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2º Série
ENSINO MÉDIO
As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu! Salmo 19.14
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O Grito dos Modernistas
Já disse Andrade: “Quando sinto a impulsão lírica, Escrevo sem pensar tudo o que meu inconsciente me grita.” O que vem dentro de nós, A arte que sai do nosso coração Não tenta se encaixar em padrões, Queremos o moderno, onde nos libertamos.
Há duzentos anos a nossa Independência, O famoso grito ouvido no Ipiranga. Agora queremos que seja ouvido o grito dentro de nós, Queremos o moderno, onde nos libertamos.
As nossas cores, as nossas formas, As nossas cidades, as nossas florestas, A nossa voz, o nosso povo, O nosso Brasil, Queremos o moderno, onde nos libertamos.

E quando falamos de moderno, Falamos do momento em que somos libertos. O antes é onde ainda éramos limitados e restritos, Agora a nossa arte depende apenas de nós, Por isso, queremos o moderno, onde nos libertamos.
Julia Puglielli Ferreira - 2B01
“Artistas não são apenas artistas”
Nessa celebração da arte moderna vim relembrar de alguns nomes que devemos agradecer frequentemente
Por revolucionar a nação trazendo um novo estilo de arte e modernizando tudo com muita eficiência
Muitos conhecem o nome mas não conhecem a história A arte vem muito de dentro e esses tinham uma beleza… que colocavam em tudo a todo momento!

Rompendo padrões antigos e trazendo tendências europeias os artistas revolucionaram tudo criando uma arte 100% brasileira
Tarsila do Amaral e Anita Malfatti foram pintoras e desenhistas… que marcaram a arte; com todos os seus desenhos
Di Cavalcantti e Vicente do Rego pintores excepcionais… pintaram a história da nação marcando qualquer coração
E para fechar, Oswald de Andrade que há muito tempo dizia; “A poesia é a descoberta de coisas que nunca vimos”
A Semana de 22 ficará marcada para sempre e esses nomes também! devemos muito para eles… e para muitos outros, que ainda descobriremos!

Vinícius Silva Alves - 2B01, Lucas Molina Henning - 2B01
Pátria Amada
Brasileiros, enfim brasileiros. Separados e enriquecidos, enaltecemos nossa poesia, Nosso canto, nossos prantos, nossa arte! Livres! Enfim livres. Antes, presos em formatos e padrões hoje, independentes em letras e canções. Escolhemos nossos traços e nossas cores, com verde, amarelo, azul, repassamos nossos valores. Nossa bandeira, nossa pátria e nossa história, nosso, enfim tudo nosso! Apartados do Galo, cacarejamos mais alto, mais claro descrevemos nossa luta, celebremos nossa vitória ensaiamos, erramos e enfim nos apresentamos; conquistamos! Em uma guerra de palavras vencemos a batalha! Armados, preparados e os portugueses? Derrotados!

Isabella Bardella Garcia – 2B01, Ricardo Cabrera Toledo – 2B01
Viva a pura arte!
Chega a penumbra no velho mundo Dorme o belo presídio das fórmulas acadêmicas Acorda a alforria da grande alma Sem coesão, razão e ética Somente a aurora da liberdade Viva a pura arte!

Ana Luísa Jardim Garcia – 2B01
Farto
Estou cansado da poesia barata com rimas sem graça. Cansado da poesia forçada que muitos a minha volta se veem obrigados a recitar.
Estou farto dessa poesia que me força a parar de tempos em tempos e gastar tanto tempo checando se a estrutura está correta. Farto da estrutura, farto da escrita farto das rimas tão farto na verdade que nem rimas meu poema terá.
Mas que tipo de poesia seria essa? Estou aqui, forçado a tentar ser algo que não sou, poético, forçado a trazer ao papel algo que nem sequer compreendo o lirismo que toda poesia deveria ter.
Mal sei o que é lirismo, nem do que se trata, mas sei que dessa poesia forçada bom lirismo não vai sair.
Diogo Nince e Marques – 2B01

inovação
houve um dia que o brasileiro decidiu mudar abriu a sua folia e foi a encantar
se criou a semana da arte moderna com aqueles que queriam se separar os costumes europeus “vamos renovar”

foi-se aos teatros e surgiram os novos astros do movimento inicial da nossa arte oficial
Marina Campos Wegner – 2B01
Olha, Jurema, as flautas de nosso povo Que bem que soam, como estão maravilhosas Olha o Amazonas a sorrir! Olha, não sente Os ventos brincando pelas flores do Ipê Amarelo Vê Rudá que está beijando Incitando nossos beijos ardentes! E de planta e planta inocentes e vagas são as borboletas de quatro cores Naquele arbusto verde-claro que o rodeiam Nas folhas as abelhinhas não param De fazer um zumbido Que alegre floresta que manhã tão bela Mas que pena que logo não restará mais nada para ser apreciado nesta grande floresta.

Artur Lorenzo Garcia Menta – 2B01
Self Service
Restaurante self-service Se a todos “service” comida Talvez “service” para todos “Service” Serve-se. Cada um se serve Cada um paga seu self Não serve para todos Só para quem tem dinheiro Porque esses podem “service” Servir-se.

Eric Tomas Baik – 2B01
Solidariedade na Realidade
Sou ligado pela herança do moderno e do caderno pela impressão, pela razão e pela nação. Sou desligado Aos casais da mídia e da Síria, Ao menino da sinaleira, Ao abstrato, ao mulato e à faxineira. Ao manual, ao intelectual, ao abandonado, Ao predestinado e ao pecado. Construídos à imagem de todos e semelhança de poucos.

Carolina Ilnicki – 2B02
Exílio Prudentino
Minha terrinha quase nada tem Por isso nessa cidade quase nada me convém As aves que lá ouço cantar Aqui para escutar tenho que do meu próprio bolso tirar
Seu céu sem estrelas Suas ruas sem flores Seus bosques sem vida Suas vidas sem amores
Em cismar sozinho à noite Mais prazer encontro lá No meu rincão no interior Longe desse brasileiro impostor

Lá se planta e colhe com cantiga Do branco algodão à loura espiga Pedaço de terra na boca do sertão Que abriga e encerra um vasto coração Qualquer raça que nele aportar O labor e o amor profundo há de encontrar
Não permita Deus que eu morra Sem que eu volte para lá Sem que veja minha brava gente prosperar Brasileiros legítimos que não encontro cá Sem que um dia volte a uníssono cantar “Louvores a Marcondes e a Goulart”

Enzo Lopes Campanholo – 2B02, Eric Darakjian Megherdijian – 2B02
Fuga do Ciclo da Necessidade
Sempre me intriguei com essa terra. Uma terra onde o chuvisco nunca acaba Os pingos da chuva acabavam por sincronizar com as batidas da minha perna nervosa O pincel em minha mão deslizava pela tela de algodão Ficava mais e mais apreensivo, pois faltava minha amada tinta verde e amarela O cheiro do café torrado, de fato, me ajudava a continuar acordado Minhas mãos calosas pareciam ficar mais leves quando segurava o pincel Meus ombros relaxaram por nem me importar em acordar cedo amanhã Quando me dei conta, o galo mecânico já cantava e meu café tinha acabado Troquei meu instrumento do coração por minha maleta de ferramentas Preparei outra xícara de café e parti com o guardachuva para minha prisão diária

