29 minute read

3º Série

Next Article
1º Série

1º Série

3º SÉRIE ENSINO MÉDIO

As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu! Salmo 19.14

Advertisement

Identidade

Brasil com sonhos abriu fragmentos Em crise do saber se esquece das batalhas GRITO! DESTRUIÇÃO DE 22… ABAIXO A EUROPEIZAÇÃO! ABAIXO A FORMA!

Síntese do fim

Mentalidade do MEDO fizera cubos Individualismo quando influencia Sociedade de mosaicos Deboche brasileiro

RECONSTRUÇÃO

Daniel Saboia Telles Machado - 3B01

522 Anos para Contar

Revolução no mundo artístico, Faz-se uma tentativa de iluminar A história do Brasil metafísico Em todas as possibilidades de ilustrar.

Chegaram naus e povos de fora Arrastando a cultura aqui presente. Enquanto perdiam fauna e flora, Nativos choraram pela vida ausente.

A Eugenia em seu ápice de preconceito, Poderia extinguir milhões dos já citados, Mas o povo brasileiro não satisfeito, Iniciou movimentos para salvar seus afilhados.

A música nacional no seu batuque, Lembra tribos de índios nos rituais E esse antigo ritmo do bosque, Trouxe o samba dos nossos carnavais.

As folhas, árvores, rochas e frutos, Usados inicialmente para fins lucrativos, Hoje abrem seus muitos escudos Para manter os visuais locais atrativos.

O clima, de Sol escaldante, Tenta afastar partes nubladas do passado, Abrindo amplos caminhos em um instante, Às glórias e vitórias de um tempo ainda esperado.

Multicultural desde os princípios, O país está repleto de imigrantes. Etnias e traços dos municípios, Alcançam nações pequenas e grandes.

A comida, a linguagem e o próprio visual, Agrupam histórias mais que diversas. Dignas de uma série documental, Estão realidades que vão além de peças.

À cultura então resta o quê? Uma soma? Subtração das demais? Ao Brasil sobrou um “sotaque”, Por cima de influências, criou suas próprias digitais.

Hoje afirma-se uma identidade especial, Única, brasileira, porém, aberta a modificações, Afinal, nesta terra de dimensão escultural, Cabem todas as personalidades, escolhas e gerações.

Nabilah Iskandar Issa – 3B01

Caminho

No meio do caminho tem uma ideia Tem uma ideia no meio do caminho Tem uma ideia No meio do caminho tem uma ideia.

Uma ideia de rompimento Para com o fixo e formal, O escrever deveria ser bem mais conceitual.

O Brasil, despido da haute couture, Vestiu o saiote de penas Valorizando a independência de 1822 100 anos depois. O rush da vida moderna, Advindo das indústrias, Atropelaria a calmaria da antes pacífica cidade, E esta do avanço passa a ser subalterna.

O caminho continua… A ideia ficou no meio dele? Pois nossa terra quase não tem palmeiras, Tampouco cantam sabiás O índio que aqui morava Não sobreviveu para nos caracterizar.

Qual o preço do progresso A que tanto se vangloriava? As multicoloridas vestes, Majestosas e naturais de nossa nação São trocadas pelo cinturão monocromático, Artificial De uma vasta plantação.

Tinha uma ideia no meio do caminho. Nunca esquecemo-nos desse acontecimento Em nossa existência tão derradeira. Tinha uma ideia no meio do ano de 1922. Mas o que sobrou da cultura brasileira 100 anos depois?

