GSBM em Revista - Edição 76 by Company's Comunicação e Design

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Íntima RENUNCIANDO AOS

MAUS HÁBITOS

Reforma

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ANO 22 - Nº 76 OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2018

VEJA NESTA EDIÇÃO

A 3ª MATÉRIA DA SÉRIE SOBRE OS TRABALHOS FEITOS PELA NOSSA ÁREA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

GFA GSBM GRUPO FRATERNAL DE APOIO TRAZENDO VOCÊ DE VOLTA,

PARA VOCÊ MESMO!

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DIGA NÃO AO PRIMEIRO GOLE! Volte a ser feliz, junto daqueles que lhe querem bem!

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39 Anos de Assistência Espiritual, Evangelização e Assistência Social (1979 - 2018)

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Palavra do Presidente

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4 6 a

Especial do Trimestre G.F.A. Grupo Fraternal de Apoio

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Reforma Íntima Renunciando aos Maus Hábitos

Palestras do Trimestre Livraria Site e Facebook

Este Trimestre no G.S.B.M.

Expediente

Patrocinadores

Palavra do Presidente Necessidade de Mudança Livro dos Espíritos - Cap. XVII – Item 3 O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, de amor e de caridade em sua maior pureza. Interroga a consciência sobre seus próprios atos, pergunta a si mesmo se não violou essa lei; se não fez o mal e se fez todo o bem que podia; se negligenciou voluntariamente uma ocasião de ser útil; se ninguém tem o que reclamar dele; enfim, se fez a outrem tudo o que quereria que se fizesse para com ele. Estamos na reta final de mais um ano cheio de acontecimentos importantes em nossas vidas. Logo, estaremos comemorando o Natal e a virada de mais um ano cheio de mudanças, que podem nos ajudar a ser uma pessoa melhor. Vamos fazer uma reflexão: “Até aqui, consegui atingir meus objetivos? Consegui realizar tudo aquilo que idealizei ao longo do ano?” Não estou falando aqui de conquistas materiais, e não tem nada de errado em melhorar financeiramente, estou me referindo à mudança interior. Nós sofremos pelas atitudes que tomamos, pelas coisas que fazemos para nós e para as pessoas que nos rodeiam. Deus quer que sejamos felizes e plenos em nossas realizações. Não é Deus quem polui os rios ou destrói as florestas, nem é ele quem fica nervoso no trânsito ou não tem uma boa conduta em casa. Vamos nos perguntar novamente, “Consegui atingir meus objetivos? Qual foi a minha mudança interior e perante a sociedade? Me tornei uma pessoa melhor? Mais paciente, mais humana? Consegui perdoar?”. Temos o livre arbítrio, podemos fazer o que queremos e o sofrimento é reflexo das atitudes que tomamos, portanto, é preciso mudança, temos que fazer um upgrade em nossas vidas, precisamos nos atualizar, nos tornar uma versão muito melhor do que somos e não temos muito tempo. É preciso uma mudança imediata, nosso tempo está acabando no planeta Terra, ou melhoramos ou teremos que reencarnar num planeta mais atrasado, os dias estão passando rapidamente e precisamos tornar nossa casa melhor, mais cheia de amor e de compreensão. JESUS nos aguarda e estende suas mãos para que possamos ter uma vida plena de felicidade e realizações. Que tenhamos todos um Natal de muita luz e um Ano Novo de muita paz, saúde e prosperidade!! Helio Sato, Presidente da Diretoria Executiva

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Grupo Fraterna de Apoio

Organização Mundial da Saúde (OMS) define a dependência química como uma doença crônica, progressiva, ou seja, que piora com o passar do tempo, primária, que gera outras doenças e fatal. Porém, apesar de ser considerada doença desde 2001, a maioria das pessoas desconhece esse fato e não sabe que, apesar de ser incurável, tem tratamento e pode ser estacionada. Por isso, nós gostaríamos de apresentar a vocês o Grupo Fraternal de Apoio, um trabalho que consiste em reuniões semanais, aos sábados, pontualmente, as 18h30, na Casa Assistencial. Imaginem vocês, um garoto que cresceu vendo situações extremamente tristes provocadas pelo alcoolismo. Não dentro de sua própria família, mas com amigos e vizinhos. Essas experiências, fizeram com que este garoto, quando adulto, buscasse uma forma de minimizar o sofrimento de pessoas que possuem ou convivem com essa doença. Foi assim que o nosso querido Sr. Moacir, um dos fundadores do GSBM, encontrou um trabalho na Federação Espírita do Estado de São Paulo e, futuramente, no Instituto Fraternal de Laborterapia, onde serviu e aprendeu como acolher, tratar e cuidar desses irmãos que tanto sofrem.

