GSBM em Revista - Edição 80

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ANO 23 - Nº 80 OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2019

QUAL A IDADE DO

ESPÍRITO?

SOMOS MAIS OU MENOS IDOSOS DO QUE PENSAMOS? pág.

VEJA NESTA EDIÇÃO

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A 7ª MATÉRIA DA SÉRIE SOBRE OS TRABALHOS FEITOS PELA NOSSA ÁREA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

CUIDANDO DAQUELES QUE JÁ CUIDARAM DE

MUITOS “RESPEITANDO OS IDOSOS, ESTAMOS RESPEITANDO O NOSSO PRÓPRIO FUTURO” pág.

4 GSBM em Revista | www.gsbm.org | Abril a Junho/2019 | 1

40 Anos de Assistência Espiritual, Evangelização e Assistência Social (1979 - 2019)

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Palavra do Presidente

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Especial do Trimestre Cuidando Daqueles que já Cuidaram de Muitos...

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Qual a Idade do Espírito?

Este Trimestre no G.S.B.M.

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Palestras do Trimestre Livraria Site e Facebook Expediente

Patrocinadores

Palavra do Presidente O que devemos doar?

Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza, ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria. (II CORÍNTIOS 9:7) Nossos trabalhos Assistenciais, Espirituais e de Ensino Doutrinário, sobrevivem graças às doações que recebemos de todos aqueles que querem compartilhar com o próximo. É por meio das doações que conseguimos atender aos vários trabalhos de auxílio aos menos favorecidos, aos moradores de rua, aos desempregados, ajudamos a vestir e a alimentar os que não têm um lar, nem amparo social ou governamental.

As peças doadas são vendidas no bazar fixo da Casa, em bazares organizados na Casa Assistencial ou em eventos para que possam ser transformados em alimentos, para completar as cestas básicas distribuídas a famílias carentes, para cuidar da manutenção e funcionamento de todos os trabalhos prestados à comunidade e para manter as nossas Sedes.

A doação verdadeira é aquela ofertada com coração alegre e que pode ser aproveitada por quem vai recebê-la.

Não importa se você doa algo previamente usado, ou algo que esteja encostado em sua casa; o importante é que sejam doações DIGNAS de serem usadas, que possam ser aproveitadas por outras pessoas. O que isso quer dizer? Somos muito agradecidos por todas as contribuições que recebemos, mas de que vale doar roupas rasgadas ou mofadas? Um pé da meia? Um pé de calçado, sem par? Sapatos furados? Aparelhos eletrônicos quebrados?

Brinquedos quebrados? Alimentos vencidos?

Você sabia que 80% das doações acabam destinadas ao lixo ou à reciclagem? Não temos oficina para consertar equipamentos eletrônicos e o custo para consertá-los é mais alto do que o valor que podemos arrecadar com eles.

Se alimentos vencidos não servem para você, também não vai servir para outras pessoas; brinquedos quebrados podem machucar as crianças, é perigoso. Temos que praticar a caridade, mas com responsabilidade.

Fazemos uma seleção e triagem de tudo o que é doado. Somos uma ponte entre o seu gesto de AMOR e aquele que precisa de sua caridade. Aliás, a caridade é o pilar o Espiritismo, Chico Xavier escreveu que ela é o pilar de todas as Virtudes. Portanto, que a nossa virtude seja a de continuar zelando pelo próximo e por nós mesmos com amor e responsabilidade, e acreditar que podemos sempre fazer a diferença onde estivermos, começando pelos nossos lares, nossos trabalhos e pelos lugares por onde passamos. Deus nos deu o poder de transformar. Acredite e pratique a caridade. Siga doando o que tem de melhor dentro de si, siga doando aquilo que não mais tem utilidade para você, mas lembre-se, doe de coração, para que outra pessoa possa aproveitar aquilo que você doou, e não simplesmente para se desfazer de algo que esteja atrapalhando em sua casa.

Nós agradecemos por suas contribuições.