Daniele Donatangelo – 2B02, Gabriel Teixeira- 2B02
Semana de 22 celebrando nossa cultura Cem anos de emoção por meio da leitura Talvez fazendo uma pintura Ou com uma partitura? Até na arquitetura! A arte nasce do nada E a arte sempre se perdura

Bruno Duque Pelliccioni - 2B02
Minha terra?
E vendo os vales e os montes E a pátria que Deus nos deu, Não consigo ter em mente: Tudo isto outrora fora meu!
Era meu este Sol que nem sequer posso ver e estes céus envolvidos numa névoa não natural. Antigas florestas que brilhavam verdes no alvorecer São onde vivemos amontoados tal qual num curral

Continuo, porém, na esperança de recuperarmo-la unidos, pois, apesar de que coronhado ser posso, não há lugar em que sou comprazido tal qual no nosso país, o Impávido Colosso!
Enzo Muller – 2B02, Enzo Baeta – 2B02
Pintando como brasileira
A Semana do dia 22 foi um movimento que transformou em uma celebração o que foi um empoderamento e então tornou-se em uma atração.
A grande revolução da linguagem artística baseada no entendimento, quebrando uma política crescendo um desenvolvimento.

Semana levou artistas para a política, a criatividade foi uma explosão, nascendo também a crítica e libertando a expressão.
Tarsila do Amaral foi um grande exemplo criou a arte “Abaporu” que virou um contemplo Foi aí então que o Brasil se encontrou.
O evento trouxe várias performances algumas românticas abrindo as portas para hipóteses levando a arte brasileira em práticas
Mai Nagahama – 2B02, Caroline D’elia – 2B02

Aconteceu no teatro Municipal Algo muito esperado por todos, A maior manifestação artístico-cultural Vista pelo povo.
Na semana de vinte e dois, A arte brasileira foi apresentada ao mundo Rompendo com a arte acadêmica, Num processo de modernização profundo.
Artistas como Brecheret e Di Calvalcante Fizeram uma verdadeira revolução Trazendo algo nunca visto antes Para os olhos da nação.

Anitta Malfatti, precursora do modernismo, “Georgina”, em um descompromisso com a realidade Rompendo assim com o simbolismo Traçando a nova identidade.
A semana de 22 foi muito importante Ao desprender a arte brasileira dos padrões europeus Trazendo artistas com um talento fascinante Sendo da história da arte, o grande apogeu.
Criticada pela elite conservadora, vista como delírio coletivo, É reconhecida hoje de forma inspiradora, Acolhendo todos de modo afetivo.

Nohemi Sacramento – 2B02, Luiza Melo – 2B02
Operários
Dormir tarde Acordar cedo Trabalhar muito Ganhar pouco Cansados Exaustos Explorados Seguir
Desprezados pelo patrão Necessários às máquinas Direitos poucos Obrigações muitas Cansados Exaustos Explorados Seguir

Maria Júlia Rodrigues Leite – 2B02
Perturbadora e gélida; Amedronta qualquer um ao trazer os próprios traumas a tona mais uma vez. Eu já deveria ter me acostumado. Meus pensamentos me dominam, A ansiedade me consome, Faz com que fique inquieta E me impede de dormir. A existência me sufoca.
A mesma rotina de sempre. As mesmas sensações; As mesmas palavras de consolo; Os mesmos fantasmas; A mesma conversa com a lua e com as paredes que me prendem; As mesmas vozes na minha cabeça enfatizando minhas incapacidades; A mesma impotência. Tudo de novo.

É esse o problema! É esse sentimento tão recorrente, Que me paralisa, Me desarma.
Como se estivesse prestes a pular da montanha mais alta sem equipamento,
Ou então,
Enfrentar um tubarão branco olhando no fundo dos meus olhos sem empatia alguma. Afinal a montanha não tem culpa dos meus erros, E o tubarão só consegue pensar no quanto precisa comer. Quando se está vulnerável tudo se torna uma ameaça E não há muito o que fazer a respeito.
O ciclo se repete. Ambos se safam de viver com a estupidez humana que tanto me aflige, Mas acabam sofrendo com as consequências dela. E enquanto me cobro tanto por tão pouco, Nesse curto período de tempo, Perdida nas reflexões E na falta de perspectiva, Vidas que gostariam de ser vividas, Acabam se perdendo.

Elisa Kessar – 2B03
A desconstrução de padrões – Cem Anos da semana de Arte Moderna
Como enxergar beleza quando algo novo parece chocar? A Semana de Arte Moderna chegou para desmistificar, Há cem anos uma nova história para se contar, Somente nas artes conseguimos enxergar um pouco da beleza da humanidade. Se expressando na dança, na música, na pintura, ou na literatura, sendo capaz de transformar uma sociedade Rompendo padrões tradicionais, marcando uma nova época Anita, Oswald, Villa Lobos e tantos outros artistas criticados, Um escândalo generalizado, marco do Modernismo brasileiro. O Teatro Municipal de São Paulo transformado em um grande palco das mais distintas manifestações artísticas culturais de um país inteiro.

Criticada pela sociedade acostumada com seus padrões, Rompendo com o tradicionalismo, a Semana de Arte Moderna chegou para mudar, Passado, presente e futuro, lado a lado para a renovação. Viva a arte em todos os tempos, que nos traga sempre muita emoção!

Yasmin Zupo – 2B03, Maria Eduarda – 2B03
Semana da arte moderna
Valorização da cultura nacional Uma causa bonita mas Um caos pra pôr em prática Muitas pessoas Quadros Poemas Abraços e saudades Saudades de um olhar Em meio a toda essa multidão Saudades das memórias Mas também uma grande força Que nos impulsiona ao futuro E a evolução Mesmo com um simples quadro Era meio medonho mas com uma arquitetura bonita Mas o futuro estava lá e enxergava que o caos ia piorar

Isabella – 2B03, Thales – 2B03
A arte deve ser algo para o artista se expressar. Demonstrar o que está se sentindo. Sob cada pincelada ou cada parágrafo escrito. Não deve ser algo que se aprende com escolas. Elas ensinam sobre o padrão. Nós queremos expressar com nossas próprias feições! Algo que não é de ser arrependido. Nosso modo brasileiro não deve ser escondido!

Helena Golla de Almeida – 2B03
O que nos faz brasileiros
Do outro lado do Atlântico Há uma nação De muitas culturas E muita natureza
Tem palmeira Tem sabiá Têm bosques Com mais vida E mais amores
Tinha madeira Tinha ouro Tinham tribos Mas foram-nos tirados No passado

Mas de certo Nunca houve ordem E nem tanto progresso Contudo, entretanto, todavia De tristeza temos nada Temos é muita alegria!
Nossas danças Nossas tradições Nossas comidas É isso que nos faz A pátria amada, Brasil!