D. Lucy e Sr. Moacir - Fundadores do G.F.A.

E assim, quando surgiu a oportunidade de implantar um trabalho semelhante aqui na nossa Casa, ele não pensou duas vezes e fundou o Grupo Fraternal de Apoio, ou simplesmente, o GFA.

Isso aconteceu há quase 20 anos e desde então, todos os sábados, o Grupo acolhe àqueles que buscam sair da dependência e também àqueles que possuem dependentes em suas famílias, os chamados codependentes. Mas o que é acolher? Acolher é dar apoio com respeito e carinho, sem julgamentos, mostrando um caminho para a recuperação, dando esperança de dias melhores. E é isso que é feito pelos frequentadores do Grupo, sejam eles trabalhadores ou não. Além de acolher, o GFA disponibiliza, gratuitamente, outras “ferramentas” que auxiliam no tratamento da dependência, tais como, acompanhamento psicológico, médico, terapia de florais e o próprio tratamento espiritual. Inclusive, a parte espiritual recebe uma atenção toda especial, pois enquanto as reuniões acontecem no salão na parte inferior da Casa Assistencial, na parte superior, um grupo de trabalhadores se mantém em vibração constante para que tudo ocorra em harmonia e em segurança. Desde o início, sabe-se que foi designado um mentor responsável pelo GFA, Paraguaçu, que, com sua equipe, cuida de cada um dos frequentadores, dando sustentação e fortalecendo-os em suas lutas diárias, pois sabemos ser muito difícil sair da dependência química. Tão difícil que, infelizmente, recaídas são comuns, não importando o tempo que a pessoa estava em abstinência. Porém, como diz um de nossos companheiros, diferentemente do “mundo lá fora”, o GFA é tão maravilhoso, que volta a acolher, até com mais amor, àqueles que recaem, a fim de encorajá-los a retomarem suas batalhas contra os vícios. E isso dá mais segurança e força para perseverar na recuperação. Costuma-se dizer que o mais importante para conseguir a recuperação é a conscientização e a força de vontade, ambas fortemente embasadas no amor. E é por isso que o GFA vem aju-

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dando tantas pessoas ao longo dos anos. Outro companheiro, sempre repete que o nome do grupo é perfeito, pois se apoiam mutuamente com amor fraternal. E isso é sentido desde o momento em que chegamos à reunião, seja pelo sorriso das pessoas, por um cumprimento afetuoso ou até pelo cafezinho, sempre pronto para receber quem chega. Quem vem pela primeira vez é tratado como a pessoa mais importante do Grupo e é sempre convidado a voltar. A disciplina também é percebida logo de cara: na pontualidade, no comportamento das pessoas, na organização. Na explicação de como é o funcionamento das reuniões, quem pode dar depoimentos, quanto tempo deve durar cada um, sobre a confidencialidade de tudo o que é dito e sobre o voto de ingresso. Mas, o que mais chama a atenção, principalmente de pessoas que vieram de outros grupos, é o silêncio que impera enquanto ocorrem os depoimentos. Os participantes ouvem atentamente cada um dos depoentes e são visíveis a compreensão e a solidariedade nos olhares e nas expressões. A cada nome chamado para contar sua história e ao final de cada depoimento, uma salva de palmas incentiva e encoraja, demonstrando o que vai ao coração de cada um. Há algo mais que diferencia o GFA de grupos como o AA (Alcoólicos Anônimos) e o NA (Narcóticos Anônimos), a junção de dependentes e codependentes na mesma sala, na mesma reunião. Isso se dá para que ambos possam conhecer e compreender a realidade um do outro, ajudando no tratamento, ampliando a capacidade de perdoar e perdoar-se. Por causa da seriedade e da disciplina nas reuniões, não é permitida a presença de crianças, tampouco o depoimento de quem está sob efeito de qualquer substância. Para dar seu depoimento, basta escrever no livro de presença, que é

