A Pista | n.º 72

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Orgรฃo Oficial da Junta Regional da Guarda

Nยบ 72

http://guarda.cne-escutismo.pt/

- outubro 2012

Dia Regional do Lobito

a

d o t n e m Acampa Amizade


Neste Número

Boletim Informativo da Junta Regional da Guarda outubro de 2012 N.º 72 Publicação trimestral Grafismo e Paginação Gabinete de Comunicação e Imagem Capa Acampamento da Amizade 2012 foto de desconhecido Colaboradores neste número António Bento, Hugo Passarinha, Adélia Lopes Contactos

Junta Regional da Guarda Apartado325 6200 Covilhã Telf./Fax.: 275 313 486 jr@guarda.cne-escutismo.pt

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Editorial «Vingança ou Perdão»

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Dia Regional do Lobito

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Acampamento da amizade

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O Escutismo, como escola de educação por grupos

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Não sejas árvore estéril

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Sabias que....

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Pedro Apóstolo - Pedro Patrono da Comunidade (III Secção)

Formação O Guia de Patrulha

Reuniões Eficazes - Como preparar uma Reunião Saúde Segurança na água nas férias Caminhar com Cristo Eleições Junta Regional e Conselho Fiscal Educar / Educar


editorial “Vingança ou Perdão” (texto de António Estanqueiro)

Sejamos coerentes! Se somos imperfeitos, porque aturamos tantas pedras aos outros? Se não apreciamos a intolerância, a António Bento Chefe Regional crítica destrutiva e a vingança, porque usamos tais métodos contra os outros? Quando ofendemos alguém e pedimos desculpa, que desejamos? E quando somos ofendidos, que oferecemos? Perdoamos como esperamos ser perdoados? Qualquer pessoa tem o direito (muitas vezes, o dever) de se defender dos ataques e das ofensas. Há ocasiões em que se torna mesmo necessário recorrer aos tribunais para repor a justiça. Não se pode tolerar o intolerável. mas é um erro alimentar o ressentimento, o ódio ou o desejo de vingança pessoal para salvar a honra, porque isso significa, antes de mais, torturar-se e destruir-se. Aquele que odeia alguém passa o tempo a imaginar como vingar-se, julgando que, desse modo, aliviará os seus sentimentos e encontrará satisfação. Engana-se. O ódio contra os outros só agrava a situação. Pensar em vingança é, antes de mais, pôr sal nas próprias feridas. Quando uma pessoa pensa em violência, mesmo que não concretize os seus pensamentos, está a intoxicar-se. Afirmou Confúcio: “ Um homem zangado anda sempre cheio de veneno”. Torna-se difícil perdoar (e mais difícil ainda esquecer) quando a ofensa é intencional e o seu autor não tem a

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humildade de pedir desculpa. daí os habituais ajustes de contas e as frequentes desforras, segundo a antiga lei de Talião: “ Olho por Olho, Dente por Dente” Muitas pessoas pensam que o perdão é uma ingenuidade e a retaliação é o único caminho para responder a uma ofensa. Perdoar seria perder! Mas perdoar não significa perder. O perdão pessoal é uma atitude positiva que faz bem à saúde, liberta-nos do ressentimento e do ódio e toca profundamente o coração dos outros. è uma bênção para quem o dá e para quem o recebe. Perdoar, sim. Mas quantas vezes? Pergunta qualquer pessoa generosa. Até sete vezes? Perguntou Pedro, discípulo de Jesus. E Jesus respondeu com um número simbólico que aponta para a medida infinita do perdão: “Não sete, mas setenta vezes sete” Um enorme desafio! Talvez não sejamos suficientemente generosos para amar os nossos inimigos. Mas podemos perdoar-lhes por amor de nós mesmos. Quando perdoamos, sentimo-nos melhor! Aquele que perdoa uma ofensa mostra um elevado grau de sabedoria. Não renuncia à luta contra a maldade, mas renuncia à vingança contra quem pratica o mal, porque sabe que muita maldade nasce da ignorância. A vingança pode dar-nos um “prazer” momentâneo, mas só o perdão pode construir a felicidade.