Esther Soares Décourt - 3B01

Mudanças constantes

As mudanças se instauraram Na semana de 22 E afetam a nós até hoje Mais de 100 anos depois

Mesmo exalando beleza Em sua variedade Queima toda sua riqueza, Vê-se a flora menosprezada

Os barulhos mais diversos Da fauna aqui presente Obstante do seu encanto Está ficando mais ausente

Em nossas ruas, um borrão Indicando imensa insatisfação Quanto mais o tempo passa Mais retarda a cidade

Um frio imensurável posto à prova pelo calor inabalável Dos braços de uma mãe Sem seus filhos a seu lado

A busca da identidade Em um país em que ainda é constante, Procurar sua própria arte Na cultura dos imigrantes

Uma cultura composta De diversas nações Que forma até hoje Suas próprias criações

Na música, na dança, na comida É possível se ver Os traços de um povo Que luta pra crescer

2022... As mudanças ainda se instauram E formam um povo Que só veremos depois

Maria Eduarda Decourt – 3B01

Gregório Silva

… Despertou certa manhã De sonhos intranquilos Esgotada indigesta poncã Ultimamente perdeu o homem-inseto uns quilos

Ambulante metamorfose: Agora, desempregado, acorda e dorme Que infortúnio esse! A morrer está de fome

Ufa!! Era um intranquilo sonho Estômago vazio… Até a geladeira, longo caminho Sem sequer um grão de arroz, só sente o eletrônico frio…

……………………… 2022………………………

Leandro Enzo Iwamura – 3B02

Gerações

E assim foi o modernista de 22 os intelectuais que criticavam a pobreza, e falta do brasileiro “europeutizado’’ enquanto seu chá tomavam

e aqui há a estudante de 22 lendo o modernista de 22 no ano de 22 reclamando dos problemas de vinte e dois

e lá haverá o Brasil mudando de identidade a boa a ruim a que aqui há, a que um dia foi a identidade que se arranjou na semana de 22

Helena Vilar Suassuna – 3B02

Banquete abrasileirado

Diz o outro ao brasileiro: Sua fome é um poço sem fundo, alimente-se de mim.”

Diz o brasileiro: Faça-me beber de sua euro-fonte inoriginal e eu te sirvo uma banquete de rica beleza da cultura vibrante do brasileiro brasileiro e do brasileiro cúmplice. “Cúmplice?”; “Cúmplice, da traição do povo por moeda, da tribo por terra. Cúmplice da chama gringa em minha floresta.”

E o brasileiro brasileiro?

O brasileiro brasileiro é o brasileiro miserável que se mexe e se contorce na batida do samba ao agrado de seus olhos, outro, de seus ouvidos.

Não me interessa a desgraça alheia, tampouco me entretém. Pela beleza pura, minha fome desencadeia.

Pois se minha fome é um poço, a sua é um vácuo que desfruta da obsessão pela própria miséria. A miséria daquele que mata, rouba, queima, abandona e uiva, angustiado com o colonizado que não se deixa ser levado pelas migalhas em seu prato.

Deixe o passado no passado. Não fui eu a colonizar, nem você o colonizado. Então diga-me “I’m sorry”, e nada te direi. Cante sobre a terra com palmeiras, e então, te perdoarei. Mas você não vai cantar, nem desfrutar de tal banquete; vai uivar, uivar, uivar… Vai lamentar a obediência perdida de uma pátria que um dia lhe admirou. Suas roupas, suas rimas, sua rica relevância retificada pela relutância de reconhecer o velho como sagrado.

Mas o meu velho não está no Louvre, nem em Londres, nem Chicago. Meu velho está sentado aos pés de uma bananeira, pintado de amarelo, verde e azul, manchado de vermelho das mãos do brasileiro cúmplice, e da lâmina estrangeira.

Luiza Areias Lopes - 3B02

Sem misericórdia

Ó Brasil! mastigado por quem o fala mas bem dito de quem o vê De que adianta toda a beleza se não traz no peito sua pureza? Todos imploram por misericórdia sobre o povo sobre o fauna e sobre a flora Socorro! O povo agora anda gritando contra aquilo que amou fazendo versos como quem já chorou.

Anita de Pina Amorim - 3B02

Hino

A nação rica de saúde deixa seu povo morrer na porta do hospital Na terra das belas florestas o sabiá morreu sem ar

O povo receptivo mata seus irmãos sem olhar No refúgio do sabor os cozinheiros passam fome

As raízes extensas e antigas que construíram o presente foram queimadas Existência de tanta cultura própria sucateada e trocada pela do exterior

Verás que um filho teu irá fugir da luta Que o próprio filho matará a mãe gentil

Marina Raniere - 3B02

E agora?

