Revista conceito 19ª edição

Ano 3 Nº 19 Dezembro 2015 ISSN 2318-0145

Mulher de fibra Rozâni Azevedo revela projetos da Fiemg Rio Doce para desenvolver a região

Oh, meu Rio Doce!

O amor está no ar

Vida longa aos símios!

Pescadores sofrem por desastre causado na bacia

Casamentos badalados ditam o tom em GV

Projeto Muriqui, em Caratinga, dedica-se a preservação de macaco

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Conheça nossos

Colaboradores

ADRIANA PORTUGAL

BIANCO CUNHA

CLORES LAGE

INOCÊNCIO MAGELA

JANAÍNA DEPINÉ

Adriana Portugal é graduada em Direito pela Faculdade Milton Campos, pós-graduada em Direito do Trabalho pelo Unicentro Newton Paiva, presidente do Grupo da Fraternidade Martha Figner e diretora do Instituto Nosso Lar

Bianco Cunha é formado em Comunicação Social pela UFJF e é pós-graduado em Marketing. Tem experiência de trabalho na Rússia e atualmente trabalha na Orquestra Sinfônica Brasileira.

Artista notável nos mais variados campos de expressão. É pintora, escultora, escritora, documentarista, cineasta, inventora. Clores é plural.

Formado em Filosofia pelo Seminário São José e em Pedagogia pela UFMG. É diretor da empresa Dialétika e coordenador técnico de cursos de capacitação do Sicoob em 8 estados.

Jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior. Consultora de etiqueta há uma década, ministra cursos e palestras e é autora do site elegantesempre. com.br.

JOÃO PAULO DE OLIVEIRA

LAURO MORAES

MARCELO BARRETO

TAINÁ COSTA

Publicitário formado pela Univale, especialista em redação publicitária pela Escola Cuca e Ateliê das Artes. Pós-graduando no MBA de Gestão de Negócios e Projetos pela FAGV.

Jornalista e especialista em Políticas Públicas pela Univale, com mestrado em Cultura e Turismo.

Acumula passagens por três afiliadas Rede Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. É professor universitário nas áreas de Comunicação e Marketing.

Marcelo Barreto da Silva é fitopatologista, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), pósdoutor pela Kansas State University em Sistema de Informações Geográficas, coordenador do programa “Agro+: por uma agricultura mais sustentável”.

Formada em Comunicação Social pela UFJF. Cursou parte da graduação na Universidad de Salamanca, na Espanha. Hoje é estudante de Marketing no Coppead (UFRJ) e é assistente comercial da Rede Globo.

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Palavra do Editor

Cartas que entraram para a história Em tempos de comunicação via mensagens por Whatsapp, inbox de Facebook e até os quase combalidos e-mails, a impressão que se tem é que as famigeradas cartas de papel ficaram guardadas em velhas caixas de memórias antigas, passando a ser símbolos notáveis de um período da história que só os mais nostálgicos gostam de rememorar.

Por outro lado, talvez ninguém duvide de que as velhas cartas não só estão no passado como ganharam, de fato, o status natural de serem históricas. Pelo menos algumas delas, a começar pela primeira carta expedida do Brasil: a de Pero Vaz de Caminha, endereçada à Coroa Portuguesa, na qual descreve as primeiras impressões da imensidão de terras recém-descobertas - especificamente do mar, da flora e da fauna e, em especial, do povo visto pela primeira vez por estas bandas: “A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura.

Nem estimam de vestir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.”

A definição precisa dos indígenas originais em terras brasileiras naturalmente não é a única coisa registrada nos pergaminhos e na história. Aliás, vale observar que pelo menos até a década de 1980 tudo ou praticamente tudo o que foi produzido pelo homem está registrado exclusivamente em alfarrábios dos mais diversos: todo o conhecimento humano, com suas ciências exatas e inexatas; atas de casamentos; registros de nascimentos e de mortes; toda a espécie de referências advindas de entidades públicas e privadas; originais de livros que atravessaram o tempo e o espaço, eternizando a capacidade humana de criar e tornando-se testemunhas gravadas

conceito Revista Conceito Ltda.

CNPJ: 16.671.290/0001-35 Endereço: Rua Olegário Maciel, 569 Esplanada - CEP: 35010-200 Governador Valadares-MG Site: www.conceitorevista.com Email: contato@conceitorevista.com Telefone: (33) 9989-4092 / 9968-7171 As opiniões emitidas pelos colaboradores no conteúdo desta revista são de inteira responsabilidade dos autores.

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a mão da consciência do homem; jornais diários e tantas outras formas de publicação que trataram de guardar, em tempo curto, o fato recém-ocorrido e que viria a ser relembrado tempos depois...

Tudo isso, é claro, sem contar as incontáveis cartas que resultaram em uniões e até em guerras, inclusive mundiais. Houve ainda cartas que entraram para a história já sabendo do feito que alcançariam no mesmo instante em que a ponta da caneta com tinta escorregava pelo papel ainda virgem. Foi assim com a Bíblia, com o Tanach, Vedas, Mahabharata, com o Talmude e o Alcorão. Mas também com cartinhas bem menos pretensiosas, mas ainda assim repletas de pretensões, como o de expressar os últimos esclarecimentos. Foi deste artifício que um certo Getúlio Vargas usufruiu para justificar-se perante toda a nação antes de desferir um tiro contra o próprio peito, a fim de sair “da vida para entrar na história”, como escreveu.

Convém referir-se às novas tecnologias da comunicação para justificar, paradoxalmente, que elas ainda sofrem com o risco do descarte. Em pleno dezembro de 2015, a política brasileira ganha de presente mais uma carta com potencial histórico. Inesperada, é verdade, mais ainda assim com boas chances de se eternizar. Os mais novos, habituados a declarar seus amores e ilusões, opiniões a respeito de tudo e de todos apenas com um arrastar de dedos na tela de um aparelho touchscreen, podem achar estranho que o vice-presidente Michel Temer tenha feito uso de uma carta para romper com a presidente Dilma Rousseff. Aos mais velhos, talvez o meio usado pelo peemedebista pouco importe, pois não lhes parece uma novidade. O que pode soar estranho a eles é uma suposta indelicadeza por ter o vice “terminado” com a presidente por carta e não pessoalmente.

As cartas passaram junto com os séculos, mas, com todos os avanços vigentes, a mensagem pessoal, o tête-à-tête, ainda será a melhor forma de comunicação. Mesmo em ambientes hostis, como a política diante de uma crise.

DIRETORIA Diretor-presidente Getúlio Miranda Diretoria Executiva Dileymárcio de Carvalho – MG 6697JP Sonia Augusta Miranda - MTb MG 18526 REDAÇÃO Jornalista Responsável André Manteufel - Mtb MG 10456 ESTAGIÁRIA Nataly Maier

Correspondente em Caratinga Eduardo Fraga Correspondente em Manhuaçu Lauro Moraes - MG 10184 JP FOTOGRAFIA Milla Fotografia Ramalho Dias EDITORIA DE ARTE Diagramação Andressa Tameirão - MTb MG-14994

Designer Gráfico Roberto Loren Projeto Gráfico Andressa Tameirão IMPRESSÃO Gráfica Del Rey - Belo Horizonte-MG TIRAGEM 4.000 exemplares Periodicidade bimestral Contato Comercial: Valadares - Sonia: (33) 9968.7171 Manhuaçu - Ruth Almeida: (33) 8454.4880 Caratinga: (33) 9954.0297

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Índice Em entrevista, Rozâni Azevedo fala sobre 381, aeroporto e projetos

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Pescadores que vivem do Rio Doce pensam em mudar de profissão após desastre

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Janaína Depiné dá dicas para fazer uma foto 3x4 bem feita

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Itacaré oferece águas cristalinas, turismo de aventuras e muita agitação

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COM A PALAVRA

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BIANCO CUNHA

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CLORES LAGE

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GLAMOUR

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TAINÁ COSTA

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COLUNA JÚLIO AVELAR

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40 ANOS DA FUMAPH

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MARCELO BARRETO

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PERSONAS

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ADRIANA PORTUGAL

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INOCÊNCIO MAGELA

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PRESERVE MURIQUI

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KARINA XAVIER

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EDUARDO FRAGA

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JOÃO PAULO DE OLIVEIRA

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com a palavra

Por André Merlo E-mail: assessoria.andremerlo@gmail.com

Depois do luto,

vida que segue!

O crime ambiental cometido contra o Rio Doce não afeta apenas os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A tragédia de Mariana é também da cidade de Rio Doce, de Governador Valadares, de Aimorés, de Colatina, de Regência... é de dezenas de municípios ao longo de mais de 500 quilômetros de rio. Uma tragédia brasileira, que se no começo mal foi percebida pelos próprios olhares brasileiros, hoje arregala os olhos do mundo. A barragem se rompeu, a lama desceu, tomou o rio e o mar. Ainda impactados diante de tanta destruição, nos perguntamos: e agora? O que fazer? Como viver? De quem esperar o quê? De quem cobrar providências?

Agora, de um jeito ou de outro, a vida segue. Governador Valadares, a maior de todas as cidades entre as que dependem do Rio Doce para sobreviver, vive tempos de incertezas. Diante de tantas perguntas, muitas delas sem resposta, é preciso saber qual a parcela de responsabilidade que recai sobre cada segmento: as empresas mineradoras; o governo em suas esferas municipal, estadual e federal; o legislativo; o judiciário e até mesmo a sociedade civil, que é quem, ao fim das contas, vive em seu cotidiano as consequências de tamanho dano ao nosso meio ambiente.

A obrigação de reparar os danos causados cabe a quem os provocou. A conta das mineradoras não é pequena. Abastecimento de água, empregos, biodiversidade, saúde. O poder judiciário, através do Ministério Público, tem se empenhado para que as empresas não se eximam de suas responsabilidades impondo multas, cobrando prazos – sempre prorrogados – para apresentação de planos de contingência e ações emergenciais.

Vereadores, deputados e senadores, muitos deles bastante sumidos neste período de crise, é verdade, muito pouco podem fazer em termos paliativos. Por outro lado, podem – e devem – endurecer as leis de conces-

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são, licenciamento e fiscalização da atividade mineradora no estado e no país.

Mas é ao executivo, em todas as suas instâncias, que cabe o gerenciamento de toda essa crise: solicitação e liberação de recursos, definição das ações prioritárias e políticas de assistência aos impactados, distribuição de doações, logística emergencial e de médio/longo prazo.

São essas medidas que afetam diretamente as pessoas nas filas para buscar água, as crianças nas escolas, o funcionamento dos hospitais, do comércio, da cidade como um todo. A falta de assertividade e firmeza nas ações do executivo é que geram o clima de instabilidade e insegurança na população, comprometendo até a credibilidade das informações oficiais.

Neste cenário, faz-se valer o trabalho e a capacidade mobilizadora da nossa comunidade. Desde os primeiros dias, os clubes de serviço, as igrejas, as associações e dezenas de voluntários vieram se organizando espontaneamente e dando um verdadeiro show de solidariedade. É a atitude positiva da população de Governador Valadares que nos faz ter a certeza de que mais uma vez vamos superar, vamos seguir em frente, vamos sobreviver e nos reinventar. Mais uma vez, vem do meio do povo a grande lição que se pode tirar de toda essa tragédia: JUNTOS podemos sempre fazer mais. Superar as diferenças e trabalhar por todos é sempre a melhor maneira de multiplicar boas ações!