António Estanqueiro - nasceu em Ponte de Vagos, concelho de Vagos em Portugal. É licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras de Lisboa e professor do ensino secundário. Lecciona as disciplinas de Filosofia e Psicologia.

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formação M

O Guia e a sua Patrulha

as não há patrulha sem um responsável, sem um GUIA. Este termo foi escolhido porque ele é aquele que conduz, que auxilia, que exemplifica, que guia os outros no seu percurso escutista. Ser guia é um papel entre outros, mas não um papel como os outros. Sem fazer dele algo de excepcional, é um cargo que requer no entanto uma grande atenção por parte da chefia. O GUIA na sua patrulha deve ser um responsável sem se tornar um chefe , e a sua autoridade não toma as cores do poder. São-lhes exigidas acima de tudo quatro qualidades essenciais:

patrulha para o seu trabalho. É ele que fomenta a participação de todos.

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O Guia é responsável “Condutor de Homens”, ele tem a seu cargo os elementos da sua patrulha. Mas ele também sabe partilhar as suas responsabilidades com os outros, para que todos as comungam e se sintam solidários na Patrulha.

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O guia é um delegado Como o delegado da turma, ele assegura a representação da sua patrulha nos Conselhos. Ele sabe também mandatado por estes, e pode tomar decisões em seu nome.

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O guia é um animador

Ele coordena as actividades de todos, seguindo as decisões tomadas em Reunião de Patrulha. É ele que se preocupa com as actividades e missões da Patrulha, É a ele que cabe animar a

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O guia é um iniciador Ele partilha uma experiência, ele acolhe os novos e integra-os na Patrulha. Ele ajuda os outros a exprimirem-se. Ele inicia os seus elementos na vida escutista. Ele é a ponte através da qual ca um chega à vida Escuta.

AJUDAR O GUIA NO SEU PAPEL Todos os Escuteiros devem poder ser Guias. Cabe à chefia ajudá-los no seu papel sem lhes tomar o seu lugar. - A chefia deve dar cobertura ao Guia junto da sua patrulha, - A chefia deve convocar com regularidade os conselhos de Guias e de Aventura para tornar intervenientes os seus guias. - A chefia ajuda o Guia a tomar decisões realizáveis mas a chefia não deve fazer-se substituir pelo Guia; - A chefia não deve dar ao Guia um papel de educador, acima da sua idade; - A chefia não deve servir-se do Guia apenas como uma correia de transmissão.

Continua…


formação

Reunioes Eficazes Como preparar uma Reunião É a própria vida que exige reuniões. Os regulamentos e os estatutos – quando existem – só registam esta exigência, e a materializam sabiamente. O legislador codificou-a porque sabe que a vida impõe que nos encontremos. Como se explica, então, o caso de animador que “não vê” os motivos concretos para juntar à volta duma mesa os seus? - Pode acontecer que não viva suficientemente em contacto com o seu grupo (o qual, certamente, tem problemas –talvez bastantes –para resolver). - Ou não está suficientemente em contacto com a realidade do lugar, do bairro, da cidade, da freguesia, etc. (a vida apresenta continuamente novos casos). - Ou sente um acerta alergia aos encontros de diálogo, nos quais é obrigado a confrontar-se com os outros (e então carece de um dom fundamental para ser chefe). Se as reuniões foram codificadas pelo legislador porque são uma exigência da vida, o responsável deverá encontrar na própria vida os temas e as finalidades adequadas, para reunir os seus à volta duma mesa.

Então como deve ser a reunião? Esta deve, portanto, ter um objectivo preciso, realístico, concreto, que emerge da situação do grupo e da comunidade, da

vivência das pessoas reunidas. Os temas a tratar, que justificam a decisão tomada pelo legislador, são abundantes, por assim dizer, na natureza: para os identificar basta olhar à volta com atenção, com sentido de responsabilidade, e um pouco inquietação.

Motivos para se reunir Poderão ser motivos válidos: 1- A oportunidade de transmitir uma informação adequada sobre assuntos de interesse para a comunidade inteira (informação descendentes); 2- A inesgotável necessidade de formação permanente (lectio divina comunitária, conferência sobre um tema); 3- A conveniência de o superior orientar uma #entrevista de grupo” através da qual recolha do próprio grupo as opiniões e as orientações úteis para uma decisão que ele deva tomar; 4- A necessidade de programar o trabalho em conjunto, de tomar uma decisão sobre um problema concreto (reunião de deliberação).