Semana de 22, 100 anos depois. Foi? Já foi, mas aplicável ao presente ainda sois, ovacionado até hoje devíeis ser, pois.

De lá pra cá de cá pra lá será, oxalá, que sucederá? obsoleto o passado está, mas até quando este modelo nos satisfará?

Marina de Oliveira Melo - 3B02

bem cuidado

Um poema pensado um poema planejado Um poema esperado o momento momento importante comprometimento escrita cantante o nascimento, um poema.

Na escrita o caderno machucado rasgado maltratado De tal forma o caderno inutilizado folhas estragadas capa mastigada escritas esquecidas. o poema nasce nasce sem vida

Sarah Jacob Abdala - 3B03

Mais um prédio na Pompéia

Não sobrou nada, serão apenas casas empilhadas A velha casa branca que exalava aconchego Uma casinha de cachorro com uma rede do lado as cinco horas, MPB e café coado

A veterinária oficial da rua Doutora Ana, lá da esquina O restaurante espanhol que nem mesa tinha Tudo foi para o chão

O sobrado amarelo Com a varanda de vidro A porta da garagem com um desenho de Cristo Meio quarteirão virou farelo

Mas ainda resta o Bar do Ed Ainda tem o poste com o lixo que fede E o labrador, Thor, tão popular Será que as casas empilhadas serão um lar?

Maria Giulia Mauger Carbone - 3B03

Um buraco na minha parede

Somos ingratos com o que temos Só valorizamos o que algum dia tivemos A saudade que hoje sentimos É decorrente do que não mais veríamos

Um dia meu avô me dizia - Meu neto sente-se comigo Eu tão tolo e desapercebido repetia -Já vou vô, só um minutinho

Não sei como ali não percebia O que o mundo me gritava com tanta ira Mostrando-me o quanto eu me arrependeria Por não ter valorizado o pai da minha tia

Mas como tudo na vida é passageiro Ele se foi como água no bueiro Mesmo assim sinto saudade de seu cheiro E de não ter valorizado aqueles pequenos momentos

Nabil Samir Osman - 3B03

João que mora na minha rua é um espião

João conseguiu mais uma latinha Dona Clotilde, a chata da vizinha, criticou Não cabem espiões em rua que é minha Clotilde incomodada com os espiões Mandou Marquinhos os ajudar Seu filho sem opções Foi sem ao menos questionar Marquinhos chegando no lugar percebeu que os espiões eram diferentes João, pobre e carente, morava na rua e não tinha dinheiro nem para comida comprar.

Lavinya Areias Dalhuisen - 3B03

Tic tac

Um relógio toca as horas; já faz oito que o Sol se pôs; sete que o ocaso finda. Há duas que já reina o vaso lunar no céu; lhes restam quatro ainda.

Para cada matiz de fuligem cinza no céu paulista, há um sonhador cuja hora vaga é dada a traçar, sem ter à vista, estrelas em fulgor.

Quantos desses há para cada momento do relógio que bate, tão urgente, sob o ruído metropolitano?

Tão somente um punhado que já, já, vai para o serviço. Fica, ao batente, a opacidade do clarão urbano.

Alexia Yumi Martins Yoshida - 3B04

Calejado pelo sempre (obra sujeita a alterações)

Amanhece, os pensamentos vibram aos sons, e pesa o cansaço de toda uma semana que ainda nem começou. Uma banana, Um copo de leite. Foram minutos bons.

Voltando à rotina, mochila nas costas, tempo quase nulo, é coisa de sempre. Um descuido e o objetivo se descumpre, por isso, o andar como as águas das cataratas.

Passos apressados, pesados, relógio impresso nas vistas, os vagões lotados, lotes de produtos sendo construídos, prestes a sair de um maquinário.

A coreografia de uma rotina Marcada por entre as fibras de um ser cansado

Piero Ronchese Formigoni - 3B04

Ipê de São Paulo

Entre um amor e outro, Não sei com quem ficar! Mas eu fico com você, Eu a vejo! Eu a amo!