* André Merlo é ex-secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento.

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bola da vez

BR-381:

“só daqui a 10 anos!”

Por André Manteufel Nataly Maier

Rozâni Azevedo é um bom exemplo de uma geração de mulheres que superaram as barreiras que as impediam de adentrar em universos culturalmente masculinos. Mesmo num país conservador, desde a última década emanaram forças femininas que ocuparam as principais cadeiras do Palácio do Planalto, do Governo Municipal e da Fiemg Regional Rio Doce, presidido pela proprietária da renomada empresa de confecções Juliana Maria. À frente da entidade desde 2010 e com mandato já assegurado até 2018, Rozâni fez da Federação das Indústrias de Minas na região voz ativa diante de alguns eixos que ela considera vitais para a sonhada industrialização que insiste em não chegar ao Vale do Rio Doce: a reforma e ampliação do Aeroporto Municipal Coronel Altino Machado, a revitalização do Distrito Industrial de Governador Valadares e, de forma mais ostensiva, a duplicação da BR-381 – a Rodovia da Morte.

O trabalho de fiscalização não para, mas Rozâni Azevedo admite não acreditar na conclusão das obras da rodovia em menos de 10 anos.

“Infelizmente, aconteceu esse monte de imprevistos que não eram da nossa organização”, opina.

Motivo para desânimo? Não! Como toda mulher dotada de garra e de espírito empreendedor, sabe que isso significa apenas alguns passos mais, arregaçar as mangas e continuar cobrando e buscando soluções para os problemas. E é sobre essas tarefas árduas e a meta de garantir para Valadares a construção de um porto seco e de um terminal de cargas que ela conversou nesta edição com a REVISTA CONCEITO. 16 conceito

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REVISTA CONCEITO - A senhora assumiu a Fiemg em 2010 e foi reeleita em 2014 para o quadriênio 2015-2018. Como era a entidade quando assumiu e qual a realidade dela hoje?

ROZÂNI AZEVEDO - Quando fomos indicados à presidência, a FIEMG era mais voltada para trabalhos mais internos. A minha visão, a minha maneira de atuar é bem diferente do antigo presidente.

RC - De que forma?

R.A. - Eu sou mais dinâmica, gosto de estar mais em campo, estar mais participativa. Eu gosto que nossa equipe esteja em todos os eventos que somos convidados. Então é uma maneira diferente de trabalhar do antigo presidente. A nossa equipe foi toda refeita – eu quis refazer a equipe, colocar pessoas que são competentes e que são também da minha confiança. Hoje estamos com uma equipe muito bem formada, está toda completa, e estamos atuando muito no Vale do Rio Doce.

RC - E em termos de projeto, o que tem sido desenvolvido?

R.A. - O nosso principal projeto é o desenvolvimento do Vale do Rio Doce e do Mucuri. Esse é o nosso link principal e estamos vendo que nosso trabalho está tendo êxito. Nós estamos conseguindo alcançar o Vale do Rio Doce e do Mucuri todo, porque são 198 cidades da minha jurisdição. Não é fácil você conseguir atuar em todos. E em Governador Valadares, onde é a sede, temos alguns planos estratégicos. O primeiro deles é um plano de convergência, que nós firmamos agora com a vinda do Altamir Rôso, secretário de Desenvolvimento Econômico. Esse plano existe somente em Ipatinga. E nesse plano nós colocamos as prioridades de Governador Valadares e região para serem trabalhadas até 2018.

RC - E quais são?

R.A. - Nós vamos trabalhar os três eixos do desenvolvimento de Governador Valadares. O primeiro eixo é a infraestrutura, que abrange a revitalização do Distrito Industrial. Esse eu tenho quase certeza de que seremos um dos primeiros contemplados, haja vista que o projeto que a Codemig [Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais] utiliza pra fazer os outros trabalhos nos distritos foi um trabalho que nós apresentamos pra ela, em parceria com a Univale. Nós fizemos esse projeto há uns quatro anos, e fiquei andando com ele de mão em mão no governo passado. No governo atual, como tenho muitas amizades lá dentro, eu tornei a colocar vários exemplares debaixo do braço e sair de portaria em portaria, secretaria em secretaria, procurando apoio.

E conseguimos o apoio. É nosso projeto, que é a base do que a Codemig está fazendo.

Outro é a revitalização do aeroporto. Nós estamos também nessa luta junto com a Associação Comercial, Fiemg, CDL, Federação de Comércio. A gente não perde a esperança de conseguir revitalizar o aeroporto. Nós temos uma verba que foi liberada há mais de quatro anos pelo presidente da Infraero, Gustavo do Vale. Dessa verba foram [usados] R$ 3,8 milhões. Oitocentos mil o governo passado gastou com um projeto faraônico, que foi recusado auto-

maticamente como nós vimos. No segundo projeto foi gasto mais R$ 300 mil. Então nós temos um dinheiro aí, R$ 2,7 milhões sobrando aí no governo, e nós estamos rastreando esse dinheiro. As entidades, que fazem o grupo do G4, já começamos a movimentar, colocar advogado. Nós queremos saber onde está esse dinheiro.

Esse dinheiro parou em algum lugar, e nós queremos saber onde ele parou. Queremos que o governo atual entregue esse dinheiro para a sociedade civil para que nós consigamos dar um jeito no nosso aeroporto.

O outro é a retomada das obras da 381, do trecho entre Belo Oriente e Governador Valadares. A obra existe, ela está assinada, está decretada pela presidenta da República, então tem que ser tomada uma atitude com relação a ela. Nós sabemos que não viria a duplicação. Isso desde o início foi falado, foi explicado, e algumas pessoas não quiseram enxergar isso e ficaram insistindo na duplicação. Mas na verdade o que está no projeto original da Presidência da República são os melhoramentos. Então nós vamos lutar para que esses melhoramentos continuem, que não parem como estão parados. E eles pararam não por vontade política ou de governo ou de quem quer que seja. A empresa foi que causou problemas de não pagamentos, apesar de ter recebido tudo. O governo federal não deve um centavo a empresa Isolux.

Pelo contrário, a Isolux é que ficou devendo algumas empresas em Governador Valadares e região. Então agora, infelizmente, nós temos de esperar, porque a Isolux ganhou cinco trechos. Então terão que ser feitas novas licitações, e isso com certeza vai demorar. Não foi uma coisa que foi de nós, como empresários, ou do governo federal ou do governo estadual. Infelizmente aconteceu, a Isolux fez o que fez. Nós trabalhamos para que a Isolux no início tivesse um pronto-atendimento aqui em Governador Valadares, tudo o que ela nos pediu foi passado, foi feito pela Fiemg para atender a Isolux. Infelizmente ela fez esse papelão conosco.

RC - De que forma a Nova 381, movimento criado pela Fiemg, vai agir nessa questão não só da Isolux como nos demais trechos, que também estão num processo lento?

R.A. - Nós acompanhamos diariamente a BR-381. Temos profissionais, consultores designados a estar dia-a-dia contabilizando, ver o que está acontecendo. Nós temos alguns problemas, sim. A etapa de Belo Horizonte, por exemplo, é um problema caótico – sem solução, à minha vista. O governo estadual ou federal é que vai ter que fazer aquilo ali, porque empresa nenhuma vai pegar um serviço em que ela vai ter de pagar a inúmeras famílias que se alojaram em local indevido. É o que estamos vendo acontecer aqui em Governador Valadares e ninguém está fazendo nada. O início da 381 aqui em Valadares também está lotado já de casas remarcadas, com quintal, com casa, com tudo, e ninguém faz nada. Aqui nós estamos no início, lá em Belo Horizonte está tudo pronto. Então realmente, já foi três vezes pra licitação e nenhuma empresa tem interesse em pegar aquele trecho, porque é um trecho que vai trabalhar muito com as pessoas, com as desapropriações, e não tem empresa nenhuma que quer isso. A chegada a Belo Horizonte realmente vai ter que ser através do governo federal porque ninguém quer pegar o abacaxi deles. E as outras obras estão sendo feitas. O dinheiro foi cortado?

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Foi. A verba da 381 foi diminuída, mas não foi parada.

RC - Numa perspectiva positiva, em quanto tempo a 381 fica pronta?

R.A. - Olha, eu te falo que daqui a 10 anos. Do jeito que o governo está, e nós temos mais quatro anos de governo pela frente, até a entrada de um novo governo que não sabemos quem é, quem será, como o país ficará, e nessa incerteza que nós estamos... Acho que falar 10 anos é até loucura, mas ela está no papel, está sendo executada, as obras de arte principais estão sendo feitas, que são as piores, as mais complexas. Então acredito que a BR-381 sai, sim.

Infelizmente, aconteceu esse monte de imprevistos que não eram da organização nossa. Agora, a Fiemg atua diariamente. Você pode entrar no site da Nova 381 que você vê postadas lá fotos, depoimentos, de tudo o que aconteceu no dia anterior.

RC - A gente percebe que há um déficit industrial em Governador Valadares, especialmente em comparação com outros municípios. Segundo o IBGE, o município tem instaladas aqui pouco mais de 8 mil empresas, enquanto Divinópolis tem mais de 9 mil.

Uberaba tem mais de 11 mil. A Fiemg também atua nessa captação de novos empreendimentos?

R.A. - Atuamos, sim. Nós temos em Belo Horizonte, na Fiemg, um escritório de prioridades industriais. Os empresários que querem investir em Governador Valadares são levados até o es-

“

(...) Nós queremos potencializar o turismo de Valadares e região, em parceria com a Fiemg Regional, com o Sebrae e com as entidades de turismo daqui da cidade. Agora, falar em crescimento hoje em Governador Valadares é uma utopia. Nós não sabemos nem se teremos água! Hoje nosso principal problema é o Rio Doce. Se antes as empresas já não vinham, imagine agora! (...)

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critório e a Fiemg mostra todo o mapa de Minas Gerais. Infelizmente Valadares, apesar de ter uma malha rodoviária excelente – está num ponto estratégico de todas as estradas e do país –, tem aquele problema: até Teófilo Otoni tem Sudene. De Teófilo Otoni pra cá não temos Sudene.

RC - O problema então é a Sudene?

R.A. - Não, eu coloco 50% Sudene, porque Montes Claros cresceu muito em função da Sudene. A divulgação que foi feita, o trabalho que foi feito. Agora vai ser criado um escritório da Sudene lá em Montes Claros, que não tinha. Então a Sudene realmente ajuda, sim. Ela ajuda porque todo empresário quando vem quer olhar tudo: ele olha todos os elementos que a cidade tem a oferecer. Valadares tem a oferecer mão-de-obra qualificada, porque o Senai tá aqui pra qualificar qualquer mão-de-obra que for necessário.

Quando nós atuamos na 381, nós qualificamos funcionários para a Isolux aqui através do Senai. Então nós temos uma localização boa, um povo de escolaridade razoável, mas além da Sudene tem a vontade política. Então isso também interfere muito para que as empresas não venham para Governador Valadares. Nós não temos um aeroporto decente, nós temos uma rodovia que se chama ‘rodovia da morte’... qual o empresário de sã consciência, quando ele estiver com o mapa de Minas Gerais na mão, com a região sul ligada a São Paulo, a cidade de Montes Claros com um monte de privilégios que a cidade oferece, e a região também da área de Divinópolis também com bastante incentivo, qual empresário vai trazer uma indústria dele pra uma cidade onde tem uma rodovia que se chama ‘rodovia da morte’, que tem um aeroporto mal estruturado igual ao nosso e que ainda não traz benefícios para a indústria?

