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BIOTECNOLOGIA PARA AUMENTAR ACESSO A TESTES

T Cnica Pode Ajudar Na Fabrica O Nacional De Kits Para Diagn Stico

Caracterizada pela inflamação do fígado e causada por vírus, a hepatite B é um problema de saúde pública em todo o mundo e, de acordo com o Ministério da Saúde, representa a segunda maior causa de óbitos entre as hepatites virais – entre 2000 e 2019 foram registradas 16.722 mortes relacionadas a esse agravo no Brasil. A doença pode evoluir para uma hepatite crônica, trazendo complicações como cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. Como a maioria dos casos não apresenta sintomas, a hepatite é diagnosticada décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado como cansaço, tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Com o intuito de melhorar a prevenção, o diagnóstico e até mesmo o tratamento, um estudo brasileiro visa desenvolver testes moleculares de simples manipulação e baixo custo.

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A hepatite B é considerada uma doença imunoprevenível tanto por meio de vacina – que é altamente eficaz e disponibilizada gratuitamente pelo governo brasileiro no calendário de vacinação infantil – quanto por outras formas de prevenção, como a adoção do uso de preservativo nas relações sexuais e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal. No entanto, de acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, os casos continuam sendo notificados e, de 1999 a 2020, 254.389 casos de hepatite B foram registrados no Brasil. Desses, a maioria está concentrada na região Sudeste, seguida das regiões Sul, Norte, Nordeste e Centro­Oeste.

Para ampliar o acesso aos testes de detecção e diminuir os custos é necessário aumentar o monitoramento e o tratamento precoce. E é esse o objetivo do estudo ‘Teste imunológico para detecção de antígenos de superfície do vírus da hepatite B: uma estratégia promissora para desenvolvimento de insumo para diagnóstico’, desenvolvido pelo estudante de Medicina Bruno Carrijo Ramos como parte do Programa de Iniciação Científica no Centro Universitário de Brasília (CEUB). O projeto foi desenvolvido em colaboração com o Laboratório de Virologia da Universidade de Brasília (UnB), sob supervisão do professor doutor Bergmann Ribeiro e orientação da professora doutora Anabele de Azevedo Lima.

O estudo propõe analisar a expressão do