"Escola, um lugar de valor" - Colégio F.A.S. - 13ª edição - 2021

13ª EDIÇÃO Nº 13 - OUTUBRO/2021

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Unidade I - Rua Vital de Negreiros, 25 Fabrício

Escola, um lugar de valor

Escola, um lugar de valor (34) 3313-9263 - Uberaba (MG)

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Unidade II - Rua Padre Zeferino, 1145 Fabrício

Escola, um lugar de valor

Escola, um lugar de valor (34) 3322-6249 - Uberaba(MG)

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Conhecer e reconhecer nosso maior tesouro SIMONIA TOMAZ Certo dia, li em uma rede social a frase: “Não existe reconhecimento mais puro do que a gratidão”. E percebo que entre tantos motivos que nos levam a agradecer, a “Escola” destaca-se, não somente como uma instituição de ensino, mas principalmente por conta das pessoas que vitalizam o ambiente escolar.

Desde o início dos tempos, desde a educação jesuíta que atuou em nosso país, devemos ressaltar a imensurável importância da escola. Nesse momento atual, sobretudo, mesmo com o distanciamento professor/aluno e escola física/aluno, a educação tem ressaltado seu papel e os professores e colaboradores educacionais merecem ser lembrados com admiração e esmero. É fato que, desde a era dos Jesuítas, por meio da descrição do espaço físico registrado por Anchieta, a estrutura tem mudado.

Em vez de “o local tinha apenas quatorze passos de comprimento e dez de largura, incluindo a escola, a dispensa, a cozinha, o refeitório e o dormitório”, hoje, as salas são dotadas de equipamentos tecnológicos, os ambientes são bem decorados, cheios de estímulos, o pátio, a quadra, a lanchonete, o som para marcar a mudança de horário, o fluxo de alunos e professores pelos corredores, a hora do lanche, o recreio, os risos, as brincadeiras e todo o

barulho real que alguém poderia descrever de um ambiente escolar merecem o nosso reconhecimento e gratidão. É necessário conhecer e reconhecer que a essência educacional nunca se perderá e que o conhecimento tem suas diferentes dimensões. Nesse momento, tivemos que conhecer de novo aquilo que faz parte da rotina de uma escola, e justamente esse reinventar é o que personaliza e qualifica o professor e toda a comunidade escolar. A vitalidade e o senso de colaboração que caracterizam os profissionais que professam diariamente a sua sabedoria, indo além do saber acadêmico, são fatores determinantes para o desenvolvimento global de um ser.

Não é sobre lembranças, mas sobre memórias que nos ficam marcadas e nos levam ao reconhecimento do trabalho de todos os elementos que compõem uma equipe escolar.

No colégio F.A.S., por meio dos nossos profissionais, estendemos a nossa gratidão a todos que estão inseridos no nosso contexto, seja a frente de uma classe, numa ação de apoio, nos bastidores de uma secretaria, no pátio, no portão e na gestão.

O trabalho de cada um é visto, vivido, sentido e de alguma forma eternizado no coração e na memória de todos, que um dia, por nossa Escola passaram.

Educador, tú és um dos grandes tesouros da humanidade!!

13ª EDIÇÃO Nº 13 - OUTUBRO/2021

Expediente

Unidade I: Rua Vital de Negreiros, 25 – Fabrício – (34) 3313-9263 – Uberaba – MG Unidade II: Rua Padre Zeferino, 1145 – Fabrício – (34) 3322-6249 – Uberaba – MG Direção do Colégio F.A.S.: Francisca Elineide Câmara Alberto Coordenadora Pedagógica (Educação Infantil e Fundamental I): Simonia C. Tomaz Manzan Coordenadora Pedagógica (Fundamental I e II): Vanessa das Dores Duarte Teruel Coordenadora da Área de Esportes: Adriana de Macêdo Designer gráfico: Alex Maia – alexesmmaia@gmail.com Revisora textual: Júlia Gabriela Pacheco Marques Tiragem: 1 mil exemplares Fotos: Arquivo Colégio F.A.S., Doris & Donizetti Studio Photo e Internet Impressão: RB Gráfica Digital

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Escola, um lugar de valor

Mudança necessária, essência preservada Ao concluirmos mais uma edição da revista FAS, ao nos depararmos com tantos projetos maravilhosos e ao revivermos o cotidiano do colégio em cada página publicada, percebemos o quanto o ano de 2021 trouxe mudanças ao dia a dia escolar.

Porém o que ressalta aos olhos, em cada texto escrito por um professor, em cada informação compartilhada pelos colaboradores da escola, em cada palavra escrita e lida, é que a essência acolhedora, de compromisso com uma educação libertadora e de qualidade nunca mudará em nossa escola.

Ao folhearmos esse edital, percebemos fortemente a presença da tecnologia, nos QR CODES com diversas fotos que não caberiam nas páginas, nos relatos das ações pedagógicas cheias de inovação, na presença constante das tecnologias nas salas de aula. Mesmo ainda com a presença de alguns alunos em aula on line, mesmo com o contato de alguns sendo apenas virtual e mesmo que, presencialmente, tenhamos respeitado rigorosamente o distanciamento necessário para a segurança de todos, o que não falta no colégio FAS é acolhimento, proximidade, afeto, união. Há o distanciamento físico, mas não há o distanciamento de olhares; há o uso da tela fria, mas não há frieza, não há apatia, muito menos comodismo.

O ensino híbrido nos fez mudar a estrutura da sala de aula, adaptar cada espaço da escola, reformular o jeito de dar aula. Contudo, não conseguiu mudar a estrutura rígida de comprometimento, de engajamento com uma educação que leve autonomia para nossos educandos.

Uma educação baseada em conceitos que sejam atuais, inovadores, mas que também sejam sólidos. Sólidos como a nossa visão de educação, que mesmo com o mundo mudando em uma velocidade enorme, não nos fez mudar o zelo, o cuidado com cada um e ao mesmo tempo com todos. Cada página dessa revista é a demonstração de que quando algo é construído em bases fortes, nem a maior tempestade é capaz de fazer estremecer.

Sendo assim, o ano letivo de 2021 – que ainda não acabou, mas que já produziu inúmeros resultados, aprendizados, construção de conhecimentos – está estampado nas páginas a seguir.

Agradecemos desde já a confiança dos pais, alunos, funcionários que mesmo nesse momento de medos e incertezas, saíram do conforto e segurança de suas casas e acreditaram no potencial e no cuidado da nossa escola com nosso bem mais precioso: a vida. Obrigado!

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ÍNDICE EDITORIAL 11 SEJA O VENTO QUE ESPALHA MUDANÇA....

Francisca Elineide Câmara Alberto

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VAMOS REUTILIZAR? 14 Gabrieli Caroline Silva Mendes

O BRINCAR E O PLANETA: LIXO QUE NÃO É LIXO, CUIDANDO DA NATUREZA

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ESTRATÉGIAS APLICADAS AO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA

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Ana Lucia Gomes de Sousa Miquelino Cesaria Oliveira Nunes Andrade

CONTANDO UMA NOVA HISTÓRIA 23 Marquiane Cristina Furtado

INVESTIGAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE: LUZ, CÂMERA, CIÊNCIA!

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NECESSIDADE E DETERMINAÇÃO: CAMINHOS PARA O SUCESSO

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2º ANO EM: PEQUENOS PESQUISADORES E FUTUROS CRIADORES...

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BRINCADEIRAS DE CRIANÇA: RESSIGNIFICANDO O OLHAR

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A CIÊNCIA INVESTIGATIVA APLICADA AO COTIDIANO

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Gabriela Chagas Câmara Carolina Bosco Freitas

Camila Pires Martos/Luciana Almeida de Moraes/Thaís Arruda Costa Joca Carmen Lúcia Joca de Melo/Danielle A.da Silva/Marlene C. de Oliveira Gabriela Chagas Câmara/Ana Alice Souto Pereira Marins

EXPERIMENTO E EXPERIÊNCIAS 42 Léia Dias Rosa Carvalho/Rosemeire Campos Rosa

ESCONDE AQUI, ESCONDE ALI, CADÊ? ACHEI!... Élyda de Araújo/ Enrique Bianquini/Marcia Cristina de Oliveira Gomes

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DESCOBERTAS 49 Gilmar Catarino Júnior/Jacqueline Borges Vidal

CONHECE-TE A TI MESMO: SÓCRATES, ENTRE MITOLOGIA E FILOSOFIA Hilder Alves Laudinol

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AQUI SE F.A.S. BOSSA 54 Mariana Pacheco Silva

SER INDEPENDENTE SIGNIFICA... 56 Mônica Cristina de Almeida Furtado

JOGOS E ATIVIDADES VIRTUAIS X PRÁTICAS CORPORAIS E MUSICAIS

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SENTIMENTOS... QUANDO ME IMPORTO COM OS OUTROS, ISSO É EMPATIA. QUANDO EXPRESSO O MEU PENSAR E SENTIR, ISSO É SENTIMENTO.

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Adriana de Macêdo/Almir Curto Alberto/Carolina B.Corradini/John W. A. de Oliveira/ Núbia N. Cassiano

Maria Lopes de Souza Neta

O MUNDO É MATEMÁTICO 65 Ohana Carolina Dias de Oliveira

LEOPOLDINA, A IMPERATRIZ DA INDEPENDÊNCIA: O PROTAGONISMO HISTÓRICO FEMININO NA SALA DE AULA 69 Thuane Graziela Xavier Pedrosa

JUNINARTE: A FESTA JUNINA RETRATADA PELA ARTE NAÏF Vanessa das Dores Duarte Teruel/Simonia Tomaz Manzan

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SOMANDO ALEGRIAS, DIMINUINDO AS DÚVIDAS, MULTIPLICANDO APRENDIZADOS E DIVIDINDO CONHECIMENTOS 75 Veruska Carvalho Assunção

HINO 79

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Escola, um lugar de valor

SEJA O VENTO QUE ESPALHA MUDANÇA....

FRANCISCA ELINEIDE CÂMARA ALBERTO O filme o “Menino que descobriu o vento” mostra como a educação pode ser transformadora em todos os sentidos. O filme não é apenas um drama em cima das dificuldades da comunidade de Wimbre, mas tenta trazer leveza ao mostrar que, muitas vezes, o que vemos apenas como brincadeira ou peripécias de criança, pode ser algo muito grandioso. Mostra também que a hora das refeições é um dos momentos mais puros em uma família, que apesar de ter pouco, divide alimentos e amor.

Trago essa reflexão para o ano de 2021, pois foi mais um ano que nos trouxe grandes transformações, seja no aspecto profissional ou emocional, consequência das experiências traumáticas e desafiadoras de 2020, diante da guerra viral que ainda a humanidade está vivenciando. A escola literalmente entrou na casa dos alunos e as famílias dividiram suas ansiedades, expectativas e esperanças de modo “híbrido”, acreditando que juntos somos capazes de Fazer Acontecer Sempre. Fazer de diferentes formas, ferramentas e jeitos; Acontecer talvez com o inesperado, imaginário, desafiador e Sempre acreditando que as palavras de ordem do ano foram e estão sendo resiliência e fé.

Na história do filme, o menino descobre “o vento” como esperança de mudança, assim como na nossa escola, nós redescobrimos e reafirmamos que a “Educação” é um valioso recurso, capaz de vencer todos as guerras e lutas!!! É necessário todos os dias sentir o vento que nos toca, a luz que ilumina, e a fé que nos sustenta!!!

Francisca

Adriana

Simonia Escola, um lugar de valor

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Vamos Reutilizar?

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GABRIELI CAROLINE SILVA MENDES Você já ouviu falar nos “3 Rs”? Reduzir, Reutilizar e Reciclar? São também conhecidos como os 3 Rs da sustentabilidade, ou seja, são ações práticas que visam estabelecer uma relação mais harmônica entre consumidor e meio ambiente.

O primeiro R, de Reduzir, resume-se em diminuir o consumo de bens e serviços, como comprar apenas o necessário, restringir também o consumo de água e energia, sempre com a intenção de evitar o desperdício.

O segundo, Reutilizar significa aplicar algo novamente, na mesma função ou reaproveitá-lo em diversas outras possibilidades de uso.

O terceiro R representa a reciclagem, que é o processo de

transformação de algo usado em algo totalmente novo.

No ano de 2021, tivemos que nos reinventar em sala de aula, pois trabalhamos de forma virtual e presencial, cumprindo todas as normas de distanciamento.

Porém, isso não nos impediu de colocar a aplicação dos 3RS no dia a dia dos alunos. Sendo assim, trabalhamos, ao longo do ano, a reutilização de alguns materiais para transformá-los em outros utensílios. Para isso, a turma do 1º período vespertino desenvolveu várias atividades relacionadas à conservação do meio ambiente, com ações simples no dia a dia, mas que, com certeza, ficarão marcadas a vida inteira, ou seja, serão hábitos sustentáveis na vida dos alunos.

Para não desperdiçarmos água, por exemplo, criamos alguns combinados na sala, tais como:

ao final de todas as atividades em que utilizamos água, aguamos as plantas do colégio ou de casa com a água que sobrou; vigiamos se as torneiras estão sempre bem fechadas; ao sairmos da sala, desligamos a luz e o ventilador; jogamos sempre o lixo no lixo; entre outras ações simples e cotidianas.

Além disso, ao pensarmos no segundo R, fizemos atividades de reutilizar materiais, como a confecção de brinquedos com rolinhos de papel higiênico, garrafas pet, caixas de sapatos, embalagens de sabão em pó, potes de iogurte, etc. Com isso, cada criança reutilizou alguns materiais para criar o seu brinquedo reciclável, entendendo que podemos criar outros objetos, a partir de algum material, que a princípio iria para o lixo, por não ter mais utilidade.

Alguns materiais podem transformar-se também em itens de de-

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coração, papéis usados podem ser usados como rascunho, móveis podem ganhar novas funções, potes podem virar vasos para plantas, os jornais podem virar até mesmo cestas ou outros itens semelhantes. As transformações são impressionantes!

O nosso projeto, portanto, teve como objetivo conscientizar as nossas crianças de que ser sustentável requer atos conscientes em relação ao consumo do nosso dia a dia. Quando falamos sobre sustentabilidade na educação infantil, estamos estimulando as crianças a terem mais cuidado com a natureza, com o meio ambiente em que estão inseridas e a perceberem que pequenas ações podem fazer grandes diferenças.

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GABRIELI CAROLINE SILVA MENDES Graduada em Pedagogia.

Pós graduada em Alfabetização e letramento. Professora do 1º período no Colégio F.A.S.

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O BRINCAR E O PLANETA: LIXO QUE NÃO É LIXO, CUIDANDO DA NATUREZA

ANA LUCIA GOMES DE SOUSA MIQUELINO

Sabemos que, na Terra, há vida em toda parte: na natureza, na água, no mar, nos insetos e em todos os tipos de seres vivos e pessoas, como você e eu. Assim como os demais seres vivos, todos precisamos dos recursos que há na natureza para sobrevivermos. Para que isso aconteça, devemos usar nossa criatividade

e adquirirmos qualidade de vida com o respeito ao meio ambiente, principalmente para o não desperdício da água doce e potável, pois sem ela não há vida no mundo. A boa notícia é que a Terra possui quantidade suficiente desse recurso para todos nós, no entanto, a má notícia é que temos alguns problemas pela frente: como as alterações climáticas e o impacto ambiental, além das atitudes de desperdício que

mostram que não cuidamos do nosso planeta, essa imensa casa que é tão importante para nossa sobrevivência.

Além disso, o grande acúmulo de poluição no ar, está “asfixiando” a atmosfera; e, nos rios, acabando com a água potável disponível em nossos mananciais e todo esse impacto está mudando drasticamente a natureza, e nossas vidas estão sendo ameaçadas também.

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A realidade é que nós estamos causando vários problemas ambientais com gestos e atitudes impensadas. Estamos destruindo a natureza e só poderemos resolver essa situação com atitudes simples, mas que têm que ser trabalhadas em conjunto e com criatividade.

Para isso, é necessário conscientizarmos nossas crianças da importância do lixo reciclável, de ações sustentáveis de cuidado com o meio ambiente, para mudarmos esse cenário.

Conscientização, sensibilidade, reciclagem, lixo e meio ambiente

Nós, seres humanos, somos seres criativos, pensantes e dotados de diversas habilidades e dons.

Com o poder que possuímos, podemos mudar o mundo ou parte dele, no intuito de resolvermos milhares de problemas ambientais, por meio do desenvolvimen-

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to sustentável. Sendo assim, temos a obrigação de encorajarmos uns aos outros com ideias e atitudes.

Aqui no colégio F.A.S., desenvolvemos ações simples que estão ao nosso alcance para cuidarmos do meio ambiente. Como o cuidado constante com o uso consciente da água. Em sala de aula, trabalhamos o não desperdício desse bem tão precioso, desde em um simples ato de lavar as mãos ou regar as plantas, aproveitando a água que sobra de alguma atividade realizada.

Outra atitude estimulada é o anticonsumismo, pois, pensando em evitar o consumo desenfreado, nossos alunos foram orientados a construir seus próprios brinquedos. Os objetos foram feitos com sucata e materiais recicláveis.

Os alunos foram orientados a ter novas ideias, a usar a criatividade e aproveitar aquilo que era considerado lixo. Tais atividades buscaram promover a conscientização,

fazendo-os refletir sobre a relação que têm com o consumo. Isso os levou a olhar com mais responsabilidade para o planeta em que vivemos e a pensar que, se não cuidarmos dele, e uns dos outros, os recursos necessários para sobrevivermos podem se extinguir.

Por isso, devemos utilizar e partilhar os recursos de modo justo e sustentável. Para isso, o projeto que realizamos teve como objetivo desenvolver atividades de sensibilização da comunidade escolar quanto à preservação ambiental. Refletimos que cabe a cada cidadão consciente do planeta a tarefa de diminuir a sua produção de lixo. Somente com a conscientização do indivíduo é que poderemos encontrar a solução para esse problema sério que engloba a todos.

Este projeto voltado para o anticonsumismo e para o reaproveitamento de recursos foi de suma importância, pois contribuiu

para despertar em nossos alunos e em toda comunidade escolar a consciência de que praticamente todo lixo pode ser reaproveitado, podendo inclusive, ser usado na transformação de materiais didáticos alternativos.

Sabemos que a escola é um dos mais importantes segmentos para a conscientização da prática ambiental, por isso, para a concretização do projeto, desde o início do ano, foram abordados temas relacionados ao meio ambiente, promovendo o desenvolvimento de conhecimentos, de atitudes e habilidades necessárias para a preservação e melhoria da qualidade ambiental e para a preservação e

melhoria do futuro de cada um de nós. É papel de cada e de todos os cidadãos inovarmos nossas práticas de consumo e estarmos atentos para colaborar com os objetivos globais, para a obtenção de uma melhor qualidade de vida.

Façamos a nossa parte!

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ANA LUCIA GOMES DE SOUSA MIQUELINO Graduada em Pedagogia.

Pós-Graduação em Coordenação Pedagógica e Supervisão Escolar.

Professora do 1º período no Colégio F.A.S.

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ESTRATÉGIAS APLICADAS AO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA TALLER DIVERSIFCADO EN CLASE DE ESPAÑOL

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CESARIA OLIVEIRA NUNES ANDRADE O ano de 2021 vem sendo um desafio gigante para professores e alunos, pois diante do cenário da Pandemia do Covid-19, foi necessário nos reinventar mais uma vez para dar continuidade ao processo educacional. Ensinar e aprender são duas palavras que nós, professores e alunos, conhecemos muito bem. Contudo, para que o processo ensino-aprendizagem aconteça com naturalidade, é necessário muita vontade e dedicação de ambos os lados.

Para o ensino de Espanhol, como língua estrangeira, os recursos e metodologias para trabalhar a aprendizagem são diversos. Podemos explorar desde um cardápio de restaurante até um filme, passando por diversas abordagens e léxicos.

Ao refletir sobre o cenário educacional do ano de 2020, elaborei propostas de trabalho para 2021 que pudessem dinamizar e “gamificar” as aulas, sendo o processo de gamificação relacionado à utilização de recursos de jogos no contexto da educação. As propostas foram idealizadas para proporcionar aos alunos a aprendizagem de um segundo idioma de forma mais prazerosa, explorando aspectos culturais e promovendo momentos de afetividade com a família e amigos.

A ideia inicial seria trabalhar apenas “Tarjetas” em sala de aula, ou seja, textos por meio de cartões temáticos. O objetivo seria levar uma mensagem de afeto para uma pessoa da qual se gostasse muito. Porém, com o passar dos dias, foram surgindo outras ideias e incorporadas à proposta didática inicial. Assim, temas relacionados à culinária, empreendedorismo e

gamificação também foram abordados nos cartões temáticos.

Sobre as tarjetas, as turmas dos 5º e 6º anos do Ensino Fundamental II e do 3º ano do Ensino fundamental I realizaram a confecção de cartões temáticos para as mães, pais e avós. A ideia era trabalhar o léxico da língua espanhola, a produção escrita e o dom artístico de cada aluno. Os alunos expressaram em seus cartões palavras de extremo carinho. Isso foi muito rico para o momento, sobretudo para os avós, os mais afetados pelo isolamento social durante a pandemia.

Na turma do 7º ano, exploramos habilidades de culinária. Propus aos alunos que confeccionassem um prato típico espanhol e o degustassem junto com seus familiares em um jantar, almoço ou em um lanche de final de semana.

Trabalhar com a culinária favorece a interdisciplinaridade com a matemática, com medidas de capacidade e peso; com as artes, com sentidos estéticos; as linguagens, trabalhando sequência lógica e cronológica de uma receita, vocabulário e tempos verbais. A devolutiva foi ótima, pois percebi que a maioria gostou e disfrutou de um momento prazeroso com seus familiares.

Na turma do 4º ano Fundamental I, a proposta foi englobar umas das habilidades preconizadas para o aluno do séc. XXI: empreendedorismo. Como a temática da aula era transportes, iniciei sugerindo uma pesquisa sobre transportes, combustíveis, meio ambiente, veículos do futuro, etc.

Em seguida, debatemos o que os alunos pesquisaram e assim foram surgindo ideias sobre a construção de um transporte sustentável.

Os alunos pesquisaram: o tipo de combustível que poderia ser usaEscola, um lugar de valor

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do, as consequências para o meio ambiente e as soluções para os problemas do trânsito. Eles pensaram em diferentes projetos e foram discutindo aspectos como preço, público-alvo e mercado.

Foi excelente ouvir as ideias das crianças. Como o projeto ainda está em andamento, a próxima etapa será a construção do transporte projetado por meio de materiais recicláveis ou desenhos.

São realmente surpreendentes e fantásticas as soluções que as crianças têm para a vida.

Para concluir o projeto, no final do ano, faremos as “tarjetas de Navidad”, ou seja, os Cartões de Natal, com todas as turmas da escola. Assim, cada um poderá trocar com um amigo ou familiar uma mensagem carinhosa e reflexiva para o momento.

Trabalhar com a ferramenta de Gamificação é uma estratégia de engajamento muito produtiva. Além de ser uma ferramenta

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que oferece estímulos externos, ela também ajuda no processo de aquisição do conhecimento. Durante o jogo, o aluno ativa seu raciocínio, resultando em uma aprendizagem mais espontânea.

Ao mesmo tempo, a gamificação é uma estratégia eficiente para dinamizar a aula. Explorei esse recurso nas turmas do 1º ao 9º ano e a proposta foi muito bem recebida pelos alunos. Foi fantástico!

Certamente é a estratégia que eles mais gostam, pois sempre pedem novas atividades utilizando a gamificação.

Em resumo, a Gamificação, o empreendedorismo, a receita culinária, enfim, cada atividade realizada, proporcionou às aulas de espanhol valorizar o raciocínio lógico, a capacidade de criação, a resolução de problemas e a ampliação das competências léxico-gramaticais dos estudantes, por meio de atividades lúdicas e prazerosas. Transformando assim,

a aprendizagem em algo efetivamente significativo não só para o aluno, mas para todos os envolvidos no processo.

CESARIA OLIVEIRA NUNES ANDRADE Graduada em Letras. Graduada em Pedagogia. Especialista em Docência na Educação Superior pela UFTM. Possui Certificação de Proficiência em Língua Espanhola (DELE) outorgado pelo Instituto Cervantes/ ES. Professora de Espanhol do 1º ao 9º ano do Colégio F.A.S.

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Contando uma nova HISTÓRIA MARQUIANE CRISTINA FURTADO Quem é que, ao ouvir o famoso “Era uma vez”, não se sente tocado pela magia da história e faz uma pausa em sua rotina para deliciar-se com uma bela narra-

tiva? Isso não acontece somente com as crianças, mas com todas as faixas etárias. Dentre essas histórias, os chamados contos clássicos atravessam as fronteiras do tempo.

Pensando nisso, no intuito de despertar ainda mais o interesse pelo aprendizado de uma segun-

da língua e integrar o ensino da Língua Inglesa a outras áreas do conhecimento, como Ciências, Matemática e Língua Portuguesa, surgiu a ideia de trabalharmos a intertextualidade nas narrativas fantásticas com os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, uma

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vez que essas narrativas possuem um lugar de destaque no imaginário popular, encantando onde quer que sejam lidas ou contadas.

Inicialmente, propusemos que os alunos lessem uma versão alternativa do conto de fadas tradicional de Chapeuzinho Vermelho, dos Irmãos Grimm. Escolhemos o livro: “A verdadeira história de Chapeuzinho Vermelho”, de Agnes Baruzzi, que traz a narrativa tradicional com uma ótica divertida e moderna, na qual se misturam novas tendências alimentares,

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personagens que trocam de papéis, além de um final inesperado.

Nessa perspectiva, gêneros textuais misturaram-se, desde notícias, anúncios, receitas, propagandas, entre outros, dentro da trama narrativa. Trazendo um colorido que chamava a atenção em todas as páginas.

Assim, trabalhamos aspectos linguísticos e culturais, incentivando habilidades como a leitura e escrita, a aprendizagem de uma segunda língua, a pesquisa, a tradução e a produção em diferentes

moldes, colocando a língua em ação, realizando sua função comunicativa.

Partimos da leitura para a visualização de vídeo no Youtube que trazia as páginas do livro em Português. Depois, realizamos a discussão e a interpretação da história. Em seguida, solicitamos que criassem uma nova capa. Seguindo a proposta de um lobo que não come mais carne, conforme a versão lida, também pedimos que pesquisassem uma receita vegetariana e ilustrassem-na.

Os alunos confeccionaram propagandas sobre os Três porquinhos, que completaram a intertextualidade dentro da narrativa. Também elaboraram um convite para a festa surpresa do protagonista, o lobo. Tudo entregue em formato de livro, apresentando as novas capas criadas com o recurso de colagem e desenhos.

Todo esse trabalho foi extremamente gratificante, trazendo um novo olhar tanto para os contos tradicionais, como para a Língua Inglesa, que é viva e pulsante e tão presente em nossa vida. Aprender e ensinar caminham juntos e são indissociáveis, pois quem aprende, ensina e quem ensina, com certeza, aprende ainda mais. Nos olhares dos aprendizes do quinto ano e a cada descoberta e construção de saberes, encontramos, com certeza, o prazer de uma educação verdadeiramente transformadora.

MARQUIANE CRISTINA FURTADO Graduada em Letras PortuguêsInglês. Pós-graduada em Avaliação Educacional MBA em Gestão Educacional. Professora de Inglês da Educação Infantil ao 9º ano do Colégio F.A.S.

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INVESTIGAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE:

luz, câmera, CIÊNCIA! GABRIELA CHAGAS CÂMARA A ciência não é caracterizada por uma simples disciplina, uma vez que ela compartilha o ponto de vista do belo na natureza, acentuado pelo conhecimento científico. Diante da globalização, é válido ressaltar a importância das aulas teóricas e práticas para o ensino da ciência interdisciplinar e investigativa.

O desenvolvimento das práticas possui um papel importante em

instigar a formulação de hipóteses, investigação sobre o objeto de estudo; não apenas a memorização de fatos e conceitos, mas o raciocínio, acompanhado do pensamento crítico, permitindo uma aprendizagem significativa. (TERRAZAN; LUNARDI; HERNANDES, 2003).

Os projetos interdisciplinares do laboratório de ciências permitem uma aproximação da vivência cotidiana dos alunos com o estudo científico abordado em sala de aula. Inicialmente, ocor-

re uma apresentação de uma situação-problema pelo professor.

Em seguida, há o levantamento de hipóteses pelos alunos, acompanhado dos testes experimentais para concretizar a resposta ao problema investigativo.

Na turma do 1º ano, o conteúdo trabalhado em Ciências foi relacionado ao conteúdo trabalhado em Artes. Desse modo, envolvendo o estudo do corpo humano com enfoque nas características dos ossos que compõem o esqueleto, os alunos vivencia-

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ram diferentes manifestações artísticas e culturais que permitiam diferentes movimentos e posições com nossos corpos.

O estudo sobre a biodiversidade de espécies de animais na natureza ocorreu na turma do 2º ano, por meio da observação de diferentes animais nas aulas de laboratório. Algumas características foram apresentadas, possibilitando a divisão dos grupos: terrestre, aquático e aéreo. Os alunos ficaram animados e entusiasmados com as observações e sensações sentidas ao tocar em animais como serpente, lagosta, pássaro, entre outros.

A temática sobre as características da formação do Planeta Terra foi realizada na turma do 3º ano. Uma história contada, descrevia todas as características da superfície do planeta Terra antes da possibilidade da existência de vida: “[...] na atmosfera primitiva não existia a camada de ozônio e nem o oxigênio. Naquela época, a atmosfera era composta por

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hidrogênio, amônia, metano e água.

Com essa composição química existia muitas descargas elétricas na superfície terrestre. Além da ausência de oxigênio, raios ultravioletas chegavam na superfície com altas temperaturas [...]”. No decorrer da história, fizemos o experimento com fumaça e explosões com água oxigenada e permanganato de potássio, realizando uma simulação da presença de gases tóxicos na atmosfera.

Já na turma do 4º ano, foi proposta uma atividade, envolvendo a localização de objetos e lugares nas dependências do Colégio F.A.S. O Caça ao Tesouro, com o acompanhamento da rosa dos ventos, possibilitou o raciocínio e a interpretação de informações na busca por um tesouro perdido. Os comandos foram apresentados aos alunos presenciais e adaptados aos alunos online.

A finalidade era adquirir conhecimentos sobre localização e a compreensão da rosa dos ventos.

Com a proposta de estudo so-

bre a alimentação, uma atividade investigativa foi realizada na turma do 5º ano. Inicialmente, uma reportagem sobre o desdobramento da Operação Ouro Branco foi lida, com a descoberta de problemas no leite de lotes de três marcas (Parmalat, Calu e Centenário). A situação problema era: “Além da adulteração do leite com soda cáustica e água oxigenada, alguns produtores de leite costumam adulterar seus produtos adicionando água.

Sendo assim, o produto estaria mais diluído ou, como algumas pessoas dizem, com um aspecto ‘ralo’. Para disfarçar a diluição, era acrescentado amido de milho.

Então, um consumidor, ao comprar um leite adulterado, estaria pagando por uma quantidade de produto menor do que a quantidade indicada pela embalagem.”

Pensando nisso, os alunos elaboraram um mecanismo para analisar quais das três amostras de leite foram adulteradas com amido. A solução era adicionar tintura de

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iodo nas amostras para observar a reação química da mudança de coloração do leite para tons de azul e roxo.

Desse modo, com cada atividade, ocorreu uma aproximação do cotidiano de vida do aluno à investigação científica.

A integração das aulas teóricas e

práticas é de suma importância, uma vez que leva o aluno à reflexão sistemática e às indagações.

Assim, os alunos relacionam a “ciência científica” com a “ciência cotidiana”, contextualizando os fenômenos que ocorrem na natureza com os acontecimentos que ocorrem a sua volta.

GABRIELA CHAGAS CÂMARA Graduada em Química. Mestranda em Química. Professora de laboratório de Ciências nas turmas de 1° ao 9º ano no Colégio F.A.S.

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Necessidade e determinação: CAMINHOS PARA O SUCESSO CAROLINA BOSCO FREITAS

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17 de março de 2020 foi um dia marcante na história da humanidade e consequentemente para o nosso país. Foi o dia em que tudo parou, devido a uma pandemia, pela qual posso afirmar, sem sombra de dúvida, que nossa geração nunca havia imaginado passar.

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Vivemos dias difíceis e de muitas incertezas, com mães e pais de famílias perdendo empregos e ficando sem renda, comércios sendo fechados, indústrias diminuindo drasticamente a produção, enfim, uma crise em todos os setores da nossa sociedade. Porém, durante esse período, foi possível observar pessoas se reinventando, descobrindo aptidões e tornando

reais projetos que não passavam de um sonho.

Mas por que algumas pessoas conseguiram alcançar alguns feitos? Qual o motivo de conseguirem se destacar, mesmo diante de um cenário tão hostil e instável?

Alguns vão dizer que foi sorte, mas não existe nada mais motivacional que a necessidade, visto que, diante da necessidade, o indivíduo consegue encontrar a motivação necessária. A necessidade gera determinação, perseverança e adaptabilidade.

Acredito que todos já viram em algum momento essa imagem.

Ela representa esse sentimento, em que, quando você se vê diante de somente uma alternativa, desistir não se torna uma opção. A

necessidade de seguir em frente e persistir com determinação, buscando alcançar o melhor cenário possível, diante da realidade que é imposta.

Porém, essa busca precisa de método, gerenciamento e organização, pois não adianta começar a “cavar com uma colher”! E quando digo isso, refiro-me a estudar tanto sobre o negócio que está sendo desenvolvido, quanto sobre o mercado, o nicho de clientes que será atendido.

Um exemplo claro ocorreu em 1972, quando o Ditador Idi Amin, ordenou a expulsão dos asiáticos do seu país Uganda.

Após a expulsão, a população local ficou extremamente feliz,

pois vários comércios ficaram abandonados e foram distribuídos para os ugandenses, porém em poucos meses, houve o colapso da economia, pois os residentes locais não tinham a mesma perseverança e motivação para gerir os comércios e, sem a determinação de dar continuidade aos negócios, iniciou-se a falta de diversos tipos de produtos e matérias primas. Portanto, sem uma necessidade genuína, qualquer obstáculo pode ser um ponto final na empreitada.

Não estou afirmando que não existam outros fatores que possam impedir a obtenção do sucesso em seu novo projeto, porém, quando há motivação intrínseca, que gera determi-

nação, perseverança e adaptabilidade é possível alcançar grandes feitos.

A necessidade gera ação, o que por sua vez, gera resultado.

CAROLINA BOSCO FREITAS Gerente Administrativa do Colégio F.A.S. Bacharel em Administração MBA em Controladoria e Finanças Graduanda em Pedagogia

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2º ANO EM: PEQUENOS PESQUISADORES E FUTUROS CRIADORES...

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CAMILA PIRES MARTOS LUCIANA ALMEIDA DE MORAES THAÍS ARRUDA COSTA JOCA Nos dias atuais, qual ser humano e profissional almejamos formar? Na nossa prática educativa, como concebemos o que é ser um aluno? Será que é apenas um indivíduo que recebe instruções e

conteúdos? Quais valores desejamos passar às nossas crianças? Serem apenas receptoras de conhecimento? NÃO! Não são esses valores que concebemos ao contribuir para a formação de nossos educandos, pois nossa prática docente acompanha as grandes frentes contemporâneas da educação, buscando uma abordagem progressista, um ensino voltado para

a pesquisa, para a autonomia.

Os alunos do 2º ano do colégio F.A.S. são exemplos disso, já que são incentivados a produzir conhecimento, em vez de vivenciar as metodologias tradicionais, baseadas apenas no escutar, anotar e decorar. Incentivamos nossos alunos a compartilhar o conhecimento prévio que possuem, auxiliando-os a construírem perguntas Escola, um lugar de valor

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e buscarem respostas, frente aos diversos desafios propostos. Depois, então, sistematizamos esses conceitos, transformando-os em conhecimentos que possam ser incorporar em suas vidas, em seu cotidiano, não apenas utilizados em provas.

Sabemos que, se o aluno acumular saberes, não necessariamente apresentará competências e habilidades para refletir e criar com autonomia soluções para problemas. Principalmente hoje, quando as tecnologias invadiram nossos espaços e temos todas as informações ao nosso alcance.

Por isso, ao utilizar a Metodologia de Projetos, as turmas de 2º ano vivenciam o protagonismo da aprendizagem, que deixa de ser passiva e teórica e passa a ser cooperativa. Os estudantes, portanto, assumem a construção do seu próprio conhecimento, por meio daquilo que lhes traz significado, de acordo com sua realidade.

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Muitos estudiosos deste modelo de ensino propõem que o educador abandone o papel de transmissor de conteúdos, para se transformar em um pesquisador e mediador. Este papel que nos cabe é o de proporcionar vivências para que o aluno encontre sentido naquilo que está aprendendo, fazendo relações com aquilo que já conhece. SOMOS CRIADORES DE SITUAÇÕES. Os alunos, por sua vez, em grupo, aprendem a questionar, pesquisar, produzir e recriar relações, compreendendo e reconstruindo o conhecimento que já possuem.

No dia a dia, as aulas vêm sempre com um misto de curiosidade e atenção. Mesmo com a modalidade híbrida – ora com aulas no sistema presencial, ora online – o processo de construção de conhecimento coletivo não foi intimidado. Um dos projetos que podemos destacar é o Sarau.

Um momento muito rico de troca de histórias. Os alunos acionaram seus conhecimentos prévios, aliando obras literárias que já conheciam às obras que foram propostas para enriquecer as habilidades de leitura. Nas apresentações, perante os colegas de sala, puderam mostrar a desenvoltura que já possuíam e enriquecer as habili-

dades de oralidade. Esse pequeno projeto tornou-se algo grandioso, com a culminância na criação e publicação de seus próprios livros.

Ademais, durante este processo, vimos que a prática literária é fundamental para a construção de suas opiniões e para o pleno desenvolvimento na leitura e escrita. Isso porque, a literatura abre possibilidades para que o aluno compreenda e atue no mundo em que vive, podendo transformá-lo e principalmente transformar a si mesmos. O aprendizado na prática é muito importante para a construção do conhecimento que possibilita uma base sólida para a vida.

A exposição de brinquedos antigos também foi um momento

de protagonismo dos alunos, pois eles realizaram uma pesquisa com seus familiares, trazendo ricas informações de suas relações e convívios. Fizeram comparações dos brinquedos antigos com os atuais, reconhecendo diferenças e semelhanças e, ao apresentar cada jogo e brincadeira, valorizaram a importância da preservação cultural desses materiais.

Após cada projeto, é visível o quanto a interação entre os alunos

CAMILA PIRES MARTOS Graduada em Pedagogia.

Graduada em Serviço Social.

Monitora do 2º ano do Colégio F.A.S.

torna-se maior. Há um ciclo de diálogo constante durante as aulas. Com a mediação das professoras, os próprios alunos, em alguns momentos, chegam a consensos a respeito de questões divergentes e decidem com base na opinião da maioria. Momentos de trocas entre eles são observados constantemente no decorrer das aulas: a dúvida de um colega pode ser respondida por outro, como também questionada pelo outro. A dificuldade de leitura de um aluno, pode ser auxiliada com aquele que está ao lado, partindo do respeito mútuo. A dificuldade em utilizar um material durante uma questão, pode ser superada com a explicação do colega, como por exemplo, no uso do material dourado, que é um recurso concreto para a compreensão do sistema decimal e é um fator positivo para o exercício da criatividade e da autonomia. Um espaço que um colega já visitou, pode ser o mesmo de outro e ambos podem expor suas visões, proporcionando uma imaginação farta da realidade daquele espaço.

Assim, os alunos do 2º ano vão gerando uma visão de mundo mais ampla e tornando-se mais humanos, cooperativos, com va-

LUCIANA ALMEIDA DE MORAES Graduada em Pedagogia. Graduada em Educação Física. Formada em Magistério. Pós-graduada em Educação Especial e Inclusiva. Pósgraduada em Neuropsicopedagogia Institucional e Clínica. Professora do 2º ano do Colégio F.A.S.

lores e empatia pelo próximo.

Dessa forma, os alunos trabalham com mais empolgação e concentração, pois como diz Montessori “Educar é liberar o potencial da criança para que ela se autodesenvolva”.

Podemos dizer, portanto, que nossos alunos são agentes de seu próprio processo de ensino e aprendizagem. Que têm a oportunidade de perceber como a teoria pode se integrar à prática. Que ao mesmo tempo que desenvolvem a parte conceitual, também promovem as relações interpessoais que os ajudam a crescer enquanto sujeitos sociais.

Ao mesmo tempo, nós, professoras, temos a honra de optar por um ensino com pesquisa que respeita a diversidade de opiniões, que parte de uma discussão coletiva, crítica e reflexiva. Que converte atividades em situações de aprendizagens significativas. Que Faz Acontecer Sempre!

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THAÍS ARRUDA COSTA JOCA Graduada em Pedagogia. Graduada em Ciências Biológicas. Mestre em Biologia Vegetal. Doutora em Botânica. Professora do 2º ano do Colégio F.A.S.

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Brincadeiras de

CRIANÇA:

Ressignificando o olhar CARMEN LÚCIA JOCA DE MELO DANIELLE A.DA SILVA MARLENE C. DE OLIVEIRA

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De acordo com Colhante et al.

(2012), a urbanização e a industrialização têm diminuído os espaços apropriados para se brincar, uma das razões para o desaparecimento das brincadeiras tradicionais, já que, sem um espaço para serem postas em prática, estas acaEscola, um lugar de valor

bam caindo no esquecimento, fazendo com que algumas não façam mais parte do repertório cultural das crianças. A área tecnológica, por sua vez, tem se aproximado cada vez mais de nossas crianças, não apenas como ferramenta de aprendizagem nas aulas online, em tempos de pandemia, mas principalmente como entretenimento.

Quando oportunizamos às crianças o contato com brincadei-

ras, principalmente as tradicionais, estamos ajudando a resgatar um pouco da cultura de várias regiões, a tradição familiar, experiências e lembranças repassadas de geração para geração, proporcionando a interação entre seus pares nos diferentes contextos: familiar, social e escolar. Esse foi o objetivo do projeto com brincadeiras e brinquedos antigos, com os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental I.

Para iniciarmos o projeto, conhecemos a obra de Ivan Cruz: pintor, escritor, artista plástico que nasceu em 1947 nos subúrbios do Rio de Janeiro e brincava pelas ruas do seu bairro como toda criança. Ivan fez desse brincar o marco de suas telas, representadas pelos movimentos imaginários das pinturas. Para ele “A criança que não brinca não é feliz e o adulto que quando criança não brincou, falta-lhe um pedaço do coração”.

Com tanta riqueza em suas telas e vídeos, não poderíamos deixar de oportunizar aos alunos esse contato, que visou unir observação a um novo olhar para as brincadeiras tradicionais.

Nossa proposta didática buscou experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, escultura, modelagem), fazer o uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e

técnicas convencionais e não convencionais, além de contar com a alegria expressa ao brincar. Pela BNCC, é “no percurso do fazer artístico que os alunos criam, experimentam, desenvolvem e percebem uma poética pessoal”.

Os alunos apreciaram algumas telas de Ivan Cruz, retirando delas as cores, formas, detalhes, materiais utilizados e até sentimentos ali representados, realizando inferências, despertando a sensibilidade e o fazer artístico, levando-os a serem protagonistas de sua própria aprendizagem. A tela “Barquinho”, por exemplo, foi representada com criatividade por materiais como pratinhos de papelão, palitos, tecidos e pelo uso de tintas, fazendo com que os alunos se encantassem com essa nossa primeira experiência, que, apesar de simples para eles, foi motivo de encantamento. A obra “Cavali-

nho e boneca” contou com a modelagem de massinha e de EVA, olhinhos manipuláveis e palitos de picolé para o cavalo, e para a boneca Abayomi, além de tecido, para completar a cena, um pouco da história da boneca foi contada.

A forma de usar recursos que já trabalhamos no cotidiano da sala de aula, aliados à arte que lhes foi apresentada, despertou nos alunos talentos inesgotáveis. A obra “Puxando lata” teve a sua releitura na criação de um carro eólico, fazendo uma junção de brinquedos antigos com a ciência, por meio da energia eólica que é a transformação da energia do vento (no caso, do sopro) em energia útil para impulsionar o brinquedo. Nos trabalhos, houve a personalização de cada aluno em cada detalhe. Nos momentos de criação dos alunos, nos surpreendíamos cada vez mais.

Os olhares surpresos, as inúmeras Escola, um lugar de valor

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ideias compartilhadas entre eles e professores, transformando tudo isto em euforia, devido as experiências vivenciadas.

E assim, nestes momentos, percebemos que eles interagiam de forma prazerosa e adquiriam diversas habilidades que era o nosso maior objetivo. A satisfação sentida, por nós professores, também é algo a ser considerado, porque sempre aprendemos muito enquanto ensinamos. O momento atual limita a nossa interação, mas sabemos que ela é essencial ao de-

senvolvimento dos educandos e, tanto a família como os colegas de turma, puderam se envolver de forma segura, harmoniosa e alegre, o que trouxe o resgate de uma convivência que, há muito, nos restringia a tal alegria.

Portanto, como já dizia Ivan Cruz, as suas telas chamam a atenção da garotada que se diverte junto com adultos, pois juntos, entram em um verdadeiro “túnel do tempo”. Nada melhor do que proporcionar esses momentos de encantamento, permeada pela

maestria da arte de educar, contemplando as habilidades e competências previstas para a turma do 1º Ano do Ensino Fundamental I.

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Referências: Entrevista Ivan Cruz em seu Ateliê – Multirio/< https://youtu.be/tz1vUetSeSg> https://www.ivancruz.com.br/ https://www.alex.pro.br/BNCC%20Arte.pdf

CARMEN LÚCIA JOCA DE MELO Graduada em Pedagogia. Pósgraduada em Psicopedagogia.

Formada em Magistério. Professora do 1º ano do Colégio F.A.S.

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DANIELLE A.DA SILVA Graduada em Pedagogia. Graduada em Fisioterapia. Professora do 1º ano do Colégio F.A.S.

MARLENE C. DE OLIVEIRA Graduada em Letras Português/ Espanhol. Professora do 1º ano do Colégio F.A.S.

A CIÊNCIA INVESTIGATIVA APLICADA AO COTIDIANO GABRIELA CHAGAS CÂMARA ANA ALICE SOUTO PEREIRA MARINS

De acordo com os PCNs (BRASIL, 1997), a Ciência deve ser entendida como um conhecimento que colabora para a compreensão do mundo e suas transformações, reconhecendo o homem como parte do universo e como indivíduo.

Dessa forma, entendemos que é de extrema importância que o aluno sinta-se parte desse universo e responsável pelo sucesso da sua aprendizagem, e o quanto ele é capaz de criar e interagir com o meio no qual está inserido. Desse modo, precisamos trabalhar a partir do concreto, manipular, experimentar e aplicar os conhecimentos científicos no seu cotidiano escolar e levar para as suas vidas o que aprendem.

As atividades investigativas desafiam o educando, despertando nele a busca de novos conceitos.

Aplicá-las em uma situação-problema, relacionando a fundamentação teórica e a realização dos procedimentos práticos foi o objetivo principal dos projetos das aulas de Ciências do 6º ao 9º.

Nessa perspectiva investigativa, a turma do 6º ano realizou estudos sobre a densidade. A densidade é uma propriedade dos materiais, sendo definida como a relação existente entre massa e volume. Ao jogar boliche e vôlei, observamos, na prática, a aplicação do conceito de densidade, uma vez que é necessária uma bola ‘mais pesada’ para o boliche e uma bola ‘mais leve’ para o vôlei, para os respectivos arremessos. No âmbito científico, um dos experimentos que se destacaram foi a “Torre de tijolos líquidos” que possibilitou uma análise das carac-

terísticas e diferenças dos materiais utilizados, tais como álcool, óleo de cozinha, água, xarope de glicose e querosene. Nessa perspectiva, a situação-problema desenvolvida foi o porquê de os navios de ferro flutuarem na água, enquanto um simples clipe de papel pode afundar.

Foi ressaltado que o formato do casco de navios e barcos favorece a flutuabilidade, porque deixa um grande espaço vazio em seu interior, preenchido apenas com o ar; assim a densidade do navio como um todo (ferro e ar) fica menor do que a da água.

Dentro da temática sobre o ciclo da água, na turma do 7º ano, foi apresentada uma situação hipotética a respeito dos corantes e do carvão ativado. A problemática apresentada foi: “Uma indústria têxtil da cidade está jogando seus efluentes em corantes diretamente no leito dos rios. Sabemos que Escola, um lugar de valor

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isto pode ser muito perigoso para a população, por causa da contaminação. Ao invés de denunciar, será necessário pensar em uma forma de remover estes corantes dos efluentes, antes da empresa descartá-lo diretamente nos rios. Como fazer, na prática, uma forma de remoção dos corantes presentes nos efluentes da empresa?” A partir da situação citada, vários materiais e recursos foram apresentados com a finalidade de que os alunos realizassem análises e testes para a retirada dos corantes (representados por sucos industrializados). O objetivo foi a realização da filtração com carvão ativado, a fim de conhecer seus usos e benefícios, por ser o “queridinho” dentro da área estética e cosmética. Essa substância promete desintoxicar a pele de substâncias nocivas e até diminuir sua oleosidade, devido à alta porosidade, superfície de contato e afinidade com substâncias oleosas.

Na medicina, o carvão ativado é utilizado para casos de envenenamento, adicionando-o, através de uma sonda, diretamente no estômago do paciente, sendo aspirado logo em seguida. O carvão ativado difere-se do carvão vegetal comum, só pelo tipo de vegetal que é queimado. Enquanto o carvão vegetal utiliza uma madeira mais dura, principalmente o tronco das árvores, o carvão ativado é proveniente de lascas e cortiças, garantindo maior porosidade na sua

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estrutura. Considerando isso, um destaque importante realizado pelos alunos, foi o fato de que, ao remover os corantes, não poderiam ocasionar prejuízos ao ecossistema aquático, mantendo a sobrevivência dessas espécies, destacando o uso do carvão ativado.

Ainda explorando o viés investigativo, realizamos uma aula sobre a dissecação do hibisco, com o objetivo de definir todas as partes e estruturas das plantas femininas e masculinas, nas quais os alunos realizaram uma observação detalhada de sua composição. Os alu-

nos analisaram que o grão de pólen, presente na parte masculina da flor, sai ao encontro da parte feminina, indo para o ovário. Esse processo é denominado polinização cruzada, ocorrendo de uma flor para a outra, em plantas diferentes. No ovário da flor, o grão de pólen começa a se desenvolver como se fosse um bebê, formando um embrião nessa região. Nesse momento, as pétalas das flores começam a cair, deixando de ser flor e se tornando um fruto. Outro aspecto questionado pelos alunos foi a cor das flores, destacando que as cores vivas e o perfume permitem atrair espécies, entre outros animais, sendo agentes polinizadores para carregar os grãos de pólen de uma flor para a outra, realizando a fecundação.

Na turma do 8º ano, duas propostas diferentes foram realizadas: a eletricidade e os modelos cosmológicos. A partir do conteúdo abordado na aula teórica, montamos vários circuitos elétricos, utilizando materiais do cotidiano, tais como solução salina, vinagre, limão, mistura de água e açúcar e materiais condutores como ouro ou prata e grafite. O objetivo da atividade foi entender quais componentes desses materiais possibilitavam à lâmpada acender no circuito elétrico. É válido ressaltar que comparamos os circuitos montados com os circuitos residenciais, destacando os dispositivos que faziam o papel das pilhas.

Na sequência, simulamos o material que faria o papel do interruptor, a fim de permitir a passagem de corrente elétrica. A corrente elétrica é o nome dado ao movimento ordenado das cargas elétricas dentro de um material que irá conduzir a eletricidade. Ao longo das atividades, percebemos que os alunos não tinham noção sobre as formas de propagação da energia, e o olhar investigativo facilitou a compreensão do conteúdo.

Nos estudos dos modelos cosmológicos, foi desenvolvido um júri para que os alunos defendessem seus posicionamentos sobre Geocentrismo e Heliocentrismo.

O Geocentrismo é definido como o modelo em que cada planeta e cada estrela orbitam em torno da Terra, enquanto que o Heliocentrismo é o modelo em que os planetas descrevem um movimento

circular em torno do Sol. A temática abordada foi sobre a interpretação de fenômenos do Universo, tais como: estações do ano, fases da Lua e eclipses solares e lunares.

O reino dos animais esteve presente na turma do 9º ano, possibilitando observações das espécies do laboratório. As atividades permitiram a observação das principais características das classes de vertebrados e invertebrados, destacando peculiaridades e a importância para as cadeias alimentares, relacionando-os aos seres vivos da natureza. Os animais invertebrados não possuem vértebras. Alguns têm o corpo mole, outros, uma concha ou um esqueleto externo que os protege, sendo um grupo de animais mais numeroso e variado. Já os animais vertebrados têm, como principal característica, a presença de coluna vertebral, na

maioria dos casos, e de crânio. O esqueleto interno desses animais, além de proteger partes vitais do corpo, dá sustentação a ele e, em conjunto com os músculos, possibilita-lhes a movimentação.

Ao realizar cada projeto, portanto, notamos que as atividades investigativas possibilitam aos educandos um crescimento significativo no seu processo de aprendizagem. Além disso, elas direcionam um olhar crítico para as “Fake News”, disseminadas nas redes sociais, tais como experimentos propostos no aplicativo TikTok que questionam a veracidade dos fatos.

Assim, o educando deixou de ser mero expectador, para ser protagonista da sua história, desenvolvendo habilidades como o pensar no coletivo, debater, organizar suas ideias e aplicar os seus conhecimentos teóricos em situações práticas.

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GABRIELA CHAGAS CÂMARA Graduada em Química. Mestranda em Química. Professora de laboratório de Ciências nas turmas de 1° ao 9º ano no Colégio F.A.S.

ANA ALICE SOUTO PEREIRA MARINS Graduada em Ciências Biológicas e Pedagogia. Especialista em Alfabetização e Letramento.

Professora de Ciências do 6º ao 9º ano do Colégio F.A.S.

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EXPERIMENTO E EXPERIÊNCIAS LÉIA DIAS ROSA CARVALHO ROSEMEIRE CAMPOS ROSA

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A proposta de realizar experimentos com as turmas do 2º período deu-se inicialmente pelo material Positivo de ensino, mas Escola, um lugar de valor

sobretudo pela necessidade de acreditarmos que, na fase em que as crianças estão, é prioridade ir além da lousa, do lápis e do papel. Os trabalhos foram baseados no poder da interação da criança com o meio e no papel central da construção

de saberes. Ao serem estimuladas a construírem seus próprios conhecimentos por meio da prática, observação, análise e intervenção, as crianças conseguem atingir seus objetivos, e assumem uma postura investigadora e curiosa.

A l é m disso, desenvolvem linhas de raciocínio para que saibam explicar aquilo que as rodeia e desperta a curiosidade pelo o mundo que as cerca. Por fim, surge o tão esperado: por quê?

O questionamento é música aos nossos ouvidos, afinal, a criança quando desperta para o saber, desenvolve intelectual, cognitivamente e aprimora as habilidades motoras. Sendo assim, ela desperta para a vida e amplia a sua visão sobre tudo aquilo que está a sua volta. Para fazer esse projeto acontecer, tivemos como suporte o apoio dos familiares que contribuíram efetivamente na organização de materiais diversos e no incentivo à prática das experiências. Contamos também com a parceria da monitora Adriana Mesquita, que participou de forma ativa na proposta e na devolutiva das atividades, auxiliando as crianças das turmas. Além disso, Adriana ressalta que observar a reação dos pequenos foi algo incrível, vê-los manuseando e interagindo com elementos diferentes e perceber que os mesmos compreenderam a causa e o efeito de quando os elementos se misturam, foi mágico. A mesma relatou que os olhos das crianças brilham, a respiração fica ofegante e aquele Ahhh! de surpresa vem e assim o conhecimento também. Diante da avaliação da monitora, os alunos se encantam com ciências, química e física, mesmo antes de ler e escrever, ou seja, descobrem fazendo, experimentando e buscando respostas. Mas, não paramos por aqui, tivemos uma parceria fundamental para que o nosso projeto fosse concretizado: a professora Gabriela Câmara, regente do laboratório de ciências do Colégio F.A.S., contribuiu com momentos de práticas dirigidas que enriqueceram ainda mais a proposta, por meio de experimentos instigantes. A professora Gabi, como é conhecida, trouxe o diferencial, e com isso, ganhou o carinho, admiração e gratidão, das professoras e das crianças.

Demonstrando pró-atividade em aceitar o convite de estar com as turmas do 2º período nessa descoberta. Diante de todas essas parcerias e de forma lúdica, prazerosa e palpável, abrimos um leque de oportunidades e aprendizagens, que abrigaram vivências articuladas aos objetivos de diferentes campos de experiências, favorecendo o desenvolvimento integral das crianças que estão descobrindo um mundo novo.

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O convite para a participação do projeto foi uma grande honra. O desenvolvimento foi algo encantador e gratificante. O objetivo dos experimentos envolvia um toque de conhecimento em um mundo colorido. Iniciamos o experimento “Arco-íris com M&M” possibilitando um novo olhar para a formação do arco-íris, observando que os raios de Sol entram em contato com gotinhas de água, fazendo esses raios mudarem de direção, trazendo as setes cores do arco-íris, relacionando as cores das bolinhas de chocolate ao serem formadas no prato. Em seguida, no experimento “Leite Mágico”, investigamos que, ao pingar algumas gotas de corante em um prato de leite e depois adicionar detergente, permitia a mistura de cores primárias. Além disso, foi possível relatar que o leite possui uma pequena quantidade de gordura, e ao entrar em contato com o detergente permitia o fenômeno de explosão de cores no leite. Ao finalizar, realizamos a “Pasta de Dente de Elefante”, trazendo conceitos de reações químicas de uma forma diferente, acompanhados da importância dos cuidados com a higiene bucal. Desse modo, a linguagem científica é uma abordagem para significar e ressignificar o modo de observação, interpretando e descobrindo os fenômenos das experiências cotidianas. Explorando a curiosidade com a sabedoria de estar preparado para entender o mundo com leveza e alegria.

(Depoimento professora Gabriela Chagas Câmara)

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LÉIA DIAS ROSA CARVALHO Graduada em Pedagogia.

Pós-graduada em Deficiência Visual e Tecnologia Assistiva. Professora do 2º Período do Colégio F.A.S.

ROSEMEIRE CAMPOS ROSA Graduanda em Pedagogia. Professora do 2º período do Colégio F.A.S.

ADRIANA MESQUITA Graduanda em Pedagogia e monitora do 1º Período no Colégio F.A.S.

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Esconde aqui, esconde ali, CADÊ? Achei!...

A RELEVÂNCIA DA BRINCADEIRA DURANTE A PRIMEIRA INFÂNCIA ÉLYDA DE ARAÚJO ENRIQUE BIANQUINI MARCIA CRISTINA DE OLIVEIRA GOMES

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As crianças se desenvolvem por meio das brincadeiras, pois estas promovem aprendizagens e influenciam diretamente na construção da identidade e da autonomia.

Ao brincar, adquirem habilidades importantes como: o raciocínio, a memória, confiança, atenção, interação, respeito, habilidades, criatividade e a imaginação.

Para Rosa (2010, p. 66), “O brincar é uma atividade a que o indivíduo se entrega, deixando-se levar pela brincadeira que consiste em estar a meio caminho entre a magia e a realidade”. Por meio do brincar, a criança entrega-se a novas experiências e começa a diferenciar o real da imaginação, é como acontece, por exemplo, numa brincadeira de faz de conta, na qual as crianças conseguem distinguir a realidade da imaginação. Foi pensando importância do Brincar que desenvolvemos com as crianças um projeto com a palavra CADÊ. O seu significado é Escola, um lugar de valor

de expressão interrogativa, investigativa, que significa “onde está?”.

Cadê é uma variação de outra palavra exclusivamente brasileira – quede – que primeiro virou “quedê”, depois “cadê”. Tanto “cadê” quanto “quede” são contrações da expressão “que é de”, isto é, “que é feito de”, “onde está”, “onde foi parar”.

O advérbio de interrogação “cadê” é uma palavra genuinamente brasileira que, segundo o Houaiss, ganhou seu primeiro registro em 1912, no livro “Contos do sertão”, de Viriato Correa. Tal palavra atiça nas crianças um riso fácil, momentos de diversão e inúmeras experiências. Como é divertido brincar com as crianças de esconder objetos ou de esconde-esconde! A alegria que demonstram quando encontram o amigo ou algum objeto é contagiante! Ao brincar de esconder com as crianças e, ao falarmos a palavra cadê, não nos damos conta da importância dessa palavra para os pequenos, pois estamos oferecendo a eles ferramentas que os auxiliam a perceber e aprender várias habilidades importantes para o seu desenvolvimento.

Desde o nascimento da criança, até os seus sete meses, o bebê não tem a noção de que ele é um ser único. Para ele, a sua mãe e seu corpo é um só. Quando a criança completa oito meses, começa a ter a percepção de que há uma separação. Causando choros, quando alguém sai do seu redor, porque, na sua imaginação, aquilo deixou de existir, ele ainda não tem percepção de que as coisas permanecem,

mesmo quando saem do seu campo de visão. E quando a pessoa pergunta: “Cadê fulano?” e de repente essa pessoa aparece, a criança sorri, demonstrando surpresa com o retorno da presença da pessoa ou do brinquedo. É por meio dessas brincadeiras que a criança entende o conceito de “permanência do objeto”, ou seja, que os objetos ou pessoas não deixam de existir quando não estão no nosso campo de visão.

Este aprendizado é adquirido com o tempo e pensando também que cada criança é única e que cada um tem o seu tempo para adquirir esse conhecimento, é importante lembrarmos que, durante o primeiro ano de vida, a criança necessita de amadurecer alguns sentidos para seu desenvolvimento. Um deles é a visão. Nós adultos compreendemos a existência de um objeto, mesmo sendo

retirado do nosso campo de visão, mesmo não podendo vê-lo, tocá-lo ou ouvi-lo. No entanto, esse não é o caso das crianças, que coloca em suas ações, as representações simbólicas e de movimentos, apoiando-se ao que lhe é concretizado. Caso contrário, apropria-se do choro e do riso em função de seu alívio emocional e como meio de comunicação para expor vontades e necessidades.

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A partir dos dois anos de idade, a criança começa a apropriar-se da linguagem e então começa a pensar de forma diferente. Assim, as palavras ganham sentido, facilitando a compreensão de suas ações, emoções e comportamentos. Desta forma, podemos perceber a importância para a criança de compreender o conceito de permanência do objeto como sendo um marco muito grande para o seu desenvolvimento.

E para que este desenvolvimento aconteça de forma bem direcionada, o melhor caminho é valermos da interação lúdica, ou seja, por meio de brincadeiras como: “esconde-esconde” e “onde está?”, que proporcionam a oportunidade de procurar e encontrar pessoas ou objetos, ajudando a criança na compreensão e superação da ansiedade de separação de uma maneira leve e muito divertida.

ÉLYDA DE ARAÚJO ENRIQUE BIANQUINI Graduada em Pedagogia.

Pós-graduada em Docência do Ensino Superior. Pós-graduada em LIBRAS. Professora do Maternal II Colégio F.A.S.

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MARCIA CRISTINA DE OLIVEIRA GOMES Graduada em Pedagogia.

Graduada em Letras. Professora do Maternal I Colégio F.A.S.

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Descobertas

GILMAR CATARINO JÚNIOR JACQUELINE BORGES VIDAL

O projeto “DESCOBERTAS”, desenvolvido com os alunos de 5° ano do Ensino Fundamental I, foi planejado com o objetivo de ser prazeroso, aliando o cotidiano dos alunos aos conteúdos de forma interdisciplinar.

Desde a sua preparação, elabora-

ção e planejamento, foi destacado que seria significativo trazer as datas comemorativas como foco de trabalho e aprendizado, pois elas estão presentes no dia a dia de todos nós.

As observações relacionadas ao tempo e as descobertas astronômicas proporcionaram a criação do calendário. Esse, por sua vez, é parte importante na organiza-

ção pedagógica das escolas, pois são instrumentos para promover tanto a rotina comemorativa, durante o período escolar, como também, estabelecer o ano letivo. É preciso ressaltar que, desde suas origens, os calendários estão ligados ao campo religioso e, com os avanços da humanidade, também passaram a compor o campo político e econômico. Le Escola, um lugar de valor

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Goff afirma que “O tempo do calendário é totalmente social, mas submetido aos ritmos do universo, (...) é um objeto cultural, (...) enquanto organizador do quadro temporal, diretor da vida pública e cotidiana, o calendário é, sobretudo, um objeto social” (1990, p.

485). O projeto foi desenvolvido, portanto, para além dos aspectos religiosos, políticos e econômicos, pois foi voltado para o campo social, construindo em cada data, sua importância e o seu valor sócio-histórico.

De fato, as datas são preservadas e valorizadas em nome da tradição e manutenção da identidade de um povo, cultural e socialmente, porém, poucas são as indagações sobre as origens e os significados das datas comemorativas. Somente as comemoramos.

O projeto teve, portanto, como suporte três indagações, que foram base para o desenvolvimen-

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to do trabalho escrito dos alunos, sendo elas: QUANDO? ONDE? POR QUÊ?

Diante do projeto, a turma começou com a pesquisa sobre a Páscoa, marco comemorativo que cria vínculos inesquecíveis entre as famílias. Nas pesquisas realizadas, os alunos acharam inusitado descobrir que os ovos não eram de chocolates e sim ovos de galinha pintados para presentear as pessoas.

Outra data importante e explorada pelos alunos foi o Dia das Mães. Eles reconheceram a importância da data e pesquisaram contribuições surpreendentes como sua origem: a americana, Anna Jarvis perdera sua mãe e sofrera uma depressão muito forte, teve o apoio de suas amigas que organizaram uma homenagem para a mãe da jovem e, a partir de então, a data espalhou-se por todos os continentes.

No entanto, a data que mais encantou os alunos foi a festa junina, visto que para além das pesquisas e trabalhos artísticos, eles exploraram a importância da data e refletiram sobre a diversidade do Brasil, conheceram várias culturas e as infinitas formas de comemorações nas cinco regiões do país.

Além disso, reconheceram que a festa vai muito além das comemorações religiosas, herdadas pelos portugueses, pois mesclaram elementos típicos às tradições presentes do interior do Brasil. Algo interessante e ressaltado por eles é que a festa junina é tão esperada por todos, quanto o carnaval e o Natal.

Assim como o dia das mães, o dos pais teve atenção especial na pesquisa. Os alunos descobriram que a data inicial era 16 de agosto e, com o passar do tempo, foi alterada, ficando sempre no segundo domingo do mesmo mês, pois

ambiente escolar. Problematizar, pensar e discutir é essencial para todos os alunos, em especial para os do 5° ano, pois como é o último ano no fundamental I (anos iniciais), é muito importante consolidar a formação de sujeitos mais participativos, críticos e históricos, conscientes e brilhantes em suas reflexões, tornando-os protagonistas do próprio saber.

assim, os pais estariam de folga.

O Folclore – outra data importante e presente no cotidiano escolar dos alunos, desde a chegada deles na educação infantil, até a etapa final da educação básica – foi um encanto. Para além das pesquisas, eles se deliciaram com comidas típicas em um dia especial. A data nos remete a conhecer as manifestações da nossa cultura popular, sendo assim, foram exploradas lendas, músicas, literatura, culinária. Foi um trabalho lindo e que envolveu todos os alunos na partilha do conhecimento. Para além das pesquisas, ocorreu uma culminância com toda a escola, levando conhecimento e uma manhã folclórica cheia de surpresas.

O projeto se estenderá até o fim do ano letivo, com datas importantes e presentes na vida social dos alunos, dentre elas, podemos destacar a Consciência negra, Dia das crianças, Dia dos professores, Natal e a data mais esperada

por todos o “Ano Novo”.

Para facilitar o trabalho interdisciplinar do projeto, foi elaborado um caderno por aluno, no qual eles puderam realizar as anotações e pesquisas sobre as datas comemorativas e, que, para além dos registros escritos e artístico no caderno, realizaram rodas de conversas e entrevistas com familiares. Foi notável as expectativas das crianças em realizar pesquisas e de participar do desenvolvimento de um projeto, que, a princípio, parece simples, porém com a construção de conhecimentos inimagináveis.

Nesse sentido, as DESCOBERTAS foram muitas, e contribuíram de forma positiva tanto na aprendizagem dos alunos como também na dos professores envolvidos, em uma constante troca de conhecimentos. Logo, as escutas e valorização dos conhecimentos prévios contribuíram para um ambiente favorável à construção histórica e social do tempo no

Referências Bibliográficas: BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é o folclore. São Paulo: Brasiliense (Coleção Primeiros Passos), 1982. _________. Tradição, ciência do povo. Pesquisas na cultura popular do Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1971. LE GOFF, Jacques. História e Memória. Tradução Bernardo Leitão, et all. Campinas: UNICAMP, 1990. MAIA, Marta Nidia V. G. Educação infantil: com quantas datas se faz um currículo? Dissertação mestrado – PUC-Rio, Departamento de Educação, 2011.

GILMAR CATARINO JÚNIOR Graduado em História. Graduado em Pedagogia. Graduando em Geografia. Especialista em História da Arte e pós-graduando em História do Brasil. Professor de Arte do 5º ao 9º ano do Colégio F.A.S.

JACQUELINE BORGES VIDAL Graduada em Pedagogia.

Pós-graduada em Alfabetização e Letramento. Professora regente do 5º ano do ensino fundamental I do Colégio F.A.S.

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Conhece-te a ti mesmo: Sócrates, entre Mitologia e Filosofia.

HILDER ALVES LAUDINO A Filosofia tem como um dos vários objetivos o conhecimento interior de um ser, pois conhecendo a si mesmo, pode-se entender e compreender melhor as pessoas e o mundo que estamos inseridos, por meio da introspecção. Essa prática do conhecimento introspectivo, teve como início a Grécia Antiga, no pleno desenvolvimento da Filosofia Grega. Um dos pensamentos mais famosos da história da Filosofia Grega, “Conhece-te a ti mesmo”, encontrava-se escrita na entrada do templo do deus Apolo, na cidade de Delfos, na Grécia, no século IV a. C.

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Nas aulas de Filosofia do Ensino Fundamental II no Colégio FAS, a partir do sexto ano, inicia-se essa reflexão filosófica, sobre o conhecimento interior ou interiorização do ser, proposta pelo filósofo grego Sócrates, que em viagem à cidade de Delfos, ficou intrigado com a frase.

A indagação muito trabalhada pelo filosofo é atribuída a muitas figuras gregas, não tendo um determinado autor, pois tem origem junto à linha de dito popular no universo da cultura grega, sentença que ao longo do tempo foi sendo apropriada em outras línguas, sendo estudada e aproveitada por outros povos e culturas. Essa frase foi entendida como um oráculo ou mensagem de deus, que no caso dos Gregos, do deus Apolo. Ele apresenta que a grande tarefa da humanidade é conhecer a verdade sobre o mundo e sobre si mesmo, tendo o micro e o macro um sentido de conhecimento e harmonia. Apolo foi considerado o deus da beleza, da razão e da perfeição, sendo um dos deuses mais cultuados entre os gre-

gos do passado. Tem uma relação principalmente com a razão e com o desenvolvimento da filosofia, frente ao caráter de reflexão filosófica, na busca fundamental pelo conhecimento, sendo um referencial de sentido em busca da verdade.

Por sua vez, Sócrates viveu em Atenas no século V a.C. É considerado o pai do racionalismo ocidental. Nada escreveu em vida. Tudo o que sabemos sobre ele foi graças a seu discípulo Platão. Ao contrário dos primeiros filósofos gregos, que se preocupavam com os problemas da natureza, Sócrates rendeu homenagem aos problemas morais.

Apesar disso, suas ideias foram assimiladas pelas ciências do mundo ocidental. Foi com ele que a civilização ocidental aprendeu que a ciência (epistême) só tem sentido se é fundamentada em verdades universais. A verdade deve ter validade em qualquer lugar, em qualquer tempo e para qualquer indivíduo.

Graças a ele que a civilização ocidental começou a valorizar a razão, a verdade e o conceito. Conceituar o conhecimento interior das pessoas foi todo o trabalho reflexivo do Filósofo Grego Sócrates, que em toda sua existência, buscou na filosofia o conhecimento interior, por isso que, em nossas aulas no colégio, temos essa preocupação e objetivo: despertar em nossos estudantes a busca por um profundo, reflexivo e crítico conhecimento interno. Seguem as respostas dos próprios estudantes sobre a indagação Socrática: “Conhece-te a ti mesmo?”:

Ana Luísa Madeira Jardim: “Conhecer-te a ti mesmo é uma frase muito importante, pois faz você parar para pensar, será que você realmente se conhece? Quando nós escutamos essa frase, a primeira coisa que pensamos são em características físicas, no entanto, não se trata apenas do exterior, mas do interior.”

Henrique Gabriel Bisinoto: “Conhecer a si mesmo é conhecer seus sentimentos, suas ações, porque eu fiz isso, porque fiz tal ação? Saber por que você está sentindo isso ou aquilo e pensar sobre isso. Por exemplo: por que está bravo, triste, feliz? Eu sou feliz, mas me estresso fácil. Sou legal com as pessoas. Tenho poucos amigos, mas os que tenho são verdadeiros.”

Hannah Ribeiro de Menezes: “Primeiramente, eu ainda não me conheço por completo, ainda tenho Isabelly Barbosa Da Silva: muito que aprender e refletir sobre “Conhecer a mim mesma é... saber que sou uma pessoa que gos- mim mesma. Mas sei que vou aprenta de fazer o bem, tenho defeitos, der e me conhecer a cada dia. “Coporém quero sempre aperfeiçoar nhece-te a ti mesmo” não é conhemeus conhecimentos. Sou uma cer as características ou diferenças, é pessoa que tenho caráter, tenho ver você por dentro, e não falo de sentimentos que estou descobrindo órgãos. Quando falo conhecer por dentro, é na forma de agir, opinião, aos poucos.” caráter, e etc. Por mais que você acha Maria Eduarda Faria Gondim: que conhece a si mesma, sempre vai “Para mim, eu me conheço haver algo que vai te fazer refletir e no presente, ou seja, no agora, pensar: porque fez isso? “Eu e o verpois agora eu sinto uma coisa, dadeiro, Conhece-te a ti mesmo”.” mas no futuro, eu talvez possa Nicolly Gabrielly Dionisio: mudar de opinião e de gosto, ou “Conhecer a si mesmo é saber mais seja, por mim, eu não me cosobre você mesmo. Como você é e nheço totalmente, pois no futuro pode acontecer algo que me faça como são suas ações. Se elas são boas ou ruins, como são suas intenções, mudar de opinião.” como você é mentalmente ou como dizem: como você é por dentro.”

Mateus Bononi Miranda: “Para mim, ‘Conhece-te a ti Nycole Rafaela Gonçalves Silva: mesmo’ é a forma de se autoconhe“Conhecer a mim mesma é eu cer. Pois se não nos conhecermos, saber das minhas fraquezas e forças, comportaremos de forma em que não seremos nós mesmo. Por isso, dos meus defeitos e das minhas quatemos que reconhecer todos nossos lidades. É eu saber responder à peraspectos, sejam eles opiniões, gos- gunta: quem sou eu?! Isso é importos, defeitos e até mesmo nossa for- tante para eu me reconhecer, saber a minha estrutura e as minhas origens.” ma de pensar.”

Thamires Rodovalho: “Para mim, ‘Conhece-te a ti mesmo’ significa saber controlar as emoções, os sentimentos, gostar de si mesmo.

Quando acordo e me olho no espelho, prometo pra mim mesma ser uma pessoa boa, ajudar o próximo e etc.”

E você: Conhece a si mesmo?

HILDER ALVES LAUDINO Graduado em História. Pós-graduado em História Contemporânea.

Professor de Filosofia do Ensino Fundamental II. no Colégio F.A.S.

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AQUI SE F.A.S. BOSSA MARIANA PACHECO SILVA Provavelmente você, caro leitor, esteja pensando que houve um grave erro ortográfico no título deste texto. Convido-o, portanto, a fazer um passeio musical que mudará sua concepção, não apenas sobre o título do texto, mas principalmente sobre a desafiadora “missão” de despertar nos alunos do 6º ao 9º ano do F.A.S. o gosto por canções muitas vezes impensáveis por eles.

“Vou te contar...”

Durante as férias de janeiro de 2021, assisti a uma série cujo título é “Coisa mais linda” que retrata o Rio de Janeiro no final dos anos 1950, os hábitos culturais da época, a vida nas favelas, a emancipação feminina e o que mais chamou minha atenção: o nascimento de um novo gênero musical. Linda e

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inebriante são adjetivos que definem claramente a trilha sonora da série. Logo imaginei que, se a Bossa Nova fora capaz de arrebatar não somente o meu coração, mas os dos jovens da época, por que não o faria com os alunos do Colégio?

Nascia aí, o meu desejo de incentivar o conhecimento, por meio de música boa, de vê-los consumir e refletir sobre esse momento musical, de construir um paralelo entre esse e outros gêneros do presente.

Em fevereiro, no início dos trabalhos com o projeto, percebi que meu objetivo seria na verdade um grande desafio, visto que o rap, o funk, o pop, gêneros privilegiados pela mídia, estavam em toda parte e poderiam dificultar a abertura para novas possibilidades de apreciação.

Muitos dos alunos conheciam clássicos como “Garota de Ipanema”, no entanto, pouco ou quase nada sabiam a respeito de seus compositores ou de sua importância no cenário musical mundial. Para a faixa “...os olhos já não podem ver...” etária de nossos pequenos ouvintes, “Pensava que era música de velho.” “aparecer” por meio de milhares – Luísa – 8º ano de visualizações é o que torna uma “Nem sabia que a Bossa Nova música conhecida e reconhecida existia.” - Giovanna – 8º ano pelo público. Era chegada a hora “Gosto muito de todo tipo de músi- da intervenção com estratégias que ca, de conhecer coisas novas.” – Aman- soassem não como uma obrigação, da – 8º ano mas como um convite ao que, na “Já conhecia e gostava do ritmo.” - concepção deles, era “música de Gabriel Reis – 8º ano velho”.

“...coisas que só o coração pode entender...”

Não há melhor maneira de despertar um ouvinte que ignora a Bossa Nova, senão, soltando o “play”. Começamos pelos clássicos mais conhecidos e talvez já ouvidos. Aprofundamos, após, nos estudos de seus compositores, construindo cartazes biográficos, linhas do tempo, respondendo a questionamentos pontuais. Em seguida, foi necessário estimular as pesquisas sobre outras manifestações artísticas que ocorreram, no Brasil, na mesma época e proporcionar momentos de reflexão e debates em sala. Passamos então para a busca pelo novo. Canções menos populares, porém, não menos interessantes e importantes para a música popular brasileira, outros compositores, influenciadores internacionais, numa música que era toda nossa. Conseguia enxergar uma pequena “fagulha” nos coraçõezinhos dos estudantes. Chegaram, por vezes, a afirmar que esta

nas apresentações, não havendo assim contato físico entre os componentes dos grupos. O resultado foi surpreendente! Compartilhei-o nos murais das salas virtuais de cada “...fundamental é mesmo o amor...” turma, a fim de que as famílias tamDeixar a apreciação de gêneros bém pudessem se deliciar com as musicais mais contemporâneos e ou- produções realizadas. vir somente Bossa nunca passou peA escolha dos versos de Tom los meus singelos objetivos. O amor, Jobim como intertítulos para este neste caso, é um ato de construção, texto não foi aleatória. Fazem parte de saber reconhecer a individualida- da canção intitulada “Wave”, sem de de cada um e fomentar a curiosi- dúvida nenhuma, a que os alunos dade. A individualidade esteve pre- mais gostaram. Ouvimos repetisente nas propostas de criação. Para o das vezes, cantamos e viajamos nas 6º ano, a notícia (gênero privilegiado ondas desse mar de melodia e lenesta turma) foi meu ponto de par- tra. Pensar no movimento das ontida e chegada. Ouvimos músicas e das como a grande metáfora desnos deliciamos com cada nota e letra se projeto, enche-me de alegria e para, no final das aulas, nascer uma esperança, pois as ondas vão, mas notícia baseada justamente nessas também vêm, assim como o promúsicas. Nas turmas do 7º e 8º anos, jeto “Aqui se F.A.S. Bossa”. Sua organizamos apresentações musicais finalização acontecerá ao término maravilhosas de paródias elaboradas do ano letivo, no entanto as excuidadosamente. E ainda tinha um periências vivenciadas pelos alunos fator importantíssimo que fazia toda sempre voltarão. Isso sem levar em a diferença: as paródias deveriam ser consideração todo o conhecimento construídas a partir de um conteú- adquirido, este, aliás, nunca se vai. do curricular sorteado. Não poderia Por fim, fica a você, caro leitor ser diferente, arrasaram!! Ao 9º ano, a resposta para esta pergunta: aqui coube uma tarefa mais que prazero- se fez Bossa? sa, apresentar a “sua” versão de uma canção à escolha de cada um. Ao longo desses meses de execução do projeto, não tive outra saída a não ser concordar com Tom Jobim ao dizer que o amor é o que há de mais fundamental, mesmo que ainda esteja em construção. ou aquela música ouvida no Colégio agora fazia parte de suas playlists pessoais. Era o coração entendendo que música não tem idade.