Mas cuidado! Amanhã amarei outra, Não me culpe se te trocar, Não é culpa sua, Eu quero viajar!

Você é tímida, E não canso de te procurar! Mas como poderei te amar, Se você não me amar?

Mas te vejo me assistir, Grunhir, Gritar, E para todos os ângulos, Mudar. Tudo para me observar.

Me mostra, Então, A tua alma, Para te adorar.

Então, Quando ninguém vê, Naquele dia tão cinza, Dar um ipê, Para te ouvir cantá, Meu amigo sabiá.

Camila Yumi Yasuhara Silva - 3B04

Cansaço

As 7 horas é o horário pico no metro, ônibus e nas ruas. Muitos vão para o seu trabalho com as caras de mortos. 17 horas é mais um horário de pico. Pessoas voltam cansados para casa. Quando será que as pessoas são felizes e menos cansados? Independente do horário, sempre estão cansados. O que faz alguém ser feliz? Talvez seja a família, dinheiro, presente, amigo ou amor. As pessoas compram felicidade ou ganham?

Sua Cho - 3B04

A economia nas estações.

Com a chegada do verão vem junto o clima quente o indivíduo trabalha vendendo gelados para a gente. No outono traz castanhas, quentinhas paras salivar, que dentro do assador deixam perfume no ar. Com o sol ou com chuva estocando os seus produtos o ambulante pede ajuda e se abriga nos viadutos.

Luisa Ottoni Pin - 3B04

Como ser visto?

Estou com fome Sinto dor! Mas não sou nada, nem nada sou Se quer tenho nome, Se quer sou um homem, Que mundo é esse? Onde meu maior inimigo é a minha fome.

Carolinne Fernandes Brandao - 3B05

Povo Brasileiro

Uma rua comum um carinha vendendo CD “Pague dois e leve um”

Uma feira com barracas eu com uma fome cruel, andando eu escuto “Olha o pastel”

Henrique Assis Rocha - 3B05

Plataforma Rotineira

Da rua à outra rua Do concreto que a sustenta Já se foi crua

Dos prédios aos outros prédios Encontram-se ruas de portes médios

Das pessoas que todo dia nelas estão Para a caminho de exercer sua função Ao próximo dia repetição

Theo Injae Tae - 3B05

Sem descanso

corre corre na pista da vida no asfalto quente que queima mas corre e não para sem pausa sem ponto sem vírgula sem descanso sem respirar corre e continua e segue seguindo o que todo mundo segue corre atrás daquilo que não te pertence mas é parte de você corre e continua correndo

Rafaela Bogado Di Raimo - 3B05

O Concreto Colorido

Um bloco de concreto cinza Pessoas brancas, pretas e amarelas Verde insuficiente Um céu azul não tão azul assim Um sol forte que brilha Ofuscado pela fumaça preta que cobre o amor e o ódio Mas que ainda faz os nossos corações vermelhos Baterem mais forte nas coloridas ruas sem cor de São Paulo

Juliana Teixeira - 3B06

De concreto e pouco tempo As pessoas vão e vem sem perceber O ar que se engasga, a rotina sufoca Pombo no chão, poluição Poder nas mãos erradas, pouco prato na mesa Muitos carros parlamentares A crítica que cresce e a corrupção mata São Paulo, minha cidade Tanto a oferecer E tanto a prejudicar

Maria Fernanda Lavieri Alberto - 3B06

A cidade urbanizada

O cansaço diário pesa a cada hora que passa A todo momento está em movimento A casa virou local de visita A moradia é a rua

A cidade que não dorme, dormiu Mas você não A bigorna que solta de suas costas ao se deitar Pesa cada dia mais

Sua mente cansada não suporta mais café Qualquer segundo de descanso é sagrado O local de repouso um templo

Nesse momento as horas voam O sono profundo parece um simples piscar Porém um piscar digno

A mínima bateria que conseguiste recarregar É devida a esse momento escuro A mesma escuridão que aterrorizava Hoje conforta

