Cidade em Revista - Edição 52

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Dr. Dairton Legnani Cirurgia Plástica

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Há 30 Anos se dedicando a Saúde em Campo Mourão e Região Realçando a beleza das pessoas 44. 3523.2720 Av. Capitão Índio Bandeira, 341


Arte: Cidade em Revista Arte: Cidade em Revista

Dr. Marcelo Brito Crm 18871

Dr. Diogo Neves Crm 24523

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FEVEREIRO 2018

Referênciaem emOftamologia Oftalmologia Referência

CIDADE EM REVISTA - ANO 9 - Nº 48

Dra. Jussara Brito Crm 27527

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Dr. Keiti Shirasu Crm 22464

Rua Harrison José Borges, 652 Centro - Campo Mourão - PR VisoClinique visoclinique.com.br

ANO 7 - Nº41

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ÍNDICE

EXPEDIENTE

editora A. D. Munhós Coletty - Editora Publicação da Editora Rua. São Josafat, 1418 CEP: 87302-170 Campo Mourão PR

05 - Que Brasil renascerá das eleições 2018?

Telefones 44. 3523-2115 | 9.9978-4242 Email cidadeemrevista@gmail.com ccoletty@gmail.com Jornalista Resonsável Cidinha Coletty - MT/PR 8715 Revisão Cida Freitas Departamento Jurídico Dr. Dirceu Jacob de Souza OAB/PR 55.947 Diagramação Agência BENN

22 - Arquitetura Iluminação para interiores

48 - Turismo Um giro pela Alemanha

Colaboradores Beth Ecker Cida Freitas Dirce Bortotti Salvadori Marco Aurélio Dias Maria Joana Titton Calderari Nelci Veiga Mello Roberto Recinella Silvia Novaes Fernandes Fotos Editoriais Banco de Imagens Cidinha Coletty Circulação Distribuição dirigida

85 a 92 - Dicas de Leitura O Menino do Pijama Listrado

73 -Festas & Eventos Boda Carol e Leandro

93 a 98 - Dicas de Cinema Robin Hood: A Origem

Deus é Fiel 4

www.cidadeemrevista.com

64- Unicesumar Polo Campo Mourão

/cidadeemrevista CIDADE EM REVISTA


Que Brasil renascerá das eleições 2018? Ou não... Os olhos do mundo estão voltados para o Brasil neste tempo difícil de escolhas políticas que marcarão o futuro do país, o nosso futuro. Com o título de “O naufrágio de uma nação”, o editorial do jornal Frances Le Monde chegou a afirmar que o Brasil “é um país que parece ter perdido o controle de seu destino”, “uma nação que se sente abandonada”, com uma classe política ”angustiante, envelhecida, minada pela corrupção”. Aqueles jornalistas que há poucos anos colocavam o Brasil no Olimpo dos deuses, inveja do mundo, não se preocupam em analisar por que isso teria ocorrido, em tão pouco tempo, como passamos tão rapidamente do céu ao inferno. Dentro e fora do Brasil precisamos fazer uma análise séria sobre as causas que conduziram a essa crise. Não existem crimes sem culpados e é importante ir às raízes do problema antes de se fazer julgamentos sumários como se o Brasil houvesse chegado a esse momento sem que ninguém se sinta responsável.

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Reconhecemos que o país vive um de seus momentos mais difíceis após a ditadura, mas não é verdade que o Brasil tenha naufragado e perdido o controle de seu destino. Reconhecemos que há anos não estávamos tão divididos por motivos políticos, agravado pelas redes sociais que ampliaram as possibilidades de debate, de saudável troca de opiniões. Há exageros em todos os lados especialmente entre mais radicais. Houve até derramamento de sangue, mas temos que confiar que a justiça continuará fazendo o seu papel, iluminando a escuridão da corrupção em que vivíamos enganados pelas promessas mentirosas dos que saqueavam a nação... Nós, brasileiros estamos irritados com nossos governantes, descrentes com os políticos, como na maior parte do mundo de hoje. Mas o Brasil não está em guerra.

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Somos uma sociedade sofrendo das dores do parto para o nascimento de um país melhor. Um Brasil que quer mais e o quer para todos, sem privilégios vergonhosos para os que deveriam dar exemplo à sociedade. Não somos um país em agonia. Estamos tão vivos que ainda somos capazes de demonstrar nossa raiva, nossa indignação. Não podemos a deixar, nem mesmo achar que democracia naufragou. Isto é uma ofensa ao trabalho que esse país realizou para se manter dentro dos padrões das democracias mundiais. O Brasil, dentro do continente, faz parte, apesar de todos os seus problemas, dos mais bem aparelhados do continente na defesa dos direitos humanos. O Brasil não é a Venezuela nem a Nicarágua apesar de toda a carga de violência.


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Somos um país com total liberdade de expressão e com a Justiça, com uma Lava a jato agindo e punindo os crimes de corrupção das elites políticas e empresariais como nunca aconteceu em sua história, em que a prisão era privilégio de pobres e negros. Não vamos destruir quem acendeu a luz que está iluminando os porões escuros da corrupção generalizada que estava (esta?) destruindo nosso país. Vamos aproveitar esta crise para fazer as mudanças necessárias para consolidarmos nossa democracia, nossos instrumentos de controle das instituições.

Se há alguns anos acreditamos que a Esperança ia vencer o medo, agora temos que acreditar que a Esperança vai vencer o ódio, a descrença, a desunião, a desesperança e que nos podemos e devemos nos unir RECONSTRUIR NOSSO BRASIL!! Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso PUC.

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Já é Natal Estamos em outubro, e com a chegada do Natal se aproximando as expectativas são muitas. A primeira lembrança que me veio foi do Natal de Luzes da Coamo, é sempre inovador, com belas surpresas e organização impecável. Já tem data marcada, este ano terá início às 20 horas do dia 28 de novembro, é o tradicional Natal de Luzes da Coamo. O evento marcará o início das festividades natalinas em Campo Mourão. Além da programação artística, terá distribuição de balas, contará especialmente com acendimento das luzes da Administração Central e chegada do Papai Noel, que é uma atração à parte, pois a forma como o bom velhinho chegará é mantida em segredo pelos organizadores. A exemplo de anos anteriores, a expectativa é reunir milhares de pessoas entre crianças e adultos, da cidade e região, neste evento que é realizado há mais de dez anos, faz parte do calendário de atrações de fim de ano da Coamo e de Campo Mourão. Cidinha Coletty

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Saudades do colo da vovรณ...

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“Sim, tenho a certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.” A arte de ser avó de Rachel de Queiroz. Demorei muito para ser avó. Talvez por ter tido as três filhas muito cedo, na inexperiência dos meus 22, 24 e 27 anos, longe do apoio das avós e dos parentes, num tempo de muito trabalho e correria que impedia a descontraída curtição de todos os bons momentos vividos.

E foram tantos, mas passaram tão rapidamente que parece que não foram suficientemente curtidos. Ficou uma imensa saudade, uma nostalgia daquele tempo quando os bracinhos de crianças se erguiam pedindo colo, seguravam nosso pescoço, quando a casa se enchia de alegria com o agito infantil, a mesa era farta de coisas “que a mãe fazia” no tempo em que podíamos comer de tudo sem medo dos quilinhos a mais na balança...

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Os anos passaram, as meninas cresceram, passaram por todas as etapas da infância, adolescência, juventude, saíram de casa para estudar, vencer suas batalhas, seguir o seu caminho, construir sua vida. Ficou a interminável saudade de um tempo perdido sem ter sido devidamente curtido. Meu Deus, porque cresceram tão rapidamente! Sim, reconheço que pedi por isso muito em minhas orações... Restou rezar muito pedindo a bênção dos netos!!! E mais uma vez Deus nos atende e por sete vezes nos dá a dádiva deste presente maravilhoso que é receber “Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino que se lhe é “devolvido”.” Faço minhas as palavras da Rachel de Queiroz. Sim, ser AVÓ É UMA ARTE!

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E agora fico a rezar por estes sete anjos, João Antonio, Isabel, Maria Luiza, Laura, Francisco, Ricardo e Julia, preocupada com o futuro deles, querendo ajudar no que posso, mesmo que a distância, curtindo cada fase desta infância tão rica de encantos, relembrando cada palavra, frase, sorriso, peraltice de cada um de nossos tesouros. Não me incomoda envelhecer, mas a cada difícil separação, as dores no corpo avisam que os netos estão crescendo (depressa demais...) e que não temos mais a força da juventude para dar-lhes todo o colinho de avó que gostaríamos... Mas sentada é possível sim, cantar mais uma vez canções de ninar para os pequenos, deixando marcada a grandeza de nosso amor neste coraçãozinho amado, na esperança de que no futuro (quando não estivermos mais aqui...) eles lembrem com saudades da voz, do colo da vovó...

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“Feche os olhos, ouça sua voz. Faça uma gravação imaginária. Guarde na sua melhor gaveta. Ouça de novo. Garanta que não esquece. Elas não duram para sempre. Mas a voz delas sim. A voz delas marca- e fica. Ouça enquanto pode e guarde naquela sua gaveta. Na melhor gaveta de todas, já que não podemos simplesmente atracá-las ao peito.” Se os netos acolherem o que pede Ruth Manus, a imortalidade será realidade! Maria Joana Titton Calderari – graduada Letras UFPR, especialização FilosofiaFECILCAM e Ensino Religioso- ASSINTECPUC, membro da AML de Campo Mourãomajocalderari@yahoo.com.br

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YÁZIGI CAMPO MOURÃO I(44) 3810-3614 Rua São Josafat 1457


A Banalização do Ensino Superior

Nossa história mostra claramente que, o acesso ao mundo acadêmico foi algo lento e difícil para a grande maioria da população. Inicialmente foi privilégio apenas das classes abastadas e, destinada potencialmente aos homens. Às donzelas restava a preocupação de destinar uma formação relacionada aos afazeres domésticos, tais como, as artes manuais, música, etiqueta e nada que desenvolvesse seu senso crítico visto que, não seria interessante numa relação conjugal. Cada época com sua realidade ideológica cultural. 18

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O tempo passou, os valores culturais sofreram grandes transformações acompanhando a evolução social e os recursos que avançavam. Não há como negar que a presença religiosa da época, através dos Colégios católicos, e posteriormente, evangélicos também, contribuíram para o avanço do ensino. Nesta época, as atividades escolares não estavam voltadas às facilidades, ou mesmo, objetivos de agradar aprendizes ou seus genitores provedores. O foco era, em especial, a erudição. O currículo era pesado e difícil, se comparado aos de hoje, porém proporcionava um saber de qualidade. Decorrente disto, o ensino era valorizado, assim como os professores que eram também, respeitados. Como tudo muda, com o passar dos anos surge a Escola Pública e gratuita. A princípio, seletiva e igualmente de excelência. Quem passava por ela desenvolvia habilidades de leitura, escrita, discurso, idioma, contas, bom comportamento, brasilidade, etc.