Como devemos fazer? 1- Registar, numa folha, todos os assuntos que poderiam ser tratados; 2- Identificar o assunto que parecer assumir maior importância para a vida do grupo ou da comunidade naquele momento; A pista outubro de 2012

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3- Deixar para outra reunião aquilo que é importante, mas não é urgente; 4- Deixar para conversas privadas, noutra sede, aquilo que diz respeito a uma ou a poucas pessoas; 5- Deixar para o fim da reunião, sob forma de simples comunicação, ou de pedido de sugestões (a recolher noutra sede), outros pontos importantes, mas que naquele instante não podem ser tratados de forma adequada.

prever os vários momentos da mesma, elaborando uma agenda simples para uso interno de quem organiza o encontro. Deve ser elaborada com clareza, por escrito. Para organizar o tempo da reunião é necessário. a seguir, transformar a agenda em programa da reunião, isto é, fixar a duração exacta em minutos /horas, de modo que esta se situe dentro de limites temporais razoáveis. Dentro deste limite, prever os imprevistos, que nunca faltam

´ Definir a natureza e a estrutura da reunião Deve definir-se bem (primeiro, para si próprio, depois para os outros) qual o tipo de reunião que se pretende organizar. As possibilidades são muitas, mas não infinitas: 1- Transmitir informações, instruções, queixas, conselhos, recomendações; 2- Produzir, juntos, novas ideias; 3- Discutir uma situação abstracta, confrontando ideias e opiniões diversas; 4- Debater um problema concreto, propondo possíveis soluções; 5- Tomar decisões, ou alterar decisões tomadas noutras circunstâncias. Depois de escolher o tipo de reunião, deve definir-se a estrutura que ela deverá ter. A reunião é como uma cerimónia complexa, constituída por vários ritos que se sucedem numa determinada ordem. è necessário

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Agenda da reunião Registaremos nela tudo o que é registável (é só um exemplo): 1- Leitura e aprovação da acta; 2- Registos que se julguem necessários; 3- Relatório como foram postas em prática as decisões anteriores; 4- Distribuição e apresentação da nova Ordem de trabalhos; 5- Apresentação do orador; 6- Comunicação do especialista convidado; 7- Distribuição de material de documentação; 8- Debate com o conferencista; 9- Conclusões do debate; 10- Avisos finais e agrade3cimentos; e 11- Data e assunto do próximo encontro. Continua...


O afogamento é a segunda causa de morte acidental em criança na Europa. É um acontecimento trágico, rápido e silencioso, mas que pode ser evitado. Prepare-se para umas férias divertidas, descontraídas e seguras.

ANTES DAS FÉRIAS Peça informações na agência de viagens sobre as condições de segurança do local. Se alugar uma casa com piscina, certifique-se que tem uma vedação; Faça um curso de suporte básico de vida; Certifique-se que quem fica com os seus filhos, mesmo por períodos curtos, está consciente de todas as recomendações que se fazem. Quando chegar ao local de férias: Antes de desfazer as malas, inspeccione o local onde vai viver nos próximos dias, verificando o acesso a piscinas, lagos, tanques, poços, rios ou mar, enquanto outro adulto toma conta das crianças Organize a casa de férias de modo a eliminar de imediato alguns perigos: 1- Esvazie baldes e alguidares e guarde-os em locais onde não possam acumular água da chuva; 2- Esconda a tampa da banheira de modo a que a criança não consiga enchê-la sozinha; 3- Tranque portas de acesso a locais com água; 4- Estabeleça regras com as crianças para nadar ou brincar perto de água; 5- Verifique se o trinco da vedação da piscina é de fecho automático e se

