Revista mundial acabamentos

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ÔOH DE CASA! A!

TEMPO DOS

C

hegamos quase ao final do ano. Por aqui, aguardo a boa nova. De fato, já choramos muito e muitos se perderam no caminho. E aí está novembro. Setembro foi um mês que se destacou, o Setembro Verde, Mês Oficial da Inclusão Social das Pessoas com Deficiência, mês da campanha que estimula a doação de órgãos, mês, também, dos furacões Irma, Katia, Jose e Maria na pauta do Caribe e dos EUA. Graças aos avanços tecnológicos e aos profissionais que cumprem o seu papel com responsabilidade e eficácia, populações são avisadas com antecedência e, por isso, tentam se proteger do efeito avassalador desses furacões tropicais que têm um nome próprio, escolhido com antecipação e fácil de recordar. Cuba e EUA experimentaram recentemente a fúria da natureza que sofre com o aquecimento global. O Brasil, a princípio, está protegido dos furacões, uma vez que um dos fatores determinantes para que eles ocorram é a temperatura do mar acima de 27 graus Celsius. No mar do Nordeste, onde são registradas as maiores temperaturas, elas não passam de 26 graus Celsius. Para maior alívio, esse fenômeno é raro nos países localizados na linha do Equador. Os furacões “avisam” que estão chegando! Já têm nome, a população sabe quem enfrentará, quais as suas características, o tamanho do estrago que poderão causar, quanto tempo durarão e a trajetória que percorrerão. São visíveis. A forte tempestade, a fúria do vento, as ondas gigantes e tudo o mais que os caracteriza fazem alarde e anunciam a sua chegada. Como saldo, após a passagem, desordem e retrocesso. Aqui, abaixo do Equador, onde não existe pecado, experimentamos um fenômeno nada natural a devastar o país inteiro. Longe de ser um furacão, um verdadeiro arrastão! “Protegidos” dele, só mesmo eles, que fizeram a farra. Se fosse um terremoto, sem dúvida, seu hipo-

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COZINHAS

CLAUDIA MARIA CHAVES Psicóloga e publicitária

furacões centro seria Brasília; o epicentro, todo o território nacional e, de tão potente, balançaria outros tantos países. Esse fenômeno que atinge o Brasil foi formado ao longo dos anos, ganhou força, cada vez mais adeptos e não tem previsão de acabar. É um fenômeno seletivo. Leva dinheiro, carros, joias, barcos, imóveis de alto padrão, artigos de luxo e a dignidade da maior parte da população. Uma verdadeira lição de esculacho feita por gente do alto escalão, professores de terno e gravata. Assim como o furacão Irma, que teve “uma intensidade sem precedentes no Atlântico”, a magnitude do fenômeno que ocorre no país choca o mundo inteiro, tamanha a sua proporção. A lista de nomes para explicá-lo é extensa e tem para todos os gostos: Tião, Pezão, Marta, Maia, Odebrecht, Geddel, Skaf e até Cabral. Uma verdadeira missão de esculacho arrebata a Pátria Amada. São Bartolomeu e São Martinho, por aqui nem São Paulo nem São Luís escaparam! Veja, somos um país autossuficiente. Produzimos do grão à destruição, e no lugar da ordem e do progresso, também por aqui desordem e retrocesso. Com mais um agravante. Por lá, com dinheiro, tecnologia e muito trabalho, logo se reerguerão. Enquanto por aqui será necessário muito mais que isso, pois o problema é de índole, de caráter, de desvio de conduta, de princípios e valores nada libertadores. Passou o setembro dos dezesseis anos do ataque às Torres Gêmeas. Setembro dos 195 anos do grito às margens do Ipiranga. Independência ou morte! Na Terra de Santa Cruz, hoje Terra em Transe, do jeito que a coisa vai, fica fácil prever o seu futuro. Imagina, então, se tivéssemos de lutar contra catástrofes naturais e terroristas que se escondem, ninguém sabe onde mais. Indignada, mas esperançosa, torço pela boa nova. Afinal, já é novembro!


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