Então é complicado. Mas a gente não desanima, e é pensando nisso que nós entramos no segundo eixo de nosso trabalho junto ao governo estadual, que é o porto seco e do terminal de cargas.

RC - São essas as obras que vão garantir a redenção industrial de Valadares?

R.A. - São, são obras fundamentais que nós estamos trabalhando também junto ao secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso. Já estão numa fase muito adiantada os trabalhos. Estamos até com um empreendedor já pronto pra apoiar o terminal de cargas e o porto seco. Então a gente espera atrair o pessoal de granito de Teófilo Otoni pra Valadares e outras indústrias também de outros parques de Minas Gerais, porque de dentro do porto seco já vai poder sair direto para os trilhos da Vale do Rio Doce. O porto seco vai ser construído às margens dos trilhos do Rio Doce. E lá dentro já teremos alfândega estadual e federal. Isso vai facilitar muito para que as indústrias venham para Governador Valadares e daqui transportem suas mercadorias.

RC - Como a senhora avalia o modelo fiscal adotado pelo município para atrair novas empresas?

R.A. - O projeto da Prefeitura para atrair novas indústrias é normal, não traz nada de grandes vantagens para que uma empresa venha para cá. Apesar de que eu digo também o seguinte: quando o empresário decide apostar numa cidade, ele já olhou o que aque-

la cidade tem a oferecer pra ele. Um exemplo disso é o Laticínios Piracanjuba, que veio pra Governador Valadares em função da bacia leiteira que nós temos aqui na região. Então nós somos também uma região leiteira, de gado, e isso é um motivo que faz com que o empresário pense duas vezes antes de vir para cá. Ele vem para um local onde já não há muita indústria e onde o governo municipal também tem uma lei pra atrair as indústrias pra cá mas que não tem benefício nenhum.

RC - Que município a senhora projeta em 2018 com base nos projetos que a Fiemg desenvolve hoje?

R.A. - Antes deixe eu acrescentar que nós temos também um eixo que estamos trabalhando que é o do turismo. É o que a gente acha que Governador Valadares tem como crescer. Nós queremos potencializar o turismo de Valadares e região, em parceria com a Fiemg Regional, com o Sebrae e com as entidades de turismo daqui da cidade. Agora, falar em crescimento hoje em Governador Valadares é uma utopia. Nós não sabemos nem se teremos água!

Hoje nosso principal problema é o Rio Doce. Se antes as empresas já não vinham, imagine agora! Nós estamos trabalhando junto a uma indústria que está querendo ampliar e que está querendo vir pra Governador Valadares, temos trabalhado muito com essa indústria, mas eu acho que a questão fundamental hoje é a questão do Rio Doce. Nos Estados Unidos, em várias regiões onde já tive-

ram alguns problemas como esse, já tem 15 anos que os acidentes aconteceram e os rios não são os mesmos até hoje. Nós temos esse problema sério pela frente. Não é pouco, é preocupante. As enchentes virão constantemente pra Governador Valadares porque o rio está muito assoreado. Eu fiquei sabendo do pessoal que esteve medindo o rio doce que lá dentro tem dois metros de terra.

Isso preocupa mesmo. Mas a gente tem que ver com otimismo.

Nós somos valadarenses e não vamos sair daqui. Vamos continuar a lutar por Valadares e uma das bandeiras que estou pegando pra trabalhar firme é trazer a água do Suaçuí Grande e Pequeno pra Governador Valadares. Em relação ao crescimento industrial, nós estamos trabalhando. Eu acredito na revitalização do aeroporto mas principalmente do distrito industrial. Queremos que isso seja uma obra de marco, que através disso a gente consiga trazer pequenas e microempresas de Governador Valadares e região. Temos um projeto junto com o Sebrae ano que vem para trabalhar somente com as microempresas. Não vamos sonhar com grandes empresas porque elas não virão assim, de qualquer jeito. Então vamos trabalhar nossas empresas aqui. Queremos um distrito industrial bem organizado, bem distribuído. Nós sabemos que tem espaço livre lá, tem mais de 15 áreas desocupadas. Quem sabe a gente pode tentar fazer um polo de lingerie, de confecção, como tem em Vargem Grande, e conseguir fazer que Valadares ache o caminho dela do desenvolvimento.

s o t n e m a ç n a l s o Nov s e t e v r o S Delicius r! s i s e r l e v í Imposs O melhor do sorvete está aqui!

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colaborador

colabora

Tragédias compartilhadas O que vimos e compartilhamos sobre Minas e Paris Por Bianco Cunha E-mail: bianco.cunha@gmail.com

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m novembro de 2015, duas grandes tragédias abalaram o Brasil e o mundo e tornaram-se os assuntos mais comentados em todas as redes sociais.

Em Minas Gerais, o rompimento da barragem em um distrito próximo a Mariana mobilizou milhares de pessoas em torno de cada notícia que mostrava o avanço e a viagem da lama de sujeira. A tragédia atingiu o Rio Doce, causando um impacto incalculável ao meio ambiente, chegando ao litoral do Espírito Santo. Além do prejuízo causado a natureza, que será afetada pelas próximas décadas, e do estrago material, restou a todos nós lamentarmos as vidas que foram tiradas por onde a lama passou.

Quase que ao mesmo tempo outro evento dividiu as atenções não só dos brasileiros, como de boa parte de mundo. Uma série de atentados em Paris assombrou o planeta. Os atentados foram realizados pelo Estado Islâmico, que segue impressionando o mundo com suas ações radicais. O mundo mais uma vez foi às redes sociais para acompanhar cada detalhe em tempo real de tudo o que estava acontecendo.

Os dois acontecimentos trouxeram à tona uma série de discussões na “arena virtual”. Uma delas foi: “qual o tamanho do espaço que a mídia reserva a cada um dos fatos?”. É claro que em momentos em que o drama humano ocupa boa parte dos noticiários, os ânimos ficam a flor da pele. Parte da discussão foi baseada no fato de grande parte das coberturas ter sido focada na França, “abafando” a tragédia mineira. Aí surge um sentimento importante que é de empatia – a capacidade do ser humano de se colocar no lugar do outro. Talvez por estar mais perto, a sensação é de que a tragédia mi-

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neira deveria receber maior atenção.

Porém, mais importante que esta discussão é discutirmos o papel que as redes sociais cumprem: o primeiro, de alguma forma, é o de informar, de democratizar a informação. Se os principais veículos não conseguem suprir a demanda, as redes sociais ocupam este espaço. Quanto mais buscamos, mais somos bombardeados pela informação.

O segundo aspecto, e sem dúvidas o mais importante, é o papel de aproximar.

Pelas redes sociais as pessoas se mobilizaram para ajudar as cidades afetadas pelo desastre em Minas. Correntes de doações foram organizadas para levar água, alimentos e roupas. Notícias se espalharam aumentando a atenção para o drama de famílias que perderam tudo ou quase tudo. Pessoas se identificaram e encontraram meios de contribuir. Um pouco de conforto veio de cada parte do Brasil. Tudo feito de forma espontânea, por pessoas que de alguma forma foram sensibilizadas e se colocaram no lugar dos mineiros que perderam tudo ou quase tudo.

Tudo isso mostra que vivemos um momento novo frente ao drama. Dependemos menos da organização dos meios oficiais que fazem a ponte entre quem quer ajudar e quem precisa de ajuda.

A existência deles continua sendo importante, mas deixou de ser o único canal.

Mais importante que as discussões em torno de qual tragédia é a maior ou a mais importante, o fato é que podemos aplicar um esforço positivo para ajudar. Seja com uma doação, seja com um compartilhar para que mais pessoas possam tomar conhecimento e contribuir. Que possamos canalisar nossas forças para quem precisa de conforto.

Estender a mão a outro ser humano não é tarefa das mais fáceis. Na contramão de um número tão grande de famílias carentes, há poucas pessoas dispostas a sair do conforto de casa para dedicar parte do tempo a trabalhar por quem necessita. Mas o que talvez nem todos saibam é que a ajuda pode vir de diferentes maneiras: seja com doações, seja com mão-de-obra ou com ações específicas, o resultado é a gratidão de quem precisa de auxílio.

Independente de como seja, é graças a pessoas motivadas a ajudar o próximo que o GV Sem Fome há 15 anos atua no município. Além de doar alimentos, também ajuda com obras de infraestrutura e o fortalecimento de mais de 37 instituições de caridade durante todo o ano. Em 2015, a caravana para coleta de alimentos vai percorrer vários bairros da cidade, levando diversão e solidariedade para quem necessita.

Se você quiser fazer parte dessa corrente, basta levar sua doação ao estádio do Democrata, no Centro. O fechamento da campanha será na Avenida Minas Gerais, onde vão acontecer shows regionais, gincanas de arrecadação de alimentos, brinquedos infláveis, pipoca, a presença do Papai Noel, além de muitas outras atrações. A entrega dos alimentos às instituições beneficiadas acontece três dias após o evento de encerramento no Democrata.

Participe! Estenda a sua mão ao próximo!

Existe ao nosso redor milhares de pessoas precisando do seu 'sim'.

INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS: Abrigo Esperança Associação de Acolhimento aos Dependentes Químicos e Familiares – ADQF Associação de Assistência às Pessoas com Câncer – AAPEC; Associação Santa Luzia; Casa de Recuperação Dona Zulmira da Sociedade São Vicente de Paulo; Cidade dos Meninos.

Desafio Jovem Rio Doce Instituto Nosso Lar E mais 29 instituições do município

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especial

Da lama ao caos

Mais do que o gosto amargo da água, pescadores que tiram sustento do Rio Doce choram pelo impacto ambiental Fotos: Nataly Maier

Geração nascida entre o início dos anos 1980 até meados de 1990 cresceram antenados em tecnologia, informação e vocação para empreendimentos inovadores

Por Nataly Maier Centenas de peixes agonizam na bacia do Rio Doce, na tentativa de encontrar oxigênio para sobreviver. O rio que passa dentro de Governador Valadares, agora denso e turvo em virtude do rompimento das barragens da mineradora Samarco, no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), deixa no ar um forte cheiro de peixe podre. Albenir Cordeiro, o “Beninho”, membro da colônia de pescadores Z-19, de 42 anos, não acredita no que os amigos contam. Vai sozinho até a margem onde costuma deixar os anzóis e, ao ver de perto o ganha-pão tomado pela lama, não esconde a angústia. “Eu chorei... muito!” No desabafo do pescador, ainda dava para ver o choro entalado na garganta. O pior é que a dor aproxima ainda as his-

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tórias de vida de mais de 550 pescadores da região.