saúde

Segurança na água nas férias

funciona; se tem alarme verifique se está funcional e de onde consegue ouvi-lo. Em qualquer dos casos , não baixe o nível de vigilância; 6- Nas piscinas insufláveis, não reduza a vigilância e esvazie-as logo após a sua utilização; 7- Tenha um telefone com rede sempre à mão e coloque o número de emergência e a morada de férias em local visível. O número de emergência em Portugal é 112. O Afogamento pode a acontecer em ambientes familiares tais como a bandeira, piscina, lago do jardim, poço, tanque da roupa ou de rega, rio, praia ou mesmo baldes e alguidares, quando o adulto interrompe por instantes a vigilância. Vigia ativamente e em permanência as crianças quando estão a brincar perto de água ou a nadar. Redobre a vigilância com as crianças mais novas ou com necessidade especiais. - O álcool pode interferir com o seu estado de vigília e com a sua capacidade de nadar. Se está a vigiar crianças, não beba; - Familiarize-se com a sinalização de segurança, que pode ser diferente da do seu país; - Localize o nadador salvador e informe-se sobre as precauções que deve tomar; Em águas agitadas ou turvas, quando andar de barco ou praticar desportos náuticos, coloque sempre colete salva vidas a todos, crianças e adultos. O colete salva vidas e as braçadeiras A pista outubro de 2012

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facilitam a flutuação mas nunca substituem a vigilância ativa do adulto. Em águas paradas, transparentes e pouco profundas, opte pelas braçadeiras com duas câmaras-de-ar independentes em forma de anel á volta do braço. Lembre-se que podem cair com um mergulho ou com uma onda. Os coletes e as braçadeiras devem ser adequadas ao peso e tamanho da criança e obedecer às normas europeias de segurança. Não espere ouvir barulho. A criança não esbraceja nem grita quando cai à água: afoga-se em silêncio absoluto. Ensine às crianças comportamentos seguros na água 1- Nunca nadar sozinha; 2- Nadar paralelamente à margem; 3- Não mergulhar em pontões ou em zonas em que não conhece a profundidade ou não sabe se existem rochas submersas; 4- Nunca atrapalhar outras crianças com brincadeiras perigosas (submersão da cabeça, empurrões para a água, etc…); 5- Respeitar sempre as instruções do nadador salvador

Caminhar com Ao ouvi-lo, disse-lhe: “ Uma coisa te falta fazer: vai, vende quanto tens e reparte-o pelos pobres; assim terás um tesouro no céu. Depois, vem e segueme. O jovem que o ouviu, entristeceu-se; era muito rico…” Bem-aventurados os pobres que amam a sua pobreza. Eu conheci um jovem rico. Era puro, era bom, mas era rico!... Oferecia-lha a minha Divina pobreza e teve medo. E ele preferiu ficar proprietário… Meu querido escuta, se algum dia ouvires a minha voz, não te faças surdo. Se não és rico, tanto melhor; mas sempre és demasiado rico quando estás

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O Sol pode provocar queimaduras graves na pele Deve aplicar protector solar adequado às crianças antes de sair de casa e renove a aplicação com frequência. Evite a exposição solar entre as 11 horas e as 17 horas. O que fazer em caso de afogamento? Chame o 112 e dê indicações precisas sobre o local onde se encontra. Se souber como fazê-lo, inicie a reanimação cardio-respiratória e mantenha-a até à chegada da ambulância. Se não souber, tente localizar alguém com formação em suporte básico de vida. Depois das férias? 1- Informe a sua agência de viagens sobre as condições de segurança do local, de modo a que outras famílias possam usufruir da sua experiência; 2- Faça uma reflexão sobre a segurança das crianças nas férias de modo a poder preparar-se melhor na próxima vez; 3- Fazer, um curso de suporte básico de vida.

