A pista | n.º 76

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compensá-la na medida do possível.

b| Ouvir, uma actividade da mente Adler explica que para ouvir não chega estar em silêncio diante de quem fala. Pode acontecer aos ouvidos aquilo que acontece aos olhos. Se uma pessoa não quer ver, baixa as pálpebras e afunda-se na escuridão. O ouvido não tem pálpebras, mas uma pessoa pode também não ouvir e afastar a quem lhe fala do campo da sua consciência. Ouvir não é somente uma percepção física ligada a um sentido, nmas é mais uma actividade mental.

c| Os erros do ouvir Como acontece com tudo o que não se aprende convenientemente, também no ouvir se cometem erros em barda. 1- Um erro muito frequente é definido por Adler como “estado de sonolência intelectual” Ouve-se, mas não se escuta. 2- Outra limitação pode ser a inadequação do nosso código linguístico. 3- Outro é sobretudo a distracção. Quem fala, pronuncia cerca de 150/180 palavras por minuto. Ao invés, quem ouve, normalmente, é capaz, de captar ou pensar, por minuto, três ou quatro vezes esse número de palavras. A distracção é um inimigo que trazemos dentro de nós, que nos impede de acolher as palavras dos outros e de comunicar com eles.

reunião, da sonolência intelectual à escuta intelectualmente activa. 1- U pré requisito é a consideração, ou melhor, a estima por quem fala. 2- Outro pré requisito é ter interesse pelo tema tratado.

e |Por fim: atenção às linguagens não verbais. Então, nas reuniões, ouvir não é menos importante do que falar. Mas isto não diz respeito somente aos ouvidos: outros falam-nos também com as linguagens não verbais do corpo, das mãos, dos olhos, do vestuário. E nós devemos captar também estas linguagens. De quem fala, recebemos um conjunto de mensagens que se juntam às palavras faladas, e nós podemos responder-lhe com mensagens igualmente, muitas vezes involuntárias, que circulam abundantemente nas reuniões, tendo presente que podemos utilizá-las como uma escolha livre da nossa vontade.

CONCLUSÃO? Tornar-se bom ouvinte não é fácil. mas não desanimemos: Quem sabe ouvir os outros não só é simpático com todos, mas também, após algum tempo, acaba por aprender alguma coisa” E como lembra um sábio provérbio russo: “ Nunca caíram as orelhas a ninguém por ouvir demais”

d| Da sonolência intelectual à escuta activa Falta ainda aprender como se passa, na

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6 A pista maio de 2013


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