O rejeito da produção de minérios que corre em direção ao Oceano Atlântico é composto por argila, silte e metais pesados. A maior bacia hidrográfica do Sudeste do Brasil possui, agora, 853 quilômetros de um concentrado de lama tóxica de cor alaranjada, que, porventura, combina com o clima quente de Valadares. Uma combinação que, sem nenhuma cerimônia, matou todas as plantas aquáticas e extinguiu mais de 70 espécies de peixes do Doce. Até a piracema, período em que a pesca é proibida para que os peixes se reproduzam, teve um fim desastroso. Às margens do rio, incontáveis cardumes de fêmeas ovadas foram encontrados mortos e cobertos pelo rejeito.

A dor de quem vive do rio também é dramático. O ofício tirado às forças obriga os pescadores a pensarem num futuro que se mostra mais do que nunca incerto. Beninho já começa a pensar numa solução que ainda não apareceu. Por enquanto, a única garantia de renda para os próximos dias é o auxílio oferecido pelo governo durante a restrição da pesca, o seguro-defeso. “Nesse período de piracema, o governo paga um salário mínimo durante quatro meses para o pescador ficar em casa. São quatro meses que dão até uma tranquilidade, mas e depois? Não vou pescar em outros lugares, então eu ainda não sei o que fazer”. O pescador ainda conta que a esperança está na possível provisão da Samarco, o que, até agora, não aconteceu. Dos poucos sonhos que restaram, o de iniciar uma nova profissão, no momento, é o que se apresenta mais próximo.

Não muito diferente, o pescador Jair Alves, de 62 anos, vive uma situação caótica. Ao ver a fonte de sustento que lhe serviu de amparo há mais de 27 anos completamente destruída, a sensação com o desastre não poderia ter sido diferente: levou um balde de água fria na cabeça. Apesar do “aperto”, como ele mesmo descreve, o salário semanal de R$ 250,00 dava para suprir as necessidades. Sem a pesca, nem isso será possível. “Eu chorei! Eu vivo neste rio há muitos anos, tiro meu sustento dele, criei meus filhos nele. Então, quando eu vi aquelas toneladas de peixes boiando, me deu uma tristeza danada. Eu já estou com 62 anos, não tenho mais esperança de ver o rio como era antes”, lamenta o pescador.

O sofrimento ainda se estende às fortes dores nas pernas, que, por sinal, impedem Jair de pensar em outro emprego.

Diante do transtorno, a Samarco iniciou dia 26 de novembro os trabalhos de levantamento de abalos na Bacia do Rio Doce, que nortearão o plano de mitigação dos impactos sociais, com atenção especial às comunidades ribeirinhas. Paralelamente, a

mineradora solicitou à Prefeitura de Governador Valadares a lista oficial de pescadores cadastrados pelos órgãos competentes com finalidade de acelerar o processo de identificação e cadastro.

Estima-se que o estrago causado pela lama só poderá ser avaliado em, aproximadamente, três meses. Até que isso ocorra e a oxigenação na bacia volte ao normal para que a pesca no rio volte a ser viável, a vida precária de inúmeras famílias será a triste história de muitos pescadores.

Pescador, Beninho projeta o futuro longe do Rio Doce: “Ainda não sei o que fazer”

Lucas Leonhardt, 33 anos: ousadia para abrir mão de salário fixo em troca de lucro nas duas empresas onde é sócio.

Lama e água No domingo, dia 8 de novembro, a captação da água pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), que abastece o município, foi interrompida em virtude da chegada da lama ao rio no leste de Minas. Foram dois dias até que toda a população começasse a sofrer com a falta de água nas residências. Com os reservatórios vazios e sem água nas torneiras, iniciou-se uma onda de desesperos e informações desencontradas. O resultado foram caminhões-pipas sendo saqueados, galões de água vendidos a preços abusivos e filas quilométricas para receber água mineral que chegavam através de doações. Alguns moradores não pensaram duas vezes e deixaram a cidade.

Quem olha para a água tratada de hoje, transparente e limpa, e, em seguida, observa o rio repleto de lama, desconfia do “milagre”. A falta de fé na água cristalina tem outro motivo: algumas pessoas relataram que apresentam diferentes reações alérgicas após utilizar a água tratada.

Segundo o professor de recursos hídricos na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Alexandre Sylvio, o tratamento convencional utilizado pelo Saae não foi suficiente devido à turbidez e a grande quantidade de metais presente na lama. No entanto, a empresa, em parceria com a Copasa, fez um monitoramento constante para regularizar a situação o mais rápido possível e descobriu um tratamento à base de folhas de Acácia, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, capaz de reter até as partículas mais resistentes presentes na água poluída. Mas foi preciso pagar um preço: exceder a dosagem de cloro.

“Parece fácil, porque a água está na torneira clarinha, mas tratar essa água é algo muito difícil, o custo aumentou demais por conta desse produto novo, além do gasto com os filtros. Chega uma hora em que o filtro satura. Então eles têm de fazer uma retrolavagem, pegar água limpa e lavar o filtro no sentido contrário”, explica o professor.

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O DESASTRE EM FOTOS

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Novidades para o mundo da arte

Por Clores Lage Email: cloresalage@hotmail.com

A

s classes artísticas do Vale do Rio Doce já podem sonhar em realizar seus projetos. Isso porque ficou decidido pelo governador do Estado de Minas Gerais, Fernando Pimentel, que a partir do ano que vem a Secretaria Estadual de Cultura pretende publicar editais para contemplar os territórios e a previsão orçamentária apresentada seria de algo em torno de R$ 500 mil para cada um deles.

Atualmente o Fundo Estadual de Cultura trabalha com um edital único que engloba todos os territórios. Com isso, os projetos de Valadares e da região do Vale do Rio Doce concorriam com projetos de todo o Estado. Com a mudança, haverá um aumento significativo de recursos para o Fundo Estadual de Cultura, mas significa também que a chance de termos um número maior de projetos contemplados é grande, uma vez que estaremos concorrendo apenas com projetos do território do Vale do Rio Doce.

Essa notícia veio no momento certo e todas as categorias vão poder participar. Precisamos tornar nossas praças mais bonitas. Por que não?

Belas esculturas vão torná-las um local incomum. Vamos melhorar o visual e registrar nossa passagem por aqui. Ideias criativas muitos têm, o poder criativo é infinito e ainda é de graça; só pagamos para executá-las. Logo, se vamos ter respaldo é hora de começar a sonhar.

Algumas das nossas praças têm monumen-

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tos. Mas esculturas? Todos os grupos – artes plásticas, dança, música, teatro... – já podem começar a sonhar, pois o ano de 2016 será de grandes realizações!

Praça Serra Lima, no Centro de Valadares...

...e Praça da Maçonaria, na Ilha: dois dos espaços de lazer carentes de melhorias

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glamour

Sonia Miranda

Fotos: Ramalho Dias

Casamento Marcos e Eliane O destino de Marcos Wagner e Eliane Rocha estava traçado. Além da emoção no momento da troca das alianças, o sentimento de amor do casal transbordava pelo ar. Parecia algo mágico que resultou em uma noite perfeita para os noivos e convidados.

Noiva e a mãe, Marilda Rocha

Noivos de costas Noivos entrando

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Ana Clara Rocha, dama e filha da noiva

Moisés e Maria Goreth Torres, noivos e Alessandra e José Setembrino

Pais do noivo, José Rodrigues e Maria Clarete, noivos e mãe da noiva, Marilda Rocha

Filho da noiva Douglas Schultaes Junior, Fabíola Silva, noivos, filha da noiva Bruna Rocha Schultaes e o namorado Lucas Rocha Valadão

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Marcelo e a esposa Sayonara Rocha, noivos e Kako Barbalho e Renata Arreguy

Marcílio e Denise Ishi Rodrigues, noivos e Márcio e Débora Portella

Filhos do noivo, Thiago e Larissa Gonçalves

Cláudio José Pinto de Carvalho e Sandra Rangel Miranda de Carvalho

Marcos, Giselle e Ivan Magalhães, Eliane

Kely Soares, Sonia, noivos, Fátima Simões e Mirian Santiago

Noivos

Eliane e Vanessa Prado

Sayonara Calhau, Eliane e Carminha Luz

Rosália coelho, Eliane e Deborah Spirito

33 33 33

3275.1386 3089.0405 99959.0119

Praça Júlio Soares, 22 Ilha dos Araújos Gov. Valadares - MG

paototalgoval@ho

tmail.com

Mais que alimentos, bons momentos!

CAFÉ DA MANHÃ CALDOS MASSAS PIZZAS AÇAÍ LANCHES PARA EMPRESAS

, RTO ABE S DIAS S O S 22 O D TO E 06 A D RAS2015 conceitoHO Dezembro

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Casamento Maria Elisa e Marcos Quando o destino reserva surpresas, o final feliz é inevitável para um casal apaixonado. Foi na Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, em Boa Esperança, e com a bênção dos pais do noivo, Marcos e Emília Márcia Machado, e da noiva, Ivens Kleber e Ivania de Oliveira, que Marcos e Maria Elisa oficializaram seu matrimônio.

Noivos de charrete

Noivos

Maria Emília e Paulo Costa, noivos, Laressa e Mateus Costa

Ivens e Ivânia Costa (pais da noiva), Marcos e Emília Machado (pais do noivo)

Dindinha Neguinha, Julinha Ferreira Mattos, noivos, pais do noivo

Tios do noivo: Elita, Elza e Salvador Lima

Socorro e Wellington Braga

Amanda e Aguimar Resende, noivos

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Vinícius e Marcela Silvestre, noivos, Tânia Silvestre e Jéssica.

Emília, Marcos, Karolline, noivos, Leonardo e Camila

Retalhos Stilo Evento Entretenimento

Participar de um evento que tem a marca Stilo Evento Entretenimento é estar presente num ambiente de confiança e credibilidade. Diógenes Lana vive exatamente disso: trazer muito estilo para Valadares e região naquilo que há de melhor em bebida.

Vanuza Fabri

Vanuza Fabri faz parte de uma geração de mulheres bonitas, independentes e inteligentes que vêm tendo cada dia mais destaque na vida pessoal e profissional. Seu maior objetivo hoje é formar os filhos Lunna, estudante de Medicina, e JR, que cursa o segundo grau.

Hélio Nazarro

O chef Hélio Nazarro vem a cada dia se destacando com uma variedade de pratos frios e quentes em seu buffet.

26 anos de Sicoob Crediriodoce

O Sicoob Crediriodoce está há 26 anos no mercado! Com uma trajetória que teve início atendendo aos produtores rurais, em novembro completou 10 anos de livre admissão, ou seja, qualquer cidadão pode abrir sua conta e usufruir das melhores taxas do mercado. E para brindar esses 10 anos, a palestrante Mara Luquet abordou o tema “Cooperativismo de Crédito: Alternativa para a crise financeira”. Logo depois da ‘aula’, foi servido um coquetel.

Celso Mol, Mara Luquet, Alberto Ferreira e Silas Dias.

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colaborador

Em meio a lama,

ainda existe esperança Por Tainá Costa Email: tainaacosta@gmail.com

E

u ensaiei várias vezes escrever este texto. Pensei em várias abordagens, permeadas pelos mais diferentes sentimentos, de revolta a impotência diante de algo tão grave. Como filha de Governador Valadares, também sou filha do Rio Doce, pois ele foi a fonte de água da qual eu dependi durante 18 anos. E receber a notícia de que um ente tão próximo estava morrendo gerou um turbilhão de emoções.