Cristo apegado ao que possuis. Se te chamasse a servir-Me, a ti que te conservaste bom e puro e que guardas o 10º artigo, voltarias tu também os olhos para o outro lado e irias embora? Faltar-te-ia a coragem? Então para que és escuta? Pobre jovem!...Olhei para ele e amei-o... Não Me olhou… e afastou-se… Se Me tivesse fixado… não teria tido coragem para se afastar, Escuta, olha -Me… Os teus olhos são claros e reflectem a minha pureza e a minha alegria, não deixes que se obscureçam, e para isso, sê generoso. Um escuta não é só para si… Se quiseres ser perfeito… O Escuta perfeito é aquele cuja vida


é uma Boa Acção contínua, nem mais nem menos. O Escuta forma-se para salvar o próximo. A quem já salvaste tu desde que vestes o Meu uniforme? Ditosos os escutas que vão até ao fim e que não rejeitam o sacrifício. Infelizes porém, e bem dignos de compaixão os Escutas que se assustam com o sacrifico e que fazem asa coisas a meias. Felizes os que Eu chamo, mas mais felizes ainda os que respondem à minha voz. Brilharão como estrelas perpetuamente… Felizes os grupos donde Eu escolhem os meus servidores: Esses são os que observam

a lei… felizes os guias que me trazem a seus irmãos e mais ditosos ainda os que deixem a seus irmãos por Meu amor. Felizes os chefes que Me dão os seus filhos. Se um copo de água dado a um pobre não ficará sem recompensa, como crês que agradecerei Eu ao que Me deu o seu coração e a sua vida, a Mim, que sou o Primeiro Pobre do Mundo? Opor isso te digo: “ Se queres ser perfeito, deixa tudo e segue-me Quê?! Também tu irás, TRISTE, muito TRISTE?

EDUCAR

educar

“É trazer de dentro para fora (criar) fazer crescer valores, fazer com que cada “SER” os desenvolva segundo sua natureza, é o homo sapiens junto ao homo saber destinados a construir o seu caminho, a sua liberdade, e reinventar a vida.“ (Teresa Carreira) A Educação é a aventura errância, é paixão do ensinar e aprender permanentemente numa sociedade de projecto. É “ oficina” de correcção de “erros” que visa, ensinar o verdadeiro, o bom e o belo. Não se é educador sem o desejo de perfeição. Como educar? E para que educar? “Saber” deve ser renovado e actualizado. Educar é preparar um mundo melhor, com mais paz, felicidade, compreensão e amor. Educar é também resolver os problemas que encontramos a nível regional e local e transmitir as soluções aos que nos seguem. O dirigente actual tem de ser?

Educador, evangelizador, e um formador: - Quem ensina seja capaz de ensinar; - O desejo de aprender tem que vir de dentro; -O homem vive num mundo com várias dimensões, mas que se articulam e se complementam. Dirigente Conhece a tua missão e conhece -Te a ti mesmo como dirigente para te assumires como dirigente do CNE. Hoje ser dirigente é ser quase tudo. “ Técnico, gestor, juiz, pai, mãe, irmã, conselheiro e amigo, etc… Hoje pede-se quase tudo ao Dirigente: Que desenvolva as capacidades cognitivas, afectivas e motoras e promova os valores de solidariedade, da liberdade, da tolerância e da democracia. Formar é educar. BOA CAÇA

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Dia Regional do Lobito 3 de junho de 2012 - Teixoso

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ealizou-se no passado dia 3 de Junho mais um dia Regional do Lobito, actividade promovida pela Junta Regional da Guarda e cujo anfitrião foi o Agrupamento N.º 153 Teixoso (o qual realiza este ano 50 anos de existência). O dia começou com a chegada das Alcateias por volta das 9:00 horas da manhã, junto ao Ciclo do Teixoso, os inscritos totalizaram o número de 310 elementos entre lobitos na sua maioria e Dirigentes/CILs/C. A alegria dos nossos jovens começava a percorrer as ruas do Teixoso, onde os lobitos eram convidados a iniciar a sua caçada, descobrindo os monumentos, hábitos, costumes e principalmente a agir com os habitantes da vila. A cor amarela iluminava o desfile que nos guiou até ao Adro da Vila, local onde os Lobitos realizaram a saudação colectiva, quer aos seus chefes, quer à população do Teixoso. O tempo passava num corrupio e estava na hora dos “amiguinhos” de Jesus irem ao

encontro da Sua palavra. Saciado o espirito, era hora de retemperar energias e de nos preparar para o grande Jogo, que se iniciaria às 15H. Por volta das 14h30m começaram a convergir para o Adro, os nossos Lobitos. O Grande Jogo começou, era constituído de uma prova por estafetas com 5 etapas. O jogo foi disputado pelas 19 alcateias 10 A pista outubro de 2012

presentes, duas de cada vez e finalizou perto das 17h00m. No final e enquanto se apurava quem tinha sido a Alcateia vencedora, os lobitos presentes puderam com entusiasmo experimentar os diferentes jogos.