Julia Alves Brazil Protasio - 3B06

Gotas caem, chove Vejo de longe, o desespero Uma mãe vendo a casa alagar Todos os bens, ela falou para comprar

Onde foi? Penha Num barraco de madeira Com o teto feito de telha Que não resistiu à molhadeira

Foi-se o sofá e a televisão O micro-ondas e o colchão Todo flutuava em um piscar de olhos Já não serve para nada se formou destroços

De um dinheiro perdido De um esforço destruído Quem vai pagar tudo isso? Se foi a chuva quem causou o prejuízo

Huang chen - 3B06

Recuperação geográfica

Prova, inova, comprova, reprova. Inconforma, descora, discute outra vez tenta estudar A lá mar, a cá bar. Onde era mesmo Calicute Queria ver a cidade, descobre a muito custo que não tem lá nenhum []

Fala, promete, repete e repercute Estuda as respostas arbitrárias Que há sim, quem dispute. Finalmente vai fazer a prova, sem quem dispute Respondia confuso as perguntas amorfias E, depois de tudo, finalmente aprova.

Italo Maestrello - 3B07

Sem lixo nem caminhão.

Tec Tec Tec… Filho… Tec Tec... “Ô” filho… Tec Tec… Tec Tec… Me responde, garoto! Tec... Chamou, mãe? Chamei, joga o lixo fora! Agora não dá, “tô” no meio do jogo! O caminhão vai passar, jogue agora! “Tá, tá”, eu jogo... Tec Tec Tec... Tec Tec... Vram... Tec Tec... Tec... Vraam Ts Iiuuu... Tec... Eita, o lixo! Levanta e corre, o fone ainda no ouvido puxa de volta, arranca-o da orelha e corre, pega o lixo, abre o portão, e... Passou! A rua está vazia, Sem lixo nem caminhão. Volta, fecha o portão. Joga o lixo no cesto, vai para o quarto Puxa a cadeira, coloca o fone... Tec Tec Tec...

Matheus Guido de Oliveira - 3B07

No mínimo preciso compreender.

Não vejo, não leio, não me importa, não sei. Será esse o caminho da felicidade? Política é assunto sem contexto, É conhecimento que ninguém realmente conhece, Mas é o aprendizado mais importante. Como questionar aquilo que não conheço? Para ter consciência própria sobre meu voto, Preciso ver, ler, me importar e saber.

Julia Strehler Valente - 3B07

Geração Z

Renunciar ao futuro Abandonei o passado Estou mergulhado no presente Atento, completamente focado Presente em tudo absolutamente presente Dessa janela trânsito pela margem férrea da razão Vejo, ensimesmado, pessoas desfilando no passado Impassíveis, absortos quase fantasiados Que quereis aí, morrer afogado acorrentado as cavernas da ilusão! fecho a janela. O ponteiro de um relógio na parede risca quinze para quatro Sem precisar o dia, nem a estação... Abro a porta e saio!

Catherine de Abreu Almeida - 3B08

Mar Morto

Se afoga, afunda, cai A cruz vermelha da vitalidade Em meio aos rios negros se esvai Infectada pelos restos da cidade

A falta de sua essência dói Bate a saudade do vigor Em profundas águas ela corrói Águas infestadas de fedor

Diante desse mar infectado O bastão de Asclépio se torna inútil O persistente mesmo estando atado Mas não passa de uma tentativa fútil

As vidas vão embora com a maré As ondas as levam até o horizonte Para este oceano preto como café Todas a serem recebidas pelo Caronte

Matheus Carvalho Dos Anjos - 3B08

Nutrir o cérebro

Comer para pensar ou pensar para comer? Comer para estudar estudar para aprender, crescer, viver…

Mas como estudar para aprender se não tem o que comer? Não há como escolher o caminho a percorrer se não tiver o que comer para viver.

O que fazer… chega desse papo. É na escola que se faz o prato não de comida, mas de intelecto. É a escola que nutre o cérebro e expande a mente. Os primeiros passos na direção do futuro, que facilite a vida de mais gente. Mas não tem como nutrir o cérebro de estômago vazio.