Jair Matazzio, Presidente da Diretoria Executiva

2 | GSBM em Revista | www.gsbm.org.br | Outubro a Dezembro/2019

Campanha de

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Natal dos Idosos

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través da assistência social, o Grupo Socorrista Dr. Bezerra de Menezes presta ajuda mensal a dois lares de idosos: à Casa de Repouso Pousada do Sol e ao Lar Francisco de Assis, em Embu Guaçu, que abrigam, aproximadamente, 80 idosos.

Iniciamos em Setembro, a Campanha de Natal dos Idosos e contamos com a grandiosa ajuda de vocês.

Para montarmos as nossas sacolas de Natal, precisamos dos seguintes itens de higiene pessoal: • Fralda geriátrica (M, G e GG) • Pomada para assadura • Lenço umedecido

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Gregório Chaves

Diretoria de Assistência Social

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a região.

Estaremos sempre de mãos dadas, visando suprir as suas necessidades, através dos nossos trabalhos.

Nossa mais profunda gratidão a todos!!

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Também queremos agradecer aos colaboradores, pela ajuda fraterna que nos proporcionaram, através da “Campanha de Inverno”, onde tivemos condição de repassar as doações aos nossos irmãos necessitados, através dos trabalhos realizados na Assistência Social.

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Cuidando daqueles

esde o início das atividades do Grupo Socorrista Dr. Bezerra de Menezes, houve a preocupação em ajudar locais que abrigam idosos.

A princípio, eram visitas esporádicas, em diversos asilos, mas sem comprometimento com nenhum deles. O primeiro com o qual a Casa instituiu uma ajuda periódica, foi o Alexandre Dahruj, onde contribuía materialmente e com visitas. Porém, felizmente, esse lar recebe muita ajuda e sentiu-se a necessidade de procurar outro asilo mais carente, já que esse era um dos maiores objetivos da Assistência Social. Assim iniciaram visitas aos asilos da região, mas estes também recebem muita ajuda, tanto de doadores como da Prefeitura.

Até que em 2005, o Sr. Elias, um voluntário que trazia 20 pãezinhos todos os dias para ajudar na sopa, muito timidamente, perguntou se tínhamos 10 cobertores para que ele levasse para um asilo em Embu Guaçu, dizendo que eles eram muito carentes e não tinham agasalho.

Também nos convidou para conhecê-los e, diante do relato do sofrimento que esses idosos passavam, resolvemos ir visitar. Mas, por causa da distância, ficamos pensando na logística. Resolvida a situação, chegamos na Pousada do Sol e vimos que tudo foi providencial, pois eles ficavam numa casa muito antiga e simples, carentes de tudo, sem ajuda de, praticamente, ninguém, nem de nenhum órgão governamental. A despeito das dificuldades que eles enfrentavam, os trabalhadores do lar tinham muito amor, cuidado e carinho pelo idosos, nós vimos a limpeza, o capricho... eram os membros de uma única família que cui-

já cuidaram de m

davam deles. Na época, eram de 20 a 25 idosos. Eles estavam sob ameaça de fechamento, não tinham dinheiro, nem comida, a Prefeitura cobrando a documentação que estava atrasada e não tinham como pagar as taxas. A D. Marlene, que era a responsável, estava desesperada e quando a caravana da Casa de Bezerra doou 20 cestas básicas, trouxe um alívio e fez brotar a esperança no coração dessa linda família abençoada e dos nossos irmãos idosos que moravam na Pousada do Sol, fortificando-os para prosseguir na luta. D. Marlene sempre diz que foi o “Bezerra” a salvação da Pousada. A partir daí, mensalmente, passamos a doar 20 cestas básicas, além de roupas, para que pudessem utilizar no bazar mensal que eles fazem lá na Pousada, com a finalidade de arrecadar recursos para suas despesas. Assim, eles começaram a se organizar e conseguiram regularizar a situação.

Ao final de cada ano, próximo ao Natal, e em algumas datas especiais, planejadas pelas voluntárias da Casa Assistencial, fazíamos visitas a esse asilo, levando músicos para animar esses encontros, chegando sempre no horário do lanchinho, com bolos e refrigerantes para participar com eles. No Natal, levávamos panetone, como uma lembrança, além do nosso abraço e carinho, trazendo muita alegria para os idosos e muito mais para os voluntários. Eram momentos simples, mas cheios de amor.