No final foram distribuídas pelas Alcateias lembranças pela sua presença. Por último foi revelado o vencedor do grande jogo que coube à Alcateia do Teixoso, que desta forma presenteou o Agrupamento no seu quinquagésimo aniversário. Em jeito de despedida cantou-se o “Adeus”, com o desejo de vos tornar a receber brevemente e com a certeza que os laços fraternais que nos unem saíram reforçados. Por último, um agradecimento sentido a todas as instituições, aos antigos escuteiros, familiares e amigos, que nos ajudaram nesta empolgante caçada. O Nosso Bem Hajam a todos e uma forte canhota,

Hugo Passarinha


acampamento

amizade

da

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ealizou-se nos dias 6, 7 e 8 de Julho o 4º Acampamento da Amizade em Belmonte, onde estiveram presentes cerca de 250 escuteiros de vários Agrupamentos da Região. Os Agrupamentos presentes foram: PAUL, SOITO, TRANCOSO, S. PEDRO, COVILHÃ-20, VALVERDE, GUARDA, TEIXOSO, BOIDOBRA, LAGEOSA, BELMONTE E SABUGAL. Total de presenças cerca de 315 elementos. Sexta-Feira ao fim de tarde os escuteiros chegaram à praia fluvial de Belmonte para mais um fim-de-semana prometedor, e ao fim de pouco tempo o Acampamento estava montado com diversas tendas de várias cores e feitios que embelezavam o espaço. Além das várias actividades das 4 secções, sábado à tarde realizou-se a cerimónia de Encerramento dos 85 anos da Junta Regional da Guarda do CNE, seguida da Eucaristia de Acção de Graças pela existência do Escutismo na região. “85 anos…Em Caminho” foi o lema das comemorações. 85 anos a educar crianças, adolescentes e jovens com o intuito de se tornarem adultos saudáveis, felizes e úteis, com espírito de sacrifício, humildade e serviço em benefício do bem comum e da sociedade. Domingo tivemos a alegria da presença do Sr. Bispo D. Manuel Felício que (Continua na próxima edição impressa do Jornal “Cinco Quinas”) Chefe Adélia Lopes Agr.732 Soito

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O Escutismo

como escola de educação por grupos

O

escutismo é um precursor, uma antecipação desta “escola activa”. É possível que muitos tenham do escutismo a ideia de rapazes vestidos de uniforme. Esses ouçam palavras do fundador, Baden Powell: “ não me importo absolutamente nada que o escuta traga ou não traga uniforme, contanto que ponha o coração naquilo que faz e cumpre a Lei do Escuta”. Não, o escutismo não é uma farda. Ela é, sem dúvida, um símbolo, e, como todos os símbolos transforma-se em mito se perde o significado. Seria uma infidelidade imperdoável ao espírito escutista obrigar os rapazes e raparogas a andarem fardados quando eles (elas) o não querem. O escutismo é somente uma escola de educação com um método muito próprio: pretende levar o rapaz (rapariga) a “educar-se por si próprio em vez de o (a) instruir.” Aqui temos uma frase do fundador Baden Powell, que faz lembrar muitas, de pedagogos da “escola moderna”: “ O escutismo é um jogo de rapazes sob a direcção dos rapazes”. É, portanto, uma auto-educação. Estamos perante, uma importantíssima faceta do método pedagógico escutista. Encontramos, outra importantíssima faceta:” O sistema de Patrulhas”. A auto educação é feita em grupo (Patrulha, bando, Equipa, e Tribo). A patrulha é sempre a unidade em escutismo. A patrulha é escola de carácter para o individuo, pois cada rapaz na patrulha compreende que ele é por si elemento responsável e que a honra do seu grupo depende de algum modo da sua própria capacidade de participar no jogo. São palavras do fundador às quais muitas outras se poderiam acrescentar em que B. P. acentua o carácter e a necessidade de dar responsabilidades a todos os rapazes, consciente como estava que a vida em grupo correspondia ao modo psicológico de o rapaz corresponder ao mundo circundante que está a descobrir e que a educação é abertura à responsabilidade social. Bastaria isto para se poder concluir pela actualidade do Escutismo, se tivermos em conta o que atrai se disse no respeitante aos fenómenos contemporâneos.