Isabela Bogado - 3B08

A beleza está nos fatos Ratifica aos de cima a compra então Tudo ao redor é sobre ela E na semana de 22 inovou sua produção É a primeira letra do verso que cria a arte Veja na segunda estrofe sua perpetuação Ao terminar a análise talvez perceba Logo o poema se torna mensagem O ler de suas iniciais inteiras criticam a sociedade Realidade essa que só possui um sommelier de arte?

Luisa Figueiredo Reboucas - 3B09

Depois do Sol ajoelhar-se ao mar Ajoelho com minha Bíblia para orar Semelhante a Salmo três, cinco Deito-me e durmo tranquilo

Diferente dos que não creem Prioridade é aos outros ajudar; Cedendo horário mesmo sem Pedindo a Deus para te curar

Pequenas conquistas fazem me alegrar Com grandes objetivos, mesmo se alcançar Fui ensinado com Deus me contentar

Depois do Sol ajoelhar-se ao mar Ajoelho com minha Bíblia para orar. Assim durmo, sabendo “Deus sou seu lar”

Joao Victor Merlo Braga - 3B09

Uma mera releitura

Não ame com fé e orgulho a terra em que nasceste Criança não te deixarão saber que belo país é este Hoje já não se vê o mar, nem os rios e muito menos floresta Falar mal do próprio país virou uma festa O seio de uma mãe a transbordar de carinho Padece com a ingratidão e resta sozinho A vida que brota do chão já nasce dominada Por gente que não a quer ver encantada Políticos e suas autoridades de estimação Dividem a sociedade em partes para lhes pegar o pão É a esta multidão de insetos facínoras A quem interessa ver o povo escravizado através de suas retinas Esta boa terra jamais negaria a quem trabalha O pão que mata a fome e o teto que agasalha Mas não adianta com seu suor fecundar e umedecer a terra Que o esforço torna feliz e enriquece apenas quem se elege Criança, não tome as rédeas de seu país E deixe quem já manda aqui ser feliz

Rebecca Pantaleao Braga Cavalcanti - 3B09

Pequeno coração

Tanta inovação Cadê a geração Que brincava nas ruas, passava sóis e luas, não em frente ao poço profundo, mas fazendo acontecer

Será que estou bem? Será que estou mal? Palavras de alguém que quer uma irrelevância revestida de aprovação, onde um pequeno coração define a estação

E ao final a dúvida surge, sou eu este a quem meus olhos veem? Ou apenas um reflexo que lhes convém?

Niccole Lara Marques Bejarano - 3B09

Do Silêncio

Em paradoxo existencial Sobrevivo em silêncio Não de vozes, não de sons, Mas de expressão

Buzinas passos, velocidade Nada me quieta, psiu Ninguém fala, ninguém escuta Ninguém me encontra na cidade

Onde estou nesse silêncio? Quem olho e não vejo? Quem fala e não escuto?

Nisso, não desisto Ao silêncio não vou sucumbir BUM!

Alice Damasceno Lopomo - 3B09

Salvagería del Romance

Te escucho como un grito suave Que me demonstra todo el dolor Grito salvage Que no tiene miedo de hacer historia

Y, así, me muestra todo el romance De este “romancette” Digno de la demonstración de sentimientos Estos que le duelen el alma

Con una bella melodia Vas a encantarme Cuidando para no asustarme, Pero dejando todos boquiabiertos

Villa Lobos y su arte Su expresión de vivir Marcando nuestra cultura 100 años después de la feria

Helena O. C. - 3B03

¿que gracioso no? el modernismo, que en castellano fuera a n t e s pero el de Brasil que se habla ¿no?

no hago una competición arte por el arte arte es arte es es es es

el pasado o el progreso que lo de la humanidad nos hablamos los locos no se volvieran no se pusieran y artistas les llamamos

la crítica y la maestría que pusieron en el pincel que suba el telón los con ganas de cambiar no el verbo sino el a r t e

Helena V. S. - 3B04

¿Te gusta?