s e õ i n u e r s ! Essa m vidas a salv colocado na porta de entrada, a palavra sim. Porém, o codependente pode falar sempre que for possível, mas o dependente, deve antes, fazer seu VOTO DE INGRESSO. O voto de ingresso é um termo de compromisso, dito em voz alta, ao final de cada reunião pelos novos membros e pelos que recaíram, assumindo a responsabilidade de empenhar todos os esforços para se manter afastado das substâncias das quais ele é dependente. Esse voto é muito importante, pois firma a ligação do dependente com o GFA e com a Espiritualidade (Mentor e sua equipe) que se coloca à disposição para ampará-lo nas dificuldades, ajudando-o a distanciar os irmãozinhos que, infelizmente, mantém seus vícios mesmo depois de desencarnados e necessitam dos encarnados para saciar sua dependência. Mas quem não quiser ou não se sentir pronto, pode – e deve – continuar assistindo às reuniões, sem nenhum problema. Tanto no início como no encerramento de cada reunião, é feita uma prece, a Oração da Serenidade e um minuto de silêncio, para que cada um se ligue com Deus, da forma que entenda. E após o encerramento, todos são convidados para o lanche de confraternização, onde são servidos chá, suco e café, além de algumas guloseimas, trazidas pelos próprios participantes. Ali, há o estreitamento do contato entre todos, dos laços de amizade e fraternidade. A sensação, quando nos despedimos, é que saímos de lá munidos de força e coragem para resistir às tentações e prosseguir nas lutas diárias. Felizmente, existem muitas histórias felizes no grupo, muitos irmãos que conseguiram vencer suas batalhas contra o álcool, outras drogas e até mesmo contra o tabaco. Pessoas que recuperaram sua dignidade, seu lar, suas famílias e hoje têm a oportunidade de ajudar aos que chegam. É impressionante ver a diferença na fisionomia e no olhar depois de se

abster do uso de drogas, é maravilhoso acompanhar as conquistas de cada um: trabalho, estudo, amor-próprio... Acredito que todos deveriam conhecer esse trabalho, mesmo os que não tem o problema consigo ou com alguém próximo, pois só o entendimento sobre a doença, Reuniões do G.F.A., em dias comuns ou com palestras e eventos especiais. o conhecimento, pode nos ajudar a orientar melhor nossos filhos, bebida e da maconha me satisfaziam. sobrinhos, netos, enfim, aos jovens e Não tinha dinheiro para manter meus crianças de nosso convívio. Os provícios, não tinha casa, nem dignidade, blemas por excesso de álcool e droera enxotado de bares por que meu gas os atingem cada vez mais cedo fedor espantava os demais clientes, e existe uma tendência a minimizar mas o orgulho ainda era muito preos riscos do uso dessas substâncias. sente. Tanto que, em determinado Aproveitem também as palestras momento, os mendigos que moravam que acontecem, aproximadamente, a debaixo da marquise disseram que eu cada dois meses, sempre abordando tinha que ajudar a empurrar o carrinho temas relacionados à dependência de ferro-velho para participar com eles química. da droga e a minha resposta foi: - Não Temos diversas histórias incríveis de vou me humilhar empurrando carripessoas que foram salvas por essas nho, porque meus amigos podem me reuniões, mas existe uma que se torver nessa situação. Assim, eles dissenou emblemática ao longo dos anos, ram que eu era ‘carta fora do baralho’. porque demonstra que, por mais crítiPara provar que eu podia ganhar meu ca e triste que seja a situação do depróprio dinheiro, saí para pedir roupas pendente, existe a recuperação: numa casa e me troquei, para pare“Aos 13 anos, foi o primeiro gole. Me cer um pouco mais apresentável. Com apaixonei pela cachaça e, por ser isso, dei início a uma mentira que usei criança, pedia para adultos compravárias vezes, contando para as pesrem a bebida nos bares. Casei-me soas que minha mãe tinha morrido e aos 16 anos, já dependente da beque meu dinheiro não tinha sido subida. Do casamento, vieram 3 filhas. ficiente para pagar o enterro daqueAos 22 anos já não conseguia trabala velhinha, chorava tanto, um choro lhar, porque era um bêbado 24 horas falso, mas que conseguia convencer por dia. A esposa trabalhava em dois qualquer pessoa. Assim consegui um empregos para sustentar a família. E bom dinheiro. Como vi que funcionaeu já roubava as coisas de dentro de va, dei continuidade nessa história e casa para trocar por pinga. Para evitar sempre conseguia dinheiro para o que essa situação, optei por sair de lá e ir queria. Não, não lembrei da minha morar na rua, fui parar debaixo da antiesposa e das minhas filhas, lembrei ga marquise da ‘Feira Livre’ na Cidade dos mendigos que tinham me humiAdemar. Lá, disputava papelão para lhado... fui na ‘boca’ comprei muita dormir e com minha nova família de maconha e cocaína, passei na adega mendigos, conheci a maconha e a coe comprei da melhor pinga que tinha caína. Foi um crescente, bebia muito, e voltei para debaixo da marquise. Lá comecei a fumar maconha para voltar chegando, fui endeusado por quem tia sentir o prazer que a bebida sozinha me desprezado, pois tinha tudo o nha não trazia mais, foi assim também que eles queriam: bebida e drogas à com a cocaína, já que nem a soma da vontade!! E ainda tinha dinheiro para GSBM em Revista | www.gsbm.org.br | Outubro a Dezembro/2018 | 5