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Não sejas a

árvore estéril

beira da estrada, a árvore seca e ressequida pelos sóis caniculares, estando agora exaurida da seiva que foi vida e lhe deu as ramagens frondosas que puseram no chão sombras reconfortantes, parece, nos mil braços erguidos para os ares sadios do monte, um espectro dantesco. Olhando-a, penso em ti. Dantes, quando o teu peito era um rio de água fresca e dele regavas as raízes da bela árvore que foste, em redor de ti havia sempre um espaço oxigenado que era um convite e é hoje uma dolorosa recordação… Lembras-me essa árvore do monte, seca e estéril! De ti, como dela, fogem apavorados os que te procuram. Nas tuas ramagens os ventos da serenidade antiga ganharam hoje a força dos vendavais, uivando nelas com o furor que derrota os galhos secos da árvore decrépita do monte, cujo mérito maior, estando ainda de pé, é ser uma lição para ti… Assim a queiras aproveitar e me saibas ouvir! Não vale cair, podendo andar de pé para ajudar os caminheiros desta jornada terrena… Não vale! Não sejas, pois, a árvore do desencanto e da falta de coragem. Não uses os truques fáceis para esquecer os problemas daqueles que te rodeiam. Hoje libertas-te de um… amanhã de outro… Mas lembra-te: - Foges deles sem os resolver! E virá o dia, quando todos, alinhados como um batalhão disciplinado que pede contas ao comandante pela má estratégia que gerou a derrota, em que gerou a derrota, em que terás de dar contas à tua consciência inquieta. Por isso, amigo, se eu sei que dentro de ti a seiva do amor pode ainda gerar o milagre da regeneração, peço-te que poises os teu olhos na arvoredo monte que está de pé para te ajudar a reflectir – e não seja mais o homem seco cujos braços pendentes lembram os seus galhos caídos! Amigo: - Que eles se ergam para o alto em atitude de acção de graças e, neles, a folhagem do amor seja um convite à concórdia e ao ninho de qualquer pardalinho humano!

À

(Livro: HOMENS A CAMINHO de Teodoro A. Mendes) A pista outubro de 2012

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?

Sabias que…

Henriqueta mãe de Baden-Powell

sa Olave

ell e sua espo

Baden-Pow

Sabias que… pretende ser um Álbum de partilha de factos sobre a vida de Baden Powell, o nosso fundador. As diversas curiosidades sobre B. P. que aqui vamos colocar, são fruto de pesquisa realizada em diversas fontes, podendo acontecer que existem informações contraditórias em função da fonte consultada. Se tiveres outras curiosidades ou alguma que colida com as apresentadas, partilha-as connosco. Esperamos as vossas iniciativas e as vossas fontes sobre a vida do nosso fundador.

1860 O pai de Robert morreu quando ele tinha perto de três anos, deixando sua mãe com sete filhos, dos quais o mais velho não tinha ainda catorze anos de idade e o fundador do escutismo era o 5 dos 7 filhos. Havia, com frequência, momentos difíceis para uma família tão grande, mas o Amor mútuo entre mãe e filhos ajudava-os a superar todas as dificuldades.

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Henriqueta, mãe de B.P. não se apavorara com a difícil missão de educar tantos filhos sozinha. Assumiu o papel de mãe meiga mas ao mesmo tempo enérgico e determinada. Nos tempos livres, ela gostava de levar os filhos a passear pelos bosques, explorando a natureza e descobrindo em conjunto os segredos dos animais e das plantas. Entregou a cada filho uma porção de horta para que a cultivassem. Depois todos comiam o que cada um produzia BP começou por se chamar Robert Stphenson Smyth Powell, mas seu pai chamava-se Baden Powell. A mãe de B. P. meteu na cabeça a ideia de mudar o sobrenome da família para Baden Powell, para homenagear o seu falecido marido. Em 21 de Setembro de 1869, todos os membros da família tomaram o sobrenome de “Baden Powell”. O irmão mais novo de BP, Baden passa agora a chamar-se Baden Baden Powell. A mãe introduz um hífen no meio do duplo sobrenome e Baden-Baden Powell. Henriqueta passou a ser conhecida como a “Senhora Hífen” Aqui vos deixo algumas curiosidades sobre a família do fundador do escutismo, espero que tu sejas o próximo a enviares mais curiosidades sobre a vida e a família de B.P.