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Porém, paulatinamente, em razão de ideologias populistas, ocorreu a implantação de um sistema aberto à população. Daí, a necessidade de adequar e, por conseguinte, facilitar o acesso ao ambiente escolar. Muitas escolas são construídas e, atendendo a grande demanda popular, o sistema cresce. Assim como acontece o crescimento quantitativo, surge o declínio qualitativo. Preparar profissionais qualificados para todos os estabelecimentos criados demandava custos. Isto não fazia parte das definições ideológicas daqueles que implantavam escolas nos diversos Estados da União. Assim, paulatinamente, o problema se acentuou. Agora, percebemos claramente, que atingiu o ápice a desvalorização do saber e da busca por excelência. Não só o ensino fundamental e médio, como também, o Superior, estão sendo violentamente banalizados.

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Assistimos dos representantes dos governos um discurso favorável aos cursos EAD como solução popular de acesso à Universidade, enquanto a qualidade se torna cada vez mais pobre. Difícil acreditar que toda população estudantil do país é autodidata. Sabemos que o saber implica no desenvolvimento de teoria e prática. A figura do aluno não está independente à do professor que orienta e acompanha. Como acreditar que cursos de Engenharia, Agronomia, Pedagogia, Psicologia, etc on line podem garantir a mesma qualidade de um curso regular, com práticas realizadas cotidianamente pelos alunos, acompanhadas de profissionais no dia a dia? Que profissionais teremos futuramente? Não questiono a existência de tais cursos para atender interessados de regiões onde inexistem Instituições de Ensino.


Mas, substituir cursos regulares, em centros de fácil acesso ,por cursos baratos de EAD, que não oferecem a mesma qualidade dos frequenciais, é difícil aceitar. Sem contar que, com o advento deste novo comércio de cursos, a distinção e conseqüente discriminação profissional será uma realidade negativa futura. Qualquer empresa, ao buscar um profissional qualificado, não estará preocupada com o diploma, mas sim, com o tipo de formação recebida pelo indivíduo. Em nossa empresa já presenciamos a diferença de desempenho no trabalho de pessoas com formação em curso regular da com formação em curso on line. Infelizmente há diferença.

Importante se faz, rever o que queremos para nossos jovens e, acima de tudo, que não desmontemos os bons cursos que ainda existem. Devemos continuar em busca de uma educação de qualidade. Nossa sociedade merece profissionais bem preparados e, nossos jovens, merecem uma formação que lhes garanta condições de acesso ao mercado de trabalho, com competência, e, em igualdade de condições com aqueles que têm acesso aos cursos regulares. Diploma não tem nenhum significado quando não garantem um saber concreto e potencialmente qualificado. Beth Ecker.

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ILUMINAÇÃO PARA PROJETOS DE INTERIORES Para se desenvolver um ótimo projeto de interiores é essencial que a beleza esteja atrelada à funcionalidade, ou seja, tudo deve estar de acordo: revestimentos, cores, peças de decoração, mobiliário e, é claro, a iluminação. A luz é fundamental para o bem-estar do homem e pode transmitir diferentes sensações. Nesse sentido, a escolha da lâmpada a ser utilizada no ambiente é tão importante quanto a escolha da luminária. Para não errar na escolha do produto podem-se analisar alguns aspectos técnicos diretamente com o vendedor, ou ainda apenas lendo as informações presentes na embalagem. Por exemplo, a temperatura de cor da luz, medida em Kelvin (K), classificam as lâmpadas em luzes de cores frias ( 6000 K), cores neutras ( 4500 K), e as luzes de cores quentes ( 3000 K). 22

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Essa classificação se dá em comparação à luz solar, que ao amanhecer apresenta tons avermelhados e quentes e, a medida que o tempo passa a sua luz vai se esbranquiçando, tom mais frio, e ao entardecer retorna aos tons alaranjados e quentes. Assim como a luz solar regula as atividades diárias, deve-se utilizá-la como parâmetro para iluminar os ambientes. As luzes de cor neutras são as mais indicadas para a iluminação geral, são agradáveis aos olhos, criando um aspecto natural e calmo, por isso podem ser amplamente utilizadas. As lâmpadas com luzes frias apresentam tonalidade branco azulado, são muito utilizadas em estabelecimentos que exigam grande atenção em suas atividades pois colaboram com a produtividade e despertam as pessoas.

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Já as tonalidades de luz quente, assim como em um entardecer, transmitem a sensação de aconchego e relaxamento, ou seja, são indicadas para iluminações de destaque dramático. Outra especificação facilmente encontrada é o consumo energético do produto, medido em Watts (W). Atualmente, a tecnologia LED tem sido muito satisfatória no sentido de reduzir a quantidade de energia gasta para se atingir o mesmo fluxo luminoso, ou mesma quantidade de luz, do que as apresentadas por lâmpadas incandescentes e até mesmo as fluorescentes. A lâmpada bulbo incandescente consome em média 60W, já a lâmpada bulbo de LED consome em média 10W, ou seja, seis lâmpadas LED consomem o que apenas uma incandescente consome de energia para funcionar.

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Independentemente do consumo, tem-se a questão do fluxo luminoso da lâmpada, medido em lúmens (lm), indica qual a quantidade de brilho o produto emite em determinada área. Ou seja, quanto mais lúmens a lâmpada for capaz de emitir, mais claridade haverá no ambiente. Essa informação tão importante é muitas vezes esquecida, ou até mesmo desconhecida. Com a tecnologia LED a tendência é que as lâmpadas apresentem um fluxo luminoso cada vez maior com o mínimo de consumo energético, aumentando assim, a eficiência e a durabilidade dos produtos. Esses são apenas alguns aspectos a serem analisado. Quando se vai adquirir uma lâmpada o objetivo sempre é atingir o conforto do usuário, com instalações eficientes e eficazes, tanto no sentido funcional quanto no econômico, buscando reduzir os custos de aquisição e manutenção. Arieli Fernandes Zago Arquiteta e Urbanista - Universidade Estadual de Maringá Especialista em Projeto de Interiores e Iluminação

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Mangueira de Led para decorações natalinas.


Crise de valores “Muitas vezes as pessoas tentam viver a vida às avessas: eles procuram ter mais coisas ou mais dinheiro, para poderem fazer o que querem, de modo que possam ser felizes. A coisa deve funcionar ao contrário: você primeiramente precisa ser quem você realmente é, para então fazer o que precisa ser feito, a fim de ter o que você deseja”. (Shakti Gawain) Vivemos em uma época que alguns valores se perderam, ou se inverteram, as pessoas acham que a maioria das conquistas vem do mundo externo, mas na realidade vêm de dentro. Antigamente as famílias e escolas tinham mais tempo de convivência e amadurecimento de seus ensinamentos e valores com seus filhos e alunos, enfim as pessoas tinham mais tempo para apren-

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der, apesar de atualmente termos muito mais recursos e informações aprendemos menos, pois não aprendemos a pensar, questionar, praticar, sentir e enfim incorporar o conhecimento, hoje as crianças, jovens e adultos são mais “precoces”, temos adolescentes de 16 anos entrando nas universidades com a enorme responsabilidade de ter que escolher a profissão que irá exercer pelo resto da vida (não me admira que a maioria abandone o curso ou se torne infeliz), temos jovens executivos que tiveram uma carreira brilhante e meteórica e com 40 anos chegam &agra ve; presidência da empresa, não questiono suas competências, mas sua maturidade ou o preço que tiveram que pagar por isso, a maioria deles perdeu a família e amigos pelo caminho.

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EXISTE UM KA PARA TODO TIPO DE FAMÍLIA.

VENHA FAZER UM TECNODRIVE

Preocupa-me como as pessoas atualmente são motivadas pelo simples acúmulo de bens sociais e matérias acreditando que isso lhes trará felicidade, mas ao contrário disso, atrás desta cortina de fumaça, muitas delas ainda continuam dormindo com o inimigo todos os dias, pois não conseguiram atingir a paz interior. A cada dia observo mais desvios de valores e condutas ao meu redor, basta olhar nas reportagens dos jornais, na escola, na empresa, no supermercado. Aquele motorista esperto que estaciona na vaga dos deficientes ou idosos ou aquele que estaciona em cima da faixa ocupando duas vagas; o jovem que entra na fila dos idosos no supermercado não dando lugar a um senhor ou senhora que está logo atrás dele; os consumidores que adquirem produtos piratas; os motoristas que tentam dar uma “gorjeta” para o policial de trânsito para se livrarem da multa; o eleitor que no momento do voto se deixa levar pela simpatia do candidato e não acompanha

K A F R E E ST Y L E

Campo Mourão: Av. Guilherme de Paula Xavier, 1635 – (44) 3599-0000 Goioerê: Av. Santos Dumont, 1401 – (44) 3521-5000 Ivaiporã: Av. Brasil, 780 – Centro – (43) 3472-9500


em seu mandato (Você se lembra em quem votou na última eleição?); os precários serviços de atendimento das mais diversas empresas; as mentiras que os vendedores contam para fechar a venda; os bancos que além cobrarem tarifas desconhecidas praticam taxas de juros altíssimas para os empréstimos e baixíssimas para as aplicações; o garçom do estabelecimento que traz a cerveja quente e uma porção fria; os médicos que atendem sem praticamente olhar para o paciente; a maioria das empresas que tem um discurso maravilhoso sobre gestão de pessoas, mas uma prática horrorosa; as pessoas que não retornam suas ligações ou e-mails; que se sentam nos lugares reservados para idosos nos transportes públicos e fingem que estão dormindo.