comprar mais. Com isso, fui descendo mais alguns degraus para o fundo da fossa... sim, fossa, porque o poço tem água limpa, e no mundo das drogas, só tem sujeira. Mas, Deus é maravilhoso e, mesmo eu tendo zombado dele inúmeras vezes, ele me mostrou um caminho. Minha ex-esposa, foi até embaixo da marquise para me dizer que havia encontrado um trabalho, umas reuniões que combatiam o álcool e as drogas, que se eu quisesse voltar para mim mesmo, não para ela, PARA MIM MESMO, eu deveria ir até essas reuniões. E foi assim que eu cheguei à minha primeira reunião, depois de ter passado três dias tomando banho de mangueira para tirar o ‘cascão’ e o fedor do corpo, usando roupas emprestadas do meu irmão, com tremedeira dos pés à cabeça e sem entender exatamente o que estava fazendo ali... Fui chamado de ‘a pessoa mais importante da reunião’, logo eu, que não era importante nem para mim naquela fase da vida. Ao final, ofereceram o voto de ingresso, mas eu não consegui levantar da cadeira sozinho, pois tremia muito. Fui ajudado por um casal, que se tornou meu padrinho, fiz o voto, mesmo sem entender, só depois que percebi que era para parar de beber e pensei: Me enganaram!!! (risos). Muitos apostaram que eu iria sair dali direto para o bar, até eu mesmo achei que fosse. Mas fui para casa, nos dias que se seguiram, continuei indo a reuniões, acompanhando o casal de padrinhos e me mantive sóbrio. Essa sobriedade já dura quase 23 anos, sem nenhuma recaída. Vi que, além de salvar minha vida, Deus tinha um propósito para mim, minha história iria ajudar outras pessoas a saírem do mundo das drogas! Reconquistei minha dignidade, minha família, minhas filhas me chamam de pai e têm imenso cuidado e consideração comigo. Me casei novamente, tive outra filha e dessa vez, fui pai! Vi minha filhinha dar os primeiros passos, dizer as primeiras palavras, ir para a escola, coisas simples e maravilhosas que tinha perdido. O ‘Paizão lá em cima’ me deu uma nova oportunidade, mudei meu comportamento, meus pensamentos, aprendi a rezar e a confiar Nele. Tenho mil problemas, mas hoje, enfrento todos de cabeça erguida e tenho a oportunidade de cuidar da minha ex-esposa que, infelizmente, está muito doente, mas nunca desistiu de me ajudar e apoiar. Conquistei verdadeiras amizades, carinho e admiração. Só posso agradecer às oportunidades que tive e ainda tenho em minha vida. Estou sóbrio, só por hoje!!”.

Dia de Reunião Especial no G.F.A., quando foi entregue um chaveiro simbólico aos participantes do Grupo. Muitos depoimentos emocionantes e com a presença dos familiares, co-dependentes.

Contribuíram com esta matéria, com seus depoimentos e histórias, Helio e Regina Paixão e Luiz Carlos Pereira da Costa. Texto de Andrea Muniz Trabalhadora do G.S.B.M. Redação G.S.B.M. em Revista

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Todas as fotos expostas nesta matéria, têm o direito de uso concedido formalmente pelos interessados, que são integrantes do G.F.A. As autorizações estão à disposição, para verificação, junto à dirigente do trabalho.

