"Escola, um lugar de valor" - 14ª edição - 2022 - Colégio F.A.S.

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14ª EDIÇÃO Nº 14 - OUTUBRO/2022

EM CONSTANTE PROCESSO DE CONSTRUÇÃO, FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO SER APRENDENTE

UNIDADE II

MATERNAL BABY

MATERNAL I

UNIDADE I

MATERNAL III - ALICE

MATERNAL II - ANA CECÍLIA

2º PERÍODO

1º PERÍODO

1º ANO - DANIELLE

1º ANO - CARMEN

ANO - THAÍS

2 Escola, um lugar de valor
Amanda - Ana Lúcia • Adriana de Macedo • Adriana Mesquita Alice • Aline Cristina • Almir Alberto • Almir Câmara Alyne Meneses • Ana Alice • Camila Barsanulpho • Camila Pires Carmen • Carolina Barros • Carolina Bosco • Cesaria • Danielle Denise • Elvis • Fernanda • Francisca • Gabriela Chagas Gabrieli • Gilmar • Jacqueline • John • Léia • Leticia • Lilian Lorraine • Luciana • Manuella • Maria Fernanda • Maria Lopes (Neta) • Mariana Pacheco Marlene • Marquiane • Monica • Núbia • Ohana • Simonia Thais • Thuane • Vanessa • Veruska
Bernardo • Clara • Fernando João Henrique • José Guilherme Maria Clara • Maria Vitória Machado MariaVitória Tomás
Adriana Rosa • Alexsandra • Ana Elisa Ana Kássia • Bárbara • Gabriella Carolina Ilma Luciana • Juliana • Kelen • Kessy Marcia • Mariana Débora Orestina • Renata• Veridiane
Analu • Arthur • Augusto • Dom Enrico Felipe • Helena • Livia • Manuella Marcos Vinicius • Maria Eduarda Perola • Pietro • Sara • Theo
Alice • Ana Luiza • Antonella • Antonio Caio Augusto • Benicio Machado • Benicio Silva • Bernardo Caetano • Cecilia • Clara • Estêvão • Gabriel Bononi Gabriel Salla • Guilherme • Heitor • Helena • Hugo • Igor Isabelle • Isadora Fernandes • Joao Miguel • João Marques João Paulo • João Soares • Julia Afonso • Julia Fachinelli • Kalebe Laisa • Lara • Leonardo • Maria Cecilia • Maria Clara • Maya Melinda • Paulo • Pedro Henrique • Rafaela • Tomas
Antonio Luiz • Arthur • Bento • Bernardo • Davi Paiva Davi Roberto • Dominic • Eduardo • Felipe • Francisco Guilherme • Heloisa • João Lucas • João Pedro Juan • Lara • Laura Castro • Laura Souza • Leticia Liz • Luisa Manso • Manuela • Maria Clara Da Cruz Maria Clara De Lima • Maria Clara Leal • Maria Clara Silva Maria Elisa • Maria Teresa • Marina • Mateus • Maya Miguel Antonio • Miguel Graças • Ricardo • Samuel Davi Valentina • Vinicius •
Antonella • Arthur Jorge • Beatriz • Bernardo • Clarice • Daniel Enzo • Felipe • Flor De Maria • Florence • Heitor Henrique Henrique Batista • Henrique Crema • Isabela Franco Isabella Mendes • Isadora • João Lucas Maciel João Lucas Oliveira • João Vitor • João Marco • Joaquim Jose Pedro • Julia • Laura • Lavinia • Lis • Luis Fernando Luiza • Manuela Correa • Manuela Nielsen • Maria Antônia Maria Fernanda • Maria Teresa •Matheus • Mauro Sergio Miguel Daher • Miguel De Paula • Miguel Gomes • Pedro Teo Da Cunha • Theo Kobayashi
Aika • Alice Carneiro • Alice Mariane • Ana Luiza • Antonio Augusto • Antonio Jose Arthur Carvalho • Arthur Messias • Aurora • Benicio • Bianca Teodora • Caio Clara • Clarice • Davi • Felipe • Giovanna Lis • Heloise • Isaac • Isabela Luciano Isabela Silva • José Henrique • Lara • Liz • Lorenzo Moura • Lorenzo Spirandel Lucca • Luiz Otavio • Luiza • Maite • Manuella • Maria Alice Camargos Maria Alice Vieira • Maria Flor Silva • Maria Luisa • Miguel De Souza • Miguel Eduardo Miguel Fellipe • Miguel Loes • Miguel Manzan • Mylena • Pedro Henrique Pedro Sousa • Pietra Caroline • Santiago • Sofia Cara • Sophia Barcelos
Alvaro • Ana Flávia • Ana Vitória • Antonella Arthur • Beatriz • Benicio • Breno Caio • David • Enzo • Ioran • Isaac Bastos Isaac Silva • Isabela • João Miguel • Luisa Maria Clara • Maria Luisa Centeno Maria Luisa Urbano Maria Luiza Leite • Pedro • Rael • Sofia 2º
Arthur • Bernardo • Davi Luiz • Davi Oliveira Davi Paiva - Davy Lucca • Emanuelle • Isabella Isabelly Victoria • Julia • João MiguelLuiza Cunha • Luiza Marques • Manuela Marcos • Mariana • Mario • Matheus Melissa • Miguel • Pedro • Theo • Vinicius
Alice • Anna Cecilia • Antônio • Bento Davi Lucca • Fernanda • João Miguel João Paulo • Maria Alice • Mariana Murilo • Sofhia Argolo • Sofia Almeida

Arthur

2º ANO LUCIANA

ANO MATUTINO

Enzo

Fernanda

Frederico Coimbra Frederico do Nascimento

João Miguel Alves João Miguel Campos

Helena Isadora

Julia

Larah

Lucas

Luisa Maria Eduarda

Maria Laura Mariah

Murilo

Renato Vinicius

3º ANO OHANA

3º ANO VERUSKA

Alice Vitoria

Ana Clara

Bernardo Antonio Calebe

Davi

Felipe

Isis

João Henrique Leticia

Lysa

Manuel

Maria Eduarda Maria Olivia

Maria Vitoria

Miguel Felipe Miguel Henrique

Selena

Pedro Lucas

Theo

Vinicius Henrique

Rogerio Sarah

4º ANO

Almir

Ana Clara

Anelise

Augusto Bernardo Emmanuel

Cecilia

Davi

Antonio

Arthur Souza Augusto

Breno

Enzo

Gabriel

Isabela João Guilherme

João Pedro

João Victor Lavínia

Livia

Lucas

Manuela das Graças Manuella Batista

Evelyn Angel Fabio Henrique

Felipe

Gabriel

Maria Luiza Miguel

Maria Julia

Rafael

Theodora

5º ANO

Gabriela

Isabelle Isadora

João Gabriel

Laura

Luís Benício Lyncon

Maria Vitoria Mateus

6º ANO

Maria Emilia

ANO

ANO

Escola, um lugar de valor

3
• Vitor
• Sofia •
• Julia •
• Mell • Miguel De Oliveira • Miguel Rodrigues Miguel Silva • Murilo • Pedro • Pietra Rafael Bryan • Sarah • Valentina
Ana Laura • Arthur • Clara De Souza Clara Luiza • Gabriel Noronha • Gabriel Vinicius Giovanna Oliveira • Giovanna Rosa Gustavo Assunção • Gustavo Jraij • João Victor Leonardo • Leticia • Lucas Bononi Lucas Martins • Luisa Borges • Luisa Coelho Luiz Gustavo • Manuella • Mariah • Mateus Miguel Luis • Miguel Martines • Rodrigo • Samuel Santiago • Valentina • Vitor Gabriel
Artur • Gabriel • Gianna Isadora • João Flávio • João Gabriel Júlia • Luca • Lucas Canova • Lucas Gabriel Maria Clara • Mariana • Marina • Matheus Miguel De Araujo • Miguel Ferreira Nina • Pedro Henrique • Sara Sicilia Sofia Valentina • Valentina Vinicius • Vitor 7º
Arthur T • Benício • Bruno • Caio Luis • Davi Henrique • Isabela • Isabelle • Isabelly Isadora • Leander • Lucas Jraij • Lucas Martines Mateus • Nathan • Nicolas • Nicolly Gabrielly Nicolly Mendes • Pedro Henrique • Pietro Rafaella • Rytchelly • Thamires Valentine • Vitor Emmanuel 8º ANO Ana Flavia • Ana Heloisa • Anna Clara • Anna Vitória Bruna • Carlos Henrique • Daniela • Davi • Eduardo • Enzo Iago Henrique • Igor • João Pedro • Julia • Laura Caroline Luisa Borges • Luiza Marquez • Marcella Alice Maria Luisa Silva • Maria Luiza Fachinelli Maria Luiza Monteiro • Pedro Henrique Pedro Ney • Rafaella • Sophia • Thales Henrique • Vinicius Alexandre • William 9º
Alexandre • Amanda • Ana Laura • Ana Letícia Ana Luiza • Arthur • Carolina • Eminy • Emylly Florença • Gabriel Veloso • Gabriel Vieira • Giovanna Isabela • Isadora • Izabelli • Janaina • João Luccas Kelly • Luisa • Manuela • Marina • Matheus • Miguel Roger • Victor Hugo • Victor Wilson • William • Yago 2º
Alice • Allana • Ana Luisa • Cauã Clarice • Gabrielly Rita • Julia • Luiza Marco Antonio • Mateus • Miguel • Pietra Pietro • Rafael • Dos Santos Rafael Lima • Yumi
Unidade I - Rua Vital de Negreiros, 25 Fabrício (34) 3313-9263 - Uberaba (MG)
Unidade II - Rua Padre Zeferino, 1145 Fabrício (34) 3322-6249 - Uberaba(MG)

Expediente

Unidade I: Rua Vital de Negreiros, 25 – Fabrício – (34) 3313-9263 – Uberaba – MG

Unidade II: Rua Padre Zeferino, 1145 – Fabrício – (34) 3322-6249 – Uberaba – MG

Direção do Colégio F.A.S.: Francisca Elineide Câmara Alberto

Coordenadora Pedagógica (Educação Infantil e Fundamental I): Simonia C. Tomaz Manzan

Coordenadora Pedagógica (Fundamental I e II): Vanessa das Dores Duarte Teruel

Coordenadora da Área de Esportes: Adriana de Macêdo

Designer gráfico: Alex Maia – (34) 9969-4028

Revisora textual: Marquiane Cristina Furtado

Tiragem: 2 mil exemplares

Fotos: Arquivo Colégio F.A.S., Doris & Donizetti Studio Photo e Internet

Impressão: RB Gráfica Digital

Escola, um lugar de valor

ULTRAPASSANDO limites e vencendo DESAFIOS

Ao iniciarmos esse ano, em um período pós pandemia, momento de renovação e mudança, muitas expectativas surgiram. Como seria o retorno à sala de aula? Como estariam os corações e mentes de nossos educandos? Chegamos con antes, pois tínhamos a certeza de que a aprendizagem de qualidade não deixou de acontecer, o acolhimento, seja na tela ou presencialmente, foi nossa marca registrada. Assim, adentramos em 2022 com a segurança de que estávamos no lugar certo e na hora exata.

As crianças e adolescentes retornaram ansiosos, muitos trouxeram consigo incertezas, mas encontraram em nós um porto seguro, para aprender, descobrir e compartilhar sentimentos e emoções. Foi nos olhares e sorrisos afetuosos de nossos estudantes que nos inspiramos para realizar projetos ainda mais desaadores e signi cativos.

Sabíamos que o mundo havia mudado, a tecnologia que há muito caminhava conosco consolidou-se em nosso cotidiano, estávamos mais fortes e amadurecidos e para aqueles alunos que tinham sede de aprender, de investigar e questionar, estávamos prontos para abrir caminho no universo do conhecimento.

Essa publicação traz hoje, muito mais do que projetos escolares, ela carrega o fruto de um trabalho constante, a realização de sonhos e planos. Traz os corações repletos de alegria em explorar o mundo e descobrir que somos parte dele.

Desde o encanto da música, da construção dos saberes até a investigação do cotidiano, muito será encontrado nessas páginas. Aqui a matemática é divertida, a leitura e a escrita são construídas, os conhecimentos são vivenciados, as múltiplas linguagens se encontram e se completam. A educação se faz além dos muros, é concretizada na parceria com as famílias.

Seja no passo de dança, na palavra ouvida ou cantada, na partilha, nos desenhos que se misturam aos grá cos, na história lida e representada, nas opiniões trocadas, na empatia despertada, tudo se completa e faz acontecer sempre. Por tudo isso, essa publicação vem coroar mais uma vitória do amor à educação, da dedicação e do esforço em fazer a diferença na sociedade e celebrar a vida, ultrapassando limites e vencendo desa os.

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#colegiofas 14ª EDIÇÃO Nº 14 - OUTUBRO/2022

“TODO PROJETO É UMA OPORTUNIDADE DE TRANSFORMAÇÃO”

Projeto, substantivo masculino, descrição escrita e detalhada de um empreendimento a ser realizado, desejo, intenção de fazer ou realizar (algo) no futuro, plano. Esses são alguns dos signicados que permeiam o nosso trabalho na educação, acreditamos que somos capazes com nossa determinação, responsabilidade e compromisso, de transformar, sair da zona de conforto, instigar nossos alunos a pensar, ter autonomia e segurança nas suas decisões e planos.

Na loso a existencial, um projeto é aquilo para que tende o homem e é constitutivo do eu verdadeiro, é algo essencial, indispensável. Nesse sentido ao longo de mais de duas décadas, o Colégio F.A.S. sempre acreditou na importância da elaboração de um projeto, com signi cados voltados para a construção do ser humano. Com a

certeza de que nunca terminamos nossa própria construção, estamos sempre em constantes “reformas, retoques e ajustes”. Se ninguém está totalmente pronto, é possível agregar, complementar e adquirir novos saberes. O ideal é não cansar de construir-se e reconstruir-se, permanecendo sempre aberto para novos saberes.

Nesse ano de 2022, damos mais um passo na concretização de um novo projeto de espaço físico, mas, acima de tudo, com o objetivo de ampliar os espaços do conhecimento e da mente.

Como dizia Oscar Niemeyer, um grande e admirável elaborador de grandes projetos, “A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem”. Sonhamos juntos com vocês todos os dias com uma educação melhor, um mundo melhor, com pessoas melhores, lugares e espaços que nos ajudem a encontrar esse melhor!!!!

Escola, um lugar de valor
Nossa gratidão aos familiares, alunos, colaboradores e Uberaba, por acreditarem e apoiarem nosso crescimento.
FRANCISCA E. C. ALBERTO LICENCIADA EM PEDAGOGIA, PÓS GRADUADA EM SUPERVISÃO,PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E GESTÃO ESCOLAR DIRETORA DO COLÉGIO F.A.S.

PROJETO OLIMPAZ E A CONSTRUÇÃO DE VALORES

Anualmente no Colégio F.A.S. é realizado um projeto chamado OLIMPAZ, sendo os principais responsáveis por sua elaboração os pro ssionais da área de esportes da escola. Sempre tendo como ponto de partida o slogan: Fazendo Acontecer Sempre, marca registrada do colégio, o qual promove ações constantes de aprendizagem.

Com o intuito de enriquecer e agregar valores ao projeto, foi levada em conta a declaração anual da ONU, lembrando que neste ano foi declarado Ano Internacional das Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável, o que vai ao encontro da urgente preocupação com o meio ambiente. Uma vez que é imprescindível atender à carência do planeta, necessitando da colaboração de todos para a construção de um mundo melhor.

Visando maior qualidade, todos os anos trabalhamos com um tema que ultrapasse os limites do esporte, do movimento, do corpo e da educação. Além de equilibrar a competição com provas relevantes, também incentiva a fraternidade e a solidariedade. Em 2022 o tema escolhido é Respeito; Resiliência; Reaproveitamento; Redução; Reeducação e Responsabilidade com Equidade.

Além disso, aproveitando o ano

serão divididas por cores, sendo

de Copa do Mundo as equipes serão divididas por cores, sendo (verde e amarelo). Seguindo a tradição de todos os anos, cada turma é dividida em duas equipes, unindo esforços para realizar: as provas, as tarefas, os esportes, os jogos de salão, recreativos e psicomotores; individuais e coletivos, somando pontos até chegar ao pódio de premiações.

Dentre as provas e tarefas é dada ênfase àquelas que obtém pontos por prova cumprida e jogos que pontuam 1º e 2º lugar. Felizmente, uma das provas mais apreciadas e disputadas é a “Sou Solidário” –arrecadação do maior número ou peso de latinhas, lacres, tampinhas e leite. Missão essa, que, além de in uenciar muito na somatória geral, inclusive com uma pontuação separada, contribui diretamente para a construção da cidadania de nossos alunos.

Uma grande festa educativa que apresenta e realiza todas as etapas de uma olimpíada no espaço escolar. Da cerimônia de abertura ao encerramento. Sempre atendendo à individualidade, à especi cidade e às múltiplas inteligências de cada turma. Indo além da aprendizagem formal, através da arrecadação na

comunidade uberabense, lapidando os sentimentos, as ações, as virtudes e os valores.

Nessa vivência, nossos alunos compreendem o partilhar e que o Ser é mais importante que o ter. E, acima de tudo que a união e o espírito de equipe são essenciais na construção das relações. Os frutos dessa coleta como recicláveis e caixas de leite são sempre doados para projetos lantrópicos da cidade.

Neste ano, a OLIMPAZ 2022 acontecerá em novembro com a participação de toda comunidade escolar e se estendendo também à comunidade uberabense. Assim, em sua totalidade o projeto

Escola, um lugar de valor CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO ADRIANA MACEDO GRADUADA EM EDUCAÇÃO FÍSICA. PÓSGRADUADA EM EDUCAÇÃO FÍSICA. PÓSGRADUADA EM INSPEÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR. PROFESSORA DE NATAÇÃO. COORDENADORA DA ÁREA DE ESPORTES E CULTURA DO COLÉGIO F.A.S. ADRIANA MACEDO
OLIMPAZ SOMA, DIVIDE E MULTIPLICA VALORES, CONHECIMENTOS E VIDA.
Escola, um
lugar
de valor

PRINCÍPIO TRADIÇÃO

Re etir sobre os signi cados da palavra “tradição” leva-nos a

recorrer ao conhecimento formal, informal e funcional de determinados costumes e hábitos, os quais foram estabelecidos no decorrer do tempo. Mesmo no sentido conservador, as tradições não são arcaicas e estão presentes em todas as sociedades numa dimensão peculiar a cada cultura e

Ecircunstância. O desejo de disseminá-las ou de protegê-las pode ativar geradores de mudança por excelência, pois trata-se de um tema profundo, fundamentado nas experiências do passado que uenciam o presente.

in daquilo que sempre foi e deverá continuar sendo, enquanto

Uma ação tradicional traz a ideia da memória, do passado, daquilo que sempre foi e deverá continuar sendo, enquanto as ações contemporâneas estão vinculadas ao presente em mo-

vimento, à diferença, ao novo e ao futuro. Vivemos a era da equidade, das mudanças de paradigmas e do desa o de um cons-

tante antagonismo.