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São esses tipos de pessoas que ajudam a desconstruir nosso mundo, desvirtuar nossos valores e deseducar nossos filhos, são pessoas imediatistas e egoístas que contaminam o nosso dia a dia. Graças a elas somos obrigados a nos contentar com água em vez do vinho dos deuses reservado para nós. “Não gaste seu precioso tempo perguntando por que não vivemos em um mundo melhor. É tempo perdido. O que você deve se deve perguntar é: O que devo fazer para melhorar o mundo? Para esta pergunta existem muitas respostas.” Wojciechowski É neste mundo que você quer que seus filhos e netos cresçam? Roberto Recinella, escritor

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CARTA ÀS CRIANÇAS

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Já desisti dos adultos. Eles ouvem, concordam e não agem. Se reúnem, dialogam, firmam contratos e não cumprem. Minha esperança são vocês, crianças. Jesus, há quase 2000 anos atrás, já sabia disso ao dizer: “não as impeçam”, “é delas o reino”. Dos céus e da terra também! Essa terra ignorada, maltratada e roubada! Gigante adormecido, acorda! Só porque não temos vulcões expelindo lavas e cinzas, trazendo pânico à rota de seus aviões; porque não temos terremotos devastando e matando populações inteiras; porque não temos tsunamis varrendo praias e inundando vilas; porque não temos tornados e furacões assombrando cidades? Porque temos um país rico, com florestas, praias imensas, fauna diversa, flora exuberante, céu de tanto azul, povo alegre e unido em sua diversidade de cultura e costumes?

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Alôoooo! Isso tudo acaba! E o que fazem os adultos? Elegem governantes que não se preocupam com nada nem ninguém a não ser eles próprios, que trazem para “trabalhar” com eles, membros podres de suas famílias para continuarem a roubar, desdenhando o amanhã. Então, só nos restam vocês, crianças! São vocês que separam o lixo, que com carinho cuidam dos animais, que escrevem nos dois lados das folhas de seus cadernos, que guardam seus livros para doar para os próximos alunos, que fecham a torneira enquanto ensaboam as mãos, que apagam as luzes dos quartos vazios, que nunca jogam papéis no chão nem latas e garrafas vazias em rios, que respeitam e dão lugar aos idosos, que atravessam a rua na faixa de pedestre, que não pixam muros e paredes pois isso são coisas que só adultos fazem.

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Turma do Pré, onde contei a história da “Dona Baratinha”! Mesmo local.


Colégio São Francisco de Assis, turma da quarta série, em Luanda, Angola. Tema da palestra: “Como me tornar um escritor”!

Crianças, vocês são a esperança de pessoas que, como eu, se sentem sozinhas e cansadas para lutar. Queremos e não conseguimos, nos falta garra e otimismo e isso vocês tem de sobra. Tem a juventude, a disposição, a inteligência, os auxílios da comunicação cada vez mais fantásticos! E tem a inocência, o perdão e a esperança em seus corações. Como não entregar a vocês essa tarefa? Por favor, cuidem do nosso planeta! Ele é de vocês! Silvia Novaes Fernandes é escritora e poeta, formada em Letras, membro da AME de Campo Mourão e possui um blog: www.prosapoemapastel. wordpress.com

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Dona Madalena - Escrever para não esquecer... E poderia?

A paciente idosa, uns 75 anos, lúcida. A pele manchada por pigmentação hipercrônica, sinal característico da velhice. O corpo encurvado, tórax discretamente deformado, denotando enfisema crônico ocasionado por bronquites repetidas nos longos e árduos anos de vida. O médico falante, naquele dia bem humorado, talvez algum fato repentino o tenha arrancado da rotina massiva. A mesa de coloração alaranjada, larga, jazia como um fosso entre si e a mulher. À senhora, perguntava curioso o esculápio: - Lembra-se dos melhores momentos de sua vida? Os mais significativos? - Doutor, a idade apaga tudo aquilo que fizemos de interessante em nossa vida. Os melhores momentos, as ilusões iniciais, os nossos sonhos de juventude...

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habilitação ou reabilitação; c) proibição de discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade; d) criação de cursos especiais para estes, com inclusão de conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna; e) descontos de 50% em atividades culturais, de lazer e esporte; f) proibição de discriminação deste em qualquer trabalho ou emprego, por meio de fixação de limite de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos específicos devido à natureza do cargo; g) estímulo à contratação de idosos por empresas privadas; h) prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, em programas habitacionais públicos ou subsidiados com recursos públicos; i) gratuidade nos transportes coletivos públicos

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aos maiores de 65 anos, com reserva de 10% dos assentos para os idosos; j) reserva de 5% das vagas nos estacionamentos públicos e privados; dentre vários outros direitos (Lei n. 10.741/2003, arts. 1o. a 41o.). O Estatuto prevê ainda diversas Medidas de Proteção ao idoso (gerais e específicas), aplicáveis sempre que os direitos a eles assegurados nesta lei forem ameaçados ou violados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidade de atendimento; ou em razão de sua condição pessoal (arts. 43o. a 45o.). Também prevê quanto a Política de atendimento ao idoso, entidades de atendimento e respectiva fiscalização, infrações administrativas e sua apuração, garantia de acesso à justiça e atuação do Ministério Público (arts. 46 a 92); e possui um capítulo onde são tipificados os

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Num voo cego o interlocutor viu-se atingido pelo petardo de Dona Madalena. Sentiu em si a identidade dolorida daquela consciência encurvada e comungou as mesmas perdas, o esmaecimento das ânsias, das tensões, dos medos, dos pesadelos, o progressivo afastamento das pessoas íntimas e queridas, das suas paixões, obsessões, caprichos, brinquedos de infância, as feições dos rostos queridos e amados aos poucos se esvanecendo como uma fotografia que, mal fixada, escurece e se desfaz. Engolidos também pelo cruel esquecimento. Dona Madalena falava com palavras rudes, profunda crueza alcançando o íntimo de seu interlocutor que insistia: - Mas esqueceu tudo, tudo? - Quase tudo. Agora eu lembro só das coisas que aconteceram há pouco tempo. É como se tudo fugisse. Não estou louca, doutor, eu sei, mas minha vida se tornou muito simples. É pensar nos netos, na comida, na roupa, nas minhas galinhas que não foram tratadas hoje... tudo igual: dormir, levantar cedo, também levanto porque não consigo mais dormir como antigamente, o sono encurtou. Então só

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sobrou para mim cuidar das coisinhas do dia-a-dia, sem graça, que causa aquela gastura aqui dentro (batendo suavemente no peito) sem responsabilidades, sem palpite... apenas esperando... O senhor sabe o quê, não é, doutor? Ah! Se eu soubesse escrever... meu marido morreu faz uns anos. Não tenho nada para “assuciar” com ninguém. Morreram todas as ilusões... só meus netos me dão algum pra zer, mas na maioria das vezes, muitos transtornos e preocupações que vejo que não vou conseguir aguentar muito tempo. O mundo deles é diferente, vejo eles em outro mundo que não é o meu, mas que tenho que tolerar. As reflexões de Dona Madalena prosseguiam, arrastando o doutor como se fossem dele: - Nós, de gerações diferentes, vivemos em dimensões diferentes... nos vemos, convivemos, comemos na mesa, nos encontramos na mesma rua, bebemos no mesmo bar, dormimos na mesma casa, mas somos indiferentes uns aos outros. É quase impossível um entendimento sincero entre um jovem e um velho, compartilhando o mesmo e restrito espaço.


- Mesmo aqueles um pouco mais velhos com certa responsabilidade, dificilmente levam a sério o velho. Agora mesmo, nesse momento, para ser ouvida tenho que pagar uma consulta e contar minhas dores... (da velha carcaça reumática, artrósica, desgastada, enferrujada), eu sei que não tem cura. Idade não tem cura. Mas pagando alguém me ouve... e finge se interessar... (chegando até a rascunhar alguma coisa na ficha branca. Para quê? Velhice não tem jeito...) para que o senhor rabisca aí, doutor? Fará diferença escrever minhas dores? Gastar tinta e papel? O papel com nome, endereço, sintomas e sinais foi o que restou daquele ser ali na sua frente. Na memória, o registro do coração batendo arritmicamente, o abdome flácido, o toque na pele quebradiça daquele rosto sanfonado. Soube do funeral de Dona Madalena. Não teve coragem de ir. Tempos passados, olhando os registros da ficha nosocomial, pergunta-se:

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- Dona Madalena? Inutilmente procura em sua memória a imagem, as feições de Dona Madalena. Apenas a verdade e de suas palavras, escritas a ferro e fogo na consciência de quem, de repente, cruza o fosso da mesa alaranjada... Não se perdoou por não ter fotografado aquele rosto, aquele corpo de pé em sua frente onde a vida ainda palpitava. Mas por quê? A máquina fotográfica cheia de filmes de todas as crianças, donas de todas as fotos. E onde o relógio do tempo levará aquelas belas criaturas? Talvez a um desfecho semelhante aode Dona Madalena. Porém, nos esquecemos que corpos frágeis podem esconder a força da sabedoria e do sentimento sob carcaças esmagadas pelo tempo, pelo trabalho exaustivo e por aqueles que deveriam ser seus entes queridos. Campo Mourão, maio de 1982. Arnaldo Mauro

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Espelho espelho meu... 38

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Acredito que você já tenha ouvido essa frase “espelho espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?”. Essa é a frase e a pergunta, que a bruxa do conto da Branca de Neve insistia em dizer olhando para o espelho. Mesmo que essa célebre frase tenha um sentido fictício por ser um conto, a mesma se apresenta mais viva do nunca. Talvez hoje ele ficasse assim, “Facebook, Facebook meu, existe alguém mais bela do que eu?”. Mas, existe algo nessa metáfora, que poucos se apercebem, afinal onde está o espelho?. É muito importante se perguntar sobre isso, visto que a máxima de: “a beleza está nos olhos de quem vê”, é uma verdade! , podemos também compreender que “o espelho está nos olhos de quem vê”.