Reforma Íntima

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Renunciando aos maus hábitos

omo citado nesta edição do GSBM em Revista, o Grupo Fraternal de Apoio oferece escuta e orientação às pessoas que sofrem algum tipo de dependência química. As substâncias se tornaram uma forma de fuga da realidade, recorremos ao cigarro, álcool, remédios e às drogas ilícitas para tentar lidar com os problemas. Esse são os vícios químicos, mas existe também a dependência física e a psicológica. Há pessoas que não desgrudam do celular nem para ir ao banheiro, outras que buscam no consumismo e ostentação formas de suprir ansiedade e insatisfação, e outras ainda, que se tornam obcecadas pelo parceiro(a). Existem ainda vícios que nem percebemos a presença, e esses são os mais perigosos, pois podem nos devastar silenciosamente. São os vícios morais, emoções destrutivas como raiva, rancor, inveja, orgulho, egoísmo, vaidade, maledicência, uma lista interminável de sentimentos que alimentamos, muitas vezes sem nos darmos conta que impregna, corrói e influencia nossa relação consigo e com os outros. Hábitos e tendências nocivas e incontroláveis. A intenção aqui não é julgar qual a forma como cada pessoa lida com suas questões internas, mas alertar para o fato de que, atualmente, todos podemos ter algum tipo de apego que vem disfarçado de alívio, poder, controle e liberdade, mas que, na verdade, nos aprisiona. Na Doutrina Espírita falamos muito sobre reforma íntima, que pode até parecer algo banal, por ser muito comentada na Escola de Evangelho, nas palestras e nas orientações da casa. De acordo com o dicionário Houaiss, reformar significa consertar, corrigir, renovar, reparar, aperfeiçoar, regenerar. Gostaria de destacar uma

definição deste mesmo livro: “Renunciar aos maus hábitos”. Os maus hábitos são todas as ações que nos fazem mal ou fazem mal a alguém, e que nem sempre identificamos com algo que afeta ou prejudica. Nesse aspecto, é que a reforma íntima preza o autoconhecimento, a fim de identificar as nossas imperfeições e assim transformá-las em virtudes, a nosso favor e de quem convivemos. Temos a tendência de fugir de nós mesmos, de evitar o contato com o que nos causa dor, de buscar a intimidade com nossa alma. Isso porque é difícil encarar como somos verdadeiramente, pois temos em nós luz e trevas. Mas é importante pensar a qual lado daremos vazão. Só podemos renunciar aos maus hábitos quando percebemos quais são, como são, quando acontecem e por que acontecem. Ao identificar os fatores e mecanismos que nos levam a agir de determinadas formas, podemos sair da culpa e/ou melindre, ser mais compreensivos com nossas falhas e dos demais, renunciar ou interromper padrões destrutivos, encarar problemas como oportunidade de crescimento, se reinventar e olhar as situações por um outro ponto de vista, fazer escolhas mais assertivas compatíveis com nossa essência divina. Não é uma tarefa fácil, mas pode ser mais leve, basta exercitar um olhar generoso para consigo. Se até os anjos “caíram”, por que não queremos cair e nem errar? É assim que acertamos. Peça ajuda, se o fardo estiver pesado. Para finalizar, reformar também significa “dar melhor forma a”. Gostaria de citar a flor de lótus que nasce no lodo e busca a luz na superfície, ela não só sobrevive a esse ambiente hostil e impuro, como encontra elementos para se desenvolver e expressar toda a sua beleza. Ela oferta sua melhor forma à