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No início de 2010, ficamos sabendo de outro asilo muito carente, com os mesmos problemas da Pousada do Sol, inclusive prestes a ser fechado também. Estes vieram nos procurar, pedindo ajuda com alimentos. Então, fomos visitar o Lar Francisco de Assis, que realmente era muito simples e faltava comida para montar as refeições dos idosos. Assim, a Casa de Bezerra passou a doar, mensalmente, 10 cestas básicas para esses irmãos também, além de cobertores e roupas para serem vendidas no bazar montado por eles.

Com esses compromissos assumidos com os dois asilos, sentimos a necessidade de montar uma

Entrega dos presentes e cestas, no Pousada do Sol.

que

muitos... equipe, mais fortalecida e organizada, para que fizessem visitas regulares, mensais, para que nos aproximássemos mais desses irmãos, sentindo de perto suas necessidades a fim de levar uma ajuda maior.

Assim surgiu o grupo de visitação aos asilos, que as fazem no último domingo de cada mês.

Porém, eles também enfrentaram um problema logístico, pois não havia carros suficientes para levar as cestas básicas e a equipe, mas conseguiram ajuda de uma van para o Francisco de Assis e só levavam nos carros, as do Pousada do Sol. Depois, o filho da D. Marlene começou a vir retirar as cestas no Bezerra.

A princípio, a equipe visitava os dois asilos no mesmo dia, mas para aproveitar melhor o tempo com os idosos, passaram a revezar, um mês no Pousada e outro no Francisco.

Com o passar do tempo, perceberam que todos os domingos, a família da D. Marlene dava folga aos funcionários do Pousada e eles mesmos faziam o almoço. Então, conversando com eles, o grupo do Bezerra se propôs a fazer o almoço nos dias de visita. A partir daí, os trabalhadores levam rondele já preparado, fazem o molho e a salada, além de uma sobremesa especial para os idosos.

A visita é sempre deliciosa, a equipe chega cumprimentando todos, com beijos e abraços, já vão conversando, ouvindo as histórias...

São sempre recebidos com imensa alegria. Depois vão para a cozinha, preparar o almoço, onde, invariavelmente, encontram a “Bisa”, D. Pêdra, uma moradora da Pousada que tem mais de 80 anos e trabalha para ajudar. Ela é bem pequenininha, não

Entrega dos presentes e cestas, no Pousada do Sol.

tem mais que 1,50m, muito tímida, mas parece uma formiguinha para trabalhar, super prestativa.

A pequenina D. Pêdra, a “Bisa”.

Quando está tudo adiantado na cozinha, a equipe volta para o salão para cantar e conversar com os moradores até que se sirva o almoço.

Algo que chama muito a atenção é a organização. Para se ter uma ideia, cada prato tem uma plaquetinha com o nome do morador, pois eles já sabem a quantidade que cada um come, assim, na hora de servir, coloca-se o suficiente, evi-

tando desperdício de alimentos.

A equipe almoça com o pessoal, aproveitando o momento com eles com muita alegria, amor, consolo e carinho, pois o mais importante é ouvi-los, dar atenção, suprindo um pouco da carência que eles têm de companhia.

A viagem de ida é para colocar o papo em dia, já a de volta é silenciosa, cheia de reflexões sobre o que viram e ouviram e o quanto a Doutrina Espírita nos ajuda a entender as dores e a valorizar os amores que temos conosco. “As dores porque nos auxiliam a sair do lugar e buscar algo para nossa cura, os amores porque nos suportam e apoiam”, segundo uma das voluntárias. Mas eles voltam com o coração leve!

Em meados de 2010, sempre buscando servir melhor a esses irmãos, dentro das nossas possibilidades, a equipe de campanhas decidiu criar uma, especialmente direcionada aos idosos, onde se arrecada produtos de higiene pessoal e material para curativos, pensando sempre na saúde e no bem-estar dos nossos irmãos. Assim, surgiu a terceira campanha oficial do Grupo Socorrista Dr. Bezerra de Menezes: o Natal dos Idosos.