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Pode ser uma surpresa, em um primeiro momento descobrir que, se você se vê bonito(a) - assim você deseja, se você encontra todos os defeitos em si mesmo - assim você procura, se você não sabe bem quem é - você sempre deixa essa pergunta pra depois. Faça esse teste junto comigo, (eu já o fiz), se olhe no espelho e comece um diálogo com você, o diálogo que você tem com você mesmo todos os dias, a maneira como se vê, o que gosta e o que não gosta, e todos os adjetivos possíveis. Agora se pergunte, “se eu estou aqui sozinho olhando para o espelho, e ninguém está me dizendo essas coisas sobre mim, quem está afirmando isso sobre mim mesmo? “. Exatamente! É você mesmo quem sustenta a sua imagem. Isso não é um método de auto ajuda, uma técnica terapêutica, ou algo do tipo. Pelo contrário, mesmo que você possa reconhecer isso, não basta dizer que não vai se ver da mesma forma e pronto. Porque, se assim fosse, você já teria mudado, não é mesmo?

Porém, isso abre a possibilidade de reconhecer um espelho que acreditamos ser real, “o olhar do outro”, mas está tão dentro de nós que não nos damos conta. O que reconhecer esse processo nos permite? Permite-nos repensar e seguir um caminho novo, um caminho de liberdade. Esse é um processo no qual a psicoterapia, a análise, como ponto de reconstrução da própria história, pode levar a entender o que o fez se ver como se vê e, continuar se vendo como vê. E a partir disso ter um olhar diferente para si mesmo. Para isso nosso desejo será sempre o ponto mais importante: Será que você deseja se ver como se vê, ou gostaria de se ver diferente? Marco Aurélio Dias Psicólogo Clínico - CRP 08/21538 *Especialista em Psicoterapia Psicanalítica *Especializando na Clínica Freud -Lacaniana Telefone: 9 9832-7964

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OS VIZINHOS

Depois da idade de oito anos, não consegui mais ter um grupo de amigos daquele tipo que você cresce junto e conhece por toda a vida e isso se deveu às nossas muitas mudanças. Em cinco anos moramos em cinco cidades diferentes por exigências da profissão de meu pai. Na primeira cidade onde fomos viver, depois que saímos de minha cidade natal, meu pai alugou casa no bairro da colônia nipônica. Só havia três famílias do bairro que não eram nipônicas: a nossa e os nossos dois vizinhos, um cujo quintal era paralelo ao nosso e outro em frente a nossa casa.

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O vizinho da casa paralela à nossa tinha uma filha da mesma idade que eu e, em poucos dias, descobrimos que estudávamos na mesma escola, que ficava muito distante, no extremo oposto à região em que morávamos. Coisa de uma hora de caminhada, atravessando toda a área central da grande e bela cidade. Em poucas semanas de aula, descobrimos um percurso menor e mais rápido. Para chegarmos por ele até à escola precisávamos atravessar uma grande pedreira abandonada. Era uma travessia perigosa, pois deveria ser feita por uma estreita ponte de vigas de madeira, sem qualquer proteção lateral e só era possível atravessá-la em fila, um por vez. Atravessar pela pinguela era um perigo e esse percurso transformou o ir e vir da escola em uma aventura temerária da qual nossos pais demoraram a ter conhecimento. Mas a aventura do percurso escolar não me incomodava tanto quanto os moradores e a própria casa em frente à nossa.

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Era uma casa alta, daquelas com mezanino, velha e escura. Jamais vimos ali a luminosidade de uma lâmpada acesa. Além disso, as paredes externas tinham um tom cinzento de tinta envelhecida, com as janelas e portas pintadas de um vermelho escuro, também envelhecido e desbotado em algumas partes. Na frente do quintal havia um jardim abandonado e um grande portão de madeira que jamais era aberto. O que mais me chamava a atenção era ver que alguém afastava a cortina de uma janela do mezanino para nos observar enquanto brincávamos no quintal, mas jamais víamos viva alma no quintal daquela casa. A preocupação o e mal-estar desta observação cotidiana tanto me incomodou que passei a ter pesadelos com a tal casa e seus moradores. Num final da semana, a avó Maria veio nos visitar e eu lhe contei sobre a casa e os meus pesadelos com ela. Ela me disse que não me preocupasse e que talvez eu não estivesse rezando o suficiente antes

de dormir. Que eu rezasse mais que tudo se resolveria. Mas os pesadelos continuaram. Cerca de três meses depois que nos instalamos neste endereço, eu e minhas irmãs já estávamos adaptadas. Fizemos muitos amigos entre os nipônicos e foi com estes amigos que apreendi a ler mangás. Aprendi com meus amigos nipônicos que a ordem de leitura de um mangá original escrito em japonês é a inversa da que temos no Ocidente, ou seja, a leitura das páginas é feita da direita para a esquerda. Mas estes mangás, que aprendi a ler e a gostar, já eram produzidos no Brasil e possuíam a configuração que utilizamos no Ocidente. Os primeiros mangás que me emprestaram foram a Ilíada e a Odisseia, de Homero. Aprendi a gostar de História e Mitologia aí, com essas leituras. Eram livros grandes, das dimensões de uma folha do papel A4, com os quadrinhos impressos em preto e branco. CIDADE EM REVISTA

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Os personagens eram desenhados com os traços típicos dos desenhos japoneses, o texto trazia também a expressão dos sentimentos dos personagens em cada um dos quadrinhos. Meu pai, que não nos deixava ler gibis e fotonovelas, muito populares naqueles tempos, mas que ele avaliava como prejudiciais à nossa formação, gostou dos mangás, tanto que também os lia. Além da leitura dos mangás, aprendi algumas músicas cantadas no idioma japonês e a gostar da comida que experimentava na casa daqueles amigos queridos. Envolvida no conhecimento da cultura desses amigos recentemente conquistados, desliguei-me um pouco das preocupações com nossos estranhos vizinhos da casa cinzenta.

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Um dia, porém, ao sair para brincar no quintal, vislumbrei uma senhora idosa no quintal do outro lado da rua. Ela se fazia acompanhar por duas crianças, uma menina e um menino. Era um grupo de aparência sombria. As crianças, que aparentavam ter a mesma idade, vestiam trajes escuros e postavam-se calados ao lado da mulher, que também trajava roupas escuras e longas, os cabelos negros presos num coque no alto da cabeça. A mulher, de estatura mediana e silhueta robusta, tinha uma expressão sisuda e fazia sinal com a mão para que fosse até ela. Disfarcei, fiz de conta que não entendi seus sinais e corri buscar minha mãe na cozinha de nossa casa. Quando retornei ao quintal acompanhada por minha mãe, os vizinhos já não eram visíveis.


Naquela noite, tive um terrível pesadelo. Nele as pessoas da casa vizinha me vedavam a boca e me prendiam com correntes num porão escuro e úmido. Fui acordada por minha mãe que me pedia para parar de gritar. Quando lhe contei do meu pesadelo, ela me avisou que no dia seguinte iríamos até a casa da vizinha para acabar com aquele mistério. Chorei tanto que para me tranquilizar, ela disse que mudara de ideia e que não iríamos conversar com os vizinhos que me assustavam. Eu não sabia explicar o que era, mas algo naquela casa me apavorava. Eu tinha calafrios só de olhar para ela. No dia seguinte, fui pra escola logo após o almoço. Era o último dia de aula antes das férias do meio do ano letivo. Naquele tempo, as férias de julho ainda eram de trinta dias.

Nas férias, o que eu mais gostava era de poder ir visitar os avós e passar alguns dias na casa de cada um deles. Mas, neste ano, a temporada na casa dos avós não aconteceu e passei os trinta dias de férias em casa, lendo, cuidando de minhas irmãs menores, visitando os amigos da Colônia Nipônica e perscrutando a casa vizinha, temendo ver novamente aquelas estranhas pessoas. Uma manhã, enquanto brincava com minhas irmãs, ouvi que batiam palmas no nosso portão. Avisei a mãe que foi atender e em seguida voltou pra me avisar que a vizinha da casa em frente perguntou se eu gostaria de ir até a casa dela brincar com as duas crianças. Eu disse pra mãe que não, eu não iria. Mas a senhora insistia e tive que ir até o portão para vê-la.

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Lá estava ela. O mesmo ar soturno, vestida com suas roupas escuras, ficou me olhando enquanto eu caminhava da porta da cozinha até o portão da rua. O medo fazia com que meu estômago se contorcesse e eu tinha vontade de sair correndo para interior da nossa casa. Mas fui até o portão. Ela me convidou para brincar com as crianças que disse serem seus netos, no porão da casa. Explicou que no porão havia um grande espaço para as crianças brincarem e que, certamente, eu gostaria muito. Tentando ser o mais gentil possível eu disse que não ia, pois minha amiga Márcia, vizinha da casa ao lado da nossa, me chamara para ajudá-la a fazer um bolo e eu me comprometera com ela. A senhora me olhou com aquele seu ar estranho que me amedrontava, despediu-se e se foi. Horas mais tarde, indo até a casa de meus amigos japoneses, comentei o fato de nunca vermos ninguém na casa da esquina, mas que naquele dia uma

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senhora fora me convidar para brincar com seus netos. Minha amiguinha, muito espantada, respondeu: - Mas não mora ninguém naquela casa há muitos anos. Depois do que aconteceu ali a dona não conseguiu mais alugá-la. Perguntei o que acontecera e minha amiguinha se espantou que eu não soubesse, pois a rua toda conhecia a história. - Ali morava uma família - disse ela. Era um casal de idosos que cuidava de um neto e uma neta e que de repente desapareceu. Como eles não aparecessem para pagar o aluguel, a proprietária veio diversas vezes cobrá-lo. Não encontrando ninguém, achou que havia alguma coisa estranha e, ao tentar abrir a porta da cozinha, viu que ela não estava trancada. Eles foram encontrados mortos, presos por umas correntes, no porão da casa, que depois se descobriu, fora assaltada.


