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BUSCA POR MARCADORES PARA

Rnas N O Codificadores De Prote Nas Podem Colaborar

PARA A AGRESSIVIDADE DO TUMOR

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Raro antes dos 30 anos, o câncer de pâncreas é mais comum a partir dos 60 anos e tem incidência significativa no sexo masculino, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). De difícil detecção, o diagnóstico tardio e o comportamento agressivo do tumor resultam em alta taxa de mortalidade. Mesmo não tendo incidência tão alta como outros tumores, o câncer de pâncreas é letal e as opções de tratamento são muito limitadas, fomentando o interesse de pesquisas para aumentar a compreensão sobre as bases moleculares da enfermidade. Sem sintomas ou com sintomas difusos, como icterícia e dor, o câncer de pâncreas geralmente é diagnosticado por acaso quando é realizado algum exame de imagem na região abdominal e, muitas vezes, está em fase metastática e incurável. A melhor chance de cura do adenocarcinoma ductal do pâncreas, que representa 80% dos casos, é o diagnóstico precoce, no entanto, não há biomarcadores para fazer a triagem de forma eficiente. Sem o conhecimento de uma molécula que possa ser procurada no sangue, na urina ou na saliva para indicar a presença do tumor, fica ainda mais difícil a detecção precoce.

Em busca desses marcadores, uma equipe multidisciplinar composta por bioquímicos, biólogos moleculares e celulares, bioinformatas e médicos do Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), desenvolveram o estudo ‘Annotation and functional characterization of long noncoding RNAs deregulated in pancreatic adenocarcinoma’, publicada na revista Cellular Oncology. O trabalho visa estudar alterações na expressão dos genes que ocorrem nas células tumorais para entender como o câncer surge e quais os mecanismos alterados nessas células. Compreendendo mais a neoplasia, é possível contribuir com soluções para melhorar o diagnóstico e o tratamento.

A expressão gênica é estudada através do sequenciamento de alta capacidade do RNA das amostras. De acordo com o pesquisador Eduardo M. Reis, professor