidados enviam junto

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na hora?

com o presente o recibo de troca para facilitar a devolução ou troca. Porém, se foi você quem recebeu o presente, não peça esse recibo! Geralmente as lojas aceitam a troca sem ele, apenas mantendo a etiqueta do produto. Você pode trocar sem culpa se o tamanho não serviu ou se a peça estava danificada. Se você recebeu algo duplicado, pode tentar trocar ou doar. Repassar o presente, desde que não esteja aberto e ainda no prazo de troca, é aceitável apenas para itens pouco pessoais como jogos, brinquedos, objetos de decoração ou utensílios para casa. Se você não gostou do presente, não tem jeito. Aceite que dói menos (rs). Lembre-se que o mais importante é o fato de a pessoa ter pensado em você e se preocupado em buscar algo que lhe agradasse. Se ela errou, talvez vocês precisem melhorar o relacionamento para conhecê-la melhor. É uma boa oportunidade de estreitar a amizade! Viu só?


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