Memórias do Berçário Uirapuru
Entre risadas miúdas, olhares curiosos e pequenos gestos cheios de descobertas, nasceu este livro, um abrigo de lembranças e ternuras. Aqui, cada página guarda o pulsar suave do cotidiano vivido, em 2025, no Berçário Uirapuru. O despertar sonolento de manhãs cheias de luz, o aconchego do colo que embala o sono, o sabor das primeiras experiências à mesa, o toque cuidadoso nas rotinas de higiene, e o encanto das brincadeiras que fazem o tempo dançar devagar.
Este é um livro feito de momentos simples, mas imensos. São memórias que respiram afeto, que florescem em cada sorriso compartilhado e em cada gesto de cuidado. Cada fotografia, cada traço e cada palavra são fragmentos de um ano vivido com amor, paciência e muitas descobertas, um tecido delicado de infância, tecido de muitas mãos e corações.
Ao folhear estas páginas, convidamos você a revisitar instantes que, embora pequenos, são eternos. Os passos dados com curiosidade, os sons que se transformaram em palavras, as descobertas, os animais do Quintal, as aulas de música, as histórias e os olhares que aprendem o mundo. Mais do que um registro, este é um livro, é uma celebração, do crescer, do cuidar e do amar.
Porque é no cotidiano, em sua poesia simples e verdadeira, que se escreve a mais bonita das histórias, a do começo da vida.
Uirapuru Bebê/2025
Gabriela Plens (Coordenadora Pedagógica)
Talita Silva (Orientadora Educacional)
Acolhido no colo da tia, Bernardo explora o brinquedo de encaixe com calma curiosa, seus olhos seguem as argolas, e, uma a uma, ele as encaixa, como quem descobre o ritmo suave do próprio brincar.
Em um cenário onde a natureza inventada ganha vida, Bernardo se aproxima do pequeno
mundo feito de grama, cascalhos, palhas e um tigre de plástico escondido entre os fios.
Curioso, afasta a palha até revelar o animal, mas é a própria palha que prende seu olhar.
Ele pega os fios emaranhados com as mãos pequenas e os observa atentamente, como quem descobre poesia nos detalhes miúdos que a brincadeira guarda.
Ali, entre texturas e silêncio, Bernardo encontra encantamento no simples gesto de explorar.
A água chega morna, dançando sobre a pele e convidando ao aconchego.
Entre conversas, respingos e olhares atentos, o banho se transforma em um momento de encontro, um diálogo entre quem cuida e quem é cuidado.
Cada toque, cada gesto de delicadeza, é também um gesto de amor.
No calor das mãos que sustentam e na suavidade da água que envolve, Bernardo descobre o prazer do cuidado, a segurança do colo, o aconchego que habita o cotidiano. Mais do que higiene, o banho é encontro, é linguagem sem palavras. Nos olhares trocados, no toque suave e no riso que escapa, nasce a confiança e cria-se o vínculo. Um banho que limpa o corpo, mas também alimenta o coração.
Bernardo fica em pé diante da bolinha pendurada, que balança leve como um pequeno móbile ao vento.
Ele segura, observa, descobre o movimento, e então seu rosto se abre num sorriso largo, iluminado.
Entre curiosidade e encanto, ele ri para o adulto que o acompanha, como quem compartilha a alegria de um mundo que dança só para ele.
Entre sons delicados e descobertas que nascem no olhar, Bernardo vive a musicalização com encanto miúdo.
Com o pandeiro nas mãos, ele observa o adulto com curiosidade brilhando no rosto, e logo imita o movimento, deixando o som surgir como um convite para brincar com a música.
Quando o ukulelÊ aparece, Bernardo estende a mão e toca as cordas, experimentando o ritmo que nasce ali, pertinho de si.
E, então, tia Dani entoa sua canção de acolhida:
“Amigo estou aqui, cheguei pra me divertir, Bernardo bem-vindo então, seja acolhido nessa canção, dou bom dia para você… agora toque o ukulele!”
Bernardo responde com gestos, som e encantamento, música que floresce no instante, pequena e inteira, como a infância que ele vive.
Bernardo recebe o alimento como quem acolhe um gesto de amor. Cada colherada vem acompanhada de cuidado, de tempo, de presença. O adulto oferece o sabor e, junto dele, o afeto que sustenta, não apenas o corpo, mas também o vínculo.
Entre olhares, pausas e pequenas expressões, nasce um diálogo silencioso, o de confiar, o de ser cuidado, o de crescer em segurança. A alimentação se torna mais que rotina, é um encontro, é cuidado que nutre, é carinho que passa de mão em mão até chegar ao coração pequeno que aprende, dia após dia, a se sentir acompanhado no mundo.
Sentado entre bolinhas coloridas, Bernardo
escolhe uma e a observa com atenção miúda.
Aperta, sente a textura, descobre o mundo que cabe na palma da mão.
Então, levanta o olhar para o adulto que o acompanha e abre um lindo sorriso que ilumina o instante.
O olhar de Bernardo encontra o do adulto com a calma de quem mede o tempo no próprio ritmo e, entre silêncio e ternura, seu sorriso nasce manso, iluminando o instante.
Sentado entre argolas coloridas, Bernardo
explora cada uma com calma. toca, observa, leva à boca, como quem
descobre o mundo pelos sentidos.
Entre uma curiosidade
e outra, ele ergue o olhar para o adulto, e nesse encontro quieto a exploração vira presença, afeto e tempo vivido com delicadeza.
Na feirinha, entre panelinhas e frutinhas, Bernardo vira, explora, observa cada detalhe com encanto miúdo.
E, como sempre, depois de cada descoberta, vem o sorriso, aquele sorriso inteiro que é quase sua forma de falar com o mundo, luminoso, constante, feito de alegria que cabe no próprio rosto.
Bernardo explora o chocalho com atenção e alegria:
chacoalha, gira, vira, e em cada
gesto seu sorriso
surge, inteiro e constante, iluminando a descoberta.
Entre risadas silenciosas e gestos curiosos, Bernardo mergulha as mãos na bacia com farelo de aveia, sentindo cada grão que escorrega entre os dedos.
Junta um punhado, observa, vira a bacia e acompanha o farelo caindo devagar, encantado com o movimento.
Entre mãos que se encontram e se separam, ele explora a textura, sorri e transforma cada toque em descoberta, pequeno retrato da curiosidade que habita a infância.
Com olhar atento e gesto curioso, Bernardo empurra o carrinho para frente e para trás, explorando o movimento com calma e encanto.
Cada vai-e-vem é uma pequena descoberta, um instante de pura atenção e alegria no brincar.
Apoiado sobre o prisma de espelhos, Bernardo sorri, e seu sorriso contagiante se reflete em múltiplos ângulos.
Seus olhos seguem cada imagem que se multiplica, encantado com as pequenas versões de si mesmo que surgem diante dele.
No brilho dos reflexos, cada gesto e cada sorriso se tornam descobertas delicadas, poesia feita de atenção, alegria e encanto.
Em uma manhã agradável Bernardo participa, junto à sua linda família, serenoetranquilo.Eleacompanhaatentamenteahistóriadoratinhoeas músicas da tia Dani, permanecendo relaxado e confortável, tanto no tapete quanto no colo dos pais, absorvendo cada detalhe com calma e interesse.
Quando se aproxima do lagarto, passa a mão com cuidado, sentindo a textura e descobrindo a delicadeza do contato com outro ser. Cada gesto e cada toque, compartilhados com a família, fortalecem o vínculo e transformam a experiência em um espaço seguro, afetuoso e cheio de descobertas.
Assim, a manhã se encheu de sons, cores e afetos, revelando que estar junto da família na escola é viver a alegria do cuidado, da presença e da atençãotranquila,tornandocadamomentomemorávelesignificativo.
ExperiêncianaEscola-UirapuruBebê/2025
Av. ProfessorArthur Fonseca, 633 • Jd. Emília Sorocaba • SP• CEP18031-005 •Tel: (15) 2102.6600 colegiouirapuru.com.br