Sei que sou ovelha desgarrada e já tive vários outros rios na minha vida: o Rio Paraibuna, o Rio Tormes, o Rio de Janeiro (que não é exatamente um rio, mas tem vários rios dentro de si) e, mais recentemente, os Rios Pinheiros e Tietê. Mas o Rio Doce foi o primeiro. No meu vocabulário, o substantivo comum “rio” foi durante muito tempo sinônimo do substantivo próprio “Rio Doce”.

Também foi com ele que eu entendi o que é uma enchente e, com ela, a força que tem um rio. Mas, nos últimos tempos, as enchentes estavam dando lugar à secura. Se durante a minha infância todo final de ano a possibilidade de enchente gerava preocupação, a proximidade do final de 2015 trazia consigo uma preocupação oposta: a seca.

As notícias que eu recebia eram de que o Rio Doce vinha

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dando sinais de fraqueza. Mas nunca, sob nenhuma hipótese, eu pensei que fosse possível que o rio morresse. Imaginar que algum dia ele pudesse secar? Talvez. Quem sabe? Mas morrer de morte matada, jamais. Tudo bem, ele já não era tão limpo, isso é verdade. Mas ainda carregava dentro e fora de si muitas vidas.

Se eu não imaginava a morte do rio, imaginava menos ainda a morte da cidade. Foi quando li um texto que um colega dos tempos de Colégio Ibituruna e depois de CipCon (que já nem existe mais), de Univale e de Diário do Rio Doce, postou no Facebook. Ele falava dessas e de várias outras instituições da nossa cidade. E sobre a possibilidade de tudo isso desaparecer se alguma medida urgente não fosse tomada.

Essa possibilidade me fez chorar. Eu estava no meio de uma aula quando as lágrimas começaram a saltar dos meus olhos - por mais que eu fizesse força pra elas não caírem. Meus colegas de sala, sem entender nada, vinham falar comigo. E quanto mais pessoas falavam comigo, mais eu chorava. E quando eu explicava o motivo do choro, via caras de espanto, denunciando que elas não tinham noção do que estava acontecendo em Minas.

No início desse curso onde eu chorei, fizemos uma ativida-

de de contar histórias e eu falei sobre o lugar de onde eu vim.

E relatei as diversas vezes que eu tentei explicar pra pessoas de outros estados onde Governador Valadares fica no mapa.

Depois de muito pensar e tentar dar exemplos, eu cheguei à conclusão de que se a pessoa não conhece Governador Valadares, eu posso até tentar falar de Ipatinga, talvez, mas provavelmente a pessoa também não vai saber onde fica. Então, pra resumir a história, eu falava que Valadares fica perto de “lugar nenhum”. Valadares é a referência. Se você não conhece, provavelmente também não vai conhecer o que tem perto.

Naquele momento eu vi a possibilidade da minha cidade, que na minha explicação era perto de lugar nenhum, se tornar de fato “lugar nenhum”. Realmente sumir do mapa. Então eu fiz questão de explicar o que estava acontecendo pra cada pessoa que me perguntava. Dando ao relato a devida gravidade que merece e a dimensão do estrago: só em Governador Valadares, 280 mil pessoas estavam com o abastecimento de água suspenso por tempo indeterminado. Fora as outras pessoas e cidades ao longo do rio.

E quanto mais eu falava, mais pessoas me perguntavam, mais uma corrente se criava. Vi meus amigos de São Paulo,

do Rio, de Juiz de Fora, mobilizados e convocando seus amigos para ajudar também como se fosse para a cidade deles. Vi amigos de fora do país procurando um jeito de fazer doação e contribuir. Todos os dias pessoas me pediam notícias, fosse pessoalmente, pelo Whatsapp ou pelas redes sociais. E perguntavam o que podiam fazer para contribuir. E compartilhavam meus posts sobre a situação na cidade…

Além de mobilizar toda a minha rede para conseguir doações e atualizar as pessoas sobre o que estava acontecendo, eu queria ajudar mais e fazer algo para aliviar o sofrimento das pessoas da minha cidade. Mesmo estando a quase mil quilômetros de distância. Foi quando eu fiquei sabendo de uma reunião para discutir sobre o desastre e resolvi participar.

Um dos tópicos discutidos foi: quais pontos positivos você pode tirar da tragédia? Na hora eu pensei: “Nenhum. Não tem ponto positivo, gente! Que pergunta!”. Mas, pensando melhor, mesmo com tudo de ruim, no meio de tanta lama, tanta destruição, eu consegui enxergar muito forte a solidariedade.

Eu perdi a esperança por um momento. Mas as pessoas que ajudaram a minha cidade ao mesmo tempo estavam me ajudando a recuperar a esperança na humanidade.

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Coluna Júlio Avelar

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QUEM CASA!

Confirmando presença no casamento dos jovens Réssica e Adalberto, às 20h45 de 23 de janeiro, na Catedral de Santo Antônio.

Recepção no Ilusão Esporte Clube. Ela é filha dos amigos Ricardo Miranda e Márcia e ele do casal Adalberto Vieira Filho e Ângela.

BODAS DE OURO

Meus queridos amigos Toninho e Sófia Martha comemoraram com os mais íntimos as Bodas de Ouro na noite de 12 de dezembro.

Foi uma belíssima recepção no Ilusão Esporte Clube!

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Toninho e Sófia Martha, casal elegante em bodas de ouro

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SAMARCO E CEMIG: TODAS CRIMINOSAS!

A Samarco conseguiu destruir, matar e acabar com o Rio Doce e tudo que nele tinha. Cometeu uma tragédia tal qual uma catástrofe, e a coisa não está rendendo para o lado do povo. Aos poucos tudo vai ficando bem para o lado da mineradora. Processos vão demorar anos, porque assim é a nossa justiça: lenta com as coisas sérias. A Samarco secou o Rio Doce, agora de uma forma diferente. Já a Cemig vem também matando oitis plantados há anos em nossas calçadas. Ela, com seus cortes criminosos, assassinos, vem desgalhando o centro das árvores, fazendo-as frágeis, além de matá-las aos poucos. Muitos galhos caem sobre casas e carros.

A poda, embora biólogos digam que é normal, é desumana e cruel.

NA IGREJA

A 4ª Igreja Presbiteriana Renovada, da Rua Afonso Pena, em Valadares, foi palco da apresentação do “Coral Apeano”, com estudantes da APAE. A apresentação, lindíssima, aconteceu neste último 14 de dezembro.

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Rio Bahia, 1.149 - Vila Isa - Governador Valadares

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ELE MERECE!

O prefeito de Alpercata, Valmir Faria, vem de fato, sem nunca ter sido político, fazendo um bom mandato naquele município, tanto na cidade como na zona rural. Era Nova, que sempre foi esquecido, vem ganhando obras e bom calçamento. Que continue! Parabéns!

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O Hospital da Unimed e o novo Hospital Regional ainda não foram inaugurados. Enquanto isso, a Maternidade Santa Terezinha fechou as portas. Quais os próximos particulares?

Arquiteta Simone Re is sempre sorrindo

PREFEITO MAIS CORAJOSO

Valadares precisa de um prefeito mais corajoso, que imponha a Vale melhorias para a cidade, como usar sua linha férrea para um metro de superfície quando não usada 24 horas, e exigir da Cemig colocar toda a sua fiação subterrânea para fortalecer as nossas árvores. O Planeta Terra terá um calor aumentando de 2 a 4 graus dentro de poucos anos. Nossas árvores ainda existentes e outras que tem de ser plantadas darão à cidade mais sombras, mais frescor e mais oxigênio.

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NINGUÉM FALOU NADA!

A discussão sobre a sucessão da prefeita Elisa Costa em Valadares está parada por enquanto. Aliás, enquanto durar a questão da água e Samarco. A maioria dos pré-candidatos tem lá seus ‘rabinhos’ presos com benefícios ganhos da empresa destruidora. Fique de olho, procure saber quais deputados e outros políticos ganharam dinheiro da Samarco nas últimas eleições. Você vai ficar ‘p’ da vida! Eles, os ‘nossos’ políticos locais, estão se recolhendo às moitas! Ninguém fala nada! Só vendo o povo correndo atrás das águas.

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QUEM MAIS?

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EXIGÊNCIA PÚBLICA

A Prefeitura de Valadares já deveria estar exigindo da Cemig que nos bairros novos a eletrificação seja subterrânea e que ela mesma plante árvores nas calçadas. A Cemig, que só lucra, oferece muito pouco. A Seplam libera casas geminadas e estas casas não dão lugar a plantio de uma árvore sequer. Tenho muito medo do ‘inferno’ que esta cidade vai virar dentro de algum tempo. Ninguém planta, só cimenta.

Júlio Avelar Suzana e Zé Neto, casal que a gente gosta

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POIS É

O tempo agora é de sede, e de muita sede! Viva o Brasil!

Viva Valadares!

A Bíblia nunca erra! Difícil de entender, mas não erra!

POR QUE AQUI NÃO?

Em BH, a partir de agora, as carcaças de veículos que forem abandonadas nas ruas deverão ser recolhidas pela prefeitura e poderão gerar multas aos seus donos. A Lei da Carcaça já está em vigor. Valadares precisa disso.

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MERECEDOR

Joaquim Júnior, que há anos atua na área de som e na TV Rio Doce, teve seu nome agraciado com a “Ordem Municipal do Brasão”, a maior condecoração que a Câmara Municipal de Governador Valadares pode conceder a um valadarense. Foi dia 8 de dezembro, em noite de festa para todos nós.

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TUDO É NOVIDADE

Já existem mais três partidos novos no Brasil: “Partido Novo”, “Partido Rede” e “Partido da Mulher”. Brasil varonil!

NATAL VAI ENGATAR MARCHA A RÉ

Quanto menor a renda, mais perto de casa os consumidores pretenderão fazer suas compras de Natal este ano. Isso em várias cidade, e em Valadares em especial. Sem água boa em casa, cada um na sua, e presente vai ganhar quem merece e vai dar só quem pode!

Ana Carolina Avelar, estudante de direito da Univale; Joelma, a grande guerreira e o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias

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E ELAS VÃO SE FIRMANDO

A candidatura de André Merlo está crescendo, embora exista um mal-estar dentro do PSDB local. Cresce o nome de Renato Fraga, que hoje lidera dentro do PMDB local e regional. Ele me lembra Joaquim Pedro Nascimento: paz e amor ao próximo. Do PT deve vir, sim, Leonardo Monteiro, para prestar serviço ao partido, porque ele nada tem a perder e se dividirem os votos pode até levar. Estão cantando em prosa e verso a candidatura de Hercílio Diniz, que tem família grande e não gosta de se envolver em política, mas sim de vender, pagar, comprar, servir e empregar. Empregam bem! Quem dera se o ‘velho’ Hercílio desse bandeira branca. e Dra. Mônica Rocha sal ca , rim Pe to Dr. Faus brilhante

João Marques e Guilherme Olinto Resende, pecuaristas que gostam da cidade

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JUSTIÇA CEGA ‘ÀS VEZES’ JULGA SEUS PROCESSOS

A nossa querida desembargadora Márcia Milanez, que já atuou em Valadares e até morou, está cedida pelo TJMG para assessorar, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra Nancy Andrighi. Ela está horrorizada e escandalizada com o que encontrou na 1ª Região do Tribunal Regional do Trabalho (TRF): um acervo, se assim podemos chamar, de mais de 300 mil processos conclusos para despachos. E tem mais: arquivados em pilhas na garagem do prédio há décadas. Ela ficou pasma, organizada como sempre foi.