Daniel Bonnura José dos Santos – 2B03
Paleta criativa
Ela pode ser calmaria, Alegria e até mesmo ousadia, A partir disso, começo esta poesia.
Quadros, filmes, livros, entre outros, Na arte tem de tudo um pouco, É possível viajar sem sair do sofá, É possível imaginar o canto do sabiá.
Dias de verão, noites de invenção, Quem diria que justo a imaginação Seria minha maior salvação?
O conceito de beleza é subjetivo, Uma verdadeira tempestade, Misture as cores com um objetivo, Crie um universo de possibilidades.

Há cem anos uma renovação, O evento que chocou a população, Uma nova visão à liberdade de expressão.
Gabriella Cardoso Veigas da Silva – 2B03
Canto de exaltação aos heróis de 22
Minha terra tem artistas Que retratam a nação A arte daqui Não é mais reprimida pela de lá Minha terra tem história E sua própria identidade Minha terra tem mais fauna e flora Minha terra vibra a um só coração Tarsila, Malfatti e Mário de Andrade Exaltação a todos Não permita Deus que nossa memória se esvaia Sem reconhecermos os verdadeiros heróis Não permita Deus que falem em nosso lugar Sem vivenciarem o nosso calor Sem pertencerem a um país tropical E a um povo singularmente brasileiro

Camila Mecchi Morgado – 2B03, Maria Laura da Silva Teixeira – 2B03
A revolta de uma classe
É o fim da tarde, acabou meu expediente. É o fim, é o fim! A queda de um regime imposto, de uma cultura que não é nossa, Poderemos ser livres, ao menos hoje a noite.
O início da era deles, de uma classe, a classe proletária, a chance de fomentar. De um país, de São Paulo, da Avenida, do ônibus das onze e meia, eu também posso criar. Como dizem que não se representa a pátria, se a pátria somos nós? Nós que delatamos, nós que projetamos e idealizamos, nós!

É a revolta de uma classe, que acabem os paradigmas! É uma chance de gerar, quanta esperança.
É a revolta de classe, somos brasileiros, não somos herdeiros. Daquele povo que se sujeita ao espetáculo ao escarcéu da cidade à noite, que vive sem parar, tem chance de obras realizar. É uma revolta de classe, não podem nos parar.
Laura Giullianna Barreto – 2B04
Liberdade de expressão não é tão livre assim
A arte moderna, uma expressão, Palavra com significados e visões divergentes. Engloba também, a liberdade de expressão. Parece não fazer muito sentido. Mas no fundo você descobre o mundo.
Liberdade ou livre-arbítrio? Vontade dentro dos limites que lhe faculta a lei. Escolher em função de sua própria vontade. Duas coisas opostas, mas que juntas Sua definição dão vida a razão do cidadão.
Sentimentos e pensamentos. Tudo expressado através da Arte Moderna. Fico a pensar... Temos liberdade? É uma resposta incerta, com visões distintas. Pessoas que tem o poder de se expressar.

Porém, se expressam de forma improcedente. Não era para acabar deste jeito com o mundo. Ser livre, ou ser exposto? O que está por trás do significado... Liberdade de expressão não é tão livre assim!
Bianca Aguera de Sales – 2B04
Pequeno monstro contagioso
Pobre alma penada Esvaecida, fraca e pequena Que andava pelas ruazinhas ladrilhadas Utilidade alguma tinha, coitada Era independente há uma centena Na política, apenas O obstáculo era artístico
Malfeitores, colonos Ouro nosso, fora roubado Nossa cultura, imposta, católica Sem voz, estes somos nós, “independentes” Tanto para mostrar, tanta coisa simbólica Rumos que por símbolos nacionais deveriam ser marcados O futuro deve mudar, nossa “doença” irá nos curar, nos tornaremos nossos patronos

Criada será nossa arte Olhares se atrairão para nós Nas pinturas de Anita Malfatti Tarsila do Amaral com “Operários” As influências europeias serão rompidas de forma feroz Gostando ou não, nosso país não será dominado por salafrários Independente seremos finalmente O BraZil logo decairá Seremos um povo real, uma nação real O BraSil reinará

Gabriela Giorghe Maqueda – 2B04
Uma semana
Em apenas uma semana Os olhares voltaram Estávamos forçando-os Para ver o além
E esquecemos da arte Que também tínhamos aqui Em uma tela Em um quadro Em um rádio
É fevereiro de 1922 Brasil está aqui Há 100 anos independente Brasil está presente

O outro mundo Comeu nossa alma Mas acabaram esses anos Porque juntos ficamos E juntos gritamos Isso é Brasil
Estamos aqui para ficar Estamos para pintar Para escrever e filmar E vamos mostrar E o mundo todo saberá O que é o BRASIL

Klayton Pavesi – 2B04, Pedro Gattaz – 2B04
Como fazer um filme
Primeiramente, Tenha uma ideia na cabeça. Misture com um pouco de criatividade E nunca deverá se esquecer De contratar alguém que possa atuar.
Segunda etapa, Um set, uma trilha sonora, um figurino Um grande orçamento, um ator famoso ou um escritório, Nada disso é necessário Se estiver vivendo em 1922.

Para terminar, Vá cortando a fita, Corte todos os erros, sendo grandes ou pequenos. Agora junte tudo, embeleze. Essa parte pode ser chamada de edição.
Agora é só achar um lugar, Mostrar a todos essa nova obra E esperar o puro sucesso.
Pedro Soares de Paula Valério – 2B04, Kemuel Áquila – 2B04
Senhor, Tome minha ignorância por boa vontade, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu: A feição deles não é só serem pardos, têm maneira de misturados, de bons rostos e bons narizes. Não andam nus, sem nenhuma cobertura.
A falar dos jovens: Não estimam de cobrir ou de mostrar suas opiniões; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os rostos furados metidos neles pequenas joias de metal, de comprimento duma argola, da grossura dum fio de aço, Alguns têm uma bolinha na ponta, como uma tarracha. Metem-nos pela parte de dentro do nariz; ou em partes como o beiço e as orelhas é feito por estilo, ali encaixado de tal maneira que os deixa mais confiantes, no achar da própria beleza. Os cabelos seus são diversificados. de boa grandura ou raspados.

A falar dos mais experientes: Irão te oferecer de comer: arroz, feijão e carne cozida, Acarajé, feijoada, rapadura e pudim. Sempre querem comer daquilo; e, se alguma coisa provar, logo irá querer mais. Trouxeram-me caldo-de-cana duma feira; mal lhe pus a boca; e já gostei do agrado. Muito já mudou desde o passado, mas essa cultura não terá fim.

Ana Luísa Barbosa Simões – 2B04
O Lirismo de 22
Resiliente és tu: Brasil. Por onde já se viu? Outrora, encarcerado pelo europeu, outrora, um civilizado império mercantil.
Remanescentes da cultura sul-americana, estes, se rebelaram em oposição ao estrangeiro Português. São patriarcas dos costumes nacionais brasilienses, cujo movimento artístico renunciou ao “Marquês”.
Vós sois, portanto, a elocução dos nacionalistas, precursores de anti-academicistas e meticulosos artistas. Símbolos do progresso intelectual brasileiro, tornando-o relevante perante o cenário artístico estrangeiro.
A arte? Se destrinchou sob a metrópole paulista, dirigente do capitalismo, a aurora dos corporativistas. Vós sois a Matriarca da indústria, do café, do modernismo brasileiro em destino a uma nova maré.