Todos os anos, a campanha começa em meados de setembro, logo depois do encerramento da Campanha do Inverno, e vai até novembro. Eles definem o que será pedido, baseado nas informações colhidas pela equipe de visi-

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Entrega dos presentes e cestas, no Lar Francisco de Assis.

tação, sobre o que é mais necessário para cada asilo. Assim, desde o início, a equipe vai contabilizando as doações e acompanhando o que falta, para dar ênfase a esses itens.

A divulgação da campanha, é feita por cartazes fixados nas duas sedes, pelos avisos antes das palestras, distribuição de panfletos e com ações solidárias entre grupos de amigos.

As doações são recebidas em produtos e também em dinheiro, que é utilizado para compra do que falta em comércios atacadistas. Inclusive, houve uma história muito curiosa que aconteceu no ano passado: Eles estavam comprando fraldas num atacadista quando o gerente da loja soube que era para a campanha do Bezerra. Ele se aproximou e contou que, quando era criança, foi muito ajudado pela nossa área de Assistência Social, que ele e a família tomavam sopa diariamente na Casa, por isso ele fez questão de dar um super desconto na compra dos itens. É a semeadura do bem, colhendo seus frutos!

Além dos itens de higiene e saúde, desde o ano passado, também é montado um kit com gorro, cachecol e meias, que é entregue a cada um dos idosos, como um presente de Natal. No início de dezembro, um grupo se reúne para montar as caixas, que são sempre muito bonitas, enfeitadas. O que foi arrecadado é distribuído de forma igual dentro delas, para cada um dos asilos, nominalmente, ou seja, cada caixa é personalizada. Em 2018, foram montadas 80 caixas com todos os itens da campanha. Esse trabalho também é lindo, feito com muito carinho e alegria e temos certeza de que essa energia positiva chega até eles, porque cada ação é feita com vibrações de luz e amor.

Depois disso, uma ou duas semanas antes do Natal, o grupo de visitação leva essas caixas e entrega aos

Estamos muito felizes com o trabalho que vem sendo realizado, porque acreditamos que respeitar a pessoa idosa é tratar o próprio futuro com respeito. nossos irmãos, p r o p o rcionando momentos de muita alegria, esperança e amor. Sempre acompanhados dos músicos, que fazem do Natal desses queridos, ocasiões especiais, mágicas e memoráveis!

Com esses trabalhos, conseguimos auxiliar quase 80 idosos, nos dois asilos, oferecendo 30 cestas básicas, sendo que até 2014, eram 20 para a Pousada do Sol e 10 para o Lar Francisco de Assis, porém, graças a Deus, a D. Marlene começou a receber mais ajuda, conseguiram uma casa maior e mais cômoda para os idosos, acomodando todos com mais conforto.

Assim, ela, muito fraternalmente, pediu que invertêssemos a quantidade de cestas, doando 10 para ela e 20 para o Francisco de Assis.

Assim continuamos até hoje, realizando nosso objetivo, ajudando dois lares verdadeiramente carentes, tanto com o alimento material, como com amor, carinho, respeito, alegria, esperança e atenção.

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Contribuíram com esta matéria, Elaine Toledo, Ilda Ribeiro, Teresa P. Meneghine e Nancy Galhardo Parreira.

A foto da D. Pedra e as fotos do Lar Francisco de Assis foram autorizadas pela direção das entidades. As fotos da Pousada do Sol não foram autorizadas antes do fechamento da edição, por isso evitamos a identificação das pessoas.

Texto de Andrea Muniz Trabalhadora do G.S.B.M. Redação G.S.B.M. em Revista Entrega dos presentes e cestas, no Lar Francisco de Assis.

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Qual a Idade do Espírito?

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ara a matéria deste trimestre, me passaram uma frase muito interessante como tema, que foi dita pela Diretora de Assistência Social do GSBM: “Respeitando os idosos, estamos respeitando o nosso próprio futuro”. Como sempre, pedi auxílio ao mentor da revista para aprofundar o tema em uma visão mais espiritualista de como a senescência (processo natural de envelhecimento) é algo extraordinário, e recebi a seguinte inspiração: Qual a idade do espírito? Te convido a fazer uma reflexão sobre a diferença e relevância do tempo material e do tempo espiritual.