El arte es el arte, Frida es el arte, Gabo es el arte, Dalí es el arte.

Todo pude ser el arte, Picasso hizo varios tipos, Julio y Enrique otro tipo, Todo está en el arte.

Si te gusta Shakira, Tal vez Cervantes, Incluso Rivera, El arte te toca.

El arte es dolor con pasión, Chespirito fue el arte, El arte es amor.

Larissa F. S. - 3B04

En el centro de la capital permanece mi refugio estatal donde se encienden los postes rojos mi viejo sueña. Lugar donde la comida es buena Saco la masa con mi palillo filtrando con mi cuchara la gracia Por no hablar de los oficios de los que venden varias muñecas sintéticas quien agradeció mi luz de luna Este es mi asiento donde puedo descansar libre para disfrutar la libertad es mi lugar.

Henrique P. A. - 3B07

Arte Natural

Arte en Brasil No estamos hablando de marcos de personas o paisajes cotidianas

Arte en Brasil Estamos hablando de belleza Belleza natural

Guacamayo azul, lobo de crin, jaguar Millones de especies de árboles Flores Frutas

Arte em Brasil No está en los museos Sino fuera de ellos

En las playas, en las montañas, En los bosques En todos los lugares Arte en Brasil Es natural

Ana Julia S. G. - 3B07

Casa Modernista

Noche de agitación Evento de reverbero Hogar de innovación Palco de algo nuevo

Arquitectura ejemplar Carpetas carmesíes Luces a brillar Aire del extraño sí

Sonidos pianistas Obras reverberantes Caprichos vanguardistas Líneas resonantes

Intensas repercusiones Controversias inevitables Densas reflexiones Cambios indispensables

La semana permanece Y el Theatro sucede.

Nicolas M. D. - 3B07

Dónde Está El Arte

El arte no es apenas lo que está en el museo El arte es danza, conversa y movimiento Más que el cuento de Julieta y Romeo El arte es todo que trae sentimiento

El arte está en la calle El arte está en la pared El arte está en el rojo El arte está en el verde

El arte está en la sonrisa De un niño jugando la pelota El arte está en el jugador Que no se abala con una derrota

El arte está en lo viejo El arte está en lo nuevo El arte está en el gallo El arte está en el huevo

El arte está en el negro El arte está en el blanco El arte está en la corrida Cómo está en el retranco

Y si así mismo el arte no encuentre Cierre sus ojos y allá va a estar Afinal, arte que que es arte Está en todo lugar

Mathias C. C. - 3B07

Arsenal de la Sabiduría

Aquí viene el arte en toda su belleza. Como la naturaleza, llena de variedad. Como un perro que dice mucho sin decir El arte viene exudando su placer

En medio a la oscuridad está el artista, Quién habla en broma de tu situación Que después de mucha lucha y expresión Evidente sería su conquista.

La serenidad de su revolución Tan influyente en el alma Incluso puede detener un arma

Capaz de cambiar lo sucio A través de un pensamiento profundo ¡El arte puede cambiar el mundo!

Matheus A. L. - 3B07

Sesc Pompeia

The construction is like pans and the drums With gusts of song The music builds up big buildings Gaps connect, joint forever

Gustavo - 3B08

Famous meeting point for friends After a long walk Paulista We stop to see this beautiful project of modernist architecture That enchants tourists so much And fits into any shot

Group: Lívia Coelho, Maria Vitória, Maria Luiza, Flavio, Kaike - 3B056

Oscar Niemeyer

Many dreams lead us to a straight line But, the curve can be like a dream A curve is what makes the concrete seek infinity

Niemeyer, as well as Neymar use and value curves They know they’re beautiful and colorful Just like the flag Cheering the Brazilian Nation

Anndrey Rossi, Maria Eduarda Piza Trautwvein, Murilo Marques, Paulo Henrique, Rafael Godinho - 3B09