Bem, depois disso, não precisei de muitos argumentos e lágrimas para que meus pais encontrassem outra casa, em outro lugar da cidade. Reforçou a necessidade de sair daquele lugar, a descoberta de que eu e meus amiguinhos e amiguinhas íamos e voltávamos da escola cortando caminho pela pedreira abandonada. No dia de nossa mudança, minha mãe e eu ainda vimos a mulher e as crianças no quintal nos acenando e fazendo sinais com as mãos para que eu fosse até lá. Nas férias seguintes, fui passar uns tempos na casa da avó Maria e lhe contei esta história. Ela me olhou e respondeu: - Saracura, você está virando uma contadora de histórias melhor do que eu! Dirce Bortotti Salvadori, escritora. É membro da Academia Mourãoense de Letras. dbsalvadori@hotmail.com

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UM GIRO PELA ALEMANHA, ÁUSTRIA, HUNGRIA E ITÁLIA

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Turismo

UM GIRO PELA ALEMANHA, ÁUSTRIA, HUNGRIA E ITÁLIA Nossa viagem, minha filha Janaina e eu, assim como das outras vezes, começou meses antes. Na verdade, quando uma termina o planejamento da próxima começa. Definiu-se o roteiro a partir do que se queria rever e a pesquisa teve início. As passagens aéreas, conexões, traslados terrestres, reservas de hotel e todos os ingressos de espetáculos possíveis de se comprar antecipadamente. Nós já havíamos assistido espetáculos de música erudita em Lucerna, Suíça, em 2016. Em 2017, Janaína os assistiu em Salzburg, Áustria, mas eu não. Assim ela revisitou Salzburg comigo neste ano. Vimos três espetáculos belíssimos: as óperas Salomé – com música de Strauss, um Concerto A Due Voci, com a soprano Anna Netrebko e o tenor Yusif Eyvasov – cantaram árias variadas de Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini e encerramos com A Flauta Mágica, com músicas de Mozart.

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Antes mesmo de Salzburg, A felicidade é isso conheque a gente cemos umbem pouco de Munique não sabe muito o que é, e acontece ao Palácio de Nymde vezpela em visita quando, sem esperar, fazendo phenburg, uma palácio com que a gente se aperceba delabarquando quemais serviu residênciachega ela já roco não está ali.de A felicidade de verão governantes da sem aviso e sai aos à francesa. Baviera – vivemos atualmenteemaqueAinda assim, busca da le agrupamento felicidade. Não há nadadedeedifícios errado com abrigam públicos e até isso, na medidaórgãos que uma vida interessante fábricadedeuma porcelanas. é pré uma - condição vida feliz. Emvivemos Salzburg, Porém, emcidade uma muito sociedade acolhedora capitalista, quee fervilhando por sua todas condição as expressões artísticas, mercantil, “coisifica” as pessoas,estie impõe fortaleza a elasvemos que sena vejam comode umHohenobjeto, e a construída século veremsalzburg, sua felicidade comonoum objetivo, XI, durantetoda as guerras a transformar a sua entre vida ono “o Sacro éimpério Germânico importante ser sentir bem!”. e o Papado. alto da fortaleza Com isso aDofelicidade se torna um tem-se uma vista émagnífi ca da produto. Um psicólogo buscado porque cidade. Destaca-se a o terá uma resposta para otambém sofrimento, primeira catedral – Domplatz – médico é buscado porque pode prescrever construída século VIII. e sem uma receita de no anti-depressivo, perceber as pessoas vão perdendo a possibilidade de serem felizes.

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Ainda em Salzburtg, como não poderia deixar de ser, conhecemos a casa de Mozart, é incrível como um gênio, mesmo depois de sua morte, continua impulsionando as artes, o comércio das cidades, os estudos e tudo o mais que vier ligado ao seu metier. Assim é Salzburg e, sem exageros a própria Áustria ainda se beneficia da obra de Mozart. Para ver um pouco mais essa cidade encantadora conhecemos a igreja Franciskanerkirche, de origem românica, mas com traços góticos e o Palácio Mirabel, destruído por um incêndio em 1818. Do antigo edifício, depois reconstruído, preservaram-se a Escadaria dos Anjos e o Saguão de Mármore, que nos dão uma amostra da opulência da construção original.

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Entre um espetáculo e outro, viajamos de trem para um pequena cidade encravada no pé de um maciço Dashstein e tendo como fronteira o lago Hallstatter See. O nosso acesso à cidade foi por barco. Vale a pena conhecer. A paisagem é belíssima e há peculiaridades como o pequeno cemitério, com túmulos minúsculos, mas muito bem cuidados, como se fora um jardim com obras de arte, encimado por uma gruta contendo o mortuário com crânios humanos pintados. Por falta de espaço ali se acondicionou, em certa época as ossadas retiradas dos túmulos. Os crânios tiveram inscritas a identidade daquelas pessoas de forma artística, com arabescos, flores, entre outros. A cidade foi construída em torno de uma mina de sal.

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O próximo destino foi Viena – uma cidade adorável. Lá, vimos o Complexo de Hofburg, antiga residência de imperadores que hoje abriga uma série de outros órgãos, a Escola Espanhola de Equitação, o Museu dos Tesouros, entre outros. Em frente ao complexo, na Michaelerpltaz, está a Michaelerkirche,

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Igreja de São Miguel, erigida no século XIII, riquíssima. Esse percurso foi feito num dia, pois o que nos esperava para a visita ao Museu de História da Arte, o Kunsthistorische – a quarta maior galeria de arte do mundo, exigiria um dia todo. Todavia, buscamos apenas as obras primas, e para tanto gastamos quatro horas.


Como o próprio nome espelha, ali se encontram todas as fases da história da arte, desde a egípcia. Não há como descrever tais obras. É preciso ver, conhecer para apreciar. Encerramos, pela manhã daquele dia, com o Belvedere e seus jardins. Infelizmente sob uma chuva persistente. Aliás, a chuva nos acompanhou por vários dias. Mas fomos persistentes e não deixamos nada para trás por causa dela. Nesse museu, além de muitos outros expoentes, tivemos o privilégio de ver as obras de Gustav Klimt, outra personalidade que também impulsiona a cidade até os dias de hoje. De Viena, por trem, rumamos para a Hungria – outra caixinha de surpresas para nós. A chegada na estação de trem, em Budapeste, foi meio preocupante. A estação está mal cuidada e muito velha. Havia a necessidade de trocar euros em florins para pagar o táxi o que fizemos em uma casa de câmbio em frente à estação. Esse pequeno susto foi logo esquecido. Budapeste foi um dos nossos melhores destinos. A cidade é dividida pelo rio Danúbio.

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De um lado está Peste – centro econômico e político do país, do outro, Buda – centro histórico e patrimônio tombado pela UNESCO. Em Buda se localizam museus, o Palácio Real e casas patrícias em estilo barroco, com fachadas ocre, vermelhas ou amarelas com molduras brancas típicas do Barroco, mas também com vestígios do gótico. Do outro lado do Danúbio, vimos o magnífico Parlamento da Hungria, um modelo de arquitetura eclética: estilo neogótico, influências renascentistas e barrocas. Ali se reúnem todas as instâncias do poder. Fizemos uma visita guiada dentro Parlamento. Desse lado da cidade conhecemos também o Bairro Judeu, cuja população foi quase extinta durante a Segunda Guerra Mundial. Naquele bairro foram confinados os judeus, muitos morreram de fome, outros transferidos para campos de concentração. Na Sinagoga ali existente, a maior da Europa, a memória dessas pessoas está preservada. Hoje o bairro é animado por bares, restaurantes e lojas. A questão política do holocausto é muito presente em Budapeste.

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Conhecemos também a Basílica de Santo Estevão e a Praça dos Heróis, apesar da chuva caída naquele dia. Nossos últimos destinos foram revisitar Florença e Roma. Na primeira, como não poderia deixar de ser, apreciamos a estátua de Davi, de Michelângelo, no Museu da Academia. Depois, o Museu Uffizi, riquíssimo com obras de Botticelli, Caravaggio, Rubens, Rafael, Leonardo da Vinci, entre outros. Nosso roteiro, em Florença, ainda acrescentou a Praça da Signoria, o Mausoléu dos Médici e a Ponte Vecchio sobre o Rio Arno. A última etapa – Roma e os pontos turísticos principais: Fontana de Trevi, Pantheon, as igrejas de San Luigi Dei Francesi, San Pietro in Vincoli e Santa Maria Maggiore, o Campo dei Fiori e o rio Tibre. Fim de tarde, em frente ao Pantheon, cantores eruditos se apresentavam em troca de algum dinheiro dos admiradores.

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Nossa estada ainda contou com: visita ao Vaticano – Basílica de São Pedro, ao Museu, à Capela Sistina, ao Coliseu, às ruínas do Fórum Romano e aos Museus Capitolinos. De quebra, sobrou tempo para bater pernas na Via do Corso – ótimo endereço para quem quer fazer compras sem gastar muito. Nossas viagens privilegiam aqueles espaços em que estão preservadas as obras de arte e a história. Não se trata de admirar a arte pela arte apenas, mas observar as visões de mundo e da condição humana expostas por artistas visionários, que permanecem atuais, mesmo tanto tempo passado. A partir desses novos enfoques, novos conceitos são introduzidos na sociedade e o mundo se transforma. Todavia, uma viagem como esta relatada, exige condicionamento físico – haja perna. Além disso, sempre há o imprevisto da aventura. Por incrível que possa parecer, eu saindo de Londrina, e Janaína saindo de Cuiabá, tivemos nossas malas atrasadas logo no início da viagem.

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Ambas foram despachadas direto para Munique. Nós fizemos uma conexão em Lisboa e as malas não saíram do Brasil. Foi um transtorno – registrar reclamação e depois a expectativa: - Será que chegam? Chegaram na noite do dia seguinte e, entre um dia e outro, houve uma ópera. Resultado – foi necessário comprar vestidos e sapatos para a ocasião. Acreditando que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, embarcamos de Budapeste para Florença e... as malas também não chegaram... foi estressante. Mais uma vez o mesmo protocolo e a mesma espera. Enfim, um final feliz – as nossas queridinhas chegaram com todos os presentes encomendados dentro delas. ** Nelci Veiga Mello Academia Municipal de Letras de Campo Mourão

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La vida in vitro A primeira vez que estive na Feira de Economia Criativa na Praça São José, há cerca de um mês fiquei encantada com todas aquelas barracas e as pessoas na maioria conhecidas expondo e vendendo seus produtos de diversas qualidades, mas um trabalho em especial me chamou a atenção, acho que porque tenho admiração pelas plantas e principalmente por orquídeas. Logo que avistei a barraca do Sr. Monnerat fiquei encantada. Conversamos um pouco e ele e sua filha Michelle responderam minhas perguntas; um homem simples, muito educado com habilidade nas mãos, um artista da barraca La vida in vitro.