Sabemos que a expectativa de vida tem aumentado em todo o mundo e, como consequência, o número de idosos. Políticas públicas têm sido criadas, buscando oferecer a essas pessoas, maior acessibilidade. Na teoria, essas estratégias parecem solucionar parte das questões relacionadas ao envelhecimento populacional, mas na prática, ainda é necessária uma sensibilização sobre respeito e valorização desses indivíduos que tanto contribuíram ou contribuem para a nossa sociedade.

Quando não são institucionalizados, muitos idosos sofrem desrespeito de outras formas, por exemplo, quando nos sentamos nos lugares que lhes são reservados, ao questionar a necessidade de filas especiais, ao criticar o porquê de muitos estarem ativos trabalhando (alguns trabalham por necessidade), com piadas ironizando que lugar de idoso é jogando xadrez na praça, em grupos de artesanato ou dentro de casa. Lugar de idoso é onde ele quiser. Às vezes, por saber que isso se trata de uma forma de preconceito, não falamos para evitar exposição, mas pensamos, e isso já basta.

Em alguns momentos, temos atitudes que nem percebemos dentro do nosso lar, como por exemplo, não dispondo da mesma paciência que outrora tanto tiveram conosco,

quando nós mesmos precisávamos de cuidados, de carinho, nem sabíamos discernir o certo do errado, não tínhamos poder de decidir sobre nós e estávamos aprendendo como viver nesse mundo. Agora que os papéis se invertem, em que muitos desenvolvem perda de memória, um quadro demencial ou diminuição da capacidade funcional, quem resgata suas memórias e os ajuda a viver no mundo? Quem os orienta ou guia seus passos? Quem cuida para que não se machuquem? O idoso não é uma criança grande, mas talvez tenhamos que considerar amá-los, protegê-los, preservá-los com o mesmo zelo que tiveram por nós quando ainda éramos crianças. Idoso é fonte de sabedoria e experiência, passaram por várias situações até chegar aqui, ensinam sem falar, com sua resiliência, permitindo o fluxo da vida, recebendo e aceitando as mudanças que chegam.

Então porque, apesar da sua importância, são marginalizados? Porque por mais que tenham feito tanto por nós, deixamos de honrá-los? A grande questão é que tendemos a considerar tudo em nossa vida de forma materialista, como se houvesse um começo, um meio e um fim, um tempo de utilidade, que, em determinado momento, se desgasta e pode ser descartado. Hoje em dia, até os objetos recebem novas destinações. Situações, sentimentos e pensamentos podem ser transformados, ao invés de rejeitados ou eliminados, quanto mais no que se refere ao ser humano.

O idoso não é alguém com prazo de validade que está chegando ao fim de uso, mas alguém que acumulou uma riqueza de valores.

Até agora falamos do respeito as questões físicas e sociais da senescência, mas se somos antes de tudo espírito e não corpos, necessitamos reavaliar as nossas condutas, tendo uma visão mais

alinhada à questão espiritual e não apenas material. O espírito é permanente, ele continua, é eterno, imortal, só troca a veste a cada reencarnação. O corpo físico, que é essa veste, nos permite as experiências para nosso aprimoramento, mas o organismo se desgasta chegando a morte celular. Sendo assim porque ser desrespeitoso com o outro se todos já passamos ou passaremos nessa ou em outras vidas pelo processo de envelhecimento físico?

Outro ponto, é que estamos em sucessivas reencarnações há muito tempo, séculos, talvez milênios, essa não é a primeira e não será a última, sendo assim quem é a alma mais antiga: você, um idoso ou uma criança que acaba de nascer? Quem é o mais experiente, espiritualmente falando? Quem dispõe de mais valores morais? Não é possível saber e tampouco importa, não é o tempo espiritual e nem o número de reencarnações que dita isso. Além de tudo, temos o véu do esquecimento ao nascer de novo para que tenhamos a humildade de aceitar a nossa transitoriedade física. No entanto, partindo desse fato, como podemos desvalorizar as pessoas com mais idade, se nós mesmos, do ponto de vista reencarnacionista, somo espíritos “idosos”?