Não apenas a nossa práti-

Não apenas a nossa prática social ensina que somos horizontalmente diferentes, mas

também, que somos vertical e hierarquicamente desiguais, comprovando assim a diversidade das relações em nossa sociedade. Acreditar na viabilidade de ser contemporâneo, sem levar em conta a bagagem cultural agregada à sua origem e ao seu passado é como caminhar num trajeto repleto de lacunas. Evoluímos compartilhando princípios e tradições que marcam nossa existência, vivenciados de forma positiva ou não. O passado merece ser reverenciado, mas não precisa necessariamente ser “o norte” que determina

o futuro. A estrada do conhecimento é longa e repleta de “surpresas”. Podemos sim, ousar na construção de diferentes possibilidades tendo como referência a essência das nossas origens. Assim, as experiências oportunizam novas tentativas, uma vez que os erros não nos fazem aprender se não tomarmos a decisão de corrigi-los. O hoje é, com certeza, o re exo do ontem, e o amanhã

dependerá da manifestação intrínseca de cada um frente ao conhecimento experimentado, absorvido, construído e sobretudo compartilhado. Passar adiante aquilo que vale a pena ser revivido, entregar-se na con ança de que o novo também precisa de espaço. En m, manter-se el à nossa missão de educar e fazer da Escola um lugar de valor.

ISSO É TRADIÇÃO! ISSO É O PRINCÍPIO DE UMA APRENDIZAGEM SÓLIDA E HUMANIZADA

SIMONIA TOMAZ MANZAN LICENCIADA EM PEDAGOGIA, PÓSGRADUADA EM SUPERVISÃO E INSPEÇÃO ESCOLAR, NEUROPSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL E EDUCAÇÃO ESPECIAL. COORDENADORA DO MATERNAL III AO 5º ANO DO COLÉGIO F.A.S.

Ler é uma gostosura...

A evolução humana foi marcada por uma grande mudança desde que o homem descobriu as letras e a capacidade de se comunicar através delas. Por esse motivo, a leitura tem sido fundamental na vida de todo cidadão. No entanto, ninguém nasce lendo, o aprender a ler é gradual e vai se construindo ao longo da infância, através de acompanhamento e estímulos tanto dos pais, quanto dentro do ambiente escolar. Por meio da leitura adquirimos informações, expandimos nosso vocabulário e desenvolvemos o julgamento crítico. Dessa forma, o ato de ler desperta o interesse por novos conhecimentos, sem limitá-los a um tema especí co (Rodrigues, 2015).

Levando em conta a visão de Abramowicz, Levcovitz e Rodrigues (2009, p.3), de que “a ideia de infância não está associada apenas a uma faixa etária, a uma cronologia, a um estágio psicológico ou a um estágio linear, cumulativo e gradual, mas a evento, arte, inusitada, intem-

pestiva”. Dessa forma, o conceito de criança vai além das faixas etárias e dos comportamentos. Por esse motivo, torna-se extremamente relevante a inserção da leitura precoce em sua vida para que ela possa interagir com o mundo que a cerca, vivenciando um espaço de cção e de imaginação.

Certamente, o primeiro contato das crianças com a leitura é ouvir os pais, lendo histórias para elas, sendo a escuta uma das formas de ler. Essas são as primeiras narrativas a que uma criança é exposta. Além disso, a escola é grande responsável em fazer dessa experiência das letras um momento lúdico, no qual a imaginação está envolvida. É assim que a leitura pode se tornar parte da vida das

crianças na Educação Infantil. Assim, elas percebem que ler é o momento de viajar para um mundo encantado e cheio de surpresas. Além da diversão, é um tempo de aprendizagem e construção. Ler na infância é muito importante, uma vez que é a porta de entrada para o mundo da escrita.

É necessário despertar o interesse das nossas crianças, contando histórias e lendo com elas, abrindo o caminho e despertando em suas mentes o gosto pela leitura.

Segundo Sandroni e Machado (1991), desde cedo as crianças são atraídas pelos livros, percebendo que é algo bom. Por isso, têm interesse pelas cores, formas e números que os livros têm e, mais tarde, vão lhes

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dar signi cado, identi cá-los e nomeá-los. A partir daí, interessando-se pelos livros, percebem que eles fazem parte de um mundo fascinante em que as fantasias se expressam por meio de palavras e desenhos.

Toda essa contribuição é importante para que a criança desenvolva seu lado emocional e social. Diante dessa in nidade de possibilidades associadas ao mundo da leitura o projeto “Ler é uma gostosura: O mundo encantado das histórias”; conecta as crianças à literatura infantil, de forma

prazerosa. Para que isso se concretize, cada estudante irá levar um livro para casa, juntamente com um caderno onde farão os registros, após realizarem a leitura com a família.

Dessa forma, este trabalho tem como objetivo incentivar o hábito da leitura de livros, promovendo a integração entre casa e escola. Ler é para saber.

Quando os pequenos ouvem ou leem uma história, eles podem viajar por um mundo encantado. Pensando nisso, Zanotto (2003) discutiu a importância da exposição aos livros de histórias, antes

de a criança ler convencionalmente, citando a passagem da fase de apontar as guras e nomeá-las para a leitura de faz de conta.

A necessidade de tornar a leitura parte do dia a dia de nossas crianças é o motivo principal para realizar este projeto. Pois a criança que imagina, representa, ouve histórias e conta também as suas versões, amplia seus horizontes, constrói sua identidade e vivencia emoções, será capaz de interagir com o universo que a rodeia e perceber que ler pode ser uma gostosura!

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Escola, um lugar de valor ANA ELISA TAHAN DE OLIVEIRA GRADUADA EM PEDAGOGIA. PÓSGRADUANDA EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO. PÓS-GRADUANDA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA. PROFESSORA DO MATERNAL II VESPERTINO DO COLÉGIO F.A.S. VERIDIANE BEATRIZ PALHARES GRADUADA EM PEDAGOGIA. PÓS-GRADUADA EM PSICOLOGIA EDUCACIONAL. PÓS-GRADUADA EM NEUROPSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA. PROFESSORA DO MATERNAL II VESPERTINO DO COLÉGIO F.A.S. KELEN CRISTINA GONÇALVES FORMADA EM MAGISTÉRIO. GRADUANDA EM PEDAGOGIA. PROFESSORA DO MATERNAL II VESPERTINO DO COLÉGIO F.A.S. ANA KÁSSIA SILVA BORGES FORMADA EM MAGISTÉRIO. GRADUANDA EM PEDAGOGIA. MONITORA DO MATERNAL I E II DO COLÉGIO F.A.S. BÁRBARA HELENA SILVA E SILVA GRADUADA EM PEDAGOGIA. PÓSGRADUADA EM EDUCAÇÃO INFANTIL, ANOS INICIAIS E EDUCAÇÃO INCLUSIVA. PROFESSORA DO MATERNAL II MATUTINO DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE
NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

Música é ... Cantar, dançar,

A in uência da música na vida humana é inegável. Acompanhou toda a história, ao longo do tempo, desempenhando as mais diversas funções. Está presente em todas as regiões do mundo, em todas as culturas, em todos os tempos, o que signi ca que a música é a linguagem universal, transcendendo todas as barreiras de tempo e espaço.

Música é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma através do som. É o ritmo da vida e uma técnica de combinar acordes de forma melodiosa, com emoção, podendo ser transmitida por meio da voz ou de instrumentos musicais.

Desde cedo, o indivíduo se interessa por ritmos e sons. A capacidade de absorver a música é um fenômeno corporal e sua relação com a criança começa quando ela é exposta ao universo sonoro que a cerca desde o nascimento. O ambiente sonoro, assim como a presença da música em diversas e variadas situações do cotidiano, induzem bebês e crianças a iniciarem o processo de formação musical de forma intuitiva.

Ouvir diferentes sons, produzidos pelos brinquedos ou emitidos do ambiente na própria água, é também uma fonte de observação e descoberta, estimulando uma resposta.

O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil garante que a música é universal, capaz de comunicar e expressar sentimentos e pensamentos. Apreciá-la contribui para o desenvolvimento da sensibilidade, da

percepção e da imaginação.

Assim, do primeiro ao terceiro ano de vida, os bebês ampliam os modos de expressão musical por meio de conquistas vocais e corporais. Eles podem pronunciar e cantar mais sons, inclusive os de sua língua materna, reproduzir letras simples, refrãos, onomatopeias, explorar gestos acústicos, como bater palmas, pés, pernas, principalmente após caminhar, a capacidade de correr, pular e se movimentar.

Um bom exemplo são as canções de ninar, elas são melodias calmantes que as mães usam para confortar seus bebês até que eles adormeçam. Essas canções evoluíram de melodias rudimentares para frases curtas com rimas simples que promovem mudanças no comportamento das crianças. Sendo essas músicas de extrema importância no processo

MÁRCIA R. C. DE FREITAS ADRIANA ROSA JULIANA RIBEIRO ALEXSANDRA C. O. ARCANJO KESSY CRISTINA S. SILVA

tocar e brincar!

formativo da pessoa, pois ajudam a ativar os sentidos e os momentos de vínculo entre pai e lho, fomentando relações afetivas signi cativas na construção de relacionamentos.

As cantigas de roda vivenciadas na Educação Infantil são canções simples, fáceis de aprender e acompanhadas de coreogra as, o que auxilia a formação física e mental do indivíduo. Essas atividades proporcionam um aspecto

lúdico importante para o desenvolvimento da criança, pois trabalham com a imaginação, sonhos e fantasias. Possuem uma tradição muito importante na sobrevivência cultural, proporcionando o conhecimento dos costumes locais de uma população, assumindo assim um importante papel docente, podendo ser uma ferramenta pedagógica que promove signi cativamente a interação e a aprendizagem.

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Escola, um lugar de valor ADRIANA ROSA GRADUADA EM PEDAGOGIA. GRADUADA EM ADMINISTRAÇÃO. PROFESSORA DO MATERNAL I MATUTINO DO COLÉGIO F.A.S. ALEXSANDRA C.DE OLIVEIRA ARCANJO. GRADUANDA EM PEDAGOGIA. MONITORA DO MATERNAL I E II DO COLÉGIO F.A.S. JULIANA RIBEIRO FORMADA EM MAGISTÉRIO. GRADUANDA EM PEDAGOGIA. PROFESSORA
DO
MATERNAL I VESPERTINO DO COLÉGIO F.A.S. KESSY CRISTINA DE SOUSA SILVA FORMADA EM MAGISTÉRIO. GRADUANDA EM PEDAGOGIA. MONITORA DO BABY E MATERNAL I DO COLÉGIO F.A.S MÁRCIA RODRIGUES C. DE FREITAS GRADUADA EM PEDAGOGIA. PROFESSORA DO BABY DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

Saber... o que é o saber? É ter conhecimento, ciência, informação ou notícia, “ter a certeza”, ser instruído, compreender, perceber, reter na memória algo, indagar, informar-se. Diante disso, a pergunta que nos vem à mente é “Como construímos os saberes? ”

Na turma do 2º período, essa construção acontece a todo instante, diante do despertar da criança para tudo que está a sua volta. Seja de forma concreta, possibilitando uma exploração usando seus órgãos de sentido, ou de forma abstrata, aguçando a soma dos dois, resultando na construção do imaginário e orescendo sua criatividade, autonomia, além da organização do seu pensamento. Dessa forma, obtendo respostas ou até acrescen-

tando em sua bagagem outros saberes a partir de uma determinada referência.

Pensando assim, foi proposto à turma do 2º período a construção dos saberes de forma compartilhada, através da troca constante de aprendizagens entre alunos e professora. Para colocar em prática todo esse conhecimento, surgiu o projeto “Construindo os saberes”, o qual tornou-se realidade através de algumas etapas e parcerias, em que cada processo foi importante para um aprendizado signi cativo.

A proposta foi dividida em 4 partes, sendo que a primeira contou com a valorização do conhecimento que a criança já dispunha, com o intuito de despertá-la por meio de

CONSTRUINDO OS SABERES até

questionamentos, para perceber e descrever detalhes ou até um outro ponto de vista sobre algo. Ampliando, assim, sua atenção e interesse. Foi organizada uma rotina diária, trabalhando a memória a curto e longo prazo, com observações do espaço, tempo, dia, localização, relação número e quantidade e consciência fonológica. As crianças em momentos de exercícios de repetição desenvolveram habilidades de escuta, fala e atenção, adquirindo saberes através de curiosidades, percepção de detalhes e análises do que ocorre à sua volta.

Na segunda parte realizaram diversas práticas interativas no caderno pautado e de artes, contextualizados com a referência do

16 Escola, um lugar de valor

material do Sistema Positivo de Ensino, tendo assim uma sequência de atividades planejadas e em registros espontâneos ou direcionados, com a mesma temática.

A terceira parte consiste no próprio material do Sistema Positivo (apostila, livro de experiências, material de apoio e portfólio). É importante salientar que em todas as propostas foram apresentadas inúmeras possibilidades, permitindo que cada criança, de acordo com a sua maturidade, vivências e necessidades, ampliasse seu conhecimento e alimentasse seu interesse por desejar saber mais.

Para nalizar tivemos a parceria da bibliotecária e contadora de histórias, professora Lilian, a qual encantou a todos com deliciosos momentos de roda e contação de histórias, estimulando a imaginação,

a criatividade, a oralidade e a escrita das crianças. Fazendo com que as mesmas também pudessem exer-

citar as conexões neurais, identicando-se com as situações e desenvolvendo meios de lidar com suas emoções e sentimentos. Para registrar essa parte, os estudantes do 2º período elaboraram, com auxílio da professora regente e da professora Lilian, um minilivro para se recordarem desses momentos que agregaram novos conhecimentos e que serão compartilhados com colegas e familiares. No entanto, a construção dos saberes não termina nessa etapa escolar, pois, nós, seres humanos, estamos sempre em “obras”, em constante transformação.

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LÉIA DIAS ROSA CARVALHO LICENCIADA EM PEDAGOGIA. PÓS-GRADUADA EM DEFICIÊNCIA VISUAL E TECNOLOGIAS ASSISTIVAS. PROFESSORA DO 2º PERÍODO DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO Escola, um lugar de valor

SABERES EM CONSTRUÇÃO...

Para uma boa construção acontecer, como por exemplo, de um edifício, o alicerce deve ser reforçado e bem planejado para que as paredes possam tomar forma e sejam concretizadas com e ciência, pois é a base que sustenta o todo. Do mesmo modo, na construção de saberes na Educação Infantil deve-se pensar em sua base e quais habilidades devem ser adquiridas para uma aprendizagem signi cativa.

O processo de construção de saberes vai além de um ensino unilateral, é uma via de várias mãos, que vem dos conhecimentos sociais e culturais vivenciados. Cada realidade possui um modo de ver o mundo, fa-

zendo com que coletivamente os saberes sejam como “tijolos” acrescidos a uma obra. Muitos vêm acrescentar, alguns alinhar as ideias e outros já não são tão favoráveis, sendo descartados em algum momento.

No ambiente escolar, para a criança o saber desdobra-se, uma vez que pode ser compartilhado pelo professor, vivenciado por um colega, ou ainda advindo da família. O que irá interferir na elaboração do ponto de vista de cada um. En m, há uma imensidão de saberes que nos conectam com novas aprendizagens, fazendo com que possamos crescer constantemente.

Com a turma do 2° período matutino, uma das bases de apoio que temos é a construção da consciência fonológica, um importante instrumento, ou melhor dizendo, um importante tijolo para a estruturação do ciclo de alfabetização. Por esse motivo, os sons das letras, consciência fonêmica, foi abordado de modo lúdico, associando as onomatopeias, para cada letra um som que pode ser produzido por pessoas, objetos ou animais.

Para rmar a parceria com a família, foi encaminhado para os pais um vídeo explicativo, imagens im-

pressas e instruções para que eles pu-

dessem auxiliar as crianças. Uma vez que, para os familiares, tratava-se de um método novo, diferente daquele com o qual foram alfabetizados. O interessante foi que os próprios alunos ensinaram aos pais a metodologia em questão, contribuindo ainda mais para o processo de aprendizagem.

Outro recurso fundamental foi a utilização do nome, ele é nossa identidade e possui uma representatividade para cada um de nós. Em sala, com os nomes dos alunos realizamos as rimas correspondentes, zemos atividades de aliteração, associando as iniciais iguais. Em vários momentos, realizamos a contagem de sílabas, observando a quantidade. Também, utilizamos brincadeiras de adivinhações para que descobrissem de quem estávamos falando. Tudo isso uniu importantes habilidades que são propostas pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

No 2º período acontece uma etapa chamada de “pré-alfabetização”, isso porque ao chegar ao 1º ano do Ensino Fundamental será consolidada, de fato, a alfabetização. Sabe-se que esse ano de estudo não se resume apenas à leitura e à escrita, o aluno nessa última fase da Educação Infantil precisa ainda explorar outras áreas do conhecimento, complementando

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Escola, um lugar de valor

terial apostilado, através dos quais tivemos a oportunidade de aprender sobre a cultura de diferentes regiões, despertando nos alunos a noção de pertencimento a um grupo social, o sentimento de empatia, fazendo com que a imaginação viajasse para realidades nunca antes pensadas. Além disso, a cidadania foi contemplada no trabalho sobre a legislação de trânsito e outras regras que compõem a sociedade. Os contos tiveram muita relevância, com eles exploramos o saber ouvir, o ex-

pressar, e aumentando o vocabulário. Proporcionando uma in nidade de compartilhamentos de informações que erguem os muros da sabedoria.

Considerando que os projetos fortalecem as estruturas dos nossos saberes e a parceria com outras pessoas deixa a construção mais leve, trabalhamos diferentes atividades. O folclore com suas lendas foi abordado desde o início do ano letivo, trazendo inúmeros personagens e suas histórias para que na sua culminância, no mês de agosto, os alunos pudessem ter em mãos um trabalho concreto de algo construído, ressigni cando a aprendizagem.

Em suma, é imprescindível que a base do conhecimento continue sendo fundamentada com dedicação e apreço, pois ela fortalece a construção de saberes dos alunos. Todos esses momentos, ou seja, todas as atividades realizadas como as de consciência fonológica, material apostilado e projetos são essenciais na construção, mas não são su cientes. Pois, acima de tudo, o processo de ensino e aprendizagem vai além do conteúdo.

É preciso manter uma relação de con ança para que os alunos vejam o quanto são capazes de adquirir novos conhecimentos. O professor com um olhar atento e afeto mútuo, necessita colocar-se no lugar de seus alunos, gerando sentimentos e sensações que não estão escritos no papel, mas presentes diariamente na sala de aula e nas relações. En m, é no aprender e no ensinar cotidiano que a turma do 2º período é moldada, construindo não só saberes cognitivos, mas, sobretudo, saberes emocionais os quais transformam suas relações sociais e coletivas.

CAMILA PIRES MARTOS LICENCIADA PEDAGOGIA. GRADUADA EM SERVIÇO SOCIAL. PROFESSORA REGENTE DO 2º PERÍODO DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO
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Escola,
um lugar de valor

Sua vida é feita de ENERGIA?

A de nição de energia pode estar presente na compreensão dos fenô menos do Universo, tais como a ve locidade com que uma pedra cai ou o quão rápido o celular irá carregar durante a noite, demonstrando dire tamente ou indiretamente como usa mos a energia. Além disso, ela é utili zada para compreender o fenômeno da movimentação dos elétrons que possibilitam, por exemplo, esquentar a água do chuveiro e acionar as lâm padas. Por meio do desenvolvimento de expressões matemáticas podemos calcular, por exemplo, quanto com bustível a mais, o carro irá gastar quando o bagageiro estiver carregado.