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Aos domingos ele comercializa seus produtos, são os terrários que ele produz com plantas vivas e fechadas em vidros, um mini bioma que mostra o processo de fotossíntese das plantas. Segundo ele começou a fazêlos por hobby e acabou gostando e se dedicando mais a essa arte. É mineiro e carrega na voz o sotaque, reside em Goiânia, mas vem sempre a Campo Mourão, visitar a filha e o neto, e é nesses passeios que se dedica a esse hobby.

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Muito orgulhoso com sua arte, ele enfatiza que é um trabalho muito delicado e que pode permanecer por meses sem necessidade de acrescentar água. Por isto está em alta na decoração de ambientes fechados como salas, consultórios, lojas etc...

Aos domingos na Feira de Economia Criativa, Praça São José, você encontra ele das 8h às 13h, assim como outras barraquinhas e seus produtos maravilhosos. Cidinha Coletty Jornalista, empresária e fotógrafa www.cidadeemrevista.com www.cidinhacoletty.com.br

Você pode ter um orquidário, até no banheiro. 62

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ERRATA BEM VINDO À ÁFRICA DE MIL ENCANTOS!

“ Na reportagem sobre Turismo na edição anterior, uma frase não foi colocada e por isso, a outra seguinte ficou sem sentido. Segue a devida correção:” “E, finalizando, a mais famosa montanha, cartão postal da cidade: TABLE MOUNTAIN, eleita uma das sete novas maravilhas do mundo.” BENN COMUNICAÇÃO | JOÃO VITOR BENASSI

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COLAÇÃO DE GRAU UNICESUMAR POLO


CAMPO MOURÃO

A Unicesumar Campo Mourão sentese muito feliz ao entregar à sociedade mourãoense e da região mais de cem novos profissionais formados em diferentes áreas do conhecimento, sabendo que o conhecimento transforma as pessoas e as pessoas transformam os lugares em que atuam. Parabéns aos neo graduados e votos de muito sucesso!


Cirurgia Bariátrica Você provavelmente já ouviu falar em cirurgia bariátrica ou redução do estômago, mas afinal o que isso significa? Como é realizada essa cirurgia? Antes de falarmos sobre técnicas e procedimentos cirúrgicos, vamos falar de algo muito importante, a OBESIDADE, essa doença tão grave e de difícil tratamento. A Obesidade é uma doença crônica, de caráter multifatorial, ou seja, suas causas estão relacionadas além do fator genético a questões ambientais, econômicas, sociais, culturais, políticas, entre outras. A prevalência da obesidade vem aumentando entre adultos tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento.

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Infelizmente, o tratamento clínico da obesidade por meio da atividade física, dieta e medicamentos tem se mostrado muitas vezes ineficaz em produzir redução de peso substancial e durável. Por outro lado, evidências científicas têm demonstrado que intervenções cirúrgicas bariátricas apresentam os melhores resultados em termos de efetivo controle de peso e consequentemente, no controle efetivo das doenças clínicas associadas à obesidade em médio e longo prazo.


1- A Cirurgia Bariátrica é a cura para a obesidade? Não, a cirurgia bariátrica é apenas um facilitador, uma ferramenta a mais para o tratamento dessa doença tão grave que é a obesidade. 2- Mas, o que é a cirurgia bariátrica? A cirurgia bariátrica ou de redução do estômago reúne técnicas com respaldo científico, destinadas ao tratamento da obesidade mórbida e ou obesidade grave e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele. Atualmente a cirurgia pode ser realizada por videolaparoscopia, abordagem aberta, robótica e por procedimento endoscópico (este último ainda encontra-se em protocolo de pesquisa e estudo). Os procedimentos cirúrgicos utilizados hoje são:

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a) SLEEVE : Neste tipo de cirurgia o estômago é cortado no sentido vertical e sua capacidade passa a ser de aproximadamente 100ml. É considerado um procedimento restritivo, que diminui a quantidade de alimento que o estômago é capaz de receber e induz a sensação de saciedade precoce. Nesta técnica NÂO há desvio intestinal. b) BYPASS GÁSTRICO: Também conhecida como cirurgia de FOBI-CAPELLA, considerada como “padrão ouro”, pois apresentam excelente índices de satisfação, excelente controle de doenças associadas e manutenção do peso perdido a longo prazo. São as cirurgias mais realizadas no Brasil e no mundo, nesta cirurgia utiliza-se técnicas restritivas e desabsortivas, no by-pass além da diminuição do estômago há o desvio intestinal.

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3- Como escolher a melhor técnica cirúrgica? Essa escolha será sempre entre o cirurgião e o paciente. Neste caso, o cirurgião irá levar em consideração os diversos fatores como: doença do refluxo, comportamento alimentar, uso de medicações, entre outras que poderão impossibilitar a realização de determinada técnica. Por isso ´e bom escolher sempre um cirurgião que saiba realizar as duas técnicas e que acolha e ouça com atenção as dificuldades do seu paciente.

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4Posso voltar a engordar após a cirurgia? SIM, afinal a cirurgia bariátrica é apenas um caminho, um facilitador. Aí entra o papel de EXTREMA importância da equipe multidisciplinar: Nutricionista, psicólogo, endocrinologista, preparador físico, etc. Antes de realizar a cirurgia o paciente passa obrigatoriamente pelo nutricionista onde irá aprender sobre suas fases da dieta pós-operatória (15 dias de fase líquida, 15 dias de fase pastosa e inicia-se a fase branda **Esse tempo pode variar de equipe para equipe) e iniciar uma rotina alimentar mais saudável.


Passa também pelo psicólogo, um profissional de extrema importância neste processo, pois se não estiver bem preparado para as mudanças que ocorrerão após a cirurgia bariátrica, poderá ter grandes dificuldades em seguir a nova rotina alimentar, levando inclusive ao reganho de peso tempos depois. Um cirurgião bariátrico NUNCA está sozinho, ele tem toda uma equipe que trabalha unida no processo de pré e pós operatório, para garantir ao paciente um emagrecimento saudável de duradouro. 5- Vou poder continuar comendo todo tipo de alimento que eu comia antes? SIM, você poderá comer tudo o que comia, só que em quantidades bem menores. Mas aí que mora o perigo, alimentos hipercalóricos, mesmo que em pequenas quantidades podem levar ao reganho de peso. Por isso a importância de seguir sempre as recomendações do(a) nutricionista da equipe e com a ajuda do psicólogo, modificar hábitos e comportamentos.

6 – Quem pode realizar a Cirurgia Bariátrica? A indicação cirúrgica deve ser baseada na análise de quatro critérios: IMC, idade, doenças associadas e tempo de doença. **Em relação ao IMC ( Índice de massa corporal) : IMC acima de 40kg/m2 – Independente da presença de comorbidades; IMC entre 35 e 40kg/m2 – Na presença de comorbidades; IMC entre 30 e 35kg/m2 – Na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação GRAVE por um médico especialista na respectiva área da doença. É também obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista.

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** Em relação à idade: ** Abaixo de 16 anos : Exceto em caso de síndrome genética, quando a indicação é unânime, a operação deve ser consentida pela família e os riscos devem ser avaliados por dois cirurgiões titulares da SBCBM e pela equipe multidisciplinar. Entre 16 e 18 anos: Sempre que houver indicação e consenso entre a família e ou responsável pelo paciente. Entre 18 e 65: Sem restrições quanto à idade. Acima de 65 anos: Avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando o risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento. ** Contraindicações** *Limitação intelectual significativa; * Pacientes sem suporte familiar adequado;

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* Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso contínuo de álcool ou drogas ilícitas; * Doenças genéticas; ** No entanto, quadros psiquiátricos graves, alcoólatras e adictos sob controle NÃO são contra indicativos à cirurgia. 7 – Como escolher meu cirurgião bariátrico e sua equipe? A escolha de um bom profissional é essencial para a segurança do paciente. Procurar um cirurgião que seja membro da SBCBM (Sociedade brasileira de cirurgia bariátrica e metabólica), é um detalhe importante. Buscar referências, conversar com outras pessoas que já realizaram a cirurgia, na consulta sintir se esse profissional sobe acolher e explicar sobre a cirurgia, seus riscos e benefícios. Dar preferência ao cirurgião que tenha sua própria equipe multidisciplinar.


Caso não tenha, procurar um psicólogo e principalmente um nutricionista especializado em cirurgia bariátrica, isso é de extrema importancia, pois a bariátrica possui alterações nutricionais e endocrinometabólicas importantes que somente um profissional que tenha conhecimento da área saberá atender. Não ter pressa, buscar um profissional que passe segurança, além de boas referências, afinal essa é uma decisão muito importante que implica cuidados por toda vida. **Fonte de pesquisa: SBCBM – Sociedade brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. **Emmanuelli Lane Fonte de pesquisa: SBCBM – Sociedade brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Emmanuelli Lane Fundadora e proprietária do Instituto Bariatrica Brasil Cirurgia Bariátrica, Nutrição e Psicologia Instagram: @bariatricabrasil Emmanuelli Lane

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Empossada nova diretoria da Câmara da Mulher de Campo Mourão

Sônia Regina Chacorowski; Cidinha Coletty; Maria Giselta da Silva Veiga; Cristina Schreiner Mota; Sônia Regina Affonso; Ruth Alves Santos; Margareth Grassi; Iracema Daleffe; Lucilene Araújo; Marli Corso; Ester de Abreu Piacentini; Nelson José Bizoto; Claudia Regina Colpi.

Empossada a diretoria da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios de Campo Mourão e Região (Cmeg) para o biênio 2018-2020. Criada em 2009, a entidade é ligada à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná/Sistema Fecomércio Sesc Senac. A solenidade foi aberta por Ester de Abreu Piacentini, que continua na presidência da entidade por mais dois anos. Em seu pronunciamento, discorreu sobre as realizações da gestão passada, quando foi priorizada a oferta de cursos, workshop e outras atividades voltadas ao treinamento de empresárias e seus colaboradores. Também agradeceu pelo apoio recebido e anunciou algumas ações que serão desenvolvidas em breve. Entre elas, uma visita técnica à Colônia Witmarsun (Município de Palmeira), a 60

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quilômetros de Curitiba. Em seguida, aconteceu a posse da diretoria, que está assim constituída: Presidente – Ester de Abreu Piacentini; Vice-Presidente – Cláudia Santos de Oliveira Ferreira; Diretoria de Comércio, Serviços e Turismo – Ruth Alves Santos e Sandra Favarão; Diretoria de Responsabilidade Social, Ambiental, Cultural e de Sustentabilidade – Iracema Tavares Daleffe e Margareth Grassi; Diretoria de Capacitação e Desenvolvimento da Gestão Empresarial – Lucilene de Araújo e Marli Corso; Diretoria Administrativa e Financeira – Sônia Regina Affonso; Diretoria de Marketing e Eventos – Cidinha Coletty e Maria Giselta da Silva Veiga e (colaboradora: Sônia Regina Chacorowski. Após a posse discursou a supervisora estadual da Cmeg/Paraná, Cláudia


Regina Colpi, além do presidente do Sindicato Empresarial do Comércio Varejista de Campo Mourão e Região (Sindicam), Nelson José Bizoto, que representou o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Ari Faria Bittencourt. Segundo a Fecomércio, em torno de 40 por cento das empresas na área do comércio de bens, serviços e turismo são de propriedade ou dirigidas por mulheres no estado. Atualmente existem 21 Cmeg’s no Paraná e o objetivo é congregar as mulheres empreendedoras, desenvolvendo o espírito associativista de servir ao grupo profissional e à sociedade em geral. Cidinha Coletty Jornalista, empresária, fotógrafa

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JANTAR EM HOMENAGEM AO DIA DO ADVOGADO Noite memorável, os advogados de Campo Mourão comemoraram seu dia com jantar realizado pela comissão de eventos da OAB. Atuante Marlene Kohts com seu esposo Theodoro Paitach, boa música e glamour. Felicidade do presidente da OAB Renato Fernandes Silva Junior, Danielly Defendi e Leandro Defendi, Fernanda Ribeiro Defendi, Lázaro Higino de Souza Filho, Edilson Moreira Cordeiro, Fernando Almeida Antunes, Gabriel Higino de Souza, Bárbara Eduarda Lopes de Melo, Gysele Rezende Santos, entre outros.

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Inauguração do Escritório de Advocacia

Arte: Cidade em Revista

Coquetel de inauguração do Escritório do Advogado Gustavo Ferreira Dias. Bem localizado, com espaço privilegiado e estacionamento. Em companhia da esposa Juliana, ele recebeu os seletos convidados. Parabéns ao casal, sucesso Gustavo e muitas bênçãos de Deus!

Rua: Londrina, 85

Centro de Campo Mourão.

44.99946-2404

gustavo.ferreiradias@gmai.com 75


YÁZIGI COMEMORANDO 15 ANOS Parabéns professora e empresária Sonia Maria dos Santos Rodrigues pela comemoração dos 15 Anos do Yázigi em Campo Mourão! O sucesso é mérito do trabalho e dedicação dessa equipe maravilhosa que acompanho desde a inauguração, conheço seu empenho e busca continua em bem servir. Deus abençoe!!

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BODA CAROL E LEANDRO Uma noite de sonhos para Carol e Leandro, realizada em 11 de outubro no Le Jardin Festas, no Recreio das Acácias em Ribeirão Preto – SP Cerimônia linda em alto astral, cardápio delicioso a noite toda, decoração nobre, Orquestra mais incrível. A noiva parecia iluminada, show da Banda 5 Minutos, eclético, arrebentou corações roqueiros que fez quem era Corinthiano a maior animação. Parabéns aos noivos e familiares.

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UM BRINDE AOS 50 ANOS Uma noite para ficar na memória! Amigo querido, Antonio Cezar de Medeiros festejou a chegada dos cinquenta anos com uma grande festa. Tudo planejado com muito amor durante meses, em sua fazenda Santa Helena. O dia foi maravilhoso iniciando com uma missa campal no entardecer, pelo padre Valdecir Liss, seguida de jantar no salão nobre com boa música do cantor Denner Bueno e decoração clássica. Apresentação do Dj Signus Som, com robô led e pistola de nitrogênio acompanhado pelos bartenders do HB Drinks até o amanhecer com o sol brilhando.

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1° CHÁ OUTUBRO ROSA DA ASR A presidente da ASR Maria Eleni Pereira Martins festejou com as companheiras o sucesso do 1° Chá Outubro Rosa. Foi uma tarde maravilhosa, bom gosto e competência elas foram abençoadas. Cidade em Revista colaborou e registrou mais de 200 pessoas presentes, teve sorteio de brindes.

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FESTA DO UNICÓRNIO PARA MANU A linda Manuela Gameiro Magalhães ganhou festa de aniversário dos 5 anos com o tema Unicórnio. Mamãe feliz, Fernanda Gameiro com o irmãozinho Artur, a família e amigos queridos em tarde das mais alegres. Antes dos parabéns Manu recebeu as bênçãos do Pr. Mailson Henrique no Salão de festas do Condomínio Panorama. Parabéns extensivos aos avós, Manuel Gameiro e Raquel.

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XXIX CAFÉ MINEIRO DO LIONS CLUBE Parabéns ao Lions Clube de Campo Mourão na realização do Café Mineiro em 29 de setembro. Ação beneficente com a renda destinada para festa do dia das crianças da Escola Castro Alves que atende hoje 150 crianças. Desfile de modas com as novidades da coleção Primavera 2018, sorteio de brindes e Buffet delicioso.

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ANIVERSÁRIO DA DIRCELIA Um sábado especial em que comemoramos com delicioso almoço o aniversário da Prof. Dircelia Foltran Teixeira. Vocês são amigos muito queridos da família Joani Teixeira. Presença alegre dos filhos: Geraldo, Joani Junior e Manoel Teixeira; as noras Elaine e Cássia; netas e Vitória com o namorado André. Joani Junior pilotou a churrasqueira.

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DICAS DE LEITURA O Diário de Anne Frank

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depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seu diário narra os sentimentos, os medos e as pequenas alegrias de uma menina judia que, como sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto. Lançado em 1947, O diário de Anne Frank tornou-se um dos livros mais lidos do mundo. O relato tocante e impressionante das atrocidades e dos horrores cometidos contra os judeus faz deste livro um precioso documento e uma das obras mais importantes do século XX.

Autor: Anne Frank Nº de Páginas: 416 Assunto: Autobiografia Ano: 1947

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Orgulho e Preconceito

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a Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet é um novo tipo de Cinderela esclarecida, iluminista e feminista, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Sr. Darcy. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína - recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.

Autor: Jane Austen Nº de Páginas: 424 Assunto: Romance | Sátira Ano: 1813

O Livro dos Ressignificados

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alavras antes aprisionadas na formalidade dos dicionários, agora são libertas por João Doederlein neste seu primeiro livro. Elas são repensadas a partir das experiências pessoais do autor, e de sua geração, mesclando romantismo, paixão, isolamento e um dia a dia que respira tecnologia e cultura pop. Combinando textos que se tornaram sucesso nas redes sociais com material inédito, o autor acha novos significados para os signos do zodíaco, para clichês indispensáveis como “paixão” e “saudade” e para as atualíssimas “match” e “crush”.

Autor: AKA Poeta (João Doederlein) Nº de Páginas: 216 Assunto: Poesia Ano: 2017

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Memórias Póstumas de Brás Cubas

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a obra, o finado Brás Cubas decide contar sua história por uma ótica bastante inusitada: em vez de começar pelo seu nascimento, sua narrativa inicia-se pelo óbito. Enquanto rememora as experiências que vivera, entre uma digressão e outra, o defuntoautor tece uma série de reflexões sobre a vida e sobre a sociedade da época, com serenidade e bom-humor, e o leitor se surpreenderá ao constatar a atualidade de suas observações.

Autor: Machado de Assis Nº de Páginas: 200 Assunto: Romance Ano: 1881

A Parte que Falta

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protagonista desta história é um ser circular que visivelmente não está completo: falta-lhe uma parte. Então ele parte animado em uma jornada em busca de sua parte que falta. Mas, ao explorar o mundo, talvez perceba que a verdadeira felicidade não está no outro, mas dentro de nós mesmos.Neste livro, leitores de todas as idades vão se deparar com questionamentos sobre o que é o amor e quanto dependemos de um relacionamento para nos sentirmos plenamente felizes.

Autor: Shel Silverstein Nº de Páginas: 112 Assunto: Literatura Infantil Ano: 2018

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As Vantagens de Ser Invisível

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ste livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe, a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela. As dificuldades do ambiente escolar, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir ‘infinito’ ao lado dos amigos, são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento.

Autor: Stephen Chbosky Nº de Páginas: 224 Assunto: Ficção juvenil Ano: 2007

A Divina Comédia

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livro relata a viagem de Dante ao Inferno, ao Purgatório e ao Paraíso. O poeta Virgílio o acompanha tanto ao inferno, um vale nas entranhas da terra, como ao Purgatório, local onde as almas se purificam dos pecados capitais. Beatriz, a musa de Dante, o conduz ao Paraíso, formado por nove céus. No último dos céus, o poeta encara um importante exame de fé.

Autor: Dante Alighieri Nº de Páginas: 416 Assunto: Poesia Ano: 1304 -1321

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Mindhunter

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urante as mais de duas décadas em que atuou no FBI, o agente especial John Douglas tornou-se uma figura lendária. Em uma época em que a expressão serial killer, assassino em série, nem existia, Douglas foi um oficial exemplar na aplicação da lei e na perseguição aos mais conhecidos e sádicos homicidas de nosso tempo. Douglas confrontou, entrevistou e estudou dezenas de serial killers e assassinos, incluindo Charles Manson, Ted Bundy e Ed Gein.