“...é impossível ser feliz sozinho” Trabalhar com música sozinho já é bom, acompanhado então, é melhor! Porém em tempos em que o recomendado é manter uma distância segura do outro, como propor trabalhos em grupo? A alternativa foi recorrer à tecnologia.

Estimulei a criação de grupos em redes sociais para a concepção da parte escrita (não poderia faltar, visto que este é um projeto que visa ao desenvolvimento da linguagem), além de possibilitar a criação de clips, podcasts e vídeo-montagens

MARIANA PACHECO SILVA Graduada em Letras. Formada em Magistério. Professora de Língua Portuguesa, Redação e Literatura das turmas de 6º ao 9º no Colégio F.A.S.

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SER

INDEPENDENTE

SIGNIFICA...

“A autonomia é um poder que só se conquista de dentro e que só se exerce no seio da cooperação.” ( Piaget , 1997)

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MÔNICA CRISTINA DE ALMEIDA FURTADO Ser ou estar independente é um grande desejo que pais e professores almejam para as crianças.

Incentivar a autonomia, proporcionando aos alunos a automotivação para alcançar seus desejos, elevando suas ações e manifestações diante de cada conquista é uma das missões mais relevantes da escola.

Nas atividades de rotina, percebe-se que o desenvolvimen-

to acontece aos poucos, ou seja, de maneira lenta mas é necessário demonstrar uma certa persistência por parte do adulto para que a criança sinta necessidade de desenvolver essa autonomia.

Sabendo disso, as situações que requerem tal autonomia são aquelas do cotidiano da criança como organização de brinquedos, organização de seu espaço, horário de estudos, organização dos materiais escolares entre outros.

Diante do contexto que estamos vivenciando, foi proposto ao 4º ano o desenvolvimento de habilidades para que consigam tornar – se autônomos, com atividades que ocupam suas mentes e propiciam um universo transformador. Através de diferentes estratégias, incentivamos a exploração dos aspectos acadêmicos, alcançando com sensibilidade e afeto os alunos, estabelecendo um vínculo de cumplicidade e amor, nos dando oportunidade de olhar nos olhos e entender que aprender e ensinar é conhecer o outro e partilhar com ele aquilo que nos faz crescer.

O melhor caminho pra se chegar a ser, ter e manifestar atitudes de independência é o acolhimento, seja do espaço às particularidades dos alunos. Estabelecer, regras, disciplinas e hábitos que proporcionam a organização da rotina é de fato o que fundamentará as práticas de autonomia. Para certificação e alcance das habilidades de autossuficiência é necessário um alinhamento entre escola e família, possibilitando um trabalho em parceria com estímulos funcionais que elevam a confiança e a predisposição da criança diante das dificuldades e obstáculos encontrados no decorrer do processo. A orientação assertiva diante das possibilidades de acertos e

erros é o que fará a diferença na aceitação e compromisso de corrigir as falhas, pois não é errando que se aprende, mas sim corrigindo o erro e buscando a resiliência para possíveis ajustes.

Um exemplo nesse tempo de pandemia é o ensino online, algo muito comum hoje, o aluno tem em mãos um conteúdo preparado aos seus estudos de forma padronizada e com isso deve saber administrar a própria disciplina para estudar adequadamente nessa modalidade de estudo.

Uma criança que possui autonomia é capaz de resolver mais facilmente os problemas e também aprende a ser crítico quanto ao que pensa e produz.

Por isso, é essencial que o educador e o responsável pela criança, enxergue de fato, o que tem sido feito em sala de aula e em casa e como está sendo essa contribuição e por meio de um diálogo, sempre que for possível, compar-

tilhar experiências e desenvolver competências socioemocionais.

A autonomia é o símbolo máximo da expressão dos desejos e ideias pessoais de um ser vivo. Através dela se abre uma porta para moldar a realidade ao nosso redor conforme a nossa imagem. Por isso que se trata de um bem tão valioso em nosso crescimento como indivíduos e parte da sociedade.

MÔNICA CRISTINA DE ALMEIDA FURTADO Graduada em Ciências Biológicas e Pedagogia. Pós-graduada em Psicopedagogia Institucional. Pósgraduanda em Educação Infantil, Especial e TGD – Transtorno Globais do Desenvolvimento. Professora do 4º ano do Colégio F.A.S.

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Jogos e atividades virtuais ADRIANA DE MACÊDO ALMIR CURTO ALBERTO CAROLINA B.CORRADINI JOHN W. A.DE OLIVEIRA NÚBIA N. CASSIANO É natural do ser humano ser um Ser Ativo. Desde os primórdios, no período pré-histórico, a humanidade precisava lutar por sua sobrevivência caçando, pescando ou correndo para fugir de animais selvagens. Com a evolução e os avanços tecnológicos, essa atividade intensa para a sobrevivência deixou de ser tão necessária, mas o organismo, o corpo, é o mesmo de antes e precisa da atividade para se manter saudável.

Estamos vivendo na era digital, a tecnologia está presente em todos os lugares, difícil imaginar o mundo sem ela. Os jogos virtuais são um grande atrativo de entretenimento para as crianças e adolescentes, principalmente por conta da Pandemia de Covid-19 que se prolonga por mais tempo do que imaginávamos.

Além da diversão do próprio

Práticas corporais e musicais

jogo em si, no jogo virtual, há a possibilidade de interagir com outras pessoas, formando comunidades ou jogando como adversários virtuais, porém há muitos fatores a serem considerados e analisados nessa quase “substituição” das práticas corporais e convívios sociais por interações virtuais.

A socialização virtual substitui o contato presencial? Esta pergunta vem sendo muito discutida por pesquisadores e educadores. Podemos refletir com a canção de Chico Buarque que diz: “Olhos nos olhos, quero ver o que você faz...”.

“O corpo fala!” Essa frase é muito conhecida e muito verdadeira. O corpo materializa nossos sentimentos. Como posicionamos os braços durante uma conversa, a postura no ambiente de trabalho, as pernas inquietas debaixo de uma mesa. Todos esses movimentos são sinais ou alguma mensagem que o nosso corpo/organismo quer nos passar. Seguindo nesta linha, acendemos o alerta de que o contato virtual não permite essa manifestação corporal e mui-

to menos a sua interpretação, pois cada parte do nosso corpo evidencia uma expressão, traduzindo por meio de gestos e movimentos nosso estado emocional.

Outro fator preocupante nesse aumento da tendência pelo mundo virtual, durante a pandemia, é a falta de atividade física. O isolamento social foi um empecilho e também uma boa desculpa para quem insiste em adiar a prática de exercícios, levando ao famoso sedentarismo que acarreta uma série de complicações como por exemplo: aumento de peso, doenças cardiovasculares, diabetes, apneia do sono, entre outras.

A carência da prática de atividades físicas regulares ou a redução dessa prática já é considerada como sedentarismo, assim, mesmo uma pessoa praticando atividade física, pode ser considerada sedentária. Isso ocorre quando a atividade não está sendo satisfatória para cumprir as necessidades do organismo. Dividindo os níveis de sedentarismo seguindo o grau de inatividade:

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Sedentarismo nível 1 – Restritas a algumas caminhadas, não realiza outros exercícios com intensidades maiores.

Sedentarismo nível 2 – Vai ao supermercado, carrega algumas sacolas, mas não segue uma rotina ou um momento específico para se exercitar.

Sedentarismo nível 3 – Esquiva-se de qualquer esforço físico. Evita carregar pesos, recorre ao meio de transporte para tudo.

Sedentarismo nível 4 – Escolhe passar o dia todo sentado ou deitado, não realiza as atividades do dia a dia. Não pratica atividade física e nem lembra quando se exercitou.

As atividades laborais, ou seja, qualquer atividade que compare com trabalho, não são consideradas atividades físicas, pois o corpo se acostuma e precisamos de desafios maiores ao organismo. A pior notícia é que as comorbidades geradas pelo sedentarismo podem levar um paciente acometido pela covid-19 para um estágio mais grave. Esse fato nos faz associar a falta de atividade física com maiores complicações na infecção pelo novo Coronavírus. O combate a uma doença sobre a qual a ciência ainda conhece pouco requer medidas que defendam nosso corpo. A atividade física regular pode ser uma forte aliada.

Independente desse momento atípico que enfrentamos, a vida ativa sempre é extremamente importante, pois traz inúmeros benefícios, tais como: • prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas, como: obesidade, hipertensão e diabetes; • controle dos níveis de colesterol; • auxílio no tratamento da depressão e ansiedade; • melhora do condicionamento muscular, cardiorrespiratório, • aumento da qualidade do sono e do desempenho cognitivo; • redução do estresse e aumento da sensação de bem-estar.

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Por outro lado, podemos observar vantagens e desvantagens dos jogos de videogame e demais atividades virtuais: Escola, um lugar de valor

VANTAGENS Melhora no raciocínio lógico;

Promove o sedentarismo;

Desenvolvimento da capacidade de tolerância a frustrações;

Pode gerar problemas sociais;

Alívio da tensão gerada pela pandemia;

Pode levar à obesidade;

Alguns jogos possuem grande potencial educativo.

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DESVANTAGENS

Para evitar esses efeitos negativos, é necessário ter um equilíbrio entre o mundo virtual e outras formas de lazer, estipulando um tempo máximo para os jogos e atividades virtuais. Não é preciso abrir mão por completo desse tipo de diversão, mas é importante estimular outros meios de interação infanto-juvenil como: fantasiar brincadeiras, correr, pular, praticar esporte, ler livros, aprender a tocar instrumentos musicais, aprender outro idioma, realizar programas em família, como jogos de tabuleiros ou ao ar livre.

E, sempre que possível, mesmo com o distanciamento, optar pelo contato presencial, pois é nele que se estabelece confiança,

Agrava problemas de postura;

A longo prazo, pode dificultar a mobilidade;

que se aprofunda o relacionamento, que se identifica os gestos e movimentos do corpo.

Nesse momento de tanta tensão que estamos vivendo por causa da pandemia, muitas práticas mudaram de foco, de logística. É preciso compreender as informações para seguir a rotina de forma saudável.

Outro fator importante nesse momento é incluir a música no dia a dia. Quando se aprecia uma música, podemos destacar três aspectos: o ritmo, a melodia e a harmonia.

A junção desses aspectos tem uma complexidade e uma série de relações possíveis. O som é algo básico para o desenvolvimento de uma criança. De acordo com a pesquisadora Anete Guimarães, quando você expõe a criança a esse tipo de experiência sonora, acontece um estímulo das redes neurais que sincronizam suas frequências de maneira específica e com variações complexas. Quando a criança ouve músicas mais complexas, mais elaboradas, elas trabalham intensamente ritmos, frequências, profundidades e harmonia. Dessa forma, o cérebro processa essa experiência sonora e desenvolve uma estrutura com um maior rendimento. Por todos esses benefícios, precisamos expor nossas crianças a essas boas ações, como dançar e ouvir boas músicas, assim é possível trabalhar a sincronia, o equilíbrio e o rendimento cerebral.

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Nós, da disciplina de Educação Física, não medimos esforços para amenizar os impactos da pandemia em relação às práticas corporais e musicais dos alunos do Colégio FAS. Procuramos, mesmo que distantes, incentivar ao máximo essas práticas, estimu-

ADRIANA DE MACÊDO Graduada em Educação Física.

Pós-graduada em Educação Física.

Pós-graduada em Inspeção e Supervisão Escolar. Professora de natação. Coordenadora da área de Esportes e Cultura do Colégio F.A.S.

lando a execução de exercícios de condicionamento físico, atividades de equilíbrio, de coordenação motora, de ritmo, atividades lúdicas, musicais e culturais.

Almejamos que em breve possamos retornar com a maioria de nossas aulas curriculares e extra-

ALMIR CURTO ALBERTO Graduado em Educação Física.

Professor de Futsal no Colégio F.A.S.

JOHN WAYNNER ALVES DE OLIVEIRA Licenciado e Bacharel em Educação Física. Faixa Preta 2º Dan (Ni Dan) formado pela academia Judô Oriente. Professor Educação Física e Sansei do Maternal lll ao 9 Ano no Colégio F.A.S.

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curriculares com participação de todos os alunos presenciais, além de retomar nossos eventos: Olimpaz, Troca de Cordéis, Troca de Faixa, Campeonatos de Futebol e Natação sempre muito empolgantes! E claro, o nosso tão maravilhoso Musical!!!

CAROLINA BARROS CORRADINI Bailarina profissional, habilitada pelo sindicato dos Artistas do Paraná. Professora de Ballet, Dança e Street no Colégio F.A.S.

NÚBIA NOGUEIRA CASSIANO Graduada em Educação Física.

Pós-graduada em Educação Integral. Pós-graduada em Docência – Ensino Superior. Mestre em Educação Física. Professora de Capoeira do Colégio F.A.S.

SENTIMENTOS...

Quando me importo com os outros, isso é empatia.

Quando expresso o meu pensar e sentir, isso é sentimento.

MARIA LOPES DE SOUZA NETA Ter empatia é a capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela agiria ou pensaria, assim, sentindo aquilo que o outro sente.

Pensando nisso, nas turmas do maternal, desenvolvemos o projeto a partir do livro: “COMO EU ME SINTO... QUANDO ME IMPORTO COM OS OUTROS”, da autora Cornelia Maude Spelman e ilustrações de Kathy Parkinson. A obra fez com que os alunos se identificassem com os

personagens e aprendessem a lidar com seus próprios sentimentos, frustrações, alegrias, ideias diante das situações que ocorrem num ambiente escolar como: adaptação, choro e as “birras”.

Ao realizar essa proposta, a intenção foi despertar nas crianças a empatia e a expressão de seus senEscola, um lugar de valor

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timentos por meio das conversas de roda, de atividades, músicas e da caixa dos sentimentos, onde as crianças puderam se expressar e reconhecer suas emoções, valorizando assim os aspectos afetivos.

Porém fomos além, as crianças ampliaram o vocabulário, desenvolveram a ação de partilha de forma espontânea; e ao terem acesso às obras de outros autores, conseguiram expressar de forma coerente a visão do comportamento dos personagens mostrados.

Portanto, as crianças, mesmo estando no maternal, com a faixa etária de 3 a 4 anos, já iniciaram o processo de interpretação de imagens que descrevem certas atitudes dentro do contexto da narrativa apresentada.

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Com isso, o convívio social, o diálogo, o exemplo, o exercer da generosidade e o mundo imaginário das histórias, fizeram com que as crianças do maternal percebessem, com carinho, o próximo e compreendessem melhor as situações vividas, desenvolvendo a empatia, com chances de tornarem-se autores de grandes mudanças no futuro.

Nesse momento de pandemia, precisamos sim, do distanciamento para cuidarmos uns dos outros, isso também é empatia. Porém, nem por isso, devemos deixar de expressar nossos sentimentos. Pois, demonstramos o que sentimos não somente pelo toque, mas também pela linguagem, por nossas ações, pelo olhar e com o nosso acolhimento, isso é sentimento.

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MARIA LOPES DE SOUZA NETA Graduada em Pedagogia. Professora do Maternal III do Colégio F.A.S.

O Mundo é MATEMÁTICO O que têm em comum a Gioconda e um Leopardo?

Nada, exceto a matemática

“A Matemática é o alfabeto com o qual Deus escreveu o Universo.”

Galileu Galilei OHANA CAROLINA DIAS DE OLIVEIRA Quando não entendemos algo e também, quando não associamos algum saber à nossa realidade, logo dizemos que não gostamos. E isso sempre acontece com a Matemática.