Nessa perspectiva, questiona-se onde podemos obter energia, como encontrá-la e até mesmo como pro duzi-la. As fontes de energia podem ser renováveis ou não renováveis, as renováveis são aquelas que são ‘re novadas’ devido ao fato de que em pouco tempo é possível repor esse gasto, tais como solar, eólica e hi drelétrica; enquanto que as não re nováveis são aquelas que são nitas, originadas por um processo natural, produzidas há milhares de anos por restos de seres vivos no ambiente

terrestre ou aquático, como o petró leo, o carvão e o gás natural.

Dentro das variadas fontes é possí vel extrair os diversos tipos de energia tais como: mecânica, térmica, química, elétrica, nuclear, luminosa e sonora.

A ENERGIA MECÂNICA é aque la utilizada para fazer um trabalho, o qual é resultado de uma força aplicada no corpo que tem como produto um deslocamento especí co. Como, por exemplo, o movimento de rotação da hélice de um helicóptero, permitindo o impulso do voo deste veículo. Os princípios dessa energia podem ser observados na temática de “máquinas simples” como ocorreu na turma do 7º ano, através do experimento do “Eleva dor Hidráulico”, onde utiliza-se a pres são em um uido (lei de Pascal) para transformar em trabalho mecânico.

A ENERGIA TÉRMICA relacio na-se com a temperatura, microsco picamente de ne uma maior agita ção de moléculas de um corpo em elevada temperatura e menor agita ção de moléculas de um corpo em baixa temperatura, respectivamente como uma xícara de café e um copo de sorvete, princípios observados na turma do 4º ano. O forno solar, de

senvolvido pelos alunos do 2º ano, também possibilitou esse tipo de vi vência, mesmo sem a utilização da eletricidade, concentrando o calor do Sol para esquentar a água e cozinhar.

A ENERGIA QUÍMICA está pre sente na digestão dos alimentos para nos mantermos vivos, pois as células que trabalham no interior do organis mo utilizam oxigênio e glicose para obtenção de novas moléculas com o objetivo de abastecer o organismo (ATP). Nos vegetais, a energia quími ca é gerada como subproduto da fo tossíntese ao obter por meio da água e sais minerais, a glicose e o oxigênio.

Considerando essa perspectiva, é válido ressaltar que tudo aquilo que ocupa lugar no espaço é denominado matéria. Sendo formada por pequenas partículas chamadas átomos. O Teste de Chamas, proposto na turma do 9º ano, possibilitou o estudo desses átomos no contexto sobre modelos atômicos. A proposta inicialmente foi colocar várias substâncias sob uma chama, depois ao aquecer materiais diferentes ocorreu mudança na cor do fogo. Essa alteração acontece devido a um “salto quântico”, realizado a partir da liberação de ener gia dos diferentes elementos seguindo o princípio dos fogos de artifício.

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A ENERGIA ELÉTRICA é a energia da passagem da corrente elétrica, ou seja, imaginemos soldados marchando organizados caminhando em um único sentido. Os princípios dessa energia, considerada como fundamental para a vivência em sociedade, foram observados nos experimentos de montagem de diferentes circuitos elétricos da turma do 8º ano, associando as funções das tomadas residenciais, lâmpadas e dispositivos elétricos. A transformação da energia elétrica em cinética (corpo em movimento), pôde ser observada nos experimentos eletroímã e motor elétrico, demonstrando na prática o funcionamento desses materiais em objetos do cotidiano, desde brinquedos até máquinas mais so sticadas.

A ENERGIA NUCLEAR é aquela produzida em usinas nucleares, onde há uma instalação industrial que tem por nalidade produzir energia elétrica a partir de reações nucleares. Essas reações a partir de elementos radioativos produzem uma grande quantidade de energia térmica, chamada de ssão nuclear. No Brasil, temos as usinas de Angra dos Reis como exemplo dessa sistemática.

A ENERGIA LUMINOSA relaciona - se à luz, a qual faz parte de um grupo chamado de ondas eletromagnéticas, que permitem de nir os fenômenos como a aurora boreal, aurora austral e arco-íris. Em 1666, Newton descobriu que a luz branca pode ser decomposta em diferentes cores com o uso de um prisma ótico. Esse prisma foi desenvolvido na turma do 9º ano.

Enquanto que nas turmas do 3º ano, “Geleia luminosa”, “Lupa Mágica” e “Projeção da luz” foram estudados, através dos experimentos, os meios de propagação da luz.

A ENERGIA SONORA relaciona - se ao som. Ao ouvir um som alto, sentimos a propagação das ondas sonoras vibrando os tímpanos. O piano de pregos e copos musicais, nas turmas do 3º e 9º ano, permitiram identi car a propagação de ondas sonoras em instrumentos musicais adaptados.

O uso das diferentes fontes de energia e suas constantes transformações permite maior disponibilidade com menores impactos ambientais.

Considerando os dados descritos na EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a matriz energética brasileira é mais renovável que a matriz mundial, composta pelo uso de combustíveis fósseis.

Nesse sentido, a energia torna-se fundamental para a

manutenção da vida. Ao reconhecer sua importância e seu uso de forma correta, colaboramos com o controle do efeito estufa, a redução da concentração de gases poluentes na atmosfera e a preservação dos recursos naturais. A temática abordada, fontes energéticas, possibilitou aos alunos uma humanização do estudo dos pesquisadores, ao revelar como suas constantes interrogações podem se aproximar das nossas, sendo aplicadas e solucionadas nas aulas práticas de laboratório.

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Escola, um lugar de valor GABRIELA CHAGAS CÂMARA LICENCIADA EM QUÍMICA. MESTRE EM QUÍMICA. PROFESSORA DE LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS NAS TURMAS DE 1º AO 9º ANO DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

CAPOEIRA

PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO E IMATERIAL DA HUMANIDADE

NÚBIA NOGUEIRA CASSIANO

Vamos retomar um pouquinho ao estudo das nossas raízes para trazer à tona um tema que já deveria estar superado há muito tempo:A origem da CAPOEIRA e sua contribuição na constituição da identidade cultural brasileira;

Ao longo desse primeiro semestre estive envolta em uma nova atividade pro ssional na qual realizei diversas palestras, workshops, aulões e apresentações de Capoeira em escolas, eventos, instituições e espaços públicos. Aproveitei bastante essa oportunidade para disseminar a trajetória histórica da arte e dialogar sobre seu processo de surgimento e expansão.

Na maioria das vezes iniciava o diálogo com a pergunta:

- “Vocês sabem qual a origem da Capoeira?” Como foi que ela surgiu?

Para minha surpresa, em geral, pouquíssimas respostas traziam a gênese brasileira. A maioria das pessoas respondiam que a Capoeira é africana, afro-brasileira ou não sabia. Fiquei muito intrigada sobre porque isso acontece. Por que nós brasileiros não conhecemos a própria história?

Mais que isso, por que uma arte tão rica, tão completa acaba sendo invisível a tantas pessoas? Por que muitas vezes é menosprezada e subestimada em detrimento à outras artes orientais ou outras culturas que não são nossas, mas que recebem muito mais reconhecimento e valorização?

A Capoeira, por longa data, permaneceu à margem da educação es-

colar. Esteve presente na constituição de nosso país com participações decisivas em nossa história, no entanto, o educando brasileiro foi privado do conhecimento desses fatos, deixando de identi cá-la como parte de seu contexto existencial. Provavelmente isso ocorreu pelo fato de que a Capoeira foi criada como uma luta de resistência ao sistema escravocrata que mesmo após ter sido extinto ainda traz rastros e resquícios de mecanismos de dominação. Além disso, pode ser que para alguns governantes, não seria interessante disseminar um movimento tão libertador, quando o que se pretendia era formar indivíduos conformados e disciplinados para o trabalho.

O acesso à aprendizagem da Capoeira amplia o conhecimento sobre

22 Escola, um lugar de valor

como se deu a formação cultural de grande parte do povo brasileiro. Sua prática mantém viva a maneira de “ser” do nosso povo lutador pela igualdade. A Capoeira, além de esporte, dança, luta ou jogo, é uma manifestação cultural que representa um modo de enfrentar o mundo e a vida. Uma forma que o povo brasileiro, principalmente as classes mais oprimidas e discriminadas, encontrou e desenvolveu para resistir e lutar contra injustiças sociais e formas autoritárias de relação. Ela pode servir de exemplo para todas as pessoas, pois, independente da classe social, sempre é preciso superar obstáculos, fazer planos e enfrentar di culdades de várias formas. Todos nós precisamos desenvolver uma atitude de luta, aspecto esse, natural no ser humano. A prática da Capoeira e a aprendizagem por ela proporcionada re etem diretamente na realidade do praticante, promovendo uma série de vivências que in uenciam a maneira do sujeito estar e “ser-no-mundo”.

A Capoeira está presente no cenário histórico, social e cultural brasileiro há séculos, transformando homens e mulheres, incorporando saberes, disseminando valores e, no entanto, na maioria das vezes, ainda é vista por parte da sociedade “apenas como uma atividade em que se joga as pernas para o ar”. E de acordo com Mestre Café¹:

Capoeira é muito mais que isso, Capoeira é algo que prepara para a vida, há de se olhar além dos belos movimentos executados. Reconhecer a Capoeira como instrumento de educação, produzido no contexto histórico, social e político de nossa nação, é elevar a cultura a elemento pedagógico capaz de colaborar com a construção da cidadania.

No Colégio FAS a Capoeira (r) existe há 15 anos, desde 2007. Os alunos, além de aprender toda sua trajetória histórica e relevância cultural, também exercitam a expressão corporal, a exibilidade, a agilidade, a destreza, a criatividade e a interação social, além de adquirirem, através de seus fundamentos e da musicalidade, maior capacidade de atenção, concentração e ritmo.

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Escola, um lugar de valor NÚBIA NOGUEIRA CASSIANO GRADUADA EM EDUCAÇÃO FÍSICA. PÓSGRADUADA EM EDUCAÇÃO INTEGRAL. PÓS-GRADUADA EM DOCÊNCIA – ENSINO SUPERIOR. MESTRE EM EDUCAÇÃO FÍSICA. PROFESSORA DE CAPOEIRA DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO ¹ UBIRACY GALVÃO BORGES - MESTRE CAFÉ – FUNDADOR DO CENTRO CULTURAL DE CAPOEIRA ÁGUIA BRANCA EM UBERABA, PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA PELA UFU –UBERLÂNDIA, DOUTOR HONORIS CAUSA EM CAPOEIRA PELA FACULDADE FEBRAICA DO BRASIL, RECONHECIDO INTERNACIONALMENTE COM ATIVIDADES PROFISSIONAIS NOS ESTADOS UNIDOS, CHINA, MOÇAMBIQUE E LONDRES.

EM SINTONIA COM AS EMOÇÕES:

RECUPERANDO AS APRENDIZAGENS

“No mundo de hoje, jovens e adultos precisam aprender sobre assuntos variados e de forma rápida e flexível. A unidade de medida de escolarização não pode ser o tempo diante do professor, mas a aprendizagem”. Theodorovicz.

MÔNICA CRISTINA DE ALMEIDA FURTADO

Na atualidade, ensinar no período pós – pandemia tem sido um grande desa o. Crianças e adolescentes trazem consigo diversas marcas de um momento tão delicado quanto o que vivenciamos nos últimos dois anos.

Cicatrizes emocionais e cognitivas têm permeado todo o processo de ensino – aprendizagem, crianças ansiosas e presas ao imediatismo digital são algumas das sequelas em questão.

O isolamento e o processo de ensino remoto e híbrido, apesar de bastante abrangentes e signi cativos não substituíram o contato físico e o acompanhamento sistemático do

Escola,

professor em sala de aula. A consolidação do processo alfabetizador e a formação de hábitos e organização espacial também caram extremamente prejudicados.

Além disso, o “estar em casa” frente ao computador e celulares, tanto para os estudos quanto para o lazer, desenvolveu nas crianças uma sensação de dependência e também ansiedade. O simples tocar de ícones com respostas imediatas gerou nas pessoas de modo geral, uma pressa em resolver tudo aquilo que é proposto. Também a ausência da escrita à mão, a atenção à gra a correta e às etapas do cálculo foram deixadas um tanto de lado, em troca de um mundo do “agora”.

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um lugar de valor

A geração digital, que não brinca na rua, não sobe em árvores, não pula amarelinha, não pisa na terra molhada, infelizmente, muitas vezes, também não exprime seus sentimentos com palavras e abraços, restringe-se aos emojis e comentários. Esse grupo tem vivido trancado nas quatro paredes de um quarto, aparentemente resguardado dos perigos da “rua”, mas fechado também dentro de si, guardando todas as emoções que não podem ser trocadas com as famílias, as quais também vivem uma rotina frenética de trabalho e ansiedade.

Para cumprir os objetivos propostos foram trabalhadas várias atividades enriquecedoras com a turma do 4º ano. Dentre elas, a obra literária “A menina que guardou o sorriso”, a qual trata da importância do sorriso e da necessidade de sabermos encarar as diferentes situações em nossa vida. Além disso, foi trabalhada a dinâmica da árvore das emoções, onde as crianças puderam contar como se sentiam. Em muitas rodas de conversa foram externados sentimentos e emoções.

Foi contada a história do “O monstro das cores”, na qual uma menina ajuda um monstrinho a entender e organizar seus sentimentos, demonstrando que é normal sentir raiva, medo, tristeza, calma, amor e alegria e que é preciso organizar o que sentimos, desabafar e a importância do abraço para vivermos melhor.

Trabalhamos também com o lme Divertidamente que trata da mudança de uma jovem para outra cidade, com novas experiências e todos os seus dramas pessoais, representando as emoções através de personagens. Falamos sobre o lme, usando a empatia, pensamos em como seria estar no lugar da personagem. Para completar ainda mais esse trabalho tão signi cativo, os alunos também receberam a “Régua dos sentimentos”, a qual funciona como um termômetro das emoções. Foram realizadas várias experiências positivas em grupo, buscando uma boa convivência, aumento da empatia, e minimizar a ansiedade, sabendo esperar e organizando seus pensamentos e emoções para conseguir lidar com as frustrações que enfrentamos em nossas vidas.

A partir da atual realidade, pensando em todos esses aspectos, considerando todas essas perspectivas foi elaborado, com muito carinho, o projeto voltado para a educação socioemocional, que visa através do trabalho com as emoções resgatar também as aprendizagens, tão fragilizadas nesse período conturbado em que vivemos.

E assim, permeados por tantos sentimentos, com certeza, as crianças do 4º ano, puderam vivenciar a troca de experiências, a importância do afeto, e ter a certeza de que ao conhecerem suas emoções serão capazes de ser pessoas mais realizadas e felizes.

Dessa forma, levando em con-

ta, que o tempo de aprendizagem é muito mais valioso, quando podemos vencer as barreiras emocionais. Pois quem se sente bem e feliz, certamente, aprenderá todos os conteúdos muito melhor e poderá fazer a diferença, primeiramente em seu lar e assim também na sociedade.

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MÔNICA CRISTINA DE ALMEIDA FURTADO LICENCIADA EM PEDAGOGIA. LICENCIADA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS. FORMADA EM MAGISTÉRIO. PÓS-GRADUADA EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL. PROFESSORA REGENTE DO 4º ANO DO COLÉGIO F.A.S.
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IMIGRAÇÃO BRASILEIRA ATRAVÉS DO TEMPO UM ESTUDO ARTÍSTICO, FILOSÓFICO E GEOGRÁFICO

GILMAR CATARINO JÚNIOR

Neste ano, com o intuito de pos sibilitar um estudo abrangente nas três disciplinas, desenvolvi o projeto “Imigração brasileira através do tem po” trazendo para os alunos, um con junto de análises dos imigrantes na história e identidade brasileira. Isso, levando em conta que o Brasil é mar cado por intensos uxos migratórios, principalmente para evitar invasões de outras nações e ocupar terras re cém-descobertas.

Segundo o IBGE (Instituto Bra sileiro de Geogra a e Estatística), nos anos anteriores à Proclamação da Re pública, aproximadamente 1,2 milhões de portugueses chegaram ao litoral brasileiro para xar residência; logo no mesmo século, começaram a desembar car os escravizados, capturados no con tinente africano. Porém, não podemos relacioná-los como imigrantes, tendo em vista que foram trazidos à força para o trabalho escravo, mas a cultura, tradi ções e costumes dos escravizados não foram excluídos, pois proporcionaram intensa con guração na construção da identidade brasileira.

Escola, um lugar de valor

Um dos objetivos principais desse trabalho no campo da loso a foi de senvolver nos alunos uma visão sobre a “Natureza brasileira”, retratada no livro “Brasil ou a busca pelo novo homem” do lósofo Vilém Flusser (1920 – 1991), que somente em 1993 foi encontrado pela viúva Edith Flusser na Alemanha e publicado em 1994 e, logo em seguida, publicado em versão brasileira.

No capítulo “Imigração” ele retra ta suas experiências como imigrante no Brasil, apontando o choque sofrido no encontro com as massas humanas, principalmente nas grandes cidades brasileiras. Segundo ele, as paisagens naturais do país estão longe de serem paradisíacas, ou o cartão postal do Brasil. As paisagens estão ligadas aos grupos maçantes e opressores, sendo, portanto, um grupo cooperativo entre si, pois juntos, enfrentariam os desa os do mundo natural. Ou seja, a par tir daí, surgiria o “novo homem”, com tradições, culturas e misturas de etnias, tornando-se, assim, um novo mode lo de desenvolvimento humano e de convivência pací ca.

Conforme o historiador Peter Stern (2007, p. 18-19), “Poucas socie

dades convertem-se rápida ou total mente aos padrões da outra, mesmo quando existem contatos intensos [...] o que ocorre com mais frequência é um conjunto de compromissos”.

Desta forma, os alunos do 7° ano do Ensino Fundamental compreen deram, a partir das leituras realizadas, o choque de etnias e a importância de enfrentar os desa os do mundo atual, concluindo que o modo de ser do brasileiro do século XXI, está nos engajamentos construídos ao longo da história, como no futebol, carnaval e na culinária.

No âmbito da Arte, trabalhamos dois artistas importantes que represen taram, através dos movimentos artísti cos, a história da Imigração brasileira. O primeiro deles é Aldo Locatelli, o qual deu forma ao rosto do imigran te italiano e ao colonizador português. Nascido em Bérgamo, na Itália, chegou ao Brasil em 1948 no Rio Grande do Sul para pintar a Catedral de São Fran cisco de Paula de Pelotas, recebendo depois outras propostas de trabalho e se xando no Brasil. Já o segundo artista, foi Lasar Segall, de origem italiana, que chegou ao Brasil em 1923. Suas obras

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trazem o drama social e o destino trágico da humanidade.

Na Geogra a, os alunos identicaram os diversos imigrantes que se xaram no Brasil e quais foram as regiões brasileiras em que se concentraram, especialmente nas regiões sul e sudeste, as mais ricas do território brasileiro. No campo geográ co, é fato que o Brasil deve aos imigrantes a implantação das técnicas agrícolas, industriais, entre outras.

Assim, os alunos do 7° ano, turma escolhida para desenvolver o trabalho em sua ampla esfera, principalmente, por conta do currículo escolar, no qual eles estudam as regiões brasileiras. Os estudantes foram divididos em grupos, os quais caram responsáveis por pesquisar, estudar e caracterizar os povos que aqui chegaram, como os Portugueses, Italianos, Alemães, Japoneses, Libaneses e os Africanos, este último, com o intuito de compreender não como imigrantes e sim, como um grupo forçado a vir para o Brasil ao ser escravizado. Conforme podemos observar em Munanga;

Essa história a conhecemos bem: esses povos foram sequestrados, capturados, arrancados de suas raízes e trazidos amarrados aos países do continente americano, o Brasil incluído, sem saber por onde estavam sendo levados e por que motivo estava sendo levados. Uma história totalmente diferente da história dos emigrados europeus, árabes, judeus e orientais que, voluntariamente, decidiram sair de seus respectivos países, de acordo com a conjuntura econômica e histórica interna e internacional que in uenciaram suas decisões de emigrar (MUNANGA, 2003, p. 37).

CURIOSIDADES.

Quer

Acesse

pessoas que passaram pela Hospedaria de Imigrantes em São Paulo. Museu da Imigração do Estado de São Paulo (inci.org.br)

Acesse o link dos registros de entrada dos estrangeiros no Brasil - Porto do Rio de Janeiro. <h3>ENTRADA DE ESTRANGEIROS NO BRASIL - PORTO DO RIO DE JANEIRO

Dessa maneira, os alunos do 7° ano conseguiram compreender que a formação da identidade brasileira está nas relações estabelecidas ao longo da história e do espaço geográ co no qual os imigrantes se xaram.

O trabalho, desenvolvido ao longo do ano, teve participação ativa de todos os estudantes que pesquisaram sobre os imigrantes, relacionando aos textos abordados em sala de aula, e às obras apresentadas durante o desenvolvimento do projeto. Interessante destacar que a maioria dos alunos se reconheceram como descendentes de imigrantes que chegaram em busca de oportunidades de trabalho, ou descendentes africanos escravizados. Cada grupo construiu um mapa geográ co com a localização de cada etnia estudada. Nosso objetivo nal, que será apreciado por todos na Feira de conhecimentos, será a construção de um grande mapa geográ co com as localizações em que os imigrantes se xaram e seus aspectos culturais, sociais e econômicos.

O Brasil, portanto, é um país rico em sua formação étnica e cultural, com a presença dos povos indígenas, negros e brancos, vindos dos diversos locais entre os séculos XIX e XX. Evidentemente,

que o tema do projeto enseja um processo contínuo de pesquisas, pois os grupos entenderam que a formação do povo brasileiro ainda é pouco explorada dentro das salas de aula, mas de suma importância para observar como o multiculturalismo nasce dessa junção entre os vários povos que desembarcaram no Brasil.

Referências MUNANGA, Kabengele. A questão da diversidade e da política de reconhecimento das diferenças. Crítica e Sociedade: revista de cultura política,v . 4, n. 1, p. 34-45, 2014. STERN, P. História das relações de gênero. São Paulo: Contexto, 2007. GILMAR CATARINO JÚNIOR LICENCIADO EM HISTÓRIA, GEOGRAFIA E PEDAGOGIA. ESPECIALISTA EM HISTÓRIA DA ARTE. PÓS-GRADUANDO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA. PÓS-GRADUANDO EM PROJETOS EDUCACIONAIS. PROFESSOR DE ARTE, FILOSOFIA E GEOGRAFIA DO 5º AO 9º ANO DO COLÉGIO F.A.S.
saber sobre seus antepassados? Se existe algum registro?
o link dos registros das
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ENSINAR:

REALIDADE EM CONSTRUÇÃO

ADRIANA MESQUITA

Para muitos, o sonho de ser professor constrói-se desde pequeno, porém muitas vezes acaba por se confundir com outras carreiras. Já para algumas pessoas torna-se vocação, a qual se con rma a cada dia. A partir do momento em que compreendemos como esse processo de construção de saberes é signi cativo, o caminho da educação passa a fazer ainda mais sentido para nós. Por esse motivo, ao ingressar no Magistério, nos dias atuais, precisamos ter claro em nossas mentes e corações que ensinar perpassa toda a nossa vida e requer dedicação e envolvimento.

Ser professor é muito mais do que ministrar conteúdos, é caminhar lado a lado, acolher, encorajar, colocar limites, ser o carinho e a palavra amiga em dias nebulosos. Ser professor é estar disposto a aprender mais do que ensinar, renascer com os sonhos sem fronteiras que saem do coração das crianças.

Ao exercer a função de monitora no colégio F.A.S é possível ter essas oportunidades, de crescer como

pro ssional e ser humano, ensinando e aprendendo, criando parcerias em cada gesto e troca de experiências, buscando fazer a diferença e vencer os medos e desa os que surgem no cotidiano escolar.

A partir do momento em que vivenciamos a prática e o chão da sala de aula podemos entender o grande porquê do ensinar. Quanto mais aprendemos, percebemos que mais temos a aprender. Quanto mais amamos, mais temos que amar. Tendo consciência do quanto a presença do professor é decisiva para a construção de uma sociedade melhor. Assim, por tudo isso que se apresenta no olhar

das crianças, no afeto, às vezes sem palavras, na inocência e no silabar da alfabetização, é possível dizer que vale a pena.

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Escola, um lugar de valor ADRIANA MESQUITA LICENCIANDA EM PEDAGOGIA. FORMADA NO CURSO NORMAL (MAGISTÉRIO). MONITORA DO COLÉGIO F.A.S.

PUXA QUE LÁ VEM HISTÓRIA...

Leia e conte histórias para uma criança, para que ela tenha sempre em mente a bondade e os valores morais. As histórias têm o poder de trazer à tona um com promisso natural, fazendo com

que as crianças se emocionem, sejam mais expressivas, e sintam os prazeres da leitura e da fanta sia, sobretudo através dos Clás sicos Literários infantis, os quais incentivam o desenvolvimento da imaginação com narrativas de forma espontânea.

Entretanto, não basta só con tar para as crianças, tornando-as meros ouvintes. É preciso per

mitir que elas tenham acesso aos livros e deixá-las narrar à sua maneira, seja no “faz de conta”, ou mesmo, por meio de dese nhos. Também aliada à literatura está a brincadeira, da qual fazem uso para vivenciar o que ouvem nos contos.

Com isso, elas desenvolverão uma série de habilidades cog nitivas e emocionais. Podendo

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Escola, um lugar de valor Descubra o invisalign® dra gisantiago

assim crescer, despertando sentimentos e desbravando o cérebro. Desse modo, trabalhando com a criança, pensando como ela, será possível criar laços e fortalecer vínculos, os quais permanecerão por toda a vida.

Por todos esses motivos, a escola torna-se lugar de criar e

recriar, contar e recontar. Trabalhar com o imaginário, uma atividade que os alunos tanto apreciam, fazer viagens através dos sonhos, onde possam experimentar e assim despertar a imaginação e o senso criativo. Para que, posteriormente, quando tiverem que pegar

o lápis e redigir um texto, estejam familiarizados com o mundo da imaginação e com a estrutura cognitiva para formar uma história.

Imaginar é uma ferramenta e um recurso mágico, que nós podemos despertar. Na escola, nós, professores, precisamos cada

dia mais dedicar nosso tempo, seja brincando, contando uma história ou se apropriando da brincadeira como instrumento, aumentando a qualidade e o acréscimo cognitivo das crianças para que os momentos de interações pedagógicas se tornem prazerosos.

Tendo em vista essa perspectiva, trabalhamos ao longo do ano de 2022 com as turmas do 1º período matutino e vespertino vários contos de fadas, histórias em quadrinhos, parlendas, poemas, entre outros. Integrando a criatividade ao raciocínio lógico das crianças. Atuamos com o projeto “Obras Literárias”, através do contato com livros diversos, e um deles, em especí co, foi o livro: “O jogo do puxa-puxa”. Através do seu conteúdo foram realizadas diversas atividades lúdicas, nas quais trabalhamos com os alunos os cinco campos de experiência: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimen-

tos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Assim, permitindo que a criança brinque com o imaginário, ela poderá representar diferentes formas de linguagens lúdicas expressivas, comunicativas e de encantamento.

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Escola, um lugar de valor ALINE CRISTINA BERNE SILVA ROCHA ALINE CRISTINA BERNE SILVA ROCHA LICENCIADA EM PEDAGOGIA DO COLÉGIO F.A.S. GABRIELI CAROLINE SILVA MENDES LICENCIADA EM PEDAGOGIA E LETRAS (PORTUGUÊS/INGLÊS). PÓS-GRADUADA EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO. PROFESSORAS REGENTE DO 1º PERÍODO DA EDUCAÇÃO INFANTIL DO COLÉGIO F.A.S. ANA LÚCIA GOMES DE SOUSA MIQUELINO LICENCIADA EM PEDAGOGIA. PÓSGRADUADA EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E SUPERVISÃO ESCOLAR DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

UMA PARCERIA SIGNIFICATIVA

LEITURA DE TEXTOS SIMPLES NA ALFABETIZAÇÃO COMO

FERRAMENTA FACILITADORA DO PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA

Quando temos a tarefa de alfabetizar, nos tornamos mediadores do protagonismo na vida das crianças. Abrimos as portas do conhecimento acompanhado de autonomia. Elas descobrem o mundo e encontram oportunidades de realizações que só a leitura pode proporcionar. Esse caminho, se for di cultado, cria entraves e pode comprometer o desenvolvimento dos leitores iniciantes, fazendo com que uma estrada simples e relativamente rápida se transforme em um terreno cheio de obstáculos. Dessa forma, ao apresentarmos às crianças textos simples e objetivos, nos tornamos facilitadores e incentivadores no processo de ensino - aprendizagem.

Nesse intuito, as turmas do 1º ano têm trabalhado ao longo de 2022, com textos dos autores Mary e Eliardo França, que traduzem magicamente a proposta de simplici-

dade no momento de alfabetizar. A criança sente-se con ante ao lidar com o texto, além de perceber a coligação das frases. Ela consegue absorver os sons e diferenciar os fonemas com mais tranquilidade.

Os livros escritos pelo casal (em sua maioria tendo Eliardo França como co-autor e ilustrador), trazem conceitos e questionamentos facilmente percebidos pelos pequenos, permitindo que se envolvam diretamente com a história contada.

Combinando a escrita viva e lúdica de Mary com as belíssimas ilustrações de Eliardo, a criança vivencia o processo de forma natural e prazerosa. Tudo isso, sobretudo, através da interação entre a leitura das imagens e das palavras, o que possibilita a construção de representações signi cativas para a consolidação do processo de leitura e escrita.

Quando pensamos em como começar e qual o caminho a seguir, diante do desejo interminável de aprender que nos é oferecido pelos nossos pupilos da alfabetização, a vontade de acertar e trazer os textos simples e prazerosos motiva a busca

incansável da melhor aprendizagem. Assim, a cada dia, desprendemos amarras, criamos situações, abandonamos o medo, apenas ensinar com qualidade e responsabilidade nos importa e nos motiva tanto quanto ouvir um aluno ler as primeiras palavras.

Escola, um lugar de valor

O caminho é longo e muitas vezes difícil de ser alcançado, mas as oportunidades e a receptividade de cada um, nos fazem querer mais e mais presenciar o seu desenvolvimento. No entanto, considerando que ensinar é um ato de amor, tudo isso se torna possível diante de nós, educadores. Levamos pela mão cada estudante e sabemos que para lidar com o imaginário, eles têm sonhos e imaginação de sobra, componentes primordiais para esses primeiros passos, por isso é preciso ser so-

nhadores e sonhar junto. Qualquer vitória é comemorada e sabemos que todos alcançarão esses objetivos, cada um no seu tempo, porque somos únicos em nossa individuali-

dade. Somos condutores de conhecimentos e eles, pura energia, caminhando de mãos dadas, para que no momento oportuno, possamos vislumbrar a palavra CHEGADA.

CARMEN LÚCIA JOCA DE MELO LICENCIADA EM PEDAGOGIA. FORMADA EM MAGISTÉRIO. PÓS-GRADUADA EM PSICOPEDAGOGIA. PROFESSORA REGENTE DO1º ANO DO COLÉGIO F.A.S. MARLENE DE CARVALHO OLIVEIRA. GRADUADA EM LETRAS (PORTUGUÊS/ ESPANHOL). FORMADA EM MAGISTÉRIO. PROFESSORA REGENTE DO1º ANO DO COLÉGIO F.A.S. DANIELLE ARGONDIZI DA SILVA LICENCIADA EM PEDAGOGIA. FORMADA EM MAGISTÉRIO, GRADUADA EM FISIOTERAPIA. PROFESSORA REGENTE DO1º ANO DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

Dança:

UM DESPERTAR PARA NOVAS POSSIBILIDADES

Hoje podemos ver a dança como um despertar para uma nova vida, na qual a consciência corporal deixa a orar os sentimentos que serão transmitidos ao público. Ela se faz presente nas mais diversas manifestações do movimento do corpo.

Além disso, devemos ressaltar que é fundamental qualquer tipo de dança ou esporte na primeira infância para que as crianças possam

aperfeiçoar o repertório motor e a convivência social.

Em nossas aulas de dança, no colégio, há uma constante troca de aprendizagem. Os encontros possuem uma essência sem igual, onde o desenvolvimento das habilidades corporais está em primeiro lugar, sem que haja cobrança de movimentos perfeitos, mas sim o envolvimento com a prática e muito amor.

Nessa perspectiva, a dança deixa de ser apenas movimentos repetitivos

ou coreográ cos, passando a expressar os sentimentos, a musicalidade, a noção do espaço e ritmo juntamente aos movimentos que cada dançarino (a) é capaz, na sua individualidade, de realizar, demonstrando ainda a que a música remete de maneira consciente ou não.

Aqui no Colégio, a dança é mais do que arte e cultura. É a possibilidade máxima de expressão. É através deste grande show que salta aos olhos de quem assiste uma dança ou participa dela de “corpo e alma” que percebemos a entrega à alegria e ao prazer de dançar.

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Escola, um lugar de valor LETÍCIA GABRIELA INÁCIO DRT BAILARINA PELO SATED DE BELO HORIZONTE. PROFESSORA DE BALLET E DANÇA DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

Além dos Muros da Escola...

O projeto pedagógico “Além dos Muros da Escola” nasce em 2019, com a proposta de consolidar na prá tica o trabalho teórico realizado em sala de aula, proporcionando aos alu nos o contato direto com os temas desenvolvidos em quatro paredes, ampliando o olhar para os aspectos culturais, sociais e políticos. O tra balho desenvolvido está alinhado às propostas e objetivos de cada nível de ensino, muitas vezes de forma inter disciplinar.

Porém, o projeto cou estagna do por dois anos, devido à situação pandêmica que o país enfrentava. Nesse período, foram várias expec tativas criadas pelos alunos e, cito aqui “expectativas” pois o projeto é dividido em três momentos: antes

da viagem (expectativas/ansiedade); durante a viagem (experiências) e depois da viagem (pausa/re exão). Dessa forma, foram dois anos, con trolando a ansiedades dos alunos e suas expectativas.

No que diz respeito à Educação, entendida como um processo per manente, ela não pode parar no ensi no, ou seja, na pura instrução. Nesta função, os meios de comunicação es tão muitos anos luz à nossa frente. A informação está disponível em toda a parte. A aprendizagem, sintetizada em receber a informação e memorizá-la, também nada representa em termos de mudança. Infelizmente, em muitos lugares é a escola que temos. Trata-se de um processo alienante. A contri buição mais importante que pode mos oferecer aos nossos alunos é en sinar a pensar (BIZ, 2012. p.35).

Como podemos observar, a pro posta do colégio é quebrar essa rigi dez da sala de aula e proporcionar aos alunos e docentes a experiência da observação e da vivência. Nosso di ferencial, portanto, é possibilitar além do ensino teórico, a aproximação do fazer pensar, conectando – nos ao mundo e suas facetas.

Após esse período de muitos obs táculos, desa os e perdas, chegamos a 2022 e com ele, a dúvida quanto ao desenvolvimento do projeto. Os meses foram passando e, felizmente começamos a elaborar e planejar os roteiros pedagógicos.

Entende-se, então, que surgiriam, neste momento, as novas expectati vas dos alunos diante da notícia que o projeto seria desenvolvido. Assim, para o ano letivo de 2022, desenvol vemos um roteiro que pudesse ser

capaz de atingir não somente os conteúdos, mas criar vínculos que cariam para sempre em suas memórias.

Dessa forma, escolhemos a cidade de Brodowski, no interior de São Paulo, onde visitamos, com a turma do 5° ano do Ensino Fundamental, o Museu Casa de Portinari. Antiga residência do artista Candido Portinari, o local traz a história da família e o início de suas experiências com a pintura. O objetivo principal foi aproximá-los de um museu, da vida e das obras do artista, compreendendo a importância da preservação para as futuras gerações.

Já as turmas do 6° e 7° ano do Ensino Fundamental visitaram dois espaços importantíssimos na cidade de São Paulo, o Museu Catavento, Museu de ciência de tecnologia, que tem como missão aproximar os alunos do mundo cientí co, transmitindo conhecimento de forma acessível. E o segundo espaço visitado foi o Zoológico de São Paulo, sendo seu

principal objetivo a preservação de animais vivos de todas as faunas. A visita pedagógica foi interessantíssimo, pois contribuiu para a consolidação dos temas desenvolvidos em sala de aula nas áreas de Geogra a, Ciências e Matemática.

Ouro Preto foi o destino da turma do 9° ano, em meio às montanhas de Minas Gerais, esconde uma riquíssima e belíssima cidade de suma importância para a história do Brasil. Foi lá que os alunos desembarcaram em uma imersão de dois dias de conhecimento, apreciação e encantamento com as descobertas de cada detalhe, espalhados em cada canto da cidade. Sem sombra de dúvida, foram momentos de nostalgia, pois as histórias ali paradas no tempo, provocavam nos alunos e professores uma sensação de voltar ao passado, de sentir na pele os sofrimentos e con itos vividos no período Colonial.

E por último, a turma do 8° ano, que até o fechamento deste texto,

ainda não embarcaram, terão Brasília como destino, e o objetivo será conhecer a história da Capital do país, um lugar marcado pela modernização e símbolo do desenvolvimento do Brasil.

Por m, ressalto a importância do projeto a partir dos depoimentos dos alunos e das expectativas da turma do 8° ano. Esperamos que em 2023, todos vocês, alunos, pais e professores, embarquem no projeto “Além dos Muros da Escola”.

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Escola, um lugar de valor GILMAR CATARINO JÚNIOR LICENCIADO EM HISTÓRIA, GEOGRAFIA E PEDAGOGIA. ESPECIALISTA EM HISTÓRIA DA ARTE. PÓS-GRADUANDO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA. PÓS-GRADUANDO EM PROJETOS EDUCACIONAIS. PROFESSOR DE ARTE, FILOSOFIA E GEOGRAFIA DO 5º AO 9º ANO DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

UNIDADE DO FUNDAMENTAL II

NAYARA FACHINELLI ARQUITETURA E INTERIORES

APRENDER, PESQUISAR, PENSAR... DIALOGAR!

LUCIANA A. DE MORAES

Sabemos que a escrita tem um papel fundamental e de extrema importância em nossas vidas. No contexto escolar, ela assume protagonismo junto à leitura, sendo comum associarmos o sucesso do aluno a produções escritas de ótima qualidade e fluência na leitura e compreensão textual. No entanto, será que são apenas esses fatores o termômetro do desenvolvimento dos nossos alunos?