Modern Acronym

Secular Brazilian event, Demonstrating its extent, After big changes in the world, Maximize the culture in more than just a word. To represent Brazilian culture A brave woman portrayed our nature. Revolutionizing the way to make art Sincerely she touched our heart. Intelligence is her mark along with criticism. Liberty and freedom together made A movement called cannibalism. How would Brazilian music be, Especially the classic sounds we hear, If he didn’t step up and see The results of his actions in that year Only using his instruments and hands Recreating Brazilian folklore into music for the bands. A whole different approach coming from overseas Never ever in history something without a miss Directly writing in trivia to explain our minds Rocking with no criteria concepts from those blind eyes that had Acknowledged so many cultures for the cinematic mess

Dresses, suits, poems have I forget anything Else? Many things they have to go through Criticism of the world they faced But in the end, being inspiring was definitely their fate. So our country they changed Bringing new colors and senses They impact everyone with new ways of seeing our nation Even if it’s 100 years late.

Group E: Esther, Giulia, Manuela, Marco, Nabilah - 3B01 / 3B02 / 3B03

Nightingale Soar through the skies of paradigmatic art! Each move is a manifesto Flap your wings and sing the song of Workers Amidst the still atmosphere of valuable bags of grains and railways, Rupture the status quo with a gust of wind, Frenetic flight forming a FORMIDABLE mass rotating the air, Defy the rules of art! Free verses and no metric As we have no time for art! We only have schedule for cogs and coils Filled with tar Oil Smoke And fuel Fly, little bird! Tremble and rise For the brown-skinned The immigrants The industrial workers No more silk gloves, handkerchiefs, no more Bach Nightingale, your spirited melody shall stupendously illuminate the skies Of the Municipal Theatre The columns of São Paulo The mulatos of Rio de Janeiro

This week shall be a memorial of Outcasts, prostitutes, marginals Retailers, orphans, fishermen On your nib, a speck of dust from grenade powder The war you carry on your feather as a sign of Revolution Brazil is a new Brazil! Fly, Bird of Song! Spread the news of a new era.

Group G: Alexia Y., Piero R., Raul B. - 3B01 / 3B02 / 3B03

Urutu

Crack… The egg shell is the old generation The repressed imagination Prohibits creation Decelerating renovation Crack The were recluses to perfection, Impeccable, round and clear structure Retaining the infection Anything apart from this “beauty”, was aberration Crack Artists desired something new, Challenging what they were used to To show their view of what was real, To show the perfection of Brazil Crack! Tarsila broke the shell And started the new art as well.

Group A: Ana Luiza, Beatriz, Maria Eduarda, Isadora, Júlia Valente, Julia Lins - 3B07 / 3B08

In the middle of the road

In the middle of the road there was a man there was a man in the middle of the road there was a man in the middle of the road there was the most important man.

I will never forget this event in my lost life I will never forget this event the day when I was redeemed In the middle of the road there was The man This man is why I’m free, his name is Jesus Christ.

David Lopes - 3B03

Opposites do not attract

The society is lost In disputes that will never be resolved Where opposites cannot converse And in one of them you have to stay

How long will we limit ourselves Will this ever end? I’m tired of waiting so long So that one day I can fit in

What we want is freedom of expression Without having to worry about pleasing What we want is to be able to speak up Without worrying about someone judging us

Gabriela Carelli, Heloá Teixeira e Sofia Pinheiro - 3B07 / 3B08

To the lovers

What motivates your life? What makes your heart beat stronger and your eyes shine like diamond? We see passion in those eyes, Tired and unmotivated, it is there! Shining, smiling and shouting to keep going.

After being invalidated and disrespected, it is still there. After hours studying and getting ready, Happy for making your goal, you feel complete. But as everyday, your worth is not enough. A few ignore, sleep and talk, While you are giving your soul.

And yet your eyes keep shining. The passion exists. It is in the eyes of the teachers, that involuntary smile while they talk about their love.

To all the lovers, That are not afraid to show their passion. My sincere thank you! To all the moments I wanted to applause, Praise and protect. Show that we do care! That the brightness in your eyes never lose its intensity.

Isadora Pompeu - 3B07

This article is from: