Revista farroupilha maio junho 2013

Educação começa na família e é complementada pela escola.

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Revista do Colégio Farroupilha - Ano XXI - N° 107 - Maio/ Junho de 2013

Expediente: Nº 107 – Maio e junho de 2013

PALAVRA DO PRESIDENTE

Revista Bimestral do Colégio Farroupilha Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 Fernando Carlos Becker

Por uma educação transformadora

Diretora Pedagógica do Farroupilha Marícia Ferri Jornalista Responsável Cláudia Oliveira MTB 8138 Coordenação Geral Tiago Schmitz Comunicação e Marketing comunicacao@colegiofarroupilha.com.br Diagramação Design de Maria www.designdemaria.com.br

Uma escola pluralista em um mundo complexo, que mostra visões, formas de viver e diferentes possibilidades de realização pessoal, profissional e social, que nos ajude a evoluir sempre mais na compreensão, vivência e prática cognitiva, emotiva, ética e de liberdade: é isso o que o Colégio Farroupilha busca no seu dia a dia. Uma prática pedagógica que se estende para além das salas de aula da escola, da formação e dos valores repassados pelas famílias e que ganha os contornos da cidade para que a missão de educar para formar cidadãos seja contemplada em sua forma mais ampla.

Revisão Textual Laboratório de Português

O Movimento #daescolapravida, criado no ano passado, em parceria com o coletivo urbano Shoot the Shit, exemplifica esse conceito. Ampliamos o leque de atuação, inicialmente voltado aos alunos do Ensi-

Capa Empresário Fernando Muhlbach, pai de Maitê e Pedro, alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental - Anos Iniciais.

Ouvidoria Farroupilha ouvidoria@colegiofarroupilha.com.br (51) 3382 1889 Tiragem 1.500 exemplares

no Médio, para que todos os cidadãos possam contribuir com ideias inspiradoras para tornar a Copa um evento inesquecível para Porto Alegre, através do projeto Welcome to Porto Alegre. Ao invés de simplesmente apontar os velhos problemas da nossa cidade, queremos mostrar que através do esforço coletivo podemos transformar a nossa realidade, apontando soluções que estão ao alcance de cada um de nós e que só dependem do nosso engajamento e da nossa força de vontade para serem executadas.

Versão Online www.colegiofarroupilha.com.br

Entendemos que a educação é válida quando consegue que mais pessoas se sintam motivadas intimamente a desejar ampliar seu

Como instalar o leitor de QR Code no seu celular Inventado no Japão em 1994, o QR Code foi criado para facilitar o acesso à informação por parte de usuários de celulares, podendo ler qualquer coisa de qualquer lugar. Para ler um QR Code ou Quick Response Code é preciso instalar um software em seu celular. Ele será responsável por decodificar a imagem capturada. Na internet, há muitos softwares gratuitos disponíveis. É preciso que se baixe um de acordo com o modelo do celular. Em português, o http://reader. kaywa.com é um dos melhores sites para baixar leitores de QR Code. Para aqueles que quiserem criar seus próprios QR Codes, em http://qrcoder.kaywa.com, é possível gerá-los facilmente.

conhecimento, sua sensibilidade, seus canais de comunicação, suas atitudes, práticas e valores em cada etapa de suas vidas. Acreditamos em uma educação mais criativa, empreendedora e humana. É isso que compartilhamos com as famílias, que nos confiam a formação de seu bem mais precioso, e com a sociedade na qual estamos inseridos. É missão da educação contribuir para que cada ser aprenda e assuma a condição humana, aprenda a viver, a tornar-se cidadão, a ser solidário e responsável como membro de uma comunidade, pois aprender é exercer a cidadania.

Fernando Carlos Becker Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858

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Revista Farroupilha n° 106

sumário

Fique por Dentro

06

Welcome to Porto Alegre Copa 2014

Cuidar é Básico

10

Limites para se usar a Internet

Opinião

14

A escola em nossas vidas

Especial

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Pais educam e escola reforça valores recebidos em casa

A Voz do Aluno

22

Empolgação e energia para transformar o GEF

Nossa Comunidade

26

Correia Lima: referência em educação e prática de responsabilidade social

Túnel do Tempo

30

Emoção como matéria-prima da vida

Idiomas

32

De malas prontas para os EUA

Eventos

36

Alunos são agentes de transformação em POA

Destaques

40

Caixa de som 100% ecológica

Esporte Equipes de Handebol participam dos Campeonatos da Federação Gaúcha

Farroupito Cuidadores do mundo

Saúde Aprendendo a cuidar da coluna vertebral

Meio Ambiente Um mundo melhor só depende de você.

46 49 52 54

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ESPAÇO DO LEITOR

Uma criança

sem limites é o mesmo que uma criança sem amor Por Ana Motta, mãe de Lucas e Filipe, alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

A chegada de um filho retrata um momento muito especial na vida de um pai e de uma mãe. A maternidade, sem dúvida alguma, remete à imersão em uma atmosfera terna e emocionante. Cabe a essas figuras paternas desde muito cedo saber impor os limites para que seus filhos possam crescer saudáveis. Utilizo a expressão, “saudáveis”, porque

consciência de que é amado, protegido e valorizado. É fundamental fortalecer na criança a autoestima, a personalidade para que ela, em várias situações da vida, saiba se posicionar, saiba escolher entre o certo e o errado, saiba se dar conta da existência do próximo e o respeite; saiba que vive em um mundo de coletividade e diversidades. Cada indivíduo traz consigo o meio onde vive, e, por isso, se costuma dizer que o futuro está escrito no passado.

é sabido que um ser humano sem noção de seus parâme-

Cabe à família implantar nos filhos os fundamentos da

tros apresenta dificuldades de relacionamento e, portanto,

vida; e, à escola sedimentar tais ensinamentos. Quando a

no convívio em sociedade.

criança chega à fase escolar, já deve trazer consigo todas

Quando os pais chegam carregando seus bebês no consultório do pediatra, ali já recebem as primeiras orientações para que o recém-nascido não faça de seus cuidadores meros reféns. Assim, ao longo da caminhada da vida que se inicia, começa o dever dos pais de impor os limites que tão logo se farão necessários. Caso a criança receba de seus protetores a “liberdade” de tomar as decisões da família, de ter que fazer escolhas para os adultos, sem dúvida alguma este ser imaturo sofrerá com essa sobrecarga, que é incompatível com a sua situação de criança. Criança

essas noções arraigadas no seu ser. A escola é um meio social de troca, onde se encontra um universo muito grande de diferentes culturas. A criação (educação recebida) em cada núcleo familiar é diferente; e é fundamental que os alunos saibam a importância de respeitar a individualidade do próximo, de ser respeitado e de saber cuidar também do coletivo. O colégio deve ser parceiro da família, mas nunca seu substituto. é inadmissível delegar a tarefa e a responsabilidade de educar os filhos a terceiros, como babás, avós ou escola.

precisa ser criança, e desse modo, ser tratada e respeitada

Sem dúvida, os pais precisam ser amigos, companheiros e

como tal, com as suas singularidades. Ela deve estar inseri-

parceiros de seus filhos. Mais do que isso, devem estar pre-

da num mundo pertinente a sua faixa etária.

sentes, acompanhar a rotina dos filhos, estarem atentos ao

Aquele que ama é aquele que se importa com a outra pessoa. Não fica indiferente, e sim interfere, educa, orienta, está presente, se faz presente, acompanha o caminhar de seu filho. Participar da rotina dos filhos e, acima de tudo,

comportamento deles e nunca se furtarem de exercer com firmeza o pátrio poder, coibir excessos, orientar, corrigir o prumo, aparar as arestas, enfim impor os limites que se fizerem necessários.

dar exemplos constituem fatores importantíssimos para

Conforme diz a ilustre escritora Lya Luft: “Quem ama cuida:

que este indivíduo seja um ser seguro, pois assim ele terá

de si mesmo, da família, da comunidade, do país.”

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Revista Farroupilha n° 107 106

fique por dentro

Zelar pelo outro é cuidar de si

A

lém de estimular a solidariedade, ações de

Com encontros quinzenais, o Grupo de Voluntariado

voluntariado abrem discussões para valores

está aberto à adesão de novos participantes.

importantes na sociedade, como cidadania e

Acompanhe o cronograma das próximas reuniões:

ética. Atenta às demandas sociais e acreditando na sen-

• 14/06, 28/06 e 12/07 – visitas às instituições de atuação.

sibilidade e disposição dos alunos para o trabalho, o Colégio criou, no dia 03 de maio, o Grupo de Voluntariado, com ações focadas em crianças e pessoas hospitalizadas.

“A escola busca oportunizar uma experiência concreta de diálogo e solidariedade com realidades diferenciadas, centradas no desenvolvimento humano e social”, explica a professora Maria Aparecida Almeida, orientadora do projeto ao lado do professor Clândio Cerezer. Durante o primeiro encontro, os alunos conheceram os objetivos do trabalho, as formas de atuação e sugeriram possíveis ações que serão desenvolvidas ao longo do ano. “Ano passado, ajudei uma creche e me senti muito bem, porque quando a gente ajuda o outro, estamos ajudando a nós mesmos”, analisa a aluna Mariana, da 3ª série C do

Através do trabalho voluntário, é possível: • Contribuir para solucionar ou amenizar os problemas sociais da comunidade; • Desenvolver novas habilidades entre os voluntários; • Ampliar a visão de mundo daqueles que participam das atividades; • Expandir a rede de contatos pessoais; • Entrar em contato com uma realidade social diferenciada.

Ensino Médio.

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FIQUE POR DENTRO

Copa 2014

P

orto Alegre está preparada para receber a Copa do

tre deste ano. Um vídeo-manifesto do Welcome to Porto

Mundo em 2014? Esta é a reflexão que o Colégio

Alegre, contendo imagens produzidas pelos estudantes,

Farroupilha, junto com seus estudantes, propõe à

nas quais eles ajudam a apresentar Porto Alegre para o

sociedade: o que os cidadãos podem fazer para melhorar

mundo, está sendo divulgado desde o dia 16 de maio. O

a cidade e tornar inesquecível o maior evento de futebol de

vídeo produzido pelo Estúdio Haluz, procura nos dois mi-

mundo? Ideias inovadoras, que podem ser realizadas por

nutos de duração sensibilizar as pessoas para a causa.

qualquer um de nós, como sermos mais gentis no trânsito, reforçarmos a sinalização da cidade e criarmos materiais turísticos, são soluções que fazem a diferença para a ação Welcome to Porto Alegre. Ela integra o Movimento #daescolapravida, lançado no ano passado pelo Colégio Farroupilha e que conta com a parceria do grupo coletivo Shoot the Shit. “Queremos mobilizar a população para solucionar problemas que independem do governo para serem resolvidos. O movimento reforça a importância da cidadania, do engajamento de cada um de nós na resolução de questões que envolvem o nosso cotidiano”, explica a diretora pedagógica, Marícia Ferri.

O público está convidado a aderir à iniciativa através da publicação de ideias no aplicativo disponível no Facebook do Farroupilha até 30 de junho. Uma vez enviada, a sugestão entra no Mural de quem a enviou, pode ser compartilhada com outros amigos da rede social e passa a integrar a relação geral de ideias do Welcome to Porto Alegre. Uma comissão julgadora, composta por integrantes da comunidade escolar e órgãos públicos, escolherá as três melhores ações para serem implantadas por seus autores com o apoio dos alunos do Farroupilha e do grupo coletivo urbano no segundo semes-

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Revista Farroupilha n° 107 106

Faça a leitura do QR-Code (veja mais instruções na página 2) e confira o vídeo-manifesto da ação Welcome to Porto Alegre.

Sobre a parceria com o Shoot the Shit O grupo coletivo Shoot the Shit é parceiro do Colégio Farroupilha desde o ano passado, quando juntos participaram do Movimento #daescolapravida. Palestras e workshop foram realizados com os alunos do Ensino Médio com o intuito de incentivar atitudes educativas e resgatar valores

Turista por um dia

importantes para o desenvolvimento da sociedade, como cidadania e respeito ao próximo. O Farroupilha acredita que a edu-

Curiosa para saber como seria transitar por Porto Alegre como turista, a estudante Eduarda Englert e outros três colegas do Farroupilha resolveram vivenciar a experiência como turistas durante um dia, em junho do ano passado. A atividade havia sido sugerida pelos professores do Colégio durante trabalho interdisciplinar do Ensino Médio. O grupo iniciou pelo Aeroporto Salgado Filho, onde se dirigiu ao balcão de informações em busca de um roteiro sobre pontos turísticos de Porto Alegre. Com o roteiro em mãos, os alunos embarcaram em um táxi, com

cação vai muito além da escola e que faz a diferença nos pequenos momentos do dia a dia. “Queremos que nossos alunos sejam capazes de produzir valores com criatividade e competência; posicionem-se ativamente e criticamente frente a ideias e informações.