Forte canhota


Pedro

Apóstolo Patrono da Comunidade (III Secção)

P

edro é um dos nomes mais referidos na Bíblia; 155 vezes em todo o Novo Testamento, quer sob o nome de PEDRO, quer sob o de CEFAS. Aparece , ainda, duas vezes na Carta aos Gálatas e uma vez em cada uma das duas Cartas de Pedro. Por outro lado, é uma das figuras que mais simpatia desperta no leitor dos Evangelhos e outros escritos do Novo Testamento. É ele quem mais se evidencia dentre os que rodeiam Jesus, sobretudo nas intervenções que faz, sempre em nome dos Doze Apóstolos. Pelo facto de aparecer como chefe do grupo dos doze, Pedro foi considerado como aquele que tem a primazia, ou seja, o que exerce um grau de autoridade que nenhum outro apóstolo pode reivindicar nem reivindica. Pedro, homem do povo, pescador do lago Cada um dos quatro evangelistas apresenta a figura de Pedro segundo uma determinada perspectiva. Mas, todos estão de acordo em apresentá-lo como homem do povo, um simples pescador do lago da Galileia. Jesus encontrou-o a pescar, ou a lavar as redes da pesca, e chamou-o, para “pescar homens”: Jesus disse a Simão: “ Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens”. Nas suas intervenções ao longo do Evangelho, Pedro não perde o estatuto de simples pescador do Lago, sobretudo no Evangelho de marcos. Por isso, quando Jesus interroga os discípulos, Pedro é, naturalmente, aquele que toma a palavra, mesmo sem pensar bem nas respostas que á: - E vós quem dizeis que Eu sou? Tu és o Messias. respondeu Pedro. Mas ele pensa num Messias puramente humano, um Messias rei de Israel, que lutaria contra os romanos. Era isso que desejava

também grande parte do povo no tempo de Pedro. Efectivamente, quando Jesus afirma que o seu messianismo não consiste em ser rei, mas em ir a Jerusalém, sofrer muito, ser morto e ressuscitar, nessa altura, Pedro deu um passo atrás e disse a Jesus que não era esse o tipo de messianismo que ele imaginava. Tomando-o de parte, Pedro começou a repreendê-lo, dizendo: Deus te livre, Senhor! Isso nunca te há-de acontecer. Pedro manifesta-se como homem comum do seu tempo, quando se esperava ardentemente um messias mais politico que religioso. De um pescador do Logo, que se poderia esperar senão melhores condições de vida para a sua profissão e para a sua família? Pedro foi o primeiro a ser chamado por Jesus a ser e é citado sempre em primeiro lugar, em todas as listas dos doze Apóstolos. Mateus acrescenta mesmo “o primeiro”, antes de nomear o porta-voz do grupo dos doze, aquele que representa todo o grupo, para perguntar e responder a Jesus. Pedro é igualmente o Apóstolo que se encontra nos grandes momentos da acção de Jesus, onde nem sempre aparece todo o grupo, mas apenas Pedro, Tiago e João. Se Pedro é o chefe do grupo dos Doze, também é o chefe do grupo dos três que estão com Jesus na Transfiguração, na oração do Getsémani e na ressurreição da menina de doze anos (Mc 5,37). Por isso, a Pedro deverá também ser comunicada, em primeira-mão, a notícia da ressurreição de Jesus: “Ide pois, dizer aos seus discípulos e a Pedro: Ele precede-vos a caminho da Galileia. Lá o vereis, como Ele vos tinha dito” (Mc 16,7) Continua… A pista outubro de 2012

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