natureza. Todos nós temos oportunidade de manifestar essa beleza e oferecer ao mundo uma melhor versão de nós, independente da “imundície” em que estivermos imersos. Como a lótus, façamos o movimento de buscar sempre pela luz. Texto de Jacqueline M. da Silva Trabalhadora do G.S.B.M. Redação G.S.B.M. em Revista reformar (sXIV cf. FichIVPM) lat. refōrmo, as, āvi, ātum,āre no sentido de‚ dar a primeira forma a, restabelecer; mudar, reformar, alterar; ver 1form-; f.hist. sXIV rreformar verbo 1 t.d. formar novamente; reconstituir a antiga forma de; reconstruir ‹queria r. o velho casarão histórico› 2 t.d. dar melhor forma a; corrigir, emendar ‹reformou todo o texto do seu primeiro romance› 3 (sXV) t.d. tornar melhor, mais aperfeiçoado; renovar ‹r. o texto da lei› 4 t.d. tornar extinto; suprimir, extirpar ‹r. excessos› 5 t.d. reafirmar a exatidão ou a verdade de algo; confirmar, corroborar, ratificar ‹r. a declaração› 6 t.d. introduzir modificações, transformações em (algo ruim, nocivo, nefasto etc.) ‹o patriarca pretendia r. aqueles maus costumes› 7 t.d. substituir um título de dívida por outro, quando se lhe prorroga o prazo de vencimento ‹r. uma promissória› 8 t.d. introduzir modificação em (sentença judicial) por meio de recurso ‹o Supremo Tribunal reformou a sentença› 9 t.d.bit. e pron. (prep.: em) conceder ou obter a reforma (falando de militar) ‹reformaram o almirante› ‹reformaram-no no posto de major› ‹reformou-se no ano passado› 10 bit. e pron. (prep.: de) guarnecer(-se) do necessário; prover(-se), abastecer(-se) ‹r. de carne o país› ‹reformou-se de víveres› 11 pron. renunciar a maus hábitos; corrigir-se, emendar-se ‹reformou-se e hoje é um exemplo para a família› 12 pron. recobrar as forças ‹o jogador reformou-se após uma cirurgia› homônimos reforma(3ªp.s.), reformas(2ªp.s.)/ reforma(s.f.) e pl.; reformáveis(2ªp.pl.)/ reformáveis(pl.reformável[adj.2g.])

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DATA 01/12 - sábado 06/12 - quinta 07/12 - sexta 08/12 - sábado 13/12 - quinta 14/12 - sexta 15/12 - sábado 20/12 - quinta 21/12 - sexta 22/12 - sábado 27/12 - quinta 28/12 - sexta 29/12 - sábado

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DATA 01/11 - quinta 02/11 - sexta 03/11 - sábado 08/11 - quinta 09/11 - sexta 10/11 - sábado 15/11 - quinta 16/11 - sexta 17/11 - sábado 22/11 - quinta 23/11 - sexta 24/11 - sábado 29/11 - quinta 30/11 - sexta

TEMA

Tema: “Droga e Espiritualidade”

DATA 04/10 - quinta 05/10 - sexta 06/10 - sábado 11/10 - quinta 12/10 - sexta 13/10 - sábado 18/10 - quinta 19/10 - sexta 20/10 - sábado 25/10 - quinta 26/10 - sexta 27/10 - sábado

OUTUBRO

Palestras Especiais

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Quintas às 15h, Sextas às 20h e Sábados às 16h, no Salão Principal. Quintas às 14h15, Sextas às 19h15 e Sábados às 15h15, na Sala de Orientação. Segundas às 14h30 e às 19h30, na Sala de Pais (verificar programação). Atenção: Para atendimento de Orientação, chegar uma hora antes dos horários acima.

Palestras do Trimestre

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EXPEDIENTE ANO 22 - Nº 76 - Periodicidade Trimestral - OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2018. Editado por GSBM Comunicação: Andrea Muniz, Ricardo Leitão Medeiros, Rodrigo Dovighi e Tiago Toledo.

Colaboradores: Andrea Muniz, Flores Roma, Helio Paixão, Hélio Sato, Jair Mattazio, Jacqueline Maria da Silva, Luciana Tumolo, Luiz Carlos Pereira da Costa, Regina dos Santos Paixão, Ricardo

GSBM na Internet

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Leitão Medeiros, Suzete Barros e Teresa Meneghine.

Publicidade/Comercial: Andrea Muniz - (11) 2885-8537 / contato@companys.com.br Redação: contato@companys.com.br Coord. de Artes Gráficas: Company’s Com. Design & Tec. EIRELI-ME - (11) 5621-7070 / 2885-8537 Editor-Chefe: Ricardo Leitão Medeiros Revisão: Andrea Batista Muniz e Ricardo Leitão Medeiros Arte Final/Diagramação/Editoração Eletrônica: Ricardo Leitão Medeiros Impressão Gráfica: A.A.W. Editora e Gráfica EIRELI - (11) 2371-5183 Distribuição Gratuita - Circulação: 2.000 exemplares Os conceitos e opiniões emitidos nos artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores, não expressando a opinião dos dirigentes da entidade e seus colaboradores. Os anúncios publicados são de responsabilidade dos anunciantes.

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