Estamos em uma era de comunicação, na qual saber expressar-se e aplicar conhecimentos é tão im-

portante quanto aprender conceitos. Isso porque, ser capaz de apresentar uma ideia vai muito além de organizar palavras, pois favorece nosso papel como cidadãos na entrega de informações importantes e na defesa de pontos de vista e valores que representam o senso crítico. Frequentemente, podemos nos deparar com produções textuais dos alunos dentro e até acima dos padrões para a faixa etária, com coerência e coesão dos fatos apresentados, mas, por vezes eles se sentem inseguros e despreparados para as produções orais que também são fundamentais no processo de desenvolvimento.

Saber se comunicar faz parte da trajetória da humanidade, que ao

longo do tempo, encontrou diversas formas de se expressar mediante gestos, símbolos e desenhos, mas principalmente através da fala, a qual é uma ferramenta valiosa aprendida através da interação social dos indivíduos. A oralidade formal, por sua vez, deve ser abordada pela escola, que tem o papel de expor o aluno a diferentes situações comunicativas, seja por meio de trabalhos em grupo, permitindo a troca de experiências e conhecimentos entre a equipe; seja em exposições e feiras na escola, onde os alunos têm a oportunidade de ver o conceito aprendido de forma prática, formulando explicações, colocando suas observações e expondo sua vivência ao preparar o material a ser apresentado. Ainda nessa perspectiva, não poderíamos esquecer da apresentação de trabalhos em cartazes. Ah, os cartazes que andam tão esquecidos! Exibir suas próprias produções é uma importante etapa

da aprendizagem, pois muitas vezes, o que o aluno escreve fica restrito a cadernos ou pastas individuais, e, neste formato de apresentação, o aluno pode se inteirar da produção do colega, observar como ele expõe o que aprendeu e ainda trocar experiências sobre o tema abordado.

Os alunos do 2º ano dos turnos matutino e vespertino foram incentivados durante todo o ano a socializarem os conhecimentos adquiridos através de trabalhos e atividades em duplas/grupos, exposição de brinquedos antigos e apresentação de cartazes. Esse tipo de atividade é um grande aliado para o professor, devido à heterogeneidade dos alunos em sala de aula. Há evidências de que estar em grupo e interagir com pessoas que apresentam suas diferenças e podem ter outras ideias contribui para o desenvolvimento de habilidades altamente intelectuais. Dessa forma, através dessas práticas, onde as crianças podem debater, conversar e colocar suas vivências frente a uma proposta, elas podem desenvolver constantemente diversas competências, tanto do ponto de vista do conteúdo quanto em aspectos socioemocionais, trabalhando inclusive a linguagem, uma vez que no trabalho em grupo é preciso expressar-se e saber colocar suas ideias e opiniões.

Além disso, uma grande vantagem dessa abordagem é que no debate aos pares o aluno enfrenta assuntos e problemas que estão muito mais próximos da vida real do que

algo que ele possa responder individualmente em uma atividade no livro didático. Através disso, garantimos que a participação das crianças seja igualitária e incentivamos um tipo de linguagem em que possam interagir, cada uma ao seu jeito, explorando a riqueza que todos trazem à sala de aula. No decorrer dessas atividades, observamos os alunos individualmente e sua conduta ao lidar com o outro, assim temos a oportunidade de dar um feedback positivo e que os incentiva constantemente, como “Você fez um ótimo trabalho! ”, “Este grupo é incrível! ”, “ Essa foi uma ótima contribuição para a atividade! ”. Tudo isso colabora para produzir pessoas mais capazes, sociáveis e pensadores mais profundos.

A exposição de brinquedos antigos para todo o colégio, trabalhada

no 2º Bimestre, foi de grande importância para que os alunos pudessem compreender a história a partir de relatos em sua própria casa, os quais refletem em como a sociedade vivia em outros tempos. Estudamos no conteúdo de História o tema de objetos que contam histórias. Tema muito adequado, uma vez que na era de jogos e brincadeiras tecnológicas, resgatar a cultura de brinquedos antigos é uma ótima forma das crianças conhecerem e vivenciarem novas experiências, ampliando seu repertório lúdico e seu conhecimento de mundo. Neste contexto, os alunos trouxeram brinquedos antigos confeccionados junto às famílias para serem apresentados para as turmas do colégio, contaram a história desses objetos e como se brincava com eles antigamente. Além da

Escola, um lugar de valor

apresentação, buscaram saber o que há por traz de cada item antigo, através das conversas que tiveram com as famílias, avós, bisavós, criando uma aproximação entre as diferentes gerações por meio da valorização da experiência do outro.

A apresentação de cartazes foi uma vivência muito rica abordada em Geografia, na qual os alunos prepararam seu trabalho e demonstraram as tradições e a cultura da cidade de Uberaba. Realizaram as pesquisas de acordo com o conteúdo proposto e tiveram a oportunidade de transmitir o que aprenderam. Incentivamos que todos pesquisassem a fundo sobre o tema escolhido, para que quando apresentassem pudessem compartilhar suas descobertas com segurança. Este processo é muito importante para trabalhar na

criança a perda da timidez, a busca da autoconfiança, autonomia e a construção da identidade. Além disso, contempla também a socialização dos conhecimentos adquiridos, que fazem parte do processo aprendizagem, além de desenvolver a consciência e a responsabilidade de encarar situações a que serão expostos ao longo de sua vida.

Em vista das práticas apresentadas, salientamos que o incentivo à oralidade na escola deve ser pautado em criar situações que oportunizem aos alunos vivenciar práticas que os tornem mais confiantes e preparados, além de motivá-los a refletir sobre o que estudam, levando esses conhecimentos para a vida. Mais do que aprender, eles devem saber compartilhar o que aprenderam, sabendo o real significado do “por que” e

“para que” estudam determinado conteúdo. Tudo isso é trabalhado de forma contextualizada, pois quando se preparam para uma apresentação, praticam a leitura através das pesquisas sobre o assunto, a escrita ao criar pequenas frases e textos que direcionem suas falas, e principalmente a síntese do tema, que deve

ser transmitido de maneira clara e dinâmica. O professor tem o papel de facilitador em todo esse processo, intervindo quando necessário e dando todo o suporte para que os alunos se sintam motivados e apoiados em suas ações. Quando o estudante adquire confiança em expor suas ideias, tem a oportunidade de prati-

car e desenvolver suas habilidades de comunicação em público, aspecto significativo para o profissional e o cidadão contemporâneo que buscamos formar.

Colégio F.A.S.: Fazendo A Comunicação e Sociabilidade serem mais uma ferramenta de aprendizado e desenvolvimento!

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Escola, um lugar de valor LUCIANA ALMEIDA DE MORAES GRADUADA EM PEDAGOGIA. GRADUADA EM EDUCAÇÃO FÍSICA. FORMADA EM MAGISTÉRIO. PÓS-GRADUADA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA PÓSGRADUADA EM NEUROPSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA. PROFESSORA REGENTE DA TURMA DE 2º ANO FUNDAMENTAL I DO COLÉGIO F.A.S. THAIS ARRUDA COSTA JOCA LICENCIADA EM PEDAGOGIA. LICENCIADA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS. MESTRE E DOUTORA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (BOTÂNICA). PÓS-GRADUADA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA E NEUROPSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA. PROFESSORA REGENTE DAS TURMAS DE 2º ANO FUNDAMENTAL I DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

PEQUENOS CONSTRUTORES!

É imprescindível reconhecer que aprendemos através do outro, seja pelo real ou imaginário. Assim, o simples ato de ouvir ou contar uma história para as crianças pode despertar grandes avanços no desenvolvimento, em um momento em que todos os hábitos estão em formação. A literatura infantil traz grandes benefícios para essa construção, sendo um caminho que leva ao mundo das emoções, sentimen-

tos e imaginação de forma prazerosa. Isso acontece porque a criança tem um modo peculiar de pensar sobre as coisas, elas são mais “coração” do que “razão formal” dentro de um sistema social. Essa ingenuidade da criança é muito natural, uma vez que elas fantasiam, usam sua imaginação, questionam sobre as atitudes e valores repassados pelos personagens, utilizam a empatia, são resilientes, amigáveis e por isso demonstram muita sabedoria, até mesmo trazendo os comportamentos apresentados para sua realidade.

46 Escola, um lugar de valor

GRANDES PENSADORES!

Partindo desse conhecimento, foram propostas à turma do maternal III, diversas oportunidades de conhecer, imaginar, despertar, emocionar e vivenciar situações dentro desse universo incrível da literatura infantil. Através das conversas em roda, visita e exploração do espaço da biblioteca, conhecimento prévio sobre as histórias oferecidas pelo material didático, brincadeiras e muitas outras atividades relacionadas às histórias como: Chapeuzinho Vermelho, Cachinhos Dourados e os três Ur-

sos, o Jogo do Vai e Vem, Os três porquinhos, João e o pé de feijão, a Bela Adormecida, entre outros. Esses contos foram o ponto de partida para ampliarem os conhecimentos e habilidades. De forma interdisciplinar, realizamos propostas concretas de experimentos e vivências comportamentais, relacionados ao mundo que cerca os pequenos. As crianças apreciaram as conversas em roda e contribuindo com seus questionamentos e saberes, o mundo das histórias passou a ser o mundo do “maternal”.

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Escola, um lugar de valor a MARIA LOPES DE SOUZA NETA GRADUADA EM NORMAL SUPERIOR E PEDAGOGIA. PROFESSORA REGENTE DO MATERNAL III DO COLÉGIO F.A.S. bLORRAINE MOREIRA FORMADA EM MAGISTÉRIO E PEDAGOGIA. MONITORA DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

.... vivenciando o aprendizado ON THE FARM

MARQUIANE C. FURTADO do a sua rapidez no aprendizado, as crianças internalizam de forma natu ral estruturas gramaticais e fonéticas através de diálogos, imagens, jogos, músicas e leituras lúdicas.

Vivemos em uma sociedade na qual através da globalização e uso da internet conseguimos nos conectar com o mundo em questão de segun dos. E como essa comunicação tor na-se ainda mais e ciente? Quando conseguimos interagir em mais de um idioma. Por isso, na atualidade, é tão importante o aprendizado de uma língua estrangeira.

Levando em conta que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) preconiza que aprender a língua inglesa propiciará a criação de novas formas de engajamento e par ticipação dos alunos em um mundo social cada vez mais globalizado e plural, aprender esse idioma vai além de questões curriculares, mas faz com que um leque de oportunidades seja aberto diante dos estudantes.

Dentro dessa perspectiva, a in fância é um momento ideal para as aquisições de linguagens e diferentes conhecimentos. A maior vantagem nas aulas de inglês nesse período é a diversidade de sistemas de aprendiza gem, os quais fazem do ensino dessas habilidades linguísticas um momen to de lazer e diversão. Aproveitan

Estudos con rmam que crianças aprendem melhor implicitamente, isto é, por meio de exercícios que incentivem sua curiosidade natural. Esse mecanismo requer uma imersão consistente na língua alvo durante um longo período de tempo. Dessa forma, como o ensino é realizado por meio de brincadeiras e atividades re creativas, a sobrecarga de informação que geralmente ocorre com alunos na fase adulta não atinge os pequenos, tornando muito mais fácil a aquisição desses saberes.

Assim, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, as crianças têm acesso a uma rica gama vocabular e, de forma prazerosa e natural, fazem a aquisição de palavras e estruturas que cons troem o aprendizado de uma segunda língua. Tendo sempre em vista que é de suma importância utilizar intera ções comunicativas com o objetivo de promover o desenvolvimento de estratégias de recepção e utilização de diferentes formas de linguagem e suportes, buscando formar cidadãos

com autonomia no seu aprendiza do, participativos e com capacidade de ascensão pro ssional por adquirir meios de comunicação e interação com seus pares de forma saudável e construtiva.

Com esse intuito, foi estabeleci da uma parceria com as professoras Luciana e Thaís, regentes das turmas do 2º ano, para que pudéssemos ex trapolar o uso do material didático e construir o aprendizado na prática. Para tanto, escolhemos um tema ca paz de encantar as crianças: a fazenda e aquilo que nela se encontra.

Durante as aulas de inglês, tra balhamos a diferença entre as ono matopeias, os nomes dos animais, os lugares em que eles vivem, o que comem e os elementos do am biente rural, através de desenhos, músicas, “ crafts ” (artes em papel) e brincadeiras. Tudo isso foi tão pro dutivo e encantador que não po díamos parar por aí. Contextuali zamos a proposta a outras matérias do currículo do 2º ano, como Por tuguês e Arte, criando atividades lúdicas de interação e que dire cionassem o potencial criativo dos alunos para então culminar o pro jeto “Farm Day”: um dia em que

as crianças poderiam vivenciar, na prática, o aprendizado adquirido no decorrer das aulas. Com a escrita bilíngue de letreiros e placas, a construção de um cenário envolvente, apresentação musical, brincadeiras e comidas típicas, tudo para que houvesse uma maior interação e os alunos se envolvessem nas experiências de aprendizagem propostas, alimentando o universo simbólico que garante a capacidade de conhecimento de mundo, o incentivo às trocas de experiências e o estímulo à criativida-

de, eixos norteadores do desenvolvimento cognitivo nessa faixa etária. Dessa forma, foi possível conscientizar os estudantes da existência e da importância de outros universos linguísticos que cumprem a mesma função comunicativa. Além disso, conseguimos promover a interação por meio da prática de estruturas simples, com vistas à comunicação signi cativa em diferentes contextos.

O que garante um leque de opções para que aprendam com maior entusiasmo e despertem ainda mais sua natureza de descobrir, vivenciando novas formas de obter e transmitir conhecimentos.

Também foi possível incentivar as crianças, do ponto de vista linguístico, para futuros estudos, estabelecendo uma relação positiva quanto à aprendizagem de línguas estrangeiras, como algo prazeroso e natural. Instigando a descoberta das variedades culturais existentes, ampliando a visão de mundo dos alunos e fazendo com que aumente seu interesse em aprender não só a língua inglesa, mas sobretudo, perceber que além dos muros existe um mundo maravilhoso a ser descoberto e experimentado, e que outro idioma não é uma barreira, mas sim uma poderosa ferramenta de integração.

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Escola, um lugar de valor MARQUIANE CRISTINA FURTADO PROFESSORA DE INGLÊS DO MATERNAL AO 9º ANO. GRADUADA EM LETRAS (PORTUGUÊS / INGLÊS). PÓS GRADUADA EM AVALIAÇÃO EDUCACIONAL PELA UFU MBA EM GESTÃO EDUCACIONAL PELA PUC- RS CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

DESAFIOS QUE ENGRANDECEM

JACQUELINE B. V. CATARINO

Um dos grandes desa os encontrados dentro da Língua Portuguesa é buscar o caminho para que os alunos possam ampliar e enriquecer seu vocabulário através da leitura. Já no campo matemático, o entrave, muitas vezes, está atrelado à temida “tabuada”. Assim nasceram os projetos, diante de uma pergunta, “Como possibilitar o aprendizado signi cativo aos alunos em um ambiente agradável na turma do 5º ano? ” Diante desse desa o, foram realizados os projetos “Potinho

Escola, um lugar de valor

de Leitura” juntamente com “A ludicidade na multiplicação”, criando um espaço interdisciplinar.

Conforme observamos, a interdisciplinaridade surgiu no início da década de 1970, visando uma possibilidade de quebrar rupturas, propondo uma integração nas disciplinas. Conforme podemos observar em Piaget e Paulo Freire;

“... a interdisciplinaridade pode ser entendida como o “intercâmbio mútuo e integração recíproca entre várias ciências”. (1981, p. 52)

“a interdisciplinaridade é o processo metodológico de construção do conhecimento pelo sujeito com base em sua relação com o contexto, com a realidade, com sua cultura”. Freire (1993).

Dessa forma, trabalhar a interdisciplinaridade é conseguir engrandecer as aulas, facilitando o aprendizado para alcançar resultados positivos na aplicação dos conteúdos abordados de forma prazerosa. Assim, trazendo os alunos para o desenvolvimento das

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“Pequenas mudanças fazem toda a diferença! ”

atividades propostas e alavancando a participação deles em sala de aula.

Durante o projeto ‘Potinho de Leitura’, os alunos escolheram os livros literários e realizaram a leitura em vários ambientes. Conformenalizavam, eles recebiam um coração, para que dentro escrevessem o nome do livro escolhido, colando-o dentro do “Potinho de Leitura”, representado em forma de desenho em um cartaz na sala de aula. Durante o projeto, cou decidido entre a turma e professora que o “Potinho” seria aberto no mês de agosto, quando iríamos descobrir a quantidade de livros que coletivamente e individualmente a turma alcançou.

É importante ressaltar que os alunos abraçaram a proposta, sem que houvesse cobrança, tornando a ex-

periência muito aprazível. Em vários momentos, realizamos uma roda de leitura para que a turma pudesse transmitir de forma sucinta a história escolhida por cada um. No mês de agosto, foi elaborado um grá co para apresentar a quantidade de livros lidos, tanto por alunos quanto pela turma. No início do projeto, foi combinado que ao alcançar o número maior de leituras, a pessoa ganharia um prêmio. No dia da entrega, que aconteceu no nal de agosto, foi uma “festança”.

Já em relação ao trabalho desenvolvido no projeto de “Ludicidade da Multiplicação”, as atividades foram desenvolvidas todas as sextas-feiras. Em cada aula, a multiplicação se fazia presente em uma atividade lúdica, sem que o aluno percebesse que estava aprendendo brincando, dentre elas, desenvolvemos a; TABUADA DA VASSOURA; LABIRINTO DA MULTIPLICAÇÃO; BOLO DA MULTIPLICAÇÃO; PIPOCA DA MULTIPLICAÇÃO; ESTALINHO DA MULTIPLICAÇÃO; A MATEMÁTICA ATRAVÉS DOS JOGOS ON-LINE

Em todas as atividades citadas, a tabuada esteve presente de forma concreta. No início, foram muitos erros cometidos pelos alunos durante a atividade, porém, a cada pergunta direcionada ao longo do desenvolvimento, os alunos dedicavam-se e conseguiam alcançar as habilidades esperadas. Foi nítido o quanto se esforçaram. A cada sexta-feira, todos esperavam ansiosos para a realização da atividade.

A primeira ação desenvolvida foi a Tabuada da Vassoura, eram escolhidos dois alunos, cada um deles re-

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Escola, um lugar de valor

cebia uma vassoura, cava de frente para o outro e, ao sinal da professora, deveriam trocar de lugar um com o outro. Aquele que deixasse a vassoura cair, responderia à pergunta feita pelo colega. No Labirinto da multiplicação, foi a xado um cartaz com um labirinto cheio de envelopes contendo multiplicações, e nele, o aluno escolhia uma letra e um número. Ao abrir o envelope, o aluno respondia a multiplicação, e, assim sucessivamente acontecia com toda a turma. No bolo da multiplicação, foi apresentado aos alunos uma bandeja, na qual havia um bolo de chocolate. Em cada pedaço de bolo havia uma multiplicação ao fundo, o aluno escolhia e em

seguida respondia a multiplicação, foi superdivertido e prazeroso.