Estamos todos os dias na TV Rio Doce, das 10h30 às 12h10; toda semana no “Jornal Figueira”; todo mês no jornal “Caindo na Rede”; e diariamente nas nossas redes sociais através do Face Julio César Tebas de Avelar. Whatspp: (33) 99899200.

Mais um ano de muito trabalho e grandes resultados se encerra, abrindo caminho para mais sonhos serem realizados.

Que o espírito de Natal renove as nossas energias para o ano que vai nascer.

Desejamos aos nossos clientes um Feliz Natal e um Ano Novo com muitas realizações e sucesso!

Telefax: (33) 3277-3434 Rua Afonso Pena, 2605 - loja A - Centro 41 conceito Dezembro 2015 Governador Valadares - MG

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Quatro décadas de trabalho duro por Manhuaçu!

Por Josi Gonçalves

J

á são 40 anos de atividades ininterruptas, compondo uma bela história de luta contra a pobreza em Manhuaçu. A Fumaph – Fundação Manhuaçuense de Promoção Humana destaca-se não só por ser uma instituição sem fins lucrativos, mas também pela gana e dedicação no trabalho de implantar projetos sociais no município.

Tanto tempo em operação conferiu à entidade o prestígio da sociedade local. E é graças a isso que hoje a Fumaph celebra convênios com instituições públicas e privadas em prol das famílias menos favorecidas. Alguns dos destaques são o desenvolvimento e a melhoria do nível de vida e do bem-estar da comunidade, o atendimento social no que se refere à proteção da família no combate à fome e à pobreza, a atuação na proteção do meio ambiente, a divulgação da cultura e do esporte e a promoção da educação.

“Ao longo destas quatro décadas diversos projetos já foram implementados e em seu quadro de profissionais estão assistentes sociais, educadores físicos, educadora em corte e costura, professor de música, desenho e pintura e canto e coral”, conta Regina de Almeida Toledo Pires, presidente da Diretoria Executiva da Fundação.

Um dos parceiros da Fumaph é a Prefeitura Municipal de Manhuaçu, com a qual promove

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as seguintes ações: - Enfrentamento do crack e as demais drogas, com aproximadamente 132 atendimentos mensais.

- Abordagem social a pessoas em situação de rua, com aproximadamente 62 atendimentos mensais.

- Valorização da vida, com aproximadamente 270 famílias atendidas mensalmente.

- Atendimento e benefício à família, com

Atendimento à família

aproximadamente 100 famílias atendidas mensalmente.

- Arte social, que atende aproximadamente 90 crianças por mês.

- A Creche/Infantário CEI Fumaph, onde são atendidas 160 crianças em período integral, do maternal ao pré-escolar.

- Programa de proteção ambiental no Parque Ecológico São Francisco, onde atende a comunidade atuando no incentivo ao meio ambiente.

Um dos segredos para o sucesso dos empreendimentos aos quais a Fumaph está ligada é a organização interna. A instituição realiza reuniões periódicas e promove ciclos de estudos, palestras, conferências e encontros com órgãos públicos e com a iniciativa privada. O aperfeiçoamento faz parte da rotina da entidade. “Estamos sempre buscando formas de trazer melhorias para a instituição e para seus beneficiários num todo. Este é o maior objetivo”, acrescenta Pires.

liesportivo foi criado para envolver jovens com o esporte e assim combater as drogas”, acrescenta a atual presidente.

Passados 40 anos os objetivos e a missão da Fundação Manhuaçuense de Promoção Humana continuam os mesmos!

Um pouco de história O dia era 20 de maio. O ano, 1975. Tempos difíceis e falta de políticas públicas para quase tudo, sobretudo para mulheres e crianças. Assim, sobre este contexto, instituições formadas por pessoas abnegadas se formavam na busca por tentar mudar a triste realidade de famílias mais necessitadas de Manhuaçu.

Dessa forma, duas Instituições – a Fundação Educacional Manhuaçuense e o Centro de Assistência Social de Manhuaçu – uniram-se a fim de alcançar juntas o objetivo de ajudar parte da população de baixa renda de Manhuaçu.

“Com a junção destes dois grupos nasceu a Fumaph”, conta a presidente.

Era comum naquela época, nas enfermarias do Hospital César Leite, deparar com a presença de crianças desnutridas, infestadas por vermes, pneumonias devastadoras causadas pela desnutrição. A morte de muitas delas também era uma triste realidade presente no HCL. “A entidade sempre teve a preocupação de criar um ambiente sem discriminações, buscando o intercâmbio entre todas as classes sociais”, relata o médico Luis Carlos Lemos Prata, primeiro presidente da Fumaph.

Foi a partir disso que se iniciou uma mobilização para mudar a vida daquelas crianças. A primeira medida foi a construção da creche em 1976, com o apoio do Governo de Minas. “Mais tarde um ônibus foi adquirido graças aos bingos, bazares e eventos beneficentes realizados pela Instituição, a fim de transportar crianças de todas as classes sociais para desfrutar do mesmo espaço”, destaca Regina Pires.

Em seguida, vieram outros passos: a construção de casas a partir de mutirões, apoio a famílias desabrigadas pelas cheias do Rio Manhuaçu, participação ativa na estruturação da Feira da Paz e na implantação de uma unidade da Ceasa e apoio permanente aos pequenos produtores. “Foi construído também o Espaço Cultural onde já aconteceram vários shows e eventos. Com o apoio da Prefeitura, o Ginásio Po-

Enfrentamento ao crack e outras drogas

Abordagem social às pessoas em situação de rua

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colaborador

Menos burocracia

e mais responsabilização Por Marcelo Barreto Email: barretofito@uol.com.br

E

m reunião com produtores para discutirmos o impacto da seca na região sudeste, levantou-se uma questão séria: o efeito da burocracia na crise de abastecimento de água. Muitas medidas preventivas não foram tomadas, pois o tempo gasto nos processos passa de anos. A agricultura não pode esperar.

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Agilidade com responsabilidade é necessário.

Sem água não há vida, não há colheita, geração de riquezas nem o desenvolvimento do setor.

A escassez de água não é consequência necessária da falta de chuva. A ocorrência das chuvas com frequência e intensidade variáveis faz parte do clima de cada região. O que fal-

ta é a adaptação às condições mais adversas do ambiente, por meio de medidas técnicas. Os povos que enfrentam invernos rigorosos, que inviabilizam a atividade agrícola, desenvolveram meios para a conservação de alimentos. Os esquimós sobrevivem às condições mais adversas do clima e Israel consegue produzir alimentos no deserto. Será que nós ainda não conseguimos nos ajustar ao clima tropical?

A burocracia foca no papel, na aparência e no carimbo.

Costumo dizer que a burocracia não tem o compromisso com os resultados, somente com o processo. Se o conjunto de documentos está correto, basta. Sobre ela incide o risco da exigência de documentos que não fazem o menor sentido, mas estão lá para serem observados, independente de sua relevância.

A responsabilização foca no gestor, no profissional e no resultado. Existe uma relação entre a assinatura e aquele que se responsabiliza por ela. Há alguém que pode ser chamado a prestar contas frente a um resultado insatisfatório.

Aparentemente é semelhante à burocracia, mas não o é.

A burocracia pode ser abreviada, facilitada, mas o profissional não. Ele é essencial ao processo e tem um compromisso de fazer chegar a um fim específico, com qualidade e prazo desejados.

Infelizmente tenho visto que muitos processos importantes para garantir a qualidade e a segurança do agronegócio têm sido tratados como burocracia. Ou seja, perdeu-se a conexão entre o documento e sua relevância real. O receituário agronômico virou um documento de controle da venda de defensivos. O atestado fitossanitário de origem é muitas vezes emitido sem a devida inspeção do material em campo.

A ênfase exacerbada na burocracia gera o que é conhecido como “bolha”. Fenômeno indesejável que ocorre quando os papeis oficiais não representam a realidade concreta.

Cria-se a falsa sensação de segurança e de que tudo está em ordem. Foi o que ocorreu no setor imobiliário americano em 2007 e, mais recentemente,com os testes de emissão de gases pelos motores dos automóveis da Volkswagen.

O caminho para solucionar essa tensão entre burocracia e responsabilização é saber que todo processo, projeto, gestão ou empreendimento tem um responsável. Este deve munir-se de instrumentos que visem garantir o resultado desejado. Para tanto é necessário a adoção de rotinas independentes de auditoria e fiscalização. A burocracia deixa de ser o centro dos processos, e passa a ser apenas um instrumento de acompanhamento e identificação dos responsáveis.

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J.B. Coelho Nova sede da Reder & Vargas Advogados

A realização de um sonho dos advogados fundadores agora foi realizado: a nova sede da Reder & Vargas Advocacia oferece uma estrutura moderna e confortável para melhor atender aos seus clientes. O escritório é conduzido pelos advogados e fundadores Elias José Reder Neto e Kenia Vargas Estanislau.

Ary Teixeira Junior e sua esposa Vanessa Molica, Kenia Vargas Estanislau e seu esposo Elias José Reder Neto

Kenia Vargas Estanislau e seu esposo Elias José Reder Neto, Cynthia Ferreira Leite e seu esposo Weverton Ferreira do Nascimento

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Dezembro 2015

Elias José Reder Neto, Amanda Vargas, Kenia Vargas Estanislau e Maximiliano

Adriano Chiapetta e sua esposa Marcela Sanches, Kenia Vargas Estanislau e seu esposo Elias José Reder Neto

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colaborador

CRISE

bola da vez?

Por Adriana Portugal E-mail: adrianampmportugal@hotmail.com

L

iga a televisão: crise! Sintoniza a emissora de rádio: crise! Roda de conversa: crise! Parece que atualmente não há outro assunto que não falar de crise. Logo, se ouvimos crise, acabamos, por consequência, falando em crise.

Já repararam como somos influenciados pelo assunto que ouvimos? Se chegamos a determinado local e alguém está contando uma piada, logo nosso pensamento é povoado por outra piada e por outra, e por outra... Se o assunto é um acidente grave, nosso pensamento é visitado por outro acidente grave e nossa conversa gira por determinado tempo em torno de acidentes, até que alguém surge com novo assunto e este passa a ser a “bola da vez”.

Crise parece ser a bola da vez. Só que falar de crise, expor uma crise, criticar o que está posto, talvez não seja a melhor saída. Se há uma fogueira, a melhor forma de mantê-la acesa é acrescendo mais lenha. Se há uma crise, a melhor forma de mantê-la é vertendo nossos pensamentos, sentimentos e ações em direção a ela. Assim, temos crise do café da manhã ao jantar.

Cheguei agora nessa roda de conversa e quero mudar o rumo dessa prosa convidando-os a refletir sobre duas mensagens de Emmanuel, psicografadas por Chico Xavier. A primeira diz que “se o momento é de crise, não te perturbes, segue... Serve e ora, esperando que suceda o melhor. Queixas, gritos e mágoas são golpes em ti mesmo. Silencia e abençoa, a verdade tem voz!... Paciência constante atrai a luz do Céu... Acalma-te, servindo e vencerás com Deus.” A segunda é um convite: “nos momentos de crise, não te abatas. Escuta. Por nada te revoltes, nem te amedrontes. Ora. Suporta a provação, não reclames. Aceita. Não grites com ninguém, nem firas. Abençoa. Lance de sofrimento é o ensejo da fé.

Silencia. Deus sabe o instante de intervir!”

A melhor maneira de nos ver livres de algum assunto ou problema parece ser encontrar outro assunto. Por vezes chegamos à beira de um precipício e fixamos nossa atenção na profundidade do abismo, no mal que pode nos suceder se cairmos nele.

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Talvez, se andarmos um pouco para a esquerda ou para a direita, encontraremos uma ponte que possa nos levar a outra margem.

Convido todos a mudar o rumo da prosa. O que nos compete nestes momentos? Para onde devemos lançar nossos olhares para encontrarmos soluções? Enquanto cristãos, temos a obrigação de enxergar as oportunidades que o momento nos convida. Precisamos refletir sobre qual alteração na nossa jornada evolutiva devemos empreender.

Qual aprendizado o Mestre dos Mestres quer nos ofertar deixando-nos passar pelo momento presente?

“Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco (...) porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”, exorta-nos o convertido de Damasco.

André Luiz, pela abençoada mão de Chico Xavier, nos consola dizendo: “seja qual for, porém, a sua prova em si, erga a própria cabeça, ponha os olhos no Alto e retome a tarefa em que deva servir, confiando-se a Deus, porque Deus proverá e em Deus qualquer problema achará solução”.

Não há mínimo acontecimento sem uma razão importante de ser. Manter o equilíbrio em tempos de bonança é fácil. O grande desafio é permanecer na estabilidade em tempos de crise.

Jesus, o tipo mais perfeito que Deus deu ao homem para lhe servir de guia e modelo, afirmou que somos a luz do mundo, o sal da terra, convidou-se a não ficar ansiosos pelo dia de amanhã, disse-nos, no momento de nos ensinar a orar, que Deus, o nosso Pai, sabe tudo o que temos necessidade, antes mesmo de pedirmos.

Um mundo melhor não surgirá via manifestações exteriores. Nada mudará se nós não mudarmos. A mudança começa no íntimo de cada um de nós. Se os frutos que estamos colhendo não nos agradam, devemos refletir e modificar a nossa semeadura. O amanhã será o que dele, enquanto unidade, enquanto coletividade, fizermos.

colaborador

Há quem ama a humanidade, porém ignora o homem!

Por Inocêncio Magela E-mail: dialetika@dialetika.com.br

É

do conhecimento público o rompimento da barragem de rejeitos da empresa Samarco em Bento Rodrigues, município de Mariana (MG).

Entre o ocorrido e o impacto em Governador Valadares, um tempo se passou, mas parece que o inimaginável e o improvável tomou conta transformando em vazia expectativa. Mas a hora chegou e a experiência de uma comunidade, que tinha uma aliança com o Rio Doce – doce até no nome –, a assistiu romper-se como rompeu a barragem.

Mas eis que surge, como que das brumas, uma pessoa, valadarense de nascimento, compadecida pelas imagens barrentas do Rio Doce, de pessoas coletando água imprópria ao consumo humano, decepcionadas pelas promessas não cumpridas de ajudas, rezando por uma solução que somente Deus poderia prover. Decide ela mobilizar-se e mobilizar ajuda em suas adjacências sociais. Foi aí que o contato chegou até a mim, dia 14/11/2015,

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pelo WhatsApp. Indignada pela lentidão das respostas que obtinha, reagiu com certa contundência junto a sua rede de contatos. Solicitava crédito numa conta corrente, prometendo posterior prestação de contas. Assim, foi obtendo adesão ao seu propósito que pretendia formar fundos financeiros para aquisição de água potável, para aqueles que dela necessitavam em Valadares. Sua família cerrou fileira consigo.

Mais necessário se faz tal suprimento numa cidade como Governador Valadares, das maiores do Estado, cuja temperatura é das mais elevadas.

Essa atitude fez-me lembrar da parábola do beija-flor, que diante do incêndio na floresta ia até um riacho próximo e trazia consigo, no bico, uma gota d’água. Diante do questionamento das outras aves, que diziam: “de que vale sua contribuição, diante de tamanho incêndio?”, o beija-flor respondeu: “estou fazendo a minha parte.” Diante de tal

fato, as demais aves começaram a seguir o seu exemplo. A parábola não se conclui com isso, o incêndio não foi exterminado, mas, certamente, contribuíram para um menor impacto e para a aprendizagem de todos nós.

O que motivou uma valadarense, residente hoje em Timóteo, a se indignar com os fatos que assistia? Que fenômeno pessoal justifica tal reação? Acredito que primeiramente deriva de um profundo sentimento de justiça, compreensão humana e posteriormente de gratidão e reconhecimento em relação àquela comunidade na qual teve origem. Você poderá estar se perguntando: qual o nome desse “beija-flor” valadarense? Tenho motivos de sobra para lhes apresentar. É funcionária de uma Cooperativa de Crédito, conhecida como Sicoob Coopesita. Com certeza fez da cooperação um sistema de vida.

Seu nome é Vivian Nascimento de Souza.

Seu exemplo é motivo de inspiração para estas e outras circunstâncias.

O inacreditável é que empresas, instituições públicas e privadas comparecem com seus discursos humanitários, apregoando o respeito para com a Humanidade, mas diante do homem concreto, não há ações emergenciais e pontuais. Inexiste um olhar verdadeiramente de compaixão. A lentidão burocrática faz com que a ajuda chegue fora do tempo, já desnecessária.

A indignação humana também tomou conta de mim. Até

mesmo por saber que a hiperinflação tomou conta do mercado regional de água. O aumento escandaloso do valor de um caminhão-pipa de água expõe a existência de abutres da miséria humana. Se sua competência empresarial e empreendedora consiste apenas nesse oportunismo, a história lhe será o árbitro. Enquanto muitos, de várias localidades do Estado e do país, demonstram consternação pelo sofrimento humano para com habitantes de Governador Valadares, surgem aqueles que buscam o enriquecimento exploratório.

Recebi da rede social umas informações, assinadas por Danielle Rieger, que assim dizia: “Enquanto comerciantes aumentam o preço da água mineral, os taxistas de Paris desligaram seus taxímetros, para levar o máximo de pessoas necessitadas para suas casas.”

Bem sei que quando essas minhas reflexões chegarem a público, por força de um tempo hábil da REVISTA CONCEITO, não conseguirão uma efetiva ajuda àqueles que dela necessitam, imediatamente. Pode ocorrer que alguém que necessite de uma mensagem solidária possa apreender dos exemplos aqui discorridos, reduzindo sua pobreza de espírito.

“Não há loja que venda bondade. É preciso construí-la dentro de você. Pode-se transplantar corações, mas não se pode transplantar um coração caridoso.” Dalai Lama

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Preserve Muriqui ONG localizada em Caratinga defende o maior e mais importante primata das Américas, o muriqui-do-norte Por Josi Gonçalves Caratinga/MG

Fotos: Fernanda Tabacow

Fotos: Carla Possamai

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Mata Atlântica é um dos sistemas florestais mais ricos e diversos do mundo, mas também um dos mais ameaçados. Como consequência, muitos de seus animais e plantas encontram-se também sob forte pressão e vários estão altamente ameaçados de extinção.

Os primatas têm sido um dos mais importantes símbolos da conservação da Mata Atlântica, pois seu status na natureza é indicativo da situação na região como um todo. Cerca de 25 espécies e subespécies são encontradas na Mata Atlântica, sendo que 15 delas estão ameaçadas de extinção. “Entre estas espécies está o muriqui-do-norte, Brachyteles hipoxanthus, o maior mamífero endêmico ao Brasil e uma espécie muito carismática, que por sua vez encontra-se na lista dos primatas mais ameaçados do planeta”, destaca Gustavo da Fonseca, vice-presidente executivo da Conservation International, professor titular do Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Historicamente, a importância de Caratinga foi definida pelo próprio muriqui. A população local foi descoberta pela comunidade científica quando o pioneiro da conservação no Brasil, Álvaro Coutinho Aguirre, visitou a área no fim dos anos 60. No entanto, a importância dessa descoberta foi pouco reconhecida pelo público em geral por quase 20 anos. “Os muriquis de Caratinga foram redescobertos em 1976, quando o professor Célio Valle, da Universidade Federal de Minas Gerais, visitou a área, reconhecendo os esforços que o proprietário, senhor e produtor rural Feliciano Miguel Abdala, vinha dedicando desde os anos 50 por achar os muriquis especialmente fascinantes”, conta Gustavo.

Muito aconteceu com a chegada da estudante de pós-graduação americana, Karen Strier, em 1979. Ela começou sua pesquisa pioneira sobre os muriquis em 1982, e seus 20 anos de estudo são

hoje um dos clássicos da primatologia.

“Essa riqueza de informações acumuladas, particularmente ao longo dos últimos 25 anos, faz de Caratinga a área melhor estudada do ponto de vista biológico e ecológico de toda a Mata Atlântica, no que tange a diversidade de grupos investigados e a longa duração de um grande número das pesquisas lá realizadas”, enfatiza o professor titular.

Hoje a Sociedade para Preservação do Muriqui é uma associação sem fins lucrativos, de direito privado, com o objetivo de administrar a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Feliciano Miguel Abdala. Esta instituição é formada pelos herdeiros de Feliciano Miguel Abdala e por qualquer membro da sociedade civil que queira participar.

“Nosso objetivo maior é simplesmente cuidar da parte administrativa que envolve a Reserva Particular do Patrimônio Natural Feliciano Miguel Abdala. No futuro, pretendemos atrair investimentos a fim de explorar o ecoturismo, cuja renda será revertida na manutenção da própria RPPN. Pretendemos também ampliar os convênios visando atrair mais pesquisadores em outras áreas”, explica o diretor tesoureiro da reserva, José Luis da Silva.

A reserva possui um convênio de pesquisa na área dos primatas com a Dra. Karen Strier, e atualmente está dirigida por três diretores.

E quem quiser conhecer mais detalhes do projeto, pode acessar o site www.preservemuriqui.org.br.

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KARINAXAVIER Criado em dezembro de 2014, o blog KARINA XAVIER é um espaço onde compartilho com as leitoras tudo sobre o mundo da moda, beleza e tendências. Sou fonoaudióloga atuante na área, noiva, nascida e residente em Caratinga, apaixonada por cavalos e fascinada pelo universo feminino desde sempre. Procuro sempre informar as leitoras, trocar dicas e experiência desse universo. O mundo da moda e afins muda e lança tendências constantemente. E para vocês que desejam saber quais as principais para o ano de 2015, não pode deixar de conferir as dicas a seguir! Separei as principais para vocês:

Rosa Quartz – A cor do ano 2016 O Rosa pastel da próxima estação substitui o marsala de 2015!

No início de setembro, o Instituto Pantone – empresa que dita as regras na indústria da moda quando o assunto é cor – aproveitou para adiantar ao mundo quais serão os tons que irão bombar não só nas passarelas, mas nas vitrines e ruas. Depois da cor marsala, é a 60 conceito

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vez do Rosa Quartz (quartzo rosa), conhecido também como rosa bebê, pink delicado, rosa barbie, rosa cristalino, rosa claro, entre outros. Depois da sequência de cores fortes como o marsala e o verde-esmeralda, a tendência agora é pela cor delicada e super feminina.

