@ Santa PublicAção Edição 05

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Ano 3; volume 5; fevereiro de 2012; ISSN: 2176-7823

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Obviamente, não foram somente ações ligadas ao governo que foram responsáveis pela organização de pesquisas e discussões em torno do tema História-meio ambiente no Rio Grande do Sul. Algumas pessoas, de forma individual, fomentaram esses trabalhos. Nomes como Henrique Roessler e José Lutzemberger não podem ser esquecidos quando se trata da questão do meio ambiente no Rio Grande do Sul. Ambos são fomentadores de ideias e mentores da criação de entidades e pesquisas voltadas para a questão ambiental. CONCLUSÃO Mesmo com a realização de diversas ações voltadas para a preservação do ambiente natural, promovidas por entidades governamentais ou não, como também incentivadas por alguns ambientalistas, a situação da natureza no Rio Grande do Sul dispensa ainda muitos cuidados. Diversos problemas ambientais ainda são observados no Rio Grande do Sul, como o destino dado aos resíduos produzidos pelos habitantes e pelas indústrias; a situação do saneamento básico; a arenização do solo, na região da Campanha, onde, no ano de 1989, 3700 hectares já tinham este problema detectado; espécies animais e vegetais que correm o risco de extinção; o uso indiscriminado de produtos que agridem o meio ambiente, assim como o consumo desenfreado que acaba afetando a natureza; as queimadas, feitas até mesmo por agricultores que, sem informação, acabam por promover uma ação que ajuda a provocar o empobrecimento do solo. A História Ambiental tem se dedicado não apenas a relatar dados do passado, que mostram o quão o ambiente foi degradado pelas populações, mas também tem se preocupado em auxiliar na compreensão de que é necessário que todos façam sua parte.

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Pretende-se, portanto, criar a consciência da responsabilidade ambiental através do ensino da história do ambiente e da relação humana com este espaço. Com isso, buscase a promoção de novas atitudes em relação ao ambiente em que vivemos. REFERÊNCIAS DEAN, Warren. A Ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. GERHARDT, Marcos; NODARI, Eunice. Aproximações entre História Ambiental, Ensino de História e Educação Ambiental. In: BARROSO, Véra Lucia Maciel [et al]. Ensino de História: Desafios Contemporâneos. Porto Alegre: EST: EXCLAMAÇÃO: ANPUH/RS, 2010. ____. História Ambiental (1930-1985). In: GOLIN, Tau (Coord.); BOEIRA, Nelson (Coord.). GÉRTZ, René (Dir.). República: da Revolução de 1930 à Ditadura Militar. Passo Fundo: Méritos, 2007. – v.4 – (Coleção História do Rio Grande do Sul). HOBSBAWN, Eric. Sobre História. 2ª ed. São Paulo: Cia das Letras, 1998. LEFF, Enrique. Epistemologia Ambiental. São Paulo: Cortez, 2001. ____. Saber Ambiental: Sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis: Vozes, 2001. MURRA, J. V. Formaciones econômicas y políticas Del mundo andino. Peru: IEP, 1975. SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodológicos da geografia. 2ª Ed. São Paulo: Hucitec, 1991. SANTOJA, M; VARGAS, I. Antiguas Formaciones y modos de producción venezoelanos. Caracas: Monte Ávila, 1974. WORSTER, Donald. Para fazer história ambiental. Estudos Históricos. Rio de Janeiro: CEPEDOC/Fundação Getúlio Vargas, n. 8, p. 199-201, 1991.


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