Luiz Gustavo Fonzar Maia – 2B04, Gustavo Diógenes Cunha – 2B04
Século de eventos mundiais Episódios que marcaram a história As oito artes se revelam essenciais Representam nossa derrota e vitória Homenageiam pensadores Expressam nossas dores Dança, música, escultura e poesia Divulgam ao mundo um Brasil de sua própria autoria
Durante sete dias de exposições O Theatro abre seus imponentes portões Para um movimento de imenso alarde Ainda celebrado cem anos mais tarde
Manifestações modernistas De autores cariocas e paulistas Relembram a história do povo nativo Através de um comportamento retroativo

Recuperação da luta do brasileiro nato A cultura vítima de assassinato Ao lado de suas tribos manipuladas, Escravizadas, domesticadas, estupradas Pelos colonos do Velho Mundo Que utilizaram como pano de fundo A farsa da Salvação Por meio do ato de catequização.
Num país em que faltou Raiz, cultura e identidade, O povo se encantou Com as paródias de Andrade O povo se emocionou Ao ler as palavras de Bandeira, Ronald de Carvalho, Rego Monteiro E Tácito de Almeida.
Num país em que faltou Raiz, cultura e identidade, O brasileiro se deslumbrou Pelas cores vibrantes de Malfatti A força feminina na arte Ao lado de Tarsila do Amaral Zina Aita e Regina Graz.

Lá se vai!
A grande dinastia artística europeia! Vai para o outro lado do Atlântico E tarde seu retorno! Mas faze serena viagem de ida Para não jogares ao mar As lembranças de Tarsila Assim como fizeste há anos Com os cadáveres africanos Para que jamais esqueças A ironia do brasileiro moderno Que recupera sua identidade Assim como o fez na Semana de 22

Amanda dos Santos Miron – 2B04, Nicolas Guilherme – 2B04
1922
Em fevereiro de 1922 o Brasil vislumbrou o futuro O gigante constantemente adormecido Revelou que possuía em seu seio Alguns gigantes acordados.
No árduo trabalho de despertar Fomos chacoalhados por Mário de Andrade Que nos batizou com a preguiça de Macunaíma E ergueu um doloroso espelho frente ao povo brasileiro.
No árduo trabalho de despertar Fomos acalentados por Villa Lobos Que como arqueólogo das notas Resgatou nossas melodias mais sagradas.

No árduo trabalho de despertar Fomos balançados por Tarsilas, Oswalds Brecherets, Malfattis e toda uma tribo de gigantes Que gritavam por nossa linguagem, Por nossa expressão, Por nossa brasilidade.
Mas nesse árduo trabalho de despertar, Percebemos que o gigante ainda dormia. E não pôde enxergar seus filhos.
Villa Lobos foi vaiado. Malfatti escandalizada e criticada. Relinchos, latidos e gozações recebem Picchia. Carvalho tem sua leitura de poemas interrompida. A mídia condenou os artistas. O brasileiro não estava pronto para a brasilidade.

No árduo trabalho de despertar, Continuamos adormecidos. E então… Em fevereiro de 1922 o Brasil vislumbrou o passado.
Hannah Assayag – 2B04, Bruna Ferreira – 2B04
Belos Momentos
Céu azul, nuvens brincalhonas Por meio delas consigo ver casas e pessoas Sem humilhações ou ressentimentos Aproveitando a vida como belos momentos Vejo também um cachorro, um gato E me traz tristeza a sensação do sapato
Quem me dera o prazer de flutuar Sobre meus problemas assim desvincular Mas sei que isso não é realidade E tenho ciência que estou presa na ambiguidade Sinto as raízes da grama me segurando E nesse eterno palácio é onde fico, delirando

Giovanna Guedes Roscone – 2B05
Questionamentos do jovem chico
Vamo acordá, vamo acordá Porque o sol não espera O tempo não cansa A vida não pode seguir sem esperança No bonde lotado e atrasado para o trabalho, ainda me questiono se vale a pena ter [perseverança
Com o prego e o martelo na mão Os homens trabalham na fábrica em construção Uma família que perdeu sua casa, olhava de longe dizendo “apreciar a demolição” Um povo desabrigado e sr Epitáfio formando um país segregado, ainda me questiono quem [está com a razão

Para os trabalhadores, resta a lástima Já se foi mais um dia lutando por uma vida legítima Mas afinal, a sociedade deve ser apenas uma vítima Na tentativa de viver dessa vez como se fosse a última
Rachel Borin – 2B05
O Grito Em 1922
A princípio a cultura era baseada em moldes europeus Quando esses aspectos quebrados? Em setembro de 1822 houve o grito Após cem anos... A nação passava modificações sociais, políticas e econômicas Em fevereiro de 1922 houve a independência Por meio de pinturas, músicas e dança Com um só objetivo Romper os parâmetros que vigoravam nas artes em geral Mudando a vida de uma imensa multidão

Ana Beatriz de Azevedo – 2B05, Sofia Oliveira – 2B05
“Paz no futuro e glória no passado”?
1500: chegaram por acidente Em uma terra onde já havia muita gente Dela logo se fizeram donos E daqui tiraram o sustento de seus tronos Alegam terem esta terra descoberto Quando, na verdade, um extenso passado por aqui era certo.
Mortes, impostos, exploração, Saques, açúcar, escravidão Assim foram os próximos 300 anos Que formaram a identidade desta terra que amamos Política, história, geografia Chegou a hora de acabar com a tirania.

1822: “Independência ou morte!” Gritou Dom Pedro às margens do Rio Ipiranga Chegou a hora dos brasileiros arregaçarem as mangas Construir um país não é fácil Ainda mais um com passado nada dócil Por que foi neles que nos inspiramos depois de tanto tempo Se trouxeram mortes, corrupção, desigualdade, escravidão… Coisas que eu lamento?
Seguir nosso caminho tentamos Dia a dia buscando entender quem somos Se inspirar ou não naqueles que tanto nos exploraram Mas que economicamente triunfaram? Agora somos República! Adeus, Monarquia! Leve consigo tudo o que este povo passou e não merecia!
Com a República veio a esperança Tínhamos certeza de que com ela viria a mudança O país começou a, lentamente, se desenvolver Mas ainda havia muita coisa a se resolver… Nossa sociedade? No mesmo modo dos tempos de colônia Para alguns isso já era motivo de insônia…

1922: basta! Decidimos tirar nossos projetos da pasta! Semana de Arte Moderna foi o nome de nossa revolução, Onde apresentamos poemas, músicas, arte de alto padrão. Romper com a Europa era nosso objetivo Se tornar BRASIL! Será que ele foi cumprido?
Protestamos sem formalismo, academicismo ou tradicionalismo
Fizemos críticas ao parnasianismo Influenciados pelo futurismo, cubismo, dadaísmo, surrealismo e expressionismo. Valorizamos a identidade e a cultura brasileira Mostramos que o que se faz aqui não é besteira
Brasil é diversidade Prova disso são os sobrenomes que tomaram São Paulo, nossa linda cidade: Andrade, Aranha, Brecheret, Há ainda alguns para ver: Salgado, Malfatti, Del Picchia, Carvalho Ainda não terminamos nosso trabalho: Almeida, Milliet, Villa-Lobos, Cavalcanti Brasil, ó pátria amada, avante! Novaes, Aita, estes também lá estavam Felizes pois naquele momento triunfavam