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Alguns estilos (22%) apresentaram a cor rosa quartzo nas passarelas da São Paulo Fashion Week deste ano nas coleções de primavera-verão 2016. Além do Rosa, foi possível ver tons pastel e branco. Tudo muito suave! Até o novo Iphone rose golde apresentado na semana passada veio com a versão Rosa Quartzo, a cor do ano. Para vocês terem noção de como a moda influencia em muitas áreas.

São selecionadas 10 cores no total, e o rosa quartzo aparece em primeiro lugar e outras nove cores vêm para preencher a cartela.

Os outros tons são: Peach Echo, Serenity, Snorkel Blue, Limpet Shell, Lilac Gray, Buttercup, Fiesta, Iced Coffee e Green Flash – os três últimos mais fortes, pois permitem combinações inesperadas e interessantes com as lights da cartela. A lista de cores não é só para o mundo da moda. É para design, decoração e afins também.

Confiram algumas inspirações:

Isabelli Fontana na capa da edição de Setembro da Revista Vogue

Uma forma de gastar pouco, seguir a tendência e a “moda” é investir nos acessórios.

Sempre uma boa opção!

Beijos e até a próxima! www.karinaxavier.com.br @blogkarinaxavier https://www.facebook.com/blogkarinaxavier

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Eduardo Fraga Dia D para Arielle e Flávio

Arielle Grossi e Flávio Andrade disseram ‘sim’ no dia 12 de setembro no Espaço Vila Matter. A noiva, belíssima, usou vestido assinado pelo renomado estilista Alexandre Dutra. A festa foi um luxo, desde os convidados até a produção.

Fotos: Roberta Paiva

Os noivos ladeados por suas mães

Os noivos Arielle e Flávio

Entre as avós da noiva, Cici Miranda e Anita Grossi

Dia D para Clara e Gustavo

Os noivos com os pais dele, Maria Helena e Caetano Oliveira

Os noivos Clara e Gustavo

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Clara Gomes e Gustavo Oliveira subiram no altar da charmosa Igreja Nossa Senhora do Carmo, no Bairro Esplanada. O carro que levou a noiva até a igreja foi um lindo e conservado Impala na cor vermelha, ano 1960. A cerimônia foi celebrada pelo padre Vitório Baggi e os convivas foram recepcionados no salão do América Futebol Clube.

Retalhos Book 15 anos

No auge dos seus 15 anos, Bárbara Mageste posou para as lentes da fotógrafa Roberta Paiva para o tradicional book. O balé, paixão de Bárbara, não poderia faltar no ensaio fotográfico, que ficou belíssimo!

Família Maciel Uma das famílias mais tradicionais de Caratinga, a “Família Maciel” promoveu no domingo, 22 de novembro, o encontro de confraternização dos filhos, netos e bisnetos do saudoso casal, Custódia e Dr. José Alemão. Foi durante almoço na charmosa casa de campo do casal Helena e Jason Maciel, no Condomínio Estância das Amendoeiras em Lagoa Santa.

Réveillon 2016 Uma novidade no Réveillon 2016 de Caratinga: o espaço Play Kid’s, do empresário Ednilson Soares, está programando uma mega festa para a virada do ano. O evento será all inclusive, com buffet impecável e bebidas de marca, como cerveja Backer, Whisky Black Label e espumante Salton Rosé.

Durante a noite, haverá monitores por conta das crianças.

Aloha

A apresentadora do programa Divas, Lucrécia Gonçalves, vai comemorar no dia 12 de dezembro, sábado, a chegada dos seus 50 anos. Ela vai reunir os amigos na house de Flávio Pena – próximo ao Condomínio Morada do Lago –, para uma festa com estilo hawaiano.

Menino Maluquinho A Secretaria de Turismo da Prefeitura de Caratinga anuncia a reforma do Menino Maluquinho. A estátua que reverencia o personagem criado pelo ilustre cartunista Ziraldo fica às margens da BR-116 e vai ganhar uma nova roupagem. Maravilha!

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colaborador

E assim se vive Por João Paulo de Oliveira Site: http://apontadordelapis.wordpress.com

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ode parecer que o medo leva ao desespero, mas o principal sintoma do medo é a impotência. Não seguir adiante por causa disso ou daquilo é simplesmente terrível, e isso me faz perguntar se todo brasileiro vive de certa forma com medo. É bem provável que sim.

Quando digo brasileiro num tipo de generalização banal, não me eximo da nacionalidade, como se eu não fizesse parte da nação. Faço parte, acompanho os problemas locais, regionais e nacionais ao máximo que posso, e é exatamente por isso que tenho essa indagação. Será que todo brasileiro vive com medo?

O que me fez iniciar esse texto foi exatamente um momento de medo, que me fez refletir em todos os medos, não só os meus, mas os que acompanham o dia a dia de todas as pessoas. Este medo não é apavorante, é mais como um cão bravo com coleira, guia, mas sem focinheira. Vai depender muito de quem segura o bicho para que ele não ofereça perigo.

Estava conversando com um amigo em um bar, quando pensei em pedir uma porção de isca de peixe, e tive medo que a matéria-prima tivesse saído da Bacia do Rio Doce. Logo desisti do pedido. Depois disso pensei nos outros medos coti-

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dianos que fazem parar e tomar outros caminhos, como a água de um rio desviando dessa pedra e depois de outra e outra até chegar à foz.

Conversamos durante um bom tempo sobre isso, e no fim das contas, da porção de carne de sol com mandioca e de algumas cervejas, concluímos que crescer significa ter medo. Pequenos medos são muito saudáveis, seja para saldar uma dívida ou alcançar excelência no novo emprego. O que parece irracional é aceitar que os abusos e a falta de organização nossa ou de setores da sociedade criem novos medos.

Temos medo de chegar tarde em casa, ser assaltado, ter a casa invadida enquanto trabalha ou viaja, de ter câncer, do plano de saúde não cobrir, de não ter médico no posto, de não ter dinheiro para o seguro, do carro ser roubado, do dinheiro não ser suficiente. Parece estúpido, mas são esses pequenos medos que colocam os cidadãos confinados no mesmo caminho, como gado.

Mas o que me anima é que, seja qual for a adversidade, medo nenhum tira nossa alegria de viver, nosso sol, futebol e carnaval. Nem o medo de beber água ou banhar nas praias de lama tóxica. O cão do medo continua com coleira e guia. Pena sermos nós a usar focinheira.

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colaborador

Como fazer um 3×4 elegante

Por Janaína Depiné E-mail: contato@janainadepine.com.br

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uem detesta fazer foto 3×4? Todo mundo reclama que nunca sai bem nessas fotos, mas hoje eu vou mostrar que é possível mudar isso. O grande problema da foto 3×4 é que você tem que ficar muito ereto e pouco espontâneo. Acabamos saindo com uma expressão tensa, pois é exatamente assim que nos sentimos. Dá para mudar isso: 1) Tenha uma postura correta Coluna reta, blusa arrumada, olhos um pouco abaixo das lentes e rosto um pouco para frente.

Deixe os braços relaxados ao lado do corpo.

2) Sorria de leve Nas fotos de passaporte e visto o sorriso não é permitido, mas na foto 3×4 sim. Então, dê um leve sorriso. Se você colocar a língua atrás dos dentes vai deixar seu rosto mais relaxado.

3) Tente relaxar Na hora da foto você pode usar uma dica bem simples: pense em algo agradável ao seu paladar.

Pode ser um doce, um sorvete ou uma fruta. Imagine-se degustando. O resultado vai ser uma expressão mais leve e relaxada.

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4) Mantenha o cabelo em ordem Nada de cabelo sem lavar. Na hora da foto leve uma escova com você, penteie e não deixe que tampe seu rosto. As mulheres devem evitar coque e rabo de cavalo, pois o rosto pode ficar muito grande na foto. Prefira o cabelo solto.

5) Use um pouco de maquiagem Ainda que sua pele seja perfeita, uma maquiagem vai tirar o brilho e realçar seu ponto forte. As mulheres devem usar sombras opacas e batom bem natural (esqueça os tons escuros).

Já os homens podem usar um pó fácil se tiverem uma pele brilhosa.

6) Adote uma produção discreta Prefira roupas escuras, pois o fundo é branco. Use blusa com mangas e as mulheres jamais devem optar por tomara-que-caia para não parecer que está nua. Escolha ainda acessórios delicados e sem brilho para não chamar a atenção.

Pronto! Com essas dicas você já pode fazer uma foto 3x4 menos constrangedora e muito mais elegante!

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colaborador

O que é que

Itacaré tem?

Por Lauro Moraes E-mail: lauro.jornalismo@gmail.com

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uas estreitas, casas simples, ritmo tranquilo. Típico vilarejo de pescadores. Itacaré é um pedaço de Brasil onde a atratividade se dá pela combinação de sol, praia e natureza abundante. Ao todo, 16 mil hectares que abrigam um rico patrimônio natural. Além de cachoeiras com quedas de até 40 metros, são quinze praias, cercadas pela Mata Atlântica. Algumas, praticamente desertas.

Uma delas é a Praia de Jeribucaçu. Para chegar lá, percorremos nove quilômetros de carro, em estrada de terra, e mais um trecho por trilha, que só pode ser percorrida a pé. A área pertence a uma fazenda particular, mas a entrada é gratuita. E a paisagem faz valer cada um dos uns vinte minutos de caminhada. A natureza selvagem criou um cenário raro em Jeribucaçu: o rio que dá nome ao lugar surge do meio da floresta, formando uma enseada que termina no encontro com as águas do mar.

A fisiografia de Itacaré também é propícia para os esportes de aventura. Subindo às margens do Rio de Contas, chega-se à comunidade de Taboquinhas, onde os moradores especializaram-se em injetar adrenalina no passeio dos turistas. A dose pode vir pela prática do rapel na Cachoeira do Noré, com 18 metros de altura, ou do rafting. As corredeiras, com grau de dificuldade de dois a qua-

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tro, garantem diversão e emoção a aventureiros experientes e também iniciantes.

Quem prefere algo mais perto da cidade, também tem muitos lugares para ir, como a Praia da Tiririca. Com ondas fortes o ano todo, o local sedia competições nacionais e internacionais de surfe. Ainda é possível conhecer um pouco da história da região. Muitos dos antigos casarões em que viveram os coronéis no auge da cultura do cacau foram preservados. A maioria destes lugares cedeu espaço para o mais importante setor da economia de Itacaré na atualidade: o turismo.

Transformados em bares e restaurantes, tornaram-se espaços de convivência e lazer, onde os visitantes se reúnem ao fim do dia para conversar e degustar as delícias da culinária baiana. Para hospedagem, são dezenas de opções, entre pousadas, hotéis e resorts. Do simples e aconchegante ao luxuoso – com direito a spa e banho de ofurô com vista para o mar – as diárias podem variar de 100 a 2 mil reais.

A noite animada é outra característica marcante da vila. O agito começa nos bares da Rua da Pituba e segue madrugada adentro nas cabanas de praia. A festa, muitas vezes, só termina pela manhã. E o nascer do sol convida para mais um dia de belas praias.

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