Outra novidade foi a Pipoca da Multiplicação, apresentada em sala de aula, uma barraca onde havia copos descartáveis, dentro deles alguns papeis contendo multiplicações. O aluno escolhia um dos copos para retirar um dos papeis, respondendo a multiplicação apresentada. Ao responder ele recebia um copo de pipoca. Outra atividade realizada foi o estalinho da multiplicação, cada aluno escolhia um número e dentro havia um cálculo para ser desenvolvido. Em seguida, cada um ganhava uma caixa de estalinho quando nalizava sua participação. Todos foram para o

pátio do colégio onde realizaram um momento de descontração.

Para concluir, dentre as atividades lúdicas envolvendo a multiplicação, os alunos jogaram on-line. O jogo era projetado na lousa, eles escolhiam um número de 0 a 30, em cada número havia um desa o da multiplicação. O interessante é que o jogo dava as alternativas de respostas, e todos cavam ainda mais interessados, causando suspense entre a turma. Foi um encanto de ver as várias possibilidade que usaram para tentar acertar.

Embora não seja um projeto inédito no contexto escolar, foi extremamente signi cativo para os alunos que estão retornando de um período pós – pandêmico. Além disso, tivemos a possibilidade de desenvolver metodologias ativas, contribuindo para o ensino-aprendizagem dos estudantes. Pois aqui no colégio, Fazemos Acontecer Sempre.

Escola, um lugar de valor

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JACQUELINE BORGES VIDAL CATARINO LICENCIADA EM NORMAL SUPERIOR. PÓS-GRADUADA EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO. PROFESSORA REGENTE DO 5º ANO DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

O FUTSAL E SEUS BENEFÍCIOS

Sendo um projeto do Colégio que faz parte da Escola de Esportes, o futebol de salão começou a ser praticado somente com as turmas masculinas, mas hoje ele pode ir além. Ao revisitarmos a história dessa modalidade esportiva veremos seu crescimento e chegada ao Brasil no ano de 1940, por jovens frequentadores da Associação Cristã de Moços (ACM), em São Paulo. Inicialmente, as equipes variavam quanto ao número de participantes, tendo cinco, seis e até sete jogadores. Com as novas regras, isso foi adequado e hoje se pratica com cinco jogadores.

Com o passar do tempo, o fu-

Escola, um lugar de valor

tebol foi para as escolas, a partir da necessidade de trabalhar em algumas atividades pedagógicas com vivência da ação motora, o aspecto lúdico dos esportes e os jogos reduzidos e adaptados. Assim, o professor em suas aulas foi capaz de despertar nos alunos aspectos como: oposição/cooperação, nalização e respeito às diversidades.

Os esforços da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) em favorecer o intercâmbio internacional no grupo feminino possibilitou a criação do Campeonato Sul Americano de Seleções que está em sua 3ª edição, contando com a participação de 7 países. No entanto, esses avanços no futsal feminino ainda esbarram no fato

de não ser um esporte olímpico, di cultando um crescimento mais acelerado e maior interesse de patrocinadores e da mídia televisiva.

No Brasil, a prática do futsal feminino foi o cializada em 08/01/1983 pelo extinto Conselho Nacional de Desportos (CND). Para Santana e Reis (2003), a prática do futebol de salão feminino foi autorizada pela FIFUSA (Federação Internacional de Futebol de Salão) em 23 de abril de 1983. A partir dessa autorização, os campeonatos começaram a surgir em vários estados. Anteriormente a essa data, as competições eram organizadas sem o caráter o cial. A partir do interesse das alunas do Colégio,

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nossa instituição passou a oferecer aula extra de futsal também para o feminino. Incentivando e valorizando cada uma das participantes, fazendo com que as alunas demonstrem suas habilidades, encontrando nesse esporte a possibilidade de realizar uma prática saudável e inclusiva.

Na escola de esporte do Colégio F.A.S, o futebol é realizado com o masculino do 3º ano até o 9º ano do ensino fundamental I e II e com o feminino do 5º ano até 9ºano. Além das aulas de educação física que fazem parte do currículo escolar, temos as aulas extras do futsal, com dias da semana marcados para cada turma.

Uma atividade com pro ssional especializado, materiais próprios para a prática e local especí co para a realização das partidas. Sendo de responsabilidade dos pais a inscrição dos lhos nos horários adequados, além de providenciar o uniforme que os alunos deveram utilizar para que esta participação seja efetiva.

Com tudo isso, os alunos trabalham a aprendizagem psicomotora. Através de movimentos básicos como correr, saltar e rolar irão desenvolver de forma que aprendam a fazer os gestos técnicos, a ter o equilíbrio, o ritmo e a coordenação, além das noções de espaço e tempo. Elementos primordiais para a aquisição das técnicas e táticas individuais do futsal.

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Escola, um lugar de valor ALMIR CURTO ALBERTO GRADUADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA. PROFESSOR DE FUTSAL. DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

90 anos do Código Eleitoral:

Estamos em ano eleitoral. Mais do que isso, em 2022 comemoramos 90 anos da promulgação do primeiro texto de um Código que regulariza as eleições no Brasil. Tendo em vista a importância da data comemorativa, bem como a urgente discussão de conceitos básicos de Direito e His tória Política, a ideia foi trazer esses debates para as aulas de História.

Antes de tratar das mudanças pro postas pelo Código de 1932, faz-se necessário re etir sobre o processo eleitoral anterior à sua promulgação. Como funcionava o sufrágio no Bra sil? Quem eram os eleitores? Todos votavam? Quem podia ser eleito?

A participação popular por meio do voto no Brasil não ocorreu so mente no período republicano. Há relatos de eleições em 1532, no pe ríodo colonial, com a nalidade de

escolher representantes para cargos de administração das vilas. Já no pe ríodo imperial, após a Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, alguns cargos para o Legislativo e Executivo eram escolhidos por meio de voto, mas nem todos podiam vo tar, pois havia um criterioso diagnós tico de renda, gênero e classe social. Entretanto, o foco desse texto se vol tará para o período republicano

É necessário compreender que a função do voto vai muito além da re presentação eleitoral e política, ten do em vista que pode ser utilizado como elemento democrático diverso, como, por exemplo, para a escolha do nome de uma instituição ou repre sentantes de turma.

No entanto, o voto pode ser apropriado de maneira indevida. Para burlar o sistema democrático de re presentação, durante a chamada República do café com leite, o voto de cabresto era empregado para garantir que a alternância de candidatos à presidência, repre sentados por Minas Gerais e São Paulo, fosse mantida. Esse tipo de votação arbitrária era prática comum dos coronéis e grandes proprietários de terra, que pres sionavam seus empregados para votarem em candidatos já esta belecidos, con gurando imensa fraude eleitoral.

Por outro lado, diversos mo vimentos merecem destaque por impulsionar a legalidade e

buscar maior representatividade entre os grupos sociais. Exemplo disso foi a ativista e cientista Bertha Lutz, que lutou pela garantia da participação feminina em tempos de voto censitá rio. O movimento sufragista no Brasil também trabalhou pelo protagonismo feminino dentro da política, e em 25 de outubro de 1927 as mulheres do estado do Rio Grande do Norte pu deram votar e serem votadas, aconte cimento que cou conhecido como “voto de saias”. Mas somente com a criação do Código Eleitoral em 1932 que essa atuação se tornou ampla em todo o país.

O CÓDIGO ELEITORAL DE 1932: 90 ANOS DA JUSTIÇA ELEITORAL BRASILEIRA

O texto do Código Eleitoral foi promulgado em 24 de fevereiro de 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, em um momento de grande instabilidade política. O então presi dente da República vivia uma pres são por parte dos paulistas, os quais questionavam a longa duração de seu governo que seria provisório, bem como as atitudes autoritárias de Var gas em fechar o congresso, dissolver as eleições, entre outras medidas anti democráticas.

Nesse contexto, a promulgação do Código Eleitoral conferia uma roupagem de democracia e legitimi dade ao Governo Provisório. Entre tanto, muitos pesquisadores conside ram controverso associar o Código à democracia, pelo fato de ter sido uma estratégia de Vargas para acalmar

a importância da História Política, dentro e fora da sala de aula do Colégio FAS.

os ânimos da oposição. Além disso, a maioria das inovações contidas na Lei já eram pautas antigas de movimen tos sociais diversos.

O Código 1932 inovou ao criar uma Justiça Eleitoral e implementar o voto secreto e o voto feminino, o sistema de representação propor cional. Dessa maneira, ainda que o texto tenha sido feito estrategica mente a favor de Vargas, não pode mos desconsiderar as mudanças ins titucionais que foram promovidas na época, sendo algumas seguidas até as eleições atuais.

Importante ressaltar que, mesmo com as reformas para o público fe minino, promovidas pelo Código de 1932, ainda há um longo caminho a percorrer em busca de igualdade dentro da política. Isso se comprova nas palavras da autora Lilia Schwarcz, a qual demonstra que nas eleições ocorridas em 2018, apenas 77 mu lheres foram eleitas, enquanto 513 homens conseguiram ingressar na carreira política.

UMA EXPERIÊNCIA

COM 8º E 9º ANO.

O desa o de trabalhar os 90 anos do Código Eleitoral foi compatibili zar com o conteúdo atribuído pelo plano de ensino anual. Sendo assim, a escolha foi selecionar apenas as tur

mas de oitavo e nono ano, nas quais seria mais apropriado realizar diálo gos e interpretações sobre o assunto.

Legislativo? Executivo? Judiciá rio? O que é isso professora? Ao ana lisar os conteúdos previstos no currí culo do oitavo ano, a turma estudou sobre o Iluminismo e a importância dessa corrente losó ca para tan tos movimentos, como a Revolução Francesa. Entretanto, os alunos ca ram surpresos ao descobrirem que as contribuições dos pensadores ilumi nistas permanecem até os dias atuais.

Estudamos a respeito do lósofo Montesquieu e sua teoria da separa ção dos poderes, utilizando conceitos básicos do Direito, bem como exem pli cando casos da política local, em uma tentativa de aproximar da rea lidade dos alunos e facilitar a com preensão. Lançamos desa os em for ma de perguntas como “Qual poder a prefeita de Uberaba representa? E os vereadores da Câmara?”

Para fechar os conceitos vistos em sala sobre a contribuição dos Ilu ministas para a História Política, foi agendada uma visita guiada ao prédio da Câmara Municipal de Uberaba, bem como ao gabinete de vereado res, para que os alunos pudessem co nhecer de perto o funcionamento do Legislativo e o trabalho dos políticos da cidade.

Na oportunidade, os alunos co nheceram a história do prédio, o sa lão nobre e sua decoração do sécu lo passado, as salas de reuniões e da presidência, bem como as visitas que o paço municipal recebeu de ex-pre sidentes da República, como Getúlio Vargas. O passeio pedagógico tam bém contemplou conhecer o plená rio e entender como os vereadores votam projetos de Lei, scalizam o Executivo e a divisão das tarefas. Toda a explicação foi guiada pela professo ra de História, bem como pela verea dora Rochelle, quem gentilmente li berou os trâmites internos da Câmara para a realização da visita.

Os alunos do oitavo ano senta ram-se nas cadeiras dos vereadores, entenderam o funcionamento da mesa diretora, realizaram perguntas e, o mais importante, entenderam como funciona a democracia, o voto, as contribuições do Código Eleitoral brasileiro e as in uências dos Ilumi nistas, sobretudo Montesquieu, no funcionamento da política em nos so dia a dia. Em outras palavras, os estudantes tiveram a oportunidade de compreender, na prática, como os três poderes atuam, correlacionando com o conteúdo que aprendemos em sala de aula.

Já com o 9º ano, tendo em vista a previsão de estudo sobre a Era Var gas, mais especi camente o Governo Provisório e o Governo Constitu cional, a escolha foi tratar especi camente da promulgação do Código Eleitoral por Getúlio e a trajetória dos 90 anos do texto original.

Para tanto, foi proposto para os alunos uma atividade de “volta ao tempo”, na qual teriam que se ima ginar como jornalistas em 1932, co brindo uma reportagem para o jornal local sobre a promulgação do Código Eleitoral. O produto nal do projeto foi a construção de um jornal físico com o texto escrito pelos “jornalis tas” da década de 1930. Para além da escrita, os estudantes empenharam-se em produzir o periódico com deta lhes da época, como a linguagem, a cor do papel, a arte grá ca e os des gastes do tempo.

Visita pedagógica dos alunos do oitavo ano à Câmara Municipal de Uberaba.

Por m, foi pedido para que, ao nal do texto, os “jornalistas” emitissem opiniões pessoais sobre a e cácia do Código Eleitoral para a garantia democrática no país. Vale destacar alguns trechos:

CURIOSIDADES

Algumas situações curiosas e, até mesmo engraçadas, foram apresentadas em aula para atrair a atenção dos alunos quanto ao conteúdo, bem como promover um momento de descontração.

O brigadeiro: o famoso doce brasileiro surgiu de uma campanha política, mais especi camente nas eleições de 1945. O leite moça estava em alta, existia, inclusive, uma campanha para envio das latas para os pracinhas em guerra, pois na época era considerado um alimento energético potente.

A doceira Heloísa Nabuco de Oliveira participava das requintadas reuniões do “comitê de senhoras da sociedade”, que apoiava a campanha do brigadeiro Eduardo Gomes, da

UDN, para presidente da República. Em um dos encontros do comitê, Heloísa apresentou o doce feito de leite condensado moça com chocolate em pó, o qual foi batizado de “brigadeiro” em homenagem à patente do candidato que apoiava. Apesar de perder as eleições para Dutra, Eduardo Gomes era querido pelas mulheres, por isso seu lema “vote no brigadeiro, que é bonito e solteiro” cou famoso.

Trabalhar esse tipo de curiosidade propõe um momento de comunicação divertida, mas com fundamento histórico. Isso contribui para a construção do conhecimento, e nesse caso especí co, comprova que todos nossos atos são políticos e tudo tem sua história, inclusive o brigadeiro!

Reunião do comitê de senhoras; cartaz de divulgação da campanha de Eduardo Gomes; ação para envio de latas de leite moça para a guerra.

REFERÊNCIAS

GALF, Renata. 90 anos com legado de inovações e uso político de Vargas. Folhajus, 2022. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/02/ codigo-eleitoral-historico-faz-90-anos-com-legado-de-inovacoes-e-uso-politico-de-vargas.shtml. Acesso em ago. 2022. GEREMIAS, Allan Albuquerque. História do voto no Brasil. Politize, 2017. Disponível em: https://www.politize.com.br/historia-do-voto-no-brasil/. Acesso em ago. 2022. OS 80 ANOS DO VOTO DE SAIAS NO BRASIL - TRE-RN. Tribunal Regional Eleitoral – RN, 2008. Disponível em: https://www.tre-rn.jus.br/o-tre/ centro-de-memoria/os-80-anos-do-voto-de-saias-no-brasil-tre-rn. Acesso em ago. 2022.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: companhia das letras, 2019.

Fotos dos jornais produzidos pelas alunas Isabela, Marina e Ana Letícia do nono ano
THUANE GRAZIELA XAVIER PEDROSA GRADUADA EM HISTÓRIA GRADUADA EM DIREITO. MESTRE EM HISTÓRIA. PROFESSORA DE HISTÓRIA DO 6º AO 9º ANO DO COLÉGIO F.A.S. CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO

JUDÔ:

a arte da autoestima e confiança

A origem do judô veio das técnicas dos samurais conhecidas como Ju-jutsu, (técnicas corporais utilizadas quando cavam sem suas espadas). As artes marciais antigas na época no Japão eram denominadas como Ju-jutsu, que englobava vários estilos. O professor Jigoro Kano estudou e treinou três desses estilos com projeções e controle de solo, o que depois deu origem ao judô.

Jigoro Kano (1860-1938) buscou as Artes Marciais por motivo de autoestima e autocon ança, pois ele era franzino, com 1,50 de altura e 50kg. No entanto, ele se

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diferenciava dos outros, pois ganhava destaque por ser muito estudioso e ao praticar o Ju-Jutsu já formalizava em sua mente maneiras de fazer a transição da arte marcial antiga para moderna. Isso porque as técnicas utilizadas nas artes marciais antigas eram muito perigosas e letais. Então Kano buscou preservar todo o legado dessa arte e assim fez uma revolução, transformando o que era letal para uma prática que trabalha o bem-estar, a segurança e a qualidade de vida.

Seguindo a loso a do Professor Jigoro Kano, as aulas de judô do colégio F.A.S têm como objetivo ensinar não só a arte marcial em si, mas estimular o respeito, contribuir essencialmente para raciocínio lógico, paciência, autocontrole, entre outros... Assim, estudamos também a parte teórica, fundamentos e técnicas, envolvendo o conteúdo de cada faixa, conforme a apostila de judô que seguimos. Utilizamos uma metodologia que procura ensinar através da ludicidade, aprendendo de forma prazerosa, alegre e divertida.

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Escola, um lugar de valor PROFº
JOHN WAYNNER ALVES DE OLIVEIRA FAIXA PRETA NI-DAU. GRADUADO E LICENCIADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E JUDÔ DO MATERNAL III AO 9º ANO DO COLÉGIO F.A.S.
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É PRECISO L R

VIVER A CIÊNC A

O termo interdisciplinaridade pode, para muitos, causar estranheza, principalmente por enfrentar muitas barreiras em sua prática diária nas instituições de ensino. Os alunos do 9º ano do Colégio F.A.S. foram cuidadosamente escolhidos para vivenciar uma experiência interdisciplinar durante o ano letivo de 2022, na qual a parceria entre ciência e leitura foi a grande estrela na busca pelo conhecimento uni cado e não fragmentado.

Oferecer uma educação pautada nos princípios da construção de pontes entre as disciplinas faz parte dos

pilares que sustentam o dia a dia de qualquer professor, portanto faz-se presente em nossa escola cotidianamente. No entanto, evidenciar essa união foi de suma importância para que os alunos se envolvessem e compreendessem a presença da leitura em todos os níveis do conhecimento e da ciência. Inclusive nos atos mais simples praticados por qualquer indivíduo (mesmo que seu uso não seja consciente).

O projeto “É preciso ler e viver a ciência” foi idealizado para ter a durabilidade de todo o ano letivo e foi desenvolvido sob a supervisão das professoras das disciplinas de Ciências e Língua Portuguesa. Em um primeiro momento, o trabalho foi apresen-

tado ao 9º ano por meio do incentivo à leitura, compreensão e elaboração de textos de divulgação cientí ca, grá cos e infográ cos; assim foram realizadas atividades no CRAS (caderno de registro e aperfeiçoamento do saber) que priorizassem não somente o conhecimento de conteúdos cientí cos, mas acima de tudo que desenvolvessem o senso crítico e as habilidades de leitura e escrita de nossos pequenos estudantes.

Isso só foi possível mediante um trabalho em equipe muito minucioso, visto que a seleção do material para análise foi realizada pela professora de Ciências mediante o grau de interesse desta faixa etária e sua relevância para o saber além dos muros da escola. A

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professora de Língua Portuguesa, responsável por transformar informação em conhecimento, iniciou o processo através da compreensão dos textos lidos para depois convertê-los em novos gêneros textuais, tais como resumos, textos de divulgação cientí ca, artigos de opinião. Explicitar para os discentes que tudo foi planejado em equipe e que, portanto, deveria ser executado por uma, foi o ponto de partida para o efetivo envolvimento da turma na etapa que viria a seguir, para a qual esse comportamento faria total diferença.