2022: 200 anos de Brasil se passaram 100 anos após a revolução já caminharam Como estamos hoje? Algo mudou? O povo fala por si ou algo depois daquilo os calou? O Brasil de hoje é BRASIL para você? Pergunta esta que acho difícil responder… É esse o Brasil que você quer para o futuro? Não? Nos ajude, então, a tirá-lo do escuro.
Fernando Bianchi dos Santos – 2B05
Isso é Arte
Por muitos anos a arte sempre foi como uma ditadura “Faz isso...” “Faz aquilo...”. Onde já se viu chamar de Arte, algo que as pessoas apenas copiam uma das outras?
E como se já não fosse o suficiente Ainda tem aquele tipo de pessoa que julga os outros, Ditando a forma certa de fazer Arte. Arte deve ser apreciada, criada, algo livre para todos, o artista não é nada sem dom, mas o dom não é nada sem trabalho.
João Henrique Leme Soares – 2B05, Matheus Lessa – 2B05

O modernismo no Brasil surge no século XX Em um contexto de grandes transformações e inovações, por conseguinte Com poemas e pinturas, o Nacional virou benefício E a esse novo movimento artístico, então, se deu início
Tarsila do Amaral, com seu traço único, pintava e o movimento antropofágico ela liderava Retratou a flora e a população, sinônimos de diversidade Embora sua destruição seja causada pela indústria e sua perversidade
Escritor e dramaturgo foi Oswald de Andrade Contribuiu com sua escrita irônica e seu modelo de coloquialidade Poesia e prosa ele escreveu E a distinção com os modelos europeus estabeleceu
A semana da arte moderna então ocorrera E a apresentação de trabalhos modernistas acontecera Apesar de muito criticados pelos conservadores Foram lutar sem mencionar suas dores Mostraram então a intenção de fazer da arte Um espaço para pensarmos sobre nossa cultura e identidade
Henrique Pereira Martins – 2B05, Laura Nogueira Vick – 2B05

Pátria Amada Brasil
Eles chegaram em 1500 Invadiram nossas terras nos trazendo tormentos Levaram nossa cultura, idioma, e os costumes também Jogaram tudo fora, nos trataram com desdém Nos deram espelhos em troca de nossa maior riqueza Se isso é tão justo, por que sinto essa tristeza?
Idolatramos um povo xenofóbico e racista Nos inspiramos na história de uma nação fascista A Europa não deveria ser nossa inspiração E muito menos nossa maneira de civilização Nossa fauna e flora, rica e diversificada Deveria ser o nosso orgulho, sempre idolatrada

Estamos aqui por meio dessas apresentações Na esperança de escutarem nossas opiniões Nosso amado país tem muito a oferecer E não é tarde demais para isso perceber O modernismo veio para finalmente mostrar O quão linda é a cultura deste nosso querido lar
Maria Antonia Cury Segalla - 2B05
1 Só estou, aqui nesse lugar de manhã bem cedo Não há nada nas portas sinalizando o que seria esse lugar simples, mau cheiroso e meio [bagunçado… Pergunto-me por qual razão me encontraria aqui É então que lembro que esse pequeno espaço chamo de lar agora E me recordo que o estado de minha casa é devido à minha rotina
Mal consigo me manter acordado, afinal meus estudos estão me matando e é então que [decidi pegar algo que me traz calma e paz Minha linda xícara de café! Seu amargo sabor e seu doce aroma me deixam mais feliz e me ajuda com minha [sonolência Para realmente começar meu dia descido então pegar um pedaço de pão seco, da semana [passada, já que não tive tempo de comprar durante esses dias Então o sabor desse secor me trazem à memória uma pequena época a qual posso chamar [de felicidade

Nesses flashbacks encontro-me numa casa mais simples localizada no litoral norte de São [Paulo Nesse lugar me recordo de minha grande família e dos tempos alegres que passamos lá Me lembro em especial das pescarias com meu querido bisavô e dos lanches que [levávamos para lá, principalmente o famoso pão com “opa” Que era nada mais do que pão seco.
Lembro dos passeios à barco e das grandes refeições que fazíamos naquele tempo As cantorias que tínhamos lá também me marcaram muito, principalmente ao lembrar de [meu querido avô
2 Olho para ao relógio e percebo que não tenho tempo de ficar nessa nostalgia, afinal logo a [aula começa e tenho que correr O sol já está nascendo e moro longe, preciso correr e correr muito Tudo ainda silencioso e poucas pessoas na calçada As sombras começam a se tornar objetos e a escuridão começa a sumir
Apesar de toda essa correria tenho ainda um consolo Esses tempos de alegria ao qual me refiro logo chegarão de novo, então preciso me [entregar ainda mais nessa reta final Bastam apenas alguns meses e pronto! Estarei com a minha maior alegria e divertimento [desse mundo!
Família, ó família logo nós retornaremos a nos ver.
Gustavo Canelhas – 2B06

Por trás da imaginação
Para muitos a arte não passa de quadros e esculturas expostas em um museu qualquer, Que exige sempre um conhecimento refinado para conseguir ser compreendida Porém, ao contrário disso a arte é qualquer forma de expressão que você quiser Que muitas vezes não é bem interpretada ou passa simplesmente despercebida
Mas, para essa escritora, a arte consiste em fazer os outros sentirem o que nós sentimos, Ela é via de acesso para criatividade, e pode pessoas e futuros transformar Através de versos e tintas nos dá poder de expressar o que em voz alta nunca admitimos E com cada traço do pensamento, cultiva flores que no futuro irão desabrochar

O medo e a vergonha da arte atualmente já viraram coisa do passado Aqui, na cidade que nunca dorme, você encontra de tudo um pouco em qualquer lugar A expressão na pintura, na música ou em um verso que no metrô é livremente declamado Mas, ela também pode sua carta de liberdade ou a força que a sua caneta te dá para lutar
Júlia Rabello Maia Vieira – 2B06
Sintomas de Europa
Português que, no Brasil, era príncipe antes Agora para o sucesso é principiante Não somos meros serviçais da mina de prata Nossa pátria não é uma mera barata Não fomos inspiração para Kafka O serviço escravocrata mais duradouro foi por aqui Escravizando desde os africanos até Tupi Pergunte para o Colombo O que resta aqui é só entulho Mesmo assim uma esperança vislumbro E, do meu país eu ainda me orgulho

Victor Hugo Silva Maffei – 2B06
O Peculiar aos Meus Olhos
1 Em meio à imensidade do horizonte repleto de azuis salgados Avista-se nosso sinal de esperança Com seu bico alaranjado e suas penas coloridamente angelicais, A ave sobrevoava o navio e guiava-nos ao nosso maior tesouro Até o mais cético dos homens ficaria boquiaberto ao presenciar tal milagre: O pássaro dançava por entre a chuva torrencial que acreditávamos cair sobre as Índias Mas, a qual, poucos instantes depois, descobrimos pertencer a uma terra virgem, intocada