Autor: John E. Douglas, Mark Olshaker Nº de Páginas: 384 Assunto: Biografia | Criminal Ano: 1995

O Menino do Pijama Listrado

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livro conta a história de Bruno, menino alemão de nove anos que não sabe nada sobre o Holocausto etambém não faz ideia que seu país está em guerra com boa parte da Europa.O menino sabe apenas que foi obrigado a abandonar sua casa em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde não tem nenhum amigo para brincar. Ele então conhece Shmuel, um garoto judeu que mora “do outro lado da cerca”. Aos poucos, conforme a amizade se intensifica, os garotos vão descobrindo o motivo que os separa em mundos tão diferentes.

Autor: John Boyne Nº de Páginas: 192 Assunto: Ficção histórica Ano: 2006

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A Lei do Triunfo

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apoleon Hill ao entrevistar homens de sucesso e a investigar suas carreiras, buscava detectar o que havia de especial neles e descobrir se existe o gene do sucesso. Ou talvez, uma lei que permita identificar em cada indivíduo o potencial para vencer na vida. Em duas décadas, ouviu mais de 16 mil pessoas, entre elas os 500 milionários mais importantes da época. Pesquisou a vida de grandes inventores e pioneiros, como Thomas Edson, Graham Bell, Henry Ford, Roosevelt, George Eastman e Rockefeller. O resultado foi A Lei do Triunfo, que ensinou, pela primeira vez na história, o verdadeiro segredo para o sucesso pessoal.

Autor: Anne Rice Nº de Páginas: 312 Assunto: Terror Ano: 1976

Querido John

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pós uma juventude de rebeldia e bebedeira, John decidiu dar início a um novo capítulo em sua vida e se alista no Exército. Então, durante sua licença, ele conhece Savannah. A atração mútua cresce rapidamente e se transforma em amor,fazendo com que Savannah jure esperá-lo concluir seus deveres militares. Mas ninguém pôde prever que os atentados de 11 de Setembro,e como muitos, Johnprecisa entrar em combate no Iraque. Savannah precisa reunir forças para superar a dor da distância. Nesse cenário de saudade e incertezas, uma simples carta pode mudar a vida dos dois para sempre.

Autor: Nicholas Sparks Nº de Páginas: 256 Assunto: Romance Ano: 2006

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o jardim esquecido

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ez anos após um trágico acidente, Cassandra sofre um novo baque com a morte de sua querida avó, Nell. Triste e solitária, ela tem a sensação de que perdeu tudo o que considerava importante. Mas o inesperado testamento deixado pela avó provoca outra reviravolta, desafiando tudo o que pensava que sabia sobre si mesma e sua família. Ao herdar uma misteriosa casa na Inglaterra, um chalé no penhasco rodeado por um jardim abandonado, Cassandra percebe que Nell guardava

Autor: Kate Morton Nº de Páginas: 496 Assunto: Suspense Ano: 2018

Eu Perdi O Rumo

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reya perdeu a voz no meio das gravações de seu álbum de estreia. Harun planeja fugir de casa para encontrar o garoto que ama. Nathaniel acaba de chegar a Nova York com uma mochila, um plano elaborado em meio ao desespero e nada a perder.Os três se esbarram por acaso no Central Park e, ao longo de um único dia, lentamente revelam trechos do passado que não conseguiram enfrentar sozinhos. Juntos, eles começam a entender que a saída do lugar triste e escuro em que se acham pode estar no gesto de ajudar o próximo a descobrir o próprio caminho.

Autor: Forman,Gayle Nº de Páginas: 240 Assunto: Romance Ano: 2018

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É Sagrado Viver

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vida é narração. É nela que o mistério de Deus se traduz por meio de personagens reais, fatos concretos, cheiros e sabores. O cotidiano é a pauta e a teologia, o espelho através do qual queremos ver nossa atuação. Em É sagrado viver, Pe. Fábio de Melo nos mostra a vida e seus desdobramentos mais significativos. Coisas pequenas, que aos olhos racionais podem parecer banais. O cotidiano como lugar de revelação: retratos e confissões de um coração humano que se esmera por transpor a superficialidade dos dias, descobrindo a dor cotidiana, a ironia necessária e o êxtase de dizer a cada instante: “Deus esteve aqui!”.

Autor: Pe. Fábio de Melo Nº de Páginas: 176 Assunto: Ficção religiosa Ano: 2018

A monja e o professor

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onja Coen, fundadora da Comunidade Zeb-Budista do Brasil, e Clóvis de Barros Filho, advogado, jornalista e professor, são dois renomados pensadores brasileiros, cada um em sua área de atuação. O que esperar, portanto, de um diálogo entre esses dois nomes, de origens e abordagens tão diversas? Em A monja e o professor, livro fruto de um diálogo gravado entre os dois autores, o leitor terá acesso a uma inspiradora conversa, tendo como base a ética e a felicidade, a importância de ser feliz no presente e também a necessidade de um propósito.

Autor: Monja Coen, Clóvis De Barros Filho Nº de Páginas: 128 Assunto: Filosofia Ano: 2018

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Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald

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ewt Scamander é recrutado pelo seu antigo professor em Hogwarts, Alvo Dumbledore, para enfrentar o terrível bruxo das trevas Gellert Grindelwald, que escapou da custódia da Macusa (Congresso Mágico dos EUA) e reúne seguidores, dividindo o mundo entre seres de magos sangue puro e seres não-mágicos.

Lançamento 15/11/2018 Direção: David Yates Duração: Indisponível Gênero: Fantasia

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Nasce Uma Estrela

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jovem cantora Ally ascende ao estrelato enquanto seu parceiro Jackson Maine, um renomado artista de longa carreira, cai no esquecimento por problemas com o álcool. Os momentos opostos acabam por minar o relacionamento amoroso dos dois.

lançamento 11/10/2018 Direção: Bradley Cooper Duração: 2h 15m Gênero: Drama | Romance

O Primeiro Homem

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vida do astronauta norte-americano Neil Armstrong (Ryan Gosling) e sua jornada para se tornar o primeiro homem a andar na Lua. Os sacrifícios e custos de Neil e toda uma nação durante uma das mais perigosas missões na história das viagens espaciais.

Lançamento 11/10/2018 Direção: Damien Chazelle Duração: 2h 20min Gênero: Drama | Biografia

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Johnny English 3

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m sua nova aventura, Johnny English (Rowan Atkinson) é a última salvação do serviço secreto quando um ataque cibernético revela as identidades de todos os agentes do país. Tirado de sua aposentadoria, ele volta à ativa com a missão de achar o hacker por trás do ataque. Com poucas habilidades e métodos analógicos, Johnny English precisa superar os desafios do mundo tecnológico para fazer da missão um sucesso.

Lançamento 18/10/2018 Direção: David Kerr Duração: 1h 40m Gênero: Comédia | Ação

Halloween

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uatro década depois de ter escapado do ataque de Michael Myers em uma noite de Halloween, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) terá que confrontar o assassino mascarado pela última vez. Ela foi perseguida pela memória de ter sua vida por um triz, mas dessa vez, quando Myers retorna para a cidade de Haddonfield, ela está preparada.

Lançamento 25/10/2018 Direção: David Gordon Green Duração: 1h 49min Gênero: Terror

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Bohemian Rhapsody

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reddie Mercury (Rami Malek) e seus companheiros, Brian May, Roger Taylor e John Deacon mudam o mundo da música para sempre ao formar a banda Queen durante a década de 1970. Porém, quando o estilo de vida extravagante de Mercury começa a sair do controle, a banda tem que enfrentar o desafio de conciliar a fama e o sucesso com suas vidas pessoais cada vez mais complicadas.

Lançamento 01/11/2018 Direção: Bryan Singer Duração: Indisponível Gênero: Biografia | Drama

O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos

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lara, uma jovem esperta e independente, perde a única chave mágica capaz de abrir um presente de valor incalculável dado por seu padrinho. Ela decide então iniciar uma jornada de resgate que a leva pelo Reino dos Doces, o Reino das Neves, o Reino das Flores e o sinistro Quarto Reino.

Lançamento 01/11/2018 Direção: Lasse Hallström, Joe Johnston Duração: Indisponível Gênero: Fantasia | Aventura

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Podres de Ricos

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achel Chu (Constance Wu) é uma professora de economia nos EUA, e namora com Nick Young (Henry Golding) há algum tempo. Quando Nick convida Rachel para ir ao casamento do melhor amigo, em Singapura, ele se esquece de avisar à namorada que, como herdeiro de uma fortuna, ele é um dos solteiros mais cobiçados do local, colocando Rachel na mira de outras candidatas e da mãe de Nick, que desaprova o namoro.

Lançamento 01/11/2018 Direção: Jon M. Chu Duração: 2h 01min Gênero: Comédia | Romance

O Grinch

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aseado no personagem clássico de Natal de Dr. Seuss, Grinch vive com seu cão Max em uma caverna repleta de engenhocas e invenções feitas para suas necessidades do dia a dia. Rabugento, Grinch só faz questão de socializar com os vizinhos – aqueles que interrompem sua tranquilidade com suas festividades brilhantes e barulhentas de Natal todos os anos – quando se vê sem comida. Mas, quando eles declaram que farão um natal três vezes maior, Grinch percebe que só existe uma maneira de ter paz e silêncio: ele vai roubar o Natal!

Lançamento 08/11/2018 Direção: Peter Candeland, Yarrow Cheney Duração: 1h 45min Gênero: Animação

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Robin Hood: A Origem

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origem da famosa lenda sobre o ladrão que rouba dos ricos para dar aos pobres. Robin Hood (Taron Egerton) volta das Cruzadas e surpreendese ao encontrar a Floresta Sherwood infestada de criminosos, no mais completo caos. Ele não deixará que as coisas permaneçam desse jeito.

Lançamento 22/11/2018 Direção: Otto Bathhurst Duração: Indisponível Gênero: Aventura | Ação

Aquaman

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rthur Curry (Jason Momoa), mais conhecido como Aquaman, ainda é um homem solitário, mas quando ele começa uma jornada com Mera (Amber Heard), em busca de um algo muito importante para o futuro de Atlantis, ele aprende que não pode fazer tudo sozinho.

Lançamento 20/09/2018 Direção: James Wan Duração: Indisponível Gênero: Aventura | Ação

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