Aliás, um dos significados da palavra idoso é maturidade. Isso é a mais pura verdade. Se em uma vida no corpo físico já acumulamos uma bagagem de experiência, dons, qualidades que nos fazem melhor a cada dia, imagina no nosso registro espiritual onde nada é apagado. Mas sejamos realistas, apesar da nossa idade espiritual avançada, ainda temos muito a amadurecer em relação à moral, considerando a contagem do tempo espiritual, nesse quesito somos como crianças começando a andar.

A questão é, seja o envelhecimento visível ou invisível, todos nós merecemos todo amor que seja possível. É nossa obrigação despertar nessas gerações que estão vindo a importância da pessoa idosa na sociedade e de cuidar dos idosos de hoje que, um dia, retornarão ao nosso seio familiar como filhos, sobrinhos, netos, para que assim, todos eles possam cuidar de nós, muito em breve, pois seremos os idosos de amanhã, portanto, respeitando os idosos, estamos respeitando o nosso próprio futuro.

Texto de Jacqueline M. da Silva Trabalhadora do G.S.B.M. Redação G.S.B.M. em Revista

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DATA 05/12 - quinta 06/12 - sexta 07/12DATA - sábado 12/12 03/10 - quinta 13/12 04/10 - sexta 14/12 05/10 - sábado 19/12 quinta 10/10 - quinta 20/12 11/10 - sexta 21/12 12/10 - sábado 26/12 17/10 - quinta 27/12 18/10 - sexta 28/12 19/10 - sábado 24/10 - quinta 25/10 - sexta EXPEDIENTE 26/10 - sábado 31/10 - quinta

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ESPIRITISMO - O CONSOLADOR PROMETIDO ANO 23 - Nº 80 - Periodicidade Trimestral - OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2019.

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Horário: 18h30

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DATA 01/11 - sexta 02/11 - sábado 07/11 - quinta 08/11 - sexta 09/11 - sábado 14/11 - quinta 15/11 - sexta 16/11 - sábado 21/11 - quinta 22/11 - sexta 23/11 - sábado 28/11 - quinta 29/11 - sexta 30/11 - sábado

CARIDADE, A VIRTUDE POR EXCELÊNCIA

Tema: “Recomeçar”

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DATA 03/10 - quinta 04/10 - sexta 05/10 - sábado 10/10 - quinta 11/10 - sexta 12/10 - sábado 17/10 - quinta 18/10 - sexta 19/10 - sábado 24/10 - quinta 25/10 - sexta 26/10 - sábado 31/10 - quinta

OUTUBRO TEMA

Palestras Especiais

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Quintas às 15h, Sextas às 20h e Sábados às 16h, no Salão Principal.

Quintas às 14h15, Sextas às 19h15 e Sábados às 15h15, na Sala de Orientação.

Segundas às 14h30 e às 19h30, na Sala de Pais (verificar programação).

Atenção: Para atendimento de Orientação, chegar uma hora antes dos horários acima.

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Fone: (11) 2885-8537

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Publicidade/Comercial: Andrea Muniz - (11) 2885-8537 / comunicacao@gsbm.org.br 09/11 - sábado Redação: 14/11 -comunicacao@gsbm.org.br quinta AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS Coord. de -Artes 15/11 sextaGráficas: Company’s Com. Design & Tec. EIRELI-ME - (11) 5621-7070 / 2885-8537 AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO Editor-Chefe: Ricardo LeitãoEMedeiros 16/11 - sábado Revisão: 21/11Andrea - quintaBatista Muniz e Ricardo Leitão Medeiros Arte22/11 Final/Diagramação/Editoração Leitão Medeiros O Eletrônica: PODER DARicardo AMIZADE - sexta Impressão 23/11 - Gráfica: sábado A.A.W. Editora e Gráfica EIRELI - (11) 2371-5183 Distribuição Gratuita - Circulação: 2.000 exemplares 28/11 - quinta

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DO PAI 29/11 - sexta Os conceitos e opiniões emitidos nos artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores, não 30/11 - sábado expressando a opinião dos dirigentes da entidade e seus colaboradores.

DEZEMBRO dos anunciantes.

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