Para muitos, esse conteúdo

parece ser apenas uma sequência de regras que foram estabelecidas pelos povos antigos e que jamais serão questionadas. Entretanto, ela não se limita a ser assim, tão abstrata. Por isso, estou aqui para lhe provar que esta visão não condiz com a sua realidade de fato.

Por incrível que pareça, a ma-

temática, está relacionada com tudo que conhecemos e com o que desconhecemos também.

Muitas vezes nem percebemos, mas ela está presente nas questões do nosso cotidiano. Sem a matemática seria indecifrável entender das coisas mais banais às mais transcendentais.

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Poliedros – alunos do 5° ano

“A matemática não é só precisa; é também bela.”

Bertrand Russell Filósofo, matemático, lógico e escritor britânico galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1950.

Com certeza, você já fez algumas dessas perguntas: Quanto tempo antes devemos chegar ao aeroporto para não perder o voo? Há um método infalível para ganhar na mega sena? Aliás, é um bom negócio ganhar na mega sena?

Quanto tempo para um remédio fazer efeito? Como se devem contar os votos numa eleição democrática? As pesquisas eleitorais são confiáveis? Por que pais altos têm filhos mais baixos que eles? Como os aviões voam? Por que o céu é azul? Pagando à vista tem desconto? Uma infinidade de perguntas como estas foram respondidas graças às aplicações da matemática.

A forma perfeita de um caracol, a previsão do tempo, o rastro de um barco na água, as relações

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humanas, a estrutura cristalina de um floco de neve, a segurança da internet e do GPS, o formato dos planetas, a proporção da arte e da beleza, a música, os fundamentos da lógica, a base secreta do mundo digital... todas estas descobertas ocorreram por necessidade da humanidade e a explicação para as mais diversas situações está na ciência mais antiga: a matemática, que visa a estudar, compreender e sistematizar nosso pensamento ao longo da história.

Reconhecer, estabelecer relações e identificar os diferentes contextos em que os números, as medidas, as quantidades e os espaços são utilizados são ações muito importantes, e por isso, foram trabalhadas com as turmas do 5° ao 9° ano, a aplicação da matemática em todos os lugares.

Cada turma ficou responsável por uma área de aplicação.

A turma do 5° ano ficou responsável pela matemática na natureza. Os alunos ficaram encantados com as descobertas que fizeram, o que despertou a curiosidade por mais saber matemático. Durante nossas aulas, realizamos vários experimentos, sendo um deles a construção de formas geométricas que encontramos no ambiente.

A turma do 6° ano abordou o tema da Matemática e as tecnologias. O fascínio pelos jogos e, até mesmo pelas ferramentas que utilizamos hoje como celulares e notebooks, proporciona uma nova maneira de lidar com esse conhecimento, propiciando uma outra forma de perceber o processo de construção de conceitos matemáticos.

O 7° ano apresentou a relação da Matemática com a Arte.

Discernida como música, dança, cinema, pintura, arquitetura, escultura e têxteis, os alunos trouxeram diferentes informações acerca da beleza e da harmonia ligadas às questões de morfologias ou estruturas. Sendo assim, a matemática oferece muitas ferramentas para investigar a complexidade da realidade, suas representações, mas também a capacidade de inventar estruturas, formas e processo.

A temática do 8° ano foi a conexão da Matemática e o corpo humano. Neste trabalho, os alunos puderam conhecer as proporções que formam nosso organismo, verificando que esta ciência fornece ferramentas para representar e analisar fenômenos periódicos que acontecem no corpo humano. Ajudando assim na longevidade da vida.

Cinema 3D – 7° ano

https://www.omundoematematico.com/uploads/20190808/Coleccion_PT_2.jpg

Para finalizar, a turma do 9° ano correlacionou a Matemática à astronomia. Este trabalho possibilitou aos alunos a capacidade de fazer uma leitura da realidade em que vivem. Foram abordadas aplicações práticas da Astronomia que influenciaram para o desenvolvimento da civilização, sendo possível descobrir, quantificar e sistematizar padrões como: as quatro estações, os doze meses do ano, as vinte e quatro horas do dia, entre muitas outras

descobertas. As pesquisas aguçaram tanto a curiosidade dos alunos que trouxeram dicas de filmes e séries que tratam do tema.

Nesse sentido, não devemos subestimar o potencial matemático dos alunos, reconhecendo que resolvem problemas, mesmo que razoavelmente complexos, ao lançar mão de seus conhecimentos sobre o assunto e buscar estabelecer relações entre o já conhecido e o novo. O significado da atividade matemática resulta das conexões que estabelecemos entre os diferentes temas matemáticos às demais áreas do conhecimento e às situações do cotidiano.

Relacionar ideias matemáticas entre si é fundamental para que o aluno compreenda efetivamente os conteúdos matemáticos, pois abordados de forma isolada, eles não se tornam uma ferramenta eficaz para resolver problemas e para a aprendizagem/construção de novos conceitos.

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Você sabia...

• Que o planeta Netuno foi encontrado graças a matemática?

• O Teorema de Pitágoras possui mais de 370 demonstrações diferentes apresentadas ao longo dos séculos?

• Os quatérnions são extensões dos números complexos e permitem descrever a rotação de objetos 3D? Foram descobertos em 1843 e utilizados mais de 100 anos depois, quando cientistas da computação decidiram aplicá-los em animação digital?

• As mensagens criptográficas foram utilizadas em diferentes guerras para desconcentrar os adversários ou diretamente desinformá-los?

• Nos cartões de crédito usamos algoritmos numéricos para decifrar o titular e a sua informação?

• Existe uma couve com uma estrutura matemática? É uma forma fractal e sua estrutura repete-se em escalas cada vez mais pequenas. Se cortarmos um raminho a sua forma será sempre igual ao total; e uma parte do raminho também terá a mesma estrutura.

• A proporção áurea esteve, desde sempre, associada à harmonia na arte e na natureza, a ponto de ser apelidada de “divina”? É a beleza sendo expressa em termos matemáticos. A encontramos no sorriso da Gioconda, nas pétalas das rosas, na forma de alguns animais ou nas espirais das galáxias.

• Os números primos não seguem qualquer tipo de regra?

Aparecem onde lhes apetece, de uma forma aparentemente caótica.

• Na Guerra Fria, em meados do século passado, foi que se desenvolveram a teoria dos jogos? Que tem como objetivo o estudo de estratégias ganhadoras para abordar todo o tipo de conflitos.

• Atletas de elite usam ferramentas matemáticas sofisticadas para maximizar suas performances? Além disso, como saber quem ganhou nas provas de atletismo e natação nas Olimpíadas sem a tecnologia para definir os milésimos de segundos de diferença que um atleta estabelece sobre outro?

• Existem 43.252.003.274.489.856.000 formas de se embaralhar um cubo mágico?

• Em 1900, todo o conhecimento matemático do mundo caberia em cerca de 80 livros; hoje, seriam necessários 100 mil livros?

• A simetria está presente em tudo o que nos rodeia? As manchas na cabeça do leopardo apresentam simetria central.

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O conhecimento de muitos outros fatos foi essencial para a evolução e progresso da nossa sociedade. Reconhecer a matemática nos diversos contextos como algo implícito ou explícito, possibilita a compreensão de sua utilidade no dia a dia.

E aí? Ficou curioso em saber onde mais tem matemática? Pense em alguma coisa e pesquise, acredito que encontrará sua resposta envolvida nessa magnífica disciplina.

OHANA CAROLINA DIAS DE OLIVEIRA Professora de matemática do 5° ao 9° ano. Graduada em Ciências Biológicas Graduada em Pedagogia do Colégio F.A.S.

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Leopoldina, a imperatriz da independência:

o protagonismo histórico feminino na sala de aula THUANE GRAZIELA XAVIER PEDROSA Pertencente à dinastia Habsburgo, uma das mais antigas e tradicionais da monarquia europeia, Leopoldina e outras princesas dessa família foram preparadas para o casamento, mas também foram ensinadas a governar. A rotina educacional das crianças Habsgurgo era rígida e Leopoldina cresceu nesse ambiente de estudo de diversas áreas: matemática, alemão, francês, italiano, inglês, latim, literatura, ciências sociais, sendo uma ávida leitora.

Eram ensinados a desprezar a mentira, a praticar a caridade e a tratar todos com cortesia, independente da classe social, a seguir estritamente os ensinamentos da Igreja e,acima de tudo,a obedecer aos pais e a sacrificar os próprios desejos às necessidades do Estado.

A influência dos austríacos Habsgurgo era grande no meio político e as mulheres dessa família são nomes históricos famosos, como a irmã de Leopoldina, Maria Luísa, que se casou com Napoleão Bonaparte; e a tia Maria Antonieta, guilhotinada na Revolução Francesa.

A austríaca foi destinada ao casamento com D. Pedro I e, consequentemente, a se adaptar à vida nos trópicos.

A viagem foi acompanhada de cientistas e naturalistas que tinham a missão de estudar e catalogar a fauna e a flora brasileira. Leopoldina trouxe consigo sua biblioteca e suas coleções e, ao chegar, ficou encantada com a paisagem brasileira, fato comprovado na carta enviada para o pai em novembro de 1817.

A ra ro ta

entrada do porto é sem par, e acho que a primeiimpressão que o paradisíaco Brasil faz a todo estrangeié impossível descrever com qualquer pena ou pincel: basque lhe diga: a Suíça unida ao mais belo e ameno céu.

Ao contrário dos Habsgurgo, os portugueses da Casa de Orléans e Bragança não gozavam de prestígio entre os monarcas, além disso, a falta de moral de D. Pedro I e Escola, um lugar de valor

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principalmente de sua mãe, Carlota Joaquina, já era fama na Europa.

Após o casamento, Leopoldina teve que lidar com as intrigas existentes dentro da família portuguesa, bem como tolerar as inúmeras traições e maus tratos do imperador. Perdeu dois de seus três primeiros filhos, daí a famosa frase de Leopoldina “Você supõe que o Brasil seja um trono de ouro; mas ele é um jugo de ferro”.

A IMPERATRIZ DA INDEPENDÊNCIA

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Nas palavras da autora Andéa Slemian, Leopoldina foi, no melhor sentido, uma estadista que teceu relações políticas de modo abrangente. Claro que, pertencendo a uma dinastia antiga e respeitada como foram os Habsgurgo, tinha como principal objetivo a permanência e fortalecimento da monarquia.

Dessa forma, a princesa foi defensora da independência do Brasil em relação a Portugal, antes mesmo de seu esposo. Foi durante uma viagem de D. Pedro I a São Paulo que Leopoldina permaneceu no palácio e ocupou o cargo de regente do país e, mesmo sendo por alguns dias, ficou reconhecida como a primeira mulher a exercer o governo no Brasil. Foi nesse período que se reuniu com os ministros e assinou o documento da independência em dois de setembro de 1822.

D. Pedro I foi informado da assinatura somente cinco dias depois, oportunidade na qual deu o famoso grito às margens do rio Ipiranga, no dia 07 de setembro. O feito ficou oficialmente reconhecido como o dia da Independência do Brasil, relegando o papel ativo, pioneiro e intelectual de Leopoldina na construção de todo o processo.

O quadro acima, de autoria de uma mulher, a pintora Georgina de Albuquerque, foi feito em 1922. Com título autoexplicativo: Sessão do Conselho de Estado Escola, um lugar de valor

que decidiu a Independência, destaca Leopoldina juntamente com os ministros na assinatura do documento da independência do Brasil em relação à Portugal.

O reconhecimento internacional da independência do Brasil não se deu automaticamente. Portugal só admitiu a perda de sua colônia com o Tratado de Paz e Aliança em 1825, já os Estados Unidos em 1824 e a Inglaterra não pretendia entrar em desacordo com os lusitanos, assim como a maioria dos outros países europeus. Dessa maneira, Leopoldina intercedeu diplomaticamente com seu pai para que a Áustria reconhecesse a independência.

A atuação de Leopoldina não ficou restrita aos acontecimentos da independência, mas fontes históricas, principalmente as cartas familiares, demonstram que ela sempre se colocou como conselheira política do marido, sendo inclusive, intérprete em relações internacionais por ser poliglota.

Leopoldina morreu jovem, aos 29 anos, em decorrência de um aborto espontâneo. As fontes divergem sobre a causa exata de sua morte, mas existem duas versões: a primeira que teria sido agredida grávida por D. Pedro I, por isso o aborto seguido de morte; a segunda linha de pesquisa é mais recente, pois seu corpo foi exumado e os pesquisadores afirmam que a gravidez não prosperou, por motivos de uma doença grave que evoluiu rapidamente.

Na última carta de Leopoldina, endereçada para a irmã mais velha, Louison, a imperatriz relata estar em seus últimos dias de vida, e a infelicidade que o marido a provocara tendo uma amante, a marquesa de Santos.

Há quase quatro anos, minha adorada mana, como vos tenho escrito, por amor de um monstro sedutor, me vejo reduzida ao estado da maior

escravidão e totalmente esquecida do meu adorado Pedro. Ultimamente, acabou de dar-me a prova de seu total esquecimento a meu respeito, maltratando-me na presença daquela mesma que é a causa de todas as minhas desgraças. Muito e muito tinha a dizer-vos, mas faltam-me forças para me lembrar de tão horroroso atentado que será sem dúvida a causa da minha morte.

Fontes históricas relatam que durante a doença de Leopoldina, a população se revezava em orações, santos eram trocados de igreja e havia súplicas ao ar livre. Após sua morte, a casa da marquesa de Santos, foi cercada e apedrejada pelo povo que queria vingança e apontava a amante de D. Pedro I como causa da morte de Leopoldina.

OITAVO ANO DO COLÉGIO FAS: “VOCÊS SABEM QUEM FOI LEOPOLDINA?” Durante os estudos do Segundo Reinado, figurado pelo monarca D. Pedro II, foi questionado ao oitavo ano se alguém conhecia ou saberia falar algo sobre a imperatriz Leopoldina.

Não foi surpresa o fato dos alunos não saberem nada sobre a mãe do monarca que estavam estudando naquele momento, mesmo D. Pedro II possuindo muitas características de Leopoldina, principalmente o gosto pelos estudos da cultura, ciência e Arte. Apenas uma aluna disse que Leopoldina tinha sido casada com D. Pedro I. Sendo assim, foi proposto que realizassem uma pesquisa a respeito da vida da imperatriz, com enfoque em sua atuação política no processo de independência do Brasil. Após a pesquisa, os alunos escreveram também uma opinião pessoal sobre o que acharam da figura de Leopol“Acho que devemos dar mais importância a ela, pois ela teve um papel muito importante na história do Brasil, assinando o tratado da independência brasileira.”

João Luccas “Sem dúvidas, o papel de Leopoldina foi muito importante para a época, mas influencia atualmente também. Graças a ela, hoje temos um início da igualdade de gênero, mas temos muito a caminhar ainda”.

Ana Luiza Caldono [...] deram 99% de créditos a D. Pedro I e 1 % a Leopoldina, nem lemos sobre ela em livros de escola [...]

Isabela Giannasi “[...] é bastante injusto a comemoração da Independência do Brasil ser apenas no dia 7, mostra o quão machista era a sociedade e ainda é, por não falar tanto da Leopoldina no fato histórico”.

Carolina Gonçalves

dina e sua representação como líder feminina na política.

A maioria dos estudantes demonstraram-se surpresos ao se depararem com as descobertas dos feitos e da história de vida de Leopoldina. Abaixo algumas considerações de parte dos alunos: O objetivo de solicitar a pesquisa aos alunos foi de demonstrar que a História não é só feita por homens brancos e ricos, mas por uma diversidade de personagens que desempenharam seus papéis e contribuíram para a construção de eventos históricos. Leopoldina, mesmo tendo atuação pioneira e magnânima em relação à Independência do Brasil, e também a outros episódios, teve suas proezas relegadas a simples rótulos como: “a esposa traída”, “a mulher de D. Pedro I”, “a imperatriz loira de olhos azuis que morreu jovem”, “a imperatriz infeliz”, ou simplesmente caiu no esquecimento.

O papel do professor, diante de tal exemplo, é o de questionar os alunos e estar atento para que vozes como a de Leopoldina não sejam esquecidas, e que possam ecoar dentro do ambiente educacional para inspirar os estudantes.

“[...] as mulheres sempre lutaram e lutam até hoje por seus direitos, a nossa história precisa aparecer e ser ouvida, porque senão toda a luta será esquecida, assim como a história de Leopoldina”.