Queremos que exerçam a cidadania com responsabilidade, comprometimento e ética, percebendo a importância da alteridade

o objetivo de chegar até um hotel próximo ao aeropor-

nas relações que estabelecem com o outro e

to. As dificuldades iniciaram logo que o grupo embarcou

com o mundo”, sintetiza a diretora pedagó-

no táxi e começou a falar em inglês com o motorista. “Ele

gica, Marícia Ferri.

foi muito mal educado, pois não conseguia se comunicar com a gente”, relembra Eduarda. Os alunos resolveram ligar para alguns hotéis em busca de informações sobre reservas e serviços. “Teve hotel em que os atendentes não sabiam falar inglês”, recorda Eduarda. Depois de visitarem um hotel próximo ao aeroporto, o grupo partiu para uma caminhada pelos principais pontos turísticos do centro

Faça a leitura do QR-Code (veja mais instruções na página 2) e veja as ações realizadas

da cidade, que envolvia o Gasômetro, a Casa de Cultura

pelos alunos

Mario Quintana e a Praça da Matriz. “Caminhamos horas

que integram

e foi muito complicado porque as pessoas ou nos davam

o Movimento

as costas, ou diziam que não falavam inglês e não podiam

#daescolapravida.

ajudar ou simplesmente não nos enxergavam. Ser turista em Porto Alegre é muito difícil”, constatou a aluna.

7

fique por dentro

Exercendo a cidadania

F

desde a infância

ase fundamental na formação da personalidade e do caráter humano, a infância é o período ideal para desenvolver a consciência do “Eu-

-cidadão” nas crianças. Pensando assim, a professora Anelize Mallmann aplica uma atividade que prioriza a arte do pensar entre os alunos do Nível 3 da Educação Infantil. “A escola é uma minissociedade e os nossos educandos são os herdeiros do futuro. Procuramos instigar os alunos a refletirem sobre o significado da cidadania, que mundo temos hoje e que mundo queremos ter”, explica Anelize.

Regras e combinações com a turma sobre ações, comportamentos e atitudes cotidianas, registrados e repensados no dia a dia dos alunos, estão retratados em um cartaz feito pelos próprios pequenos. O instrumen-

as próprias atitudes em relação a si mesmo e ao grupo.

to traduz respostas dos alunos para questões, como di-

São atitudes que os alunos levarão para a vida, colocan-

reitos e deveres de cada um na escola, no trânsito, na

do desta maneira em prática a verdadeira cidadania”,

natureza, na vida. “Assim, estimulamos o pensar sobre

destaca a professora.

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Revista Farroupilha n° 107 106

cuidar é básico

Valores e Personalidade da

criança são formados na família Aproveitar o tempo disponível com os filhos para edu-

blemas emocionais durante a infância. “Sabemos que

car, conversar, brincar, olhar e ouvir o que eles têm a

quando se tem um filho (planejado ou não), precisamos

dizer é a receita mais eficaz para garantir-lhes uma

arrumar espaço para ele em nossa vida pessoal, do ca-

infância saudável. Quem recomenda é a especialis-

sal e profissional. Muitas vezes, tentamos compensar a

ta em Psicologia Clínica e Psicoterapia de Crianças e

ausência com presentes, mil atividades, aparelhos mais

Adolescentes, Ineida Aliatti, palestrante do primeiro

sofisticados, em vez de dar-lhes o que eles mais dese-

encontro do ano do projeto “Cuidar é Básico”, que teve

jam, que é a atenção”, constata.

como tema “Conversando sobre os desafios do nosso

Associar qualidade do tempo dedicado aos filhos com

tempo”. “Pais presentes, habilidosos, afetivos, que es-

quantidade, na avaliação da especialista, está direta-

tabelecem um ambiente familiar de proteção evitam

mente ligada ao estabelecimento de limites, à criação de

que seus filhos se envolvam em situações arriscadas

laços de confiança, de segurança, de afeto e de promo-

a que usualmente as crianças estão expostas”, refor-

ção de independência entre a família. Isso pode signifi-

çou a psicóloga ao falar para pais e responsáveis por

car uma família mais saudável, facilitadora do amadure-

alunos da Educação Infantil, na noite de 26 de março.

cimento e da saúde psíquica, pois a interação entre pais

Conforme Ineida, é no ambiente facilitador da família

e filhos é preciosa, cada minuto desse tempo é insubsti-

que os valores e a personalidade de cada criança ten-

tuível. “Priorizar a família, refletir e otimizar a utilização

dem a se formar e se consolidar.

do tempo, conforme Ineida, é um grande começo para

A falta de tempo qualificado dos pais, segundo a pa-

uma sociedade melhor, já que somos responsáveis pelo

lestrante, é uma das razões que mais desencadeia pro-

mundo de amanhã das gerações futuras”.

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cuidar é básico

Limites para

se usar a internet

Com a popularização das redes sociais, é cada vez maior

dia 07 de maio, com os pais dos Anos Iniciais do Colégio.

o número de pessoas que têm acesso a esses canais de

O analista de marketing do Farroupilha e mestre em

comunicação. Apesar de existir uma idade mínima para

Comunicação Social pela PUCRS, Diego Wander, trouxe

se criar um perfil – 13 anos –, muitas crianças conseguem

dados do estudo “Segurança de Internet para Crianças e

burlar essa regra. Como os pais podem alertar os seus fi-

Família”, feito em sete países pela empresa de seguran-

lhos dos perigos da Internet? Como controlar os sites que

ça Trend Micro. As crianças brasileiras são as que entram

eles acessam? Estes foram alguns dos questionamentos

mais cedo nas redes sociais, com nove anos. Os pais,

abordados durante a palestra do Cuidar é Básico “Seu filho

destaca a pesquisa, são permissivos, mas se preocupam

está seguro enquanto navega na Internet?”, realizada no

com a privacidade dos filhos nas redes. Para chamar a

10

Revista Farroupilha n° 107 106

atenção dos riscos de exposição nas redes sociais, Diego exibiu dois vídeos. “Devemos estar atentos ao tipo de mensagem que os nossos filhos e até nós mesmos passamos nas redes sociais. Ficamos expostos ao divulgar os lugares que frequentamos, ao postar fotos com amigos e familiares e até mesmo dados pessoais, como data de aniversário, telefone, etc.”, afirmou, alertando que tais informações geram um grande potencial de risco, tanto para a criança quanto para a família.

Já Letícia Dellazzana Zanon, terapeuta de família, doutoranda em Psicologia do Desenvolvimento pela UFRGS e mestre em Psicologia pela mesma instituição, ressaltou a importância de dar limites desde cedo às crianças, inclusive no que diz respeito ao uso da Internet. “Os filhos precisam entender qual é a rotina da família e saber que existe horário para tudo: estudar, brincar, ver televisão e entrar na Internet. Os pais precisam definir os sites que serão permitidos e ser coerentes: o que não pode, não pode nunca”, frisou. A especialista falou que é preciso agir com firmeza e segurança, mas sem autoritarismo, e destacou que dar limites não se choca com dar amor, carinho, atenção e segurança. As crianças têm de ser alertadas para os riscos que a Internet pode causar, como o cyberbullying, as ameaças e as brigas virtuais. “Devemos, sempre, cultivar e

Guia de Posturas orienta famílias

Publicação inédita entre as escolas, o Guia de Postura nas Redes Sociais, lançado pelo Colégio Farroupilha em 2012, orienta a comunidade escolar e a população em geral sobre a necessidade da adoção de comportamento responsável nos relacionamentos do mundo digital. Na publicação, o Colégio lembra que as redes sociais podem se tornar parceiras no processo de aprendizagem e de convivência e agregar valores às relações entre as pessoas, transmitindo uma imagem positiva, de respeito a si, ao próximo e à legislação vigente. Elaborado com informações do Movimento Criança + Segura na Internet, o Guia traz dicas valiosas para os internautas, como: • Manifeste seu pensamento de uma forma responsável, respeitosa e educada; • Evite publicar conteúdos ofensivos, difamatórios ou que ridicularizem outras pessoas; • Escolha bem as comunidades das quais irá participar e evite aquelas que possam prejudicar sua imagem e reputação agora e no futuro.

Faça a leitura do QR Code ao lado (veja mais instruções na página 2 ) e conheça o Guia de Postura nas Redes Sociais.

passar valores para os nossos filhos: o respeito deve permanecer no mundo real e no virtual”, concluiu.

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cuidar é básico

Mais fraternidade e limites

para crianças e jovens “Vivemos em uma sociedade onde um conjunto de valores está sendo contestado, transformado e até mesmo substituído por outros. Estamos no epicentro de um terremoto. Em todas as instâncias da sociedade, existe um movimento por mudanças das estruturas éticas e morais”

A constatação é do médico José Outeiral, que há mais de 42 anos dedica-se à psiquiatria e ao tratamento de crianças e adolescentes. Convidado da primeira palestra geral do ano do Cuidar é Básico, realizada em 09 de abril, no Auditório do Colégio, Outeiral falou para uma plateia, formada principalmente por pais e familiares de alunos, sobre os reflexos da formação dada à criança pela família.

De acordo com o psiquiatra, o período de infância está sendo cada vez mais curto. “Temos hoje a turbulência adolescente invadindo os anos de infância. Existem crianças que não vivem a infância e que, aos 10 anos, precisam enfrentar precocemente questões como a sexualidade e a sociedade de consumo, por exemplo. Isso faz com que essas crianças tenham dificuldades escolares de aprendizado e de convivência”, alertou o profissional.

Da mesma forma em que a infância é “desinventada”, a adolescência também invade a fase adulta. “Percebemos na sociedade contemporânea que os adultos têm grande desejo de parecerem adolescentes. São os kidsadults, que

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106 Revista Farroupilha n° 107

contribuem para que exista um mundo onde há escassez

fraternidade e impor limites como forma de preparar e ca-

de adultos nas casas, nas escolas e na sociedade como um

pacitar os filhos para enfrentar os desafios diários impos-

todo. De todos os mamíferos, é o bebê humano que nasce

tos pelo cotidiano. “Desta forma, contribuiremos para que

em um estado de maior desamparo”, enfatizou Outeiral.

nossos filhos sejam pessoas felizes, éticas, responsáveis e

Pai de uma adolescente e de um menino, o médico Luís

realizadas em todos os aspectos”, ressaltou Fernanda.

Ricardo Tarragô, compartilha da opinião do palestrante.

“A família está buscando uma saída para não falhar dentro de uma sociedade que mais dificulta do que ajuda as nossas crianças e os nossos adolescentes. Como pais, temos a obrigação de preservar, criar e fortalecer vínculos que estimulem a vivência da primeira infância”, disse Tarragô.

Para a jornalista Fernanda Garcia, mãe de uma aluna do

Faça a leitura do QR-Code abaixo (veja mais instruções na página 2) e saiba mais sobre o programa Cuidar é Básico.

Jardim de Infância e de um menino do 1º ano do Ensino Fundamental, a família deve estimular o sentimento de

Temáticas das Reuniões de 2013 DATA

Nível de Ensino

TEMÁTICA

20/08

TODOS

Como aprende a nova geração?

29/08

Educação Infantil

Acompanhando o desenvolvimento da criança do zero aos seis anos

10/09

Ensino Médio

E de mim, quem cuida?

12/09

Ensino Fundamental Anos Finais

Novos tempos e diferentes formas de aprender: como acompanhar os estudos dos filhos?

08/10

Ensino Fundamental Anos Iniciais

Hábitos para melhorar o aproveitamento escolar

05/11

Ensino Médio

Aprendizagem: desatando os nós

03/12

TODOS

Bem-estar e qualidade de vida de quem cuida

Nível de Ensino

TEMÁTICA

12/09

Ensino Fundamental Anos Finais

Saúde escolar

08/10

Ensino Fundamental Anos Iniciais

Saúde escolar

UNIDADE CORREIA LIMA DATA

13

OPINIÃO

A escola

nossas vidas

em

Por Tânia Marques Strohaecker, professora no Departamento de Geografia da UFRGS.

A

s histórias de nossas vidas começam

Somos o que somos pela conjunção de idea-

na família. Esse núcleo básico e fun-

lizações ou projeções de uma sociedade di-

damental alicerça a compreensão do

ferente a de gerações passadas, e a escola é

mundo através de práticas e experiências que

uma dessas instituições que, impregnada de

irão permear a nossa existência ao forjar a per-

simbolismos e representações, procura con-

sonalidade, o caráter e, principalmente, os valo-

tribuir para a formação das futuras gerações,

res que se consolidarão em um complexo siste-

a fim de que estas sejam mais compreensivas

ma de relações interpessoais no espaço-tempo.

com as desigualdades socioeconômicas, mais

A escola proporciona, por sua vez, o contato

receptivas às diversidades culturais e ambien-

com histórias de vida semelhantes às nossas e a

tais e pró-ativas às demandas e anseios da so-

outras diferenciadas das práticas e experiências

ciedade.

do núcleo familiar. A partir dessa etapa, a inte-

As potencialidades e as limitações, inerentes a

ração família-escola se consolida. As novidades,

cada ser humano, serão motivo de compreen-

as alegrias, as amizades, as tristezas, as vitórias

são (ou não) de cada sujeito em seus diferentes

e as perdas são compartilhadas entre colegas,

papéis na escola, ao longo do espaço-tempo da

pais, professores, dirigentes e colaboradores.

existência de cada um, seja como aluno(a), cole-

O comprometimento e a responsabilidade (ou

ga, familiar responsável, educador(a), dirigente

não) são de cada um, mas a idealização de que

ou colaborador(a), nessa instituição que a socie-

tipo de sociedade se quer para o futuro é uma

dade elegeu para formar cidadãos.

construção coletiva.

Os valores que ratificam o nosso imaginário de uma sociedade mais justa e igualitária são inúmeros: respeito, curiosidade, participação, criatividade, paciência, gentileza, bom humor, solidariedade, iniciativa, coragem, inteligência, liberdade, bom senso, ousadia, justiça, lealdade, entre outros. Ou serão outros os “valores” para o porvir?

14

Revista Farroupilha n° 107 106

A lição que fica: sejamos protagonistas e não meros coadjuvantes dessa escola que é a vida!

PEDAGÓGICO

RAZÃO E SENSIBILIDADE na sala de aula Por Diana Leonhardt dos Santos e Luciana Motta, orientadoras educacionais do Colégio Farroupilha.

Atualmente, os alunos possuem acesso à infor-

Às vezes, o professor tem dificuldade de se co-

mação de diferentes formas: através de revistas,

locar no lugar do aluno e entender suas neces-

televisão e, principalmente, da internet. Diante

sidades, pois esta não é uma tarefa simples já

deste panorama, o desafio do professor é justa-

que exige uma capacidade de descentralização.

mente trabalhar no sentido de mobilizar a aten-

Quando professor e aluno entram em sintonia e

ção do aluno para o conteúdo de sala de aula.

falam a mesma linguagem, o professor também

A postura deste professor necessita ser provo-

se sente recompensado por ver o interesse do

cativa, desafiadora, bem como estimular o alu-

aluno em sua aula, gerando uma realização pro-

no a estabelecer uma relação significativa com

fissional para o próprio professor. Neste sentido,

o objeto de conhecimento. Esta postura exige

forma-se um ciclo que se alimenta mutuamente.

um profissional que consiga associar a matéria estudada à realidade do aluno, tornando-a mais significativa e interessante.

Percebe-se que o desafio maior do professor é provocar no aluno o desejo de conhecer aquilo que lhe é oferecido em sala de aula. Para tanto, é necessário que o assunto, de alguma maneira, corresponda a uma necessidade sua (seja em nível consciente ou não). O aluno torna-se ativo na produção do conhecimento quando está motivado para a aprendizagem, e este é um processo interno que ocorre no momento em que fica inquieto com uma necessidade ainda não satisfeita.

O desejo de aprender, neste sentido, é imprescindível para uma aprendizagem significativa!

é um conteúdo sse pelo re . te in o la de aula no aluno s o r em sa s fe Provocar ro p o te d ermamen desafio p

15

ESPECIAL

Pais educam

e escola reforça

valores recebidos em casa

P

arceria e confiança: essas são as palavras-chave que devem marcar o relacionamento entre famílias e a escola para que a educação de crianças e jovens alcance êxito. É na família que as crianças aprendem valores, reforçados pela escola, que levarão para o resto da vida. “Parceria quer dizer interdependência e respeito mútuo. A escola precisa dos pais para que o seu processo educacional ocorra como planejado e os pais também necessitam da escola. Se, nós, que estudamos tanto, fazemos cursos e participamos de eventos científicos, temos dificuldade para resolver alguns problemas, imagine os pais que também têm uma carga enorme de responsabilidade e não necessariamente estudaram acerca da educação”, analisa a chefe do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Unicamp, Ana Maria Falcão de Aragão.

Conciliar trabalho com o cuidado e a educação dos filhos e com outras atividades do dia a dia é o maior desafio enfrentado hoje por muitas famílias. “Muitos pais esperam que o colégio cumpra o seu papel e acabam fugindo de suas responsabilidades enquanto pais”, constata o empresário Fernando Muhlbach, pai de Maitê, 4 anos, e de Pedro, 7. Para dar conta de tantas tarefas, sem se descuidar da atenção indispensável para o desenvolvimento sadio e pleno dos filhos é necessário organização. “A gente tem um cotidiano esquematizado, com horários para tudo e que funciona bem. Sempre nos preocupamos em priorizar os programas em família, principalmente aqueles que são apropriados para as crianças. Isso gera uma relação de parceria com eles e as coisas acabam fluindo naturalmente durante o dia”, recomenda a esposa Suzana Gomes de Freitas.

Encontrar um tempo para conversar com os filhos significa investir no desenvolvimento sadio de crianças e

16

106 Revista Farroupilha n° 107

Família Muhlb ach conta que relação de parc com os filhos é eria fortalecida co m atitudes adotadas diaria mente.

jovens. “As famílias que se preocupam em auxiliar seus filhos proporcionam espaços para que a criança ou jovem possa falar sobre como se sente diante dos desafios naturais da vida. É importante que os pais possam ajudá-los a pensar em alternativas para solucionar os problemas, não em resolvê-los para eles. Cada um tem o seu tempo, a criança menor, por exemplo, precisa ir construindo estratégias aos poucos, conforme irá amadurecendo. Os pais devem estimulá-la a pensar, sem lhe dar as respostas. Aponte caminhos, sem cursá-los por ela. O processo é tão ou mais importante do que a solução”, enfatiza a orientadora educacional dos Anos Iniciais, Camila Arruda.

Crianças e jovens precisam de

limites

T

ão importante quanto o diálogo são os limites que os pais estabelecem aos filhos, já que as primeiras experiências da criança em relação às regras de suas ações e dos seus comportamentos ocorrem na família. Manter a clareza é a chave para o sucesso. Ser franco e direto alivia a criança da angústia das decisões tardias dos adultos.

As crianças precisam de limites no momento que os pedem. Fica mais fácil para aprender, fica mais fácil para crescer. Colocar limites é fundamental para que construam um espaço geográfico das relações sociais. “Educação supõe envolvimento. Os pais devem colocar limites adequados e proporcionais com firmeza, razão e afeto. Muitas das habilidades da criança dependem de suas interações com seus cuidadores e com seu ambiente social mais amplo”, analisa a orientadora educacional da Educação Infantil, Nadine Cabral.

Na família do professor de Educação Física, João Batista Rocca Nunes, e da advogada, Liana Bucker de Souza, as combinações são estabelecidas conforme os comportamentos e particularidades de cada filho. “Os limites estão embasados no respeito e na tolerância às diferenças. Compete a nós, enquanto pais, mostrar o mundo que a criança está perdendo se continuar com determinado comportamento inadequado. A todo o instante, a criança nos pede limite como forma de proteção. Quando as combinações não são atendidas, há consequências, como deixar de assistir aos programas de TV preferidos, ficar sem usar o Ipad ou receber e visitar os amigos. Se houver reincidência, as punições aumentam”, conta Liana, mãe de Carolina, do 4º ano, e de Antônio, do 1º ano do Ensino Fundamental.

centro), os na de Souza (ao Na família de Lia s no respeito estão embasado limites aos filhos nç às difere as. e na tolerância

As crianças precisam de limites no momento que os pedem. Fica mais fácil para aprender, fica mais fácil para crescer.

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ESPECIAL

É preciso redesenhar

o projeto educacional

da família

Quem faz o alerta é a mestre em Educação e professora-adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tania Zagury. Com 24 livros publicados no Brasil e no exterior, a escritora e conferencista constata que a insegurança e o sentimento de culpa caracterizam muitas das relações familiares, fazendo com que os pais esqueçam-se de sua missão: dar limites e trabalhar a formação ética das crianças e dos jovens.

Na entrevista abaixo, concedida com exclusividade para a Revista Farroupilha, a filósofa e especialista analisa essa realidade marcada pela “visão excessivamente psicologizada da educação” e aproveita para destacar que a formação de cidadãos equilibrados e aptos para as relações afetivas, sociais e de produção está diretamente ligada à questão dos limites recebidos em casa.

Por que os pais sentem dificuldade em impor limites aos filhos?

As dificuldades surgiram a partir do advento de vários fatores: mudanças na sociedade, que culminaram com a super valorização do consumo e do imediatismo trazendo, em consequência, mais individualismo e violência; as mídias, presentes em grande parte dos lares, com mensagens raramente voltadas para a formação de valores éticos; a saída em massa das mulheres para o mercado de trabalho, que, nesse processo, sentem como se tivesse “abandonado” os filhos, tornando-as mães muito permissivas e inseguras; a divulgação de conceitos de psicologia, nem sempre bem compreendidos por leigos, conduzindo à ideia de que qualquer limite pode causar problemas emocionais nos filhos. Junte esses fatores e imagine o que causa em termos de insegurança. Quanto mais amamos os filhos, mais desejamos que eles cresçam felizes e sadios. Só que com tais influências, nem todas positivas, os pais adquiriram o que denomino “visão excessivamente psicologizada da educação”. Preocupam-se demais com o emocional e menos com a formação dos valores; muitos se tornam super protetores, outros consideram que o tempo que convivem com os filhos é escasso para ainda

18

106 Revista Farroupilha n° 107

Para a educadora Tania Zag pais devem dar limites e ury, os trabalh na formação ética dos filho ar s.

fazerem exigências ou sanções. Então, a questão dos limites e a formação ética, base da socialização, ficam muitas vezes esquecidas devido à culpa e a insegurança que se instalaram nos lares brasileiros.

Como, quando e por que dizer “não” aos filhos?

Cunhei uma frase, que, creio, é a melhor maneira de responder a esta questão: “Diga “sim” sempre que possível e “não” sempre que necessário”, publicada no livro “Limites sem trauma, construindo cidadãos”, que se tornou referência para pais, por ser direta, clara e objetiva e por ajudá-los a lidar com essas inseguranças, dando-lhes a fundamentação de que precisam para superar o problema.

Quais as principais consequências da falta de limites para crianças e adolescentes?

Com liberdade irrestrita e sem limites, a criança tende a se transformar numa pessoa com visão distorcida da sociedade e da vida. Espera que todos ajam da mesma forma que seus pais agiram em relação a ela. Costuma se considerar acima da lei, não aceita críticas e tende a atribuir a outros seus fracassos. Também se tornam mais passíveis de experimentar drogas e cometer atos ilícitos, aumentando o risco de marginalização. Pais que se eximem de seu papel podem, com bastante frequência, esperar esse tipo de triste desenlace.

Que dicas você daria aos pais para auxiliá-los na tarefa de educar os filhos?

Eu lhes diria que educar nunca foi tarefa fácil. Mas, sem dúvida, hoje está bem mais complicado até porque os pais perderam a segurança que tinham há três ou quatro décadas, especialmente em relação aos seus objetivos. É preciso refletir, rever e redesenhar o projeto educacional da família, que hoje é vista por muitos como sendo fazer os filhos felizes, a meu ver, um grave equívoco e uma total impossibilidade. A tarefa precípua dos pais é formar cidadãos e só com limites sociais as pessoas se tornam equilibradas e aptas para as relações afetivas, sociais e de produção.

Saúde emocional

do adulto está ligada a uma

infância tranquila É

no ambiente familiar que os valores e a personalidade de cada um tendem a se formar e consolidar. Para que tudo transcorra de forma benéfica, a presença dos pais é essencial e deve ser priorizada sempre. É imprescindível que haja uma convivência afetiva, baseada no diálogo, no ato de ouvir, olhar, brincar, fazer as tarefas de casa e da escola juntos e no cuidar, para que os laços sejam edificados e fortalecidos diariamente.

Pais presentes, habilidosos, afetivos e que organizam um clima favorável de proteção, principalmente durante a infância, contribuem para o desenvolvimento de um adulto com saúde emocional equilibrada e evitam que os filhos se envolvam em situações arriscadas.

“Trabalhar demais, ter, às vezes, três turnos de trabalho em diferentes lugares não é sinônimo de desamor.

Nunca! Só queremos, com tudo isto, proporcionar uma vida melhor aos nossos filhos. Não podemos deixar os pais se sentirem culpados por ficarem tanto tempo fora de casa. O que podemos fazer é contribuir para que eles possam apostar na qualidade das relações interpessoais com os seus filhos. Se tivermos meia hora por dia de disponibilidade e se este horário for apenas na hora da novela ou do jornal na TV, podemos usar este tempo para conversar sobre o que estamos vendo e ajudar nossos filhos a pensarem sobre o que estamos assistindo”, ensina a doutora em Educação, Ana Maria Falcão de Aragão.

Ao priorizar a qualidade na relação com os filhos, os pais promovem a independência, criam laços de confiança, segurança e afeto, o que significam uma família mais saudável e facilitadora do amadurecimento e da saúde psíquica.

Pais presentes, habilidosos, afetivos e que organizam um clima favorável de proteção, principalmente durante a infância, contribuem para o desenvolvimento de um adulto com saúde emocional equilibrada e evitam que os filhos se envolvam em situações arriscadas.

Qualidade na relação ent re pais e filhos, na avaliação da doutora em Educação e docente da Unicamp, An a Maria Falcão, contribui par a saúde psíquica de criançaa s.

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especial

Afetividade no processo de ensinoaprendizagem A

ssim como os pais, os educadores que gerenciam bem suas emoções transmitem equilíbrio, tranquilidade e objetividade. Falam com tom calmo e, quando discordam, o fazem sem agredir nem humilhar. Os filhos/alunos captam claramente as mensagens e mesmo quando não concordam, mantém o vínculo afetivo, o relacionamento e continuarão abertos para novas mensagens. Daí a importância de se trabalhar conjuntamente a emoção e a razão no processo de ensino-aprendizagem, já que aprende-se melhor quando se valoriza a inteligência emocional dos estudantes.

“Acredito que não se pode separar as dimensões cognitivas e afetiva do processo de ensinar e de aprender.

O afeto é a energia necessária para que o aluno adquira conhecimento. A melhor forma de o docente estimular a aprendizagem do aluno é desafiá-lo cognitivamente, de modo que ele se sinta estimulado a buscar novas respostas a novos desafios”, opina aprofessora-adjunta da Universidade Estadual de Campinas, Ana Maria Falcão de Aragão.

A análise da pesquisadora é compartilhada pelas orientadoras educacionais do Ensino Médio, Sumaia Fuchs e Marilinda Jaques da Silva. “O elogio é fundamental e mola propulsora do processo de aprendizagem. O professor pode e deve estimular o aprendizado valorizando afetivamente seu aluno, suas produções e realizações pessoais. Uma boa autoestima é fundamental para o sucesso. Esta valorização se dá por meio das atividades propostas em sala de aula e da realização de trabalhos diversificados que oportunizam a criatividade, a opinião pessoal e a reflexão da realidade”, sugerem as orientadoras.

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106 Revista Farroupilha n° 107

Transmissão

de valores através da arte educação Educar com arte, na avaliação da professora de Teatro, Lucia Panitz, significa educar através do contato com o outro, do despertar das emoções e da troca. Para a docente, a arte favorece o desenvolvimento integral do aluno, corpo, mente e espírito, possibilitando a expressão do pensamento e das emoções, desenvolvendo raciocínio com criatividade e imaginação. “Através da arte na educação buscamos formar cidadãos conscientes, críticos, ativos, responsáveis e participativos, capazes de compreender a realidade e de transformá-la”, destaca Lucia ao contar que os alunos do Grupo de Teatro do Farroupilha realizam ações de voluntariado junto à comunidade. “Um processo de ensino-aprendizagem que considera as emoções, a motivação, as características do grupo e de cada um, tem maior probabilidade de ser eficaz”, complementa a professora de música, Giane Ramos.

Para o empresário Tomás E. Huyer, o Farroupilha trabalha muito bem conceitos como solidariedade e cooperação nas ações desenvolvidas. “As crianças costumam ser naturalmente muito egoístas. É muito bom ver os nossos filhos estimulados a pensar mais nos outros, a trabalhar em grupo e a buscar soluções para os problemas que, muitas vezes, não os envolvem diretamente. Minhas filhas estão sempre dispostas a ajudar os outros, através da doação de roupas e brinquedos”, conta Tomás, pai de Carolina e de Isabela, alunas do Ensino Fundamental.

“Costumamos separar os brinquedos e as roupas que as meninas não usam mais e os doamos para uma entidade”, acrescenta a esposa e mãe, Mylene Vargas Huyer.

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A VOZ DO ALuNO

Empolgação e energia para transformar o GEF Por Karolaine Pereda, presidente do Grêmio Estudantil Farroupilha

No final de 2012, fomos todos inspirados pela simples fala de nossa presidente: “e, se ano que vem, a gente montar uma chapa?”. A proposta fez efeito e sentido, afinal todos nós sempre nos envolvemos bastante com o Colégio, buscando sua melhoria em todos os momentos. A partir daí, já começávamos a bolar propostas e a decidir os cargos de cada um; mal podíamos esperar pelo dia de nossa inscrição à eleição do Grêmio Estudantil do Colégio Farroupilha.

Arthur Be rlitz e He Rochemb nriq ue a ch

Quando 2013 finalmente chegou, foi tudo uma correria, mas era aquela correria que chegava a ser divertida, de tão empolgados que estávamos. Precisávamos pensar em projetos que os alunos gostariam e que fossem voltados ao

Gabriela A

zambuja e João Felipe L eal

ambiente escolar. Não foi fácil, mas, no fim, nos demos por satisfeitos e entregamos nossa preciosa “folhinha”, cujo conteúdo continha a alma de nossa chapa. Os debates, então, iniciaram e era impossível conter aquele nervosismo.

A preparação para os debates foi intensa.

Cada um de nós precisava ter em mente o

Helena Camila Vespa, amasceno D lle be sa r,I Wildne dd Py na e Mar ia

que falaria, mas mesmo assim não sabíamos

Gustavo Moretti, Yuri Parisotto e Antonio Barbedo

T iag eixeira e Felipe T

22

Revista 22 Revista Farroupilha Farroupilha n° 107 n° 106

o Matt

Gabriela Isabella Bu sin, uarda Pastl Ed ia ar Souza e M

Laura Rodrig ues, Nora Trein e Marina Souza

Joana Berwanger e Arthur Valandro

qual seria a reação dos alunos ao ouvirem nossas propostas. A competitividade com os outros concorrentes era visível, e isso fez com que nos esforçássemos, ainda mais, para garantir sucesso nas eleições.

Os dias que sucederam aos debates também foram cheios de emoção. Estávamos aflitos à espera do resultado. Felizmente, a angústia para saber qual chapa havia se saído vitoriosa terminou conosco como os mais votados. Nesse momento, nos tornamos componentes do Grêmio

Gu stavo Vares, Emilio l Keidann e Eduardo Lea

Estudantil Farroupilha.

Agora, temos como objetivo representar os interesses de todos os alunos de forma coerente perante o Colégio. Para que essa tarefa seja realizada, contamos com o apoio da coordenação da escola e, esperamos que com o de vocês, estudantes, também. Assim como estávamos durante nossa campanha, continuamos empolgados e enérgicos para fazer da nossa uma das melhores gestões do Grêmio Estudantil do Colégio Farroupilha.

Luiza Py, Gabr iel a Herbst e Pietra Pin zon

Laura Becker Laura Hesse e

a, Rafaela Isabela Cirne Lim rdova Có e ic Al Stanham e

Luiza C ard Gabr ie one, Isabela B la Mue ller e L avaresco, ara Silv eira

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A VOZ DO ALUNO

Nova gestão no Saiba quem são os alunos que compõem a nova diretoria do GEF e conheça algumas ações do grupo para 2013-2014:

Propostas: • Organizar uma rotina de trabalho voluntário; • Planejamento de rifas (camisetas do Internacional/Grêmio e do Brasil durante a Copa das Confederações) para arrecadação de fundos que serão convertidos em alimentos não-perecíveis,

Presidente: Karolaine Pereda Vice-Presidente: Matheus Batistela

roupas e/ou brinquedos para instituições de caridade; • Trazer, com o auxílio do Colégio, palestrantes para aumentar o conhecimento político dos alunos do Ensino Médio, além de atualizar a página do GEF no Facebook com notícias sobre o assunto; • Auxiliar na escolha da carreira, adiantando as ações já forneci-

1ª Tesoureira: Júlia Jacociunas 2ª Tesoureira: Fernanda Kallil

das pelo Colégio para alunos da 1ª série do EM; • Farroupilha Day: montar junto com a Direção um projeto que envolva mais os alunos; • Compra de relógios para todas as salas de aula do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, Finais e Ensino Médio;

1ª Secretária: Roberta Dias

• Recreio estendido;

2º Secretário: Pedro Karst

• Gincana de limpeza das salas de aula e do pátio durante o recreio, com direito a prêmios para a turma que manter a sala de aula mais limpa (para o EF – Anos Iniciais); • Sorteios mensais de Passaportes GNC Cinemas para os alunos;

Representante Social e Cultural: Leonardo Busin

• Abrir a sala do GEF para todos os estudantes ao menos uma vez por semana; • Criação de uma coluna social na revista do Colégio Farroupilha, com fotos tiradas durante os recreios. As mesmas fotos pas-

Representante Esportivo: Antonio Madrid

sariam nas TVs e seriam postadas no Instagram/Facebook do GEF; • Implantação das urnas de sugestões e reclamações para o GEF; • Distribuição de bombons e rosas no Dia dos Namorados; • Arrecadação de brinquedos no Dia das Crianças;

Representante de Comunicação: Gabriela Azambuja

• Quadro de anúncios na sala do GEF para venda e troca de objetos; • Campeonato de Skate; • Todos os eventos e ações realizados pelo GEF serão filmados e

Representantes do Ensino Fundamental – Anos Finais: Arthur Scliar e Isabela Cirne Lima

24

Revista Farroupilha n° 107 106

postados no Facebook do GEF; • Dia do GEF com descontos no Bar do Zé em algum produto específico, a combinar.

VARIEDADES

Explosão de cores

no sagUÃo das artEs

I

nédito e exclusivo no Rio Grande do Sul, o trabalho da artista plástica Rosângela Nectoux é resultado de muita pesquisa e de um processo criativo em que a juta ser-

ve como base para telas e ganha textura desenvolvida pela própria artista. O resultado são quadros a óleo espatulado e acrílico sobre tela com motivos florais, paisagens, fauna, abstratos e casario. De 22 de maio a 18 de junho, a comunidade escolar do Farroupilha pode conferir a “Pequena Mostra de Rosângela Nectoux” no Saguão das Artes, das 7h30 ao meio-dia e das 13h30 às 18h.

Os trabalhos assinados pela professora, que há mais de 35 anos se dedica à pintura, estão expostos nas principais capitais do Brasil, como Brasília, Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Belém, Fortaleza e Florianópolis, e também no Exterior. A artista é reconhecida por utilizar-se das cores que a natureza oferece, criando obras que são uma verdadeira explosão de cores aos olhos do expectador.

25

nossa comunidade

Correia Lima:

referência em educação e prática de responsabilidade social

Participar em ações de cidadania que geram forte impacto

tamente pelo Colégio aos estudantes. Ações educativas e

social e educacional é uma das características da Associa-

artísticas são realizadas por professores e alunos em con-

ção Beneficente e Educacional de 1858, mantenedora do

junto com a comunidade escolar da sede da Instituição. O

Colégio Farroupilha. Prova disso é a Unidade Tenente Coro-

que estimula o sentimento de solidariedade, fraternidade,

nel Correia Lima que, em 24 de abril, comemorou sete anos

respeito às diferenças e troca de experiências.

de atividades nas dependências do Centro de Preparação

As crianças e os adolescentes da Unidade Tenente Coronel

de Oficiais da Reserva de Porto Alegre, localizado no bairro

Correia Lima têm a disposição uma infraestrutura que be-

Santa Tereza. Nessa instituição de responsabilidade social,

neficia a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimen-

240 alunos recebem educação do 1º ano a 8ª série do Ensi-

to cultural e artístico. Biblioteca, sala médica, refeitório, la-

no Fundamental.

boratórios de aprendizagem, aulas de expressão artística,

A proposta pedagógica, colocada em prática desde 2006,

informática e de idiomas, dentre outros, compõem a grade

quando foi formada a primeira turma, segue o mesmo pa-

curricular. Através desse projeto ousado de responsabilida-

drão de qualidade no ensino prestado aos estudantes da

de social, a Associação Beneficente e Educacional de 1858

sede do Colégio Farroupilha, instalada no bairro Três Fi-

confirma, de uma maneira forte e clara, a sua contribuição

gueiras. Uniformes e todo o material didático, necessários

para a formação de cidadãos competentes, éticos, respon-

para o desenvolvimento das aulas, são fornecidos gratui-

sáveis e comprometidos com as demandas da sociedade.

26

Revista Farroupilha n° 107 106

“O Colégio tem uma estrutura muito boa e o ensino é superior a qualquer outra escola. A forma de aprender é muito melhor, não fica focada somente em livros e cadernos. Temos projetores interativos e laboratórios, que nos auxiliam na aprendizagem”.

Dennis Gustavo dos Santos Pires Silva, aluno da 1a série do Ensino Médio, egresso da Unidade Correia Lima.

“O Colégio Farroupilha representará a peça fundamental na vida de nossos filhos, para que eles possam conquistar um espaço no mercado de trabalho e satisfazer as necessidades básicas de sobrevivência no mundo. A escola tem uma ótima estrutura, com alto nível de ensino, atividades extracurriculares e percebe-se um cotidiano escolar cuja organização está focada no cumprimento de normas de comportamento, disciplina e nas relações pessoais. Temos enorme satisfação diante do trabalho da equipe do Colégio Farroupilha.”

Sonny de Maman Magalhães, pai de Natally (ao centro), do 4o ano do Ensino Fundamental, e de Nycolas e Nycolle

“O Colégio Farroupilha representa um complemento primordial na formação educacional da minha filha, reforçando os valores que passei a ela desde que nasceu até hoje, valores estes como honestidade, ética, educação, humildade, bondade, moral, respeito, solidariedade, justiça, além de um ensino de primeira qualidade.”

Simone Costa de Mello, mãe de Ana Carolina, da 8a série do Ensino Fundamental.

27

nossa comunidade

Esporte motivante e desafiador O

golfe é um esporte pouco conhecido no Bra-

da 8ª série Rayssa Ribeiro ao contar que o interesse em pra-

sil. Além de desenvolver as capacidades físicas

ticar o esporte surgiu após acompanhar a transmissão dos

dos jogadores, está proporcionando a sociali-

jogos olímpicos pela televisão. Para o colega Natan Schnei-

zação dos alunos da Unidade Correia Lima desde o ano

der Moraes, ainda existe muito preconceito da sociedade

passado, quando a modalidade foi incorporada às aulas

em relação ao esporte. “Muita gente considera o golfe es-

semanais de Educação Física através do Projeto Golfe

porte de elite. Mas, não tem nada a ver. A prática me ajudou

para a Vida. “Procuramos oferecer aos nossos alunos a

muito a ficar mais desinibido na parte social”, confidencia.

chance de ampliarem o seu repertório motor e os conhe-

No Farroupilha, essa modalidade esportiva, pouco ofere-

cimentos sobre a cultura corporal do movimento para

cida pelas instituições de ensino, começou a ser desen-

que desenvolvam habilidades motoras, sociais e atitu-

volvida desde o ano passado, quando um grupo forma-

dinais”, enfatiza o professor de Educação Física, Juliano

do por seis professores participaram de um programa

Alvim, ao destacar que o esporte é oferecido às turmas

da Confederação Brasileira de Golfe e das Federações de

do 5º ano a 8ª série do Ensino Fundamental.

Golfe. A iniciativa atende solicitação do Comitê Olímpico

“O golfe é muito legal. Ajuda a gente a ter mais precisão,

Brasileiro e do Ministério do Esporte e tem como pro-

concentração, controle de movimentos, e isso acaba refle-

pósito a promoção do crescimento desta modalidade

tindo no nosso dia a dia, principalmente quando ficamos

esportiva no Brasil, já que o Rio de Janeiro será sede das

nervosos diante de alguma situação”, analisa a estudante

Olimpíadas de 2016.

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Revista Farroupilha n° 107 106

P

ara garantir um trabalho educativo de qualidade, o Colégio Farroupilha adota normas e procedimentos que ampliam a segurança e o conforto de toda a comunidade escolar. Em carta enviada a todas as famílias de

alunos, a direção reforça itens importantes adotados neste ano, que dependem do envolvimento e da adesão de todos para alcançar êxito. No texto, o Colégio reforça normas relacionadas à circulação nos andares e nas salas de aula, horários de circulação dos alunos e das famílias no pátio, bem como a autorização de pessoas, avalizadas pelos pais, que podem efetuar a retirada de alunos da escola.

Circulação nos andares e nas salas de aula: as salas de aula são o coração do Farroupilha, onde o processo educativo e a interação entre professores e alunos acontecem. Portanto, a equipe está orientada a restringir o acesso das famílias a esse ambiente com o objetivo de não interferir, de forma alguma, no trabalho pedagógico de responsabilidade da escola.

Horários de circulação das famílias no pátio: o ambiente aberto do Colégio também consiste em um espaço educativo para o desenvolvimento de práticas pedagógicas. Por isso, a circulação de pais será permitida nos horários entre 7h15 e 8h30; 11h30 e 14h; e a partir das 17h. Quando necessário, o atendimento aos pais será realizado nas salas reservadas em nossa Central de Relacionamento (recepção principal).

Horários dos Alunos: por questões de segurança dos próprios alunos, reforçamos que o uso de crachá de identificação é indispensável e que emprestar o crachá, pular ou passar por baixo da catraca consiste em violação de nosso Código de Convivência. A partir de maio, de forma gradativa, o sistema de catracas bloqueará o acesso dos estudantes atrasados, que serão encaminhados ao respectivo andar para registro da ocorrência. As entradas e saídas dos alunos serão permitidas nos horários de início e término do período regular de aulas.

Fora do horário regular de aula, o acesso à escola é livre. Todos os acessos são registrados e serão enviados por e-mail ao responsável pelo estudante.

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TúNEL DO TEMPO

Emoção como

matéria-prima

Através do incentivo do Colégio, esse grupo de ex-alunos descobriu que a emoção é importante em tudo que realizam.

Para eles, a aquisição de conhecimentos está diretamente ligada ao sentimento de prazer.

Nos depoimentos abaixo, eles explicam como transformam a compaixão e a compreensão em principais ferramentas de trabalho:

Tanto como ator, quanto como músico, a principal habilidade que o artista deve desenvolver é a sua capacidade de ouvir, perceber e dominar os diferentes ritmos característicos a cada emoção. O ator e o músico trabalham com seu corpo, seus movimentos e sua expressão, o conhecimento e o domínio do próprio corpo são essenciais em ambas as profissões. Na arte, o movimento é que transmite emoção. Música também é movimento, vibração, e nesta arte o ritmo é ainda mais primordial e nos imbui de algum estado emocional.

Cabe ao compositor ou ao intérprete conhecer os efeitos da música de estimular o ouvinte e escolher os recursos adequados para conferir a emoção certa ao seu público.

Todo mundo se emociona, mas os artistas, em especial, devem reconhecer e conhecer as emoções humanas, a fim de compreendê-las, seja para tratar delas em seu trabalho, quanto para pensar sobre as emoções que desejam evocar com ele.

PHILIPE FRANÇA PHILIPPSEN, ex-aluno, ator e músico.

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Revista Farroupilha n° 107 106

Durante a minha vida, tenho procurado sempre ‘ouvir’ a minha emoção, os meus sentimentos, a minha intuição... Sem esquecer da razão.

Evidentemente que, às vezes, isso não é possível, pois nem tudo depende somente de nós. Acredito que sempre que pudermos fazer as coisas com emoção e paixão, faremos melhor e com mais prazer.

E isso é fundamental para o nosso desenvolvimento e aprendizado ao longo dos anos. é a emoção que nos move. Isto não se refere apenas ao trabalho, mas a tudo na nossa vida. Se eu não me emociono, eu não fotografo!

Para mim, a emoção é especial na pintura, quando a liberdade de criar e fazer é absoluta, então a emoção vem do sentimento de liberdade e flui nas pinceladas da tela. Esta sensação é muito recompensadora, principalmente porque vivemos num mundo cheio de limites e regras. Na arte “pode tudo”. Isto não tem preço...

Por outro lado, na Medicina, atuamos conforme protocolos: para a investigação das patologias, para o momento do diagnóstico, para decidir o tratamento. Mas antes e depois disto estão momentos preciosos e cheios de emoção: o momento do encontro com o paciente e sua família, quando a empatia e a compaixão são essenciais para estabelecer os vínculos da relação médico-pacientefamília, e da felicidade que sentimos quando podemos finalmente aliviar o sofrimento da criança e proporcionar sua cura.

SUSANA LUFT, ex-aluna, pediatra e artista plástica.

NáDIA RAuPP MEuCCI, ex-aluna, fotógrafa, editora, produtora cultural e bibliotecáriadocumentalista.

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idiomas

De malas prontas

PARA os EUA Com passaportes nas mãos e muita disposição para crescer pessoal e profissionalmente, duas jovens gaúchas são exemplos de que o nível educacional recebido no Colégio Farroupilha contribui como um fator determinante para o sucesso em seleções realizadas por elas em instituições de ensino fora do Brasil. Nos próximos dias, Letícia Mattos da Silva, aluna da 3ª série do Ensino Médio, embarca para Massachusetts. Em agosto, será a vez da ex-aluna Anabel Teixeira mudar-se para Washington, D.C. A sede por conhecimento e novas experiências de vida são características dessas jovens. Decidida a cursar Astrofísica, Letícia encontrou na Harvard Summer School os cursos que tanto a fascinam e que atraem estudantes do mundo inteiro. De 22 de junho a 10 de agosto, a aluna aprenderá Fundamentos da Astronomia Contemporânea e a Origem e Aplicações dos Teoremas Matemáticos. “Esse período servirá para avaliar se estou preparada para morar sozinha, constatar se seguirei mesmo a área de pesquisa que tanto gosto e também para trocar experiências com pessoas de outros países”, conta a futura moradora da residência estudantil do campus de Harvard.

Admitida em seis universidades norte-americanas, a ex-aluna Anabel Teixeira acaba de escolher a George Washington University como o mais novo local de estudos.

“Já que vou cursar Relações Internacionais, Washington é um lugar que tem o potencial de me oferecer oportunidades por ser uma cidade considerada central nas relações

que o Farroupilha teve um papel importante durante o

político-econômicas internacionais. Vai ser bom para

processo de seleção. “A educação que eu recebi no Colé-

mim estar no centro de tudo isso, na capital dos Estados

gio foi de qualidade e contribuiu para que eu tivesse um

Unidos”, enfatiza Anabel ao comentar que pretende che-

bom desempenho nas provas de seleção e fosse apro-

gar antes do início das aulas, marcado para 26 de agosto,

vada. Além disso, a escola sempre se mostrou solícita e

para comprar os materiais escolares e os acessórios para

disposta a me ajudar para que eu pudesse realizar esse

o seu dormitório. Formada em 2012, a ex-aluna destaca

meu projeto”, conclui.

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106 Revista Farroupilha n° 107

Videoconferências sobre

Programa de Liderança no canadá Contribuir para a formação de líderes reconhecidos pelo

“Acredito que a chance de participar do Programa vai

equilíbrio de competências acadêmicas, sociais, de lide-

me dar uma formação melhor e me capacitar a ser um

rança e voltados para questões que envolvam a susten-

profissional com mais capacidade para liderar”, disse o

tabilidade. Esse é o objetivo do Programa de Liderança,

estudante Alexandre, da 1ª série. Para a colega Eduarda, o

Desenvolvimento Pessoal e Sustentabilidade no Canadá,

intercâmbio contribui para o crescimento pessoal e para

que o Farroupilha oferece pela primeira vez aos alunos

o currículo de quem, como ela, está prestes a ingressar

do Ensino Médio. Com o intuito de esclarecer as dúvidas

no mercado de trabalho. “Pretendo cursar a carreira di-

dos estudantes da 1ª e 2ª séries sobre o novo projeto,

plomática, e conhecer novos países como o Canadá é um

desenvolvido em parceria com a University of British Co-

dos meus sonhos”, acrescentou a estudante ao comentar

lumbia (UBC), em Vancouver, foram realizadas nos dias

que nunca viajou para o exterior.

16 e 17 de abril, na sala 19, duas videoconferências com a gerente da International Camp/Canadá, Jocelyn Manion, promovidas pelo Centro Aberto de Cambridge. A diretora da World Study Intercâmbio Cultural,empresa parceira do Farroupilha, Carla Mussoi, apresentou o Programa de Liderança no Canadá aos alunos.

Faça a leitura do QR Code ao lado (veja mais instruções na página 2) e saiba mais sobre o Programa de Liderança no Canadá.

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idiomas

Dez dicas para

se dar bem no

intercâmbio Aperfeiçoar o idioma, iniciar um novo curso, se especializar na área de atuação profissional. Diversas são as vantagens que um intercâmbio pode oferecer.

Além de aprender a encarar desafios em todos os tipos de situação, o crescimento pessoal e a experiência de vida são imensuráveis. Como junho é o mês em que os alunos do Colégio Farroupilha embarcam para viagens de estudos no Canadá, na Inglaterra e na Alemanha, selecionamos algumas dicas para que possam aproveitar ao máximo a estada.

Without a shame

Aproveite que você está em um país cujo idioma é diferente do seu para se aperfeiçoar. Fique atento a programas de rádio e TV, pois isso facilita na pronúncia. Ouvir música também é importante. Comunique-se, pergunte, puxe conversa, faça novos amigos... Não tenha vergonha, o importante é treinar!

Plan yourself

Antes de viajar, descubra o que há de interessante na cidade onde você pretende morar. E lembre-se: não são apenas os pontos turísticos que compõe a cidade. Procure se informar sobre curiosidades locais e lugares pouco conhecidos, mas ainda assim imprescindíveis de visitar. Assim, quando você chegar ao destino, pode explorar o local com conhecimento prévio.

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Revista Farroupilha n° 107 106

How’s the weather?

Descubra como é o clima onde você vai morar, mas deixe para comprar roupas lá – principalmente se for um lugar onde faz muito frio. Não ocupe sua bagagem: além de economizar, pois fora do Brasil as roupas são mais baratas, nem todas as lojas aqui vendem roupas adequadas para invernos rigorosos.

Write it down

Enquanto você estiver fora, mantenha um diário de suas atividades, incluindo detalhes da viagem, situações inusitadas e até mesmo descrição das pessoas que você conheceu. No futuro, você lembrará com mais facilidade do tempo que passou fora.

Chill out

Encare as diferenças culturais e hábitos locais sem estresse. Se adapte à sua nova realidade e se divirta!

Cleanness

Se você vai morar em casa de família, é de bom tom ajudar na organização e na limpeza -ofereça-se para lavar a louça e para arrumar a cozinha após as refeições. Mas se você for dividir a casa com outras pessoas, sugira uma escala semanal a fim de dividir as tarefas domésticas.

Eat that up, it’s good for you

A alimentação é um desafio que os intercambistas geralmente enfrentam. A adaptação às tradições culinárias diferentes do Brasil pode ser difícil nos primeiros dias, mas se habituar a novos sabores e fugir das redes de fastfood não é impossível. Experimente de tudo. Você pode se surpreender!

Save it

Economize. Não compre tudo o que ver pela frente, especialmente se você for a outro país apenas com o propósito de estudar. Ao invés de gastar com supérfluos, analise se o que você pretende comprar é útil e necessário.

Attitude Health insurance

O seguro saúde, obrigatório na maioria dos países, é indispensável! É ele quem dá todo o suporte necessário caso algo lhe aconteça.

Como o serviço de saúde é muito caro em países de primeiro mundo, nada melhor que deixar o Brasil com o seguro em mãos.

Leve na sua bagagem interior muita tolerância, flexibilidade e adaptabilidade. Estas serão as ferramentas mais importantes para que seu intercâmbio seja um sucesso!

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EVENTOS

Bonde do Sorriso dá aula de gentileza Ao entrar no lotação que fazia o trajeto da linha Mont’Serrat no dia 26 de março, muitos usuários foram surpreendidos pelo Bonde do Sorriso, idealizado pelos alunos do Colégio Farroupilha. A ação, uma parceria entre o Colégio e o grupo coletivo Shoot the Shit, faz parte do Movimento #daescolapravida, e teve o objetivo de instigar os passageiros a dizer “boa tarde” como uma forma calorosa e bem-humorada não somente no dia do aniversário de Porto Alegre, mas em todos os dias do ano.

Susana Braga confessou que ficou surpresa com a iniciativa ao entrar no lotação. “Às vezes, a gente entra nos lugares e dá boa tarde, mas ninguém responde. Ações como essa motivam as pessoas a serem educadas”, disse. Morando longe da família, Karina Piccine afirmou que o Bonde do Sorriso mudou o seu dia. “Coisas simples, como um sorriso, ajudam muito”.

O Bonde do Sorriso contou com a participação de 18 alunos do Colégio. “Achei divertido participar. Embora

Trânsito é tema do Convescote

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Revista Farroupilha n° 107 106

algumas pessoas não tenham respondido, ficaram surpresas com um simples ‘boa tarde’”, destacou Antônio Madrid, da 2ª série do Ensino Médio. A reação dos usuários chamou a atenção dos estudantes. “Cada pessoa reagiu de um jeito. É bacana poder motivar nas pessoas um gesto de gentileza”, complementou Gabriela Rockemnach, também da 2ª série.

Formado por alunos do Farroupilha, o Movimento #daescolapravida busca desenvolver ações e atitudes que promovam melhorias na cidade e mudanças de comportamento entre os moradores da capital.

Faça a leitura do QR Code ao lado (veja mais instruções na página 2) e confira o vídeo com essa ação do Movimento #daescolapravida.

O trânsito foi tema do Convescote, realizado em 20 de abril, na Sede Campestre do Farroupilha, em Viamão. Durante uma manhã, os alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental do Colégio participaram de atividades recreativas e de integração.

Faça a leitura do QR-Code ao lado (veja mais instruções na página 2) e confira as fotos do evento.

Alunos participam da entrega da Boina Verde Familiares e amigos compareceram, na tarde do dia 25 de abril, no Centro Cultural e Esportivo do Colégio Farroupilha, à solenidade de entrega da Boina Verde aos 28 alunos-soldados da Escola de Instrução Militar (EsIM). Recém-chegados do acampamento de uma semana no Campo de Instrução de Butiá, eles foram elogiados pelo comandante do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre (CPOR/PA), coronel Waldir Silva Filho, que destacou o excelente comportamento dos estudantes desde o início da EsIM, em março. A entrega da Boina Verde representa a passagem do período básico do curso de prestação do serviço militar para a formação profissional do soldado. “Essa cerimônia marca o ingresso efetivo de vocês ao Exército”, informou o coronel Waldir.

Durante a cerimônia, o aluno-soldado Guilherme Onsten foi condecorado por ter alcançado o melhor

desempenho no Campo Básico durante o acampamento em Butiá. Participaram da solenidade o instrutor-chefe da EsIM, Major Átila, presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858 (ABE), Fernando Carlos Becker, a diretora pedagógica do Colégio, Marícia Ferri, e o diretor de administração e finanças do Farroupilha, Milton Fattore.

O Colégio Farroupilha mantém, desde novembro de 2000, o convênio com a EsIM, que tem por objetivo proporcionar a prestação do Serviço Militar aos alunos da 3ª série do Ensino Médio. Durante o primeiro semestre, os estudantes conciliam as atividades da EsIM com as aulas no Colégio, para, no segundo semestre do ano letivo, poderem se dedicar com exclusividade aos estudos para o vestibular, sem a preocupação com o alistamento militar ao completar 18 anos.

37

eventos

Alunos são agentes da transformação em POA Uma tarde de reunião e muita criatividade dos alunos da 1ª série do Ensino Médio para colocar no papel dezenas de ideias para melhorar o dia a dia da cidade. Esse é o resultado do workshop Mão na Massa, o primeiro do ano do Movimento #daescolapravida, realizado na tarde de 13 de maio. Ao todo, 127 estudantes se inscreveram para participar da atividade, promovida com a parceria do Shoot the Shit, no Auditório do Colégio.

“Achei desafiador porque a gente tem que pensar o que é útil e viável de uma forma criativa”, analisou Isadora, da 1E. “E no que realmente está ruim na cidade”, complementou o colega Pedro, da 1B. Em votação realizada durante uma semana no Grupo #daescolapravida, no Facebook, foi eleita a ação Alto-falante do Elogio. Em breve, os alunos vão espalhar púlpitos em determinados pontos da cidade para que o público possa elogiar as pessoas que passarem pelas ruas, promovendo a gentileza.

No ano passado, os alunos do Ensino Médio despertaram a atenção da sociedade ao executar nas ruas de Porto Alegre três ações educativas.

Em junho, as turmas da 2ª série, que já conhecem o movimento, serão convidadas a se engajar e a pensar em soluções. O foco do trabalho será centrado nas atitudes positivas que as pessoas podem adotar.

Esses grupos vão acompanhar a reação da população na hora em que a ideia estiver sendo executada.

O empreendedorismo social marcará as atividades voltadas à 3ª série do Ensino Médio. Nesse workshop,

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Revista Farroupilha n° 107 106

os alunos serão orientados sobre formas de ajudar as pessoas a tornar a cidade mais empreendedora, como por exemplo, orientar o pipoqueiro ou o vendedor de bebidas a tornarem os seus negócios mais atrativos para a população. O financiamento para as ações da cidade que provém de crowdfunding (financiamento coletivo ou financiamento colaborativo), ou seja, da obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo através de múltiplas fontes de financiamento e a criação de plataformas colaborativas também serão abordados durante a atividade.

O Farroupilha é o primeiro colégio a tornar a escola um espaço para repensar os problemas de Porto Alegre. A parceria feita com o Shoot the Shit, grupo coletivo voltado à criação e ao desenvolvimento de projetos criativos para a cidade que misturam cityart, intervenção urbana e propaganda, é inédita entre as instituições de ensino no Rio Grande do Sul. Acompanhe as próximas atividades do Movimento #daescolapravida: 2ª série do EM Palestra: 10/06, às 9h10 Workshop: 14/06, às 13h30 3ª série do EM Palestra: 23/09, às 9h10 Workshop: 27/09, às 14h Workshop: 04/10, às 14h Workshop: 11/10, às 14h

Dia da Colheita Passados dez anos do plantio de um bosque, os alunos da 3ª série do Ensino Médio retornaram à Sede Campestre, em Viamão, para fazer de 06 de abril uma data especial da lembrança escolar com o Dia da Colheita. “Assim como esses estudantes, as mudas cresceram firmes e fortes, e agora estão bem preparadas para os desafios que ainda terão pela frente que, no caso dos alunos, é a preparação para o vestibular e a escolha da carreira”, sintetizou a orientadora educacional do Ensino Médio, Sumaia Fuchs. O padrinho da turma, que também compareceu no Dia do Plantio em 2003, foi o assistente administrativo José Luis Braga, o Zeca. “Nem sabia que tinha se passado tanto tempo! Estou muito contente por estar aqui e tenho certeza que continuaremos a nos ver mesmo depois da conclusão do EM”, disse. Depois de cantarem o Hino do Brasil e do Colégio Farroupilha, os alunos se emocionaram ao rever as suas professoras do 1º ano do Ensino Fundamental.

Show de Talentos Espetáculos artísticos sobre super heróis serão apresentados durante a sétima edição do Show de Talentos, que o Colégio Farroupilha promove de 18 a 21 de junho, no Auditório.

Simulado Day Os alunos da 2ª e 3ª séries do Ensino Médio do Colégio participaram do Simulado Day Kzuka, realizado dia 11 de maio. A prova foi composta por 90 questões objetivas (Matemática, Linguagens, Ciências Humanas e da Natureza) e redação. Ao final do simulado, o DJ Capu colocou música para os estudantes.

Festa Junina O folclore das diferentes regiões do Brasil será o tema da Festa Junina do Colégio Farroupilha, marcada para o dia 22 de junho. Dentre as atrações que estão sendo preparadas, estão apresentações de alunos de todos os níveis de ensino.

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destaques

Caixa de som 100% ecologica T

alentosos e criativos, os alunos do Ensino Mé-

necessário precisão no corte de cada furo”, explica.

dio do Colégio Farroupilha criaram um produto

Graças ao processo de produção artesanal, cada peça

inovador, 100% ecológico e que combina a tec-

possui design único. Com 17 centímetros de compri-

nologia com a rusticidade e simplicidade presente na

mento e seis de diâmetro, o Bamboo é fabricado em três

natureza. O Bamboo é uma caixa de som portátil para

opções de cores: verde, grafite e natural. A caixa de som

smartphones e iPhones, que dispensa o uso de pilhas,

socialmente responsável é vendida a R$ 20,00 a unida-

baterias ou energia. Apresentado pelos estudantes du-

de. O grupo pretende, nas próximas semanas, divulgar

rante o Programa Miniempresa Junior Achievement, o

e vender o produto em outros colégios, nos parques e

produto usa a ressonância do bambu para amplificar o

nas praças da cidade.Alternativa sustentável, o Bamboo

som das músicas. O segredo da fabricação, conforme a

foi apresentado pelos alunos na Social Innovation Relay,

presidente da Miniempresa, Julia Jacociunas, está no

evento realizado em abril e que mobilizou estudantes de

corte minucioso de cada peça, feito de forma manual.

13 países, através de videoconferência, a pensar como

“O Bamboo traduz um conceito diferente e sustentável

empreendedores e a desenvolver conceitos que pode-

porque não usa energia elétrica. Para que as ondas so-

riam ter um impacto social positivo significativo em suas

noras se propaguem com mais potência e qualidade, é

comunidades locais ou em todo o mundo.

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Revista Farroupilha n° 107 106

INCENTIVO AO EMPREENDEDORISMO Promovido há 15 anos no Colégio Farroupilha, o Programa Miniempresa Junior Achievement proporciona

• Mostrar que, a partir de uma necessidade, se produz bens que geram satisfação.

a estudantes da 2ª e 3ª séries do Ensino Médio a expe-

• Acompanhar o funcionamento das quatro principais

riência prática em economia e negócios, na organiza-

áreas de uma empresa: Marketing, Finanças, Recursos

ção e operação de uma empresa. É desenvolvido em

Humanos e Produção.

15 semanas, em jornadas semanais, com duração de

• Controlar a presença nas jornadas, fluxo de caixa,

3h30min, realizadas sempre as segundas-feiras à noite.

compra de matériaprima, controle de estoque, ven-

Os estudantes aprendem conceitos de livre iniciativa, mercado, comercialização e produção. O Programa é acompanhado por quatro profissionais voluntários

das e produção.

• Proporcionar troca de informações e conhecimento da empresa como um todo.

das áreas de Marketing, Finanças, Recursos Humanos

• Fabricar um produto, consciente das normas de se-

e Produção. Durante o Miniempresa, são explicados os

gurança, controle de metas de produção e qualidade,

fundamentos da economia de mercado e da atividade

dos riscos e sucesso de um negócio.

empresarial através do método “aprender-fazendo”, onde cada participante se torna um miniempresário.

• Mostrar os compromissos legais da empresa, referentes aos encargos e impostos, não sendo pagos ao governo, mas doados a uma instituição beneficente.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO: • Trabalhar conceito de empresa e suas origens, enfatizando os tipos de empresa.

• Envolver o participante em atividades como rodada de palestras e oficinas com empresários e atuação em feiras.

41

destaques

Alunos criam

foguete movido a

vinagre e bicarbonato Protótipo criado por alunos é apresentado na Mostra de Foguetes da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica

D

ois modelos de foguetes, confeccionados com

te de colocar em prática tudo o que a gente está estu-

garrafas pet e que utilizam diferentes fontes de

dando”, acrescenta Bárbara, da turma 1D. Para o colega

combustíveis, foram apresentados pelos alunos

André, além de os alunos terem a chance de optar pela

da 1ª série do Ensino Médio, no dia 26 de abril, no cam-

confecção de um dos dois protótipos, ainda puderam

pão do Colégio. Para desenvolver os 40 foguetes, as cin-

usar a criatividade para customizar o foguete. “Pude-

co turmas aplicaram os conhecimentos de cinemática e

mos escolher entre um modelo mais simples, que usa

dinâmica adquiridos em sala de aula com o professor

somente a pressão, ou fazer o outro com reação quími-

de Física, Hugo César da Rosa, idealizador do projeto

ca e, ainda mais, pudemos deixá-lo com a nossa cara”,

Foguete, desenvolvido em parceria com os docentes

conta o estudante que transformou o seu foguete em

Elisabete Rambo, de Matemática, e Lenine Veiga, de

ônibus espacial.

Química. O protótipo convencional utiliza a água como

Durante as apresentações, os estudantes aproveitaram

fonte de combustível. O modelo mais complexo e que

para gravar vídeos, postados por eles no YouTube. A fil-

será apresentado na Mostra de Foguetes da Olimpíada

magem mostrando o lançamento do foguete, que usa

Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), da qual

vinagre e bicabornato como fonte de combustível, e um

o Farroupilha participa pela primeira vez, é o foguete

relatório contendo os passos da montagem serão envia-

movido a vinagre e bicabornato.

dos para a comissão responsável pela Olimpíada Brasilei-

“Ocorre uma reação química quando o vinagre se mis-

ra de Astronomia e Astronáutica. O material servirá para

tura ao bicarbonato, criando um gás. Isso aumenta a

validar a inscrição do Farroupilha na OBA.

pressão dentro da garrafa, fazendo com que a rolha

Nos próximos três meses, os alunos vão reproduzir os

seja empurrada para baixo e com que o foguete suba.

experimentos a partir do software Modellos e criar um

É um movimento desacelerado na subida e acelerado

foguete virtual. “O uso desse aplicativo faz com que

na descida”, explica o professor. A velocidade média al-

os estudantes aprimorem ainda mais os seus conheci-

cançada por qualquer um dos dois modelos é de apro-

mentos sobre cinemática e dinâmica, já que terão de

ximadamente cinco metros por segundo.

inserir várias funções que representam o movimento

Elaborar um foguete em casa é uma experiência inédita

vertical de um foguete. Assim, eles vivenciarão situ-

para os alunos. “Depois da pesquisa, levamos dois dias

ações que exigem a tomada de soluções”, sintetiza o

para fazê-lo”, conta Matheus, da 1E. “É um jeito diferen-

professor Hugo.

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Revista Farroupilha n° 107 106

SOBRE A OBA Ao todo, 261 estudantes dos níveis Fundamental e Médio do Colégio Farroupilha participam da 16ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). O evento é aberto a escolas públicas e privadas de todo o país. As provas ocorreram dia 10 de maio e foram divididas em quatro níveis: astronomia, com cinco questões; astronáutica, com três; energia, com duas. Os estudantes mais bem classificados vão integrar as equipes que representarão o Brasil nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica, de 2014. Os alunos também participarão, nesse ano, das Jornadas Espacial, de Energia, de Foguetes e do Space Camp.

43

destaques

Respeito a vida e tema de projeto interdisciplinar M otivar os alunos para uma reflexão sobre a ne-

para conhecer o projeto Lobo Guará, em Canela; o zoo-

cessidade de cuidados consigo, com a natureza e

lógico, em Gramado, e o Templo Budista, em Três Coroas.

com os ambientes em que se vive e do respeito

“Temos a natureza tão perto da gente e a gente não sabe

à vida através da investigação de temas, como drogas

disso. Tem animais que vivem melhor no zoo do que sol-

lícitas e ilícitas, alimentação saudável, prática esportiva,

tos na natureza”, constatou Laura. Para a colega Karolai-

valorização do outro, civilidade e cidadania, disciplina e

ne, o passeio mostrou uma realidade oposta a que vive,

espiritualidade. Esse é o objetivo do projeto interdiscipli-

em Porto Alegre. “O centro budista incentiva a preser-

nar Ethos, aplicado aos alunos da 2ª série do Ensino Mé-

vação da vida. Todos os dias pela manhã, eles sinalizam

dio. “Com a ampliação do Programa Cuidar é Básico que,

o caminho das formigas para que ninguém pise nelas”,

a partir deste ano, envolve os eixos de aprendizagem

contou surpresa. A lição que ficou para Eduarda é seme-

(hábitos de estudo afetivos) e convivência (bem-estar e

lhante. “A saída nos fez pensar mais sobre o respeito à

respeito às diferenças) incluímos o tema espiritualidade

vida e ao meio ambiente”.

como um dos eixos do nosso projeto”, explica a profes-

Até o final do ano, estão previstas mais atividades para as

sora de Física, Cláudia Andrade, ao lembrar que a sen-

cinco turmas contempladas com o projeto Ethos, como a

sibilização dos alunos iniciou com dinâmica dos olhos

realização de palestras sobre dopagem no esporte, civi-

vendados; leitura, em sala de aula, da Fábula-Mito de

lidade, cidadania, disciplina e espiritualidade. Em julho,

Higino ou Fábula-Mito do Cuidado e de pesquisa sobre o

ocorre uma pré-mostra científica, com a apresentação

significado da palavra Ethos.

de trabalhos interdisciplinares, elaborados pelos alunos,

A primeira viagem do grupo foi em março, para a serra

para uma banca de professores, e, no dia 28 de setem-

gaúcha, onde os estudantes realizaram saídas de campo

bro, os alunos participam da Mostra Científica.

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Revista Farroupilha n° 107 106

ex-Aluno vence selecao para trainee feita pela Ambev

T

ornar-se um executivo renomado no Brasil e no exterior. Em busca da realização desse sonho, o ex-aluno Naírio Santos antecipou a conclusão do

curso de Publicidade e Propaganda na PUCRS para seguir o conselho dado por seus pais e se dedicar aos processos seletivos de grandes empresas. Como resultado, Naírio venceu uma seleção para trainee, realizada no ano passado pela Ambev, quando 77 mil candidatos foram inscritos para as etapas online e presenciais, feitas em Porto Alegre e em São Paulo. Hoje, o ex-aluno circula por várias regiões do país, vivenciando as etapas do treinamento oferecido aos novos profissionais da companhia.

“Esse é um sonho realizado. É fantástico. Estou aprendendo diversas coisas novas. Na Ambev, terei a oportunidade de participar de grandes projetos e crescer profissionalmente aqui no Brasil e também em outros países”, confidencia Naírio. Segundo ele, a escolha pela área de atuação do profissional é feita em conjunto com o gestor. Além da formação acadêmica, são consideradas outras características do trainee, como habilidade

do Farroupilha o incentivaram a jogar basquete e a se

para negociação e gerenciamento de pessoas, interesse

consolidar como atleta. “Hoje, pratico Rugby”.

por desenvolvimento de novas tecnologias, capacidade

Dentre os planos para o futuro, estão o de se tornar

de liderança e desempenho.

gerente e depois seguir carreira até chegar ao cargo

A formação recebida no Colégio, de acordo com Naírio,

de diretor. “A cada dia que passa, procuro algo novo

ajudou na sua preparação para o mercado de trabalho.

para fazer e agregar ao meu conhecimento. Outro dia,

“Destaco principalmente o programa da Junior Achieve-

por exemplo, encontrei um site com cursos gratuitos

ment por trabalharem o lado empreendedor e aumentarem

nas melhores universidades dos Estados Unidos. Já

a minha iniciativa. Outro aspecto importante é o quadro de

me inscrevi em dois”, comenta ao confidenciar que os

professores, que possui alguns dos melhores profissionais

aprendizados nas línguas alemã e espanhol recebi-

da cidade”, comenta ao frisar que as seleções de esporte

dos no Colégio já lhe ajudaram em diversas ocasiões.

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esporte

Em busca da

classificação para os

Jogos da Juventude

A

s equipes esportivas do Colégio Farroupilha já

Poços de Caldas, MG, onde, treinadas pelo professor

estão inscritas para o Campeonato Estudantil

Antônio Cimirro, as meninas conquistaram o título de

do Rio Grande do Sul (CERGS), etapa classifi-

campeãs brasileiras. Depois, as meninas da categoria 15

catória para os Jogos da Juventude (antigas Olimpíadas

a 17 anos, treinadas pelo professor Paulo Xis, classifica-

Escolares Brasileiras), evento organizado pelo Comitê

ram-se para os Jogos disputados em Cuiabá, MS, onde

Olímpico Brasileiro e Ministério do Esporte, com apoio

também conquistaram o título da modalidade.

da Rede Globo. Para conquistar a vaga para disputar os

Em 2013, os Jogos da Juventude na categoria até 14

Jogos da Juventude, as equipes do Farroupilha preci-

anos serão disputados em Natal, RN, em setembro. Já a

sam vencer os CERGS e depois disputar uma espécie de

categoria até 17 anos será disputada em Teresina, PI, em

superfinal contra a escola pública vencedora dos Jogos

novembro. Além das equipes de futsal feminino, o Colé-

Escolares do Rio Grande do Sul (JERGS).

gio Farroupilha apresenta equipes com boas chances de

Em 2012, duas equipes de futsal feminino do Colégio

classificação nas modalidades masculinas de basquete,

Farroupilha conseguiram esse feito. Na categoria 12 a

handebol e voleibol. A escola também tem boas chances

14 anos, o time classificou-se para disputar os Jogos em

nos esportes individuais, como a natação, por exemplo.

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Revista Farroupilha n° 107 106

Equipes de Handebol participam dos

campeonatos da

Federação Gaúcha

O Colégio Farroupilha participa dos campeonatos estaduais da Federação Gaúcha de Handebol há vários anos. Das quatro últimas edições na categoria mirim masculina, por exemplo, as equipes do Colégio conquistaram três títulos de campeão estadual e vão em busca do tetra nesse ano. Em 2013, as equipes participarão em três categorias masculinas: Mirim (até 12 anos),Infantil (até 14 anos) e Cadete (até 16 anos).

Mirim Masculino: 1ª Fase: de 14 a 16 de junho, em Caxias do Sul 2ª Fase: 27 de outubro, em Porto Alegre (Colégio Farroupilha - atual campeão);

Infantil Masculino: 1ª Fase: de 26 a 28 de abril, em Santa Maria 2ª Fase: de 8 a 10 de novembro, em Caxias do Sul

Os torneios de cada categoria dividem-se em fases.

Cadete Masculino:

Os campeonatos de 2013 estão agendados da se-

1ª Fase: de 24 a 26 de maio, em Caxias do Sul

guinte forma:

2ª Fase: de 20 a 22 de setembro, em Torres

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ESPORTE

Versatilidade entre o esporte e a vida academica

C

ampeão brasileiro de Voleibol, o aluno Estevão Langhanz conta, no relato abaixo, como o esporte, incentivado pelo Colégio Farroupilha,

contribuiu para a sua formação profissional e pessoal.

Lidar com a pressão e assumir responsabilidades, na avaliação de Estevão, são lições que ele levará para o resto da vida.

Entrei no Voleibol de forma repentina, não era muito interessado em sair de casa para treinar. Após uma boa dose de insistência dos meus pais e do meu irmão (que já jogava), em 2007 fui até o Grêmio Náutico União para fazer uma aula experimental pra ver como me sairia, e mesmo sem a mínima vontade, fui.

Não gostei do primeiro contato com as quadras, não me sentia confortável naquele meio esportivo, visto que sempre fui muito preguiçoso e gostava de ficar em casa.

Então,em 2009 voltei ao GNU para fazer mais um teste, só que dessa vez foi diferente, sem saber o motivo me apaixonei pelo Voleibol e desde lá não me vejo sem ele...

Junto com a minha entrada no União, veio minha entrada no Colégio Farroupilha... Treinar em dois times diferentes era inusitado pra mim, mas vi que realmente gostava da rotina agitada. Não me arrependo de ter escolhido o caminho do esporte em nenhum aspecto.

Desde minha entrada no Vôlei, passei por todas as posições, menos a de levantador e líbero, e pelo momento minha posição se tornou a de Ponteiro.

Embora muitas vezes tenha me lesionado, acredito que a dor é resultado de trabalho duro e não deve ser por uma consequência desagradável que se precise jogar tudo para o alto, é necessário aguentar no osso. A cada dia que se passa, a vida deixa de se tornar um parque de diversões e começa a se tornar o lugar no qual eu terei de enfrentar cada vez mais obstáculos, e sem dúvida o esporte me preparou e prepara muito bem

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Revista Farroupilha n° 107 106

para isso. A prova disso é que após o falecimento de meu pai, em outubro de 2011, muitas experiências de derrota e perda que tive no esporte ajudaram a me reerguer após a maior perda da minha vida.

Sempre fui extremamente ligado com a família, e o fato de ter sido extremamente apoiado por todos que comigo convivem foi fator crucial para usar tal perda como motivo para mais me esforçar e dedicar em qualquer objetivo ou meta que eu pretenda alcançar.

E após toda a turbulência ocorrida, foram-se passando dias e anos, até hoje, quando me tornei campeão brasileiro pela seleção do RS. O campeonato ocorreu entre os dias 7 e 13 de abril em São Leopoldo. Vencer o campeonato em casa foi definitivamente incrível, conseguimos trazer um título que não vinha para o estado desde 2006. Não perdemos nenhum jogo e somente perdemos dois sets. O fato de eu ter sido o número 6 da seleção gaúcha assim como meu irmão foi uma grande felicidade para mim e minha família, simbolizou um grande orgulho entre todos.

Mesmo tendo de abdicar do lazer muitas vezes, creio que ser atleta e aluno simultaneamente vai me ajudar muito no futuro. Ter de lidar com pressão, aprender a assumir grandes responsabilidades e gostar disso são, com certeza, grandes lições que aprendi por ter que ser versátil entre o esporte e a vida acadêmica (que mal começou).

FARROuPITO

CUIDADORES DO MUNDO Ações estimuladas na Educação Infantil são levadas para o resto da vida

A

s turmas do Turno Integral do Jardim de Infância

ponsáveis, conscientes e críticos. “Isso certamente fará a

são estimuladas de maneira lúdica a fazer ações

diferença na vida das nossas crianças”, destacam as pro-

que certamente irão acompanhar os alunos para

fessoras responsáveis pelas turmas, Gabriela Rodrigues

a vida toda. Durante as oficinas, a autonomia, o respeito,

e Laura Machado. Nas conversas e ações dos pequenos

os cuidados com o próximo, o diálogo e a solidariedade

repórteres, já é possível perceber os cuidados com o meio

estão sempre presentes, questões que são essenciais

ambiente, como a separação do lixo, a construção de ob-

para a convivência social do grupo. Também foi bastan-

jetos e do próprio microfone com materiais recicláveis,

te oportuna a conversa sobre a necessidade de regras e

assim como o cuidado com os bichinhos e com o corpo

limites, para que todos sejam respeitados e saibam res-

e seus pertences.

peitar o espaço do outro. As turmas construíram as com-

Pensando em ações de melhorias para o mundo, os re-

binações que achavam necessárias para o grupo, pois,

pórteres escolheram a turma do Nível 3D do turno da tar-

discutir desde cedo com as crianças sobre o ato de exer-

de do Jardim de Infância, da professora Andréa Lorenz e

cer a cidadania, no sentindo de conhecer seus direitos e

da auxiliar Saionara Reichert, para conversar sobre o pro-

deveres e também de como se deve viver em sociedade,

jeto que estão desenvolvendo: “Cuidar a Vida! Ações para

é contribuir para a formação positiva como cidadãos res-

melhorar o nosso mundo”.

Farroupito: Por que é importante cuidar do nosso planeta?

Turma do Jardim, Nível 3D: Para ajudar todas as pessoas do mundo. Não podemos machucar os animais, gastar luz ou água e nem desperdiçar comida.

O que a turma mais gostou de descobrir até agora?

Que precisamos cuidar bem do planeta, dos animais, porque todos os seres vivos são importantes. Gostamos de aprender sobre a reciclagem e de plantar a Bergamoteira.

Quais são os cuidados com a Bergamoteira que vocês plantaram?

Todos os dias colocar água, terra, adubo e casca de fruta.

Por que vocês passaram o dia inteiro sem luz? Vocês gostaram?

Ficamos o dia todo sem luz para economizar energia e ajudar o planeta. Foi muito divertido ficar sem luz, fizemos cabanas, usamos lanternas. Sabiam que existem três jeitos de fazer luz: da água, do sol e do vento.

Vocês plantaram uma árvore para poder respirar melhor?

As fábricas e os automóveis soltam fumaça no ar e então plantamos a árvore porque dela sai ar limpo.

O que é Cidadania para vocês?

Cidadania é cuidar da vida. Amar todas as pessoas do planeta. É também cuidados com a água, as plantas e as árvores. É importante não desperdiçar comida, não machucar os amigos, não maltratar os animais, não apagar e acender a luz toda hora...

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50

Revista Farroupilha n째 106

PASSATEMPO

50

Revista Farroupilha n째 107

Revista de Divulgação Científica para crianças, ano 24, n° 221, março de 2011, págs. 26 e 27.

51

51

saúde

Aprendendo a cuidar da coluna vertebral

B

ase de sustentação do nosso corpo, a coluna vertebral é objeto de estudo para os alunos dos Anos Iniciais que participam do projeto Blitz da Saúde,

proposto e desenvolvido pelos professores de Educação Física da sede do Farroupilha e da Unidade Correia Lima.“O principal objetivo do programa é conscientizar os alunos sobre as necessidades de cuidados que devem ter em relação à coluna e à postura no desempenho das funções diárias. Desta forma, estaremos sensibilizando

“Queremos sensibilizar os alunos para o interesse pela qualidade de vida”, professor Vinicius Feldens.

os estudantes para o interesse pela qualidade de vida”, avalia o professor Vinicius Feldens ao comentar que o projeto é desenvolvido há, pelo menos, oito anos. Estudos mostram que 80% da população mundial já teve, tem ou terá alguma dor lombar durante a vida.

Composto por três etapas e duas avaliações anuais, a Blitz da Saúde começou a ser realizada em março, quando foi feita a avaliação biométrica de todos os alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Dados como estatura e o peso de cada estudante são anotados em uma planilha. Esse levantamento serve como instrumento de consulta para os professores e para a coordenação, que podem acompanhar o desenvolvimento da criança

uma sereia. Agora, eu sento reto, com a postura adequa-

ano após ano. “Com esse estudo, podemos detectar se o

da. Em casa, costumo conversar com a minha irmã, que

aluno apresenta problemas de aprendizagem devido ao

está no Nível 3 da Educação Infantil, sobre a importância

sobrepeso ou ao baixo peso”, exemplifica Vinicius.

de adotar hábitos saudáveis para a coluna, como pegar

Na segunda etapa do projeto, as turmas participam de

as coisas de maneira correta. Aprendi que quando temos

aula expositiva sobre o funcionamento da coluna e pato-

muito material para levar à escola, o correto é colocar um

logias mais frequentes, como escoliose, hiper lordose e

pouco na mochila e o restante carregar nos braços, junto

hipercifose. “Por dentro da coluna, há os nervos do nos-

ao corpo”, conta Mariana, do 4º ano E.

so sistema nervoso, que mandam e trazem mensagens

Para as famílias, o projeto colabora muito com o trabalho

importantes do cérebro para o nosso corpo”, enfatiza o

que é desenvolvido pelos pais em casa. “O Colégio está

aluno Carlos Eduardo, do 5º ano B.

de parabéns. Quando é o professor que fala sobre os cui-

A pesagem de cada aluno, bem como a verificação dos

dados que devemos ter com a coluna, isso ganha outro

modelos de mochilas e as dicas de como carregar o ma-

valor perante os nossos filhos. A Mariana costuma fazer

terial escolar de forma correta são instruções repassadas

alongamento uma vez por semana e presta muita aten-

na terceira parte do projeto. “Antes, eu sentava como

ção na sua postura”, comenta a mãe Ana Luísa Mengden.

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música desenvolve habilidades cognitivas

E

stá comprovado, por inúmeros estudos, que a músi-

calização da escola, procuramos resgatar alguns hábitos que

ca é um meio importante de desenvolvimento. Atra-

estão um pouco esquecidos nos dias de hoje. Estimulamos

vés dela, as crianças podem desenvolver habilidades

os pais a cantarem para seus filhos e contarem histórias num

cognitivas, psicomotoras e sócio-afetivas. No Colégio Far-

formato cênico-musical. Queremos que os pais interajam ao

roupilha, as aulas de musicalização integram o currículo es-

máximo com eles, fortalecendo os vínculos afetivos”. Estudos

colar desde a Educação Infantil. Na Estação Musical, parcei-

comprovam que quanto mais contato houver entre pais e

ra do Colégio, os benefícios da música para bebês e crianças

bebês, maior será o desenvolvimento da criança.

é trabalhada como atividade extra classe. As inscrições para

Na Musicalização Infantil, onde as crianças já possuem

as turmas. As turmas possuem um número limitado de

de três a cinco anos, a abordagem é um pouco diferente.

alunos e, nas aulas com os bebês, é necessária a partici-

Nessas aulas, os alunos em geral já possuem uma capaci-

pação de pais ou responsáveis.

dade de memorização musical mais desenvolvida, o que

As aulas de musicalização para crianças são indicadas por

lhes permite guardar informações sobre as músicas que

especialistas porque, além do aprendizado dos conceitos

aprendem nas aulas. Nessa idade, é possível trabalhar

musicais propriamente ditos, há o desenvolvimento parale-

aspectos de grafia musical e conceitos rítmicos e melódi-

lo da linguagem e da fala. Por meio do contato com ritmos

cos de forma mais aprofundada. Tocando instrumentos

e melodias, as crianças desenvolvem a atenção e a coorde-

de percussão (pandeiros, xilofones, metalofones etc.), as

nação motora, além de aumentarem a percepção auditiva.

crianças entram em contato com diversos estilos musicais,

Para Cynthia Geyer, diretora da Estação Musical, o contato

tais como rock, samba, música erudita etc. Para mais in-

entre pais e bebês durante as aulas é essencial para o de-

formações sobre as aulas, procure a secretaria da Estação

senvolvimento cognitivo dos pequenos. “Nas aulas de musi-

Musical no Colégio Farroupilha.

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MEIO AMbIENTE

Um mundo melhor só depende F

eira de produtos orgânicos, oficinas com convida-

de você iPad e hora do conto, exposições e mostras de trabalhos

dos especiais e mostras apresentadas por alunos e

de alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio também

professores foram as atrações da segunda edição

integram a programação da Feira. Outra novidade foi a

da Feira Verde, realizada dia 05 de junho, no Colégio Far-

identificação de todas as árvores do Colégio com placas

roupilha. A iniciativa integra o Projeto Sustentabilidade

que informam o nome científico, o nome popular e as ca-

e tem como objetivo a conscientização da comunidade

racterísticas de cada espécie e trazem uma mensagem

escolar sobre a responsabilidade de cada um por um

de alerta para os cuidados que todos devem ter com o

mundo melhor, através da realização de ações contínuas

manuseio de determinadas plantas, que podem trazer

e permanentes ao longo do ano.

riscos para a saúde.

Para despertar a atenção do público na semana que antecedeu o evento, foi realizada a exposição “Que árvore você quer para o futuro? Não faça do Lixo a Semente”.

Nela, foi retratado um bosque composto por árvores, que tinham garrafas pet como flores e brinquedos velhos, sapatos furados, antigos aparelhos de celular e outros eletrônicos como frutos. Desenvolvida pela equipe de Gestão Ambiental da BR-448, conhecida como Rodovia do Parque, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em parceria com a empresa Serviços Técnicos de Engenharia S.A., a mostra percorreu as principais capitais do país desde 2010. Visitada por mais de três milhões de pessoas, a exposição reflete uma realidade encontrada nas margens das estradas e incita o observador a repensar o seu comportamento no cotidiano e despertar novas formas de consciência ambiental.

Estandes com gêneros alimentícios e de higiene e limpeza; antepastos e peças de vestuário, entre outros itens, foram oferecidos diretamente ao público pelos produtores e artesãos na área coberta do Colégio. Os alunos do Programa Miniempresa Junior Achievement participaram do evento, apresentando à comunidade o Bamboo, caixa de som portátil para smartphones e iPhones 100% ecológica e que dispensa o uso de energia e bateria.

Interações sobre saúde e bem-estar, oficinas de bicicleta,

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Venha realizar uma atividade esportiva para melhorar sua qualidade de vida, de forma segura, com treinamentos planejados e acompanhamento profissional.

O grupo de corrida do Colégio Farroupilha está retomando suas atividades, em parceria com a Equipe Paulo Alvares, única assessoria esportiva patrocinada pela Mizuno, no Rio Grande do Sul.

Inscrições Na Secretaria do Colégio Farroupilha.

Contatos: secretaria@colegiofarroupilha.com.br

ou pelo telefone (51) 3382-1805

Encontros

Terças e quintas-feiras, das 19h às 20h, na pista de corrida do Colégio Farroupilha.

Sábados, às 9h, em local a ser definido, variável semana a semana (Redenção, Parcão, Encol e Gasômetro, principalmente).

Mensalidade Sócios ABE: R$ 55,00 Alunos e pais de estudantes: R$ 88,00 Público externo: R$ 110,00

Confira todos os benefícios e outras informações: colegiofarroupilha.com.br

Parceiro

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