A segunda fase desse maravilhoso projeto teve início com a arrecadação de 118 caixas de leite de um mesmo padrão. Com a participação e colaboração da turma, material coletado, chegava o momento da prática: construir uma tabela periódica em 3 dimensões. Nomenclatura dos elementos, símbolo, família e a sua aplicabilidade no dia a dia são apenas alguns dos conceitos assimilados de maneira natural e dinâmica. Vivenciar a dedicação de todos na execução dessa tarefa e saber que o conhecimento adquirido através desse, é enriquecedor e o gatilho para se acreditar que sim, é possível engendrar experiências que jamais serão esquecidas e, acima de tudo agregar qualquer esfera do saber.

Além da tabela, foram criadas estruturas que explicam toda a evolução dos modelos atômicos e como a simplicidade dos primeiros alcançou o atual assim como o conhecemos hoje, além da certeza da sua constante evolução, a qual culminará na descoberta de novas partículas atômicas.

“PARA NÓS, ANA ALICE E MARIANA, FICA A CERTEZA DE QUE JAMAIS DEIXAREMOS DE INCORPORAR ÀS NOSSAS DISCIPLINAS DE FORMAÇÃO INÚMERAS E DIFERENTES VERTENTES E QUE ‘TOMAR EMPRESTADO’ CONCEITOS E TÉCNICAS METODOLÓGICAS QUE NOS FAZEM CRESCER ENQUANTO PESSOAS E PROFISSIONAIS SÓ ENRIQUECEM NOSSO DIA A DIA NA SALA DE AULA. TRABALHAMOS JUNTAS HÁ 11 ANOS E NOSSA PARCERIA NUNCA FOI TÃO INTEGRADORA; OS CONTEÚDOS QUE MINISTRAMOS NUNCA FORAM TÃO CONVERGENTES; O SUCESSO NUNCA FOI TÃO PRAZEROSO. FICA PARA NÓS O SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO

Agradecemos aos alunos do 9º ano que zeram do nosso projeto uma realidade inimaginável e de imenso valor para todos. Isso só foi possível porque vocês zeram o melhor que podiam fazer, mesmo sabendo que muitos desa os viriam. Obrigada e muito sucesso na caminhada de cada um de vocês! Em nossos corações, haverá sempre um pedacinho do nosso ‘Nonão’ 2022. ”

A UMA EQUIPE COESA NA OFERTA DE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE E PARTICIPATIVA, NA QUAL SOMOS TODOS UM ÚNICO SABER, O SABER PARA A VIDA. MARIANA PACHECO SILVA GRADUADA EM LETRAS. PROFESSORA DE LINGUA PORTUGUESA, LITERATURA E REDAÇÃO DO 6º AO 9º ANO DO COLÉGIO F.A.S. ANA ALICE SOUTO PEREIRA MARINS GRADUADA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E PEDAGOGIA. ESPECIALISTA EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO. PROFESSORA DE CIÊNCIAS DO 6º AO 9º ANO DO COLÉGIO F.A.S.
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EL DÍA DEL ESPAÑOL

Em 19 de junho é celebrado o Día do Español em 56 países do mundo. Esse dia nasceu com o ob jetivo de ressaltar a importância da língua espanhola como patrimô nio cultural internacional. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), essa comemoração tem o propósito de conscientizar o mun do sobre a importância, a história e a cultura da língua espanhola.

Atualmente, considerando apenas falantes nativos, o espanhol é uma língua falada por aproximadamente 460 milhões de pessoas no mundo, sendo o idioma o cial de 21 países. Isso coloca a língua espanhola como a segunda mais comum no mundo, atrás apenas do mandarim chinês. Por outro lado, considerando o número

total de falantes, o espanhol ocupa a quarta posição entre as línguas mais faladas no mundo, com cerca de 534 milhões de pessoas utilizando esse idioma para se comunicar. Portanto, é uma língua de abrangência inter nacional, muito usada no mundo dos negócios e do turismo.

Diante de uma data tão impor tante para a língua espanhola, eu, professora de espanhol do colégio FAS, resolvi proporcionar a todos os alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental I e II, um dia para que pudéssemos conhecer e vivenciar vá rios aspectos dessa língua.

Quando falamos em celebrar algo relacionado à língua espanhola, logo pensamos em “Don Quijote”, Toura das e muita dança Flamenca. Além desses ícones da cultura espanhola, tivemos a oportunidade de vivenciar

diversas outras experiências culturais nos campos da dança, gastronomia e teatro, além de várias curiosidades desse idioma.

Miguel de Cervantes, poeta, dra maturgo, escritor e soldado espanhol foi quem escreveu a magni ca obra de Don Quijote, que, por sua vez, foi a primeira novela moderna da literatura universal, sendo a obra mais lida no mundo depois da Bíblia. Tra duzida para mais de 50 idiomas, Don Quijote sempre faz sucesso por onde passa, desde os pequeninos até os adultos. Como forma de conhecer as aventuras de um cavaleiro louco, os personagens e o desfecho dessa obra, os alunos do 6º ano dramatizaram, com muita maestria, os principais atos dessa história. Foi um espetáculo!

Joan Miró foi outro personagem importante da cultura espanhola. Es cultor e ceramista catalã, um dos pio neiros do que se chama surrealismo, Miró acreditava que o subconsciente era um enorme campo de jogos, ou um brinquedo muito parecido com aqueles que teve em sua infância. Por isso, muitas de suas obras tinham apa rência de desenhos infantis. A vida e as principais obras desse pintor foram apresentadas aos alunos do 1º ano. Além de conhecerem sobre seu estilo de obra e sua trajetória, aprenderam

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também um pouco de vocabulário sobre cores em espanhol.

Você sabia que o pirulito ‘chupa Chups” teve a logomarca desenhada por Salvador Dalí e que a máscara usada na série “La casa de Papel” foi inspirada em Dalí, como uma home nagem ao pintor que acreditava que tudo é possível, se alguém quiser. Que a roupa de Astronauta e a seringa des cartável são inventos espanhóis? Que na España existem mais de 4 idiomas falados e que o Espanhol que se fala na América do Sul é diferente do que se fala na Europa? Que a vestimenta de dança Flamenca foi inspirada no formato de um violão? Todas essas curiosidades foram discutidas com os alunos do 3º,8º e 9º ano.

E as tapas espanholas? Sabe o mo tivo pelo qual leva esse nome? Conto em um minuto: Há muitos anos, em um jantar real, uma taça de vinho ha via sido tampada com uma rodela de presunto para evitar que mosquitos caíssem dentro da bebida. Daí a origem do nome, ‘tapas”, para tampar copos ou taças. O nome cou e atualmente existem muitas lojas que são especia lizadas na venda de tapas na Espanha. Falamos também dos churros, que são originários da China, mas foram os es panhóis que adaptaram essa massa frita, combinando-a com o chocolate quente.

Os alunos aprenderam como os churros são consumidos pelos espa nhóis e conheceram a mais famosa loja de Churros da España, em Ma drid, a Chocolatería San Ginés. Além de conhecerem as curiosidades sobre tapas e churros, essas delícias foram preparadas pelos alunos do 2º,8º e 9º ano, juntamente com os torrones es panhóis, um doce muito consumido no Natal e originário da região de Alicante, na España

Os alunos dos 4º e 7º anos ti veram oportunidade de conhecer, preparar e provar gostosuras típicas da culinária mexicana, como Las calaveritas de azúcar e guacamole. A

propósito, a gastronomia mexicana é reconhecida pela Unesco como Pa trimônio imaterial da Humanidade. Além disso, esses estudantes trabalha ram aspectos culturais e curiosidades do México, tais como a televisão em cores, a vida triste e dolorosa de Frida Kahlo, o consumo exagerado de refri gerantes, que levou o México para a posição número um do mundo na lis ta dos maiores consumidores. Os alu nos aprenderam também que “Cielito Lindo” é uma das canções mais canta das no México e que o dia dos mortos é uma celebração que retrata a morte, porém com alegria e saudade.

Em relação à Argentina, Ve nezuela e Colômbia, o que você conhece? Ah! Contarei como os alunos do 5º ano apresentaram algumas curiosidades sobre es ses países. Sabia que o Doce de leite, segundo a lenda, foi cria do em 1829, quando a cozinheira do governador de Buenos Aires esqueceu o leite no fogo e esse fer veu tanto que acabou originando a forma espessa que o doce tem atualmente? Sabia que a Arepa ve nezuelana foi nomeada como o melhor prato da Venezuela para o café da manhã. Além dos alunos providenciarem doce de leite e are pas deliciosas, eles puderam conhe cer um pouco mais sobre a cultura dos países e aprenderam, por exem plo, que a Colômbia é o segundo país do mundo com mais falantes de espanhol.

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Ainda considerando a Colômbia, os alunos do 3º ano da professora Veruska retrataram aspectos culturais do país. As crianças zeram um coral e cantaram a música “Nuestra cancion” um single da banda colombiana Monsieur Periné, que se tornou um grande sucesso devido ao seu uso generalizado no aplicativo TikTok.

Como nalização da feira, os alunos do 9º, alguns alunos do 6º, 7º e 8º, sob orientação da professora e coreógrafa Carol Barros, deram um show à parte. Dançaram e encenaram passos de dança Flamenca e de outras danças que foram milimetricamente trabalhadas pela professora. Além de coreografar a dança, a professora Carol planejou e organizou toda a estrutura da apresentação . É importante destacar que a dança amenca é um dos símbolos da cultura espanhola e é muito forte na região da Andaluzia. A dança é acompanhada por uma música marcante e, através dos movimentos, transmite a emoção, o espírito das lutas, as alegrias e o orgulho das origens de um povo. A partir de 1970, chamada “época de ouro “, o amenco passou a ganhar mais destaque nos “cafés cantantes” onde aconteciam shows, tornando-se assim mais visto, mais admirado e valorizado pelo público. Finalmente em 2010, a dança amenca foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Imaterial da Humanidade.

O dia do Español no colégio FAS foi maravilhoso! Vivenciamos a língua viva e em constante evolução. Esperamos nos próximos anos poder repetir o evento com muita alegria e entusiasmo

Agradecemos a todos os envolvidos que ajudaram direta ou indiretamente a produzir o evento, também àqueles que cederam algum tempo das suas aulas para os estudantes poderem ensaiar as apresentações. Aos pais que foram muito participativos, auxiliando seus lhos na elaboração dos pratos.

¡Dale el Español!

¡Viva la Lengua de Cervantes!

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CESARIA OLIVEIRA NUNES ANDRADE Graduada em Letras. Graduada em Pedagogia. Especialista em Docência na Educação Superior pela UFTM. Possui Certificação de Proficiência em Língua Espanhola (DELE) outorgado pelo Instituto Cervantes/ ES. Professora de Espanhol do 1º ao 9º ano DO COLÉGIO F.A.S. CAROLINA BARROS CORRADINI BAILARINA PROFISSIONAL. PROFESSORA DE DANÇA E BALLET NO COLÉGIO F.A.S. DO COLÉGIO F.A.S.CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO Rua Monte Alverne, 528E.E.U.U. - Uberaba/MG comercial.claudia.vendas@gmail.com site: comercialclaudia.com.br Balas - Pirulitos Chocolates - Caramelos Doces em Geral Descartáveis (34) 3321-5400 - 3332-8069 9 9203-5859 - 9 9635-5958

WRITING: ESCRITA: The way to learning

o caminho paraa aprendizagem

Para onde quer que olhemos, em todos os momentos, estamos cercados por diferentes portadores de texto, sejam eles sites, rótulos, postais, cardápios, folhetos, agen das, entre outros. Vivemos em um mundo de palavras e contextos. Em todas as línguas, essas ferramentas são essenciais para a nossa comuni cação. É falando e escrevendo que a sociedade evolui e interage.

Mesmo os adolescentes e jovens, representantes de uma geração di gital não estão imunes à comuni cação, utilizam e constroem suas opiniões e conhecimentos, também através de diferentes portadores e gêneros textuais.

Com a língua inglesa não é di ferente. Mais do que nunca, tem cado evidente a importância do aprendizado de uma segunda lín gua, tanto no mercado de trabalho quanto nas atividades de nosso cotidiano. Acordamos e estamos cercados de palavras como marke ting, home o ce, upload, delivery, fast food , entre outras. O que torna o inglês algo comum e relevante em nossa vida.

Assim, para construir um aprendizado da Língua Inglesa nos anos nais do Ensino Fundamen tal, nada melhor e mais signi cati vo do que trabalhar com a prática e o uso real do idioma, o que já é abordado de forma contun dente na BNCC (Base Nacional

Comum Curricular), a qual tem o objetivo de que o aluno possa através do ensino de uma segunda língua identi car o lugar dele e do outro em universo multicultural, re etindo, para que ele possa ser inserido no mundo globalizado, seja no trabalho ou nas relações.

Além disso, é extremamente re levante comunicar-se na língua in

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glesa, por meio do uso variado de linguagens em mídias impressas ou digitais, reconhecendo-a como ferramenta de acesso ao conhecimento, de ampliação das perspectivas e de possibilidades para a compreensão dos valores e interesses de outras culturas e para o exercício do protagonismo social.

Levando em conta todos esses aspectos, vêm sendo trabalhados diferentes gêneros textuais no ensino da língua inglesa do 6º ao 9º ano, para que os alunos possam vivenciar e aprender, de forma interessante e signi cativa.

Em nossas aulas de inglês, o 6º ano teve a oportunidade de trabalhar com textos relacionados a informações pessoais como páginas de agenda, horários escolares, e-mails, mapas e cartões postais. Produzindo seus mapas turísticos e postais com o uso da língua ingle-

sa, além da possibilidade de ampliar seu olhar através do conhecimento de pontos turísticos da Inglaterra como o Big Ben, London Eye, Tower Bridge, entre outros.

Na turma do 7º ano, os alunos aprenderam sobre a descrição de pessoas, nomes de variados esportes e sua relevância em diferentes países, além da pesquisa e produção de biogra a de ícones do esporte mundial, em diferentes épocas e modalidades, através da ferramenta do lapbook, um cartaz que sintetiza e inova na maneira de apresentar conteúdo, acompanhando a velocidade com que as informações são apresentadas atualmente.

No 8º ano foram trabalhados textos e folhetos de jogos de ontem e hoje, além do avanço da tecnologia nas últimas décadas, construindo propagandas em inglês, mostrando também através dos lapbooks os re-

levantes avanços em diversas áreas. Trazendo também uma exposição de tecnologias de várias épocas, para que os alunos tivessem a oportunidade de conhecer objetos e tecnologias diferentes das atuais.

Em nossa turma do 9º ano, tomando como referência o ano eleitoral, os alunos produziram pan etos de propagandas de campanha política, produzindo conhecimento e ao mesmo tempo, re etindo sobre a importância da consciência política e do cumprimento de promessas feitas à sociedade. Além disso, trabalhando outro eixo temático de extrema relevância na atualidade, zeram releituras de pintura sobre a importância da alimentação saudável em nosso cotidiano, além da produção de cardápios em inglês, de forma impressa e digital, colocando em prática os conteúdos aprendidos em nossas aulas.

Assim, foi possível, de forma interessante, utilizar a escrita – writing - para aprender a construir uma linguagem atual e relevante no ensino de uma segunda língua. Fazendo com que o aluno se envolva, tenha interesse e aprenda de verdade.

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CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO MARQUIANE CRISTINA FURTADO PROFESSORA DE INGLÊS DO MATERNAL AO 9º ANO. GRADUADA EM LETRAS (PORTUGUÊS / INGLÊS). PÓS GRADUADA EM AVALIAÇÃO EDUCACIONAL PELA UFU MBA EM GESTÃO EDUCACIONAL PELA PUC- RS

Musical 2022

O musical do Colégio F.A.S é a culminância em grande estilo para os alunos das atividades extras da escola, principalmente para os de balé e dança. É uma noite especial que acontece no Teatro José Maria Barra (Teatro Sesi) com apresentações de música, dança e teatro, em que os alunos demonstram através de coreograas e canções um pouco do que foi trabalhado e ensaiado durante o ano. As coreogra as são formadas por um conjunto de passos e tempos musicais com foco em coordenação motora e musicalização.

Em 2019 foi apresentado nosso último musical que foi um sucesso:

O Mágico de Oz. Depois camos impossibilitados de produzir e apresentar um novo projeto devido à pandemia, mas 2022 chegou e vem trazendo uma linda mensagem de amizade, fraternidade e amor ao próximo com o musical Klaus!

Enquanto o grande dia não che-

ga, vamos matando um pouquinho a curiosidade do que vem pela frente... Jesper é lho de um homem muito correto e rico. Todo seu império é fruto de muito trabalho e dedicação, porém, o lho não puxou ao pai quando o assunto é trabalho! Ele é um jovem preguiçoso, acostumado ao luxo e mordomias, mas de repente seu pai o pega de surpresa e o envia para um lugar muito distante para que ele aprenda a trabalhar e dar valor a tudo o que tem. Chegando a essa terra distante, ele conhece Klaus, um marceneiro, fabricante de brinquedos calado e solitário. Conhece também a professora Alva que não tem alunos naquela terra triste, onde os pais não mandam seus lhos para a escola.

Com o passar dos dias, Jesper se surpreende e aprende que a vida é muito mais do que um café na cama e lençóis de seda. Os personagens vão surgindo, colorindo e enriquecendo a trama, cada um com a sua importância e destaque dentro do contexto.

“Cartas,vocênãoescrevemuitas hojeemdia,escreve?Masaposto quetemumaquevocêsempre escreveemandaparaumsenhor barrigudoderoupavermelha comportadoecontantoquevocêtenhasemaisoumenos,naquele ano,eletrazbrinquedosparavocê. Mesmoassim,parecequeninguém sabedireitocomoessatradição começou.Essaéumahistóriasobre cartaseelacomeçacomessadaí...”

Com todas essas participações, a história se desenrola, ensina e emociona! Seus personagens acabam cultivando uma amizade improvável, fortalecendo assim o sentimento de amizade e amor ao próximo!

Venha se emocionar também!

Dia 19/12, Teatro Sesi

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Escola, um lugar de valor CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO CAROLINA BARROS BAILARINA PROFISSIONAL, HABILITADA PELO SINDICATO DOS ARTISTAS DO PARANÁ. PROFESSORA DE BALLET, DANÇA E STREET NO COLÉGIO F.A.S. CAROLINA BARROS

UMA VIA DE

Esse é um dos nossos objetivos: através do encantamento, da descoberta in loco ou até mesmo da pesquisa e debate em sala, interligar a vivência diária extramuros aos conhecimentos mediados pela escola ou por todos os momentos e visitas que ela proporciona ao educando.

Você se lembra como é encantador descobrir o porquê ou a origem de algo que vivenciou em casa com sua família?

Quantas vezes vimos algo ou vivenciamos situações em nosso dia a dia de criança e que ao chegar à escola entendemos com detalhes. Isso porque ouvimos a explicação da professora ou zemos uma visita ou um passeio e aí sim entendemos tudo. É tão bom, não é? É tão mágico!

Após dois anos em que a pandemia nos privou de estarmos juntos e de fazer acontecer, agora as crianças podem.Têm novamente a chance de trazer suas dúvidas, seus questionamentos e suas observações para dentro da escola. Para confrontar com os ensinamentos, com as experiências no laboratório, com os debates coletivos com professores e colegas e, com as observações feitas nas diversas pesquisas que fazemos no cotidiano escolar.

Em 2022, a turma do 3º ano teve diversas oportunidades de “tirar a prova real” de várias situações ou problemáticas que os estudantes trouxeram de casa ou de seu dia a dia, pois sabem que podem contar com a escola para aprender mais.

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Escola, um lugar de valor
O CONHECIMENTO OU A BUSCA DELE PODE E DEVE VIR TAMBÉM DE CASA E DAS SITUAÇÕES DIÁRIAS VIVIDAS E OBSERVADAS PELOS ESTUDANTES
VERUSKA CARVALHO ASSUNÇÃO OHANA CAROLINA D. DE OLIVEIRA

MÃO DUPLA

Um desses questionamentos foi em relação ao nosso município, muito citado em decorrência do aniversário da cidade. Os estudantes tinham sede de conhecimento e queriam saber mais. Nesse momento, surgiu então a ideia de levá-los ao Arquivo Público de Uberaba, local onde fotos e documentos da cidade poderiam comprovar tudo o que já havia sido dito, conversado, mostrado e ensinado através dos vários recursos que nós, professoras, sempre trazemos para a sala de aula.

Surgiu também outra significativa indagação de um aluno que viu na rua próxima a sua casa, funcionários do CODAU trabalhando para consertar a tubulação. Foi uma coincidência maravilhosa, pois nesse mesmo dia iríamos estudar sobre a transição da capital de Minas Gerais de Ouro Preto para a planejada cidade de Belo Horizonte, sendo o saneamento básico um dos motivos dessa mudança, já que numa cidade planejada tudo seria muito mais estruturado.

Visto que as observações das crianças aumentavam e enriqueciam as aulas, resolvemos levá-las para conhecer ainda mais sobre o saneamento básico em nosso município. Dessa forma, elas poderiam entender melhor o que aqueles funcionários do CODAU faziam na rua do colega e, como esse tipo de serviço fez a diferença na história de Minas Gerais.

É muito importante ressaltar que o conhecimento não somente sai da escola para a vida, igualmente ele vem da vida para a escola. Uma vez que essa busca pelo saber é o que faz a engrenagem do aprendizado girar... para manter essa máquina de encantamentos que é a escola.

Portanto, é muito relevante que a família também participe desse movimento. Interligando os conhecimentos mediados na escola com cada um dos acontecimentos diários familiares ou observados em seu entorno.

Quando um pai mostra que a quantidade de detergente usada na

pia de casa pode in uenciar no tratamento de água de seu município, que interfere na poluição de rios e mares como mostra a reportagem do Jornal Nacional. Torna-se muito mais fácil e mais prazeroso para o professor estabelecer essa ligação com o conteúdo trabalhado, inclusive na apostila.

Quando uma mãe que é economista mostra a importância de saber calcular e controlar o nanceiro da casa, ela mostra nesse momento a importância de aprender a conhecer o valor das cédulas e moedas brasileiras. E assim somar e subtrair,

usando trocas ou reservas. Dessa maneira, tornando a vida escolar ainda mais produtiva.

E no Colégio F.A.S. os estudantes encontram tudo isso. Um colégio que incentiva a experienciação, a vivência e as descobertas. No 3º ano, como nas demais turmas, o alunos puseram e põe a mão na massa e aprende de forma signi cativa. Dessa maneira, o professor torna-se “ponte”, ensinando e também aprendendo. Uma ponte que permite idas e vindas, a nal o conhecimento precisa ser e estar em uma via de mão dupla.

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CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO VERUSKA CARVALHO ASSUNÇÃO GRADUADA EM MAGISTÉRIO. GRADUADA EM LETRAS (PORTUGUÊS/ INGLÊS). PÓS-GRADUADA EM LEITURA E ESCRITA COMO PRÁTICA SOCIAL. PROFESSORA DO 3º ANO DO COLÉGIO F.A.S. OHANA CAROLINA DIAS DE OLIVEIRA PROFESSORA DO 3º ANO. GRADUADA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, GRADUADA EM PEDAGOGIA E GRADUADA EM MATEMÁTICA E PÓS GRADUADA EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA DO COLÉGIO F.A.S.

COMO ENSINAR O SEU FILHO A SER O PRÓXIMO EMPREENDEDOR MIRIM

VERUSKA CARVALHO ASSUNÇÃO

Já parou para pensar que a educação empreendedora estimula o autoconhecimento e o espírito de coletividade, além de incentivar novas aprendizagens?! Ensinar empreendedorismo para crianças traz re exões sobre os comportamentos du-

rante a vida adulta, tornando-as mais seguras, com iniciativas e con antes. De olho no futuro dos pequenos, os pais podem e devem ser os grandes in uenciadores para que os lhos sejam bem-sucedidos futuramente.

Em um primeiro momento, é difícil imaginar uma conversa sobre um assunto tão sério com nossas crianças. Contudo, sabemos

BENEFÍCIOS DO EMPREENDEDORISMO PARA CRIANÇAS:

• Raciocínio criativo: um bom empreendedor precisa pensar soluções eficientes diante dos desafios. A criança que for estimulada desde cedo saberá utilizar suas habilidades na resolução de problemas.

• Aprimoramento da sociabilidade: crianças tendem a ser tímidas. Mas quando estão familiarizadas com as noções de empreendedorismo, aprendem a interagir com pessoas desconhecidas e desenvolvem habilidades interpessoais.

• Melhor definição de metas: é comum que os pequenos abandonem atividades no meio, seja por tédio ou perda de interesse. Mas uma criança que desenvolve a veia de empreendedor aprende a ter foco para alcançar seus objetivos.

• Mais ética no trabalho: com a vivência de uma rotina de trabalho ainda na infância, a partir de tarefas, metas e objetivos a serem cumpridos, o aprendizado torna-se muito mais dinâmico. O trabalho árduo passa a ser encarado com mais naturalidade.

• Maior valorização do dinheiro: as crianças que vivenciam de perto o trabalho e sua recompensa percebem que “dinheiro não cai do céu” e que deve ser utilizado com consciência. A criança aprende que, se quiser algo, é preciso trabalhar e planejar para conseguir.

que nossos baixinhos são cheios de imaginação e criatividade e que a ludicidade de seus mundos é ótima para propiciar um universo empreendedor logo cedo. O importante é que, de fato, eles aprenderão a encarar desa os de uma maneira bem diferente e quem sabe até montar o seu próprio negócio antes da vida adulta chegar.

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OHANA CAROLINA D. DE OLIVEIRA

Pesquisas recentes mostram que, em 2018, 52 milhões de brasileiros entre 18 e 64 anos estavam envolvidos com alguma atividade empreendedora. O ato de empreender é a ideia de ‘trabalhar para fazer acontecer´. Atualmente, ela deixou de estar ligada apenas à criação de uma empresa e ganhou novas formas, estando atrelada à inovação e às descobertas de novas oportunidades. Portanto, podemos começar com pequenas ações voltadas para nossa casa, bairro ou escola. Quando criamos nossos lhos para que promovam atividades não apenas para o seu próprio bem-estar, mas para colaborar com o meio em que vivem, podemos a rmar que moldamos um empreendedor.

De acordo com os quatros pilares da educação propostos pela UNESCO, listados logo abaixo, devemos favorecer o desenvolvimento de atributos e atitudes necessários para a gestão da própria vida.

• Aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos;

• Aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente;

• Aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas;

• Aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes.

v

À vista disso, os jovens estarão envolvidos com o próprio ato de fazer, pensar e aprender, sendo essas as características fundamentais do comportamento empreendedor. Diante disso, apresentaremos alguns exemplos de empreendedores infantis.

Robert Nay, que com apenas 14 anos, já era apontado como o novo Marck Zuckerberg pois aprendeu por vídeos tutoriais a programar jogos e é autor do jogo Bubble Ball, o qual desbancou do topo da lista o famoso jogo Angry Birds, em 2011.

Melissa e Nicole Jakubovic são youtubers desde 2006, têm um canal infantil no Brasil chamado “Planeta das gêmeas”, constando mais de 10 milhões de inscritos. O sucesso rendeu uma peça de teatro e dois livros publicados.

João Pedro Caldas, também conhecido como Mirim, com apenas 12 anos, encontrou na fotogra a uma maneira de empreender. Vende suas fotos em seu site, surpreendendo pelo ótimo enquadramento e luz.

Isadora Castro também uma youtuber mirim do Brasil com mais de 9 milhões de inscritos.

Leanna Archer tem um empreendimento de sucesso que iniciou aos 8 anos de idade quando começou a comercializar os produtos para o cabelo, produzidos artesanalmente com base em uma receita de sua avó.

EXISTEM MUITAS CRIANÇAS EMPREENDEDORAS QUE SÃO VISIONÁRIAS E SERVEM DE INCENTIVO AOS ADULTOS, MOSTRANDO QUE NÃO HÁ IDADE CERTA QUANDO SE TEM CRIATIVIDADE E DEDICAÇÃO. CONSEQUENTEMENTE, TRABALHAR ESSE TEMA COM NOSSAS CRIANÇAS AUXILIA NA RESPONSABILIDADE, NA ORGANIZAÇÃO E NO SENSO COLETIVO, UMA VEZ QUE INCENTIVA A NÃO DESISTIR FRENTE AS FRUSTAÇÕES. MAS AFINAL, COMO ENSINAR EMPREENDEDORISMO PARA MEU FILHO?

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1°) Converse sobre empreendedorismo. Diálogo sempre é o melhor aprendizado de todos.

2°) Estimule a criatividade com jogos lúdicos.

3°) Ensine o valor do esforço e da recompensa explicar sobre como você ganha dinheiro e como paga as despesas.

4°) Não desestimule as ideias que acreditam ser inviáveis, elas sempre conseguirão encontrar uma maneira diferente de resolver algo, por isso não limite a criatividade dos pequenos.

5°) Incentive a solucionar pequenos problemas, orientando sobre a melhor forma de executar uma ideia.

6°) Apoie diante das falhas pois é essencial ensinar aos filhos a lidarem com os próprios fracassos e falhas.

Dessa forma, conclui-se que para formar crianças capacitadas para o exercício da cidadania, tornando-as adultas bem-sucedidas e realizadas futuramente faz-se necessário desenvolver, desde cedo, as habilidades empreendedoras.

E aí?! Será que o próximo empreendedor mirim será seu lho?! Estamos aqui torcendo para isso!

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NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO
VERUSKA
CARVALHO
ASSUNÇÃO
GRADUADA EM MAGISTÉRIO. GRADUADA EM LETRAS (PORTUGUÊS/ INGLÊS). PÓS-GRADUADA EM LEITURA E ESCRITA COMO PRÁTICA SOCIAL. PROFESSORA DO 3º ANO DO COLÉGIO F.A.S. OHANA CAROLINA DIAS DE OLIVEIRA PROFESSORA DO 3º ANO. GRADUADA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, GRADUADA EM PEDAGOGIA E GRADUADA EM MATEMÁTICA E PÓS GRADUADA EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA DO COLÉGIO F.A.S.

ENTRE LIVROS, HISTÓRIAS E CANÇÕES...

A biblioteca se faz!

Como é bom ver que a Biblioteca F.A.S. é um diferencial para os alunos do Colégio, onde o anseio pela leitura e o apreço pelos livros entraram em evidência desde o início deste ano. A nossa biblioteca, como fonte do conhecimento, oferece um espaço agradável, no qual procuramos fomentar a leitura com todos os benefícios que ela oferece aos educandos e possibilitar o acesso a diferentes informações.

Pensando sempre no aluno como protagonista do processo de

ensino e aprendizagem, realizamos com as crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental I aulas temáticas como contação de histórias, rodas de leitura, apresentações com canções, atividade de registro, entre outras, sempre em harmonia com a proposta pedagógica.

Todas as atividades práticas são preparadas com carinho e respeito para acolher a visita dos educandos juntamente com os professores, garantindo a alegria e o envolvimento durante cada vivência, tornando-os mais participativos e curiosos por informações. Tudo é planejado e

pensado para cada faixa etária e série em que os alunos se encontram. Dessa maneira, logo as crianças “leem o mundo” por meio dos temas que sempre estão ali ao alcance de todos.

Para os pequenos leitores, quando entram na biblioteca,“o livro fala e eles respondem”, “utilizam instrumentos musicais e eles dançam”, “toca-se o violão e eles cantam”, “as fábulas ensinam e o aprender é inevitável”, “a poesia é doce ao ser ouvida”, “a mágica se faz e o encanto surge”, “personagens do folclore e das histórias aparecem e eles

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logo encenam”; tudo isso absorvido com criatividade, afeto, imaginação, alegria, empolgação e integração.

Desse modo, a biblioteca tirou a impressão dos leitores infantis e juvenis de que “ler é chato e tedioso” e embarcou com novas histórias e diversas emoções com o intuito de fortalecer os projetos pedagógicos, proporcionando momentos agradáveis e de aprendizado, tanto para os leitores da Educação Infantil quan-

Assim, a união dos livros, histórias e canções, cultiva mudanças positivas na vida de cada um, além de fazer dessa geração de leitores, grandes amantes da leitura, da poesia, da música e bons “personagens” para percorrer os caminhos da vida. E nessa toada de gratidão e carinho, é possível ouvir, em um canto ou outro da biblioteca, um elogio assim: “Você é tão livro”!

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Escola, um lugar de valor
CLIQUE NO QRCODE PARA ACESSAR AS FOTOS DESSE TEXTO LÍLIAN CRISTINA DOS SANTOS LICENCIADA EM PEDAGOGIA. PÓSGRADUADA EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO. PROFESSORA DO PROJETO DE USO DA BIBLIOTECA DO COLÉGIO F.A.S.
to Ensino Fundamental I. BENEFÍCIOS DA LEITURA PARA AS CRIANÇAS
INCENTIVA A
IMAGINAÇÃO ESTIMUL A A CRIATIVIDAE
FACILITA A
ESCRITA MELHORA A CONCENTRAÇÃO ALIMENTA O VOCABULÁRIO

ATELIE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ESPAÇO DE INSPIRAÇÃO, DE CRIAÇÃO, DE VIVÊNCIA, DE INVESTIGAÇÃO...

RENATA INÁCIO DE FREITAS

A escola precisa ser um espaço rico de estímulos para que as crianças possam se desenvolver. Pensando nis so, tem sido trabalhado com nossos alunos do Berçário as temáticas dos chamados ateliês. Esse termo Ateliê nasceu nas escolas de Educação In fantil de Reggio Emília, como um “espaço para manipulação ou expe rimentação com linguagens visuais separadas ou combinadas, isolada mente ou juntamente às linguagens verbais (MALAGUZZI, 1999, p 73). Na Educação Infantil, esses ateliês promovem o pleno desenvolvimento da autonomia

No Berçário, as temáticas desse trabalho foram pensadas para esti mular diversas habilidades nas crian

ças, propondo espaços desa adores, incentivando as descobertas a partir de materiais e objetos diversi ca dos, oportunizando momentos de construção de saberes. Com essas experiências os pequenos vivenciam inúmeras linguagens e formas de co nhecimento. Aprendem a ser colabo rativos e a se expressarem. Ganham autonomia e desenvolvem a respon sabilidade.

As crianças brincam grande par te do tempo, relacionando-se com os objetos, com as pessoas e com o mundo que as rodeia. Esse brincar re laxa, cria, expressa prazer, sentimen tos, relacionamentos, explorando o corpo e a linguagem.

Além disso, criatividade e diver sidade andam juntas. Para cada Ateliê uma variedade de materiais foi orga

nizada, pois quanto maior a quanti dade deles, existem mais possibilida des de criação.

Para as turmas dos Bebês - Baby e Maternal I (crianças de até 1 ano e 6 meses), estimulam as sensações, os movimentos, o faz de conta, a fantasia e a linguagem. Já para as turmas de Crianças Bem–Pequenas - Maternal II (1 ano e 6 meses até 3 anos) de senvolvem a criação, a autonomia, a interação, a curiosidade, a expressão, entre outros.

Assim, a aprendizagem parte da descoberta, da curiosidade natural de cada um pelo universo que o rodeia e através do contato com as múltiplas linguagens. Uma vez que a criança precisa de condições para que possa experimentar, criar, construir e se ex pressar livremente.

Escola, um lugar de valor

“ATELIÊ LITERÁRIO -

O MUNDO ENCANTADO DAS HISTÓRIAS”

Magia, imaginação, fantasia, ele mentos que estão presentes nesse es paço tão encantador que é o mundo das histórias, o da leitura por prazer.

Ao ouvir e contar histórias entra mos num cenário cheio de surpresas e mistérios que divertem e ensinam. Nessa relação da criança, de forma lú dica e prazerosa, com a obra literária é que formamos o leitor e escritor.

O projeto “ Ateliê Literário: O mundo encantado das histó rias” foi trabalhado com o obje tivo de resgatar a arte de contar e ouvir histórias no contexto escolar,

desenvolvendo habilidades como a interação entre as crianças, a fanta sia, o jogo simbólico e o gosto pela leitura em um universo de sonhos e encantamento.

A partir do “Baú Literário”, cada dia era possível vivenciar uma magia diferente através dos contos de fadas, das fábulas e das poesias. Cada história foi contada, usando os mais diversos recursos como fantoches, dedoches, saia literária, guarda-chuva, avental, caixa cenário com os palitoches, ci neminha, dobradura, fantasias, baú de histórias, música (história cantada),

história na lata e teatro de sombras.

Nesse projeto, a “Família tam bém conta história”, através da “Schoolbag Literária”, incentivan do o hábito da leitura, promovendo a integração entre a família e a es cola, em que toda semana as crianças levam um livro para ser lido com a família, a qual registra esse momento tão mágico.

Assim, construindo, cantan do, criando e investigando é que as crianças desenvolvem sua aprendiza gem. Sendo artistas e admiradores em seu próprio ateliê.

COLOCANDO EM PRÁTICA...

“ATELIÊ MUSICAL: CANTANDO SEM PARAR”

Modifque o ambiente, coloque uma música e vamos cantar e dançar!

A música faz parte do universo in fantil, principalmente nas canções de ninar, nas cantigas de roda e nas brin cadeiras. Com base nisso, o projeto “Ateliê musical – Cantando sem parar”, ampliou as possibilidades de desco bertas, de brincadeiras, de vivências signi cativas e de construção de saberes a partir dos Direitos de Aprendizagem e Campos de Experiência da Base Nacional Co mum Curricular (BNCC), dentro de cada faixa etária.

A partir das atividades vivenciadas,

as crianças tiveram a oportunidade de desenvolver, de forma signi cativa, o rit mo, a sensibilidade e o prazer em ouvir música, a fala, a linguagem, a imaginação, a memória, a concentração, a atenção, o pensamento criativo, o raciocínio, a des treza corporal e a afetividade.

Cantamos cantigas de ninar, cantigas de roda, músicas do cancioneiro infan til, de grupos como: Palavra Cantada, Tiquequê, Encantar, entre outros, traba lhando com os gestos, balbucios, com a “roda musical”, sons do corpo, dos objetos e muito mais. Porque sempre é hora de cantar!

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Escola, um lugar de valor RENATA INÁCIO DE FREITAS GRADUADA EM PEDAGOGIA. PÓSGRADUADA EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO. PÓS-GRADUADA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA. COORDENADORA PEDAGÓGICA DO BERÇÁRIO DO COLÉGIO F.A.S.

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