Amanda Tosta Leopoldina foi uma mulher à frente e seu tempo [...], mulher de coragem, não hesitou em dar suas opiniões em lugares que na época não cabiam a uma mulher”.

Arthur Lóes “[...] Leopoldina não foi muito valorizada em relação à Independência do Brasil.

Sua relação com D. Pedro acabou sendo ruim, principalmente após o imperador encontrar uma amante para si e deixar Leopoldina em segundo plano” Victor Hugo Pena “[...] foi uma mulher muito inteligente e à frente do que vivia. Ela merecia um reconhecimento bem maior do que teve [...] D. Pedro I levou a fama de herói, mesmo ela sendo a base de tudo”.

Ana Laura Macedo “Achei ela muito corajosa, muito esperta e fez um belo papel de líder. Graças a ela foi possível ter tido um papel decisivo na independência do Brasil em relação a Portugal”.

Yago Maldonado

THUANE GRAZIELA XAVIER PEDROSA Graduada em Direito. Graduada em História. Mestre em História.

Professora de História do 6º ao 9º ano do Colégio F.A.S.

Referências: BUCÃO, Clóvis. Uma Habsburgo nos trópicos. In Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 9, nº 107, p. 16-19, agosto de 2014.

SANT’ANNA, Sônia. Formação de uma imperatriz. In Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 9, nº 107, p. 20-24, agosto de 2014. SILVA, Daniel Neves. “Maria Leopoldina”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/maria-leopoldina.htm. Acesso em 20 de setembro de 2021. SLEMIAN, Andréa. Fidelidade, acima de tudo, à monarquia. In Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 9, nº 107, p. 2629, agosto de 2014. VENDRUSCOLO, Stephanie. Imperatriz Leopoldina: A mulher que decidiu a Independência do Brasil. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2021-03-08/maria-leopoldina-a-mulher-que-decidiu-a-independencia-brasileira.html Escola, um lugar de valor

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JUNINARTE: A festa junina retratada pela arte Naïf

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VANESSA DAS DORES DUARTE TERUEL SIMONIA TOMAZ MANZAN A festa junina é uma das representações culturais mais realizada em todo território brasileiro. Apesar de muitas pessoas acreditarem que essa festa é de origem brasileira, estudos apontam que ela têm sua ascendência na Europa em rituais pagãos que marcam a transição entre a primavera e o verão; enquanto, no Brasil, marcam a transição do outono para o inverno. Posteriormente, essa festa sofreu um processo de cristianização e foi relacionada a importantes figuras da religião católica, desenvolvendo uma nova ressignificação. A festividade chegou ao Brasil por meio dos portugueses e, no último século, essa manifestação cultural recebeu novas influências, como por exemplo: comidas típicas, vestimentas e elementos que remetem à vida do homem do campo. Em alguns estados brasileiros, movimenta-se um grande volume de capital derivado do turismo desse período. Algumas festas famosas são: São João de Campina Grande, Paraíba e São João de Caruaru, Pernambuco.

cês Henri Rousseau (1844-1910), foi um artista sem formação acadêmica, um autodidata. Em sua primeira mostra, seus trabalhos foram alvo de críticas, por não apresentarem perspectiva e, não atenderem aos parâmetros que serviam de referência para a composição do desenho e da escolha e harmonia das cores. Durante o século XX, a arte Naïf expande-se para o mundo, apresentando maior expressão nos Estados Unidos, na ex-Iugoslávia e no Haiti.

Sendo assim, na Juniarte, cada turma escolheu uma tela dos arO vocábulo Naïf tem origem tistas da tendência Naïf para reafrancesa, significando “ingênuo”. lizar a releitura. Além da aprePortanto, essa manifestação pode ciação da tela, foram trabalhados ser vista também como uma “arte aspectos sobre o artista e sua inocente”. É ainda chamada de obra. Durante o mês de junho, “arte primitiva moderna”, pois os alunos realizaram as releituras tem como característica a expressão das telas, utilizando diversas técinformal do ponto de vista técnico nicas como: pintura, colagem de papeis, fuxico, linhas e lãs coloe tradicional. ridas, confecção dos personagens Também são temas recorren- em formato de bonecos e o uso tes nas telas da arte Naïf as festi- de imagem digitalizada dos próvidades e eventos coletivos, como prios alunos, inserindo-os no cea festa junina. Outros elementos nário. A releitura das telas oporinteressantes são as paisagens ex- tunizou a participação ativa dos pressas em duas dimensões ape- discentes na construção coletiva, nas, com cores intensas e riquezas por meio de técnicas de acordo com a idade e habilidades de de detalhes.

Um dos primeiros artistas re- cada um. Essa experiência criou presentantes da arte Naïf, o fran- o sentimento de pertencimenPara a Festa Junina do Colégio F.A.S. do ano de 2021, foi elaborada uma proposta que reuniu os elementos culturais e a expressão desse evento por meio da arte, rebatizando a festa com o nome de Juniarte. O movimento escolhido foi a arte Naïf que é caracterizada pelo estilo espontâneo, autodidata, sem uma formação acadêmica sistematizada. Encontramos muitas telas com cores vibrantes e, que retratam elementos populares e o cotidiano da vida rural interiorana. Segundo Aidar (2021)

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to e envolvimento com a obra desenvolvida, trazendo significado para os elementos representados na pintura.

No desenvolvimento do projeto foram escolhidas obras dos artistas: Antônio Eustáquio, Rosângela Borges, Mônica Fuchshuber, Aracy Amaral, Militão dos Santos, Romero Britto e Helena Vasconcelos. Nas telas escolhidas, destacam-se a presença de elementos característicos da Festa Junina como: quadrilha, roupas típicas coloridas, fogueira, fogos de artifício, balões, bancas com comidas típicas e algumas brincadeiras como o pau de sebo.

As telas dos artistas Romero Britto e Mônica Fuchshuber aproximam-se em algumas características visuais, como a presença de figuras geométricas, mas se diferenciam, quando consideramos, por exemplo, a feição dos personagens representados. Os demais artistas selecionados mostraram uma consistência no traçado dos desenhos, sem, contudo, perder a individualidade de cada pintura.

Na semana junina, foram desenvolvidas atividades recreativas na temática do projeto e as danças coreografadas de cada turma. A culminância aconteceu no sábado, durante o “drive in”, com uma mostra das telas na porta da escola e a entrega do kit junino “Festa no Chapéu”.

Com o incentivo aos diversos tipos de expressões culturais como: pintura, música, dança, artesanato; o projeto primou pelo conhecimento da história e da representatividade que as festas populares têm dentro da cultura de nosso país, contribuindo para a formação de nossos educandos nas diversas dimensões.

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IMPORTANTE: Para apreciar as obras originais e as releituras de cada turma, acesse o QR code no final da matéria.

Além desse material, é possível assistir aos vídeos das apresentações da quadrilha de cada turma.

VANESSA DAS DORES DUARTE TERUEL Graduada em Ciências Biológicas.

Graduada em Pedagogia.

Graduanda em Engenharia da Computação. Mestre em Educação.

Coordenadora Pedagógica do 5º ao 9º ano do Colégio F.A.S.

SIMONIA TOMAZ MANZAN Graduada em Pedagogia. Pós-graduada em Supervisão e Inspeção Escolar.

Pós-graduada em Neuropsicopedagogia clínica e institucional. Educação Especial Inclusiva. Análise de Comportamento (ABA) e Pedagogia Hospitalar.

Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil e do 1º ao 4º ano do Colégio F.A.S.

Referências: AIDAR, Laura. Arte Naïf. Disponível em: https://www.culturagenial.com/artenaif/. Disponível em: 29 Ago. de 2021. IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Arte Naïf. História das Artes, 2021. Disponível em: <https://www.historiadasartes.com/nomundo/ arte-seculo-19/arte-naif/>. Acesso em: 08 Ago. de 2021. SANTOS, Militão. Militão dos Santos. Disponível em: https://militaodossantos.com/. Acesso em: 30 Ago. de 2021.

SOMANDO alegrias, DIMINUINDO as dúvidas, MULTIPLICANDO aprendizados e DIVIDINDO conhecimentos É assim que os alunos do 3º ano calculam todas as experiências vivenciadas no Colégio F.A.S. VERUSKA CARVALHO ASSUNÇÃO Aqui, no Colégio F.A.S., nós professores, tentamos a todo momento ser “pontes” entre a criança e o conhecimento, ajudando-as de forma lúdica e contextualizada. O conteúdo, seja ele qual for, quanto mais integrado com a vivência da criança e quanto mais trabalhado com materiais concretos, fica mais “gostoso” e fácil de aprender.

A Matemática, mais especificamente as quatro operações, são trabalhadas com materiais coloridos, preços acessíveis e, sempre que possível, construídos por eles. Além disso, os termos e as expressões usadas são explicados para que a criança entenda o processo e não faça mecanicamente, simplesmente por ser uma regra. Abaixo será citado como cada uma das quatro operações foi ou está sendo trabalhada, ensinada e partilhada com os estudantes do 3º ano.

ADIÇÃO. Inicialmente são avaliados os conceitos prévios que as crianças adquiriram anteriormente, para então partirmos do que elas sabem. Questionamos, por exemplo: O que é somar?

Quando somamos quantidades, o resultado é maior ou menor do que o valor inicial? Ou seja: Se eu tenho 35 maçãs e compro mais 20 a quantidade que terei ao final, é maior ou menor do que eu tinha no início? Quais palavras/ conceitos estão interligados com

a adição (aumentar, acrescentar, ganhar, etc.)?

No terceiro ano, trabalhamos a adição com “reagrupamento ou trocas”. Não conhece esse termo? Talvez você, leitor, tenha aprendido o termo “Vai um”.

Se foi assim que aprendeu, você sabe o porquê “vai um”? Como trabalhamos com Material Dourado, ábaco e muitos outros materiais que permitem experienciar o agrupamento e reagrupamento, as crianças compreendem com facilidade que, quando você tem

mais que 10 unidades, deve agrupar 10 unidades e trocar por 1 dezena; quando você tem mais que 10 dezenas, agrupa 10 dezenas e troca por 1 centena, e assim por diante. Quando fazemos essas trocas, temos que reagrupar, ou seja, se troquei 10 unidades por 1 dezena, então preciso reagrupar na ordem das dezenas e é aqui que levamos 1 dezena (que não pode ser registrada na ordem das unidades) para a ordem da dezena. E assim temos o então famoso: “Vai um”. Veja o esquema abaixo:

REPRESENTAR O ÁBACO OS VALORES DE CADA PARCELA

214 C

D

U

214 + 136

C

D

U

A CADA 10 UNIDADES DEVEMOS TROCAR POR UMA DEZENA

CDU 1 2 1 4 +1 3 6 3 50

TROCO POR:

CDU 1 2 1 4 +1 3 6 0 C

D

U

C

D

U

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SUBTRAÇÃO. O processo para iniciar a subtração, bem como as demais operações, faz-se como citado na adição: valorizando o conhecimento já adquirido pela criança. Os conceitos também são formados e registrados coletivamente a partir de todas as observações e experiências com os materiais concretos.

Mas professora, e quando os valores aumentam e as crianças precisam aprender “pedir emprestado”?

Primeiramente vamos esclarecer que essa expressão está em desuso. Por quê? Porque quem pede emprestado tem que devolver e na subtração, no cálculo, não devolvemos nada. E como falamos então? Na subtração também usamos “trocar”. É lógico que os valores têm que ser iguais. Se na adição juntamos 10 unidades para trocar por 1 dezena, na subtração, quando não temos em cada ordem a quantidade necessária para fazer a subtração, primeiro trocamos, por

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PRIMEIRAMENTE É NECESSÁRIO REPRESENTAR O VALOR TOTAL QUE É 657.

COMO NÃO É POSSÍVEL CALCULAR “7 - 9” TROCAMOS 1 DEZENA POR 10 UNIDADES

CDU 1 4 657 - 249 408

TROCO POR:

AGORA, COM 17 UNIDADES É POSSÍVEL SUBTRAIR 9 DE 17

FEITAS AS TROCAS PODEMOS FAZER AS SUBTRAÇÕES.

exemplo, 1 dezena por 10 unidades, para só depois tirar/diminuir/

subtrair as quantidades. Veja o exemplo acima.

Principalmente quando é a subtração, aconselho muito trabalhar com o Material Dourado, juntamente com cédulas e moedas de brinquedo, pois é mais fácil para as crianças perceberem que, da mesma forma que posso ir ao banco e trocar 10 moedinhas de 1 real por uma cédula de 10 reais, o contrário também é possível.

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MULTIPLICAÇÃO. De forma sólida e gradual, e inicialmente com números/quantidades menores, mostramos para os estudantes que, quando temos uma adição com números/parcelas iguais, podemos então, calcular também por meio da multiplicação.

Usar bolinhas de massinha feitas pelas crianças é um ótimo recurso, pois é possível pedir que cada criança faça 3 linhas com 5 bolinhas por exemplo. Como é uma quantidade pequena, as crianças têm facilidade em contar o total de bolinhas usadas. Então, assim como na adição 5 + 5 + 5 podemos questioná-las: “Quantas vezes você escreveu o número 5?” ou “Quantas vezes você colocou 5 bolinhas?” E como a resposta das crianças será 3, a professora logo em seguida escreve/registra coletivamente no quadro: “Então quando escrevemos/somamos 3 vezes o número 5 temos como resultado total 15 bolinhas.

5+5+5=15 QUANTAS VEZES VOCÊ ESCREVEU/ SOMOU O NÚMERO 5?

EU SOMEI 3 VEZES O NÚMERO 5.

ENTÃO: 3X5 = 15

Os conceitos de dobro, triplo, etc. são registrados à partir das observações das crianças.

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DIVISÃO. Dividir é tão bom quanto somar e ganhar. As crianças aprendem aos poucos a dividir, primeiro dividem o brinquedo com o irmão, depois o chocolate com a mamãe e assim, dividir pode ser algo que nos ensina a ter empatia e ajudar quem precisa.

Para que seja um momento delicioso, literalmente, trabalhamos com barras de chocolate,

maçã, gomas de mascar e também bolinhas feitas de massinha (quando a quantidade é maior). É claro que, por causa da pandemia pela qual ainda estamos passando, tudo deve ser feito sem que haja compartilhamento e de forma mais higiênica possível.

Neste caso, é possível adaptar e fazer em sala, somente com massinha e deixar que os alimentos

QUE NÚMERO POSSO MULTIPLICAR POR 3 PARA OBTER COMO RESPOSTA O Nº 15 OU PRÓXIMO DO 15?

sejam manipulados como experiência ou como um jogo, mas em família.

Primeiramente, representamos com as bolinhas a quantidade total e para a quantidade de grupos em que o total será dividido, usamos papéis recortados em quadrados, por exemplo.

Então a criança terá que colocar 1 bolinha de cada vez em cada quadrado (que pode ser uma caixa, uma cesta, etc). Depois, mais uma bolinha em cada quadrado.

Assim, a divisão acontece devagar, até a criança perceber que cada caixa ou quadrado recebe a mesma quantidade. Isso mesmo, é mais fácil iniciar com a divisão exata. Veja o esquema ao lado:

=

De forma contínua e mais natural possível, é apresentado para as crianças os termos de cada uma das operações para que elas se familiarizem e internalizem gradualmente. E assim, construímos conhecimento e conceitos de forma divertida, prazerosa e muito significativa.

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VERUSKA CARVALHO ASSUNÇÃO Graduada em Magistério. Graduada em Letras (Português/Inglês).

Pós-graduada em Leitura e Escrita como Prática Social. Professora do 3º ano no Colégio F.A.S.

HINO DO COLÉGIO F.A.S. UM LUGAR.... AQUI!! - Semente do Amanhã.

Tenho um lugar pra guardar seu coração Onde o saber tem sabor de emoção Brincar, sonhar... e viver a fantasia Aprender e ser criança todo dia Tudo que queremos É ter você aqui Um pouco de tudo E quem te F.A.S feliz...

Tem um pedacinho do céu... Tem sim Tem um jeito de amar Tem um pouquinho do mundo Querendo te encontrar...

Tem um arco-íris no céu... Tem sim Tem as águas do mar Tem a estrela guia Que em você vai brilhar Aqui no F.A.S sou um eterno estudante Por isso eu sou como o orvalho das manhãs Por isso eu sou... sou sapeca... sou gigante Orgulho de ser... “Semente do Amanhã. ”

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