Tesouros escondidos prontos para serem localizados em meio à areia Novas espécies de seres vivos dispostos a compor uma nova história Descendo à terra-firme, além de diversos aspectos, avistamos um povo engraçado e de semblante curioso Do mesmo modo como vieram ao Mundo, envergonhando a todos nós, aproximaram-se lentamente para acabar com a inquietação que surgia em suas mentes Os esquisitos intrigados com os incomuns De repente, senti em meu âmago uma despertadora faísca, alertando-me de que este era apenas o começo de um valioso futuro
Com falácias e acordos unilaterais, construímos uma poderosa nação O peculiar, que acreditávamos estar distante, trouxenos o desejo mais profundo de qualquer um: o sucesso Foram-se modernizados os palácios e as conquistas eram gradativamente frequentes Com o dinheiro infinito e trabalhadores diários, avançávamos cada dia mais Futuramente, como se as riquezas já não fossem mais que o suficiente, descobriu-se ouro Uma nova ponte para conquistas, um atalho para o desenvolvimento português Quem diria que cada gota de suor derramada seria um fruto de novas descobertas?
Quando me diziam “colhe-se o que é semeado”, eu não o acreditava Até que essa divindade nos aconteceu O esforço e dedicação de nossos antepassados renderam-nos este belo e maravilhado país que floresceu Por entre nosso sangue flui o orgulho de ter nascido português Que por entre tanta dedicação e caos, se sucedeu em um paraíso, um primeiro Mundo dentre muitos mais Com tudo relatado, chego à uma conclusão: Qualquer ação e sacrifício pode ser justificado quando se batalha pelo poder

O que é o que não é arte ??
A arte não é prédio, mas tem fundamentos Arte não é prédio Mas em seu interior existem colunas inabaláveis Arte não é prédio Porém dela entram pessoas e saem pessoas Arte não é prédio Mas é renovada constantemente Arte não é prédio Mas em suas janelas enxergo o que há do lado de fora e o que é por dentro Arte não é prédio Mas em suas linhas, se contam histórias Arte não é prédio Mas é colorida Arte não é prédio Mas pode ser destruída Arte não é prédio Mas possui seus altos e baixos Arte não é prédio Mas pode causar boas impressões Arte não é prédio

Mas se tratar de anos, vira monumento Arte não é prédio Mas pode ser abstrata Arte não prédio Arte é arte E não presa em uma sala Arte é arte Livre E não num vidro Que nos separa Arte é arte Que a nos iguala Arte é arte E está em toda a parte.

Rebeca Ribeiro Lamana Silva – 2B06
Estafamento
De pé, meio à aglomeração em São Paulo No trem chegando à estação Grajaú De supetão abri meus olhos despertando. Fiquei atenta, agora bem assente Com aqueles envolta olhando pra mim.
Não vê que quase adormeci e no banco, meu Deus! Logo em frente a mim Um homem retraído e encapuzado com já cerrados os olhos, Depois da pressa do povo entrando todo empilhado, Faz pouco se sentou, está dormindo.

Esse homem está cansado que nem eu.
Giovanna Azevedo – 2B06
Parti, embarcação, parti, navegai sem vos deter, ide-vos minhas maldades a outro país corroer.
Em o mar do meu discernimento em que compreender me vejo já que independente me desejo, navegue o meu tormento: meus exploradores, tornai vento, para que nos deixai desenvolver o que esta nação merece ser, e diga minha pátria assi: Parti, embarcação, parti, navegai sem vos deter.

Ide para longe, minha dor, para maior distância, não haverá mais intolerância, nem demasiado rigor: antes, tão grande vigor que destruirá todo luso-poder, depois que nos fizeram padecer em tantas adversidades, Ide-vos minhas maldades a outro país corroer.
Nicole Cristina Maia Bastos – 2B06
Café
As pessoas abrem as janelas dos olhos e acordam. Toda sonolência é posta em surdina, Todo o corpo se anima.
Há diversos departamentos de emergência Na cafeteria da esquina.
Os homens ficam atentos devido à estimulação hormonal e o batimento já não está normal.
Cada copo é o modelo de um desfibrilador. Cada gole em ensaio de choque.
No leito da parada tudo acelera provisoriamente.
Rafael Takase – 2B06

Um movimento moderno
Semana da Arte Moderna, Onde temos uma conexão interna, Na qual a cultura governa, E todos os problemas se hibernam.
Temos liberdade de expressão, Pinturas de grande variação, Representação do cidadão, Te garanto que todo o conhecimento, Não será em vão.
Encontramos várias formas de se expressar, Pintar e cantar, O que não falta é explorar, Já que o futuro isso vai virar.
A identidade brasileira, Deve ser cultivada, Amada e respeitada, A Semana é a mais inusitada.

Lidamos com linguagem vulgar, E mesmo sem falar, As artes não irão se calar, Estão em outro patamar, E devem comemorar.
Venha conhecer, E com o seu tempo se entreter, Para assim saber, Sua história e seu ver.

Lívia Falsetti – 2B07 , Luísa Komatsu – 2B07
Expresso
Acordo de manhã, Com o som artificial. Levanto-me, com pressa No frio de 10 graus. Pego meu expresso, Soltando vapor, Tomo-o correndo. E ouço o barulho O trem já está para partir...

Sarah Lima Anunciação – 2B07
A Semana de Arte Moderna
Ela começou como uma a sede de mudanças Com uma necessidade de representar nossa cultura Oswaldo de Andrade apaixonado pela arte, iniciou esse sonho Anita Malfatti com seu modernismo a revolucionou Mario de Andrade com sua poesia representou a grande metrópole Di Cavalcanti com suas linhas retas e formas geométricas quebrou os padrões
Esses artistas nos fazem pensar sobre o que é arte Sobre Onde estaria a arte Talvez ela esteja em nosso sentimento Talvez em cores, representando nossa história Um movimento que buscava liberdade, Que começou como um sonho E remodelou nossa sociedade.
Caroline de Melo Siqueira – 2B07, Julia Gonçalves Soares – 2B07

Tradição
a desculpa mais solene para a falta de criatividade para legitimar a imitação de gerações passadas
se fôssemos por sempre seguir tal tradição sem nem questionar seria impossível evoluir precisamos nos levantar fazer nossa voz escutar nossa arte devemos exaltar o cotidiano demonstrar a realidade representar

A poesia é para expressar as emoções evasão de pessoas e pensamentos ela tem o papel de libertação não comedimento como dita a tradição
Como há de acabar uma tradição? acabando simples assim se tornando obsoleto se tornando ultrapassado simplesmente terminando no buraco preto do esquecimento destinado ao fracassado para possibilitar à modernidade transcender enfim

Carolina Sun Ramos Nantes de Castilho – 2B07
Arte, tinta e poesia revolucionárias
Arte. Grandes nomes apareceram Que lutaram para que pudéssemos vencer Di Cavalcante, Mário, Oswald e Anita Mostraram sua arte Com sua vida
Semana da arte moderna 100 anos podemos dizer Da luta que conquistamos Para que nossa arte pudesse ser. Reconhecida em todos os cantos “A arte Brasileira”, Que finamente pôde ascender.

Vanguarda europeia já ficou para trás Com sua regra de cópia Que não seguiremos nunca mais. Serviu de inspiração Para o passado da nação Porém depois da semana A semana de 22 Nunca mais disseram Que nós ficaríamos para depois.
Poesia na cabeça e pinceis na mão Fizeram história E hoje nos lembrarão Do que a arte é capaz Para os próximos que virão
Grande semana da arte moderna Que fique na memória Do bom brasileiro Capaz de mostrar para o mundo O que a arte representa Através de quadros, papeis e letras A nossa presença.
Renovação nas telas No palco e na tinta Dançaram com letras escreveram com melodia e cantaram com papéis a marca registrada do brasileiro artista.

E estamos aqui 100 anos depois Com orgulho E arte nas mãos Mostrando para o mundo A nossa posição Dali nasceram flores As flores que criamos Das telas e pinturas Do enredo que amamos
Não iremos parar De falar sobre a semana Semana que mudou o rumo De todo o mundo Que através de poucos dias Pode mudar O sentido que a arte tinha Do poder de transbordar Identidade e inteligência De poucos que se arriscaram E realmente mudaram E fizeram a diferença.

Arte. Aquilo que já foi dito Milhares e milhares de vezes E que deixou explícito Na semana de arte moderna O rumo que foi escrito.

Vittoria Scolari Ferrari – 2B07
1922
O ano em que tudo começou Artistas se reúnem Para fazer O que ninguém tinha feito
Europeu pra lá Europeu pra cá Basta. Por que vocês são melhores? Por que vocês são melhores?
Romantizados Escolhidos por Deus Para ser o povo que domina Encheu o saco, já deu.
É uma honra para nós Trazer outra perspectiva Essa sobre a nossa arte, Nossa vida
A arte é a expressão Do pensamento humano Os humanos são diferentes As artes são diferentes

O brasileiro é diferente Diferente do europeu Isso parece Que muita gente aqui já esqueceu
Nossa arte retrata o Brasil O índio, o cangaceiro Os trabalhadores do campo e da fábrica E mais uma parte do povo inteiro.
Seremos criticados Seremos criticados Porque somos incomuns Os inovadores, Quebram padrões Nós todos somos um

Um novo estilo Uma nova arte Mas acima de tudo Uma nova forma de encarar o Brasil.
Júlia Prado Veras – 2B07
Os brasileiros
Mano, Abestado, Guri, Cara, Irmão, Macho, Curumin, Zé ruela.
Oxente, quem são eles? Bah tchê, também quero saber. Nu! Agora fiquei curioso. Vai pai-d’égua! Conta logo patife!
Simplesmente O brasileiro.
Luca Callegari – 2B08

Belezas da arte de 22
A Independência fazia 100 naquele dia e de pouco em pouco a arte se transformava cada vez mais; o Brasil se modernizava
Tudo vinha da Europa tendência e costumes; chegavam a toda hora E assim foi acontecendo marcando a história…
Muitos artistas; foram se mostrando e a história da nação, foi se modificando Tarsila do Amaral e Anita Malfatti… foram alguns nomes;

Marcaram a nação e fizeram a sua história! A semana de 22 ficará guardada para sempre por isso vim aqui lembrar e agradecer aos artistas que proporcionam uma arte bonita de se ver!
Samuel Pilavjian – 2B08, Davi Daparé – 2B08
“nós queremos independência!” gritavam, mandaram. as margens do Ipiranga, essa tal de independência conseguiram.
Pedro de Alcântara, em todo seu brio, “Independência ou morte” uma promessa que não passava de vazio.
impressionismo, sério, clássico. Da Vinci, Monet, Van Gogh. O grito, Monalisa, Girassóis. isso não é Brasil.

“nós queremos arte brasileira!” brigavam, queriam. em de fevereiro de 1922, uma semana de arte moderna ganharam.
antiacademicismo, humor, liberdade. Tarsila, Cavalcanti, Romero Britto. Ciganos, Operários, Criança Morta. isso é Brasil.
Heloisa Alonso – 2B08 Giullia Manzo – 2B08
Semana da Arte Moderna: identidade e cultura
Em 1922 no luxuoso Teatro Municipal, A cidade de São Paulo apresentou um festival. Símbolo de industrialização e urbanização, agora palco para uma manifestação, Romper com o Parnasianismo, descartando a ideia de formalismo, era a intenção.
A ousadia em inovar sofreu oposição, Os artistas conservadores da formalidade não abriam mão. A nova realidade traria mais liberdade, Para os artistas se expressarem, firmando a nossa identidade.
Os artistas queriam promover uma reflexão quanto a identidade nacional, Fazendo uso de uma linguagem coloquial. Anita Malfatti pioneira progressista, Foi a principal representante do movimento modernista.
Os burgueses paulistanos audaciosos se mostraram, Afrontando a sociedade na comemoração do centenário.

Rayssa Rodrigues dos Passos e Silva – 2B08
A moderna artista brasileira
Tarsila do Amaral, quem era ela, afinal? pintora, desenhista? tradutora?
Tarsila do Amaral, uma das maiores artistas, brasileira e moderna.
Abaporu, Morro da Favela, Cuca, Antropofagia, Operários. O Brasil mostrado por ela, as aspirações e o nacionalismo jamais temporários.

Tarsila do Amaral, artista-símbolo do modernismo, que até seu ponto-final, nunca foi banal para deixar seu povo marginal.
Maria Luisa Mainardes – 2B08, Giovanna Baroni – 2B08
O Centenário da Semana de Arte Moderna
Inspirados pela comemoração do centenário da Independência E auxiliados pelas excelentes condições financeiras de São Paulo Jovens artistas, armazenando, em seus corações, o sentimento de se Libertarem das influências das vanguardas artísticas do Velho Mundo Se reuniram para criarem uma identidade cultural totalmente nacional
Assim, foi inaugurada a Semana de Arte Moderna, no ano de 1922
Tentando trazer novas ideias para se criar uma arte totalmente brasileira O evento foi duramente açoitado pelo público iludido pelo Parnasianismo Não faltaram críticas sobre críticas no Theatro Municipal de São Paulo

Na primeira noite Observando as esculturas de Brecheret e as pinturas de Anita Malfatti Ouvia cochichos no corredor. Cochichos de pessoas se perguntando “Isto foi esculpido por completo?” e “Este quadro está pendurado direito?” Via muitos pontos de interrogação em cima das cabeças dessas pessoas...
Na segunda noite Estava na hora de aproveitar a mais bela e formosa literatura modernista Ronald estava no palco do teatro soltando Os Sapos de Manuel Bandeira Os indivíduos parnasianos ficaram aflitos, agitados, revoltados! Salvem-se! A segunda praga do Egito está aqui! Salvem-se!
Na terceira noite Villa-Lobos estava no comando da apresentação musical Calçando um sapato em um pé e calçando um chinelo no outro O protagonista desta estrofe recebeu vaias sobre vaias sobre vaias Quem diria que um mísero calo no pé criou uma tamanha revolta no teatro!

Bem... apesar de todos esses conflitos e de todos esses impasses A Semana de Arte Moderna foi um evento e tanto! Marcou o início do movimento modernista no nosso país E inspirou os movimentos artísticos posteriores a ele Com alegria, nós comemoramos o centenário da Semana de Arte Moderna
Bryan Magno de Oliveira - 2B08
Arte do passado para o futuro
Ah...Semana das belas artes Criada para comemorar um legado Em uma era de inovação, artistas surgindo diariamente Um movimento criado não só para “eles”, Mas também para nós, através do tempo, até atualmente
A criatividade corria solta, disso ninguém duvidava Mas não nos é dito o custo do sangue e suor “deles” Para que rompesse com o padrão que naquela sociedade estava Depois Daquele dia, daquele teatro, se tornou o assunto por meses Que por trás das artes, uma cultura foi mostrada

O padrão havia se tornado o passado E o “moderno” havia se tornado o futuro E é nessa semana que comemoramos o que nos foi dado
Gabriel Cassiano Ribeiro da Silva – 2B08
“Beautiful” Art
I love paintings of forests and sheeps, full of peaceful skies and playful birds, of colorful sunsets with all shades of red to yellow, Of calm sunrises, of a moon laughing in the dark nights.
But I’m tired, annoyed, drained, of that boring, distressed “beautiful art” made of the same ideas, the same colors as the ones before, by the artists who can’t think out of their box. I am bothered by that old, outdated and mechanical art.
I want something new, I want a piece of art that everyone can do, something no one has ever done before. I want a purple sunrise, I want the darkest day no one has ever seen, A brown flamingo, a pink cat.

I want to eat all the “beautiful art”, to destroy the peaceful sunset, to break with the outdated tradition of painting only what’s “beautiful”.
I’m craving for unusual colors, for paintings full of animals, buildings and people of abnormal and bizarre shapes. I demand a new, creative art, That isn’t made to please anyone with a “sophisticated taste”.

Giovanna Cajuella - 2B01 / 2B02
Modern Art, Divine Art
The glass house, Designed by Lina, Has the perfect view A forest full of life.
Totally inspired, Creating your home A cozy home, A home for two.
Isabella Antenore, Nicolas Guilherme da Silva, Maria Fernanda Azevedo, Beatriz Souza e Bianca Sales - 2B03 / 2B04

The Reason
FAU’s architecture brings us a sense of curiosity, making students and people from everywhere curious about how it looks inside
The way it was built makes us think What did he think?
Oscar Niemeyer had a brilliant idea when he created this monument, in a place where the sun shines, bringing peace to those who come and go.
Giovanna Baroni, Giullia Manzo e Marcelo Yamin - 2B07 / 2B08

Congresso Nacional - Oscar Niemeyer
The Congress inspires me It is big and beautiful Fork Knife Makes me proud of architecture Plate and is known worldwide
Now let’s talk about the dirty part The beautiful plate of money They eat with knife and fork
Alexandre Magalhaes, Asaph Bastos, Catarina Silva, Lucas Campos, Maria Eduarda Cardoso, Matheus Queiroz, Ryan Ledo, Yasmin Zupo - 2B03 / 2B04

The WHYs
Similar to means of transportation Symbolizes art being taken to all corners of Brazil the red color calls attention to something important, which is Modern Art mirrors reflecting the creativity of the artist and their arts, a space underneath, protects people from the rain as art protects the soul.

Andre felipe,Gabriel Almeida, Gabriel Toledo Rodrigo Braga Vitoria Soares - 2B07 / 2B08
They killed our people Stole our f r e e d o m, And with our blood they paint; Themselves like Saint They weren’t what they seemed. The angel was the satan Who broke our houses and stole our land They couldn’t because understand Today we celebrate our fight By creating more A r T With poets and writers Trying to bring back our light Tarsila, Malfatti, Cavalcanti Names of those who illuminated -with the beauty of their artOur restart “I imagine the world through my paintings; What I feel and see” The beauty of Brazil and her people Tarsila painted; With her art she made us f r e e Portraits of reality, equality and simplicity We are talking about Anita Malfatti

Renovated our iMAgiNaTIOn with dignity “A boba”, “O japonês” and “O farol” Showed us that we can be m o r e Of simple and direct strokes Di Cavalcantti dreamed about nationalism in his quotes With his peculiar look at the country He changed part of our industry We need to show Our culture through the flow So, just go The world will know

GROUP A- Isabela Marques, Gabriela Maqueda, Luiz Gustavo e Vitoria Dorigon - 2B03 / 2B04
Heitor Villa-Lobos
Music, incandescent, pleasantly, rubbish, sandals, unusual, strange, international Villa Lobos was an attraction For doing his work with passion Being part of the Brazilian musicality He still is remarkable, shall we agree Some thought his artworks weird And with contempt they jeered But when his music you hear You know that a genius is near His music to the world brings joy It feels like there’s no more void It settles a new frontier For everyone one else to hear Discovered an utterly Important language fenestra Driving masses serenely Into his heavenly Orchestra Although he was wearing sandals His music was too much to handle Humiliated by the others He’d be our favourite given the druthers

Group E - Marina Dias, Marina Gomes, Alana Abdias, Sofia Dantas, Sophia Forte - 2B03 / 2B04
Big feet, small head Running to work, we should be studying instead About our future, they don’t think much Society’s hypocrisy hits like a punch Imagine a world where kids could think Like machines they live, they don’t even blink Our sky, beautiful and bright blue Rarely seen by the working crew Our flora and population are synonyms for diversity Their destruction caused by industry’s perversity On traffic-lights, yellow stands for caution But here industry arrived with no precaution Modern Art Week came for us to express ourselves And take our opinions out of the shelves Poems, paintings and songs we made And now we care for them not to fade Most of our creations were a success But that doesn’t mean our fights are on recess We can’t ignore our country’s problems anymore But our leaders are rotten to the core Europe shouldn’t be our inspiration Even less our way of civilization We remain living in 1922 And fighting for changes for me and you!

Group D - Fernando Bianchi dos Santos, Henrique Pereira Martins, Maria Antonia Cury Segalla, Rachel Borin - 2B05 / 2B06
You are virtuous: Agreste Region, Subordinate to the Portuguese foreign legion. You have in you a population of culture, Frevo, poetry, handcraft: symbols of infrastructure.
You are Modern: Paulista Metropolis, Leader of Capitalism, Origin of Acropolis. You are the Matriarch of Industry, of Economy, The city of comfort and ergonomy.

You are wonderful: Rio de Janeiro City, Metropolis of adventurers and juvenility. You are the world’s capital of music and slenderness, Source of unity and tenderness.
Gustavo Diógenes, Kemuel e Igor - 2B03 / 2B04
1922
The week of modern art Is what gives love to my heart Is something beautiful to see Changing the way art used to be
It doesn’t need to rhyme You can break all the boring rules Just do whatever you want And it will be awesome.
Maíra Kilszrajn - 2B07 / 2B08
